1º COPEX e 3º Congresso de Extensão Universitária da UNICAMP

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26, 27 e 28 de Setembro de 2010

Campinas, 2010


Reitor Prof. Dr. Herman Jacobus Cornelis Voorwald Pró-Reitora de Extensão Universitária Profa. Dra. Maria Amélia Máximo de Araújo

Reitor Prof. Dr. João Grandino Rodas Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda

Reitor Prof. Dr. Helio Waldman Pró-Reitor de Extensão Prof. Dr. Plínio Zornoff Táboas

Reitor Prof. Dr. Targino de Araújo Filho Pró-Reitora de Extensão Profa. Dra. Marina Silveira Palhares

Reitor Prof. Dr. Walter Manna Albertoni Pró-Reitora de Extensão Profa. Dra. Eleonora Menicucci de Oliveira

Reitor Prof. Dr. José Rui Camargo Pró-Reitor de Extensão e Relações Comunitárias Prof. Dr. José Felício Goussain Murade

Reitor Prof. Dr. Fernando Ferreira Costa Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Prof. Dr. Mohamed Habib


ISSN: 2179-6599

Extensão Universitária “É o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade” “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa, de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” Artigo 207 da Constituição Brasileira

“A Extensão Universitária visa a difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição” Capítulo 4, artigo 43, parágrafo 7 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases - n. 9.394/96)

“A Extensão Universitária deve destinar 10% do total de créditos exigidos para a graduação no ensino superior público à atuação dos alunos em ações extensionistas, para os cursos que assim o desejarem” Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária dentro do Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172 de 09/01/2001)



Sumário Apresentação......................................................................................................................................21 Comunicação A Necessidade Emergente da Comunicação Empresarial nas Empresas: um estudo efetuado na Estação Engenharia.................................................................. 23 Assessoria de Imprensa para programas de Divulgação Científica........................................................24 Biosferas - do Jornal On-line à Socialização do Conhecimento..............................................................25 Construção de um site para divulgação de informações sobre diterpenos de Lamiaceae........................... 26 Desenvolvimento de Portal de Trabalho para Rede de Centros e Museus de Ciência do Estado de São Paulo................................................................................... 27 Psicocine: Ciclo de debates sobre a psicologia do cinema........................................................................28 Rádio e Televisão Mundo Digital........................................................................................................29 Revista Ciência em Extensão (RCE) - PROEX - UNESP e a publicação das atividades de Extensão Universitária...................................................................... 30 UnB de Portas Abertas - Apresentação da Universidade de Brasília a alunos de Ensino Médio do Distrito Federal................................................................................... 31 Universidade Aberta para a Terceira Idade - UNATI: Curso de Língua Inglesa e de inclusão social.................................................................................................. 32 Cultura 1a. Mostra de Vídeo Popular de São Carlos .....................................................................................33 1a. Semana de Teatro de São Carlos .................................................................................................34 III Ciclo de Práticas Culturais Populares e Educação ........................................................................35 4º Contato - Festival Multimídia de Rádio, TV, Cinema e Arte Eletrônica....................................... 36 A preservação do patrimônio cultural aproximando a academia à sociedade......................................... 37 Aquarpa: a improvisação na prática musical e no ensino de música..................................................... 38 Ação Cultural na Biblioteca Comunitária da UFSCar (BCO)..........................................................39 Brinquedos, Jogos, Mukashis Banashis, Mangás e Haikus no Cotidiano Escolar Brasileiro................ 40 Cine UFSCar....................................................................................................................................41 Cine UFSCar Sorocaba.....................................................................................................................42 CineExtensão UNIFESP Diadema.................................................................................................43 Cinema 3D - Apoio ao Cine UFSCar e ao Cine São Roque ............................................................44 5


Circuito Científico Cultural: A Educação Através da Ciência e da Cultura ...................................... 45 Como Surge o Broto? E, depois dele, outro?........................................................................................46 Coordenadoria de Cultura da UFSCar: projetos e políticas culturais................................................... 47 Criação e Difusão de um acervo digital de documentários . ..................................................................48 Cultura Indígena em Escolas de Ensino Básico no Município de Cruzeiro do Sul, Acre...................... 49 CULTURARTE: Extensão em Mão Dupla...................................................................................50 Dança Contemporânea.......................................................................................................................51 Eventos Culturais no Campus de Araras...........................................................................................52 “Fontes Judiciárias: Organização do Arquivo do Fórum da Comarca de Assis”................................. 53 Formação de orquestras comunitárias na UFSCar..............................................................................54 Gerocine - Análise Compreensiva do Processo de Envelhecimento Humano Sob o Espectro do Cinema” .................................................................. 55 Inteligência Coletiva - Clube dos Saberes.............................................................................................56 Luz, câmera... dança: um panorama sobre o cenário da dança de rua na cidade de São Carlos, pela perspectiva de um coletivo de realização audiovisual................................ 57 Maquete, interativa, lúcida-pedagógica do espaço sócio comunitário rede escolar de Taubaté, SP - como subsídio ao plano diretor participativo....................................... 58 Música na Cidade 2010 - Sorocaba e Salto de Pirapora.....................................................................59 O Terreiro Lá de Casa.......................................................................................................................60 O Tratamento de acervo fotográfico para a preservação da memória no projeto de extensão “Memorial Fotográfico da FFC”................................................... 61 Oficina de dublagem para áudio-visual ...............................................................................................62 Oficina Literária: Laboratório de Criação Poética .............................................................................63 Olhares de estranhamento: pensando a cidade como patrimônio público ............................................... 64 Painel de regência coral........................................................................................................................65 Patrimônio Musical............................................................................................................................66 Preservação, Organização e Acesso à Hemeroteca do CEDAP...........................................................67 Preservação, organização e diponibilização do acervo João Antônio......................................................68 Produção do Documentário “O Pensamento Industrial e a Política Cinematográfica Brasileira (1990-2005)” ....................................................................... 69 Projeto Caminhos do Sol - Teatro e Vivências.....................................................................................70 Projeto Web Indígena: inclusão digital pró-ativa dos Kaingang.............................................................71 Recitais de Música Instrumental para Duo de Clarineta e Piano.........................................................72 Recitais Didáticos de Música Instrumental para Trio..........................................................................73 Roda de Samba: Cultura, Sociabilidade e Educação Musical não Formal........................................... 74 Talentos Juvenis do Gonzaga...............................................................................................................75 Teatro Ouroboros: ciência e cultura.....................................................................................................76 6


Urze Cia de Dança - UFSCar levando a dança para o interior de São Paulo . .................................. 77 Vivência na Área de Gestão no Projeto Estrela Menina - Ginástica Rítmica da Uefs-BA................. 78 Vivenciando a Poesia ........................................................................................................................79 X-9: A Velha Guarda e a Produção de Cuidados..............................................................................80 X-9: Memória, Território e Produção do Cuidado...............................................................................81 Direitos Humanos e Justiça A Vivência dos Direitos Humanos e A Conquista da Cidadania em Oficinas com Crianças de Projetos Sociais Municipais.............................................. 82 “Benefício de Prestação Continuada: Os desafios para a ampliação da cobertura social”....................... 83 Clínica e Pesquisa em Adoção.............................................................................................................84 Educação financeira nas escolas públicas da comunidade viçosense........................................................85 Estado do Paraná e Extensão Universitária em defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes......... 86 O projeto de extensão como intermediador para a promoção dos vínculos.............................................. 87 Projeto Laços de Amor: Adoção, gênero, cidadania e direitos...............................................................88 Projovem Adolescente ........................................................................................................................89 Reflexões sobre uma prática com jovens, realizada por alunos extencionistas da psicologia, em uma unidade da assistência social................................................... 90 Educação Acompanhamento pedagógico de alunos e professores no cotidiano escolar: Uma ação de extensão no âmbito do projeto “Formação e trabalho de professores junto aos alunos com deficiências no município de Guarulhos (SP)”............................... 91 Afetividade e formação continuada de professores ...............................................................................92 A Arte como recurso didático para o ensino de Matemática.................................................................93 A experimentação investigativa e a construção de conceitos: o experimento da combustão da vela........... 94 A Formação Docente e Uso dos Objetos Lúdicos na Realidade e na Virtualidade............................... 95 A Realidade Aumentada e Seu Uso em Sala de Aula........................................................................96 A Terceira Idade no Mundo Cibernético.............................................................................................97 A Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI do Campus de Sorocaba da Universidade Estadual Paulista - UNESP............................................................... 98 A abordagem da Educação Ambiental na Educação de Jovens e Adultos (EJA) ............................... 99 A química e a história da calça jeans..................................................................................................100 A insatisfação da imagem corporal: Avaliação de participantes de um grupo de postura ...................... 101 A universidade pública tem cumprido seu papel?..................................................................................102 7


Aprendizagem de Língua Inglesa na Terceira Idade em Sessões Teletandem......................................... 103 “Atuação Interdisciplinar em Audição, Linguagem e Educação”.........................................................104 Avaliação Física nas Escolas de Ensino Médio de Taubaté.................................................................105 Alfabetização Solidária......................................................................................................................106 Alimentação saudável como forma de qualidade de vida e inclusão social.............................................. 107 Análise da aprendizagem dos conceitos de Cinética Química e Equilíbrio utilizando a experimentação como ferramenta didática................................................... 108 Aprender inglês pela Internet: uma iniciativa voltada à democratização do acesso à língua inglesa......... 109 As Tertúlias Literárias Dialógicas: uma busca pela superação de exclusões.......................................... 110 Atendimentos individuais realizados no projeto de extensão “Ações Interdisciplinares no Quiosque da Saúde”........................................................................... 111 Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE) Comunidades de Aprendizagem - articulação entre escola e comunidade...... 112 Atividade de vivência em comunidade rural e sua importância para a formação extencionista do acadêmico de Agronomia - São Francisco do Itá - PA............................. 113 Atividades educativas na escola rural: oficinas, jogos e dinâmicas com crianças provenientes de bairros rurais e assentamentos da região de Araras, SP............................. 114 Atividades extensionistas de alunos do Centro Universitário da Fundação Santo André junto à Escola Parque do Conhecimento Sabina........................................ 115 Atletismo nas escolas: uma “missão” possível!.....................................................................................116 Aulas de Química Experimental aplicadas ao ensino médio público da cidade de Itapeva-SP............... 117 Avaliação da Qualidade de Vida de Participantes de um Programa Postural ..................................... 118 Avaliação do projeto Cursinho Pré-vestibular Cuca Fresca nos anos de 2008, 2009 e 2010............... 119 Ações Educativas na Extensão Universitária: desafios, metas e estratégias no atendimento aos pacientes com câncer, familiares e cuidadores..................................... 120 Brincadeira É Coisa Séria - o Papel do Projeto “Informática para Crianças” no Desenvolvimento Infantil................................................................................................................ 121 Brinquedoteca Científica: Espaço Não Formal para o Ensino de Física em Diferentes Níveis e para A Formação Complementar do Licenciando............................. 122 “Biólogo por uma Noite”: Evento do PET Biologia que aproxima a rede pública da Universidade...... 123 Brincando e Aprendendo.....................................................................................................................124 Cartografia Tátil................................................................................................................................125 Capacitação de Agricultores Orgânicos................................................................................................126 Caso de Ensino da Geometria com Uso do Superlogo..........................................................................127 Ciência na Unesp: o Museu Cemaarq Como Agente Potencializador do Conhecimento Cultural Indígena.................................................................................................... 128 Comunidade de Educação Infantil: Formação Continuada de Professores em Ambiente Virtual.......... 129 8


Capoeira na escola: uma experiência com a formação de alunos da Educação Infantil........................... 130 Cartilha para uso da Experimentoteca................................................................................................131 Colméia - Jovens construindo futuros...................................................................................................132 Comunidades de Aprendizagem: uma proposta de transformação social e cultural da escola, com todos os agentes educativos........................................................................... 133 “Corpo de Mestre, Corpo de Aprendiz”: A luta por um espaço mútuo de colaboração......................... 134 Corpo e Gênero: diferenças no universo da Educação Física escolar......................................................135 Curso de Especialização em Educação de Pessoas Adultas: Formação Continuada dos Profissionais da EJA na perspectiva da Aprendizagem Dialógica......... 136 CUCA – Curso Unificado do Campus de Araraquara.....................................................................137 Cursos de Informática Oferecidos na Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI do Campus de Sorocaba da UNESP.................................................... 138 Decatlo: Ciências da Natureza, Matemática e Suas Tecnologias..........................................................139 Desenho: Uma Experiência Que Envolve Pensamento e Prática..........................................................140 Diadema Visita UNIFESP Diadema..............................................................................................141 “Direitos da Criança: o ECA na escola” - Projeto de Extensão Universitária................................... 142 Divulgação do Vestibular UNESP e Inclusão Social: Parceria Secretaria Estadual da Educação/Vunesp/UNESP...................................................... 143 Drogas e Álcool na Adolescência.........................................................................................................144 Educação Física e Pluralidade Cultural na 4ª Série do Ensino Fundamental: em Busca de Novas Práticas Pedagógicas........................................................................................ 145 Educação Física Escolar: Análise e Compreensão dos Aspectos Psicológicos da Criança .................... 146 Educação Permanente: Qualificação Profissional na Construção Civil................................................. 147 Extensão Universitária: Programa Melhorando a Vida no Campo.................................................... 148 Educação Ambiental e Interdisciplinaridade a partir do Sistema Aquaeduca PCJ............................... 149 Educação Ambiental e Práticas Agroecológicas em uma Escola Rural de Araras/SP......................... 150 Educação Popular: perspectivas emancipadoras dos sujeitos privados de liberdade................................. 151 Educação Popular - criando e recriando a realidade social....................................................................152 Educação Urbana: Construindo Cidadania e Sociabilidade em Escolas Públicas em Minas Gerais................................................................................................. 153 Educação Urbana: Uma Proposta de Incentivo à Cidadania para Alunos da Rede Pública de Ensino................................................................................................ 154 Empreendedorismo na Universidade: Uma Cultura necessária............................................................155 Ensino não-formal aplicado aos cursinhos pré-vestibulares: um estudo sobre o CAUR......................... 156 Escola Básica de Horsemanship..........................................................................................................157

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Escola de Esportes - A experiência da FEF/UNICAMP...............................................................158 Espaço acadêmico e Espaço Comunitário. A convivência através de um Planejamento Estratégico. O caso da Faculdade de Educação Física da Unicamp........................... 159 Esportes de Raquete para a Comunidade............................................................................................160 Estágio extramuros FOP/UNICAMP: experiência necessária para a formação em Odontologia....... 161 Experimentando a Ciência.................................................................................................................162 Extensão Universitária: espaço de protagonismo de graduando e comunidade ...................................... 163 Extensão Universitária na Floresta....................................................................................................164 Formação Continuada no Programa Brasil Alfabetizado no Município de Garça: Foco na Aprendizagem Dialógica.................................................................. 165 Formação de Atitudes Durante a Capacitação do Estagiário em um Programa de Educação Física Adaptada....................................................................................... 166 Formação de mudas de hortaliças........................................................................................................167 Formação e trabalho de professores junto aos alunos com deficiências no município de Guarulhos (SP)......................................................................................................... 168 Física, Imagens e Cultura na Extensão Universitária da Unicamp..................................................... 169 Física para Crianças em Idade Pré-Escolar.........................................................................................170 Fórum - Comunidade de Educação Infantil: uma ferramenta de discussão, interação e aprendizagem de professores.......................................................................................... 171 Gravidez na Adolescência...................................................................................................................172 Gravidez Precoce, Abuso Sexual e Homofobia Entre Os Estudantes do Projovem Urbano de Presidente Prudente-SP................................................................................. 173 Histórias em Quadrinhos Como Recurso Pedagógico para Interpretação Textual: Uma Abordagem Socio-Histórica............................................................... 174 Histórias Interativas e Cultura...........................................................................................................175 Inserção de Jovens no Mercado de Trabalho Através do Laboratório de Práticas Organizacionais (LPO)............................................................................ 176 Interação Entre Universidade e Escolas: o Programa de Avaliação Seriada da Unb e Os Fóruns de Extensão.................................................................... 177 Internet para Terceira Idade: Apresentação de um Projeto de Curso Presencial.................................... 178 Investigação Orientada e Formação Inicial de Professores de Química: Um Estudo com Base em uma Proposta de Elaboração de Mini-Cursos Temáticos......................... 179 Identificação de cuidadoras de crianças menores de três anos de idade em comunidades de São Carlos- SP....................................................................................... 180 Impactos do adensamento populacional na saúde e sustentabilidade......................................................181 Implementação de uma Agenda 21 Escolar: Dificuldades e Perspectivas da REAUSo....................... 182

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Interação entre o conhecimento popular e o técnico-científico: relato de experiência do projeto “Ações interdisciplinares Quiosque da Saúde” ............................... 183 Introdução ao Universo das Culturas Ítalo-luso-brasileiras..................................................................184 Jogo de Xadrez na Terceira Idade........................................................................................................185 Lazer, Dança e Educação .................................................................................................................186 Ludicidade, Desenvolvimento Humano e Educação ............................................................................187 Livros e leitores na universidade: construindo a I Feira de Livros UNIFESP - Diadema ................. 188 Línguas Estrangeiras para Todos: Experiências na Implantação do Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores da Unesp de Assis......................................... 189 Museu escola da UNESP..................................................................................................................190 Museu-Escola: Dialogando com A Interdisciplinaridade......................................................................191 Motivando a Aprendizagem de Física Através de Atividades Lúdicas................................................ 192 Movimento e jogos dramáticos na educação infantil - Projeto “Arteiros em movimento”......................... 193 Museu-Escola do IB: o uso da internet para articular ensino-pesquisa-extensão................................... 194 Novas Experiências Pedagógicas da Educação Física para a Educação Infantil: o Corpo em Movimento com a Dança Ritmo e Expressão................................. 195 Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão Sobre a Escola de Vigotsky - Neevy.................................... 196 O 2º Ano do Ensino Fundamental: As Relações Interpessoais e a Ludicidade em seu Contexto.......... 197 O Desenvolvimento de Atividades para Superação de Obstáculos no Ensino Médio - Contribuições para o Ensino de Física Moderna................................................... 198 O Ensino de Eletricidade, Magnetismo e Eletromagnetismo e sua conexão com a tecnologia atual........ 199 O Ensino de Física no Ensino Fundamental......................................................................................200 O Futsal Como Meio de Intervenção Social Num Programa Pedagógico Não Formal.......................... 201 O Papel Educacional do Cemaarq: Desafios e Transformações Conceituais, Valorizando A Educação e Atraindo Mais Público...................................................................... 202 O Problema do Uso de Drogas Entre Os Estudantes do Projovem Urbano de Presidente Prudente-SP................................................................................. 203 O Projeto PIBID em uma perspectiva de Extensão Universitária.......................................................204 O Saneamento Ambiental no Programa Ciência e Artes nas Férias.................................................... 205 O Significado da Extensão Universitária na Universidade Pública..................................................... 206 O jornalismo e a representação do outro: etnografia e arte na produção do discurso jornalístico.............. 207 O potencial do anonimato na identificação das curiosidades, dúvidas e questionamentos de púberes sobre sexualidade.................................................................. 208 O que é adolescência?..........................................................................................................................209 Oficina Desafio em comunidades de risco social - itinerância do Museu Exploratório de Ciências - UNICAMP .......................................................................... 210 Oficinas interdisciplinares no “Quiosque da Saúde”: promovendo saúde e qualidade de vida................. 211 11


Olhar sobre a própria prática: reflexões de uma professora de espanhol/LE em formação.................... 212 Olimpíada Nacional de História: extensão e divulgação científica em Ciências Humanas..................... 213 Patrimônio, Memória e Preservação: o Uso Pedagógico de Fontes Primárias no Ensino de História...... 214 PET Biologia da UNESP de Rio Claro auxiliando em processos de aprendizagem ao reforçar o conhecimento dos alunos de escolas públicas........................................... 215 Pet/Responsabilidade Social: o Envelhecimento na Terceira Idade.................................................... 216 Programa de Integração da Extensão Unifesp Diadema - PIEx Diadema.......................................... 217 Projeto Contando Contos e Amarrando Pontos...................................................................................218 Promovendo e Difundindo A Informação: Workshop Sobre Segurança Alimentar............................... 219 Proposta de Intervenção Educacional Desenvolvido Por Graduandos de Educação Física para o Ensino Formal e Não Formal: o Circuito Ciência-Saúde.......................... 220 Política na Escola...............................................................................................................................221 Popularização e Ensino de Astronomia Através do Observatório Móvel da UNESP......................... 222 Posso eventuar? A constituição da docência entre o descaso e a improvisação na rede estadual paulista........................................................................................... 223 Programa Química em Ação...............................................................................................................224 Programa Suplementar FOCO-Vestibular da PUCSP......................................................................225 Projeto Cheiro Verde..........................................................................................................................226 Projeto Conhecer, Analisar e Transformar (CAT): uma experiência da extensão universitária na construção de políticas públicas para a Educação do Campo..................... 227 Projeto e eu com isso?..........................................................................................................................228 Proposta de ensino de Matemática através de áudios interdisciplinares.................................................. 229 Relação Universidade-Escola: uma experiência na EJA......................................................................230 Relação Universidade-Escola: uma experiência no Ensino Fundamental............................................. 231 SAP - Serviço de Apoio Pedagogico a alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental: relato de uma experiência............................................................................. 232 Semana de Atividades Científico-Culturais no IB - Modalidade: “As escolas vêm ao IB em Agosto”................................................................................................. 233 Sistema de Apoio à Secretaria Departamental....................................................................................234 Sistema de Gestão de Eventos Científicos............................................................................................235 Software GeoGebra para ensinar e aprender Matemática....................................................................236 Terapia Assistida por Animais: Importância do Zootecnista na condição física do cavalo de equoterapia como potencializador no processo de reabilitação.................. 237 Trabalho de Orientação e Reequilíbrio Postural em Grupo..................................................................238 UATI (Universidade Aberta da Terceira Idade)................................................................................239 UNATI: A Inclusão Social Pela Arte...............................................................................................240

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Meio ambiente A Filosofia Ecológica: teoria e práticas na interação agente/ambiente.................................................. 241 Agricultura Modelo: Capacitação de jovens habitantes da zona rural da APA de Botucatu em agricultura sustentável.................................................................................. 242 Agrofloresta: alternativa sustentável implantada pela comunidade escolar do assentamento Jacaminho no município de Alta Floresta - MT......................................................... 243 Avaliação da qualidade das instalações de suínos em pequenas propriedades rurais do Cinturão Verde - Ilha Solteira-SP.................................................................................. 244 Banco de dados espaciais e identificação de áreas prioritárias para o combate a esquistossomose mansoni: uma transferência de tecnologia social . .................................................... 245 Biblioteca: Saúde, Educação e Cultura................................................................................................246 Caça-Vento, Vida-Sub e Bicho do Mato............................................................................................247 Caixa de Ferramentas: desenvolvimento de metodologia de concertação.................................................. 248 Combate ao Desperdício de Alimentos nos Restaurantes Universitários da USP................................. 249 Compreendendo as enchentes urbanas: o caso do Córrego da Servidão de Rio Claro (SP)..................... 250 Desenvolvimento de equipameneto para realização de compostagem.......................................................251 Desenvolvimento de metodologias para aplicação de educação ambiental: as experiências da REAUSo......................................................................................................... 252 Desenvolvimento de metodológica para avaliação da viabilidade de helmintos patogênicos em lodo de ETE desaguado em BAG. Um repasse de tecnologia social ........ 253 Educação Ambiental: um caminho para o desenvolvimento sustentável................................................. 254 Educação Ambiental: fazendo a nossa parte.......................................................................................255 Extensão como instrumento pedagógico na formação universitária de tecnólogos: a parceria entre a Fatec de Indaiatuba e a Fundação SOS Mata Atlântica.................................... 256 Extensão, Comunicação e Meio Ambiente: uma prática em Educomunicação...................................... 257 Fumaças Respiradas no Jardim São Marcos, Campinas - Um Inventário Espaço-Temporal................ 258 Gestão de Resíduos Sólidos em Campus Universitários: experiência da UNESP-Sorocaba................. 259 Inativação de bactérias Heterotróficas e Escherichia coli na água para consumo humano em comunidades rurais através da Pasteurização Solar......................................... 260 Legalizando áreas agrícolas no Vale do Ribeira..................................................................................261 Manejo agroecológico e o monitoramento participativo da qualidade de água no meio rural.................... 262 Monitoramento de projeto técnico de recuperação ambiental e plantio de mudas arbóreas em área de empresa junto ao órgão ambiental licenciador estadual.......................... 263 Nos trilhos da extensão universitária com o projeto ArticuLAR.........................................................264 O Despertar para a Pesquisa em Saneamento através da extensão universitária: Atividade com jovens que participaram do programa Ciência e Artes nas Férias............................. 265 13


O Plantio de Eucalipto e o Movimento Social em Defesa Dos Pequenos Agricultores em São Luis do Paraitinga-Sp..................................................................... 266 O Projeto de Extensão “Natureza & Criança: Aprendendo com Animais e Plantas”: Cinco Anos de Atividades Lúdicas............................................................... 267 “Passeando e Aprendendo no Cerrado”..............................................................................................268 Possibilidades do Serviço Social em Ações Sócio Educativas Ambientais: estudo sobre reflorestamento............................................................................................................ 269 Percepção da (In) Segurança Alimentar e Ambiental por Pescadores Artesanais em áreas de conflitos socioambientais no estado da Bahia.............................. 270 Pesquisa-participante na bacia-hidrográfica do córrego da Água Comprida em Bauru (SP): conflitos e potencialidades na construção de uma outra cidade....... 271 Programa de Coleta Seletiva na FCA, UNESP, Botucatu: educação ambiental e quantificação dos resíduos.............................................................................. 272 Projeto Coleta Seletiva no Campus Lageado - UNESP.....................................................................273 Projeto Reviva: aplicação de educação ambiental para melhoria da qualidade de vida............................ 274 Projeto “Análise de Solos, Plantas e Sementes” uma atividade extensionista comprometida com o desenvolvimento sustentável do Vale do Paraíba.............................................. 275 Queimadas Urbanas em Órgãos Públicos: A Poluição Oficial a Dano de Todos................................. 276 Reciclagem de óleo de cozinha como uma atividade integralizadora.......................................................277 Recicle. Unesp: campanhas educacionais em prol do desenvolvimento sustentável no município de Rosana-SP ......................................................................................... 278 Restauração da área degradada do Parque Municipal Natural Cachoeira da Marta, município de Botucatu/SP............................................................................................................. 279 Reutilização de resíduos sólidos para organização do espaço de convivência universitário: o Projeto Espaço Livre............................................................................ 280 Sistema Sustentável em SAF..............................................................................................................281 Tecnologia Social em Projeto de Extensão: avaliação processual e de impacto pelos sujeitos protagonistas . .............................................................................................. 282 Uma Alternativa para o Saneamento Ambiental em Assentamentos Rurais....................................... 283 União Pró-Tietê - Observando o Rio Sorocaba - Monitoramento da qualidade da água e educação ambiental voltada aos jovens............................................................. 284 “Virada Ambiental Jaú-2010: Cultura, Lazer e Educação Ambiental”........................................... 285

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Saúde A experiência de um estágio extensionista frente aos altos índices de câncer de boca no município de Feira de Santana - BA................................................................... 286 A proposta de um programa de prevenção em saúde bucal implementado em uma creche em Piracicaba,SP................................................................................................................. 287 A sexualidade no mundo que vivo: Perspectiva de crianças e pré-adolescentes em uma escola pública de São Paulo participante de um projeto de extensão ........... 288 A utilização de um programa de atividades físicas adaptadas na paralisia cerebral.............................. 289 “Análise da Qualidade de Vida de Mulheres Mastectomizadas Inseridas em um Programa de Fisioterapia Aquática”............................................................................................. 290 Atendimento Clínico A Cães e Gatos da Comunidade de Bom Jesus-PI.............................................. 291 Atendimento Laboratorial em Patologia Clinica Veterinária A Comunidade de Bom JESUS-PI e Região ............................................................................................................. 292 Atendimento Psicológico no Hra: Quebrando o Silêncio na Clínica Médica do Hospital...................... 293 Atendimento Psicológico no Hra: uma experiência junto a gestantes de Risco no hospital...................... 294 Atividades de Extensão na Assistência de Enfermagem Ambulatorial: relato de caso......................... 295 Atividades Psicomotoras e a Criança Especial.....................................................................................296 Avaliação da Qualidade de Vida de Mulheres Mastectomizadas Inseridas em um Programa de Fisioterapia Aquática..................................................................... 297 Avaliação de Parâmetros Relacionados à Síndrome Metabólica em Homens Que Freqüentam a Orla de Santos-SP............................................................................. 298 Análise do perfil do uso de Medicamentos por pais e responsáveis de crianças em escolas da UNICAMP............................................................................................... 299 Avaliação postural por fotogrametria em pacientes submetidos à correção cirúrgica de escoliose idiopática........................................................................................... 300 Ações de extensão universitária na Faculdade de Saúde Pública da USP no período de 2005-2009..................................................................................................... 301 “Baú de Histórias” Conhecendo o Comportamento Lúdico de Crianças Através da Brincadeira de Contar e Construir Histórias Infantis.................................... 302 Bem Viver na Melhor Idade - BemViMI...........................................................................................303 Cartografias Femininas: A Constituição de um Grupo de Mulheres na Zona Noroeste-Santos............ 304 Compartilhando Linguagens: Fonoaudiologia e Educação....................................................................305 Construindo o espaço do psicólogo no hospital......................................................................................306 Cuidado Integral e Interdisciplinar Ao Paciente Oncológico: experiência do projeto de extensão Acolhe-Onco, UNIFESP......................................................... 307 Desenvolvimento Corporal nas Etapas da Adolescência.......................................................................308 15


Desenvolvimento da Flexibilidade em Alunas do Projeto Estrela Menina, Através de Atividades Lúdicas................................................................ 309 Doenças Sexualmente Transmissíveis na Adolescência.........................................................................310 Educação Física, Lazer, Saúde e Direitos Humanos na Terceira Idade............................................... 311 Efetividade da ferramenta SAPO na condição intra-avaliador na avaliação da postura corporal.......... 312 Epidemiologia, Acuidade Visual e Ametropia de Crianças com Conjuntivite Alérgica........................ 313 Envelhecer Saudável: Cuidados de saúde na promoção da qualidade de vida dos idosos atendidos na unidade de Saúde da Família do bairro São José.............................................. 314 Estudo da efetividade da avaliação postural intra-observador por meio do método qualitativo................ 315 Estudo das alterações posturais em pacientes com escoliose idiopática do adolescente e ângulo de Cobb de 25 a 45 graus............................................................................... 316 Extensão e pesquisa em Jaboticabal SP: esterilização canina e felina como ferramenta no controle reprodutivo de animais errantes e indesejáveis............................................... 317 “Fisioterapia Aquática na Gestação”.................................................................................................318 Fonoaudiologia e Educação: uma Proposta Interdisciplinar..................................................................319 Fisioterapia no Programa Saúde da Família: proposta de atuação voltada para a atenção básica em saúde................................................................................................................. 320 Hidroterapia no tratamento de mulheres portadoras da síndrome da fibromialgia................................. 321 Idade e o Peso Corporal Influem no Cuidado à Saúde e no Estilo Devida? Um Estudo de Caso......... 322 Impacto Universitário na Prevenção do Tabagismo em Idosos Fumantes.............................................. 323 Implantação de um serviço de Terapia Ocupacional: Treinamento de mães para estimulação do desenvolvimento infantil.....................................................................................................................................324 Implantação de um serviço de Terapia Ocupacional na pediatria da Santa Casa de Santos: Projeto “Era uma vez...”........................................................................... 325 Interdisciplinaridade na Reeducação de Obesos....................................................................................326 Lazer e Recreação como ferramenta para o bem-estar na terceira idade................................................ 327 Levantamento diagnóstico da saúde materno-infantil em São Benedito do Rio Preto - Maranhão......... 328 Literatura e Clínica............................................................................................................................329 Memória e Envelhecimento Humano: Promoção da Saúde do Idoso Institucionalizado......................... 330 Na era da comunicação, uma nova forma de fazer extensão: A construção do Observatório Santista do Trabalho e Saúde.......................................................... 331 Nível de qualidade de vida, pelo questionário SF36, dos participantes do projeto de extensão “No Pique da PUC-Campinas”...................................................................... 332 O Impacto de diferentes estratégias de Ginástica Laboral sobre a ansiedade em funcionários da Universidade de São Paulo................................................................ 333 O Lúdico e Ginástica Rítmica: Um Relato de Experiência no Projeto Estrela Menina Feira de Santana-Bahia............................................................................ 334 16


O papel da agronomia na influência da melhoria da qualidade de vida da população, em Marituba/PA......................................................................................................... 335 O Programa de Ginástica Laboral da Universidade de Sorocaba........................................................336 O valor da extensão para o aprimoramento de conhecimentos da graduação.......................................... 337 Os Desafios na Assistência de Enfermagem Aos Pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço: experiência do projeto de extensão Acolhe-Onco.................................. 338 PED RISO< hospital é também lugar de alegria...............................................................................339 Perfil das Participantes do curso de ginastica localizadada escola de esportes da fef/unicamp................. 340 Periferia dos Sonhos: o conceito e o olhar do graduando em relação ao ser humano em situação de rua... 341 Primeiro atendimento no CPPA: triagem............................................................................................342 Programa Cananéia/Vale do Ribeira - Projeto Jacupira.....................................................................343 Programa de Atividade Física na Terceira Idade.................................................................................344 Programa de Reabilitação de Desvios Posturais...................................................................................345 Programa Pé Diabético.......................................................................................................................346 Projeto de Extensão Acolhe-Onco: bases ideativas e estrutura operacional............................................ 347 Projeto de Extensão Saber Cuidar: Educação com Cidadania............................................................348 Projeto Egbé - Educação em Saúde com Comunidades Quilombolas no Vale do Ribeira...................... 349 Projeto Periferia dos Sonhos: o Que Nos Leva A Ser Extensionista na Rua...................................... 350 Projeto Periferia dos Sonhos: Percepções Sobre A Vida de Travestis em Albergue na Cidade de São Paulo.................................................................................................. 351 Projeto Periferia dos Sonhos: Relato da Experiência de Extensão em um Albegue Destinado às Pessoas em Situação de Rua ....................................................................... 352 Projeto Periferia dos Sonhos: Trabalho de Extensão com Pessoas em Situação de Rua na Cidade de São Paulo....................................................................................... 353 Projeto Saber Cuidar: Dez Anos Aprendendo e Ensinando A Fazer Extensão Universitária com Movimentos Sociais............................................................................ 354 Projeto Saber Cuidar: Um Local Possível na Universidade para Estimular o Pensamento Crítico, Ensinar e Aprender Cidadania.................................................. 355 Promovendo Saúde Por Meio de Práticas Intersetoriais........................................................................356 Parque de Equoterapia.......................................................................................................................357 Participação e Redes Sociais na Região Noroeste de Santos..................................................................358 Perfil dos Idosos do 3º Encontro do Programa de Assistência a Saúde do Idoso - Programa de Extensão Universitária da Universidade Guarulhos....................... 359 Perfil dos pacientes atendido pela Clínica de Acupuntura da Faculdade de Odontologia de Piracicaba ........................................................................................ 360 Princípio da indissociabilidade aplicado ao triathlon na Faculdade de Educação Física - UNICAMP, uma experiência entre ensino, pesquisa e extensão... 361 17


Projeto PET Escola - Educação em Saúde: Construindo o Conhecimento Através da Troca de Saberes.................................................................................... 362 Projeto: Saúde em Movimento.............................................................................................................363 Projeto corporalidade e promoção da saúde: Um relato de experiência.................................................. 364 Projeto de Extensão: Agita Unesp - “Promoção de atividade física na comunidade universitária”........ 365 Projeto de Extensão PET-Creche.......................................................................................................366 Projeto de Extensão Universitária “Comunidade Sorriso”..................................................................367 Projeto de Extensão em Saúde Integrada ...........................................................................................368 Discriminação: Projeto de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq-PRP................................................. 369 Promoção de Saúde Bucal em Bebês....................................................................................................370 Pronto Atendimento Psicológico: A saúde mental dos estagiários..........................................................371 Rede de Cuidadores Informais: Capacitando para o Cuidado e Aliviando o Desgaste.......................... 372 Realização de exames radiográficos pelo Serviço de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP ....................................................................... 373 Relato de experiência de extensão inserida no currículo da Graduação em Medicina: uma importante ferramenta de aprendizagem.......................................... 374 “Resgatando a Cidadania”: Ação Conjunta de Universitários da Unesp e Comunidade na Busca da Qualidade em Saúde Integral e do Resgate da Cidadania.......... 375 SEXGAME: uma estratégia pedagógica do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde......................................................... 376 SIVAT - Sistema de Informação e Vigilância de Acidentes de Trabalho............................................ 377 Projeto: Saúde em Movimento.............................................................................................................378 Saúde no Centro.................................................................................................................................379 Serviço de Atendimento em Demência (SADe)...................................................................................380 Sistema Computacional para Gestão de Banco de Tumores..................................................................381 Sistema de Informação Georreferenciável: Banco de Tumores do Hospital do Câncer de Barretos................................................................................... 382 Sistema de Informação Georreferenciável para auxílio na análise de notificações de acidentes de trabalho................................................................................. 383 Terapia Ocupacional e Saúde do Trabalhador - uma experiência extensionista..................................... 384 Troca de Saberes do Uso Popular das Plantas Medicinais e Aromáticas Pelo Grupo da Terceira Idade de Paulínia-SP............................................................. 385 UNATI – Universidade Aberta à Terceira idade..............................................................................386 Universidade Aberta à Terceira Idade - Unesp/Campus de Assis......................................................387 Urgências odontológicas de crianças e adolescentes: atendimento e educação para a prevenção................. 388

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Tecnologia e Produção A construção participativa do conhecimento sobre materiais não convencionais; a conversa entre estudantes, agricultores e professores....................................................................... 389 Análise da Temperatura no Incubatório de Produção de Pintos de Corte Relacionado às Perdas Produtivas na Fase da Incubadora..................................................... 390 Análise das Condições Ambientais Internas de Galpões de Frango de Corte com Cama Nova e Cama Reutilizada.................................................................. 391 Análises Fisico-Mecânicas Comparativas Entre Polpa Kraft de Eucalipto e Pasta Mecânica de Bagaço de Cana-De-Açucar........................................................... 392 Avaliação do Desempenho Quanto à Fissuração de Habitações de Interesse Social Construídas em “Steel Framing”............................................................................ 393 Colheita Mecanizada de Cana-De-Açucar: Plataforma Atual e Perspectivas...................................... 394 Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis como Cadeias de Suprimentos Reversas........ 395 Da conversa à ação; materiais não convencionais na construção civil como alternativa para agricultores familiares........................................................................................... 396 Dimensionamento de pré-fabricados de concreto....................................................................................397 Educação, Empresa e Sociedade..........................................................................................................398 Estudo das Rotas de Coleta de Materiais Reciclados em uma Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis............................................................... 399 Gerenciamento e Liderança: Educação, Empresa e Sociedade..............................................................400 Mapeamento de Processos de Negócios de Venda Consolidada na Reciclamp........................................ 401 Mapeamento de Processos de Produção nas Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis Incubadas pelo Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo.................................................................................................... 402 O Método de Rietveld da Difração de Raios-X na Caracterização de Argamassas dos Edifícios Históricos.............................................................................................. 403 O Produto Logístico da Cadeia de Suprimentos Reversa: o Caso das Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis.............................................. 404 O Programa de Aquisição de Alimentos no Município de Araras (SP) - diagnóstico e ações................ 405 Parâmetros que Afetam A Eficiência de Semeadoras Adubadoras de Precisão.................................... 406 Programa de Educação em Software Livre (PESL)............................................................................407 Projeto IluminAção............................................................................................................................408 Prospecção de conhecimento em base de dados sobre notificação de acidentes do trabalho........................ 409 Prova de Eficiência Produtiva - PEP Guzerá UNESP.....................................................................410 Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio..............................................................................411

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Sistema Computacional Georreferenciável de Cadastro de Usuários dos Recursos Hídricos da Sub-bacia Crítica do Avanhandava......................................... 412 Sistema computacional para avaliação e apoio à gestão de cursos, disciplinas e docentes - UNESP....... 413 Sistema on-line de Avaliação Institucional - AVINST......................................................................414 Sistemas de Preparo de Solos..............................................................................................................415 Uso da técnica de moiré de sombra como técnica fotoelástica..................................................................416 Viabilidade Econômica da Adoção do “Bem Estar” em Suínos ........................................................417 Trabalho A Ação de uma Empresa Junior de Psicologia na Aproximação entre Universidade e Comunidade.................................................................................................. 418 Construindo o Centro de Memória Sindical (CEMOSi) e a Produção de Vídeos-Documentários sobre a Exclusão Social do Trabalho no Pontal do Paranapanema........................................................................................... 419 Construção de políticas públicas de gestão de resíduos sólidos com inclusão de catadores em Ourinhos-SP............................................................................................ 420 Equídeos Utilizados na Tração Animal em Transporte Urbano no Município de Botucatu-SP: Aspectos Socioeconômicos e de Saúde Animal...................................... 421 Ética nas Relações de Trabalho...........................................................................................................422 Experiências com Grupos de Ger(a)ção de renda em contexto social desfavorável.................................. 423 Implantação de Políticas de Recursos Humanos: um estudo dirigido à Micro e Pequena Empresas............................................................................ 424 Incop Unesp - Núcleo Ourinhos: Experiência em Formação para Catadores de Materiais Recicláveis no Município de Ourinhos-SP.......................... 425 Opensamento Estratégico na Área Educacional: Um Estudo de Caso................................................. 426 Qualidade de Vida no Trabalho em Organizações da Cidade de Indaiatuba-SP................................. 427 Rotatividade de pessoal: em estudo do setor de produção da Empresa Branyl Comércio e Indústria Têxtil Ltda. de Capivari-SP.............................................. 428 Unesp em Campo: iniciativas participativas da implantação do turismo em assentamentos rurais......... 429

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Apresentação Nos últimos dois anos, os Pró-Reitores de Extensão das universidades paulistas UFABC, UFSCar, UNESP, UNICAMP, UNIFESP, UNITAU e USP vêm debatendo aspectos importantes que envolvem a construção de novos conceitos em Extensão Universitária e incentivando a troca de experiências entre as universidades irmãs neste campo de atividades. O objetivo das interações é promover o desenvolvimento de atividades de Ensino e de Pesquisa associadas às ações de Extensão, valendo-se da experiência e das competências institucionais, principalmente nas áreas de comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e produção e trabalho, que são as áreas instituídas pelo FORPROEX. Com tais iniciativas esperam, em médio e longo prazo, levar à sociedade suas contribuições de forma mais direta e efetiva, visando a superação da exclusão e das desigualdades sociais ainda prevalentes no nosso próprio país. No cenário acadêmico nacional as universidades paulistas desenvolvem relevantes atividades associadas à Extensão com qualidade e excelência acadêmica em todos os ramos do conhecimento. É importante mencionar que as ações de extensão, além de promover a solução de problemas específicos de diversos setores da sociedade, trazem como retorno para a universidade novos conhecimentos e informações, os quais propiciam revisões e atualizações em seus cursos regulares de graduação ou de pós-graduação e nas atividades de pesquisa, contribuindo, assim, para uma ainda melhor formação de seus estudantes. Estes, além de complementar a sua formação profissional, podem vivenciar através da extensão universitária situações reais e aplicar os conhecimentos técnico-científicos adquiridos em seus cursos, o que contribui para desenvolver a consciência social e política e para a formação de profissionais cidadãos, além é claro, de assegurar, pela praxis, a competência técnico-científica. Sob essa orientação política as sete universidades públicas no Estado de São Paulo realizam o 1o Congresso Paulista de Extensão Universitária, simultaneamente ao 3o Congresso de Extensão Universitária da UNICAMP. Com este grande evento pretendem, além da divulgação das pesquisas científicas realizadas na interface com extensão universitária, fruto da competência, do idealismo, da dedicação e da perseverança de docentes, alunos e funcionários, também, avaliar seus programas, projetos e ações de extensão concluídos ou em execução, para favorecer a aglutinação e o compartilhamento de experiências bem sucedidas, além de incentivar a realização de novas iniciativas conjuntas com excelência acadêmica e sempre voltadas às necessidades do país. O número elevado de trabalhos recebidos levou-nos à decisão de privilegiar a sua divulgação durante o Congresso sob a forma de painéis, para assegurar maior tempo para palestras e debates de temas importantes. Finalmente, agradecemos a todas as pessoas que com as suas valiosas participações e contribuições tornaram possível a realização do 1o Congresso Paulista de Extensão Universitária e do 3o Congresso de Extensão Universitária da UNICAMP. Também expressamos a nossa sincera gratidão aos autores dos trabalhos apresentados, palestrantes, moderadores e debatedores, sem os quais a realização dos dois Congressos tornar-se-ia impossível. Ao mesmo tempo, gostaríamos de deixar aqui registrado o nosso agradecimento ao suporte recebido das reitorias das universidades parceiras, assim como das equipes de apoio que trabalharam conosco na organização do conclave. Lisandro Pavie Cardoso & Mohamed Habib - PREAC-UNICAMP (26/09/2010) 21



Comunicação

A Necessidade Emergente da Comunicação Empresarial nas Empresas: um estudo efetuado na Estação Engenharia Viviane Patrícia Perizzato, viperizzato@yahoo.com.br Profa. Sanete Irani de Andrade, Faculdade de Gestão e Negócios - UNIMEP,sanete.andrade@gmail.com

Toda a organização é única assim como todo ser humano. Cada empresa tem sua história, sua cultura, seus valores, sua missão. A comparação com o ser humano é absolutamente justificável e óbvia. As empresas são compostas essencialmente de pessoas e como são compostas de pessoas podem sofrer de vários males, como por exemplo, do mal da falta de comunicação. O presente estudo trata de uma pesquisa realizada em uma empresa de telefonia fixa e móvel localizada na cidade de Piracicaba/SP. Foi observado alguns problemas com a comunicação interna que resultou na pesquisa que se segue. O trabalho foi dividido em duas etapas: inicialmente foram buscados mateirais e obras bibligráficos que tratam da comunicação empresarial para dar sustentação à fundamentação teórica. Em seguida apresenta-sea metodologia utilizando-se da aplicação de questionários para a averiguação do problemas e objetivos propostos. O trabalho se encerra apontando as principais questões ligadas a percepção dos funcionários no tocante a comunicação empresarial na empresa, objeto de estudo. Palavras-chave: comunicação empresarial, instituição de ensino superior

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Comunicação

Assessoria de Imprensa para programas de Divulgação Científica Profa. Dra. Cristina Meneguello, Museu Exploratório de Ciências, Unicamp, cmeneguello@gmail.com Camila Delmondes Dias, Museu Exploratório de Ciências, Unicamp, imprensamuseu@reitoria.unicamp.br

As assessorias de imprensa ou de comunicação integrada aprimoram o diálogo entre cliente, veículos de comunicação e público-alvo. Através das rotinas propostas pelos assessores é possível identificar fragilidades com perspectiva para transformarem-se em ameaças, e qualidades com potencial para gerar novas oportunidades de negócios e de fortalecimento da imagem institucional junto à sociedade. O assessor de imprensa pode ainda, a partir da análise que identifica pontos fortes e fracos de seus assessorados, desenvolver sistemas de comunicação interna, melhorando a troca de informações entre diretores, funcionários, público-alvo final ou intermediário, tais como: fornecedores, instituições parceiras e de fomento e etc. Além disso, a rotina prevê a elaboração de plano de comunicação e de ação estratégica, gestão de crise, benchmarking, mapeamento e monitoramento de stakeholders, entre outros. Nesse contexto, considerando o importante papel desempenhado pelos meios de comunicação e, consequentemente, pelo jornalismo, no que diz respeito às informações veiculadas na sociedade, divulgar a ciência implicará, por conseguinte, tornar público os projetos desenvolvidos por seus disseminadores. É compreensível que tais programas independam da mídia para atingir as metas a que se propõem. No entanto, na medida em que tais programas tornam-se familiar às comunidades locais, regionais ou continentais, maior é a sua área de abrangência, o público atingido e o interesse das iniciativas, pública e privada, em patrocinar tais atividades. O presente trabalho tem como proposta contribuir para tornar público os programas de divulgação científica, desenvolvidos por instituições, órgãos, pesquisadores acadêmicos e demais profissionais especializados em tornar o conhecimento científico e tecnológico tangível à sociedade. As rotinas propostas pretendem atender às demandas de comunicação da divulgação científica, propondo ações alinhadas à missão, visão e valores dos projetos assessorados. Nesse sentido, a proposta elencará por meio de fluxograma, uma série de atividades desempenhadas pelos assessores de imprensa, tais como: elaboração e manutenção de mailing list, clipping de notícias, desenvolvimento de press release, sugestão de pauta para órgãos de imprensa, visitas estratégicas a redações de jornais e revistas, controle e monitoramento de mídias sociais, media training entre outras. E os resultados obtidos a partir destas: inserção na mídia; aumento de visitantes, fortalecimento da imagem institucional e etc. Como exemplo, o estudo apresenta o trabalho de assessoria de imprensa desenvolvido para o Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas. Palavras-chave: Assessoria de Imprensa, Divulgação Cientifica, Extensão à Comunidade.

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Comunicação

Biosferas - do Jornal On-line à Socialização do Conhecimento Abigail Savietto (Profª Drª Márcia Reami Pechula), Departamento de Educação-Instituto de Biociências UNESP - Rio Claro, bigasavietto@hotmail.com André Luiz de Camargo Estevam, Departamento de Educação-Instituto de Biociências -UNESP - Rio Claro, and.biologia@gmail.com Mariana Gabriela Fonseca, Departamento de Educação-Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro, marigfonseca@yahoo.com.br

A proposta do Jornal Biosferas visa à produção de um jornal on-line, com edição bimestral, destinado à divulgação dos estudos e reflexões produzidos, inicialmente, pelos alunos do curso de Ciências Biológicas da UNESP - Rio Claro, contando com colaborações esporádicas de alunos de outras unidades de ensino superior. O jornal, atualmente instalado na página (portal) da UNESP- Rio Claro, tem a finalidade de estender a produção desses alunos a toda comunidade acadêmica (científica), às escolas de ensino médio e também aos usuários (leitores) interessados. A divulgação científica dos temas relevantes e polêmicos das diversas áreas da biologia, tais como biotecnologia, bioética, interação homem-natureza, bioquímica, melhoramento genético de plantas, biofísica e a própria questão da divulgação científica. Sendo uma das necessidades contemporâneas, coloca os agentes envolvidos - docentes e discentes, tanto da própria universidade, quanto da rede de ensino médio (e também a sociedade em geral) - em sintonia e contribui para a “publicização” do grande desenvolvimento que a biologia proporciona à sociedade humana, contribuindo para uma maior compreensão da própria história da ciência. Na rede pública de ensino, o público-alvo são os alunos de ensino médio, por meio da disciplina Biologia. O jornal de divulgação científica deve promover um debate entre a comunidade acadêmica e as escolas, uma vez que o produto pode ser utilizado como material paradidático. A divulgação científica, no escopo dessa experiência, significa a socialização do conhecimento científico, no intuito de forjar o aprofundamento das reflexões sobre os conteúdos estudados que nem sempre são possíveis no espaço da produção e aprendizagem. Nesse sentido, o termo divulgação científica significa a produção das leituras elaboradas pelos alunos quanto à sua forma e circulação de conhecimento. Palavras-chave: Jornal, On-Line, Comunicação.

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Construção de um site para divulgação de informações sobre diterpenos de Lamiaceae Sandra Aparecida Vestri Alvarenga (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, UNESP, vestri@feg.unesp.br) Ingrid Cordeiro Firme (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, UNESP, ingfirme@gmail.com)

Os diterpenos constituem uma importante classe de produtos naturais sendo encontrados principalmente em espécies vegetais e em organismos marinhos como corais e algas. Em geral têm 20 átomos de carbono e se apresentam em uma grande variedade de tipos estruturais, pois podem sofrer degradações, rearranjos e formar cadeias abertas, monocíclicas e policíclicas. Alguns diterpenos servem como marcadores taxonômicos e muitos apresentam atividade biológica, como por exemplo, o taxol, um anticancerígeno. Por isso o interesse na detecção, isolamento, identificação e/ou determinação estrutural desses compostos tem se mantido alto. Nos últimos anos um banco de dados contendo a descrição das estruturas dos diterpenos e os nomes das espécies nas quais esses compostos foram encontrados tem sido construído e atualmente contém as informações sobre cerca de 10.400 diterpenos diferentes encontrados em sua grande maioria em Angiospermae. Devido o grande número de compostos considera-se que a divulgação dos resultados das análises desses dados é de interesse de pesquisadores que atuam em trabalhos de determinação estrutural, taxonomia e prospecção de compostos ativos. Essa divulgação poderia ser feita por meio impresso, através de publicaçôes em periódicos ou em um livro, ou, como foi proposto neste projeto, através de um website construído especificamente com a finalidade de divulgar os resultados das análises desse banco de dados. Essa forma de divulgação mostra-se mais interessante, pois permitirá a atualização dos resultados periodicamente (anualmente) além de proporcionar a troca de informações entre os usuários e a mantenedora do site. Na construção do site foram utilizados 3 programas: ChewDrawR, para desenhar os tipos estruturais (esqueletos) dos diterpenos, o DreamweaverR para editar o site e o SciFinder ScholarTM do Chemical Abstract Service, para busca das referências bibliográficas. Atualmente o site mostra a distribuição de 4.394 ocorrências de 221 tipos estruturais de diterpenos em 53 gêneros de plantas da família Lamiaceae. Para consulta ao site acesse: www.feg.unesp.br\~vestri Palavras-chave: Diterpenos, Lamiaceae, site

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Desenvolvimento de Portal de Trabalho para Rede de Centros e Museus de Ciência do Estado de São Paulo Adriana Vitorino Rossi, Museu Exploratório de Ciências, Unicamp, Adriana@iqm.unicamp.br André de Oliveira Garcia, Museu Exploratório de Ciências, Unicamp, andre@reitoria.unicamp.br

A Rede de Centros e Museus de Ciência do Estado de São Paulo foi constituída a partir do I Encontro de Centros e Museus de Ciências do Estado de São Paulo, realizado em 11/05/2010, em São Paulo. Foi criada para articular diversas iniciativas para fomentar o crescimento e o desenvolvimento das instituições de divulgação científica, além de estabelecer estratégias e ações conjuntas para aperfeiçoar, qualificar e fortalecer as unidades museológicas. Uma destas iniciativas foi a criação de um Portal de Trabalho na internet, como um canal de troca de informações estratégicas entre os membros da Rede e um espaço remoto para trabalho coletivo. Foi lançado oficialmente em 23/06/2010, no II Encontro Paulista de Museus, em São Paulo. Composto por uma série de módulos-ferramentas adaptadas ao interesse específico da Rede, o Portal busca aproximar os membros da Rede e proporcionar oportunidades de intercâmbio de informações estratégicas. Permite compartilhar dados de eventos, editais, chamadas de trabalhos, exposições, fornecedores, notícias, além do espaço para debates num fórum digital. O sistema tem níveis diferenciados de acesso, sendo que apenas o módulo de notícias, de interesse geral, é público. Para os demais é necessário cadastro, exclusivo para os membros da Rede. O acesso por senha habilita os módulos, permitindo que usuário publique e visualize informações. Na área de fornecedores, há um sistema de avaliação e comentários, para a troca de experiências com empresas. Todos os meses, o sistema gera automaticamente uma newsletter com as últimas notícias, eventos e editais do portal, enviando as informações de forma resumida para todos os cadastrados. Para o desenvolvimento do Portal, foi utilizado um conjunto de ferramentas gratuitas disponíveis na internet, conhecido como Open Source (Software livre).Houve uma cuidadosa pesquisa entre as centenas de módulos disponíveis, buscando-se os mais estáveis, além de adaptações para a língua portuguesa e as particularidades da Rede. O Portal opera há três meses e vem recebendo a adesão gradativa pelos membros da Rede que vão se familiarizando com as ferramentas e as possibilidades, o que aumenta a participação e o uso.Uma avaliação preliminar deste período operacional indica boa receptividade, mas não dispensa esforços de divulgação para expandir seu uso, já que sua otimização decorre da adesão progressiva e uso sistemático pelos membros da Rede. Neste contexto, pode-se prever que o Portal torne-se um considerável repositório de informações para as unidades museológicas paulistas, o que é de grande valia para organização de trabalhos que envolvem ações diretas de extensão junto ao público visitante. Palavras-chave: Redes, software livre, museus de ciências 27


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Psicocine: Ciclo de debates sobre a psicologia do cinema (Daniela Pereira dosReis deAlmeida), Departamento de Ciência da Informação, Universidade Estadual Paulista - “ Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade deFilosofia e Ciências, danireis@marilia.unesp.br (Andresa Leia de Andrade) , Departamento de Ciência da Informação, Universidade Estadual Paulista - “ Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade deFilosofia e Ciências, andresa.leia@hotmail.com

O cinema “sétima arte”, não deve ser considerado somente como um meio de entretenimento e lazer, mas também como veículo de informação capaz de levar a reflexão da realidade social (como por exemplo, o filme “A professora de Piano” de Liv Ullmann) do irreal, do imaginário, de transmitir valores, transmitir cultura ao público. O projeto Psicocine é um ciclo de debates sobre a psicologia do cinema, promovida pelo PET de Biblioteconomia desde o ano 2000, com abordagens e temáticas distintas, através de quatro encontros anuais (período de março a novembro), sempre orientados pela ótica da psicologia, filosofia e estética. Foi originado para atender o interesse em desenvolver práticas de ação cultural, dos estudantes do curso de Biblioteconomia, demanda presente no escopo da função do bibliotecário. Tem como objetivo oferecer à comunidade universitária e, também a comunidade da cidade como um todo, cinema (exibição de filmes raros ou fora do circuito comercial) da melhor qualidade artística, inovadora linguagem e inspirar reflexões sobre questões humanas fundamentais. Cada encontro inclui a exibição de um filme, dirigido por um dos grandes mestres do cinema de todos os tempos (Ingmar Bergman, Glauber Rocha, Andrei Tarkovcky, dentre outros) seguido por palestras, debates que demandavam 5 horas de atividades desenvolvidas. O responsável técnico é um psicólogo (CRP: 06/45339-3), formado pela PUC-SP. A recomendação aos participantes é a leitura da bibliografia de apoio para fundamentar os debates e discussões, além de textos produzidos pelo próprio psicólogo. Desde o início do projeto, sempre houve a participação de um público diversificado e crescente, abrangendo não só alunos da UNESP/Marília, mas também da comunidade mariliense como um todo, constatada através das listas de presença de cada encontro.O Psicocine promove o acesso não só à cultura através do cinema, mas também resgata o hábito da discussão e reflexão de questões éticas inerentes a chamada “sociedade da informação e comunicação” típica da contemporaneidade, no qual ele mesmo (o cinema) tem papel fundamental.Tal discussão é essencial na formação não só dos estudantes da área de ciências humanas, mas de todas as áreas do conhecimento bem como de todo cidadão do mundo atual. Palavras-chave: cinema, psicologia.

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Comunicação

Rádio e Televisão Mundo Digital Carolina Nishikubo Lopes da Silva, FAAC, UNESP, canishi@yahoo.com.br Prof. Dr. Antônio Francisco Magnoni, FAAC, UNESP, afmagnoni@faac.unesp.br

O Portal Multimídia Mundo Digital (http://www.mundodigital.unesp.br/) veicula a produção dos alunos e dos professores dos cursos de Jornalismo, Rádio e TV e Relações Públicas da FAAC-UNESP e engloba inicialmente, a Rádio Unesp Virtual (www.radiovirtual. unesp.br), o Web-Jornal (http://www.mundodigital.unesp.br/webjornal/index.php ) e a Videoteca NO AR (http://www.mundodigital.unesp.br/webtv/index.php) . A finalidade do projeto é atender extra-curricularmente aos alunos interessados pela pesquisa de linguagens e tecnologia para produção de conteúdos para rádio, televisão, internet e outros suportes derivados. O site veicula a produção dos alunos e dos professores dos cursos de comunicação social. Os alunos participantes do Portal desenvolvem atividades extra-curriculares de extensão cultural e de aprendizagem profissional e conceitual, em várias especialidades do Ensino e Extensão na Comunicação. Eles realizam experimentação e pesquisa de linguagens, gêneros e formatos para produção de conteúdos noticiosos, de entretenimento e educativos. O objetivo é o desenvolvimento de métodos e teorias para a criação de produtos adequados para os diversos meios e suportes digitais. O Portal é, na verdade, um ambiente digital de testes para a construção de uma mídia diversificada, convergente e, principalmente, interativa. Para assegurar a eficiência do Portal Multimídia Mundo Digital, a gestão do site programação é feita por uma diretoria com alunos das três graduações, pelo jornalista Antônio Francisco Magnoni e pelo radialista César Fernandes Casella, que são os coordenadores institucionais do projeto. A iniciativa de criação e aperfeiçoamento do projeto Portal Mundo Digital fundamenta-se nas características conceituais da web, de acordo com Palácios (1999). O projeto agrega multimediação e convergência, a hipertextualidade, a personalização de conteúdo e a interatividade. Todas são ferramentas de muita importância atividades de Comunicação, Educação e difusão de Ciência e Tecnologia, que no contexto de crescente informatização das atividades culturais e produtivas, exigem direcionamento e atualização constante das informações, divulgação das mensagens em tempo real e com alcance mundial. Palavras-chave: Comunicação Convergente e interativa, Web Rádio, Extensão.

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Comunicação

Revista Ciência em Extensão (RCE) - PROEX - UNESP e a publicação das atividades de Extensão Universitária Maria Candida Soares Del-Masso FFC, Marília - UNESP - delmasso@reitoria.unesp.br Eduardo Galhardo - FCL, Assis - UNESP - egalhard@reitoria.unesp.br Angela Cristina Cilense Zuanon FO, Araraquara - UNESP - aczuanon@foar.unesp.br

A Revista Ciência em Extensão - RCE, publicada pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária - PROEX, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, tem como objetivo difundir os resultados das atividades de extensão universitária e a sua indissociabilidade com o ensino e a pesquisa. Criada em 2004, a RCE passou a utilizar, a partir de 2008, o SEER e todas as edições anteriores foram inclusas no sistema. A Revista Ciência em Extensão é o veículo oficial de divulgação de trabalhos com resultados de projetos e pesquisas em atividades de extensão universitária, os quais são aceitos nas respectivas seções da RCE: artigos inéditos; relatos de experiência e artigos de opinião; resenhas de livros e revistas recentemente publicados; resumos de dissertações e teses; resumos de congresso de extensão universitária. A RCE está aberta às contribuições nacionais e internacionais, de inteira responsabilidade dos autores, desde que se enquadrem nas normas editoriais, após análise pelo corpo editorial. São publicados artigos resultantes de programas, projetos ou ações de extensão universitária apresentando dados originais de investigação relacionados às áreas temáticas: Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia, Trabalho, Ciências Agrárias e Veterinárias, Espaços Construídos e Política e Economia. Enfatizam-se a relevância da interdisciplinaridade, o envolvimento da comunidade e os aspectos sociais das atividades de extensão. A RCE conta com o Selo Cultura Acadêmica da Fundação Editora da UNESP, está indexada no LATINDEX, e incluída nas buscas do Google Acadêmico. Em 19 de abril de 2010 foi ativado o Plugin do Google Analytics que permite a análise do trafego no portal. Até o dia 01/09, a RCE recebeu 7.403 visitas de 5.660 visitantes de 37 países, com análise de cobertura regional (Brasil - 7.207 visitas de 206 cidades). A principal fonte de acesso é de sistemas de busca, 3.294 pesquisas utilizando 3.416 palavras-chave. Revista Ciência em Extensão- http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/index Pró-Reitoria de Extensão Universitária - PROEX Rua Quirino de Andrade, 215 - 10º andar - São Paulo - SP- CEP: 01049-010 Editor Chefe: Eduardo Galhardo-, egalhard@reitoria.unesp.br Palavras-chave: Extensão Universitária, SEER, divulgação científica.

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Comunicação

UnB de Portas Abertas - Apresentação da Universidade de Brasília a alunos de Ensino Médio do Distrito Federal Áderson Luiz Costa Júnior (Docente), Instituto de Psicologia,Universidade de Brasília (UnB), aderson@unb.br Hugo Ala Yagi,Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, huguin.ay@gmail.com Lígia Carvalho Libâneo, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília (UnB), ligialibaneo@gmail.com Isabella Sousa Brandão, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, bell4brandao@gmail.com Caroline Valadão de Oliveira, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, caroline.voliveira@gmail.com

O Programa de Educação Tutorial (PET) é uma modalidade de investimento acadêmico em cursos de graduação que tem compromissos epistemológicos, pedagógicos, éticos e sociais. Assim, o PET de Psicologia da Universidade de Brasília (PET-Psi/UnB) desenvolve atividades de pesquisa e extensão buscando articular universidade e comunidade. O projeto “UnB de Portas Abertas” constituiu uma dessas atividades. O projeto foi idealizado para facilitar a escolha profissional de alunos de terceiro ano, do ensino médio, de escolas públicas do Distrito Federal (DF). Nesse sentido, pretendeu-se: (a) fornecer informações sobre os diferentes cursos da UnB e motivar os participantes para o ingresso no ensino superior; e (b) criar um espaço de desconstrução de crenças de incapacidade de ingresso na UnB por serem alunos egressos do ensino público. O projeto foi desenvolvido em dois dias e contou com a participação de 99 alunos de Ensino Médio, 63 graduandos da UnB e 14 membros do PETPsi. O primeiro dia foi dividido em três momentos: (a) explanação do Decano de Extensão da UnB sobre as políticas de extensão da universidade; (b) debate com ex-alunos de escolas públicas, atuais estudantes da UnB, que descreveram suas experiências de preparação para o vestibular, reação de familiares e amigos e percepção do ambiente universitário; e (c) feira de profissões com a participação de 33 estandes de cursos da UnB. Nos estandes, graduandos apresentaram banners, materiais e conteúdos relacionados a disciplinas obrigatórias, competências necessárias para ser um bom profissional e perfil de mercado de trabalho. No segundo dia do projeto, os alunos de ensino médio participaram de uma visita guiada à UnB, com o objetivo de conhecer histórico e curiosidades de Institutos, Faculdades, Restaurante Universitário, Biblioteca Central, Reitoria.Os estudantes de ensino médio mostraram-se bastante interessados pelas atividades oferecidas e informações disponibilizadas, com grande número de perguntas. Espera-se que a ampla aceitação e o sucesso da atividade permitam que a administração da UnB torne o evento periódico e institucional. Esse apoio é importante para o PET-Psi que tem interesse em realizar esse projeto com mais escolas do DF, permitindo, assim, que mais alunos tenham contato com a UnB e sintam-se motivados a serem estudantes universitários. Palavras-chave: Extensão, informação profissional, ensino médio.

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Comunicação

Universidade Aberta para a Terceira Idade - UNATI: Curso de Língua Inglesa e de inclusão social OLIVEIRA, Sérgio Domingos de. Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista UNESP, sedo@rosana.unesp.br SETE, Patrícia Karina. Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista - UNESP, patricia.ks90@gmail.com

A Universidade Aberta para a Terceira Idade (UNATI) é um projeto de extensão oferecido por uma equipe de discentes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus Experimental de Rosana, para moradores da cidade onde se encontra a instituição, em específico, para as pessoas com mais de 50 anos de idade. Financiado pela Pró-reitoria de Extensão Universitária (PROEX), o mesmo abrange uma gama variada de atividades voltadas a diversas áreas e que procuram atender as necessidades e exigências que cercam nosso público-alvo, a terceira idade, o que ressalta e valoriza a essencial integração entre comunidade local e acadêmica na disseminação de conhecimentos. O Curso de Língua Inglesa, trabalho enfatizado neste momento, é uma das atividades prestadas à população local através da UNATI, onde é exercida uma série de atividades lúdicas e ao mesmo tempo teóricas sobre a disciplina, fazendo com que os alunos assimilem o conteúdo de maneira dinâmica e, ao mesmo tempo, se sintam incentivados a continuarem participando das atividades oferecidas. São desenvolvidas pelo curso diversas atividades, que se dividem em: aulas e reforços. Durante as aulas são propostos os seguintes conteúdos: apresentação de filmes em inglês, letras e traduções de músicas, dinâmicas a partir da matéria lecionada (gramática), traduções de textos, formulação de frases e expressões, entre outras. Ressalta-se que todas essas atividades são oferecidas em nível básico, organizadas e executadas cuidadosamente, tendo sempre a preocupação de transpor o conteúdo aos alunos de modo “não-traumático”, ou seja, respeitando as peculiaridades de assimilação da língua apresentadas pelos mesmos. Já nos reforços é oferecido um espaço para esclarecimento de dúvidas do conteúdo passado em sala de aula. Além ensinar uma nova língua aos alunos, ainda mais se tratando do Inglês, que hoje é a lingua mais influente no mundo, o curso proporciona uma efetiva interação dos senhores, senhoras e professores em cada aula ministrada, propiciando a troca de experiências vivenciadas por esses alunos e o mais importante, a valorização dos mesmos perante a sociedade. A importância atribuída ao curso de Língua Inglesa da UNATI é significativa, pois a intenção deste trabalho é mostrar aos nossos alunos que não há idade certa para aprender algo novo e que é preciso aproveitar todas as oportunidades que sugem em qualquer momento de nossas vidas. Com isso, o curso constitui-se em uma demonstração de respeito, carinho e afeto por essas pessoas que já tanto nos ensinaram e que ainda têm muito a nos ensinar. Palavras-chave: Aprendizado, Inglês, Terceira Idade.

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Cultura

1a. Mostra de Vídeo Popular de São Carlos Djalma Ribeiro Junior - djalmacine@yahoo.com.br PEDRO DOLOSIC CORDEBELLO, VANESSA NASCIMENTO (bolsista de extensão) Universidade Federal de São Carlos, DAC, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A 1a. Mostra de Vídeo Popular de São Carlos pretende ser um espaco de divulgação das experiências populares de realização audiovisual que vem acontecendo no Brasil. A programação da Mostra será construída por meio da inscrição gratuita de realizadores populares de acordo com regulamento da Mostra. Além das exibições dos vídeos, previstas para acontecer na UFSCar e em escolas públicas de Sao Carlos, serão promovidos debates sobre o cenário do vídeo popular no Brasil. Nesse sentido, a Mostra se torna um espaço que permite realizar um mapeamento da produção audiovisual popular, potencializando trabalhos de articulação e ampliando o diálogo entre as produções audiovisuais populares e o conhecimento construído em âmbito acadêmico.A Mostra também permite divulgar as realizações audiovisuais populares espalhadas pelo Brasil, colaborando para a promoção da diversidade cultural e social. Realizar esta Mostra em São Carlos insere a cidade no panorama das mostras de vídeo popular e aproxima a população sãocarlense de uma produção audiovisual pouco difundida. Palavras-chave: Video, Popular, Comunicação

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Cultura

1a. Semana de Teatro de São Carlos Prof. Dr. WILSON ALVES BEZERRA, wilson_alves@yahoo.com ANNA THERESA KÜHL, FELIPE STUCCHI DE SOUZA, BIANCA PULGROSSI FERREIRA, MARCO DONIZETE PAULINO DA SILVA, ANITA RUEDA MARTINS Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O projeto surge da percepção de que a atividade teatral precisa ter um maior espaço na universidade e na cidade, tanto no campo do pesquisa, ensino e extensão, quanto no processo de retomada e fortalecimento de grupos teatrais da cidade e da região. Assim, propõe a criação da Semana de Teatro de São Carlos, na qual haja espaço para a reflexão teórica sobre o teatro, conjugada à apresentação de espetáculos teatrais locais e de grupos convidados, e palestra de diretores teatrais. Tais atividades são uma iniciativa para a criação de um Núcleo de Estudos Teatrais na UFSCar, no qual a reflexão sobre a atividade teatral em suas múltiplas dimensões tenha lugar e se consolide. Palavras-chave: teatro, semana de teatro de são carlos, nelson rodrigues

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Cultura

III Ciclo de Práticas Culturais Populares e Educação PETRONILHA BEATRIZ GONCALVES E SILVA - petronilha@ufscar.br, pbgs@terra.com.br N’GHETER NAPAM SAMI, EDNALDO DOS SANTOS RODRIGUES, APARECIDO ALMEIDA FERREIRA, SIMONE GIBRAN NOGUEIRA Universidade Federal de São Carlos, DME, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O III Ciclo de Práticas Culturais Populares e Educação visa dar continuidade a iniciativa histórica da UFSCar em 2008 que é resultado de uma parceira entre NEAB/UFSCar, Programa de Ações Afirmativas, estudantes de grupos de cultura popular,estudantes africanos e indígenas, estudantes do curso de Pedagogia da Terra e estudantes da Moradia. O projeto visa difundir a Memória Social e o Patrimônio Imaterial das culturas populares, dos povos indígenas, afro-brasileiros e africanos por meio de ações culturais construídas pelos próprios estudantes pertencentes a estes grupos e comunidades. Estas ações consistem em diferentes atividades que serão desenvolvidas na UFSCar, em escolas públicas, centros culturais e outros espaços da cidade de São Carlos e região. Entre as atividades estão: Palestras e debates, grupo de estudo sobre cultura popular,oficinas culturais, exposições, apresentações culturais, etc. O III Ciclo de Práticas Culturais Populares e Educação visa dar continuidade a iniciativa histórica da UFSCar em 2008 que é resultado de uma parceira entre NEAB/UFSCar, Programa de Ações Afirmativas, estudantes de grupos de cultura popular,estudantes africanos e indígenas, estudantes do curso de Pedagogia da Terra e estudantes da Moradia. O projeto visa difundir a Memória Social e o Patrimônio Imaterial das culturas populares, dos povos indígenas, afro-brasileiros e africanos por meio de ações culturais construídas pelos próprios estudantes pertencentes a estes grupos e comunidades. Estas ações consistem em diferentes atividades que serão desenvolvidas na UFSCar, em escolas públicas, centros culturais e outros espaços da cidade de São Carlos e região. Entre as atividades estão: Palestras e debates, grupo de estudo sobre cultura popular,oficinas culturais, exposições, apresentações culturais, etc. Palavras-chave: Eventos, Comunicação, Cultura

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Cultura

4º Contato - Festival Multimídia de Rádio, TV, Cinema e Arte Eletrônica Mariana Rodrigues Pezzo, marianapezzo@gmail.com Ricardo Rodrigues da Silva, ricardo@ufscar.br TATIANA BIANCHINI PINHEIRO, SERGIO CARLOS FRAGALLI, RODRIGO EDUARDO BOTELHO FRANCISCOUniversidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura PROEx

O CONTATO - Festival Multimídia de Rádio, TV, Cinema e Arte Eletrônica da UFSCar é uma realização anual da Rádio UFSCar, CineUFSCar, Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) e Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade. Em 2010, o evento vai para sua quarta edição. Seus principais objetivos são valorizar as produções artísticas locais, promover o intercâmbio cultural, oferecer atividades de aperfeiçoamento a profissionais e interessados nas áreas abrangidas e integrar plataformas e circuitos de divulgação de movimentos culturais caracterizados pela produção colaborativa. O Festival oferece, a um público heterogêneo, shows musicais, exibições cinematográficas, oficinas, debates, dentre outras atividades integradas. Além dos cinco dias concentrados em outubro, há ações preparatórias ao longo de todo o ano. O Festival é voltado a um público bastante heterogêneo em relação a faixas etárias, características socioeconômicas e profissionais. Todos os eventos são gratuitos. A divulgação abrange não apenas São Carlos e região, visando todo o público interessado em Arte e Cultura no País e, particularmente, no ambiente universitário nacional. Há atividades idealizadas para públicos específicos e, também, eventos integradores. Palavras-chave:Eventos, Comunicação, Cultura

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Cultura

A preservação do patrimônio cultural aproximando a academia à sociedade Mirdza Cristine Sichmann, CMU-UNICAMP, mirdza@unicamp.br Prof. Dr. Marcos Tognon, CMU, IFCH-UNICAMP, tognon@unicamp.br

O trabalho mostra que a Universidade está atendendo à busca da sociedade ansiosa em fortalecer sua identidade cultural pela preservação de seu patrimônio histórico e cultural, propiciando, assim, a aproximação da academia com a comunidade interna e externa. O Centro de Memória da Unicamp (CMU) órgão de pesquisa e centro de documentação ligado à Coordenadoria de Centros e Núcleos da Unicamp (COCEN) atua na reconstrução da história sócio-cultural de Campinas e região. Para esse fim possui setores especializados como pesquisa, publicação, biblioteca, arquivos histórico e fotográfico, história-oral e conservação-restauração de documentos gráficos. Preocupado com a preservação do patrimônio histórico cultural de nossa região e atento à crescente demanda de instituições responsáveis com a manutenção do patrimônio cultural, compartilha seu conhecimento firmando convênios e parcerias com órgãos públicos, privados e da sociedade mais ampla. Com esse objetivo disponibiliza seus setores para participar de atividades relacionadas à conservação de acervos em geral. Valendo da formação profissional específica e experiência competente ao setor, o Laboratório de Conservação e Restauração vem ao longo de sua trajetória contribuindo na formação de multiplicadores de conhecimento. Nesse sentido, os últimos trabalhos realizados pelo Laboratório foram dedicados ao atendimento à solicitação do treinamento ao responsável do acervo referente ao patrimônio musical contemporâneo da Unicamp, CIDDIC/CDMC (Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural/Centro de Documentação de Música Contemporânea); e segundo, a participação no projeto em andamento da Fapesp “Patrimônio Cultural Rural Paulista: espaço privilegiado para a pesquisa, educação e turismo”. O primeiro enquanto trata do seu acervo, também objetiva orientar alunos do curso de Música quanto à manipulação e guarda adequada á coleções especiais; e o outro já ofereceu no âmbito do projeto a primeira oficina de preservação da memória impressa na Casa de Cultura de Mococa, SP, durante a semana universitária local voltada ao público de professores, alunos, artistas plásticos, funcionários da área de cultura e proprietários rurais. O trabalho envolve a aplicação prática da limpeza mecânica (higienização a seco), pequenos reparos no papel, acondicionamento, guarda e manuseio adequados ao acervo. São estudadas e aplicadas técnicas de processamento adequadas e viáveis baseadas na realidade institucional de cada um. É importante porque usa de recursos humanos do trabalho local e regional também para tratar da documentação textual dando o seu valor dentro de um contexto significativo fortalecendo sua identidade cultural. Palavras-chave: patrimônio histórico e preservação

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Cultura

Aquarpa: a improvisação na prática musical e no ensino de música Prof. Dr. Eduardo Néspoli, edunespoli@ufscar.br THIAGO SALAS GOMES - bolsista de extensão Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Há a necessidade da formação de público para as diferentes formas contemporânea de manifestação musical, tendo em vista a pluralidade cultural e o advento de novas tecnologias que propõe novas formas de operação dos materiais sonoros. O objetivo desta atividade é levar a um público diversificado a instalação sonora “ Aquarpa”, que integra instrumentos musicais e sons ambientais em apresentações que envolvem a improvisação musical. Há também o objetivo de trazer profissionais da área de música e educação musical para a realização das apresentações seguidas de oficinas, que serão oferecidas ao público da cidade de São Carlos. As apresentações deverão atingir um público variado, de diferentes idades e formação. O presente projeto propõe a realização de apresentações e oficinas que utilizam uma instalação sonora denominada “ Aquarpa” que é produto de pesquisa acedêmica com a construção de instrumentos musicais, e que busca integrar diferentes tecnologias (acústica, elétrica e digital). Utiliza instrumentos musicais construídos, captadores de contato e uma programação digital realizada no ambiente de programação MAX MSP. MAX MSP permite a manipulação de amostras sonoras em tempo real, que poderão ser executadas, manipuladas e processadas a partir dos instrumentos acústicos ou através de dispositivos digitais específicos, como um teclado MIDI. Com este sistema, torna-se possível a utilização musical de diversos materiais sonoros extraídos de diferentes fontes. Do ponto de vista metodológico, o sistema permite a investigação, o registro e a manipulação musical de sons ambientais, de modo que os registros realizados possam ser utilizados em composições e/ou improvisações musicais. Palavras-chave: Educação musical, improvisação musical, tecnologia

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Cultura

Ação Cultural na Biblioteca Comunitária da UFSCar (BCO) Ligia Maria Silva e Souza, ligia@ufscar.br LIGIA LEITE CASTELLI Bolsistas de Extensão: ARIANE FLORIM, RAIANI CRISTINA CAVICHIA, GUILHERME DERIGI AMBROZIO Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Oferecer uma opção de lazer para a comunidade universitária e, principalmente, para a cidade de São Carlos. A Ação Cultural da Biblioteca Comunitária da UFSCar compreende vários projetos: Arte na Biblioteca, Dia Nacional do Livro Infantil, Cultura: Espaço BCo, Semana do Livro e da Biblioteca da UFSCar. A BCo tem servido de laboratório para vários alunos de cursos de graduação além de ser suporte primordial para o ensino em todos os níveis. Assim, através de nossos serviços e atividades, contamos com a participação de bolsistas, estagiários e voluntários, que muitas vezes são os responsáveis pela concretização de muitos eventos e realização de atividades de rotina. Essa oportunidade de trabalhar, aproveitando a disponibilidade dos alunos, permite que eles adquiram experiência prática que os cursos de graduação, apenas com aulas teóricas, acabam não oferecendo com frequência. Podemos enfatizar a participação de alunos do curso de Biblioteconomia, Letras,Terapia Ocupacional, Pedagogia, Psicologia entre os que muito colaboram nessa troca de experiências, enriquecendo com idéias e sugestões nossas atividades e aprendendo, com muito estrutura e diversidade, na busca de referenciais para a vida profissional futura. Procurando estender à toda comunidade a sua atuação como um centro de informação em todos os níveis e para todos os fins, a BCo tem buscado desenvolver suas atividades também fora da comunidade universitária, tentando atingir um público menos favorecido e portanto mais necessitado de informação, cultura e lazer. Tarefa essa muito difícil para um país que ainda não tem uma cultura de leitura e de busca de informações como suporte para a conquista da cidadania. Palavras-chave: leitura, biblioteca, arte

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Cultura

Brinquedos, Jogos, Mukashis Banashis, Mangás e Haikus no Cotidiano Escolar Brasileiro Profa. Dra. Maria do Carmo Monteiro Kobayashi, Faculdade de Ciências - Bauru, UNESP, kobayashi@ fc.unesp.br Claúdia Y. Tazaki; Faculdade de Ciências - Bauru, UNESP, claudiatazaki@gmail.com

Os preparos para as comemorações alusivas ao centenário da imigração japonesa no Brasil nos mostraram um universo a ser estudado e que poderia ser temática na formação de professores, sendo assim, em 2007, esse projeto de extensão foi elaborado para: desenvolver ações educativas que permitissem aos professores e alunos de educação infantil, ensino fundamental, médio, universitário e a comunidade em geral a vivência conjunta do processo ensino-aprendizado, com a temática decorrente da cultura japonesa no Brasil, a partir do olhar do imigrante japonês sobre os fatos históricos e culturais (objetos lúdicos das crianças japonesas brinquedos, jogos, doyo uta – músicas infantis, mukashi banashi – literatura infantil japonesa, raiku, mangá, festas Undo kai, Bon odori entre outras) no Brasil e no Japão. Desde então, as ações decorrentes do projeto têm possibilitado o processo ensino-aprendizado nas diferentes áreas do conhecimento com foco na cultura nikei. No seu decorrer, têm mostrado de diferentes formas, a vinda, instalação e as contribuições desse povo para o nosso país; suas diferenças religiosas, fisionômicas, esportes, culinária entre outras, e que com o tempo acabaram se tornando parte da vida brasileira. As ações educativas, formais e informais, decorrentes do projeto permitem a articulação entre ensino, pesquisa e a extensão. No que se refere ao ensino criou-se a possibilidade da realização dos Estágios e da Prática de Ensino, do Curso de Educação Artística em situação escolar real por meio de projetos exeqüíveis, nos quais os alunos ministram oficinas de haikus, contação de histórias (Mukashis banashis) e mangas, essas por sinal com inúmeros pedidos de crianças e jovens, o que levou a trabalhos de TCCs. No que se refere à pesquisa está ligada ao projeto trienal, 2008-2010, da coordenadora Asobi Mashou: Vamos brincar, os jogos e brincadeiras dos imigrantes japoneses no Brasil e a TCCs de Pedagogia de Educação Artística. Ressaltamos que o projeto possibilita, ainda, a interface pesquisa extensão junto à comunidade nipo-brasileira do Clube Cultural Nipo-brasileiro de Bauru, principalmente, junto ao Nihon Gakou (escola de língua japonesa com as crianças), Fujin kai (grupo das senhoras) e Rodin kai (terceira idade), esse último grupo como sujeitos da pesquisa trienal anteriormente citada. As ações do projeto ganharam força em 2009, graças ao Convênio UNESP-Tenri University, em 2010 recebemos três alunos japoneses, que aqui permanecerão por um ano, o que tem permitido a participação de alunos e professores para a troca de conhecimentos e de intercâmbio entre as duas universidades. Palavras-chave: Cultura. Educação. Multiculturalidade

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Cultura

Cine UFSCar ALEXANDRA LIMA GONCALVES PINTO, alexandra@ufscar.br ELIANE COSTER, coster@ufscar.br Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O CineUFSCar é um projeto de extensão que já existe há 4 anos dentro da Universidade e que tornou a UFSCar uma referência para projetos de exibição audiovisual/cinematográfica. Em seu quinto ano de atividade, um dos objetivos principais do projeto é a finalização do seu Projeto Editorial, que está sendo elaborado através de um Grupo de Trabalho, formado pela equipe em parceria com representantes da comunidade acadêmica e da sociedade. Este Projeto Editorial pretende fortalecer o CineUFSCar a fim de se multiplicar enfoques, estratégias e pesquisas sobre exibição de cinema na universidade e na cidade de São Carlos. Paralelamente a isso, pretendemos organizar o acervo do cinema, que se formou ao longo desses 4 anos e que hoje necessita de um trabalho de catalogação para ser melhor utilizado. E, principalmente, desenvolver novas parcerias e ações para estimular cada vez mais a participação da comunidade nas sessões do cinema e nos debates, o que envolverá um amplo trabalho de divulgação nos bairros e na própria universidade. Palavras-chave: cinema, cultura, educação

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Cultura

Cine UFSCar Sorocaba ANA LUCIA BRANDL - albrandl@ufscar.br FABIANO DE OLIVEIRA SANTOS Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O presente projeto visa dar continuidada a um cineclube na UFSCar/Sorocaba, com exibições semanais de filmes em DVD. As exibições seguirão ciclos temáticos, onde o filme principal será precedido de uma exibição de curta-metragens relacionados ao tema do ciclo e seguida de uma discussão entre os participantes e um debatedor convidado. Por se tratar de uma atividade nos moldes do CineUFSCar do Campus de São Carlos, propomos que o nome da atividade seja CineUFSCar/Sorocaba. O CineUFSCar/Sorocaba tem como objetivo exibir gratuitamente filmes fora do circuito comercial, com ênfase nas produções nacionais, buscando integrar a comunidade universitária e a comunidade local. Um outro objetivo importante é o de promover a diversidade de leituras audiovisuais, contribuindo para que a Universidade tenha o papel de ser um espaço plural e democrático na formação cultural, política e social no meio onde ela está inserida. Nosso público-alvo são principalmente os alunos, professores e funcionários da UFSCar/Sorocaba, para as exibições realizadas no campus. Palavras-chave: Cinema,Cultura, Universidade

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Cultura

CineExtensão UNIFESP Diadema Carolina Vautier-Giongo (Docente), Campus Diadema, UNIFESP, cvtgiongo@unifesp.br Juliana Castilho, Campus Diadema, UNIFESP, castilho.juliana@unifesp.br

O presente projeto tem como objetivo a apresentação de documentários, seguidos de debates sobre temas ligados às áreas de atuação dos cursos de Ciências Ambientais, Ciências Biológicas, Engenharia Química, Farmácia-Bioquímica, Licenciatura Plena em Ciências, Química e Química Industrial,oferecidos pelo Campus Diadema da Universidade Federal de São Paulo. Os documentários abordam temas de caráter cultural, educacional, cientifico ou ideológico, visando atuar na promoção da interdisciplinaridade e no desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de construção de novos saberes nos graduandos. Também é estimulada a criação, por parte dos graduandos, de documentários focados na a realidade da comunidade acadêmica do campus e da comunidade onde a universidade encontra-se inserida, na cidade de Diadema. Já estão em discussão dois temas para elaboração de documentários: A Comunidade da Ong Beija-Flor e Leitores de Diadema e da UNIFESP Diadema. Os estudantes que mais freqüentam as apresentações do CineExtensão são do curso de Licenciatura Plena em Ciências (46 %), seguido dos estudantes de Ciências Biológicas (30 %), Engenharia Química (7 %), Ciências Ambientais (7 %), Química (7 %), Farmácia-Bioquímica (4,5 %) Química Industrial (4 %). Palavras-chave: Extensão, Documentários, Interdisciplinaridade.

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Cultura

Cinema 3D - Apoio ao Cine UFSCar e ao Cine São Roque LEONARDO ANDRADE - andrade@ufscar.br PEDRO GARCIA ABILLEIRA DE CASTRO (bolsista de extensão) Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Através de pesquisa científica que vem sendo desenvolvida desde 2002, alguns filmes em versão digital 3D foram recuperados para serem exibidos com um computador e projetor digital convencional, desde que os espectadores possuam óculos de filtros coloridos. Através desta atividade, pretende-se exibir filmes codificados dessa forma, trazendo a possibilidade do público conhecer filmes em três dimensões.A atividade prevista visa apoiar duas outras atividades em andamento na UFSCar, o Cine UFSCar e o Cine São Roque, com sessões especiais de cinema 3D. Metodologia: Um curta-metragem (intitulado ‘Ciranda’), foi realizado por equipe do DAC (Depto. de Artes e Comunicação), e poderá ser exibido antes das sessões propostas. Além desse curta, existe a possibilidade de exibição de curta-metragens da década de 50 e 60, que também podem ser exibidos antes da sessão principal. Está em andamento a codificação dos filmes Coraline, 2009 e Expresso Polar, 2008, além do proponente possuir em seu acervo uma grande gama de filmes que podem ser exibidos, de acordo com o ciclo proposto. Palavras-chave: cinema, estereoscopia, codificação de vídeo

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Cultura

Circuito Científico Cultural: A Educação Através da Ciência e da Cultura Ruth Künzli, Faculdade de Ciência e Tecnologia - FCT, UNESP, ruth@fct.unesp.br Caio Gabriel Marques Sousa, Faculdade de Ciência e Tecnologia - FCT, UNESP, caio_gabriel87@hotmail.com Fernanda Regina Fuzzi, Faculdade de Ciência e Tecnologia - FCT, UNESP, fernanda_fr8@hotmail.com Fernando Pereira Dias, Faculdade de Ciência e Tecnologia - FCT, UNESP, fernando.pdias@hotmail.com

A Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNESP Campus de Presidente Prudente oferece à comunidade em geral e às Escolas Públicas e Particulares do município de Presidente Prudente e região a oportunidade de visitarem vários setores da Faculdade, dentre eles, podemos citar o Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia- CEMAARQ, o Laboratório de Sedimentologia e Análise de Solo, a Estação Meteorológica, a Sala de Leitura, o Centro de Ciências a o Show de Química com a trupe Quimiatividade. Para melhor atender os visitantes e também para ampliar o potencial de atendimento das visitas estes setores se uniram e criaram o Projeto denominado Circuito Cientifico Cultural, articulando assim todos estes Setores de Atendimento, com monitores treinados para conduzirem os alunos e professores visitantes, de modo a aproveitar melhor seu tempo disponível para conhecerem os diferentes setores disponíveis a visitação. O projeto proporciona um papel importantíssimo tanto para a formação dos monitores quanto para o melhoramento das condições dos setores abertos e inclusos no Circuito Científico Cultural; busca o diálogo com a comunidade, mobilizando diferentes saberes, dentre estes se destacam aqueles ligados à compreensão das relações entre a sociedade, a educação, a cultura e a ciência, favorecendo a construção de processos coletivos e participativos, permitindo assim relacionar diferentes formas de conhecimento. Até o momento o projeto apresenta resultados bastante positivos, pois os setores estão sincronizados, tendo havido uma melhora na qualidade das explicações e exposições devido ao fato da boa qualificação dos monitores; com isto, o número e a qualidade das visitas vêm aumentando. Palavras-chave: Educação, Ciência e Cultura

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Cultura

Como Surge o Broto? E, depois dele, outro? Marlene A. Schiavinato (Docente), Instituto de Biologia, Unicamp, marlenedbv@gmail.com; Ana Carolina Pereira de Castro R. Bastos, Faculdade de Educação, Unicamp, anacorrenteza@gmail.com; Fernanda Salgado Guassi, Faculdade de Educação, Unicamp, fernandaguassi@hotmail.com; Marina Seneda, Faculdade de Educação, Unicamp, marina.seneda@hotmail.com

O trabalho prático vem sendo desenvolvido no Espaço de Vivências Ambientais da Moradia Estudantil da Unicamp (Barão Geraldo, Campinas) desde outubro de 2009. Nosso grupo - Sementes Crioulas - se prepara para imaginar este trabalho como um pequeno Teatro da Memória de bambu e tecido: contar as estórias das sementes, das árvores e de ervas medicinais para crianças de todos os cantos. Nossa estória, uma aproximação aos mitos arcaicos, especialmente a mitologia indígena brasileira, contos milenares, que foram transmitidos de geração a geração, gravados na memória dos que contam e dos que ouvem. A partir da atuação dos educadores durante o ano de 2010, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp (PREAC) foi construído o Viveiro para cultivo de espécies comestíveis de ciclo curto,de mudas de plantas arbóreas e de ervas medicinais. Além disso, criamos o Peneirador de composto “Gira-gira” e o Esterilizador de composto avapor “Maria Fumaça”. No presente momento, estamos plantando com as crianças da Sociedade Pró-Menor uma horta circular. Estruturamos também o Ateliê de pintura e argila. Como recriar estórias de índios? Como partilhar as estórias das ervas, das árvores seus usos e possibilidades com crianças de todos os cantos? As atividades práticas com as crianças, professores, monitores e educadores são desenvolvidas como vivências ambientais semanais com duração de 2 horas. A elaboração das atividades práticas de co-criação com professores, educadores e monitores se dá semanalmente, com duração de 2 horas. Sociedade Pró Menor, externa à instituição de ensino superior: as atividades com as crianças já estão incorporadas ao calendário oficial da instituição, tendo a participação de crianças de 6 a 9 anos desde 2009. Essas atividades correspondem às oficinas ministradas pelos educadores em diversas áreas estruturadas conforme o processo de criação da cenografia: terra, semente, raiz, caule, copa, viveiro, horta, compostagem, ateliê, criação sustentável, estandartes das estórias das árvores e ervas. Além das crianças e professores destas instituições, alunos atendidos pelo programa da Moradia Estudantil da Unicamp e os estudantes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) também são beneficiados com a proposta. Palavras-chave: vivência ambiental, semear, cultivar e colher, educação.

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Coordenadoria de Cultura da UFSCar: projetos e políticas culturais Ilza Zenker Leme Joly - zenker@ufscar.br Djalma Ribeiro Junior - djalmacine@yahoo.com.br Profa. Dra. Marina Silveira Palhares - Pró-Reitora de Extensão Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A Coordenadoria de Cultura (CCult) está vinculada a Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar e é responsável pela articulação entre os projetos de extensão relacionados às artes e a cultura de uma forma geral. A CCult desenvolve suas atividades baseada no processo de ensino-aprendizagem e nas demandas da sociedade em geral, portanto, não se constitui como mero apêndice do processo acadêmico, mas coloca-se como um agente articulador entre o ensino e a pesquisa e assegura a indissociabilidade das três áreas; por meio das atividades realizadas com temas ligados aos diversos domínios culturais (Artes Cênicas; Artes Visuais; Audiovisual; Cultura; Dança; Literatura; Música e etc.) e nos mais variados campos de apresentação e representação da cultura, constrói um espaço permanente de reflexão para a construção da política cultural da Universidade, direcionando esforços para que a Universidade se comporte e assuma suas funções de criação e difusão de cultura e arte em constante diálogo com as comunidades e grupos populares. Para esta construção na UFSCar temos promovido seminários de reflexão, que tem por fio condutor eixos temáticos que parecem contemplar as ações culturais do entorno. Estes Eixos Temáticos não são estanques, pelo contrário, são abertos e estão constantemente em construção. São eles: AMÉRICA LATINA E POVOS DO SUL, que visa pensar a cultura desde a América Latina e de nossas raízes africanas permite nos ampliar as nossas visões de mundo e nos enraizarmos em um contexto histórico-cultural de resistência anti-hegemonica e de promoção da cultura popular. ARTE E CIÊNCIA EM MOVIMENTO, que pretende valorizar as ações e os processos artísticos que vem sendo desenvolvidos nas mais diversas áreas culturais e que caminhem em uma perspectiva de diálogo com o saber e a arte popular. Denominar este eixo temático de Arte em Movimento é explicitar o caráter dinâmico da arte em constante sintonia com o seu momento histórico. ECONOMIA DA CULTURA, eixo que tem por foco contribuir com o debate acerca da economia da cultura e os processos de estruturação de cooperativas relacionadas às mais diversas áreas culturais em uma perspectiva humanizadora que valorize a criação e a expressão do indivíduo dentro de uma coletividade. CULTURA E SOCIEDADE, cujo objetivo principal é manter um constante diálogo entre os saberes construídos em âmbito acadêmico, em relação a cultura e os saberes populares. Este diálogo, acreditamos, é a base da construção de uma relação cada vez mais humana entre a Universidade e a sociedade em geral. Neste sentido, este eixo temático prioriza ações e processos que aproximem cada vez mais a Universidade da sociedade de forma dialógica e respeitosa, afirmando as diferenças culturais como possibilidade de desenvolvimento humano e se fortalecendo nas diversidades culturais. Palavras-chave: Cultura,Gestão cultural, Cultura e universidade

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Criação e Difusão de um acervo digital de documentários PATRICIA SALTORATO - patrisal@dep.ufscar.br, saltorato@ufscar.br Universidade Federal de São Carlos, CAc-Sor - Coordenação Acadêmica de Sorocaba, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A relevância acadêmica da presente proposta de extensão justifica-se por fazer convergir as áreas de pesquisa e ensino (Trabalho, Tecnologia e Organizações) da proponente, à medida que engloba documentários sobre temas como a financeirização da economia e da produção, inserida no contexto da adoção do projeto político neoliberal e os impactos desta sobre a engenharia de produção e da sociedade em geral. Além desta classe de documentários, o acervo ainda conta com uma vasta gama de programas de interesse de outras disciplinas e cursos de todos os campi da UFSCAr, como química, física, engenharia de materiais, sociologia, administração, economia, estatística, geografia, biologia, agronomia, etc... A relevância social está em difundir informações sobre a atuação de grandes organizações, muitas vezes, restritas à comunidade acadêmica e que por meio dessa proposta poderia aumentar a conscientização dos cidadãos na suas tomadas de decisões e em seus posicionamentos frente a organizações e as conseqüências destas sobre assuntos que lhes dizem respeito como consumo, meio ambiente, monopólios, alimentos geneticamente modificados, políticas públicas, mídia corporativa, etc... O principal objetivo visa à sistematização e difusão de um acervo digital de documentários relativos ao papel e à atuação das organizações em nossa sociedade. No âmbito acadêmico, é de grande valia, a utilização de diversas formas de interação com os alunos, tanto em salas de aula como através da promoção de ciclos interdisciplinares onde a utilização de itens do acervo proposto facilitaria tais iniciativas. E, no âmbito social, como exposto anteriormente, o objetivo é a difusão de informações importantes que envolvem as organizações e os cidadãos que delas dependem. Palavras-chave: documentário,mídia comunitária, educação

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Cultura Indígena em Escolas de Ensino Básico no Município de Cruzeiro do Sul, Acre Heidi Soraia Berg, heisb@yahoo.com.br Manoel De Paula Sabóia José Alessandro Cândido da Silva, alessandroczs@bol.com.br Universidade Federal do Acre, Campus Floresta

O Projeto Cultura Indígena foi desenvolvido como parte integrante da disciplina Didática Intercultural (90H/A). O projeto contemplou, sob a forma de aulas de 04 horas, a discussão e reflexão sobre temas do universo sócio-cultural e cosmológico indígena. Essas aulas foram ministradas por discentes de graduação do curso de Formação Docente para Indígenas da Universidade Federal do Acre, Campus Floresta, e priorizou o enfoque de temas relacionados à cultura indígena, medicina tradicional, manejo e aproveitamento dos recursos naturais, linguagem, artes, entre outros. A execução do Projeto Cultura Indígena foi realizada em escolas estaduais e municipais de ensino fundamental e médio do município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre, no período de 31 de outubro a 28 de novembro de 2009. O objetivo do projeto foi divulgar temas da Cultura Indígena entre crianças e jovens, ao atender a lei 11.645/08, que tornou obrigatória a inclusão da temática indígena e afro-brasileira na rede de ensino. Deste modo, incentivou-se o intercâmbio de conhecimentos, saberes e práticas entre os participantes, em temas indígenas relevantes, bem como o estabelecimento e registro de conexões e diálogos pertinentes entre tais sistemas de conhecimento. A experiência de trabalho de orientação e planejamento das atividades de docência intercultural pode ser aproveitada para os preparativos dos estágios supervisionados do Núcleo de Estudos Aprofundados, durante as fases presenciais e ter continuidade durante a realização dos estágios previstos para as fases intermediárias de 2010 a 2012 do curso de Formação Docente para Indígenas. Palavras-chave: cultura indígena, docência, interculturalidade.

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CULTURARTE: Extensão em Mão Dupla Águeda Aparecida da Cruz Borges; Maria Claudino Silva Brito, ICHS/Curso de Le-tras, “Campus” Universitário do Araguaia-CUA/UFMT, guidabcruz@hotmail.com

Aproveitando a oportunidade do 1º Congresso Paulista de Extensão U-niversitária e 3º Congresso de Extensão Universitária da Unicamp, propomos apresentar um Projeto de Extensão, o CULTURARTE, que se desenvolve des-de 2003, no “Campus” Universitário do Araguaia, da Universidade Federal do Mato Grosso, em Barra do Garças-MT. O objetivo do Projeto consistiu, num primeiro momento, em identificar artistas populares de diversas naturezas, tanto dentre os alunos da Universidade quanto na população da cidade. Com a contribuição de um bolsista, foi feito um catálogo identificatório e a partir daí um cronograma de atividades a serem desenvolvidas. A cada quarta-feira, após convite antecipado, um dos artistas ou grupo de artistas fazia uma apresentação no Auditório da Universidade, as atividades eram intercaladas com apresentações de trabalhos dos alunos e exposição de resultados de outros Projetos dos vários Cursos do Instituto, de modo a criar um espaço de sociabilidade e diálogo entre as diversas áreas de conhecimen-to O Projeto foi criando corpo e, atualmente, como estou afastada para mi-nha capacitação em doutorado, está sob a coordenação da profª. Maria Clau-dino Brito e passou a fazer parte de um Programa maior: O PBOL, “Projeto Bi-blioteca Oficina” que conta, além das atividades do CULTURARTE, com o A-BRACADABRA: CONTADORES DE HISTÓRIAS e o VOZES DO CERRADO: DECLAMADORES DE POESIA. No entremeio das programações, são oferecidos cursos, oficinas, mos-tras, exposições e outros. Esse tipo de extensão tem via de mão dupla, pois tanto a Universidade vai à sociedade quanto a sociedade vem para a Universidade, num movimento de ensino e aprendizagem que envolve as duas partes. Outro ponto relevante é a valorização da arte/artistas da cidade, como: violeiros, grupos de catira, grupos de dança: Hip Hop, Street Dance, por um lado e, por outro o encontro com professores e alunos da rede pública e priva-das na leitura, ‘contação’ de histórias, declamação de poesias. Isso exige o trabalho de seleção, estudo das obras, conversa com autores. Podemos afirmar que o Programa como um todo vem contribuindo para que a Universidade se reconheça, cada vez mais, não como parte, mas como a própria sociedade. Palavras-chave: Extensão, Programa Biblioteca Oficina, Culturarte.

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Dança Contemporânea ANTONIO JOAQUIM DOS SANTOS –f-bissau@ufscar.br LIVIA DE LIMA REIS, HÉLIO MÁRCIO PAJEU (bolsistas de extensão) Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Inclusão Social através da dança. Multiplicidade e diversidade caracterizam o universo da dança cênica na atualidade.Corpos híbridos nascidos da contaminação entre fontes culturais, técnicas corporais e gêneros artísticos distintos.É raro observar hoje um corpo que dance construído através de uma técnica específica.Em sua formação, os artistas têm acolhido elementos distintos e vezes díspares de práticas corporais que vão da dança às artes marciais, da yoga a dança contemporânea.Os referenciais ainda nítidos que a dança moderna delineava deram lugar à noção de desterritorialização, ou seja, a perda de territórios permeando a relação de dança com outras artes e áreas do conhecimento.Misturas estas que se apresentam “ilusórias na medida em que o corpo do bailarino não for tocado”. Muitos são as estéticas de corpo possíveis na cena da dança. Há que se descobrir novos termos para designar as danças resultantes de tamanha contaminação entre áreas.No que se refere à dança contemporânea, não toda dança que é coetânea, mas aquela que apresenta uma organização de movimentos com determinadas especialidades técnicas e estéticas, evidenciando-se presença de um caráter investigativo que leva a novos registros corporais.Reafirma-se hoje a figura do “criador interprete” nomenclatura que referencia um percurso de pesquisa do profissional em seu próprio corpo em busca de uma espécie de resolução investigativa.Este formula novas perguntas com o seu corpo para que possam caminhar em algum tipo de procedimento técnico e metodológico. Como se lhe tirassem as certezas, os resquícios de movimento de um tempo clássico, alguns criadores de dança contemporânea abrigam-se numa nova ciência.Não se contentam em se utilizar somente de uma gramática corporal construída até então via dança clássica e moderna.O corpo virtuoso coexiste com o que se permite dançar assumindo sua precariedade e transitoriedade. Mas estas “novas Hipóteses” precisam estar sempre presentes no corpo, e não somente enquanto recurso temático ou veiculação de mídias (relações com artes plásticas, teatro, vídeo e outras tecnologias). Propaga-se uma dança contemporânea que assume a fragmentação, a desconstrução e a simultaneidade como possibilidades de existência no mundo.Os princípios são norteadores da modernidade como a ordem, a estrutura, o centro e a linearidade, são substituídos por outros como a multiplicidade, a descentralidade e a nãolinearidade.A noção de simultaneidade dissolve a hierarquia no próprio corpo e a relação deste com os outros corpos e o espaço na cena da dança. Palavras-chave: dança,movimento, corporeidade

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Eventos Culturais no Campus de Araras NORBERTO ANTONIO LAVORENTI - norba@cca.ufscar.br MARIA LUCIA ZIANI DE CERQUEIRA LUZ, VANIA MARIA DE OLIVEIRA Universidade Federal de São Carlos, Campus de Araras, Coordenadoria de Cultura - PROEx

As atividades dentro do projeto de Eventos Culturais no campus de Araras tiveram início em 2006 quando o Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em comemoração dos seus 15 anos de existência, criado a partir da incorporação pela Universidade das unidades paulistas do extinto Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar (PLANALSUCAR), ligado ao Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), realizou uma programação de eventos e atividades culturais para promover a integração da Universidade com a população local e ampliar a visibilidade da marca UFSCar e CCA não só por meio da imprensa, como também por formas mais diretas com os ararenses. Com o retorno positivo alcançado em 2006, o projeto de Eventos Culturais no campus de Araras repetiu-se em 2007, abrangendo ainda mais a participação dos ararenses em movimentos culturais promovidos pela Universidade e vice-versa. Em 2008 as atividades ficaram mais focadas aos alunos do Centro com o objetivo de consolidar na comunidade acadêmica a importância da participação de todos na elaboração das atividades. Para isso, além de implantarmos o projeto “Curta no Almoço” em Araras, que é uma extensão do CineUFSCar para o campus, foi realizada a Jornada Cultural Estudantil e estimulada a participação de grupos artísticos de alunos, professores e funcionários do CCA. Em 2009, aproveitando o momento de expansão do campus com a implantação dos novos cursos, as atividades foram mais focadas ao público externo com o intuito de aproximar o CCA da comunidade, tornando-o mais conhecido na cidade e região. Foram realizadas diversas atividades, como a “Jornada das Estrelas”, evento em comemoração ao Ano Internacional da Astronomia (que para atender a demanda contou com duas edições, uma em junho e outra em outubro), o “Isso é UFSCar, isso é Araras”, a apresentação da Orquestra Experimental da UFSCar no Teatro Estadual de Araras, e também os eventos voltados à comunidade interna, como a “I Jornada Acadêmica do CCA”, e a “Semana da Consciência Negra”. Além destes eventos, foram realizadas visitações ao campus, por meio de agendamento com escolas em datas alternadas e também recreações, envolvendo os alunos dos cursos de licenciaturas, entre outras atividades. Para 2010 a proposta foi aumentar o número de atividades culturais, expandindo novamente os eventos para a cidade, agregando parcerias locais que contribuam com a divulgação e expansão do Centro. Com a chegada dos alunos dos novos cursos criados a partir do Reuni, o projeto de Eventos Culturais no campus de Araras reforça a importância de se tornar uma ferramenta para a propagação cultural e integração entre alunos, calouros e servidores docentes e técnico-administrativos, e também para com a comunidade local e regional. Palavras-chave: Cultura, Música, Teatro

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“Fontes Judiciárias: Organização do Arquivo do Fórum da Comarca de Assis” Profª Drª Célia Reis Camargo; crcam@assis.unesp.br e celia@cedem.unesp.br Piter Bruno Martins, piterbrunomartins@gmail.com Faculdade de Ciências e Letras de Assis - Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Pelo Convênio firmado entre a Reitoria da Unesp e o Tribunal Superior do Estado de São Paulo, em Março de 1991, o Arquivo do Fórum da Comarca de Assis se encontra sob custódia do CEDAP - Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa – unidade auxiliar da Unidade. Dentre os muitos objetivos do projeto de organização se destacam a preservação da memória e do patrimônio histórico-cultural da região aliada à prática de pesquisa e ao manejo de fontes pelos bolsistas. Também inclui o desenvolvimento da análise e sistematização de informações referentes ao conteúdo documental, dando suporte aos docentes, alunos e comunidade para suas necessidades de pesquisa e consulta a documentos de valor histórico e a conjuntos de informações de interesse científico e cultural. O projeto está diretamente relacionado com a pesquisa, na medida em que organiza e disponibiliza uma importante fonte de informação social, em diversas áreas do conhecimento como a História, Antropologia, Sociologia, Linguística, Direito, Psicologia entre outros, ou seja, está em consonância com o objetivo maior do Centro de constituir bases sólidas de informação indispensáveis ao desenvolvimento científico e cultural. Articula-se com o ensino porque complementa a formação dos alunos que atuam no projeto, tornando-os aptos para as novas demandas do mundo do trabalho, especialmente em Centros de Memória, Arquivos e instituições culturais que preservam a memória e o patrimônio histórico, literário e científico do país. A documentação jurídica representa valiosa fonte para pesquisa dada a riqueza de informações, conflitos e interpretações que nos oferece. O arquivo em questão traz à tona todos os processos de diversos municípios da Comarca entre o período de 1875 a 1985. Sua organização e posterior disponibilização é imprescindível para o desenvolvimento da pesquisa no âmbito regional e local. A organização e informatização do Arquivo só tem sentido na medida que cumpra sua função primordial de informar e gerar conhecimento público. Palavras-chave: Fontes Judiciárias, Comarca de Assis, Processos Cí-veis-Criminais.

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Formação de orquestras comunitárias na UFSCar Profa. Ms. Maria Carolina Leme Joly, maroljoly@yahoo.com.br Profa. Dra. Ilza Zenker Leme Joly, zenker@ufscar.br Juliane Raniro Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O projeto “Orquestra” aglutina as atividades de formação musical e de prática de conjunto instrumental que recebe e dá continuidade aos alunos provenientes dos cursos de musicalização e outros projetos musicais mantidos pelo mesmo programa. A estrutura metodológica do projeto prevê direntes tipos de orquestra: 1) a que chamamos de Pequena Orquestra da UFSCar, orquestra essa que introduz ao aluno à prática musical de conjunto e portanto desenvolve um repertório de orquestra para músicos iniciantes. Já estamos em processo de formação do 4º núcleo desse tipo de orquestra. Na “Pequena Orquestra” sempre buscamos priorizar um repertório de música brasileira, geralmente advindo de canções e danças da cultura popular. 2) A Camerata Vivace, composta só por instrumento de cordas e que desenvolve um repertório baseado na tradição da música erudita. 3) um outro tipo de orquestra caracteriza-se como uma orquestra comunitária que se dedica ao estudo, pesquisa e desenvolvimento de um repertório musical e prática de conjunto, voltados especialmente para a cultura brasileira. Esse núcleo de orquestra tem sido denominado de Orquestra Experimental da UFSCar e aglutina músicos de todas as idades (desde 12 anos até 69 anos) oriundos de cursos de graduação e pós-graduação da UFSCar e de todos os segmentos da sociedade de São Carlos. Essa orquestra acolhe também os alunos do curso de Licenciatura em Educação Musical da UFSCar seja em disciplinas voltadas para prática de orquestra, seja em disciplinas voltadas para direção de conjuntos musicais. As orquestras têm acolhido um número significativo de alunos de diversos cursos de graduação e pós-graduação da UFSCar e elas tem provado que são núcleos propícios para o desenvolvimento da cultura geral dos alunos da universidade, além de servir como núcleo acolhedor para desenvolvimento das habilidades humanas e sociais das pessoas envolvidas. O trabalho em grupo é sempre um meio importante para acolher alunos iniciantes na universidade e conduzí-los a uma rotina de vida universitária saudável e construtiva no que diz respeito aos hábitos sociais de respeito, sociabilidade, pontualidade e responsabilidade. Os núcleos de orquestra são ainda importantes para a socialização e integração dos mais diferentes alunos dos cursos da UFSCar, à medida que elas são projetos de formação continuada, com grupos definidos e que realizam encontros, viagens e inúmeros ensaios coletivos no decorrer do ano. Ao longo de seus 17 anos de atividade, o projeto de orquestra da UFSCar já acolheu alunos que entraram para a orquestra ao ingressar em um dos cursos de graduação da UFSCar e permaneceram nela durante todo o curso de graduação, mestrado e doutorado. No ano de 2004, os núcleos de orquestra começam a receber os alunos do Curso de Licenciatura em Música com habilitação em Educação Musical. Além disso, a informação de participação em atividades de orquestra tem sido um diferencial em currículos de alunos que procuram estágios e/ou ingressam no mercado de trabalho. Palavras-chave: orquestras comunitárias, música instrumental, educação e cultura

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Gerocine - Análise Compreensiva do Processo de Envelhecimento Humano Sob o Espectro do Cinema” WILSON JOSE ALVES PEDRO - wilsonpedro@ufscar.br SOFIA CRISTINA IOST PAVARINI, MARCIA REGINA COMINETTI, VANIA APARECIDA GURIAN VAROTO, FABIANA DE SOUZA ORLANDI, MARISA SILVANA ZAZZETTA DE MENDIONDO. Universidade Federal de São Carlos, DEnf, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Esta atividade tem por objetivo promover a parceria e o intercâmbio de ações sócio-educativas sobre o processo de envelhecimento ativo e saudável no âmbito da promoção da saúde e da cidadania através da exibição e debate de filmes que abordem a temática envelhecimento humano. Poderá acontecer nas dependência da UFSCar e/ou em espaços culturais do município. A literatura do campo da Gerontologia aponta que “apesar da velhice não ocupar um espaço central na temática cinematográfica, são inúmeros filmes que geram, em luz e sombra, múltiplas imagens do envelhecimento humano, propiciando uma possibilidade a mais de se entender a velhice e compreender sua influência cultural na produção cinematográfica” (OLIVEIRA, MLC. O processo de viver nos filmes: velhice, sexualidade e memória em Copacabana. In: Contexto Enfermagem, Florianópolis, 2007 - Jan-Mar, 16(1):157-62). A proposta está sintonizada com o Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduação em Gerontologia e visa promover a análise e discussão, compreensiva e crítica sobre o processo de envelhecimento humano sob o espectro do cinema. Há uma grande produção nacional e internacional sobre o processo de envelhecimento, que pode e deve ser objeto de diálogo e estudo, não apenas dos profissionais em formação, pois retratam as representações sociais e o imaginário social da velhice, matéria-prima do futuro profissional; mas da coletividade em geral. Além disto, o ensino, a pesquisa e a extensão, precisam ser perscrutados de modo integrado, propiciando canais de interlocução entre a comunidade acadêmica e a comunidade local. Palavras-chave: Gerontologia, Envelhecimento Ativo-Saudável, Ações Sócio-Educativas

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Inteligência Coletiva - Clube dos Saberes Sidnei José Casetto, Campus Baixada Santista, UNIFESP, sidneicazeto@uol.com.br Aurélio Keiji Miyaura, Campus Baixada Santista, UNIFESP, miyaura@ymail.com Bruna Mazzini da Silva, Campus Baixada Santista, UNIFESP, mazzni.bruna@yahoo.com.br Fernanda Braz Tobias de Aguiar, Campus Baixada Santista, UNIFESP, fernandabtaguiar@hotmail.com

De reuniões semanais em 2006 de um grupo de estudantes, técnicos e docentes da UNIFESP Baixada Santista, preocupados com o tema da universidade pública e a formação ampliada, surgiu a proposta da Inteligência Coletiva - Clube dos Saberes, como uma estratégia de circulação de conhecimentos distribuídos indistintamente entre os seus componentes. A idéia era, numa instituição de espaços e funções bastante demarcados em relação ao saber e ao poder, como a universidade, criar outra ágora de intercâmbio de conhecimentos, reconhecendo as singularidades e favorecendo a desierarquização dos sujeitos. Pretendia-se também abrir espaço para saberes não valorizados na academia, mas que sobrevivem pelo cultivo das pessoas em territórios estrangeiros ao universitário. Dentre esses, um destaque foi o do saber de Alessandro Cardoso, segurança da universidade, praticante de dança de rua por muitos anos, atualmente coreógrafo. Em abril de 2010, três estudantes propuseram que fosse realizada uma oficina de dança de rua ministrada por ele. A divulgação não precisou ser intensa e logo surgiram muitos interessados. Em meio a essas oficinas que se tornaram aulas, emergiu um grupo com a idéia de montar uma coreografia para ser apresentada. A partir de então, o grupo transformou as aulas em ensaios. O coleguismo foi se tornando amizade e não havia mais Alessandro Cardoso segurança, e sim Sandro, coreógrafo, amigo. A expressão da potência dessa experiência foi a apresentação da coreografia ensaiada, em evento anual do campus, a UNIFESTA, que tem como proposta a apresentação de variadas expressões artísticas, sendo espaço aberto a estudantes, docentes, pessoal técnico-administrativo e terceirizado. O grupo de dança foi muito aplaudido, mostrando que um reconhecimento antes inexistente pôde ser conquistado. Foi no espaço disponibilizado por esse projeto de extensão que o saber transmitido ganhou forma. A desieraquização se torna visível na fala do próprio Alessandro, que ministrou as aulas: “aquele professor da universidade nunca me cumprimenta de manhã, mas hoje ele veio me dar os parabéns”. É nessa mudança de papel e nas possíveis relações diferentes que apostamos: colocar em prática uma visão de conhecimento caracterizada pela ampliação dos espaços de sua transmissão e reconhecer a diversidade do conhecimento existente no coletivo e torná-la potente, valorizando as singularidades e identificando nelas o que pode ser posto em trânsito, favorecendo as trocas entre as pessoas. Palavras-chave: Clube dos saberes, Inteligência coletiva, Dança de rua.

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Luz, câmera... dança: um panorama sobre o cenário da dança de rua na cidade de São Carlos, pela perspectiva de um coletivo de realização audiovisual Djalma Ribeiro Junior e Leonardo de Andrade - djalmacine@yahoo.com.br Colaboradores da Comunidade: JOSUÉ FRANCISCO LAZARO, WILLIAN VANTUIL DA COSTA VICENTE, ANDRÉIA CAROLINA VIVEIRO, ANA TAMIRES PICOLI Universidade Federal de São Carlos, DAC, Coordenadoria de Cultura - PROEx

No ano de 2008, um grupo de dança de rua denominado Arte Urbana passou por uma experiência de criação audiovisual coletiva que pode ser acompanhada de forma pormenorizada na dissertação denominada “Criação audiovisual na convivência dialógica em um grupo de Dança de Rua como processo de educação humanizadora” que foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de São Carlos. Frutos desta experiência são o vídeo “Família Arte Urbana” que mostra a dança de rua como forma de valorização da vida dos jovens que fazem parte do grupo, além do sonho de se criar um coletivo de vídeo no interior deste grupo. O projeto tem um cunho educacional, e trará a comunidade envolvida conhecimentos técnicos acerca da realização audiovisual, além de debater o conteúdo a ser explorado em um novo vídeo a ser realizado com apoio pedagógico constante. Esse vídeo terá como temática o panorama da dança de rua em São Carlos, e buscará ampliar o diálogo entre os grupos de dança de rua além de consolidar o coletivo de realização audiovisual. Palavras-chave: video popular, dança de rua, realização audiovisual

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Maquete, interativa, lúcida-pedagógica do espaço sócio comunitário - rede escolar de Taubaté, SP - como subsídio ao plano diretor participativo José Oswaldo Soares de Oliveira,jose.oswaldo@uol.com.br Vinícius Barros Barbosa, vbarros1@ig.com.br Acácio de Toledo Netto, netto@unitau.br Arthur Brun, arthesbrun@hotmail.com * Universidade de Taubaté - Departamento de Arquitetura - entidade executora; Universidade do Vale do Paraíba - Programa de Mestrado em Planejamento Urbano e Regional e, Universidade de São Paulo Laboratório De Psicologia Sócio-Ambiental e Intervenção - entidades colaboradoras.

O presente trabalho se volta à necessidade premente no Brasil do desenvolvimento de metodologia experimental para a construção de Planos Diretores Participativos, conforme estabelece a Constituição brasileira e em especial, o Estatuto das Cidades. Neste sentido, vem compreendendo o desenvolvimento de estratégias e recursos, e metodologias participativas a partir de experiência piloto na rede pública municipal, destacando a construção de maquete do processo histórico de urbanização, de modo lúdico e interativo, junto à rede escolar na região do distrito de Quiririm, município de Taubaté. Trata-se de trabalho extensionista em desenvolvimento na Universidade de Taubaté em parceria com o Laboratório de Estudos e Estratégias de planejamento Participativo da Universidade do Vale do Paraíba, trabalho decorrente dos desdobramentos da experiência “Cunha,SP –Raízes Caipira: Observatório Regional de Gestão e Planejamento Participativo,Edital 60/2005 CNPq, projeto do LAPSI-IP-USP/IBECC/CNPq sob a coordenação da professoraEdaTassara, no qual se delinearam e implementaram essas estratégias participativas, destacando o processo de formação de multiplicadores para atuação no território, mediante a criação de oficinas com os professores para gestarem ações visando a compreensão da realidade e a construção compartilhada do futuro. Mais precisamente, o trabalho ora curso centra-se no desenvolvimento de estratégias e recursos pedagógicos para apoiar as atividades docentes junto aos estudantes da rede municipal. Destaca-se a modalidade de construção maquetes interativas junto aos escolares, pressupondo a sua construção de modo didático, a partir dos dados oriundos da própria realidade vivenciada pelos alunos, seja o da moradia, seja o da própria escola, seja de sua vida social. Estes trabalhos foram apoiados na metodologia da experiência de Cunha. Primeiro, priorizou-se a realização de oficinas junto ao conjunto de professores para discutir e desenvolver atividades sobre a compreensão da realidade vivenciada, compreendida a partir do território de suas inserções de moradia, de trabalho (escola) e de vida social. Junto a essas atividades outras se somaram no sentido de aventar as expectativas, anseios e necessidades quanto à construção intencional de um futuro comum. A partir desta etapa, outra se iniciou envolvendo os universitários e os próprios escolares, em geral, em atividade conjunta com os professores municipais, ressaltando as inúmeras potencialidades de expressão, porém ressaltando a espacialidade gráfica e volumétrica do território vivenciado e almejado, favorecendo a troca de olhares, no sentido de aproximar visões compartilhadas de futuro. Palavras-chave: Plano diretor participativo, participação social, estratégias de planejamento participativo. 58


Cultura

Música na Cidade 2010 - Sorocaba e Salto de Pirapora ALISSANDRA NAZARETH DE CARVALHO - alissandra@ufscar.br LENAYE VALVASSORI SILVA, GABRIELLA POLES Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O Música na Cidade 2010 é uma atividade que tem como objetivo possibilitar o acesso à formação musical, proporcionando a fruição artística e abrindo espaço para a manifestação cultural, além de criar espaço para discussão da arte enquanto instrumento de enriquecimento social e cultural, onde serão apresentados trabalhos artísticos musicais de qualidade, inovadores e que representem um trabalho de pesquisa na área musical. A atividade visa a contribuir com o lado acadêmico, ao permitir que os alunos tenham contato com uma programação artística cultural que amplie suas perspectivas de ação que se enriquecem na interação social, uma vez que a sociedade sorocabana e de Salto de Pirapora terá a oportunidade de usufruir nesse sentido suprindo uma lacuna na relação academia-sociedade. A atividade em questão também tem o objetivo de dar continuidade às atividades realizadas no ano de 2009, no que tange a cultura e difusão artística musical, cuja aderência da comunidade acadêmica e de Sorocaba foi muito positiva. As apresentações do Música na Cidade 2010 serão realizadas no Campus recém-construído da UFSCar Sorocaba, em locais armados e improvisados para tal atividade, através da improvisação de espaços, aluguel de tendas e estrados para o palco, quando necessário. Além disso, as apresentações podem ocorrer nos Teatros Municipais dos municípios de Sorocaba, além de espaços tidos como parceiros, tais como o espaço CPFL e a Oficina Grande Otelo, tentando seguir um cronograma em parceria com o CCult/PROEX/ UFSCar. Destaca-se também a importância dessas parcerias, no sentido de reforçar o trabalho em conjunto na Universidade. Palavras-chave Música, Expressão Cultural, Interação Social

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O Terreiro Lá de Casa tem pequi, cuxá, pão de queijo e jambu... tem congada, boi bumbá e maracatu Maria Angélica T. de Medeiros (angelicamedeiros@gmail.com), Florianita C. Braga Campos (florianita.cbc@gmail.com) Rafaela C. Baldo (rafaelacamargob@gmail.com), Gabryell T. de Barbosa (byell_tav@hotmail.com) , Jussan R. de Oliveira (jussan_rodri@hotmail.com), M. Inês B. Moreira, Lucia F. Paulo, Yara A. de Paula, Amanda C. P. de Souza, Amanda G. Galindo, Crislaine G. de Oliveira, Débora Monsores, Estela Y. Takagui, Isabela C. T. Marques,Lílian R. C. Rocha, Luana Cândido,Renata S. S. Pereira, Tafarel G. Pereira.

A cidade de Santos foi uma das vilas mais antigas na história do Brasil e a Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista (BS) é a mais recente Universidade pública da cidade. Visando a formar profissionais para o Sistema Único de Saúde, seu Projeto Político Pedagógico se diferencia pela formação na perspectiva interdisciplinar, privilegiando o trabalho em equipe e a atuação prática, desde o 1º ano, nos diferentes territórios de vida. Este projeto de extensão objetiva promover o intercâmbio entre as culturas dos alunos migrantes da UNIFESP BS e da comunidade do morro Monte Serrat, local de atuação da Universidade em atividades de ensino, pesquisa e extensão. Pretende-se revitalizar o patrimônio cultural imaterial, envolvendo o resgate de hábitos alimentares e festas (brincadeiras, jogos, danças, músicas). A metodologia se centra na realização de oficinas de culinária e de dança, culminando com a apresentação de evento na escola pública do morro. Compartilhando mundos no encontro de sujeitos diversos, seja pela música, dança ou pela comida de cada lugar, serão trabalhadas desde a divulgação do projeto até a concretização de festas típicas das comunidades envolvidas. As atividades serão realizadas nos espaços do Morro: terreiro de capoeira, bares das escadarias e escola, visando também recuperar os espaços públicos de convivência. Na etapa atual as oficinas se voltam à identificação das origens de cada integrante do projeto: estudantes, professores e técnicos, incluindo a composição com ritmos regionais para apresentação e convite à participação dos moradores do Monte Serrat. Verificou-se que 70% das 300 famílias moradoras são de origem cearense, o que reforça a iniciativa do intercâmbio entre as culturas dos estudantes migrantes e desta comunidade. Isso porque, tomadas pelas premências do cotidiano, as pessoas perdem seus espaços de convivência, dificultando a preservação de suas origens familiares e das tradições regionais. O resgate de valores culturais possibilita trocas entre a cidade e as diferentes regiões do Brasil, preservando e registrando o patrimônio cultural imaterial trazido por estas pessoas. Palavras-chave: patrimônio cultural imaterial, convivência, festa popular

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O Tratamento de acervo fotográfico para a preservação da memória no projeto de extensão “Memorial Fotográfico da FFC” Mariângela Spotti Lopes Fujita (Docente), Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP - Marília, goldstar@ flash.com.br Dilnei Fátima Fogolin (Bibliotecária), Coordenadoria Geral de Bibliotecas - UNESP - Marília, dilnei@ marília.unesp.br Mychelly Rive de Souza (graduanda em biblioteconomia), Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP - Marília, rive_mychelly@yahoo.com.br Rose Aparecida Leite (graduanda em biblioteconomia), Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP - Marília, roseaparecida_66@hotmail.com

Desde sua criação em 1959, a antiga FAFI, hoje Faculdade de Filosofia e Ciências - FFC - Campus de Marília, integrada à Universidade Estadual Paulista - UNESP, tem sua história da trajetória acadêmica registrada por meio de fotografias e recortes de jornais publicados na época. Quando se trata de um acervo fotográfico de uma instituição, tarefas como a organização, preservação e difusão de registros fotográficos são imprescindíveis para a sua memória social e acadêmica, permitindo a disseminação da história dessa instituição, além de possuir um valor informativo, essencial para o papel de difusão do conhecimento. O projeto de extensão “Memorial Fotográfico da FFC” contém imagens de acontecimentos importantes dessa trajetória acadêmica, com aproximadamente 1700 fotografias. Os alunos envolvidos com o projeto contemplados com bolsa BAAE - Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão e bolsa PROEX - Pró Reitoria de Extensão, recebem orientação quanto à proposta, objetivos, metodologia, procedimentos e etapas de desenvolvimento do projeto, de forma a assegurar a realização de suas atividades. A supervisão é constante por parte do bibliotecário supervisor. Este projeto também é marcado pela parceria com a Coordenadoria Geral de Bibliotecas - CGB da UNESP, responsável pelo funcionamento sistêmico da Rede de Bibliotecas da UNESP, também pela disciplina de “Tratamento temático de fotografias” do grupo de pesquisa de “Análise Documentária” na linha de análise e síntese documentária.O Memorial Fotográfico da FFC tem como objetivos organizar as fotografias por assuntos específicos, propiciar a recuperação adequada para organização de exposições fotográficas a fim de divulgar e resgatar a memória acadêmica da universidade pública estadual no interior paulista, e preservar de forma digital a fotografias para melhor acesso e uso da imagem e conservação da fotografia original. Com aspectos extremamente positivos, propicia o desenvolvimento investigativo da pesquisa e organização dos materiais utilizados - fotografias e recortes de jornais - desenvolve a aprendizagem de técnicas para o tratamento de fotografias, vivência em instituição, trabalho em equipe, prática na análise de conteúdo das fotografias, tratamento, digitalização e acondicionamento. A demanda social desse projeto de extensão se justifica pelo ideal de resgate de uma memória acadêmica, importante para o patrimônio cultural de uma organização inserida em um contexto regional, funcionando como instrumento de recuperação de documentos fotográficos com a finalidade de torná-los acessíveis à comunidade. Este é um projeto que resgata a memória de uma instituição através do valor da fotografia para a sociedade acadêmica. Palavras-chave: Fotografia, Memória e Extensão Universitária. 61


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Oficina de dublagem para áudio-visual LUCIANA ROÇA -lucianaroca@uol.com.br MAISA JOANN Universidade Federal de São Carlos, DAC, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A dublagem tem sido um campo de atuação no mercado de trabalho crescente no Brasil, apresentando-se como uma área importante para fruição da obra audiovisual como um todo. Além dos aspectos técnicos, há os aspectos de produção e direção de ator: o ator não está familiarizado com o estúdio de gravação e não possui o mesmo estímulo que uma cena dentro do set de filmagem pode trazer.Uma dublagem mal realizada pode comprometer o resultado final da obra, pois quebra a imersão do espectador denunciando o processo audiovisual ou cinematográfico. Deste modo, é desejo dos discentes terem mais conhecimento sobre o processo de dublagem para utilização em seus trabalhos acadêmicos e formação profissional e também há relevância para os membros da comunidade interessados em audiovisual conhecerem mais sobre o processo. Têm-se como objetivos que os participantes aprendam sobre o processo de dublagem, enriquecendo seu conhecimento técnico e seu apuro estético para obras audiovisuais que utilizem dublagem. Também é objetivo que os discentes conheçam mais sobre o processo, familiarizando-se com técnicas que podem ser aplicadas ao seu cotidiano acadêmico e profissional e aumentando seu senso crítico. Além de falar sobre o que vem a ser dublagem, sua história, suas regulamentações e alguns trabalhos realizados, desejase mostrar de boas à péssimas dublagens para comparação, sua evolução através do tempo e dispor de material (filmes, desenhos, documentários) e viabilizar as gravações para que os interessados experimentem o fazer.No primeiro dia será dada a parte teórica e no segundo dia haverá uma complementação destes através de atividades práticas, abrangendo a direção de dublagem, direção de ator, análise do som captado e do resultado final. Palavras-chave: Audiovisual, Pós-produção de som, Dublagem

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Oficina Literária: Laboratório de Criação Poética WILSON ALVES BEZERRA - wilson_alves@yahoo.com MARIANA DE OLIVEIRA CAMPOS Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Letras, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A finalidade desta oficina será estimular a criação literária e a capacidade de leitura. Interessará a poetas, e também a prosadores e aos leitores em geral, ao possibilitar um melhor relacionamento com o texto literário e com a própria linguagem. A atividade contará com a participação ativa do poeta Claudio Daniel, que ministrará a maior parte das atividades da oficina. Nas últimas décadas, oficinas literárias ganharam prestígio e importância no Brasil. Em várias ocasiões, tiveram continuidade e efeito multiplicador. Através delas, formaram-se grupos literários; nelas originaram-se revistas e cooperativas editoriais. Em certa medida, substituem o que antes ocorria informalmente, em tempos menos metropolitanos, quando a vida literária era mais concentrada, oferecendo melhores possibilidades de diálogo e troca de informações entre autores novos e pessoas interessadas em literatura. A finalidade desta oficina será estimular a criação literária e a capacidade de leitura. Interessará a poetas, e também a prosadores e aos leitores em geral, ao possibilitar um melhor relacionamento com o texto literário e com a própria linguagem. Em autores novos ou iniciantes, ampliará a consciência de qualidades de seu trabalho, o senso crítico e a cultura literária; isso, sem prejudicar a espontaneidade e o entusiasmo pela criação. Palavras-chave: oficina literária, poesia, escrita literária

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Olhares de estranhamento: pensando a cidade como patrimônio público ANTONIO SIMPLICIO DE ALMEIDA NETO - toninhosaneto@uol.com.br Alunos de graduação: RACHEL NOGUEIRA VICENTINI FALEIROS, ANGELINE LUCI FAVALI, CAMILA LOURENCO MORGADO, MARCO RODOLFO FISCARELLI, DORIS KOBAYASHI CALVO DE SANT ANA Universidade Federal de São Carlos, DME, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A educação patrimonial tornou-se temática frequente em debates culturais, ancorada na premissa de que a escolarização seria momento propício para a conscientização sobre o patrimônio histórico e cultural. Nem sempre, contudo, é considerada a distância entre este bem simbólico e os grupos sociais que não possuem as competências internalizadas - tornadas habitus -, necessárias para a apreensão e valorização deste patrimônio, alijados que são da mais elementar condição de cidadãos. Faz-se necessário promover deslocamentos e olhares de estranhamento sobre a questão, a partir da fundamentação teórica (memória, história, patrimônio) e atividades envolvendo fotografia da cidade, tomando-a por patrimônio público. Esta atividade insere-se no debate acerca da educação patrimonial, tema recorrente na temática “patrimônio histórico cultural”, de relevância nacional. Tal proposta entende que as referências a essa questão nem sempre consideram o aspecto das competências internalizadas - habitus - necessárias para a apreensão deste bem simbólico, o que acaba por excluir parte da população, justamente aqueles que guardam maior distância destes bens. Entendo que sejam necessários novos olhares de estranhamento sobre a cidade, desnaturalizando os modos de perceber a relação entre indivíduos/grupos sociais e o patrimônio histórico-cultural, de modo a densificar a própria noção de patrimônio que via de regra se restringe aos grandes monumentos, “pedra e cal”. Assim, este projeto pretende alargar este entendimento de modo a tomar a própria cidade como patrimônio público, se valendo da discussão teórica do campo em questão (memória, patrimônio, história) e de atividades envolvendo fotografia - elemento de condução do olhar e suporte - da cidade, através de oficinas e estudos do meio. Palavras-chave: memória, patrimônio, fotografia

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Painel de regência coral Profa. Dra. Jane Borges de Oliveira Santos, janeborges@ufscar.br JOSE RENATO GONÇALVES (bolsista de extensão) Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O Painel de Regência Coral é um curso de uma semana, que visa possibilitar acesso aos conhecimentos teóricos e às vivências práticas de Regência Coral e de Canto Coral. Este projeto de extensão contará com o apoio da Funarte, que enviará dois professores de reconhecida competência na área, de um pianista para acompanhar as atividades e de um técnico para auxiliar na execução das atividades da semana, além do material de propaganda. Este evento contará também com o apoio da Coordenadoria de Artes e Cultura da Prefeitura Municipal de São Carlos que providenciará a hospedagem da equipe da Funarte, e com o apoio da Coordenadoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão, por meio de parceria com os projetos “Música na Cidade” e “Fórum de Debates”, auxiliando na alimentação dos painelistas. Esta atividade pretende: ·estimular o desenvolvimento das atividades corais na cidade de São Carlos e em cidades vizinhas; ·promover a integração e a troca de experiências entre regentes e coralistas; ·intensificar o aperfeiçoamento da qualidade dos coros brasileiros; ·oferecer um curso de capacitação para regentes corais e professores de música com uma carga horária de 30 horas; ·realizar, em horário noturno, um Grande Coro formado pelos regentes, professores de música e pessoas da comunidade, que, no encerramento do curso, foi feita uma apresentação aberta ao público. Palavras-chave: Educação Musical, Regência Coral, Canto Coral

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Patrimônio Musical Profa. Dra. Denise Hortência Lopes Garcia, CIDDIC, UNICAMP,d_garcia@iar.unicamp.br Cecília Evangelina Stucchi, CIDDIC, UNICAMP,sissa@unicamp.br

O Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp - CIDDIC, possui um acervo de aproximadamente 6.500 partituras, 120 livros e 1.200 CDs de compositores contemporâneos reconhecidos nacional e internacionalmente disponibilizados na Coordenadoria de Documentação de Música Contemporânea - CDMC, constituindo-se em um acervo documental e artístico, o qual contribui para divulgar e promover as artes e a pesquisa interdisciplinar, em particular, da música contemporânea. Com o objetivo de melhorar a disponibilidade dos documentos para os usuários e tratar adequadamente esse importante patrimônio musical, foram aperfeiçoadas as atividades de conservação. Deste modo, realizou-se um estudo do acervo bibliográfico, além do treinamento para o processo técnico de conservação adequando-o à nossa realidade estrutural e nos levou a identificar a educação do usuário em relação ao manuseio das partituras como um dos aspectos importantes da preservação. O Centro propiciou o aperfeiçoamento de uma funcionária para servir como ponto multiplicador dos conhecimentos para tratamento técnico específico na área do patrimônio mundial. O CIDDIC também oferece ao aluno um espaço, através do estágio, de conhecimento técnico de como funciona um acervo, catalogação de obras, cadastro e atendimento ao usuário, guarda e manuseio adequados das obras e o aprendizado de alguns itens de preservação de acervo. O aluno é vinculado ao Centro através do Programa Bolsa-Trabalho do Serviço de Apoio ao Estudante - SAE, como bolsista. Atualmente os bolsistas, graduandos da área da Música, estão sendo estimulados com o aprendizado do tratamento e cuidados com o manuseio adequado das obras musicais, complementando seu conhecimento acadêmico. A convivência do bolsista com o acervo, seus cuidados e todas as ações que envolvem a utilização e preservação, contribui enormemente a sua conscientização da importância do patrimônio cultural. Palavras-chave: Acervo, Preservação e Patrimônio Musical.

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Preservação, Organização e Acesso à Hemeroteca do CEDAP Profª. Tânia Regina de Luca, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP, tr-deluca@uol.com.br Luis Fernando Soares Pereira, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP, luis-fernandohis@hotmail.com

A reunião de publicações periódicas seja em suporte de microfilme, digi-tal ou papel, só ganha pleno sentido quando constitui um acervo organizado, que permite ao pesquisador e demais interessados, localizar as informações cientificas ou culturais que necessitam. Dentre os títulos da hemeroteca do CEDAP, destaca-se o jornal literário Dom Casmurro, que circulou entre maio de 1937 e dezembro de 1946, ou seja, durante o Estado Novo, e que ainda não foi estudado por pesquisadores da área de História e de Letras. O projeto analisa sistematicamente o conteúdo interno do periódico - atentar para seus principais colaboradores, identificar mudanças na direção e no projeto gráfico original, bem como procurar por indícios de circulação – com vistas a descrever as principais seções do impresso. Os procedimentos utilizados para alcançar tal objetivo foram, primeira-mente, a confecção de tabelas com levantamentos gerais de todas as seções do periódico em questão, de forma que se tornasse evidente o início e encer-ramento de cada uma delas. As análises permitiram selecionar uma seção que desempenhou impor-tante papel no periódico: “As Grandes Reportagens Exclusivas”. Esta seção está em fase de catalogação e estudado crítico. Todo o material produzido fica-rá disponível para consulta por meio do catálogo de periódicos no sítio do CE-DAP (www.unesp.assis.br/cedap). Palavras-chave: História da Imprensa, Hemeroteca, Instrumento de Pesquisa

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Preservação, organização e diponibilização do acervo João Antônio Ana Maria Domingues, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho”, anamdo@gmail.com Maria Paz Lencinas, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho”, pazmpl@hotmail.com Mariana Saker de Castro Paiva, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho”, marianasaker@gmail.com Daniel Firakovski Luz, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho, daniel.firakovski@terra.com.br”

O projeto tem por objetivo a Preservação, organização e disponibilização do Acervo JOÃO ANTÔNIO, constituído por correspondência (passiva e ativa), produção intelectual (livros e artigos publicados e originais, além de várias versões da maioria dos textos), iconografia, discografia, biblioteca, hemeroteca, móveis e outros objetos escritor paulista João Antônio (1937-1996). Forjando um estilo próprio e trazendo ao primeiro plano da literatura brasileira heróis despossuídos (malandros, jogadores de sinuca, prostitutas, moradores dos subúrbios e das favelas), João Antônio foi um trabalhador incansável da escrita. Sua produção possui uma grande ligação com a cultura brasileira produzida nos últimos trinta anos, propiciando abordagens multidisciplinares das mais fecundas, podendo atender a pesquisadores de Literatura, História, Música e Sociologia, entre outros, abrindo-se para numerosas pesquisas, que poderão vir a ser realizadas em diferentes níveis, como o de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado etc. Além da ficção, João Antônio dedicou-se também ao jornalismo e foi diretor de várias publicações alternativas. Atento a todas as manifestações da cultura brasileira, foi um leitor dedicado, fazendo questão de preservar uma biblioteca com cerca de 10.000 volumes. Manteve um largo círculo de correspondentes: professores, estudantes, jornalistas, intelectuais e escritores do Brasil, do mundo de língua portuguesa e de vários países europeus e da América Latina, onde é possível não apenas rastrear os mecanismos de seu processo de criação como também todo o universo da rica cultura brasileira e suas manifestações, além de uma visão realista e algo desencantada com os rumos da política brasileira. João Antônio colecionou praticamente todos os textos de sua autoria que foram publicados em jornais e revistas, tornando-se esta coleção provavelmente a única que possibilite um quadro completo de sua produção, já que congrega contos e entrevistas não reunidos sob forma de livro. Colecionou, ainda, fotografias e discos em vinil dentre os quais encontramos raridades fora de catálogo, incluídos aí muitos 78 rotações Tendo em vista a qualidade da escrita do João Antônio, as personagens populares de seus textos, seu papel no jornalismo brasileiro, além de suas reflexões sempre agudas sobre nossa cultura, é fundamental a preservação, organização e disponibilização do arquivo. Através deste trabalho será possível não apenas preservar a memória de um importante escritor brasileiro mas também tornar disponível um rico acervo que permite a análise dos últimos trinta anos de nosso país. Palavras-chave: arquivo pessoal, memória, cultura, literatura

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Produção do Documentário “O Pensamento Industrial e a Política Cinematográfica Brasileira (1990-2005)” ARTHUR AUTRAN FRANCO DE SA NETO - autran@ufscar.br ADRIANO SORIANO BARBUTO, WANDA APARECIDA MACHADO HOFFMANN, PEDRO DOLOSIC CORDEBELLO, Universidade Federal de São Carlos, DAC, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O projeto de extensão “Produção do Documentário O Pensamento Industrial e a Política Cinematográfica Brasileira (1990-2005)” é parte de um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP sobre as principais idéias desenvolvidas entre 1990 e 2005 acerca da industrialização da produção cinematográfica nacional. O projeto de extensão visa a realização de um documentário intitulado O Pensamento Industrial e a Política Cinematográfica Brasileira (1990-2005), de aproximadamente 53 minutos, no qual serão expostas as principais questões levantadas na pesquisa. Seu objetivo é difundir em televisões públicas, universidades, cineclubes e fóruns de discussão questões relativas à política do cinema brasileiro. O documentário se constitui num poderoso instrumento para a divulgação ampla - quando comparado ao livro, ao artigo em revista científica ou à comunicação num congresso - de várias das questões desenvolvidas pela pesquisa.. O video se constitui em um poderoso instrumento para a divulgação ampla - quando comparado ao livro, ao artigo em revista científica ou à comunicação num congresso - de várias das questões, problemáticas e análises desenvolvidas pela pesquisa. Tal divulgação dar-se-á pelo oferecimento de exibição gratuita do documentário a canais públicos, tais como TVs universitárias, TVs educativas, etc.; bem como pelo envio de cópias em DVD a cineclubes, cinematecas, centros de pesquisa da área de comunicação, universidades, bibliotecas, pesquisadores, etc. Destarte, acredito que um público ainda pouco afeito a esta discussão - tal como estudantes universitários, jornalistas da área cultural, intelectuais ligados a outras atividades que não o cinema, etc. - poderá ter acesso a ela de maneira abrangente. Esta pesquisa, e também o documentário, advêm de uma necessidade de compreensão a partir de um ponto de vista crítico das idéias e políticas industrialistas relacionadas com o cinema brasileiro contemporâneo. Isto porque toda a política de fomento colocada em marcha no período 1990-2005 logrou aumentar substancialmente a produção de longas-metragens , mas a possibilidade de o produto ter qualquer retorno financeiro nas salas de exibição ou mesmo em mercados como o de televisão - aberta ou fechada - e de DVD, embora almejada, continua muito pequena. Sendo assim, um documentário sobre o processo da política audiovisual dos últimos anos com destaque para as críticas a respeito do mesmo,promoverá um acesso ainda maior aos resultados de tal pesquisa, fomentando uma reflexão mais aprofundada sobre a política cinematográfica brasileira por parte do público-alvo do projeto. Palavras-chave: Documentário, Política Cultural, Indústria Cinematográfica

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Projeto Caminhos do Sol - Teatro e Vivências CUSTÓDIO, Vagner Sérgio, Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, vagnerunesp@hotmail.com FERREIRA, Thalita Aranda, Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, thata_aranda@hotmail.com MERLOTI, Marco Aurélio, Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, marcomerloti@hotmail.com OLIVEIRA, Vanessa, Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, nessa_15_sp@hotmail.com

Atualmente, o teatro é um fator que pode ajudar na formação de cada cidadão, através de atividades lúdicas e criativas, mas ao mesmo tempo educativas. O projeto teatral “Caminhos do Sol”, da Unesp de Rosana, trabalha com jovens provenientes de escolas públicas da cidade de Rosana com faixa etária entre 10 e 17 anos, levando a arte do teatro à comunidade carente com o objetivo de ajudar na formação de sua cidadania através de atividades com caráter educativo.Também são realizadas apresentações para que os alunos possam colocar em prática o que aprenderam na teoria, visto que este é o único projeto de teatro na cidade que trabalha com o público infanto-juvenil. São realizadas aulas de teatro com exercícios baseados no trabalho em grupo, promovendo a auto-confiança, a melhoria na dicção, a facilidade para falar em público, entre outros. Há também o ensaio e a apresentação de peças teatrais onde os alunos participam não apenas como atores, mas também como autores e diretores. O projeto têm obtido sucesso em seus objetivos, já que os alunos demonstrammuito interesse e compromisso responsável em todas as fases, desde a realização dos exercícios às apresentações das peças. Também observamos seu crescimento, ao longo do tempo, devido a uma notável desenvoltura e facilidades de relacionamento e trabalho em grupo, fatores bastante deficitários verificados no início do projeto. Como resultados, foram realizadas apresentações em eventos produzidos pela UNESP (Semana Cultural de 2008 e 2009, Semana da Biblioteca de 2008 e 2009, Semana do Turismo de 2008 e 2009, aula de boas vindas aos calouros de 2009 do curso de Turismo e a Festa Junina de 2010) e, no ano de 2008 e 2009, foram realizadas apresentações de teatro e dança em escolas do município no Dia da Consciência Negra, e um espetáculo, de final de ano em 2008, produzido pelo próprio grupo, com a peça Os Saltimbancos. Nesta foi cobrado um quilo de alimento não perecível por pessoa como forma de ingresso, que foram doados para a creche Joana De Angelis. Palavras-chave: Educação, Teatro, Vivências.

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Projeto Web Indígena: inclusão digital pró-ativa dos Kaingang Wilmar da Rocha D’Angelis, IEL, UNICAMP, dangelis@unicamp.br Thiago Bulhões da Silva Costa, FEE, UNICAMP, thiagobscosta@gmail.com

O projeto “Web Indígena” promove a inclusão das línguas indígenas e respectivas comunidades no mundo digital, como uma ferramenta para a sobrevivência e o fortalecimento de línguas minoritárias. Assume-se que alguma forma de inclusão no mundo digital alcançará, inexoravelmente, as comunidades indígenas (em grande parte delas, já nas próxima década e meia). O projeto busca adiantar-se a esse processo histórico, no sentido de promover e garantir, por um lado, que tal inclusão aconteça de forma pró-ativa, e não passiva, e por outro lado, que tal inclusão não signifique simplesmente a ampliação dos espaços sociais de prestígio da língua portuguesa. Ao contrário, pretende-se que a inclusão no mundo digital venha a contribuir para a construção de uma imagem positiva da língua indígena nas novas gerações e, além disso, para sua modernização e fortalecimento. Basicamente o projeto desenvolve 5 tipos de ações: • arrecada equipamentos de informática usados, recicla-os e os distribui a professores indígenas, escolas indígenas e para instalação de telecentros indígenas. • realiza oficinas de inclusão digital, especialmente para formar usuários indígenas dos sites dos seus próprios povos, e para estimular a produção textual nas respectivas línguas maternas. • dá suporte ao desenvolvimento de sites de comunidades indígenas voltados ao desenvolvimento e fortalecimento da língua e da cultura indígenas. • realiza formação de gestores indígenas para os respectivos sites, capacitando-os no domínio do software livre em que os sites são criados (Drupal). • garante a hospedagem e suporte técnico à manutenção das páginas das comunidades indígenas na web. O projeto é executado com participação efetiva de alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da Unicamp, numa efetiva ação de extensão comunitária, dirigida a etnias e línguas minoritárias. Sua realização acontece em parceria com a ong KAMURI e com apoio institucional e também financeiro da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC), da Unicamp. Por um lado, o projeto pretende transformar as tecnologias envolvidas nesse processo em ferramentas de fortalecimento da língua indígena, por sua “inclusão digital” através da criação de páginas em línguas indígenas, na web, administradas por coletivos indígenas das respectivas comunidades interessadas. Por outro lado, o projeto pretende ampliar as oportunidades de inclusão digital para os povos indígenas, criando um espaço na web para que ‘se apresentem’ da forma como querem ser vistos pelos outros povos. Palavras-chave: Inclusão digital, povos indígenas, kaingang.

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Recitais de Música Instrumental para Duo de Clarineta e Piano JOSE ALESSANDRO GONCALVES DA SILVA - alessandro30silva@gmail.com JANE BORGES DE OLIVEIRA SANTOS, FELIPE VASCONCELOS FONTES ROCHA CORTES (aluno bolsista de extensão) Universidade Federal de São Carlos, DAC, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Este projeto justifica-se por tratar-se da concepção de recitais de música instrumental do Duo de Clarineta e Piano da UFSCar, com o objetivo geral de preparar e apresentar obras musicais em espaços públicos para difundir a cultura musical brasileira e estrangeira através de peças do repertório tradicional, popular e erudito. O Duo conta com a participação de dois docentes da UFSCar. O repertório a ser executado será preparado através de ensaios e contará também com trabalhos musicais escritos ou arranjados pelos alunos das disciplinas de criação musical do Curso de Licenciatura em Música da UFSCar. Estão implícitos os aspectos relacionados com o ensino, pesquisa e extensão, através da elaboração das temáticas culturais associadas à música e sua difusão pelos recitais didáticos. Tendo em vista esta perspectiva, o Duo de Clarineta e Piano pretende auxiliar tanto no desenvolvimento das ações até então promovidas pela UFSCar na extensão como também sendo um difusor de cultura musical instrumental, participando ativamente dos espaços públicos e proporcionando a apreciação da diversidade cultural que a música pode oferecer nos diferentes contextos de onde historicamente ela surgiu. Para isso, o grupo tem como meta apresentar peças de repertório que contemplem estéticas musicais oriundas das tendências sócio-culturais de diferentes povos, enfatizando a pesquisa da música do povo brasileiro com suas influências estrangeiras. Sabidamente a cultura brasileira teve como raízes sua formação a partir da influência indígena, européia e africana. O folclore de nosso país apresenta inúmeras tendências que combinam com a longa extensão territorial que nos caracteriza, e por isso a vastidão do repertório musical suscita um campo de pesquisa bastante abrangente que o Duo de Clarineta e Piano pretende explorar e buscar traduzir. Palavras-chave: Música Instrumental, Piano e Clarineta, Educação Musical

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Recitais Didáticos de Música Instrumental para Trio Prof. Dr. Glauber Lúcio Alves Santiago José Alessandro Gonçalves Silva Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Trata-se de um conjunto de atividades em forma de recitais didáticos de música instrumental que pretende propiciar a apreciação de peça musicais do patrimônio históricocultural nacional que eram executadas ou faziam parte do repertório durante a época do Canto orfeônico, em meados do século XX, mas especificamente nas décadas de 50 e 60. As obras serão adaptadas e arranjadas para trio instrumental, incluindo Clarineta, Saxofone soprano e violão. Objetiva-se realizar um breve resgate deste momento histórico musical para apresentar à geração atual aspectos do que se fazia de música nas escolas no passado. Uma vez que hoje em dia pretende-se reimplantar o conteúdo de música no currículo escolar é urgente se pensar em como se dará este processo e relembrando o que se tinha pode ser um passo muito útil para esta reflexão. Existe um repertório de centenas de peças musicais que ficaram muito anos sem que pudesse ser apreciadas no ambiente escolar. Com este projeto possibilitaremos ao público escolar atual o contato com a música e a escola do passado o que enriquecerá as experiências de vida de alunos, professores e gestores escolares. A metodologia está baseada na pesquisa de repertório, confecção de arranjos, ensaio do repertório, preparação dos recitais, apresentações musicais e reflexão sobre o processo. Palavras-chave: Recitais,música instrumental, educação musical

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Cultura

Roda de Samba: Cultura, Sociabilidade e Educação Musical não Formal EDUARDO CONEGUNDES DE SOUZA –f-bissau@ufscar.br Universidade Federal de São Carlos, DAC, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Esse projeto busca estabelecer uma parceria entre a UFSCar e o Núcleo de Samba Cupinzeiro, associação cultural sem fins lucrativos que atua desde 2001 em Campinas. A parceria tem o objetivo principal de proporcionar a construção de saberes na inter-relação entre o Grupo cultural - Universidade e Comunidade. Através de oficinas, rodas de samba e da construção de um ambiente virtual de ensino-aprendizagem (Curso de Extensão via Moodlle UFSCar) buscaremos integrar a formação dos licenciandos em Educação Musical à práticas culturais, e em processos comunitários e interativos de sociabilidade. Além de proporcionar uma alternativa viável de acesso a atividades culturais e formativas à população, o projeto visa ainda gerar a reflexão acerca dos processos culturais vivenciados, entendendo-os como ações que envolvem também processos não-formais de educação gerados em meio a prática cultural nos seus diversos níveis. Em função da roda de samba propiciar diversos níveis de participação, haverá abertura de vagas nas oficinas para o público em geral de jovens e adultos sem a exigência de conhecimentos prévios ou específicos. Nessa metodologia, os integrantes do Núcleo de Samba Cupinzeiro estabelecem a base musical a partir da qual os participantes poderão vivenciar a manifestação a partir de seus conhecimentos. A constituição da manifestação envolve o canto coletivo, o acompanhamento rítmico através de palmas ou mesmo a performance instrumental para aqueles que trazem uma bagagem musical. Além disso, outras funções e participações são possíveis desde a organização coletiva, debates que se abrem para discutir temas de interesse coletivo, até a preparação de uma comida que pode ser compartilhada pelos participantes durante o período da roda. Normalmente uma roda de samba do Núcleo Cupinzeiro tem duração de 2 a 4 horas. Nessa perspectiva, a ampliação e aquisição de novas habilidades e conhecimentos passa a estar vinculada ao surgimento de necessidades individuais, geradas a partir do desejo de participação. Esse processo de Identificação é o que gera a noção de pertencimento e de construção coletiva, podendo ser capaz de mover os sujeitos para a busca de conhecimentos. Essa busca pode se dar através da interação com os outros participantes, da pesquisa, ou mesmo do interesse de inserção em processos de formação que possibilitem essa participação efetiva na manifestação. Palavras-chave: Samba, Educação Não-formal, Cultura

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Cultura

Talentos Juvenis do Gonzaga CARLA REGINA SILVA - carlars@ufscar.br ROSELI ESQUERDO LOPES Universidade Federal de São Carlos, DTO, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Este projeto propõe fomentar, aprimorar e divulgar as obras e os produtos artísticoculturais de adolescentes e jovens produzidos e/ou fomentados pelas Oficinas de Atividades realizadas semanalmente no Centro da Juventude “Elaine Viviane” e promovidas pela equipe do Programa METUIA: Terapia Ocupacional no Campo Social. Trata-se da utilização da arte e da cultura para promover espaços de criação e emancipação de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. Busca-se ampliar o desenvolvimento de habilidades e possibilidades, incorporar capital cultural da população alvo e, ainda, promover a divulgação do trabalho por meio de Exposição Itinerante que se debruce sobre o significado e a relevância das produções artístico-culturais. A Terapia Ocupacional, na contemporaneidade, produziu uma gama de práticas que promoveram novas formas de constituição da própria profissão, buscando novos campos de atuação e de compreensão da realidade que nos cerca. Neste contexto, destaca-se a Terapia Ocupacional no campo Social e suas contribuições acerca das concepções, práticas e produção de conhecimento em torno das atividades. O campo social implica uma leitura da realidade e da problemática expressa pela pessoa que só se alcança através de recorte metodológico específico. Neste campo, utiliza-se estratégias para a interpretação da realidade pessoal-social e, também, guias para a atuação pessoal e social num universo complexo de interações e interconexões (Barros, Lopes e Galheigo, 2002). Esta prática concebe o papel social que as atividades podem propiciar e, ainda, propõe métodos de abordagem que permitem trabalhar as atividades em terapia ocupacional como instrumento de emancipação e de reconstituição de histórias e contextos. Além disso, problematiza o conceito de atividade, a partir de uma perspectiva que o inscreva num contexto sócio-cultural, o qual atribui sentidos particulares e específicos à atividade (Barros, Lopes e Galheigo, 2002). Compreende-se que os processos sociais imediatamente implicados na desfiliação, como no sentido atribuído por Castel (1994), podem ser restabelecidos se forem construídas redes sociais de suporte que garantam os processos de proteção e emancipação de indivíduos e comunidades. É preciso destacar dois registros onde redes de sociabilidade e de solidariedade têm sido tecidas, formando a dimensão denominada por Robert Castel (1994) de proteção aproximada: família e cultura. A fragilização da família circunscreve uma zona de vulnerabilidade relacional: a da sociabilidade. A dimensão da cultura, enquanto maneira de habitar um espaço e de partilhar dos valores comuns sobre a base de uma unidade de condição, representa outro elemento decisivo na constituição da proteção aproximada. É o húmus nutritivo para a camada mais pobre da população, onde se partilham bens e serviços e constitui-se num sistema de trocas que mantém ou cria o laço social e o sentido. Palavras-chave: Produção Artístico-Cultural, Adolescentes e Jovens, Terapia Ocupacional Social 75


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Teatro Ouroboros: ciência e cultura ANDRE FARIAS DE MOURA –moura@ufscar.br TIAGO MARTINS PEREIRA Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Química, Coordenadoria de Cultura - PROEx

O grupo de teatro Ouroboros do Departamento de Química da UFSCar, desde 2005 realiza a montagem e apresentação de peças teatrais onde a ciência é uma temática constante. Para 2010 a proposta é a montagem de um espatáculo que esteja relacionado com a Química, uma vez que 2011 é o Ano Internacional dessa ciência que abriga o projeto desse seu início. O envolvimento de alunos universitários da comunidade interna e externa possibilita o trabalho de formação dos mesmos enquanto protagonistas na preparação e difusão das temáticas trabalhadas nos espetáculos que já somam mais de 12 nesses 5 anos de atividade. Ademais, a comunidade-plateia sempre é considerada para que a linguagem seja acessível e entendida. importância do estudo e da difusão da Química junto à sociedade pode ser facilmente apreendida se considerar o papel central de algumas de suas áreas de atuação para a sociedade moderna, tais como a Química Verde, responsável pela substituição de processos poluentes por outros de menor impacto sobre o meio ambiente, a Química farmacológica, responsável pela obtenção e pelo estudo de novos fármacos, sintéticos ou não, e a Química de Materiais, que tem contribuído para o desenho racional de novos materiais com propriedades úteis.) . Hoje, questões como desenvolvimento sustentável, meio ambiente, saúde e emprego, entre outras, estão muito presentes tanto na sociedade em geral como no meio científico. As diferentes áreas da Ciência e Tecnologia podem contribuir para a compreensão e a solução destas questões através da educação científica dos demais segmentos da sociedade, apresentando propostas de inovação conseqüente e mostrando as mudanças de paradigmas científicos). Segundo Brecht : “O papel do autor dramático não se reduz a reproduzir, em sua obra, a sociedade de seu tempo. O principal objetivo, quer pelo conteúdo, quer pela forma, é exercer uma função transformadora, que atue revolucionariamente sobre o ambiente social.” Ou ainda nas palavras do educador Paulo Freire: “A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo”. Assim, o Ouroboros pensa em atuar não só como entretenimento, mas com o ideal de apresentar novas metodologias e ferramentas para ajudar o professor em seu trabalho de ensinar, estimulando os alunos fora da sala de aula a desenvolver uma consciência crítica do mundo ao seu redor. Palavras-chave: teatro, divulgação científica, quimica

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Urze Cia de Dança - UFSCar levando a dança para o interior de São Paulo Jose Francisco - jfran@ufscar.br Yara Aparecida Couto, Francisco Silva (técnico coreógrafo) Universidade Federal de São Carlos, Núcleo UFSCar Município, DEFMH, Coordenadoria de Cultura - PROEx

A dança é uma expressão artística pouco divulgada e apoiada no Brasil, apesar de possuir um enorme potencial de valorização humana, isto é, de colocar as pessoas envolvidas - tanto os bailarinos quanto o público - em contato com inúmeras facetas do ser humano, tanto as herdadas em seu percurso histórico quanto as desenvolvidas em suas manifestações contemporâneas. A Urze Cia de Dança/UFSCar é uma companhia de dança fundada a partir da experiência do Grupo de Dança Contemporânea da UFSCar, projeto de extensão universitária existente desde 2003 na UFSCar. Desde então, realizou apresentações e promoveu mini-cursos gratuitos em São Carlos e em municípios da região, colaborando para a divulgação desta forma de arte e para a formação humana e artística de seus componentes. O apoio da Universidade, por meio deste Edital, permitirá a consolidação dessas atividades, ampliando as possibilidades de alcance de um dos objetivos que motivaram sua criação: a divulgação da dança na região como atividade de extensão universitária. Palavras-chave: dança, apresentações artísticas, democratização da dança

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Vivência na Área de Gestão no Projeto Estrela Menina - Ginástica Rítmica da Uefs-BA Silvia Regina Seixas Sacramento (Docente), Bahia, UEFS, e-mail silsacramento@hotmail.com Viviane Castilho, Bahia, UEFS, e-mail castilhovivi@hotmail.com Thaize Soares da Rocha, Bahia, UEFS, e-mail thizes.rocha@gmail.com Francine Menezes de Jesus Silva, Bahia, UEFS, e-mail francineedfisica@hotmail.com Alexsandra Juliana Batista da Silva, Bahia, UEFS, e-mail julibatista19@hotmail.com

Caracteriza-se Ginástica Rítmica como uma modalidade esportiva onde desenvolve diversas capacidades físicas como: coordenação, ritmo, equilíbrio, resistência, agilidade e flexibilidade (LAFRANCHI, 2001). A Ginástica Rítmica combina música e movimentos corporais com ou sem aparelhos como bola, maças, fita, cordas e arco. A Universidade Estadual de Feira de Santana desenvolve um programa de Ginástica Rítmica para a comunidade. Este tem cunho sócio-educativo onde diversas atividades são proporcionadas para meninas entre 06 e 14 anos. Neste programa são planejadas atividades lúdicas, execução de movimentos específicos da Ginástica Rítmica, palestras sobre assuntos sociais e apresentações em eventos na universidade e fora desta. Relatar as experiências vivenciadas na área de Gestão do Projeto Estrela Menina - Ginástica Rítmica. O trabalho é desenvolvido a partir da organização inicial que se dá no período de inscrições, organização dos horários. Durante o andamento das aulas é realizado o acompanhamento da freqüência das alunas e das monitoras participantes do projeto. Incluem ainda informes e reuniões com os pais ou responsáveis. A administração é responsável também pela solicitação de materiais necessários e espaços para as aulas. Em casos de convites para eventos é esta que organiza as apresentações verificando locais e transportes para apresentações fora da universidade. Planejando ainda festas nas datas comemorativas e encerramento do período. Controle da quantidade de meninas inscritas e distribuição exata nas turmas para que não prejudique o trabalho e as atividades propostas pelas professoras. Análise das listas de freqüências para verificar a assiduidade das alunas e professoras entrando em contato com as mesmas em casos de falta por longo tempo. Contato com as famílias, comunicação interna com os setores da universidade e externas com entidades públicas e privadas. Os resultados positivos do Projeto Estrela Menina - Ginástica Rítmica para a comunidade são a satisfação dos pais e familiares ao ver as apresentações das meninas; a alegria destas nas aulas e ao expor os movimentos da GR aprendidos vendo a sua valorização. Portanto esse reconhecimento da comunidade sobre a importância do projeto torna gratificante a experiência na administração e organização do mesmo. Palavras-chave: Ginástica Rítmica; Gestão; Projeto.

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Cultura

Vivenciando a Poesia ROSEMEIRE APARECIDA TREBI CURILLA, frose@ufscar.br FRED SIQUEIRA CAVALCANTE Bolsistas: ERIC TEIXEIRA CALADO, THALITA THAUANA BERNARDO, BEATRIZ CASUSCELLI GROPPA Universidade Federal de São Carlos, Coordenadoria de Cultura - PROEx

Este projeto tem por objetivo proporcionar às crianças da Educação Fundamental das Escolas de São Carlos e Região um contato prazeroso com o universo poético, incentivando o hábito da leitura e despertando o amor pelos livros.Com o objetivo de proporcionar a expansão e expressão dos sentimentos, exercitar a imaginação e a criatividade, estimular a percepção sensorial, favorecer o pensamento reflexivo e trabalhar a sensibilidade, a poesia será trabalhada utilizando três recursos básicos: a música das palavras (a sonoridade e o ritmo), a visualidade (as imagens que as palavras sugerem na mente do leitor) e o jogo com o significado (a pluralidade de significados que um poema pode conter). Palavras-chave: literatura, poesia, poemas

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Cultura

X-9: A Velha Guarda e a Produção de Cuidados Rosilda Mendes, UNIFESP (Baixada Santista), rosildamendes@terra.com.br Emílio Nolasco de Carvalho, UNIFESP (Baixada Santista), emilcarva@uol.com.br Álvaro Carlos de Souza Mendes dos Santos, UNIFESP (Baixada Santista), álvaro_carlos@hotmail.com Elis Cristina Alquezar, UNIFESP (Baixada Santista), elis_tlt@hotmail.com

Como parte de um projeto maior intitulado X9: Memória, território e produção do cuidado, esta atividade extensionista reúne docentes e discentes de vários cursos da UNIFESP, Campus Baixada Santista e pretende criar mais uma oportunidade de se relacionar organicamente com entidades da sociedade civil da cidade de Santos. Visa potencializar a participação cotidiana dos cidadãos na gestão local e no controle das condições que podem interferir na sua saúde e na coletividade onde vivem e trabalham. Para tanto, faz-se necessário que os sujeitos se interessem pela construção de cuidados sobre eles mesmos, e que expressem as demandas consideradas importantes para aquela comunidade. É, portanto, um espaço de aprendizado, produção de cuidado e cidadania, onde ensinamos e aprendemos, fazendo com que o conhecimento caminhe em uma via de mão dupla. É desenvolvido junto ao Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba X-9 - Santos, através de atividades semanais de produção de cuidados, como: relaxamentos, noções corporais, alongamentos, todas realizadas junto a um grupo de tamanha importância dentro da Escola de Samba, a Velha Guarda. Palavras-chave: saúde, cuidado, cidadania

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Cultura

X-9: Memória, Território e Produção do Cuidado Maurício Lourenção Garcia, UNIFESP (Baixada Santista), malougar@uol.com.br Samira Lima da Costa, UNIFESP (Baixada Santista), biasam@uol.com.br Luiz Gustavo Amadei, UNIFESP (Baixada Santista), lgaguga@yahoo.com.br Agatha Aparecida Oliveira Ribeiro, UNIFESP, (Baixada Santista), aparecidaagath@yahoo.com

Este projeto de extensão universitária que reúne docentes e discentes de vários cursos da UNIFESP, campus Baixada Santista (psicologia, terapia ocupacional, nutrição e educação física) pretende criar mais uma oportunidade de se relacionar organicamente com entidades da sociedade civil da cidade de Santos. É desenvolvido junto ao Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba X9 - Santos (G. R. C. E. S. X9 - Santos), através de atividades de produção do cuidado junto ao grupo de integrantes da Velha Guarda da Escola de Samba, levantamento de expectativas e mapeamento coletivo da rede, da memória e do território onde a Escola de Samba está inserida. Tem como metas mapear os movimentos e atores sociais no território no qual se localiza o G. R. C. E. S. X9 - Santos, com vistas à construção da memória e a produção do cuidado. Além de sugerir, em conjunto com os membros da Escola de Samba, propostas de produção do cuidado no território da Bacia do Macuco; Analisar as redes sociais locais com suas interfaces e suas potencialidades em relação à participação da comunidade nos projetos locais; Identificar representantes da memória da Escola de Samba e, por fim, produzir e registrar momentos de narrativas destas memórias. A cada terça-feira um aluno e um professor se encontram com algum membro da velha guarda a fim de coletar as histórias da escola de samba X9, bem como a participação da pessoa no decorrer dos anos como integrante da agremiação. Tais reuniões freqüentemente ocorrem no barracão da X9, o que possibilita aproximação mais forte da universidade com a comunidade. As informações coletadas formam a memória coletiva da velha guarda, a qual preconiza que cada integrante é um ator social importante no processo de constituição da mesma. As histórias contadas apontam a dinâmica do território, pois agremiação compõe-se com a Bacia do Macuco de forma a ser uma das referências culturais da cidade de Santos. A partir daí nos é possível mapear os programas, equipamentos e projetos de saúde do bairro. O impacto acadêmico e social é responsabilidade da Universidade e compromisso deste projeto, despertar em seus alunos esse nível de comprometimento social. Quanto ao social, busca-se criar uma relação cooperativa entre o G. R. C. E. S. X9 e os equipamentos territoriais envolvidos com a produção do cuidado, além da ampliação dos projetos oferecidos pela Escola de Samba à comunidade. Espera-se, também, contribuir para a construção e manutenção da memória social e cultural, garantindo-se assim, a continuidade histórica dessas memórias. Palavras-chave: Redes, território, memória coletiva.

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Direitos Humanos e Justiça

A Vivência dos Direitos Humanos e A Conquista da Cidadania em Oficinas com Crianças de Projetos Sociais Municipais Heloisa Maria Heradão Rogone (docente), Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis,hrogone@assis.unesp.br Igo Gabriel Santos Ribeiro, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis,igogabriel@uol.com.br Juliana Roberta de Paulo Antoneli, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis, juantoneli@hotmail.com Marina Perenciu Martirani, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Assis,marina_martirani@hotmail.com

A Universidade nos programas sociais do município é um projeto de extensão que vem sendo desenvolvido pelo Departamento de Psicologia Clínica da Unesp - Campus de Assis desde 1998 e tem seu trabalho centralizado no apoio à infância em situação de risco e na promoção e defesa dos direitos humanos das crianças. Isto é feito em parceria com a Secretaria da Assistência Social que coordena projetos de atenção integral a crianças e adolescentes, visando a integração e a inclusão social deste segmento da população. Nossas ações são norteadas pelos princípios estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente buscando efetivar condições concretas para o pleno desenvolvimento e contra a exclusão, a marginalização, a estigmatização e a opressão. O objetivo específico deste Projeto é favorecer o direito da criança de expressar livremente os seus pontos de vistas, sentimentos, opiniões e necessidades, assim como o direito de ser ouvida e respeitada em suas considerações sobre si mesma e sua relação com o outro. Método: O trabalho é desenvolvido em pequenos grupos instituídos como oficinas terapêuticas, coordenadas por uma dupla de alunos-estagiários, que participam de supervisões teóricas e práticas com docentes da Universidade. As atividades das oficinas são realizadas de forma lúdica e abrangem pintura, circo, arte, contos, expressão corporal, sucata, construção do saber, entre outras, promovendo reflexões sobre cidadania, afetividade, auto-estima, relacionamentos sociais, uso de drogas, sexualidade, família, trabalho e preconceito. Este trabalho envolve dezesseis alunos do 3º e 4º ano do Curso de Graduação em Psicologia, e uma psicóloga da prefeitura. Resultados: Constatou-se uma significativa integração entre crianças e estagiários, melhora no desenvolvimento e auto-estima, por meio da valorização das produções coletivas e relatos pessoais, maior expressividade emocional nas oficinas. A partir disso, foram observadas modificações em relação à pré-conceitos, bem como estereótipos socialmente estabelecidos, possibilitando às crianças a construção de um novo olhar. Os efeitos deste trabalho são registrados em artigos e pesquisas apresentados em Congressos e outros eventos científicos, nacionais e internacionais. Consideramos assim, que este Projeto integra o ensino e a pesquisa com as demandas da comunidade, e incentiva uma prática acadêmica que contribui para o desenvolvimento da consciência social e política. Assim, ao promover a cidadania destas crianças, os alunos se envolvem em uma atividade que favorece a formação de profissionais-cidadãos. Deste projeto surgiu uma disciplina incluída na grade do novo currículo da psicologia. Palavras-chave - Cidadania, Extensão universitária, Crianças.

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Direitos Humanos e Justiça

“Benefício de Prestação Continuada: Os desafios para a ampliação da cobertura social” Tiago Gomes Cordeiro, Programa de Estudos Pós Graduados em Serviço Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC, SP, t-cordeiro@ig.com.br.

A presente pesquisa nasce da inquietação do autor a partir de seu estágio junto ao Juizado Especial Federal da 3ª Região - São Paulo, ao constatar que, de fato, nem sempre os princípios contidos na Carta Magna são cumpridos. O objetivo da pesquisa consistiu, portanto, em identificar os motivos para tantos indeferimentos - por parte do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, órgão concessor e pagador - de pedidos do Benefício de Prestação Continuada, previsto na Constituição Federal de 1988, art. 203 e na Lei 8.742 de 7 de dezembro de 1993 - Lei Orgânica da Assistência Social. Para isso, foram estudados os conceitos de pobreza, tutela antecipada, deficiência e família e a relação entre o BPC e o auxílio doença, bem como a legislação vigente. Observam-se incoerências quanto aos conceitos utilizados pelo órgão responsável pela concessão do benefício e até mesmo nas próprias audiências, conforme análise do material empírico levantado junto ao juizado, com base no qual foi possível constatar tais contradições, destacando-se as dificuldades de acesso ao próprio serviço judiciário e a morosidade do processo. Nas considerações finais, são apresentadas alternativas de possíveis soluções com vistas à ampliação da cobertura social mediante a concessão do benefício em questão. Palavras-chave: Seguridade Social, Assistência Social, Benefício de Prestação Continuada.

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Direitos Humanos e Justiça

Clínica e Pesquisa em Adoção Maria Luísa Louro de Castro Valente, Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP - Assis., luisaval@uol. com.br Loraine Seixas Ferreira, Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP - Assis., loseixas@hotmail.com Tânia Regina Goia, Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP - Assis., tania_goia@ig.com.br

Vinculado à PROEX, é desenvolvido um projeto de extensão universitária, com a temática de adoção e família, que acontece há 9 anos na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, campus de Assis. Smith e Miroff (1987), num guia para pais (You’re our Child: The Adoption Experience), definem como adoção uma invenção social que permite o estabelecimento de relações do tipo pais-filhos entre pessoas que não estão ligadas biologicamente. Se não bem trabalhada, a adoção pode ser um evento doloroso e potencialmente traumático, em especial para as crianças, pois as sensações de abandono e rejeição estão geralmente internalizadas. Por isso o acompanhamento das famílias antes e pós-adoção é fundamental, visando à orientação, a redefinição de possíveis mitos e preconceitos, e o esclarecimento entre o filho real e o ideal, evitando, assim, interpretações equivocadas. Pretende-se com este projeto colaborar com a formação acadêmica dos alunos do 4º e 5º ano do curso de Psicologia assim como atender a comunidade. Busca-se discutir questões relativas à adoção e seus aspectos psico-sociais e legais, além de oferecer espaço para reflexão, orientação e atendimento clínico a famílias com indivíduos adotados e/ou pretendentes à adoção. As formas de atuação prática se iniciam com a divulgação e conseqüente mobilização da população para atividades de atendimento clínico individual, atendendo a casais e famílias com membros adotados, ou sobre a forma de grupo de pais adotivos e postulantes a adoção, realizados semanalmente no Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada - CPPA. Outra forma de atuação se faz através de entrevistas para difusão nos vários meios de comunicação, buscando esclarecer a temática em questão, assim abrangendo amplas camadas da população. Numa futura prática o projeto englobará também um curso preparatório direcionado a candidatos à adoção encaminhados pelos fóruns de alguns municípios da região. A adoção é a formação de uma família através de laços de amor, e que estes são significativamente mais importantes que laços sanguíneos. É preciso romper com a cultura vigente de que a adoção é apenas um ato de caridade. Acredita-se que, o desenvolvimento desse trabalho possibilita à comunidade uma ressignificação sobre a cultura da adoção, ressaltando que mais do que uma “boa ação”, a adoção é um direito garantido à criança e ao adolescente, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), de possuir uma família. Através dessas ações, é possível observar que o olhar do psicólogo pode contribuir na construção de novos entendimentos sobre a adoção, tanto na visão da sociedade como das famílias. Palavras-chave: Adoção, Pesquisa, Família

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Direitos Humanos e Justiça

Educação financeira nas escolas públicas da comunidade viçosense Jeferson Boechat Soares, Departamento de Ciências Socias, Universidade Federal de Viçosa (UFV), jb_soares@ hotmail.com Sérgio Luiz Vasco Moretti, Departamento de Economia, UFV, sergio.moretti@ufv.br

Ter a oportunidade de aprender, saber, ter o conhecimento claro das coisas através das informações vinculadas pelos meios de comunicação e pela educação, ou seja, por meio da aquisição de entendimento esclarecido, o indivíduo pode apresentar seus interesses. As pessoas estariam dispostas a participarem do cenário político, em que os direitos sociais seriam garantidos se a sociedade quisesse exerce-los, se esse conhecimento fosse passado pela educação, assim, realizar-se-ia a inclusão. Existem participantes no processo de educação: a escola, o Governo, as instituições financeiras, e outros, como as intituições não-governametais. A Educação Financeira seria o processo pelo qual os indivíduos melhoram a compreensão sobre os produtos financeiros, seus conceitos e riscos, com a qual desenvolveriam habilidades e a confiança necessárias para tomarem decisões fundamentadas e com segurança. Analisando os objetivos do projeto, o Projeto de Educação Financeira visa que o estagiário tenha o papel de estabelecer uma ponte entre o conhecimento formal apresentado pela instituição (a escola) e a demanda social, de tal forma que o aprendizado se torne dinâmico e interessante, pois passa a ser resposta para situações do cotidiano. O estagiário deve ter a sensibilidade para perceber que este se trata de uma ação humanística e, por isso, ele será estimulado a auxiliar na transformação da sociedade, a fim de estabelecer laços concretos com a vida em detrimento de uma cultura influenciada pelo individualismo e a competição. E ainda, estimular o espírito empreendedor em cada aluno possibilitando-o a atuar com mais habilidade e responsabilidade como consumidor no mercado atual e futuro. A metodologia de ensino utilizada e criada, busca desenvolver uma “alfabetização econômica” dos alunos juntamente com um estímulo a prática da leitura. De fato, orientam-se os alunos para que repassem o material adquirido em sala de aula para toda a família, pois os assuntos tratados na aula-oficina são situações específicas aleatoriamente debatidas e sociabilizadas de interesse da esfera familiar. Assim, uma vez que a família procura executar em seu dia-dia ações coerentes com os pressupostos da Educação Financeira, a criança terá um modelo perfeito a se espelhar em sua trajetória de amadurecimento. Os resultados alcançados com essa ação social foram gratificantes. O projeto em si refletiu uma grande satisfação das pessoas envolvidas, ou seja, tanto a organização das escolas, a equipe gestora, quanto aos alunos atendidos acreditam que o projeto é de grande valia, seja em função de uma satisfação pessoal, seja em termos de um futuro desenvolvimento sustentável. Palavras-chave: Extensão, Evento, Projetos.

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Direitos Humanos e Justiça

Estado do Paraná e Extensão Universitária em defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes Gabriella de Camargo Hizume, ghizume@yahoo.com.br Adrielli Mozara Prunzel, adri_prunzel@hotmail.com Camila Regina Peternelli, camila_reginapeter@hotmail.com Jean Carlo Nogueira Baron, jeannogueirabaron@hotmail.com Paola Andriguetti Zucchi, pa.zucchi@hotmail.com Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (NEDIJ), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Criados em 2005 por iniciativa do Governo do Estado do Paraná e do Ministério Público estadual, os Núcleos de Estudo e Defesa de Direitos da Infância e Juventude (NEDIJs) foram instalados nas Universidades Públicas Estaduais do Paraná com o objetivo de tutelar os direitos de crianças e adolescentes a partir do marco da Teoria da Proteção Integral. Em 2008, os NEDIJs passaram a integrar o Subprograma Incubadora de Direitos Sociais do Programa Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. Atualmente, os Núcleos são compostos por um professor coordenador/ orientador, quatro bolsistas graduandos da área do Direito, dois advogados bolsistas recémformados, um professor orientador, um recém-formado e um graduando das demais áreas. As atividades desenvolvidas nos núcleos de prática jurídica centradas na prestação de assistência judicial viabilizam acesso à justiça aos indivíduos economicamente hipossuficientes e o aperfeiçoamento profissional dos estudantes de Direito. Os NEDIJs articulam ensino e são focados em estudos orientados no embasamento teórico do direito material e processual, pesquisa e extensão voltadas para questões pertinentes ao direito infanto-juvenil, considerando que crianças e adolescentes encontram-se em posição de sujeitos em peculiar condição de desenvolvimento físico, moral, social, espiritual e mental; a pesquisa está, geralmente, vinculada a grupos institucionalizados. Exemplificativamente, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, as atividades de pesquisa do NEDIJ, campus de Francisco Beltrão, estão atreladas ao Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos (GPDH). Assim os NEDIJs desenvolvem projetos na comunidade com o intuito de apresentar o ECA e auxiliar no esclarecimento de dúvidas relativas a questões jurídico-pedagógicas que envolvem crianças e adolescentes. Em Francisco Beltrão, o Núcleo participa como ator da rede de proteção à criança e ao adolescente, juntamente com o Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Civil e Militar, Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI), Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), Centros de Sócioeducação (CENSE), acompanhando os adolescentes internados. Destarte, vale ressaltar que o Núcleo prima pela tentativa de acordo entre as partes, buscando reduzir o número de processos ajuizados, acelerando, assim, a solução da controvérsia. Em face da multiplicidade de atividades desenvolvidas, a metodologia utilizada varia caso a caso. Palavras-chave: Eca, Nedij, Unioeste. 86


Direitos Humanos e Justiça

O projeto de extensão como intermediador para a promoção dos vínculos Heidi Miriam Bertolucci Coelho, luis.heidi@uol.com.br Cristiane Midori Takasu, crismitakasu@yahoo.com.br Giovana Meinberg Garcia, gi_meinberg@yahoo.com.br Luiza Câmara Maretto, lumaretto@gmail.com Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras de Assis

O Projeto de Extensão Universitária Usina de Sonhos com Realidade surgiu da demanda de ambos os lados, universitários e integrantes do Bairro e realiza uma intervenção social de universitários na comunidade da Vila Prudenciana, no município de Assis-SP. Participam deste projeto alunos dos cinco cursos do campus da UNESP de Assis, possibilitando um espaço de interação para todos os alunos de graduação, viabilizando uma antecipação da prática e aproximação da universidade com esta comunidade. Os encontros se dão por meio de encontros quinzenais aos sábados no Bairro no qual são desenvolvidas oficinas de esporte, jogos, fantoches, trabalhos manuais (massinha, construção de brinquedos e instrumentos musicais com “sucatas”, dobraduras, etc.), pinturas e brincadeiras das mais diversas. Há também encontros externos ao Bairro como, por exemplo, na UNESP e parques da cidade. Para a discussão e reflexão das atividades realizadas, além do planejamento das próximas, realizam-se também reuniões semanais entre os estagiários e com a coordenadora do grupo, e, plantões para a produção científica. É possível pensar este trabalho por meio do vínculo estabelecido. Há vários autores, Freud, Bion, Melanie Klein que de certa forma contribuíram em conceitos teóricos e mencionaram a relevância do vínculo analítico. No caso do projeto, há um vínculo presente, mesmo que fora dos padrões do setting terapêutico, não menos importante. O termo surgiu do latim e tem como um dos sentidos a ligação entre as partes, algo unido, algo relacionalemocional entre duas ou mais pessoas. Neste sentido o projeto teve um papel primordial para a construção dos diversos vínculos: entre os estagiários, as crianças, os pais e o espaço construído. O vínculo é visivelmente percebido nas atividades propostas em que a criança e o estagiário interagem de forma espontânea, fluindo o brincar; como quando, uma criança interpela um estagiário para que este construa um avião com um pedaço de barbante e, a partir do que este cria, surge a capacidade da criança de “voar” com um barbante esticado entre os braços; ou ainda, a invenção de histórias com os fantoches, nas quais quem começa não é o mesmo que termina e aparece algo novo e compartilhado.Isto tudo, sem quaisquer constrangimento ou limites impostos à imaginação ou à criatividade de ambos. Este projeto vem ganhando visibilidade tanto dentro do campus quanto da comunidade, pois há a integração entre estes, com antecipação da prática na formação acadêmica e no resgate do lúdico no desenvolvimento infantil. O vínculo se torna essencial para continuidade do trabalho no decorrer dos anos e para presença constante dos participantes nos encontros. Palavras-chave: vínculo, projeto de extensão, Assis. 87


Direitos Humanos e Justiça

Projeto Laços de Amor: Adoção, gênero, cidadania e direitos

Prof. Dr. Fernando Silva TEIXEIRA FILHO, UNESP- Assis, fsteixeirafilho@gmail.com Elaine Gasques RODRIGUES, UNESP- Assis, elainegasques@hotmail.com Manuela Aparecida M. CRISTÓVÃO, UNESP- Assis, manu-marini@hotmail.com Merilin Mirian VOLK, UNESP- Assis, merilin1905@hotmail.com Vivian Lazarini VALEO, UNESP- Assis,vivilazarini@hotmail.com

O Projeto Laços de Amor: adoção, gênero, cidadania e direitos é um grupo de estágio, pesquisa e extensão, financiado pela PROEX (Pró-Reitoria de Extensão), ligado ao Departamento de Psicologia Clínica da UNESP-Assis, que oferece atendimento psicológico a pessoas cujo sofrimento esteja associado à adoção. Do mesmo modo, realizamos intervenções clínico-sociais que envolvem cine-debates, escrita de textos opinativos para jornais, distribuição de materiais informativos com reflexões sobre adoção (tardia, especial, inter-racial, por pessoas homossexuais). Desde sua criação em 2006, o projeto já totalizou 46 atendimentos. Muitos deles são de pessoas que estão em processo terapêutico por mais de 1 ano. Nem todos os casos são de crianças. Também atendemos adultos, em geral, do sexo feminino. Na maioria das vezes, os pais já contaram à criança que ela é adotada, mas isso não é regra. Também já recebemos casos de adoção inter-racial e tardia, bem como guarda de crianças por parentes. De modo geral, o que é comum a todos estes casos é a colocação da pergunta: “o que faz uma família?”. Acreditamos que o processo terapêutico tem auxiliado a estas pessoas a encontrarem suas próprias respostas. Do ponto de vista social, acreditamos que a pergunta que interpela subjetivamente estas pessoas, advém, justamente, do contexto sócio-histórico e cultural no qual estão inseridas. É, a partir desta contastação, que buscamos resignificar a cultura da adoção via procedimentos já elencados. Durante todos esses anos de execução do projeto, fica-nos evidente a necessidade de acolhimento e tratamento dos sofrimentos psíquicos de pessoas adotadas e seus familiares, reafirmando, inclusive que, muito desses sofrimentos poderiam ser evitados se na nossa cultura os estigmas que envolvem a adoção fossem extintos. Palavras-chave: Adoção, Gênero, Direitos

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Projovem Adolescente Prof. Assistente Dra. Heloisa Maria Heradão Rogone, Departamento de Psicologia Clínica, FCL - Unesp Assis, SP, hrogone@assis.unesp.br Marcela Pimentel Rocha, FCL - Unesp - Assis, SP, cela_rocha@hotmail.com Stefanie Teixeira de Lima, FCL - Unesp - Assis, SP, stef_teixeira@hotmail.com

O Projovem Adolescente - Serviço Sócio Educativo integra a Política Nacional de Assistência Social, políticas públicas de proteção social que se materializa pelo Sistema Único de Assistência Social - SUAS, foi elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, toma como base o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e é composto por uma rede articulada de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Tem como público alvo jovens de 15 a 17 anos, de famílias em condições de extrema pobreza, expostos a vulnerabilidades sociais, recebendo o Bolsa Família e aqueles cumprindo medidas socioeducativas. O projeto de extensão é realizado dentro do Programa Projovem Adolescente, coordenado por uma docente do Departamento de Psicologia Clínica e busca oferecer uma atenção psicossocial aos jovens. As atividades realizadas por graduandos de psicologia têm como objetivo colocar o aluno estagiário em contato com o exercício da sua futura profissão promovendo uma reflexão e o desenvolvimento de um pensamento crítico que acontece através da experiência do êxito ou do fracasso do trabalho realizado em grupo além de ampliar a atuação do psicólogo. É importante destacar que os objetivos se moldam de acordo com as necessidades dos estagiários, supervisores e adolescentes. O projeto é composto por quatro alunos estagiários e 50 jovens de 15 a 17 anos divididos em 2 coletivos coordenados por uma dupla de alunos em oficinas semanais com 2 horas de duração. As atividades desenvolvidas compreendem discussões, dinâmicas de grupo, exposições informativas, filmes, músicas e cartazes elaborados pelo coletivo abordando sempre os temas transversais propostos pela apostila do projeto que são: Juventude e Meio Ambiente, Juventude e Trabalho, Juventude e Cultura, Juventude Esporte e Lazer, Juventude e Saúde e Juventude e Direitos Humanos e Socioassistenciais. As atividades realizadas servem como disparadoras para as discussões e reflexões, sendo os estagiários apenas mediadores e facilitadores destas. Semanalmente ocorre a supervisão com a docente coordenadora para compartilhar experiências, incitar discussões e esclarecer dúvidas, tendo como base um referencial psicanalítico. Posturas e condutas foram aprimoradas na supervisão e na troca de experiências durante os encontros com os jovens, mostrando que nem sempre o papel do psicólogo se restringe à uma visão terapêutica. A vivência do projeto propicia o enriquecimento, a aprendizagem e a compreensão de como prática e teoria se relacionam, proporcionando vivenciar a psicologia fora do ambiente acadêmico. Palavras-chave: Direitos Humanos, Adolescente.

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Reflexões sobre uma prática com jovens, realizada por alunos extencionistas da psicologia, em uma unidade da assistência social Dra. Heloisa Maria Heradão Rogone, hrogone@assis.unesp.br *Ms Claudia Maria Rinhel Silva, claudiarinhel@uol.com.br ** Fabiana Guimarães Duarte, fa_gduarte@hotmail.com ** Giovana Meinberg Garcia, gi_meinberg@yahoo.com.br **Luiza Câmara Maretto, lumaretto@gmail.com ** Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras de Assis (FCL)

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre uma prática desenvolvida em um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), com jovens de 15 a 24 anos assistidos pelo programa social estadual denominado de Ação Jovem. Este programa oferece a estes jovens, ações que complementam a escola e estimulam a conclusão do ensino médio, por meio de uma transferência de renda com a intenção de amenizar a situação de vulnerabilidade social em que se encontra este segmento da população. A Unesp-Assis, através do Projeto de Extensão Universitária denominado “A Universidade nos Programas Sociais do Município”, realiza, em parceria com a Assistência Social municipal, oficinas de cidadania com estes jovens, que são coordenadas por alunos extencionistas do curso de psicologia. Os dez alunos envolvidos promovem encontros semanais com os jovens, produzindo vivências de cidadania através de dinâmicas disparadoras de temas da realidade em que vivem, e que são desenvolvidos de forma reflexiva e/ou mediada por elementos como filmes, recurso audiovisual, revistas, jornais, desenhos entre outros. Esta prática traz questionamentos sobre a atuação do psicólogo em uma unidade da assistência social, mais especificamente em um CRAS, que vem sendo atualmente, amplamente debatido em várias instâncias da categoria de psicólogos e de outros profissionais a fins. Também é tema recorrente nas supervisões realizadas pela coordenadora do projeto de extensão e a coordenadora do “Ação Jovem” com os alunos extencionistas nas quais pode-se perceber a grande importância desta atuação na formação deste também jovem aluno. É uma ação implementada em um campo de trabalho que recentemente se abriu ao psicólogo, com a implantação do SUAS e suas unidades auxiliares, e, a participação do aluno neste momento histórico de construção deste campo novo de conhecimento e saber, certamente contribuirá para a formação de um profissional cidadão. Palavras-chave: extensão, psicologia e assistência social.

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Acompanhamento pedagógico de alunos e professores no cotidiano escolar: Uma ação de extensão no âmbito do projeto “Formação e trabalho de professores junto aos alunos com deficiências no município de Guarulhos (SP)” Maria de Fátima Carvalho Franciele Fernanda Malosti Santana, francielemalosti@bol.com.br, Larissa Maria Prestia Dias, larissa. prestia@gmail.com, Leandro Gonçalves Oliveira, leandro.1109@hotmail.com, Jessica Araújo, jhesslovely@ hotmail.com,Universidade Federal de São Paulo.

O projeto em andamento (agosto/2009 – junho 2010) objetiva o diálogo com a escola pública e concentra-se no atendimento às demandas de formação continuada e trabalho de professores no processo de inclusão escolar de crianças e jovens com deficiências na rede pública estadual, em Guarulhos, SP. Desenvolvido numa escola de Ensino Fundamental II e Médio, situada no bairro São João. No cotidiano escolar, o professor depara-se com as necessidades de atuação relativas às especificidades de desenvolvimento e educação dos alunos que apresentam deficiências. Neste contexto, destaca-se a referência a falta de conhecimentos acerca das deficiências. Estas são entendidas e explicadas como condições que afetam, e que a priori, definem os processos de ensino-aprendizagem. Os educadores falam da falta de condições de construção destes conhecimentos no cotidiano escolar, no exercício do trabalho docente caracterizado pelo acúmulo de atividades, pela falta de orientação e apoio sistemático ao processo de inclusão, pelo excesso de alunos e outras exigências pedagógicas, condições que, conforme seus argumentos, impedem à continuidade de sua formação. O professor interroga-se sobre “como ensinar a quem não aprende, não ouve, não vê, não fala, não se move, como enfrentar as demandas suscitadas pelas necessidades específicas desses alunos em meio às precárias condições de atendimento escolar?” As dificulades alegadas e as formas vigentes de significação de déficits, distúrbios e atrasos (psíquicos, linguísticos e motores) produz modos de intervenção que nem sempre concorrem para o desenvolvimento escolar da população com deficiência incluída na escola. O projeto desenvolve entre outras atividades, o trabalho de acompanhamento pedagógico realizado pelos graduandos, dirigido aos alunos com deficiências, tendo como objetivo contribuir para a elaboração e discussão de alternativas de ensino e aprendizagem vividas por alunos com deficiências e seus professores. Compete aos graduandos auxiliar professores e alunos na realização das atividades, elaboração de materiais, registro e sistematização da atividade de campo em curso, a qual no âmbito do projeto dinamiza a relação colaborativa entre a universidade e a escola pública, permitindo a reflexão sobre a inclusão e contribuindo para o trabalho e a formação atual dos graduandos e continuada dos professores do município.

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Afetividade e formação continuada de professores Profa. .Dra. Maria Teresa de Moura Ribeiro (Depto de Pedagogia - UNITAU - mterib@hotmail.com) Profa. Dra. Myrian Boal Teixeira (Depto de Pedagogia - UNITAU - myrianboal@hotmail.com)

Os estudos sobre a docência têm mostrado a importância da dimensão afetiva e relacional em um trabalho que envolve, essencialmente, interações humanas. Este aspecto, no entanto, tem sido freqüentemente desconsiderado nos currículos dos cursos de formação de professores, mais voltados para conhecimentos técnicos e conceituais. Buscando conhecer e compreender melhor o papel da afetividade nos processos formativos, analisamos um programa de formação continuada de professores, realizado no Brasil, através de parceria entre uma Pró-reitoria de Extensão Universitária de uma universidade pública regional e uma secretaria de educação estadual, focando nossa análise em uma das escolas envolvidas, com o objetivo de investigar se as condições favoráveis que permitiram ao professor expressar manifestações afetivas contribuíram para levá-lo à reflexão sobre sua atuação docente e conseqüente aprendizagem e mudança. Fundado em uma concepção de formação que entende os professores como sujeitos cognitivos, afetivos e sociais, o projeto elegeu a escola como lócus de formação, oportunizando momentos para reflexão coletiva sobre as questões do cotidiano escolar, as trocas de experiências e a expressão dos sentimentos. A coleta de dados valeu-se da análise documental de avaliações preenchidas pelos professores e formadores participantes do programa de formação ao longo de 12 encontros, durante um ano letivo. Para complementação dos dados foram realizadas entrevistas com sete profissionais da escola envolvida. A leitura e analise do material permitiu sua organização em categorias: a escola na visão dos profissionais; o percurso de formação dos docentes; expectativas de formação. A base teórica do estudo pautou-se nas contribuições de Wallon e Rogers, o primeiro enfatizando que afetividade e inteligência constituem processos que se integram e que se modificam e que o meio em que a pessoa vive é importante para a formação de suas atitudes, uma vez que é nele que se criam as condições para que as mudanças ocorram. Rogers afirma que os educadores estão interessados em aprendizagens que provoquem modificações no comportamento e, para que isso ocorra, o conhecimento precisa ser organizado na e pela pessoa, pautando-se na aceitação, empatia e autenticidade. Com base nesses pressupostos, concluímos que o processo de formação continuada de professores que almeja mudanças significativas, deve priorizar as relações afetivas, respeitando e ouvindo o professor, de modo que todos possam protagonizar sua própria formação. Palavras-chave: formação continuada de professores; extensão universitária; afetividade.

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A Arte como recurso didático para o ensino de Matemática MARQUES, E.M.R., FC, Bauru, UNESP, BR, emilia@fc.unesp.br SOUZA, A. R., FC, Bauru, UNESP, BR, arobinso@fc.unesp.br BREDA, A.M.A., UA, PT, ambreda@ua.pt NEVES,A.J., UA, PT, jorgeneves@ua.pt et alli

A Análise Complexa tem sido apontada, pela literatura da área, como um tema central da Matemática. Apesar disso, as pesquisas mostram que existe deficiência no processo de ensino e aprendizagem desse tópico. O ensino usual dos números complexos é basicamente utilizando a abordagem algébrica, ficando isento de significado e/ou aplicações. Buscando um ensino mais significativo, especialmente para graduandos na área das ciências exatas e tecnológicas, dever-se-ia utilizar, conforme afirmam muitos pesquisadores, o enfoque geométrico dos números complexos e suas funções, uma vez que este proporciona melhor qualidade de compreensão e utilidade prática dos mesmos. Neste contexto, propomos este Projeto de Extensão. O projeto será desenvolvido no saguão da Biblioteca do campus, através da exposição de quadros produzidos através das funções complexas, utilizando o software F(C): Funções Complexas, desenvolvido por Edvaldo de Lima Silva em 2003. Cada quadro será exposto durante uma semana, acompanhados de panfletos explicativos. Em cada troca de quadros haverá um período previamente divulgado, onde os autores do campus estarão à disposição do público para conversas sobre o tema. O projeto se desenvolverá durante o período letivo do ano de 2011, sendo então, a exposição, constituída de aproximadamente 34 quadros. No 2° semestre, já com uma quantidade adequada de quadros, pretende-se realizar exposições itinerantes acompanhadas de palestras sobre o tema, em escolas de Ensino Médio da Rede Oficial de Ensino de Bauru e região. Este projeto de extensão objetiva apresentar os números complexos e suas funções num novo contexto, associado à Computação Gráfica, onde revela excelentes resultados, incluindo àqueles obtidos a partir da utilização como recurso didático para o ensino desse conteúdo. Objetiva também a divulgação de parte da produção científica do Grupo de Pesquisa: Ensino de Ciências e Tecnologia Educacional da UNESP - campus de Bauru, que vem trabalhado sobre o tema há vários anos, tendo inclusive produzido o software que possibilita esse projeto (wwwp.fc.unesp.br/~edvaldo/). Como projeto de caráter cultural tem como beneficiários toda a comunidade acadêmica do campus de Bauru, freqüentadores da Biblioteca e a comunidade das escolas por onde passará a “Exposição Itinerante”. Palavras-chave: Números e Funções Complexas, Computação Gráfica, Arte.

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A experimentação investigativa e a construção de conceitos: o experimento da combustão da vela Silvia Regina Quijadas Aro Zuliani, Departamento de Educação, UNESP - Bauru, silviazuliani@fc.unesp.br Rodrigo José Cristiano Gazola, Faculdade de Ciências, UNESP - Bauru, rjgazola@yahoo.com.br

Este projeto, vinculado ao Núcleo de Ensino da Faculdade de Ciências, UNESP, Campus de Bauru, tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento das práticas de ensino das diferentes áreas das Licenciaturas em Química, Matemática, Física, Ciências Biológicas e desenvolver oportunidades de formação inicial e continuada a professores de Educação Básica destas disciplinas. Tem como base de ação, a implantação da Metodologia Investigativa Interdisciplinar, na busca de um Ensino de Ciências mais dinâmico e abrangente. Para criação, articulação e avaliação das atividades deste projeto foram formados grupos de trabalho que congregam docentes da universidade, professores da rede de educação básica e estudantes de graduação das quatro áreas. O trabalho com as atividades criadas pelo grupo, em uma primeira fase, foi aplicado a grupos de professores e alunos da rede pública de ensino e licenciandos em Química da universidade. A atividade experimental investigativa escolhida está ligada ao fenômeno da combustão da vela em um recipiente fechado. Trabalhou-se com alunos de Ensino Médio, Professores de Educação Básica e Licenciandos em Química. Com a experimentação investigativa foi possível uma imediata verificação dos conceitos prévios e das concepções dos sujeitos a respeito dos fenômenos observados. Percebe-se claramente a dificuldade de todos os envolvidos em formular explicações. Em todos os níveis, estas concepções apresentam-se incompletas e inadequadas indicando que apesar de terem passado por diferentes etapas na educação formal, há uma lacuna de aprendizagem, onde predominam explicações pouco elaboradas e na maioria das vezes distantes da cientificamente aceita. Percebe-se, entretanto que a maneira como o experimento é conduzido pode ser a responsável por estas defasagens, mas o trabalho realizado com este grupo não nos parece suficiente para diagnosticar onde estes conceitos são adquiridos e qual a influência do ensino formal em sua construção. Assim acreditamos que esta possa ser uma investigação de interesse uma vez que permitirá obter dados capazes de indicar onde devemos atuar enquanto formadores de professores. Entretanto, a análise dos resultados obtidos até o momento nos permitiu a formulação de dois questionamentos principais: Em qual momento da vida acadêmica do aluno se dá a formação dos conceitos aqui discutidos? Qual é o papel do professor na formação desses conceitos? Palavras-chave: Experimentação Investigativa, Formação Inicial.

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A Formação Docente e Uso dos Objetos Lúdicos na Realidade e na Virtualidade Profa. Dra. Maria do Carmo Monteiro Kobayashi, Faculdade de Ciências Bauru, UNESP, kobayashi@fc.unesp.br Ana Simon Bastos, Faculdade de Ciências - Bauru, UNESP, anasimonb@hotmail.com <anasimonb@hotmail.com

O projeto Brincando no Centro de Psicologia Aplicada - CPA, criado em 2005, com o objetivo de auxiliar na organização e manutenção do acervo de brinquedos e jogos usados pelos professores e alunos do Curso de Psicologia, nos estágios curriculares e nos projetos de extensão, em atendimento no CPA. O projeto aumentou seu rol de atuação, e em 2006, outros objetivos foram incorporados: criar um espaço de estudos para a utilização interventiva, educativa e recreativa na área da ludicidade; disponibilizar um campo para docência, pesquisa e extensão a ser realizada pelos envolvidos no projeto. A partir dos estudos realizados no Quai des Ludes, em Lyon, França, em 2008, iniciou-se junto ao CPA e ao LABRIMP - FE/USP, a implantação de um sistema de classificação do acervo de brinquedos e jogos, na sua organização, baseado na sistemática conhecida como C.O.L. - Classement des Objets Ludiques, em substituição a outros sistemas, anteriormente utilizado nesses dois espaços. O C.O.L classifica os objetos lúdicos em 4 categorias, sendo brinquedos e jogos: exercício, simbólico, acoplagem ou construção e regras. A organização dos acervos e as informações sobre os objetos disponibilizados nas fichas do C.O.L. impulsionaram para outras ações e, atualmente, um novo objetivo passou a integrar as ações propostas: criar e alimentar um site Web para registro, categorização, consulta de informações e orientações na escolha de objetos lúdicos (2010). Futuramente, este Web pretende disponibilizar a funcionalidade de empréstimo on-line dos objetos do acervo do CPA, para comunidade em geral (2011). O site Web, denominado “Brinquedoteca na Web”, encontra-se em fase final de elaboração e pode ser acessado por alguns usuários, com informações sobre organização de materiais lúdicos, divulgação de trabalhos realizados com a temática da ludicidade, com palestras, vídeos que mostram situações de jogos e brincadeiras, sobre cursos e atividades realizadas pelos alunos e professores da universidade. O conteúdo do site será útil para a formação continuada de professores da rede pública, bem como promover situações recreativas com jogos e brincadeiras eletrônicas. Além disso, o site oferece um ambiente de colaboração e troca de informações entre o público em geral e profissionais e pesquisadores da área da educação e ludicidade. Ressaltamos, ainda que, o projeto permite as interfaces entre pesquisas e extensão, com os trabalhos desenvolvidos pela coordenadora, com alunos de graduação em TCCs, orientações em escolas e instituições, a docência na disciplina de Organização de objetos lúdicos, com alunos de diferentes cursos e os estudos realizados por alunos de Computação e de Designer. Palavras-chave: Ludicidade, C.O.L., Educação. 95


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A Realidade Aumentada e Seu Uso em Sala de Aula Ana Lúcia Nogueira de Camargo Harris, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, luharris@fec.unicamp.br Clara Maria Ferreira Silva, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, clarinhaferreira@gmail.com

A Realidade Virtual (RV) embora desenvolvida a década de 60 com ScketchPad por Ivan Sutherland, teve maiores avanços tecnológicos somente na década de 90, quando foi possível a interação em tempo real. Paralelamente a RV, nos anos 90 surge a Realidade Aumentada (RA), que sobrepõe o ambiente virtual ao real, possibilitando uma interação direta e física do operador com o meio virtual. A partir do século XXI, com a popularização de softwares e técnicas de visão computacional, a RA tem encontrado seu espaço, principalmente por ser uma tecnologia mais simples do que a RV e de fácil interação com outras mídias. Do Ambiente Real ao Ambiente Virtual existe um percurso onde se sobressaem outras Realidades, num campo denominado de Realidade Mista. Neste trabalho, considera-se a Realidade inserida numa região da Realidade Mista, que mescla a realidade virtual (não palpável) com o ambiente real (mundo físico). Dessa forma, a RA pode dar-se tanto no sentido ambiente real para o virtual, como o oposto, permitindo ao operador manusear objetos reais, com respostas em tempo real dos objetos virtuais, tornando o virtual mais dinâmico e mais próximo do operador. Azuma (1997) aponta três características principais de RA: combinação do real e do virtual, interações em tempo real ;registros tridimensionais (perfeita combinação do físico com o sintético). A aplicação descrita a seguir, parte de uma Iniciação Científica, teve como objetivo aplicar a RA no contexto educacional, para que os alunos experimentassem-na como uma ferramenta disponível para a apresentação em sala de seus trabalhos individuais. Como base para a aplicação foi utilizado o software BuildAR, versão free e um microcomputador com câmera ligado ao projetor num dos laboratórios de informática disponíveis para aulas de CAD na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP. Esta aplicação foi realizada dentro do programa de aula da disciplina AU302 - Informática Aplicada II, ministrada no 2º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo de 2010. Para isso foram desenvolvidos marcadores de 8 x 8 cm personalizados com os nomes dos alunos e, os seus trabalhos, originariamente desenvolvidos com o uso do software free Sketch Up 7.0, foram exportados para arquivos do tipo 3Ds. Como resultado, obteve-se boas leituras dos marcadores a partir de uma distância média de 60 cm e vários ângulos de leitura. Considerando-se que a computação gráfica e a interface com o usuário vêm se aproximando cada vez mais dos sentidos humanos, conclui-se que a RA já pode ser considerada como uma opção ferramental para ser incluída no conjunto de TICs aplicáveis no campo educacional no cotidiano das salas de aula. Palavras-chave: Realidade Aumentada, marcadores

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A Terceira Idade no Mundo Cibernético Profa. Dra. Denise Nicodemo, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, denise@ fosjc.unesp.br Megg Aparecida Ribeiro, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, meggribeiro@ hotmail.com Rosemary Soares de Santana, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, roseskema@hotmail.com Elzio Antonio Sotero, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, unati.aulas@ yahoo.com.br Talitha de Cássia Silva Sousa, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, tata8600@hotmail.com

Este trabalho é resultado do curso de Informática ministrado pelas alunas bolsistas da UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) - Núcleo de São José dos Campos, no seu 5º ano de existência na Faculdade de Odontologia, com supervisão do Pólo Computacional da Unidade e com auxílio de um voluntário integrante do próprio grupo da 3ª idade. Compartilhando do ideário de ser a informática um veículo importante de comunicação favorecendo inclusão social, aprendizado, satisfação pela aquisição de novos conhecimentos e interações, resgate de relações e possibilidade de novas amizades, mantemos este curso na UNATI, sempre concorrido e prestigiado pelos alunos da 3ª idade. Acompanhando o desenvolvimento do processo, a relação entre diferentes gerações, promove às partes: 3ª idade, jovens, adultos, e até crianças (que hoje já fazem parte do mundo cibernético) maior proximidade, quebra de barreiras além de muito aprendizado. Objetivou-se verificar qualitativamente, por meio de relato pessoal e experiência, o impacto provocado pelo curso de informática oferecido pela UNATI da FOSJC, na qualidade de vida e dia a dia dos alunos que estão participando do processo. Aplicou-se, como forma de avaliar o projeto, um questionário com três perguntas a respeito do curso que foi entregue aos alunos da terceira idade, de modo a utilizar suas respostas para verificar qualitativamente os impactos e resultados do projeto no dia a dia dos participantes. Foram utilizadas as seguintes perguntas: 1. O que você acha do curso de informática? Com o curso, algo mudou em sua vida? 2. Você está gostando do curso? 3. Você recomenda as aulas a algum colega da terceira idade? Como resultados, verificou-se que muitos deles relataram ter a auto-estima elevada ao perceberem que perderam o medo do desconhecido e que podem, como qualquer outra pessoa, adquirir novos conhecimentos que os tornam interados e atualizados. Verificou-se também a comunicação facilitada pelo aprendizado, o qual diminui as distâncias e barreiras possibilitando a proximidade de um pai a um filho, avós e netos, entre outros, tornando o lado afetivo parte importante do processo. 100% dos alunos responderam que o curso é maravilhoso ou bom e que indicariam para um colega, já que gostam de participar das aulas. Para 75%, com as aulas se sentiram mais interados com o mundo atual; já para 15% trouxe conhecimento e opção de lazer e 10% agora conseguem falar com pessoas distantes. Os relatos demonstraram satisfação e aumento da comunicação como exemplo: “A informática para mim é um novo caminho, relacionamento, conhecimento e lazer”. Palavras-chave: Informática, Envelhecimento, Aprendizagem. 97


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A Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI do Campus de Sorocaba da Universidade Estadual Paulista - UNESP Márcio A. Marques, Campus de Sorocaba, UNESP, marciomq@sorocaba.unesp.br Galdenoro Botura Jr, Campus de Sorocaba, UNESP, galdenoro@sorocaba.unesp.br Amanda C. Diniz, Campus de Sorocaba, UNESP, amanda@sorocaba.unesp.br

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 19 milhões de brasileiros são pessoas idosas e cerca de 30% desse total trabalha. A terceira idade é uma etapa natural da vida e quando as pessoas estão dispostas a realizar mudanças e realizações pessoais. Diante desta perspectiva, o Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade UNATI do Campus de Sorocaba/UNESP vem desenvolvendo suas atividades desde março de 2008 através de palestras e oficinas voltadas para a terceira idade da cidade de Sorocaba e região, de eventos musicais e cursos de línguas e informática, todos organizados e ministrados por alunos voluntários e bolsistas. A UNATI é um projeto institucional da Universidade Estadual Paulista - UNESP que tem como objetivo possibilitar às pessoas que estão envelhecendo acesso à Universidade Pública, o que caracteriza a sua função social além de oferecer à elas a oportunidade de usufruir do espaço educacional e cultural para a ampliação de seus conhecimentos. Vem permitindo também uma educação continuada, convivência social, troca de experiências de vida e a integração entre gerações. Os alunos voluntários e bolsistas vêm oferecendo oficinas, eventos e cursos ministrados de forma expositiva e através de dinâmica de grupo. Os cursos de línguas com aulas de espanhol, alemão e inglês ensinam aos alunos um novo idioma, pois o domínio da linguagem causa efeitos transformadores na mente humana. Já nas oficinas de artesanato eles aprendem de forma prazerosa, e o conteúdo promove transformações pessoais como maior liberdade, autonomia e confiança. Os cursos de informática, especificamente, Informática Básica e Word, Word Avançado e Internet Básica servem para realizar a inclusão digital de alunos que nunca tiveram acesso a um computador e também atender outros que já possuem conhecimentos básicos de informática. Desde a sua implantação, o Núcleo Local da UNATI do Campus de Sorocaba tem trazido às salas de aula pessoas idosas e uma expectativa de vida mais ativa uma vez que algumas se encontravam ociosas. Através das oficinas, dos cursos e dos eventos oferecidos promove-se o resgate da auto-estima, da vontade de viver, da capacidade de produzir, além de mostrar à sociedade que o idoso pode interagir com as inovações tecnológicas e culturais. Nos últimos 2 anos foram oferecidos 21 cursos, envolvendo 388 idosos, com participação de 16 alunos de graduação. Assim, a universidade vem desempenhando o seu papel, não só enquanto produtora de saber, mas também abrindo espaço para um trabalho de coeducação e extensão, proporcionando a integração entre diferentes gerações e permitindo desta forma, a troca de experiências. Palavras-chave: UNATI, Terceira Idade, UNESP.

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A abordagem da Educação Ambiental na Educação de Jovens e Adultos (EJA) Lidia Maria de Almeida Plicas, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, UNESP, plicas@ibilce. unesp.br Rita Beatriz de Seixas, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, UNESP, rbseixas@ibilce.unesp.br Nelise Cristiane da Silva Mendes, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, UNESP, nellgat@ hotmail.com

A relevância do tema educação ambiental nos meios educacionais é uma conseqüência das políticas de impactos estimuladas no mundo todo e da sucessão de medidas ambientais num contexto internacional. A Educação Ambiental está prevista nos PCNs como tema transversal para todos os níveis de ensino, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), entretanto devido às características próprias deste, o tema é muito pouco abordado. O projeto visou despertar nos alunos do EJA da EMES. “Prof. Ademir Dib”, de São José do Rio Preto, o senso crítico quanto às questões ambientais da sua cidade e região. A consciência ecológica dos alunos foi avaliada por meio de atividades elaboradas e desenvolvidas in loco através do preenchimento de um questionário dissertativo abordando temas ambientais cotidianos. Foi preparado material didático para exposição na forma de palestras e informativos, ocasionando debates e discussões a respeito das situações e problemas causados pela relação não-harmônica entre o homem e o meio-ambiente. Com base nos dados coletados foi possível fazer o levantamento do entendimento do aluno sobre sua interferência ambiente, tomando-se como parâmetro de categorização a área de atuação profissional de cada aluno e o nível de percepção ambiental de cada um em relação às suas atividades profissionais. O ciclo de palestras despertou nos alunos a necessidade de questionar, junto aos órgãos públicos, as políticas para o meio ambiente implantadas na cidade e região. A relevância social e política do projeto consistiram no desenvolvimento do senso crítico dos alunos em relação à questão da avaliação das políticas públicas relacionadas ao ambiente, bem como em diagnosticar o conhecimento dos alunos a respeito da Educação Ambiental. Tendo em vista que os alunos do EJA, em sua maioria adulta, exercem atividades nos diversos setores da economia, estes devem ser capacitados para conhecerem o seu ambiente de trabalho, as formas como se inter-relacionam com o meio através do exercício da sua profissão e os métodos adequados para agirem em defesa do seu meio ambiente, as palestras ministradas foram focadas no sentido de proporcionar aos alunos uma reflexão em relação a seus hábitos diários e suas implicações no ecossistema. Os conteúdos abordados buscaram interagir informações e conceitos teóricos com os conceitos da estrutura cognitiva do aluno, incluindo exemplos de fatos e fenômenos vividos pelos alunos no cotidiano, uma vez que a educação ambiental só apresentará resultados coerentes se incorporar em seu cotidiano a contextualização da complexidade ambiental. Ações desta natureza corroboram na formação de cidadãos para atuarem de forma consciente na sociedade. Palavras-chave: Extensão, EJA, Educação Ambiental. 99


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A química e a história da calça jeans Bruno Estevam Amantéa - Bacharelando em Química e bolsista PROEX - Projeto: História da Ciência com Ênfase em Química, ID 6290, 200 - Instituto de Química de Araraquara, SP - Rua Prof. Francisco Degni s, n°, Araraquara-SP CEP: 14.800 - 900 - bruno.amantea@yahoo.com.br Maria Aparecida Zaghete - Adquiriu o grau de Tecnologia de Química em 1979 pela UNESP - Instituto de Química de Araraquara, mestrado e doutorado em Ciência e Engenheira de Materiais na Universidade Federal de São Carlos, Brasil em 1985 e 1993, respectivamente. Trabalha em Cerâmica Eletrônica como um professora livre docente ao Departamento de Bioquímica e Tecnologia de Química da UNESP - IQAr, Araraquara, Brasil. Rua Prof. Francisco Degni s, n°, Araraquara-SP CEP: 14.800 - 900 - zaghete@iq.unesp.br Leinig Perazolli - Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (1986), mestrado em Engenharia Química pela UNICAMP (1991) e doutorado em pela Universidade Federal de São Carlos (1996). Professor Livre docente IQAr - UNESP e Coordenador do projeto PROEX: História da Ciência com Ênfase em Química, ID 6290, 200 Instituto de Química de Araraquara, SP - Rua Prof. Francisco Degni s, n°, Araraquara-SP - CEP: 14.800-900 - leinigp@iq.unesp.br

Este trabalho descreve a história e a química do Algodão e do Índigo, suas implicações na Revolução Industrial, na política escravagista nos USA e na moda mundial. O desejo por cores vivas e as pesquisas para a produção do índigo artificial levam ao Prêmio Nobel de Química em 1905, ao desenvolvimento de grandes empresas químicas e a profunda crise na Índia, no início do século XX. Também ilustra o processo de tingimento e confecção da calça jeans. A primeira patente surge em 1873 quando Levi Strauss registrou a calça waist overalls 501, hoje conhecida como Levi´s 501, a qual mantém o mesmo modelo deste então. A calça jeans representou uma revolução cultural nos anos 60 e tem sua confecção baseada em produtos como algodão natural e o corante índigo. Hoje é o vestuário mais utilizado pelos jovens em todo o mundo. A produção e o comércio do algodão e dos corantes, principalmente o índigo, foram determinantes para o desenvolvimento de nossa sociedade. Palavras-chave: História, química e calça jeans

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A insatisfação da imagem corporal: Avaliação de participantes de um grupo de postura Nathalia Ulices Savian, Celia Aparecida Stellutti Pachionni, Vanessa Tiemi Haro, Aline Yoshie Aoyama, Ariane Pavia natysavian@hotmail.com, pachioni@fct.unesp.br, tiemi0324@hotmail.com Yoshie_a@hotmail. com, ari_pavia@hotmail.com

Introdução: A imagem corporal (IM) é a percepção que temos de nós próprios e o que idealizamos ao pensarmos nos nossos corpos e aparência física. Imagens corporais são determinadas socialmente. A postura correta é na qual um mínimo estresse é aplicado em cada articulação sendo necessária a mínima atividade muscular. A compreensão da postura aborda o conceito de imagem corporal e estão intimamente ligadas. A IM determina as diferenças e a plasticidade da organização postural. A prática de exercícios em grupo é uma opção de tratamento que envolve a consciência postural, a reeducação respiratória, a flexibilidade, o relaxamento, o equilíbrio, a coordenação, a propriocepção e pode facilitar a evolução do sujeito, dar apoio social, melhorar relação pessoal e a descontração. Objetivo:Avaliar a insatisfação com a imagem corporal de participantes de um grupo de postura. Metodologia:Participaram do estudo 11 sujeitos de ambos os sexos, com idade entre 16 e 55 anos que fazem parte do Projeto de Extensão intitulado: Programa de orientação e reequilíbrio postural em grupo. Este projeto está em andamento desde 2007, no qual ocorrem 2 sessões semanais de 1 hora cada. Os indivíduos se exercictam através de alongamentos e atividades que visam o reequilíbrio postural e a consciência corporal. Para avaliação da imagem corporal foi utilizado o Body Shape Questionnaire-BSQ, o qual distingue dois aspectos específicos da imagem corporal: a exatidão da estimativa do tamanho corporal e os sentimentos em relação ao corpo (insatisfação ou desvalorização da forma física). O instrumento consta de 34 questões de autopreechimento, que mensura, nas últimas quatro semanas, a preocupação com a forma. O questionário de auto-avaliação BSQ permite determinar o grau de insatisfação da imagem do próprio corpo baseado nas pontuações cognitivas, afetivas e comportamentais. A classificação dos resultados é realizada pelo total de pontos obtidos e reflete os níveis de preocupação com a imagem corporal. A aplicação do questionário foi realizada individualmente com cada participante do programa. Resultados:Dos 11 sujeitos avaliados, dois indivíduos foram classificados como leves com pontuação variando entre 97 e 104, oito indivíduos foram classificados como normais, variando sua pontuação 32 e 68 e apenas um indivíduo foi classificado como moderado com pontuação de 118. Isso comprova a eficácia das atividades desenvolvidas no grupo, uma vez que elas enfocam exatamente a melhora da IM e da boa postura. Conclusão:A maioria dos indivíduos apresentou ausência de distorção de IM, podendo indicar que o tratamento da postura e da consciência corporal em grupo ajudam a melhorar a imagem do próprio corpo.

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A universidade pública tem cumprido seu papel? Maria Salette Mayer de Aquino, CEL, UNICAMP, salette@unicamp.br Jéssica K. M. Ferreira, IG, UNICAMP, jessica.ferreira@ige.unicamp.br Daniel Robson Pinto, FEEC, UNICAMP, danielrp.00@gmail.com

A ‘Disciplina AM - Trabalhos Comunitários - Projeto Sonha Barão’ na UNICAMP, que é oferecida desde o primeiro semestre de 2002, tem por objetivo voltar o olhar dos alunos para realidades locais e nacionais pouco conhecidas do público que mais adentra a uma instituição de ensino superior pública no Brasil: as classes mais favorecidas. Como primeiro exercício da Disciplina, os alunos são chamados a fazer uma reflexão sobre o papel da universidade. Via de regra emitem opiniões idealizadas sobre a função da mesma. Analisam os estatutos das universidades e constatam essa mesma idealização em suas formulações. Confrontando, porém, suas opiniões, o que está descrito, com o que de fato ocorre, ou seja, com o movimento que essas instituições têm feito para a superação dos problemas mais básicos da sociedade, chegam à conclusão que há um longo caminho a ser percorrido. Com base nas opiniões dos alunos matriculados esse semestre na Disciplina, bem como nas experiências práticas e vivências que estão desenvolvendo atualmente, em Barão Geraldo e no Bairro Campo Belo I, nas quais para além de ‘levarem’ o conhecimento, adquirem outros saberes, o presente congresso se apresenta como uma oportunidade de troca de conhecimento em relação a possíveis ampliações na interação universidade e sociedade. Palavras-chave: Disciplina AM, Extensão, Papel da Universidade

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Aprendizagem de Língua Inglesa na Terceira Idade em Sessões Teletandem Karin Adriane Henschel Pobbe Ramos, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP Assis, karin.ramos@hotmail.com Paula de Melo Bacci, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP Assis, paulinha_ mb@yahoo.com.br

O uso do computador como forma de estudo é uma ferramenta muito útil na aprendizagem de língua inglesa, pois possibilita o trabalho com a língua em uma abordagem comunicativa. Esse novo contexto de aprendizagem de línguas tem sido bastante utilizado por adolescentes e jovens, mas ainda representa uma barreira para aprendizes da terceira idade. A intenção é unir dois projetos de extensão desenvolvidos na Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP: o projeto Teletandem Brasil: línguas estrangeiras para todos e o projeto Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), com o intuito de verificar como se dá a aprendizagem de língua inglesa na terceira idade com a mediação do computador nas sessões de Teletandem. O projeto Teletandem Brasil: línguas estrangeiras para todos da Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP oferece oportunidade para que aprendizes de línguas estrangeiras possam vivenciar os usos da língua, com a intermediação do computador. Um aluno brasileiro, aprendiz da língua inglesa, entra em contato com um aluno americano através do computador, aprendiz da língua portuguesa, da Universidade de Miami em sessões na qual conversam uma hora em cada língua. O projeto Universidade Aberta à Terceira Idade surgiu com a intenção de integrar o idoso no contexto do convívio que acontece dentro da Universidade, evitando que o idoso seja visto como um problema social, uma vez que essa faixa etária da população tende a aumentar consideravelmente. Nesse sentido, participantes do projeto da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) dessa mesma instituição podem, também, participar das sessões de Teletandem com o objetivo de auxiliar a aprendizagem da língua inglesa através da comunicação com nativos da língua em estudo. Palavras-chave: Idoso, Inglês, Computador.

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“Atuação Interdisciplinar em Audição, Linguagem e Educação” Profª Dra. Maria Aparecida Leite Soares, São Paulo ,UNIFESP,cidinhals@uol.com.br Ana Carolina Torreão Cavalcanti, São Paulo, UNIFESP, ana.carolinatc@hotmail.com Tamires Santana da Silva , São Paulo , UNIFESP, tamires.epm@gmail.com

O Departamento de Fonoaudiologia da UNIFESP, por meio das Disciplinas de Distúrbio da Audição e de Distúrbios da Comunicação Humana, tem dado sua contribuição para o diagnóstico, distribuição, adaptação de próteses auditivas e atendimento terapêutico. Além disso, a partir de 2004, propôs como atividade de extensão, a criação do NAIALE - Núcleo de Atuação Interdisciplinar em Audição, Linguagem e Educação. Objetivo: 1) oferecer atendimento voltado às dificuldades específicas na leitura e na escrita de escolares surdos do Ensino Fundamental da rede pública; 2) possibilitar ao aluno do curso de Fonoaudiologia reconhecer, por meio da experiência, a complexidade da prática pedagógica para que possa: a) realizar o trabalho de intervenção na escola com mais qualidade; b) compreender a importância e a necessidade, imposta pelos tempos atuais, de integrar uma equipe multidisciplinar com atuação voltada aos escolares. Metodologia: Na tentativa de garantir a integração da tríade, aluno, escola e família, considerada essencial para a completude do trabalho, as ações realizadas no NAIALE estão organizadas da seguinte forma: a) atendimento aos escolares em duas sessões semanais, com duração de uma hora cada e atendimento semanal de uma sessão com duração de uma hora. b) contato semestral com as escolas daqueles que estão em atendimento. c) Promoção do Encontro de Pais de Pacientes Surdos, realizado anualmente, juntamente com os professores responsáveis pelo Ambulatório de Audiologia Educacional e alunos envolvidos. Impacto Acadêmico e Social: a) complementação na formação do fonoaudiólogo em um trabalho multidisciplinar para a compreensão da necessidade de integração do trabalho terapêutico de linguagem com a escola e com a família; b) oportunidade de troca de experiência com os professores e coordenadores pedagógicos, nos encontros realizados semestralmente nas escolas; c) possibilidade de produzir conhecimento a partir do real, da vivência concreta dos pacientes e seus familiares, percebendo-os como sujeitos sociais. d) Apresentação de palestras sobre: a política da saúde auditiva implantada pelo SUS; A relação da saúde com a escolaridade do surdo. Palavras-chave: NAIALE, surdo, escolares.

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Avaliação Física nas Escolas de Ensino Médio de Taubaté Renato Rocha, Departamento de Educação Física, Universidade de Taubaté; prof_dr_renato@hotmail.com Arilson Gama Yukino, Departamento de Educação Física, Universidade de Taubaté; arilyukino@hotmail.com Sandra Mara Magalhães Ribeiro, Departamento de Educação Física, Universidade de Taubaté; sandtte@ hotmail.com Eliane Stevanato, Departamento de Educação Física, Universidade de Taubaté; eliane.stevanato@gmail.com Luiz Antônio Alcântara Cembranelli Júnior, Departamento de Educação Física, Universidade de Taubaté; lcembra06@yahoo.com.br Valeska Migotto Silva Carvalho, Departamento de Educação Física, Universidade de Taubaté; valeska. migotto@hotmail.com

O projeto de extensão “Avaliação Física nas Escolas de Ensino Médio de Taubaté” faz parte do Programa de Atividade Física e Saúde (PAFS) alocado no departamento de Educação Física da UNITAU. O PAFS é constituído atualmente por quatro projetos que trabalham em cooperação: “Idoso em Ação”, “Esportivo Unitau”, “Obesidade Infantil” e este. O programa assim como os projetos está vinculado e conta com o apoio da Pró-reitoria de Extensão e Relações Comunitárias (PREX). Em particular, o projeto “Avaliação Física” firmou parceria com a Diretoria de Ensino da Região de Taubaté, sendo inserido no ano de 2010 no quadro de atividades contínuas e permanentes das ações realizadas nas escolas pertencentes à Diretoria de Ensino. A execução deste projeto nas escolas de ensino médio representa elevada significância social, contribuindo para a conscientização da importância de suas ações. O objetivo do projeto é conscientizar e avaliar a composição corporal em alunos do ensino médio e esclarecer por meio de palestras quanto aos prejuízos advindos do uso de anabolizantes e sobre os transtornos de imagem corporal tão comuns nesse período de vida do indivíduo. Para isso são realizados testes antropométricos e de flexibilidade. Nesses três anos de ações foram avaliados em torno de 2800 alunos de 31 escolas de 05 cidades. O projeto ainda presta apoio a eventos de fluxo contínuo ou não na cidade de Taubaté e região, como: Unitau na Praça, realizado toda primeira quarta-feira do mês; avaliação de caminhoneiros que transitam pela Rodovia Presidente Dutra organizado pela Polícia Rodoviária Federal e SEST (Serviço Social do Transporte), SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte); Acerte o Passo - feira de profissões que acontece todo ano no final de setembro; Semana Pedagógica do curso de Educação Física - o PAFS organiza nesse período a Mostra de Extensão dos projetos desenvolvidos no departamento, entre outros. Palavras chaves: avaliação física, adolescentes, anabolizantes.

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Alfabetização Solidária Natal Nerímio Regone, Rafaelli Vieira de Oliveira Romera Navarro, Fernanda Marcondes Machado, fernanda@grad.itapeva.unesp.br Nina Morena Gagliardi Quintana, nmgq@hotmail.com UNESP

Um trabalho de Alfabetização é extremamente importante para a inclusão social das pessoas que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos fundamentais. Este projeto consiste em alfabetizar jovens e adultos semi-alfabetizados. Para esse trabalho utilizou-se a cartilha “Caminho Suave” de Branca Alves de Lima; Inicialmente introduziu-se aos alunos o alfabeto (as vogais e consoantes), em seguida as sílabas; depois disso aplicaram-se pequenos textos para que eles começassem a ter uma noção de leitura e interpretação de texto. O projeto não tem custo algum para os alunos, o material utilizado é fornecido pela UNESP; as aulas são ministradas três vezes por semana as segundas, quartas e sextas das 19h00min as 20h00min. Busca-se procurar prender a atenção dos alunos durante a aula, visto que alguns já estudam em outro período, e outros alunos trabalham. Também incentiva-se esses alunos a estudar em casa, passa-se tarefas, algumas pesquisas, tentando estimular o hábito da leitura e a prática da escrita. Dadas às devidas proporções de idade e facilidade de aprendizado pode-se dizer que todos os alunos se desenvolveram com o projeto Alfabetização Solidária. Quando ingressaram, alguns escreviam, mas não conseguiam ler o que haviam escrito, outros liam e escreviam mal. No término do projeto, eles liam e escreviam melhor, ficavam mais atentos à aula e se relacionavam melhor uns com os outros. Este projeto é muito importante, pois quanto mais pessoas forem alfabetizadas, maior será a inclusão social. Palavras-chave: Alfabetização, Adultos.

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Alimentação saudável como forma de qualidade de vida e inclusão social Sérgio Campos, Faculdade de ciências Agronômicas, UNESP, seca@fca.unesp.br Muriel Cicatti Emanoeli Soares, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, mcesoares@fca.unesp.br Raquel Cavasini, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, rcavasini@fca.unesp.br Fernanda Caetano Ferreira Santos, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, fefacaetano@yahoo.com.br Gabirel Rondina Pupo da Silveira, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, grpdsilveira@fca.unesp.br

A alimentação saudável é uma forma de escolha dos alimentos que garanta uma saúde plena, ou seja, composta de proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio e outros minerais. Assim, é necessário considerar uma alimentação que tenha alimentos sem abusos e sem exceções, ou seja, devemos variar o consumo de cereais, carnes, hortaliças, legumes e frutas, alterando as cores dos alimentos, pois as vitaminas e os minerais dão colorações aos alimentos. O projeto visou a adequação do espaço físico e atenção das crianças, como proposta de integrar e sensibilizar no trabalho escolar, ampliando as condições de saúde e melhorando a qualidade de vida e alimentar, bem como oferecer oportunidades aos alunos da Agronomia na aplicação dos conhecimentos técnicos adaptados no uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, ao público atendido e ampliar seus conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso. O Projeto de Extensão foi desenvolvido com apoio da Prefeitura Municipal, Departamentos da Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA/UNESP/Botucatu, Supervisão das Fazendas da FCA e Casa da Agricultura de Botucatu/SAAESP. A manutenção e ampliação das áreas com hortaliças, com citrus e dos jardins vem envolvendo alunos de graduação, docentes da FCA e da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Infantil Prof. Luiz Carlos Aranha Pacheco, bem como dos peteanos do Grupo PET (Programa de Educação Tutorial) - Agronomia/FCA/UNESP/Botucatu, destacando-se a melhoria da qualidade de vida, das áreas e segurança alimentar das crianças, bem como o embelezamento e sensação de conforto para os seus usuários na ampliação e manutenção dos jardins. Os alunos da FCA vêm reformulando constantemente o espaço físico para adequação das necessidades levantadas na horta, sempre procurando levar conhecimentos nutricionais e uso de plantas medicinais, indicadas por profissionais habilitados, pois as produções diárias de verduras, legumes, plantas medicinais e condimentos, atendem parcialmente as necessidades da merenda escolar fornecida pela Prefeitura Municipal de Botucatu. O projeto tem possibilitado o treinamento de diversos estudantes com bolsa de extensão e de voluntários, ou seja, ao longo de 5 anos mais de 50 alunos passaram por esse treinamento, sendo produzida uma média de 800 kg de olerícolas por ano. Palavras-chave: Extensão, Hortaliças, Projeto.

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Análise da aprendizagem dos conceitos de Cinética Química e Equilíbrio utilizando a experimentação como ferramenta didática Maysa Costa Alves, DQI, Universidade Federal de Lavras, maysa-alves@hotmail.com Rita de Cássia Suart, DQI, Universidade Federal de Lavras, ritasuart@dqi.ufla.br

O ensino de química, muitas vezes, tem-se resumido a cálculos matemáticos e memorização de fórmulas e nomenclaturas de compostos, sem valorizar os aspectos conceituais. Observa-se a ausência quase total de experimentos que, quando realizados, limitam-se a demonstrações que não envolvem a participação ativa do aluno, ou apenas os convidam a seguir um roteiro, sem levar em consideração o caráter investigativo e a possibilidade de relação entre o experimento e os conceitos. A questão da experimentação tem sido amplamente discutida no âmbito educacional das Ciências. Salienta-se hoje que é preciso formalizar a visão de ciência, de conhecimento científico e de experimentos, de forma que haja superação da visão simplista e dogmática do uso de experimentos que apenas confirmam teorias estabelecidas. Tais indicações enfatizam que a construção do conhecimento científico dever ser parte de um processo que promova a validação de argumentos construídos pelos alunos e mediados pelo diálogo crítico, pela leitura e pela escrita e que as atividades desenvolvidas devem desmistificar a Ciência tirando dela o rótulo de neutra e verdadeira. A ausência de atividades experimentais é apontada tanto por professores quanto por alunos do ensino médio como um dos principais motivos de deficiência no ensino, tanto de Química, quanto de Biologia ou de Física. Os motivos da não realização de experimentos são os mais diversos, vão desde a não existência de um local adequado até a excessiva carga horária enfrentada pelos professores que não raramente chega a trinta horas semanais em sala de aula. A experimentação no ensino de Química em especial, apresenta-se como um tema que não esgota suas possibilidades haja vista, as constantes reformulações pelas quais o ensino como um todo vem passando no decorrer de cada nova lei educacional vigente. Além disso, existe o fato sempre presente e lembrado pela maioria dos professores e professoras de que a experimentação possui o poder motivador intrínseco, algo relacionado ao lúdico e ao despertar da capacidade de aprendizagem. Professores e alunos concordam que a experimentação “aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas em pauta”. Neste sentido o presente trabalho tem como objetivo analisar a aprendizagem dos alunos referente aos conceitos de Cinética Química e Equilíbrio através da utilização de experimentos. Palavras-chave: Experimentação, Cinética química, Equilíbrio.

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Aprender inglês pela Internet: uma iniciativa voltada à democratização do acesso à língua inglesa Eloi Feitosa (Docente), IBILCE, UNESP, eloi@ibilce.unesp.br Paloma Vita Ferreira Gomes, IBILCE, UNESP, paloma.vfg@hotmail.com Rosemara P. Lopes, FCT, UNESP, rosemaralopes@gmail.com

Na Sociedade da Informação, o domínio da língua inglesa torna-se fundamental em várias áreas do conhecimento e campos de atuação. Nessa sociedade, a Internet, que supera barreiras de tempo e espaço, oferece possibilidades ainda pouco exploradas na/pela Educação formal. Justino e Salomão (s/d) relatam uma experiência de uso da Internet como ferramenta para a aprendizagem da língua inglesa, desenvolvida pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da Unicamp, que envolveu o uso da Plataforma Read in Web. A experiência relatada pelas autoras, de criar materiais auto-explicativos que permitam aprender inglês de modo autônomo, pela Internet, inspirou a iniciativa apresentada neste trabalho. Embasados nesse e em outros pressupostos, buscamos contribuir para democratizar o acesso à língua inglesa e desenvolver material que permita aprender inglês pela Internet. Para atingir tais objetivos, utilizamos a Internet e suas ferramentas de acesso gratuito. Iniciada recentemente, esta iniciativa, que conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária da Universidade Estadual Paulista (UNESP), apresenta como resultados concretos os módulos visualizados no blog <http://inglescomtic.blogspot.com>, que estão em fase de aperfeiçoamento e ajustes. Esses módulos temáticos têm a função de auxiliar aqueles que querem melhorar seu nível de leitura de textos escritos na língua inglesa, mas não dispõem de recursos financeiros suficientes para pagar um curso de idioma ou de tempo para frequentar um curso presencial. Destinados a aprendizes de nível pré-intermediário, tais módulos são produzidos por alunos de graduação, do curso de Letras, sob orientação e supervisão de docentes da área de Física e de Educação. Cada um deles contém, basicamente: figuras, texto, questões (e suas respectivas respostas), vocabulário, gramática, bem como indicação de material complementar (vídeos e jogos virtuais). Destacamos que a experiência de criar material didático a ser usado para a melhoria da capacidade de leitura da língua inglesa tem sido enriquecedora aos estudantes de graduação que a vivenciam, na medida em que os estimula a refletir sobre fatores envolvidos no processo de ensinar e aprender com (e por meio de) tecnologias, sendo esta uma formação ainda escassa nas licenciaturas específicas em geral (LOPES, 2010). Ao exposto, acrescentamos que a idéia de usar a Internet e seus recursos para “popularizar” o conhecimento da língua inglesa surgiu no interior de um projeto de inclusão das novas tecnologias em escolas públicas de São José do Rio Preto (SP) e região, devolvido pelo Grupo “Físicanimada” desde 2007. Palavras-chave: Inglês, Tecnologias, Internet.

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As Tertúlias Literárias Dialógicas: uma busca pela superação de exclusões Mello, Roseli. R., UFSCar, roseli@ufscar.br Bandeira, Viviane. A., UFSCar, ab_viviane@hotmail.com Braga, Fabiana M., UFSCar, fabiana@ufscar.br Correia, Rosimara S., UFSCar, rosimara1984@hotmail.com Mioto, Amanda M., UFSCar, amanda_mioto@hotmail.com

A Tertúlia Literária Dialógica é uma atividade cultural e educativa desenvolvida a partir da leitura de livros da Literatura Clássica Universal, que vem sendo desenvolvida em diferentes países e tipos de entidades. No Brasil, a atividade é desenvolvida e difundida pelo Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE/UFSCar) na cidade de São Carlos que desenvolve ações de pesquisa, ensino e extensão na busca pela superação de exclusões sociais, culturais e educacionais. Atualmente, são desenvolvidas cinco tertúlias com pessoas adultas sendo que duas acontecem na Universidade Aberta para Terceira Idade (UATI), uma em um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), outra em um assentamento rural e a mais recente em uma Entidade de Apoio aos Portadores AIDS (EAPA). Os objetivos principais desta atividade são a possibilidade de acesso à leitura de obras da literatura clássica, internacional ou nacional por meio de grupos compostos por diferentes pessoas que por algum motivo social ou cultural não tem amplo acesso a ela; a promoção do diálogo e a reflexão entre diferentes pessoas em torno das obras lidas ou escutadas e dos temas que elas suscitam; e o estímulo ao conhecimento e ao desenvolvimento da habilidade de leitura ou de audição compreensiva e crítica. Para que tais objetivos sejam alcançados são realizados encontros semanais com duração de aproximadamente duas horas e a condução da atividade é feita por um membro do NIASE. A metodologia utilizada tem como base a Aprendizagem Dialógica, cujo referencial teórico está pautado na dialogicidade de Freire e na ação comunicativa de Habermas, a partir dos princípios da aprendizagem dialógica. Desta forma, todas as pessoas têm garantido o igual direito a expor suas idéias e argumentar, sem a pretensão de uma homogeneização de opiniões e pontos de vista, mas o conhecimento de diferentes perspectivas e a potencialização de processos reflexivos que promove a aprendizagem conjunta entre todos e todas. Os resultados desta atividade são o acesso a literatura clássica universal por pessoas que muitas vezes nunca leram um livro, superando a idéia de que este tipo de leitura é de propriedade de determinado estrato social, profissional ou escolar; e através dos princípios da Aprendizagem Dialógica promovem-se diversos conhecimentos: histórico, literário, sociológico, de diferentes culturas e explicita a existência da inteligência cultural em cada um de nós com destaque para a capacidade de aprender e ensinar diferentes coisas ao longo de toda a vida independente de idade, raça, sexo, grau de escolaridade, etc. Palavras-chave: Literatura Clássica; Transformação; Aprendizagem Dialógica.

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Atendimentos individuais realizados no projeto de extensão “Ações Interdisciplinares no Quiosque da Saúde” Docente responsável: Paula Andrea Martins - Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP) - paula.martins@unifesp.br Ana Caroline Cruvinel - Discente Nutrição - Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP) Co–Camila Chaves Guanabara Discente Nutrição - Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP) - camilacguanabara@yahoo.com.br Camila Moreno - Discente Nutrição - Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP) - mimoreno13@hotmail.com Leonardo Real Nania - Discente Educação Física - Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP) - leonania@hotmail.com Yasmim Alaby Ferreira - Discente Nutrição - Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP) - yasminalaby@yahoo.com.br

O Projeto de Extensão “Ações Interdisciplinares no Quiosque da Saúde”, realizado na cidade de Santos, apresenta um público alvo de adultos e idosos praticantes de atividade física e esportistas da região. Tem por objetivo principal a promoção da alimentação saudável, a manutenção do estado nutricional adequado e a prática segura de atividade física e esportiva da população, estando assim inserido no contexto da “Estratégia Global”. Para alcançar estas metas são realizados atendimentos individuais conduzidos por equipes interdisciplinar envolvendo alunos dos cursos de graduação da UNIFESP - Baixada Santista: Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional, junto com profissionais e professores responsáveis. Este atendimento individual é realizado uma vez por semana, onde o usuário é atendido pela equipe que preenche um prontuário. Este é composto com questionários de identificação; anamnese; histórico clínico; IPAQ; hábitos, práticas e frequência alimentar; recordatório 24 horas; questionário de hidratação; e avaliação antropométrica. Após este ser analisado é elaborada uma devolutiva e entregue após quinze dias. Como resultado observa-se uma grande procura e interesse das pessoas em participarem dos atendimentos individuais; uma aproximação dos alunos das práticas profissionais, um maior ganho de autonomia por parte destes, além do aumento do conhecimento; e foi possível o esclarecimento de dúvidas pela população, além de propiciar a esta um maior conhecimento sobre a prática de atividade física e de uma alimentação mais saudável. Assim, pode-se concluir que o projeto mostra aos alunos a importância do trabalho interdisciplinar, além da aproximação da prática específica de cada profissão; e o impacto social apoiando à comunidade para prática de atividades físicas seguras e orientação da alimentação saudável, serviço este ainda inexistente nos serviços de saúde do município. Palavras-chave: comunicação interdisciplinar, promoção da saúde, projeto de extensão

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Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE) Comunidades de Aprendizagem - articulação entre escola e comunidade Mello, Roseli R. UFSCar, roseli@ufscar.br Mioto, Amanda M. UFSCar, amanda_mioto@hotmail.com Bandeira, Viviane A. UFSCar, ab_viviane@hotmail.com Correia, Rosimara S. UFSCar, rosimara1984@hotmail.com Marigo, Adriana F. C. UFSCar, adriana@marigo.com.br

A proposta de Comunidades de Aprendizagem (C.A.) foi elaborada pelo Centro Especial em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades (CREA- UB/Espanha), visando uma educação de maior qualidade e a melhora da convivência para todos da escola e do bairro, dentro dos novos paradigmas da sociedade da informação. No Brasil, o Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE/UFSCar) vem apoiando, desde 2003, três escolas de educação básica que se transformaram em C.A. Em 2006, surgiu a necessidade de criar um espaço para o estudo das teorias que embasam a proposta visando aumentar o conhecimento sobre as mesmas. Por isso, foi criada uma Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE) para aproximar os profissionais das três escolas e estudantes e docentes da UFSCar, com os objetivos de divulgar e aprofundar a proposta de C.A.; conhecer e atuar nas dinâmicas que estão envolvidas em processos de transformação e consolidação de uma escola em C.A.; trocar experiências e estudar a metodologia crítico-comunicativa de pesquisa. Esses objetivos são buscados por meio de encontros semanais na UFSCar para leitura e discussão de textos referentes à base teórico metodológica de C.A. e da participação semanal em atividades realizadas nas escolas que são C.A. Por se tratar de um grupo que está consolidado há aproximadamente cinco anos, vêm sendo demandados outros estudos como: educação infantil, relações étnico-raciais, educação especial, relações de gênero, gestão democrática, disciplina, dificuldade de aprendizagem, planejamento e avaliação, etc. Todos esses estudos se relacionam ao conceito de aprendizagem dialógica, desenvolvido pelo CREA a partir de referencial teórico pautado na dialogicidade de Freire e na ação comunicativa de Habermas. Os principais resultados dessa atividade são a divulgação da proposta para estudantes da UFSCar e profissionais das escolas; o aprofundamento teórico dos profissionais; as contribuições para a formação inicial dos estudantes da universidade; o desenvolvimento de pesquisa financiada pela FAPESP e pelo CNPq envolvendo as três escolas e os estudantes da ACIEPE; a escrita de um artigo por profissionais das três escolas para a revista espanhola “Aula”; entre outros. Em suma, a cada semestre, esta ACIEPE vem possibilitando a participação de professores e gestores da rede municipal e estadual de ensino básico na comunidade acadêmica e o contato dos estudantes de graduação e de pós-graduação com a realidade da escola pública brasileira, abrindo espaço para a reflexão e a avaliação de ações educativas e subsidiando a produção de conhecimento científico orientado para uma sociedade da informação para todos. Palavras-chave: formação profissional, Comunidades de Aprendizagem 112


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Atividade de vivência em comunidade rural e sua importância para a formação extencionista do acadêmico de Agronomia - São Francisco do Itá - PA Ana Regina Martins de Araujo, ana.martins@ufra.edu.br Râmison Flávio, ramisonflavio@hotmail.com Rafael Sales Ohashi, rafaelsales3000@hotmail.com Rodrigo de Lima Moura, linkvenom32@hotmail.com Josias Nunes do nascimento, jota_doug@yahoo.com.br Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA

A Universidade Federal Rural da Amazônia no cumprimento de sua Missão, possibilita aos seus estudantes de Agronomia a Vivência em Comunidades ligadas a Agricultura Familiar. Neste contexto, as experiências vividas trazem a realidade do campo para vida extencionista dos futuros agrônomos. Nesta experiência a comunidade de São Francisco do Itá, localizada no município de Santa Izabel do Pará, encontra-se a uma latitude 01º17’55” sul e a uma longitude 48º09’38” oeste, estando a uma altitude de 24 metros, distanciando-se 38 km da capital Belém. A comunidade é composta na sua maioria por agricultores familiares, a qual desenvolve atividades ligadas à horticultura e cultivo em pequena escala de algumas espécies frutíferas, tendo destaque no cultivo, processamento e comercialização da mandioca (Manihot esculenta) e seus subprodutos, a exemplo da farinha de mandioca, tucupi e goma. Este trabalho teve como objetivo, compartilhar com o meio científico as potencialidades agropecuarias da comunidade de São Francisco do Itá e proporcionar aos graduandos do curso de Agronomia a oportunidade de conhecer e conviver com a realidade agrícola da comunidade, bem como, as formas de trabalho, produção e sustentabilidade desta. Para a execução da viagem de vivência, a articulação do grupo iniciou com três meses de antecedencia, sendo criada uma coordenação responsável pela organização da atividade. O grupo recebeu auxílio da Universidade Federal Universidade Rural da Amazônia, da EMATER/PA e da Secretaria Municipal de Agricultura na articulação e logística durante o período da vivência. Neste período o grupo compreendeu o perfil da agricultura familiar e assimilou informações e característica, tais como: facilidade de diálogo; receptividade; preocupação com aspectos ambientais; utilização da produção manual e mecanizada da farinha de mandioca. A produção é voltada para o abastecimento do comercio local, sendo o excedente utilizado para a própria subsistência. A comunidade trabalha com diversas produções de: alface (Lactuca sativa L.), coentro (Coriandrum sativum), couve (Brassica oleracea L.), pepino (Cucumis sativus L. ), mandioca (Manihot esculenta), laranja (Citrus sinenses), coco (Cocos nucifera), abacaxi (Ananas comosus) e banana (Musa spp), além do criatório de: suinos (Sus domesticus ), avicolas (Gallus gallus domesticus) e bovinos (Bos taurus). As famílias da comunidade reclamaram da dificuldade de escoamento da produção, devido a distância do comércio e precariedade das estradas, sendo esta produção vendida à atravessadores a um custo baixo. A viagem de vivência foi importante no que concerne a aquisição de experiência e conhecimento sobre o modo de vida dos agricultores familiares da região, além de contribuir para a formação do perfil extencionista de futuros profissionais da área de Agronomia. Palavras-chave: São Francisco do Ita, Vivência, Extencionista. 113


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Atividades educativas na escola rural: oficinas, jogos e dinâmicas com crianças provenientes de bairros rurais e assentamentos da região de Araras, SP Rodolfo Antônio de Figueiredo, CCA, UFSCar, raf@cca.ufscar.br Marilia Morelli, Bacharelado em Agroecologia, UFSCar, lilah.morelli@hotmail.com Marisa Pastre Michetti, Bach. Agroecologia, UFSCar, mari_michetti@hotmail.com.br Isadora de Camargo Ribeiro, Bach. Agroecologia, UFSCar, isacamargo_09@hotmail.com Thais Borges de Oliveira, Bach. Agroecologia, UFSCar, thais_borges5@hotmail.com

A escola rural é um importante espaço de construção de conhecimentos e de práticas críticas e emancipatórias visando o desvelamento da estrutura da sociedade atual. Portanto, um espaço que estudantes e profissionais da área de ciências agrárias devem conhecer e atuar. O objetivo deste projeto é elaborar, executar e avaliar oficinas, jogos e dinâmicas educativas sobre o tema “resíduos sólidos” em uma escola rural que atende crianças provenientes de bairros e assentamentos rurais do município de Araras (SP). A metodologia consiste de busca na literatura de atividades pedagógicas que se coadunem com o tema e a perspectiva conceitual do projeto, sua aplicação e sua avaliação. A atuação de graduandos da área de ciências agrárias em atividades pedagógicas junto ao público infantil de meio rural é mais do que uma possibilidade, mas constitui-se em uma necessidade da sociedade contar com este profissional face à urgência na promoção da sustentabilidade do meio rural do país. O presente projeto, portanto, tem relevância acadêmica por estar contribuindo para a formação profissional das graduandas e a relevância social de aproximar as crianças que estudam na escola rural, filhas e filhos de assentados, pequenos agricultores e trabalhadores rurais, aos estudantes e profissionais da universidade, a fim de que possam partilhar seus conhecimentos, angústias e sonhos. O projeto iniciou-se em abril e será desenvolvido até dezembro de 2010. O local do projeto é a EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita, localizada no município de Araras (SP), que tem em média 300 estudantes, com idades variando de 3 a 14 anos, e aulas em período integral. Até o momento, foram realizados dez encontros com estudantes de 6ª a 8ª séries. Estes encontros foram planejados, com participação da Diretora, da Vice-Diretora e do Coordenador de projetos da escola, tendo por base as seguintes atividades: “verdadeiro ou falso sobre reciclagem”; “quem sou eu?”; “a ilha; ratos e urubus”; “você é um consumidor responsável?”; “gincana do lixo”; “calcule a sua pegada ecológica”; “minha vida ambiental”; e discussões sobre a palestra “aprendendo a reciclar” e sobre o vídeo “Ilha das Flores”. Neste segundo semestre, as atividades estão sendo realizadas com estudantes de 1ª a 4ª séries. A abordagem utilizada é a exibição de desenhos animados com temática ambiental, seguida de jogos e brincadeiras. Este projeto recebe apoio logístico da EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita e apoio financeiro da ProEx/UFSCar (processo nº 23112.005145/2009-30). Palavras-chave: Extensão, Projetos, Escola Rural.

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Atividades extensionistas de alunos do Centro Universitário da Fundação Santo André junto à Escola Parque do Conhecimento Sabina Márcia Zorello Laporta, Professora Doutora, Pró-Reitoria de Pós Graduação Pesquisa e Extensão, marcia. laporta@fsa.br Ivete Pellegrino Rosa, Professora Doutora, Coordenadora de Projetos de Extensão, ivete.pellegrino@mac.com Fundação Santo André

A Fundação Santo André é mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três Faculdades, o Colégio e um Centro de Pós Graduação desde de 1990. Criada em 1962, por meio da Lei Municipal 1840 e atualmente com cerca de 20 cursos de Graduação. Buscando aperfeiçoar seu caráter identitário, a instituição tem desenvolvido uma série de ações extensionistas. Neste material apresentamos a experiência de uma parceria estabelecida entre a FSA, com cerca de 150 alunos dos diversos cursos de graduação, e a Escola Parque do Conhecimento Sabina - a Sabina da Secretaria de Educação do Município de Santo André. A Sabina é dirigida prioritariamente a alunos e professores da rede de educação do município. Atende visitas agendadas e é aberta à rede particular e ao público em geral. Está construída em uma área de 24 mil m2, sendo 8,2 mil m2 ocupados por um complexo arquitetônico, e vem se confirmando como um laboratório interativo abrangendo as mais variadas áreas do saber. O Projeto Sabina visa a democratização do conhecimento e à inclusão cultural de todo o grupo com acesso aos saberes relacionados às Ciências, Artes e Tecnologia. O espaço interno com equipamentos, exposições, laboratórios, biblioteca multimídia, auditório, salas de aula, em um grande pavilhão de dois andares, possibilita a experimentação dos fenômenos da natureza, mesclando conhecimento e entretenimento. As atividades podem ser do tipo Exploratória ou Focadas. Estas são atividades organizadas e direcionadas aos objetivos pretendidos pelo professor e/ou escola. Todas atividades são acompanhadas por um Educador da Sabina. Os alunos do Centro Universitário fazem parte dessa relação facilitando o encontro e as possibilidades de aprendizagem dos visitantes. Têm como meta desenvolver um trabalho como contribuição às atividades da Sabina que pode assumir diferentes características como: mais um tipo de aula focada, uma contribuição à questão da inclusão, um jogo de facilitação de aprendizagem, entre outros. No momento estamos desenvolvendo um conjunto de cerca de 40 contribuições. Acreditamos que a relação que se estabeleceu está começando de modo muito positivo. Abaixo apresentamos algumas das contribuições: Exposição: Os cinco reinos Whittaker, Taxionomia e Biodiversidade. O jogo eletrônico para exploração de temas da química.). Jogo Sodoku por meio de cores. Qualidade ambiental e habitat da moréia em uma comunidade de peixes em cativeiro. Palavras-chave: Extensão, Formação docente, Projetos. 115


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Atletismo nas escolas: uma “missão” possível! Sara Quenzer Matthiesen, - Depto. Educação Física - Unesp, RC - GEPPA, saraqm@rc.unesp.br Giovanna Gracioli Genoves, - Depto. Educação Física - Unesp, RC - GEPPA -, ggenoves_unesp@hotmail.com Matheus Oliveira Machado - Depto. Educação Física - Unesp, RC - GEPPA - , majpk@hotmail.com Guy Ginciene Machado - Depto. Educação Física - Unesp, RC - GEPPA - , guy_ginciene@hotmail.com;

Não é difícil observar que são poucos os professores que ensinam o atletismo, contribuindo, inevitavelmente, para que se tornem cada vez mais escassos os espaços para a difusão desse conteúdo da Educação Física. Visando motivar os professores a ensinarem o atletismo, desenvolvemos o projeto “Atletismo para crianças e jovens”, em parceria com as escolas de Ensino Fundamental de Rio Claro, o qual tem como objetivo difundir o atletismo por meio de exposição de imagens e de visitas monitoradas. Com 20 imagens de provas do atletismo olímpico e para-olímpico, a exposição de imagens “Movimentos Comoventes” tem circulado por diferentes escolas da Rede de Ensino Pública e Particular de Rio Claro. Em 2009, por exemplo, foram 2074 alunos de diferentes escolas que usufruíram dessa exposição, ampliando seus conhecimentos sobre o atletismo. Isso também tem ocorrido por meio das visitas monitoradas à pista de atletismo da Unesp-RC. Em 2009, por exemplo, cerca de 160 alunos do Ensino Fundamental de escolas de Rio Claro tiveram a oportunidade de entrar em contato com as provas do atletismo, por meio de um circuito com 5 estações (arremesso do peso, lançamento do martelo, salto em distância, corrida de 50 metros e salto em altura). Os resultados desse projeto de difusão do atletismo, desenvolvido entre a Universidade e as escolas de Rio Claro tem, nos últimos anos, conquistado resultados inestimáveis para o ensino do atletismo na escola, em especial por: propiciar o conhecimento (teórico e prático) dessa modalidade esportiva; motivar os professores a ensiná-lo e às crianças a praticá-lo; contribuir para a formação profissional de estudantes de Educação Física; contribuindo, sobremaneira para a formação de todos os envolvidos, demonstrando ser o ensino do atletismo nas escolas uma “missão” plenamente possível. Palavras-chave: Atletismo, Jovens, Crianças.

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Aulas de Química Experimental aplicadas ao ensino médio público da cidade de Itapeva-SP Maria Angélica Martins Costa, Itapeva, UNESP, mangelica@itapeva.unesp.br Ana Beatriz P. P. de Andrade, Itapeva, UNESP, anabeatriz@grad.itapeva.unesp.br Juscelino de Jesus Pereira Melo, Itapeva, UNESP, juscelino@itapeva.unesp.br Francisco de Almeida Filho, Itapeva, UNESP, franco@itapeva.unesp.br

O projeto de extensão, chamado de “Laboratório de Química Ambulante”, é aplicado na cidade de Itapeva-SP, onde as escolas apresentam certa carência de infra-estrutura (laboratórios) e dificuldade dos professores em se especializar, devido à distância da cidade de Itapeva dos grandes centros tecnológicos. O objetivo desse trabalho não é abordar os quesitos da política de ensino público, e sim, sugerir melhorias dentro do método aplicado. De tal forma, uma das maneiras para amenizar esse problema da educação, seria a aplicação de aulas experimentais no ensino básico. A experimentação é uma atividade fundamental no ensino de ciências. É consenso que atividades que saiam da rotina das aulas teóricas com lousa, giz e livros chamam a atenção dos estudantes e fixam o conteúdo aprendido na teoria, além de estimular o interesse pelos estudos. Segundo Caphapuz et al. (2005), é a partir de uma pergunta (problema), seguido da criação de hipóteses e experimentações que o conhecimento científico é gerado. Essa série de ações se deve, entre outros fatores, ao rápido avanço tecnológico. Assim, é necessário preparar cidadãos de uma sociedade tecnologicamente avançada. As introduções científicas são feitas no ensino básico, ou seja, nas escolas. O projeto é composto de aulas experimentais de química ao ensino médio público e as aulas podem ser aplicadas tanto na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP - quanto nas próprias escolas através de kits contendo vidrarias e materiais levados pelo bolsista do projeto. Em ambas as situações há uma breve uma aula teórica, utilizando slides ou transparências para fixação do conteúdo apresentado antes pelos professores das escolas, assim como as diretrizes de um bom comportamento numa aula de química. Após toda a aula, um questionário é aplicado para avaliar a repercussão da aula dada e o nível de aprendizado de cada aluno. O início desse projeto ocorreu em 2005 e as aulas abordam assuntos que se encontram no contexto teórico do ensino médio, além de serem temas atuais de vestibulares. Pretende-se então, com esse projeto, atender as instituições de ensino carentes da cidade, que não possuem laboratórios; fixar o conteúdo teórico de Química dado nas escolas pelos professores, com aulas experimentais; desenvolver o interesse dos estudantes tanto para a disciplina, quanto para os estudos e desenvolver o interesse dos alunos a ingressar em uma faculdade. Palavras-chave: Química experimental, Ensino em escolas públicas, Química ambulante.

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Avaliação da Qualidade de Vida de Participantes de um Programa Postural Nathalia Ulices Savian, Celia Aparecida Stellutti Pachionni, Vanessa Tiemi Haro, Aline Yoshie Aoyama, Ariane Pavia natysavian@hotmail.com, pachioni@fct.unesp.br, tiemi0324@hotmail.com Yoshie_a@hotmail. com, ari_pavia@hotmail.com

FCT-UNESP Campus de Presidente Prudente- PROEX

Introdução: A postura correta é a posição na qual um mínimo estresse é aplicado em cada articulação sendo necessária a mínima atividade muscular. O trabalho em grupo para a reeducação postural pode ser uma opção de tratamento que envolve a consciência postural, a reeducação respiratória, a flexibilidade, o relaxamento, o equilíbrio, a coordenação, a propriocepção e a socialização. A prática de exercícios em grupo pode facilitar a evolução do sujeito, pelo compromisso com os outros sujeitos do grupo, apoio social, relação pessoal e descontração. Assim como a avaliação postural, a qualidade de vida das pessoas também deve ser investigada e esta tem sido cada vez mais utilizada na área da saúde. Qualidade de vida (QV) pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera como um padrão de conforto e bem estar; é uma noção subjetiva própria do ser humano que está associada diretamente ao grau de satisfação encontrado nas relações sociais, ambientais, familiares e amorosas.Objetivo: Avaliar a QV dos participantes de um programa postural em grupo.Metodologia: Participaram do estudo 11 sujeitos de ambos os generos, com idade entre 20 e 55 anos que participam do Projeto de Extensão intitulado: Programa de orientação e reequilíbrio postural em grupo. Estes sujeitos foram avaliados pelo questionário SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey) que é um questionário para avaliação de QV, formado por 36 itens, reunidos em 8 dimensões: capacidade funcional (CF), limitações causadas por problemas da saúde física (AF), limitações causadas por problemas da saúde emocional (AE), funcionamento social (AS), saúde mental (SM), dor (D), vitalidade (V) (energia/fadiga); percepções da saúde gerais (EG) e estadas de saúde atual comparado há um ano atrás, que é computado à parte. Este questionário possui uma escala de 0 a 100, onde 0 é corresponde ao pior estado geral de saúde e 100 o melhor. A aplicação do questionário foi feita individualmente com cada participante do programa.Resultados: De acordo com os resultados apresentados pelos sujeitos podemos detectar que os domínios: D, SM e EG indicam a maior porcentagem (91%) de pessoas acima da media calculada; em seguida estão os domínios CF, V, AE com 81.82%. As piores porcentagens foram nos domínios AS e AF com 72,73% e 63,64%, respectivamente. Conclusão: Conclui-se, portanto, que o grupo estudado apresenta um padrão de qualidade de vida acima da media calculada. Os aspectos dos domínios com pior porcentagem são trabalhados nas sessões do grupo, assim podemos inferem que estes poderão ser modificados ao longo do programa.

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Avaliação do projeto Cursinho Pré-vestibular Cuca Fresca nos anos de 2008, 2009 e 2010 Prof. Dr. Maria Angélica Martins Costa, CE de Itapeva, UNESP, mangelica@itapeva.unesp.br Ana Maria de Macedo Lepinsk, CE de Itapeva, UNESP, ana_lepinsk@hotmail.com Rafael Antônio Dellani Ribeiro, CE de Itapeva, UNESP, rafa_dellani@hotmail.com Saulo Pupo de Morais, CE de Itapeva, UNESP, saulopupo@hotmail.com Bruno de Araújo Lima, CE de Itapeva, UNESP, slipkate@hotmail.com

O cursinho pré vestibular “Cuca Fresca” do campus experimental da UNESP de Itapeva deu início as suas atividades no segundo semestre do ano de 2005. A criação desse projeto, partiu da sensibilização dos universitários do curso de Engenharia Industrial Madeireira que perceberam a defasagem do ensino da rede pública, a dificuldade e desmotivação dos alunos em ingressar em um ensino superior de qualidade e em concursos públicos. Por essa razão, o objetivo principal é oferecer oportunidades as pessoas sócio-economicamente desfavorecidas, que não podem custear um ensino particular. Outro objetivo importante é de oferecer experiência aos alunos de graduação do campus em exercer uma atividade extracurricular, especificamente no cargo de “professor-aluno”, servindo assim como experiência profissional para os mesmos, e também contribuindo para melhorar a desenvoltura e oratória em público. Esse projeto conta com o apoio de uma parceria firmada entre a PROEX e o governo do Estado de São Paulo. Que disponibiliza equipamentos e apostilas, sendo as apostilas identificadas como bens do cursinho, para o devido controle, e são emprestadas aos alunos, a partir de um termo de compromisso que garanta sua devolução. Além de oferecer um total de quinze bolsas de auxílio aos colaboradores do projeto. No início das atividades o projeto era constituído por 15 alunos selecionados de escolas públicas da cidade. Atualmente o cursinho oferece 70 vagas, as quais são preenchidas com a realização de um processo seletivo. Sendo o mesmo dividido em duas fases, a primeira constituída por uma prova de 50 questões objetivas e a segunda por um questionário sócioeconômico, que a partir desse processo são selecionados os 70 melhores colocados. Seu funcionamento é no período noturno, antigamente com turmas semestrais e a partir do início de 2010 passou a ter turmas anuais, e conta com 33 colaboradores entre bolsistas e voluntários. O perfil dos alunos beneficiados com o projeto são alunos que residem em Itapeva e na região vindos de escolas públicas e portadores de bolsas integrais em escolas particulares, com a faixa etária entre 17 e 62 anos, sendo a maioria entre 17 a 26 anos. Em relação aos resultados é possível notar que o índice de aprovações vem aumentando a cada ano, atingindo seu maior índice no ano de 2008, com 38 aprovações entre vestibulares e concursos públicos. E através do empenho dos professores e alunos, esse projeto torna-se cada vez mais importante para comunidade, colaborando com a educação e inclusão social de seus alunos. Palavras-chave: Cursinho, Pré-vestibular, Comunitário.

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Ações Educativas na Extensão Universitária: desafios, metas e estratégias no atendimento aos pacientes com câncer, familiares e cuidadores Edvane Birelo Lopes De Domenico, domenico.edvane@unifesp.br (responsável) Bruna Elisa Catin Sousa, brucatin@hotmail.com Laís Lie Senda, laís_senda@hotmail.com Mariana Braga Shoji Barbosa, mariana_shoji@yahoo.com.br Evelyn Aparecida Nascimento, evelyn.nascimento@gmail.com Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo-SP

O projeto de extensão universitária Acolhe-Onco: interdisciplinaridade no cuidado integral ao paciente com câncer atende pacientes, familiares e cuidadores, em Ambulatórios de Oncologia da Universidade Federal de São Paulo. Enquanto extensão universitária desenvolve atividades direcionadas a sociedade, ao graduando e ao crescimento científico. As ações educativas em saúde são foco de atenção, pois espera-se que estas proporcionem resultados positivos na população alvo, como diminuição de incidência de doenças, diagnósticos precoces, prevenção de comorbidades, promoção da qualidade de vida, otimização do custo emocional e financeiro da doença. No Acolhe-Onco, as atividades de educação são desenvolvidas nas consultas de enfermagem e médicas integradas, nos atendimentos telefônicos realizados entre as consultas e, quando não há a possibilidade de locomoção do paciente, na visita domiciliária. As referências que regem as atividades contemplam os pressupostos teóricos sócioconstrutivistas e da educação transformadora, por irem além da transmissão da informação ou do treinamento que deverá ser reproduzido em domicílio. Busca-se a relação participativa e inclusiva do educando (paciente/familiar/cuidador) com o educador (profissional/estudante), a partir da valorização dos seus conhecimentos, experiências, e sentimentos, além da promoção da capacidade de autogerenciamento da condição de saúde-doença, ou seja, de uma intervenção educativa capaz de gerar, no paciente, conhecimentos e habilidades para o manejo consciente e seguro do processo saúde-doença. Nessa perspectiva, estudantes e docentes dialogam com pacientes e familiares de forma a escolher intervenções adaptadas às características socioculturais e econômicas de cada paciente, evitando a formação de barreiras na relação ensino-aprendizagem. Materiais educativos, construídos pelos estudantes, com base em evidências científicas, são usados nas consultas para facilitar a compreensão e esclarecer condutas a serem adotados, visando maior aderência às orientações e devolutiva do estado dos pacientes à equipe. Considera-se que as ações educativas desenvolvidas, programadas para contemplar o indivíduo nas suas potencialidades e contexto social, encontram barreiras para se efetivarem e qualificar esta atuação, destacando-se a coexistência de tempo insuficiente para a consulta, problemas de ordem econômica, relações familiares disfuncionais ou hábitos sociais. Esses desafios impulsionam os integrantes do Acolhe-Onco a discutirem e planejarem novas estratégias que os ajudem a persistir na noção que educação e saúde estão interligadas e que, para o adulto, poder participar das decisões é algo que o qualifica e agrada. Palavras-chave: educação em saúde, autocuidado, acompanhamento dos cuidados de saúde.

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Brincadeira É Coisa Séria - o Papel do Projeto “Informática para Crianças” no Desenvolvimento Infantil Edivani Aparecida Vicente Dotta (Docente), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, edivani@ foar.unesp.br Natália Fernandes Pollo (acadêmica), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, nataliafpollo@foar. unesp.br Maria Letícia de Almeida Lança (acadêmica), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, marialalanca@foar.unesp.br Polyana Belletatti Barbosa (acadêmica), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, polyanabbarbosa@ foar.unesp.br Lucas Miguel Candido (acadêmico), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, lucasmcandido@foar. unesp.br

O curso “Informática para Crianças” é um projeto de extensão universitária da Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr)- UNESP. Desde 2006 o curso é oferecido com o objetivo de propiciar às crianças um aprendizado via computador, além de desenvolver a parte motora e o raciocínio lógico com brincadeiras educativas. Hoje o projeto atende 76 crianças na faixa etária de 5 a 7 anos com aulas práticas. Essas crianças são oriundas do Centro de Convivência Infantil (CCI) Casinha de Abelha pertencente ao Campus de Araraquara - UNESP e da Rede Municipal de Ensino de Araraquara - Centros de Educação e Recreação (CERs). O curso tem o objetivo de possibilitar, via computador, um aprendizado e um contato direto com novas tecnologias. Todas as aulas iniciam-se com uma ginástica relaxante e uma brincadeira educativa, antes de desenvolverem as atividades no computador. Brincadeira é coisa séria e contribui para o processo de socialização das crianças, além de trazer benefícios positivos na aprendizagem e de desenvolver a capacidade de trabalhar em conjunto.Os jogos educativos utilizados no projeto têm a função de auxiliar a criança a se familiarizar com o computador, exercitar a percepção visual e auditiva, a coordenação motora e a memorização, desenvolvendo habilidades essenciais ao processo de alfabetização como identificação de cores e reconhecimento de números e letras do alfabeto e participar em vários jogos e atividades interativas cujo nível de dificuldade é adaptável ao desempenho da criança. Para que as crianças tenham uma complementação em seu aprendizado de higiene bucal, são utilizados sistemas informatizados que oferecem, também por meio de jogos educativos, uma melhor assimilação de higiene. No término do curso será avaliado o aprendizado das crianças, bem como o nível de dificuldade em utilizar a ferramenta computador. O Projeto de Extensão “Informática para Crianças” conta com o apoio da PROEX - Pró-Reitoria de Extensão Universitária, da Faculdade de Odontologia de Araraquara e da Prefeitura Municipal de Araraquara. Palavras-chave: Jogos Educativos, Informática na Educação, Informática para crianças.

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Brinquedoteca Científica: Espaço Não Formal para o Ensino de Física em Diferentes Níveis e para A Formação Complementar do Licenciando Alzira C. M. Stein-Barana, IGCE, UNESP, alzirasb@rc.unesp.br Deisy P. Munhoz, IGCE, UNESP,dpmunhoz@rc.unesp.br

Um dos grandes desafios do ensino formal no presente século é motivar o aluno ao aprendizado de ciências exatas. Nos últimos cinquenta anos a sociedade experimentou um salto tecnológico sem precedentes. Neste contexto cabem duas considerações: se por um lado o uso da tecnologia atrai o interesse do jovem (celular, i-pod, internet, jogos) o mesmo não ocorre quanto ao letramento científico, principalmente no que se refere ao ensino formal. Os conteúdos, métodos e processos de ensino/aprendizagem de ciências e também de Física, empregados no espaço escolar formal não têm levado os estudantes a adquirirem um conhecimento técnico e científico que lhes permita compreender situações e tomar decisões quanto a aspectos de seu cotidiano. “A separação entre a tecnologia e o consumidor leva a uma negação da ciência, a um esquecimento do conhecimento” (Marcelo Gleiser).Diante deste quadro, os espaços de educação não-formal com material/atividades motivadoras, podem complementar o aprendizado escolar, despertando o interesse por temas científicos e assim desempenhando um papel educativo. Considerando os benefícios que os espaços nãoformais trazem à educação e pensando em preparar educadores que invistam na motivação de seus alunos, foi criado em 2005 o projeto Brinquedoteca Científica, junto ao Departamento de Física da UNESP de Rio Claro. A Brinquedoteca Científica(BC) é um projeto de extensão universitária que ao longo dos anos, com financiamento da PROEX, tem se firmado por meio da construção de seu acervo de brinquedos de caráter científico. Brinquedos industrializados, artesanais e regionais foram selecionados e outros foram desenvolvidos à partir de material de baixo custo pelos alunos graduandos em Física e Matemática e que estagiam na Brinquedoteca (brinquedistas). São objetivos da BC contribuir de maneira lúdica para o letramento científico de crianças e jovens, por meio de associações entre o conhecimento e objetos do cotidiano. Procura também fazer a transposição do conhecimento gerado na universidade em conteúdo científico e alternativas de ensino para as escolas de nível fundamental e médio. Em consonância com estas propostas são realizadas oficinas com focos distintos: as dirigidas aos alunos do ensino fundamental e médio; as específicas para professores e as direcionadas à formação complementar de alunos de graduação em Física, cumprindo assim o seu papel extensionista. A amplitude do projeto vai além das atividades extensionistas e de formação, desenvolvendo também pesquisa na área de Ensino de Física com a divulgação dos resultados em congressos e revistas específicas da área. Palavras-chave: BrinquedotecaCientífica, Ensino Não-Formal, Formação Complementar.

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“Biólogo por uma Noite”: Evento do PET Biologia que aproxima a rede pública da Universidade Luana Galvão Morão (Prof. Dr. Flávio Henrique Caetano), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, luanagm_bio@yahoo.com.br Fábio Martins Labecca, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, fabiol@rc.unesp.br Tauana Campos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, tauanacaipora@yahoo.com.br Pedro Francisco de Mattos Moreno, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, pedrofmmoreno9@yahoo.com.br

Atualmente as preocupações com a qualidade da aprendizagem dos alunos de escolas públicas têm sido objeto de preocupação das autoridades educacionais. Dentro deste esquema o grupo PET Biologia da UNESP de Rio Claro têm buscado a melhoria desse conhecimento auxiliando com atividades extracurriculares dessas escolas como reforços e visitas ao Campus, aprimorando a informação aos alunos e aproximando-os da Universidade. O evento “Biólogo por uma noite” visou aproximar os estudantes do EJA (Educação para Jovens e Adultos), da escola Heloisa Lemenhe Marasca, ao curso de Ciências Biológicas, esclarecendo dúvidas e oferecendo informações que vão além daquelas que se ensina na escola. Aos alunos visitantes foram apresentadas três das grandes áreas da Biologia, sendo essas a Zoologia (animais peçonhentos e parasitas), Botânica (grupos vegetais - algas, briófitas e anatomia de flores) e Biologia Celular (lâminas permanentes de sangue de peixes e humano e lâminas a fresco de célula da mucosa bucal). Os petianos dividiram-se em grupos e cada grupo se responsabilizou pela abordagem em uma dessas áreas citadas vinculando as informações com demonstrações e observações práticas. Todos os alunos participaram intensamente, tendo todas suas dúvidas esclarecidas. Estes alunos demonstraram interesse em aprender novos conceitos bem como propuseram uma nova visita e outros tipos de eventos informais, desta mesma natureza como, por exemplo, um bate-papo sobre Biologia e suas vertentes (desde imunologia até outros assuntos mais polêmicos como as células tronco). O evento foi bem sucedido, pois o objetivo primeiro do Pet que era transmitir novos conceitos e reforçar as informações sobre temas de Biologia. Além deste objetivo primeiro outro muito importante, foi o de mostrar a este grupo de cidadãos que a Universidade é mais próxima do que eles costumam imaginar. O grupo PET Biologia ficou inteiramente grato pelo interesse e respeito dos alunos para com tudo e com todos e o Grupo de alunos visitantes muito agradecido pela oportunidade única a eles oferecida.

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Brincando e Aprendendo Dr. Márcio Roberto Pereira - marciorpereira@uol.com.br (Docente FCLAssis, UNESP) Rodrigo Cristiano Galindo rodrigocris_galindo@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP) Patricia Mayumi Yamashita may-_-yamashita@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP)

O Centro Ítalo-Luso-Brasileiro de Estudos Linguísticos e Culturais (CILBELC) visa desenvolver pesquisas e realizações de atividades ligadas às línguas e às culturas italiana, portuguesa e brasileira e possui por finalidade disseminar esses aspectos culturais mediante a efetuação de projetos e atividades ligadas ao ensino, à pesquisa e à extensão. Desse modo, o projeto Brincando e Aprendendo desempenha o papel de difusor do pensamento e conhecimento científico, por meio de ações cooperativas junto às escolas públicas e particulares, bem como junto à população. Seu principal alvo é promover atividades que estimulem a relação e parceria entre a universidade e a comunidade. Trata-se ainda de um projeto de extensão vinculado ao Departamento de Literatura, que conta com o apoio da PROEX: pró-reitoria de extensão da Unesp. Brincando e Aprendendo é um projeto que visa estimular o ensino das Línguas italiana e portuguesa e das Culturas ítalo-luso-brasileiras, e, mais amplamente, a formação cultural de alunos de instituições públicas, por meio de um conjunto de atividades de divulgação e instrução. Na área de língua e cultura italiana o objetivo maior é introduzir noções fonéticas e alguns atos comunicativos do italiano. Este processo é realizado a partir de atividades lúdicas, que estimulam a relação entre professor e aluno e, conseqüentemente, o ensino/aprendizagem. O projeto ainda tem como objetivo a inclusão do estudante no mundo globalizado. Assim, a formação educacional e cultural é estimulada e incentivada pelo contato com a língua e cultura nacionais e estrangeiras que se dá por meio de atividades criativas e lúdicas e de reflexão, proporcionando a descoberta de outras realidades. As aulas possuem o enfoque em leituras em sala de aula de obras literárias infantis ítalo-luso-brasileiras, estimulando os alunos, através de uma abordagem lúdica, a entrar no universo da palavra. Enfim, o contato com outras culturas é um fator importante para o desenvolvimento do indivíduo, levando-se em consideração que a criança de hoje sente a necessidade de incentivos e oportunidades. Acredita-se que a realização desse projeto seja uma ferramenta de apoio para que o aluno possa buscar alternativas que o auxiliem na sua formação educacional. Palavras-chave: ITALIANO, ENSINO, COMUNICAÇÃO.

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Cartografia Tátil Maria Isabel Castreghini de Freitas (Docente), IGCE, UNESP, ifreitas@rc.unesp.br Paula Cristiane Strina Juliasz, IGCE, UNESP, paulacsj@rc.unesp.br Bruno Zucherato, IGCE, UNESP, bzzuch@hotmail.com Marcela Barone, IGCE, UNESP, marcelabaronesa@yahoo.com.br

Atualmente, diversas são as políticas públicas adotadas para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares de ensino. Com isto, há demandas por recursos, sejam relacionados à formação do docente ou materiais e instrumentos, que atendam e possibilitam a participação efetiva destes alunos no processo de ensino-aprendizagem. Com o intuito de promover a iniciação cartográfica de alunos cegos e de baixa acuidade visual de escolas do ensino básico, o Grupo de Cartografia Tátil do CEAPLA - IGCE UNESP desenvolve, desde 2001, conjuntos didáticos táteis. O desenvolvimento deste material didático possibilita ao professor a oportunidade de trabalhar conceitos cartográficos e geográficos, por meio de materiais que visam atender as necessidades educacionais destas pessoas. Os procedimentos metodológicos desenvolvidos têm sido aprimorados continuamente por meio de projetos de iniciação científica, especialização, mestrado e doutorado envolvendo professores pesquisadores e estagiários dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia da UNESP, Campus de Rio Claro. O material didático tátil desenvolvido corresponde a maquetes, mapas, gráficos e jogos táteis, muitos deles providos de dispositivos sonoros do programa Mapavox, software criado no projeto, através de parceria com o Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ. Os materiais desenvolvidos são avaliados por alunos que estudam desde o 2º ano do Ensino Fundamental até o Nível Superior, num total de 22 participantes, em 3 escolas localizadas respectivamente em Rio Claro, Araras e Espírito Santo do Pinhal, no estado de São Paulo. Os avanços metodológicos e de produção de material didático do projeto são periodicamente divulgado por meio de cursos de extensão para professores do ensino básico, interessados em aperfeiçoarem suas práticas didáticas relativas à inclusão de alunos cegos e de baixa visão nas escolas especiais e regulares. Os resultados alcançados pelas ações do projeto indicam que o investimento em material didático tátil da área de Cartografia e na formação continuada de professores do ensino básico possibilitam uma ampliação do conhecimento dos alunos sobre o meio em que vivem, facilita o seu entendimento do espaço, da relação do homem com o meio. Palavras-chave: Extensão, Inclusão Escolar, Cartografia Tátil, Mapavox.

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Capacitação de Agricultores Orgânicos Rogério Lopes Vieites, FCA, UNESP, vieites@fca.unesp.br Joselma Francisca Castro Rizzo, FCA, UNESP, joselmarizzo18@hotmail.com

Este projeto teve como objetivo a capacitação das agricultoras orgânicas do grupo Cheiro Verde de Itatinga/SP sobre o processamento e as boas práticas de fabricação de alimentos (hortaliças orgânicas). Foram realizados palestras e cursos práticos sobre as boas práticas de fabricação e higiene e sobre o aproveitamento das partes convencionais e não convencionais de hortaliças orgânicas para a produção de pão (cenoura e beterraba), macarrão (cenoura e beterraba); pizzas de vegetais, pasteis de vegetais, bolo e torta salgada de partes não convencionais de vegetais e hortaliças minimamente processadas. Diretamente, foram beneficiadas pelo menos 35 famílias (1 participante do curso – 1 família) se bem que, ao que se especifica na literatura, a moradia de mais de uma família por residência constitua estratégia de preservação e sustentação. Indiretamente, a avaliação dos beneficiários torna-se mais complexa, tendo-se que considerar, de modo geral, os benefícios trazidos pelo projeto de forma ampla: número e qualidade dos beneficiários pela ingestão de produtos saudáveis; grau de consciência sobre a questão do aproveitamento, produção e da qualidade nutricional dos alimentos. Outro aspecto a ressaltar diz respeito à necessidade de melhoria da qualidade de vida das integrantes do Projeto Cheiro Verde, por meio de Incremento de renda mensal, resultante da venda dos produtos; Promoção da segurança alimentar das famílias envolvidas, mediante consumo dos alimentos produzidos na horta e das cestas básicas subsidiadas pela Prefeitura Municipal e Incentivo ao desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe, pelas instituições parceiras e pelas próprias integrantes do projeto. Palavras-chave: Extensão, Alimentos, Processamento

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Caso de Ensino da Geometria com Uso do Superlogo OLIVEIRA, Celso Socorro (celso_S_O@yahoo.com); PERES, Gabriela Baptistela (gaby_peres_1@hotmail. com); Faculdade de Ciências - UNESP, Bauru (SP).

O ensino de Geometria no Fundamental é considerado fraco, porque professores dão maior ênfase à Álgebra e a Aritmética. Os professores têm dificuldades de ensinar Geometria, alegam não ter aprendido na Licenciatura e/ou Magistério, ou não gostam de Geometria. O Superlogo é uma versão do Logo, permite explorar conceitos da Geometria, foi adaptado no NIED da UNICAMP. O objetivo do trabalho é verificar se com o uso do software Superlogo, o aluno vai desenvolver seu raciocínio e se a aprendizagem ficará mais significativa. Na etapa piloto, participaram duas crianças, ambas do sexo masculino, de 12 anos, que cursam a 6° série do Ensino Fundamental. O trabalho foi na casa de uma delas. A segunda etapa do trabalho foi dividida em duas fases. Na primeira foram levados 24 alunos de uma 6° série do Ensino Fundamental de uma escola estadual do interior paulista à sala de informática da escola, e em uma aula, explicado o software e sua utilização. E na segunda fase, foi aplicado um teste com as quatro questões. Os resultados no piloto indicaram que as crianças conseguiram construir um quadrado de lado 100, depois construir um triângulo eqüilátero, um retângulo e um hexágono. A segunda etapa precisou de lgumas revisões da parte de Geometria que estava sendo utilizada. Na aula da sala de informática, a sala foi dividida pela metade, por causa do tamanho da sala. No questionário, 22 alunos responderam corretamente a primeira questão e um não fez. Na segunda questão (se gosta de geometria) 11 responderam que sim, 11 não, um mais ou menos e um não fez. Apenas oito alunos responderam corretamente o ângulo externo, indicando haver necessidade de mais revisão. Na quarta questão, 23 acertaram e um não fez, onde no início da aula a maioria não sabia nem o que era um retângulo. O experimento piloto, com os dois alunos, indicou que o uso do Superlogo parece facilitar a aprendizagem com significado. Ao trabalhar isso em uma sala observou-se que os alunos ficaram mais interessados na aula e que o software influenciou na aprendizagem. Na etapa seguinte, a aula com o uso do software foi atrativa e chamou a atenção dos alunos, mantendo a atenção na aula, participassem da aula, mas não houve 100% de aprendizagem. Houve alguma aprendizagem, mas requer a participação do professor. Esse estudo e o uso do Logo foi apresentado como mini-curso na semana da matemática. Este projeto faz parte do projeto que estuda redução da aversão à matemática e formação de professores, no LEIA - Laboratório de Ensino Informatizado e Aprendizagem do Departamento de Computação, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, SP.

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Ciência na Unesp: o Museu Cemaarq Como Agente Potencializador do Conhecimento Cultural Indígena Ruth Künzli, Faculdade de Ciência e Tecnologia Campus de Presidente Prudente - FCT, UNESP, ruth@fct. unesp.br Érika Akemi Shimabukuro, Faculdade de Ciência e Tecnologia Campus de Presidente Prudente - FCT, UNESP, erikaakemi18@hotmail.com Suelen Daudt da Silva, Faculdade de Ciência e Tecnologia Campus de Presidente Prudente - FCT, UNESP, daudt.suelen@gmail.com

O projeto “Ciência na UNESP” passou a ser desenvolvido em agosto de 2005, integrando outros dois projetos: “Museu-Escola: Dialogando com a Interdisciplinaridade” e “Circuito Cientifico Cultural”, já existentes no Centro de Museologia Antropologia e Arqueologia (CEMAARQ) da Faculdade de Ciência e Tecnologia de Presidente Prudente. Com este acréscimo, tornou-se possível uma sensível melhora dos três Projetos, na medida em que novas metodologias puderam ser aplicadas na recepção de alunos, interagindo a visita com os elementos que compõem o museu. A metodologia aplicada pelo Projeto engloba distintas técnicas, com a função de levar ciência ao conhecimento da comunidade através da implantação de novas atividades: Teatro de Fantoches, onde é narrada uma lenda e os visitantes entram em contado com a cultura indígena, A Simulação de Escavação de um Sítio Arqueológico, feita com o intuito de mostrar às crianças o ofício do arqueólogo, a Hora da Música, onde uma música sobre a cultura indígena é cantada, a pintura facial feita em semanas comemorativas, confecção de maquetes e atividades recreativas para complementar a visita com brincadeiras indígenas. Todas essas atividades estão vinculadas tanto à Arqueologia quanto à Antropologia possibilitando que o aluno aprenda culturalmente de uma forma mais divertida. Foram desenvolvidas também, metodologias teóricas como a leitura de textos que ensinam técnicas de como contar histórias indígenas. Temos então, uma tentativa bem sucedida da utilização de inovadoras ferramentas como proposta de adequação de uma linguagem científica para uma linguagem pedagógica, onde o aluno (da Pré-Escola ao Ensino Médio) pode aprender Ciência brincando. As avaliações entregues ao final da visita pelos professores demonstram a aceitação, pois através da leitura destas avaliações foi possível perceber que tanto professores quanto alunos têm uma melhor compreensão da cultura indígena através da visita monitorada em conjunto com as demais atividades realizadas de acordo com a idade do visitante, destacando o ”Teatro de Fantoches” como a atividade que mais aproxima o visitante do museu. Sendo assim, os resultados demonstram um interesse maior dos visitantes para com o museu, bem como uma melhora significativa na qualidade das visitas monitoradas e a certeza de que o CEMAARQ está fazendo sua parte na sociedade ao divulgar a cultura indígena como elemento de uma educação cultural capaz de inserir diferentes saberes. Palavras-chave: Projeto, Ciência, Cultura Indígena 128


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Comunidade de Educação Infantil: Formação Continuada de Professores em Ambiente Virtual Prof. Dr. Douglas Aparecido de Campos - DME, PROEX, UFSCar - dcampos@ufscar.br Profª Drª Maria Aparecida Mello - DME, PROEX, UFSCar- mmello@ufscar.br Ana Paula Garcia Escovar - Pedagogia, PROEX, UFSCar - anaescovar@gmail.com Natália Jordão Ferrari - Pedagogia, PROEX, UFSCar - tchonys@hotmail.com

Trata-se de ferramenta de aprendizagens individuais e/ou coletivas em ambiente educativo diferente, desenvolvido no ciberespaço. As ações propostas na Web abrangem diferentes temas e áreas do conhecimento que possam responder às demandas da Educação Infantil, apresentadas pelos usuários: professores, gestores, pais, alunos de graduação e pós-graduação. Concebido como um link dentro do site www.portaldosprofessores.ufscar.br contém sete seções: Quem somos; Agenda; Compartilhe experiências; Saúde e qualidade de vida; Pergunte para quem sabe; Fórum/enquete e fale conosco que, uma vez acessadas, possibilitam e despertam no leitor a busca de novas informações. O desafio constante é o de estimular o usuário a visitar e interagir com esse ambiente, ainda desconhecido na Educação Infantil. Este link tem como objetivos utilizar o ambiente Web para a ampliação da formação inicial e continuada de professores de Educação Infantil e aprofundar os conhecimentos sobre a complexidade dos processos de aprendizagens profissionais dos docentes. A metodologia é pautada na abordagem colaborativa, baseada na perspectiva Histórico-Cultural. Envolve, constantemente, a interação com professores de escolas de Educação Infantil para divulgação; suporte aos professores, tais como: filmagem e registro fotográfico de suas atividades com as crianças; orientação na produção escrita de suas atividades, alimentação das seções do link; etc. Os participantes são alunos de graduação, de pós-graduação, professores de Educação Infantil, voluntários com diferentes formações. Um dos resultados que identificamos no contato com os professores nas escolas para incentivo à publicação de suas experiências foi a grande dificuldade deles em transpor para linguagem escrita formal as atividades que desenvolvem com as crianças. Essa dificuldade os impede de divulgarem experiências interessantes que realizam no cotidiano com as crianças. Portanto, os próximos passos desta pesquisa serão ir à busca de formas alternativas de superar essa barreira, utilizando as ferramentas do próprio site. Palavras-chave: Ambiente virtual; Educação Infantil; Formação Continuada.

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Capoeira na escola: uma experiência com a formação de alunos da Educação Infantil Prof. Dr. Ademir de Marco - FEF, UNICAMP - Professor Associado demarco@fef.unicamp.br Lucas Contador Dourado da Silva - Professor de Educação Física - Aluno do Curso de Especialização em Educação Física Escolar - FEF, UNICAMP - lucaocontador@gmail.com Danilo Lopes Losada - aluno de graduação da FEF, UNICAMP - dan.losada@hotmail.com Professor Antonio Rogério Batista do Prado - PRODECAD, UNICAMP rogeriop@unicamp.br FEF, UNICAMP

O Projeto de Extensão Universitária “Infância e Adolescência” é desenvolvido em conjunto com o Núcleo de Estudos de Educação Física no Desenvolvimento Infantil - NEEFIDI/CNPq - Departamento de Educação Motora - Faculdade de Educação Física/UNICAMP. Este projeto foi elaborado com a finalidade de proporcionar experiências motoras para aproximadamente 300 crianças da Educação Infantil - PRODECAD/UNICAMP, pois de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RECNEI/ MEC, na Dimensão “Conhecimento de Mundo” são propostos vários Eixos de ação, entre os quais o “Movimento”. Neste contexto foi elaborado este plano de atividades tendo a Capoeira como tema central para colocar as crianças “em movimento”. Os projetos de Extensão Universitária também propiciam aos alunos de graduação, oportunidades de ações que integram o ensino, com a pesquisa e com o exercício de sua futura profissão, neste projeto participam alunos do curso de graduação da FEF e da Faculdade de Educação/UNICAMP. A partir de procedimentos metodológicos que priorizam a problematização e entendendo o jogo da Capoeira como um diálogo corporal, em que cada movimento individual do companheiro é um problema a ser superado, exigindo sincronismo espaço-temporal entre ambos e por meio do respeito mútuo, são encontradas as soluções para os movimentos conjuntos entre os jogadores. Além da espontaneidade do jogo, com aulas dirigidas, pensa-se nas práticas educacionais que estimulam a criatividade, o engajamento social e o desenvolvimento global da criança. A Capoeira consiste numa modalidade de jogo que esta arraigada na cultura brasileira, além de explorar e estimular o repertório motor, emocional e intelectual da criança. As atividades estimulam as crianças com gestos motores, de acordo com as próprias possibilidades, de forma lúdica e prazerosa, ao mesmo tempo em que são consideradas as atitudes e as questões conceituais, portanto, foi adotada a orientação pedagógica das dimensões; procedimental, atitudinal e conceitual, preconizada por Coll (1996), Coll et al (1998) e Zabala (2004). O Plano de Atividades é feito a partir do “Movimento” visando a integração com os demais Eixos (Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita e, Natureza e Sociedade) buscando explorar os componentes do desenvolvimento humano de forma integrada. As aulas estão estruturadas em Rodas (Roda Inicial, Parte Principal e Roda Final). Após o primeiro semestre, as avaliações preliminares, demonstram que a Capoeira teve grande aceitação pelas crianças, pois reúne movimentos com brincadeiras e sons, tornando as atividades lúdicas e estimuladoras. Palavras-chave: Educação Infantil - Educação Física - Capoeira. 130


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Cartilha para uso da Experimentoteca MONTEBELLO,P.R.(patricia_montebello@yahoo.com.br); LAUDARI, L. E.; GONÇALVES,V.; SPAZZIANI,M.L.(spazziani@ibb.unesp.br). Departamento de Educação-Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho-Instituto de Biociências de Botucatu-SP

O tempo todo, novas tecnologias são desenvolvidas, cada vez mais sofisticadas e, cada vez mais promovem a interação virtual entre pessoas e objetos. No ensino de ciências tem-se desenvolvido tecnologias a fim de aprimorar a forma de transmitir o conhecimento e/ou ajudar/facilitar a compreensão do conteúdo pelo aluno. Assim, torna-se indispensável capacitar os profissionais da área a utilizarem estas tecnologias para que as mesmas sejam incorporadas ao cotidiano escolar cumprindo, desta forma, sua função. Portanto, atuar na formação continuada de professores bem como desenvolver metodologias que viabilizem o uso destas tecnologias surge como solução à realidade encontrada em algumas escolas do município de Botucatu que já possuem equipamentos como a Experimentoteca, mas não fazem uso por dificuldades de manipulação. Pretende-se, então, criar condições para a utilização da Experimentoteca atendendo as necessidades das escolas e dos professores. Assim, este projeto selecionou duas escolas da rede municipal de Botucatu: a EMEF “Dr. João Maria de Araújo Jr.” e a EMEF “Prof. Luiz Tácito Virgínio dos Santos” para investigar e desenvolver ações de formação continuada em atividades experimentais. Visando atender as necessidades dos professores estamos elaborando uma cartilha contendo orientações sobre como utilizar e identificar o material da Experimentoteca, bem como relação dos experimentos disponíveis e possibilidade de integração com o livro didático adotado pelo município. Os textos da cartilha serão escritos de forma objetiva e de fácil entendimento para otimizar o tempo de leitura e compreensão das atividades pelo docente. Concomitantemente realiza-se a capacitação de grupos de alunos, mais experientes e motivados das referidas escolas, para que exerçam a função de monitores durante as aulas práticas, auxiliando o trabalho docente e melhorando a qualidade das mesmas. Para tanto, ministramos um mini-curso introdutório abordando o tema organização e composição da sala de aula como um laboratório, com carga horária de 4 horas em período extracurricular formando dois alunos-monitores por sala. Através da articulação destas ações pretende-se estimular os professores a utilizarem os recursos existentes na escola aumentando assim o uso da Experimentoteca bem como o número de aulas práticas, e criar, por meio dos alunos, agentes multiplicadores do conhecimento. Apoio financeiro: PROEX

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Colméia - Jovens construindo futuros Nome: Josely Rimoli josely.rimoli@fca.unicamp.br Vínculo: Área de Saúde Coletiva, Faculdade de Ciências Aplicadas-Unicamp

O objetivo é analisar a implantação do Projeto Colméia: Grupos de estudos pré-vestibulares. O referido projeto deu continuidade ao PROJETO DE EXTENSÃO COMUNITÁRIA-O ENCONTRO DE VIZINHOS: A aproximação entre a comunidade da região do Morro Azul e a UNICAMP.(Faculdade de Ciências Aplicadas- FCA e a Faculdade de Tecnologia- FT), no município de Limeira-SP. Estamos vivenciando o processo de implantação de um campus universitário e avaliamos ser fundamental investir na construção de redes sócias. Os Grupos de Estudos estão propiciando experiências de ensino e atividades de extensão, com a comunidade vizinha ao campus universitário e responder às expectativas dos estudantes que participaram da disciplina de extensão: Conhecer e Construir com o outro, além dos acadêmicos que já se mostraram interessados, dos cursos de graduação da FCA ( engenharias, ciências do esporte, nutrição e gestão) e os estudantes da FT. A proposta dos grupos de estudos pré-vestibulares nasceu de um grupo de trabalho da Disciplina Ética e Cidadania, realizada no primeiro semestre de 2009, na FCA, quando refletiu-se sobre o conceito de Direito, problemas sociais, políticas e intervenções para enfrentamento de problemas nacionais e planetários. A observação que reforçou a necessidade da implantação de grupos de estudo pré-vestibulares foi a constatação empírica, de que tem sido insignificante o número de ingressantes na FCA, de residentes em Limeira ou das cidades mais próximas.O Projeto Colméia está sendo realizado no Centro Comunitário do Morro Azul. Estão sendo oferecidas 40 vagas. Quatro monitores e cerca de cinquenta “professores voluntários” ( estudante da FCA e FT) estão iniciando os grupos de estudos. O horário do Grupo de Estudo Vespertino será das 14 às 17:30hs, para estimular a participação dos acadêmicos que estudam a noite e facilitar o acesso de estudantes secundaristas, ao campus, em horário mais seguro. O grupo noturno será oferecido das 18:30 às 21:30hs, para viabilizar a presença de secundaristas que trabalhem e dos acadêmicos do período diurno. Pretendemos apresentar a análise do perfil dos participantes e sobre o processo da experiência de vivenciar o papel de educador, que estão vivenciando os graduandos.

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Comunidades de Aprendizagem: uma proposta de transformação social e cultural da escola, com todos os agentes educativos Mello, Roseli. R., UFSCar, roseli@ufscar.br Bandeira, Viviane. A., UFSCar, ab_viviane@hotmail.com Braga, Fabiana M., UFSCar, fabiana@ufscar.br Correia, Rosimara S., UFSCar, rosimara1984@hotmail.com Mioto, Amanda M., UFSCar, amanda_mioto@hotmail.com

Comunidades de Aprendizagem (C.A.) é uma proposta de transformação social, política e cultural da comunidade escolar e do entorno, foi criada e vem sendo desenvolvida pelo Centro Especial de Investigação em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdade (CREA) desde 1995-96. A partir de 2003, o Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE), em parceria com o CREA, difunde e desenvolve a proposta no Brasil e em outros países da América Latina (Chile, Paraguai). Tal proposta caracteriza-se por ser uma resposta educativa igualitária para se conseguir uma sociedade da informação para todas as pessoas, na qual cada vez mais são exigidos conhecimentos para seleção de informações que são disponibilizadas. Nela, há a articulação de todos/as agentes educativos (familiares, pessoas da comunidade de entorno e profissionais da educação) na busca pela garantia de máxima aprendizagem para todos os estudantes, bem como para desenvolvimento de convivência respeitosa, tendo a diversidade como eixo de riqueza humana. Uma escola que é C.A. escolhe praticar diariamente os fundamentos da Aprendizagem Dialógica. Tais fundamentos foram desenvolvidos pelo CREA, com base nas teorias de Jürgen Habermas e Paulo Freire. Os/as estudantes precisam ter garantido os máximos níveis de aprendizagem, avançando e transformando seus conhecimentos, sempre interagindo com todas as pessoas da comunidade, visto que a aprendizagem não acontece apenas com a professora na sala de aula, mas com todas as pessoas com as quais nos relacionamos. Deste modo, há sete princípios que baseiam as interações nas C.A. e que são praticados diariamente durante as interações, são eles: Diálogo Igualitário, Inteligência Cultural, Transformação, Dimensão Instrumental, Criação de Sentido, Solidariedade e Igualdade de Diferenças. Na cidade de São Carlos, a Secretaria Municipal de Educação (SME) assumiu a coordenação do Programa Comunidades de Aprendizagem, entendendo-o como uma proposta política do município, trabalhando em parceria com o NIASE. Das três escolas que se transformaram em C.A todas apresentam relatos de melhora do ensino e da convivência na escola. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) por sua vez apoia as escolas desenvolvendo: pesquisas acadêmicas, como por exemplo, “Comunidades de Aprendizagem: aposta na qualidade da aprendizagem, na igualdade de diferenças e na democratização da gestão da escola.” realizada durante os anos de 2007 a 2009; subsidiando formação das professoras e estudantes da universidade através da Atividade Curricular de Integração Ensino Pesquisa e Extensão (ACIEPE) “Comunidades de Aprendizagem - Articulação entre escola e comunidade” oferecida já há 3 anos. Palavras-chave: Comunidades de Aprendizagem, Aprendizagem dialógica, Extensão. 133


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“Corpo de Mestre, Corpo de Aprendiz”: A luta por um espaço mútuo de colaboração Rogério Adolfo de Moura (Docente), Faculdade de Educação da UNICAMP, hodgermour@gmail.com , rogermou@unciamp.br Cintia dos Santos Pereira da Silva, IFCH, Unicamp, cintiasps@yahoo.com.br Leonardo Pereira da Costa, IA, Unicamp, leopernambuco@gmail.com , Daniel Santos Costa, IA, UNICAMP, grdcosta@hotmail.com , Pamella Vilanova,pamellavillanova@gmail.com, pamellavillanova@uol.com.br

Este projeto com o financiamento da FAEPEX/PREAC foi um estudo sobre processos de colaboração entre o professor em formação inicial (universidade) e formação continuada (Escola Pública), nas Escolas de Tempo Integral da Região Metropolitana de Campinas (RMC), entre os anos de 2009 e 2010. O conceito de corpo foi central para o desenvolvimento do trabalho. Pensado a partir da idéia de experiência, vivido e pensado ao mesmo tempo, o corpo desempenha um papel múltiplo e complexo nas práticas humanas, podendo implicar que o mestre (professor) torne-se aprendiz do processo de ensino que conduz. Os pesquisadores neste projeto, advindos das áreas da dança, teatro, pedagogia e antropologia atuaram da seguinte forma: 1. Encontros teóricos e práticos realizados na Universidade sobre a questão do corpo na contemporaneidade; 2. Coleta de dados em campo (no formato de áudio e/ou vídeo, através de entrevistas com professores, coordenadores, diretores e alunos das escolas), assim como análise dos dados por meio de ferramentas de pesquisa qualitativa; 3. Realização de oficinas práticas na universidade e na escola pública com uso de diversos materiais e com foco na idéia de jogo, por sua vez enriquecidas com atividades como fóruns e encontros nos quais buscou-se reduzir as distâncias de toda ordem entre a universidade e a escola pública. A partir das atividades de pesquisa e das práticas culturais realizadas concluiu-se que a construção deste espaço de colaboração entre a universidade e a escola, encontra-se num estágio que pode ser traduzido pelo conceito de luta: institucional, política, estética e pedagógica. Palavras-chave: Corpo, educação e arte.

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Corpo e Gênero: diferenças no universo da Educação Física escolar Maria Amélia Telles Baracho1 1.Professora de Educação Física, Especialista em Educação Especial e Inclusiva - Metrocamp, Campinas,matbaracho@yahoo.com.br

Quando algo nos parece igual em todos os homens, julgamos que se trata de algo inato, mas pouco notamos as diferenças e, praticamente tudo é diferente, principalmente na motricidade, que é a manifestação da corporeidade. A Educação Física, por ser uma área de conhecimento que se diferencia dos outros componentes curriculares, por trabalhar de forma essencialmente prática, deve utilizar-se disso para conscientizar os alunos em relação à corporeidade. A escola tem como objetivo preparar o aluno para vida de forma integral, fazendo que estes respeitem e valorizem as diferenças. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma reflexão sobre a consciência corporal e as relações de gênero nas aulas de Educação Física, entendendo que cada um é diferente do outro e todos tem suas particularidades, independente de sexo. Uma constante observação durante o estágio realizado e um diário de campo, forneceu pistas sobre as incoerentes atitudes dos professores de ensino médio durante as aulas. Foram observadas atitudes incoerentes pelos professores em suas aulas como exclusão, culto exacerbado ao corpo, e até maior freqüência masculina nas aulas de Educação Física escolar. Apesar de afirmarem que não reforçavam essas atitudes em suas aulas, suas intervenções tendiam a manter as diferenças como uma barreira. Essa análise mostra que os educadores do Ensino Médio, muitas vezes, reforçam atitudes excludentes com os alunos em vez de incluí-los, ou seja, esquecem que qualquer aluno, independente de gênero é capaz de aprender a realizar as mesmas atividades que outros e, acaba fornecendo os conteúdos prontos, dando as respostas para os alunos finalizarem as atividades, contribuindo assim para o preconceito e o estigma. Deve-se ressaltar que a exclusão nas escolas reflete o descontentamento e a discriminação que existe na sociedade como um todo. Considerando a diversidade encontrada na escola, devemos ficar atentos sobre o pensamento dos educadores sobre a mesma, se estes compreendem e valorizam-na em suas aulas. A exclusão e a negação não são caminhos para a escola proporcionar o ensino-aprendizagem, pois esta é responsável pela educação. A inclusão não é um processo fácil, mas nós sabemos que é possível. O corpo docente da escola deve estar preparado para acolher todos os alunos em sua diversidade. A escola é o lugar mais importante para compreender a diversidade humana. Entre as pistas que podem favorecer o processo de inclusão está o educar para a autonomia, dando ao aluno oportunidade de aprender e se sentir capaz de fazer, independente de gênero. Basta aos educadores terem consciência e transformar o discurso em atitude. Palavras-chave: Corpo, Gênero, Educação.

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Curso de Especialização em Educação de Pessoas Adultas: Formação Continuada dos Profissionais da EJA na perspectiva da Aprendizagem Dialógica Roseli Rodrigues de Mello, UFSCar, roseli@ufscar.br Aline Vanessa Gavioli, aline_vanessa88@yahoo.com.br Kelci Anne Pereira, kelcipereira@gmail.com Adriana Fernandes Coimbra Marigo, adriana@marigo.com.br Raquel Moreira, raquelzinhamoreira@ig.com.br

O curso de especialização em educação de pessoas jovens e adultas encontra-se inserido em um âmbito de políticas nacionais para EJA atuais, nas quais se tem em vista superar uma dívida histórica e social com esta modalidade de educação, que foi por muito tempo, marginalizada no sistema de ensino brasileiro. O quadro histórico da EJA no Brasil aponta para o descaso com esta modalidade de educação, o argumento remete ao número expressivo que se tem de campanhas emergenciais, a despreocupação com o oferecimento desta modalidade de ensino pelo governo e aos indícios de que ela seja marcada por uma concepção compensatória de educação, ou seja, entende-se a EJA como um espaço no qual os jovens e adultos devam apenas recuperar o que não foi apreendido ao longo de sua infância. Ainda hoje, as ofertas formativas para os sujeitos da EJA continuam infantilizadoras e incompatíveis com suas demandas da vida e do trabalho, além de incompatíveis com o paradigma da educação ao longo da vida. Na tentativa de reverter tal quadro, a SECAD/MEC lança em 2009 um edital para que as universidades ofertassem cursos de especialização voltados para a formação continuada de educadores/as de EJA. Aproveitando esta oportunidade, bem como o histórico de atuação em prol superação das desigualdades culturais e educativas, o Niase (Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa) passou a oferecer, desde novembro de 2009, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, o Curso de Especialização em EJA. A carga horária do curso é de 360 horas, distribuída durante o período de dois anos. As temáticas trabalhadas estão organizadas em cinco módulos, a serem desenvolvidos sob a orientação teórico metodológica da aprendizagem dialógica, que se orienta pelas elaborações de Paulo Freire e Habermas. Assim, o diálogo e a comunicação (práxis), constituem as bases que trazem para o seu projeto político-pedagógico as perspectivas da intersubjetividade e transformação, bem como os princípios diálogo igualitário, inteligência cultural, dimensão instrumental, igualdade de diferenças, transformação, solidariedade e criação de sentido. O curso deve estender-se até julho de 2011 e os resultados alcançados até o momento descrevem um expressivo crescimento intelectual dos cursistas rumo a uma compreensão ampliada da EJA, com impactos diretos e positivos nas suas formas de trabalho na EJA. Nesse sentido, destaca-se a incorporação gradativa que fazem da aprendizagem dialógica, enquanto orientação para uma pedagogia de máximas expectativas de aprendizagem. Palavras - Chaves: Educação de Jovens e Adultos, Especialização.

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CUCA – Curso Unificado do Campus de Araraquara PEREIRA, Tatiane de Lima (discente), FCL/Araraquara, UNESP, tati_lp23@hotmail.com

O CUCA (Curso Unificado do Campus de Araraquara) iniciou suas atividades no ano de 1993 pela iniciativa de um grupo de alunos das quatro unidades da UNESP de Araraquara. Com apoio da Pró-Reitoria de Extensão transformou-se em Projeto de Extensão Universitária em 1997. Tem como objetivo complementar a educação em nível médio para orientar os jovens, com carência sócio-econômica comprovada, para os exames vestibulares das universidades públicas e privadas . Sediado no Instituto de Química, a partir de 2004, estabeleceu parcerias com prefeituras municipais, atualmente Araraquara, Boa Esperança do Sul (PM-BES) e Américo Brasiliense (PM-AB), constituindo núcleos do projeto nestas cidades. O trabalho dos graduandos-professores, inseridos nas atividades de ensino dos Componentes Curriculares, permite que tenham contato com a realidade de alunos das escolas de ensino médio públicas com defasagem de desenvolvimento conceitual fazendo-os criar em sala de aula mecanismos para a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem. Ao todo o projeto conta com o envolvimento de 62 bolsistas (25 vinculados à PROEX), entre Supervisor Pedagógico, Docentes, Coordenadores e Auxiliares. O projeto atende, atualmente, 340 alunos (IQ – PROEX: 200, PM-Araraquara: 50, PM-BES: 50, PM-AB: 40) selecionados por meio de um processo composto por três instrumentos de análise: condição sócio-econômica, conhecimentos básicos do Ensino Médio e visita comprobatória das informações fornecidas pelo candidato. Historicamente o CUCA IQ – PROEX tem ampliado seu atendimento à demanda da região, abrangendo 13 municípios em 2010. O projeto CUCA tem possibilitado tanto o ingresso dos alunos em Instituições de Ensino Superior Públicas ou Privadas, quanto viabilizado o ingresso no mercado de trabalho, via concursos públicos. Seu apelo solidário alavanca o compromisso social dos alunos da UNESP e motiva o associativismo e o cooperativismo para uma sociedade mais justa e comprometida com o desenvolvimento econômico e social sustentado na educação. Palavras-chave: extensão; formação docente; conscientização.

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Cursos de Informática Oferecidos na Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI do Campus de Sorocaba da UNESP Márcio A. Marques, Campus de Sorocaba, UNESP, marciomq@sorocaba.unesp.br Luíza A. P. Cantão, Campus de Sorocaba, UNESP, luiza@sorocaba.unesp.br Diego L. Domingos, Campus de Sorocaba, UNESP, diegold1@hotmail.com

Em março de 2008, tiveram início as atividades da Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI do Campus de Sorocaba da Universidade Estadual Paulista - UNESP propondo inicialmente atender e possibilitar aos idosos de Sorocaba e região acesso à Universidade Pública e proporcionar a eles, através de uma educação continuada, ampliação de seus conhecimentos, convívio social e principalmente troca de experiências. Desde então, vários cursos de informática estão sendo oferecidos: Informática Básica e Word, Internet e Word Avançado. Eles são diversificados para que se possa realizar a inclusão digital de alunos que nunca tiveram acesso a um computador e também atender a outros que já possuem conhecimentos básicos de informática. Os cursos oferecidos aos alunos da UNATI tem como objetivo desmistificar a informática e o computador para as pessoas que nunca tiveram acesso a recursos tecnológicos. Outros são voltados para aqueles que já possuem alguns conhecimentos básicos de informática, ou seja, que já tiveram acesso a um computador. Eles estão tendo a chance de aprender um software de navegação na internet, utilizar o correio eletrônico (e-mail) e aprender comandos avançados do Word. Os cursos também proporcionam aos alunos a oportunidade de convivência em grupo, de inclusão digital, além de se atualizarem na área de informática. Eles são elaborados da seguinte forma: primeiro os bolsistas preparam o material de cada curso (apostilas). Posteriormente, eles elaboram os slides com imagens para facilitar a compreensão e o conteúdo de cada aula, que são todas presenciais e apresentadas nos laboratórios de informática utilizando datashow. Estas etapas são realizadas sob a supervisão de um professor orientador. Os cursos tem em média 10 semanas, com uma aula semanal de 2 horas e aproximadamente 25 alunos em cada turma, e são ministrados por bolsistas pertencentes aos cursos de graduação do Campus de Sorocaba da UNESP. Todos os cursos de informática oferecidos na UNATI de Sorocaba/UNESP estão tendo uma grande procura e com vários alunos em listas de espera. Os alunos são bastante participativos durante todas as aulas com um bom aproveitamento. Os bolsistas que ministram as aulas são muito elogiados e os alunos geralmente ficam muito satisfeitos com a possibilidade de participarem dos cursos, pois alguns estão tendo pela primeira vez a oportunidade de acesso a um computador e outros, de se atualizarem através do conhecimento de novas ferramentas da área de informática. Além disso, os alunos tem a chance de ampliar seus conhecimentos, sua convivência e inclusão social e principalmente realizar troca de experiências com seus colegas de classe ou mesmo com os bolsistas. Palavras-chave: Informática, Terceira Idade, Cursos.

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Decatlo: Ciências da Natureza, Matemática e Suas Tecnologias James Rogado, Núcleo de Educação em Ciências, UNIMEP, jrogado@unimep.br Vinícius M. Pires, Núcleo de Educação em Ciências, UNIMEP, vimpires@unimep.br

A partir do trabalho coletivo e de parcerias colaborativas entre professores e alunos universitários, juntamente com os professores das Escolas Básicas, que se torna possível propor inovações didático-pedagógicas no âmbito do ensino-aprendizagem das Ciências da Natureza e Matemática em cursos de formação docente. Este trabalho tem como objetivo central desenvolver experiências compartilhadas Universidade-Escolas de Educação Básica de Nível Médio de Piracicaba-SP. Mediante o estabelecimento de parceria colaborativa entre o Núcleo de Educação em Ciências/UNIMEP e a Diretoria de Ensino de Piracicaba, foram desenvolvidas atividades junto às escolas públicas de Educação Básica (Ensino Médio) que possibilitassem: Estimular a melhoria da qualidade nas escolas públicas; • Promover o aperfeiçoamento profissional aos docentes em atividade das disciplinas envolvidas, oferecendo assessoria contínua e estimulando a reflexão na práxis; • Verificar as principais deficiências dos estudantes; • Despertar e estimular o interesse dos estudantes pela área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, proporcionando-lhes desafios; • Identificar e estimular talentos/vocações latentes na área de conhecimento; • Promover a autonomia dos alunos para que possam gerir sua própria aprendizagem, ampliando oportunidades à (re)construção de conhecimentos aos estudantes do Ensino Médio.; • Contato maior entre alunos e professores, possibilitando interações com qualidade mais profícuas; • Melhor formação aos licenciandos e maior qualidade aos cursos de formação de professores. A metodologia de intervenção pedagógica que se almeja é construída a partir do trabalho coletivo e das parcerias colaborativas entre professores e estudantes universitários e professores do Ensino Médio, propondo inovações didático-pedagógicas e promovendo aprendizagens de cunho interativo e desafiador no âmbito do ensino-aprendizagem das Ciências Exatas e da Natureza nas escolas de nível médio e em cursos de Licenciatura. O trabalho tem gerado possibilidades de melhoria da formação dos futuros educadores, o despertar do gosto do estudante de ensino médio pela escola e, em especial, pela área de Ciências Exatas e da Natureza (Química), e a promoção do aperfeiçoamento profissional aos docentes em atividade das disciplinas envolvidas, oferecendo assessoria contínua e estimulando a reflexão na práxis, além da criação de espaços de negociação, respeito e crescimento mútuo entre os atores da Universidade e da Escola. Palavras-chave: parceria colaborativa, educação química, formação docente e discente. 139


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Desenho: Uma Experiência Que Envolve Pensamento e Prática VALENTIM, Jailson dos Santos CASTILHOS, Joelma Santos; SANTOS, Magda Giseli Cruz Orientadora: Profa. Dra. Nádia Senna Deptº de Artes e Design - IAD, UFPel valentim8@yahoo.com.br

O presente trabalho contempla as atividades desenvolvidas junto ao curso Experienciando o Desenho, projeto de extensão vinculado aos Programas Vizinhança e Projeto Arte na Escola do Instituto de Artes e Design/Universidade Federal de Pelotas. O curso foi projetado para atender quarenta crianças de uma escola pública do entorno da Universidade, com vistas a promover o conhecimento da arte e a valorização do indivíduo através do desenho. As práticas em sala de aula, nos ateliês do IAD e nas imediações envolveram atividades gráficas a partir de vivências instigadoras, voltadas para a apreciação e produção artística, utilizando diferentes materiais. Esse projeto implicou em constante avaliação e replanejamento, aproveitando os acasos para garantir e oportunizar as crianças, a ressignificação de seu mundo através das especificidades da linguagem da arte. Palavra-chave: desenho, ensino de arte, valorização do sujeito.

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Diadema Visita UNIFESP Diadema Carolina Vautier-Giongo (Docente), Campus Diadema, UNIFESP, cvtgiongo@unifesp.br Nathalia Helena A. Pereira, Campus Diadema, UNIFESP, helena.nathalia@gmail.com Juliana Castilho, Campus Diadema, UNIFESP, castilho.juliana@hotmail.com Ísis Marques da Costa, Campus Diadema, UNIFESP, isis.marques.01@gmail.com Nicole Lopes, Campus Diadema, UNIFESP, nick_lopes15@hotmail.com Bruna Leão, Campus Diadema, UNIFESP, bru.leao@hotmail.com e demais e não menos importantes colaboradores

O Diadema visita UNIFESP Diadema é um projeto de abertura do novo Campus da UNIFESP à visitação pela comunidade de Diadema, iniciado no final de 2007. O projeto é fundamentado na valorização de metodologias que resultem na democratização do conhecimento acadêmico, promoção da interdisciplinaridade e no desenvolvimento de uma relação transformadora entre Universidade e Sociedade. A UNIFESP Diadema é a primeira Instituição Pública de Ensino Superior de Diadema. O Campus, que se encontra em atividade há menos de quatro anos, tem como meta a formação de profissionais competentes e críticos em Ciências Ambientais, Ciências Biológicas, Engenharia Química, Farmácia e Bioquímica, Licenciatura Plena em Ciências, Química e Química Industrial, diferenciados por sua habilidade em trabalhar de forma integrada com a sociedade. O Diadema visita UNIFESP Diadema tem como objetivo geral introduzir a UNIFESP à e na Comunidade de Diadema, além de (i) despertar o interesse pela vida universitária na comunidade de Diadema, (ii) estimular a busca do conhecimento científico tanto na comunidade quanto nos universitários; (iii) contribuir para a formação cidadã de profissionais críticos, que possam atuar em prol do desenvolvimento de uma concepção política do fazer científico. As visitas, monitoradas pelos graduandos, são realizadas aos sábados, das 9:00 às 12:00 h, por um público de, no máximo, sessenta pessoas. O roteiro das visitas consta de: (a) percurso pelas dependências do Campus; (b) palestras curtas e explicativas sobre os cursos oferecidos e atividades de extensão realizadas no Campus; (c) contato com linhas de pesquisa desenvolvidas no Campus e (d) demonstrações científicas em todas as áreas da ciência, elaboradas e executadas pelos universitários. Desde o início de 2009, o Diadema visita UNIFESP Diadema também tem feito o caminho inverso, isto é, o projeto tem visitado Espaços e Escolas Públicas de Diadema, apresentando o seu Show de Ciências. Fazem parte do Show de Ciências experimentos simples, belos e ilustrativos de fenômenos científicos relacionados ao cotidiano, e que também tragam denúncias sociais, ambientais ou orientações à platéia. A elaboração de roteiros teatrais para o Show de Ciências tem como objetivo tornar mais divertida a apresentação dos conceitos científicos. Os graduandos têm autonomia para escolher as demonstrações mais lhes despertam motivação e interesse, procurando encontrar meios de realizá-las e explicá-las didática e democraticamente. As experiências e o roteiro teatral dos shows são passíveis de alterações, de acordo com o perfil da platéia (idade, grau de instrução, etc.). Palavras-chave: Educação, Ciências, Divulgação da Universidade

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“Direitos da Criança: o ECA na escola” - Projeto de Extensão Universitária PEZEZ, M. C. A. (Docente), mcaperez@fc.unesp.br TEZANI, T. C. R. (Docente), thais@fc.unesp.br Departamento de Educação, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP, Bauru (SP)

O projeto de extensão universitária “Direitos da criança: o Eca na escola” tem como objetivo e dinâmica a realização de intervenções que possibilitem o processo de aprendizagem de uma Lei por crianças, especificamente a Lei federal n.º 8.069 de 13/07/1990. O trabalho atende aproximadamente 160 crianças de 6 a 8 anos de duas escolas públicas de Ensino Fundamental e mais 60 alunos de 3 a 6 anos da Educação Infantil, na cidade de Bauru/SP. Ainda que algumas dificuldades tenham sido enfrentadas ao longo das atividades desenvolvidas, sobretudo na postura dos profissionais da educação e no espaço físico para a realização atividades, avaliamos que o projeto está sendo bem sucedido ao sensibilizar as crianças para a questão dos seus direitos e deveres. Os procedimentos metodológicos foram oficinas temáticas que exploraram os direitos fundamentais da criança, no caso da escola de Ensino Fundamental, temos como recurso, as atividades que podem ser desenvolvidas na sala de informática, pátio e sala de aula. Na escola de Educação infantil, os espaços são as salas de aulas e um quiosque para atividades. Entretanto, já passamos por situações nas quais os espaços eram improvisados e sem planejamento prévio da instituição. Dentre os resultados obtidos durante dois anos de projeto, temos: 1) as temáticas despertaram o interesse e mobilização entre as crianças durante as atividades do projeto; 2) a postura da instituição foi essencial para a concretização dos objetivos, uma vez que em uma das escolas o discurso e a prática dos direitos da criança estavam presentes no ambiente escolar, no entanto, em outra instituição constatamos algumas contradições entre as ações do projeto e as práticas educativas da escola; 3) ações coordenadas e organizadas entre as professoras responsáveis e as alunas bolsistas e voltarias; 4) organização, elaboração e execução de um livro temático com os alunos; 5) elaboração de atividades variadas que atendam a temática proposta. Contamos com seis alunas bolsistas e duas alunas voluntárias que atuam diretamente com as crianças no ambiente escolar e participam do GEPIFE “Grupo de Estudos e Pesquisas sobre infância, família e escolarização”. Concluímos que, mesmo depois de dois anos de execução desse projeto de extensão universitária, são muitos os desafios evidenciados, que exigiram equacionar novos desenhos metodológicos, teóricos e institucionais para a concretização do mesmo, mas os resultados apontados pelos docentes e pela direção das unidades escolares reforçam nossas ações e apontam a necessidade das crianças conhecerem seus direitos e deveres. Palavras-chave: Educação escolar, Infância, Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Divulgação do Vestibular UNESP e Inclusão Social: Parceria Secretaria Estadual da Educação/Vunesp/UNESP Guaracy Tadeu Rocha, IBB, UNESP campus de Botucatu, gtrocha@ibb.unesp.br Elias José Simon, FCA-Unesp-Botucatu, VUNESP, diretoria@vunesp.com.br Tânia C. A. M. Azevedo, FE-Unesp-Guaratinguetá, VUNESP, diretoria@vunesp.com.br Edwin Avolio, FEB-Unesp-Bauru, VUNESP, diretoria@vunesp.com.br Johnny Rizzieri Olivieri, IBILCE-Unesp-SJRP, VUNESP, diretoria@vunesp.com.br

INTRODUÇÃO: Cobram-se das universidades públicas ações afirmativas que promovam a inclusão de alunos da rede pública na universidade. Nesse contexto, a Unesp se destaca. O Programa de Divulgação do Vestibular contribui para promover a inclusão, com a vantagem desta se dar pelo mérito do candidato. Objetivos: Favorecer a interação Unesp/ SEE, interagir com o conjunto de Ações Afirmativas para Inclusão Social e auxiliar na consecução do Programa para a inclusão dos melhores alunos da escola pública na universidade. MÉTODOS: Videoconferência, gerada a partir da SEE, orienta os dirigentes educacionais quanto ao programa. Cerca de 70 professores e 70 graduandos da UNESP egressos da escola pública se reúnem com os coordenadores de mais de 3.500 escolas e visitam as salas de aula para contato com os alunos da rede. RESULTADOS: Desde 1996, mais de 2,5 milhões de alunos da rede pública receberam a visita de um professor da UNESP em suas salas de aula. Trata-se de uma das raras oportunidades que o aluno tem para ficar sabendo sobre a Unesp, cursos, vestibular, programas de apoio ao graduando, etc. O Guia de Profissões, entregue aos alunos, esclarece e ajuda a consolidar vocações. Os professores se fazem acompanhar por aluno da Unesp egresso da rede pública, o que contribui para que os alunos da rede reconheçam seu perfil sócio-econômico nos alunos da Unesp. Os resultados obtidos demonstram que o programa não apenas traz candidatos para o vestibular UNESP, mas sobretudo promove a inclusão. O total de inscritos decorrente de convênio com a SEE (desconto de 75% na taxa de inscrição) tem aumentado a cada ano e, mais importante, aumentou significativamente o percentual de candidatos/SEE presentes às provas: 37% no vestibular 2008, 59% em 2009 e 84% no vestibular 2010 (1ª fase). Os dados referentes aos matriculados/SEE também mostram crescimento a cada ano. São alunos que saem diretamente do terceiro ano do ensino médio para a universidade, ingressando via vestibular pelo seu desempenho nas provas: no vestibular 2007, 219 matrículas; em 2008, 272; em 2009, 416; em 2010 são 580 alunos matriculados beneficiados pelo acordo SEE/VUNESP. Somam-se a esses todos os outros matriculados egressos da rede pública, não participantes do acordo uma vez que concluíram o ensino médio em anos anteriores ao do vestibular. Também estes se beneficiaram do programa pois receberam o professor UNESP em suas escolas em anos anteriores. Em conseqüência, a UNESP é a universidade estadual paulista com maior proporção de alunos egressos da rede pública sem que o ingresso desses tenha sido por um sistema de cotas (em 2010, 2.320 alunos dentre 6.428 matriculados). Financiamento VUNESP. Palavras-chave: Vestibular, Ensino Médio, Ações Afirmativas.

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Drogas e Álcool na Adolescência André Wilham Rodrigues (andrewilham94@gmail.com), Gabriel Felipe Kesslau (gabrielkesslau@gmail.com), Gustavo Mendes da Silva (gustavomendes94), Jonas Henrique da Silva Guedes (henrique.gueds@gmail..com), Jonathas Lucas Oliveira (jonathas.lucas1@gmail.com), Lucas Damasceno Castro (luk.dmsc@gmail.com), Rodrigo dos Santos Silva (rodrigosantos269@gmail.com), Thiago Regis de Sousa (thiagosousa1@gmail.com), Victor Gonçalves Marques (victormarques94@gmail.com), William Siqueira da Silva (william.siqueira@gmail. com). Orientadoras: Carla Magalhães de Souza, Josiane Zeferino de Oliveira e Miriam Raquel Teodoro de Souza.

Conforme a formação no curso Patrulheiro e Guarda Mirim de Hortolândia, onde temos palestras sobre Saúde na Adolescência, vimos que entre os principais problemas que atingem os jovens hoje em dia, as drogas e o álcool são os mais graves. Percebemos que atualmente o número de jovens dependentes do álcool e das drogas tem crescido drasticamente. Descobrimos que os principais fatores que levam os jovens a isso, são a convivência com outros dependentes ou com o ambiente em que eles vivem problemas com a família, etc. De acordo com uma pesquisa que fizemos hoje em dia 5,2% dos brasileiros entre 12 e 17 anos são dependentes de álcool, 2,2% de tabaco, 0,6% de maconha e 0,2% de tranqüilizantes. Esses índices estão muito altos e aumentam diariamente, um jovem vai levando outro para esse mundo e assim por diante. Para piorar no Brasil não existem centros de recuperação gratuitos, o que só piora a situação. Somente com isso poderemos amenizar a situação, com mais centros de recuperação, escolas e mais atenção para quem precisa.

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Educação Física e Pluralidade Cultural na 4ª Série do Ensino Fundamental: em Busca de Novas Práticas Pedagógicas Denise Ivana de Paula Albuquerque, FCT Unesp - Campus de Presidente Prudente - Docente do Depto de Educação Física - deivana@uol.com.br Carolina Fernanda de Andrade, FCT Unesp - Campus de Presidente Prudente Discente do curso de Educação Física - carol_fdeandrade@hotmail.com

Em um país como o Brasil, com uma cultura tão diversificada, pautada pela mistura étnica e pessoas vindas de todas as partes do mundo, um dos maiores desafios para os educadores é mostrar aos seus alunos todas essas faces, raízes e proporções. Historicamente, o ensino da Educação Física esteve estritamente ligado às instituições militares e médicas, restringindo sua prática e reflexão teórica para conceitos do corpo e movimentos sob uma ótica de aspectos fisiológicos e técnicos. As diretrizes da Educação contemporânea apontam para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que possam contribuir de forma significativa na formação dos educandos, para isso existem vários instrumentos que possibilitam esta prática e facilitam o trabalho do professor, um deles são os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997), que trazem uma discussão profunda sobre a área. Um dos pontos de destaque fica por conta dos temas transversais, que abordam temáticas que emanam do contexto social e devem ser intensamente debatidas e refletidas no contexto educacional, são eles: Ética, Saúde, Trabalho e Consumo, Orientação Sexual, Meio Ambiente e Pluralidade Cultural. Para o desenvolvimento dessa pesquisa utilizamos como base os PCNs e o tema transversal pluralidade cultural, com intuito de propor ações e reflexões para uma transformação da práxis pedagógica, especificadamente na disciplina de Educação Física no 2º ciclo do ensino fundamental. O presente estudo caracteriza-se como qualitativo de cunho descritivo-interpretativo e encontra-se em andamento. Participam dessa pesquisa 35 alunos da 4ª série com idades entre 08 e 10 anos e 1 professora de uma escola municipal de Presidente Prudente. A coleta de dados está sendo realizada através de observações e aplicações de questionários utilizando-se do método Survey. Será utilizado de estatística para se evidenciar os resultados. Até o momento através das observações, constatou-se a dificuldade da inserção da dança, como elemento da cultura corporal de movimento, para se trabalhar com a temática da pluralidade cultural. Primeiramente, em razão dos alunos assimilarem de imediato os conteúdos da Educação Física ao esporte ou a brincadeiras e também em virtude da concepção que os alunos possuem sobre a dança, que para eles é uma atividade exclusivamente feminina. A conscientização da importância de se conhecer outras culturas através de novas experiências e a quebra de alguns paradigmas vem sendo até o momento os principais desafios. Palavras-chave: Educação Física, Práticas Pedagógicas, Pluralidade Cultural

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Educação Física Escolar: Análise e Compreensão dos Aspectos Psicológicos da Criança Denise Ivana de Paula Albuquerque, Universidade Estadual Paulista - FCT - UNESP Presidente Prudente, deivana@uol.com.br Pablo Barreto de Almeida, Universidade Estadual Paulista - FCT - UNESP Presidente Prudente, contato. barreto@bol.com.br

As necessidades psicológicas da criança são conseqüentemente determinadas pelo comportamento e também pelos traços de personalidade aprendidos primeiramente no seu próprio lar. Algumas destas são motivadas pelo contexto social, outras pela necessidade de sentir-se amada e protegida. No processo de desenvolvimento da criança o universo infantil é permeado de sentimentos, emoções e descobertas que podem interferir nas relações que esta criança terá em diferentes contextos. Neste contexto é importante que a criança tenha a oportunidade de vivenciar situações diversas para que ela aprenda a lidar com os sentimentos. O termo motivação derivado do verbo em latim “movere”, relaciona-se ao fato da motivação levar uma pessoa a realizar tarefas, atingir metas, superar seus limites, procurar apresentar seu melhor desempenho fazendo com que os outros venham a orgulhar-se de seu talento (FLEURY 2008). Gouveia (2007) relaciona aprendizagem, desempenho e atenção com a motivação, mostrando que ela influi com grande propriedade em todos os tipos de comportamento, permitindo assim um envolvimento maior ou uma simples participação em atividades. Este estudo tem o objetivo de analisar os aspectos psicológicos que podem influenciar no comportamento das crianças nas aulas de Educação Física e verificar como o professor de Educação Física pode intervir em cada componente necessário para a constituição psicológica otimizada da criança nas aulas de Educação Física. Dentre os aspectos psicológicos observados em 50 crianças que cursam o 3º e o 4º ano do ensino fundamental com idades entre 9 e 11 anos, intolerância a frustrações, ausência do conceito de diversão nas aulas e auto-estima comprometida são os principais motivos que afastaram os alunos das aulas, principalmente, os menos habilidosos. Partindo de este pressuposto, transmitir valores morais, sociais, educativos através de atividades contextualizadas, tornar a relação Professor-aluno mais próxima criando uma confiança maior por parte da criança, e auxiliá-la na compreensão dos sentimentos, figuram como as principais maneiras do professor influenciar de forma positiva os aspectos psicológicos da criança. Nesta perspectiva é evidente que este professor necessita, além do conhecimento dos conteúdos específicos, uma fundamentação e compreensão dos aspectos psicológicos da criança para poder ajudá-la no processo de desenvolvimento. Palavras-chave: Professor, motivação, Criança. 146


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Educação Permanente: Qualificação Profissional na Construção Civil Aparecido Fujimoto, asfujimoto@gmail.com; fujimoto@puc-campinas.edu.br Leandro Pansan, le.simp@gmail.com Caroline Monteiro, carol_jm1@hotmail.com Cristiane Dollo, crisdollo@hotmail.com Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Barão Geraldo, Campinas - SP

O projeto de Extensão Educação Permanente: Qualificação Profissional na Construção Civil tem como premissa básica socializar os conhecimentos da área da construção civil numa ação sinérgica entre as pessoas envolvidas dos Núcleos Territoriais de Extensão. Sendo assim, o trabalho proposto, cuja área temática é a Educação, deverá contribuir com a conscientização, cidadania e socialização da comunidade. Este plano foi contextualizado em ações de extensão, interdisciplinaridade e orientação no programa geral acadêmico à sociedade. O trabalho é destinado a pessoas desempregadas e/ou empregadas, jovens e/ou adultos da construção civil e demais pessoas que se interessem pelas atribuições expostas no projeto. Destarte, tanto as pessoas quanto professores e alunos, integrados ao projeto, seu desenvolvimento ocorrerá por meio de ações transformadora, cujo embasamento se dará pela forma técnica-científica simplificada a fim de se concretizar a aprendizagem com eficiência e eficácia. Paralelamente a este estudo são dispostas aulas teóricas e práticas, disponibilizados recursos áudios-visuais e computacionais e, também, realizadas visitas a canteiros de obras, palestras e leituras de projetos estruturais, hidráulica, elétrico e arquitetônico. Sob esta ordem de idéias, o projeto procura estabelecer novo conhecimento e aprendizado que deverão culminar na aplicação continuada para que sejam obtidos os resultados esperados e satisfatórios. Espera-se, ainda, que os efeitos sejam duradouros para se tornar, ao final, um agente modificador com vias de estabelecimento de uma linha de trabalho focada na qualidade, não se olvidando da peça central que é o ser humano. Palavras Chaves: Educação Permanente, Construção Civil, Qualificação Profissional.

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Extensão Universitária: Programa Melhorando a Vida no Campo João Emmanuel Ribeiro Guimarães, Faculdade Dr. Francisco Maeda; jerguimaraes@uol.com.br Regina Eli de Almeida Pereira, Faculdade Dr. Francisco Maeda, reginaeli@bol.com.br Márcio Pereira, Faculdade Dr. Francisco Maeda, marcio.pereira@feituverava.com.br Margareti Aparecida Stachissini Nakano, Faculdade Dr. Francisco Maeda, margaretinakano@bol.com.br

A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. A Faculdade Dr. Francisco Maeda, localizada no Município de Ituverava, interior de São Paulo, desde 1999, vem demonstrando seu papel no processo educativo, cultural e cientifico, completando 11 anos de extensão universitária. As atividades sempre foram voltadas para comunidade rural, buscando uma melhoria na qualidade de vida, do proprietário, do trabalhador, da mulher rural, do jovem ou até mesmo da criança rural, fazendo com que seus alunos tivessem uma vivência da realidade dessas famílias, proporcionando assim uma aproximação entre a pesquisa e a sociedade. As atividades tiveram inicio durante 1º Encontro de Professores Universitários promovido pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF/CETUS), onde através profª. Regina Eli teve a idéia da criação de um projeto que levasse informações até o público alvo: o homem do campo. Com o passar do tempo, o projeto se transformou em um programa, dentro do qual, vários projetos foram desenvolvidos, sempre com a ajuda da ANDEF e associadas, empresas privadas e intuições de fomento à pesquisa. Este programa já foi reconhecido pela Associação Latino americana, LACPA, através da publicação do nosso trabalho no capítulo BRASIL, em 2000. Uma das conseqüências do desenvolvimento deste programa foi a criação em 1999 da Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos dentro do campus da FAFRAM, a única Central do Brasil gerenciada por uma faculdade. O “Programa Melhorando a Vida no Campo” tem a missão de diminuir a distância entre a população rural e o conhecimento tecnológico. Para atingir este objetivo é necessário conhecer os problemas da população rural, entender sua realidade, suas principais carências sobre o assunto para então promover mudanças de atitude. São 11 anos (1999 a 2010) de educação, treinamento e conscientização junto à população rural e urbana, atingindo 32.238 pessoas. Proprietários, aplicadores, mulheres de agricultores, crianças, jovens, estudantes universitários, extensionistas entre outros, alcançando 79 municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Maranhão, incluindo alguns distritos agrícolas e assentamentos rurais. Palavras-chave: Família rural, Conscientização; Qualidade de vida.

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Educação Ambiental e Interdisciplinaridade a partir do Sistema Aquaeduca PCJ Ms Andréa Quirino de Luca, Doutoranda em Ciência Ambiental pelo PROCAM, USP; Pesquisadora do Laboratório de Educação e Política Ambiental do Departamento de Ciências Florestais ESALQ, USP; Pesquisadora do Laboratório Fluxus FEC, UNICAMP, andreaqluca@gmail.com Semíramis Albuquerque Biasoli, Doutoranda em Ecologia Aplicada - ESALQ , USP; Pesquisadora do Laboratório de Educação e Política Ambiental do Departamento de Ciências Florestais ESALQ, USP; Pesquisadora do Laboratório Fluxus FEC, UNICAMP, semiramisbiasoli@yahoo.com.br Prof. Dr. Sandro Tonso, Professor Doutor da FT, UNICAMP, Educador Ambiental, Membro da RUPEA, COEDUCA, Pesquisador do Laboratório Fluxus FEC, UNICAMP, sandro@unicamp.br Docente Responsável: Profa. Dra. Emília Wanda Rutkowski, Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP, Membro do CT-EA do CBH-PCJ, Coordenadora do Laboratório Fluxus FEC, UNICAMP e da Coordenadoria de Ação Comunitária PREAC, emilia@fec.unicamp.br

Este trabalho faz parte do conjunto de ações do Projeto Aquaeduca PCJ, desenvolvido pelo Laboratório Fluxus, da Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp, em convênio com a Faculdade de Tecnologia FT/Unicamp, e financiado pela FEHIDRO, que pretende construir um Sistema de Informações que possa auxiliar na tomada de decisão sobre Educação Ambiental nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (BHPCJ), a fim de responder à demanda que a Câmara Técnica do Comitê PCJ possui de estabelecer uma proposta estratégica para o processo de Educação Ambiental (EA) desta Bacia. Para a coleta destes dados foi necessária a criação de uma equipe multidisciplinar: duas biólogas, quatro arquitetos; duas advogadas, um programador de sistemas e 3 estagiários - tecnólogo de saneamento ambiental, engenharia civil e arquitetuta e urbanismo. O desenvolvimento e aprofundamento do diálogo entre os membros da equipe de trabalho foi fundamental para organizar e produzir o conhecimento a partir da integração de diferentes dimensões, preservando, ainda assim, os interesses próprios de cada área de formação, num ambiente onde cada um contribui com suas habilidades e conhecimentos específicos. Muitas dificuldades houveram ao longo do trabalho. Os primeiros meses demonstraram que aos indivíduos que tinham disponibilidade de trabalhar em conjunto, horizontalmente, apesar do efeito de sentido de lentidão, o bojo dos encontros traziam novas maneiras de enxergar o mundo, o Outro, novos valores, percebidos através da qualidade e evolução do diálogo nesta equipe. Uma equipe de trabalho que se pretende interdisciplinar deve ter a visão de conjunto, para que cada área de saber deixe de funcionar desconectada em sua própria ‘caixa’. A transparência das diferentes fases do processo de trabalho e a participação integral na definição de objetivos, metas e métodos de trabalho, compõem o cenário propício à prática da interdisciplinaridade. Foram gargalos deste processo, então, a não participação de toda equipe em momentos de reflexão e diálogo, interação frágil com a totalidade de membros da equipe e a divisão em diferentes equipes, o que proporcionou um efeito de sentido de fragmentação e desacelerou o andamento do processo de diálogo. O avanço buscado pode ser fortalecido com encontros para o diálogo e abertura para o fortalecimento do grupo em si, com exercícios de autoridade compartilhadada e horizontalidade das ações, o que pode permitir o desenvolvimento de um olhar reflexivo, que procura alimentar a práxis educativa. Palavras-chave: Educação Ambiental, Interdisciplinaridade. 149


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Educação Ambiental e Práticas Agroecológicas em uma Escola Rural de Araras/SP Luiz Antonio Cabello Norder, CCA, UFSCar, luiz.norder@cca.ufscar.br Sirlei Dias Polizelli, EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita, sirleidiaspolizeli@hotmail.com Anastácia Fontanetti, CCA, UFSCar, anastacia@cca.ufscar.br Eber Mariano Teixeira, EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita , ebermt@hotmail.com Rodolfo Antônio de Figueiredo, CCA, UFSCar, raf@cca.ufscar.br

As transformações que estamos vivendo nos tempos atuais requerem mudanças nos métodos de ensino que permitam formar cidadãos conscientes do seu papel social. O conhecimento é importante se puder ser transformador e gerador de novos ensinamentos, provocando mudanças de atitudes em benefício de uma coletividade. Dentro da proposta de formação de uma consciência favorável ao processo de educação ambiental nosso interesse é de incentivar a busca do conhecimento através do estímulo da informação objetivando o desenvolvimento de soluções ambientais. Assim, este projeto visa colaborar com a educação ambiental, trabalhando os conceitos de forma interdisciplinar. A E.M.E.I.E.F. (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Ivan Inácio de Oliveira Zurita funciona há três anos na zora rural do município. A área da Escola é bem arborizada, gramada e protegida com cerca viva, o que torna a paisagem bastante agradável. São atendidas atualmente 310 crianças do maternal até a 8ª série, provenientes de vários bairros rurais e assentamentos da região, atendendo famílias de moradores de chácaras, sitiantes e trabalhadores de fazendas. As crianças permanecem na escola em período integral, sendo que há um período com aulas regulares e outro dedicado à participação em oficinas (teatro e informática; música e jogos; orientação de estudos; empreendedorismo rural; ecologia, meio ambiente, horta, jardinagem e estufa; língua portuguesa; matemática; orientação de estudos; regras de convivência e socialização e expressão corporal). Quatro atividades de extensão, construídas de forma participativa entre professores do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSCar e da EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita, atualmente estão em andamento na escola. Uma das atividades refere-se à montagem de um viveiro de mudas com transplante de pequenas mudas em tubete para garrafas PET (método “pomarizar”) e posterior plantio na escola e na região. Paralelamente, foi criado um pomar e realizada a arborização do estacionamento. A segunda atividade de extensão está ligada ao conhecimento e uso de plantas medicinais pelos estudantes de 5ª à 8ª séries e familiares, que vivem em bairros rurais do município de Araras. A terceira atividade é o desenvolvimento e a aplicação de jogos, dinâmicas e brincadeiras com as crianças, abordando a questão dos resíduos sólidos. A quarta atividade consiste em dialogar sobre o acesso ao ensino superior e as ações afirmativas. As atividades de extensão estão recebendo apoio logístico da EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita e apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão e da PróReitoria de Pesquisa da UFSCar. Palavras-chave: Extensão, Projetos, Escola Rural.

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Educação Popular: perspectivas emancipadoras dos sujeitos privados de liberdade Raiane Patrícia Severino Assumpção, unidade III, Unifesp, raianeps@uol.com.br Lílian Rúbia da Costa Rocha, unidade III, Unifesp, lilianrubia@gmail.com Marilia Marques Nunes, unidade III, Unifesp, lila_marques5@hotmail.com Marilyn Satiko Konishi, unidade III, Unifesp, okitas1984@hotmail.com Elisa Vidal, unidade III, Unifesp, lola_101420@hotmail.com et alli: Thalita Vianna Miranda, unidade III, Unifesp, thalitavmiranda@yahoo.com

O Projeto de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social” é uma iniciativa dos alunos, técnicos e professores do curso de Serviço Social do campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo e é apoiado no projeto politico-pedagógico desta universidade, que articula atividades de ensino, pesquisa e extensão à ampla formação educacional, cultural e científica de seus alunos. Este projeto tem como perspectiva aproximar o aluno da realidade local e regional visando à construção de novos conhecimentos e geração de processos de transformação da realidade dos sujeitos envolvidos. Além disso, também propõe a construção de um processo formativo a partir do referencial teórico-metodológico de educação popular freiriana, entendendo a educação popular como uma ação educativa comprometida com as classes populares, na construção do conhecimento e da transformação social. O projeto é composto por três frentes de ação. Uma delas propõe a realização de atividades pedagógicas em unidades prisionais femininas, com o objetivo de potencializar o sujeito a partir de ações reflexivas, acerca de seus direitos. Para aproximação do universo prisional definiu-se como a primeira atividade a análise de mil redações do concurso literário “Escrevendo a Liberdade”, ocorrido em 2007 nas unidades prisionais brasileiras, tendo os internos como participantes. Para essa análise, empregaremos, sobretudo, a metodologia do discurso do sujeito coletivo, na intenção de dar legibilidade e clareza ao imaginário em que se sustentam as representações sociais dos detentos. No segundo momento serão realizadas atividades de sensibilização nas unidades prisionais femininas, no intuito de humanizar as relações no cárcere. Para isso serão usadas diversas linguagens como música, teatro, fotografia, etc. Através desse primeiro contato de aproximação e compreensão da realidade, elaboraremos oficinas com temáticas diversas a partir das necessidades das internas. Palavras-chave: Extensão, Educação Popular, Presídios.

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Educação Popular - criando e recriando a realidade social Fabrício Gobetti Leonardi, Unidade III, UNIFESP, fabricioleonardi@gmail.com Edileuza Shirley Cirino de Almeida, Unidade III, UNIFESP, edileuzaa.almeida@gmail.com Danilo Ribeiro, Unidade III, UNIFESP, danilos.s@hotmail.com Giovanna Teixeira Borri, Unidade III, UNIFESP, giovannaborrri@hotmail.com Natália Koto Alves, Unidade III, UNIFESP, nati_koto@hotmail.com

Este projeto de extensão é uma iniciativa dos estudantes, técnicos e professores do curso de Serviço Social da UNIFESP/Baixada Santista. Apoiado no projeto político pedagógico da Universidade, em que entende-se a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ele tem como objetivo proporcionar aos discentes um arcabouço teórico-metodológico da educação popular freiriana, afim de atuarem junto à comunidade da Baixada Santista. Para assegurar esses objetivos, tem-se por base três momentos pedagógicos: estudo da realidade, aprofundamento teórico e estratégias de ação (que são transversais a todas as iniciativas do grupo). Pela relação ação- teoria-ação, em todo o desenvolvimento dos trabalhos, a sistematização e o acompanhamento/avaliação, são inseridos como a forma de acompanhar o desenvolvimento do projeto e realizar as devidas adequações a partir dos resultados. Pela concepção de Paulo Freire a educação é vista a partir do diálogo entre conhecimentos, partindo do saber popular, aprofundando o conhecimento até chegarmos ao entendimento da dinâmica social. Isso faz com que os sujeitos se percebam enquanto agentes transformadores da realidade, que devem lutar por uma sociedade verdadeiramente justa. Através de uma relação horizontal na prática educativa, a escuta se coloca como elemento central para o processo de aprendizagem, somada a outras características como o respeito e a sensibilidade no trato com o outro. A vivência dos discentes de processos formativos com jovens e adultos, cria espaços de relação entre a Universidade e a comunidade, aproxima os estudantes da realidade local, rompendo com a hierarquização entre os saberes. Provocando a reflexão coletiva sobre as questões impostas pela realidade e fomentando a articulação dos sujeitos envolvidos, para que estes tenham possibilidade de pensar formas de intervenção na luta pelos direitos civis, políticos e sociais. O projeto, atualmente, conta com três frentes de ação: 1) Ações dirigidas à formação dos jovens participantes do programa “Guardião Cidadão”; 2) Ações dirigidas a jovens do centro de Santos; e 3) Atividades de acompanhamento pedagógico nas unidades prisionais e estudos sobre o sistema carcerário. Palavras-chave: Extensão; Educação Popular; Paulo Freire.

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Educação Urbana: Construindo Cidadania e Sociabilidade em Escolas Públicas em Minas Gerais DEUS, Maria Alba Pereira de, Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, mapdeus@ufv.br BROWNE FILHO, Geraldo Ribeiro, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, geraldobrowne@gmail.com BRAZ, Zoleni Lamim, Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, zoleni@yahoo.com.br GOUVEIA, Débora Elisa, Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, debora.gouveia@ufv. br FREITAS, Lorena Dias, Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, lorena.freitas@ufv.br ROSADO, Patricia Angélica da Silva Lopes, Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, patriciaslrosado@yahoo.com.br ROSA, Quételes Ariane Pimenta, bolsista BIC-JUNIOR, CNPq, Universidade Federal de Viçosa, pqueteles@yahoo.com.br MATIAS, Kamilla Teixeira, bolsista BIC-JUNIOR, CNPq, Universidade Federal de Viçosa, Kamillamatias09@yahoo.com.br

Este projeto visa contribuir para a implementação de processos educativos que operem a construção coletiva de uma nova sociabilidade humana, cidadã, entre crianças e entre estas e a comunidade escolar, com base na exploração de noções de cidade, urbano, campo, periferia, centro, bairro, rua, espaço público, espaço privado, patrimônio cultural, patrimônio público, cidadão, direitos e deveres, etc. Para tanto, pretende-se estabelecer as interfaces entre educação e urbanismo e elaborar metodologias que as potencializem e agreguem esses dois campos de conhecimento, por meio de um trabalho educativo junto a estudantes de escolas públicas, visando identificar percepções e desenvolver comportamentos sobre a cidade, com o objetivo de levar às crianças noções de cidadania e democracia urbana, preparando alunoscidadãos para conhecerem e conviverem no espaço público, na condição de atores sociais coletivos. Assim, o pedagogo exerce seu papel buscando métodos e técnicas de abordagem sobre as questões urbanas, por meio da conscientização e percepção da cidade e do espaço em que vive. O projeto atende aos “temas transversais”, por tratar de um conteúdo que não consta no currículo escolar e por abordar este conteúdo por meio de atividades que envolvem noções de leitura, matemática, geografia, história e outras áreas do conhecimento, numa perspectiva inter e transdisciplinar. A opção metodológica é pela pesquisa-ação, pela qual os temas a serem discutidos com os alunos são abordados de forma crítica e, ao mesmo tempo lúdica, auxiliando na construção de seus conhecimentos. As dinâmicas realizadas foram: jogos, brincadeiras, dramatizações, produção de textos, desenhos e outras manifestações artísticas das crianças. A equipe vem observando progressos em relação à diminuição de hábitos inadequados e antes rotineiros dos alunos e manifestações de pensamentos voltados para a sociedade e a consciência de fazerem parte dela, podendo e devendo atuar para a sua transformação. Os alunos relacionam o espaço à brincadeira, ao lazer, a e alguns acham que não pertencem à cidade por serem oriundos da zona rural. Palavras-chave: Educação, cidade, cidadania.

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Educação Urbana: Uma Proposta de Incentivo à Cidadania para Alunos da Rede Pública de Ensino ALBRECHT, Clarissa Ferreira, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, clarissa.albrecht@ufv.br SIOLARI, Maristela, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, siolari@ ufv.br SOUZA, Maressa Fonseca, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, maressa.fs@gmail.com DIAS, Fabiana Silva r, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, fabiana. dias@ufv.br PIERONI, Natalia Fernandes, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, nataliapieroni@hotmail.com FARIA, Jansen Lemos, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Viçosa, jansenfaria@hotmail.com

Educação Urbana é um conjunto de programas e ações que busca reativar os papéis dos cidadãos e do governo em suas responsabilidades com a cidade. Uma das formas de desenvolver essa idéia na prática é inseri-la na área da educação, despertando tais noções durante a fase de aprendizagem da criança. Nesse contexto, um grupo de alunos e professores vem desenvolvendo projetos de pesquisa e extensão na área de Educação Urbana, numa parceria entre os departamentos de Educação e Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa. O objetivo é preparar as crianças da rede pública de ensino para o exercício da cidadania, da convivência no espaço público, do senso de coletividade, sensibilizando-as sobre a interferência das construções na qualidade do espaço público e destacando a necessidade de se preservar o patrimônio cultural, as áreas livres e o ambiente natural. Dessa forma, pretende-se formar cidadãos capazes de refletir criticamente sobre as questões urbanas e disseminá-las na sociedade. São ministradas aulas semanalmente para turmas do 4º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas das cidades de Viçosa (CASB - Escola Municipal Coronel Antônio da Silva Bernardes e Escola Estadual Madre Santa Face) e Ervália (Escola Municipal Irany Silva Mattos). As aulas são construtivas, de caráter lúdico e incluem desenhos, redações, outras atividades manuais, músicas, exposições de fotografias, filmes, percursos urbanos e são complementadas com debates coletivos acerca de temas específicos. Os resultados observados até o momento revelam que os alunos têm desenvolvido a percepção sobre o ambiente em que vivem, despertado o sentimento de coletividade, o senso de pertencimento à cidade, e ao mesmo tempo se conscientizando de seus direitos e deveres na sociedade. Vemos portanto, a importância de se abordar as questões urbanas nas escolas juntamente com outras disciplinas e, principalmente, reforçar o reconhecimento das crianças como jovens cidadãos capazes de questionar sobre suas atitudes e de outros em relação à cidade. Palavras-chave: Educação, cidadania, urbanismo, criança

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Empreendedorismo na Universidade: Uma Cultura necessária Profª Drª Inês A. Mascára Mandelli, Centro de Economia e Administração, PUC-Campinas, ines.mascara@ puc-campinas.edu.br Kelly Cristina Rossi Torres Teixeira, Centro de Economia e Administração, PUC-Campinas, kteixeira85@ hotmail.com Rafaela Negrini Quilici, Centro de Economia e Administração, PUC-Campinas, ranegrini@hotmail.com Veridiana Maria Mellilo, Centro de Linguagem e Comunicação, PUC-Campinas, veri_vmm@hotmail.com

O empreendedorismo está muito difundido no Brasil. Hoje, é uma cultura necessária em qualquer ramo de trabalho, existindo uma tendência da valorização do “espírito empreendedor”, principalmente como um atributo da formação universitária. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o empreendedor não é somente aquele que abre o próprio negócio. As pessoas podem ser empreendedoras resolvendo os problemas de maneira criativa utilizando somente os recursos disponíveis em seu ambiente. A importância do empreendedorismo para o desenvolvimento de uma sociedade e seu crescimento econômico vem sendo ressaltada nos últimos anos, tendo em vista que pessoas capazes de criar e aproveitar oportunidades, de desenvolver inovações e de melhorar processos produtivos já existentes geram lucros e riquezas, componentes essenciais para o desenvolvimento social e para a promoção de uma maior mobilidade social. (FARAH et al., 2005). Na PUC-Campinas estão sendo estudados os assuntos de interesse junto aos grupos de alunos empreendedores, com base nas seguintes temáticas gerais Empreendedorismo, Empresa Júnior e Plano de Negócios. Para isso está sendo utilizada a metodologia pesquisa-ação, pois um dos objetivos é a capacitação dos alunos para atuarem junto à comunidade. A taxa de mortalidade empresarial ainda é elevada, 27% no primeiro ano (SEBRAE, 2008). A principal causa para este fato é o comportamento empreendedor ser pouco desenvolvido, fator que pode ser minimizado por meio de ações na Universidade buscando desenvolver o lado empreendedor nos alunos. A segunda causa é a falta de planejamento prévio, que pode ser minimizada com o desenvolvimento de um plano de negócios que planeja e analisa a viabilidade da abertura de um novo empreendimento. Uma das maneiras de se fomentar o empreendedorismo, local e regional é por meio da Empresa Júnior, que se coloca em posição de destaque na Universidade, pois também desenvolve o lado pessoal, técnico e acadêmico do aluno, colocando-o em contato com o mundo do trabalho. Nos últimos anos tem havido um crescimento das Empresas Juniores, no contexto das universidades, sendo que uma das principais atividades desenvolvidas é o incentivo ao empreendedorismo nas unidades de ensino, pesquisa e extensão. (GUIMARÃES et al., 2003, citado por LEMOS et al., 2007). Na verdade, há muitas formas de discutir, desenvolver e implantar idéias empreendedoras em um ambiente universitário. Dentro do contexto da extensão um trabalho importante é a capacitação e orientação dos alunos para que pensem criativamente em como poderiam usar suas habilidades, interesses e conhecimentos para responder a uma necessidade, a um problema ou a uma oportunidade da comunidade. Palavras-chave: Empreendedorismo, Empresa Júnior, Plano de Negócios. 155


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Ensino não-formal aplicado aos cursinhos pré-vestibulares: um estudo sobre o CAUR Fernando Protti Bueno, Curso de Turismo, UNESP, fernando@rosana.unesp.br Mariana Tomazin, Curso de Turismo, UNESP, mariana_tomazin@hotmail.com Nadja da Silva Cancian, Curso de Turismo, UNESP, nadjacancian@gmail.com Sheyla de Oliveira, Curso de Turismo, UNESP, sheyla.oliveira18@hotmail.com

O CAUR - Cursinho Alternativo da Unidade Rosana é um projeto de extensão universitária da UNESP - Universidade Estadual Paulista do Campus Experimental de Rosana, composto por 24 colaboradores, organizados em coordenadores, assessores, professores e voluntários que realizam reuniões semanais para a troca de experiências e demais decisões referentes ao desenvolvimento das atividades do cursinho. O CAUR tem como missão levar e aproximar diferentes culturas, oferecendo oportunidades para um futuro promissor e promovendo, por meio do ensino, a informação, o conhecimento e a integração comunitária, articulando assim, as interfaces do ensino superior e da universidade - ensino, pesquisa e extensão. Participam do CAUR alunos em fase de conclusão e egressos do ensino médio, em sua maioria provenientes de escolas públicas do município de Rosana e região administrativa do Pontal do Paranapanema. Com o objetivo de desenvolver o ensino pré-vestibular nos aspectos formal e não-formal o CAUR oferece aos alunos a oportunidade de aprender e vivenciar o estudo de modo diferenciado do convencional visto nas escolas, auxiliando na transformação da realidade socioeconômica dos alunos e de seu meio. Assim, por meio do ensino formal são trabalhados os conteúdos programáticos do curso pré-vestibular. Além disso, também são realizadas como atividades extraclasses (ensino não-formal) o Cine CAUR, o Ciclo Literário, o Momento Ambiental e o Dia de Atualidades, que ocorrem durante o ano letivo e que visam estimular a interação entre o aluno e o professor, bem como desenvolver uma forma diferenciada de relação ensino-aprendizagem, pois abordam diferentes temáticas de interesse dos alunos, como por exemplo, a literatura e os assuntos sobre os acontecimentos da atualidade, entre outros, utilizando-se para tanto, de dinâmicas e jogos recreativos, exposições de filmes, discussões, entre outras estratégias que possibilitam uma maior e diferenciada aproximação dos alunos com os conteúdos programáticos do ensino pré-vestibular. Apesar de lúdicas, estas atividades dispõem de uma proposta pedagógica quanto a sua forma e conteúdo, que estimula o senso crítico, argumentativo e interpretativo. Os resultados obtidos por meio destas aulas extracurriculares não podem ser mensurados em dados estatísticos como, por exemplo, as aprovações em processos vestibulares. Desta forma, considera-se para efeito de resultados o conhecimento adquirido oriundo de um processo de ensino mais amplo resultante da junção de um ensino formal e não-formal. Palavras-chave: Cursinho Pré-Vestibular, Ensino não-formal, Ensino-aprendizagem.

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Escola Básica de Horsemanship José Nicolau Próspero Puoli Filho, jnppf@fca.unesp.br Marina Pinheiro de Castro, ninacastro21@hotmail.com Marina Fernandes Ferreira Cervato, marinacervato@gmail.com Ana Carolina Donofre, carol_donofre@yahoo.com.br Adriana Cristina Saldanha de Aguiar, adricsa@gmail.com Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil

Horsemanship é um método natural de treinar cavalos baseado no respeito e na interação entre homem e o animal a fim de estabelecer uma relação de confiança, na qual o homem não se utiliza da força e nem do medo, facilitando assim a comunicação e o manejo. Desenvolve a percepção sensorial e permite um maior contato com o cavalo, tornando-o um grande parceiro para obstáculos diversos. Criado há milhares de anos, o Horsemanship se configura como um processo de aprendizado do ser humano em decifrar o animal, sendo necessário adotar estratégias para lidar com o seu comportamento, instintos e personalidade. Diante desse conceito, aliado às práticas de zooterapia, surgiu a idéia de promover a convivência harmoniosa de pessoas e cavalos, com a finalidade de estabelecer um sistema de parceria entre o homem e o animal, por meio de um relacionamento que respeite ambas as necessidades e torne possível uma interferência positiva na realidade da comunidade externa, trazendo-a para dentro da Universidade. O projeto de extensão Escola Básica de Horsemanship é realizado quinzenalmente na Fazenda Edgárdia da UNESP, campus Botucatu, utilizando-se de ferramentas como técnicas de manejo, bem-estar e comportamento animal, linguagem corporal e equitação, para promover uma interação positiva não somente interespecífica, mas também visando o desenvolvimento das habilidades individuais, das relações interpessoais e da autoconfiança, além da redução nos níveis de estresse de seus participantes. Palavras-chave: cavalos, interação, seres humanos

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Escola de Esportes - A experiência da FEF/UNICAMP Prof. Dr. Ademir de Marco - FEF, UNICAMP - Professor Associado demarco@fef.unicamp.br Jonas Vitor Zacariotto - jonasvzaccariotto@hotmail.com Jonathan Antonio Alves da Silva - tico.jonathan@hotmail.com Ester Santana - besantana@globo.com Anaelly Linda Maria Rosa - ana_lindamaria@hotmail.com

A infância é reconhecida como um período relevante para o desenvolvimento humano, sobretudo porque é nesta fase que ocorrem inúmeras aprendizagens de habilidades motoras fundamentais que subsidiam, posteriormente, o desenvolvimento de habilidades específicas e complexas permitindo as crianças a iniciação e a especialização em modalidades esportivas, artísticas ou coreográficas. (FERRAZ, 2009). Sendo assim, diante da importância da infância para o desenvolvimento motor e das possibilidades de intervenção do profissional de Educação Física, será buscado no âmbito dos esportes coletivos tradicionais, a maior vivência motora utilizando estes esportes como “pano de fundo”. A interação por meio desta iniciação esportiva objetiva o desenvolvimento das habilidades motoras básicas (correr, saltar, lançar, agarrar e chutar, rolar), que são consideradas movimentos fundamentais. Promover a prática generalizada do esporte, sem visar à especialização precoce dos participantes é o objetivo principal neste projeto de extensão universitária. Serão explorados aspectos inerentes ao grupo, como a socialização, cooperação, e um objetivo comum de todos, que é a integração pessoal entre os participantes, enfatizando o caráter lúdico da aprendizagem de habilidades básicas. Na fase de iniciação esportiva (6 a 10 anos), serão utilizadas formas básicas de movimentos e de jogos pré-desportivos, enquanto que na fase de aperfeiçoamento desportivo e introdução ao treinamento (10 e 14 anos), serão adotados jogos educativos e atividades esportivas com regras, além de jogos. Os programas terão orientação pedagógica distintas para cada grupo, a iniciação esportiva terá caráter lúdico e recreativo, aplicando-se o princípio da Multilateralidade Geral (quando ocorre a prática de várias modalidades esportivas), enquanto que para o grupo de 10 a 14 anos, será aplicada a Multilateralidade Específica (quando são praticadas todas as possibilidades oferecidas por um só esporte), de acordo com a proposta de Bompa (2002). As sessões práticas serão de 60’ e realizadas nas quadras externas da Faculdade de Educação Física e eventualmente em outros espaços (ginásio, campo, quadra de tênis, “bosquinho”, tatame, trampolim acrobático) de acordo com programação previamente elaborada. Este projeto de Extensão Universitária deverá integrar os alunos de graduação da FEF com as vivências da futura profissão de Educador Físico, a qual por meio de atividades físicas e esportivas tem muito a contribuir com o desenvolvimento humano, destacadamente na infância. Palavras-chave: Educação Física, Esporte Coletivo, Iniciação Esportiva.

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Espaço acadêmico e Espaço Comunitário. A convivência através de um Planejamento Estratégico. O caso da Faculdade de Educação Física da Unicamp Prof. Dr. Sérgio Stucchi, Faculdade de Educação Física, Unicamp, sstucchi@fef.unicamp.br Norair Alves de Arruda Jr., Faculdade de Educação Física, Unicamp, norairjr@yahoo.com.br Gleicon de Oliveira Analha, Faculdade de Educação Física, Unicamp, oliveiragleicon88@gmail.com

As instalações da Faculdade de Educação Física (FEF) estão alocadas para as atividades curriculares entendidas como “Laboratórios Didáticos” de acordo com seu organograma. Todos os programas didáticos planejados e oferecidos para a comunidade interna, acadêmica, têm seus recursos previstos para este funcionamento (recursos físicos, materiais, humanos, financeiros e programáticos). Desde antes de sua fundação, na compra da gleba para anexar aos espaços do campus universitário, os espaços da FEF são utilizados pela comunidade externa de maneira espontânea. Esta dimensão de relações entre demanda e oferecimento, veio acompanhando o crescimento da universidade que é influenciado pela urbanidade e seus desafios. É intenção acadêmica da unidade de ensino FEF, a continuidade deste oferecimento como elemento de estudos e análises do fenômeno físico e esportivo na sua modernidade. É coerente com o processo de educação para a autonomia, a manutenção do espaço específico para este usufruto. Contudo, o espaço considerado comunitário, do Centro Esportivo da unidade de ensino, deverá ser ajustado administrativamente às necessidades que apresenta. Nos horários em que não estão sendo desenvolvidos programas curriculares e extracurriculares, as sujeitos que utilizam as instalações esportivas não estão sob nenhum controle. Para o atendimento desta estrutura e respondendo o conceito de pós-modernidade dentro do atual estado da arte pré suposto pelo Planejamento Estratégico para a Universidade, necessário se faz sua gestão plena, tanto do acadêmico quanto do espontâneo. O número de sujeitos usuários dos espaços da FEF é composto por freqüentadores de programas, curriculares e extracurriculares (3.000 aproximadamente) e por usuários espontâneos. Esta segunda categoria de usuário está sendo identificada através de trabalho de pesquisa com alunos bolsistas SAE. O espaço está sendo observado e estão sendo aplicados questionários estruturados com perguntas fechadas e abertas, a fim de traçar o perfil dos freqüentadores espontâneos dos espaços da FEF. Este levantamento tem a finalidade de confirmar a presença dos usuários como elementos fundamentais de uma “escola” (clube, academia, praça pública, escola) de atividades física e esportivas. Todos os elementos aqui apresentados caracterizam ferramentas importantes para as experiências didáticas das práticas de ensino e do desenvolvimento da visão gerencial na formação do professor para com a instituição que o receberá em sua atuação profissional futura. Palavras-chave: Educação Física, Lazer, Gestão do Espaço

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Esportes de Raquete para a Comunidade Prof. Dr. Sérgio Stucchi, Faculdade de Educação Física, Unicamp, sstucchi@fef.unicamp.br Gustavo Henrique Zani, Faculdade de Educação Física, Unicamp, gustavo.zani@gmail.com Viniciuis G. Brizante, Faculdade de Educação Física, Unicamp, viniciusgb@hotmail.com Paulo Vitor Mattosinho, Faculdade de Educação Física, Unicamp, mattosinho@uol.com.br

A Faculdade de Educação Física da Unicamp está estruturada, no aspecto da extensão universitária, nos olhares para a comunidade, O gerenciamento dessas atividades é realizado pela Coordenadoria de Desenvolvimento de Eventos e Esportes (CODESP), responsável pela análise, aprovação, controle e avaliação dos Projetos de Extensão que são de iniciativa dos docentes da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Oriundo de disciplina eletiva EF 450 Esportes de Raquete no curso de Educação Física que neste momento contempla três modalidades, Badminton, Tênis de Campo e Tênis de Mesa, surge a proposta de oferecimento destas três modalidades para a comunidade. Como conteúdo da disciplina do curso de graduação, esta apresenta três unidades em seu conteúdo programático. (1) o esporte no contexto didático pedagógico; (2) no âmbito da alta competição; e (3) em seus aspectos sócio culturais. A fim de demonstrar coerência quanto aos elementos obtidos das discussões realizadas na disciplina de graduação e as necessidades da comunidade, as unidades (1) e (3) foram eleitas como prioritárias e a número dois com secundária, no processo de desenvolvimento destas modalidades de esporte na sociedade. Portanto, o Projeto Esporte de Raquete chega para a comunidade como oportunidade facilitada, considerando o elemento primordial para seu acesso o tempo na organização das obrigações sociais das quatro categorias de participantes. Alunos de graduação e de pós-graduação; funcionários da universidade; professores e; membros da comunidade externa da universidade. Como proposta de análise na participação destas práticas, cada uma destas quatro categorias serão observadas em suas particularidades de obrigações e tempo livre. Obrigações profissionais; obrigações escolares; obrigações familiares; religiosidade e ideologia política. Para de cada uma dessas vertentes sócio culturais, os participantes demonstrarão como a modalidade de raquete escolhida beneficiou relações de (1) no trabalho profissional e escolar, melhor rendimento e produtividade; (2) nas relações familiares, maior proximidade e integração; (3) na religião e política, mais consciência e clareza de princípios de cidadania e espiritualidade. A cada semestre as turmas deverão responder questionário que procurará interpretar estas possíveis alterações de contexto social e individual. Palavras-chave: Educação, Tempo livre, Esporte de raquete

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Estágio extramuros FOP/UNICAMP: experiência necessária para a formação em Odontologia Luísa Helena do Nascimento Tôrres, Aluna de Mestrado em Odontologia subárea Saúde Coletiva, Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, lululen@hotmail.com Tôrres LHN et al. - OUTROS: Cristina Gibilini, , Aluna de Doutorado em Odontologia subárea Saúde Coletiva, Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, cgibilini@fop.unicamp.br Maria da Luz Rosário de Sousa (Docente responsável), Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, luzsousa@fop.unicamp.br Fábio Luiz Mialhe, Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, mialhe@fop.unicamp.br Antonio Carlos Pereira, Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, apereira@fop.unicamp.br Marcelo de Castro Meneghim, Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, meneghim@fop.unicamp.br

O objetivo deste trabalho é apresentar o modelo de estágio extramuros da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/UNICAMP) e os resultados dessa experiência no ano de 2009. As disciplinas ligadas ao Departamento de Odontologia Social da FOP passaram por significativas mudanças curriculares ao longo de 20 anos e hoje apresentam um estágio extramuros que representa uma grande conquista em relação à formação destes acadêmicos. Os alunos do último ano de odontologia passam 64h por semestre no estágio extramuros, sendo que 32h são em uma Unidade de Saúde da Família (USF), onde participam das atividades desenvolvidas no local, vivenciando o dia-a-dia dos profissionais e outras 32h no Prédio Central onde desenvolvem sua habilidade clínica ao atenderem os escolares/estudantes das escolas públicas do município e lúdica ao elaborarem e participarem de um teatro voltado para a educação em saúde. Em ambos os estágios, os acadêmicos trabalham em equipe multiprofissional e em atividades de promoção de saúde, porém cada local apresenta características distintas, embora complementares para a formação destes. No ano de 2009, os alunos fizeram no Prédio Central 1849 exames clínicos, sendo que foram completados 1449 tratamentos. Nas USFs, os alunos além de participarem do acolhimento, da reunião de equipe, de grupos, ainda realizaram 998 visitas domiciliares, 2505 exames clínico odontológico e 386 restaurações atraumáticas (ART). Assim, o estágio extramuros da FOP apresenta um potencial formador de recursos humanos capacitados para atuar em instituições públicas, respeitando o perfil epidemiológico da população e as diretrizes do SUS e em instuições privadas. Palavras-chave: Educação em odontologia, Recursos humanos, Estágios

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Experimentando a Ciência Carolina Vautier-Giongo (Docente), Campus Diadema, UNIFESP, cvtgiongo@unifesp.br Paula Andy Fu, Campus Diadema, UNIFESP, paulaandyfu@gmail.com Juliana Pedro Fontana, Campus Diadema, UNIFESP, jufontana7@gmail.com Marghuel Silveira, Campus Diadema, UNIFESP, marghuel@gmail.com Karen Hitomi Morimitsu, Campus Diadema, UNIFESP, karenmorimitsu@yahoo.com.br e demais e não menos importantes colaboradores

Iniciado em 2008, o Experimentando a Ciência é voltado ao financiamento (PROEXT 2007 e 2009 - SESu/MEC) de projetos elaborados por professores e estudantes de Escolas Públicas do Ensino Fundamental, Médio e EJA de Diadema e graduandos da UNIFESP Diadema. Os projetos científicos inserem-se em áreas de importância no cenário mundial, têm caráter interdisciplinar e proficuidade no que diz respeito à introdução e exemplificação da aplicação de conteúdos científicos básicos. Em sua segunda edição, o Experimentando a Ciência apóia 11 projetos: (1) Estufa Familiar Urbana: Alimentação e Cidadania, sobre alimentação saudável, geração de recursos, uso e ocupação do solo (E.E. Dep. Gregório Bezerra, Coordenação: Hélio R. Oliveira); (2) O Lixo Nosso de Cada Dia, da problemática do lixo e o seu aproveitamento (E.E. O. L. Gomes Cardim; Coordenação: Marta Lago); (3) Plantas Consciência, da orientação da população sobre uso das plantas no cotidiano (Coordenação: Julino Soares); (4) Horta Escolar e Qualidade de Vida, da implantação de uma horta na Escola e sua utilização na introdução de conteúdos científicos (E.E. Profa. Antonieta B. Alves; Coordenação: Kelly Cordoba); (5) Conceitos Ácido-Base e Produção de Biodiesel, da relação entre a química e o cotidiano, abordando a produção de detergente e biodiesel (E.E. Jornalista R. Soares Jr. e E.E. Origenes Lessa; Coordenação: Ilda G. Pereira); (6) A Energia que Consumimos, da produção, consumo e destino de diversos tipos de energia e suas relações com o ambiente e contexto histórico-cultural (E.E. O. L. Gomes Cardim; Coordenação: Paulo R. Silva); (7) O Luxo do Lixo, da conscientização de pais e alunos sobre a problemática do lixo (E.E. Raul Saddi; Coordenação: Ana M. Valentim); (8) Física em Caixas de Sapato, da produção de kits experimentais de física com material de baixo custo (E.E. Pe. Anchieta; Coordenação: Carlos J. Santana); (9) Relógios Solares em Diadema, da instalação e utilização de relógios solares como estímulo ao estudo de ciências, geografia e astronomia (E.E. Diadema; Coordenação: Milton Barros); (10) Ambiente e Vida, da conscientização dos estudantes com relação aos problemas ambientais através da criação de um Jardim na Escola (E.E. Fábio E. R. Esquível; Coordenação: Eliana R. Pereira); (11) Classificando as Árvores da minha Rua, sobre o plantio de árvores inadequadas nas calçadas de Diadema e os danos que estas podem causar (IEMANO; Coordenação: Leôncio B. Souza). Estes projetos serão apresentados na 2a Feira de Ciências do Experimentando a Ciência, aberta à comunidade, a ser realizada na UNIFESP Diadema, em outubro de 2010, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Palavras-chave: Educação, Iniciação à Pesquisa, Divulgação de C&T

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Extensão Universitária: espaço de protagonismo de graduando e comunidade Maria Inês Gandolfo da Conceição (Docente), inesgand@unb.br Lígia Carvalho Libâneo*, ligialibaneo@gmail.com Diego Barbosa da Mota França*, diegobmf@gmail.com Helena Barbosa de Carvalho*, helen_bc2@hotmail.com Áderson Luiz Costa Junior** (Docente), aderson@unb.br * Membro do Programa de Educação Tutorial de Psicologia da Universidade de Brasília **Tutor do Programa de Educação Tutorial de Psicologia da Universidade de Brasília Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília (UnB)

É consenso entre teóricos contemporâneos da Educação que uma postura ativa do aluno no processo ensino-aprendizado favorece a eficácia da aprendizagem. No entanto, nem todos os contextos da educação formal oportunizam a manifestação de postura ativa do aluno em seu processo de apropriação do conhecimento. No ensino superior, por exemplo, observam-se programas de disciplinas que pouco são discutidos entre professores e alunos e nos espaços de pesquisa e extensão, os alunos convidados pelos professores a se integrarem a um projeto, em geral, recebem modelos teóricos e delineamentos metodológicos previamente definidos. O presente trabalho apresenta o relato de um projeto de extensão universitária como um espaço de protagonismo de graduandos. O projeto de extensão foi planejado e executado por alunos de graduação, com professores convidados para a função de supervisão. O projeto criou um espaço lúdico-vivencial com adolescentes de ensino médio do Distrito Federal, convidados a refletir sobre aspectos do seu cotidiano e, desse modo, assumir uma postura mais crítica diante de sua própria vida. O projeto surgiu da reflexão de alunos de graduação em psicologia acerca da naturalização da adolescência como uma fase do ciclo de vida associada a conflitos e rebeldia. Desse modo, procuraram-se diferentes fontes de informação que caracterizassem esta fase a partir de uma cultura, sociedade e período histórico, e ainda, metodologias que fossem efetivas ao trabalho com grupos de adolescentes. O contato com os adolescentes demandou trocas contínuas de experiências e reformulações de temáticas, bem como exigiu um olhar atento e crítico dos graduandos de psicologia às especificidades e singularidades daquele contexto e seus alunos. As temáticas e assuntos surgidos na extensão eram discutidos entre os integrantes do grupo e posteriormente com os professores na supervisão. Embora os professores tenham se colocado disponíveis para orientação, respeitaram a autonomia dos graduandos, permitindo definições teóricas e metodológicas do trabalho e a condução das escolhas temáticas das oficinas. Os resultados dessa atividade foram compartilhados com outros alunos de graduação e geraram a tarefa de elaboração de um artigo a ser submetido à publicação, cujo tema também fora escolhido pelos graduandos, demonstrando uma postura ativa do aluno em seu processo de apropriação de conhecimento. Palavras-chave: Extensão, formação acadêmica, protagonismo.

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Extensão Universitária na Floresta Erika Mesquita, IFAC, erikamesquita1@yahoo.com.br

O IFAC – Instituto Federal de Educação do Acre – Campus Cruzeiro do Sul, vem promovendo uma extensão diferenciada, voltada também para os moradores da Floresta. O Campus Cruzeiro do Sul atende a região do Vale do Juruá com uma população em sua maioria composta por indígenas e popula-ções tradicionais. A extensão visa atender essas populações in loco. Nossos primeiros projetos, pois o IFAC iniciou-se a poucos meses já es-tão fazendo a diferença na realidade de vida regional, promovendo vários cur-sos e capacitando agentes ambientais e sociais importantes para a salvaguar-da da sócio-biodiversidade da região de floresta mais preservada do país. Tra-balhamos com cursos de capacitação em Educação Ambiental nos rios da bacia do Juruá, englobando moradores de Reservas Extrativistas, ribeirinhos e indígenas de várias etnias. É com esse espírito de promover a valorização e troca de saberes que estamos começando nossa extensão universitária na floresta. Palavras-chave: Extensão, IFAC, Educação Tecnológica, Conhecimen-tos Tradicionais.

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Formação Continuada no Programa Brasil Alfabetizado no Município de Garça: Foco na Aprendizagem Dialógica Roseli Rodrigues de Mello, UFSCar, roseli@ufscar.br Aline Vanessa Gavioli, aline_vanessa88@yahoo.com.br Raquel Moreira, raquelzinhamoreira@ig.com.br Adriana Fernandes Coimbra Marigo, adriana@marigo.com.br

O Ministério da Educação realiza e financia desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado, voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa, segundo dados oficiais, funciona como porta de acesso à cidadania e para despertar o interesse pela elevação da escolaridade. O programa está em funcionamento por todo o território nacional, e ainda de acordo com dados do site do MEC, o atendimento é prioritário a 1.928 municípios que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Por conta do histórico de já ter trabalhado com formação de professores no Programa Brasil Alfabetizado, o NIASE (Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa) foi indicado pelo MEC como um possível núcleo de formação inicial e continuada aos/as educadores/as que participam deste projeto na cidade de Garça/São Paulo. A formação inicial na referida cidade ocorreu em janeiro de 2010, e a formação continuada se deu em julho desse mesmo ano. As formações realizadas pelo NIASE estão embasadas na teoria da Aprendizagem Dialógica, que se constitui, principalmente, a partir de outras duas formulações: a teoria da Ação Comunicativa, elaborada por Jürguen Habermas, e o conceito de Dialogicidade, desenvolvido por Paulo Freire. Destas teorias resultam sete princípios que orientam a Aprendizagem Dialógica: diálogo igualitário, inteligência cultural, transformação, dimensão instrumental, criação de sentido, solidariedade e igualdade de diferenças. O NIASE buscou, na formação continuada de Brasil Alfabetizado que realizou no município de Garça, retomar e aprofundar as questões discutidas na formação inicial. Além dos princípios da Aprendizagem Dialógica, a formação continuada reviu e enfatizou questões de avaliação, planejamento e trabalho com os conteúdos de leitura e escrita e matemática sob a perspectiva da Aprendizagem Dialógica. Foram retomadas, também, as atividades de Tertúlia Literária Dialógica e os Grupos Interativos, atividades que trazem em seu cerne os princípios norteadores da teoria. Participaram das formações uma média de vinte educadoras, assim como a gestora e coordenadoras pedagógicas do programa. A formação continuada buscou aprofundar a compreensão sobre os princípios Aprendizagem Dialógica, e como esta se relaciona ao ensino e aprendizagem dos conteúdos junto aos educandos/as, percebendo-os como sujeitos de conhecimentos, que precisam ser valorizados, sem perder de foco a importância da máxima aprendizagem dos conteúdos, pois esta é entendida em tal teoria como instrumento de proteção social de todos/as. Palavras-chave: EJA; Brasil Alfabetizado.

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Formação de Atitudes Durante a Capacitação do Estagiário em um Programa de Educação Física Adaptada Thayná Cristina Parsaneze Iasi, Rio Claro, UNESP, iasi_bob@hotmail.com Tiago Dias Provenzano,Rio Claro, UNESP,tiago_provenzano@yahoo.com.br Ana Carolina Panhan, Rio Claro, UNESP, dinanina_2@hotmail.com Camila de Souza Lucena, Rio Claro, UNESP, cacau_red@yahoo.com.br Eliane Mauerberg-deCastro, Rio Claro, UNESP, mauerberg@rc.unesp.br

Iniciativas para a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade vêm ocorrendo há anos. Na proposta de uma sociedade inclusiva cabe à mesma eliminar as barreiras físicas, pragmáticas e atitudinais para que as pessoas com deficiência possam ter acesso aos serviços, lugares, informações, e bens necessários para o seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. Para que haja a implementação da proposta inclusiva no país deve haver transformação nas atitudes e no empenho de todas as pessoas que envolvem o sistema educacional e comunidade. A partir da avaliação de atitudes é possível encontrar os fatores que afetam e interferem na formação de atitudes favoráveis e/ou desfavoráveis de estagiários, indicando como eles sentem-se em ministrar aulas para alunos com deficiência. O presente estudo teve como objetivo avaliar as atitudes de professores e estudantes de educação física em relação ao ensino de alunos com deficiência em contexto inclusivo.Ainda, tivemos como objetivo verificar se aspectos como grau de instrução, experiência no ensino de educação física (EF) e educação física adaptada (EFA). Participaram do estudo 10 estagiários de um programa de atividade física adaptada, denominado PROEFA. Os participantes tinham de 17 a 37 anos, sendo duas alunas de pós-graduação e 8 graduando em educação física pela UNESP de Rio Claro. Foi aplicado um questionário de atitudes e auto-conceito (Palla, 2001) antes e após a participação semestral nas atividades do PROEFA. Analisando os resultados foi possível perceber que as opiniões antes e após a participação não mudam e todas apontam para uma percepção favorável à inclusão. Um destaque nas respostas dos estagiários é que, para eles, o apoio das pessoas próximas como amigos e familiares é muito importante na decisão de ensinar grupos com deficiência inseridos num contexto inclusivo. Interessantemente não valorizam tanto a questão de capacitação, pois, neste caso, parecem espelhar as próprias experiências atuais com capacitação e, pelo fato de não terem a experiência na escola, não reconhecem ainda o valor da educação continuada do professor. O mesmo vale para opiniões relativas a equipes multi-disciplinares. O treinamento destes estagiários inclui rever conceitos sobre diversidade e a desconstrução dos estereótipos, inclusive o estereótipo de desempenho num sistema acadêmico tradicional. No PROEFA, a meta social da inclusão é decidida e materializada não só em conjunto com os estagiários participantes, mas fundamentalmente com os alunos tutores, a escola e a família, e, sempre em sintonia com o que a pessoa com deficiência quer e pode fazer. Palavras-chave: Inclusão, Educação Física Adaptada, Deficiente intelectual

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Formação de mudas de hortaliças Sérgio Campos, Faculdade de ciências Agronômicas, UNESP, seca@fca.unesp.br Muriel Cicatti Emanoeli Soares, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, mcesoares@fca.unesp.br Raquel Cavasini, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, rcavasini@fca.unesp.br Fernanda Caetano Ferreira Santos, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, fefacaetano@yahoo.com.br Gabirel Rondina Pupo da Silveira, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, grpdsilveira@fca.unesp.br

A alimentação saudável é muito importante para uma vida mais longa e melhor. Atualmente, vivenciamos uma grande transição alimentar, onde se deixou de consumir alimentos naturais para sermos bombardeados de alimentos industrializados, com conservantes, aromatizantes, agrotóxico e etc. A matéria-prima para o nosso organismo funcionar adequadamente são os nutrientes, que infelizmente estão sendo esquecidos na alimentação moderna, sendo necessário uma reeducação alimentar da população. O projeto visou produzir mudas de hortaliças pelos alunos em bandejas de isopor para serem distribuídas gratuitamente para as entidades filantrópicas, Creches Municipais e outros. Esse projeto é desenvolvido na área de Pesquisa do Departamento de Engenharia Rural, com apoio da Prefeitura Municipal, Departamentos da Faculdade de ciências Agronômicas - CA/UNESP/Botucatu, Supervisão das Fazendas da FCA e Casa da Agricultura de Botucatu/SAAESP, procurando-se desenvolver a criatividade na aplicação dos tratos e práticas culturais dos alunos adquiridas no curso, bem como, proporcionar uma melhoria da relação entre a Universidade e a comunidade de Botucatu através do trabalho extensionista, como é o caso da organização de palestras pelos alunos para mostrar a importância de uma alimentação de qualidade e saudável e o contato com outras entidades. Os alunos da FCA vêm mostrando constantemente as necessidades de uma alimentação através de hortaliças e frutíferas, sempre procurando levar os conhecimentos nutricionais e o uso de plantas medicinais, indicadas por profissionais habilitados. Esta atividade vem permitindo ao longo dos anos o desenvolvimento técnico-agronômico dos alunos, principalmente com relação à educação e a qualidade alimentar, além de permitir o diálogo entre a Universidade, em trabalho extensionista com a comunidade botucatuense. Este projeto vem proporcionando uma boa experiência muito gratificante para os alunos, pois através deste, o aluno pode aplicar todos os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante o curso de Agronomia, além de proporcionar o contato com outras camadas sociais. O projeto tem possibilitado o treinamento de diversos estudantes com bolsa de extensão e de voluntários ou seja, mais de 20 alunos passaram por esse treinamento, sendo produzida uma média de 2500 mudas de olerícolas por mes. Os maiores desafios é reeducar a comunidade no oferecimento de uma alimentação saudável. Palavras-chave: Mudas, Hortaliças, Extensão.

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Formação e trabalho de professores junto aos alunos com deficiências no município de Guarulhos (SP) Professora Doutora Maria de Fátima Carvalho, carvalhomdf@gmail.com Fernanda Marcucci, fernandamarcucci@yahoo.com.br Gabriela Floreano Centenaro, hilaros_ad@hotmail.com Maisa Souza Elias, elias.maisa@gmail.com Nathalia Almeida Ezídio Universidade Federal de São Paulo

Na escola pública, no ensino fundamental, as dificuldades de atendimento aos alunos com deficiência são mais referidas. A alegação de desconhecimento frente aos processos de escolarização destes alunos, da legislação e modos de intervenção, colocam-se como um empecilho para a ação educativa que contribua para a inclusão escolar. Surge a necessidade de uma ação de extensão voltada para a discussão de políticas e práticas de inclusão e construção de conhecimentos e ações de formação que incidam sobre o trabalho dos educadores concorrendo para a superação dessas dificuldades. Concomitantemente, essa ação de extensão propõe-se contribuir para a formação do graduando de Pedagogia, para a construção de subsídios teórico-práticos, para a reflexão e estudo das questões concernentes ao desenvolvimento e educação escolar de alunos com deficiências. Dessa forma, a extensão oportuniza que universidade e escola construam juntas, alternativas de formação e intervenção que objetivem a inclusão escolar e a melhoria do ensino. O projeto (2009-2011) se caracteriza pela abordagem participante, é desenvolvido em uma escola de Ensino Fundamental e Médio da rede Estadual de Ensino, localizada no bairro São João, Guarulhos (SP), foi proposto a partir de demandas escolares e integra, atualmente, uma série de atividades de ação colaborativa, como: Criação para os professores de um espaço de discussão do trabalho pedagógico e da temática da inclusão escolar (encontros presenciais de graduandos e professores da rede, participantes do projeto, para discussão do trabalho, estudo e discussão de textos, de filmes). Realização mensal de palestras sobre o tema: educação escolar de pessoas com deficiências: ensino, aprendizagem e desenvolvimento. Realizados no Campus Guarulhos e Escola. Dirigido à comunidade e alunos do campus Guarulhos. Elaboração, junto com os professores participantes, e disponibilização para a escola de um banco de dados (artigos, documentários, links institucionais relacionados) sobre o tema: educação escolar de pessoas com deficiências: ensino, aprendizagem e desenvolvimento. Participação em reuniões de HTPC na escola. Acompanhamento pedagógico semanal, 4 horas diárias, de alunos com deficiências (são 5 alunos, 20 professores e 5 turmas/180 alunos). Com essas ações, o projeto contribui para a ampliação da relação escola-universidade, para a problematização das condições de ensino e aprendizagem vividas pelos alunos com deficiências e para a construção conjunta de alternativas de ação focadas no trabalho e formação continuada de professores da escola e formação atual, dos graduandos envolvidos no projeto. 168


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Física, Imagens e Cultura na Extensão Universitária da Unicamp José Joaquín Lunazzi, Laboratório de Óptica, Instituto de Física Gleb Wataghin, Universidade Estadual de Campinas, SP, Brasil, lunazzi@ifi.unicamp.br

A UNICAMP realiza desde 1981 eventos onde a holografia é mostrada com hologramas exclusivos e uma palestra com experimentos, onde os experimentos evoluíram para envolver o contato direto com o público. Ela hoje chama de “Holografia e Imagens” e recebe a visita de escolas públicas do ensino médio e fundamental, indo também até as escolas. O tema técnico fica vinculado a aspectos históricos, arqueológicos, artísticos e religiosos, sem formalidade e estimulando com perguntas. Ajuda a entender a nova tecnologia de cinema 3D e mostra pesquisas de avançada da UNICAMP na área. Junto a outro evento do mesmo tipo, uma palestra e experimentos complementares às apresentações do Planetário Municipal de Campinas, e aos alunos do evento de verão Ciência e Arte nas Férias, consegue atingir uns dois mil alunos por ano. Possui apoio da PREAC, PRP e do SAE e apoia por sua vez com experimentos a outros projetos da PREAC, como o Ação Ciência, e a atividades de divulgação do Instituto como o Física nas Férias, Universidade de Portas Abertas, etc. Tem também ha mais de quinze anos um curso obrigatório de experimentos didáticos de física com caraterísticas muito especiais: o trabalho é orientado por um professor pesquisador e a escolha do mesmo é feita entre o orientador e o aluno. Isto gera uma individualidade que não raro envolve originalidade. O aluno toma lugar de professor porque o curso obriga que ele pense na pessoa a quem vai aplicar o experimento, se coloque no nivel de conhecimento dele e evite de repetir conceitos que não foram devidamente entrosados em seu raciocínio. Indo além da simples vistosidade. O material realizado passou a ficar preservado e mantido, sendo disponibilizado para toda a comunidade. A partir de 2002 coloca-se na internet informações e alguns vídeos, tendo hoje mais de 500 relatórios finais disponibilizados, e uma média de mais de cinco acessos diários. O trabalho todo envolve bolsistas e alunos da Licenciatura, a sigla das disciplinas envolvidas é F 609 e F 709. A atividade Exposição de Holografia cumpriu os objetivos propostos ao possibilitar conhecimento sobre a formação de imagens e suas aplicações aos estudantes, incremento considerável na motivação do estudo da Física e o desenvolvimento de atividades para o trabalho em grupo mediante uma interação cooperativa. Referências: www.tinyurl.com/f709escolas , www.tinyurl.com/expolografia Palavras-chave: óptica, ensino de física, culturas antigas, arqueologia, imagens tridimensionais, holografia

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Física para Crianças em Idade Pré-Escolar Denise Fernandes de Mello, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, dfmello@ fc.unesp.br Aline Agnelo Jango, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, alinejhango@ hotmail.com Kamila Ferreira Prado, Faculdade de Ciências- Depto de Química, UNESP - Campus de Bauru, kamilafprado@hotmail.com Pablo Venegas, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, venegas@fc.unesp.br

Este projeto de extensão teve início em 2008 com o apoio da PROEX (Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP) através da concessão de bolsas e auxílio financeiro para materiais de consumo. O objetivo central do projeto é contribuir com professores do Ensino Infantil para estimular a curiosidade, a criatividade e o desenvolvimento do pensamento crítico de alunos com idade entre 3 e 6 anos através de atividades lúdicas que envolvem Física, num contexto interdisciplinar. Esta proposta baseia-se no interesse que crianças a partir dos 3 anos apresentam em relação a entender fenômenos da natureza e também o funcionamento de aparelhos, assim como nas dúvidas que professores levantam em como abordar essas questões com as crianças. Ao participar ativamente das atividades as crianças têm os primeiros contactos com a ciência de forma prazerosa, e correta do ponto de vista científico; o que contribui para que estas estabeleçam as primeiras conexões entre suas observações e as pré-concepções que formarão até o Ensino Médio. As atividades são desenvolvidas na própria sala de aula, (pois não são todas as escolas que possuem laboratórios Didáticos). As crianças são divididas em grupos e são acompanhadas pelo próprio professor da turma e por pelo menos 3 alunos (bolsistas e voluntários) participantes do projeto juntamente com o orientador. Para cada tema da física desenvolvemos pelo menos 3 atividades distintas, com o objetivo de podermos avaliar qualitativamente ao final da terceira atividade se houve uma aprendizagem significativa. Nestes 3 anos de projeto já participaram 6 instituições de Ensino Infantil, aproximadamente 20 professores e 300 crianças. Alunos de diferentes cursos de graduação (Física, Química, Pedagogia, Desenho Industrial) têm participado do projeto. Elaboramos 21 atividades envolvendo os temas: Flutuação, Geração e Transformação de Energia, Propriedades Elétricas e Magnéticas da Matéria, Luz e Cores, Som. Vários trabalhos têm sido apresentados em eventos científicos na área de Educação. O projeto tem tido grande procura por escolas de Bauru e Região, e os professores de Educação Infantil tem relatado que esta tem sido uma oportunidade ímpar para complementarem sua formação, e para que possam contribuir com a educação científica de seus alunos. Palavras-chave: Conhecimento Científico, Crianças, Educação.

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Fórum - Comunidade de Educação Infantil: uma ferramenta de discussão, interação e aprendizagem de professores Prof. Dr. Douglas Aparecido de Campos - DME, PROEX, UFSCar - dcampos@ufscar.br Profª Drª Maria Aparecida Mello - DME, PROEX, UFSCar- mmello@ufscar.br Carla Maria Perceguim Rocco - Pedagogia, PROEXT, PROEX, UFSCar -cmprocco@hotmail.com Dayse Kelly Barreiros - Pedagogia, PROEXT, PROEX, UFSCar daysekb@hotmail.com

Este trabalho tem como objetivo investigar a seção Fórum do link Comunidade de Educação Infantil do site www.portaldosprofessores.ufscar.br. É um projeto de extensão que se propõe a desenvolver uma rede de informação, intercambio de experiências e saberes por meio da internet entre a universidade, professores, diretores, coordenadores e demais interessados na melhoria da qualidade da Educação Infantil do país. O objetivo é disponibilizar ferramentas de aprendizagens individuais e/ou coletivas em ambiente educativo diferente, desenvolvido no ciberespaço. O link é organizado em diferentes seções, uma delas é o Fórum, objeto de análise deste trabalho, por ser a ferramenta em que as interações entre os participantes ocorrem com maior intensidade. Nessa seção todos os usuários, cadastrados no referido portal, podem criar o seu próprio tema de discussão; interagir com outras pessoas por meio de temas já existentes; postar perguntas, dúvidas, etc. As mensagens podem ser direcionadas a uma pessoa (fórum restrito - apenas ela poderá ver a mensagem) ou a todos os usuários. A análise dos resultados envolve o período de outubro de 2007 a abril de 2010, ou seja, desde sua origem até o momento. A coleta dos dados foi realizada por meio dos relatórios gerados e registrados pelo próprio link. Para proceder à análise, inicialmente, os dados coletados foram tabulados e, posteriormente separados nas seguintes diretrizes de análise: assuntos levantados na seção; data de criação do tema; número de participações; gêneros participativos; horário e datas de participações; profissões dos participantes e destino da mensagem. A partir dessas diretrizes iremos proceder à análise aprofundada do teor das mensagens no que diz respeito à concepção de criança, às práticas cotidianas, às dificuldades dos professores, etc. Tais diretrizes nos auxiliarão a identificar importantes informações sobre as necessidades de formação dos professores e alunos e, principalmente, avaliar se essa ferramenta está funcionando como mediadora de aprendizagens aos usuários e quais mudanças deverão ser realizadas no link para que esse objetivo possa abranger um número cada vez maior de pessoas e aprendizagens. O processo de análise dessas categorias será realizado à luz do referencial teórico Histórico-Cultural, principalmente pela interpretação das mensagens escritas postadas nessa seção. Os resultados parciais indicam que o Fórum tem sido uma importante ferramenta na discussão de temas emergentes na educação de crianças de 0 a 6 anos e vem sendo aperfeiçoado e transformado a partir das exigências da atividade social, apontando o real significado da atividade do professor. Palavras-chave: Fórum; Aprendizagem Mediada; Comunidade de Educação Infantil.

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Gravidez na Adolescência Aline da Cruz Neves (alineneves07@gmail.com), Caroline Primo de Souza (carolinesouza93@gmail.com), Jessica Cecília dos Santos (jessikaantos.cecilia@gmail.com), Jessica Silva Sousa (jessicasousa04@gmail.com), Raphaela Stephanie Mendes da Silva (raphaelamendes4@gmail.com), Talita Teixeira Pereira (talitateixeira2@gmail.com), Tassia Amanda Vitor de Freitas (tassiafreitas93@gmail.com), Thais Cristina Maximiano (thaiscristina_008@gmail.com), Vanessa Maria da Silva Sobrinho (vanessasobrinho93@gmail.com), Vivian Demov (viviandemov@gmail.com). PROFESSORAS ORIENTADORAS: Carla Magalhães de Souza, Josiane Zeferino de Oliveira e Miriam Raquel Teodoro de Sousa.

No trabalho realizado sobre gravidez na adolescência, concluímos que no decorrer dos anos muitas adolescentes confrontam-se diariamente com a notícia de que estão grávidas. Para mulheres que sonham em ser mães, isso é motivo de muita alegria, mas para jovens que estão em idade escolar, que não tem um emprego, nem mesmo uma casa própria ou o apoio dos pais e do parceiro isso é motivo de tristeza, insegurança e principalmente arrependimento. Atualmente apesar de algumas pesquisas mostrarem que o índice de adolescentes grávidas está diminuindo, a realidade que vemos em nossa região é outra. Muitos desses casos de gravidez na adolescência acontecem por descuido do casal e raramente por falta de informação. Constantemente campanhas, comerciais, banners, cartazes e até mesmo palestras nas escolas mostram as conseqüências do não uso de métodos contraceptivos. Em postos de saúde da família são distribuídos de graça camisinhas e outros itens de prevenção contra uma gravidez indesejada. Mas só isso não basta, é necessária a conscientização dessas jovens e de seus parceiros e principalmente o diálogo aberto entre pais e filhos, esse tabu deve ser quebrado, adolescentes bem instruídos fazem escolhas sábias e as conseqüências disso são ainda melhores.

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Gravidez Precoce, Abuso Sexual e Homofobia Entre Os Estudantes do Projovem Urbano de Presidente Prudente-SP Gelson Yoshio Guibu, FCT - UNESP, gelsonguibu@uol.com.br

Este trabalho apresenta resultados da pesquisa realizada em parceria pela FCT - UNESP e Secretaria Municipal de Educação, com estudantes do PROJOVEM URBANO de Presidente Prudente, e teve como objetivo levantar o perfil desses estudantes referente à sexualidade, através de questionário contendo principalmente questões de múltipla escolha, sendo que a tabulação dos dados foi realizada com o auxílio do programa SPSS. O Projovem Urbano é um projeto criado pelo Governo Federal, destinado aos jovens entre 18 e 29 anos que não concluíram o ensino fundamental, e em Presidente Prudente ele funciona em sete escolas municipais, com aproximadamente 1000 alunos. A pesquisa revelou que a maioria (61,8%) é do sexo feminino, e, considerando-se os que tem união estável, a maioria é também casada (51,2%); por sua vez, 59,6% dos estudantes possuem filhos (72,26% deles tem entre um e dois filhos). Quanto à idade em que tiveram o primeiro filho, ela situa-se na faixa de 11 a 30 anos, mas a maioria (52,78%) teve filhos com idade inferior a 18 anos. Considerando-se a idade de 19 anos, tem-se que praticamente 8 em cada 10 alunos tiveram o primeiro filho até esta idade (79,13% dos estudantes). Quanto à idade da primeira relação sexual, ela situa-se entre 7 e 36 anos, mas a média é de 14,5 anos (14 anos para os homens e 15 anos para as mulheres); em termos de informações recebidas na infância sobre sexualidade, 28,4% responderam não se lembrar, 12,1% receberam alguma informação do pai, 32,6% da mãe, 24,2% de amigos e/ou colegas, e apenas 17% foram informados pelos professores. Em relação às DST’s, 89,2% disseram que nunca tiveram, 6,3% responderam não saber e apenas 4,6% afirmaram já ter tido alguma; 59,6% dos estudantes já fizeram o teste de HIV, e 6 deles (2%) responderam que o resultado foi positivo; no entanto, o que chamou mais a atenção foi que praticamente 10% dos estudantes (9,8%) afirmaram já terem sido vítimas de abuso sexual, e, em 88,8% dos casos, o abusador ou era alguém da própria família, ou algum conhecido. Quando indagados sobre o que pensam ser a homossexualidade, 50,7% dos estudantes acham normal e um contingente significativo de 49,2% pensam ser uma doença ou um desvio. Após observar estes dados, conclui-se que ainda há muito a ser feito em termos de educação sexual, principalmente junto aos alunos dos segmentos mais pobres de Presidente Prudente, uma vez que eles se encontram em situação bastante vulnerável, particularmente em termos de gravidez precoce e de abuso sexual. Palavras-chave: Projovem Urbano, Gravidez Precoce, Abuso Sexual.

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Histórias em Quadrinhos Como Recurso Pedagógico para Interpretação Textual: Uma Abordagem Socio-Histórica OLIVEIRA, Celso Socorro (celso_S_O@yahoo.com); OLIVEIRA, Poliana Pereira (polianaoliveira_17@ hotmail.com); Faculdade de Ciências - UNESP, Bauru (SP).

Um dos maiores entraves na aprendizagem dos alunos segundo os exames de avaliação nacionais e internacionais consiste na grande dificuldade que estes têm em interpretação textual. Ao propor atividades de interpretação textual, grande parte dos alunos não consegue abstrair além daquilo que está explícito, devido à defasagem que se encontram na área de interpretação e também por estarem habituados a responder questionários que não exigem reflexão sobre o texto. O presente trabalho usou das histórias em quadrinhos (HQs) para o desenvolvimento da capacidade de interpretação de textos dos alunos. O projeto foi embasado na Pedagogia histórico-crítica e as atividades foram planejadas nas cinco etapas desta teoria: prática social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática social qualitativamente superior. Os objetivos foram: interpretar mensagens contidas na história e produzir textos utilizando a simbologia da linguagem quadrinizada. O projeto foi aplicado em sala de 3ª Série Fundamental de uma escola estadual de Bauru(SP). Os recursos utilizados foram gibis, tiras de jornais, revistas e livros didáticos. Além disso, foram utilizadas a sala de leitura e a de informática, onde os alunos trabalharam com o software da Turma da Monica. Através de HQs previamente selecionadas de acordo com o tema Água, foram propostas atividades que exigiram reflexão e interpretação da história lida: leituras realizadas em grupos e/ou individualmente; observação das características das HQs; interpretação dos elementos explícitos e implícitos; socialização das interpretações feitas pelos alunos (oralmente) e registro escrito através de questionários. Após essas atividades, os alunos elaboraram suas próprias HQs, para verificar a interpretação que estes tiveram do tema e se compreenderam o funcionamento da linguagem dos quadrinhos. O desempenho dos alunos foi avaliado a partir da participação oral e dos registros escritos (questionário e elaboração de HQs). A realização de atividades de leitura, interpretação e produção de HQs proporcionou aos alunos, o desenvolvimento das estratégias necessárias para a compreensão de texto, além da decodificação dos signos e símbolos, a seleção dos elementos e informações mais importantes, a antecipação, ao imaginar o que aconteceria no próximo quadrinho, a inferência de elementos explícitos e implícitos na mensagem. Este projeto faz parte dos estudos sobre Quadrinhos como recurso pedagógico, conduzidos pelo LEIA - Laboratório de Ensino Informatizado e Aprendizagem do Departamento de Computação, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, SP. HQs produzidos no projeto foi publicado pela GIBIO, publicada pela PROEX-UFSCar

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Histórias Interativas e Cultura Maria Aparecida Mello, DME, PROEX, UFSCar, mmello@ufscar.br Douglas Aparecido de Campos, DME, UFSCar, dcampos@ufscar.br Carlos Eduardo de Souza, PPGE, UFSCar , carlitostedesco@gmail.com Maria Rita Ferreira, Pedagogia, UFSCar, mrrtferreira@yahoo.com.br

Este projeto de pesquisa envolveu a elaboração e implementação de uma proposta metodológica de interação cultural e educativa para crianças 2 a 6 anos de escolas públicas infantis de classes populares. O objetivo principal foi desenvolver uma metodologia de aprendizagem inovadora com foco no desenvolvimento cultural, por meio da criação de histórias com sonorização e movimento, a partir do trabalho com bens culturais desconhecidos pelas crianças ou pouco vivenciados no cotidiano de suas vidas. A intenção foi elaboração e implementação de uma metodologia de ensino e aprendizagem focalizada na participação efetiva da criança no desenvolvimento de sua aprendizagem, bem como a ampliação do acesso a diferentes bens culturais às crianças. A pesquisa foi fundamentada no referencial teórico HistóricoCultural de Vigotsky, baseada no desenvolvimento das funções psíquicas superiores, a partir das relações da criança com a cultura, por meio de bens culturais. Os procedimentos envolveram questionário às famílias com o intuito de identificar os bens culturais que as crianças tinham acesso; intervenção nas escolas, junto às crianças para desenvolvimento de histórias sonorizadas e com movimento, cujos temas envolveram bens culturais desconhecidos pelas crianças; diário de campo e filmagem da história produzida pelas crianças. Essa metodologia de aprendizagem consistiu em despertar nas crianças a pesquisa sobre diferentes sons em diferentes materiais, a partir de um tema escolhido por elas. Os bens culturais foram trabalhados nos seguintes temas: neve; deserto; ilha e fazenda. Parte da análise dos resultados dos questionários demonstra que as crianças brincam mais em casa do que na escola e em outros espaços e que as famílias, em sua maioria, fica em casa no período de férias. Sugerindo pouco acesso a diferentes bens culturais. Os resultados indicam que esta metodologia pode se tornar uma ferramenta importante e imprescindível para o desenvolvimento de diferentes aprendizagens nas crianças e conhecimentos que envolvem a cultura na qual estão inseridas, contribuindo para sua inserção nos bens culturais produzidos pela sociedade. As aprendizagens revelaram-se uma forma alternativa de ensino de conhecimentos importantes para as crianças pequenas, envolvendo: brincadeira, faz-de-conta, imaginação, criação de histórias, pesquisa sobre os diferentes sons produzidos por vários materiais, ampliação de movimentos com o corpo, promoção de vivências educativas e culturais. Por meio de atividades mediadoras de aprendizagens com sentido e com significado para as crianças ocorreu a compreensão mais aprofundada dos processos de aprendizagem de crianças pequenas. Palavras-chave: Histórias Interativas, Cultura, Educação Infantil

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Inserção de Jovens no Mercado de Trabalho Através do Laboratório de Práticas Organizacionais (LPO) Simone Martins, Departamento de Administração e Contabilidade (CCH), Simone.m@ufv.br Diógenes Geraldo dos Santos, Departamento de Administração e Contabilidade (CCH), diogenes.santos@ufv.br Jorge Alberto dos Santos, Departamento de Administração e Contabilidade (CCH), jalberto@ufv.br Silvia Mendes da Silva, Departamento de Administração e Contabilidade (CCH), silvia.silva@ufv.br Sergio Luiz Vasco Moretti, Departamento de Administração e Contabilidade (CCH), sergio.moretti@ufv.br Universidade Federal de Viçosa

Os novos paradigmas do emprego, que vem intensificando a procura por mão-de-obra altamente qualificada, aliado as dificuldades dos jovens na inserção no mercado de trabalho, nos levam a buscar soluções para diminuir o abismo existente entre a formação escolar e o primeiro emprego. Diante deste panorama este projeto tem como objetivo promover a inserção de jovens no mercado de trabalho através de Laboratórios de Praticas Organizacionais (LPO). O LPO é um espaço interdisciplinar onde os alunos praticam as habilidades necessárias para a criação e o desenvolvimento de organizações empresariais, estimulando o caráter empreendedor dos jovens, permitindo os mesmos adquirirem experiência em ambiente empresarial. A partir da criação de um país simulado, “Simulândia”, onde os alunos da graduação criavam organizações com o intuito de gerar lucros através da venda de produtos ou serviços vislumbrou-se a possibilidade de expandir o LPO para além da universidade, criando uma maneira de adaptá-lo para um publico menos teorizado, trazendo para o jovem a experiência que lhe é pedida no momento em que este procura o primeiro emprego. Na Simulândia, é fornecida ao jovem toda a estrutura necessária para o desenvolvimento das organizações com o objetivo básico de ensinar toda a parte teórica de criação de empresas bem como, transmitir, de uma maneira lúdica todos os conhecimentos básicos relativos à constituição de uma empresa, aos principais processos de criação e precificação de produtos, aos controles gerenciais e por fim, relativo a prestação de contas. Há que ressaltar que em todos estes processos o jovem trabalha com produtos reais, que ele próprio produz, ficando constantemente em contato com a legislação do país Simulândia, igual ou semelhante a legislação brasileira. Durante o funcionamento das empresas os alunos se dividem trabalhando como sócios e funcionários onde são expostos ao mundo do trabalho nas suas concepções sociais. O projeto, que se encontra em fase de implementação, mas já apresenta resultados satisfatórios, considerando a expressiva aceitação da proposta, apresentada junta a Escola Estadual Effie Rolfs. Seu caráter empreendedor e o seu potencial para estimular os jovens no aprendizado das práticas organizacionais é relevante uma vez que os alunos passam a analisar criticamente os processos organizacionais e encontram um ambiente que lhe auxiliará na reflexão quanto ao seu futuro profissional. Acredita-se que os resultados do projeto poderão se expandir além do treinamento e inserção do jovem no mercado de trabalho, pois com os conhecimentos adquiridos os alunos atuarão como gestores em suas famílias ou em empreendimento no qual estejam vinculados. Palavras-chave: Simulação de Empresas, Inserção de jovens no mercado de trabalho, Empreendedorismo. 176


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Interação Entre Universidade e Escolas: o Programa de Avaliação Seriada da Unb e Os Fóruns de Extensão Ormezinda Maria Ribeiro (ormezinda.ribeiro@cespe.unb.br) Rogério Basali (rogerio.basali@cespe.unb.br)

Com a implantação do Programa de Avaliação Seriada-PAS/UnB desde 1996, o Cespe/ UnB por intermédio da Gerência de Interação Educacional, vinculada à Coordenadoria de Pesquisa em Avaliação, promove os Fóruns Permanentes de Professores; Fórum Permanente de Pais e Fórum Permanente de Estudantes. Esses fóruns foram constituídos com o objetivo de estimular o crescimento pessoal e profissional de professores e alunos dos ensinos fundamental e médio. O Fórum Permanente de Professores, criado em 1996, promove cursos de formação continuada, voltados aos interesses dos professores, consolidando a concepção de trabalho conjunto e de apoio, pautado na troca de experiências, com implicações mútuas para a melhoria da qualidade de ensino. O Fórum Permanente de Estudantes, criado em setembro de 1999, promove cursos para estudantes do Ensino Médio com abordagens prioritariamente interdisciplinares, o que propicia um aprendizado voltado para o dia-a-dia dos estudantes e para o mundo que os cerca. Os cursos são ministrados por alunos de licenciatura da UnB, como parte de sua formação profissional docente, sob supervisão de um professor. O Fórum Permanente de Pais, criado em 1998, promove palestras aos pais, em escolas cadastradas junto ao PAS/UnB. Desde 1996, já foram oferecidos mais de 680 cursos presenciais e em ambiente virtual de formação continuada para professores, além de eventos voltados a estudantes da educação básica, contando com cerca de dezesseis mil participações de professores, e sete mil e trezentos estudantes, predominantemente da rede pública e das escolas particulares do DF e do Entorno. Todas essas ações têm como princípio as discussões pedagógicas suscitadas pelos diálogos entre os participantes do PAS/UnB, em todas as suas etapas. Palavras-chave: Interação; Programa de Avaliação Seriada; Extensão

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Internet para Terceira Idade: Apresentação de um Projeto de Curso Presencial Edivani Aparecida Vicente Dotta (Docente), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, edivani@ foar.unesp.br Patrícia Petromilli Nordi Sasso Garcia (Docente), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, psgarcia@foar.unesp.br Juliana Alvares Duarte Bonini Campos (Docente), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, jucampos@foar.unesp.br Ana Paula Macarini (Acadêmica), Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, anapmacarini@foar. unesp.br

A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas, independentemente de seus desejos. Se há alguns anos o uso da Internet era privilégio de alguns, hoje ela tem se tornado uma necessidade trazendo inúmeros benefícios às pessoas. Na terceira idade a Internet tem representado uma ferramenta de descoberta e reaproximação de parentes e amigos, além de atuar como um excelente exercício para a memória. Desde 2003, o curso presencial de Internet para a terceira idade é oferecido com o objetivo de acolher e estimular o aprendizado desses indivíduos buscando, ainda, despertá-los para as utilidades dessa ferramenta de comunicação. A população de estudo é composta por indivíduos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 50 anos, oriundos da Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI) e de uma lista de espera composta por indivíduos que buscam esse tipo de curso na Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. As aulas estão sendo ministradas no Laboratório Didático de Informática (LDI) alocado na Faculdade de Odontologia de Araraquara uma vez por semana com duração de duas horas cada. Cada turma é composta por 20 alunos. O conteúdo programático do curso abrange a utilização de e-mail e pesquisas em sites. Para avaliação do aprendizado adquirido é aplicado um questionário no início e final do curso, o qual possibilitará a observação da evolução do conhecimento dos indivíduos participantes. Esse projeto conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX) e da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. Palavras-chave: Internet, Informática em Educação, Informática aplicada à Terceira Idade

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Investigação Orientada e Formação Inicial de Professores de Química: Um Estudo com Base em uma Proposta de Elaboração de Mini-Cursos Temáticos Ana Sílvia Carvalho Ribeiro Gomes, anasilviagomes86@hotmail.com; Silvia Regina Quijadas Aro Zuliani, silviazuliani@fc.unesp.br UNESP, Campus de Bauru- Faculdade de Ciências- Departamento de Educação

A atual crise educacional motiva diversas linhas de pesquisas na tentativa de melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, neste trabalho é proposto a aplicação de mini-cursos com temas relacionados ao conteúdo de química cuja proposta segue a linha da investigação orientada. Esses mini-cursos foram elaborados por alunos licenciandos do nono e décimo termos do curso de Licenciatura em Química e fazem parte da proposta das atividades da disciplina de estágio supervisionado. A investigação orientada tem sido apontada como útil no processo de formação de professores, pois promove a construção de conhecimentos a respeito dos problemas enfrentados no ensino (ZULIANI, 2006), produzindo alternativas para solucionar esses problemas. Nessa perspectiva, se exige o reconhecimento e atenção aos problemas de ensino e a tomada de decisão sobre o que é ensinar, como caracterizar as diferentes formas de ensinar. Os mini-cursos aplicados estavam ligados ao cotidiano dos alunos abordando diferentes conceitos de forma mais atrativa, associando a Química a fenômenos do dia a dia, e conectando a teoria à prática promovendo a curiosidade do aluno e remetendo-os aos conceitos químicos. Nesta metodologia, o interesse do aluno é estimulado através da elaboração e teste de hipóteses, participação ativa da autoconstrução do conhecimento. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a proposta investigativa utilizada pelos licenciandos, assim como apresentar a eles e aos professores em exercício uma metodologia diferenciada de modo que o processo de ensinar e aprender possa ser significativo. Através da aplicação desses mini-cursos pôde-se observar o grande interesse demonstrado pelos alunos na construção do conhecimento do conteúdo abordado. Ao observar o interesse apresentado pelos alunos os professores da rede pública de ensino se interessaram pela aplicação da metodologia. Os licenciandos puderam constatar através da aplicação dos mini-cursos a possibilidade de aplicação da metodologia em questão, assumindo a responsabilidade pela própria formação de maneira reflexiva. As ações desenvolvidas nesse projeto de extensão mostraram-se muito interessantes para o processo de formação inicial dos licenciandos, pelo contato com a realidade e a prática pedagógica, a pesquisa de métodos eficazes e ao relacionar o conteúdo abordado com fenômenos do cotidiano, observando a aplicação da química de forma dinâmica. Para os professores de ensino médio, houve a reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem e a avaliação das práticas pedagógicas com possibilidade de reconstrução. Além disso, ofereceu aos estudantes de ensino médio, a oportunidade de vivenciar atividades de aprendizagem com base na proposta investigava atendendo de maneira mais próxima seus interesses e necessidades. Palavras- chaves: Investigação Orientada; Formação inicial de professores; Ensino de Química 179


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Identificação de cuidadoras de crianças menores de três anos de idade em comunidades de São Carlos- SP Aida Victoria Garcia Montrone, montrone@ufscar.br Renata Kazumi Takaesu, renatakazumi@hotmail.com Cássia Irene Spinelli Arantes, arantes@ufscar.br Thaíne Cristina Romualdo dos Santos, thaine_romualdo@hotmail.com Ellen Cristine Ramdohr Sobrinho, ellen_ramdohr@yahoo.com.br Universidade Federal de São Carlos

É consenso que os primeiros anos de vida são fundamentais no desenvolvimento integral das crianças. Até os três anos, o cérebro da criança possui alta plasticidade, indicando que os estímulos a elas oferecidos são facilmente incorporados. Assim sendo, esta etapa revela-se ótima para disponibilizar condições adequadas às crianças para que as mesmas tenham um desenvolvimento completo. Tais condições podem ser propiciadas por meio do cuidado que lhes é ofertado, ou seja, a alimentação, a higiene, a educação escolar, entre outros. O presente trabalho descreve a primeira etapa do trabalho “Mapeamento e atuação de cuidadores comunitários de crianças menores de três anos no bairro Jardim Gonzaga e Monte Carlo de São Carlos-SP” que se constitui em uma das metas do projeto PROEXT/ MEC/2009 “Ampliação e articulação de iniciativas de Economia Solidaria como estratégia para o desenvolvimento local. Nesta etapa, o objetivo foi mapear as cuidadoras comunitárias de crianças menores de três anos de idade residentes nos bairros Jardim Gonzaga e Monte Carlo, no município de São Carlos-SP. A coleta dos dados ocorreu nos meses de maio e junho de 2010, por meio de entrevistas realizadas com 68 pessoas das comunidades que, entre outros dados, apontaram as cuidadoras comunitárias das quais tinham conhecimento. Os resultados evidenciaram que 36 entrevistados (53%) conheciam pelo menos uma cuidadora de criança menor de três anos. Dentre os entrevistados, 13 (19%) possuíam filhos com idade entre 0 e 3 anos, sendo que 4 (31%) se reconheceram ou se referiram como cuidadoras. No total, foram mapeadas 66 pessoas cuidadoras de criança, todas do sexo feminino. Foram identificados alguns dados das cuidadoras, como telefone e endereço o que possibilitará o contato com as mesmas para convidá-las para rodas de conversa que integram as próximas etapas do trabalho. Nas rodas de conversa, buscar-se-á promover o diálogo com as cuidadoras sobre o cuidado que prestam às crianças e sua importância para o desenvolvimento infantil integral, de forma a identificar, compartilhar e analisar conhecimentos, percepções e dúvidas referentes ao desenvolvimento e cuidado infantil. Palavras-chave: cuidado infantil, educação popular, economia solidária

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Impactos do adensamento populacional na saúde e sustentabilidade Profa. Dra. Olga Rodrigues de Moraes von Simson Unidade: Faculdade de Educação, UNICAMP., simson@ superig.com.br Adriana do Amaral Unidade: Faculdade de Educação, UNICAMP. Profa. Dra. Ana Maria Aparecida Guaraldo Unidade: Instituto de Biologia, UNICAMP., anaguaraldo@ gmail.com Et alli: André Pinheiro Unidade: CESET, UNICAMP, imepinheiro@gmail.com André Rocha Unidade: IMECC, UNICAMP, andre.imecc@gmail.com, Camila Zago Unidade: Instituto de Geografia, UNICAMP, camilazago4@hotmail.com e Fernanda Davi Unidade: Instituto de Biologia, fefa_davi@hotmail.com

O presente projeto de pesquisa-ação é uma estratégia para conhecer e envolver lideranças e profissionais de uma comunidade de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), constituída por moradores provenientes de áreas de risco de Campinas, sensibilizando-os sobre questões sócio-ambientais e saúde através da metodologia de História Oral ao reconstruírem suas histórias e valores do passado, comparando-os com o presente e projetando perspectivas para o futuro próximo. O trabalho com a memória possibilita uma transformação da consciência das pessoas nele envolvidas, direta ou indiretamente. Esse mergulhar conjunto e compartilhado no passado pode promover o empoderamento desses atores ao produzir conhecimentos que fortaleçam argumentos políticos e ações sustentáveis e promotores de saúde ao compreenderem os processos histórico-sociais e ambientais. Entendemos que a História Oral é uma metodologia que proporciona subsídios para reconstruir a realidade. O depoente, sendo um fenômeno social, permite identificar aspectos importantes do convívio em sociedade, que podem ser apanhados através de seus relatos de vida. Desta forma, o objeto de estudo é compreender as relações sócio-ambientais e saúde nas quais os depoentes se encontram imersos. O domínio da metodologia de pesquisa, somado à consciência que a História, sendo obra dos grupos que formam a sociedade, pode ser utilizada como estratégia de ação sustentável e promotora de saúde ao compreender os problemas do presente e permitir pensar possíveis soluções futuras que, dessa forma serão desenvolvidas de maneira mais consciente e responsável no âmbito comunitário. Ressaltamos também que a memória compartilhada favorece na construção do sentimento de pertencimento e na formação da identidade, encarada como possivelmente o caminho mais seguro na elaboração de uma cidadania consciente e responsável. Esse projeto de pesquisa sobre histórias e valores sócio-ambientais e saúde produzirá materiais e informações que viabilizarão o empoderamento dos grupos pesquisados, via aquisição de conhecimentos novos, com auxílio de texto e de imagem contextualizados historicamente. Os resultados obtidos serão divulgados numa exposição em equipamentos públicos para difundir conhecimento e reflexão aos usuários locais. Palavras-chave: História Oral, Saúde e Sustentabilidade.

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Implementação de uma Agenda 21 Escolar: Dificuldades e Perspectivas da REAUSo Leonardo Fernandes Fraceto, Sorocaba, leonardo@sorocaba.unesp.br Rafael do Valle Melo, Sorocaba, rafa_unesp08@yahoo.com.br CassiaZanetti Pimentel, Sorocaba, cassia.unesp@hotmail.com Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP

A Rede de Educação Ambiental da Unesp de Sorocaba (REAUSo) busca, desde agosto de 2009, formar uma Agenda 21 (A-21) Escolar na Escola Municipal Professor Flávio de Souza Nogueira, no município de Sorocaba - SP, Brasil, através de uma metodologia apresentada pelos participantes da I Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (2003). Esta metodologia visa formar uma Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida) através de um processo de planejamento participativo com ações sensibilizadoras que embasem as ações de uma A-21 Escolar. A REAUSo é um grupo composto por estudantes de Engenharia Ambiental da Unesp Sorocaba que desenvolve projetos em educação ambiental na bacia do Sorocaba Médio-Tietê desde 2005, elaborando metodologias de mobilização social. Através destas metodologias, visou-se despertar o interesse dos jovens do Ensino Fundamental II da Escola Municipal anteriormente citada para a temática ambiental no intuito de formar uma Com-Vida. Para o processo de efetivação da Com-Vida, quatro etapas foram determinadas: 1. diagnóstico socioambiental participativo na escola e na comunidade; 2. fortalecimento da ComVida e planejamento das ações internas; 3. implementação de projetos socioambientais; 4. eventos comunitários e planejamento da A-21 Escolar. Após um ano de atividades, o grupo da REAUSo enfrentou várias dificuldades, tais como falta de apoio dos funcionários terceirizados da escola, falta de apoio por parte da diretoria e do corpo docente e falta de incentivo dos alunos não-participantes do projeto. Assim sendo, atividades de sensibilização foram aplicadas para os diferentes públicos-alvos da comunidade escolar. Apesar das dificuldades descritas, a persistência nas ações do projeto continuou e o apoio de dez jovens integrantes fortaleceu o grupo. Deste modo, este pequeno grupo de jovens, juntamente com a REAUSo, tentam vincular ações socioambientais com a realidade escolar e, nessa perspectiva, a E.M. Flávio de Souza Nogueira desenvolveu a Coleta Seletiva e implementou a Horta Orgânica Escolar. Assim sendo, a REAUSo vem reformulando as duas etapas iniciais, buscando um maior apoio por parte de todos os funcionários da escola e visando um público-alvo mais responsável, aplicando essas atividades para o Ensino Médio. Atualmente o projeto tenta mobilizar novos alunos e funcionários, regredindo nas ações tomadas. Contribuir para a multiplicação do conhecimento e das ações socioambientais com o público jovem é o que torna um projeto como este tão necessário. Ressalta-se a viabilidade do projeto pelo apoio financeiro fornecido pela Pró-Reitoria de Extensão da Unesp (PROEX) e pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp). Palavras-chave: Educação Ambiental, Agenda 21 Escolar, Ações Socioambientais. 182


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Interação entre o conhecimento popular e o técnico-científico: relato de experiência do projeto “Ações interdisciplinares Quiosque da Saúde” Docente responsável: Paula Andrea Martins Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - campus Baixada Santista. paula.martins@unifesp.br Gabriela Milhassi Vedovato Técnica administrativa em educação , nutricionista. UNIFESP - campus Baixada Santista. gabriela.vedovato@ unifesp.br Angélica Barbosa Neres Santana Mestranda em Nutrição Interdiciplinar Ciência da Saúde. UNIFESP - campus Baixada Santista. santanaangelica_sjc@hotmail.com

O projeto de extensão “Ações Interdisciplinares Quiosque da Saúde” da Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista - desenvolve ações direcionadas à esportistas e praticantes de atividade física na orla da praia da cidade de Santos. O eixo norteador do projeto é a articulação do conhecimento interdisciplinar de áreas como Nutrição, Educação Física, Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional e Serviço Social - componentes dos cursos de graduação da Universidade - com o objetivo principal de promover saúde e qualidade de vida na comunidade. O referencial teórico que rege as ações interdisciplinares com os participantes, de caráter individual (atendimentos) e em grupo (oficinas), tem como base o Projeto Político Pedagógico do campus. O modelo desenvolvido vem proporcionando um rico espaço educativo que privilegia a troca de experiências e o diálogo entre a “ciência” e o “saber popular”, no sentido primordial de incentivar hábitos e comportamentos saudáveis relacionados principalmente à alimentação e à prática de atividade física. Esta experiência vem proporcionando ao estudante e aos profissionais envolvidos o desenvolvimento de habilidades que não se apóiam equivocadamente num modelo de déficit de conhecimento leigo e na extrema valorização do conhecimento acadêmico. A partir de dessas experiências os estudantes tem se deparado com as limitações da realidade e superado junto com as demandas que existem. Assim, os trabalhos desenvolvidos com a comunidade seguiram a lógica de que o público não pode ser considerado um simples receptor passivo de informações técnico-científicas, e que estratégias educativas efetivas de estímulo ao estilo de vida saudável não devem ser unidirecionais. Palavras-chave: educação em saúde, comunicação interdisciplinar, promoção da saúde

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Introdução ao Universo das Culturas Ítalo-luso-brasileiras Dr. Márcio Roberto Pereira - marciorpereira@uol.com.br (Docente FCLAssis, UNESP) Patricia Mayumi Yamashita may-_-yamashita@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP) Rodrigo Cristiano Galindo rodrigocris_galindo@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP) Érika Nogueira Menegon erikamenegon@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP)

Este trabalho possui o intuito de difundir a cultura ítalo-luso-brasileira por meio do Centro Ítalo-Luso-Brasileiro de Estudos Lingüísticos e Culturais (CILBELC) junto à UNESP de Assis, entre esses objetivos está a divulgação de aspectos culturais através de projetos de extensão que visam ajudar o aluno na compreensão e interpretação de textos; atuando na sociedade por meio de ações de instrução; a fim de contribuir na propagação de projetos ligados ao ensino de literaturas ítalo-luso-brasileira pretendendo assim desempenhar o papel de agente difusor do pensamento e conhecimento científico, por meio de ações cooperativas junto às escolas públicas, bem como junto à população, propondo ao aluno da rede pública o conhecimento de línguas e culturas diversas. Este projeto é de fundamental importância para os programas e atividades que estimulam a relação entre a universidade e a comunidade. Os alunos selecionados do Curso de Letras, que estagiam no CILBELC, passam, num primeiro momento, por um período de orientação com o coordenador do projeto para, só então, iniciarem as atividades práticas de extensão. Tais atividades consistem em aulas cujo enfoque se encontra nas literaturas abordadas visando esta inserção dos alunos das escolas públicas. . Este processo é realizado por meio de atividades interativas, planejadas, que estimulam a relação entre professor e aluno e, conseqüentemente, o ensino/aprendizagem. Na área de cultura, visa-se à introdução e discussão dos aspectos ítalo-luso-brasileiros. O material didático é montado pelo aluno do Curso de Letras, que fazem uso do acervo da biblioteca, e de novas tecnologias. O projeto Introdução ao Universo Cultural Ítalo-luso-brasileiro visa a inclusão do jovem no mundo globalizado, oferecendo oportunidades como o aumento de possibilidades de conhecimento de alunos da rede pública com a proposta de ensino das Línguas e Cultura ítalo-luso-brasileiras. Tendo como principal ação didático-pedagógica as estruturas e funções básicas das línguas, ampliando desta forma os horizontes do conhecimento humano. Palavras-chave: ENSINO, LITERATURA, INCLUSÃO.

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Jogo de Xadrez na Terceira Idade Profa. Dra. Denise Nicodemo, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, denise@ fosjc.unesp.br Rosemary Soares de Santana, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, roseskema@hotmail.com Megg Aparecida Ribeiro, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, meggribeiro@ hotmail.com Elzio Antonio Sotero, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, unati.aulas@ yahoo.com.br José Luiz Achite, Faculdade de Odontologia Campus de São José dos Campos, UNESP, jlachite@uol.com.br

A UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) - Núcleo de São José dos Campos/UNESP, no seu 7º ano de existência na Faculdade de Odontologia, inseriu em sua grade o curso Jogo de Xadrez. Este jogo não pode ser visto simplesmente como um jogo onde se ganha ou perde uma partida, mas como instrumento que melhora as maneiras de pensar, de usar o raciocínio e adquirir a força de argumentar uma idéia, contribuindo assim para maior qualidade de vida. Objetivou-se proporcionar maior desenvolvimento da capacidade de raciocínio, de maneira lúdica e saudável, além de favorecer a sociabilidade ampliando as relações interpessoais e intergeracionais. O curso é ministrado nas dependências da Faculdade, com recursos áudio visuais. Estão participando do curso 16 alunos sendo que cinco deles auxiliam no monitoramento das partidas por terem conhecimento maior do jogo. São utilizadas pedagogias de ordem teórica e prática. Na teórica, utilizam-se apostilas e projeção de partidas via data show para que os alunos conheçam este jogo secular - considerado o jogo dos reis. Assim, tomem conhecimento do tabuleiro; das peças, de seus nomes e dos seus valores, e de como estas se desenvolvem durante o jogo. Nas aulas práticas é utilizado o quadro pedagógico (xadrez mural) com suas respectivas peças, com simulações de jogadas, andamento das peças e movimentos executados. Para tanto, a UNATI fez a aquisição de mesas desmontáveis, 15 tabuleiros com peças e quadro pedagógico que facilita visualização, aprendizado e realização das partidas. A participação dos alunos é intensa, com discussão e estratégia das melhores jogadas. Nota-se que os alunos já conseguem desenvolver um raciocínio lógico durante uma partida disputada entre eles, sendo então, visíveis habilidades exploradas e desenvolvidas a partir das exigências inerentes ao jogo. Os alunos que já possuíam maior prática do xadrez conseguem desenvolver melhor seu jogo e também auxiliam no monitoramento daqueles que sabem menos. Como fato, destaca-se que um dos alunos, já com algum conhecimento do jogo, participou em 2009 de um torneio promovido pela Federação de Xadrez do Estado de São Paulo, no SESC de São José dos Campos, na modalidade de partidas rápidas (7 partidas disputadas de 21 minutos) ficando em 7º lugar na modalidade “Veteranos”. Esse torneio contou com a presença de mais de 100 participantes desde crianças a veteranos, comprovando que essa prática favorece o desenvolvimento do processo intergeracional, além de fazer com que a sociabilidade seja colocada em prática. Em longo prazo, o resultado esperado é alcançar a criação de um “CLUBE DE XADREZ”, no qual haja a interação entre jogadores juniores e masters. Palavras-chave: Jogos, Envelhecimento, Lógica.

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Lazer, Dança e Educação Luciene Ferreira da Silva, Departamento de Educação, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Bauru (SP), lucienebtos@ig.com.br. e luciene@fc.unesp.br Marcela Gomez Alves da Silva; Departamento de Educação Física, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Bauru (SP), marcelagomez@fc.unesp.br.

Trata-se de um trabalho de pesquisa e extensão em Dança na perspectiva do Lazer para crianças-alunas de uma Escola de Educação Infantil da rede Municipal de ensino de BauruSP, com idade entre 4 e 6 anos. O presente projeto propõe a inserção da dança criativa, educativa e recreativa. O objetivo, além da investigação da cultura corporal de movimento e do acesso dessas crianças à Dança e ao Lazer, é verificar como a mesma pode contribuir para a Educação e para o Lazer dos envolvidos, visto que tais crianças fazem parte de uma classe menos favorecida economicamente. Utiliza-se de uma pesquisa de campo do tipo exploratória. As intervenções são realizadas uma vez por semana. Cada aula tem duração entre 40 e 60 minutos. Atua-se como observador participante, e os dados da pesquisa são coletados por meio de observação das vivências, verificando o repertório de dança que as crianças possuem e a ampliação desse repertório de movimentos e da cultura da dança, das crianças. As aulas e as observações são anotadas e analisadas a partir dos objetivos pretendidos e alcançados. As atividades realizadas visam despertar a criatividade, a expressão, as sensações, resgatando a cultura de cada um, permitindo a participação ativa e espontânea dos alunos, o que tem contribuído para o Lazer e para a Educação. É possível notar que a cultura da dança do grupo investigado apresenta características próprias, as quais criam uma forma única de expressão. Porém, nota-se também, a falta de autoconhecimento, visto que as crianças raramente pensam em seus corpos como seres atuantes no mundo, produtores de cultura. Tendo em vista a restrição ao acesso às atividades de lazer no dia-a-dia dessas crianças, procura-se propiciar uma vivência que favoreça os indivíduos como um todo. Se tratando de um estudo com crianças, a ludicidade é um aspecto predominantemente abordado, utilizando-se de jogos e brincadeiras que incentivem a comunicação não-verbal e a exploração espontânea do movimento. Entendemos que toda criança tem o direito de vivenciar a experiência da dança, não devendo esta ser privilégio dos chamados bem dotados ou dos que podem freqüentar academias ou escolas de dança, portanto, pode e deve ser ministrada na educação formal. O projeto é relevante justamente pelo fato de proporcionar uma vivência aos conteúdos da Dança de forma lúdica, além, é claro de desenvolver muito mais do que apenas, e não menos importante, a consciência corporal. Palavras-chave: Lazer- educação, dança, infância.

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Ludicidade, Desenvolvimento Humano e Educação Luciene Ferreira da Silva, Depto. de Educação, Bauru (SP), luciene@fc.unesp.br Bárbara Pignataro Fumes, Depto. de Educação Física, Bauru (SP), barbarafumes@terra.com.br. Débora Pignataro Fumes, Depto. de Educação Física, Bauru (SP), deborafumes@terra.com.br. Marcela Gomez Alves da Silva; Depto. de Educação Física, , Bauru (SP), marcelagomez@fc.unesp.br; Faculdade de Ciências - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP

Na atualidade, a formação de crianças, adolescentes e jovens tem se voltado prioritariamente para o mundo do trabalho. Tal enfoque tem deixado de lado o atendimento de necessidades humanas, que se não atendidas, podem proporcionar problemas que desvinculam a Educação do processo de formação para a vida e para a satisfação em viver, tais como os processos criativos, afetivos, cooperativos e intelectivos que caracterizam o ser humano e que equilibram seus estados emocionais. As atividades extensionistas do projeto incluem o estudo do componente lúdico da cultura e o estímulo do uso do tempo-livre para o lazer, visando o desenvolvimento humano. O objetivo do projeto é o de aprofundar o entendimento sobre o lúdico enquanto componente da cultura que pode desempenhar significativo papel na Educação de crianças, adolescentes e jovens na escola, por meio da Educação Física escolar e fora dela, através do lazer e do lazer- educação. Proporcionar aos participantes o contato com a cultura lúdica a partir de proposições objetivadas para este e outros fins educativos. As atividades extensionistas foram realizadas na Associação Comunitária Caná - no bairro Ferradura Mirim - Bauru - SP, em uma creche municipal da cidade de Bauru- SP e em uma escola municipal da cidade de Bauru - SP. O projeto é desenvolvido de forma indissociada entre a pesquisa e a extensão, conforme preconiza a política acadêmica da UNESP. Os discentes têm encontros semanais de orientação e sistematização de estudos bibliográficos, com a coordenadora do projeto, consultando bancos de dados de dissertações, teses e de periódicos. Deslocam-se semanalmente para a Associação Comunitária Caná e para as escolas e participam de eventos de caráter científico e extensionista. O projeto resultou em pesquisas e publicações de artigos em eventos científicos da área. Até o momento foi constatada a necessidade de intervenção lúdica com jogos e brincadeiras tanto na Associação Comunitária Caná quanto na Creche e na Escola participantes, uma vez que as crianças atendidas demonstram ser muito lúdicas e que só precisam de tempo e espaço para a manifestação de sua ludicidade. As intervenções alcançam resultados positivos, frente aos objetivos propostos, estimula o brincar, o jogar, ajuda a trazer de volta a cultura lúdica da cidade de Bauru e região, além de proporcionar estados prazerosos às crianças enquanto brincam, jogam e assumem uma postura solidária, cooperativa, integrativa e de comportamentos sociais adequados à faixa etária. Além de contribuir de forma direta para a formação profissional dos discentes envolvidos Palavras-chave: Ludicidade, desenvolvimento humano, lazer-educação.

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Livros e leitores na universidade: construindo a I Feira de Livros UNIFESP - Diadema Profa. Dra. Marian Ávila de Lima e Dias, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, mariandias@uol.com.br Telma S. Santos, Técnica em Assuntos Educacionais, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, telmatae@gmail.com Patrícia C. Jacob Vieira, Técnica em Assuntos Educacionais, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, patricia.jacob@unifesp.br Beatriz de Paula Oliveira Traini, aluna do curso de Licenciatura Plena em Ciências, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, beatriztraini@hotmail.com Marcela Oliveira Garcia, aluna do curso de Licenciatura Plena em Ciências, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, marcela_helloween@hotmail.com , et alli.

Por meio da extensão universitária se concretizam de modo mais direto a interferência e a mudança social na comunidade na qual se insere a Universidade. Tal ação, quando ligada à leitura, exerce uma valiosa influência social. Sabemos que o hábito da leitura não nasce com o indivíduo. Para tal, é necessário constantemente construir uma cultura voltada aos livros e à leitura. Com base nesta convicção, construímos um projeto de extensão cujos objetivos são: 1) realização de levantamento de hábitos de leitura nos universitários; 2) levantamento junto aos funcionários da biblioteca sobre o acervo existente; 3) realização da I Feira de Livros UNIFESP- Diadema. Na primeira fase do projeto foi elaborado e aplicado um questionário nos estudantes do Campus, buscando verificar seus hábitos de leitura, a freqüência e a finalidade da leitura, as relações entre a leitura e a formação universitária, o papel do livro na investigação científica e seus gêneros de preferência. O questionário também buscou identificar as principais formas de acesso à leitura assim como as principais barreiras encontradas pelos alunos. Os resultados preliminares apontam que os alunos consideram que leem pouco, que a leitura não é uma de suas principais atividades durante o laser e que gostariam de ter mais títulos de literatura em gera na biblioteca da universidade. Numa segunda fase do projeto, será realizado levantamento junto à bibliotecária do Campus acerca das principais necessidades na aquisição de exemplares, sendo feita uma relação de editoras a serem contatadas. As editoras deverão doar livros à biblioteca da UNIFESP- Diadema como condição para participar da Feira de Livros. A realização da Feira se dará de forma a contemplar tanto a comunidade interna como a externa à Universidade. Tal ação visa consolidar o projeto de abertura do Campus à Comunidade de Diadema, uma vez que a população terá a possibilidade de acesso e interação com os livros acadêmicos, o que pode vir a despertar o interesse pela vida universitária, estimulando a busca pelo conhecimento científico. A participação da comunidade dentro do Campus, o estreitamento da comunicação entre a universidade e comunidade local são objetivos permanentes a serem atingidos pelas ações extensionistas deste Campus e este evento configurar-se-á em mais uma destas oportunidades. Do ponto de vista da formação do aluno buscamos favorecer o hábito da leitura e da freqüência à biblioteca buscando construir um acervo amplo com exemplares das mais variadas áreas do conhecimento. Palavras-chave: feira de livros, leitura, biblioteca. 188


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Línguas Estrangeiras para Todos: Experiências na Implantação do Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores da Unesp de Assis Dra. Karin Adriane Henschel Pobbe RAMOS - karin.ramos@hotmail.com (Docente FCLAssis, UNESP) Aline Rusisca Nunes da COSTA - alinerusisca@gmail.com (Estagiária FCLAssis, UNESP) Isabel Briones CÁCERES - isabrionescaceres@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP) Juliana Batista BONIFÀCIO - julianabonifácio2010@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP) Tatiana Nadja SILVA - tatinadja@hotmail.com (Graduação FCLAssis, UNESP)

Este trabalho tem como objetivo divulgar as experiências de supervisores, alunos-professores e monitores do Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores (CLDP) da Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP. Trata-se de um projeto de extensão colaborativo entre o Departamento de Letras Modernas e o Departamento de Educação desta instituição, com o apoio da PROEX - Pró-Reitoria de Extensão e da AREX - Assessoria de Relações Externas da Universidade Estadual Paulista. O CLDP foi implantado no início de 2010, oferecendo cursos de Inglês, Espanhol, Alemão, Italiano, Francês, Japonês, Mandarim e Português para Falantes de Outras Línguas. Os cursos atendem a cerca de 500 alunos, de faixas etárias diferentes, oriundos das comunidades interna e externa. As aulas são ministradas pelos alunos do curso de Letras, sob a supervisão de professores de Língua e de Prática de Ensino. O CLDP é um espaço que visa a utilizar novas tecnologias para o ensino de línguas, por meio de ferramentas do Teletandem e da Plataforma do Teleduc. Além disso, é também um contexto para desenvolvimento de pesquisa, no qual alunos de graduação, de pós-graduação e professores podem refletir sobre as teorias de ensino-aprendizagem de línguas e sobre práticas pedagógicas que envolvem o processo. As experiências relatadas são baseadas em um banco de dados coletados no primeiro semestre de 2010 e se fundamentam nas dificuldades que se apresentam aos envolvidos nesse primeiro estágio da implementação do curso, tanto no que diz respeito aos aspectos formais e burocráticos quanto ao que se refere às implicações teórico-metodológicas e pedagógicas. Palavras-chave: Centro de Línguas; Ensino-Aprendizagem; Tecnologia.

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Museu escola da UNESP Ruth Künzli, ruth@fct.unesp.br, Leonice Bigoni, Faculdade de Ciências e Tecno-logia – FCT/UNESP, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquista Filho – ni-ce@fct.unesp.br

Os museus são atualmente reconhecidos por sua missão cultural, que, além das funções de preservar, conservar, pesquisar e expor, apresentam-se também como campo fértil para as práticas educati-vas. O Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia/CEMAARQ da FCT/UNESP de Presidente Prudente tem o compromisso de colo-car-se a serviço de uma sociedade em constante transformação, orientando os trabalhos desenvolvidos a fim de sensibilizar os visitantes sobre o seu patrimônio cultural, empreendendo um diálogo constante com os diferentes públicos que o freqüentam. Encantamento, curiosidade, descoberta, diversão, prazer, passeio, sociabilidade, debate, pesquisa, trabalho de campo e aprendizagem são os objetivos do CEMAARQ, no qual são desenvolvidas pesquisas nas áreas de Arqueologia Pré-histórica e Antropologia e divulgadas através dos três seguintes três projetos: o“Projeto Museu-escola, dialogando com a interdisciplinaridade”; o“Projeto Circuito Científico Cultural” e o “Projeto Ciência na Unesp”, bem como através de apresentações em Congressos e publicações. Esses projetos contam com bolsistas e docentes dos vários departamentos da Unidade. A equipe de monitores está capacitada para atender os diferentes públicos, tanto em função de várias idades, bem como com formações diversas, adequando os conteúdos e as atividades de acordo com os objetivos e nível de compreensão e interesse de cada um (faixa etária, grau de escolaridade, objetivo da visita e portadores de deficiências), fazendo com que as visitas sejam recebidas como atividades interativas para que aprendam e se interessem pelas exposições. Os trabalhos, de caráter educativo e interativo têm feito crescer o público no museu e nos demais setores que se incluem no Projeto chamado Circuito Científico Cultural, o mesmo ocorrendo também nas semanas comemorativas que são realizadas durante o ano, tais como “Semana do Índio”, “Semana Nacional de Museus”, e “Semana do Folclore”, realizadas dentro e fora do Campus. Hoje, o público anual do Museu ultrapassa os 14.000 visitantes e com um resultado muito satisfatório, o que pode ser constatado através das avaliações aplicadas ao final das visitas, quando os professores podem expressar a sua opinião sobre o aprendizado de seus alunos e fazer sugestões, as quais servem de retro-alimentação para as atividades do CEMAARQ. Palavras-chave: museu escola, educação, antropologia, arqueologia.

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Museu-Escola: Dialogando com A Interdisciplinaridade Profª. Drª. Ruth Künzli - ruth@fct.unesp.br - Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” Adriano Quirino de Oliveira - adriano.quirino@hotmail.com - Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente - Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”

O Projeto “Museu-Escola: Dialogando com a Interdisciplinaridade” iniciou suas atividades no ano de 1998, no CEMAARQ (Centro de Museologia Antropologia e Arqueologia), localizado na FCT-UNESP- Presidente Prudente, como forma de aproximar o museu das escolas e melhorar a recepção dos visitantes, em sua maioria estudantes do ensino fundamental e médio, facilitando a compreensão das explicações sobre os assuntos contidos no acervo e integrando os conteúdos curriculares com o aprendizado cultural. Atualmente, o Museu-escola funciona juntamente com outros projetos de extensão, tendo como coordenadora a Profª. Drª. Ruth Künzli. O Projeto Museu-Escola tem como objetivo principal a interação e o aprimoramento dos conteúdos aprendidos em sala de aula através da visita ao Museu, dinamizando a apresentação do acervo com a percepção visual e sensitiva pelo contato tátil e por brincadeiras e demais atividades pedagógicas, estimulando e atraindo a atenção do visitante, de acordo com sua faixa etária, melhorando assim, a fixação das informações apresentadas sobre o acervo. Os métodos aplicados ao Projeto Museu-Escola englobam distintas técnicas em função da interdisciplinaridade que o CEMAARQ desenvolve. Para que o aluno-visitante compreenda as mensagens propostas pela exposição do museu, foram desenvolvidas diversas atividades que são aplicadas de acordo com a faixa etária dos visitantes, sendo as principais: um texto explicativo para os professores trabalharem na sala de aula antes da visita; visita monitorada da exposição; e uma avaliação feita no final da visita pelo professor responsável pela sala, onde é avaliado o desempenho dos monitores e feita sugestões para a melhora do atendimento. Além de um prévio treinamento dos monitores através da leitura de bibliografias referentes ao acervo do museu. Pode-se afirmar que os resultados obtidos pelo Projeto Museu-Escola estão sendo muito satisfatórios, sendo nítida a importância educacional, cultural, científica e social que o projeto alcança, já que é acessível a todos. E com base em uma análise das avaliações feitas pelos professores visitantes, observamos que a implementação das atividades pelo projeto “Museu-escola”, tornaram as explicações bastante dinâmicas e melhoraram a assimilação pelos alunos das informações apresentadas pelos monitores, e a maioria dos professores ficaram satisfeitos com a visita ao CEMAARQ, atingindo assim os objetivos anteriormente propostos. Palavras-chave: Museu, Interdisciplinaridade, Ensino.

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Motivando a Aprendizagem de Física Através de Atividades Lúdicas Elso Drigo Filho, IBILCE, UNESP, edrigof@gmail.com Gabriel Piani Luna da Silva, IBILCE, UNESP, gabrielpiani@hotmail.com Josimar Fernando da Silva, IBILCE, UNESP, josimarf.silva@hotmail.com Laís Ozelin de Lima Pimentel, IBILCE, UNESP, lozelin@hotmail.com Rafael Antonio Caface, IBILCE, UNESP, raphaelcaface@yahoo.com.br

O interesse dos alunos no Ensino de Física tem esbarrado na abstração com que essa ciência é apresentada. Essa questão tem levado a um desinteresse no seu aprendizado formal, mantendo, em alguns casos, apenas um interesse superficial envolvendo relatos qualitativos. Essa situação nos motivou a atuar diretamente na realidade social, através da realização de experimentos interativos junto à população, em especial, junto às Escolas de Ensino Fundamental e Médio da região de São José do Rio Preto, SP (noroeste paulista). A metodologia usada envolve identificação e desenvolvimento de experiências ilustrativas a serem apresentadas à comunidade por meio de visitas programadas. As instituições ou escolas interessadas realizam um pré-agendamento com o nosso grupo, entrando em contato telefônico, e-mails, pessoal ou por correspondência, fornecendo o endereço e a melhor data e horário. Depois de confirmada, a visita ocorre conforme programado. Usualmente, são dois alunos que se deslocam até o local agendado levando cerca de dez experimentos para serem apresentados e vivenciados pelo público. Os discentes da Unesp funcionam como monitores, demonstrando, explicando e auxiliando os interessados. Dado o caráter dinâmico das atividades, esses monitores devem estar preparados para interferir sempre que necessário, não apenas esclarecendo os conceitos físicos pertinentes às práticas, mas também evitando abusos e acidentes. Ao todo o grupo conta com vinte e duas práticas disponíveis para essas atividades. A procura da comunidade pelas apresentações do grupo é diversificada e espelham o interesse da sociedade por esse tipo de atividade. Em 2010, já foram atendidas 05 instituições, sendo que 04 visitas foram feitas em Escolas de Ensino Básico e 01 apresentação foi realizada junto ao curso de Pedagogia da Unesp. O retorno obtido por parte dos responsáveis pelo agendamento tem sido bastante positivo, especialmente nas Escolas. Em muitas ocasiões, tem-se solicitando retorno do grupo em período complementar para atender ao restante da comunidade escolar. Considerando os resultados obtidos, tanto em termos da participação do público como em termos da manifestação dos responsáveis pelo agendamento, pode-se concluir que as atividades desenvolvidas obtêm grande aceitação por parte do público. A busca por uma melhor aceitação do aprendizado de conceitos físicos por parte dos alunos, tem se constituído em uma forte aceitação do projeto. Considerando os relatos feitos após as atividades, percebe-se que esse ponto tem sido atingindo com sucesso. Palavras-chave: Física, Aprendizado, Experimentos.

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Movimento e jogos dramáticos na educação infantil - Projeto “Arteiros em movimento” Prof. Dr. Ademir De Marco - Professor Associado - DEM, Faculdade de Educação Física demarco@fef.unicamp.br Franciane Martins da Costa - aluna de graduação da Faculdade de Educação, emaildafran@yahoo.com.br Joana Lourdes de Santana - aluna de graduação da Faculdade de Educação, joana_dalberto@yahoo.com UNICAMP

Este projeto acontece no Programa de Integração e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente - PRODECAD, espaço destinado à educação não-formal, existente a mais de 25 anos, mantido pela UNICAMP para atender, prioritariamente, os filhos de seus funcionários. O Projeto de Extensão Universitária “Infância e Adolescência”, foi elaborado para proporcionar experiências motoras para as crianças da Educação Infantil, pois de acordo com o - RECNEI/MEC, na Dimensão Conhecimento de Mundo são propostos vários Eixos de Ação; Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita e, Natureza e Sociedade. A idealização desta proposta com os jogos dramáticos tem os objetivos de desenvolver os Eixos acima mencionados, proporcionando ação, ludicidade e prazer para as crianças da Educação Infantil do Prodecad ao mesmo tempo em que busca integrar os alunos de graduação da UNICAMP dos cursos de Pedagogia e de Educação Física com as vivências de suas futuras profissões. Os jogos dramáticos são realizados numa sessão semanal de 40’, possibilitando uma dinâmica com ações motoras que integram corpo e pensamento. Essa proposta visa estimular a criatividade e a imaginação das crianças por meio de inúmeras vivências, com diferentes formas de expressão corporal e com as manifestações de seus sentimentos, permitindo também observar e interagir com seus pares, processo este que amplia o repertório social, cognitivo, motor e emocional dos participantes. Durante as atividades de jogos dramáticos exploramos com as crianças suas várias possibilidades, tais como: consciência do corpo e suas variáveis, por meio dos planos alto, médio e baixo e as combinações destes com movimentos espelhados e que integram o cotidiano, massagens coletivas, estímulo da expressão vocal e facial, buscando facilitar e ampliar a expressão de sensações, percepções e sentimentos. Para que estas dinâmicas sejam motivantes e divertidas, são feitos resgates de canções folclóricas, histórias infantis, dedoches, jogos e brincadeiras que muitas vezes são adaptados aos jogos dramáticos realizados nesta proposta de exercitação dos Eixos da Dimensão “Conhecimento do Mundo”, outros materiais, como tecidos e papéis de diversas colorações também são utilizados. Com o desenvolvimento das atividades pudemos verificar que as crianças passaram a respeitar mais as diferenças entre elas e a desenvolverem a conscientização do próprio corpo bem como de seus sentimentos. Demonstraram maior cuidado com as limitações apresentadas pelo “outro”, ocorrendo também diminuição das manifestações de comportamentos que podem ser considerados agressivos. Palavras-chave: Educação Infantil - Jogos Dramáticos - Estratégias Pedagógicas. 193


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Museu-Escola do IB: o uso da internet para articular ensino-pesquisa-extensão Sílvia Mitiko Nishida, Instituto de Biociências, UNESP, nishida@ibb.unesp.br Virginia Sanches Uieda, Instituto de Biociências, UNESP, vsuieda@ibb.unesp.br Maria Dalva Cesario, Instituto de Biociências, UNESP, mcesario@ibb.unesp.br

As ferramentas de multimídia estão cada vez mais presentes nas salas de aula. A rede mundial de computadores é uma ferramenta democratizadora que proporciona acessibilidade ao conhecimento, à comunicação e ao entretenimento, podendo ainda, nas salas de aulas, facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Através do site “Museu-Escola do IB”, on-line desde 2007 (http://www.ibb.unesp.br/Museu_Escola/index.php), tem sido gerado e constantemente atualizados conteúdos de Ciências (Ensino Fundamental) e de Biologia (Ensino Médio), promovidas visitas didáticas de escolas ao Instituto de Biociências, e viceversa, e mediado o empréstimo de materiais didáticos aos professores. Esta atividade tem por compromisso articular as atividades de ensino, pesquisa e extensão, através de um espaço virtual onde os professores e estudantes do Ensino Fundamental e Médio podem acessar conteúdos facilitadores da aprendizagem. O corpo editorial do Museu-Escola busca uma interatividade constante (presencial e à distância) com os professores de modo que o conteúdo disponibilizado esteja em constante processo de construção e reconstrução, garantindo-se a atualização e o aperfeiçoamento permanentes. Os conteúdos apresentados estão amparados pelos respectivos Parâmetros Curriculares Nacionais, cujos autores dos textos são especialistas das diferentes áreas do conhecimento. Antes de cada texto ser disponibilizado, o mesmo é revisado pelo Corpo Editorial do Museu-Escola, composto pelas autoras deste resumo, auxiliado por um grupo de assessores, professores especialistas do Instituto de Biociências (IB) de diferentes áreas do conhecimento. Além dos professores, há o envolvimento de alunos de pós-graduação e de graduação na produção de textos digitais, bem como de material didático. O projeto pretende estabelecer um vínculo permanente com as escolas de Educação Básica, socializando e popularizando o conhecimento científico-acadêmico. Para o site escolhemos telas que facilitam a leitura e a navegação pelo usuário, com um padrão gráfico “limpo”, textos associados a arquivos de imagens e sons. A linguagem direcionada ao público-alvo é uma comunicação direta, dialogada, do tipo jornalístico, que procura não pecar pelo “eruditismo científico” exagerado, já que pretendemos ser compreendidos. Assim, o grupo gestor do Museu-Escola visa aproveitar as Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) para criar e manter um ambiente virtual interativo entre as Escolas de Educação Básica e a Universidade, além de facilitar a articulação entre ensino, pesquisa e extensão universitária do Instituto de Biociências. Palavras-chave: Biologia, Ciências, Internet.

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Novas Experiências Pedagógicas da Educação Física para a Educação Infantil: o Corpo em Movimento com a Dança Ritmo e Expressão Prof. Dr. Ademir De Marco - Professor Associado - DEM, FEF, UNICAMP demarco@fef.unicamp.br Rosana Mancini Vieira - aluna de graduação da FEF, UNICAMP rosanamancini@yahoo.com.br Professor Antonio Rogério Batista do Prado - PRODECAD, UNICAMP rogeriop@unicamp.br Faculdade de Educação Física - UNICAMP

O Projeto de Extensão Universitária “Infância e Adolescência” consiste numa atividade do Núcleo de Estudos de Educação Física no Desenvolvimento Infantil - NEEFIDI/CNPq - Departamento de Educação Motora - Faculdade de Educação Física/UNICAMP. Este projeto foi elaborado com a finalidade de proporcionar experiências motoras para aproximadamente 300 crianças da Educação Infantil - PRODECAD/UNICAMP, pois de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RECNEI/MEC, na Dimensão “Conhecimento de Mundo” são propostos vários Eixos de ação (Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita e, Natureza e Sociedade), entre os quais o “Movimento”. Os projetos de Extensão Universitária também propiciam aos alunos de graduação, oportunidades de ações que integram o ensino, com a pesquisa e com o exercício de sua futura profissão. As crianças participantes estão inseridas na faixa etária de três a seis anos. As intervenções ocorrem nos espaços do Prodecad, uma sessão semanal, com duração de 40 minutos. As 14 turmas da Educação Infantil participam de dois momentos semanais para as atividades componentes do Eixo “Movimento”. O objetivo principal visa criar atividades, que de forma lúdica, propiciem às crianças terem contato com ritmos e expressões corporais diversificadas e que representem novos desafios, diferentes das experiências diárias dos ambientes escolar e familiar em que vivem. Permitindo o desenvolvimento da percepção corporal, cinestésica, ritmica e a coordenação global. A metodologia adotada considera as possibilidades corporais características das crianças desta faixa etária. São atividades que estabelecem vínculos com o imaginário, pois foi constatado que deste modo o entendimento das propostas por parte das crianças se faz de maneira significativa. O projeto inclui a observação de comportamentos individuais destas, pois alguns sentimentos como medo, vergonha e timidez para se expressar corporalmente de forma livre e desinibida, podem interferir intensamente e impedir a participação da criança, desta forma evitar-se-á qualquer possibilidade de exclusão destas das atividades desenvolvidas nas sessões. Com este projeto espera-se contribuir significativamente com a área da Educação Infantil, buscando estratégias pedagógicas e técnicas de integração com a Educação Física para com isto atender os princípios do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Desta forma, este projeto consiste numa proposta em construção, e os resultados esperados pretendem criar espaços de convivência que estimulem o desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças. Palavras-chave: Educação Física, ritmo e expressão, Educação Infantil. 195


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Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão Sobre a Escola de Vigotsky - Neevy Profª Drª Maria Aparecida Mello - DME, PROEX, UFSCar - mmello@ufscar.br Prof. Dr. Douglas Aparecido de Campos, DME, PROEX, UFSCar - dcampos@ufscar.br Maria Alice R.Camacho - Pedagogia, PROEX, UFSCar- mreiscamacho@gmail.com

As atividades do NEEVY tiveram início em 2003 e envolvem temas sobre a formação de professores; desenvolvimento infantil; educação da criança de 0 a 10 anos e processos de ensino e aprendizagem na escola. Os objetivos são: aprofundar conhecimentos sobre a abordagem Histórico-Cultural; desenvolver projetos de extensão e pesquisa em parceria com a rede pública de ensino; produzir artigos para publicações sobre os resultados destes projetos; proporcionar espaço de reflexão téorico-prática para os membros do grupo. A metodologia é fundamentada na abordagem colaborativa da perspectiva Histórico-Cultural. Os encontros são semanais e envolvem leitura e discussão de textos; seminários; elaboração de projetos de extensão e pesquisa; escrita de artigos para revistas e participação em eventos; discussão dos resultados das atividades à luz da fundamentação teórica. O número de participantes vem aumentando a cada ano e são procedentes de vários lugares: alunos da UFSCar (graduação e pós); professores da rede pública de ensino de São Carlos e região, psicólogos, filósofos, supervisores de ensino e gestores. Durante o ano de 2008 desenvolvemos pesquisa e extensão junto a professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental; participamos de dois eventos científicos: ENDIPE, em Porto Alegre, e o 1º Encontro de Grupos de Pesquisas sobre Crianças e Infância - GRUPECI, em Juiz de Fora. Em ambos os eventos participamos com apresentação de trabalhos na categoria de comunicação oral. No ENDIPE apresentamos três trabalhos e no GRUPECI quatro. E em 2009: Congresso de Leitura - COLE - UNICAMP; em julho, Congresso Paulista de Educação Infantil - COPEDI; Congresso de Extensão - EXTENSO 2009, no Uruguai e uma das integrantes participou do convênio Portugal –Brasil, estudando um semestre em Coimbra. Alguns integrantes do grupo participam também das Atividades Curriculares Integradoras de Ensino Pesquisa e Extensão - ACIEPEs - oferecidas pelos coordenadores. Os professores relatam a importância de participarem desses projetos, de refletirem sobre suas práticas à luz de fundamentação teórica, de retornarem à universidade, de implementar formas alternativas de práticas pedagógicas. Os alunos e bolsistas afirmam que o grupo tem lhes proporcionado importantes aprendizagens acadêmicas, como por exemplo, vencer seus limites ou dificuldades de auto-exposição ao apresentarem os trabalhos em sessões de comunicação oral, produzir artigos em revistas científicas, entrar em contato com questões da realidade escolar, bem como, aprendizagens pessoais nos relacionamentos com pessoas, histórias e experiências diferentes, as quais modificaram suas concepções sobre a escola. Palavras-chave: Teoria Histórico-Cultural; Educação Infantil; Formação de Professores.

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O 2º Ano do Ensino Fundamental: As Relações Interpessoais e a Ludicidade em seu Contexto Carolina Biondo da Silva, Faculdade de Ciências-Campus de Bauru, UNESP, carolininhaah@hotmail.com Profª Drª Márcia Cristina Argenti Perez, Faculdade de Ciências-Campus de Bauru, UNESP, mcaperez@ fc.unesp.br

O primeiro contato com o ambiente escolar se dá por volta dos três anos na Educação Infantil, onde o meio é apropriado e com características familiares. Já o mundo escolar para as crianças no início do Ensino Fundamental geralmente não está adaptado, fazendo com que muitas vezes aconteça certa negação com a escola, professor e colegas. A falta do lúdico neste contexto pode contribuir ainda mais para a inadaptabilidade do aluno, e como outra conseqüência uma barreira nas relações interpessoais das crianças, que é fato de muita importância para seu desenvolvimento, a construção social e intelectual através do contanto com o meio, cultura, e diversidade que podem proporcionar novos esforços e habilidades, auxiliando de um modo geral na aprendizagem. O estudo tem como base as teorias do desenvolvimento e aprendizagem de Piaget (2003) e seus estudos sobre o estágio operatório concreto, Wallon (1995) a importância da afetividade, Vygotsky (1984) as relações sociais e mediação. O objetivo da pesquisa é compreender e analisar a ludicidade e relações interpessoais no contexto escolar. Verificar na rotina escolar como a ludicidade é trabalhada com crianças que entraram em um novo ambiente educativo e a importância das diversas relações interpessoais na escola. A metodologia do estudo foi uma investigação dividida em três fases. A primeira foi o levantamento e análise de estudos no campo da infância, ludicidade e relações interpessoais, por um referencial histórico-cultural. A segunda fase foi à realização de um estudo empírico em uma sala do 2º ano do Ensino Fundamental, de uma Escola Estadual. Os procedimentos metodológicos foram o uso de observação participante, entrevista semi-estruturada, respondida por seis alunos selecionados, além de coleta de registros escolares. A terceira e atual fase tem como foco a análise dos dados, por uma perspectiva qualitativa de diálogos entre a literatura e os dados. A análise deste trabalho no presente momento concentra-se na análise dos dados da entrevista. Até o momento um dos aspectos mais relevantes, é a quando questionados os sujeitos falaram dos momentos de brincadeiras dentro da escola, enfatizando o lúdico no intervalo ou brincadeiras formuladas pelos mesmos. Já heterogeneidade dos grupos e a formação dos mesmos por interesse ou afetividade, mostram a diversidade e suas relações sociais. Desse modo é possível notar que as relações interpessoais e ludicidade são importantes para uma boa adaptação e estão presentes nas inúmeras ações das crianças no cotidiano escolar. Porém é notável a escassez de recursos lúdicos que tem no ambiente por parte do professor. Palavras-chave: relações interpessoais, ludicidade, escola.

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O Desenvolvimento de Atividades para Superação de Obstáculos no Ensino Médio - Contribuições para o Ensino de Física Moderna Denise Fernandes de Mello¹ (dfmello@fc.unesp.br), Gustavo Ferreira Prado¹ (guga.prado@gmail.com), Bruna Carolina Costa¹ (prabrunah@hotmail.com)¹. ¹ Faculdade de Ciências–Departamento de Física–UNESP-Campus de Bauru

O trabalho desenvolvido pelo nosso grupo neste Projeto de Extensão tem por objetivo principal contribuir para o processo de Ensino-Aprendizagem de Física no Ensino Médio. A partir de 2008, foi introduzida pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo uma nova proposta curricular, cujo objetivo é contribuir para melhoria do Ensino Básico, tendo como base uma aprendizagem significativa e a conexão dos conteúdos teóricos com os desenvolvimentos sociais atuais. Entretanto, através de levantamentos realizados pelo nosso grupo, também desde 2008, e através dos principais indicadores da qualidade do ensino existentes podemos apontar que este objetivo está longe de ser atingido. Através da análise dos dados anteriormente obtidos, podemos destacar que uma das principais deficiências do Ensino de Física, no Ensino Médio, é a não realização de atividades experimentais, sejam elas demonstrativas ou investigativas. Esta desencadeia outra deficiência notável nesta etapa, que é a dificuldade que os alunos encontram para estabelecer uma ligação efetiva entre os conteúdos que aprendem em sala de aula com suas vivências cotidianas, o que está relacionado com o grau de aprendizagem significativa. Apresentamos como resultados algumas atividades que desenvolvemos junto a alunos e professores do Ensino Médio para contribuir na mudança deste quadro. Durante o ano de 2009, nossa meta era a inserção de atividades investigativas no Ensino Médio, portanto trabalhamos exaustivamente em cima da fixação de alguns conteúdos de Eletromagnetismo, pois aprendizagem deste está intimamente ligada à compreensão de alguns temas relacionados à Física Moderna. Desenvolvemos, desde então, atividades experimentais investigativas, direcionadas aos alunos do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio, relacionadas a fenômenos eletromagnéticos, ondas eletromagnéticas, telecomunicações, etc. Dentre estas, podemos destacar o Experimento de Henrich Hertz, um experimento histórico desenvolvido para explicar a descoberta e a interferência de ondas eletromagnéticas. O desenvolvimento e aplicação destas atividades têm trazido resultados positivos na postura de alunos e professores, porém continuamos ainda elaborando atividades relacionadas, pois este trabalho encontra-se em andamento. Palavras-chave: Física, Moderna, Experimentação Investigativa.

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O Ensino de Eletricidade, Magnetismo e Eletromagnetismo e sua conexão com a tecnologia atual Denise Fernandes de Mello, Faculdade de Ciências - Depto. de Física, UNESP - Campus de Bauru, dfmello@ fc.unesp.br Bruna Carolina Costa, Faculdade de Ciências - Depto. de Física, UNESP - Campus de Bauru, brunah@ fc.unesp.br Gustavo Prado, Faculdade de Ciências - Depto. de Física, UNESP - Campus de Bauru, guga.prado@gmail.com

Índices de avaliação do desenvolvimento do Ensino Básico no Brasil, tanto nacionais (SARESP, IDESP, IDEB) quanto internacionais (IOCP), evidenciam um nível de aprendizagem em ciências muito deficiente. Propostas como o novo currículo, implantado em 2008, pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, assim como reportagens na mídia televisiva e impressa, evidenciam a necessidade de metodologias que privilegiem uma aprendizagem significativa. Este projeto teve início no ano de 2008 e tem recebido o apoio da PROEX (Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP) através da concessão de bolsas e auxílio financeiro para materiais de consumo. A proposta tem como objetivo contribuir em particular com o Ensino de Eletricidade, Magnetismo e Eletromagnetismo, evidenciando toda a tecnologia presente hoje que é fruto do desenvolvimento dessa área da Física. Este tema foi escolhido baseado na dificuldade que os estudantes apresentam em relação ao tema e também à relevância no atual desenvolvimento tecnológico. O diferencial em nossa proposta é a abordagem dos conceitos, temas da Física, através da realização de atividades com materiais de fácil aquisição e baixo custo, usando como metodologia a experimentação investigativa, inserida no contexto de desenvolvimento histórico social. As atividades são elaboradas e desenvolvidas por alunos bolsistas e voluntários do Curso de Licenciatura em Física e são levadas para as Escolas de Ensino Médio, onde são realizadas em salas de aula com a participação do Professor de cada turma. Os temas abordados até agora foram: eletricidade estática, magnetismo, propriedades elétricas de materiais, condução elétrica, interação eletromagnética, transformação de energia, motores elétricos, propagação de ondas eletromagnéticas e aplicações. Temos também proferido palestras, oferecido oficinas e levado as atividades para feiras de ciências, assim como apresentado trabalhos em eventos científicos, evidenciando a interligação entre ensino-pesquisa-extensão do projeto. Palavras-chave: Eletromagnetismo, Tecnologia, Ensino Médio, Experimentação Investigativa.

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O Ensino de Física no Ensino Fundamental Denise Fernandes de Mello, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, dfmello@ fc.unesp.br Aline Agnelo Jango, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, alinejhango@ hotmail.com Bruna Carolina Costa, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, prabrunah@ hotmail.com Thiago de Almeida, Faculdade de Ciências - Depto. De Física, UNESP - Campus de Bauru, thifis@fc.unesp.br

Com o apoio da PROEX (Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP) através da concessão de bolsas e auxílio financeiro para materiais de consumo, desenvolvemos desde o ano de 2008, um projeto que visa contribuir com a Educação Integral da Criança e do Jovem, através da inclusão de atividades de conhecimento físico, que permitam à criança ter contacto com a ciência dentro de um contexto interdisciplinar, de forma lúdica. Os temas são abordados através de pequenos experimentos e/ou jogos que privilegiem a dinâmica de grupo, a formulação de hipóteses e que evidenciem conceitos, fenômenos físicos, permitindo o estabelecimento das primeiras pré-concepções de forma correta do ponto de vista científico. A motivação para o desenvolvimento deste projeto é a constatação através de levantamentos realizados pelo nosso grupo, que no Ensino Fundamental - primeiro ciclo, conteúdos de ciência são raramente e precariamente abordados, desestimulando o interesse da criança/jovem pela ciência. A escolha e elaboração das atividades são realizadas com o grupo de trabalho, hoje com 01 aluno bolsista, alunos voluntários (06) de diferentes cursos de graduação (Física, Química, Pedagogia), e professores colaboradores dos cursos Pedagogia e Psicologia. As atividades são discutidas com os professores do Ensino Fundamental e desenvolvidas em sala de aula. As crianças são divididas em grupos e são acompanhados pelo próprio professor da turma e por pelo menos 3 alunos (bolsistas e voluntários) participantes do projeto juntamente com o orientador. Participaram até o momento 8 Escolas de Ensino Fundamental, aproximadamente 20 professores e 400 alunos do primeiro ao quinto ano. Algumas escolas participam de forma contínua no projeto (atividades realizadas a cada 2 semanas) e outras esporadicamente dependendo das possibilidades de atendimento do nosso grupo. As avaliações realizadas com os professores envolvidos e também pelos relatos expressos pelas crianças através de textos ou ilustrações, mostram que o projeto além de estimular o interesse pela ciência, tem contribuído através dos jogos que desenvolvemos, com o processo de alfabetização e matemática. Os professores participantes relatam que esta tem sido uma oportunidade de complementarem sua formação, com uma metodologia que eles não haviam utilizado anteriormente, e que visivelmente tem contribuído na sua prática pedagógica. Palavras-chave: Atividades de Conhecimento Físico, Ensino Fundamental, Educação.

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O Futsal Como Meio de Intervenção Social Num Programa Pedagógico Não Formal Prof. Dr. Ademir De Marco - Professor Associado - DEM, FEF, UNICAMP demarco@fef.unicamp.br Ingrid Ateniense - aluna de graduação da FEF, UNICAMP ingrid_ateniense@hotmail.com Profª Lígia Maria Waki - Programa de Apoio à Escolaridade I - PRODECAD, UNICAMP

O programa de fustsal implantado no Prodecad visa o ensino dos fundamentos desta modalidade por meio da elaboração de campeonatos com regras adaptadas, como também, a conscientização e assimilação de valores humanos. Entretanto, ainda que o objeto adotado consista num esporte de competição, o programa tem como principal característica proporcionar a ludicidade e criar um ambiente agradável e de cooperação, desestimulando a competitividade. Esta proposta foi estruturada inicialmente para atender o Programa de Apoio a Escolaridade I, destinado às crianças de 6 a 10 anos, do ensino não formal mantido pelo Prodecad/ UNICAMP, estes alunos realizam suas atividades diárias, de forma integrada com a Escola Estadual Prof. Sérgio Porto. A idealização desta proposta partiu da observação do “futsal” praticado pelas crianças durante as “Oficinas do Movimento” e nos períodos livres, em que a prática realizada possuía regras criadas pelos próprios alunos e sempre com o comando dos alunos mais velhos, sendo que as regras sofriam alterações a cada lance, resultando num ambiente de conflitos e proporcionando elevado nível de estresse em todos que participavam deste tipo de “jogo”. Após estas constatações e até mesmo participando dos jogos, surgiu a idéia de formular um campeonato de futsal a fim de integrar as crianças, respeitando as individualidades e a fase de desenvolvimento em que se encontram. Além de permitir aos participantes a melhor compreensão do esporte assim como suas regras, sempre de forma lúdica e dinâmica, procurando exaltar a relevância do trabalho em equipe. Numa análise preliminar dos resultados obtidos até o momento com o desenvolvimento deste programa, foi verificado que os alunos participantes passaram a demonstrar comportamentos socialmente adequados, agindo de forma mais respeitosa com os amigos, professores e inclusive com os familiares, como afirmado pelos pais de alguns destes alunos. Podem ser citados também outros tipos de comportamentos e atitudes que estes alunos passaram a adotar após iniciarem a participação neste programa, como é o caso típico da nutrição, após reuniões em que este tema foi debatido, ocorreu por parte destes a conscientização e mudanças nos hábitos alimentares, ficando explicito o grupo de nutrientes considerados saudáveis e os tipos de alimentos que não possuem adequado valor nutricional. Palavras-chave: Futsal - Ensino Fundamental - Educação Física.

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O Papel Educacional do Cemaarq: Desafios e Transformações Conceituais, Valorizando A Educação e Atraindo Mais Público (Ruth Künzli), Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT, UNESP, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquista Filho - ruth@fct.unesp.br Leonice Bigoni, Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT, UNESP, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquista Filho - nice@fct.unesp.br

Os museus são atualmente reconhecidos por sua missão cultural, que, além das funções de preservar, conservar, pesquisar e expor, apresentam-se também como campo fértil para as práticas educativas. O Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia/CEMAARQ da FCT/UNESP de Presidente Prudente tem o compromisso de colocar-se a serviço de uma sociedade em constante transformação, orientando os trabalhos desenvolvidos a fim de sensibilizar os visitantes sobre o seu patrimônio cultural, empreendendo um diálogo constante com os diferentes públicos que o freqüentam. Encantamento, curiosidade, descoberta, diversão, prazer, passeio, sociabilidade, debate, pesquisa, trabalho de campo e aprendizagem são os objetivos do CEMAARQ, no qual são desenvolvidas pesquisas nas áreas de Arqueologia Pré-histórica e Antropologia e divulgadas através dos três seguintes três projetos: o“Projeto Museu-escola, dialogando com a interdisciplinaridade”; o“Projeto Circuito Científico Cultural” e o “Projeto Ciência na Unesp”, bem como através de apresentações em Congressos e publicações. Esses projetos contam com bolsistas e docentes dos vários departamentos da Unidade. A equipe de monitores está capacitada para atender os diferentes públicos, tanto em função de várias idades, bem como com formações diversas, adequando os conteúdos e as atividades de acordo com os objetivos e nível de compreensão e interesse de cada um (faixa etária, grau de escolaridade, objetivo da visita e portadores de deficiências), fazendo com que as visitas sejam recebidas como atividades interativas para que aprendam e se interessem pelas exposições. Os trabalhos, de caráter educativo e interativo têm feito crescer o público no museu e nos demais setores que se incluem no Projeto chamado Circuito Científico Cultural, o mesmo ocorrendo também nas semanas comemorativas que são realizadas durante o ano, tais como “Semana do Índio”, “Semana Nacional de Museus”, e “Semana do Folclore”, realizadas dentro e fora do Campus. Hoje, o público anual do Museu ultrapassa os 14.000 visitantes e com um resultado muito satisfatório, o que pode ser constatado através das avaliações aplicadas ao final das visitas, quando os professores podem expressar a sua opinião sobre o aprendizado de seus alunos e fazer sugestões, as quais servem de retro-alimentação para as atividades do CEMAARQ. Palavras-chave: museu escola, educação, antropologia, arqueologia.

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O Problema do Uso de Drogas Entre Os Estudantes do Projovem Urbano de Presidente Prudente-SP Gelson Yoshio Guibu, FCT - UNESP, gelsonguibu@uol.com.br Cleiton Aparecido Ferraz, FCT - UNESP, qqmaximus@hotmail.com

O trabalho aqui apresentado é resultado de pesquisa realizada com os estudantes do PROJOVEM URBANO durante o mês de junho de 2010, em parceria entre Secretaria Municipal de Educação de Presidente Prudente e FCT - UNESP. Muitos destes jovens estão sujeitos a inúmeras vulnerabilidades, e a presente pesquisa constatou que, no que se refere ao uso de tabaco, de bebidas alcoólicas e de outras drogas ilícitas, o quadro é bastante grave, e exige a adoção imediata de ações que visem transformar esta situação. Esta pesquisa é uma das atividades que vem sendo desenvolvidas no Projeto “Educação Preventiva no PROJOVEM URBANO”, e tem como objetivo básico sensibilizar professores e alunos sobre sexualidade e vulnerabilidades, buscando refletir, entre outros, sobre gravidez não-planejada, DST’s/AIDS, uso de drogas e homofobia na escola. Estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde, em 2006, apontou que o uso de drogas lícitas e ilícitas está entre os 20 problemas de saúde mais graves no mundo, sendo que 9% dos casos de morte estão associados ao uso de tabaco, e 3,2% ao uso de álcool. Neste sentido, as características da clientela do PROJOVEM URBANO de Presidente Prudente (jovens entre 18 e 29 anos, oriundos dos segmentos mais desfavorecidos sócio-economicamente) indicam que estes estudantes se encontram em situação de grave vulnerabilidade no que diz respeito ao uso tanto de drogas lícitas quanto ilícitas. Este fato foi confirmado na presente pesquisa, que apontou 38,3% de dependentes do tabaco (contra a média nacional de 10,1%). Por sua vez, em relação ao uso de bebidas alcoólicas, 61,2% dos estudantes do Projovem indicaram consumo diário e/ou ocasional. Em relação ao uso de algum tipo de droga ilícita, os estudantes do Projovem Urbano também se situam bem acima da média nacional (38% contra 22,8%). Dentre os estudantes que responderam, 15,2% fazem uso atualmente de maconha, 7,8% de cocaína, e 3% de crack, e observou-se que os homens são maioria entre os que ainda são usuários. Conclui-se, assim, que é extremamente urgente, por parte não apenas dos profissionais de educação, mas também de profissionais da saúde, a adoção imediata de ações que visem transformar este quadro, que possam levar a uma significativa redução do uso de drogas lícitas e ilícitas entre os alunos do PROJOVEM URBANO de Presidente Prudente, de medidas paliativas e de redução de danos, de práticas preventivas verdadeiramente eficazes entre os estudantes que ainda não são usuários, e que possam ser estendidas aos segmentos populacionais aos quais estes estudantes pertencem, principalmente junto às crianças e adolescentes que ainda estão no ensino regular. Palavras-chave: PROJOVEM URBANO, drogas lícitas, drogas ilícitas.

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O Projeto PIBID em uma perspectiva de Extensão Universitária Miriam Godoy Penteado (docente), Unesp-RC, mirgps@rc.unesp.br Heloisa da Silva (docente), Unesp-RC, heloisas@rc.unesp.br Juliana Arruda Vieira, UNESP, RC - SP, arruda_ju@hotmail.com Edmilson Rossini Junior, UNESP, RC - SP, erjunin@hotmail.com outros

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) foi criado pela Capes com a finalidade de dar apoio aos alunos de licenciatura plena das instituições de ensino superior, e com isso melhorar a formação docente, elevando o padrão de qualidade da educação básica. O PIBID teve seu início no ano de 2008 e, em 2010, a UNESP integrou-se a ele com uma proposta envolvendo a participação de 12 grupos dos diferentes campi universitários. Dentre estes, o subprojeto de Matemática, do qual fazemos parte, integra os cursos de licenciatura em Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) de Rio Claro e da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (FEG) e duas escolas da rede estadual, uma situada em Rio Claro e outra em Guaratinguetá. Considerando que extensão universitária pode ser entendida como um processo educativo, cultural e científico, que se articula ao ensino e à pesquisa de forma indissociável, e que viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade, entendemos que nosso sub-projeto se enquadra nessa concepção. Envolve a parceria com escolas estaduais, cujo contato direto representa a relação almejada entre a universidade e a sociedade. Nessas atividades, temos por objetivo auxiliar no processo de ensino e aprendizagem da Matemática. Tais atividades são elaboradas por meio de observações feitas durante o horário de aula e baseadas em discussões e pesquisas desenvolvidas na universidade visando vincular teoria e prática. Essa interação universidade-escola permite um aprendizado para ambas. As escolas parceiras têm a oportunidade de discutir aspectos do ensino e aprendizagem da matemática considerados em pesquisas da área e, com isso, realizar reformulações em suas estratégias de ensino e, a universidade, através do contato dos graduandos com a prática escolar, traz para as pesquisas uma reflexão que só é possível com essas experiências da prática. Destacamos que a participação no PIBID é um fator que contribui de forma valiosa para o nosso aperfeiçoamento como graduandos, nos dando a oportunidade de conhecer o sistema público de educação, as diferentes práticas adotadas pelos docentes, e as dificuldades e experiências vivenciadas por eles. Palavras-chave: Educação Matemática, parceria universidade-escola, PIBID.

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O Saneamento Ambiental no Programa Ciência e Artes nas Férias Prof. Dra. Emília Wanda Rutkowski, FEC, UNICAMP, emilia@fec.unicamp.br Juliana Chaves Fontes Lima, FEC, UNICAMP, julianacfl@fec.unicamp.br Arkana Kelly Costa, FEC, UNICAMP, arkanacosta@yahoo.com.br Sonia Hernandez Macedo, FEC, UNICAMP, hernandezmacedo@gmail.com Gilcélia Militina Siqueira, CESET, UNICAMP, gssiqueira@yahoo.com.br

O Programa Ciência e Artes nas Férias - CAF é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp, que visa proporcionar experiência da prática de pesquisa para alunos do ensino médio. O Laboratório FLUXUS da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo - FEC participa do CAF desde 2005, proporcionando a mais de 300 alunos o desenvolvimento de atividades e pesquisas sobre a temática do saneamento ambiental. Nas edições de 2005 a 2007 o FLUXUS realizou projetos coletivos recebendo grupos de alunos para trabalhar a problemática do lixo e dos catadores na gestão dos resíduos. As dinâmicas permitiram a reflexão sobre o sistema de coleta de resíduos e as políticas públicas. Resultando em questionamentos sobre a responsabilidade e o comportamento individual, a necessidade de campanhas de educação ambiental e reciclagem. A partir de 2008 o FLUXUS participa com projetos individuais do CAF no qual recebe alunos para estagiar no laboratório durante um mês. Nestes três anos os alunos foram envolvidos com as práticas e procedimentos de pesquisa e com os instrumentos da rede técnica de resíduos. Priorizou-se como metodologia, a construção coletiva do conceito de rede técnica de resíduos sólidos através de atividades de três tipos: aulas, visitas técnicas e dinâmicas. O resultado em 2008 foi sistematizado com uma narração de uma partida de futebol “Saneamento Ambiental, o jogo mais esperado do ano representando os elementos da rede técnica de saneamento no qual as tecnologias do saneamento enfrentam os poluentes. Em 2009 as alunas desenvolveram um jogo didático chamado ‘‘O Mistério dos Resíduos Sólidos”, utilizando a dinâmica de RPG, consolidando o conteúdo pesquisado. Em 2010, os alunos identificaram que na rede técnica de resíduos deveriam ser aprimorados a comunicação e a informação. Elaborando um jornal como trabalho final para expressar aos usuários da rede, seu funcionamento e qual o papel de cada cidadão. Como resultados positivos da participação dos alunos nestes projetos de estão a melhoria da expressão oral e escrita, a sistematização dos conceitos em produtos como jogos didáticos, painéis, e jornal, bem como a mudanças de atitudes em relação ao uso dos recursos naturais e conscientização ambiental. As atividades desenvolvidas pelo FLUXUS no CAF buscaram abordagens construtivistas, de forma a considerar a experiência de vida dos aprendizes, a respeitar as diferentes formas de apreensão de conceitos e as diferentes percepções do todo. Com esta abordagem obteve-se ampla participação dos alunos e os resultados revelam a apreensão do conhecimento técnico e da pesquisa acadêmica e o desenvolvimento de reflexão critica. Palavras-chave: Extensão, Educação Ambiental. 205


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O Significado da Extensão Universitária na Universidade Pública Dagmar Hunger, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, dag@fc.unesp.br

Na presente trabalho objetivou-se investigar, numa perspectiva histórica, o significado da Extensão Universitária na Universidade Pública. Para tanto, analisou-se a legislação pertinente à problemática. Entendendo que para compreender tal significado é necessário previamente conhecer a história dessa responsabilidade repassada à Universidade brasileira, identificou-se inicialmente os determinantes que resultaram às concepções e práticas atuais. Assim, constatou-se no Estatuto da Universidade Brasileira (Decreto n.º 19.851, 1931), do governo Getúlio Vargas e Francisco Campos, a primeira menção formal à Extensão Universitária. Determinava que esta deveria ser desenvolvida por intermédio de cursos e conferências destinados “à difusão de conhecimentos úteis à vida individual ou coletiva, à solução de problemas sociais ou à propagação de ideias e princípios que salvaguardassem os altos interesses nacionais”. Após quase 30 anos, no Decreto Lei n. 252/1967, notou-se um novo conceito de Extensão Universitária, em que se afirmava: “a universidade, em sua missão educativa, deveria estender, sob a forma de cursos e serviços, as atividades do ensino e pesquisa que lhe seriam inerentes”. E, na Lei da Reforma Universitária (n. 5.540/68), enfatizava o envolvimento de alunos, especificando que as instituições de ensino superior, por meio de suas atividades de extensão, “propiciariam aos corpos discentes oportunidade de participação em programas de melhoria das condições de vida da comunidade e no processo geral de desenvolvimento do país”. Ao findar o período ditatorial, professores, dirigentes universitários e governo, discutiam a Universidade Pública brasileira nos anos 80, entendendo que a Extensão Universitária, como instrumento acadêmico, deveria articular o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabilizar transformações sociais. A Extensão Universitária foi defendida como uma função importante para a definição da Universidade no contexto da inserção social. Acredito que somente a socialização do conhecimento científico pode construir um novo saber e possível superação de determinadas condições sociais indesejáveis. Este, sim, propiciará críticas e uma possível transformação da concepção de mundo hegemônica que não mais satisfaz a maioria da população. A Extensão Universitária por si só não revela esta dimensão ampliada. Concluo que o significado da Extensão Universitária evidenciar-se-á ao se compreender que a Universidade é Sociedade, constituída por nós pesquisadores, professores, alunos, técnico-administrativos e pessoas da comunidade. Assim, de forma constante e permanente, a Universidade Pública cumpre com sua responsabilidade científica e social! Palavras-chave: História, Concepção, Extensão Universitária.

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O jornalismo e a representação do outro: etnografia e arte na produção do discurso jornalístico (Daniela Pistorello), IFCH, UNICAMP, dpistorello@yahoo.com.br

O presente trabalho se constitui no relato de uma experiência de caráter interdisciplinar envolvendo as disciplinas do Curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina numa atividade que envolveu a comunidade de São José, SC. Levando em conta que a produção do texto jornalístico é sempre um discurso acerca do outro propôs-se aos alunos que problematizassem esta representação midiática e propusessem formas alternativas de discursos sobre o outro. Para as ciências humanas de forma geral, e em especial para os jornalistas é fundamental que o exercício da alteridade seja uma prática cotidiana. Desta forma, os alunos desenvolveram pesquisas etnográficas com grupos sociais que de certa forma não são visibilizados pela grande mídia e a partir destas pesquisas produziram representações dos mesmos através de um trabalho de arte utilizando para isto as linguagens artísticas contemporâneas (instalações). A turma foi dividida em grupos, selecionaram o tema a ser abordado; realizaram pesquisa etnográfica; montaram as instalações e produziram uma matéria jornalística que abordou o processo de elaboração da instalação. O acompanhamento deste trabalho foi feito pelos professores e é o resultado desta atividade desenvolvida no último semestre de 2009 que apresentamos aqui. Palavras-chave: Jornalismo, educação,arte.

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O potencial do anonimato na identificação das curiosidades, dúvidas e questionamentos de púberes sobre sexualidade Fraga-Silva, T. F. C., Dep. Ciências Biológicas, FC, UNESP - Bauru, SP, thaisfraga@fc.unesp.br Arruda, M. S. P., Dep. Ciências Biológicas, FC, UNESP - Bauru, SP, sueli@fc.unesp.br Maia, A. C. B., Dep. Psicologia, FC, UNESP - Bauru, SP. Marchetti, C. M., Dep. Ciências Biológicas, FC, UNESP - Bauru, SP. Locachevic, G. A., Dep. Ciências Biológicas, FC, UNESP - Bauru, SP.

Apesar dos avanços na área da orientação sexual, o número de propostas efetivas nessa área no âmbito escolar permanece ainda muito restrito; a maioria delas persiste priorizando aspectos preventivos, preocupando-se mais com a ausência de doenças e gravidez do que com a saúde em geral. Esta realidade, associada ao desenvolvimento do corpo púbere, aumentam as curiosidades dos alunos sobre sexualidade. Devido à complexidade dessa temática, alunos e professores, muitas vezes, não sabem ou estão preparados para abordá-la e, assim, os púberes não encontram, na escola, um local de esclarecimento adequado sobre suas curiosidades. Visando preencher esta lacuna, no presente estudo, utilizando como instrumento uma “Urna de Dúvidas”, buscamos identificar as curiosidades sobre sexualidade de alunos entre 10-11 anos, matriculados na 4ª série do ensino fundamental de uma escola pública do município de Bauru. Para tanto, a referida “urna” ficou à disposição dos alunos durante uma semana. As 85 perguntas coletadas durante esse período foram categorizadas e distribuídas nos seguintes temas: 1)orientação, 2)fisiologia, 3)prevenção/saúde. O maior grupo de questões referiu-se ao tema Fisiologia (50), seguido por questões dobre “prevenção/saúde” (18). A partir destas questões, idealizamos uma palestra de 40 minutos, que foi ministrada para 60 alunos, após autorização dos pais e/ou responsáveis. Durante a palestra, os púberes, inicialmente tímidos, foram se mostrando mais à vontade, inclusive expressando outras dúvidas, que foram discutidas pelo grupo. As questões identificadas através da urna refletiram a intensa curiosidade dos alunos em relação à sexualidade e a importância de haver um momento específico para orientá-los. Em entrevista particular, a maioria dos púberes comentou que apenas havia ouvido falar sobre este assunto, principalmente em conversas de parentes e amigos ou pela televisão. Relataram que, apesar de muita curiosidade, tinham vergonha de perguntar a respeito para pais e professores. Revelaram ainda que a proposta de orientação como conduzida nesse projeto foi esclarecedora, reforçando nossa percepção de que a metodologia utilizada foi positiva. As novas propostas de nosso grupo incluem o trabalho de formação dos professores da referida escola para que estes possam dar continuidade a essa tarefa. Palavras-chave: orientação sexual; puberdade; sexualidade

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O que é adolescência? Caio Franson da Silva (caio.franson@gmail.com), Guilherme Ventura (guilhermeventura2@gmail.com), Johly Kelvin Ferreira da Silva (johlykelvin@gmail.com), Lucas Augusto de Araujo (araujo.lucas21@gmail.com), Lucas Oliveira Ferreira (lucas.oliveira355@gmail.com), Queferson Nunes Alves (quefersonalves@gmail.com), Rafael Felipe dos Santos (rafael.felipe3010@gmail.com), Ravele Rodrigo de Almeida (ravelerodrigues@gmail.com), Robson Castor Alves (robsoncastor94@gmail.com), William da Silva Soares(williamsoares25@gmail.com) Professoras Orientadoras: Carla Magalhães de Souza, Josiane Zeferino de Oliveira E Miriam Raquel Teodoro de Sousa

Com base em pesquisas concluímos que a adolescência é à fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto. Os termos “adolescência” e “juventude” são por vezes usados como sinônimos, por vezes como duas fases distintas mas que se sobrepõem: para Steinberg a adolescência se estende aproximadamente do 11 aos 21 anos de vida, enquanto a ONU define juventude como a fase entre 15 e 24 anos de idade - sendo que ela deixa aberta a possibilidade de diferentes nações definirem o termo de outra maneira; a Organização Mundial da Saúde define adolescente como o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade e, no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ainda outra faixa etária - dos onze aos dezoito anos. Além disso Oerter e Montada decrevem uma “idade adulta inicial” que vai dos 18 aos 29 anos e que se sobrepõem às definições de “juventude” apresentadas. Como quer que seja, é importante salientar que “adolescência” é um termo geralmente utilizado em um contexto científico com relação ao processo de desenvolvimento bio-psico-social. Como mais adiante se verá, o fim da adolescência não é marcado por mudanças de ordem fisiológica, mas sobretudo de ordem sócio-cultural; o presente artigo se dedica assim à adolescência em sentido restrito, tomando a idade da maioridade civil - 18 anos - como fim. As diferentes partes do corpo crescem com velocidades diferentes. De maneira geral os membros superiores (braços) e inferiores (pernas) e a cabeça crescem mais rapidamente que o resto do corpo, atingindo seu tamanho final mais cedo. Isso leva a uma desproporção visível com relação ao tronco, que cresce mais devagar. Essa desproporção é observável também nos movimentos por vezes desajeitados, típicos da adolescência.

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Oficina Desafio em comunidades de risco social - itinerância do Museu Exploratório de Ciências - UNICAMP Profa. Dra Adriana Vitorino Rossi, Gabinete do Reitor, Museu Exploratóriode Ciências - Unicamp, Instituto de Química, UNICAMP, adriana@iqm.unicamp.br Fabiana dos Santos Toledo, Gabinete do Reitor, Museu Exploratório de Ciências - Unicamp, fabitoledo@ reitoria.unicamp.br

O Museu Exploratório de Ciências -Unicamp é um espaço que motiva a interação ativa com as ciências, estimulando o pensamento crítico e a curiosidade, de forma lúdica e inteligente. Buscamos inserir os visitantes na perspectiva de educação científica para integrá-los num contexto propício para apropriação do conhecimento científico-tecnológico. Um dos programas é a Oficina Desafio, é uma oficina ambulante construída em um caminhão, que vai até os visitantes para estimular a criatividade, o trabalho em equipe e a capacidade de resolver problemas. Pensando em expandir o alcance desse programa itinerante, optamos pelo atendimento local de comunidades em risco social com a Oficina Desafio em iniciativa aprovada no edital PREAC/Extensão Universitária/Unicamp 2009, para realizar seis sessões da oficina a partir do 1º semestre de 2010. As comunidades envolvidas são atendidas pelo PROGEN - Projeto Gente Feliz, que desenvolve projetos de inclusão social de jovens através de diversas práticas educativas. Esta organização não governamental tem 2 unidades em Campinas, uma no bairro Castelo Branco, que apresenta um dos mais altos índices de violência e drogadição da cidade e outra no Jardim Satélite Iris, também com alto índice de violência, exploração sexual de menores e falta de saneamento básico. Inicialmente, apresentamos o projeto para os graduandos da equipe de mediadores do Museu, que optaram aderir ao programa. Antes da ida às comunidades houve uma aproximação planejada entre os membros do PROGEN e a equipe do Museu em duas fases de encontros: primeiro na sede do Museu e depois nas sedes do PROGEN. Isto foi fundamental para adequar a estratégia: da escolha do tema do desafio à abordagem dos mediadores. Já foram realizadas quatro sessões: em um dia foram recebidos 180jovens no núcleo Castelo Branco e em outro dia, no Satélite Íris, atendemos 160 jovens. Um grupo de 11 graduandos atuou no programa, tendo surgido atitudes que denotam maior envolvimento afetivo na divulgação científica. Destacamos que os graduandos são de 7 cursos diferentes da UNICAMP e consideraram a inserção nessa nova vertente de atendimento como inspiradora e enriquecedora, independente da área do curso. Instrumentos de avaliação regular dos programas do Museu indicaram excelente receptividade pelos jovens atendidos e a equipe do PROGEN. Houve várias manifestações de encantamento e surpresa com as novidades apresentadas envolvendo ciências, com espanto e pouca associação com atividades escolares. Isto reflete a carência de atividades diferenciadas de divulgação científica para essas comunidades e aponta o acerto da proposta sem a qual dificilmente esses jovens teriam acesso ao programa. Palavras-chave: Ciências, Educação, comunidade carente. 210


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Oficinas interdisciplinares no “Quiosque da Saúde”: promovendo saúde e qualidade de vida Daniela Hummel de Almeida, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), danihummel@hotmail.com Docente: Paula Andrea Martins, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), paula.martins@unifesp.br Camila Pia Delgado da Silva, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), cah_delgado@hotmail.com Natália Spina, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), nattyspina@ hotmail.com Ricardo Badan Sanches, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ricardobadansanches@bol.com.br Gabriela Milhassi Vedovato, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), gabriela.vedovato@unifesp.br

O projeto “Ações Interdisciplinares no Quiosque da Saúde” está inserido no Programa de Extensão “Quiosque da Saúde Campus Baixada Santista” da Universidade Federal de São Paulo e realiza atividades no município de Santos. Tem por finalidade a promoção da saúde e da qualidade de vida de adultos e idosos que praticam atividades físicas ou esportivas na orla da praia, por meio de atividades desenvolvidas pelas graduações de Nutrição e Educação Física. Este trabalho tem por objetivo apresentar as oficinas educativas interdisciplinares que já foram desenvolvidas desde a sua implementação (junho de 2010). As oficinas acontecem semanalmente com estudantes da graduação, de pós-graduação, funcionários do campus e supervisão docente. São conduzidas de forma dinâmica, visando a integração, a troca de experiências e o desenvolvimento de conhecimentos e práticas sobre nutrição e atividade física buscando despertar a autonomia da população atendida. Os temas abordados foram: Alongamento, Princípios de Alimentação Saudável (Guia Alimentar de Harvard), Rotulagem de Alimentos, Exercícios físicos que podem ser realizados em casa, Culinário ao consumo de hortaliças (molho para saladas) e Avaliação de aptidão física. Todas as oficinas obtiveram elevado nível de satisfação na avaliação dos participantes, contando com a presença frequente de alguns deles. O planejamento (idealização dos temas), a realização das atividades com a comunidade e a avaliação do processo educativo foram desenvolvidos de forma interdisciplinar, buscando soluções que incorporassem os conhecimentos e práticas das diferentes áreas de atuação do campus, criando possibilidades de uma formação crítica dos estudantes para compreender e intervir nos processos de saúde-doença e cuidado. Palavras-chave: oficina, interdisciplinar, saúde

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Olhar sobre a própria prática: reflexões de uma professora de espanhol/LE em formação Rozana Aparecida Lopes Messias - UNESP, Assis - rozanalm@gmail.com Jaqueline T. Carvalho - UNESP, Assis - jaketomazinho@hotmail.com

Este trabalho refere-se a uma pesquisa, em andamento, desenvolvida no contexto de um Centro de Línguas e Desenvolvimento de professores da UNESP-Assis (www.assis.unesp. br/centrodelinguas), mais especificamente no desenvolvimento das aulas de espanhol ministradas para turmas de Espanhol I. O Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores é um projeto de extensão colaborativo entre os departamentos de Educação e de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras, com o apoio da PROEX - Pró-Reitoria de Extensão e da AREX - Assessoria de Relações Externas da Universidade Estadual Paulista. Sendo assim, os alunos do curso de Letras ministram aulas de línguas para a comunidade interna e externa ao campus, sob a orientação de docentes vinculados aos dois departamentos. Nesse ínterim, os alunos participam de duas supervisões mensais, uma destinada às questões pedagógicas e didáticas da prática e outra referente a aspectos da estrutura linguística específicos da língua ensinada no caso, deste trabalho, o espanhol. Nesse contexto, incentivamos os alunos a observar e refletir sobre a sua prática pedagógica, para poder repensar sua atuação em sala e construir sua identidade profissional. Para a realização deste intento filmamos as aulas e, posteriormente, assistimos - professora supervisora e aluno/professor - em sessões de visionamento compartilhado, momento em que gravamos em áudio os comentários e reflexões oriundas desse processo. A utilização desses aparatos tecnológicos deve-se ao fato de nos possibilitarem assistir às aulas ministradas em um momento posterior, com um distanciamento daquele que observa a aula consumada. Deste modo os alunos podem buscar, a partir da reflexão, primeiramente sozinhos e, em um segundo momento, em companhia do professor supervisor pedagógico, confrontar os aspectos positivos e negativos elencados por eles mesmos e pelo orientador e buscar novas formas de atuação. Essa forma de conceber a pesquisa enquadra-se nos moldes da pesquisa qualitativa, pois o contexto e o processo gerador dos acontecimentos é fator essencial na observação dos dados. Busca-se, com essa dinâmica, auxiliar os alunos em formação inicial a construírem e refletirem acerca de suas histórias de formação inicial. Palavras-chave: Formação inicial de professores de Línguas; ensino de espanhol; histórias da prática.

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Olimpíada Nacional de História: extensão e divulgação científica em Ciências Humanas Profa. Dra. Cristina Meneguello, DH, IFCH e Museu Exploratório de Ciências cmeneguello@gmail.com Camila Desmondes, Museu Exploratório de Ciências, imprensamuseu@reitoria.unicamp.br

Tradicionalmente, a divulgação científica atinge os campos das ciências da vida, exatas e tecnológicas e está associada a centros e museus de ciências e de tecnologia. Já o campo das ciências humanas, ainda que fundamental para a formação intelectual e cognitiva e para a cultura científica entendida de forma mais ampla e global, é ainda tema pouco privilegiado e as iniciativas em termos de acesso, divulgação e inclusão são poucas ou pouco conhecidas. Deque modos a divulgação científica pode estender-se a estes campos de competência - a história, a literatura, as ciências humanas em geral - que ficam muitas vezes relevados a “curiosidades menores” que adornam publicações científicas de cunho geral? Essas observações baseiam-se na experiência concreta e inédita da organização e execução da Primeira Olimpíada Nacional em História do Brasil (2009) e da Segunda Olimpíada Nacional em História do Brasil (2010, em curso). Trata-se de um programa majoritariamente via internet, para território nacional, sob a responsabilidade do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, simultaneamente uma Olimpíada Científica em Âmbito Nacional apoiada pelo CNPq. A Olimpíada Nacional em História do Brasil, teve em sua primeira edição mais de 16.000 participantes e na sua segunda edição conta com 43.000 participantes, entre estudantes de ensino fundamental e médio e seus professores de história de todo o país. Toda a parte conceitual e metodológica da Olimpíada é desenvolvida por equipe de profissionais em história. Foram também desenvolvidos uma plataforma e um sistema interativos que, além de proporcionar a inclusão digital, possibilitaram atividades como a utilização de um acervo digitalizado de documentos históricos, o que leva os participantes a terem contato direto com o arcabouço metodológico do historiador. Atividades como a leitura e interpretação de documentos, a análise de materiais iconográficos (mapas, gravuras, mídia em geral) e a interpretação de documentos controversos sobre o mesmo evento histórico são das atividades propostas. Esta apresentação objetiva apresentar os princípios e os resultados mais importantes obtidos até esse momento com este Programa de Extensão em âmbito nacional. Palavras-chave: Educação, Divulgação Científica em Ciências Humanas, Extensão

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Patrimônio, Memória e Preservação: o Uso Pedagógico de Fontes Primárias no Ensino de História Mauro Castilho Gonçalves, , castilho@unitau.br Cláudia Borges Serra, cbserra@unitau.br Tiago Donizette da Cunha, tiago_donizette@yahoo.com.br Joana Jesus Silva, joanajesus@hotmail.com Centro de Documentação e Pesquisa Histórica, Universidade de Taubaté

O Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade de Taubaté (CDPH) foi selecionado para desenvolver o projeto “Patrimônio, memória e preservação: o uso de fontes primárias no ensino de História” - Programa Pró-Extensão (PROEXT-CULTURA). A ideia foi verificar a correlação entre a história de Taubaté e o conjunto documental depositado e disponibilizado pelo CDPH, assim como suas possibilidades no ensino de História, com os seguintes objetivos: produzir conhecimentos históricos e arquivísticos; elaborar um curso de formação continuada para professores e confeccionar material didático para docentes do Ensino Fundamental I. Um conjunto procedimentos foi sistematizado para o trabalho: organização, catalogação e preservação da documentação primária relacionada aos trabalhadores da antiga fábrica de tecelagem Companhia Taubaté Industrial; curso de extensão oferecido aos professores de História da rede municipal de ensino de Taubaté; levantamento de dados, por meio de observação direta e de entrevistas, de quatro escolas municipais selecionadas para a aplicação do material didático-pedagógico e produção de uma cartilha para o Ensino Fundamental I. Os resultados indicaram que, por intermédio do estudo e do uso de fontes documentais, professores e alunos podem, de forma mais consciente e cidadã, valorizar a história e a memória de sua cidade. Além disso, o acervo documental pode ser disponibilizado para a pesquisa acadêmica e produção de novos conhecimentos na área. Palavras-chave: História, Patrimônio, Escola Pública

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PET Biologia da UNESP de Rio Claro auxiliando em processos de aprendizagem ao reforçar o conhecimento dos alunos de escolas públicas Bianca Fazio Rius (Prof. Dr. Flávio Henrique Caetano), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, biancarius@yahoo.com.br Paola Mandetta Tokumoto, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, p_mt@hotmail.com Fernando Kamimura Cocchi, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, mieita@gmail.com Rodrigo Vieira Guidelli (Prof. Dr. Flávio Henrique Caetano), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Rio Claro, bio_humanos@hotmail.com

A Educação de qualidade vista como base para a formação de qualquer cidadão, conjugada com o extravasamento do conhecimento adquirido dentro da Universidade leva a uma aproximação da comunidade acadêmica com a comunidade civil e isto é uma questão almejada pelo grupo PET Biologia da UNESP de Rio Claro. O presente trabalho teve como objetivo principal o auxílio ao professor e o reforço do conhecimento passado pelos mesmos aos alunos do ensino fundamental da Escola Estadual Carolina Seraphin. O grupo PET foi primariamente dividido em grupos menores, no qual cada um se responsabilizou por ministrar aulas de reforço para uma determinada série do ensino fundamental, portanto de 5ª à 8ª série. Cada grupo teve como base o Caderno do Professor, que é usado pelos docentes de escolas públicas do Estado de São Paulo e é específico para cada série. A partir deste Caderno as aulas de reforço foram elaboradas, com exemplos distintos daqueles do caderno, para que os alunos pudessem ter uma visão diferente do conteúdo previamente aprendido. Com o intuito de melhorar a compreensão pelos alunos, foram utilizados jogos, cartazes, maquetes, entre outros, além da grande abertura para interação dos alunos com os participantes do grupo PET por meio de perguntas que poderiam extravasar o conteúdo programático. Os alunos tiveram uma ótima participação no trabalho, mostrando interesse de aprendizagem e com alta capacidade de assimilação. Os objetivos do projeto foram alcançados, sendo os resultados bastante satisfatórios, baseado no retorno positivo dos professores que detectaram melhor rendimento nas provas do bimestre no qual ocorreu a intervenção. O grupo PET, por outro lado teve a experiência no que concerne a ministrar aulas e o desenvolvimento de técnicas de aprendizagem. Palavras-chave: Educação, Reforço, Aprendizagem

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Pet/Responsabilidade Social: o Envelhecimento na Terceira Idade Inahiá Pinhel, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUCCampinas, inahiap@uol.com.br Fabiana Aparecida dos Santos, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC- Campinas, fabi_apds@yahoo.com.br Cindy Trancoso de Oliveira, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC- Campinas, cindytrancoso@hotmail.com Edna Regiane de Souza, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC- Campinas, regianebb@yahoo.com.br

O PET-Terceira Idade é uma atividade de extensão, desenvolvida pelos alunos do Programa de Educação Tutorial (PET) da Faculdade de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Consiste em um projeto envolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, enfatizando o cuidado com as principais doenças crônicas que acometem esta faixa etária, identificando as principais dúvidas pelos idosos sobre as mudanças em seu estado de saúde e proporcionando intervenções que viabilizem melhoria nas condições de saúde para o idoso. A atividade é realizada por um período semestral, com encontros quinzenais e duração de uma hora e 30 minutos. O público alvo abrange cerca de 40 idosos na faixa etária de 60 anos e mais, de ambos os sexos, feminino ou masculino, sendo abordadas temáticas sobre cuidados corporais, higiene, alimentação, atividades físicas, risco de quedas, uso de medicamentos, incontinência urinária, Diabetes Mellitus e Hipertensão nos quais são ministradas palestras com o intuito de propiciar a informação e estimular o auto-cuidado do idoso considerando tanto o aspecto biopsicossocial quanto o cultural. O foco desta extensão é compartilhar conhecimento da universidade com a população idosa, possibilitando melhor qualidade de vida, o bem estar e proporcionando momentos de aprendizado por meio de trocas de experiências. As temáticas foram trabalhadas utilizando apresentações de slides, com muitas figuras ilustrativas e encenação teatral de forma a tornar a atividade atrativa e dinâmica. Há debates sobre os temas, no qual os idosos participaram ativamente da atividade. Esta extensão tem sido bem aceita tanto pelos idosos quanto pela direção do Lar dos Velhinhos de Campinas e, com isto, desenvolvida há dois anos pelo Programa de Educação Tutorial, sendo que, a cada ano, espera-se atender as expectativas e necessidades dos idosos, no que tange às orientações sobre temas relevantes para a saúde e qualidade de vida dos mesmos. Assim, embasado na experiência que foi propiciada ao grupo PET, além do trabalhar em melhoria da extensão, pode-se trazer para a comunidade acadêmica esta troca de experiências. Após avaliações do projeto, o grupo PET discute a possibilidade em ampliar esta extensão à outras instituições de idosos no município de Campinas. Palavras-chave: Idosos, Extensão, Saúde. 216


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Programa de Integração da Extensão Unifesp Diadema - PIEx Diadema Profa. Dra. Marian Ávila de Lima e Dias, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, mariandias@uol.com.br Profa. Dra.Nilana Barros, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo, nilanabarros@gmail.com Janio Henrique Bernardes aluno do curso de Licenciatura Plena em Ciências, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo Caroline Santana Gouveia, aluna do curso de Licenciatura Plena em Ciências, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo Liz Caroline Alves de Souza, aluna do curso de Licenciatura Plena em Ciências, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo Patrícia Regina Amaral, aluna do curso de Licenciatura Plena em Ciências, Campus Diadema, Universidade Federal de São Paulo

O PIEx Diadema, a partir das experiências históricas da UNIFESP na área da extensão ao longo da sua existência, visa agregar novas contribuições a partir das particularidades do Campus Diadema, além de reconhecer questões pontuais demandadas pela comunidade intra e extra muros. Por isso, considera que são necessários todos os esforços na troca de saberes para realizar uma efetiva interação com as comunidades, priorizando ações voltadas à melhoria das condições de vida e bem-estar da população bem como uma formação mais humana e consciente do alunado. Concebemos indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão como o reconhecimento de que o conhecimento produzido na academia deve ser apropriado pela sociedade, assim como também pela comunidade interna da Universidade a fim de aprimorar o desenvolvimento de suas condições estruturais, materiais e humanas, o que inclui o desafio da flexibilização curricular. Desde julho de 2010 estão sendo implementados projetos e eventos de extensão divididos em quatro eixos principais, a saber: A- Formação: Abarca cursos e ações que envolvam algum tipo de contato e troca de saberes e experiências com a comunidade tanto interna quanto externa à Universidade; B- Parcerias com órgãos públicos e/ou empresas e ONG’s: Compreende ações nas quais exista o apoio de uma ou mais instituições juntamente com a Universidade; C- Eventos: Semanas e Palestras voltadas à ampliação do repertório científico e cultural dos alunos, docentes e funcionários da UNIFESP; D- Campanhas solidárias: Compreende o eixo de ação em nível mais pontual voltado à troca e circulação de informações. Espera-se com isso implementar cerca de 30 ações de extensão, atingindo aproximadamente 1.000 pessoas entre alunos, funcionários, docentes e a comunidade diademense. Palavras-chave: educação, extensão, integração.

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Projeto Contando Contos e Amarrando Pontos Livia Prado Muniz (UNESP, Assis) muniz.livia@gmail.com Pamela Tosta Soares (UNESP, Assis) pamela_soares@yahoo.com.br Professor responsável: João Luís Cardoso Tápias Ceccantini (UNESP, Assis)

O Projeto de Extensão Universitária Contando Contos e Amarrando Pontos teve início em 2007, a partir de uma demanda por projetos de incentivo a leitura em um bairro periférico da cidade de Assis. É coordenado pela psicóloga Lindomar F. C. S. Poletto, pela assistente social Inez B. Felisardo, ambas do Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada “Dra. Betti Katzenstein” (CPPA), e pelo professor Dr. João Luís C. T. Ceccantini, do Departamento de Literatura da Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Já atuou em diversas instituições da cidade e atualmente realiza suas atividades na EMEIF Maria Amélia de Castro Burali , em duas salas de terceiro ano e uma sala multisseriada com crianças entre 8 e 12 anos. O objetivo do projeto é possibilitar às crianças o contato com o universo da leitura e da literatura, e com isso contribuir para a formação de leitores ativos. Para isso, é necessário reinventar o espaço da escola e transformá-lo em um ambiente que incite a imaginação, valorize a fantasia e dê liberdade para as crianças expressarem seus pensamentos e emoções. Hoje participam do projeto 13 contadores (11 voluntários e 2 bolsistas) graduandos de Psicologia, Letras e História. São realizadas reuniões semanais com contadores e convidados no CPPA, na qual são feitas discussões de textos sobre leitura, literatura, educação, além do planejamento das atividades. Valoriza-se a troca de experiências entre os participantes que possuem práticas, conhecimentos e vivências diversas. Nestes encontros realizamos também a escolha do livro, que é essencial para a contação, pois acreditamos que tudo começa a partir de uma boa história, sem finalidade pedagógica, sem moralismos e capaz de transportar os leitores para outras realidades. Nas contações, que duram uma hora, as crianças são divididas em grupos e acompanham a história com o livro em mãos. Buscamos fazer atividades que introduzam o tema dos livros, como brincadeiras, desenhos, construção de história em grupo, e para finalizar, realizam-se discussões baseadas em questões sobre os níveis sensorial, emocional e racional de leitura, identificadas por MARTINS (1982). Essas questões facilitam nossa reflexão sobre a compreensão do livro pelas crianças. No início do trabalho, a proposta de leitura de um livro nem sempre é bem vista pelas crianças, mas gradualmente este interesse aumenta. Além dos benefícios para os alunos da escola, o projeto possibilita aos graduandos da universidade uma formação mais completa, por oferecer a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos teóricos por meio da prática. Palavras-chave: Leitura, Literatura infantil, Ambiente escolar.

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Promovendo e Difundindo A Informação: Workshop Sobre Segurança Alimentar João Emmanuel Ribeiro Guimarães, Faculdade Dr. Francisco Maeda; jerguimaraes@uol.com.br Regina Eli de Almeida Pereira, Faculdade Dr. Francisco Maeda, reginaeli@bol.com.br Márcio Pereira, Faculdade Dr. Francisco Maeda, marcio.pereira@feituverava.com.br Margareti Aparecida Stachissini Nakano, Faculdade Dr. Francisco Maeda, margaretinakano@bol.com.br

A agricultura brasileira tem se destacado com números cada vez mais expressivos, na produção, em área plantada, na exportação e na quantidade de tecnologias empregadas no campo. Tal crescimento leva também à utilização de maiores quantidades de agrotóxicos na produção agrícola, colocando o Brasil como segundo maior consumidor mundial. De forma geral, a aplicação está presente na maior parte das culturas, mas as que mais trazem preocupação são aquelas consumidas em grande quantidade pela população na forma in natura. A falta de orientação adequada além de trazer problemas para a saúde do trabalhador rural, gera também reflexos na mesa do consumidor. A questão dos agrotóxicos nos dias atuais é certamente uma discussão que desperta controversa necessitando de maiores estudos e esclarecimentos tanto para os que produzem como para os que consomem, sendo assim o presente projeto teve por objetivo a realização de um workshop sobre “Segurança Alimentar” na “Faculdade Dr. Francisco Maeda - FAFRAM”, com intuito de conscientizar jovens universitários na área de segurança alimentar voltado para assuntos relacionados com aplicação de agrotóxicos, afim que os mesmo difundam as boas práticas agrícolas visando à produção de alimentos saudáveis. O workshop foi realizado no dia 17 de Junho de 2010, nas dependências da Faculdade Dr. Francisco Maeda/Fafram, em Ituverava-SP, tendo como público alvo estudantes e jovens profissionais da área. Algumas estratégias foram definidas para a execução deste evento: Convite dos palestrantes; Divulgação; Inscrições; Realização do evento; Avaliação do evento; Apresentação dos resultados. Estiveram presentes no workshop “Segurança Alimentar” 102 pessoas, sendo a maioria (89%) jovens com idade entre 18 e 25 anos, estudantes (94%), principalmente do curso de agronomia (93%). Os participantes foram questionados quanto à palestra que mais gostaram, onde se verificou um maior índice de satisfação pela palestra “Modelos de gestão no controle e monitoramento da produção agrícola sustentável” (33,9%), e como segunda opção as palestras “Ingestão de resíduos de pesticidas na dieta brasileira” e Boas práticas Agrícolas no uso de defensivos” ambas com 24,2% da preferência. As médias atribuídas às palestras variaram de 8,5 a 10, tendo uma média geral de 9,2, resultado bastante satisfatório. A organização do workshop, na concepção dos participantes, foi avaliada com nota máxima (10). Conclui-se que o workshop foi bem sucedido e atingiu seu objetivo de conscientizar jovens universitários na área de segurança alimentar, difundindo as boas práticas agrícolas, visando à produção de alimentos saudáveis. Palavras-chave: Conscientização, Produto Fitossanitários, Extensão universitária. 219


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Proposta de Intervenção Educacional Desenvolvido Por Graduandos de Educação Física para o Ensino Formal e Não Formal: o Circuito Ciência-Saúde Prof. Dr. Ademir de Marco - FEF, UNICAMP - Professor Associado demarco@fef.unicamp.br Ana Lídia Pontin - anali_ff@hotmail.com Daniela Bento Soares - danibsoares@hotmail.com Gleicon de Oliveira Analha - oliveiragleicon@hotmail.com Rosana Mancini Vieira - rosanamancini@yahoo.com.br Simone Thiemi Kishimoto - smonitk@yahoo.com.br Curso de Graduação FEF, UNICAMP

Este trabalho tem a intenção de divulgar um projeto de atividade educativa, proposto por meio de intervenção em instituições de ensino formal e não formal oferecido de maneira extraclasse e eventual, desenvolvido por estudantes do curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A necessidade de trabalhos desta natureza surgiu após a participação do grupo no projeto Férias no Museu - proporcionado à comunidade da UNICAMP durante o período de férias escolares pelo Museu Exploratório de Ciências da Unicamp - onde se constatou a eficácia da utilização de atividades dinâmicas e com caráter lúdico no ensino-aprendizagem de assuntos científicos pertinentes à formação de crianças de dez a quinze anos de idade. A proposta consiste em um circuito de atividades denominado Circuito Ciência-Saúde, composto de quatro estações temáticas: Neurociência, Avaliação Física, Doenças e suas relações com a Atividade Física e Mitos da Saúde. Em cada estação, uma introdução teórica e uma atividade lúdica serão oferecidas para tratar dos temas de forma divertida e dinâmica, como por exemplo, a montagem de uma pequena e adaptada planilha de avaliação física e um grande quadro de palavras-cruzadas, nas quais as dicas são enigmas sobre o assunto da estação. Os autores esperam com isso educar e informar crianças sobre assuntos relevantes à vida cotidiana e escolar de modo diferente dos métodos de ensino tradicionais, além de trazer à área da Educação Física um caráter informativo que extrapola os limites das quadras, ginásios, piscinas e tatames. Palavras-chave: Educação; Educação Física; Saúde

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Política na Escola Terrie Ralph Groth, tgroth@unb.br André Rizzardo Zanard, zanardi3@gmail.com Cauê de Castro Dobbin, caue.dobbin@gmail.com Dayse Conde de A. Sena, dayse.c.sena@gmail.com Nauê Bernardo Pinheiro, nauebernardo@gmail.com Campus Universitário Darcy Ribeiro, Universidade de Brasília

O Política na Escola é um projeto de extensão de ação contínua vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília. Nesse projeto são desenvolvidas atividades sobre política, participação, democracia, direitos etc. com crianças no ambiente escolar. Atualmente, trabalhamos em duas escolas públicas na Ceilândia e em uma ONG na Estrutural, todas na periferia da Brasília. As crianças têm, em geral, entre nove e doze anos. Esta faixa etária foi escolhida porque se acredita que é quando são formados os conceitos morais do indivíduo e o intuito do projeto não é ensinar conteúdos, mas construir, junto com as crianças, uma nova postura diante da política. Sabemos que aulas expositivas cansam facilmente estudantes nessa idade, por isso procuramos sempre planejar encontros dinâmicos e participativos, com dinâmicas, histórias em quadrinho e teatros. Atualmente, são realizados doze encontros, ao longo de um ano letivo. Nos seis primeiros, a maioria das atividades é dentro de sala de aula e são teóricas. Já nos seis últimos, as crianças propõem e realizam ações para melhorar sua escola. O objetivo dessa segunda parte é motivar as crianças a se enxergarem como agentes políticos e transformadores capazes de lutar pelos seus interesses e pelo bem da comunidade. Uma de nossas maiores preocupações é não doutrinar as crianças segundo nossas crenças políticas. Acreditamos que não existe uma única opinião correta e nossas atividades propõem aos estudantes que eles reflitam e encontrem as próprias explicações para o mundo político que os rodeia. Percebemos que, muitas vezes, as crianças apresentam soluções e visões de mundo que nunca enxergaríamos, de modo que tanto educando quanto educador aprendem no processo. Nesse sentido, para nós, a extensão se distingue totalmente do assistencialismo. Não nos consideramos, enquanto membros da academia, como detentores da sabedoria definitiva que saem da universidade para compartilhar o conhecimento com a comunidade. Ao contrário, valorizamos toda forma de sabe e saber-fazer como igualmente válidas e vemos a extensão como uma via de mão dupla na qual trocamos idéias e experiências. Quanto ao enfoque temático, tentamos trabalhar tanto com o aspecto institucional quanto com o não-institucional da política. Isso significa que discutimos eleições, congresso e divisão de poderes, por exemplo, mas também movimentos populares, organizações comunitárias e a política no dia-a-dia. Escolhemos essa abordagem para que cada um, tanto educador quanto educando, reflita sobre seu papel enquanto agente político e sobre o potencial transformador de sua ação política. Palavras-chave: Educação, política, extensão 221


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Popularização e Ensino de Astronomia Através do Observatório Móvel da UNESP Rosa M. Fernandes Scalvi, Faculdade de Ciências,UNESP,rosama@fc.unesp.br Sebastião Acácio Marques da Silva, IPMet,UNESP,marques@ipmet.unesp.br Danilo Pecaro Monteiro, Faculdade de Ciências, UNESP,danilosboy@hotmailcom.brl Stefany Paula Ribeiro, Faculdade de Ciências, UNESP, stefanyribeiro@fc.unesp.br Anderson A. Andriatto, Faculdade de Ciências, UNESP, andersonandriatto@ig.com.br Marcelo G. Bacha, POSMAT, Faculdade de Ciências, UNESP, mgbacha@fc.unesp.br

A Astronomia sempre provocou interesse e curiosidade na mente humana no decorrer da História, tornando-a um tema extremamente atraente e interdisciplinar. O homem busca o conhecimento fora da Terra, ao mesmo tempo em que a população deve ser conscientizada de sua responsabilidade enquanto seres humanos habitantes do planeta, usuários dos seus recursos e da tecnologia desenvolvida. Atualmente, telescópios fazem descobertas astronômicas surpreendentes, enquanto sondas espaciais pousam em outros planetas e luas do Sistema Solar. A sociedade humana ampliou sua noção de ambiente para além da Terra, e com a tecnologia desenvolvida, perscruta o espaço numa busca incansável de respostas que desvendem os enigmas do Universo, trazendo uma das mais importantes contribuições da Astronomia: a conscientização quanto à importância da preservação do planeta Terra e do ambiente como sustentação da vida. A divulgação e participação nestas atividades desperta na pessoa a cultura científica, favorecendo sua curiosidade natural. É neste contexto que o projeto desenvolvido faz uso de uma metodologia educacional criando situações de ensino-aprendizagem e de motivação que podem levar principalmente os jovens, a compreender a imensidão do Universo e a necessidade da comunidade terráquea participar nos destinos do planeta, ampliando a dimensão apenas acadêmica do ensino e levando os estudantes à construção da cidadania. Assim, a utilização de um Observatório Astronômico Móvel, visa a divulgação e o ensino das ciências astronômicas nas cidades vizinhas na região de Bauru, procurando contribuir para a redução da carência de conhecimento específicos e transmissão muitas vezes errôneas sobre os temas relacionados a formação, evolução e características do nosso planeta e do Universo em que vivemos. O Observatório Móvel busca promover a inserção de toda a comunidade que não possui condições adequadas para participar das atividades promovidas no ambiente do Observatório Didático de Astronomia “Lionel José Andriatto”, instalado na Unesp, campus de Bauru. A população participante das atividades do Observatório Móvel é beneficiada com conhecimentos gerados no ambiente universitário, promovendo a interação entre a Universidade e comunidade, através da constante reflexão e discussão de temas de interesse comum, como questões ambientais e sociedade. Com isto, é possível contribuir para a melhoria do ensino público e a alfabetização científica da população, atendendo também as metas de indissociabilidade propostas pelo tripé Pesquisa-Ensino-Extensão, além das demandas sociais, conforme deve ser buscado pela Universidade.. Palavras-chave: Astronomia, Educação Científica, popularização. 222


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Posso eventuar? A constituição da docência entre o descaso e a improvisação na rede estadual paulista Prof. Dr. Luiz Carlos Novaes, Departamento de Educação, Universidade Federal de São Paulo - Campus Guarulhos, luiz.novaes@unifesp.br Carlos Alexandre das Neves, Graduando do Curso de História, Universidade Federal de São Paulo - Campus Guarulhos, carlosalexandreneves@hotmail.com

O presente trabalho é resultado do desenvolvimento do projeto de extensão “Eventual ou Professor? Formação e trabalho de professores admitidos como eventuais na rede estadual paulista, no município de Guarulhos”. A realização do projeto foi estimulada pela investigação das condições de trabalho, bem como o envolvimento com o projeto pedagógico da escola, de professores admitidos pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, em caráter temporário, dadas as altas taxas de absenteísmo docente, bem como pela carência de docentes em algumas áreas específicas do currículo da educação básica. Os professores temporários denominados professores eventuais vão aprendendo a serem professores na improvisação e na precariedade e, para agravar a situação, a maioria deles tem pouco tempo de experiência no magistério; nessas condições, vão aprendendo a serem professores na improvisação e na precariedade.O saber docente se constitui, em parte, pelo saber fazer, ou seja, se é lecionando no dia a dia, exercendo a prática docente, que o professor completa sua formação e se constitui como professor; é preciso, então, considerar a experiência do trabalho esporádico ao qual o professor eventual esta submetido com todas as suas dificuldades. O projeto propiciou um mapeamento do perfil dos professores eventuais e das questões apresentadas por eles como as mais significativas para a realização de seu trabalho. Para esse mapeamento foi elaborado um questionário, com perguntas abertas e fechadas, e feito a 37 professores que atuam na condição de professores eventuais nas escolas estaduais vinculadas a diretoria de ensino Sul do município de Guarulhos (SP) escolhida para essa investigação a fim de identificar os sentidos e significados da docência diante da precariedade e improvisação. A partir da tabulação dos questionários foram identificadas as principais demandas de formação dos professores admitidos como eventuais que subsidiaram processos de intervenção junto às unidades escolares, com envolvimento de docentes do Departamento de Educação e alunos das licenciaturas, com a oferta de cursos, palestras, oficinas e acompanhamento de atividades realizadas nas escolas por esses profissionais, favorecendo o contato de docentes e estudantes com questões urgentes do cotidiano escolar e propiciando a compreensão da realidade escolar, mais especificamente a difícil condição de trabalho do professor temporário em virtude do frágil vínculo de contratação a que é submetido, interferindo nos modos de ser e estar na profissão. Palavras-chave: Trabalho docente, Professores eventuais, Escola pública.

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Programa Química em Ação Prof. Dr. Fernando Aparecido Sigoli, IQ, UNICAMP, fsigoli@iqm.unicamp.br Cláudia Martelli, IQ, UNICAMP, martelli@iqm.unicamp.br Acácia Adriana Salomão, IQ, UNICAMP, acacia@iqm.unicamp.br Roberto Canuto Paiva, IQ, UNICAMP, r084070@dac.unicamp.br Thaís Ribeira de Paula, IQ, UNICAMP, t084147@dac.unicamp.br Prof. Dr. Marcelo Ganzarolli de Oliveira, IQ, UNICAMP, mgo@iqm.unicamp.br

O Química em Ação é um projeto das Coordenadorias de Extensão e de Graduação do Instituto de Química da UNICAMP. O programa é promovido em parceria com as Diretorias de Ensino de Campinas Leste e Oeste, abrangendo 114 escolas das cidades de Campinas, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo. O programa é subdividido em dois sub-programas: (i) o Química em Ação na Universidade, promovido no mês de julho e (ii) o Química em Ação na Escola, realizado durante todo o ano. O sub-programa “Química em Ação na Universidade” é desenvolvido exclusivamente para alunos do ensino médio das escolas públicas, e tem como objetivos: divulgar a Química como parte do cotidiano e desmistificá-la enquanto ciência; promover a interação EscolaUniversidade; contribuir para que essa carreira seja mais lembrada por futuros vestibulandos; dar a oportunidade aos estudantes de graduação do IQ-UNICAMP que atuando como monitores tem a oportunidade de desenvolver atividades pedagógicas junto aos alunos de ensino médio, complementando a formação profissional. Neste sub-programa, cinqüenta alunos selecionados com base em seu desempenho escolar e em uma redação tem a oportunidade de vivenciar a Química sob uma nova perspectiva. Durante uma semana eles desenvolvem práticas de laboratórios sobre diversos temas, visitam os laboratórios de pesquisa e assistem a palestras com professores do Instituto de Química.Ao final do evento são distribuídos kits para os participantes visando atingir um número ainda maior de alunos, pois espera-se que, sob a supervisão de seus professores, os estudantes reproduzam alguns dos experimentos realizados durante o evento e relatem suas impressões e experiências aos colegas. O sub-programa “Química em Ação na Escola” oferece palestras temáticas que são ministradas por docentes e pós-graduandos do IQ-UNICAMP, entre os meses de março e novembro, nas dependências das escolas de ensino médio da rede pública ou privada.Os objetivos abrangem a complementação da educação em ciências dos alunos do ensino médio; a popularização da Química como ciência e parte do cotidiano; a divulgação e a desmistificação da imagem da química entre os estudantes; e a participação de alunos de graduação e pós-graduação nas atividades programadas complementando também a formação de mestrandos e de doutorandos em Química que futuramente poderão fazer parte do quadro de professores do ensino médio. Palavras-chave: Química, Educação, Escolas Públicas.

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Programa Suplementar FOCO-Vestibular da PUCSP Edélcio Ottaviani, Departamento de Teologia Fundamental, PUCSP, edelcioottaviani@uol.com.br. Silvana Tótora, Departamento de Política, PUCSP, stotora@uol.com.br.

O Programa Suplementar Foco Vestibular é dirigido para estudantes, jovens e adultos, oriundos das escolas públicas da grande São Paulo (70 vagas no Campus Santana) e da cidade de Barueri (70 vagas no Campus Barueri) reservando 55% de suas vagas para afrodescendentes e indígenas. Existe desde agosto de 2005 e recebeu um prêmio como uma das três experiências mais bem sucedidas do Programa Diversidade na Universidade MEC/UNESCO. Este programa tem como Objetivos: 1) Preparação para o acesso e a permanência na universidade das populações de baixa renda, afrodescendentes e indígenas. 2) Formação de professores da PUC/SP para o ensino médio. 3) Preparação para os exames do vestibular e do ENEM que proporciona a possibilidade de concorrer às bolsas do ProUni. 4) Preparação dos indígenas para concorrerem a uma vaga no projeto Pindorama da PUC/SP. Os Resultados esperados são: 1) Acesso e permanência dos estudantes de baixa renda, afrodescendentes e indígenas à Universidade. 2) Contribuição para a produção de um espaço universitário que valoriza, pratica e estimula o diálogo e a diferença intercultural. 3) Sensibilização das universidades para os programas de ações afirmativas. 4) Acesso e permanência dos indígenas no projeto Pindorama (bolsas de estudos da PUCSP para indígenas). 5) Realização de pesquisas e publicações que difundam o experimento de educação, currículos e cursos inovadores na perspectiva intercultural e interdisciplinares. 6) Estimulo à realização de pesquisas de Iniciação Científica pelos alunos na universidade a partir de temas e problemas gerados no Foco Vestibular. 7) Ampliar das possibilidades de extensão universitária para alunos e professores. 8) Realização da vocação da Universidade nas suas três funções: ensino, pesquisa e extensão. 9) Formação de professores para a rede pública de ensino com estágios supervisionados pelos professores responsáveis pelas áreas de conhecimento do Foco Vestibular. Neste sentido, o O Foco Vestibular oferece aos alunos dos cursos de licenciaturas da PUC/SP a possibilidade de cumprirem o seu estágio obrigatório; discussão dos conteúdos programáticos e instrumentos metodológicos inovadores para sua aplicação; garantia aos estagiários a participação em todas as etapas de formação de um professor: discussão e preparação de material, prática docente, participação na elaboração e discussão do projeto através de reuniões interdisciplinares, com a coordenação didático-pedagógica do projeto e supervisores das áreas disciplinares; participação em atividades de formação referentes às temáticas étnico-raciais; participação nas oficinas de experimentação de novas práticas pedagógicas e de gestão do projeto; supervisão dos estágios dos alunos, promovendo reuniões para preparação e discussão dos conteúdos das disciplinas com acompanhamento direto no local de seu exercício. O percurso metodológico compreende os aspectos formativos de aquisição e produção de conhecimentos e transcorre por intermédio de diferentes perspectivas de construção de mundo, composto de múltiplas estratégias: desenvolvimento de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) apropriando-se dos conteúdos programáticas do ensino médio através de uma seleção de temas que imprima nesses mesmos conteúdos um movimento de atualização e novos sentidos que contemplem a multiplicidade da realidade, suas relações e conflitos. De cunho interdisciplinar, a aquisição e produção de conhecimentos têm também por escopo provocar uma ressonância entre as áreas de conhecimentos – Linguagens, códigos e suas tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias – por meio do tema abordado em cada um dos módulos que compreende a grade curricular: Módulo I – Produção dos espaços; Módulo II -Dimensões do Tempo; Módulo III – Culturas; Módulo IV – Produção das Subjetividades. Palavras-chave: Pré-Vestibular, estágio, ações afirmativas. 225


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Projeto Cheiro Verde Rogério Lopes Vieites, FCA, UNESP, vieites@fca.unesp.br Érica Regina Daiuto, FCA, UNESP, erdaiuto@uol.com.br Sergio Marques Costa, FCA, UNESP, marxcosta@gmail.com Luciana Manoel, FC, UNESP, lmanoel@fca.unesp.br

Este projeto iniciou-se com uma oficina de processamento mínimo por nós ministrada para as agricultoras do projeto Cheiro Verde no município de Itatinga/SP, a convite do SEBRAE de Botucatu, e verificando a carência técnica, social e a necessidade de uma capacitação e a inclusão social de seus integrantes. Este projeto objetivou capacitar as agricultoras do projeto Cheiro Verde as boas práticas agrícolas foram realizadas palestras teóricas e práticas sobre administração de campo, cultivo orgânico de hortaliças, boas práticas agrícolas, colheita e pós-colheita de hortaliças orgânicas, técnicas de irrigação e compostagem. Diretamente, foram beneficiadas pelo menos 35 famílias (1 participante do curso – 1 família) se bem que, ao que se especifica na literatura, a moradia de mais de uma família por residência constitua estratégia de preservação e sustentação. Indiretamente, a avaliação dos beneficiários torna-semais complexa, tendo-se que considerar, de modo geral, os benefícios trazidos pelo projeto de forma ampla: número e qualidade dos beneficiários pela ingestão de produtos saudáveis; grau de consciência sobre a questão da qualidade nutricional dos alimentos; etc. Com este curso todas as agricultoras do programa cheiro verde foram capacitadas a trabalharem em conjunto ou mesmo individuais com a produção de hortaliças orgânicas. Outro aspecto a ressaltar diz respeito à necessidade de melhoria da qualidade de vida das integrantes do Projeto Cheiro Verde, por meio de Incremento de renda mensal, resultante da venda dos produtos. Palavras-chave: Extensão, Capacitação, Hortaliças Orgânicas.

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Projeto Conhecer, Analisar e Transformar (CAT): uma experiência da extensão universitária na construção de políticas públicas para a Educação do Campo Maria de Lourdes Albuquerque de Souza 1 Antonio de O. Costa Neto 2 Ludimila Maria Andrade dos Santos 3 Sara de Jesus Oliveira4 1. Mestre em Administração, Professora da UEFS, Coordenadora do Projeto CAT , udes30@yahoo.com.br 2 Mestre em Agronomia, Professor da UEFS, Coordenador do Projeto CATadocneto@yahoo.com.br 3 Graduanda em Pedagogia pela UEFS, sou.mila@hotmail.com 4 Graduanda em Ciências Biológicas pela UEFS, sarauefsbio@yahoo.com.br

O projeto CAT- Conhecer, Analisar e Transformar a realidade do campo na busca por um desenvolvimento territorial sustentável é um projeto de extensão que atua na formação de professores e na construção de políticas públicas educacionais voltadas para o campo. Este projeto acontece através de uma parceria entre a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Movimento de Organização Comunitária (MOC) e Prefeituras Municipais do semiárido baiano. O objetivo principal do projeto é contribuir para a formulação e implementação de políticas públicas para as escolas do campo, colaborando para um desenvolvimento sustentável integral e integrado no território. Atendendo as exigências da nova LDB, no que diz respeito à oferta da Educação Básica para a população rural, as ações do projeto são realizadas em 22 (vinte) municípios do semiárido baiano, atingindo cerca de 30.000 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental 1; trabalha com cerca de 2.000 professores e 60 coordenadores pedagógicos. A sua proposta pedagógica baseia-se em princípios freirianos, partindo da realidade onde o aluno vive e voltando-se para ela, a fim de melhorá-la. É o princípio da Ação –Reflexão - Ação. O 1º passo da sua metodologia é Conhecer a realidade em que os alunos estão inseridos, através de uma pesquisa, junto aos pais e aos familiares. Em seguida, comparam-se as respostas da pesquisa, analisando-as, sintetizando-as em vários tipos de linguagem, criando-se, um conhecimento novo localizado. A partir deste novo saber, estudam-se os “conteúdos oficiais” das diferentes disciplinas comparando-os com aquele novo construído pelos alunos. Devolve-se esta informação à comunidade, buscando-se, soluções coletivas, neste momento, ocorre o transformar nas ações dos sujeitos - discentes e docentes - oriundos das escolas campesinas.No processo, utiliza-se um instrumento de planejamento para o(a) professor(a) - a ficha pedagógica - uma espécie de roteiro de trabalho em sala de aula, elaborado a partir de um tema da realidade, fruto de uma construção coletiva. Pais, alunos, professores, comunidade, coordenadores pedagógicos, estagiários e assessores do projeto são produtores de conhecimento, são sujeitos da caminhada educativa. Professores(as) da UEFS e técnicos(as) do MOC são coordenadores(as) das áreas de conhecimentos, auxiliados(as) por estagiários da UEFS. O CAT tem concretizado a extensão universitária nessa parceria entre sociedade civil e poder público na construção de políticas públicas para a educação, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento local sustentável. Palavras-chave: Extensão Universitária; Política Pública para a Educação do Campo; Desenvolvimento Sustentável. 227


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Projeto e eu com isso? Marilde Loiola de Menezes, Instituto de Ciência Política (IPOL), Universidade de Brasília (UnB), marilde. loiola@gmail.com Jéssica Maiara Rodrigues Martins, Instituto de Ciência Política (IPOL), Universidade de Brasília (UnB), jessy. mrm@gmail.com David Mercado Faustino, Instituto de Ciência Política (IPOL), Universidade de Brasília (UnB), davidmercadofaustino@gmail.com Salles Dimitri de Oliveira, Instituto de Ciência Política (IPOL), Universidade de Brasília (UnB), sdmoliveira@ yahoo.com.br Robert Lee Borges de Paula Vidigal, Instituto de Ciência Política (IPOL), Universidade de Brasília (UnB), robertleehc@gmail.com

Projeto de extensão desenvolvido desde o começo desse ano, o projeto E eu com isso? (EECI?) é uma iniciativa dos estudantes do curso de Ciência Política da Universidade Brasília (UnB) no trabalho com alunos do ensino médio da rede pública na cidade-satélite de São Sebastião. O EECI? realiza uma programação de atividades dinâmicas, oficinas e debates em acampamentos com estudantes da escola. Como o próprio nome sugere, a proposta do projeto é a discussão do cotidiano dos estudantes da escola e a relação deles com o mundo e com questões reflexivas mais amplas que, muitas vezes, passam despercebidas na apreensão de nossas experiências, sobre o que temos a ver com música, meio ambiente, cidadania, gênero, desigualdade, violência, preconceito, ação política e diversidade. Calcado na metodologia de educação de Paulo Freire e em uma perspectiva crítica das abordagens de ensino das escolas tradicionais, o EECI? vem integrando uma ampla rede de atuação em construção coletiva com a comunidade de São Sebastião e com a rede de extensionistas da própria comunidade universitária da UnB. Mais que a proposição de uma determinada linha de atuação em trabalho e prestação de serviço à comunidade, o EECI? vem se mostrando cada vez mais um convite a um processo de mútua reflexão e aprendizagem coletiva para todos os envolvidos no projeto. Palavras-chave: Emancipação, Reflexão, Dialogicidade.

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Proposta de ensino de Matemática através de áudios interdisciplinares Prof. Dr. Samuel Rocha de Oliveira - IMECC, UNICAMP, samuel@ime.unicamp.br Carolina Ramalho Bonturi - IEL, UNICAMP, carolbonturi@gmail.com Leonardo Barichello - MAIS Educacional, barichello@gmail.com

O presente trabalho apresenta parte do Projeto M³ - Matemática Multimídia para o Ensino Médio, um convênio entre MEC e Unicamp com objetivo de produzir uma coleção de recursos educacionais em mídias digitais (áudios, experimentos, softwares e vídeos) para subsidiar o professor de Matemática na sua prática docente. Estes recursos serão disponibilizados para livre uso e distribuição na internet através do portal www.m3.mat.br. O projeto dialoga com a extensão universitária por ter como objetivo o desenvolvimento de recursos direcionados a professores da rede pública de ensino, ou seja, faz extrapolar os limites de acesso à informação produzida na universidade. Além disso, a característica multimídia e interdisciplinar do projeto, que colocou em contato especialistas de diversas áreas (Artes, Midialogia, Matemática, Educação e Letras), trouxe como subproduto dos trabalhos desenvolvidos a formação de recursos humanos, especialmente estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais estes que são cada vez mais valorizados no mercado e que não dispõem de cursos reguladores em instituições de Ensino Superior para promover sua formação inicial ou especialização. Dentro do amplo conjunto de recursos educacionais desenvolvidos (mais de 350 itens distribuídos nas 4 mídias supracitadas), foram eleitos para os fins deste congresso os áudios, em especial três séries: Cultura, O que é? e Estimativas. Esses recursos são inovadores em vários sentidos. Primeiro, pela própria mídia, praticamente nunca explorada para fins de ensino de Matemática. Segundo, pela possibilidade de ser utilizada com alunos deficientes visuais e, terceiro, pela sua mobilidade, que permite a distribuição e execução através da internet e celulares, por exemplo. Todos os recursos educacionais desenvolvidos dentro destas três séries prezam pela interdisciplinaridade. A série Cultura tem como objetivo fundamental estabelecer relações entre Matemática e Literatura (ou Cultura Geral), aproveitando o gancho literário não apenas como pretexto, mas fomentando os aspectos teóricos de ambas disciplinas. A série O que é? propõe a discussão de palavras “estranhas” que fazem parte do vocabulário da Matemática, como hipérbole ou logaritmo. Os programas fazem referência a etimologia, aspectos históricos ou mesmo significados dessas palavras em outras áreas do conhecimento. A série Estimativas mostra como fazer estimativas de maneira inteligente usando informações que podem ser inferidas a partir de dados acessíveis. Os assuntos escolhidos para as discussões são sempre de interesse transversal, como lixo e consumo. Palavras-chave: Extensão Universitária, Interdisciplinaridade, Educação Multimídia. 229


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Relação Universidade-Escola: uma experiência na EJA Ernandes R. de Oliveira, F.E. Ilha Solteira, UNESP, ernandes@mat.feis.unesp.br Zulind L. Freitas, F. E. Ilha Solteira, UNESP, zulind@mat.feis.unesp.br Joseane G. Gomes, F. E. Ilha Solteira, UNESP, joseane.ggomes@yahoo.com.br Fernanda S. Santos, F. E. Ilha Solteira, UNESP, ferchokito@yahoo.com.br Guemael Rinaldi Lattanzi, F. E. Ilha Solteira, UNESP, guemael@hotmail.com

Durante o ano de 2010 um grupo de professores da Unesp de Ilha Solteira participou de uma proposta que envolvia um processo de reflexão-ação conjunto entre professores, acadêmicos e estudantes, condicionados por sua ação em salas de aulas de EJA. O nosso objetivo foi o de construir um espaço formativo e de relacionamento de mão dupla entre a Universidade e a Escola Pública de Ilha Solteira, trabalhando para a melhoria das condições de vida, via processo educativo, no convencimento dos estudantes de EJA de que a Educação é uma necessidade básica do cidadão e que é um direito que lhe é devido. As atividades desenvolvidas para alcançarmos os objetivos encontram-se resumidas abaixo: definição de temas de interesse comum de professores da Escola e alunos e professores da Universidade. A Literatura escolhida foi números inteiros, frações e textos de Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia e Pedagogia da Esperança). Esses temas foram eleitos uma vez que os professores da Escola apontaram as dificuldades dos alunos diante esses assuntos. Era responsabilidade dos alunos da universidade alimentarem as reuniões. Algo que ficou muito evidente neste ano, refere-se a importância do uso de analogias no ensino de Matemática, particularmente na construção de dispositivos didáticos como jogos ou outros materiais concretos e que nem sempre professores estão atentos a diferenças estruturais entre os conceitos matemáticos a serem trabalhados e a estrutura fornecida pelas regras de utilização e re-significação dos dispositivos. Também, de uma maneira geral, através de alguns relatos coletados entre os bolsistas que atuam como professores no programa, pudemos destacar a importância desse projeto no processo de formação desses: 1.Percepção sobre a relação ensino-aprendizagem: oportunidade de refletir sobre como o aluno aprende, e sobre as dificuldades do professor, em uma situação real. 2. Sensibilidade a problemas de exclusão social, pela ausência da escolaridade e a percepção desse problema no âmbito do município de Ilha Solteira. 3. Compreensão da dificuldade no convencimento, da população alvo, de que a Educação é uma necessidade básica do cidadão e que é um direito que lhe é devido. 4. Percepção da importância do trabalho em grupo. Palavras-chave: EJA, Formação de Educadores, Ensino de Ciências e Matemática

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Relação Universidade-Escola: uma experiência no Ensino Fundamental Zulind L. Freitas, F. E. Ilha Solteira, UNESP, zulind@mat.feis.unesp.br Ernandes R. de Oliveira, F.E. Ilha Solteira, UNESP, ernandes@mat.feis.unesp.br Joseane G. Gomes, F. E. Ilha Solteira, UNESP, joseane.ggomes@yahoo.com.br Fernanda S. Santos, F. E. Ilha Solteira, UNESP, ferchokito@yahoo.com.br Ana C. V. Vieira, F. E. Ilha Solteira, UNESP, fanacarolinavendrame@yahoo.com.br

Segundo a literatura, a reflexão referente ao planejamento, gestão e avaliação em sala de aula é de fundamental importância para (re)alimentar o trabalho do professor. Ainda, segundo a literatura, o planejamento escolar inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O desenvolvimento desse Projeto somente foi possível, e somente foi obtido sucesso, graças à presença de alunos bolsistas, licenciandos em Matemática, Física ou Biologia, sem os quais dificilmente consegue-se o nível de comprometimento e entrega que esse tipo de trabalho necessita. Acreditamos assim que a compreensão da realidade do planejamento de aula e gestão de sala de aula dos professores de uma escola de ensino fundamental (primeiro ciclo) de alunos da UNESP também engajados em planejamento de aula e gestão de sala de aula poderá significar aprofundamento da reflexão, por parte dos bolsistas e, consequentemente, por parte dos professores das escolas sobre as possibilidades de melhoria da qualidade de ensino. Para sustentar as atividades desenvolvidas junto às escolas de ensino fundamental estão sendo realizadas exposições sobre o livro Sucesso e Fracasso Escolar (Bernad Lair) e ainda, o trabalho com os grupos de alunos foi conduzido de forma a que os estudantes organizassem sequências didáticas sobre conteúdos relacionados às Ciências e Matemática. Algo que ficou muito evidente, refere-se a importância de alunos de diferentes licenciaturas (Biologia, Física e Matemática) participarem de discussões referentes a ensino de conteúdos que não fazem parte de sua área específica de formação e que alguns não considerariam importante por conta desse fato. Dessa forma, quando cada estudante apresentava algo referente a um conteúdo específico de sua formação, era instado a relacioná-lo com as outras áreas de conhecimento. Como parte da preparação para o estudo do texto escolhido, cada bolsista foi convidado a relacionar, sempre que lhe parecesse conveniente, o tema com sua vivência na escola, procurando casos semelhantes. A proposta é a de usar a literatura como base para organização de sua reflexão sobre a prática, porém sempre de modo a submeter essa reflexão a seus pares. Palavras-chave: Educação, Formação de Educadores, Ensino de Ciências e Matemática.

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SAP - Serviço de Apoio Pedagogico a alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental: relato de uma experiência Profa. Dra. Myrian Boal Teixeira (Depto de Pedagogia - UNITAU - myrianboal@hotmail.com) Profa. Dra. Maria Teresa de Moura Ribeiro (Depto de Pedagogia - UNITAU - mterib@hotmail.com) Daniela Glaucia

As redes públicas de ensino possuem uma demanda significativa de crianças que apresentam dificuldades para aprender. Por outro lado, o curso de Pedagogia, ao formar professores para os anos iniciais do Ensino Fundamental, necessita oferecer subsídios para uma prática pedagógica efetiva que atenda as especificidades da criança. As crianças que apresentam alguma dificuldade na alfabetização, possuirão melhores condições de aprendizagem se a elas forem oferecidos recursos pedagógicos que lhes permitam ampliar seu repertório de vivências simbólicas e culturais, proporcionando práticas embasadas em atividades culturais que se manifestam no dia-a-dia. Partindo destas premissas, este projeto objetivou oferecer a estas crianças a oportunidade de vivenciarem práticas culturais que enriquecessem seu repertório simbólico de forma a favorecer a construção de conhecimentos. O trabalho foi desenvolvido em parceria entre o Departamento de Pedagogia da Universidade de Taubaté e uma escola de ensino fundamental da rede municipal de Taubate. A escolha da escola teve como critério o alto índice de dificuldades de aprendizagem apresentado pelas crianças. Participaram do projeto duas professora do Departamento de Pedagogia e alunas bolsistas e voluntárias do mesmo Departamento. Os resultados apontam que a o trabalho desenvolvido resultou em melhorias significativas na aprendizagem e auto estima das crianças e na qualidade do trabalho pedagógico desenvolvido pelas professoras das turmas. Para as alunas do curso de Pedagogia, que necessitam em sua formação, de experiências que lhes permitam estabelecer pontes entre a teoria que estudam nas aulas e a prática que irão vivenciar nas escolas, poder vivenciar esta relação sob a supervisão dos professores do curso foi uma oportunidade privilegiada possibilitando olhar para a realidade escolar sob a perspectiva da ação-reflexão-ação e considerar a escola como um lugar de aplicação de saberes científicos e também de produção de saberes oriundos da prática pedagógica. Cabe ainda considerar que a oportunidade de vincular a ação extensionista com a escola pública cumpre uma das missões da universidade, qual seja, reafirmar seu compromisso e seu papel frente aos problemas sociais, levando, por meio da extensão, o ensino e a pesquisa à comunidade. Palavras-chave: alfabetização; extensão universitária; ensino fundamental.

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Semana de Atividades Científico-Culturais no IB - Modalidade: “As escolas vêm ao IB em Agosto” Virginia Sanches Uieda, Instituto de Biociências, UNESP, vsuieda@ibb.unesp.br Sílvia Mitiko Nishida, Instituto de Biociências, UNESP, nishida@ibb.unesp.br

A Atividade de Extensão “Visitas Didáticas ao IB - As escolas vêm ao IB em Agosto” tem por objetivo contribuir para o intercâmbio entre a UNESP e a Escola Básica, envolvendo alunos e professores num processo dinâmico de ensino-aprendizagem. Trata-se de um projeto voltado à difusão da ciência entre alunos do ensino Fundamental e Médio, criando também com os professores um momento para troca de experiências e atualização dos conteúdos de Ciências/Biologia. Para os alunos, oferece a oportunidade para vivenciar o conteúdo ministrado nas aulas, aproximando o aluno da realidade e do conhecimento repassado em sala de aula, pretendendo despertar o interesse pelo aprendizado e dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades específicas pela área de estudo. Esta atividade foi iniciada em 2008, um ano após a criação do Museu-Escola do IB, um site educativo disponibilizado on-line desde 2007, cujo objetivo é gerar e manter atualizados os conteúdos de Ciências (Ensino Fundamental) e de Biologia (Ensino Médio), promover visitas didáticas de escolas e mediar o empréstimo de materiais didáticos. Este site é mantido por um Corpo Editorial, composto pela Vice-Diretoria do Instituto de Biociências (IB) e pelas duas autoras deste resumo, estas últimas também encarregadas de gerenciar e organizar esta semana científico-cultural, que têm ocorrido nos últimos três anos, recebendo escolas de Botucatu e região durante uma semana do mês de Agosto. A cada ano atividades são programadas e oferecidas por professores do Instituto de Biociências (IB), envolvendo exposições, palestras, teatro, jogos, passeios externos. A programação se inicia em janeiro, com uma consulta aos professores do IB que terão interesse em participar da atividade no ano corrente. A partir das manifestações, é montada no site do Museu-Escola (http://www.ibb.unesp.br/Museu_Escola/visita_didatica/index.htm) a descrição das atividades com os objetivos e programa detalhados. Em abril é encaminhado às escolas a divulgação das atividades programadas para o ano. De maio a julho as escolas podem acessar o site e realizar o agendamento on-line nas atividades de seu interesse, desenvolvidas ao longo de cinco dias, no período matutino e vespertino. Em 2010 foram oferecidas cinco atividades, recebendo no total nove escolas de Botucatu e região, com 414 alunos visitantes distribuídos em 16 turmas. O projeto apresenta também articulação com a formação de nossos alunos de graduação e pós-graduação, os quais podem participar na organização e/ ou monitoria durante sua execução. Estas atividades contam com o apoio financeiro e/ou bolsas para os monitores (PROEX, Ciência na Unesp, PROGRAD). Palavras-chave: Biologia, Ciências, Escola Básica.

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Sistema de Apoio à Secretaria Departamental Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Fernando Tochio Ichiba, IBILCE, UNESP, fernandoichiba@sjrp.unesp.br André Luiz Rodrigues dos Reis, IBILCE, UNESP, andrelrodriguesreis@gmail.com

Os departamentos numa universidade são considerados centros da informação produtiva, uma vez que concentram toda informação do corpo docente e suas produções, pesquisas, orientações, além dos processos, pareceres e relatórios dos pesquisadores. Além de dados pertinentes à produção bibliográfica, técnica e outras, cada departamento é responsável pelo gerenciamento de atividades como atribuição didática, ordem de serviços e geração de diversos relatórios estatísticos solicitados pela reitoria da universidade. Para suportar toda a dimensão de atividades e informações circuladas diariamente nos departamentos da universidade, foi desenvolvido um sistema computacional que gerencia esses dados. Através de interface web, os usuários cadastrados podem inserir informações relacionadas aos serviços, às disciplinas, aos cursos e aos docentes que serão armazenados em base de dados do departamento. Os dados de produção acadêmica são importados automaticamente dos currículos lattes de cada pesquisador, mantendo todas as informações no banco de dados de cada departamento pertinentes às produções de cada docente e, conseqüentemente, a produção dos respectivos departamentos, unidades e campus. Com uma arquitetura de implantação do sistema distribuída, cada unidade fica responsável pelas informações armazenadas no banco de dados e tem acesso somente aos dados pertinentes à unidade. Diariamente as informações de cada uma das unidades e campus são enviadas à base central da reitoria, onde é possível extrair relatórios didáticos e de produção de forma global, isto é, contemplando informações da universidade como um todo. Os algoritmos desenvolvidos para importação dos currículos Lattes dos docentes e os relatórios de produção gerados contemplam maior veracidade nas informações, uma vez que são tratados casos de duplicidade de produção, e para o caso de mais de um docente ou pesquisador ter participado de um mesmo trabalho, a contabilização departamental considera apenas um trabalho, e não dois ou mais, pois o vínculo com cada docente não representa, em algumas vezes, trabalhos distintos. O mesmo tratamento se estende a relatórios de produtividade de um instituto, unidade, campus e de toda a universidade, além dos grupos de pesquisas. O sistema também extrai informações sobre as bolsas produtividades dos docentes que a teem e a quais grupos de pesquisas pertencem. Dessa forma, as possibilidades de relatórios de gestão, análises quantitativas e qualitativas são infinitas, oferencendo à reitoria suporte a uma melhor gestão estratégica e, com isso, definir de forma consistente planos de ações, crescimento e investimentos. . Palavras-chave: Gestão Departamental, Sistema Computacional, Produção Bibliográfica.

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Sistema de Gestão de Eventos Científicos Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Fernando Tochio Ichiba, IBILCE, UNESP, fernandoichiba@sjrp.unesp.br Carlos Enumo, IBILCE, UNESP, carlosenumo@gmail.com

As Universidades e Instituições que possuem projetos acadêmicos, pesquisas e orientações de forma intensa organizam eventos a fim de divulgar e reunir pesquisadores e comunidades envolvidas nas mais diversas áreas de pesquisas científicas. Todos os trabalhos submetidos aos eventos precisam ser revisados e aprovados por pareceristas escolhidos pela coordenação do evento e exigem certa sistemática e controle automático. Para eventos desse porte, é essencial o uso de um sistema de informação que ofereça suporte à gestão e organização das informações, avaliações, pareceres, decisões e classificação dos trabalhos submetidos em cada uma das sessões. Assim, dentro deste cenário foi desenvolvido um sistema de gestão de eventos científicos que oferece total suporte às atividades que envolvem eventos desta natureza. Por meio deste sistema é possível cadastrar um evento e todas as informações de interesse como: local, período, subconferências e sessões. Os autores dos trabalhos podem se cadastrar automaticamente para submissão e todos os trabalhos ficam armazenados na base de dados. No suporte as atividades do coordenador estão atribuições para a as definições dos pareceristas de cada trabalho submetido, assim como o formulário de avaliação e o peso de cada quesito avaliado. O sistema sugere pareceristas ao coordenador de acordo com os tópicos de interesse de cada usuário e os tópicos do trabalho submetido. Cada ação do fluxo das atividades de um evento são controladas pelo sistema através de notificações disparadas automaticamente para cada usuário, lembrando e situando cada envolvido no processo de submissão, avaliação e coordenação, além de prazos estabelecidos em cada evento ou subconferência. O sistema online oferece interface inovadora com diversos recursos computacionais, possibilitando ao usuário acesso fácil e rápido a todas as funcionalidades do sistema. Na tela principal é exibido o painel do usuário onde tem acesso a todas as informações referente a seus múltiplos possíveis papéis, como lista de eventos o qual é coodenador, o qual é parecerista, o qual é autor, percentual de projetos submetidos aprovados, estatísticas e relatórios de gestão. Ao final do período de pareceres, os trabalhos são classificados de acordo com os critérios e pesos definidos e exibidos numa lista em ordem de pontuação. O coordenador do evento tem então, de forma prática, suporte para definir quais trabalhos serão aceitos no evento e, uma vez aceitos, os autores recebem notificação automática do sistema informando a aceitação. Os demais autores também recebem notificação informando-os que seus trabalhos não foram aceitos. Palavras-chave: Evento científico, artigos, gestão.

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Software GeoGebra para ensinar e aprender Matemática Eloi Feitosa (Docente), IBILCE, UNESP, eloi@ibilce.unesp.br Miguel Rodrigues Lima Junior, IBILCE, UNESP, miguel.unesp@yahoo.com.br Rosemara Perpetua Lopes, FCT, UNESP, rosemaralopes@gmail.com

Pressupondo que aprender Matemática seja mais do que memorização ou repetição de procedimentos e que para ensinar os conteúdos desta área é preciso lançar mão de instrumentos que tornem os conceitos significativos ao aluno e, ainda, buscando modos alternativos e atuais de facilitar a aprendizagem e promover a construção do conhecimento utilizando tecnologias digitais, desenvolvemos um material explicativo para uso do GeoGebra, software que admite a possibilidade de uso não somente em geometria, mas também em álgebra e em cálculo integral. Criado por Markus Hohenwarter, o GeoGebra é um software livre e está disponível na Internet, em vários idiomas. Diferentemente dos demais programas de matemática dinâmica, este software disponibiliza duas representações diferentes de um mesmo objeto, a representação geométrica e a representação algébrica. Permite realizar construções matemáticas, utilizando pontos, vetores, segmentos, retas, secções cônicas, e trabalhar simultaneamente com vetores e pontos, derivar e integrar funções, com possibilidade de usar comandos para encontrar raízes e pontos extremos de uma função. Permite, ainda, programar e alterar todos esses objetos após a construção estar finalizada. Auxilia o professor na construção de gráficos para serem inseridos em atividades pedagógicas em geral. Os recursos disponibilizados no Geogebra facilitam a exploração algébrica e gráfica, o que ajuda o aluno a entender o conceito de função e o significado geométrico de conjuntos. O material explicativo para uso do GeoGebra está em fase de acabamento. Foi criado pelo Físicanimada (<http://www.fisicanimada.net.br>) - grupo interdisciplinar que, desde 2007, busca integrar Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em escolas públicas de São José do Rio Preto e região -, com o objetivo de permitir aos professores da educação básica utilizar o software como ferramenta didática, adicionando um elemento a mais no ensino dos conteúdos matemáticos. Para a composição do trabalho foi realizada a leitura de artigos e produção de textos, objetivando buscar informações sobre as origens e funcionalidades do software, bem como sobre a inserção de novas tecnologias no ensino de conteúdos matemáticos. Na criação do material foi realizado um estudo especifico de cada ferramenta disponível. Efetuou-se uma divisão das ferramentas em áreas especificas, visando a organizar o espaço físico do software de forma mais didática, facilitando, assim, a composição do texto explicativo. Palavras-chave: GeoGebra, Software, Geometria.

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Terapia Assistida por Animais: Importância do Zootecnista na condição física do cavalo de equoterapia como potencializador no processo de reabilitação Kátia de Oliveira 1 (Docente), Campus Experimental de Dracena, UNESP, katia@dracena.unesp.br Paulo Alexandre Monteiro Figueiredo, Campus Experimental de Dracena, UNESP, paulofigueiredo@dracena. unesp.br Reges Heinrichs, Campus Experimental de Dracena, UNESP, reges@dracena.unesp.br Débora Scantamburlo, Campus Experimental de Dracena, UNESP, beba_scan@hotmail.com Janaína Carolina de Sá, Campus Experimental de Dracena, UNESP, karol_desa@hotmail.com

O Núcleo de Extensão e de Estudos em Equinos - NEQUI da UNESP/Câmpus Experimental de Dracena participa ativamente das atividades equoterápicas desenvolvidas no município de Dracena/SP, tendo como público alvo crianças com Síndrome de Down e adultos portadores de necessidades especiais. As informações apresentadas neste resumo são fruto das experiências extensionistas aplicadas aos cavalos utilizados nas sessões de equoterapia, bem como discutidas em seminários promovidos pelo NEQUI. A fundamentação da equoterapia em promover a reabilitação dos praticantes, consiste no movimento tridimensional (para um lado/outro, cima/baixo e frente/trás) transmitido pelo cavalo ao passo de maneira rítmica, simétrica e ampla, permitindo a todo instante entradas sensoriais em forma de propriocepção. Contudo, é comum vermos cavalos destinados a equoterapia com laterização do passo, característica que influencia negativamente o aspecto simétrico deste andamento, animais que caminham “chutando areia”, devido a deficiência de alçamento dos membros, perdendo em amplitude e cavalos com o passo encurtado e com menor engajamento dos membros posteriores, prejudicando a elevação da garupa. Adicionam-se também as perdas de flexibilidade e de massa muscular na região do lombo, pela falta de treinamentos físicos de fortalecimento e/ ou pela idade avançada do equino, que culminam, respectivamente, em perda de ritmo da passada e dificuldade na realização de montaria dupla ou o acesso de praticantes obesos, por desmotivar os cavalos em aceitá-los devido lombalgia. Verificamos que a manutenção da condição física dos cavalos realizados por meio de exercícios para correção do passo e fortalecimento do dorso (a guia e montado), alongamento dos membros e flexionamentos da cervical e lombar, auxilia no progresso da reabilitação do praticante por proporcionar em maior magnitude e cadência as forças tridimensionais recebidas sobre o cavalo durante a sessão. Ainda, o animal torna-se menos relutante em se locomover, manifestando boa vontade, quando solicitado pelo condutor guia, em intensificar ou modificar o andamento. Neste sentido, nota-se a importância do profissional com conhecimentos nas áreas de equitação e de anatomia/fisiologia equina, como o Zootecnista, completando a equipe multidisciplinar que caracteriza esta terapia. Desta forma, a interação do praticante com o animal se desenvolverá de maneira prazerosa, acelerando sua recuperação, ao mesmo tempo em que se preserva a integridade física e mental dos cavalos de equoterapia. Palavras-chave: Alongamento, Equino, Flexionamento. 237


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Trabalho de Orientação e Reequilíbrio Postural em Grupo Vanessa Tiemi Haro Nathalia Ulices Savian, Celia Aparecida Stellutti Pachionni, , Aline Yoshie Aoyama, Ariane Pavia tiemi0324@hotmail.com natysavian@hotmail.com, pachioni@fct.unesp.br, Yoshie_a@hotmail. com, ari_pavia@hotmail.com FCT-UNESP Campus de Presidente Prudente- PROEX

Introdução: Postura pode ser definida como “uma posição ou atitude do corpo, o arranjo relativo das partes do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira característica de alguém sustentar seu corpo”. A avaliação postural se faz importante para que possamos mensurar os desequilíbrios e adequarmos a melhor postura a cada indivíduo, possibilitando a reestruturação completa de nossas cadeias musculares e seus posicionamentos no movimento e/ou na estática. Os principais objetivos do projeto são: diminuir as dores causadas por tensões, reeducação postural, melhorar a flexibilidade, promoção da consciência corporal, equilíbrio e propriocepção. Objetivos: promover o reequilíbrio postural e a melhora da consciência através da pratica de exercícios orientados. Metodologia: O projeto existe desde o ano de 2007, no qual teve participação de 66 sujeitos, sendo 55 mulheres e 11 homens, com idade entre 14 e 55 anos. Estes sujeitos foram avaliados por uma ficha de avaliação composta pelos dados pessoais e exame físico. Questionário SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey) que é um questionário para avaliação de QV, de fácil aplicação e compreensão. Questionário da imagem corporal (Body Shape Questionnaire -BSQ) que mede o de grau de insatisfação com a imagem corporal. É fornecido orientação por meio de atividades físicas e da cartilha para a conscientização e reequilíbrio postural. O grupo intitulado “O Programa de orientação e reequilíbrio postural em grupo”ocorre2 vezes na semana com duração de 1 hora cada, com exercícios orientados. Resultados: No ano de 2008 foram previstas 30 encontros, no ano de 2009 foram previstos 50. Já passaram pelo grupo 8 alunas de diferentes anos da graduação, e em torno de 50 pacientes por ano. O resultado do programa tem repercutido na comunidade de forma expressiva, o que tem aumentado a procura pelo serviço prestado. A experiência de um trabalho em grupo pode mostrar que esta forma de atuação pode ser tão eficaz quanto a atuação individual, tendo como diferencial o estabelecimento das relações sociais, as trocas de experiências e integração entre os participantes. Os participantes podem perceber que suas dificuldades são comuns, e se auxiliam e incentivam um ao outro. Conclusão: O trabalho em grupo vem atingindo seu objetivo, se mostrando eficaz, atuando no alívio das tensões das principais cadeias musculares, melhorando a flexibilidade e mobilidade articular, a respiração, atuando em busca da recuperação do alinhamento ósseo, na reeducação da postura, e assim melhorando da consciência dos gestos.

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UATI (Universidade Aberta da Terceira Idade) Líslei Rosa de Freitas, unidade Centro, UNG ( Universidade Guarulhos) Margareth M. de Andrade, unidade Centro, UNG (Universidade Guarulhos)

As Universidades têm como objetivo o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, que através de programas e projetos buscam atender as demandas da comunidade promovendo a interação do aluno com a prática. Neste aspecto as instituições identificam mudanças e necessidades da comunidade e iniciam a abrir suas portas. Nosso foco neste trabalho é a educação permanente, a fim de acompanhar as mudanças que surgem devido a inversão da pirâmide etária (a população está envelhecendo), ou seja, a expectativa de vida aumentou bruscamente, e com ela os estudos sobre o idoso em todas as áreas. Segundo Kachar (2001), o país envelhece rapidamente e a expectativa média de vida se amplia. O número de idosos passou de 3 mihões em 1960, para 7 milhões em 1975 e 20 milhões em 2009, um aumento de quase 700% em menos de 50 anos. Estima-se que o Brasil alcançará 32 milhões de idosos em 2020. Baseando-se na influência desta mudança demográfica e comportamental , foram planejados os cursos de Extensão Cultural destinados à Terceira Idade dentre as Instituições Brasileiras de Ensino Superior, seguindo o exemplo pioneiro lançado na França pelo professor Pierre Vellas, na Universidade de Toulouse no início dos anos 70. A aprendizagem na terceira idade deve ser facilitada por ações inovadoras, focando o interesse do idoso e suas necessidades. Assim sendo, este processo se torna uma via de mão dupla: idosos e educadores. Baseando-se nessa característica a UnG, não só oferece a construção dos saberes para os alunos da terceira idade como promove também oficinas permanentes para sensibilizar os professores sobre o perfil do idoso atual, fundamentando a escolha de disciplinas e grau de satisfação dos alunos por meio de pesquisa de avaliação. Os resultados dessas pesquisas apontam 92% de satisfação dos alunos da UATI-UnG e melhoria na qualidade de vida promovida através da educação continuada. Palavras-chave: Educação, Idoso, Universidade, Extensão universitária, qualidade de vida.

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UNATI: A Inclusão Social Pela Arte Profª Drª Solange Maria Leão Gonçalves, FAAC - UNESP, solange@faac.unesp.br Anny Lemos Ferreira, FAAC - UNESP, annylemosferreira@yahoo.com.br Bruna Perim Stefanuto, FAAC - UNESP, bruna_perim_s2@hotmail.com Luciana Dionísio, FAAC - UNESP, luciana.dion@hotmail.com

A UNATI (Universidade Aberta da Terceira Idade), da UNESP/Bauru tem como finalidade atender os objetivos regimentais constantes da portaria da Unesp nº. 191, de 17 de maio de 2001, publicada no Diário Oficial de São Paulo em 08 de maio de 2001. Nesse sentido o núcleo local congrega professores, pesquisadores e alunos para desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão ligadas às questões atinentes ao processo de envelhecimento saudável. A atuação da UNATI/Bauru consiste em promover durante o ano, cursos de artes, palestras, visitas monitoradas e passeios que venham contribuir para proporcionar qualidade de vida e inclusão social aos idosos participantes desse projeto. O desenvolvimento do projeto ocorre durante o ano letivo e a articulação do ensino, pesquisa e extensão possibilita o treinamento e aprimoramento profissional e científico de alunos bolsistas do curso de graduação (licenciatura) em Educação Artística da FAAC/Unesp. Os estudantes são preparados, com uma postura e instrumentais que compõe uma pedagogia própria para o trabalho com os idosos. Essa integração proporciona o estreitamento das relações entre a Unesp e a comunidade. O objetivo principal é proporcionar melhor qualidade de vida aos idosos participantes da UNATI, pela atualização e ampliação de conhecimentos voltados aos seus interesses e necessidades e a conscientização e ação sobre o envelhecimento saudável. Como exemplo cita-se a experiência vivenciada nas aulas de artes, que segundo depoimentos dos freqüentadores, resulta em melhora na percepção visual, na coordenação motora, na convivência em grupo, na auto estima e, consequentemente, melhor qualidade de vida. Na perspectiva do núcleo local, o envelhecimento é um processo em construção, motivo que a freqüência é aberta a jovens e adultos, buscando a troca de experiências entre as gerações, prevenindo o risco de exclusão da convivência entre as faixas etárias. Existe uma diversificação no oferecimento dos cursos e palestras, com exceção do curso de informática que é oferecido todos os semestres. As palestras em História da Arte ocorrem em seis módulos e são ministradas por professor voluntário do curso de graduação em Educação Artística. Os cursos de artes acontecem nos ateliês de pintura e modelagem da FAAC, com duração de 4 horas semanais. Ao final dos cursos são realizadas exposições dos trabalhos. Os alunos já apresentaram sua arte em Saraus da cidade, na biblioteca da UNESP e em uma exposição itinerante que percorreu todos os campis da Unesp. Tais acontecimentos valorizam a pessoa idosa e gratifica os participantes do projeto, além de oferecer a possibilidade de extensão da atividade para fins comerciais lucrativos. Palavras-chave: UNATI, Arte, Inclusão Social.

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Meio Ambiente

A Filosofia Ecológica: teoria e práticas na interação agente/ ambiente Eduardo Soares Ribeiro; FFC-Marília, UNESP, eduardosribeiro@marilia.unesp.br; Maria Eunice Quilici Gonzalez; FFC-Marília, UNESP, gonzalezmeq@marilia.unesp.br; Kátia Batista Camelo Pessoa; FFC-Marília, UNESP; navevida@yahoo.com.br; Rodrigo Beltrani dos Santos; FFC-Marília, UNESP, rodrigorbs@ig.com.br

O objetivo principal de nosso trabalho é relatar sobre a Horta Ecológica do Campus da UNESP Marília, o qual por ser um projeto de extensão iniciado em 2008 tem por objetivo ligar as práticas orgânicas com a terra à Filosofia Ecológica, não só no próprio espaço da Horta na faculdade como também com o grupo de assentados da comunidade Argentina Maria de Guarantã-SP. Com a finalidade de ampliar as possibilidades de interação entre os estudantes do projeto e a comunidade mariliense, mantemos um vínculo com os assentados de Guarantã, visando o entendimento da relevância da diversidade cultural para as práticas auto-organizadas, com a troca de experiências e conhecimentos de ambos os lados. Nosso objetivo geral será apresentar os subsídios teóricos que fundamentam a parte prática de nossas atividades é baseado nos estudos da Filosofia Ecológica, que tem como precursores Gibson (1979, 1986), Large (2007) e Bateson (1986), a qual, em sua abordagem teórica, tem uma fundamentação sistêmica e não antropocêntrica da natureza. Tal abordagem parte de princípios não representacionistas, isto é, não há necessidade de uma mente que represente as coisas do mundo, mas uma percepção imediata que leva os seres vivos interagirem com o ambiente, modificando-o e sendo por ele modificado. Nesse sentido, os organismos em geral, integram um nicho ecológico, participando e interagindo de maneira recíproca com o meio em que estão inseridos. Assim, a Filosofia Ecológica propõe um estudo da percepção/ação dos organismos, buscando entender os vários “padrões que unem” os seres vivos e quais são as relações existentes na interação organismo/ambiente, partindo de uma perspectiva informacional. O padrão, embora tenha regularidade e ordem, não é algo estático; ele surge num contexto historicamente construído, promovendo significado e comunicação entre os seres vivos e o ambiente de forma que possibilite aos organismos perceberem e avaliarem a dinâmica dos sistemas de relações existentes em seus nichos ecológicos. Nossa hipótese é que a interação entre agente e meio ambiente, que ocorre de maneira auto-organizada, permite que um sistema seja considerado estável quando as relações entre padrões informacionais que o constitui possibilitam o aprendizado e manutenção de sua identidade. Palavras-chave: Filosofia Ecológica, Auto-Organização, Padrão.

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Meio Ambiente

Agricultura Modelo: Capacitação de jovens habitantes da zona rural da APA de Botucatu em agricultura sustentável Luiz César Ribas, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, lcribas@fca.unesp.br Marísia Cristina da Silva, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, mcsilva@fca.unesp.br.com.br Izabel de Carvalho, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP. bel@fca.unesp.br Luiza Amaral Gurgel, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, lagurgel@fca.unesp.br Ana Clara Ferreira Baptista Araújo, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, acfbaraujo@fca.unesp.br

Na região da Área de Proteção Ambiental (APA) Corumbataí-Botucatu-Tejupá (perímetro Botucatu), a qual tem uma área aproximada de mais de 218.306,00 hectares e envolve 9 municípios, dentre as principais atividades econômicas estão o reflorestamento, a agricultura e a pecuária. Em razão dos inegáveis atributos naturais e peculiaridades regionais naturais, a preocupação com a sustentabilidade deve ser algo imperativo. Este projetou pretendeu divulgar conhecimentos e proporcionar a apropriação de tecnologias apropriadas de forma a criar alternativas para a fixação do jovem na área rural da APA de Botucatu. Pretendeu-se, por intermédio da faculdade e demais parceiros do projeto, contribuir para a conscientização ambiental dos jovens da área rural da APA de Botucatu. Objetivou-se, também aproximar o meio rural do meio universitário, de maneira a possibilitar um maior intercâmbio de informações, identificação das problemáticas atuais do jovem no campo e a troca de experiências. Para tanto, efetuou-se a capacitação de 23 jovens residentes na zona rural dos municípios de Guareí, Torre de Pedra, Angatuba e Botucatu, com idades entre 15 a 18 anos. Foram ministrados, durante os períodos de férias escolares (durante 02 anos), módulos de capacitação dos (Saúde e Nutrição; Tecnologia e Produção Agrícola; Produção Animal; Ecologia e Utilização dos Recursos Naturais; e Empreendedorismo e Gestão da Propriedade Rural). Foi organizado e distribuído um material didático com linguagem específica com respeito aos 05 módulos para o público-alvo. Com respeito ao desenvolvimento do presente projeto, verificou-se que o resultado final surpreendeu a todos os envolvidos, tanto em razão da mudança de comportamento dos alunos envolvidos, quanto pela reação positiva acarretada junto aos seus parentes, familiares, amigos e mesmo comunidades. O projeto surpreendeu, também, a própria instituição realizadora e seus parceiros institucionais. Ficou patente para todos que o êxito do projeto dependia do estabelecimento de uma abordagem de caráter multidisciplinar, sistêmica, integrada e até mesmo holística. Um fato especialmente importante para o sucesso do projeto foi o envolvimento, a participação, o engajamento e a determinação de diversos atores públicos e privados locais. Por fim, o projeto ressaltou a importância de se buscar mecanismos e formas de fortalecimento institucional e financeiro tanto para a repetição, continuidade, aperfeiçoamento e desenvolvimento, de maneira sistêmica e multidisciplinar, tanto do projeto quanto para a implantação de uma agricultura sustentável na APA de Botucatu, visando, em particular, a fixação dos jovens no meio rural. Palavras-chave: Agricultura sustentável, êxodo rural, APA de Botucatu.

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Meio Ambiente

Agrofloresta: alternativa sustentável implantada pela comunidade escolar do assentamento Jacaminho no município de Alta Floresta - MT Delmonte Roboredo, Alta Floresta, Professor do Depto. de Agronomia, roboredo@gmail.com Mário Alexandre C. Toledo, Alta Floresta, Acadêmico de Engenharia Florestal, marinho.toledo@hotmail.com Carlos Victor Gallo, Alta Floresta, acadêmico de Engenharia Florestal, cv_gallo@bol.com.br Marcos Leandro Garcia, Alta Floresta, Professor do Depto. de Engenharia Florestal, garcia.afl@gmail.com Carlos Eduardo de Oliveira Erne, Alta Floresta, Acadêmico de Engenharia Florestal Universidade do Estado de Mato Grosso

A degradação ambiental tem ocorrido de forma acentuada no Território Portal da Amazônia no extremo norte do Estado de Mato Grosso. O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Rodrigues Alves na comunidade São Mateus, localizada no assentamento rural Jacaminho, Alta Floresta-MT, tendo por objetivo promover a interação da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), por intermédio dos acadêmicos da disciplina de Extensão Florestal do curso de Engenharia Florestal, com a comunidade rural implantando uma agrofloresta como unidade multidisciplinar pedagógica de acordo com as perspectivas Freireana (dialógica e transformadora) estimulando o empoderamento dos atores sociais envolvidos. O trabalho é fruto da parceria entre UNEMAT, Secretaria municipal de Educação, Instituto Ouro Verde (IOV) e professores da Escola. Inicialmente foi levantado com a comunidade escolar qual era a atividade principal que eles tinham interesse que fosse desenvolvida pela universidade naquela comunidade, sendo solicitada a implantação de uma agrofloresta. As atividades foram realizadas in locu nos dias 02 e 28/10/2009. Para tanto foram realizadas várias reuniões com acadêmicos, equipe do IOV e professor da disciplina de Extensão Florestal, nas quais se utilizou o planejamento participativo empregando a ferramenta 5W2H (what, who, where, when, why, how e how mach) para obtermos o melhor resultado possível. O primeiro contato dos acadêmicos com a comunidade ocorreu no dia 02/10 por intermédio de uma visita para conhecerem a realidade local e fazerem um levantamento das espécies nativas como futuras matrizes para coleta de sementes disponíveis nas matas. No dia 29/10 foi realizada a implantação da agrofloresta empregando o sistema de muvuca (coquetel de sementes) com a participação dos professores, alunos da Escola, acadêmicos, alguns agricultores. Na implantação da agrofloresta foi utilizado o método grupal “demonstração de métodos”, sob a orientação do Engenheiro Agrônomo do IOV, Vinicius Teixeira Arante, com o intuito de que os alunos aprendessem fazendo, envolvendo-os como sujeitos da ação. No final das atividades foi solicitada aos atores sociais envolvidos uma avaliação crítica, os quais concluíram que: i) a extensão universitária dar visibilidade dos problemas dos agricultores e permite conciliar a teoria à prática; ii) a construção de uma agrofloresta consiste em importante etapa do processo de educação ambiental; iii) professores, acadêmicos e alunos concluíram que é de grande importância a continuidade dos trabalhos da UNEMAT no assentamento com maior freqüência, na busca do desenvolvimento rural sustentável na práxis de uma educação inclusivista e transformadora. Palavras-chave: Extensão Universitária, Educação Ambiental, Educação Transformadora.

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Avaliação da qualidade das instalações de suínos em pequenas propriedades rurais do Cinturão Verde - Ilha Solteira-SP Maurício Augusto Leite, FEIS, UNESP, mauricio@agr.feis.unesp.br Adriana Okabe, Ilha Solteira, FEIS, UNESP, adrianaokabe@ig.com.br Daniela Araújo, Ilha Solteira, FEIS, UNESP, dani.araujo32@gmail.com

A suinocultura é reconhecidamente uma atividade de grande potencial poluidor por produzir grandes quantidades de resíduos que podem prejudicar o meio ambiente ocasionando a contaminação dos rios e lençóis subterrâneos comprometendo a qualidade da água para seres humanos e organismos aquáticos, do solo e do ar. A produção de suínos no Brasil ocorre em grande parte em pequenas propriedades rurais, sendo que estas geralmente não possuem estrutura adequada das instalações para que não ocorra a contaminação da água, solo e ar. No município de Ilha Solteira essa é uma situação recorrente, com pequenas propriedades com plantel de 1 até 20 suínos, com instalações precárias, geralmente sem nenhum sistema de tratamento de rejeitos que poderá ocasionar, em longo prazo, problemas de poluição da água e solo. Com isso, o objetivo deste trabalho foi analisar a adequação das instalações de produção dos suínos quanto ao sistema de manejo dos dejetos em pequenas propriedades localizadas na região do Cinturão Verde, município de Ilha Solteira. Deve-se salientar que este estudo é parte integrante do Projeto PROEX UNESP “Técnicas de Engenharia Rural em Pequenas Propriedades” que tem por objetivo conscientizar e ajudar o produtor de suínos a adequar suas instalações com vistas à sustentabilidade da produção nestas propriedades. Os resultados apresentados referem-se a 13 proprietários entrevistados quanto ao tipo de criação, instalação e sua qualidade e também quanto ao destino de seus rejeitos. Por meio de questionários e visitas a campo pode-se verificar que 77% dos produtores apresentam uma criação intensiva e 13% semi-intensiva. Quanto ao material utilizado na construção das paredes das baias, estes variaram entre alvenaria, grade metálica e madeira, sendo que em 85% dos casos existe a presença de telhado. Em 77% das propriedades visitadas observou-se a presença de piso de concreto, mas em condições médias de conservação (buracos ou rachaduras). Em 23% das instalações os rejeitos entravam em contato direto com o solo, dificultando a limpeza das baias e com possibilidade de contaminação. Quanto ao destino dos dejetos pode-se observar que apenas 15% dos produtores possuíam esterqueiras, sendo que os 85% restantes lançavam os rejeitos diretamente no solo quando limpavam as baias. O principal agravante observado nesse estudo foi a ausência de um tratamento prévio dos dejetos antes de serem lançados ao solo, funcionando assim como uma potencial fonte poluidora, além das condições das instalações se encontrarem de forma precária na maioria das propriedades, contribuindo para o baixo rendimento da produção e na qualidade de vida dos animais. Palavras-chave: Rejeitos, Agricultura Familiar, Contaminação.

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Banco de dados espaciais e identificação de áreas prioritárias para o combate a esquistossomose mansoni: uma transferência de tecnologia social Francisco Anaruma Filho, Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, fanarma@fec.unicamp.br Claudio Luiz Castagna, Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campinas, caludio66@ig.com.br Rozely Ferreira dos Santos, Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, roze@fec.unicamp.br

A esquistossomose é a principal doença parasitária de veiculação hídrica provocada por helmintos em todo o mundo. Nas cidades brasileiras essa endemia resiste às ações conduzidas pelos órgãos de Saúde Pública para o seu controle, em geral concentrada na atenção básica aos doentes. É preciso desenvolver estratégias que trabalhem preventivamente e com a preocupação nos elementos que facilitam o fluxo da doença. Para tanto, é necessário disponibilizar informações, em qualidade e quantidade que permita o controle e monitoramento. Assim, o presente estudo abordou a esquistossomose sob o prisma de doença ambiental, analisando os componentes do meio relacionados à manutenção da endemia e estruturando um banco de dados sobre o tema para o município de Campinas. O banco de dados acoplados a um SIG (Sistema de Informação Georreferenciada) permite definir áreas de vulnerabilidade ao agravo. Por meio de um acordo entre LAPLA-FEC/UNICAMP e Secretaria da Saúde de Campinas foram realizadas cinco oficinas com os representantes dos diferentes níveis de gestão em saúde municipal no sentido de capacitá-los no manejo do banco de dados a partir do SIG de domínio público Spring 5.04, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Tanto o projeto do banco de dados como a estrutura conceitual das oficinas foram desenvolvidos por alunos de pós-graduação e pesquisadores da área de Concentração Recursos Hídricos, Energéticos e Ambientais da FEC, sob o fomento da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior). Os agentes de saúde, durante as oficinas, foram capazes de manipular o banco de dados, reformular informações, gerar mapas e reconhecer áreas prioritárias para sua atuação no combate e prevenção a doença. Como produto das oficinas, os próprios agentes foram capazes de levantar alternativas de manejo ambiental que tinham o propósito de reduzir a vulnerabilidade à doença no município. Palavras-chave: oficinas, planejamento ambiental, geoprocessamento, capacitação, saúde ambiental

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Biblioteca: Saúde, Educação e Cultura Ângela Cristina Cilense Zuanon, Faculdade de Odontologia, UNESP, aczuanon@foar.unesp.br Ceres Maria Carvalho Galvão de Freitas, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, dirbibl@foar. unesp.br

Embora a educação ambiental e a formação humana deva ocorrer dentro dos lares, empresas, repartições públicas entre outros, deve começar nas escolas e nas universidades, onde comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos e desenvolvidos na prática, no cotidiano da vida acadêmica. Deve fazer parte do contexto de todos os níveis educacionais, de forma interdisciplinar e envolver professores, formadores de opiniões, que possam gerar conhecimentos, reflexões e discussões voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais. A partir de trabalho conjunto entre Biblioteca e PET-ODONTO da Faculdade de Odontologia de Araraquara, Unesp - BIBLIOPET, realiza-se um projeto de extensão universitária que tem como objetivo oferecer a toda a comunidade acadêmica (alunos, professores e funcionários) atividades culturais e artesanais que possam proporcionar aprendizado, cultura, lazer, integração, auxilie na formação humana, profissional e desenvolva consciência para a preservação do meio ambiente e garantia de qualidade de vida. São oferecidas sessões culturais (conservação de livros, leitura de crônicas, poesias, contos entre outras com discussão de seus conteúdos e autores) e oficinas artesanais com reutilização de caixas de leite, latas de refrigerantes, papel de filtro usado, confecção de papel reciclado, etc. Participaram a cada encontro uma média de 40 indivíduos entre funcionários, professores e alunos de graduação e pós-graduação. O projeto conta também com uma estante com livros de ficção para estímulo da leitura à comunidade local. Trata-se de importante atividade desenvolvida pela área de saúde (odontologia), pois oferece atividades diferentes daquelas desenvolvidas regularmente e complementam a saúde do indivíduo, considerando sua saúde mental e bem estar social. Oferece ensino por meio do envolvimento dos alunos do curso de graduação (grupo PET e voluntários), pesquisa diante da coleta de dados (nº de participantes, relatos quanto a satisfação, sugestões e nível de aprendizado, participações em congressos e eventos da área) e atende demanda social (comunidade unespiana local). Após um ano de desenvolvimento, o projeto conta com grande participação e satisfação da comunidade local, a qual freqüenta regularmente suas atividades, fazem sugestões, elogios e participam ativamente. Levam para suas casas, igrejas e comunidades as atividades aprendidas atuando como multiplicadores de ações que visam a reutilização de materiais e da conservação do meio ambiente. Palavras-chave: meio ambiente, saúde, educação.

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Caça-Vento, Vida-Sub e Bicho do Mato Educação Ambiental e consciência sustentável Marcos Chiquitelli Neto1,3 ;Sandro Garcia2,3 ; Fernando Puertas3,4 1 Professor do Departamento de Biologia e Zootecnia da UNESP de Ilha Solteira. 2 Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça-SP. 3 Colaborador do Núcleo de Manejo Racional (MANERA) - manera@bio.feis.unesp.br 4 Aluno do curso de graduação de Ciências Biológicas - UNESP de Ilha Solteira

Os recursos naturais (água cristalina, lagos, baias, ilhotas, canais, matas ciliares, etc), bem como, recifes artificiais (ruínas, naufrágios, aterros e outros materiais submersos), remodelados após a inundação de grandes áreas do alto rio Paraná durante a construção das usinas hidrelétricas, acabaram se tornando um grande atrativo para a exploração do homem e também dos animais, no entanto, essa exploração ainda se dá de maneira desordenada, seja pela fiscalização insuficiente, ou mesmo, pela falta de informações que possam ser utilizadas no turismo sustentável e na melhoria desse ecossistema, fazendo com que grande parte da população não se preocupe em agir com consciência ecológica, desrespeitando rotineiramente o meio ambiente. Nesse sentido, as atividades dos programas Caça-Vento, Vida-Sub e Bicho do Mato têm como foco promover a aproximação da sociedade civil aos elementos ambientais, despertando a consciência da preservação e utilização sustentável dos nossos recursos naturais e promovendo o bem-estar das pessoas e dos animais que convivem nessa região. Os trabalhos foram desenvolvidos ao longo dos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010, concentrando a maioria de suas atividades na praia Marina, município de Ilha Solteira (ISA), onde foram desenvolvidos seis eventos. O público alvo se concentrava em crianças entre 4 e 16 anos, bem como, seus pais. As atividades desenvolvidas nos eventos foram subdivididas em três programas e 11 módulos: Atividades náuticas (Caça-Vento), Atividades subaquáticas (Vida-Sub) e Atividades em terra (Bicho-do-mato). Cada programa utilizava diferentes dinâmicas de grupo que envolvia o participante numa questão ecológica específica, como por exemplo, o lixo encontrado em cada local visitado. Cada dinâmica era coordenada por um monitor, previamente treinado para a atividade específica. Houve uma participação crescente do público nos diferentes anos, destacando os dois últimos eventos com participação de mais de 500 pessoas em cada um. Tendo em vista o aumento de pessoas nos eventos, bem como, a resposta positiva dos próprios participantes, por meio de aplicação de questionários e conversas informais, esse tipo de ação está demonstrando bons resultados, principalmente na população jovem (entre 8 e 16 anos de idade) que reivindica uma maior freqüência de ocorrência dos programas Caça-Vento, Vida-Sub e Bicho do Mato na cidade. Apesar dos bons resultados, essa iniciativa ainda é pouco estimulada pelos órgãos públicos e só está sendo desenvolvida pela participação ativa dos colaboradores do projeto. Palavras-chave: Sustentabilidade, Ecologia, Coleta de lixo

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Caixa de Ferramentas: desenvolvimento de metodologia de concertação Emilia Wanda Rutkowski, Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, emilia@fec.unicamp.br Ana Elisa Spaolonzi Queiroz Assis, Faculdade de Educação, UNICAMP, f.spaolonzi@ig.com.br Alessandro Sanches Pereira, Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, asches4@gmail.com Rafael Costa Freiria, Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, rafaelFreiria@com4.com.br Ernestina Gomes de Oliveira, Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, ernestina03@hotmail.com

Através de convênio firmado entre a Universidade Estadual de Campinas e o Ministério do Trabalho e Emprego em 2007, foi desenvolvido um projeto guarda-chuva intitulado “Qualificação Social e Profissional, Certificação e Desenvolvimento de Caixa de Ferramentas Metodológicas para o Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda (SPTER)”, que abarcou outros quatro subprojetos, cada um sob a responsabilidade de uma Faculdade. O Laboratório de Sustentabilidade Socioambiental e Redes Técnicas - Fluxus, vinculado à Faculdade de Engenharia Civil, ficou encarregado por desenvolver o subprojeto 2 “Desenvolvimento de Caixa de Ferramentas de Metodologias de Concertação para Qualificação Profissional”, cuja proposta foi a de construir instrumentos que pudessem subsidiar a intervenção qualificada de agentes/grupos sociais em espaços e temas considerados essenciais para um processo de desenvolvimento sustentável. O trabalho parte do reconhecimento de que as metodologias de concertação existentes no âmbito dos Projetos Especiais de Qualificação (ProEsQ) não incluem a dimensão ambiental e apresentam dificuldade de reaplicação por serem desenvolvidas para atender objetivos específicos. Sendo assim, três marcos analítico-conceituais foram estudados e elencados como fundamentos para o desenvolvimento das ferramentas a serem utilizadas na qualificação profissional, a saber: a bacia hidrográfica, unidade base para o planejamento ambiental no Brasil; as premissas socioambientais; e o marco da Tecnologia Social. Todos entendidos como premissas da Educação Ambiental que estruturam e qualificam as ferramentas metodológicas. Este estudo deu origem a três ferramentas, diretamente vinculadas a cada um dos marcos, a saber: delimitação espacial, delimitação social e estruturação das informações. Tais ferramentas, universais e reaplicáveis com legitimidade em diversos ambientes e situações, precisam ser desenvolvidas através de processos metodológicos dinâmicos que permitam uma retroalimentação e consolidem método e ferramenta como uma engrenagem interconectada. A Caixa de Ferramentas agrega diferencial às metodologias já existentes, trazendo consigo, além de premissas de trabalho diferenciadas, a possibilidade de fortalecimento de diálogo substantivo entre a sociedade civil, o Estado, o setor produtivo e os trabalhadores. Neste sentido, a elaboração de uma política pública de qualificação profissional a partir destas premissas possibilita o fortalecimento da cidadania, permitindo aos agentes repensar “quem sou”, “onde estou” e “o que posso fazer” dentro de uma dinâmica em que a realidade local é privilegiada e os agentes participam ativamente do processo de tomada de decisão. Palavras-chave: Sustentabilidade, Tecnologia Social e Meio Ambiente. 248


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Combate ao Desperdício de Alimentos nos Restaurantes Universitários da USP Sabrina Daniela Lopes Viana, Faculdade de Saúde Pública, Bolsista do Programa Aprender com Cultura e Extensão, USP, sabrinadlv@yahoo.com.br Elizabeth Teixeira Lima, Agência USP de Inovação, USP, bethteix@usp.br Oswaldo Massambani, Agência USP de Inovação, USP, massambani@usp.br

O desperdício é definido como qualquer atividade que não agregue valor e que resulte em gastos desnecessários. O Programa USP Recicla tem como missão, contribuir para a construção de sociedades sustentáveis. Os campi do interior da USP, por intermédio do Programa USP Recicla, já iniciaram ações visando ao combate ao desperdício de alimentos nos restaurantes universitários. O objetivo do projeto é diminuir o impacto ambiental gerado pelo descarte de restos alimentares, estimular a revisão de hábitos e costumes e, conseqüentemente, proporcionar economia à Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) da USP tendo como piloto o Restaurante Central do Campus Capital. As etapas do projeto são: levantamento dos dados; pesquisa junto aos usuários do restaurante; campanha educativa, oficinas com os funcionários e avaliação da campanha. O levantamento de dados ocorreu por meio da pesagem dos restos de alimentos e estimativa do desperdício de refeições no restaurante. Os valores obtidos na pesagem de alimentos pré-campanha foram: Peso total de refeições servidas (1029,17 kg), Peso total de resto (145,1 kg), taxa de desperdício (14,10%), Refeições servidas (1705,5), Peso servido/ pessoa (604,2 g) e Desperdício/ pessoa (86,2 g). A partir desses valores, podemos estimar que por dia sejam desperdiçados 353,42kg de comida, são 682 pratos jogados fora diariamente no Restaurante Central, que em dinheiro equivale a R$ 5115,00. Alguns fatores dificultaram o cumprimento integral do Projeto: o tempo para se adequar às orientações da Coseas, o fechamento do Restaurante Central devido à greve de funcionários da Universidade de São Paulo e à reforma do mesmo, e a resistência da própria Divisão de Alimentação em aceitar a metodologia proposta. De qualquer maneira os resultados iniciais da pesagem demonstraram a necessidade de uma intervenção focada na revisão de alguns procedimentos operacionais e na incorporação de alguns valores por meio de campanhas educativas como forma de minimizar o desperdício e proporcionar uma mudança na relação de geração de resíduos provenientes desse restaurante. Palavras-chave: Desperdício; Restaurante; USP Recicla

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Compreendendo as enchentes urbanas: o caso do Córrego da Servidão de Rio Claro (SP) Rodrigo Braga Moruzzi, Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento, UNESP Campus de Rio Claro, rmoruzzi@rc.unesp.br Cenira Maria Lupinacci da Cunha, Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento, UNESP Campus de Rio Claro, cenira@rc.unesp.br Fabiano Tomazini da Conceição, Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento, UNESP Campus de Rio Claro, ftomazini@rc.unesp.br

Em ambiente tropical, como o registrado em parte do território brasileiro, a distribuição espacial da rede hidrográfica tende a ser densa visto que as características climáticas, vinculadas à abundância de água, propiciam condições de drenagem superficial e subsuperficial que culminam com alta freqüência espacial dos cursos de água. Neste cenário, os espaços urbanos estabelecem-se sobre terrenos que necessariamente englobam vales fluviais. Assim, o crescimento comumente espontâneo desses espaços, sem planos de drenagem urbana, pode gerar problemas sérios de enchentes. São estas condições que caracterizam boa parte das cidades de porte médio do estado de São Paulo e são encontradas na bacia hidrográfica do Córrego da Servidão, localizada na cidade de Rio Claro. As enchentes registradas na cidade de Rio Claro ocorrem tanto nos setores de ocupação recente, como de ocupação antiga a qual caracteriza a referida bacia que, com o adensamento urbano, tem sido submetida a vários eventos vinculados às enchentes. Assim, o ponto norteador das atividades propostas no projeto de extensão aqui relatado foi a transferência de informações e tecnologias para os funcionários da Defesa Civil do município, visando avaliação das condições de drenagem deste setor de Rio Claro, SP. As informações e transferência de tecnologia referem-se à ocupação urbana e as obras de drenagens, assim como levantamentos geomorfológicos e hidrológicos. Posteriormente, modelos hidrológicos foram apresentados visando sensibilizar os participantes sobre o impacto da ocupação urbana e de medidas corretivas. Para consecução da proposta delineada, o trabalho foi executado por uma equipe multidisciplinar composta por docentes e discentes da área de engenharia, geologia e geografia. Por meio de cursos de extensão, foram beneficiados diretamente os funcionários da Defesa Civil do município, que receberam um conjunto de informações sobre a questão das enchentes urbanas, referentes aos aspectos acima mencionados. Indiretamente, acredita-se que toda a população residente na área da bacia também foi benecifiada com ações da Defesa Civil que demonstravam um maior entendimento da questão das águas pluviais e sua dinâmica no espaço urbano. Assim, os benefícios decorrentes dos estudos científicos, anteriormente desenvolvidos pela equipe, puderam ser compartilhados e revertidos diretamente à comunidade. Acredita-se que a população pôde usufruir diretamente dessa articulação por meio da aplicação dos conhecimentos adquiridos na prática da gestão municipal. Palavras-chave: Enchentes urbanas, bacia hidrográfica, modelos hidrológicos. 250


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Desenvolvimento de equipameneto para realização de compostagem Prof. Dr. Manoel Cléber de Sampaio Alves, Itapeva, Unesp, manoel@itapeva.unesp.br, Fabiane Salles Ferro, Itapeva, Unesp, fabferro@grad.itapeva.unesp.br, Prof. Dr. Marcos Tadeu Tibúrcio Gonçalves,tadeu@itapeva. unesp.br, Itapeva, Unesp, Prof. Dr. Alexandre Jorge Duarte de Souza, Itapeva, Unesp, alexandre@itapeva. unesp.br.

A geração crescente e diversificada de resíduos sólidos nos meios urbanos e a disposição final dos mesmos estão entre os mais sérios problemas ambientais enfrentados pelos países industrializados e em desenvolvimento. Na maioria dos municípios brasileiros a administração dos resíduos sólidos se limita a depositá-los em locais como lixões ou aterrá-los sem maiores cuidados sanitários. Como alternativa economicamente viável e ecologicamente sustentável, existe a compostagem que é um processo que pode ser utilizado para transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo, melhora as suas características físicas, físico-químicas e biológicas. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um equipamento mecânico, capaz de realizar a compostagem sem produção de mau cheiro em prazos curtos, através da utilização de restos de alimentos e restos industriais principalmente do setor madeireiro, de forma a transformá-los em um composto equilibrado capaz de suprir as plantas com todos os nutrientes necessários. As empresas NovaReciclagem Assessoria e Consultoria Empresarial e Linax Extração de Óleos Essenciais são parceiras neste projeto. O equipamento desenvolvido consiste de três partes sendo um triturador de matéria orgânica, um extrator de umidade e um reator. O triturador de matéria orgânica tem como função a diminuição do tamanho da matéria orgânica, de modo a facilitar sua compactação e conseqüentemente a remoção da umidade. O Extrator de umidade é composto por um sistema de compactação, a qual tem a função de compactar a matéria orgânica até que ocorra a remoção de parte de sua água. A parte final do compostador é um reator o qual tem a função de aerar a massa de resíduos orgânicos de forma automática dependendo da programação prévia, através de inversor de freqüência e de temporizadores de relês. Ensaios preliminares mostraram a boa eficiência do triturador e do extrator de umidade sendo que a quantidade de água extraída depende das características dos resíduos utilizados. Como exemplo desta eficiência conseguiu-se extrair aproximadamente 3 litros de água de 5 kg de resíduos de bananas, maçãs e folhas de couve, neste ensaio ainda foi adicionado serragem fina de madeira, obtendo-se um composto em um prazo de 20 dias. O equipamento ainda está em desenvolvimento, no entanto os resultados até agora obtidos atenderam os objetivos desejados, já que foi possível a redução do tempo de compostagem, sem produção de mau cheiro. O composto produzido é equilibrado capaz de suprir as plantas com todos os nutrientes necessários. Palavras-chave: Compostagem, resíduos de alimentos, compostador.

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Desenvolvimento de metodologias para aplicação de educação ambiental: as experiências da REAUSo Roberto Wagner Lourenço, Sorocaba, robertow@sorocaba.unesp.br Cassia Zanetti Pimentel, Sorocaba, cassia.unesp@hotmail.com Rafael do Valle Melo, Sorocaba, rafa_unesp08@yahoo.com.br Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP

A educação ambiental pode ser definida como o processo de reconhecimento de valores e elucidação dos conceitos que levam ao desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para entender e apreciar interrelações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios físicos1. Diante dos atuais problemas ambientais vividos, a educação ambiental constitui-se como elemento promotor de mudanças comportamentais, conquistando espaço em diversos segmentos da sociedade. Dessa forma os alunos de graduação do curso de Engenharia Ambiental criaram, em 2005, a Rede de Educação Ambiental da UNESP Sorocaba (REAUSo). Segundo Paixão2, uma rede constitui uma forma de organização capaz de reunir pessoas e instituições em torno de objetivos comuns, primando dinamismo, democracia e descentralização na tomada de decisões. Nesse contexto, a REAUSo surge como um projeto de extensão a fim de contribuir para o surgimento de novas ações de melhorias socioambientais, objetivando levar conceitos e metodologias para a formação de agentes multiplicadores a nível local e regional. Para tanto, atualmente são desenvolvidos projetos caracterizados como frentes de trabalho que atuam simultaneamente, sustentados pela parceria com ONG’s e escolas da rede pública de ensino. As atividades são aplicadas na comunidade escolar e ensino superior visando o aprimoramento e ampliação das técnicas e metodologias utilizadas. As principais temáticas desenvolvidas relacionam-se com manejo de resíduos sólidos gerados no campus juntamente com a conscientização de alunos, funcionários e professores; aplicação de atividades de cunho socioambiental e implementação de Agenda 21 escolar em escolas da rede pública de ensino; aplicação de cursos de capacitação em educação ambiental para graduandos da UNESP Sorocaba, bem como para professores da rede pública de ensino da região, a fim de formar agentes multiplicadores e parceiros para a sustentabilidade do grupo. Atualmente, a REAUSo é mantida por trinta membros, sendo vinte e cinco graduandos de Engenharia Ambiental e cinco formados que oferecem apoio à distância. Deve-se ressaltar o apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão da UNESP (PROEX) e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da UNESP (Fundunesp), através da concessão de bolsas de extensão e de subsídios para compra de diferentes tipos de materiais, os quais fornecem maior qualidade aos trabalhos. Palavras-chave: Extensão, Capacitação, Educação Ambiental. 1 REIGOTA, Marcos Antônio dos Santos. O que é Educação Ambiental. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora Brasiliense, 2006. 2 PAIXÃO, F. Formulação e desenho da Rede Carajás de Educadores Ambientais e Desenvolvimento Sustentável Local. Revista Brasileira de Educação Ambiental. Brasília. REBEA, 2007. 252


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Desenvolvimento de metodológica para avaliação da viabilidade de helmintos patogênicos em lodo de ETE desaguado em BAG. Um repasse de tecnologia social Francisco Anaruma Filho, Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, fanarma@fec.unicamp.br Bruno Coraucci Filho Departamento de Saneamento e Ambiente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, bruno@fec.unicamp.br Lucas Erickson Marinho Departamento de Saneamento e Ambiente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas

Segundo o IBGE (2007) uma parcela significativa das cidades brasileiras não apresentam rede de coleta de esgotos e/ou estações de tratamento dos mesmos. Considerando-se apenas a população urbana ano de 2008, segundo a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, 94,7% da população urbana é servida por água tratada, 50,6% possui rede de esgotos, e apenas 34,6% deste esgoto gerado foi tratado (Brasil 2010). O sistema de lagoa de estabilização é o método mais utilizado na maioria dos municípios brasileiros para tratamento de seu esgoto. Mesmo exigindo altos investimentos para sua instalação, este método apresenta relativamente baixos custos para sua operação, bem como na maioria das vezes, excelentes resultados quanto à remoção de matéria orgânica, óleos, graxas e gorduras, regulando satisfatoriamente os níveis de DQO/DBO do esgoto doméstico, após passagem pelo sistema. Vários estudos apontam que uma das maiores vantagens das lagoas de estabilização é a sua capacidade de remoção, por meio de sedimentação, de organismos patogênicos como cistos de protozoários e ovos de helmintos. Em que pese à grande experiência acumulada no Brasil na operação de lagoas, alguns refinamentos fazem-se necessários, principalmente no que tange ao reuso de águas residuárias em uma matriz agrícola. Muitos são os métodos recomendados para o monitoramento da dinâmica do decaimento da viabilidade dos patógenos, alguns apresentam elevada porcentagem de recuperação, mas demanda muito tempo de análise; outros não estão suficientemente descritos nas publicações a ponto de permitir uma reprodução; outros utilizam reagentes caros elevando os custos do processamento; algumas técnicas utilizam reagentes responsáveis pela produção de grande passivo químico, inviabilizando seu uso; outros poucos impactantes, possuem uma recuperação de ovos limitada. Fica claro com isso, que o monitoramento de patógenos em esgoto passa por um dilema, tanto relacionado a eficiência quanto ao caráter econômico e ambiental. Portanto este estudo defende que alem dos métodos recomendados pela legislação vigente de avaliação de helmintos em esgoto e lodo, novas metodologias devem ser avaliadas visando maior eficiência, baixo custo e menor impacto ao ambiente. O Labreuso ligado ao Departamento de Saneamento e Ambiente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP desenvolve pesquisa neste sentido e oferece como extensão, serviços de pesquisa de viabilidade de helmintos patogênicos as operadores de ETE do estado de São Paulo para que estas se adéqüem a legislação vigente relacionada ao uso deste importante insumo na agricultura. Palavras-chave: Esgoto sanitário, lodo de ETE, uso agrícola

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Educação Ambiental: um caminho para o desenvolvimento sustentável Maria Angélica Martins Costa, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Experimental de Itapeva, mangelica@itapeva.unesp.br. Tatiane Matos Vieira, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Experimental de Itapeva, tatiane.matos@grad.itapeva.unesp.br. André Marcos Leme, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Experimental de Itapeva, andre@itapeva.unesp.br. Carlos Alberto de Oliveira Matos, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Experimental de Itapeva, carlos@itapeva.unesp.br.

O foco da Educação Ambiental é formar cidadãos conscientes quanto à preservação do meio ambiente, cientes das conseqüências de seus atos e que se unam para buscar melhorias locais e globais. Para tanto, torna-se necessário uma ação de conscientização e mobilização principalmente das crianças, pois, segundo Silva (1995), a realização de Educação Ambiental deve ter início na escola, para em seguida atingir os demais segmentos da sociedade. Este projeto tem por objetivo delinear maneiras de promover o desenvolvimento da Educação Ambiental nas escolas de Ensino Fundamental, com foco na mudança dos hábitos domésticos comuns visando a racionalização dos recursos. Como o público alvo são crianças, a linguagem utilizada foi de fácil compreensão, para que tudo o que fosse ouvido, observado e sentido por eles pudesse se transformar em um aprendizado permanente. Lay-ang et al. (2004) considera que na educação os jogos didáticos desempenham um papel facilitador durante o processo de ensino e aprendizagem por ser altamente motivante, e para Souza e Nascimento Júnior (2005), quando possuem uma perspectiva ambiental, são importante subsídio no ensino de ecologia e educação ambiental. Com essas estratégias foi desenvolvida uma aula rica em desenhos e animações, além de atividades realizadas em grupos, como jogos, brincadeiras e desenhos. Para fixação do conteúdo é proposto aos alunos um teste simples consistindo em imagens de atitudes corretas e incorretas quanto à preservação do meio ambiente, tendo em vista um aprendizado sadio e divertido. Foram visitadas escolas carentes do município, incluindo a zona rural, buscando levar este conhecimento a todos, e como resultado, de um total de 110 questionários aplicados, 98% dos alunos obtiveram 100% de aproveitamento, mostrando que quase a totalidade dos alunos assimilou os conteúdos abordados. Os resultados desta pesquisa mostraram que existem várias formas de ensinar uma criança, mas as brincadeiras, expressadas através de um conjunto de estratégias metodológicas aplicadas de forma dinâmica, criativa e lúdica, demonstraram-se ser uma das melhores formas de aprendizado para esse público em particular. Percebeu-se, ainda, que não há uma única estratégia para o desenvolvimento da Educação Ambiental no âmbito do Ensino Fundamental, assim, cada um pode descobrir uma maneira e fazer sua parte. Os resultados foram positivos e mostraram que as crianças estão dispostas a aprender e também a praticar a Educação Ambiental, bastando que haja vontade pública para ensiná-las. Palavras-chave: Meio ambiente, Educação. 254


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Educação Ambiental: fazendo a nossa parte Elizete Beatriz Azambuja; Universidade Estadual de Goiás (Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos), liazambuja@ibest.com.br

O presente texto trata de um relato de experiência em um projeto de extensão desenvolvido por mim, professora, juntamente com alunos/as da Uni-versidade Estadual de Goiás (UEG), na Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos/GO. O projeto denominado “Educação ambiental: fazendo a nossa parte” constituiu-se de oficinas de reutilização de materiais, no Centro de Inserção Social desse município goiano. As oficinas oportunizaram a interação entre re-educandos da unidade prisional, alunos/as e pessoas da comunidade que se preocupam em desenvolver trabalhos socioambientalistas. Os materiais reutili-zados eram garrafas peti, caixas de leite, caixas de papelão, palitos de fósforo, latas e vidros, filtros de café, entre outros. Concordamos com Stapp (1996) quando afirma que “a Educação Ambiental torna-se chave na medida em que cada um desperte seu potencial de contribuir para um mundo mais ético e sua responsabilidade de se engajar em processos que visem a um bem maior que priorize o respeito à vida.” Assim, consideramos ser relevante a organização de espaços para reflexão sobre questões ambientais, divulgando algumas possibilidades de transformar “lixo” em arte, sobretudo numa unidade prisional, espaço estigmatizado, marginali-zado em nossa sociedade. Palavras-chave: Educação ambiental, reutilização, responsabilidade.

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Extensão como instrumento pedagógico na formação universitária de tecnólogos: a parceria entre a Fatec de Indaiatuba e a Fundação SOS Mata Atlântica Gerson Araujo de Medeiros, Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba, Indaiatuba - SP, gerson@fatecindaiatuba. edu.br; Luiz Antonio Daniel; Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba, Indaiatuba - SP, diretoria@fatecindaiatuba.edu. br; João Cantarelli Junior, Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba, Indaiatuba - SP, cantarelli@fatecindaiatuba.edu. br;

Um dos maiores reflexos da degradação ambiental de áreas urbanizadas e industrializadas no Estado de São Paulo é a escassez dos recursos hídricos, tanto em quantidade como em qualidade, provocada pelas crescentes demandas e poluição aquática. Várias são as alternativas de enfrentamento dessa questão, destacando-se a extensão e a educação ambiental. O objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados do projeto de extensão em recursos hídricos, desenvolvido a partir de uma parceria entre a Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba (FATECID) e a Fundação SOS Mata Atlântica, no período de março de 2009 a janeiro de 2010. Esse projeto, denominado “Observando os rios”, integra o programa de educação ambiental “Rede das Águas”, organizado e gerenciado pela Fundação SOS Mata Atlântica. Tal programa utiliza o monitoramento da qualidade da água como instrumento de sensibilização e engajamento social para a gestão participativa de bacias hidrográficas. A metodologia incluiu análises mensais de parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas do Córrego Barrinhas, afluente do rio Jundiaí, um dos mais importantes mananciais da Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. O monitoramento teve a participação de alunos dos cursos tecnológicos de Gesta Empresarial e de Informática da FATECID, e cujos resultados são divulgados no sítio de internet da Fundação SOS Mata Atlântica. Os resultados demonstraram a importância das atividades de extensão na formação de tecnólogos, os quais puderam avaliar a variação da qualidade da água do Córrego Barrinhas, ao longo do ano. A melhor qualidade foi verificada na época de seca, e a pior no período de chuvas. Contribui para esse comportamento o fato da bacia hidrográfica do Córrego Barrinhas ser predominantemente rural, e do provável baixo lançamento de esgoto doméstico no rio. Todavia, observou-se a presença de lixo no local do monitoramento, além do despejo de entulho de construção civil, dos próprios moradores do município. Portanto, conclui-se que a qualidade da água é mais afetada pelo material carreado no escoamento superficial durante a época das águas, o que ressalta a importância do reflorestamento na região. Além disso, aponta-se para a necessidade de maior fiscalização, por parte do poder público, e conscientização da população, com relação ao despejo do lixo e entulho em áreas de mananciais. Palavras-chave: extensão, recursos hídricos.

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Extensão, Comunicação e Meio Ambiente: uma prática em Educomunicação Drº. Sandro Tonso, Faculdade de Tecnologia - Unicamp (sandro@ft.unicamp.br) Kleiton Bueno Bezerra da Silva, Faculdade de Tecnologia - Unicamp (kleiton.acre@gmail.com) Jéssica Pedrina Lima da Silva, Faculdade de Tecnologia - Unicamp (jessicapls2@yahoo.com) Luciane de Oliveira Leite Santos, Faculdade de Tecnologia - Unicamp (luciane.gmr@gmail.com) Mariana Leme, Faculdade de Tecnologia - Unicamp (m084493@dac.unicamp.br)

Este pôster apresenta um projeto do Grupo de Extensão “Busca Sorrisos”, que atualmente se reconhece como Coletivo jovem de Limeira. O trabalho trata de um processo de Educomunicação, voltado para a construção de um vídeo denúncia, no qual serão expostos e questionados os impactos socioambientais provenientes da falta de políticas públicas na região do bairro Jardim Morro Azul em Limeira. O objetivo deste vídeo é sensibilizar, conscientizar e chamar a atenção do poder público e da sociedade civil para os problemas referentes à moradia, vizinhança e violência, além de servir como instrumento para a prática de uma educação ambiental crítica e transformadora. Trata-se de um processo em andamento. Palavras-chave: Educomunicação, Educação Ambiental

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Fumaças Respiradas no Jardim São Marcos, Campinas - Um Inventário Espaço-Temporal Edson Delattre, Instituto de Biologia, UNICAMP delattre@queimadasurbanas.bmd.br e www. queimadasurbanas.bmd.br

As queimadas urbanas em Campinas são endêmicas. Há cinco anos, durante ação voluntária antiqueimadas no Jardim São Marcos, periferia de Campinas, uma moradora perguntou-nos: “queimada tem algo a haver com câncer?” Dizia ela que estariam ocorrendo muitos casos de câncer em crianças desse bairro. Respondemos-lhe que, possivelmente, haveria tal relação. Embora sem confirmação do seu relato, passamos a observar e a registrar a ocorrência de múltiplos tipos de queimadas nesse bairro e em suas cercanias, bem como a liberação de fumaças de outras origens. MÉTODO: O Jardim São Marcos é um bairro da região norte de Campinas, tendo ao sul o Jardim Santa Mônica e a Rodovia D. Pedro I e a sudoeste a Estrada do Amarais. É cortado pelo ribeirão Quilombo e inclui área favelizada. Executamos a observação e o registro fotográfico de queimadas e de outras fontes de fumaça nesse bairro e em áreas contíguas, no período de 2005 a 2010. RESULTADOS: Durante nossa ação voluntária, já identificamos as seguintes fontes de fumaças respiradas pelos moradores desse bairro: 1) Queimadas: • Em lixões, na Rua Felinto de Almeida, paralela à Rodovia D. Pedro I. • Em lixão e capinzal, às margens da Estrada dos Amarais. • De lixos e rejeitos, em propriedades particulares (residenciais e comerciais). • De lixos e rejeitos, em áreas públicas (calçadas, ruas, canteiros etc). • Sazonais (geralmente, no período da estiagem), na Fazenda Chapadão, Área Militar. • Freqüentes, na Fazenda Santa Elisa-IAC, ao longo de todo o ano. • Fortuitas, em canavial vizinho. • De capim e rejeitos sintéticos, em encostas do ribeirão Quilombo. • Executadas em áreas e bairros vizinhos, tais como o J. Santa Mônica, J. Campineiro e J. Esperança. • De capim, externamente aos acostamentos das duas pistas da Rodovia D Pedro I. 2) Trânsito veicular intenso e, freqüentemente, congestionado, na Rodovia D. Pedro I, bem como o trânsito nas vias locais. CONCLUSÕES: a) O Jardim São Marcos - Campinas é um modelo de região urbana flagelada por intensa poluição atmosférica, gerada por fontes fixas intermitentes e fontes móveis quase-permanentes. Além da geração local de poluentes, esse bairro recebe poluição atmosférica externa. b) Cremos que o cenário ambiental degradado, constatado no J. São Marcos, resulte de um abandono por parte dos gestores públicos, que omitem atenção às necessidades básicas dessa comunidade e do seu entorno. c) Os poderes públicos têm o dever de executar ações permanentes de prevenção e combate às queimadas urbanas em todos os âmbitos e setores geográficos, para assegurar o direito constitucional de todos os habitantes ao meio ambiente equilibrado, indispensável ao bem estar, à saúde e à vida. Palavras-chave: Queimadas Urbanas, Fumaça, Doenças. 258


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Gestão de Resíduos Sólidos em Campus Universitários: experiência da UNESP-Sorocaba Sandro D. Mancini, Campus de Sorocaba, UNESP, mancini@sorocaba.unesp.br Cláudia H. Watanabe, Campus de Sorocaba, UNESP, claudia_chaveiro@yahoo.com.br

O campus de Sorocaba pode ser considerado um gerador de resíduos em potencial por contar com a circulação diária de cerca de 700 pessoas dentre discentes de graduação, pósgraduação, docentes e funcionários. Diante desta realidade, são gerados diversos tipos de resíduos, como restos de comida, plásticos, metais, vidros e papéis além de alguns perigosos como lâmpadas fluorescentes exauridas, pilhas e baterias. Um sistema informal de gestão de resíduos dentro do campus teve início em 2004 e ganhou apoio formal da Pró-Reitoria de Extensão da UNESP (PROEX) a partir de 2005 com a aprovação do Projeto “Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Gerados no Campus de Sorocaba”. Em 2009 foi apresentado à coordenação executiva do campus um projeto de propostas para aprimoramento do gerenciamento dos resíduos, que aos poucos vem sendo implementadas. Uma das primeiras ações neste sentido foi a formação, no ano de 2010, da Comissão de Residuos do Campus, meio institucional por onde são discutidos os assuntos referentes ao gerenciamento de resíduos da unidade. O projeto vem de encontro à Política Nacional de Resíduos Sólidos, recentemente sancionada. Ainda, está de acordo com legislações estaduais pertinentes: lei 12.528/2007 que tornou obrigatória a prática da coleta seletiva em repartições públicas e do Projeto de Lei 282/2007 que obriga a destinação dos resíduos recicláveis separados em instituições da administração pública estadual a uma cooperativa de catadores. Desde seu início, o projeto viabilizou várias ações. O campus realiza a coleta e armazenamento de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes descartadas, cuja destinação adequada é custeada pela empresa Flextronics International Tecnologia Ltda. Os resíduos da coleta seletiva de papéis, vidros, metais e plásticos que antes eram comercializados pela equipe de limpeza, são destinados semanalmente à Cooperativa de Reviver. Através do projeto instaurou-se também a coleta de óleo de fritura usado, atualmente também recolhido pela cooperativa Reviver, que utiliza-o como matéria prima para a fabricação artesanal de sabão. Para que a coleta seletiva se torne cada vez mais eficaz, são necessárias campanhas de conscientização envolvendo a comunidade em questão. Neste contexto, o projeto conta com o apoio de outros projetos de extensão existentes no campus, como a Rede de Educação Ambiental e a Semana do Meio Ambiente. Ações como a construção de um local para armazenamento mais adequado de resíduos no campus, aquisição de mais coletores, palestras de conscientização geral e capacitação de funcionários formam o quadro futuro de ações a serem realizadas a fim de melhorar cada vez mais a gestão de resíduos no campus. Palavras-chave: resíduos sólidos, materiais, coleta seletiva.

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Inativação de bactérias Heterotróficas e Escherichia coli na água para consumo humano em comunidades rurais através da Pasteurização Solar José Euclides Stipp Paterniani, FEAGRI, UNICAMP, pater@feagri.unicamp.br Danielle Gonçalves Rodrigues, FEAGRI, dannyambiental@gmail.com Samuel Ricardo dos Santos, FEAGRI, UNICAMP, samunicamp@hotmail.com Franco Giuseppe Dedini, FEM, UNICAMP, dedini@fem.unicamp.br

A presença de bactérias heterotróficas e Escherichia coli é amplamente utilizada como indicador da qualidade da água uma vez que estas ocasionam doenças diarréicas. Nas comunidades rurais e carentes, não há nenhuma forma de tratamento da água, o que ocasiona diversas moléstias entéricas levando em alguns casos a morte principalmente de crianças e idosos. Dessa forma, desenvolver métodos alternativos para tratamento de água tanto em comunidades rurais como em carentes que promovam a inativação dessas bactérias se faz necessário para promover a melhoria da qualidade de vida da população. Assim, esse trabalho visou a utilização de um aquecedor solar da água cujo volume do boiler era de 80 litros para promover a inativação dessas bactérias. A água de estudo, era proveniente de um lago onde, análises anteriores identificaram a presença dessas bactérias. O tratamento da água era realizado num período de 8 horas diárias, das 8 horas da manhã as 16 horas da tarde. As análises eram realizadas antes e após o tratamento e sua temperatura monitorada a cada hora. Para a identificação das bactérias heterotróficas era utilizado o método de plaqueamento em Plate Conter Agar e para Escherichia coli o método Colilert. Foram analisados os seguintes parâmetros antes e após o tratamento da água de estudo: condutividade, pH, cor aparente e turbidez. Os resultados demonstram que, o aquecedor solar é uma ótima alternativa a ser aplicada nessas comunidades para tratamento da água uma vez que atinge a temperatura de pasteurização ou seja temperatura em torno de 65 a 70 ºC inativando essas bactérias. Em todas as análises realizadas, tanto as bactérias heterotróficas quanto a Escherichia coli foram inativadas o que é um indicativo de que a utilização dessa tecnologia nesses lugares é viável. Em relação aos testes com os parâmetros, a cor aparente após o tratamento teve uma sutil diminuição o que pode ser justificada pela decantação ocorrente no processo. Os outros parâmetros tiveram uma leve elevação, o que pode estar associado a elevação da temperatura ou erro na leitura dos equipamentos. Dessa forma, conclui-se que esta tecnologia é uma alternativa viável para promover a desinfecção de água para consumo humano em comunidades rurais e carentes uma vez que seu custo tanto de manutenção como de operação é muito baixo, e não necessita de mão de obra especializada sendo possível com isso promover a inativação das bactérias heterotróficas e Escherichia coli. Conclui-se também que, a eficiência de remoção dessas bactérias está correlacionada ao aumento de temperatura, e, só foi possível quando atingiu a temperatura mínima de 60ºC. Palavras-chave: Desinfecção, água, energia solar

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Legalizando áreas agrícolas no Vale do Ribeira Cristina Antunes Alves, aluna de Agronomia - UNESP - Campus Experimental de Registro - SP. crika_ aantunes@hotmail.com Marcelo Domingos Chamma Lopes, Professor Doutor - UNESP - Campus Experimental de Registro - SP , lopesmdc@registro.unesp.br

De acordo com a lei, todas as propriedades rurais são obrigadas a manter uma parte de sua área, preservando a mata nativa. Isto é claro, nem sempre acontece, o que além de ilegal, pode trazer muitos inconvenientes para o proprietário. Um dos principais problemas que o desmatamento pode trazer é a erosão. Em muitas propriedades rurais, o proprietário acaba explorando áreas da mata nativa, cortando as árvores e as vendendo, sem que se faça um reflorestamento. O maior problema enfrentado pelos produtores rurais, no entanto, é a falta de informações de fácil acesso sobre como legalizar suas propriedades. Desse modo, o objetivo desse trabalho é obter um material didático com a lei ambiental traduzida na linguagem do agricultor da região do Vale do Ribeira, pois se percebe, através de visitas técnicas às propriedades rurais, o desconhecimento e o descumprimento com a legislação vigente, prejudicando o meio ambiente e, conseqüentemente, o próprio agricultor. O trabalho foi realizado com base nos questionamentos mais comuns entre os agricultores nos municípios de Sete Barras, Juquiá, Miracatu e Registro, pertencentes ao Vale do Ribeira Paulista. Esses agricultores, em sua maioria cultivam banana, pupunha e chá, eles procuram por informações de como melhorar sua produção sem continuar a degradar a Mata Atlântica, agindo de acordo com a lei ambiental e recuperando as áreas legalmente protegidas. A criação de uma cartilha informativa foi a maneira viável encontrada de levar a legislação aos proprietários rurais do Vale Ribeira. Na primeira etapa o material foi elaborado na forma de croquis e quadros animados, utilizando-se como ferramenta o Power Point. A cartilha é apresentada na forma de uma estória em quadrinhos, com o dialogo entre duas pessoas, representadas por um agricultor e uma amiga. A linguagem utilizada é coloquial e descontraída. Os personagens demonstram ao leitor formas de manter uma propriedade legal e lucrativa. Informa-se que uma propriedade que contraria a lei ambiental tem como resultado grandes prejuízos e gastos com uma futura recuperação da área degradada. A exemplo, respeitar o mínimo de 30 metros da mata ciliar de cada lado de um manancial com largura igual ou inferior a 10 metros, para que sejam evitados o assoreamento de rios, e futuramente a disponibilidade de captação de água para uma área agricultável. Dessa forma, a sociedade rural da região estará mais informada para poder contribuir com o crescimento econômico e com a recuperação ambiental da região. Palavras-chave: Legislação ambiental; cartilha; propriedade rural legal.

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Manejo agroecológico e o monitoramento participativo da qualidade de água no meio rural Raphael B. A. Fernandes, Professor Adjunto do Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa, raphael@ufv.br Adriellem Lidia Marta Soares da Silva, Graduanda em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Viçosa, adriellemsoares@gmail.com Joana Junqueira Carneiro, Graduanda em Agronomia, Universidade Federal de Viçosa, joana_ufv@yahoo.com. br Lucas Ferrari, Monitor da Escola Família Agrícola Puris, lucasnouvais@yahoo.com.br Irene Cardoso, Professora Adjunta do Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa, irene@ufv.br

A partir de um trabalho de construção agroecológica de quase vinte anos, desenvolvido em parceria, entre o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), a Universidade Federal de Viçosa e produtores rurais familiares de Araponga - MG, esses agricultores começaram a reparar o incremento na quantidade de água produzida nos córregos das propriedades. Tal fato constituiu o objeto do presente projeto, que visa, por meio de metodologias participativas, buscar entender como diferentes práticas de manejo e uso do solo interferem na quantidade e qualidade dos recursos hídricos. Para isso cinco propriedades consideradas agroecológicas, dentre elas a Escola Família Agrícola (EFA-Puriz) e cinco consideradas convencionais foram selecionadas para estudo. De início foi realizada a sistematização das experiências dos agricultores quanto à preservação e conservação dos recursos hídricos, por meio de entrevistas semi-estruturadas. Posteriormente, iniciaram-se análises de parâmetros físicos, químicos e biológicos da água de nascentes e córregos, utilizando um mini-laboratório portátil, o Ecokit® e medições de vazões. Os agricultores e membros da família têm sido instruídos quanto ao uso do Ecokit e motivados para a discussão e interpretação dos resultados obtidos. Participam também das instalações e medições de vazão. Em uma das propriedades, os relatos de incrementos expressivos na produção de água de uma nascente associado à migração do olho d´água morro acima - motivo pelo qual a cerca de isolamento já tenha sido mudada por seis vezes, são compatíveis com a adoção de práticas como o cercamento da nascente, plantio de árvores nos topos do morro e nas entrelinhas do cafezal. A água desta nascente que antes abastecia duas famílias, atualmente abastece sete. Os dados analíticos obtidos foram também contrastados com a vivência dos agricultores na área. Por exemplo, a cor amarelada comum nas roupas após a lavagem é coerente com o excesso de Fe encontrado nas análises, o que também explica a certa rejeição da água para a ingestão direta, por ela apresentar “gosto de ferrugem”. Nas intervenções realizadas na EFA, os mesmos temas são discutidos com os estudantes, muitos deles filhos de agricultores. Eles também têm a oportunidade de manusear e discorrer sobre o Ecokit®. O presente trabalho vem proporcionando o avanço da construção do conhecimento em que as partes, técnicos e agricultores, trocam suas experiências na busca da compreensão da dinâmica da água em agroecossistemas mais ecológicos, o que em última análise visa permitir o reconhecimento e a valorização dos serviços ambientais prestados pelos agricultores. Palavras-chave: Qualidade da água, manejo agroecologico, metodologias participativas. 262


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Monitoramento de projeto técnico de recuperação ambiental e plantio de mudas arbóreas em área de empresa junto ao órgão ambiental licenciador estadual Luiz César Ribas, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, lcribas@fca.unesp.br Enzo Antônio Lecciolle Paganini, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, ealpaganini@fca.unesp.br Liz Miyo Sousa Ota, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, lmsota@fca.unesp.br Rodrigo Minici de Oliveira, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, rodrigominici@hotmail.com

Para o cumprimento de notificações de órgãos públicos licenciadores e assegurar o status de parceiros do meio ambiente, empresas nacionais e multinacionais têm buscado profissionais aptos a realizar serviços técnicos competentes. A fim de atender tal necessidade e de enriquecer o conhecimento profissional e mercadológico dos universitários, firmou-se parceria entre uma empresa de licenciamento ambiental e uma equipe discente, orientada por um responsável docente. O presente trabalho evidencia que, através da parceria entre empresa e universidade, a transferência mútua do conhecimento torna-se importante ferramenta na atuação extensionista universitária e na capacitação do futuro profissional. A exemplo, as atividades técnicas realizadas com respeito à medida de compensação estabelecida pelo órgão público. Isto porque, foi requerido de uma empresa consulente o plantio de 100 unidades de espécies nativas nas dependências de empresa. O respectivo projeto técnico foi executado, estimando perdas, com 120% do determinado. A equipe discente participou apenas do quarto e último monitoramento ambiental exigido no processo de regularização ambiental da empresa demandante da assessoria técnica. Verificou-se, durante a visita técnica, que o número de mudas encontrava-se abaixo do estabelecido. O relatório gerado foi encaminhado ao órgão ambiental, com o diagnóstico da situação atual do plantio, taxa de perda e recomendações de manutenção. Em seqüência ao acatamento das recomendações técnicas por parte da empresa, a equipe de alunos pôde, posteriormente, realizar o plantio de 8 mudas, totalizando as 100 mudas previstas. A título de precaução, a equipe discente optou pelo acréscimo de 3 mudas ao plantio complementar, que passou a contar, prevendo possíveis perdas, com 103 mudas. Por conta da época de estiagem corrente, recomendou-se o reforço dos tratos culturais, com adubação orgânica, cobertura das covas com palha seca e maior freqüência de irrigação das mudas. O trabalho propiciou à equipe a aplicação, compreensão e interpretação, na prática, dos conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula. Contribuiu ainda para a formação profissional e aprendizagem da estrutura e funcionamento das ações de licenciamento ambiental. A experiência da interação empresa-universidade ressaltou a necessidade de fundamentar, justificar e valorizar, junto à empresa, a importância da proteção ambiental e da atuação dos profissionais da área. Por fim, propiciou-se um melhor conhecimento e aproximação, abrindo espaço para novas oportunidades, junto a profissionais de diversas áreas, dirigentes e funcionários da empresa, outras empresas, comunidade e órgãos públicos ambientais licenciadores. Palavras-chave: Monitoramento, licenciamento, compensação. 263


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Nos trilhos da extensão universitária com o projeto ArticuLAR Prof. Dr. Sandro Tonso (FT, Unicamp) - sandro@unicamp.br Jorge Luiz da Paixão Filho (FT, Unicamp) - jorgepaixao@gmail.com Thiago D’agosta Camargo (IFCH, Unicamp) - thiagocipo@yahoo.com.br

O grupo de extensão universitária “Busca Sorrisos” vinculado à Faculdade de Tecnologia (FT) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) atua como um elo entre a universidade e a sociedade e, durante o ano de dois mil e oito realizou um novo projeto de Educação Ambiental chamado ArticuLAR. O referido projeto, como o nome tenta sugerir, tem como missão articular pessoas, instituições e parceiros dentro de uma determinada região (LAR), buscando trabalhar conceitos de Educação Ambiental junto à comunidade. O projeto ArticuLAR visou à criação de um canal onde a comunidade no entorno do campus da FT em Limeira-SP, possa tornar-se proponente de uma atividade em conjunto com a universidade. Nesse sentido o projeto ArticuLAR buscou parcerias nas proximidades do campus com o objetivo de fomentar processos de formação de educadores ambientais a partir da problematização da noção de “qualidade de vida” e, considerando o potencial educador e transformador presentes nos moradores da região envolvidos no projeto. Atuando sob tais princípios, o ArticuLAR visando a formação de educadores ambientais populares procurou incluir todos os grupos e idéias, valorizando a diversidade sócio-cultural de modo a favorecer a autonomia e potência de ação. Partindo do pressuposto que o processo de globalização impõem certos valores culturais que oprimem as diferenças regionais tornando-as estéreis e transformando-as numa “igualdade pasteurizada” e visando superar esta condição o grupo fundamentou-se no conceito de biorregionalismo, que percebe o “local” com suas características geográficas e biológicas inscritas numa história de vida. O método desenvolvido para chegar à comunidade foi o “boca a boca”. Para entender a dinâmica da comunidade os integrantes do grupo visitaram a comunidade em momentos distintos, em reuniões da associação de moradores, palestra do centro de saúde, associação dos aposentados, sempre observando os procedimentos de seus participantes, a linguagem usada, as relações entre os moradores, etc. Neste trabalho nos atentaremos à uma breve explanação sobre alguns encontros ocorridos destacando a dinâmica dos encontros e o envolvimento/participação dos moradores da região. As atividades do projeto ArticuLAR, ao longo de seus dez encontros realizados, demonstram que são possíveis aproximações da comunidade com a universidade para a realização de projetos que despertam a autonomia, participação e o pertencimento. Palavras-chave: Educação ambiental; extensão universitária; biorregionalismo.

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O Despertar para a Pesquisa em Saneamento através da extensão universitária: Atividade com jovens que participaram do programa Ciência e Artes nas Férias Jorge Luiz da Paixão Filho (FEC, Unicamp) jorgepaixao@gmail.com Giuliano Gabrielli (FEC, Unicamp), Unicamp, gironozoo@gmail.com Mateus Ferreira Chagas (FEQ, Unicamp), mateusvarginha@hotmail.com Prof. Dr. Bruno Coraucci Filho (FEC, Unicamp) bruno@fec.unicamp.br Prof. Dra. Marta Siviero Guilherme Pires (FT, Unicamp) marta@ft.unicamp.br

O conhecimento por parte da população sobre os aspectos do saneamento é importante tanto do ponto de vista ambiental quanto do político. Ambiental por exemplo, quando o cidadão não joga óleo na pia, sabendo dos problemas que isso acarreta. Político na hora da cobrança pela universalidade do saneamento. Para fomentar diálogos e troca de saberes sobre o tema, os estudantes do laboratório de reúso (Labreúso) elaboraram um projeto para o programa Ciência e Arte nas Férias (CAF) da Unicamp, que tem o objetivo de receber estudantes do ensino médio para introduzi-los no mundo da pesquisa e conhecimento universitários. O objetivo desse trabalho foi desenvolver conceitos do saneamento básico no Brasil com os jovens do ensino médio da região de Campinas. Como tema gerador foi utilizado as atividades desenvolvidas no Labreúso relacionadas ao tratamento de esgoto sanitário e seu uso na agricultura e o uso agrícola de lodo de esgoto. Nove estudantes ficaram o mês de janeiro acompanhando as atividades no laboratório. A primeira atividade foi um “quebra de gelo”, ou seja, uma troca de informações entre monitores e estudantes, de modo a transformar todos em protagonistas no programa, pois em um encontro de saberes não há hierarquia de conhecimentos. Depois, os estudantes realizaram um “tour” pela universidade, passeando com o circular interno, conhecendo a biblioteca central e o restaurante universitário. Várias atividades foram realizadas, como teste de toxicidade, discussão sobre filmes, e outras. Aqui será exposta somente a atividade de pesquisa da aceitação de rosas irrigadas com esgoto tratado. O labreúso possui uma estação de tratamento de esgoto piloto que trata o esgoto de uma região da universidade. Depois de tratado, esse esgoto é utilizado na irrigação de rosas. Os jovens conheceram todo o sistema de tratamento do esgoto e o cultivo de rosas irrigadas com esgoto. Surgiram discussões sobre economia de água na utilização de esgoto tratado, os riscos associados a essa prática e a aceitação pública dos produtos irrigados com esgoto. Com o objetivo de observar essa aceitação foi realizada uma pesquisa com o público do campus, sendo os jovens responsáveis pela pesquisa, desde a concepção das perguntas até a discussão dos dados obtidos. Como um modo de sensibilização no final da entrevista os jovens ofereciam uma rosa que foi irrigada com esgoto para o entrevistado. Concluiu-se que o diálogo sobre saneamento ampliou a percepção sobre esse tema, mostrando os benefícios da pesquisa científica em saneamento na qualidade de vida. Palavras-chave: Saneamento, pesquisa, extensão.

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O Plantio de Eucalipto e o Movimento Social em Defesa Dos Pequenos Agricultores em São Luis do Paraitinga-Sp Profª Ms.Maria Lucia Firmino de Oliveira Carvalho- luycelso@ig.com.br Profª Ms. Cristiane Moreira Cobra-luycel@hotmail.com José Jorge de Souza Castro - jorginhodecastro@ig.com.br Karina Aparecida de Faria - Kar_apa_faria@hotmail.com Thaíse Cristine de Oliveira - Thaise.mss@hotmail.com Projeto de Extensão Observatório Sócio Ambiental Departamento de Serviço Social-Universidade de Taubaté - UNITAU

Esse trabalho é parte integrante das atividades do Projeto de Extensão Observatório Sócio Ambiental-UNITAU e propõe discutir a percepção de membros do Movimento em Defesa dos Pequenos Agricultores (MDPA) de São Luis do Paraitinga-SP em uma de suas ações frente ao plantio indiscriminado do eucalipto e do desmatamento de mata nativa na região. A metodologia foi a qualitativa aplicada, através de entrevista com roteiro pré-estruturado focando os aspectos de conhecimento dos mesmos sobre movimentos sociais e objetivos do MDPA, foram entrevistados 3 sujeitos participantes do movimento. Resultados preliminares apontaram quanto ao movimento, que os membros estão bem esclarecidos e organizados, tendo registrado ação civil pública (593/07) e percebem a relação exploratória das empresas no contexto do mercado, lucratividade e os impactos deixados ambiente e socialmente, principalmente aos vinculados a doenças devido toxinas dos produtos utilizados. Conclui-se que a degradação do meio ambiente, a redução do lençol freático, terras imprestáveis para a agricultura e a contaminação das águas pelo uso intensivo de agrotóxicos, são partes apenas do impacto vivenciado pelo avanço da monocultura e que, movimentos sociais, assim como demais tipos de iniciativas que favoreçam a participação da sociedade nos debates são fundamentais para enfrentamento e superação de questões socioambientais. Palavras-chave: Movimentos Sociais; Percepção; Eucalípto

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O Projeto de Extensão “Natureza & Criança: Aprendendo com Animais e Plantas”: Cinco Anos de Atividades Lúdicas Adriana Mascarette Labinas (Docente), Departamento de Ciências Agrárias, Universidade de Taubaté, alabinas@uol.com.br Elisa Mitsuko Aoyama, pós-graduanda “Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente”, Instituto de Botânica de São Paulo, elisaoyama@yahoo.com.br Bárbara Helena Ramos, pós-graduanda “Ecologia de ecotonos”, Universidade Federal do Tocantins, babihr@gmail.com Luciano Rodrigues Coelho, Departamento de Ciências Agrárias, Universidade de Taubaté, Luciano.coelho@unitau.br Tainara Vieira de Araújo, Departamento de Ciências Agrárias, Universidade de Taubaté, vieiratai@hotmail.com Maíra Trevisan, Departamento de Biologia, Universidade de Taubaté, mtrevisa@yahoo.com.br Ana Maria Gimenes Corrêa Calil, Departamento de Pedagogia, Universidade de Taubaté, Ana.calil@unitau.br

Pesquisas acerca do aprendizado de crianças sobre Ciências têm demonstrado que elas formam suas idéias nas primeiras séries do Ensino Fundamental. Pensando nisso foi formulado o projeto “Natureza & Criança: aprendendo com animais e plantas” que desde 2005 é realizado anualmente com a parceria da Universidade de Taubaté, através do Departamento de Ciências Agrárias, da Prefeitura Municipal de Taubaté e de empresas da iniciativa privada que dão suporte técnico científico e financeiro ao projeto. Ao longo desses 5 anos participaram cerca de 200 alunos de graduação dos cursos de Biologia, Agronomia e Pedagogia, que atuaram como estagiários voluntários e 19 alunos bolsistas. O objetivo deste trabalho foi aproximar o mundo das ciências, principalmente a botânica e a entomologia dos ensinamentos teóricos, de alunos dos 2os. e 3 os. anos de escolas públicas e particulares do município de Taubaté, em 4 etapas. A 1ª ou avaliação inicial, consistiu na observação de figuras que representassem paisagens (urbana e florestal) com anotação individual dos possíveis animais habitantes daquelas paisagens; a 2ª, composta por atividades monitoradas nas salas de aula, com abordagem de assuntos específicos (biodiversidade, interações inseto-planta como polinização e plantas insetívoras, além de informações sobre a morfologia e ciclo de vida das plantas e insetos); a 3ª etapa foi o desenvolvimento de atividades lúdicas em estações, realizadas no departamento de Ciências Agrárias e monitoradas por estudantes de graduação, e; a 4ª etapa ou avaliação final, na qual a atividade da 1ª etapa foi repetida a fim de se verificar o quanto de conhecimento científico havia sido retido ou modificado. Com um total de, aproximadamente, 1200 crianças atendidas, os resultados do projeto mostraram que: a) as crianças que quase não faziam referência de presença de insetos nas paisagens passam a considerá-los em quase todas as avaliações obtidas; b) os alunos da rede pública parecem ter aproveitado mais do que da rede particular, talvez, devido à carência de recursos no ensino-aprendizagem; c) muitos alimentos são obtidos da fecundação do óvulo por grão de pólen as vezes transportado por insetos; d) a idéia exagerada da alimentação suplementar de plantas insetívoras como a Dionea, é na maioria das vezes equivocada, ao se depararem com, no máximo um pequeno inseto como complemento alimentar, no lugar de grandes presas tal como ocorrem nas ilustrações da mídia digital ou impressa. Assim, percebe-se que as intervenções claras e criteriosas formam ou mudam conceitos, desde os primeiros anos do ensino fundamental. Palavras-chave: atividades lúdicas, ensino fundamental, práticas pedagógicas

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“Passeando e Aprendendo no Cerrado” Prof. Dr. Osmar Cavassan, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, cavassan@fc.unesp.br Profª Drª Veridiana de Lara Weiser, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, veriweiser@hotmail.com Prof. Job Antonio Garcia Ribeiro, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, job_ribeiro@fc.unesp.br Profª. Mariana Ninno Rissi, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, mariananinno@ibb.unesp.br Flaviana Cristina Camargo, Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, flazinhabio@yahoo.com.br

Atividades desenvolvidas no ambiente natural, como em uma trilha, vão além de uma simples aula prática. Dependendo de como esta é organizada, pode permitir que o aluno elabore suas próprias interpretações dos conteúdos envolvidos e reflita sobre e através dos fenômenos naturais com um diferencial, o de estar no ambiente a ser estudado. No presente projeto de Extensão, busca-se contribuir com os professores dos três níveis de escolaridade do município de Bauru e demais cidades da região, propondo uma atividade de campo na qual os alunos possam ter um contato direto com a biodiversidade do cerrado. Assim, objetiva-se também sensibilizá-los quanto à preservação deste Bioma, além de contextualizar conceitos botânicos e ecológicos vistos em sala de aula. A atividade “Passeando e aprendendo no cerrado” em parceria com o Centro de Divulgação e Memória da Ciência e Tecnologia (CDMCT), vinculado ao curso de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, da UNESP de Bauru iniciou-se no ano de 2006. Para sua realização utiliza-se das seguintes estratégias: recepção dos alunos (apresentação dos monitoressocialização/levantamento de concepções prévias sobre o cerrado e suas plantas e animais/ abertura para discussão específica de diferentes temas de interesse do professor); percurso pela trilha no cerrado (baseada na proposição de problemas pelos monitores aos alunos); volta ao local de recepção (lanche/discussão dos problemas colocados pelos monitores no campo/fechamento da atividade). Até o presente momento o projeto contou com a participação de 52 turmas, somandose um total de 1107 alunos recebidos e o reconhecimento desta atividade dentro da própria universidade e entre os professores da região, os quais o avaliaram positivamente. A atividade permite a participação e integração de alunos do curso de licenciatura em Ciências Biológicas, pós-graduandos em Ensino de Ciências e Botânica, como pesquisadores no entendimento dos ecossistemas de cerrado, como monitores nas atividades didáticas e como extensionistas quando colocam os conhecimentos adquiridos nas atividades de pesquisa no desenvolvimento das aulas práticas complementares às turmas visitantes. Ensinar sobre Cerrado para alunos que vivem em regiões de presença desta vegetação torna-se relevante, quando levamos em conta o desconhecimento destes acerca deste Bioma. Considera-se, enfim, a importância de tal iniciativa, oferecendo aos professores opções de trabalho fora da sala de aula de forma organizada e com acompanhamento de monitores preparados, complementando ou iniciando seu trabalho sobre a biodiversidade do cerrado e tornando-o mais motivador. Palavras-chave: cerrado, ensino de botânica, aula de campo. 268


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Possibilidades do Serviço Social em Ações Sócio Educativas Ambientais: estudo sobre reflorestamento Profª Ms.Maria Lucia Firmino de Oliveira Carvalho- luycelso@ig.com.br Joana Ferreira Ferraz da Silva- jofteixeira@gmail.com Adam Teodoro Silva Rodrigues- adam_retrovisor@hotmail.com Lara Maria Maia Braga de Campos Reis - lheromanticskater@hotmail.com Rodolfo Santos Pereira - rodolfosantos@hotmail.com - et alli Projeto de Extensão Observatório Sócio Ambiental - Deptº Serviço SocialUniversidade de Taubaté-UNITAU

No debate atual mundial sobre meio ambiente, uma das pautas se refere ao reflorestamento, visto a urgência na recuperação de áreas degradadas que interferem nas condições de vida e na sobrevivência dos seres vivos. Inerente às discussões e iniciativas, a educação ambiental apresenta-se como importante instrumento frente a esta questão. O Serviço Social está inserido na divisão sócio técnica do trabalho que tem entre suas dimensões, a sócioeducativa. O presente trabalho tem por objetivo analisar suas possibilidades frente à educação ambiental em processos de reflorestamento. Na metodologia optou-se pela pesquisa bibliográfica e observação participante no trabalho realizado no Parque Estadual na Serra do Mar-Núcleo Cunha-Indaiá-SP em visita monitorada (08/2010), focando os aspectos: profissionais (composição das equipes), técnicas desenvolvidas e conteúdos trabalhados. Resultados preliminares apontaram quanto à composição técnica atual das equipes envolvidas, é principalmente da área de biociências (geógrafos e biólogos, etc.), que enfocam aspectos práticos específicos não estabelecendo nexos ou aprofundando com questões sociais, geradoras ou resultantes, de impactos ambientais. Conclui-se que há necessidade da ampliação de ações sócio-educativas interventivas no enfrentamento da questão e, as especificidades do Serviço Social em muito podem contribuir no esclarecimento, que incentiva a participação, e em movimentos de resistência a ações predatórias insustentáveis. Palavras-chave: Educação Ambiental, Serviço Social, Reflorestamento.

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Meio Ambiente

Percepção da (In) Segurança Alimentar e Ambiental por Pescadores Artesanais em áreas de conflitos socioambientais no estado da Bahia Neuza Maria Miranda dos Santos, Escola de Nutrição, neuzami@ufba.br Leise Nascimento Moreira, Escola de Nutrição, leumoreira@yahoo.com.br Tatiane dos Santos Machado, Escola de Nutrição, tatianemachado@yahoo.com.br Maria do Carmo Soares de Freitas, Escola de Nutrição, carmofreitas@uol.com.br Universidade Federal da Bahia

Diversas comunidades de pescadores artesanais na região do Recôncavo baiano vêm sofrendo o impacto provocado pela gradativa destruição do meio ambiente, causada pela poluição dos estuários e mangues associados, pela sobreexploração de recursos pesqueiros, pelo aterro de manguezais, o que tem ocasionado a redução de diversos produtos marinhos e estuarinos. Este estudo é fruto de um projeto de extensão, com a temática envolvendo o meio ambiente e a saúde. Assim, o projeto Vigilância alimentar, nutricional e ambiental em Ilha de Maré e Santo Amaro da Purificação investigou a percepção da (in) segurança alimentar e ambiental por pescadores artesanais em duas comunidades de pescadores artesanais localizadas na região do Recôncavo baiano: uma em Ilha de Maré, na porção nordeste da Baía de Todos os Santos (BTS) e a outra no município de Santo Amaro da Purificação, região do Recôncavo baiano. Foram aplicados 52 questionários semiestruturados; 21 em Santo Amaro da Purificação e 31 em Ilha de Maré. Obtiveram-se informações sobre as condições de trabalho dos pescadores artesanais, a caracterização dos produtos da pesca, destino empregado aos produtos obtidos e a percepção da (in) segurança alimentar e ambiental. Os pescadores artesanais da amostra distribuíram-se entre a comunidade de Ilha de Maré, nos povoados de Bananeiras e Maracanã (59,6%) e na região de manguezais de Santo Amaro da Purificação, nos bairros Trapiche de Baixo e Pitinga (40,4%). Em Ilha de Maré, 83,9% do pescado tem como finalidade a venda e o consumo, ocorrendo o mesmo com 71,4% nas comunidades pesqueiras de Santo Amaro da Purificação. Nesta última comunidade, os pescadores entrevistados mencionaram a escassez de determinados tipos de pescado, tais como: tainha (33,3%), robalo (42,9%) e caranguejo (42,9%); já os pescadores de Ilha de Maré demonstraram uma maior preocupação quanto aos moluscos: 54,8% dos pescadores referiram escassez de sarnambi, 32,3% para ostra, 32,3% para salpiro e 45,2% para siri. Em relação à percepção da (in) segurança alimentar, os pescadores de Ilha de Maré atribuíram a escassez do pescado à poluição das fábricas (51,6%), sendo este o mesmo motivo para 28,6% dos pescadores em Santo Amaro da Purificação. A principal preocupação para os trabalhadores da pesca artesanal nas regiões estudadas foi a escassez de pescado, relacionada à presença de diversos contaminantes químicos provenientes de indústrias químicas, petroquímicas e petrolíferas, localizadas próximas à região de Ilha de Maré, na região norte e nordeste da BTS e de uma fábrica de papel e uma fundição desativada de chumbo em Santo Amaro da Purificação. Palavras-chave: Segurança alimentar, Percepção do meio ambiente; Pescador artesanal 270


Meio Ambiente

Pesquisa-participante na bacia-hidrográfica do córrego da Água Comprida em Bauru (SP): conflitos e potencialidades na construção de uma outra cidade Área temática: Meio Ambiente Fernanda Nascimento Corghi (FEC, Unicamp) Simone Narciso Lessa (FEC, Unicamp) Antonio Carlos Vitte (DGEO, IG-Unicamp)

A partir da pesquisa participante na bacia-hidrográfica do Córrego da Água Comprida, afluente do rio Bauru, situada no município de (SP) procuramos estabelecer vínculo com os moradores desta área e colaborar com a institucionalização de uma mata urbana como Área de relevante interesse ambiental (ARIE) nas diretrizes do Plano Diretor Participativo (PDP) de 2008 e ao mesmo tempo observar o processo social de constituição de re-ligação homem-natureza, a partir de movimentos sociais questionadores do Plano Diretor de Bauru. A implantação de empreendimentos em Bauru é comumente acompanhada de processos erosivos devido ao solo arenoso procedente do arenito das formações Marília e Adamantina. O mesmo verifica-se na bacia-hidrográfica estudada. A implantação de residenciais próximos à cabeceira do córrego nas últimas décadas colaborou com a formação de bancos arenosos e diminuição da calha fluvial. Na época do verão o extravasamento das águas fluviais para o leito maior do rio é facilitado, o que provoca danos ambientais e sociais. As moradias existentes correram risco de serem destruídas e de terem sua estrutura, já frágil, comprometida. O descontentamento da população local foi crescente e manifestou-se por meio de participação em audiências públicas, abaixo assinado, passeatas e visitas aos órgãos públicos competentes. O objetivo deste trabalho foi o de respaldar as ações dos moradores da bacia no intuito de institucionalizar a área de mata. Esta pesquisa se fundamenta nos métodos de pesquisaparticipante e história oral para legitimar sua atuação em meio à população envolvida no conflito, desde os moradores da bacia até os agentes públicos das instituições de ensino e agências ambientais do município, por meio de respaldo em reuniões, palestras, intervenções em órgãos públicos e manifestações internacionais para exigir o criterioso estudo da área em relação à sua viabilidade em se tornar um empreendimento urbano. Como resultado obteve-se a exigência de um RAP - Relatório Ambiental Preliminar para um empreendimento residencial urbano, fato inédito no município, e a legitimação da mata como ARIE no PDP de 2008. Em 2009 a mata foi oficialmente assumida pelo poder público e está em vias de se tornar um parque municipal. Quanto ao movimento social que catalisou este processo e questionava a forma técnico-burocrática como o Plano Diretor foi construído, infelizmente foi rapidamente esvaziado. Mas apesar de tudo, colocou em questão que a natureza é um importante elemento na luta política para a construção de uma cidade democrática e que o espaço geográfico pode ser um catalizador e potencializador das lutas pela liberdade humana. Palavras-chave: bacia-hidrográfica; natureza ; movimentos sociais 271


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Programa de Coleta Seletiva na FCA, UNESP, Botucatu: educação ambiental e quantificação dos resíduos Waldemar Gastoni Venturini Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Botucatu, venturini@fca.unesp.br Alexandre Rodrigues Mansano, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, armansano@gmail.com Ana Marta Pereira Rodrigues Passetti, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Botucatu, ana. florestal@yahoo.com.br Richardson Barbosa Gomes da Silva, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Botucatu, richardsonunesp@gmail.com Eliel Antônio Nunes, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Botucatu, eanunes@fca.unesp.br

A entrada constante de produtos para o sustento das cidades muitas vezes supera a sua capacidade de eliminar resíduos, trazendo como conseqüência o aumento da quantidade de lixo, sendo a sua geração e destinação problemas a serem solucionados pela sociedade contemporânea. Os objetivos desse projeto foram quantificar e caracterizar os resíduos recicláveis gerados no Campus Lageado, UNESP, Botucatu, para dar suporte técnico às tomadas de decisões no gerenciamento desses resíduos. A quantificação foi realizada nas quartas-feiras de manhã e à tarde, sendo que, quando feita pela manhã, multiplicou-se a massa medida na balança pelo fator 2,5 e quando feita à tarde, o fator de multiplicação foi 2,0, com o objetivo de estimar a quantidade gerada na semana. Para estimar a quantidade de lixo reciclável gerado em um ano, multiplicou-se o resultado do primeiro produto por 52 (número de semanas em um ano). O material reciclável produzido em maior quantidade no Campus é o papel (3763,3 kg), seguido pelo plástico (1588,1 kg), vidro (397,3 kg) e metal (85,9 kg). A quantidade de vidro gerada no Campus refere-se apenas ao vidro íntegro e que pode ser descartado como lixo reciclável. A maioria das unidades de ensino/pesquisa/administração não gera esse tipo de material. Normalmente, o vidro é descartado na forma quebrada. O descarte do vidro quebrado é feito separadamente pela Diretoria de Serviços da FCA, em função dos riscos de acidentes que a coleta desse tipo de material acarreta. Estima-se que a quantidade de vidro quebrado é superior à de vidro íntegro. Foi observado durante a quantificação que um grande número de unidades tinha dificuldade em realizar a separação do seu lixo reciclável. Em muitas unidades, o lixo comum estava misturado ao lixo reciclável, o que dificultou o trabalho de quantificação. Esse fato mostra claramente que o trabalho de educação ambiental desenvolvido pela Comissão de Coletas Seletiva não está atingindo todos os elementos da comunidade acadêmica. Palavras-chave: Reciclagem, Lixo, Meio Ambiente

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Projeto Coleta Seletiva no Campus Lageado - UNESP Implantação e acompanhamento da coleta seletiva no Campus Lageado - UNESP e o envolvimento da comunidade universitária Waldemar Gastoni Venturini Filho (venturini@fca.unesp.br) - FCA, UNESP Vanessa C. Nunes Biral (vcnbiral@fca.unesp.br) - FCA, UNESP Fernanda Bertozzo (fbertozzo@yahoo.com.br) - FCA, UNESP Vítor Gamba (vitorgamba@hotmail.com) - FCA, UNESP Matheus Ferreira (mzferreira@fca.unesp.br) - FCA, UNESP

O presente trabalho tem como objetivo geral a apresentação do projeto Coleta Seletiva no Campus Lageado - UNESP, coordenado pelo Prof. Dr. Waldemar Gastoni Venturini Filho e iniciado no ano de 2008 na Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP/ Botucatu). O projeto teve como objetivo a implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos no campus universitário e o desenvolvimento de ações de educação ambiental, visando à mobilização e à participação da comunidade universitária nas atividades e ações do projeto. O projeto foi composto por três fases: na primeira foram criados materiais educativos sobre educação ambiental e reciclagem (folders e cartazes) para a divulgação na comunidade acadêmica; na fase seguinte foi instituída a coleta seletiva no campus universitário (colocação de lixeiras e treinamento do setor de limpeza) e finalmente foi realizada uma pesquisa para quantificação e determinação do material reciclado. Para a realização da coleta dos materiais recicláveis foi estabelecida uma parceria entre a FCA/UNESP e a Prefeitura Municipal de Botucatu. O material reciclável separado é encaminhado à usina de triagem de materiais, gerando renda aos trabalhadores da cooperativa de reciclagem que funciona junto ao aterro sanitário da cidade. O projeto de coleta seletiva estendeu-se à totalidade do Campus, exceto as colônias de moradores e os dois departamentos (Produção Animal e Melhoramento Animal) pertencentes à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Foram distribuídas lixeiras para coleta dos materiais recicláveis nas salas de aula, laboratórios e copas do Campus. O material reciclável é separado com a participação individual e coletiva da comunidade universitária e coletado uma vez por semana por funcionários da prefeitura. No ano de 2010, a Comissão de Coleta Seletiva vem trabalhando a consolidação do projeto por meio de divulgação de informações e reforço através da intranet, Jornal da FCA, cartazes e eventos de extensão, com o intuito de reverter o quadro de desinformação e falta de colaboração observada em alguns bolsões do Campus. Outro foco é garantir a infraestrutura mínima para que o projeto possa ser ampliado como, por exemplo, a colocação de lixeiras externas por toda a área do Campus. A Comissão ainda vem atuando na busca de uma parceria para a correta destinação de pilhas e baterias geradas no Campus. Palavras-chave: reciclagem; resíduos sólidos; educação ambiental.

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Projeto Reviva: aplicação de educação ambiental para melhoria da qualidade de vida Profª. Drª. Maria Lúcia Pereira Antunes, Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, malu@sorocaba.unesp.br Ana Carolina do Amaral Burghi, Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP, carolcisv@hotmail.com Caio Guilerme Barbosa, Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP, caio_bar@hotmail.com

O quadro atual do meio ambiente no Brasil e no mundo demanda atenção especial devido a práticas insustentáveis que visam benefícios má distribuidos, além de gerar escassez e dificultar o acesso de comunidades aos recursos naturais. Tais práticas colocam em risco o equilíbrio ambiental e as condições de vida, sobretudo das populações em condições de vulnerabilidade social e econômica. Para alterar essa situação, é necessária a participação de toda a sociedade.(1) Motivada nessas questões, a Educação Ambiental teve sua origem no interior do movimento ambientalista e, no entanto, não foi incorporada oficialmente pelos sistemas de ensino como política pública da mesma forma que ocorreu no âmbito do Sistema Nacional de Meio Ambiente. Em consequência da necessidade da sustentabilidade e do desenvolvimento num contexto de crescente dificuldade na promoção da inclusão social, os sistemas de ensino absorveram a prática de Educação Ambiental em parceria com órgãos governamentais e não governamentais dedicados ao meio ambiente, por meio de projetos pontuais e temáticos. (2) Nesse contexto, o Projeto Reviva da Rede de Educação Ambiental da UNESP Sorocaba (REAUSo) foi iniciado como projeto de extensão a fim de melhorar a qualidade de vida de jovens e crianças de escolas públicas, estimulando o desenvolvimento de habilidades através de atividades extracurriculares de enfoque na temática ambiental. Para tanto, são desenvolvidas atividades de cunho socioambiental semanalmente na mesma escola. As principais temáticas desenvolvidas são relacionadas a problemáticas ambientais, como poluição da água e ar, resíduos, energia e desperdício; juntamente com conceitos de ética, moral e cidadania. Essas atividades tem como objetivo a motivação, sensibilização, ambientação, percepção, cooperação e transformação dos indivíduos perante a situação atual do meio ambiente e do tratamento que essa recebe. Atualmente, o projeto é mantido pelos membros da REAUSo, sendo vinte e cinco graduandos de Engenharia Ambiental e cinco formados, que continuam contribuindo à distância. Há ainda o apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão da UNESP (PROEX) e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da UNESP (Fundunesp), que concedem bolsas de extensão e subsídios para compra de diferentes tipos de materiais para melhor desenvolvimento das atividades. 1 RODRIGUES, B. Carlos; Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos: escrito para conhecer, pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2ª edição. P. 7-9. 2 MMA. Secretaria de Educação Fundamental. Programa de Parâmetros em Ação: Meio Ambiente na Escola, Caderno de Apresentação - PCNs. P.14 Palavras-chave: Extensão, Qualidade de Vida, Educação Ambiental. 274


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Projeto “Análise de Solos, Plantas e Sementes” uma atividade extensionista comprometida com o desenvolvimento sustentável do Vale do Paraíba Júlio Cesar Raposo de Almeida (Docente) Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté, jcraposo@uol.com.br Carlos Moure Cicero (Docente) Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté João Luis Gadioli (Docente) Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté Julio Cesar Ribeiro (Discente) Agronomia, Universidade de Taubaté, bolsista PIBEX-UNITAU Luana Thomas Jesus (Discente) Engenharia Ambiental, Universidade de Taubaté, bolsista PIBEX-UNITAU

Assim como os exames clínicos são fundamentais para o diagnóstico de problemas de saúde, as análises dos solos, das plantas e das sementes são ferramentas essenciais para auxiliar e orientar os profissionais das ciências da Terra (agrárias e meio ambiente) em suas tomadas de decisão e recomendações técnicas. O projeto “análise de solos, plantas e sementes”, desenvolvido no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté, ao longo de mais de 20 anos de serviços prestados à comunidade, tem contribuído de forma efetiva para elevar o nível tecnológico das atividades agropecuárias do Vale do Paraíba através da qualidade dos resultados gerados e do seu compromisso com a extensão rural. Além disso, por garantir a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão aos alunos dos cursos de graduação, proporciona a formação de profissionais mais capacitados e sensíveis aos problemas locais e, com condições de propor soluções técnicas, econômicas e socialmente adequadas para a comunidade. Entre as mais de 27000 amostras analisadas no período, cerca de 70% são oriundas de produtores rurais, 8% de empresas, 6% de órgãos públicos e 15% de atividades de ensino e pesquisa da própria instituição. Deste montante, 80% são do cone leste paulista (74% do Vale do Paraíba, 5% Serra da Mantiqueira e 1% do Litoral Norte Paulista) e 20% de outras regiões do Estado de São Paulo e demais Estados do Brasil. Palavras-chave: Extensão rural, prestação de serviços.

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Queimadas Urbanas em Órgãos Públicos: A Poluição Oficial a Dano de Todos Edson Delattre, Instituto de Biologia, UNICAMP, delattre@queimadasurbanas.bmd.br e www. queimadasurbanas.bmd.br

Há 13 anos, vimos executando a ação voluntária de prevenção e combate às queimadas urbanas, em Campinas e Londrina. Atuamos em centenas de episódios de queimadas, executadas em áreas privadas e públicas, incluindo-se órgãos oficiais. Queimadas executadas nas fazendas públicas urbanas de Campinas, além de crime, representam um enorme passivo ambiental, tendo provocado agravos à saúde de munícipes, até com internação hospitalar, prejuízos em atividades escolares, além de outros malefícios à comunidade. OBJETIVO: Relatar as medidas e providências tomadas durante e após a execução de queimadas em áreas e órgãos públicos, em Campinas (SP) e Londrina (PR), no período de 2000 a 2010. MÉTODO: Locais de ação: Campinas: Instituições públicas de ensino, de 1°, 2° e 3° graus; Administração Regional (AR); área de lazer; Instituto de Pesquisa; Fazenda Santa Elisa, administrada pelo Instituto Agronômico de Campinas e Fazenda Chapadão/Área Militar, administrada pelo Exército Brasileiro. Londrina: órgão público federal (OPF); escolas estaduais. Conforme cada caso, executaram-se fotos/filmagens. Contatamos diversos responsáveis pela execução de queimadas ou pela direção dos órgãos. No caso das duas fazendas públicas urbanas, também, acionamos o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Guarda Municipal. Já registramos 36 e 14 BOs contra as queimadas executadas nas Fazendas Santa Elisa e Chapadão, respectivamente. Denunciamos à Prefeitura, à Ouvidoria Pública de São Paulo (Secretaria da Justiça) e a várias mídias. Em setembro de 2004, protocolamos, na Promotoria do Meio Ambiente, dossiê referente às queimadas na Fazenda Santa Elisa. Este foi arquivado e as queimadas continuam até o presente. RESULTADOS: As queimadas executadas nas instituições de ensino, pesquisa, área de lazer, AR, e no OPF de Londrina foram abolidas. Contudo, queimadas continuam a ser feitas nas duas fazendas urbanas públicas de Campinas, inclusive durante os períodos de estiagem, sem prevenção, controle e combate eficazes. CONCLUSÕES: Em parte, as medidas executadas pela ação voluntária surtiram eficientes resultados. Contudo, é inaceitável a anomia reinante, em que determinados órgãos públicos continuam a desrespeitar, impunemente, as leis antipoluição, o meio ambiente, a comunidade e, principalmente, a colocar em risco a tranqüilidade, a segurança, o bem-estar, a saúde e a vida de cidadãos, em especial, dos extratos mais vulneráveis. Não há dúvidas de que os responsáveis pelas fazendas citadas, bem como autoridades locais estão em falta com a população, que tem o direito constitucional (art. 225) ao meio ambiente equilibrado. Palavras-chave: Queimadas Urbanas, Fumaça, Órgãos Públicos.

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Reciclagem de óleo de cozinha como uma atividade integralizadora Larissa Braz Sousa (Prof. Dr. Flávio Henrique Caetano), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Rio Claro, lari_lrs@hotmail.com Ana Paula Mendes Emygdio, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Rio Claro, anapaula.emygdio@yahoo.com.br Cristiane Sueli Talhiaferro de Araújo, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Rio Claro, cris.talhiaferro@yahoo.com.br Lívia Caroline César Dias, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Rio Claro, globs.bio@gmail.com

O papel da Universidade pública é estabelecer contato e retribuir com conhecimentos à Sociedade. O grupo PET Biologia da UNESP de Rio Claro, dentro desta vertente, decidiu realizar uma atividade integradora, estendendo para a comunidade do município o conhecimento gerado dentro da instituição. Com base nesse objetivo, o grupo apresentou a duas comunidades de bairro - Paróquia São José Operário na Capela Santo Antônio Maria Claret e Paróquia Nossa Senhora da Saúde na Capela Santa Luzia - métodos de trabalhar com óleo de cozinha usado na preparação de sabões para uso doméstico. Para a realização desta atividade o grupo organizou e participou de um minicurso oferecido por uma docente da Universidade, para primeiramente aprender a reutilizar o óleo e transformar este produto que seria descartado e poderia causar inúmeros impactos ambientais, em material de utilidade doméstica. Neste curso, a docente ensinou os processos químicos envolvidos, a metodologia e o material necessário para a produção de sabão sólido e líquido, utilizando o óleo como matéria prima. Depois de aprendido os procedimentos corretos, o PET dividiu-se em dois grupos para poder atender melhor às duas comunidades supracitadas, multiplicando, assim, o conhecimento. Todo o material necessário e a impressão de receitas individuais para serem distribuídas aos participantes do curso ficaram por conta dos petianos, que após explicação e produção dos sabões sólido e líquido, também disponibilizaram embalagens para que os participantes levassem o material produzido. O resultado foi muito satisfatório, as comunidades das duas paróquias demonstraram grande interesse e entusiasmo, propondo outras atividades similares que aproximem a Universidade da Sociedade. Os objetivos foram alcançados, pois além do ensino referente à manipulação e transformação de um produto contaminante em produto utilizável, o grupo PET Biologia conseguiu também despertar o interesse dos envolvidos pela preservação ambiental. Palavras-chave: reciclagem, óleo, preservação

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Recicle. Unesp: campanhas educacionais em prol do desenvolvimento sustentável no município de Rosana-SP Patrícia Alves Ramiro, campus de Rosana, UNESP, patriciaramiro@rosana.unesp.br Natália de Araújo Favinha Anselmo, campus de Rosana, UNESP, nataliafavinha@yahoo.com Lucas Sanches Palma, campus de Rosana, UNESP, lucas_sanches@hotmail.com

A região do Pontal foi apontada, segundo a Coordenadoria de planejamento ambiental vinculada à secretaria de meio ambiente, em 2010, como a região que dá a pior destinação ao lixo do Estado de São Paulo. A cidade de Rosana, situada na divisa desta região com os Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, faz juz a esta afirmação. A disposição do lixo é feita em lixões, sem nenhum preparo da área, causando poluição do ar, água e solo. A coleta seletiva, na forma de separação do lixo para destiná-lo à reciclagem, não é feita na cidade. Em decorrência desta constatação e devido aos aprendizados referentes à necessidade da formação de profissionais aptos para executarem projetos ambientalmente sustentáveis junto ao Curso de Turismo, surgiu o projeto Recicle.Unesp, com o objetivo de organizar campanhas educacionais visando a conscientização da população da cidade de Rosana e do Distrito de Primavera sobre os problemas causados pelo lixo, a importância da coleta seletiva, as formas alternativas para colaborar com o meio ambiente. Para tanto, procuramos trabalhar em parceria com o poder público local e incentivar a organização dos catadores de lixo atuantes de maneira individualizada pelas ruas. Dentre as ações realizadas destacamos a realização de palestras junto aos adolescentes atendidos pela Associação Pró-menor de Primavera e junto aos estudantes do ensino médio da Escola Estadual Franco Montoro, localizada no assentamento Gleba XV de Novembro. Ainda neste ano, será realizada uma campanha de conscientização do lixo com a distribuição de sacolas de lona em substituição às sacolas plásticas. Palavras-chave: Meio ambiente; Conscientização; Reciclagem

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Restauração da área degradada do Parque Municipal Natural Cachoeira da Marta, município de Botucatu/SP Renata Cristina Fonseca, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, rfonseca@fca.unesp.br Mariana Hashimoto Possari, Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, mhpossari@fca.unesp.br

A cidade de Botucatu está inserida dentro da APA Corumbataí e Tejupá, região das Cuestas Basálticas e da depressão periférica do Estado de São Paulo, possui rica biodiversidade em suas áreas de transição, ecótone entre formações vegetais de Cerrado e da Floresta Estacional Semidecidual. Está associada às bacias dos rios Piracicaba, Médio Tiête e Paranapanema. Devido à alta declividade, a região constitui importantes áreas de drenagem no Estado. O Parque Municipal Natural Cachoeira da Marta protege no seu interior o reverso e a frente da Cuesta e abrange áreas de Preservação Permanente das matas ciliares do Córrego da Roseira pertencente à Bacia do Rio capivara tributário ao Rio Tiête. Por uma enorme pressão antrópica grande parte da vegetação do município foi suprimida pelo uso intensivo do solo na agricultura, pastagem e reflorestamento com espécies exóticas, práticas comuns na região. Desta forma se sucedeu a alteração da paisagem também na área de Parque, a cobertura florestal cedeu lugar às pastagens que avançavam até as margens dos mananciais. Sendo assim identificou-se a possibilidade dos discentes poderem estender seus conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso para a prestação de serviços dentro da comunidade e para preservação do Meio Ambiente, a proposta de restauração das áreas degradadas do Parque condiz com as diretrizes do Plano de Manejo da unidade e regulariza a unidade de conservação dentro das normas do SNUC. Com o objetivo de manter a integridade biológica local, o projeto de restauração visa o plantio de mudas produzidas pelos alunos no viveiro da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp/Botucatu a partir de sementes coletadas pelos mesmos na área do Parque durante um ano garantindo a floração de praticamente todas as espécies arbóreas. Essas espécies foram identificadas a partir de um levantamento florístico para constituir um material de identificação das espécies existentes no Parque. A partir do levantamento foi realizada uma análise das espécies potenciais ao processo de restauração e suas mudas serão utilizadas no plantio na forma de nucleação, ou seja, ao invés de realizar um plantio convencional em área total, com espaçamento 3X2, será testado o plantio em núcleos, técnica recente baseada em estudos da região Sul do Brasil. A vantagem é que desta forma podemos beneficiar a área com o enriquecimento de mudas, com baixo custo de implantação e menor exigência de mão-de-obra. O maciço exerce uma maior proteção aos fatores externos degradantes, criando um microclima mais propício para o desenvolvimento dos indivíduos, aumentando a composição florestal e, principalmente, acelerando o processo de regeneração natural. O complexo de núcleos formará pequenos agregados que futuramente servirão de abrigo e repouso aos animais, garantindo a dispersão de sementes nas regiões abertas, aumentando a quantidade de vida do local ao longo do tempo. A equipe de discentes participante do projeto afirma que o trabalho proporcionou grandes conhecimentos quanto ao desenvolvimento prático das atividades e que desta maneira pode exercer as responsabilidades dos futuros profissionais. Palavras-chave: Unidade de Conservação, Restauração, Núcleo. 279


Meio Ambiente

Reutilização de resíduos sólidos para organização do espaço de convivência universitário: o Projeto Espaço Livre Roberto Wagner Lourenço, Campus de Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, robertow@sorocaba.unesp.br Jully Yumi Tanabe, Campus de Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, jully. yumi@gmail.com Gabrielle Moura Silva, Campus de Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, gabriellemoura@hotmail.com Romulo Martins Carvalho, Campus de Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, romulomcarvalho@gmail.com Laís Muchatte Trento, Campus de Sorocaba, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, lais_trento@hotmail.com

A Rede de Educação Ambiental UNESP Sorocaba (REAUSO) surgiu, no ano de 2005, como um grupo de discentes com atuação dentro e fora da universidade no ramo da Educação Ambiental. Apesar do caráter informal do trabalho, desde então, nota-se sua amplitude em crescimento, uma vez que diversas instituições - públicas e privadas - de Sorocaba e região a convidam para auxiliar ou mesmo implantar projetos. Mostrando assim, o poder que as organizações universitárias e os jovens possuem. Atrelado ao projeto inicial da REAUSO, foi criado o projeto “Espaço Livre”. O projeto apresenta como estratégia fundamental a articulação da comunicação de forma dinâmica e organizada, através da criação de um “Espaço Livre de Convivência”. Este espaço contempla um complexo de murais (desenvolvido pelos alunos) temáticos, bancos, cadeiras (técnica já existente) e demais utensílios, todos confeccionados a partir da inovação e do design ecológico, reutilizando resíduos sólidos, poupando recursos materiais e auxiliando a sensibilização quanto aos padrões de consumo e à problemática do “lixo”. A iniciativa busca estimular todos os envolvidos, proponentes e beneficiários, a participar das etapas descritas no projeto: captação de materiais, utilizados e reutilizados (plásticos, embalagens de leite, Tetra-Pak, jornal, papelão, garrafas PET e outros), construção, trabalhada no formato de oficinas sensibilizadoras e cooperação, contextualização e incentivo, buscando adequação à realidade e apoio dos usuários, sustentabilidade e extensão, estabelecendo a dinâmica de funcionamento por meio da construção participativa de um manual orientador para convivência com o projeto, que busque atender as necessidades dos usuários, respeitando as possibilidades, além de envolver o projeto em atividades que difundam o mesmo. O projeto busca também o bem-estar, o respeito, a articulação, o incremento, o engajamento, a continuidade e principalmente convívio harmonioso entre os alunos da UNESP- Campus Experimental de Sorocaba. Nesse contexto o projeto visa criar um terreno fértil para o surgimento de iniciativas proveitosas, para abrir portas, com retorno para os próprios campi e a sociedade em geral. Vale ressaltar o apoio da Pró Reitoria de Extensão da UNESP (PROEX) que viabiliza a continuidade do projeto através da concessão de bolsas de apoio aos dicentes. Palavras-chave: Reutilização, Comunicação, Resíduos Sólidos. 280


Meio Ambiente

Sistema Sustentável em SAF Valdemir Antônio Rodrigues, FCA, UNESP, valdemirrodrigues@fca.unesp.br Aline Stéfani Pereira, FCA, UNESP, aspereira@fca.unesp.br Gabriela Trindade Pires, FCA, UNESP, gtpires@fca.unesp.br Rodrigo Pereira da Silva, FCA, UNESP, rpdsilva@fca.unesp.br Victória Spinardi Cabral Paiva, FCA, UNESP, vscpaiva@fca.unesp.br

O projeto tem como público-alvo pequenos agricultores e será implantado em uma propriedade rural no município de Botucatu-SP, como modelo de um sistema agroflorestal (SAF) com seringueira, palmito, frutíferas e culturas anuais como alternativa de resolução de dois grandes problemas: reserva legal e aumento de renda, com benefícios ambientais. Os objetivos do sistema proposto são: otimizar área agrícola, diversificar as fontes de renda, assegurar alimentos em reserva legal sustentável com culturas anuais e perenes, obter os serviços ambientais, com apicultura, aumento de biodiversidade, seqüestro de carbono e belezas cênicas da paisagem rural. A metodologia em 1 hectare planejado que permite o consórcio de várias culturas, quais sejam: plantio de 10 filas de seringueira, 4 filas de palmito pupunha, 5 filas com 10 espécies frutíferas nativas com valor comercial, e nas entrelinhas as culturas anuais (feijão, milho, mandioca e olerícolas). O projeto será implantado em 12 meses, sendo que nos primeiros meses já se pode obter renda com as olerícolas e culturas anuais (feijão e milho), em 4 anos com as frutíferas e no 6° ano tem-se a produção de látex e palmito. Espera-se como resultados uma sustentabilidade econômica, social, legal e ecológica da propriedade rural. Palavras-chave: SAF, Biodiversidade, Sustentabilidade.

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Meio Ambiente

Tecnologia Social em Projeto de Extensão: avaliação processual e de impacto pelos sujeitos protagonistas Profª Ms.Maria Lucia Firmino de Oliveira Carvalho¹- luycelso@ig.com.br Ariovaldo Mendes da Silva Junior² –arimendes83@hotmail.com Marlete Lima de Paula³- marlete.rosa@ig.com.br As.Social Paulo Honorato de Souza* - Paulo_assistentesocial@hotmail.com Projeto de Extensão Observatório Sócio Ambiental- Departamento de Serviço SocialUniversidade de Taubaté-UNITAU

Observatório Sócio Ambiental é um projeto de extensão implantado no ano de 2005 e desenvolvido por professoras e alunos do curso de Serviço Social da Universidade de Taubaté .Desenvolve atividades sócio educativas com a população, agregando em 2008 a tecnologia social na produção de sabão aromático a partir da reciclagem de óleo de cozinha com grupo de mulheres de baixa renda em um bairro do município. O objetivo deste trabalho foi refletir a cerca das possibilidades da tecnologia social e extensão universitária mediante a avaliação processual e de impacto dos integrantes. O método utilizado foi enquête quanti - qualitativo aplicado com formulário de perguntas abertas e fechadas a 14 participantes visando os seguintes aspectos: percepção em relação ao desenvolvimento do projeto; às condições de participação e perfil do grupo. Resultados preliminares mostraram quanto ao perfil que 90% são mulheres com renda per capita de 104,00 mensais. Quanto ao projeto a maioria disse que a expectativa dava-se ao aumento da renda. Quanto às condições de participação, a maioria vê como importante o momento das ações e ao vínculo estabelecido, percebem o empenho da equipe no preparo das atividades. Concluiu-se que as possibilidades da extensão universitária são inúmeras, com capacidade de assimilar novos caminhos com a empregabilidade de tecnologia social em ações sócio educativas que podem inferir significativamente na melhoria da qualidade de vida dos sujeitos. Palavras- Chave: Tecnologia Social; Extensão Universitária; Reciclagem. _________________________ Professora do Departamento de Serviço Social - UNITAU e coordenadora do Projeto de Extensão Universitária Observatório Sócio Ambiental. 2- Alunos do curso de Serviço Social da Universidade de Taubaté- 4º ano- Estagiários do Projeto Observatório Sócio Ambiental; *Aluno Aprimorando do curso de Pesquisa em Ações Socio Ambientais do Observatório Sócio Ambiental-UNITAU

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Meio Ambiente

Uma Alternativa para o Saneamento Ambiental em Assentamentos Rurais DOURADO, Graziela. Graziela.dourado@ufv.br PIRES, Felipe Jacob. felipe1pires@yahoo.com.br BRITO, Bernardo Nascimbeni de. berju99@hotmail.com REZENDE, Ana Augusta Passos. aaprezende@yahoo.com.br Universidade Federal de Viçosa

A falta de saneamento em áreas rurais é uma das principais causas de insalubridade e degradação ambiental, caracterizando-se pela disposição inadequada de resíduos sólidos e líquidos, o que demanda estudos acerca do tema e políticas públicas para melhoria da qualidade de vida da população e do meio ambiente. Uma das questões preocupantes do saneamento ambiental em assentamentos rurais refere-se ao déficit de assistência técnica, principalmente no que diz respeito à habitação, infra-estrutura e produção agrícola. Há uma grande dificuldade de acesso ao conhecimento e aos profissionais especializados necessários para a implantação de técnicas e soluções que garantam qualidade de vida às famílias, diminuam os impactos ambientais e que sejam viáveis de acordo com a capacidade econômica dos agricultores familiares. Outro ponto agravante é a falta de financiamentos específicos destinados ao saneamento ambiental em assentamentos rurais no Brasil. Estes estão apoiados por uma política de crédito financiada pelo INCRA, sendo que o recurso destinado ao esgotamento sanitário é previsto através de uma pequena parcela para a aquisição de materiais de construção. Tendo em vista o alto custo da construção das moradias, surge a necessidade de utilização de sistemas de saneamento de baixo custo. A realidade em assentamentos rurais é a não existência de qualquer sistema de coleta e destinação adequadas dos efluentes domésticos, onde acabam sendo despejados in natura em cursos d’água ou em fossas negras. Diante disso, a população local esta sujeita a doenças de veiculação hídrica. O projeto “Uma alternativa para o saneamento ambiental em assentamentos rurais” surgiu da necessidade de criar soluções para o saneamento no Assentamento Rural de Reforma Agrária Olga Benário, no município de Visconde do Rio Branco - MG. Diante das inúmeras dificuldades inerentes à política de saneamento, procurou-se através da articulação dos diversos agentes envolvidos da pesquisa científica e com a participação das famílias, realizar diversas atividades sobre saneamento. Partindo-se da concepção até a construção de sistemas de tratamento de esgoto, o presente projeto desenvolveu metodologias participativas que auxiliassem neste processo. Com isso, ocorreu a apropriação do conhecimento pelas famílias, em que estas tomaram a iniciativa e assumiram o papel também de agentes da ação. Palavras-chave: Saneamento Ambiental; Metodologias Participativas; assentamentos de reforma agrária.

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Meio Ambiente

União Pró-Tietê - Observando o Rio Sorocaba - Monitoramento da qualidade da água e educação ambiental voltada aos jovens Prof. Dr. Viviane Moschini Carlos, Sorocaba, Unesp, viviane@sorocaba.unesp.br. Rafael Arosa Prol Otero, Sorocaba, Unesp, rafael_arosa@yahoo.com. Humberto José Camargo Filho, Sorocaba, Unesp, estudante. Rafael do Valle Melo, Sorocaba, Unesp, estudante, rafa_unesp08@yahoo.com.

Introdução: Em 1991, teve início o projeto “Observando O Tietê”, da SOS Mata Atlântica, que introduziu uma metodologia inovadora utilizando a educação ambiental para abordar a relação do homem com o seu meio ambiente, focalizado na questão dos recursos hídricos. Desde 2006, a Rede de Educação Ambiental UNESP Sorocaba - REAUSo - em parceria com a SOS Mata Atlântica, tornou-se responsável pelo monitoramento do Rio Sorocaba, através do projeto “Observando o Rio Sorocaba”. Desde então, os estudantes voluntários da REAUSO, introduzem o debate a respeito do uso consciente da água para o público em geral, especialmente dentro do meio acadêmico e entre jovens do ensino público de Sorocaba. Objetivo: aproximar a comunidade, jovem principalmente, dos problemas ambientais como a poluição dos rios e a escassez de água potável, esclarecendo sobre sua parte como causador e solução do problema. Visa, ainda, inserir conceitos e práticas de responsabilidade socioambiental em seu público alvo (alunos, professores, funcionários e comunidade), a fim de gerar novos agentes multiplicadores, responsáveis por conscientizar novas pessoas. Métodos: Será utilizado o kit de análises cedido pela SOS Mata Atlântica para realizar quinzenalmente o monitoramento da qualidade do rio Sorocaba. Com enfoque na educação ambiental, serão realizadas saídas de campo com alunos do ensino público para observar e analisar a qualidade da água em diferentes ambientes, além de conhecer o serviço municipal de tratamento e abastecimento. Durante e após as visitas, o debate sobre a responsabilidade sócio-ambiental a respeito do uso da água será instigado através de atividades dinâmicas, salientando o papel individual e coletivo do cidadão na preservação do seu meio ambiente. O projeto também consistirá, a partir de 2011, de análises laboratoriais rotineiras que analisarão, quantitativamente, diversos parâmetros das amostras a fim de construir uma série com o IQA do rio Sorocaba. Resultados: Desde o início do projeto, foram realizadas 64 coletas e análises da qualidade da água do Rio Sorocaba, que podem ser acessados no site http://www.rededasaguas.org.br. Foram capacitados mais de 50 alunos da UNESP para monitorar a qualidade do rio e o projeto tem sua continuidade garantida com a capacitação dos calouros que anualmente ingressam na faculdade. A E.E. Artur Cyrillo foi atendida por 6 meses, educando cerca de 40 crianças, e atualmente a E.E. Flávio de Souza é visitada, já há 6 meses, com 4 turmas de 40 alunos. Em ambas as escolas foram realizadas coletas com os alunos em diferentes pontos da região, inclusive na represa de Itupararanga. Palavras-chave: Educação ambiental, água, saúde.

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Meio Ambiente

“Virada Ambiental Jaú-2010: Cultura, Lazer e Educação Ambiental” Jozrael Henriques Rezende, Jahu, Fatec Jahu, meioambiente@fatecjahu.edu.br Frederico F. F. Mazziero, Fatec Jahu, fredbio1@hotmail.com Natalia Beniti Ribeiro, Fatec Jahu, Natalia.beniti@gmail.com Odeir Alves Liidthe, Fatec Jahu, odeir@hotmail.com Vanessa Justino, Fatec Jahu, v.cjustino@gmail.com

A “Virada Ambiental Jaú - 2010” foi um evento promovido pelos alunos do Grupo de Estudos em Ciências Ambientais (GECA) do Curso Superior de Tecnologia em Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Faculdade de Tecnologia de Jahu (FATEC-JAHU), realizada no Parque Municipal do Rio Jaú, nos dias 29 e 30 de maio. O principal objetivo do evento foi contribuir para a promoção da cidadania ambiental permitindo a atuação efetiva de todos na defesa da vida e dos recursos naturais, visando a promoção do equilíbrio ambiental através do exercício dos direitos e deveres relacionados à solução dos problemas que afetam o meio ambiente local e, consequentemente, global. Além disso, foi possível também ampliar a interação da instituição de ensino com a comunidade. A proposta de realização do evento surgiu a partir de aulas de campo e visitas técnicas realizadas pelos alunos nos córregos, rios e vertentes das bacias hidrográficas que compõem a zona urbana e também nos mananciais do município. Nessas ocasiões foram observados diversos problemas relacionados ao descarte inadequado de resíduos sólidos urbanos, baixo índice vegetação ciliar, grandes voçorocas, margens de rios erodidas, podas drásticas na arborização urbana, entre outros. A Virada Ambiental procurou, através de oficinas, cursos, espetáculos circenses, de música, de dança, exposições, teatro e vivências corporais, abordar as questões ambientais de forma lúdica. Entre as oficinas voltadas ao público infantil, mereceram destaque a de Brinquedos Recicláveis e a de Origami. Outras oficinas de sucesso foram a de cultivo de orquídeas e de jardinagem. O público participante foi de aproximadamente seis mil pessoas nos dois dias do evento, segundo representantes das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Cultura e Turismo, parceiras do evento. O investimento total foi de pouco mais de cinco mil e setecentos reais, obtidos por intermédio de patrocinadores. Todos os resíduos produzidos foram separados, quantificados, qualificados e encaminhados para destinação adequada, através de parcerias. Participaram diretamente da realização do evento oitenta e nove alunos da FATEC-JAHU. O GECA estuda, atualmente, a compensação ambiental para neutralização do carbono do evento. A “Virada Ambiental” proporcionou aos alunos e à comunidade a oportunidade de uma vivência voltada à formação crítica acerca das questões ambientais, favorecendo a sensibilização pública em relação aos problemas dessa área. Também contribuiu para a formação acadêmica dos alunos, uma vez que o evento demandou a aplicação de conhecimentos técnicos e científicos e o exercício da atitude pró-ativa. Palavras-chave: Educação ambiental, Evento cultural, ação local.

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Saúde

A experiência de um estágio extensionista frente aos altos índices de câncer de boca no município de Feira de Santana - BA Juliana da Silva Barros - juli.barros@msn.com Ivone Oliveira de Cerqueira - vonecerqueira@yahoo.com.br Marco Antonio Alves da Silva - marcoantonioodonto@hotmail.com Prof. Nilton César Nogueira dos Santos - santosncn@gmail.com Prof. Dr. Márcio Campos Oliveira -marciopatologiaoral@gmail.com Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

É critério de padrão de qualidade na formação do cirurgião-dentista a proficiência no diagnóstico precoce de lesões cancerizáveis. Os índices de morbimortalidade por câncer bucal são crescentes, sendo a maioria dos diagnósticos realizados tardiamente, piorando o prognóstico e diminuindo a sobrevida do paciente. Embasando-se nesse cenário e preocupado com a demanda existente, o Núcleo de Câncer Oral, vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana - Ba, ao longo de 15 anos desenvolve ações de prevenção e controle do câncer de boca, no município de Feira de Santana e regiões circunvizinhas. As atividades realizadas envolvem capacitações nas unidades de saúde, palestras em feiras de saúde abordando a temática, e o rastreamento de lesões cancerizáveis; além de cursos de extensão voltados para graduandos e profissionais de odontologia. A experiência extensionista relatada demonstrou uma oportunidade de se criar espaços coletivos de discussão no intuito de formar agentes multiplicadores e recursos humanos no combate ao câncer de boca. Esta se torna uma forma de reunir toda a sociedade civil organizada, representada pela Universidade Estadual de Feira de Santana e convênios voltados em torno de um sério problema de saúde pública, de modo que a ação conjunta dessas diversas instituições possam cooperar com a resolutividade do problema. Palavras-chave: câncer de boca; extensão universitária; promoção de saúde;

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Saúde

A proposta de um programa de prevenção em saúde bucal implementado em uma creche em Piracicaba,SP Thaís Leite de Alcantara- thaislalcantara@hotmail.com, Marília Jesus Batista- mariliajbatista@yahoo.com. br, Cristina Gibilini- cgibilini@fop.unicamp.br, Profa Dra. Maria da Luz Rosário de Sousa- luzsousa@fop. unicamp.br, Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP

É de extrema importância a manutenção da saúde bucal em crianças com idade precoce, principalmente devido ao fato da experiência de cárie na dentição decídua ser considerada como o mais forte preditor desta doença na dentição permanente. O objetivo deste trabalho é apresentar o programa de prevenção em saúde bucal implementado em uma creche, bem como apresentar dados preliminares de crianças de 4 a 5 anos. A creche possui 187 crianças de 0 a 6 anos, e para a elaboração do programa educativo foram entrevistadas 05 educadores da instituição visando obter informações relativas a atividades lúdicas a serem empregadas de acordo com a faixa etária. As crianças foram submetidas ao exame bucal para avaliação de cárie e condições gengivais, conforme critérios da OMS. A maior parte dos educadores sugeriu apresentação do teatro de fantoches com variação no tempo de execução de 05 a 15 minutos, bem como incorporação de personagens adicionais de acordo com cada faixa etária. Foram examinadas no baseline 31 crianças de 4 a 5 anos que apresentaram médias ceos=2,06 (DP = 4,1) e ceod=1,22 (DP = 2,17); dentes cariados representaram 0,45 do ceod; 80,6% estavam livres de cárie (hígidos=18,6) e apenas em 3% foi diagnosticada gengiva inflamada. O projeto está em fase de implementação e obteve grande aceitação devido à integração entre os educadores, a comunidade, a Faculdade de Odontologia de Piracicaba e a Unidade de Saúde da Família. Palavras chave: levantamento epidemiológico, promoção de saúde, crianças pré-escolares.

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Saúde

A sexualidade no mundo que vivo: Perspectiva de crianças e pré-adolescentes em uma escola pública de São Paulo participante de um projeto de extensão Profº Dr. José Roberto da Silva. . Saú de Coletiva. Brêtas bretas@ymail.com Profª Maria Jose Dias de Freitas. Saúde Coletiva. mjdfreitas@unifesp.br Enfª Carolina Jacomini do Carmo. Saúde Coletiva. carol_epm@yahoo.com.br Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Introdução : Este trabalho analisa uma experiência prática de como tratar as ques-tões sobre corpo e sexualidade junto a crianças e pré-adolescentes que fre-quentavam salas de 4ª série do Ensino Fundamental I de uma escola da capital paulista. Esta ação fez parte de um projeto de extensão universitária, vinculado ao Grupo de Estudos sobre Corporalidade e Promoção da Saúde - GECO-PROS, da Universidade Federal de São Paulo. O mesmo norteou-se por de-mandas apresentadas pela escola e, após avaliação, definimos os temas con-siderados importantes pelos alunos e alunas. Buscamos então entender como eles percebiam a sexualidade no ambiente em que viviam e identificar elemen-tos desencadeadores de outras atividades do projeto. Objetivos da Pesquisa: Identificar entre as crianças e pré-adolescentes o conceito de sexualida-de e a percepção do mesmo no ambiente em que vivem; buscar elementos desencadeadores para outras atividades do projeto. Metodologia: Utilizou-se a abordagem qualitativa, pela qual adotamos a análise de conteúdo como forma de se trabalhar os dados. Segundo Bardin1, esse método estuda o significado e sentido da informação a partir da quantidade e frequên-cia com que expressões, palavras e conceitos aparecem na fala dos sujeitos pesquisados. Os dados foram levantados por meio de técnicas de debate, reflexão e escrita. Na etapa seguinte, foi feita uma seleção de imagens relacionadas com sexualidade, confeccionado um mural apresentado pelos grupos e feita à mediação final. Resultados: Participaram do estudo 70 crianças e pré-adolescentes com idades entre 9 a 11 anos - 45% do sexo masculino e 55% do sexo feminino. Em grupos, eles discutiram o que é sexualidade e como eles a percebem no ambiente em que vivem. Observamos que eles não diferenciam sexo e sexualidade perce-bemos que os conceitos estão vinculados à vivência cotidiana, ao meio social e a informações dos meios de comunicação. Quando indagados sobre como per-cebiam a sexualidade no ambiente em que vivem emergiram tópicos como vio-lência sexual, violência contra crianças, assédio sexual, pedofilia, gravidez, preservativos e AIDS. O trabalho possibilitou esclarecer àquelas crianças e pré-adolescentes questões incipientes relacionadas a sexo e sexualidade. A possibilidade de intervir junto a essa população significa um ganho em termos de prevenção, pois, à medida que eles recebem informação correta, a multiplicam e adquirem sub-sídios para identificar situações de riscos. Palavras-chave: Crianças e Préadolescentes, Sexualidade, Escola pública e Extensão universitária. 288


Saúde

A utilização de um programa de atividades físicas adaptadas na paralisia cerebral Janaina Aparecida Carneiro de. Melo, Rio Claro, UNESP, janainaleb@hotmail.com Gabriella Ferreira Braga, Rio Claro, UNESP, gabriellafbraga@yahoo.com.br Thayná Cristina Parsaneze Iasi, Rio Claro, UNESP, iasi_bob@hotmail.com Tiago Dias Provenzano, Rio Claro, UNESP, tiago_provenzano@yahoo.com.br Eliane Mauerberg-deCastro, Rio Claro, UNESP, mauerberg@rc.unesp.br

A paralisia cerebral é uma condição clínica e etiologicamente heterogênea, caracterizando-se por alteração persistente do tono ou/e da postura, causada por malformação ou lesão cerebral de caráter não progressivo. O paciente com paralisia cerebral coreoatetósica apresenta um intenso comprometimento motor voluntário preservando, na maioria dos casos, o cognitivo. A cognição é um dos fatores correlacionados ao controle motor, sendo, portanto, uma das estratégias utilizadas no tratamento para que o paciente tente controlar os movimentos involuntários. Devido ao quadro eminente de dificuldades no desenvolvimento, que o portador de paralisia cerebral do tipo coreatetóide pode vir apresentar, é necessário estabelecer uma íntima relação entre seu bem estar emocional e suas atividades motoras. Dessa forma a atividade física adaptada torna-se um meio capaz de estimular o desenvolvimento bio-psico-social, através da inserção de conteúdos adaptados dentro de atividades rítmicas, dança, esportes e jogos. O objetivo deste estudo foi verificar através de testes biomecânicos relacionados ao alcance manual, bem como parâmetros de avaliação cinesiológicos, a importância da intervenção através da atividade física adaptada. Selecionou-se uma paciente coreoatetósico de 25 anos do sexo feminino. Realizou-se até o momento 10 atendimentos, com duração de 60 minutos, duas vezes por semana. Será realizada reavaliação dos mesmos parâmetros após 16 atendimentos. As atividades estão sendo executadas de forma interdisciplinar, ou seja, sendo realizados pelos profissionais da área de fisioterapia e de educação física. Estão entre objetivos trabalhados nas atividades adaptadas: a estimulação da coordenação motora em seqüências de treinamento funcional para aquisição de repertório de movimentos para atividade física e esportes adaptados, o desenvolvimento de seqüências das habilidades e padrões motores fundamentais, com movimentos básicos e combinados, o desenvolvimento do controle de força, equilíbrio e flexibilidade para a movimentação mais ativa; o desenvolvimento de capacidade motora: como postura, orientação espacial e imagem corporal, o trabalho de controle e a organização da musculatura ampla para a realização dos movimentos mais complexos. Após o período de intervenção espera-se uma maior estabilização do tônus postural, um maior controle da musculatura voluntária, devido à maior integração dos reflexos primitivos, como conseqüência teremos um ganho do alinhamento postural, repercutindo no aumento das atividades de vida diária, na motivação, e por sua vez melhorando a qualidade de vida do paciente em questão. Palavras-chave:: atividades físicas adaptadas, paralisia cerebral 289


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“Análise da Qualidade de Vida de Mulheres Mastectomizadas Inseridas em um Programa de Fisioterapia Aquática” Elisa Bizetti Pelai1 - elisa_li@hotmail.com Fernanda Contri Messali1 - fefe_messali@hotmail.com Priscila Pagotto1 - pripagotto@hotmail.com Edna Maria do Carmo2 - ednamaria_carmo@hotmail.com 1Graduandas do Curso de Fisioterapia FCT, UNESP - Presidente Prudente-SP, Brasil. 2Docente do Curso de FCT, UNESP - Presidente Prudente-SP, Brasil.

INTRODUÇÃO: Com o tratamento cirúrgico de câncer de mama, complicações físicas como dor, linfedema, alteração postural, redução da força de preensão palmar, diminuição da amplitude de movimento e fadiga do membro superior homolateral a cirurgia, efeitos psicológicos como depressão, medo da recidiva, impacto na imagem corporal, distúrbio do sono e dificuldades sexuais podem ocorrer. A fisioterapia aquática utiliza de efeitos advindos da imersão do corpo em água para auxiliar na reabilitação de alterações funcionais, mantendo e melhorando a amplitude de movimento das articulações, reduzindo tensão muscular e produzindo relaxamento. OBJETIVO: Verificar o efeito de um programa de exercícios físicos aquáticos nos desconfortos musculoesqueléticos e na qualidade de vida de mulheres mastectomizadas. METODOLOGIA: Critérios de inclusão: mulheres no pós operatório de mastectomia com linfedema e dores musculares. Critérios de exclusão: mulheres em tratamento de quimioterapia ou radioterapia, com problemas dermatológicos graves e hipertensão não controlada. Até o momento participaram do estudo 35 pacientes com faixa etária de 56 anos. A amostra foi submetida a duas avaliações, inicial e final, que incluiu anamnese, dados pessoais, histórico da doença; exame físico e questionário de qualidade de vida SF-36. O período foi de três meses, totalizando 24 sessões. O programa de exercícios físicos aquáticos, foi dividido em aquecimento, alongamento, fortalecimento, exercícios lúdicos e relaxamento, realizado duas vezes por semana, por 60 minutos, em piscina aquecida, com temperatura em torno de 34°C no Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação (CEAFIR) da FCT/ UNESP - Câmpus de Presidente Prudente, Setor de Uro-ginecologia e Obstetrícia. RESULTADOS: Em 80,7% das participantes houve aumento de amplitude de movimento (ADM) de flexão, abdução e adução e em 60,4% aumento da extensão do ombro homolateral a cirurgia; em 100% das participantes foi observada diminuição de dores musculares, principalmente nos músculos esternocleidomastóideo, trapézio, rombóides, escalenos e peitorais. Com relação à qualidade de vida (QV) observou se melhorasna Capacidade funcional (de 89 para 79), Limitação por aspectos físicos (de 80,5 para 75), Vitalidade (de 89 para 81,5) e Dor (de 75 para 67,1%). As pacientes que por ventura demonstraram algum problema psicológico foram encaminhadas a psicóloga do CEAFIR. CONCLUSÃO: O programa de exercícios físicos aquáticos foi eficaz na redução de desconfortos musculoesqueléticos promovendo assim melhora na qualidade de vida das mulheres mastectomizadas. Palavras-chave: Mastectomia. Qualidade de Vida. Hidroterapia.

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Atendimento Clínico A Cães e Gatos da Comunidade de Bom Jesus-PI RAILSON DE SOUSA SANTOS, Aluno do curso de Medicina Veterinária - Campus Professora Cinobelina Elvas, UFPI, a.railsonsousa@gmail.com. LUCIANA PEREIRA MACHADO, Profa. Adjunta, CPCE-UFPI, lucianamachado@ufpi.br, KARINA RODRIGUES DOS SANTOS, Profa. Adjunta, CPCE-UFPI, karina@ufpi.br, JAKNEA DOS SANTOS LEAL, Aluna do curso de Medicina Veterinária - CPCE, UFPI, jacknealeal@hotmail.com. LEANDRO BRANCO ROCHA, Prof. Assistente, CPCE-UFPI, leobrv@yahoo.com.br.

A implantação do Campus Profa. Cinobelina Elvas da Universidade Federal do Piauí no município de Bom Jesus-PI vem suprir a carência de assistência Veterinária nesta região

através do funcionamento do futuro Hospital Veterinário, projetos de extensão e formação de profissionais Médicos Veterinários capacitados a atuar na região. O curso de Medicina Veterinária encontra-se no seu oitavo período, com disciplinas profissionalizantes necessitando de prática, que aliada às necessidades de atendimento a cães e gatos da comunidade, gera uma grande demanda de atendimento clínico e consequentemente prática para os alunos. Atualmente os atendimentos ocorrem em um Laboratório provisório equipado com equipamentos e materiais de consumo básicos. No primeiro semestre de 2010, foram realizados 53 atendimentos clínicos em 30 horas de aula prática na disciplina de Clínica Médica de Cães e Gatos, onde os alunos puderam exercitar o que foi visto em aula teórica, desenvolvendo anamnese, exame clínico, solicitação de exames laboratoriais, diagnóstico e tratamento dos seguintes casos: alergia a picada de pulga dois casos (3,77%), ancilostomíase cinco casos (9,43%), ceratite/ulcera de córnea um caso (1,89%), colite um caso (1,89%), controle clínico um caso (1,89%), dermatofitose um caso (1,89%), displasia coxofemoral um caso (1,89%), entrópio um caso (1,89%), erliquiose seis casos (11,32%), fimose um caso (1,89%), gestação um caso (1,89%), giardíase seis casos (11,32%), herpesvirose um caso (1,89%), impetigo um caso (1,89%), intoxicação alimentar um caso (1,89%), coccidiose um caso (1,89%), leishmaniose um caso (1,89%), neoplasia um caso (1,89%), otite externa dois casos (3,77%), papiloma oral um caso (1,89%), piodermatite quatro casos (7,55%), piometra três casos (5,66%), toxocaríases cinco casos (9,43%), trauma - avulsão de plexo braquial um caso (1,89%), trauma - ferida um caso (1,89%), trauma - fratura dois casos (3,77%). Os casos cirúrgicos (entrópio, fimose, neoplasia, piometra e fratura) foram encaminhados para aulas de Clínica Cirúrgica. As doenças parasitárias foram de maior ocorrência (ancilostomíase,erliquiose, giardíase e toxocaríase), mostrando aos alunos a importância de um programa de controle parasitário e esclarecimento à população sobre as que são zoonoses. Nestes atendimentos houve participação continua de alunos da graduação, promovendo interação entre alunos, comunidade e professores, favorecendo a extensão, o ensino e a aquisição de dados para pesquisa. Palavras-chave: clínica médica, cães, gatos.

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Atendimento Laboratorial em Patologia Clinica Veterinária A Comunidade de Bom JESUS-PI e Região RAILSON DE SOUSA SANTOS, Aluno do curso de Medicina Veterinária - Campus Professora Cinobelina Elvas, UFPI, a.railsonsousa@gmail.com. LEANDRO BRANCO ROCHA, Prof. Assistente, CPCE-UFPI, leobrv@yahoo.com.br. JAMILE PRADO DOS SANTOS, Profa Assistente, CPCE-UFPI, jamileprado@hotmail.com. JANAILTON COUTINHO, Prof. Assistente, CPCE-UFPI, Janailtoncoutinho@yahoo.com.br.

Bom Jesus localiza-se no sul do estado do Piauí, distante 635 km da capital Teresina e tem população estimada de 20 mil habitantes. A cidade não possui nenhum laboratório veterinário para o atendimento dos animais domésticos.O Campus Profa. Cinobelina Elvas da Universidade Federal do Piauí é um campus jovem, porém já dispõem de laboratórios em pleno funcionamento. O objetivo deste projeto é oferecer a comunidade serviços de análises em patologia clínica veterinária que auxiliem o diagnóstico das enfermidades dos cães e gatos. Os conhecimentos adquiridos e o fortalecimento do papel da Universidade na comunidade propiciarão a implementação futura do Serviço de Patologia Clinica Veterinária no Hospital Veterinário do Campus (em construção). As pessoas que necessitam de atendimento veterinário são conduzidas a Universidade e os animais recebem inicialmente atendimento clínico, para verificar quais os exames laboratoriais serão necessários, imediatamente é realizada a colheita de material (sangue, urina, outros), sendo disponibilizadas as seguintes análises: hemograma; urinálise; citologia aspirativa de tumor e linfonodo; pesquisa de formas amastigotas de leishmania sp na citologia aspirativa de medula óssea, linfonodo e pele. O projeto contemplou 56 moradores de Bom Jesus e algumas cidades vizinhas, durante o período de março a agosto de 2010. Foram atendidos 54 cães e dois gatos, sendo realizados 54 hemogramas; seis urinálises; seis citologia aspirativa de tumor; duas citologias aspirativas de linfonodo; 15 pesquisas de formas amastigotas de leishmania sp em medula óssea, 11 em linfonodo e duas em pele. Dos cães avaliados 30 não tinham raça definida (55,5%) os demais pertenciam as raças rotweiller, pischer, labrador, pit bull, boxer, pastor belga, dogue alemão, cocker, collie, fila brasileiro, pastor alemão ou akita. Sendo 28 fêmeas e 26 machos, 29 filhotes e 25 cães adultos. No hemograma, foi observada anemia em 31 animais (57,5%), dois apresentavam inclusões do virus da cinomose canina e nove apresentavam algum hemoparasita: quatro erliquiose; quatro leishmaniose; um Micoplasma sp e um Babesia sp. O diagnóstico da leishmaniose tem grande importância na saúde pública pelo seu caráter zoonótico. Os exames laboratoriais quando não definem o diagnóstico da doença do animal são importantes como auxilio ao clinico veterinário na elaboração do diagnóstico. Pelo grande número de animais que apresentavam alterações nos exames, conclui-se que existe uma necessidade real desse serviço pela comunidade, para que esta possa proporcionar boas condições de saúde aos seus animais domésticos e ainda prevenir algumas zoonoses. Palavras-chave: diagnóstico, hematologia, exames.

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Atendimento Psicológico no Hra: Quebrando o Silêncio na Clínica Médica do Hospital Maria Luisa Louro de Castro Valente, luisaval@uol.com.br Helena Rinaldi Rosa, helenarr@osite.com.br Thaise Gabriela Piasentin, thaisegp@ig.com.br Loraine Seixas Ferreira, loseixas@hotmail.com UNESP - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Assis.

Introdução: O trabalho relata as atividades desenvolvidas no estágio na Clínica Médica, que conta com 30 leitos, por uma equipe de nove estagiários. Trata-se da construção do espaço da psicologia no hospital. É feita uma entrevista que oferece uma escuta diferenciada ao paciente, propiciando um espaço para expressão dos conflitos e angústias desencadeados pela internação, como lidar com a morte, o corpo doente, seu isolamento. Todos os dias da semana um estagiário vai ao hospital. Objetivos: Dar voz ao paciente enquanto sujeito ativo e não apenas enquanto corpo doente e, como sujeito, integrar corpo-mente, promovendo a auto-reflexão. Busca-se também dar os encaminhamentos necessários, numa prática coerente com um modelo institucional e transdisciplinar. Método: Foram realizadas entrevistas investigando o motivo da internação, estado emocional, setor afetivo, setor produtivo e a história subjetiva da doença vivida pelo paciente. Este modelo foi inspirado na proposta de Simon (1989) para a psicologia preventiva. Resultados: Nos anos de 2008 e 2009, por volta de 350 pacientes foram entrevistados, sendo que 25% foram encaminhados para atendimento psicológico. A maioria mostrou um estado emocional positivo, de aceitação da doença e aderência ao tratamento. Houve casos em que a hospitalização foi colocada como “fuga”, como um detento que preferia ficar no hospital, pois lá tinha o conforto que não tinha na prisão. Houve pacientes e famílias com dificuldade para falar da doença ou mesmo de entrar em contato com a gravidade do caso, negando o problema. Alguns mecanismos de aparente aceitação, mas que se revelaram como aspectos maníacos no lidar com a situação: “olha como estou, você não tá vendo o quanto estou bem?”; “este hospital é o paraíso na terra”; “está fraca e sem recursos como na infância pobre, insegura, acha que nem o médico sabe o que fazer a respeito”; refere “medo de morrer ao dormir e ninguém ver”; “as complicações surgiram assim que parou de fumar”. Considerações finais: Ao oferecer um espaço para a fala num ambiente em que geralmente preconiza-se o silêncio, estamos oferecendo uma escuta terapêutica, que contribui para a recuperação do paciente. Daí a importância da presença do psicólogo na instituição hospitalar, ou seja, dar continência a estas questões, conflitos psíquicos vivenciados na situação de internação. Palavras-chave: Psicanálise; Hospitais - aspectos psicológicos; Atendimento psicológico

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Atendimento Psicológico no Hra: uma experiência junto a gestantes de Risco no hospital Helena Rinaldi Rosa, helenarr@osite.com.br Maria Luisa Louro de Castro Valente, luisaval@uol.com.br Thaise Gabriela Piasentin, thaisegp@ig.com.br Loraine Seixas Ferreira, loseixas@hotmail.com UNESP - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Assis.

Introdução: Em um hospital do interior paulista, pacientes procuram um serviço ou são encaminhados a ele, não porque algo de “errado” acontece com seu corpo, mas sim quando este passa ser o responsável por uma nova vida. É um grupo de acompanhamento a gestantes de alto risco. A gestação de alto risco se caracteriza por mulheres que necessitam de um acompanhamento mais cuidadoso, sendo que neste grupo estão adolescentes, mulheres acima da idade de concepção considerada adequada, ou que possuam alguma condição de saúde que gere complicações a gestação. A elas são oferecidas diversas especialidades de acompanhamento, inclusive pelo setor de psicologia. Objetivos: Este trabalho busca refletir sobre o estágio realizado neste setor, contribuindo para a formação e a inserção da Psicologia no âmbito hospitalar. Método: O acompanhamento das gestantes se operacionaliza da seguinte forma: acompanhamento médico com freqüência variável, dependendo do tempo gestacional, e acompanhamento psicológico conforme a necessidade e a disponibilidade da paciente. Para isso realiza-se a avaliação sobre como a gestante está lidando com a gravidez, suas fantasias, relações familiares e qual a implicação desta para sua vida. Há também a participação em diversos grupos realizados pelos profissionais do setor, tais como: grupo de acolhimento, no qual é esclarecido todo o trabalho que será realizado, mostrando às gestantes todas as etapas da sua permanência no hospital; grupo de planejamento familiar; alimentação; amamentação; parto; cuidados com o recém nascido e relação mãe-bebê. Resultados: As dificuldades em lidar com as limitações decorrentes da gestação, do risco em perder o bebê, ou até mesmo de perder a vida, dá a estas mulheres uma percepção diferente da maternidade. Há o desejo e a expectativa de que este bebê chegue, mas ao mesmo tempo há o medo e a insegurança. Durantes os atendimentos realizados percebeu-se que o acompanhamento psicológico faz-se necessário para que haja um espaço de acolhimento a estas angústias presentes na gestação de risco. Considerações finais: Para trabalhar estas questões é de suma importância a presença do profissional de psicologia dentro da equipe multidisciplinar dos hospitais. Este trabalho de acolhimento psicológico, que atua de forma interventiva, visa minimizar o sofrimento e angústia das futuras mães, em especial aquelas que vivenciam uma gestação de risco, uma vez que oferece um espaço de acolhida que as leva à reflexão sobre as transformações decorrentes desta arriscada, e muitas vezes desconhecida, situação que é a gravidez de risco. Palavras-chave: Psicanálise; Hospitais - aspectos psicológicos; Atendimento psicológico

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Atividades de Extensão na Assistência de Enfermagem Ambulatorial: relato de caso Edvane Birelo Lopes De Domenico, Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo SP,domenico.edvane@unifesp.br Mariana Braga Shoji Barbosa,Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo - SP, mariana_shoji@yahoo.com.br Laís Lie Senda, Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo - São Paulo, lais_ senda@yahoo.com.br Bruna Elisa Catin Sousa, Escola Paulista de Enfermagem da Universidade de São Paulo - SP, brucatin@ hotmail.com Carolina Paula Jesus, Escola Paulista de Enfermagem da Universidade de São Paulo - SP, carolinapjesus@ gmail.com

O trabalho descreve a assistência de enfermagem prestada a um paciente atendido no Ambulatório de Especialidades da Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, São Paulo, por integrantes do projeto de extensão universitária Acolhe-Onco: interdisciplinaridade no cuidado integral do paciente com câncer. O projeto busca fortalecer o paciente/familiar/ cuidador para o gerenciamento das situações oriundas do processo de adoecimento em oncologia, promove estudos científicos sobre as melhores práticas assistenciais e educativas por meio da interação interdisciplinar e possibilita a participação conjunta neste processo. O caso traz as condições clínicas e demandas de cuidados de um paciente portador de câncer de faringe e sua cuidadora, que foram acompanhados por três meses durante a execução do regime terapêutico quimioterápico e radioterápico. Foram prestados cuidados relativos à traquestomia, alimentação por sonda enteral, curativo de ferida neoplásica cervical, apoio e conforto. Os resultados demonstraram que, na prática, as bases teórico-metodológicas utilizadas pelo projeto de extensão apresentam resultados favoráveis, tanto na esfera biológica como na psicossocial. Palavras-chave: câncer de faringe, acompanhamento dos cuidados de saúde, autocuidado.

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Atividades Psicomotoras e a Criança Especial Tânia C. Bofi, Universidade Estadual Paulista - FCT, UNESP, lua.tcb@ig.com.br Augusto Cesinando de Carvalho, Universidade Estadual Paulista - FCT, UNESP, augusto@fct.unesp.br Amanda G. de Oliveira, Universidade Estadual Paulista - FCT, UNESP, amanda.galvaodeoliveira@hotmail.com Kamila E. P. Prates, Universidade Estadual Paulista - FCT, UNESP, kamila_prates@hotmail.com Laís R. S. Azambuja, Universidade Estadual Paulista - FCT, UNESP, lais_rsa@hotmail.com

As formas de avaliar o desenvolvimento motor de uma criança podem ser diversas. Nesta perspectiva, Rosa Neto (2002) propõe uma Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) composta por uma bateria de testes para avaliar o desenvolvimento motor de crianças dos dois aos 11 anos de idade. Esta escala compreende um conjunto de provas diversificadas e de dificuldade graduada, conduzindo a uma exploração minuciosa de diferentes setores do desenvolvimento, permitindo avaliar o nível de desenvolvimento motor da criança de acordo com a Idade Cronológica, considerando êxitos e fracassos. Os testes motores abrangem as seguintes áreas: motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização espacial, linguagem/organização temporal e lateralidade. As crianças participantes do estudo frequentam o Laboratório de Psicomotricidade LAPS da FCT/UNESP de Presidente Prudente-SP e foram avaliadas através da EDM, objetivando traçar um perfil psicomotor destacando entre as áreas supracitadas quais apresentavam déficits mais significativos, e a partir daí elaborar um programa com atividades psicomotoras para as crianças com necessidades especiais e consequentemente atraso no desenvolvimento psicomotor. O programa de intervenção psicomotora foi realizado semanalmente, com duração de 55 minutos, baseado na ludicidade, utilizando-se brinquedos, brincadeiras e jogos como recursos terapêuticos. Participam 44 crianças, de ambos os gêneros com idade cronológica média de 6,25 anos. Apresentavam como diagnóstico clínico síndromes genéticas, paralisia cerebral, mielomeningocele, transtornos da mente, entre outros. Os pais e/ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Nos resultados obtidos todas as crianças apresentaram atraso no desenvolvimento psicomotor em uma ou mais áreas analisadas pela EDM Todas elas apresentaram atraso nas áreas de organização temporal e espacial, sendo estas as de atrasos mais significativos, seguidas das áreas motricidade global e equilíbrio. O atraso na comparação entre a idade motora (IM) e a cronológica (IC) da população pesquisada está na média de 2 a 3 anos. Palavras-chave: Psicomotricidade, criança, avaliação.

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Avaliação da Qualidade de Vida de Mulheres Mastectomizadas Inseridas em um Programa de Fisioterapia Aquática Fernanda Contri Messali, Campus Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia - Fisioterapia, fefe_messali@hotmail.com Elisa Bizetti Pelai, Campus Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia - Fisioterapia, elisa_li@ hotmail.com Priscila Pagotto, Campus Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia - Fisioterapia, pripagotto@ hotmail.com Profª. Dra. Edna Maria do Carmo, Campus Presidente Prudente, Faculdade de Ciências e Tecnologia Fisioterapia, ednamaria_carmo@hotmail.com - orientadora

Com o tratamento cirúrgico de câncer de mama, complicações físicas como dor, linfedema, alteração postural, redução da força de preensão palmar, diminuição da amplitude de movimento e fadiga do membro superior homolateral a cirurgia, efeitos psicológicos como depressão, medo da recidiva, impacto na imagem corporal, distúrbio do sono e dificuldades sexuais podem ocorrer. A fisioterapia aquática utiliza de efeitos advindos da imersão do corpo em água para auxiliar na reabilitação de alterações funcionais, mantendo e melhorando a amplitude de movimento das articulações, reduzindo tensão muscular e produzindo relaxamento. O objetivo do estudo foi verificar o efeito de um programa de exercícios físicos aquáticos nos desconfortos músculos esqueléticos e na qualidade de vida de mulheres mastectomizadas. Foram adotados como critério de inclusão pacientes submetidas à cirurgia para o câncer de mama e que apresentavam dores musculares e articulares, linfedema e limitação da amplitude de movimento. Como critério de exclusão foram considerados: estar realizando quimioterapia ou radioterapia e problemas dermatológicos (como cicatrizes abertas). A fisioterapia consistia em alongamentos, seguido de fortalecimento, atividades lúdicas e relaxamento. Eram verificados pressão arterial no início e no final das sessões. Foi constatado que após seis meses de tratamento,80,7% das participantes houve aumento de amplitude de movimento (ADM) de flexão, abdução e adução e em 60,4% aumento da extensão do ombro homolateral a cirurgia; em 100% das participantes foi observada diminuição de dores musculares, principalmente nos músculos esternocleidomastóideo, trapézio, rombóides, escalenos e peitorais. Com relação à qualidade de vida (QV) observou se melhorasna Capacidade funcional (de 89 para 79), Limitação por aspectos físicos (de 80,5 para 75), Vitalidade (de 89 para 81,5) e Dor (de 75 para 67,1%). As pacientes que por ventura demonstraram algum problema psicológico foram encaminhadas a psicóloga do CEAFIR 85,7%. Assim pode-se concluir que programa de hidroterapia apresentou um efeito satisfatório nas mulheres mastectomizadas, mostrando uma melhora nas complicações pós cirúrgicas, principalmente na dor, amplitude de movimento, desconfortos musculares e fatores psicossociais. Palavras-chave: qualidade de vida; mastectomia; hidroterapia

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Avaliação de Parâmetros Relacionados à Síndrome Metabólica em Homens Que Freqüentam a Orla de Santos-SP Ricardo José Gomes, Baixada Santista, UNIFESP, ricardojosegomes@yahoo.com.br Renata Emilia Marques Aguiar, Baixada Santista, UNIFESP, renatinhald@hotmail.com Flávia Croneis Bertoli, Baixada Santista, UNIFESP, flavia.cbertoli@hotmail.com Samile Amorim dos Santos, Baixada Santista, UNIFESP, samile_mania@yahoo.com.br Heverton Paulino, Baixada Santista, UNIFESP, hevertonpaulino@hotmail.com

Introdução: Atualmente, 60% da população adulta dos países desenvolvidos apresentam níveis insuficientes de atividade física. Os altos índices de inatividade física no mundo têm acarretado um aumento de fatores de risco para doenças cardiovasculares. A síndrome metabólica está relacionada dislipidemia, diabetes/intolerância à glicose, hipertensão arterial e obesidade. Pesquisas estimam que o sedentarismo seja responsável por aproximadamente 16% dos casos de diabetes e 22% das doenças isquêmicas do coração. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo avaliar parâmetros relacionados à síndrome metabólica de homens que freqüentam a orla de Santos-SP. Metodologia: Foram avaliados 92 homens (faixa etária média de 52,8 anos) com relação ao peso corporal (g), estatura (cm), índice de massa corporal (IMC) em Kg/m2, circunferência abdominal (CA) em centímetros, glicemia (mg/%),pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em mm de Hg. Os dados foram agrupados em três grupos: (1) Todos os participantes, n=92; (2) Apenas os participantes que apresentaram alterações na glicemia, n=31; e (3) Apenas os participantes que apresentaram alterações na pressão arterial sistólica ou diastólica, n=27. Os dados foram expressos como média ± desvio padrão. Foi realizada a análise de variância (ANOVA) com aplicação do teste de Bonferroni e nível de significância estabelecido em 5%. Para a avaliação da correlação entre variáveis foi aplicado o teste de Spearman rank-order. Resultados: Foram registradas diferenças significativas na glicemia do grupo 2 (203±62) em relação aos grupos 1 (141±59) e 3 (145±76); na PAS do grupo 3 (143±6) em relação aos grupos 1(129±.12) e 2(130±13) e na PAD no grupo 3 (89±6) em relação aos grupo 1 (81±8) e 2 (82±9). Observou-se ainda correlação positiva e significativa entre glicose e peso corporal (r=0,70; p=0,008); glicose e IMC (r=0,63; p=0,006) e glicose e C.A. (r=0,60; p=0,02). A pressão arterial sistólica (PAS) foi positivamente correlacionada com a C.A. (r=0,63; p=0,004) e com o IMC (r=0,58; p=0,02), enquanto a pressão arterial diastólica (PAD) foi positivamente correlacionada com o IMC(r=0,69; p=0,001), com a C.A. (r=0,72; p=0,001) e com a Glicemia (r=0,77 p=0,005). Conclusão: Nossos dados indicam que a circunferência abdominal é uma variável simples e que apresenta boa correlação tanto com as alterações na glicemia quanto na PAS e PAD de homens.Além disso, este estudo confirma a importância do controle de peso para prevenir alterações na glicemia e na pressão arterial. Palavras-chave: Diabetes, Hipertensão, Síndrome Metabólica

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Análise do perfil do uso de Medicamentos por pais e responsáveis de crianças em escolas da UNICAMP Patrícia Moriel, Curso de Farmácia, FCM, UNICAMP, morielpa@fcm.unicamp.br Camila S. Rehen, Curso de Farmácia, FCM, UNICAMP, millarehen@gmail.com Aline A. Cruz, Curso de Farmácia, FCM, UNICAMP, licruz.88@gmail.com Denise T. Fonseca, Curso de Farmácia, FCM, UNICAMP, tf.denise@gmail.com Larissa Saito, Curso de Farmácia, FCM, UNICAMP, larasaito@gmail.com

Os medicamentos são os principais agentes causadores de intoxicação, responsáveis por 30,7% das intoxicações em humanos no Brasil (Sinitox, 2008). Dentre todos os casos, a faixa etária mais acometida, com 25,7% dos casos, é a que compreende as crianças de 0 a 4 anos. Sendo os pais os responsáveis pela medicação das crianças, eles são o alvo principal para prevenção à intoxicações por medicamentos. Portanto, o projeto visou contribuir para a diminuição do número de casos de acidentes medicamentosos através da educação e transferência de conhecimentos ao pais de crianças matriculadas no CECI e PRODECAD (Unicamp). A instrução dos pais decorreu da distribuição de um folheto informativo e realização de palestras. O folheto foi elaborado por alunas do curso de farmácia da Unicamp, do departamento de RH da Pharmaceutica Jr. sob a supervisão de professores farmacêuticos e com o apoio da FCM e PREAC. A intoxicação por medicamentos ocorre devido ao excesso de consumo, falta de conhecimento sobre as contra-indicações, automedicação e fácil acesso aos medicamentos por crianças. Anteriormente às palestras, foi realizada uma pesquisa aplicando um questionário aos pais para avaliarmos os hábitos referentes ao uso de medicamentos. Neste questionário, foram obtidos os seguintes resultados*(n=53): 55% guardam medicamentos em armários/cômodas; dentre os medicamentos que sobram, 72% armazenam dentro da embalagem original e 25% jogam fora. Dentre estes, a maioria jogam no vaso sanitário (33%) e no lixo comum (33%); a maioria costuma ler a bula (93%) e o principal motivo é para saber os efeitos colaterais (35%); quando ocorrem efeitos colaterais, 64% entram em contato com o médico e 42% param de tomar; 11% conhecem alguma criança que já sofreu intoxicação por medicamentos, sendo a principal causa foi por tomarem por engano (80%); 54% tomam medicamentos na presença dos filhos e 47% convencem o filho(a) a tomar medicamento dizendo que é para ficar forte e saudável, mas 13% dizem que o remédio é doce/gostoso. Com base nos resultados obtidos, percebe-se uma necessidade de mudança dos hábitos dos pais de crianças que pode ser feita através da realização de mais campanhas informativas que auxiliem no uso racional de medicamentos promovendo a atenção farmacêutica. *Existem perguntas com mais de um tipo de resposta, podendo a porcentagem total ser maior que 100%. Palavras-chave: intoxicação, medicamentos, crianças.

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Avaliação postural por fotogrametria em pacientes submetidos à correção cirúrgica de escoliose idiopática Profa. Dra. Liu Chiao Yi, Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista, liu.chiao@unifesp.br Lucas de Macedo dos Santos, Graduando do 4º ano de Fisioterapia pela Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista, lucasmacs@hotmail.com Profa. Dra. Milena Carlos Vidotto Crescentini, Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista, milenavidotto@hotmail.com Nelson Azevedo da Silva Neto, Graduando do 4º ano de Fisioterapia pela Universidade Federal de São Paulo, nneto.azevedo@hotmail.com

Introdução: A escoliose é uma curvatura lateral da coluna vertebral, envolvendo flexão lateral e rotação das vértebras da região acometida. A escoliose idiopática é comumente diagnosticada em 2% a 4% indivíduos entre 11 e 17 anos de idade, sendo mais comum em mulheres. A avaliação da magnitude da curva é feita por meio da análise de exames radiográficos utilizando o método de Cobb. Escoliose com curvas que excedem a medida de 45° é indicação para tratamento cirúrgico, como a artrodese. A escoliose altera o eixo postural do indivíduo, trazendo assimetrias e alterações de tônus, podendo levar a comprometimentos cardiopulmonares. Para avaliação de alterações posturais, uma eficiente alternativa é a utilização do Software de Avaliação Postural (SAPO). O SAPO é uma ferramenta que apresenta de forma objetiva e quantitativa as alterações posturais. Assim, o seu uso poderia melhor direcionar os rumos da reabilitação fisioterapêutica, em pacientes submetidos à correção cirúrgica da coluna vertebral. Objetivo: avaliar e quantificar as mudanças da postura em pacientes portadores de escoliose idiopática no pré e pós-operatório do tratamento cirúrgico. Materiais e Métodos: Foram avaliados sete pacientes portadores de escoliose idiopática, sendo um do gênero masculino e seis do feminino, entre 11 e 17 anos de idade. Os participantes foram fotografados no pré-operatório e após quatro semanas. Os pontos anatômicos foram marcados sobre a pele, pela fixação de bolas de isopor com auxílio de fita adesiva dupla face, conforme descrito pelo tutorial do SAPO. Para análise das fotografias, elas foram enviadas para um computador que tem instalado o programa SAPO. Resultados: Na análise exploratória das variáveis estudadas mostraram-se importantes as médias das variações das medidas: EACD (26%), EACE (39%), ITA (166%), AQE (24%), PPD (26%), LCE (63%), ITP (356%). Conclusão: Esse estudo mostrou através do intervalo de confiança que as variáveis ITA e ITP tiveram maior variação, porém isso foi mais evidente em três dos sete pacientes, para tanto são necessários mais estudos com um maior número de participantes para que haja uma conclusão mais confiável. Palavras-chave: Fotogrametria, artrodese da coluna vertebral, escoliose idiopática

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Ações de extensão universitária na Faculdade de Saúde Pública da USP no período de 2005-2009 Ayodele Floriano Silva, Faculdade de Saúde Pública, USP, ayodele@usp.br Cláudia M. Bógus, Faculdade de Saúde Pública, USP, claudiab@usp.br Sabrina D. L.Viana, Faculdade de Saúde Pública, USP, sabrinadlv@yahoo.com.br

Dentre as três funções da Universidade, a extensão é a mais nova e a que carece de maiores investigações. O Ministério da Educação (BRASIL, 2007) conceitua a extensão universitária como um processo educativo, cultural e científico composto por ações, tais como: programa, projeto, curso e evento. O programa é um conjunto de outras ações de extensão. O projeto tem um prazo curto e objetivo específico. Curso é uma ação pedagógica que pode ser realizada de forma presencial ou à distância. Uma apresentação pública desenvolvida pela Universidade é denominada de evento. A Faculdade de Saúde Pública - FSP tem como missão: produzir, disseminar conhecimento e formar pessoas em Saúde Pública e Nutrição, por meio da pesquisa, ensino e extensão, contribuindo para a melhoria das condições de saúde da população e para a formulação de Políticas Públicas. Atualmente, conta com o curso de graduação em Nutrição e dois Programas de Pós-Graduação. Por meio de análise documental de registros e relatórios fornecidos pela Comissão de Cultura e Extensão da FSP, foi possível verificar e quantificar as ações extensionistas realizadas no período de 2005 a 2009. Observou se que as atividades concentram-se em sua maioria na forma de cursos e eventos que apresentaram respectivamente uma média de 33 e 29 atividades anuais. Programas e projetos apresentaram média de 2 e 2,8. É possível apontar um fator importante que se relaciona à distribuição encontrada para estas atividades: nossa sociedade é apontada como sociedade do conhecimento, na qual a informação, como meio de criação de conhecimento, desempenha um papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. Nesse sentido, os cursos e eventos são importantes produtos que a Universidade oferece à sociedade, o que a autora Jezine (2004) classifica como uma concepção mercantilista de extensão. Essa concepção é caracterizada pela menor preocupação no atendimento das necessidades sociais da comunidade; desinteresse em atividades junto aos grupos excluídos; os produtos da universidade passam a ser mercadorias que podem ser comercializadas e a extensão universitária torna-se o principal canal de divulgação e articulação comercial. Palavras-chave: Extensão universitária; Saúde Pública; USP.

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“Baú de Histórias” Conhecendo o Comportamento Lúdico de Crianças Através da Brincadeira de Contar e Construir Histórias Infantis Lúcia da Rocha Uchôa Figueiredo, - luciaf@netsite.com.br Natália Ramalho Putini, nathi_ramalho@hotmail.com Renata Beira Palhares, rpbeira@yahoo.com.br Gabriela Gallacinni Prado, gabiroba19@yahoo.com.br -Nathalia Maria Ferreira, fnathaliamaria@yahoo.com.br Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista

A infância é uma fase de grande importância, pois é nesta etapa que ocorrem diversos processos colaboradores para o desenvolvimento infantil, tendo como destaque o brincar. O brincar é uma realidade cotidiana na vida das crianças, em que está inserida a imaginação e a fantasia, podendo compartilhar seus interesses e suas necessidades, com a realidade de um mundo que poucos conhecem, ao brincar estarão adquirindo habilidades, que auxiliarão no enfren tamento de situações futuras, nas quais elas saberão lidar com o problema de forma mais facilitada. A atividade lúdica quando composta de cenários, vestuário, brinquedos de diferentes cores e formatos, oferece oportunidade da criança manipular tipos de materiais, sendo que a diversidade destes componentes pode ser usada como instrumento de estimulação e desenvolvimento sensorial. As crianças ao se aproximar destes objetos expande a percepção tornando-a ainda mais aguçada e a complexidade das habilidades vivenciadas será valiosa para a criança. Neste contexto, histórias e fábulas infantis colaboram para a existência da brincadeira de faz-de-conta sendo uma das fontes do desenvolvimento imaginativo podendo ser recursos que contribuem para o conteúdo do brincar. Deste modo, a proposta deste projeto que tem suas raízes nas atividades desenvolvidas pela Universidade Federal de São Paulo, na região Noroeste de Santos, em que se constata significativo número de crianças em situação de vulnerabilidade, tendo precárias condições socioeconômicas, habitacionais e poucas oportunidades relacionadas ao brincar. O trabalho realizado é voltado para o conhecimento do comportamento lúdico, os interesses, as capacidades e dificuldades lúdicas de crianças e proporcionar oportunidade destas brincarem de contar e construir histórias, juntamente com suas mães, utilizando material de baixo custo e sucata. Participam crianças da C.A.F e ONG Tia Egle onde entram em contato com histórias e fábulas infantis e nos encontros as crianças poderão manipular materiais diversos juntamente com as mães, com a finalidade de criar, construir, encenar e contar histórias. Nos encontros também serão observados às características da atitude lúdica das crianças (curiosidade, criatividade, iniciativa, senso de humor, prazer, gosto pelo desafio, espontaneidade, capacidade de solucionar problemas, exploração de materiais), que fazem parte do comportamento lúdico e assim permitindo verificar como o brincar destas está ocorrendo. Os alunos também desenvolvem com as mães um projeto terapêutico com as ações a serem desenvolvidas a partir do contato e conhecimento da realidade local. Palavras-chave: Criança, Brincar, Comportamento. 302


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Bem Viver na Melhor Idade - BemViMI Coordenador:Sionaldo Eduardo Ferreira, Baixada Santista, UNIFESP, sferreira@unifesp.br Vice-coordenadora:Márcia Maria Pires Camargo Novelli, Baixada Santista, UNIFESP, mnovelli@uol.com.br Talita Gomes, Baixada Santista, UNIFESP, sininho_to@yahoo.com.br Renato Rozenblit Soliaman,Baixada Santista,UNIFESP, renatorsoliaman@uol.com.br Samara Fernandes Quintanilha,Baixada Santista,UNIFESP,samy_sfq@hotmail.com

Dados sobre o envelhecimento populacional indicam que este fenômeno está ocorrendo de forma acelerada no Brasil. Reconhece-se no conjunto de perdas biológicas e sociais, um aumento da vulnerabilidade individual, observando-se diferenças devido ao gênero, idade e grupo social, entre outros. Parte do contingente idoso apresenta taxas elevadas de vulnerabilidade e dependência, e parte desempenha papel importante na família e na sociedade. Este estágio da vida está associado à retirada da atividade econômica, taxas crescentes de morbidade, principalmente por doenças crônicas e por perda da autonomia tratando-se de um segmento heterogêneo e complexo, composto por pessoas que experimentaram trajetórias de vida diferenciadas. O BemViMIé um projeto de extensão com atividades contínuas, desenvolvidas por uma equipe interdisciplinar (educação física, fisioterapia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e serviço social) e o público alvo são mulheres idosas residentes da região doCentro de Santos-SP. O projeto almeja a oferta de orientações e de cuidados específicos ligados à educação em saúde, estimulando a formação de grupos para favorecer a ampliação da rede de suporte social. As ações são planejadas com base nas necessidades da população atendida, articulando conhecimentos das diferentes áreas envolvidas, e são marcadas por uma relação bidirecional, repleta de trocas de experiências e aprendizados entre a equipe e e o grupo atendido. Nosso objetivo é a promoção de qualidade de vida física, mental e social através de atividades que se baseiamem cinco temas (sociabilidade, força e movimento, memória e aspectos cognitivos, equilíbrio e postura, e cuidados gerais em relação à saúde) de um ciclo e são configuradas de modo a exercitar aspectos de conhecimentos dos diversos cursos.Em todos os dias de atividades são propostostambém alongamentos, estimulação neuromuscular, exercícios para prevenção de quedas,e encerramento das atividadescom um lanche promovido pela Casa João Paulo II. As atividades proporcionam aos graduandos um modo de aprender a profissão e o trabalho em equipe, na elaboração, execução e avaliação, bem como sobre o impacto do modelo de intervenção na formação acadêmica e na qualidade de vida do grupo atendido, no qual observa-se a diferença do grau de independência das mulheres idosas, assim como a consciência dos próprios desejos, deveres, direitos. Com as propostas de intervenção foi possivel identificar melhora de potencialidades individuais, habilidades psicomotoras, aumento da auto-estima e promoção da integração social. Palavras-chave: Educação interprofissional, Independência, Idosas.

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Cartografias Femininas: A Constituição de um Grupo de Mulheres na Zona Noroeste-Santos Profª Dra. Flavia Liberman, Universidade Federal de São Paulo, estudiofla@uol.com.br Profª Dra. Viviane Santalucia Maximino, Universidade Federal de São Paulo, vivimax10@yahoo.com.br Profª Dra.Maria Fernanda Frutuoso, Universidade Federal de São Paulo, ffrutuoso@yahoo.com.br Lívia Scandiuzzi, Universidade Federal de São Paulo, li_scand@yahoo.com.br Yara Rodrigues de Sá, Universidade Federal de São Paulo, yara_psico@yahoo.com.br

Introdução: Este projeto se apresenta como mais uma oportunidade de ensino-aprendizagem, onde professores e alunos se relacionam com indivíduos do sexo feminino por meio de intervenção interdisciplinar e criação de um grupo de mulheres na Unidade Básica Rádio Clube - Região Noroeste de Santos. Visa potencializar a participação cotidiana das mulheres na gestão local e no controle das condições que podem interferir na sua saúde e da coletividade onde vivem e trabalham. O quadro geral da saúde no país, a territorização e circulação das mulheres nos Serviços de Saúde, colocam este espaço como lócus privilegiado para a implantação de estratégias de rastreamento e intervenção com inclusão social. Este Projeto aponta para uma população silenciosa de mulheres que procuram espaços de cuidado em Serviços de Saúde ligados ao Sistema único de Saúde (SUS), particularmente em atendimento de atenção básica à saúde, como Unidade Básica. O aspecto para a organização desta ação se justifica pelas condições sociais e ambientais como também, por uma carência de vínculos sociais, afetivos e de trocas que são elementos constituintes das situações de vulnerabilidade em que se encontram. Objetivos Gerais: Acompanhar e contribuir na constituição de um grupo de mulheres na Unidade Básica Radio Clube-Zona Noroeste de Santos; Dar suporte aos alunos do Eixo: Trabalho em Saúde, promovendo a articulação de diferentes conteúdos ministrados durante a formação. Objetivos Específicos: Tecer relações entre módulos do Eixo Trabalho em Saúde e dar continuidade às ações dos módulos (narrativas e grupos), acolhendo encaminhamentos e unindo projeto de Extensão ao Ensino; Rastrear o território da Noroeste visando detectar mulheres silenciosas e que poderiam se beneficiar do Grupo de Mulheres, do atendimento individual e/ou de outros dispositivos da região; Articular Projetos de Extensão realizados no território pela UNIFESP e diferentes equipamentos de saúde, serviços e Projetos da região; Realizar estudos e levantamento teórico sobre temas relacionados às ações e problemáticas que emergem do processo grupal para dar suporte aos alunos que estão em campo. Conclusão: O Projeto de Extensão ainda em seu início se apresenta como um potente suporte para ações e acompanhamento da prática de constituição de um Grupo de Mulheres na Zona Noroeste-Santos.Articulando estudos teóricos e diferentes ações, se apresenta como possibilidade no exercício de dialogo e reflexão interdisciplinar em consonância ao Projeto Pedagógico proposto pela UNIFESP-Baixada Santista. Palavras-chave: Mulher, Interdisciplinar, Grupo.

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Compartilhando Linguagens: Fonoaudiologia e Educação Raquel de Aguiar Furuie- raquelfuruie@gmail.com –Docente, UNIFESP Clara Regina Brandão de Ávila - clara.rbrandao@gmail.com - Docente, Unifesp Larissa Mendonça Agessi - larissa.agessi@hotmail.com- Acadêmico, UNIFESP Camila Ferreira Adriano - camilaf.adriano@yahoo.com.br- Acadêmico, UNIFESP Andréa Helena dos Santos Barros - andrea_helena7@hotmail.com- Acadêmico, UNIFESP

INTRODUÇÃO: A prática da extensão implica a aquisição de conhecimentos políticos sociais importantes para a formação profissional. Nessa prática, o contato entre diferentes indivíduos contribui para o desenvolvimento de uma consciência cidadã e para uma postura crítica e reflexiva. Pautado nesta premissa, este projeto se propôs a desenvolver um trabalho em instituições escolares, possibilitando a integração do estudante em equipe constituída por profissionais da saúde e da educação, com o propósito de trabalhar a saúde da comunicação de crianças. Este trabalho se justifica pelo fato de que crianças expostas a uma variedade de possibilidades interativas têm o seu universo pessoal de significados ampliado, qualificando o desenvolvimento da linguagem e das habilidades comunicativas essenciais para a alfabetização. OBJETIVOS: -Possibilitar ao estudante ampliar o olhar da realidade que o rodeia, comparando-a com o conhecimento produzido e descrever suas constatações. -Estimular juntamente com os educadores a criação de um Fórum de discussão sobre a saúde da comunicação, considerando a importância da temática para o processo de aprendizagem. METODOLOGIA: A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta proposta de trabalho pautou-se na pesquisa-ação, pois as ferramentas de trabalho utilizadas possuem dimensões participativa, crítica e reflexiva, contribuindo para o fortalecimento do propósito emancipatório que deve ter um projeto de extensão. Todos os atores envolvidosexerceram um papel articulador e facilitador que contribuiu para o crescimento de todos e, a participação de grupos externos à universidade possibilitou uma significação política. IMPACTO ACADÊMICO: As atividades desenvolvidas com as crianças nas escolas, inseridas que estão em um complexo contexto social e cultural, permeado por uma infinidade de questões psicológicas relativas à dinâmica de seus relacionamentos, mostrou o quanto é impossível pensar em medidas promotoras de “saúde de modo dissociado do entorno constitutivo do indivíduo.O trabalho em uma instituição escolar possibilitou a troca de experiências com educadores e escolares e também a convivência com o discurso infantil e sua realidade sócio-cultural. IMPACTO SOCIAL: Foram avaliadas 50 crianças, de 6 e 7 anos de idade, em relação às habilidades fonológicas, de vocabulário e processamento auditivo, o que possibilitou a elaboração de um perfil do grupo, que foi fundamental para compreender, caracterizar e realizar intervenções práticas no que se refere aos comprometimentos das crianças e a implementar medidas que priorizaram a promoção da saúde da comunicação. Palavras chaves: saúde da comunicação, alfabetização, linguagem.

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Construindo o espaço do psicólogo no hospital Helena Rinaldi Rosa; Psicologia, UNESP, Assis; helenarr@osite.com.br Loraine Seixas Ferreira, Psicologia, UNESP, Assis; loseixas@hotmail.com Thaise Gabriela Piasentin thaisegp@ig.com.br Maria Luisa Louro de Castro Valente luisaval@uol.com.br

O trabalho do psicólogo nos hospitais tem adquirido reconhecido valor na promoção da saúde e melhoria de qualidade de vida, mas sua prática ainda está sendo construída por se tratar de um espaço relativamente novo para a Psicologia. Através do presente trabalho, realizado no Hospital Regional de Assis, vê-se a importância do psicólogo dentro destas instituições, pois oferece diferentes subsídios para atender a demanda hospitalar e amplia o modo de olhar o paciente, enxergando sua existência e não somente um corpo doente. Objetivos: Dar voz ao paciente enquanto sujeito ativo, interagindo corpo-mente, e propiciando um espaço para que possam expressar as angústias causadas pela internação, além de refletir a respeito da atuação do Psicólogo, sua importância e o espaço a ele destinado dentro do hospital. Método: São realizadas entrevistas semi-estruturadas, abordando o estado emocional, o setor produtivo e a história subjetiva da doença e fantasias do paciente em relação a ela. Em supervisão semanal, as estagiárias e supervisoras discutem, além dos casos atendidos, a atuação do psicólogo no hospital, buscando encontrar na literatura os meios mais adequados dessa atuação. Resultados: No começo era muito difícil a inserção dos estagiários na equipe multiprofissional por se tornar difícil a compreensão de que o psicólogo não está no hospital para “convencer” os pacientes a aderirem ao tratamento, mas que sua presença completa a equipe de forma que o paciente seja visto como um todo. Com o passar do tempo, a equipe passou a integrar as estagiárias, podendo perceber a importâncias destas. Por diversas vezes as próprias estagiárias viam-se desacreditadas na Psicologia Hospitalar, mas tinham na supervisão um momento onde poderiam mostrar suas angústias, o que gerava cada vez mais reflexões e discussão sobre a atuação do psicólogo no hospital. Conclusão: Embora a Psicologia Hospitalar ainda seja uma área nova, há muita literatura acerca do espaço que o psicólogo ocupa nessa instituição e as angústias que as estagiárias vivem de não encontrarem um “espaço” na equipe multiprofissional é freqüente dentro do hospital, mas este espaço pode ser conquistado aos se mostrar a importância da presença do psicólogo que oferece uma escuta num ambiente em que se preconiza o silêncio, contribuindo para a recuperação do paciente, dando continência a conflitos vivenciados na situação de internação. Palavras-chave: Psicologia hospitalar, Hospitais - aspectos psicológicos, escuta psicológica.

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Cuidado Integral e Interdisciplinar Ao Paciente Oncológico: experiência do projeto de extensão Acolhe-Onco, UNIFESP Edvane Birelo Lopes De Domenico, domenico.edvane@unifesp.br (responsável) Kamila Alberto Mendes, kamila_amendes@hotmail.com Rita Viviane Machado, viviane_puc@hotmail.com Paula Barreto Ferreira, paullinha@grad.unifesp.br Mayzza Campina Rodrigues, mayzza_rodrigues@hotmail.com Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo-SP

O paciente oncológico exige da equipe interdisciplinar conhecimentos sobre a clínica médica e o manejo de situações crônicas e emergenciais, além de habilidades emocionais. O Projeto de Extensão Acolhe-Onco: interdisciplinaridade no cuidado integral ao paciente com câncer, UNIFESP-SP, oferece aos seus membros participantes, estudantes de graduação e pós-graduação da enfermagem, oportunidades de enriquecer seus conhecimentos sobre o processo de cuidar em oncologia, refletir sobre a integralidade do cuidado e desenvolver habilidades para que a tomada de decisão se torne mais segura e efetiva. Desta forma, os estudantes assumem o papel profissional ao planejar, executar e avaliar os cuidados prestados. A integração das consultas médicas e de enfermagem enriquece esse aprendizado ao tornar real o trabalho em equipe. A prática baseada em evidências científicas norteia o pensamento-ação tanto na esfera assistencial como na educacional. A capacitação do paciente para o autogerenciamento da doença é o foco das orientações sobre cuidados com o esquema terapêutico farmacológico, alimentação e eliminações, sono e repouso, manutenção da integridade física, sexualidade e reprodução, manifestações de sinais e sintomas da doença e co-morbidades associadas, prevenção de infecções, entre outras. A consulta telefônica permite avaliar a evolução clínica do paciente, diagnosticar riscos; auxiliar no manejo dos sinais e sintomas da doença; oferecer apoio e conforto na superação das dificuldades; auxiliar no controle de datas de realização de quimioterapia e radioterapia. Um dos desafios advém da condição socioeconômica e educacional precária de muitos pacientes. A percepção dessas dificuldades e o desejo de superá-las para a efetivação de um cuidado de qualidade possibilitam a reflexão e busca por uma rede de apoio social que extrapole os limites do atendimento ambulatório. Nessas situações específicas, os integrantes do Acolhe-Onco dedicam-se a encontrar apoio assistencial(odontologia, saúde mental, assistência social) e materiais variados(curativos, alimentação enteral) nas unidades básicas de saúde ou programas de saúde da família próximos aos domicílios dos pacientes. Geralmente, obtém-se um contato telefônico e as orientações de onde se dirigir e como proceder para a resolução do problema são transmitidas ao paciente que, na maioria dos casos, consegue o atendimento de suas necessidades. Como evidenciado, há muitas atividades a desempenhar e desafios a superar para o cuidado integral e interdisciplinar do paciente com câncer na rede pública de atenção à saúde. Esses desafios têm impulsionado a realização e o crescimento do projeto de extensão Acolhe-Onco. Palavras-chave: câncer, assistência integral à saúde, educação em saúde

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Desenvolvimento Corporal nas Etapas da Adolescência Izabela Fernanda Tortoza da Silva, José Roberto da Silva Brêtas izabela_tortoza@hotmail.com; bretas@ymail.com Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem

Este estudo foi desenvolvido utilizando-se de um banco de dados já existente, vinculado ao Grupo de Estudos sobre Corporalidade e Promoção da Saúde (GECOPROS) da Universidade Federal de São Paulo, com a meta de contribuir para futuras atividades do Projeto de Extensão “Corporalidade e Promoção da Saúde”. Envolveu 1365 estudantes, em que 691 participantes eram do sexo feminino e 674 do sexo masculino, que frequentavam escolas do ensino fundamental e médio da região de Santo Eduardo, município de Embu, São Paulo. Teve como objetivos: identificar as principais características corporais apontadas pelos adolescentes; conhecer as vantagens e desvantagens na mudança corporal entre os adolescentes; identificar as percepções e subjetividades emergentes do corpo. Os dados referentes às características das mudanças corporais foram analisados e interpretados em um contexto quantitativo e expressos mediante símbolos numéricos, organizados segundo a classificação das etapas na adolescência preconizadas por Eduardo Marcondes (Pré-Puberal, Puberal e Pós-Puberal). Com relação às vantagens e desvantagens da mudança corporal, optamos pela utilização da técnica de análise de conteúdo para tratamento e interpretação dos dados emergentes desta questão norteadora. Com relação às vantagens e desvantagens da mudança corporal, optamos pela utilização da técnica de análise de conteúdo para tratamento e interpretação dos dados emergentes desta questão norteadora. O estudo permitiu o estabelecimento da relação entre as características e as vantagens e desvantagens apontadas pelos adolescentes a respeito das mudanças corporais ocorridas nas três fases da adolescência segundo Marcondes. Foi possível observar que as características mais citadas pelos adolescentes também apareceram como vantagem ou desvantagem e compreendiam o período correto para aparecimento ou desenvolvimento dessa mudança corporal, de acordo com a literatura. Palavras-chave: Adolescente, Desenvolvimento Humano, Extensão.

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Desenvolvimento da Flexibilidade em Alunas do Projeto Estrela Menina, Através de Atividades Lúdicas Silvia Regina Seixas Sacramento (Docente), Bahia, UEFS, e-mail silsacramento@hotmail.com Alexsandra Juliana Batista da Silva, Bahia, UEFS, e-mail julibatista19@hotmail.com Francine Menezes de Jesus Silva, Bahia, UEFS, e-mail francineedfisica@hotmail.com Viviane Castilho, Bahia, UEFS, e-mail castilhovivi@hotmail.com Thaize Soares da Rocha, Bahia, UEFS, e-mail thizes.rocha@gmail.com

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade essencialmente feminina, que soma graciosidade, leveza e plasticidade. A flexibilidade é uma das principais qualidades físicas desenvolvidas na Ginástica Rítmica. Essa vai além de uma capacidade física especifica dessa modalidade devido à amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo, a qual depende da mobilidade das articulações e da elasticidade muscular, diferenciando com isso as ginastas e os estilos vigentes (LAFFRANCHI, 2001; ANTUALPA 2005). O treinamento de flexibilidade trabalha para além dos limites morfológico, com isso as crianças são aversas a essa pratica, pois a mesma gera desconforto, podendo afasta-lás da prática. Assim Gaio (2008) indica a utilização de metodologias lúdicas, para que posteriormente as mesmas, venham a apresentar características especificas dessa modalidade. O Objetivo do presente trabalho é desenvolver a flexibilidade nas alunas praticantes de Ginástica Rítmica do Projeto Estrela Menina-UEFS, com idades entre 07 e 12 anos, através do lúdico, a fim de motivá-las para alcançar um bom nível de flexibilidade. As aulas acontecem duas vezes por semana, com duração de uma hora cada, ambas iniciam com aquecimento, onde são feitas brincadeiras ou jogos como pega-pega, cabo de guerra ou baleado; em seguida são realizados os alongamentos, como: elefantinho. Posteriormente inicia-se o desenvolvimento da flexibilidade nas praticantes de Ginástica Rítmica, através dos métodos ativo, passivo e 3s, utilizando para as aulas elementos lúdicos como: histórias infantis que envolvem elementos da flexibilidade, e as crianças vão executando os movimentos no decorrer da historia a exemplo da ponte, spagat lateral e frontal. São utilizadas também atividades onde as crianças imitam os animais, exemplo a borboletinha para desenvolvimento da flexibilidade das articulações coxofemural, “exercício do nadador” cujo objetivo é conseguir fazer a abertura de pernas na frente e tentar tocar o peito no chão, para isso elas simulam que estão nadando craw e mergulho. As alunas realizam os exercícios, motivadas pelas atividades lúdicas de modo que elas não param de praticar devido ao desconforto causado. Através desses exercícios há uma melhora significativa nos níveis flexibilidade. Conclui-se que o desenvolvimento da flexibilidade através do lúdico gera maior motivação na prática da Ginástica Rítmica, nas alunas do projeto Estrela Menina-UEFS. Palavras-chave: flexibilidade, ginástica rítmica e lúdico.

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Doenças Sexualmente Transmissíveis na Adolescência Amanda Martins -: amandafigueiredo@gmail.com, Carla De Lourdes - carla.lourdes15@gmail.com, Caroline Mendes - carolinemendes94@gmail.com, Jéssica De Melo -jessica.melo94@gmail.com, Patrícia Carolinepatricia-deco13@gmail.com, Pamella Oliveira-pamella.oliveira321@gmail.com, Stefany Vieira- stefany.jacob@ gmail.com, Tayná Aparecida-taynasouza15@gmail.com, Tais Aparecida - taisaparecida30@gmail.com, Talita Lucio-talita.lucioli@gmail.com Orientadores: Carla Magalhães, Mirian Raquel Souza, Josiane Zeferino

Através dos nossos trabalhos e pesquisas realizadas no curso de formação Patrulheiros e Guarda Mirim de Hortolândia concluímos que antigamente a DST era conhecida como doenças venéreas, ou seja, são doenças infecciosas transmitida por relações sexuais, a única maneira de se evitar essa doença è fazendo o uso de preservativo. Algumas doenças sexualmente transmissíveis têm vários agentes infecciosos como, por exemplo, fungos, bactérias e parasitas, que gera diferentes manifestações como feridas, corrimento, bolhas ou verrugas. Algumas delas são de fácil tratamento outras difíceis, apesar da falsa sensação de melhora. Existe também outras doenças transmitida pelo vírus o HERPES e o HPV.O Herpes é uma infecção com HerpevirusHominis , na maioria dos casos se descobre com base nos dados clínicos ou em caso de duvida se faz o exame laboratorial, e o HPV è um vírus transmitido pelo contato sexual, e que se não for tratada pode se transforma em câncer do colo do útero.As características desse vírus é que ele fica por muito tempo sem se manifestar O projeto relata sobre sexo na adolescênciae os riscos que pode trazer sem os cuidados principais.Tambémmostra que o jovemde hoje em dia não se previne contraas doenças e tem filhosmuito cedo, isso ocorre por descuido e não uso de preservativo.

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Educação Física, Lazer, Saúde e Direitos Humanos na Terceira Idade Luciene Ferreira da Silva, Departamento de Educação, luciene@fc.unesp.br João Henrique de Paula Pereira, Departamento de Educação Física, jhppereira@hotmail.com. Lidieli P.Tardelli, Departamento de Educação Física, lidielli@gmail.com. Haliny M. Casado, Departamento de Educação Física, haliny_casado@hotmail.com. Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Bauru (SP)

O projeto desenvolveu-se primeiramente na Casa Amorós, no Bairro Ferradura Mirim em Bauru-SP, nos anos de 2007/2008, com o intuito de pesquisar a cultura dos participantes no que dizia respeito ao tempo de trabalho, de obrigações, tempo livre e o histórico de acesso deles ao lazer. Na extensão se atuou em prol do desenvolvimento sociocultural e educacional dos participantes por meio do Lazer-Educação. No ano de 2009, o projeto migrou para o Lar de Idosos Vila Vicentina em Bauru-SP, a fim de estimular a vivência do lazer através do Lazer-Educação e de desenvolver atividades educativas que promovessem a educação para o lazer. Em 2010, além de dar continuidade ao ano anterior, se desenvolvem as atividades de pesquisa e extensão no Lar dos Desamparados, da cidade de Bauru-SP, com o mesmo objetivo, o de compreender o significado do lazer para a saúde e educação dos moradores do Lar, desenvolver o lazer educação, estimular a iniciação científica e favorecer a formação dos licenciandos em Educação Física. São realizados estudos bibliográficos e documentais relacionados ao lazer, Lazer-Educação, lazer para a terceira idade e direitos humanos. As atividades extensionistas são desenvolvidas a partir dos grupos de interesses do lazer, de forma prazerosa, atendendo aos interesses de cidadão e de ser de natureza lúdica. As intervenções ocorrem uma vez por semana, durante três horas, sendo adaptadas de acordo com a limitação de cada participante; são realizadas aferições de pressão arterial. Pode-se observar que o tipo de atividade praticada pelos moradores do Lar no tempo livre, em sua maioria são direcionadas para o descanso (ócio) e trabalhos manuais voluntários. Os freqüentadores que voltam para suas respectivas casas no final do dia enxergam na atividade de lazer ou tempo livre, a oportunidade de se desenvolver, já os moradores do lar, entendem o lazer como distração e divertimento. Os resultados da extensão obtidos até o presente momento foram positivos por terem proporcionado mudanças significativas na maneira dos participantes, em todas as suas fases, refletirem sobre a temática do lazer e por estarem receptivos a mudanças de hábitos, assim como procurarem novas alternativas para aproveitarem melhor o tempo livre, por isso, a importância de se educar para o lazer. Um projeto dessa magnitude auxilia na formação dos discentes e dos participantes envolvidos, para uma melhor compreensão do fenômeno social lazer. No Lar dos Desamparados, os dados estão sendo analisados, mas, já se pode antecipar que estão sendo alcançando seus objetivos a contento. Palavras-chave: Lazer, terceira idade, saúde. 311


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Efetividade da ferramenta SAPO na condição intra-avaliador na avaliação da postura corporal Professora Doutora Liu Chiao Yi, docente do curso de fisioterapia, Unifesp-Campus Baixada Santista, liu. chiao@unifesp Nelson Azevedo da Silva Neto, aluno do curso de fisioterapia, Unifesp-Campus Baixada Santista, nneto. azevedo@hotmail.com Lucas de Macedo dos Santos, aluno do curso de fisioterapia, Unifesp-Campus Baixada Santista, lucasmacs@ hotmail.com Milena Carlos Vidotto Crescentini, docente do curso de fisioterapia, Unifesp-Campus Baixada Santista, milenavidotto@hotmail.com

Atualmente, vários métodos de avaliação da postura corporal são descritos na literatura. Dentre eles, o software de avaliação postural (SAPO) é uma ferramenta que apresenta de forma objetiva e quantitativa as alterações posturais, divulgada de forma ampla e gratuita. Neste contexto, para que o instrumento possa adquirir caráter mais confiável é necessário constatar a precisão do método intra-avaliador. Objetivo: Avaliar a efetividade da ferramenta SAPO intra-avaliador na avaliação da postura corporal. Material e Métodos: Foram avaliados 24 pacientes com desvio lateral da coluna vertebral acima de 25º, analisados pelo método de Cobb. Foram realizadas fotografias em vista anterior, lateral direito e esquerdo e posterior. Os pontos anatômicos foram marcados na pele, pela fixação de bolas de isopor com auxílio de fita adesiva dupla face, conforme descrito pelo tutorial do SAPO. Para análise, as fotografias foram enviadas para um computador que tenha instalado o programa SAPO. Os pontos sugeridos neste estudo foram analisados no tempo um (T1) e analisados novamente cinco dias depois, no tempo dois (T2) pelo mesmo avaliador. Resultados: A diferença relativa entre as médias das duas avaliações realizadas mostraram uma menor diferença nas variáveis: PPD (2%), ACFD (0%), ATTD (0%), ACFE (0%), ATTE (1%), DC7(1%), EC7(0%), DT3(0%), ET3(1%), DT7(1%), ET7(0%). Já os resultados da comparação, em médias, das duas medidas tomadas pelo mesmo observador pelo método t stundent mostrou uma confiança maior nas seguintes variáveis: EACE (74,7%), ITA (79,2%), ATTD (94,7%), EL4 (85,3%). Conclusão: Diante dos achados preliminares obtidos, há indícios que apontam para uma possível equivalência nas variáveis: ATTD (94,7%), EL4 (85,3%), ITA (79,2%), EACE (74,7%). Sugerimos estudos futuros com maior número de participantes para melhor avaliar a precisão do método intra-avaliador. Palavras-chave: fotogrametria, Software de Avaliação Postural, avaliação intra-avaliador

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Epidemiologia, Acuidade Visual e Ametropia de Crianças com Conjuntivite Alérgica Amélia Kamegasawa , depto OFT, ORL e CCP , FMB-UNESP, kameg@fmb.unesp.br Gustavo Iacomini Ida, graduando medicina, FMB-UNESP, gustavomed44@yahoo.com.br

Objetivo: Prevenção de ambliopia/cegueira nas crianças entre 3 e 12 anos portadoras de conjuntivite alérgica grave e persistente pela capacitação de profissionais com a finalidade de diagnosticar conjuntivite alérgica e suas diferentes formas para abordagem clínica apropriada e conduta adequada para a entidade. Material e métodos: Foram avaliados portadores de conjuntivite alérgica com idade entre 3 e 12 anos atendidos no Ambulatório de Doenças Externas quanto à idade, cor, sexo, procedência, antecedentes, sintomatologia, acuidade visual(AV), exame oftalmológico e tratamento. Resultados: De 479 pacientes atendidos no primeiro semestre de 2010, 15,24% eram portadores de conjuntivite alérgica.Destes 29 (33,73%) eram menores de 12 anos, sendo que 43,11% da amostra eram menores que 7 anos de idade. O tempo de evolução da doença variava de 4 meses a oito anos, em 15%, AV menor ou igual a 0,4. As queixas mais frequentes foram prurido (55,2 %), vermelhidão (51,7 %), seguido de ardor ( 31 %) e fotofobia (27,6%). Chamou nossa atenção que 10,34% dessas crianças apresentavam a medida ceratométrica no eixo mais curvo maior que 47,00 dioptrias, medida esta que indica alteração de curvatura de córnea compatível com ceratocone, ectasia corneana progressiva que cursa com alto astigmatismo ou até astigmatismo irregular causando queda da visão, citada na literatura como entidade associada a conjuntivite alérgica. Conclusão: Embora tenha crianças com acuidade visual comprometida, inclusive com ceratometria compativel com ceratocone observou-se que todas melhoraram com o tratamento composto por antialérgicos, lubrificantes, corticóide, mucolítico, antioxidante e crioterapia. É importante o esclarecimento da doença aos profissionais de saúde para melhor orientação dos familiares para maior adesão e melhor tratamento dos casos que são, normalmente, crônicos como a conjuntivite alérgica primaveril que acomete crianças menores. Palavras-chave: Conjuntivite Alérgica Cegueira

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Envelhecer Saudável: Cuidados de saúde na promoção da qualidade de vida dos idosos atendidos na unidade de Saúde da Família do bairro São José Daniela Andrade Roque¹, Pedro Paulo do Prado Júnior², Flávia Nunes Colen¹, Natália Rodrigues Santos¹ e Karine Pereira Chaves³ ¹Graduandas do 5º período do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa. ²Professor Mestre do Departamento de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa. ³Enfermeira do Departamento de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa. Daniela Andrade Roque (daniela.roque@ufv.br) Pedro Paulo do Prado Junior (Professor pedro.prado@ufv.br) Flávia Nunes Colen (flavia.colen@ufv.br) Natália Rodrigues Santos (natalia_rsantos@hotmail.com) Karine Pereira Chaves (karine.pereira@ufv.br).

Pesquisas têm demonstrado significativas taxas de transformação social, em que apontam o aumento da expectativa de vida e o crescimento da população idosa no Brasil e no mundo, o que exige uma metodologia participativa, que conduza responsabilidade social efetiva e envolva um conjunto de ações direcionadas de atenção aos idosos, como a utilização da Educação em Saúde de enfermagem. A intervenção na área da saúde do idoso através da extensão universitária tem como objetivo conscientizar, entreter, colaborar e engajar a população idosa na nossa sociedade ativa, formando uma ponte permanente entre a universidade e o setor de Saúde Pública no Brasil, integrando conhecimentos, valores e cultura na sociedade. O projeto “Envelhecer Saudável”, realizado com a população idosa atendida pela Unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro São José, no município de Viçosa-MG, pode ser visto como um processo social em curso, com ações responsáveis pelo incremento das condições de saúde através de adoção de hábitos saudáveis, mudança no estilo de vida, visando à cidadania e inserção social. As metodologias utilizadas para alcance desse e dos demais objetivos, até o presente momento, incluíram o diagnóstico de saúde dos idosos atendidos pela ESF e avaliação do perfil socioeconômico da população idosa através de 28 (vinte e oito) visitas domiciliares, 6 (seis) práticas educativas em grupo abordando temas sugeridos pelo público alvo e equipe de saúde da ESF, 1 (uma) oficina terapêutica abordando o tema “O Que é Envelhecer para você?” e 1 (um) teatro de promoção de saúde relacionado à Hipertensão Arterial e Diabetes. Observa-se que apesar de barreiras na estrutura dos serviços públicos de saúde para cumprimento de todas as metas do projeto, um dos pontos principais para a execução das atividades do projeto foi a receptividade da comunidade e da equipe de saúde da ESF. Entre os resultados alcançados incluem-se promoção e prevenção da saúde dos idosos atendidos pela ESF do bairro São José. Numa assistência integral à saúde do idoso pelo curso de Enfermagem da UFV, percebeu-se a valorização do idoso na comunidade, através de assistência de qualidade, ricamente recompensada pela adesão e efeitos de empoderamento no resgate de autonomia para essa população. Palavras-chave: Envelhecer; Enfermagem; Educação em Saúde 314


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Estudo da efetividade da avaliação postural intra-observador por meio do método qualitativo Tayla Perosso de Souza, tay_per@hotmail.com Laís Fernandes, lais_fernandess@hotmail.com Lucas de Macedo dos Santos, lucasmacs@hotmail.com Nelson Azevedo da Silva Neto, nneto.azevedo@hotmail.com Professor Prof. Dra. Liu Chiao Yi, liuchiaoyi@hotmail.com Universidade Federal de São Paulo

Introdução: A escoliose é uma deformidade da coluna vertebral estimada em 2 a 4% de todos os adolescentes entre 11 e 17 anos. Ela é caracterizada por uma flexão lateral associada a uma rotação da vértebra, responsável por uma diminuição da caixa torácica do lado convexo e um aumento no lado côncavo. Sabe-se que seu prognóstico depende da progressão da curva, por isso é realizado avaliação postural em vista anterior, sagital e posterior. Objetivo: Verificar a efetividade da avaliação postural intra-observador por meio do método qualitativo. Metodologia: Foram avaliados 27 pacientes (23 do gênero feminino e 4 do gênero masculino) de 11 a 17 anos com escoliose idiopática do adolescente. Foram excluídos pacientes com história de doenças cardíacas ou pulmonares, doenças músculoesqueléticas e neuromusculares de ordem sistêmica e gestantes. Os pacientes foram encaminhados pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santos, concordaram em participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo. As avaliações foram realizadas duas vezes pelo mesmo avaliador com um intervalo de cinco dias. Para isso, os pacientes usaram vestimenta de banho e se posicionaram atrás do simetógrafo em vista anterior e lateral esquerda.Resultados: Os resultados observados primeira avaliação foram : 40% com inclinação da cabeça para direita (D); 86% com ombros D mais elevados; 33% com rotação de tronco superior para D; 44% com as espinhas ilíacas antero superior alinhadas (EIAS) enquanto 14% apresentam a EIAS D mais elevada na vista anterior. Na vista lateral E foi observado que 100% apresentaram ombro protuso; 12% tiveram cifose torácica normal e 26% tiveram hipercifose; 62% tiveram lordose lombar normal enquanto 15% tiveram hiperlordose; 66% apresentaram pelve normal e 1% apresentou anteversão. Na segunda avaliação foi observado um índice de 55% com inclinação da cabeça para (D); 55% com ombros D mais elevados; 1% com rotação de tronco superior para D; 63% com as EIAS alinhadas enquanto 11% apresentam a EIAS D mais elevada na vista anterior. Na vista lateral E foi observado que 100% apresentaram ombro protuso; 33% tiveram cifose torácica normal e 1% teve hipercifose; 96% tiveram lordose lombar normal enquanto 1% teve hiperlordose; 100% apresentaram pelve normal. Conclusão: Não foi constatado resultado fidedigno da avaliação postural intra-observador por meio do método qualitativo.

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Estudo das alterações posturais em pacientes com escoliose idiopática do adolescente e ângulo de Cobb de 25 a 45 graus Laís Fernandes, lais_fernandess@hotmail.com Tayla Perosso de Souza, tay_per@hotmail.com Lucas de Macedo dos Santos, lucasmacs@hotmail.com Nelson Azevedo da Silva Neto, nneto.azevedo@hotmail.com Professor Prof. Dra. Liu Chiao Yi, liuchiaoyi@hotmail.com Universidade Federal de São Paulo

A escoliose idiopática do adolescente é uma deformidade tri-dimensional devido a inclinação lateral no plano frontal, rotação axial no plano transverso e alteração do alinhamento no plano sagital. Sua prevalência é de 2% a 3% dos indivíduos de 10 a 18 anos de idade, com progressão mais freqüente em meninas e instalação gradativa de alterações posturais. Objetivo:Identificar as principais alterações posturais e a flexibilidade em adolescentes com escoliose idiopática e ângulo de Cobb de 25 a 45 graus. Metodologia: Estudo observacional transversal, realizado na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos, localizada em Santos/SP. Amostra 7 indivíduos do sexo feminino, entre 10 a 18 anos de idade, que apresentam ângulo de Cobb entre 25 a 45 graus e que fazem o uso de colete ortopédico. Os participantes não realizaram nenhum tipo de intevenção fisioterapêutica prévia. Foram realizadas avaliações posturais na vista anterior, lateral direita, lateral esquerda e posterior para análise de segmentos corporais. Foram feitos testes de flexibilidade, no qual foi usado o teste de Schober modificado, distância dedo-solo e inclinação lateral. Resultados: Na avaliação postural as principais alterações foram: 57,14% ombro direito elevado, 42,85% rotação de tronco inferior, 57,14% espinha ilíaca ântero superior direita elevada, 100% de anteriorização de cabeça, 85,14% de retificação da lordose cervical, 71,42% cifose torácica retificada, 100% e 71,42% de ombro direito e esquerdo protraídos respectivamente, 42,85% de hiperlordose lombar, 85,71% de abdome protuso, 71,42% de anteversão pélvica, 100% e 85,14% de escápula direita e esquerda alada respectivamente e 100% de escápula abduzida. Nos testes de flexibilidade foi encontrada uma média de 14 cm para distância dedo-solo, 18,45 cm para teste de Schober e 45 cm para inclinação lateral direita e 43,75 cm para a inclinação lateral esquerda. Conclusão: As principais alterações posturais apresentadas foram anteriorização de cabeça, retificação da coluna cervical e torácica, ombros protraidos, abdução de escápula, escápula alada e abdômen protuso. Os testes de flexibilidade aplicados são destinados a detectar restrições grosseiras da movimentação da coluna distal, sendo que apenas o teste de Schöber apresentou diminuição de 1, 55 cm na medida mínima ideal. Palavras-chave: escoliose - postura - flexibilidade

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Extensão e pesquisa em Jaboticabal SP: esterilização canina e felina como ferramenta no controle reprodutivo de animais errantes e indesejáveis Jeffrey Frederico Lui, Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, jeffrey@fcav.unesp.br Paulo Antonio Tosta, Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP, patosta@fcav.unesp.br Pâmela B. Catundi, Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP, kibizinha@yahoo.com.br Fabiana A. Voorwald, Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, voorwald@gmail.com Marco A. M. Silva, Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, silvamam@gmail.com

Hoje em dia o excesso de animais das espécies canina e felina nas cidades está causando transtornos à população, como riscos com acidentes por mordeduras, arranhaduras, transmissão de zoonoses, atropelamentos e, conseqüentemente, prejuízos para a saúde pública. O presente trabalho tem como objetivo o controle populacional de caninos e felinos errantes ou cujos proprietários são de baixa renda, constituindo-se numa ferramenta eficiente e definitiva na esterilização dessas espécies no Município de Jaboticabal, além de auxiliar na detecção de enfermidades reprodutivas, doenças sexualmente transmissíveis e patologias como doenças parasitárias, infecciosas, nutricionais e traumáticas. O projeto em contínuo desenvolvimento colabora com trabalhos de pesquisas, com o fornecimento de material biológico e informações epidemiológicas. As esterilizações em fêmeas são por ovariohisterectomia e em machos por orquiectomia. Os animais são examinados clinicamente e submetidos ao pré-cirúrgico com relaxantes musculares e, posteriormente à anestesia para a cirurgia. Após o procedimento os animais recebem antibiótico de longa duração e recomendações pós-operatórias. O presente programa colabora com as pesquisas propiciando a avaliação da dor pós-operatória à resposta inflamatória sistêmica e do estresse ocasionado nos animais submetidos a ovariohisterectomia por laparoscopia e método convencional; a análise histológica e morfométrica do aparelho reprodutivo; a identificação de patógenos como erlichias e leptospiras e a identificação de antígenos correlatos. Também a imunolocalização e quantificação de fatores de crescimento IGF-I e EGF em ovários e seus efeitos sobre a maturação in vitro de oócitos e avaliação nuclear, além da imunolocalização e quantificação de proteínas no trato reprodutivo de cadelas submetidas à esterilização nas diferentes fases do ciclo estral. De julho de 2007 a agosto de 2010, 2.331 animais foram esterilizados cirurgicamente, sendo que desses, 69,4% eram fêmeas. A espécie canina representou 55% dos animais esterilizados, sendo que 78,2% foram de fêmeas desta espécie. A média de esterilizações no período de 37 meses foi de 63 animais por mês. O trabalho em desenvolvimento tem contribuído com o controle populacional de caninos e felinos em Jaboticabal e atende principalmente a população que normalmente não tem acesso às clínicas veterinárias, sendo bem aceito pela sociedade. Além disso, a classe acadêmica tem se beneficiado no aperfeiçoamento da arte da cirurgia e no desenvolvimento de pesquisas científicas. Palavras-chave: Castração, Controle reprodutivo, Esterilização. 317


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“Fisioterapia Aquática na Gestação” Elisa Bizetti Pelai - elisa_li@hotmail.com Priscila Pagotto - pripagotto@hotmail.com Lara Nery Peixoto - larinha-peixoto@hotmail.com Ceres Elena Petucco Melchiori - ceres_simperial@hotmail.com Edna Maria do Carmo -ednamaria_carmo@hotmail.com Fisioterapia FCT, UNESP - Presidente Prudente-SP, Brasil

INTRODUÇÃO: Na gestação ocorrem adaptações fisiológicas necessárias para o desenvolvimento do concepto, parto e amamentação que são observadas no sistema endócrino, digestório, respiratório, cardiovascular, linfático e músculo esquelético, que provocam dor, alterações posturais, na marcha, no estado emocional, aumentam o risco de quedas e limitar as atividades diárias da gestante, alterando assim a qualidade de vida das gestantes. A fisioterapia aquática utiliza de efeitos físicos advindos da imersão do corpo em água para auxiliar na reabilitação de alterações funcionais, reduzindo tensão muscular e produzindo relaxamento. OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida de gestantes inseridas no projeto de extensão fisioterapia aquática, da FCT/UNESP. METODOLOGIA: O programa de exercícios aquáticos foi realizado em piscina coberta com temperatura de 32 a 34 graus, duas vezes por semana por 50 minutos, divididos em aquecimento, alongamento, fortalecimento e relaxamento. Antes da sessão eram verificados os sinais vitais de pressão arterial, freqüência cardíaca e respiratória, saturação oxigênio e escala de Borg, para desconforto respiratório e cansaço de membros inferiores. Participaram do projeto 52 gestantes com idade média de 27,5 anos e idade gestacional média de 25 semanas. As gestantes foram avaliadas na primeira e última sessão, que foi realizada antes do parto, respondendo ao questionário de qualidade de vida SF-36, dividido em 36 itens agrupados em oito domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental, e os resultados obtidos através da média das respostas do questionário. RESULTADOS: Foram realizadas uma média de 18 sessões. Houve uma redução de 80% dos sintomas de falta de ar e cansaço em membros inferiores ao final da sessão, quando comparados ao início da mesma. Os resultados do questionário de qualidade de vida mostram que no domínio capacidade funcional, a média inicial e final foram respectivamente de 65,4, 66,3, nos aspectos físicos, as médias foram de 40/ 55,5. Os domínios saúde mental, aspectos sociais e emocionais não apresentaram alterações. Com relação ao estado geral de saúde, a pontuação média inicial e final foi de 72,4, 75,4 pontos, no domínio da dor a média inicial e final foram 48,5/ 58,4. Com relação à vitalidade a média inicial e final foi de 51,9/ 70,3. CONCLUSÃO: A fisioterapia aquática melhorou a qualidade de vida das gestantes nos domínios da vitalidade, da capacidade funcional, quadro álgico, dos aspectos físicos e do estado geral de saúde. Palavras-chave: Gestação. Qualidade de vida. Hidroterapia.

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Fonoaudiologia e Educação: uma Proposta Interdisciplinar Raquel de Aguiar Furuie - raquelfuruie@gmail.com - Docente, Unifesp Clara Regina Brandão de Ávila - clara.rbrandao@gmail.com - Docente, Unifesp Caroline Fernandes Limacarolzinha_flima@hotmail.com - Acadêmica Fonoaudiologia, Unifesp Noêmia Caroline de Souza - bjorgesouza@terra.com.br - Acadêmica Fonoaudiologia, Unifesp

INTRODUÇÃO :A extensão universitária é um dos meios de interação da universidade com a comunidade. Nesta perspectiva, este projeto se propôs a trabalhar com uma instituição de Educação Infantil, para trocar experiências que possibilitem qualificar o trabalho pedagógico, quanto a habilidades de linguagem e audição, fundamental para o aprendizado do princípio alfabético. A criança em idade pré-escolar desenvolve e aprimora suas capacidades comunicativas mediadas pela linguagem oral, cujos subsistemas semântico-lexical, morfológico, fonológico e sintático, que devem ser monitorados devido às relações que apresentam com o posterior aprendizado da leitura e da escrita. A aquisição e desenvolvimento dessas representações fonológicas envolvem a recepção, o armazenamento categorizado e a produção dos sons que constituem a palavra. Portanto, quanto maior o vocabulário adquirido, maiores as chances de obter um sistema de representação dos sons lingüísticos estável, equilibrado e simétrico, possibilitando que a associação fonema-grafema aconteça de forma tranqüila e equilibrada. OBJETIVOS: - Proporcionar ao estudante a vivência de um trabalho interdisciplinar, com o intuito de habilitá-lo a programar e executar ações de promoção de saúde da comunicação. - Atuar como intervenção educativa, ampliando o compromisso social da universidade com a comunidade. METODOLOGIA: Este projeto desenvolveu-se de maneira participativa, aproximandose da metodologia da pesquisa-ação, caracterizada pela participação de todos os envolvidos em todas as etapas do processo, na busca de solução para um problema comum. Foram realizadas as seguintes atividades: reuniões para esclarecimentos com educadores e pais, triagem de linguagem e do processamento auditivo, identificação e encaminhamento das crianças com alterações significativas e oficinaspara discutir atividades de estimulação das habilidades auditivas e de linguagem. IMPACTO ACADÊMICO : O contato do estudante com crianças de 05 a 06 anos, seus professores e coordenadores permitiu a troca de conhecimentos e possibilitou o desenvolvimento de habilidades no uso de ferramentas de desempenho no papel profissional, no que diz respeito à linguagem e audição. IMPACTO SOCIAL : Foi realizada a avaliação fonoaudiológica de 71 crianças. A discussão dos casos com os professores permitiu instrumentalizá-los para a observação e a estimulação do desenvolvimento de audição, fala e linguagem,aspectos importantes para a alfabetização.As dúvidas e preocupaçõesforam discutidas e complementadas com os dados da avaliação, permitindo uma ação integrada em benefício das crianças. Palavras-chave: linguagem,audição, alfabetização.

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Fisioterapia no Programa Saúde da Família: proposta de atuação voltada para a atenção básica em saúde Renilton José Pizzol (Docente), FCT, UNESP, renilton@fct.unesp.br et alli

A fisioterapia como profissão e/ou área de conhecimento sempre foi identificada no Brasil com os procedimentos de reabilitação nos seus vários campos de especialização e mesmo os avanços curriculares ocorridos na década de 1980 com a implantação de disciplinas com objetos de estudo voltados à atenção primária preventiva não foram suficientes para transformar a prática fisioterapêutica, e por isso a concepção inicial predominante permaneceu. No entanto a implantação do SUS e o reconhecimento desse modelo como hegemônico no atendimento em saúde e a mudança do perfil etário e epidemiológico da população brasileira tornam premente que o discurso e a prática fisioterapêuticos sejam rediscutidos no sentido de proporcionar uma abertura do campo de conhecimento e de atuação do fisioterapeuta em direção à lógica social do SUS. Esse projeto tem como pano de fundo tais premissas e tem proporcionado ao aluno uma possibilidade de atuar na comunidade de maneira mais direta ao participar do programa saúde da família e de aprofundar o conhecimento na fisioterapia coletiva e no entendimento do processo saúde-doença não apenas como processo biológico, mas também social. Além disso, vem estimulando a prática da fisioterapia em comunidade de pessoas carentes que tem dificuldade de acesso aos serviços de fisioterapia na cidade associando então ensino/pesquisa (aprofundamento no campo da fisioterapia coletiva) e extensão (atuação fisioterapêutica diretamente na comunidade). Esse projeto tem sido desenvolvido junto ao programa da Estratégia de Saúde da Família do Jardim Morada do Sol e Jardim Belo Galindo em Presidente Prudente-SP e está sendo organizado de acordo com as necessidades apresentadas pela comunidade. Assim de acordo com a demanda observada dois focos de ações fisioterapêuticas foram propostos: atuação coletiva, baseada em um programa de atividades físicas em grupo (que inclui alongamento e fortalecimento musculares, caminhadas, relaxamento e educação em saúde) para as pessoas moradoras no local (com agravos de saúde ou não) e atuação individualizada domiciliar, baseada em procedimentos fisioterapêuticos específicos, voltada para pessoas com agravos crônicos (acamados e incapacitados de locomoção). Em decorrência da atuação tem-se observado: um envolvimento e troca de experiências e dificuldades comunidade-fisioterapeuta, um aumento constante no número de pessoas atendidas e uma satisfação da comunidade e da equipe do PSF com o trabalho desenvolvido pela Fisioterapia, permitindo aos acadêmicos e docentes de Fisioterapia envolvidos com esse projeto o desfrute da experiência sempre desafiadora da atenção básica em saúde. Palavras-chave: Fisioterapia, PSF, Atenção básica em saúde.

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Hidroterapia no tratamento de mulheres portadoras da síndrome da fibromialgia Rayana Loch Gomes, UNESP- rayana.loch@hotmail.com Juliana Melque, UNESP - julianamelque@hotmail.com Camila Morano dos Santos,UNESP - kmorano17@hotmail.com Maria Rita Masselli - mrm@fct.unesp.br Universidade estadual paulista “Júlio de Mesquita Filho” FCT- Presidente Prudente A fibromialgia é uma síndrome reumática de etiologia desconhecida que acomete principalmente mulheres, caracterizada por dor músculoesquelética difusa e crônica, bilateral no corpo, que apresenta hipersensibilidade dolorosa a dígito pressão em locais específicos do corpo, denominados tender points, bilaterais e em número de 18. A palpação dos tender points resulta em dor localizada ou irradiação dolorosa no trajeto do músculo acometido seguindo o sentido da periferia. A síndrome é caracterizada por dor aguda a palpação de pelo menos 11 dos 18 tender points a 4 kg de pressão digital. A síndrome é caracterizada principalmente pela dor músculoesquelética difusa, que pode se instalar de forma generalizada ou em uma área determinada, envolvendo regiões abaixo e acima da cintura, coluna vertebral e membros, tornando-se crônica quando persistir a um período superior a três meses. Esta é associada freqüentemente a distúrbios do sono, fadiga, cefaléias crônicas e distúrbios psíquicos e intestinais funcionais. Os objetivos dessa pesquisa são: avaliar a intensidade da dor, a qualidade de vida (capacidade funcional), o impacto da fibromialgia, a flexibilidade e o número de “tender points” através da escala numérica de dor, Questionário de Qualidade de Vida SF-36, Questionário de Impacto da Fibromialgia (QIF), teste terceiro dedo-solo e da palpação dos “tender points”, respectivamente. Após as avaliações têm início o programa de hidroterapia. O tratamento é realizado em piscina aquecida, através de sessões de exercícios aquáticos realizados duas vezes por semana, com duração de uma hora. As sessões são divididas em: aquecimento, alongamento, atividade aeróbica, fortalecimento e por último relaxamento. Paralelamente ocorre um trabalho de psicoterapia, realizado com reuniões uma vez por semana com duração de uma hora. A realização do tratamento na piscina tráz ótimos resultados. Na água exercícios que são difíceis de serem realizados no solo se tornam fáceis; a água por ser aquecida melhora a circulação periférica e ajuda no relaxamento; a manutenção do exercício leva a um condicionamento físico e muscular progressivo e garante gradativamente a redução da fadiga e do cansaço, diminuindo conseqüentemente as alterações do sono, características dessa síndrome. Na palpação prévia dos tender points foram detectados uma média de 14 pontos e, após 04 meses de tratamento foram confirmados uma média de 15 pontos. Podemos considerar que não houve melhora significativa neste aspecto. No Questionário de Impacto da Fibromialgia (QIF) foi observada anteriormente a média de 8,5 e passou para 5,18, sendo 10 o número máximo de pontos, considerada a pior situação. Na escala numérica de dor apresentou anteriormente média de 8 e passou para 7, sendo 10 a pior pontuação possível. Durante a avaliação de flexibilidade pelo teste terceiro dedo-solo as pacientes apresentaram anteriormente uma média de 28 cm e passou para 24 cm, sendo que o normal é tocar o solo com a ponta do terceiro dedo, ou seja, 0 cm. O Questionário de Qualidade de Vida SF-36, no domínio capacidade funcional, apresentou anteriormente média de 54,8 e passou para 55, sendo o máximo 100, considerando a melhor qualidade de vida. Portadoras da síndrome de fibromialgia sofrem de dor generalizada, rigidez matinal, alterações no padrão de sono e baixo nível de disposição, os quais acarretam prejuízos no desempenho das suas atividades de vida diária. Porém quando tratadas na hidroterapia as pacientes relatam diminuição de todos esses sintomas. Em conclusão, houve uma pequena melhora ao final de quatro meses, com redução da sintomatologia dolorosa. Entretanto, como o programa é continuado, esperamos que na reavaliação final, os índices revelem uma melhora mais significativa e conseqüentemente melhor qualidade de vida das pacientes. Palavras-chave: Fibromialgia, hidroterapia, qualidade de vida. 321


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Idade e o Peso Corporal Influem no Cuidado à Saúde e no Estilo Devida? Um Estudo de Caso Marcy Garcia Ramos, FEF, UNICAMP marcy@fef.unicamp.br Mariângela Gagliardi Caro Salve, FEF, UNICAMP, gagliardi@fef.unicamp.br Aguinaldo Gonçalves, UNICAMP, aguinaldo@fef.unicamp.br

Segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde políticas públicas precisam ser construídas evidenciando a atividade física para uma vida mais saudável e com qualidade. De acordo com Gonçalves (2006) qualidade de vida diz respeito à maneira como as pessoas vivem e compreendem seu cotidiano: refere-se à saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e envolvimento nas decisões que lhes dizem respeito e determinam como se vive o mundo. Considera-se a saúde como a resultante do gerenciamento adequado das áreas emocional, física, profissional, intelectual e espiritual. Como bem lembra Guiselini (1996) a idéia de qualidade de vida e bem-estar estão intimamente relacionadas ao contexto da aptidão física. A busca pela saúde melhor é o desafio dosque abandonam a vida sedentária frente sobretudo ao trabalho de resistência muscular. Detalhamos neste estudo a prática de atividade física, tendo como enfoque a resistência muscular localizada desenvolvida, através do curso de extensão universitária na FEF/Unicamp, desde 2002. Nesse contexto, avalia-se a eventual influência da idade e IMC (índice de massa corporal) sobre a atualização do exame médico periódico e no hábito de tabagismo, dentre uma série de variáveis de saúde (estilo de vida, estado de saúde e percepção geral de saúde). As participantes foram 243 mulheres, com média de idade de 27,1 anos. Os resultados obtidos permitem concluir as pessoas com idades mais avançadas predominam na atualização do último exame médico periódico em grau intermediário (37,8%) e sem distribuição preferencial quanto a adoção ou não de tabagismo (29,3% - 27%). O IMC não influiu sobre nenhuma das duas variáveis dependentes. O estudo indica que com a prática constante da atividade física, a pessoa passa a desconsiderar a avaliação da saúde através de exames médicos, talvez com a pseudo-sensação de segurança de que já lhe tornasse atendida a saúde física e mental. Palavras-chave: atividade física, estilo de vida, saúde.

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Impacto Universitário na Prevenção do Tabagismo em Idosos Fumantes Everton Luiz dos Santos, centro, Universidade Guarulhos. elsantos@ung.br Roseli Cordeiro A. Morais, centro, Universidade Guarulhos. rcmorais@prof.ung.br Renato Pereira da Costa, centro, Universidade Guarulhos. rpcosta@prof.ung.br Ana Maria Gonçalves Carr, centro, Universidade Guarulhos. acarr@prof.ung.br

Introdução. Durante o processo de envelhecimento, as mudanças associadas ao avanço da idade são altamente específicas para cada indivíduo, produzindo alterações fisiológicas, biológicas e psicológicas, que quando associados a hábitos e estilos de vida não saudáveis, podem desencadear diversos tipos de problemas à saúde. Um destes problemas associado é o tabagismo, que é reconhecido como a principal causa de morte evitável no mundo, sendo o único agente que não sendo bactéria e nem vírus adquiriu características epidêmicas devido aos malefícios que causa à população. Objetivo. Traçar o perfil tabagístico dos idosos, identificando se o número de cigarros, tempo de fumo e o grau de dependência nicotínica influenciam na cessação do tabagismo. Metodologia. Estudo transversal, retrospectivo documental realizado com pacientes idosos participantes do programa PrevFumo, Projeto de Extensão Universitária da Universidade Guarulhos (UnG), no período de junho de 2006 a junho de 2008. Foi utilizado para o grau de dependência nicotínica o Questionário de Tolerância de Fagerström, que identifica a magnitude de dependência da nicotina. Resultados. Estudo realizado com levantamento de dados de 162 prontuários de idosos, que apresentavam idade média de 66 anos, com prevalência 61% de mulheres. Dos idosos 52% continuam trabalhando, 22% realizam atividades no lar e apenas 26% são aposentados. Em relação ao grau de instrução 15% eram analfabetos,11% tinham ensino fundamental, 24% ginásio, 28% superior incompleto e 22% superior completo, independente da escolaridade os idosos fumavam em média 25±4 cigarros/dia. Quando analisado o motivo para o início do hábito tabagístico, havia um consenso por influência de familiares, amigos e mídia de época. Os idosos fumavam ha mais de 46 anos e apresentavam grau de dependência nicotínica elevada. Para combater a síndrome da abstinência, 60% utilizaram terapia de reposição de nicotina, 40% utilizaram antidepressivo por indicação médica. Quando analisado o resultado de sucesso na cessação do tabagismo observou-se que 76% dos idosos pararam de fumar. Conclusão. Os idosos em sua maioria do sexo feminino, com idade média de 66 anos de idade, fumando em média 25 cigarros/dia. O número de cigarros, tempo de fumo e o grau de dependência nicotínica não influenciaram na cessação do tabagismo, já que 76% dos idosos pararam de fumar. A cessação do tabagismo é o meio mais econômico para prevenir doenças tabacorelacionadas em idosos. Palavras-chave: Tabagismo, envelhecimento, dependência nicotínica.

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Implantação de um serviço de Terapia Ocupacional: Treinamento de mães para estimulação do desenvolvimento infantil Rosana Ap. S. Rossit, Departamento de Saúde, Educação e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, rorossit@hotmail.com Natália Ramalho Putini, Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista, nathi_ramalho@ hotmail.com Vivian de Gouvêia e Silva, Universidade Federal de São Paulo-Campus Baixada Santista, viviangouveia@ rocketmail.com Talita GomesUniversidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista, sininho_to@yahoo.com.br et alli

As vivências ao longo dos primeiros anos de vida de uma criança são fatores determinantes para o processo de formação e desenvolvimento. A carência ou inadequação dos estímulos nesta fase torna-se um importante fator de risco ao desenvolvimento infantil, podendo ocasionar atrasos irreversíveis. A avaliação e orientação para a estimulação infantil são procedimentos importantes para favorecer o desenvolvimento da criança hospitalizada, a fim de minimizar os impactos causados por condições adversas ao nascimento e às condições de saúde-doença. O ambiente adequado para um desenvolvimento saudável é o lar, entretanto o processo de adoecimento pode demandar a internação hospitalar. No momento em que esta criança se encontra fora de casa, ocorre uma ruptura do cotidiano e a criança vive uma situação desconhecida. Neste contexto, o terapeuta ocupacional tem como função facilitar o vinculo mãe-bebê e instrumentalizar a mãe nos cuidados com o seu filho, ou seja, ajudá-la a compreender as condições e necessidades de seu filho, sentindo-se orientada, capaz e comprometida com a sua saúde. Além de colaborar para que a mãe se sinta segura quanto ao manuseio, posicionamento, higiene e alimentação de seu filho apesar deste estar com tubos, sondas e fios.A avaliação do desenvolvimento e das necessidades da criança, assim como, identificar as necessidades de seus acompanhantes caracterizam-se como ações essenciais para proporcionar uma melhor qualidade de vida à criança e seu acompanhante durante o período de hospitalização. Durante a atividade terapêutica com crianças pequenas, são treinados a estabilidade postural e movimentação do bebê através da qualidade do desempenho (como força, resistência e coordenação) para alcançar objetivos como controle de cabeça, girar o tronco, inclinar-se de forma equilibrada, sentar-se, rastejar ou ficar em posição de gato, ficar em pé. O objetivo do projeto é avaliar o desenvolvimento infantil e treinar as mães para a estimulação das crianças. Este serviço ocorre uma vez por semana no Setor de Pediatria/SUS da Santa Casa da Misericórdia de Santos, com duração aproximada de 30 minutos para cada dupla mãe-bebê. A equipe de trabalho percorre os quartos que acomodam os bebês aplicando suas ações com o objetivo de sensibilizar as mães sobre a importância da estimulação, durante o cuidado diário, para favorecer o desenvolvimento infantil. O projeto atendeu desde seu inicio 117 crianças e 127 acompanhantes. O projeto cria oportunidades reais de aprendizagem, de desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para o trabalho em equipe e para a atuação no contexto hospitalar infantil. Palavras-chave: Treinamento, Estimulação, Hospitalização 324


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Implantação de um serviço de Terapia Ocupacional na pediatria da Santa Casa de Santos: Projeto “Era uma vez...” Rosana Ap. S. Rossit, Departamento Saúde, Educação e Sociedade, rorossit@hotmail.com Rafael Garcia Barreiro, - Campus Baixada Santista, rgbarreiro@gmail.com Mariane Mendonça de Araújo, Campus Baixada Santista, mendoncamariane@yahoo.com.br Gabriela Gallacini Prado, Campus Baixada Santista, gabiroba19@yahoo.com.br Natália Serra Oliveira, Campus Baixada Santista, nathalia.serra@yahoo.com.br Universidade Federal de São Paulo

O projeto tem como objetivo criar um espaço alternativo no ambiente hospitalar para o desenvolvimento de atividades lúdicas às crianças e seus acompanhantes na enfermaria pediátrica da Santa Casa de Santos. A situação de doença e hospitalização da criança e seu acompanhante provocam tristeza e sofrimento em relação ao afastamento temporário da vida familiar e cotidiana, decorrente de tratamentos e experiências nem sempre prazerosas vivenciadas no ambiente hospitalar. Com uma proposta de humanização desse ambiente, diversas atividades lúdicas foram desenvolvidas, no sentido de proporcionar momentos de descontração e divertimento à criança hospitalizada e seu acompanhante, na tentativa de trazer uma situação mais agradável durante algumas horas do período de internação sobrepondo os aspectos relacionados à doença e ao sofrimento físico e emocional. A equipe de trabalho, composta por alunos do curso de Terapia Ocupacional, é responsável pela condução das atividades, sempre contando com a presença do coordenador do projeto. Contar histórias, dramatização por meio de teatro, fantoches, gravuras ilustrativas, confecção de brinquedos, máscaras e escultura com bexigas são exemplos de algumas das atividades selecionadas para o contexto hospitalar. Todos os materiais a serem utilizados são cuidadosamente selecionados e analisados, no sentido de evitar a contaminação e/ou o risco de acidentes com a população infantil. Os encontros, para o desenvolvimento do projeto, ocorrem uma vez por semana, com duração de duas horas. A equipe de trabalho é dividida em trios que percorrerem cada um dos doze quartos, apresentando-se como alunos da UNIFESP, expondo rapidamente a atividade programada e consultando os presentes quanto ao interesse em participar. O ambiente do quarto é adaptado, posicionando as crianças e acompanhantes de forma a poderem visualizar o grupo proponente da atividade e poderem participar. Uma média de 45 crianças e mais 45 acompanhantes são atendidos em cada semana. Os resultados mostram a mudança de comportamento das crianças e acompanhantes a partir do momento que a equipe de trabalho chega, cantando, se relacionando com os que estão pelos corredores e quartos. Durante e após a atividade percebe-se a alegria, a descontração, o envolvimento com a atividade e com o produto confeccionado para ser deixado com cada participante, contribuindo assim para a transformação social. Esses produtos são máscaras, dobraduras, escultura em bexiga, bexigas desenhadas derivados da história contada. Além disso, o projeto tem proporcionado a oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de competências, aos alunos, para o trabalho em equipe na atuação hospitalar. Palavras-chave: Humanização, Hospital, Pediatria. 325


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Interdisciplinaridade na Reeducação de Obesos José Cândido Cheque de Moraes, Universidade Guarulhos, jmoraes.prof.ung.br Celia Mary Vaz Nascimento, Universidade Guarulhos, cmary@ung.br Karina Calegari, Universidade Guarulhos, kcalegari@prof.ung.br Lúcia Leal de Mattos, Universidade Guarulhos, kcalegari@prof.ung.br

A Obesidade é hoje um dos maiores problemas de saúde pública e uma das doenças crônicas não transmissíveis que, epidemiologicamente, mais cresce em todo mundo. Para Cavalcanti, Dias e Costa (2005), a obesidade é considerada uma epidemia mundial necessitando de controle imediato. No Brasil, dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN) de 1989 mostram que o índice de obesidade na região Sudeste já era de 10,5%. Dados mais recentes e regionalizados da população brasileira demonstram que a prevalência de obesidade grau I (IMC de 30 a 34,9kg/m2) em pacientes (idade entre 50 a 70anos) atendidos no município de Campinas - SP é de 47%, a prevalência para a obesidade grau 2 (IMC de 35 a 39,9kg/m2) é de 13% e de obesidade grau 3 (IMC ≥ a 40kg/m2) é 7%. Cabe ainda destacar que a maior prevalência foi encontrada nas mulheres (84,4%). Esses dados e considerações motivaram para desenvolver um estudo mais sistematizado com um desses grupos de pessoas, para investigar a atuação interdisciplinar no comportamento alimentar das mesmas. Julga-se valer a pena tentar, de alguma forma, ajudá-las a enfrentar a problemática da obesidade, mediante uma ação interdisciplinar. O problema da obesidade é multifatorial, além de envolver aspectos psicológicos (cognitivos e emocionais), deve ser abordado também por áreas integradas, quais sejam, a Educação Física e a Nutrição. A Educação física preocupou-se em investigar os hábitos ligados às atividades físicas dos sujeitos, com o objetivo de corrigi-los, orientá-los e incentivá-los para a sua prática regular, assim, levou ao aumento do gasto calórico, que resultou na melhora da condição física e tônus muscular. A Psicologia fez uso da Abordagem Cognitivo Comportamental, enfatizando mudança na forma de pensar e se comportar quanto aos hábitos alimentares. A Nutrição trabalhou o guia alimentar da população brasileira, enfatizando os grupos de substâncias alimentares, seu porcionamento, a quantidade de porções, números e horário das refeições e a mastigação. Os resultados apontam para a eliminação de peso em 80% dos participantes do grupo (Grupo Obesidade Atendimento Multidisciplinar - GOAM do Programa de Ação Docente Discente Assistencial Comunitário - PADDAC, UnG).Concluindo assim, a importância da atividade multidisciplinar para motivar as pessoas a não só eliminarem o excesso de peso, mas se manterem de tal forma educadas a buscarem cardápios mais equilibrados, pensamentos mais adequados com relação a si mesmos e de alguma forma menos sedentários. Portanto, de modo geral, os participantes da pesquisa passaram a apresentar pensamentos e comportamentos mais adequados frente à autoalimentação. Palavras-chave: Obesidade, Psicologia, Nutrição 326


Saúde

Lazer e Recreação como ferramenta para o bem-estar na terceira idade CUSTÓDIO, Vagner Sérgio., vagnerunesp@hotmail.com BUENO, Natalia Seneda Cunha., senedanatalia@gmail.com SETE, Patrícia Karina., patricia.ks90@gmail.com OLIVEIRA, Renata Moreira de., renatinha_823@hotmail.com Campus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista

O projeto de extensão denominado UNATI (Universidade Aberta para Terceira Idade), financiado pela PROEX (Pró-reitoria de Extensão Universitária), tem por objetivo inserir a comunidade local da terceira idade do município de Rosana-SP na Universidade, oferecendo aos mesmos diversos cursos que proporcionam melhores condições de aproveitamento da melhor idade. Sabe-se da importância do lazer para a terceira idade, uma vez que atividades com este intuito motivam as relações sociais e conseqüentemente um processo de maior integração entre as pessoas, além da melhora da saúde física e mental dos mesmos. Visando ainda o bem-estar do nosso público alvo, as atividades programadas de recreação têm como intuito facilitar a adaptação dos alunos em questão às mudanças sociais decorrentes da velhice, procurando assim motivá-los a se interessar por um novo estilo de vida em busca de melhores condições sociais, psicológicas e biológicas. Sendo assim, este curso dá a oportunidade às pessoas com mais de 50 anos de idade do município a se manterem fisicamente e mentalmente ativos, tornando-se mais saudáveis, otimistas e reintegrados na vida social. Objetivando aumentar a flexibilidade muscular que é comprometida na terceira idade, são elaboradas atividades de alongamento. Uma vez que nesta faixa etária o corpo apresenta-se mais limitado a atividades físicas e conseqüentemente menos flexível, é aplicado aos alunos danças e atividades aeróbicas como forma de movimentar praticamente todos os membros do corpo, sendo assim atividades bem completas, proporcionando aos mesmos uma superação dos limites físicos, uma maior integração entre o grupo, a desinibição e ainda a coordenação. Decorrente do processo de envelhecimento tem-se a perda da memória. Logo, atividades com o intuito de exercitar a mente, a concentração, a agilidade e a criatividade dos alunos são desenvolvidas, bem como dinâmicas com o objetivo de sociabilização e de desenvolvimento das percepções relacionadas a tato, visão e audição. É ainda passado aos alunos filmes de motivação, pois como já foi dito, um dos objetivos do curso é justamente incentivá-los a não perderem o interesse pelo novo estilo de vida, continuando a se beneficiarem com sua eficiência. Portanto, percebe-se que as atividades decorridas no curso são diversificadas, atraentes, divertidas, sem estimulação a atividades competitivas, e que respeitam os limites de cada indivíduo, promovendo em vista disso uma motivação a prática mental e física aos alunos da terceira idade, de modo que eles tenham suas atividades menos afetadas por doenças crônicas inexoráveis desta faixa etária. Palavras-chave: Bem-estar, Saúde, Terceira Idade. 327


Saúde

Levantamento diagnóstico da saúde materno-infantil em São Benedito do Rio Preto - Maranhão Elisama Silva de Oliveira, Dep. de Medicina, UNITAU, elisama_silva@hotmail.coml Mario Celso Peloggia (docente), Dep. de Odontologia, UNITAU, mario.peloggia@terra.com.br Renan de Araújo, Dep. de Odontologia, UNITAU, rda_renan@hotmail.com Relber Aguiar Gonçales, Dep. de Biologia, UFPEL,relbergoncales@hotmail.com Pavel Silva de Oliveira, Dep. Medicina, UNITAU, Pavel@r7.com

O presente relato de pesquisa expõe um trabalho de extensão realizado em parceria UNITAU - Projeto Rondon entre 10 a 26/07/2010, em São Benedito do Rio Preto - Maranhão. O trabalho realizou um levantamento diagnóstico da saúde materno-infantil neste município utilizando dados do Caderno de Informações de Saúde (DATASUS), questionários estruturados para mães (referente aos nascimentos julho de 2009 - junho de 2010) e informações dos funcionários do setor de saúde. O levantamento de campo foi realizado pelos agentes comunitários, totalizando 80 questionários distribuídos em 25 bairros. Observou-se que 95% das mães realizaram pré-natal, 56,25% das gestações tinham exames ultrassonográficos, 93,75% das crianças receberam aleitamento materno, 65% das mães ofertaram leite materno por pelo menos 6 meses, 90% das mulheres usaram ácido fólico no pré-natal e 81,25% dos partos foram por via vaginal. Notou-se uma porcentagem significativa (56,67%) de anemia durante a gravidez, baixo número de sorologias durante o pré-natal, cobertura vacinal infantil inadequada e falta de obstetra e pediatra. Conclui-se que os déficits na saúde se dão, entre outros fatores, pelo fato do município apresentar área rural extensa e que, portanto, faz-se necessário um replanejamento da atenção primária, aumentando o número de profissionais de saúde para melhor acompanhamento familiar. Palavras-chave: Extensão; Saúde Materno-infantil; Epidemiologia

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Literatura e Clínica Alexandre de Oliveira Henz, Campus Baixada Santista, UNIFESP, alexandrehenz2000@yahoo.com.br Aurélio Keiji Miyaura, Campus Baixada Santista, UNIFESP, miyaura@ymail.com Danilo Alves da Cruz, Campus Baixada Santista, UNIFESP, psydanilo@gmail.com Gabryell Tavares de Barbosa, Campus Baixada Santista, UNIFESP, byell_tav@hotmail.com Rafaela Camargo Baldo, Campus Baixada Santista, UNIFESP, rafaelacamargob@gmail.com. Et al.*

Consistia na leitura coletiva e discussão de contos, poesias, fragmentos literários de autores como D.H. Lawrence, Jorge Luis Borges, Franz Kafka, Virginia Woolf, Oscar Wilde entre outros. Temas como política, morte, vida, diferenças, o inusitado e as “saúdes frágeis”, que marcam certas literaturas, ofereceram possibilidades para distintas sensações e percepções na vizinhança do trabalho da clínica. A aposta está na literatura como dispositivo de um encontro, agenciando aquilo que pode ser oferecido a partir dos dispositivos de escuta, leitura, conversação passando todos eles pelas modalidades mais diversificadas de encontro. Desde o segundo semestre de 2009, o projeto ganhou caráter itinerante, no qual são realizados encontros fora da Universidade em diversos estabelecimentos da cidade de Santos. Ocorrem dois encontros em cada estabelecimento com duração de aproximadamente duas horas, sempre com 5 a 6 estudantes, um professor e o coletivo do local em que era lida uma obra (ou trecho de obra) literária, seguido de uma conversação. A ideia não foi fazer crítica literária ou falar “sobre” a literatura, mas permitir-se a experimentação e o encontro com as obras e os usuários dos locais. Dois encontros ocorreram em uma instituição que atende pessoas com deficiência visual e escolhemos um conto de Franz Kafka, Diante da Lei, que disponibilizamos tanto em braile quanto em tamanho ampliado. Outros dois encontros ocorreram na biblioteca do posto seis, uma das mais movimentadas da cidade. A divulgação da atividade ocorreu através da agenda cultural da Secretaria de Cultura de Santos, o que possibilitou a participação de um público diversificado formado por funcionários da biblioteca, professores, escritores e estudantes da UNIFESP. Para a leitura em conjunto escolhemos o pequeno conto Chacais e Árabes do escritor Franz Kafka. Fizemos ainda dois encontros em um serviço que integra a rede de atenção à saúde mental do município com o mesmo grupo, no primeiro dia foi lido o conto A primeira dor de Franz Kafka, no segundo, considerando o que foi vivenciado no encontro anterior, optamos por trabalhar com mini-contos. Esses foram os encontros iniciais e alguns outros já ocorreram em situações diversas com a presença destes mesmos participantes em configurações grupais diferentes. Ao seu modo este projeto é quase imperceptível, um fio tênue e potente em sua pequena circunscrição que sinaliza efeitos e problematiza fôrmas e formatações, impacta a superexcitação acadêmica, a aceleração, e às coisas em sua suposta naturalidade.Essas foram algumas notas, um percurso rápido por algumas experimentações que esses encontros puderam propor. Palavras-chave: Literatura, Clínica ampliada, Conversações

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Memória e Envelhecimento Humano: Promoção da Saúde do Idoso Institucionalizado Edvaldo Soares (Orientador) (edsoares@marilia.unesp.br); Stella Maira Demartini (stellademartini@hotmail. com); Luã Carlos Valle Dantas (luadantas@hotmail.com); Luiz Augusto Knalfec Ferreira (knalfec@gmail. com) - Departamento de Psicologia da Educação - DPE - FFC - Unesp - Marília SP.

Introdução: A proposta deste projeto de extensão e pesquisa surgiu da necessidade de uma maior reflexão acerca da situação do idoso institucionalizado e da urgência em capacitar profissionais para atuar com esta população. O atendimento e a elaboração de programas preventivos aos quadros demênciais são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida da população idosa institucionalizada. As atividades propostas, as quais relacionam-se à saúde mental do idoso objetivam desenvolver e aplicar atividades preventivas. Objetivos: a) Capacitar equipe multidisciplinar para a atuar em instituições residenciais de longa permanência para idosos (IRLPi); b) Elaborar e promover atividades que melhorem a qualidade de vida, em enfoque especial na preservação da saúde mental. Métodos e Procedimento: O projeto, implantado em 2006, está em execução em duas IRLPi, as quais atendem idosos carentes: Lar São Vicente de Paulo e Casa do Caminho, localizadas na cidade de Marília SP. O projeto se dá em três fases: 1) Coleta de dados e elaboração de plano de atividades; 2) Aplicação de atividades e 3) avaliação/análise de resultados. Em relação à fase 1, os dados foram colhidos, a partir de 3 formulários, mediante os quais verificou-se: Dados Institucionais; Dados Sociais e Saúde Geral. Tais formulários foram preenchidos a partir de entrevista administradores, cuidadores e das fichas individuais dos idosos. Os dados referentes à saúde foram colhidos a partir da medicação de uso contínuo administrada aos internos. Todos os dados foram lançados em banco de dados (Access) e submetidos à análise estatística descritiva. Os dados referentes à saúde mental dos idosos serão novamenteconfirmados a partir da aplicação de testes específicos, especialmente a Escala Geriátrica de Depressãoe o Teste Mini Mental (MMSE-T) e novamente submetidos a testes estatísticos, com o objetivo de confirmar a análise descritiva já realizada. O teste Qui-quadrado será utilizado para comparar os dados em freqüências de sexo e idade. Dados expressos em médias serão analisados comparativamente como teste t-Student. Resultados: Não há prevalência em termos de gênero. Em termos de faixa etária 70,8% tem idade entre 60 e 80 anos. A maioria dos internos é oriunda do sudeste (61,60%) e do nordeste (14,62%) do país. Em relação ao estado civil prevalece o número de declarados solteiros (47,30%) e deviúvos (36,98%). Do total, somente 21,50% declaram ter filho(s). No que se refere ao recebimento de visitas, 60,20% do total dos idosos não recebem qualquer tipo de visitas. No tocante à escolaridade, há a predominância de analfabetos (72,24%). Em termos de saúde geral, observou-se que 63,64% dos idosos sofrem de hipertensão; 8,60% são diabéticos, 18,92% são portadores de alguma patologia cardíaca e 29,24% tem capacidade funcional severamente prejudicada. Em relação às hiperplasias malignas, detectamos cerca de 6,88% e igual número foi detectado para os casos de AVE. Quanto à saúde mental, observou-se que cerca de 15,48% apresentam diagnóstico fechado de Parkinson e 4,34% de Alzheimer. Porém, acreditamos que tal número seja sensivelmente mais alto. Observa-se ainda que cerca de 36,98% dos idosos pesquisados apresentam algum grau de depressão ou algum tipo de quadro psicótico (especialmente ansiedade e quadros de esquizofrenia). CONCLUSÃO: Com base nas informações colhidas, reforça-se necessidade de uma maior atenção direcionada aos idosos institucionalizados, uma vez que todos os internos apresentam pelo menos uma patologia, sendo a maioria deles acometidos por mais de uma patologia, prejudicando seu desempenho funcional e social, o que justifica a necessidade de uma intervenção multidisciplinar. Os dados colhidos estão sendo utilizados como subsídio para a elaboração e aplicação de atividades em grupo em atendimentos individuais. Palavras-chave: Envelhecimento Humano - Memória - Prevenção 330


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Na era da comunicação, uma nova forma de fazer extensão: A construção do Observatório Santista do Trabalho e Saúde Laura Câmara Lima, Instituto Saúde e Sociedade, UNIFESP, camaralima.laura@gmail.com Lia Raquel Bueno Rizzolli, Instituto Saúde e Sociedade, UNIFESP, liarizzolli@hotmail.com Thamires da Silva Souto, Instituto Saúde e Sociedade, UNIFESP, thaaamiii@hotmail.com André Luiz Monteiro Bernardo, Instituto Saúde e Sociedade, UNIFESP, Andre_psicologia@terra.com.br Yuri Gyorgy, Instituto Saúde e Sociedade, UNIFESP, Yuri_gyorgy@hotmail.com

A capacidade de utilizar e aplicar novas tecnologias para a produção e divulgação de conhecimento, constitui um importante diferencial no papel exercido pela universidade em relação à comunidade e à execução de políticas públicas. Dessa maneira esse projeto, através da criação de um observatório, responde à necessidade de uma maior participação e democratização das informações produzidas pela comunidade científica e das estatísticas demográficas, bem como viabiliza a gestão de conhecimento de maneira transparente, visando tornar efetivo o processo de apropriação e de emancipação da população da Baixada Santista em geral e, em particular, da população carente de informações. Um observatório pode ser definido como um dispositivo de pesquisa, consultoria e ação social, apresentado na forma de portal da internet, e que tem a função de processar, armazenar e distribuir informação especializada, a fim de facilitar a produção de novos saberes, a instrução e orientação do público em geral e a análise e avaliação da situação de um público-alvo mais específico em relação a um tema. Uma vez que o trabalho se constitui como base da vida cotidiana das pessoas - e que as questões relativas à saúde e a doença nesse âmbito (no emprego, desemprego e na aposentadoria) são fundamentais na constituição de redes de relações sociais e de trocas afetivas e econômicas - a saúde do trabalhador se faz um tema que necessita estudos e discussões, devendo estes serem disponíveis à população de interesse. Esse projeto tem como objetivo a produção do conteúdo do Observatório Santista do Trabalho e Saúde a partir da organização, tratamento, disponibilização de todo tipo de conhecimento e informação relacionada ao trabalho e saúde de maneira a torná-la acessível ao público-alvo, visando a promoção de saúde (mental e física), a inserção social e a instrumentalização para a operacionalização da emancipação do trabalhador, do desempregado e do aposentado, habitante da baixada santista. Além disso, o portal permitirá a troca entre o saber sistematizado - acadêmico e o vivenciado - popular através de um espaço democrático no qual, mais do que obter informações, o público-alvo poderá compartilhar seus conhecimentos e vivências com relação à saúde e trabalho,possibilitando a produção de saberes resultante do confronto com a realidade e uma maior aproximação do público-alvo para com o conteúdo apresentado. Finalmente, o estabelecimento de contato entre a equipe e órgãos relativos à saúde e trabalho (poder público, instituições, sindicatos) facilitará a execução de possíveis intervenções propostas Universidade, aumentando a efetividade das ações que beneficiam a população santista. Palavras-chave: Saúde do trabalhador, Trabalho, Observatório. 331


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Nível de qualidade de vida, pelo questionário SF36, dos participantes do projeto de extensão “No Pique da PUC-Campinas” Gabriel Anselmo de Oliveira (Discente), Faculdade de Educação Física, PUC-Campinas, g.oliveira1@yahoo. com.br José Francisco Daniel, (Docente), PROEXT, Faculdade de Educação Física, PUC-Campinas, josefdaniel@ puc-campinas.edu.br

Uma das maiores preocupações das sociedades, atualmente se encontra na qualidade de vida, e como alcançá-la é uma discussão decorrente do assunto. Em busca da qualidade de vida surgiram várias formas que visam facilitar atitudes para sua aquisição, e uma dessas formas atualmente comentadas é a prática regular de atividade física. Para propor as mesmas à uma população especifica, surgem programas e projetos que visam tornar mais fácil o acesso a esse produto. Alguns autores, como SHARKEY (1998), consideram a QV como algo subjetivo e pessoal, mas ainda existem aqueles que para alcançá-la, pretendem estudá-la e compreendê-la. Uma maneira de se tentar quantificar a qualidade de vida é através do questionário SF-36 (Medical Outcomes Study 36 - item short form health survey). A PUC-Campinas oferece a seus funcionários, professores e jovens aprendizes o projeto No Pique da PUC-Campinas, que através de discentes extensionistas e um professor coordenador da Faculdade de Educação Física, organizam uma ação de prática de exercícios físicos e esportes, e transmissão de conhecimento referente a saúde e exercícios físicos. O presente estudo buscou avaliar a qualidade de vida dos funcionários e professores da PUC-Campinas, participantes do projeto de extensão “No Pique da PUC”, a partir do SF-36. Participaram do estudo 22 indivíduos, que durante a permanência no projeto responderam ao questionário SF-36, e foram analisados nas oito dimensões mencionadas. Os resultados obtidos para cada dimensão foi: capacidade funcional 89,77±13,05, limitação por aspectos físicos 78,41±31,14, dor 76,14±17,12, estado geral de saúde 80,82±10,80, vitalidade 72,05±12,97, aspectos sociais 82,95±21,67, limitação por aspectos emocionais 80,30±35,13 e saúde mental 79,64±10,83. Não há um escore a ser seguido para a interpretação dos resultados, mas sim, que quanto mais baixo for o resultado pior a condição para a dimensão e quanto maior melhor a dimensão. Considerando o exposto e os resultados, analisamos como positivos os efeitos das atividades do projeto, pois o pior resultado foi de 72,05±12,97, que é relativamente alto. Neste sentido, a prática de exercícios físicos e a transmissão de conhecimento para a escolha quanto ao estilo de vida a ser adotado deve ser enfatizada. Palavras-chave: Qualidade de Vida, exercício físico.

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O Impacto de diferentes estratégias de Ginástica Laboral sobre a ansiedade em funcionários da Universidade de São Paulo Alexandre Moreira (Docente), EEFE, USP, alemoreira@usp.br Patrícia Sakai, CEPE, USP, psakai@usp.br Márcia Maria Matsubara Silva Pinto, CEPE, USP, marciamm@usp.br Henrique Arthur Siqueira Pires, EEFE, USP, Henrique.pires@usp.br Jaime Teles da Silva, EEFE, USP, jaimeteles@usp.br

A Ginástica Laboral (GL) consiste em exercícios realizados no local de trabalho de forma programada durante o expediente (CAÑETE, 1996). A prática da GL vem sendo amplamente realizada em empresas no mundo inteiroe vem ganhando expressão enquanto meio de maximizar a produção e bem-estar dos trabalhadores, com a adoção de estratégias diversificadas (MOREIRA et al., 2005). BELLAROSA e CHEN (1997) destacam que, nas últimas décadas, uma maior atenção passou a ser dada para a relevância do estresse e ansiedade no contexto laboral, enquanto que LIN et al. (2008) apontam um substancial número de publicações que descrevem efeitos psicológicos, fisiológicos e químicos da meditação, dentre os quais se destaca a redução da ansiedade. Assim, é razoável admitir que estratégias de GL pudessem incorporar em seu conteúdo a atividade da meditação, contemplando um dos aspectos mais importantes da GL, notadamente no que se refere aos níveis de ansiedade dos praticantes. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar o impacto agudo de três diferentes estratégias de intervenção, sobre a ansiedade, em um programa de GL para funcionários da Universidade São Paulo. Cento e dezessete sujeitos foram separados aleatoriamente em quatro grupos: Grupo Controle (GC, N = 31), Exercícios de Alongamento (EA, N= 24), Meditação Sentada (MS, N=31) e Meditação em Movimento (MM, N=31).Os sujeitos dos quatro grupo responderam ao questionário POMS (MCNAIR et al., 1971) antes(PRÉ) da intervenção e após a intervenção (PÓS). O tempo de duração de cada intervenção foi de 10 minutos. O GC manteve-se em repouso durante o tempo de intervenção. Os resultados da subescala do POMS associada à ansiedade foram retidos para análise. Para o tratamento dos dados, procedeu-se a análise de normalidade e homoscedasticidade. Utilizou-se a análise de variância (ANOVA-two-way; comparação de grupos vs momentos), seguida do teste post hoc de Tukey. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Diferenças significantes foram verificadas entre os momentos PRÉ-PÓS para todos os grupos, exceto para GC. Foram localizadas diferenças significantes entre os grupos MS e GC e MM e GC no momento PÓS. O grupo MM revelou diminuição média para ansiedade de 81%, enquanto que reduções médias de 75% e 65% foram verificadas para MS e EA, respectivamente. Em conclusão, os achados do estudo revelam que as três estratégias utilizadas se mostram efetivas na redução aguda da ansiedade, sendo, portanto, eficazes como conteúdos da GL, contudo, a magnitude de alteração percentual sugere um maior impacto (redução) na ansiedade, decorrente da estratégia MM. Palavras-chave: Ginástica Laboral, Ansiedade, Educação Física.

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O Lúdico e Ginástica Rítmica: Um Relato de Experiência no Projeto Estrela Menina Feira de Santana-Bahia Silvia Regina Seixas Sacramento (Docente), Bahia, UEFS, e-mail silsacramento@hotmail.com Francine Menezes de Jesus Silva, Bahia, UEFS, e-mail francineedfisica@hotmail.com Alexsandra Juliana Batista da Silva, Bahia, UEFS, e-mail julibatista19@hotmail.com Thaize Soares da Rocha, Bahia, UEFS, e-mail thizes.rocha@gmail.com Viviane Castilho, Bahia, UEFS, e-mail castilhovivi@hotmail.com

A Ginástica Rítmica caracteriza-se pela harmoniosa combinação entre musica, movimento corporal e manejo dos aparelhos Corda, Arco, Bola, Maças e Fita, assim a ginasta deve apresentar uma unidade em seu movimento. A realização correta dos movimentos requer repetições para o seu aperfeiçoamento além do desenvolvimento de valências físicas como força e resistência muscular localizada (RML) (LAFFRANCHI, AMARANTE, MINELLI, 2008). O desenvolvimento das valências físicas em crianças em metodologia específica do treinamento desportivo pode ser desestimulante, assim através de atividades lúdicas as meninas podem sentir-se à vontade para realizar os movimentos até alcançar o nível técnico ideal. (DANTAS, 2003; GAIO, 2008). A obtenção dessas valências físicas são necessárias principalmente para a manutenção e melhoria do quadro geral de saúde das crianças. O objetivo deste trabalho é vivenciar movimentos de Ginástica Rítmica e desenvolver valências físicas através de atividades lúdicas, a fim de motivá-las para alcançar um bom nível técnico. As aulas iniciam-se com aquecimento, onde são feitas brincadeiras ou jogos como pegapega, cabo de guerra ou baleado; em seguida são realizados os alongamentos, com atividades como o elefantinho, onde a locomoção acontece com as pernas estendidas e as mãos no chão; com o refrão “Alegria, alegria/ A aula vai co-me-çar/ Bate palma (todos batem) já bateu/ Quem não...” e são solicitados que as meninas façam movimentos corporais com e sem o uso dos aparelhos, e atividades para desenvolver força e RML dos membros superiores e inferiores, como carrinho de mão, carregar colega nas costas e ponte lateral. De acordo com Rhea (2009) exercícios que utilizam o peso corporal das meninas, proporcionam resultados semelhantes a exercícios com pesos livres e melhora da resposta neuromuscular. As meninas realizam os movimentos sem a preocupação de errar, visto que no contexto da brincadeira elas sentem-se mais encorajadas para realizar aquilo que não foi vivenciado, encaram o erro como um desafio para tentar mais uma vez e não como desestímulo. As atividades solicitadas para o desenvolvimento de força e RML tem apresentado melhora gradual na execução dos movimentos e manejo dos aparelhos. O uso do lúdico nas atividades com as meninas do Projeto Estrela Menina tem apresentado resultados positivos na execução dos movimentos corporais e dos aparelhos, e aumento nos níveis de força e RML. Palavras Chaves: Ginástica Rítmica, lúdico, e aptidão física.

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O papel da agronomia na influência da melhoria da qualidade de vida da população, em Marituba/PA Profª. Drª Ana Regina Araujo Martins, ana.araujo@ufra.edu.br, Ingrid Pena da Luz, ingrid-luz@hotmail. com, Luciana de Fatima Fagundes Domingues, luciana-_domingues2006@hotmail.com, Luiz Carlos Neves da Fonseca, luiagro@yahoo.com.br, Suza-na Silva Conceição, Universidade Federal Rural da Amazônia– UFRA, Su_tseliot@yahoo.com.br

O quadro social do Pará, revela que cerca de 49 % da população para-ense vive abaixo da linha da pobreza, destes, aproximadamente 895 mil resi-dem na Região Metropolitana de Belém. São pessoas que apesar de sobrevi-verem com renda mensal inferior a meio salário mínimo (dados gerados pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças), acreditam na educação como o caminho inicial para mudar o quadro social em que se encontram. Marituba, município localizado na Mesorregião Metropolitana de Be-lém/PA (BR 316), possui a menor extensão territorial do Estado, mas com uma das maiores concentrações populacionais por quilômetro quadrado. Por apre-sentar escassos postos de trabalho, grande parte da população busca oportu-nidade de emprego em municípios próximos. Entretanto, observa-se uma ten-dência a prática de atividades de natureza agropecuária, tais como a avicultura, suinocultura, fruticultura, horticultura e floricultura. Neste contexto, tendo conhecimento das condições de vida precárias predominantes do município, o projeto busca beneficiar inicialmente 100 famí-lias ligadas aos internos da Colônia dos Hansenianos atendidas pelo Centro Espírita Reencarnação, através do desenvolvimento de práticas agrícolas, im-plantadas no centro, que possibilitarão melhoria na qualidade de vida e inclu-são social das famílias ali estabelecidas. O projeto iniciou em fevereiro desse ano e prevê a revitalização do es-paço comunitário por meio da implantação de trabalhos sócio-ambientais, tais como: Atividades paisagísticas, Produção de Grãos (Feijão Caupi), Produção de Hortaliças, Implantação de Horto Medicinal, Manejo das frutíferas que exis-tem na área e plantio de outras espécies. São atividades que não se limitam ao espaço do Centro Espírita Reencarnação, pois se pretende através da difusão das técnicas agrícolas ali implantadas, por meio de oficinas e palestras, instruir as famílias vinculadas ao projeto na orientação para alcançar autonomia produtiva, com o desenvolvimento dos espaços ociosos (quintais agrícolas) de suas residências. Esta produção, porém, não será voltada, apenas, ao consumo familiar, mas também, será destinada à venda, gerando, com isso, alimento saudável, produção de remédios caseiros e fonte de renda para essa população. Palestras e oficinas serão realizadas ao longo dos meses por graduan-dos do curso de engenharia agronômica, com o intuito de auxiliar os mo-radores nas praticas agrícolas, fazendo com que o trabalho realizado no centro possa ser disseminado nas residências das famílias ali estabelecidas. Este projeto contribui para a formação profissional dos alunos, possibili-tando vivencia de campo, aplicando conhecimentos adquiridos na graduação do curso de engenharia agronômica e incentivando o desenvolvimento da consciência social e política, possibilitando através destes, a inclusão social de pessoas menos favorecidas. Palavras-chave: Inclusão social, horto- medicinal, saúde alimentar 335


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O Programa de Ginástica Laboral da Universidade de Sorocaba Taine Stefanie Padilha; Kleber Trevisamtaine.stefanie@gmail.com Palavras chaves: Educação física, Ginástica Laboral Saúde do Trabalhador.

A realização de exercícios físicos regulares é imprescindível para a manutenção da saúde bem como é comprovado que a inserção da atividade física na rotina diária auxilia, também, na melhora da qualidade de vida do trabalhador, sendo que obtidos benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais. Por ser prerrogativa privativa do Profissional de Educação Física planejar, organizar, dirigir, desenvolver, ministrar e avaliar programas de atividades físicas, particularmente, na forma de Ginástica Laboral e de programas de exercícios físicos, esporte, recreação e lazer, independente do local e do tipo de empresa e trabalho, a Universidade de Sorocaba (Uniso), para atingir sua missão como universidade comunitária, com excelência, deve possibilitar concomitantemente a qualidade de vida dos seus empregados, para tanto, incentiva a prática da Ginástica Laboral, proposta pelo Programa de Saúde no Trabalho (Unisaúde) iniciado em 2006, que se baseia em exercícios de alongamento realizados pelos colaboradores da Uniso (Cidade Universitária), dentro do próprio local de trabalho durante sua jornada diária como recurso para reduzir fadigas musculares, corrigir posturas viciosas, prevenir distúrbios musculares e esqueléticos (LER/DORT), melhorar a flexibilidade mobilidade articular e estimular os colaboradores a terem uma vida ativa e saudável. Estudos realizados pelo programa indicam que o colaborador que realiza diariamente os alongamentos, obtém um preparo fisiológico e psicológico, beneficiando desta forma também o local de trabalho, na medida em que há a redução de afastamentos médicos e absenteísmo. Outros fatores que a Ginástica Laboral pode também favorecer é a melhoria da disposição e concentração no trabalho. Espera-se que com a realização destas atividades ocorra a conscientização sobre a importância da prática de exercícios físicos regulares para melhoria da qualidade de vida, seja ela dentro ou fora do ambiente de trabalho, bem como a valorização do trabalho do profissional de Educação Física além da obtenção de dados publicáveis sobre as condições físicas do colaborador da Universidade de Sorocaba e se há a melhoria das capacidades físicas a partir da realização das atividades durante o expediente de trabalho.

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O valor da extensão para o aprimoramento de conhecimentos da graduação

Paula Andrea Martins, paula.martins@unifesp.br Laís dos Santos Aguiar - Discente Nutrição Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista (UNIFESP)

O projeto “Ações Interdisciplinares no Quiosque da Saúde” é um projeto de extensão da UNIFESP- Campus Baixada Santista o qual envolve alunos dos cursos de graduação de nutrição e educação física além de estagiários, pós graduandos e uma professora do curso de nutrição. O projeto se desenvolve em um parque da prefeitura de Santos. As atividades desenvolvidas são atendimento individual e atividades com grupos, as oficinas. Participar da extensão possibilita aos alunos um contato maior com a profissão e seus desafios, além de proporcionar um ambiente multiprofissional que facilita a compreensão sobre as demais profissões e mostra como uma pode auxiliar e complementar a outra. Durante os atendimentos individuais pode-se praticar mais o que é visto em sala de aula o que leva a uma melhor desenvoltura, como por exemplo, medir as dobras cutâneas que é algo que sem prática nunca poderá ser bem feito. Desenvolver um prontuário de atendimento também possibilita percebermos como não são todas as perguntas que queremos fazer que cabem, temos que pensar no tempo do atendimento e como não prolongá-lo. Trabalhar com grupos também é um enorme aprendizado, temos que programar os encontros e convidar as pessoas, algumas vezes o grupo é pequeno em outras maior, percebemos que não é fácil montar um grupo que isto leva tempo e dedicação. Ter a possibilidade de vivenciar tudo isto ainda cursando a graduação leva a formação de profissionais mais competentes que ja tem alguma experiência e mais desenvoltura para trabalhar. A extensão tendo os alunos como maiores autores das ações e planejamentos propicia um crescimento fundamental para todos e é algo que todos deveriam experimentar na graduação. Palavras-chave: extensão, multiprofissional, aprendizado

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Os Desafios na Assistência de Enfermagem Aos Pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço: experiência do projeto de extensão Acolhe-Onco Edvane Birelo Lopes De Domenico, domenico.edvane@unifesp.br (responsável) Carolina Paula Jesus, carolinapjesus@gmail.com Kamila Alberto Mendes, reg_claus@hotmail.com Angélica Galdino de Carvalho, angelica_phn@hotmail.com Regina Claudia Soares, reg_claus@hotmail.com Escola Paulista de Enfermagem da Universidade de São Paulo - SP

No Brasil, cerca de 40% dos casos de cânceres de cabeça e pescoço ocorrem na cavidade oral, 15% na faringe, 25% na laringe e o restante nos demais sítios remanescentes. Com frequência, o diagnóstico das neoplasias citadas é realizado em estadios avançados da doença, o que determina um maior número de prognósticos reservados, múltiplas sequelas funcionais, deformidades e, consequentemente, uma qualidade de vida comprometida. O perfil dos pacientes geralmente vincula-se ao sexo masculino, tabagismo, etilismo, baixa escolaridade e baixo nível econômico. Sensível a este perfil de pacientes com câncer, o Projeto de Extensão Acolhe-Onco, nascido de uma parceria dos Departamentos de Enfermagem e de Oncologia Clínica e Experimental da Universidade Federal de São Paulo, atende ambulatorialmente pacientes portadores de diversas neoplasias, incluindo cânceres de cabeça e pescoço. O objetivo do projeto é integrar educação em saúde e cuidado assistencial a esses pacientes, familiares e cuidadores. O presente trabalho objetiva descrever a experiência de planejar e executar assistência integral ao paciente com câncer de cabeça e pescoço. O método utilizado é um estudo descritivo, do tipo relato de experiência e o local de execução é o ambulatório de especialidades da UNIFESP, onde as consultas de enfermagem são realizadas as quartas feiras no período da tarde. Entre os desafios da assistência, na esfera biológica, destacam-se os cuidados com traqueostomias, sondas para dietas enterais, feridas oncológicas, estados de inapetência, emagrecimento e fadiga. Na esfera comportamental, observam-se estados depressivos e apáticos, associados ou não com a alteração na imagem corporal, uma vez que as cirurgias faciais e cervicais podem modificar a estética do paciente, como também a permanência de artefatos, como sondas, cânulas e curativos. Na esfera social, pode-se avaliar as dificuldades financeiras gradativas e a mobilização de membros da família, tanto em relação à criação de rede de apoio como no sentido do afastamento e isolamento do paciente. Enfim, para lidar com essa rede complexa de problemas e características, o Acolhe-Onco integra as consultas médicas e de enfermagem, além de possuir apoio de nutricionistas, assistentes sociais e dos profissionais dos ambulatórios cirúrgicos relacionados aos cânceres de cabeça e pescoço. Na prática, busca-se assistir, educar e apoiar o paciente, seus familiares e cuidadores para superarem os desafios da doença e melhorarem a qualidade atual de vida. Palavras-chave: câncer, assistência integral à saúde, educação em saúde.

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PED RISO< hospital é também lugar de alegria Eulália Maria Aparecida Escobar docente da Faculdade de Enfermagem da PUC de Campinas, lala-escobar@ uol.com.br Fabiana de Moraes Moraes, acadêmica da Faculdade de Medicina da PUC de Campinas, applescruff63@yahoo. com.br Mariana Miccoli Moraes, acadêmica da Faculdade de Fisioterapia da PUC de Campinas, psique3m@gmail.com Rafaeli Fires da Silva, acadêmica da Faculdade Ciências Farmacêuticas da PUC de Campinas,rafeli.fs@ puccampinas.edu.br ; Raquel Caldato Stuck, acadêmica da Faculdade de Fisioterapia da PUC de Campinas, raquel_stuck@yahoo. com.br

O jovem constitui elemento chave no processo de transformação social e o voluntariado contribui para envolvê-lo no comprometimento com as condições de vida da comunidade e o faz aprender a lidar com as diferenças, refletir sobre temas sociais, além de inseri-lo em um grupo com objetivos comuns, beneficiando seu progresso pessoal. O PED RISO é um Projeto de Extensão da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) vinculada à Coordenadoria de Atenção à Comunidade Interna (CACI) idealizado por alunos e professores em 2005, que viam a necessidade de transformar o ambiente hospitalar no aspecto humanitário, reduzindo o impacto negativo da internação causado pela experimentação da dor e do afastamento do cotidiano, através de atividades lúdicas baseadas na arte clown, sobretudo na enfermaria pediátrica Objetivos: promover a socialização; manter o desenvolvimento infantil; diminuir a limitação física e a passividade; contribuir com a formação humanitária de estudantes universitários. Objeto da intervenção: crianças, adolescentes, pacientes SUS - dependentes internados em hospital universitário e seus acompanhantes. Descrição: atividades realizadas diariamente no Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) no setor Pediatria e em demais eventos e setores solicitados pelo próprio Hospital, somando 94 horas de atividades, sete oficinas, 11 eventos e 10 reuniões de treinamento durante o ano de 2009. O Projeto conta com a participação de uma docente orientadora da Faculdade de Enfermagem e cinco bolsistas (BIEX) do Programa de Iniciação à Extensão (PIEX) e cinco Voluntários de Extensão (VEX) de diferentes cursos da área da saúde, os quais atuam como monitores perante um grupo de cerca de 50 jovens. Tais monitores têm como responsabilidade: seleção de participantes, montagem de escalas e cronograma de atividades, supervisão, controle de freqüência, agendamento e reuniões entre si, com todo o grupo e com a orientadora, zelo pelos materiais, apresentação de relatórios, além de participar e organizar oficinas de capacitação, encontros discentes e semanas acadêmicas. Conclusão: pela avaliação espontânea feita pelos integrantes, o projeto constitui-se em uma experiência com o manejo da criança hospitalizada, transformando-a em sujeito ativo, e fonte de descontração, superação da timidez e medo do insucesso, contribuindo para auto-estima, iniciativa e senso crítico do jovem, assim como primeira vivência de uma equipe multidisciplinar. O grupo está em fase de fortalecimento das relações interpessoais e busca de identidade. Palavras-chave: humanização dos serviços, assistência centrada no paciente, bem estar da criança.

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Perfil das Participantes do curso de ginastica localizadada escola de esportes da fef/unicamp Marcy Garcia Ramos, FEF, UNICAMP marcy@fef.unicamp.br Mariângela Gagliardi Caro Salve, FEF, UNICAMP, gagliardi@fef.unicamp.br Aguinaldo Gonçalves, UNICAMP, aguinaldo@fef.unicamp.br

O interesse progressivo frente à atividade física tem aumentado consideravelmente, exigindo por parte dos profissionais da área, constantes estudos com intuito de fornecer informações, precisas e seguras à população, a fim de promover conscientização da importância de se seguirem programas planejados, respeitando a individualidade de cada indivíduo. Visando dar atendimento mais específico para essa população que nos procura, com direcionamento das atividades para a capacidade muscular e flexibilidade, o Projeto Ginástica Localizada, vinculado às atividades de Extensão Universitária da FEF/Unicamp, desde 1998, tem como intuito a melhora da aptidão muscular e articular, através de exercícios de resistência muscular localizada e alongamentos. Este trabalho teve por objetivo conhecer o perfil dos participantes do Curso de Extensão “Ginástica Localizada”, em relação a características pessoais, hábitos sociais e grau de atividade física. A atividade é ministrada pelas monitoras do curso, sob a supervisão da coordenadora, que através de reuniões semanais: i) fornece subsídios para a didática, auxiliando para formação profissional no que tange à prática de ensino, bem como na elaboração de programas e ii) garante o esclarecimento em qualquer momento do projeto, do que se julgue necessário. Os procedimentos iniciam-se com identificação e breve anamnese; posteriormente é realizada a avaliação da condição física, tendo como instrumento ficha de avaliação, onde são registrados os dados, para a seguir desenvolver-se-á orientação/prática da atividade física.Trata-se de ensaio aninhado em estudo observacional descritivo transversal de retroanálise. Apreendeu-se que a maioria são mulheres adultas, jovens não fumantes (94,22%), com IMC máximo de 29,64%; observou-se que referente à condição física são ativas (37,45%), com 43,93% informando três vezes por semana como frequência de atividade física; notouse, quanto ao tabagismo, que a maioria (94,22%) abstêm-se. As informações aqui registradas, acredita-se, poderão contribuir não só para políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de atividades físicas para mulheres jovens em nosso meio, como também reforçar iniciativas extensionistas em âmbito universitário. Palavras-chave: Extensão, Evento, Projetos.

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Periferia dos Sonhos: o conceito e o olhar do graduando em relação ao ser humano em situação de rua Ana Cristina Passarella Brêtas, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, acpbretas@ymail.com Mariana Battistini, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, mari.batt@hotmail.com

O Projeto Periferia dos Sonhos prevê a indissociabilidade entre as ações de extensão, ensino e pesquisa, na perspectiva interdisciplinar. No que tange à pesquisa, o Projeto está vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Saúde, Políticas Públicas e Sociais e tem como um dos eixos de investigação a vida de pessoas em situação de rua . Neste cenário foi construído este trabalho, realizado a partir do olhar de graduandos de enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, com o objetivo de conhecer por meio da imagem fotográfica o conceito e o olhar do graduando em relação ao ser humano em situação de rua. É um estudo qualitativo, do tipo exploratório descritivo, que toma como base para coleta de dados o retrato fotográfico de três circunstâncias que mostram o humano vivendo na e da rua na cidade de São Paulo. A pesquisa foi realizada nas dependências da EPE/UNIFESP, campus São Paulo. Fizeram parte do estudo oito estudantes, sendo sete graduandos do Curso de Enfermagem da EPE e um pós-graduando egresso desse Curso. A partir da apresentação de três fotografias os dados foram obtidos em duas etapas, no primeiro momento os graduandos responderam as seguintes questões: o que você vê? o que você sente?. No segundo momento foi realizada uma reflexão relacionada ao humano enfermeiro versus humano em situação de rua e a grade curricular oferecida pela universidade. Os dados foram analisados por meio da abordagem cartográfica. Depreendemos que a partir de fotografias, apresentamos um novo olhar, representando o que vemos no mundo e na sociedade, uma parte de um todo, cópia do original que pode ser vista ao atravessarmos a rua e enxergarmos o outro ao nosso lado. O nosso olhar é formado pelo nosso interior que se exterioriza, e assim tomamos consciência do que é visto e trazemos para perto o que até então julgamos estar longe. Como profissionais da área da saúde trabalhamos diariamente como outro , daí a importância em avaliar o olhar que compõem a distancia entre o eu e o outro . O graduando ao ser apresentado para as imagens que trazem para o seu mundo uma realidade que também lhe pertence, traz junto com o olhar seus sentimentos. O olhar acompanhado do sentir traz uma reflexão sobre o quanto somos condicionados a apenas ver a realidade/momentos/situações que compõem nossas histórias. O ser humano em situação de rua, presente de uma maneira próxima do nosso cotidiano, por muito é apenas visto no lugar de ser olhado. Quando vemos não trazemos nosso interior para o exterior, logo não sentimos. Palavras-chave: Enfermagem; Fotografia; Sem-teto

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Primeiro atendimento no CPPA: triagem Helena Rinaldi Rosa, helenarr@osite.com.br Maria Luisa Louro de Castro Valente, luisaval@uol.com.br Thaise Gabriela Piasentin, thaisegp@ig.com.br Loraine Seixas Ferreira, loseixas@hotmail.com UNESP - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Assis.

Introdução: A busca por atendimento psicológico tem sido uma constante em todas as clínicas escolas e postos de saúde, em geral muito maior do que a possibilidade destes serviços absorverem esta demanda e gerando filas de espera imensas e pouco úteis, por conta da demora em chamar o usuário. Este projeto se propõe a realizar a Triagem neste serviço, através de entrevistas, dessa forma contribuindo para acolher o cliente, compreender e esclarecer sua demanda por meio de uma escuta diferenciada, clínica, e elaborar um encaminhamento, assim como desenvolver a escuta e o raciocínio clínicos junto aos alunos de 4º. e 5º. anos do curso de Psicologia. Por outro lado, apenas estudar as teorias e técnicas psicológicas não ensina alguém a ser clínico. Essa aprendizagem só ocorre fazendo, no contato direto com o paciente. Neste contexto, este projeto se insere como uma proposta de treino da prática e da escuta clínicas. Objetivo: Este trabalho apresenta as primeiras reflexões acerca desse projeto que teve início em 2008. Operacionalização: O primeiro atendimento neste serviço é realizado através de entrevistas de triagem, que contribuem para acolher o cliente, compreender e esclarecer sua demanda por meio de uma escuta diferenciada, clínica, e elaborar um encaminhamento, assim como desenvolver a escuta e o raciocínio clínicos nos alunos. Entendida como um processo, esta Triagem é um espaço privilegiado para reflexão que se configura como uma proposta de intervenção em si mesma, tendo como eixo central a clarificação da situação psicodinâmica individual (ou grupal) e, assim, a busca da responsabilidade pelo paciente que procura atendimento. O projeto é destinado à comunidade externa e interna que procura ajuda na clínica: crianças, adolescentes, adultos, casais, famílias, grupos. Todos que procuram o serviço têm o agendamento com um estagiário que disponibilizou previamente o horário e que se encarrega de acompanhar o caso até os seus desdobramentos. Resultados: No ano de 2008 foram realizadas 305 triagens, 229 em 2009 e, no primeiro semestre de 2010, por volta de 140. Envolveu, nestes três anos, mais de 40 alunos em cada ano. Das triagens realizadas, cerca de 60% resultaram em encaminhamentos internos para psicoterapia, tendo apenas poucos casos em fila de espera ao final de cada ano. Nos demais, houve encerramento na própria triagem, incluindo quando houve desistência do atendimento ou quando a triagem foi encerrada no próprio atendimento de triagem. Estes números refletem o sucesso do projeto: alto número de alunos envolvidos, de triagens realizadas e de casos solucionados. Palavras-chave: Atendimento psicológico; Clínicas escolas; Triagem.

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Programa Cananéia/Vale do Ribeira - Projeto Jacupira Raquel de Aguiar Furuie, raquelfuruie@gmail.com - Docente, UNIFESP Katsumi Osiro –osiro@unifesp.br -Docente, UNIFESP Júlia Santos Costa Chiossi - jullia.chiossi@unifesp.br - Acadêmica Fonoaudiologia, UNIFESP Thiago de Souza Vilela - thiago.epm77@yahoo.com.br - Acadêmico Medicina, UNIFESP

INTRODUÇÃO :Segundo Falcão (2006), no âmbito acadêmico, a extensão é vista como uma das três funções da Universidade e, como tal, seu papel deve ser analisado considerando as outras duas funções : o ensino e a pesquisa, isto é, competea esta instituição transmitir (ensino), produzir (pesquisa) e aplicar (extensão) conhecimentos, estando estas três dimensões dialeticamente relacionadas. O objetivo principal da extensão universitária é a fusão do que se aprende e produz no interior da universidade e a aplicação deste saber em prol do desenvolvimento da comunidade. Pautados neste conceito, um grupo de estudantes e docentes da Unifesp criaram, em 1997, um projeto interdisciplinar de extensão universitária, no município de Cananéia. Como desdobramento desta experiência, em 2007 inicia suas atividades no município de Jacupiranga, com o Projeto JacuPira. Em 2009 outros projetos foram implementados, com a perspectiva de identificar os problemas da comunidade de Lençol, procurando estratégias de solução a partir do diálogo entre o saber acadêmico e o saber da população. OBJETIVOS : - Promover reflexões dentro do grupo de trabalho na comunidade, valorizando o saber popular e incentivando o desenvolvimento da autonomia da comunidade. - Promover a aproximação da universidade com outros segmentos da sociedade, com a perspectiva de estabelecer diálogos capazes de proporcionar transformações sociais. METODOLOGIA : A metodologia adotada tem como característica a participação de todos os envolvidos, numa construção coletiva de saberes, para atender as demandas da comunidade. Pautou-se em atividades onde o conhecimento da realidade e propostas de intervenção foram realizadas e avaliadas de forma conjunta, exigindo de todosuma postura mais próxima da realidade, possibilitando a troca deconhecimentos, experiências e a descoberta de novos espaços educativos. IMPACTO ACADÊMICO : A participação neste projeto possibilitou ao estudante acrescentar à sua formação um olhar crítico da realidade, tornando-o um profissional comprometido com a realidade social. A convivência com a comunidade permitiu a modificação da visão exclusivamente biológica de homem, para uma visão em que o homem está inserido em um contexto político, econômico e social. IMPACTO SOCIAL :Na comunidade de Lençol os seguintes sub projetos: Grupo Melhor Idade, Combate ao Caramujo, Crianças Saudáveis, Lixo no Rumo Certo e Jovem Bem Informado, com o objetivo de refletir com a populaçãosobre as suas condições sociais e de saúde, resultando em um maior conhecimento sobre prevenção de doenças e uma maior autonomia em busca de seus direitos. Palavras-chave: Educação em saúde, trabalho comunitário, autonomia. 343


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Programa de Atividade Física na Terceira Idade

Rennó, Ana Cláudia Muniz (Docente) - UNIFESP - Campus Baixada Santista, acmr_ft@yahoo.com.br Santos, Marina Y. O. UNIFESP - Campus Baixada Santista, marina.y.ono@gmail.com Stella, Thamiê C. UNIFESP - Campus Baixada Santista, sct.thamie@uol.com.br Thomaz, Rafael M. UNIFESP - Campus Baixada Santista, rafamoraes25@hotmail.com Muler, Gabriela UNIFESP- Campus Baixada Santista, gabri.muler@hotmail.com

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a população idosa como aquela acima dos 60 anos de idade. Segundo o IBGE o crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos, é um fenômeno mundial e está ocorrendo em um nível sem precedentes. A estimativa para 2025 é de um aumento de mais de 33 milhões de idosos, tornando o Brasil o sexto país com maior percentual populacional do mundo. Dentro deste contexto, torna-se imprescindível a conscientização dos governantes e da sociedade de um modo geral a respeito do envelhecimento da população, para que sejam criadas políticas eficazes que promovam a saúde e o bem estar desses indivíduos. Sendo assim, este projeto tem como objetivo promover a vivência teórico-prática integrada dos discentes da Universidade Federal de São Paulo, por meio da formação de uma equipe interdisciplinar em saúde e oferecer um programa de atividade física para um grupo de idosas da cidade de Santos visando à melhora da qualidade de vida. Além das práticas de atividade física, o programa envolve objetivos específicos semanalmente, por meio de atividades de socialização (dinâmicas de interação), cognitivo-motoras, culturais (dança e música); artesanais e expressivas, que promoverão a vivência e a auto-reflexão de cada idosa. A metodologia participativa e interdisciplinar do projeto permitiu uma atuação ativa em todo o processo de desenvolvimento do projeto, desde a idealização teórica, detecção de necessidades, atividades práticas até a avaliação final das atividades realizadas. Qualitativamente os acadêmicos tiveram uma experiência única, o contato com uma nova realidade, o convívio com uma população crescente em Santos, trabalho em equipe, traduzindo em experiência do futuro profissional com responsabilidade social, criatividade, senso-crítico, liderança e confiança. Observa-se forte adesão ao programa por parte dos alunos e das idosas, evidenciando assim o estabelecimento do vínculo profissional de saúde-paciente. Palavras-chave: Envelhecimento, Interdisciplinaridade, Qualidade de vida.

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Programa de Reabilitação de Desvios Posturais Carolina Hirokado Matsusato; Kelly Tie Kawamoto; Ângela Kazue Morita, Célia Aparecida Stellutti Pachioni, Dalva Minonroze Albuquerque Ferreira – Campus de Presidente Prudente – Faculdade de Ciências e Tecnologia – Fisioterapia – carol_zinha87@hotmail.com

A estrutura e função do corpo proporcionam todas as potencialidades para obter e manter boa postura, podendo ser influenciada por hábitos errados que produzem maior tensão sobre as estruturas de suporte. No desequilíbrio do corpo sobre sua base de suporte, originam-se desvios posturais. Os desvios posturais que afetam a coluna vertebral, como escoliose, dorso curvo e hiperlordose, são deformidades complexas e tornam-se fixas devido a desequilíbrio mecânico resultando em descarga de peso assimétrica, que tende ao agravo ao longo do tempo. A perda da flexibilidade da curva vertebral é que define estas deformidades. Na escoliose a curvatura que é móvel para retornar à posição fisiológica quando o paciente deita-se ou inclina-se lateralmente é denominada funcional ou não estrutural. Ainda, a flexibilidade da coluna é inversamente proporcional à progressão dos sintomas, o que torna coerente o tratamento com a aplicação de exercícios designados para melhorar ou manter a flexibilidade. Os objetivos incluem a realização de exercícios em grupo e a orientação de exercícios domiciliares para complementar os benefícios da reabilitação nas alterações posturais da coluna vertebral em especial as mais freqüentes como a escoliose, dorso-curvo e a hiperlordose lombar. O projeto atende 15 indivíduos escolióticos de ambos os sexos com idade entre 11 e 28 anos. Inicialmente foi realizada uma avaliação física a qual era composta por medidas antropométricas, avaliação postural, avaliação radiológica pelo ângulo de Cobb.e realização do teste de Adams com medida da gibosidade com um nível d’água adaptado a uma régua, nas sessões eram realizados exercícios em grupo que atuam de forma global por meio de alongamentos, trabalho respiratório, conscientização corporal, relaxamento, fortalecimento e equilíbrio. Após 35 sessões, 11 sujeitos foram reavaliados e foi constatado que 10 tiveram redução na medida de gibosidade. Na gibosidade da coluna lombar houve uma diminuição de 21% e em relação a coluna torácica houve decréscimo de 15%. Além disso, dois participantes apresentarem diminuição do ângulo de Cobb em comparações de radiografias realizadas antes e após a intervenção. O primeiro participante teve redução em ângulo torácico direito de 27° para 24° e o ângulo lombar esquerdo de 30° para 23°. Enquanto o segundo participante teve redução em ângulo torácico direito de 13° para 3° e lombar esquerda de 13° para 4°. Houve um único participante que não apresentou redução em suas medidas de gibosidade, o que pode ser justificado pela pouca regularidade na freqüência do projeto. Portanto a manutenção da flexibilidade normal da coluna vertebral tanto quanto seja possível deveria ser de fundamental importância em qualquer procedimento para correção de uma deformidade, em especial a escoliose. CONCLUSÃO: Os resultados parciais mostraram que os exercícios foram eficazes na diminuição da gibosidade e podem estar relacionados a uma redução do ângulo de Cobb na escoliose, e assim podem ser considerados um instrumento adicional na prática clínica para o tratamento de alterações posturais. Palavras-chave: escoliose, exercícios, gibosidade. 345


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Programa Pé Diabético Kelly Tie Kawamoto, Departamento de Fisioterapia, Unesp - Campus de Presidente Prudente, mojiyuman@ hotmail.com Alessandra Madia Mantovani, Departamento de Fisioterapia, Unesp - Campus de Presidente Prudente, leka_ indy@hotmail.com Cristina Elena Prado Teles Fregonesi, Departamento de Fisioterapia, Unesp - Campus de Presidente Prudente, Cristina@fct.unesp.br Claudia Regina Sgobbi de Faria, Departamento de Fisioterapia, Unesp - Campus de Presidente Prudente, sgobbi@fct.unesp.br

O Projeto de Extensão Universitária “Programa Pé Diabético” iniciou- se em março de 2007 e objetiva fornecer informações, esclarecimentos e orientações para prevenção e tratamento do “Pé Diabético” e, promover uma maior capacitação da equipe envolvidacontribuindo para pesquisas futuras. Este projeto se justifica na prevenção, pois auxilia o portador de Diabetes Mellitus, evitando complicações e incapacidades inerentes de sua enfermidade. Desse modo, contribui para a preservação da qualidade de vida, além de evitar gastos com tratamentos de morbidades e vias cirúrgicas. O desenvolvimento deste programa acontece no Laboratório de Estudos Clínicos em Fisioterapia (LECFisio), no Setor de Fisioterapia do Ambulatório de Dermatologia do Centro de Saúde I de Presidente Prudente, no Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação (CEAFiR) e no Sesc-Thermas de Presidente Prudente. O programa conta com 102 (49 mulheres e 53 homens) indivíduos portadores de Diabetes Mellitus e todos foram submetidos à avaliação. As avaliações dos membros inferiores consistem em análise de achados clínicos (formigamento, queimação, dormência, quadro álgico e alteração de temperatura), inspeção (verificando a presença de ressecamento, calosidade, fissura, ferimento, ulceração e amputação), palpação nervosa (verificando a presença dor, espessamento e sinal de Tinel nos nervos tibial posterior e fibular comum), teste de força muscular manual (nos músculos extensor do hálux, extensor dos artelhos, dorsiflexores e eversores do tornozelo) e teste de sensibilidade somatossensitiva (por meio de monofilamentos de nylon de diferentes espessuras - kit de estesiômetro Semmes-Weinstein, SorriBauru®, Bauru, Brasil). Após as avaliações, todos os participantes recebem folder explicativo, com orientações sobre os cuidados gerais para prevenção de incapacidades. Na avaliação somatossensitiva 85% dos sujeitos apresentaram alterações, houve presença de calosidades e ressecamento em mais de 75% da amostra e 25% apresentou ao menos um sinal clínico. Durante a palpação dos nervos tibial posterior e fibular comum, 42,14% dos avaliados relataram dor, que foi referida em cada nervo isoladamente ou em ambos. No teste de força muscular nota-se comprometimento de cerca de 20% da amostra, com exceção dos extensores de artelhos que estiveram fracos em uma porcentagem maior de sujeitos. Concluímos, após analises especificas que a população diabética necessita de orientação em relação aos cuidados gerais para prevenção de incapacidades, diminuindo as chances de desenvolverem complicações nos pés, como ferimentos, úlceras e amputações. Palavras-chave: diabetes mellitus, prevenção, pé diabético 346


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Projeto de Extensão Acolhe-Onco: bases ideativas e estrutura operacional Edvane Birelo Lopes De Domenico, Escola Paulista de Enfermagem, domenico.edvane@unifesp.br (responsável) Laís Lie Senda, Escola Paulista de Enfermagem, laís_senda@hotmail.com Cibelli Rizzo Cohrs, Escola Paulista de Enfermagem, cibellicohrs@unifesp.br Rita Maria Lino Tarcia, Departamento de Informática em Saúde, rtarcia@unifesp.br Lidiane Pereira Magalhaes, Hospital São Paulo, nutricionista.lidiane@gmail.com Universidade Federal de São Paulo-SP

O paciente com câncer demanda cuidados específicos e intervenções educativas, voltadas ao controle da doença e ao desenvolvimento de estados adaptativos para a obtenção de bem estar e segurança. Sensíveis às necessidades de assistência integral e educação em saúde, um grupo de professores e estudantes pertencentes à Universidade Federal de São Paulo idealizaram um projeto de extensão, intitulado Acolhe- Onco: interdisciplinaridade no cuidado integral do paciente com câncer, com atividades voltadas à sociedade, ao graduando e ao crescimento científico. Os cuidados integrais e interdisciplinares estruturam o projeto com a noção de que o paciente deve ser visto como um complexo bio-psíquico-social, com a atenção do estudante centrada no paciente e não na doença. O Acolhe-Onco nasceu em agosto de 2008, com a atividade principal de integrar as consultas médica e de enfermagem, com os objetivos de possibilitar a formação humanizada do profissional de saúde, e realizar estudos sobre as melhores práticas assistenciais e educativas no âmbito do cuidado integral em oncologia do paciente, seus cuidadores e familiares. Operacionalmente, os casos são discutidos pelos profissionais e estudantes envolvidos e as decisões são tomadas com a participação dos pacientes e acompanhantes. A abordagem terapêutica pauta-se na referência conceitual que os pacientes devem desenvolver o autogerenciamento, ou seja, a capacidade de tomar decisões sobre as situações de saúde-doença de forma segura e consciente. As atividades de educação, formalizadas na consulta de enfermagem e no aconselhamento telefônico, buscam controlar o regime terapêutico, diminuir a incidência de co-morbidades, promover as capacidades individuais, contribuir com a qualidade de vida e otimizar o custo da doença. As atividades de pesquisa nascem da prática e alimentam os processos de assistência e educação baseada em evidência. O projeto, a partir de 2009, alcançou visibilidade e procura tanto por parte dos estudantes como dos profissionais, com um total de 53 participantes. Assim, visando favorecer a integração e o desenvolvimento científico, optou-se pelo uso da plataforma Moodle como recurso de comunicação e de aprendizagem. O ambiente virtual possibilita a interatividade, construção coletiva, integração de recursos por meio de ferramentas e funcionalidades didáticas de comunicação, garantindo uma rica troca de experiências. Assim, de acordo com dados de janeiro a julho de 2010, o Projeto de Extensão AcolheOnco participou do atendimento ambulatorial de 182 pacientes, realizou 92 consultas telefônicas e totalizou 274 atividades assistenciais. Palavras-chave: oncologia, educação em saúde, acompanhamento dos cuidados de saúde 347


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Projeto de Extensão Saber Cuidar: Educação com Cidadania Elisabeth Niglio de Figueiredo, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, efigueiredo@unifesp.br Tuigi Reis Burlina, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo,Campos Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, tuigireis@hotmail.com Jorge Carlovich Filho, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Campos Vila Clementino, Escola Paulista de Medicina, carlovichjorge@hotmail.com Samuel Sueharu Oka, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Campos Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, saoka70@gmail.com Caroline Rafaela Magalhães, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Campos Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, carolinermagalhaes@hotmail.com

O Saber Cuidar é um projeto de extensão da Unifesp, desenvolvido no Jardim São Savério, na zona sudeste de São Paulo. Contribui para a aprendizagem, formação crítica e crescimento dos participantes - estudantes, movimento popular de saúde, docentes, integrantes da comunidade. Os trabalhos se dão de forma interativa, visando permitir que não apenas os estudantes apliquem as intervenções, mas, que, também os membros da comunidade possam intervir em seus próprios processos. Fundamenta-se nos pressupostos de Freire, na crença de que mudar é possível e que os seres humanos não são puros espectadores, mas atores também da história, que mudar implica saber que fazê-lo é possível. Dentre as atividades desenvolvidas no Projeto, apresentaremos o trabalho realizado em 2009 tendo como diretriz a Promoção da Saúde frente à prevalência de Dengue e Leptospirose no local. As atividades foram desenvolvidas COM o movimento popular de saúde e estimulando à consciência crítica dos participantes a respeito do papel que desenvolvem na sociedade. Para conhecer a região participamos de uma campanha contra esses agravos indo às casas com um dos estudantes fantasiado de Aedes, distribuindo material educativo. Iniciamos a campanha “adote um espaço público”, pintando em mutirão um muro em frente à escola, a retirada do lixo e a plantação de mudas, atraindo outras pessoas da comunidade para que participassem da ação. O mesmo processo foi realizado numa praça pública utilizada como depósito de lixo, vitalizando-a. Esses espaços estão sendo conservados até os dias atuais, dado o despertar do sentimento de pertencimento da comunidade. Estes fatos merecem destaque, uma vez que um dos objetivos do projeto é “fazer com” e não “fazer para”, apesar de que a segunda opção seria muito mais fácil, pois, “fazer com” implica em além de ensinar a fazer, promover uma reflexão acerca do benefício que se obtém e “fazer para” não conduz a comunidade a auto gerir-se.Recomendações. Os estudantes assinalam que o Projeto além de ser uma forma de aprendizado acadêmico, promove também crescimento pessoal, propicia a experiência da convivência com movimentos sociais organizados.A proposta é um desafio que os motiva, fazendo-os adentrar em mundos desconhecidos até então. Permite conhecer pessoas, suas individualidades e semelhanças, situações diversas, acontecimentos inéditos que conduzem a reflexões de ordem interdisciplinar. O grupo releva a questão da troca que se dá nesse contexto, em que um aprende com o olhar do outro. Palavras-chave: Extensão; Ensino; Participação popular

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Projeto Egbé - Educação em Saúde com Comunidades Quilombolas no Vale do Ribeira Prof. Dr. Roberto Teixeira Mendes, FCM, Unicamp, teixeira@fcm.unicamp.br; Daniel Montanini, FCM, Unicamp, danielmontanini@gmail.com; Monalisa Nogueira Costa, FCM, Unicamp, nogueiracostam@yahoo.com.br; Thais Machado Dias, FCM, Unicamp, diasmthais@yahoo.com.br; Letícia Sathler Delfino, FCM, Unicamp, letsathler@gmail.com; outros.

O Projeto Egbé é um projeto de extensão popular, que se iniciou em agosto de 2009, como iniciativa do Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL), a partir do interesse de criar um espaço de discussão sobre a relação universidade/sociedade e atuação em extensão universitária, ambas com discussão incipiente na Faculdade de Ciências Médicas. Neste contexto, iniciou-se a articulação através do Programa Comunidades Quilombolas, programa de extensão comunitária da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, para realizar visitas à região e reuniões com as Associações das Comunidades Quilombolas, a fim de levantar demandas para a criação de um projeto de extensão no local. O objetivo do projeto é, a partir da compreensão das representações sociais do processo de saúde doença e de sua relação com as práticas de saúde dos moradores das comunidades, desenvolver ações que contribuam para a promoção de saúde e de autonomia por meio da educação em saúde. O trabalho contém quatro fases. A 1ª fase consistiu em preparar a equipe por meio da formação teórica sobre comunidades quilombolas, extensão universitária, noções de epidemiologia das doenças mais prevalentes na região, representações sociais, educação popular e noções de organização do Sistema Único de Saúde. A 2ª fase foi composta por visitas domiciliares e reuniões com as comunidades para compreender as práticas de saúde dos moradores das comunidades e discutir com os moradores em que aspectos da saúde o projeto poderia atuar, além de identificar deficiências na assistência de saúde. Na 3ª fase as visitas foram sistematizadas para definir os temas mais relevantes ao objetivo do projeto. Na 4ª fase estão sendo promovidas atividades de Educação e Promoção de Saúde, segundo as necessidades previamente definidas junto às comunidades, de maneira a desenvolver a autonomia dos moradores no cuidado com a própria saúde. Os temas de trabalho escolhidos pelas comunidades foram: Funcionamento do SUS, Saúde do Homem, Saúde do Idoso e Saneamento Básico. Atualmente, iniciamos as atividades da quarta fase, com os temas Saúde do Homem e Funcionamento do SUS. O último tema, em específico, tem sido trabalhado a partir da conjuntura das comunidades com relação ao Programa Saúde da Família (PSF), que possui equipe incompleta e não assídua em suas ações. Neste contexto, as reuniões do eixo Funcionamento do SUS estão abordando funções, estrutura, financiamento, dentre outros aspectos do SUS, para subsidiar as ações da comunidade na tentativa de modificar a realidade local. Palavras-chave: Quilombolas; extensão popular; educação em saúde. 349


Saúde

Projeto Periferia dos Sonhos: o Que Nos Leva A Ser Extensionista na Rua Ana Cristina Passarella Brêtas, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, acpbretas@ymail.com Talline Barbosa Bufoni, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, tallinebarbosabufoni@yahoo.com.br Clara Maria Conde Pereira, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, claramcp@yahoo.com.br Débora Barros Trevisan, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, decotrevis@hotmail.com Karen Trannin, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, karentrannin@hotmail.com Outros: Mariana Battistini, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, mari.batt@hotmail.com

O Projeto Periferia dos Sonhos prevê na sua essência não apenas a ação extensionista focalizada caracterizada pela prestação de serviços e/ou realização de oficinas e grupos educativos; mas valoriza a produção e disseminação do conhecimento, como complementos dialógico e dialético na formação acadêmica. Este Projeto foi demandado e construído por graduandos, fator que agrega valor ao processo de compromisso com a própria formação e, sobretudo, garante o ato de impregnar de sentido a vida na universidade, quase sempre “sem sentido”, uma vez que os docentes e a instituição têm um discurso desconectado da realidade social - dos estudantes e das pessoas por eles assistidas. Este trabalho tem por objetivo relatar as impressões dos participantes sobre a vivência no Projeto. O contato com o outro, a possibilidade de agregar sentido para as aulas práticas e em alguns casos para a graduação, a curiosidade, o desejo de fazer a diferença e diferente são alguns dos motivos que nos levaram a construir o Periferia dos Sonhos. Apesar da pouca visibilidade dentro da instituição, a participação permite ao estudante entender a importância dos seus atos e escolhas, além de perceber-se como ator do seu processo de formação. A princípio o medo do desconhecido, a dificuldade de começar uma conversa, a insegurança de não saber o que dizer e como se colocar são os sentimentos que predominam ao entrarmos em contato com essas pessoas que possuem uma realidade, para muitos, até então desconhecida. Alguns estudantes desistem ao longo do caminho extensionista, mas muito outros continuam ao perceber que nessa troca de experiências o aprendizado acumulado é muito maior do que poderíamos imaginar. Aprendemos a importância de ouvir, de olhar, de ver e de estarmos disponíveis para lidarmos com as diferenças, sejam elas em relação ao outro ou a nós mesmos. O desenvolvimento do Projeto nos faz encontrar a importância do nosso papel social, tanto como cidadãos, quanto como futuros profissionais. O projeto não só nos ajuda na criação de um novo olhar para sociedade, mas nos prepara e capacita para uma sociedade permeada de desigualdades sociais na qual sabemos que podemos não apenas ser diferentes, mas fazer a diferença. Palavras-chave: Extensão, Sem-teto, Ensino

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Projeto Periferia dos Sonhos: Percepções Sobre A Vida de Travestis em Albergue na Cidade de São Paulo Ana Cristina Passarella Brêtas, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, acpbretas@ymail.com Natalia Tenore Rocha, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, narocha68@yahoo.com.br

O projeto Periferia dos Sonhos tem a finalidade de introduzir graduandos da UNIFESP no trabalho com a população em situação de rua, visando à reflexão sobre inclusão e exclusão humana no espaço urbano. O referencial teórico do Projeto fundamenta-se na abordagem pedagógica de Paulo Freire e na perspectiva analítica do pensamento social brasileiro. Tem sido desenvolvido em um albergue, na região norte da cidade de São Paulo, destinado ao atendimento de adultos e idosos em situação de rua. Sempre respeitando a indissociabilidade entre as atividades de extensão, ensino e pesquisa, tem sido locus do desenvolvimento de pesquisas de iniciação científica, dentre as quais, relatamos o estudo “O significado de ser travesti em situação de rua”. Durante as atividades desenvolvidas no albergue chamou a atenção um grupo de travestis que aguardava a sua vez para o banho - em um banheiro exclusivo e isolado da construção principal. O olhar da pesquisadora se voltou a elas, imagino, pelo fato de que nunca havia ocorrido que existiria essa particularidade dentre a população em situação de rua. Tal experiência motivou a elaboração da pesquisa qualitativa que tem por objeto o significado de ser travesti e estar em situação de rua. Foram entrevistadas duas travestis, as narrativas foram gravadas, transcritas e analisadas na perspectiva cartográfica. Os dados empíricos possibilitaram conhecer como as travestis vivem na e da rua; como acessam e são tratadas em equipamentos de saúde e sociais; como lidam com o corpo, com as relações humanas e com o trabalho. Esta pesquisa, na extensão, permitiu trazer a discussão sobre travestis e vida na e da rua para o ensino.Esperamos com este estudo desvelar a questão do travesti em situação de rua e, com o Projeto de Extensão Periferia dos Sonhos ampliar a convivência com estas pessoas, fator que contribui para a quebra de preconceitos dentro da universidade, estimulando a reflexão e, quiçá a mudança de olhar para com o outro ser humano. É uma maneira de sensibilizar outros estudantes e o corpo docente. Palavras-chave: Extensão, Travesti, Sem-teto

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Projeto Periferia dos Sonhos: Relato da Experiência de Extensão em um Albegue Destinado às Pessoas em Situação de Rua Ana Cristina Passarella Brêtas, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, acpbretas@ymail.com Anna Carolina Martins Silva, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, anncarolina@terra.com.br Letícia Maria Acioli Marques, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, leticiaacioli@yahoo.com.br Monie Thaise dos Santos, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, moniety@ig.com.br, Karina Kajihara Yamanaka, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, kakyamanaka@yahoo.com.br

O Projeto Periferia dos Sonhos foi criado em 2009 com o intuito de trabalhar com a população em situação de rua. Dele fazem parte estudantes de diversas áreas, profissionais de saúde e docentes. Realiza, desde o início de suas atividades, visitas mensais a um albergue da cidade de São Paulo destinado a adultos e idosos em situação de rua. Objetiva propiciar espaços para que os estudantes possam experimentar a convivência social e desenvolver ações de educação e comunicação em saúde, estimulando a análise crítica sobre o seu papel social como membro da sociedade brasileira pautada pela desigualdade social.Neste albergue, os membros do Projeto vêm realizando três tipos de trabalho, o primeiro estimula o gosto pela conversa na perspectiva da convivência, momento destinado ao ato de aprender a ouvir e a falar sobre histórias, apreender e compreender significados sobre a vida na rua. Para estimular o diálogo utilizamos o lúdico como jogos de baralho e de tabuleiro visando aproximar os participantes do Projeto das pessoas que estão alojadas no albergue, uma vez que num primeiro momento o contato nem sempre é espontâneo, marcado pelo estranhamento de ambas as partes, sobre a “visita” de estudantes às pessoas em situação de rua. O segundo trabalho implica na participação em atividades organizadas pelos funcionários do próprio albergue, como por exemplo, palestras sobre saúde-doença, festa junina, momento utilizado pela equipe do Projeto para se fazer conhecer, permitir trocas de experiências, valorizar o trabalho realizado pelos trabalhadores e moradores do albergue. O terceiro diz respeito à realização de saraus, organizados pelos participantes do Projeto em parceria com os moradores do albergue, sobre temáticas relacionadas aos universos simbólicos dos diferentes atores e atrizes sociais envolvidos neste processo. O sarau é um espaço para expressar “habilidades”, para fazer, sem um roteiro a ser seguido, o que tem vontade: alguns tocam instrumentos, outros cantam ou recitam poemas e outros ainda participam em silêncio, acompanhando as “atrações”. Conforme se sentem a vontade as pessoas vão tornando-se atores da construção da atividade. Este trabalho, além de propiciar troca de experiências, criação de vínculo e conhecimento de uma realidade que é desconhecida para muitos; possibilita resgatar e discutir a questão da cidadania e da inclusão social, pautando a questão da desigualdade social brasileira que está presente em todas as esferas, apesar de ser pouco valorizada até mesmo no espaço da universidade pública. Palavras-chave: Extensão; Sem-teto; Cidadania 352


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Projeto Periferia dos Sonhos: Trabalho de Extensão com Pessoas em Situação de Rua na Cidade de São Paulo Ana Cristina Passarella Brêtas, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, acpbretas@ymail.com Natalia Tenore Rocha, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, narocha68@yahoo.com.br Jaqueline Gabriel Polezei, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, jpolezei@yahoo.com.br Caren Ingrid dos Santos, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE, careningrid16@hotmail.com Juliana Pedro Fontana, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem - EPE,jufontana7@gmail.com

Desde 1995 docentes da Escola Paulista de Enfermagem da UNIFESP propiciam aos estudantes a participação em atividades de ensino, extensão e pesquisa com adultos e idosos em situação de rua na cidade de São Paulo. Contudo, até 2009, o ensino e a extensão aconteciam apenas na grade curricular, não possibilitando que o estudante com interesse na área pudesse desenvolvê-las também na dimensão extracurricular. Neste contexto histórico, um grupo de estudantes, em parceria com uma docente, cria o Projeto Periferia dos Sonhos assegurando a indissociabilidade entre as ações de extensão, ensino e pesquisa, na perspectiva interdisciplinar, tendo como foco de ação a vida na e da rua. Com a finalidade estimular à reflexão sobre inclusão e exclusão humana no espaço urbano, prevê na sua essência não apenas a ação extensionista focalizada caracterizada pela prestação de serviços e/ou realização de oficinas e grupos educativos; mas valoriza a produção e disseminação do conhecimento, como complementos dialógico e dialético na formação acadêmica. O referencial teórico do Projeto fundamenta-se na abordagem pedagógica de Paulo Freire e na perspectiva analítica do pensamento social brasileiro. Tem como eixo estruturante a cogestão entre os estudantes, docente e profissionais que atuam no “Programa de Saúde da Família sem Domicílio” e/ ou em equipamentos sociais na cidade de São Paulo, implicando no contínuo exercício do diálogo. Tal práxis tem contribuído para a formação crítica (técnica, científica e política) dos participantes e, sobretudo ensinado a “arte da negociação”. A dinâmica de funcionamento do projeto prevê reuniões de estudo semanais e uma atividade de campo mensal em um equipamento social (albergue) destinado ao trabalho com adultos e idosos em situação de rua na cidade de São Paulo. Sempre na perspectiva da indissociabilidade entre as atividades de extensão, ensino e pesquisa, neste momento encontram-se em desenvolvimento, além das atividades oriundas à dinâmica do Projeto, três trabalhos de conclusão de curso: (1) O significado de ser travesti em situação de rua; (2) O ser humano em situação de rua a partir da imagem fotográfica; (3) O significado de ser velho e estar em situação de rua e; uma dissertação de mestrado: (1) O significado da morte e do morrer na situação de rua. Palavras-chave: Extensão; Sem-teto; Ensino

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Projeto Saber Cuidar: Dez Anos Aprendendo e Ensinando A Fazer Extensão Universitária com Movimentos Sociais Ana Cristina Passarella Brêtas, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, acpbretas@ymail.com Maria Zetildes de Lima, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo,sabercuidarfederal@gmail.com Guilherme dos Santos Zimmermann, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, guizimmer@ gmail.com Mariana Tereza Monferdini Ruoco, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, maruoco@yahoo. com.br

O Saber Cuidar foi criado em 2001 visando estimular a consciência critica sobre o papel da universidade pública na sociedade brasileira por meio da inserção de estudantes e docentes no planejamento, implementação e avaliação de ações extensionistas. Objetiva contribuir para ampliar o senso de responsabilidade dos participantes sobre a saúde individual, coletiva e planetária; auxiliar na formação crítica do estudante universitário, buscando integrar a teoria à prática por meio da vivência extensionista e/ou a realização de pesquisas, valorizando as competências técnicas, científicas e políticas. Até 2008 as atividades do Projeto estavam voltadas para a Educação em Saúde, atualmente, o foco de ação político-pedagógico esta direcionado para a Educação Popular com vista à Promoção de Saúde, para tanto tem como parceiros: o Movimento Popular de Saúde da região Jardim São Savério, os Projetos “Taekwondo e Cidadania”, “Borussia: Futsal e Cidadania” e a coordenação pedagógica da Escola estadual local. Segue o preceito da indissociabilidade entre as ações de extensão, ensino e pesquisa, na perspectiva interdisciplinar. No que diz respeito ao ensino, graduandos de Enfermagem tem a oportunidade de cursar 40 horas da disciplina “Assistência transdisciplinar em comunidade” na Escola local. Essa aproximação, apesar de pequena, é uma maneira de trabalhar com os preceitos da flexibilização e curricularização na graduação. Quanto à pesquisa, está vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Saúde, Políticas Públicas e Sociais, que agrega estudantes, profissionais das áreas da Saúde, Humanas e Sociais e membros do movimento popular de saúde, e tem como um dos eixos de investigação a construção sistemática da história desse movimento COM os seus atores sociais. O Projeto valoriza a produção e disseminação do conhecimento, como complementos dialógico e dialético na formação acadêmica. O seu eixo estruturante e a cogestão entre os participantes implicam no contínuo exercício do diálogo entre esses diferentes atores e atrizes sociais, contribuindo para a formação crítica (técnica e política) individual e coletiva. Utiliza o referencial de educação popular à luz dos educadores Paulo Freire e Carlos Brandão com vista a contribuir para a inclusão de grupos sociais vulneráveis por meio da prática do empoderamento social. Estamos convencidos de que o ato de educar acima de tudo deve ser dialógico, entre sujeitos, e requer uma ação transformadora sobre a realidade posta. A educação vista desta forma torna-se uma ação criativa, portanto não pode ser padronizada, é a criatividade dos sujeitos que oferecerá condições para a transformação. Palavras-chave: Extensão; Saúde; Educação; Movimentos sociais

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Projeto Saber Cuidar: Um Local Possível na Universidade para Estimular o Pensamento Crítico, Ensinar e Aprender Cidadania Elisabeth Niglio de Figueiredo, Campus São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, efigueiredo@unifesp.br Edme Severino dos Santos, Universidade Federal de São Paulo, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, severinosantos2006@hotmail.com Thalita Pacheco Villas Boas, Universidade Federal de São Paulo, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, thalita_pacheco91@hotmail.com Maria Cristina Wafae Félix de Carvalho, Universidade Federal de São Paulo, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, sabercuidarfederal@gmail.com Tailini Lígia Tadini, Universidade Federal de São Paulo, Campus Vila Clementino, Escola Paulista de Enfermagem, tailinetadini@yahoo.com.br

O Projeto Saber Cuidar está credenciado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de São Paulo e atua com o Movimento Popular de Saúde, Associação de Moradores, Grupo São Bonifácio e alguns professores da Escola Estadual e moradores da comunidade do Jardim São Savério, região sudeste da cidade de São Paulo. Mantém reuniões regulares uma vez por semana e uma visita à comunidade no último sábado de cada mês. Durante as reuniões são discutidas propostas trazidas pelos membros, que são embasadas em conteúdo teórico-prático, e geram uma visão crítica no processo de aprendizagem, ao mesmo tempo em que estimulam a criatividade dos participantes transpondo o conhecimento teórico adquirido para a prática educativa. Os ideais do Projeto são a promoção da saúde, cidadania e respeito ao próximo. Os membros do Projeto têm a mesma autonomia para decidir, opinar e formular estratégias, formando assim um processo amplamente democrático e ancorado ao pensamento de Paulo Freire de que não somos meros espectadores, mas atores do processo de intervenção no meio em que vivemos. Como meios de comunicação são utilizadas postagens em blog e e-mail para envio de artigos e documentos a fim de registrar nossos progressos. Com o intuito de conhecer a comunidade e promover a saúde, realizamos uma caminhada contra a dengue e a leptospirose. Atualmente, o Projeto aborda temas como lixo, empoderamento e pertencimento. O tema do lixo surgiu a partir do trabalho “adote um espaço público”, realizado COM comunidade, no qual percebemos a necessidade de uma grande reflexão sobre o assunto, visando ações de educação, promoção e prevenção da saúde, bem como incitar o sentimento de pertencimento por parte da população referida. Na lógica do pertencimento e de acreditar no potencial das crianças, realizamos uma visita à Pinacoteca de São Paulo junto ao Movimento Popular de Saúde, onde houve uma homenagem a um historiador que relatou sobre a Revolução Constitucionalista. Após a visita, fomos ao Parque da Luz com as crianças para expandir sua noção de espaço público. O projeto é aberto a todos que estão interessados e sonham que mudar o mundo é possível, já que ninguém é impermeável à mudança. As ações visam o cuidado com o Planeta, exercendo a cidadania e promovendo crescimento pessoal. Palavras-chave: Extensão; Cidadania; Participação popular

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Promovendo Saúde Por Meio de Práticas Intersetoriais Profa Dra Maria Cecília Lapa, mclapa@oftalmo.epm.br Janaina Alves da Silva, jana.asilva@bol.com.br Carla Ribeiro da Silva Santos, carlamahim@gmail.com Liz de Faria Moura, mlizz_faria@hotmail.com Departamento de Oftalmologia da Unifesp; Universidade Federal de São Paulo - Unifesp

Introdução: Considerando a importância da integração das práticas de educação e saúde e o preponderante papel da universidade na formação de profissionais adequados às necessidades sociais foi implantado em 1994, no Município de Embu (São Paulo), o programa “Embu Enxergando Melhor”.O programa, compreende ações de promoção da saúde ocular, prevenção, por meio da detecção precoce das alterações visuais, acompanhamento e tratamento dos danos, incluindo a reabilitação ortóptica dos escolares matriculados na rede pública municipal da Educação Infantil. Problemas visuais simples afetam cerca de 10 a 15% dos escolares, prejudicam o seu rendimento e respondem por grande parcela de evasão e repetência. Grande parte destas alterações pode ser prevenida por meio de práticas educativas e assistenciais capazes de mobilizar profissionais, alunos, professores, pais e a comunidade para uma atuação conjunta. Objetivos: 1.Instrumentalizar o professor, para realização da triagem visual, primeira etapa do programa de atendimento ao pré-escolar matriculado na Fase V da Educação Infantil.2. Desenvolver nos estudantes e profissionais da saúde e da educação, habilidades e atitudes para elaboração e realização de atividades visando a promoção da saúde. 3.Proporcionar ao estudante da área da saúde a vivência do trabalho interdisciplinar e intersetorial. Metodologia: Mobilização e capacitação dos educadores da Educação Infantil, para a realização de triagem visual segura e efetiva, por meio de oficinas dialogadas organizadas e coordenadas pelos alunos e professores do Curso de Tecnologia Oftálmica da Unifesp.Os dados obtidos na triagem visual, devidamente anotados pelos professores, em planilha específica, são utilizados para a seleção das crianças que serão convocados para exame oftalmológico completo com a especialista da rede básica de saúde. Impacto acadêmico e social: 220 alunos do Curso, tiveram a oportunidade de atuar diretamente com a comunidade e com outros profissionais, desenvolvendo ações intersetoriais de atenção primaria à saúde. 850 novos professores da rede freqüentaram as oficinas. 40.235 pré-escolares das escolas municipais de Educação Infantil, na faixa etária entre 5 e 7 anos, tiveram a oportunidade de realizar triagem visual. Foram encaminhadas para exame oftalmológico, 7.627 crianças e destas, 4334 foram avaliadas, orientadas e/ou submetidas a tratamento. Comentários: A identificação de problemas visuais e a possibilidade de tratamento preventivo e/ou curativo contribuem para a efetividade do processo ensino/aprendizagem, influenciando positivamente no desempenho individual diário do aluno, na sua inserção social e na qualidade de vida.

Palavras-chave: Extensão, Ações intersetoriais, Saúde Visual. 356


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Parque de Equoterapia Marcos Chiquitelli Neto1,3 ; Keler Lima2,3; Joice de Souza Ribeiro4 1 Professor do Dpto. de Biologia e Zootecnia e coordenador do Parque de Equoterapia da UNESP de Ilha Solteira. 2 Aluno do curso de graduação em Zootecnia da UNESP de Ilha Solteira. 3 Colaborador do Núcleo de Manejo Racional (MANERA) - manera@bio.feis.unesp.br 4 Fisioterapeuta e Coordenadora da Equoterapia da APAE de Ilha Solteira.

A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais. Além disso, essa prática realizada dentro de instituições de ensino, pesquisa e extensão, como é o caso do Parque de Equoterapia da UNESP, promove uma aproximação efetiva de alunos, mestres e a comunidade, propiciando um melhor desenvolvimento do futuro profissional e melhorando a imagem da universidade, inserida no contexto social local.Nesse sentido, as atividades do Parque de Equoterapia, tem como objetivo geral aplicar conhecimento multidisciplinar em benefício da comunidade, tanto civil como acadêmica.Por meio de um convênio firmado entre a Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira e a APAE, deste mesmo município, foram definidas ações conjuntas que possibilitassem a prática da equoterapia, utilizando recursos de ambas às partes. As atividades são desenvolvidas num local específico denominado Parque de Equoterapia, de aproximadamente 20.000 metros quadrados, localizado no Campus II da UNESP de Ilha Solteira.Rotineiramente são utilizados cinco eqüinos, adultos e com comportamento compatível ao manuseio necessário durante as sessões.A equipe técnica é composta por:Um Zootecnista, dois técnicos em equitação, uma Fisioterapeuta, uma Fonoaldióloga, uma Psicóloga, uma Pedagoga, dois professores de Educação Física, dois Terapeutas Ocupacionais e alunos dos cursos de graduação em ciências biológicas e zootecnia. Os atendimentos são realizados duas vezes por semana, recebendo apenas alunos da APAE. Cada sessão dura em média 45 minutos e são necessários de dois a três membros da equipe para cada atendimento. Semestralmente são realizados uma média de 350 atendimentos, com a participação de 18 crianças.Além disso, já passaram pelo projeto mais de 20 estagiários que puderam vivenciar a rotina desse tipo de atividade, que além do conhecimento técnico na equitação, recebem informações sobre o planejamento e a interação entre a equipe multidisciplinar do projeto.Um grande diferencial do Parque de Equoterapia é a realização das sessões sem a cobrança de taxa aos participantes.A procura por vagas nas sessões é crescente, no entanto, existe uma limitação física para aumentar o número de alunos, definido pela própria APAE.Como existe uma grande procura por novas vagas e, ao mesmo temo,o parque fica a maior parte da semana sem atividades, o número de atendimentos poderia ser dobrado com pouco investimento em infra-estrutura e recursos humanos. Palavras-chave: Cavalo, equipe multidisciplinar, extensão

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Participação e Redes Sociais na Região Noroeste de Santos Rosilda Mendes (rosildamendes@terra.com.br) Ariane Caserta Zeller (nani_zeller@hotmail.com), Rebeca Santos (beka_santos@yahoo.com.br), Bruna Bovarotti (bru_bovarotti@yahoo.com.br) e Caroline Teixeira Zanchi (cazinha_flor@yahoo.com.br) Entidade de vínculo profissional: UNIFESP Campus Baixada Santista Ângela Aparecida Cappozolo, Alexandre Henz, André Rodrigues, Bruna B. Lopes, Maria Carolina Forti, Tailah Barros, Luana Rosa , Breno Ayres Chaves Rodrigues , RuiTeixeira Lima Júnior, Bianca Luna Meira, Rodrigo Saggiomo, Isabel Lopes dos Santos Keppler, Larissa Araujo Ribeiro

A região Noroeste de Santos possui cerca de 120 mil habitantes, e caracteriza-se por apresentar um território de desigualdades. O local abriga o Dique da Vila Gilda, a maior favela de Santos, com uma população de 20.000 pessoas, sendo que a maior parte vive em palafitas, sem acesso à infra-estrutura básica, vivendo em situação de vulnerabilidade social. Iniciativas desenvolvidas pela UNIFESP Baixada Santista identificaram, nos últimos quatro anos, muitas associações e pessoas que raramente se unem em torno de projetos comuns. Este trabalho teve o intuito de identificar grupos desta região, bem como mostrar as relações que estabelecem entre si e como se articulam para desenvolver ações que interferem nas condições de vida. No ano de 2009 foi desencadeado um estudo do tecido social por meio da indicação de três pessoas, designados pela sua qualidade de liderança que indicaram outras três. Por meio da construção de narrativas foram registrados: a história de vida, o percurso político, desejos, inserção na rede de instituições locais, ações e problemas da região. Três encontros são realizados e desta forma foi sendo construída a rede de lideranças local, que pode ser visualizada por meio de um sociograma que mostra as relações em teia. Para a análise do tecido social foi utilizado o programa Ucinet que é uma entre várias possibilidades de ferramentas disponíveis no espectro de metodologia de análise de redes que permite a identificação e visualização de redes existentes e também a intensidade das relações. A metodologia possibilitou a representação em teia, que se encontra na terceira linha e apresenta, até o momento, 45 diferentes indicações e apenas 6 repetições. O sociograma apontou o desenho de uma rede “frouxa” e frágil. Os indicados fazem parte do grupo de pessoas ao qual o líder está vinculado, o que pode significar que não exista uma só rede, mas redes de relações pouco articuladas. Ao identificarem os problemas, as lideranças parecem convergir para problemas de moradia, acesso a serviços, lixo e o fato da comunidade ter dificuldade para solucionar problemas, o que pode indicar certo descrédito na participação. Algumas pessoas ficam felizes (auto-estima eleva-se) em falar sobre sua vida e reviver algumas histórias o que traz a tona idéias e projetos para serem implementados na comunidade. Além disso, começam a reconhecer uma rede de contatos, movimentos e lideranças que já haviam sido esquecidas e que podem ser potencializadas. Esses dados podem criar possibilidades de mobilizar uma rede social em torno de temáticas que auxiliem a compreensão da dinâmica social e que apóiem a criação de estratégias de melhoria das condições de vida. Palavras-chave: participação social, narratividade, redes sociais

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Perfil dos Idosos do 3º Encontro do Programa de Assistência a Saúde do Idoso - Programa de Extensão Universitária da Universidade Guarulhos José Renato Romero, centro, Universidade Guarulhos, jrromero@prof.ung.br Everton Luiz dos Santos, centro, Universidade Guarulhos, elsantos@prof.ung.br Roseli Cordeiro de A.Morais, centro, Universidade Guarulhos, rcmorais@prof.ung.br Cristiane Alves Frare, centro, Universidade Guarulhos, calves@prof.ung.br Alexandre Sabbag da Silva, centro, Universidade Guarulhos, asilva@prof.ung.br

Segundo relatório encaminhado para United Nations Educational, Scientific and Cultural Organisation (UNESCO) da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, “para poder dar resposta ao conjunto de suas missões, a educação deve organizar-se à volta de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente, aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes do ensino, pesquisa e extensão. Considerado como um dos principais postos de abastecimento alimentar da cidade de Guarulhos, o varejão Cecap, como é popularmente conhecido, tornou-se um ponto de encontro aos sábados dos idosos, favorecendo a realização de programas de promoção e prevenção da saúde tantos dos idosos, como seus prestadores de serviço e cuidadores. Objetivo. Avaliar condições gerais de saúde e grau de exposição do tabaco em idosos no bairro do Cecap no município de Guarulhos. Metodologia. Estudo transversal, realizado como idosos freqüentadores de um varejão (feira-livre) do município de Guarulhos, localizado no bairro do Cecap. Foi aplicado um questionário de perguntas abertas e fechadas, contendo informações sobre aspecto de saúde e exposição dos derivados do tabaco. A coleta de dados foi realizado com auxilio de professores e alunos do curso de fisioterapia da Universidade Guarulhos (UnG) em forma de entrevista, sendo padronizado a abordagem de intervenção e orientação. Resultados. Fizeram parte do estudo 89 idosos, sendo 51% do sexo feminino, com idade média de 65 anos. Destes idosos 64% realizam acompanhamento médico, 16% passaram no médico a mais de 1 ano. Dos idosos 61% já experimentaram o cigarro pelo menos uma vez, 34% convivem com fumante, porém apenas 21% são fumantes ativos. Conclusão. A maioria dos idosos apresenta algum tipo de problema de saúde, sendo que 64% fazem acompanhamento médico, destes 21% são fumantes e 34% convivem com fumante podendo ser considerado tabagista passivo. Palavras-chave: Idoso, doenças, tabagismo

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Perfil dos pacientes atendido pela Clínica de Acupuntura da Faculdade de Odontologia de Piracicaba Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP Cássia Maria Grillo gricag@hotmail.com Maria Paula Rando-Meirellesmpaula_rando@yahoo.com.br Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP Docente Responsável: Profª. Drª. Maria da Luz Rosário de Sousaluzsousa@fop.unicamp.br

A acupuntura é um recurso terapêutico milenar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que consiste na inserção de agulhas em áreas definidas da pele chamadas acupontos. É considerada uma terapia reflexa em que o estímulo de uma região age sobre outras. A indicação mais freqüente da acupuntura é para o controle da dor. A dor orofacial, muitas vezes de origem musculoesquelética, é de difícil diagnóstico, sendo as terapias reversíveis e não invasivas as de primeira escolha para o tratamento. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil dos pacientes atendidos na Clínica de Acupuntura da Faculdade de Odontologia de Piracicaba para o tratamento de dores orofaciais, agudas e crônicas, no período de 2007 à 2009. A amostra foi de 88 pacientes, 77 (87,5%) do sexo feminino e 11 (12,5%) masculino, com idade entre 7 e 76 anos. As principais causas de procura para tratamento na clínica neste período foram: 68 (77,8%) pacientes com disfunção temporomanbibular, 11 (12,5%) com bruxismo; 5 (5,4%) com trigeminalgia; 4 (4,3%) por outros motivos. A dor dos pacientes foi mensurada através da escala EVA. Todos os pacientes tiveram redução dos sintomas. Como uma porcentagem dos pacientes atendidos apresentaram outros sintomas que não dor, será incorporado um novo instrumento (OHIP 14) para a avaliação do efeito da acupunturana qualidade de vida. Palavras-chave: acupuntura; dor orofacial

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Princípio da indissociabilidade aplicado ao triathlon na Faculdade de Educação Física - UNICAMP, uma experiência entre ensino, pesquisa e extensão Orival Andries Junior, Faculdade de Educação Física, UNICAMP, orivaljr@fef.unicamp.br Wagner Daniel Cintra Schwerdtfeger, Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Wagner.dcs@hotmail.com

O triathlon, recente esporte que teve seu nascimento em meados dos anos 70, e sua primeira participação em Jogos Olímpicos no ano 2000 (Sidney), caracterizado pela prática consecutiva e ininterrupta de natação, ciclismo e corrida, vêm se mostrando em grande ascensão em termos de popularidade como espetáculo midiático, assim como em número de participantes profissionais e principalmente amadores entusiastas. Diante dessas contemporâneas manifestações corporais, surge para a Faculdade de Educação Física da UNICAMP e para o LABAQUA - Laboratório de Atividades Aquáticas, a demanda por estudos que busquem melhor compreender o fenômeno e preparar novos profissionais capazes de executar a prática com excelência e profissionalismo. Em 2001 a faculdade tem seu primeiro trabalho de conclusão de curso (TCC) realizado sobre triathlon, em 2005 suas primeiras publicações em periódicos específicos das ciências do esporte, para finalmente no ano de 2008 passar a ser oferecida aos alunos de graduação uma disciplina eletiva discutindo exclusivamente o tema. Caminhando paralelamente e ao mesmo tempo de forma coesa com a pesquisa e ensino, em 2005 é elaborado e posto em funcionamento um projeto enquadrado na área temática da saúde, que oferece à comunidade interna e externa à universidade uma nova opção de prática de atividade física orientada, e aos alunos envolvidos a oportunidade de enriquecimento no processo de geração de conhecimento, tendo protagonismo em sua formação técnica. Até o momento, já foram atendidos aproximadamente 400 praticantes que, em sua maioria, tiveram seu primeiro contato com o esporte nas turmas desse projeto e, cerca de 15 alunos que acrescentaram aos seus currículos uma diferenciada experiência de prática profissional. Palavras-chave: Extensão, Triathlon, Indissociabilidade.

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Projeto PET Escola - Educação em Saúde: Construindo o Conhecimento Através da Troca de Saberes Inahiá Pinhel, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUCCampinas, inahiap@puc-campinas.edu.br Aline de Oliveira Costa, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC-Campinas, alineoliveiracosta@hotmail.com Ana Cláudia Fernandes, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC-Campinas, fernandes.anac@hotmail.com Isabela Morais, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC-Campinas, bela_isabela2003@yahoo.com.br Rafaela de Almeida Ferreira, Programa de Educação Tutorial, Faculdade deEnfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUC-Campinas, rafaela.dealmeida@yahoo.com.br

O Projeto de Extensão “PET Escola - Educação em Saúde”, realizado pelo Programa de Educação Tutorial (PET) da Faculdade de Enfermagem da PUC-Campinas, tem por objetivo desenvolver práticas pedagógicas voltadas à formação em saúde e o desenvolvimento do bem estar de adolescentes de escolas públicas da região noroeste do município de Campinas, SP. Para a realização do projeto, são desenvolvidas atividades quepromovam momentos de aprendizagem e reflexão por meio da troca de experiências sobre temáticas relacionadas à saúde que abordem questões sobre a saúde física, saúde mental e saúde cidadã do jovem-adolescente. A abordagem de temas relacionados à sexualidade abre um leque para inúmeras dúvidas dos adolescentes. Nesse seguimento acrescentam-se as questões de sexualidade humana, preconceitos, indagações a respeito da pedofilia, abuso sexual e não somente orientação e cuidados relacionados à reprodução e doenças sexualmente transmissíveis. A orientação de temáticas como cidadania nos faz refletir o quanto é importante abordar os direitos e deveres do cidadão e como garantir acesso à escola e aos serviços de saúde. Não menos importante do que estes também são discutidos temas referentes à higiene pessoal, alimentação e prática de exercícios físicos, bem como de saúde mental abordando questões como autoconhecimento, autopercepção e convivência com os diversos grupos sociais.Os encontros são realizados semanalmente e são conduzidos pelos acadêmicos de enfermagem participantes do projeto. As temáticas são trabalhadas através de metodologias ativas, jogos dinâmicos e grupos de discussão, pois, acredita-se que desta forma o adolescente participa ativamente no processo de construção dos saberes, tornando-se crítico e multiplicador do conhecimento adquirido, além de possibilitar efetiva troca de experiências durante os encontros. Pretende-se, com o desenvolvimento do projeto, fornecer subsídios dos assuntos pertinentes aos adolescentes de tal forma a atender às expectativas dos mesmos, bem como da escola e da comunidade na qual este jovem está inserido. Pretende-se também, desenvolver nos acadêmicos de enfermagem a experiência em práticas educativas que constitui-se em uma vertente na formação do profissional enfermeiro. Palavras-chave: Educação, Saúde, Adolescentes.

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Projeto: Saúde em Movimento Ricardo Luís Fernandes Guerra, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo, ricardo. guerra@unifesp.br Eduardo Hiroshi Júnior, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo, du_eu@hotmail.com Mayara Ochikubo, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo, mayara.ochikubo@hotmail. com

Os cortiços, habitações coletivas e precárias, fazem parte do cenário do centro de Santos. Somando por volta de 600 cortiços, em que moram, aproximadamente, 14.500 pessoas, tais habitações têm condições insuficientes de ventilação, insolação e luminosidade, além de espaços que não correspondem às necessidades habitacionais dos adultos e menos ainda das crianças. Poucas ações públicas da sociedade civil, organizadas em função da melhoria desta perspectiva são notadas. Porém, a Associação dos Cortiços do Centro (ACC), desde 1996, tem tido a incumbência de promover a melhoria da qualidade de vida dos habitantes dos cortiços do centro, no que tange à habitação, saúde, educação, emprego, cultura e lazer. E é neste contexto que este projeto é realizado, apoiando-se na parceria com a ACC e focalizando a situação das crianças, acreditando que a presença e ações da Universidade possam auxiliar no potencial de desenvolvimento e resiliência dessas crianças. Entre os objetivos propostos evidencia-se a manutenção e acompanhamento de ações para a promoção do desenvolvimento físico-motor, nutricional e de alguns aspectos psicológicos para esse grupo de crianças residente desta região, identificando o perfil do desenvolvimento destas crianças de forma a obter dados que permitam vislumbrar necessidades que possam ser encaminhadas ou respondidas com ações de promoção de saúde. Planejar e realizar ações de saúde baseadas nas necessidades diagnosticadas e condizentes com as possibilidades de atuação dos estudantes e avaliar o impacto das atividades sobre o grupo acompanhado, de modo a operar segundo um aprimoramento contínuo da tecnologia de ação neste âmbito, também são objetivos deste projeto. A freqüência de crianças é em torno de 15 por semana. Há a realização de oficinas (1x/semana, 90min.) nas quais avalia-se, acompanha-se e realiza-se ações relativas a capacidades físicas e motoras, desenvolvimento antropométrico, estado nutricional e elementos da imagem corporal. Alguns destes dados são obtidos no decorrer das atividades e oficinas que são constituídas de exercícios físicos, educação em saúde e dinâmicas grupais, mas de forma a realizar tais ações em configurações lúdicas e esportivas, de jogos e brincadeiras. O desenho geral das oficinas é esboçado no início das ações do programa, de modo a responder às necessidades detectadas anteriormente, mas seu refinamento é feito após cada atividade e reavaliação diagnóstica. Caso detectem-se necessidades de acompanhamento profissional, os pais são contatados e encaminhados para um dos serviços da rede pública de saúde. Embora haja uma avaliação individualizada, as intervenções, no projeto, são predominantemente em grupo. Palavras-chave: atividades físicas, crianças, interdisciplinariedade

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Projeto corporalidade e promoção da saúde: Um relato de experiência Prof. Dr. José Roberto da Silva Brêtas, Vila Clemetino, Universidade Federal de São Paulo, bretas@ymail.com Ana Maria Limeira de Godoi, Universidade Federal de São Paulo, aninha_white@hotmail.com Laís de Souza, Universidade Federal de São Paulo, lalasouza@hotmail.com Izabela Fernanda Tortoza da Silva, Universidade Federal de São Paulo, izabela_tortoza@hotmail.com Natalia Dala Justino, Universidade Federal de São Paulo, naty.kixiki@gmail.com

Este projeto é uma atividade vinculada ao Grupo de Estudos sobre Corporalidade e Promoção da Saúde (GECOPROS). É um conjunto de atividades, que engloba a problemática das questões da adolescência. Sua atuação ocorre no campo da Promoção da Saúde, com ênfase nas questões do corpo adolescente (desenvolvimento e mudanças corporais, imagem corporal e auto-estima, sexualidade, comportamento sexual, saúde sexual, relações interpessoais, corpo social, ações preventivas, abuso sexual), e visa catalisar discussões e reflexões críticas sobre esse universo. Tem como principal finalidade articular ações nos campos do ensino, assistência e pesquisa. Seu conjunto de ações está direcionado a escolas publicas de ensino fundamental e médio parcerias do projeto, com uma população de escolares, adolescentes e jovens que frequentam estas instituições. Os objetivos são: proporcionar ao aluno do curso de graduação e pós-graduação da UNIFESP, aprendizagem e vivências no campo da educação para a Saúde com adolescentes, especificamente na temática Corporalidade e saúde; promover a elaboração e confecção de tecnologias pedagógicas e sociais destinadas à prática da educação em saúde; desenvolver atividades educativas junto a escolares adolescentes e jovens que freqüentam equipamentos sociais e escolas da rede publica; desenvolver pesquisas junto ao serviços que possam reverter em novas praticas de ensino, intervenção e gerar conhecimento. Para o desenvolvimento de nossas ações de ensino - aprendizagem estabelecemos como núcleo central, a adolescência, e definimos como matriz metodológica para compreensão dos fenômenos e para o direcionamento do projeto, os pressupostos das Representações Sociais. Desde demarço de 2004, quando iniciamos as atividades do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde, até novembro de 2009 nas escolas em que o projeto esta inserido, participaram 6.836 adolescentes entre 10 e 24 anos (3.592 do sexo feminino e 3.244 do sexo masculino). Nesse período, desenvolvemos 450 oficinas com 1.800 horas de atividade, distribuímos 52.704 preservativos masculinos, proporcionamos estagio curricular a 489 estudantes do curso de graduação em Enfermagem da UNIFESP, além do desenvolvimento de pesquisas de iniciação cientifica com bolsas do CNPq e FAPESP. Foram distribuídas 2.600 revistas Corporalidade para as escolas envolvidas e 5.400 folders educativos com informações sobre DST e gravidez na adolescência. Cumprimos 298 horas de atividade de orientação sexual em Unidade Básica de Saúde.

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Projeto de Extensão: Agita Unesp - “Promoção de atividade física na comunidade universitária” Flávia C. Goulart.FFC, Marília - Unesp. Orientador:flaviagoulart@marilia.unesp.br; Renata Salatini. FFC, Marília - Unesp. Aluno deFisioterapia: resalatini@yahoo.com Bianca C. R.Castro. FFC, Marília - Unesp. Aluno de Fisioterapia: castro474@hotmail.com Juliana M. Shimizu. FFC, Marília - Unesp. Aluno deFisioterapia: jumitiko@yahoo.com.br André L.T.Conrado. FFC, Marilia–Unesp.Aluno de Fisioterapia: altconrado@yahoo.com.br

É comprovado que indivíduos fisicamente ativos possuem uma melhor qualidade de vida, pressão arterial controlada, freqüência cardíaca de repouso reduzida, maior disposição e melhor controle do estresse. Em estudos realizadoscom universitários, foi observado que 60% dos graduandos estavamnas categorias: sedentários e insuficientemente ativos. Outros estudos realizados com adolescentes brasileiros apontaram elevados índices de inatividade física, variando entre 39% e 94%. Fica evidente que os estudantes não atingem níveis de atividades físicas consideradas ideais, preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante do exposto, nosso projeto de extensão teve como objetivos: promover o hábito de atividade física aeróbica regular semanal; diminuir o sedentarismo entre estudantes e funcionários da Universidade; monitorar o condicionamento e benefícios da atividade física por metodologia específica e sistematizada, bem como promover a cultura de prevenção à saúde. Em um ano de projeto foram atendidos 90 indivíduos, sendo 98% de estudantes e 2% de funcionários. Destes indivíduos, a maioria ( 97%, n=87 ) eram do sexo feminino, e apenas 3% (n=3) eram do sexo masculino. Dos 90 indivíduos que iniciaram o projeto, apenas 22% (n=20) mantiveram regularidade na freqüência, desenvolvendo as atividades três vezes por semana e puderam ser avaliados no início e final de cada semestre;tendo 45% (n=40 ) abandonado o projeto ao longo de um ano. Ao final do primeiro ano, 100% (n=20) dos indivíduos avaliados mantiveram seu Índice de massa corpórea (IMC) inalterado, sendo que 35% (n=7 ) apresentaram índices acima do esperado para a idade, caracterizando sobrepeso e 62% (n=13 ) estavam dentro do parâmetro esperado. Quanto a avaliação de flexibilidade, os indivíduos apresentaram 11%, em média, de melhora no teste do Banco de Wells; melhora de 12% no teste de força abdominal e incremento de 10,5% no teste de força de membros superiores. De maneira geral, os indivíduos que conseguiram manter uma regularidade na atividade física, pelo menos duas vezes por semana, apresentaram melhora de aptidão física. Porém, devido ao alto índice de desistência dos participantes, ao longo do projeto, fica claro que é preciso melhorar as estratégias, dentro da comunidade acadêmica, de promoção da cultura de realização de atividade física e seus benefícios. Contudo, consideramosque o êxito do projeto vai além dos números encontrados até o momento, poisao assumirmos o nosso papelna promoção e prevenção à saúde, por meio de projetos educativos e práticos junto a nossa universidade, saímos da inércia e estamos em processo de busca de melhor qualidade de vida. Palavras-chave: Atividade física, qualidade de vida, sedentarismo 365


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Projeto de Extensão PET-Creche Inahiá Pinhel, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Ciências da Vida, PUCCampinas, inahiap@puc-campinas.edu.br Marjorie Figueiredo Leão, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Coências da Vida, PUC-Campinas, mag_lyon@hotmail.com Camila Centamori Mello, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Coências da Vida, PUC-Campinas, mlinha_@hotmail.com Liliane Rodrigues Soares, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Coências da Vida, PUC-Campinas, lyucha@hotmail.com

Ananda Raquel Musselli, Programa de Educação Tutorial, Faculdade de Enfermagem, Centro de Coências da Vida, PUC-Campinas, ananda_rmm@hotmail.com Observando a necessidade das crianças carentes obterem uma orientação básica e adequada sobre cuidados pessoais e sociais, o PET-Creche foi desenvolvido para incentivar e integrar essas crianças socialmente. Consiste em um trabalho elaborado em creches disponíveis ao projeto, onde dinâmicas, teatros e brincadeiras são os métodos mais usados para levar à uma compreensão do social. Neste ano de 2010, o trabalho PET-Creche foi realizado no Cemei Deputado Federal João Hermann Neto, nos meses de abril e maio tratando assuntos como Higiene, Alimentação, Pediculose e Meio Ambiente. Para falar sobre a higiene corporal e bucal usamos vídeos de desenho animado de curto prazo que fala sobre a importância do banho, da lavagem das mãos e de escovar os dentes, para uma apresentação mais completa utilizamos uma dentadura própria do PET (Programa de Educação Tutorial) para mostrar o correto modo de escovação dentária. Abordamos também sobre o tema alimentação saudável usando gravuras comparativas sobre o que é certo e errado, vídeos e teatro com fantoches em forma de verduras. Em outro momento, com o mesmo público alvo, o tema foi relacionado à pediculose, utilizando com recurso pedagógico história em quadrinhos. Tivemos a oportunidade de sanar dúvidas das monitoras sobre saúde e o tratamento devido com as crianças. A atividade foi finalizada com o assunto ‘Meio Ambiente’ utilizando o recurso de vídeo educativo explicando como se devem tratar as árvores e plantas, rios e mares, e reciclagem dos materiais e lixo. O público do nosso trabalho foram crianças de 2 a 4 anos de idade junto com suas monitoras, obtivemos boa adesão chegando por volta de 20 a 25 crianças por dia. Os resultados esperados foram satisfatórios, pois fizemos a validação com as crianças no último dia de apresentação, acerca dos conteúdos passados e, todas se lembravam dos assuntos anteriores, nos descrevendo com detalhes e até citando nomes dos atributos utilizados como a nossa dentadura. ‘Essas crianças são ótimas ouvintes e vocês prenderam a atenção delas facilmente, uma falou para mim que tinha mandado o pai ir escovar os dentes, pois era o que tinha aprendido’, diz Jéssica Helena Braga, uma das monitoras da creche. Este projeto nos possibilita um momento de aprendizagem e satisfação pessoal na objtenção dos resultados; dessa forma o realizamos em todo início de semestre, garantindo assim mudança no público e obtendo novas idéias. Palavras-chave: Saúde; Educação; Criança

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Projeto de Extensão Universitária “Comunidade Sorriso” Fernanda Lopez Rosell, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, flrosel@foar.unesp.br Yasmin Etienne Albuquerque, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, yasminealbuquerq@foar.unesp.br Andréia A. B. Montandon, Faculdade de Odontologia de Arararquara, UNESP, andreiam@foar.unesp.br Carlos A. dos S. Cruz, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, cruz@foar.unesp.br

O Projeto atua junto às comunidades da Pastoral da Criança de Araraquara, orfanatos, outras comunidades carentes e eventos. Os objetivos são: promover a importância da saúde bucal para mães, crianças, familiares, cuidadores e líderes comunitários, enfatizando a necessidade do autocuidado e formando multiplicadores de saúde e propiciar ao acadêmico a vivência da realidade da saúde bucal das comunidades, contribuindo para o aprendizado profissional, pessoal e social. Nos finais de semana de cada mês bolsistas e acadêmicos voluntários, realizam atividades lúdicas de entretenimento com as crianças e “roda de conversa” com os adultos, relacionadas à saúde bucal, dando importância para a promoção de saúde. Exames clínicos são realizados para detecção precoce e prevenção de doenças bucais além da entrega de folhetos informativos, escovação supervisionada com kits de higiene bucal e encaminhamento para as clínicas de ensino da Faculdade. Acreditamos que o Projeto tem contribuído para o conhecimento e aprendizado da promoção e prevenção da saúde desta população, visando a redução da prevalência das doenças bucais com o intuito de melhor a qualidade de vida da população assistida e também para a formação complementar dos acadêmicos. Palavras-chave: Promoção da saúde, saúde bucal, relações comunidade-instituição

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Projeto de Extensão em Saúde Integrada Caroline Teixeira Graf Nunes, Centro, Universidade Guarulhos, ctsilva@prof.ung.br Roseli Cordeiro de A. Morais, Centro, Universidade Guarulhos, rcmorais@prof.ung.br Luciana C. M. Ramalho, Centro, Universidade Guarulhos, lmramalho@prof.ung.br Luciana R.C.R.B Aristóteles, Centro, Universidade Guarulhos, laristoteles@prof.ung.br Renato Pereira da Costa, Centro, Universidade Guarulhos, rpcosta@prof.ung.br Universidade Guarulhos - UnG

A Universidade Guarulhos com base no relatório encaminhado para United Nations Educational, Scientific and Cultural Organisation (UNESCO) que diz, “para dar resposta ao conjunto de missões, a educação deve organizar-se à volta de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo da vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão: aprender a fazer, para poder agir no meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas e finalmente aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes.” Dentro da fundamentação pedagógica da Universidade Guarulhos existe três pilares norteados que são o ensino, a pesquisa e a extensão que estão ligadas entre si por uma recíproca dependência, em virtude de possuírem finalidades incomuns para o Ensino Superior. As atividades de extensão possibilitam novas dimensões do processo formativo da Universidade, aproximando os discentes da realidade local e regional de abrangência da Universidade, alimentado os projetos de pesquisa e construção de novos conhecimentos. O Projeto de Saúde Integrada nasce com o propósito de promover atenção básica em saúde à comunidade dos Campi da Universidade (Centro Guarulhos - Dutra Guarulhos Itaquaquecetuba - Jabaquara e Shopping Light) e a Instituições e Organizações sem fins lucrativos cadastradas na Universidade, principalmente através da promoção da saúde e com ações de caráter interdisciplinar. Nosso projeto baseia-se na Carta de Otawa que diz que a promoção da saúde proporciona ao indivíduo e a comunidade os meios necessários para melhorar sua saúde e exercer um melhor controle sobre a mesma. A equipe é composta por nove cursos, são eles: Fisioterapia, Biomedicina, Farmácia, Odontologia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Serviço Social, em cada curso são abertas oito vagas para participação de discentes matriculados no segundo ao oitavo semestre. Planejamos ações pontuais e contínuas, estas são elaboradas após verificação das necessidades específicas de cada comunidade a ser atendida. Realizamos encontros Interdisciplinares com apresentação e caso clínico e discussão para resolução do mesmo. Buscamos orientar e formar multiplicadores de informações em saúde e atender integralmente toda a comunidade. Através do Projeto Saúde Integrada da Universidade Guarulhos desejamos alcançar a Equidade e a Humanização da assistência à saúde. Palavras-chave: Extensão, Saúde e Promoção 368


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Discriminação: Projeto de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq-PRP Profa. Dra. Maria Helena Baena de Moraes Lopes, professora Associada do Departamento de Enfermagem da FCM, UNICAMP, mhbaenaml@yahoo.com.br. Mariana Bezzon Bicalho, aluna do Curso de Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mbbicalho@yahoo.com.br. Enfa. Lea Dolores Reganhan de Oliveira Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FCM, UNICAMP, leadolores@ uol.com.br. Projeto: Qualidade De Vida E Perfil De Mulheres Atendidas Em Um Programa De Reabilitação Do Assoalho Pélvico Desenvolvido Em Uma Unidade Básica De Saúde Período: Agosto, 2009 a Julho, 2010

Objetivo: Descrever o impacto da IU na qualidade de vida e o perfil de mulheres participantes de um Programa de Reabilitação do Assoalho Pélvico, desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde da cidade de Campinas, SP. Métodos: O estudo foi descritivo e foram analisados os prontuários de mulheres com IU que participaram do Programa de Reabilitação do Assoalho Pélvico, desde 2007. Os instrumentos utilizados foram os questionários ICQ-SF, KHQ e SF-36 e ainda a ficha de atendimento. Os dados foram analisados descritivamente por freqüências absolutas (n) e relativas (%) para as variáveis categóricas e para as variáveis contínuas usou-se a média, desvio-padrão, mediana, primeiro e terceiro quartil, valores máximos e mínimos. A aderência a distribuição normal dos dados foi avaliada segundo o teste de Kolmogorov-Sminrnov. Talvez por essa razão, 34% apresentavam diminuição na freqüência do hábito intestinal e 43% das mulheres relataram dificuldade para evacuar. Embora 71% das mulheres estivessem no período de pós-menopausa, apenas 17% referiram fazer TRH. Metade das mulheres apresentou alguma co-morbidade entre Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes e/ou doença neurológica, sendo a mais freqüente a HAS. Quanto à análise estatística, no KHG foi encontrado maior valor médio no domínio Medidas de Gravidade, refletindo que a gravidade da IU afeta de forma negativa a qualidade de vida. No SF-36 a média mais alta encontrada foi no domínio Estado Geral de Saúde, evidenciando que não tem um impacto importante sobre a QV neste grupo, em oposição a isso, o domínio Dor, que apresentou a média mais baixa e provavelmente está relacionada a outras morbidades, afeta negativamente a QV dessas mulheres. Na comparação do escore do ICIQ-SF com as características sócio-demográficas e clinicas da amostra, verificou-se que as mulheres com IU de esforço pontuaram escores significativamente mais baixos. Houve maior impacto negativo (escores do ICIQ-SF significativamente mais elevados), quando a perda urinária era em grande quantidade e havia necessidade de usar forro. Conclusão: O estudo permitiu concluir que a maioria das mulheres atendidas no PRAP encontravam-se na pós-menopausa, tinham baixa escolaridade, trabalhavam em atividades do lar, e apresentavam perda urinária há menos de três anos, geralmente diária. Constatou-se ainda que, em concordância com a literatura, o impacto da IU depende do tipo de IU e da intensidade da perda urinária. Palavras-chave: Inconticnênia urinária, Saúde da Mulher, Qualidade de Vida.

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Promoção de Saúde Bucal em Bebês Fernanda Lopez Rosell, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, flrosell@foar.unesp.br Karen Christine dos Santos, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, karencsantos@foar.unesp.br Sybilla do Couto Santos, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, sybillaccsantos@foar.unesp.br Silvio Rocha C. da Silva, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP silvio@foar.unesp.br Aylton Valsecki Jr, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP avalseck@foar.unesp.br

Programas educativos visando crianças e seus pais têm mostrado melhora na higiene bucal e redução na cárie dentária na primeira infância. Também faz parte destes programas o incentivo a amamentação que fortalece o vínculo entre mãe e bebê permitindo o desenvolvimento psicológico normal da criança, além de um correto desenvolvimento dentofacial. O objetivo deste projeto é orientar gestantes e lactantes, sobre amamentação, prevenção e tratamento de doenças bucais. A orientação teórica ocorreu por meio de “rodas de conversa” com as acadêmicas e as participantes para discussão e resolução de dúvidas sobre a amamentação, uso racional de flúor, alimentação saudável e higiene bucal da mãe e do bebê, e entrega de folder informativo. A orientação prática foi realizada após o atendimento na Clínica de Odontologia Preventiva e Sanitária da FOAr e consistiu em demonstrar a utilização por meio de kits demonstrativos e apresentação de manual ilustrativo. Espera-se que as gestantes e lactantes compreendam a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento do bebê e coloquem em prática as informações apresentadas favorecendo a manutenção da amamentação exclusiva por no mínimo seis meses, realização de um desmame adequado e melhora da saúde bucal deste grupo populacional. Palavras-chave: Promoção da Saúde, Saúde Bucal, Lactente.

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Pronto Atendimento Psicológico: A saúde mental dos estagiários Heidi Miriam Bertolucci Coelho, luis.heidi@uol.com.br Adriana Aparecida Almeida de Oliveira, dri_aao@hotmail.com Camila Brandão Carnelossi, camicarnelossi@yahoo.com.br Cristiane Midori Takasu, crismitakasu@yahoo.com.br Universidade Estadual Paulista -Faculdade de Ciências e Letras de Assis

Na UNESP de Assis há o Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada (CPPA), uma clínicaescola no qual o aluno de psicologia coloca em prática a teoria aprendida. Neste espaço desenvolve-se, desde 1998, o projeto de extensão Pronto Atendimento Psicológico (P.A.) direcionado à comunidade unespiana que recebe alunos dos cinco cursos desse campus. O P.A. pode ter diversas funções; quando direcionado ao paciente, tem a função de um espaço de escuta e acolhimento para as angústias dele e, em relação ao estagiário, o P.A. funciona com o objetivo de oferecer experiências profissionais, uma vez que é treinado à prática clínica. Neste trabalho, discutiremos a importância das experiências do estagiário. A dinâmica deste serviço consiste em plantões de 3 horas semanais realizadas por cada um dos 12 estagiários (alunos dos 4º e 5º anos). A pessoa que deseja o atendimento pode agendar um horário na recepção do CPPA, ou ser atendida imediatamente, se houver um estagiário disponível. Depois do primeiro atendimento, marca-se um retorno para discutir os possíveis encaminhamentos com o usuário do serviço. Os casos são discutidos em supervisões semanais, orientadas pela psicóloga responsável pelo projeto. A abordagem teórica utilizada é a psicanálise, em especial a contemporânea e a psicologia social. Os estagiários do P.A. passam por diversas situações imprevisíveis no que se refere à queixa trazida pelos usuários do serviço, pois não se sabe qual é a demanda que o aflige. Nota-se que há desde a dificuldade de adaptação, problemas afetivo-sexuais, distúrbios alimentares, entre outros. No pronto atendimento há então, tanto a espera pelo usuário quanto a ausência deste, o que pode gerar no estagiário diferentes sentimentos e experiências, como a angústia, ansiedade, satisfação e insatisfação. Durante os encontros, há as vivências da situação clínica no que se refere à escuta da queixa do paciente, o que pode suscitar no sujeito a identificação, projeção e possível envolvimento terapêutico. Neste instante demanda-se do estagiário uma escuta cuidadosa da queixa trazida para que se possam avaliar as condições mentais, emocionais, materiais e circunstanciais da vida do indivíduo que veio até o CPPA. Dessa forma, o estagiário do P.A. adquire experiências diversas que o auxiliam na formação de sua futura prática profissional. Todas as experiências, na espera do usuário, no atendimento e na supervisão são ricas de sentimentos e emoções e proporcionam ao estagiário uma aprendizagem necessária para que possa enfrentar seu cotidiano como futuro profissional da área, assim como reflexão para poder lidar corretamente com tais questões e outros imprevistos surgidos. Palavras-chave: Pronto Atendimento, psicanálise, formação acadêmica. 371


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Rede de Cuidadores Informais: Capacitando para o Cuidado e Aliviando o Desgaste Maria Tereza C. T. Labigalini Martins, Docente da Faculdade de Enfermagem, Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP, cristina.labigalini@gmail.com Hannah Sano Capabianco, Acadêmica da Faculdade de Fisioterapia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP, hannahsano@hotmail.com Magda Damacena Barros, Acadêmica da Faculdade de Enfermagem, Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP, guida_db@hotmail.com Stefanie Berdu, Acadêmica da Faculdade de Enfermagem, Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP, stefanie.enf@gmail.com

Trata-se de um projeto de extensão que pretende capacitar cuidadores informais para a prestação da assistência junto aos indivíduos com dependência parcial ou total e promover a melhoria da qualidade de vida deste grupo por meio de atividades de lazer e de autoconhecimento. O plano de trabalho tem por base o enfoque qualitativo por entender que ele permite o conhecimento do cuidador em sua dimensão histórica, apreendendo os seus significados, valores e atitudes. A abordagem quantitativatambém se mostrou necessária, para elaborar a caracterização do perfil do cuidador. O trabalho teve início em março de 2009 em uma comunidade adstrita a um Centro de Saúde da região noroeste domunicípio de Campinas-SP, evolvendo as seguintes etapas: levantamento e mapeamento dos cuidadores; identificação das suas necessidades; elaboração de instrumentos para a avaliação do grau de dependência funcional dos indivíduos em situação de dependência; organização de curso de capacitação para os cuidadores; elaboração de manual de orientações; promoção de atividades socioculturais e de lazer. Os resultados apresentados são parciais, uma vez que os dados tabulados referem-se a 69 visitas domiciliares realizadas junto a duas (vermelha e azul) das três equipes da Estratégia de Saúde da Família. Observa-se o predomínio de prestadores do sexo feminino (97,1%), especialmente esposas (34%) e filhas (38%), mostrando que a sociedade imputa o papel de cuidar à mulher. Em relação à faixa etária, verificou-se que 52% dos cuidadores apresentam idade acima de61 anos, o que demonstra idosos cuidando de idosos. Sabe-se que a atividade de cuidador informal é cansativa e, por este cuidador ser idoso, soma-se aos problemas vivenciais o processo de envelhecimento normal, como depressão, desgaste fisiológico e problemas crônico-degenerativos. Dentre as morbidades encontradas nos cuidadores, as algias da coluna vertebral representam 25% das queixas. No decorrer do trabalho foi possível compreender o papel do cuidador como elemento fundamental para o tratamentoe recuperação do individuo doente. A realização das visitas domiciliares trouxe indicativos das principais dificuldades dos cuidadores, ampliando o conhecimento relativo ao seu cotidiano de vida, suas necessidades e demandas. As práticas educativas a serem organizadas devem considerar o conhecimento desse grupo e suas estratégias de superação dos problemas, promovendo o intercambio entreo saber popular e o científico. Palavras-chave: Cuidadores Informais. Capacidade Funcional.

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Realização de exames radiográficos pelo Serviço de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP Leda Maria Pescinini Salzedas , Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP-Univ Estadual Paulista, ledamps@foa.unesp.br Samuel Santos Paulon, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP- Univ Estadual Paulista, samukapaulon@hotmail.com Antonio Augusto Ferreira Carvalho, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP- Univ Estadual Paulista, aafc@foa.unesp.br Gilberto Aparecido Coclete, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP- Univ Estadual Paulista, coclete@foa.unesp.br

No diagnóstico das lesões do complexo maxilofacial, os exames radiográficos realizados pelo Serviço de Radiologia Odontológica constitui um exame complementar fundamental, sendo importante também no acompanhamento pós-operatório dos pacientes atendidos. No setor de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, como parte das atividades do Projeto de Extensão- PROEX 6445, ocorre o oferecimento aos pacientes em tratamento na Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP (Graduação, Pós-Graduação, Unidades Auxiliares e complexas, outros serviços de extensão) e aos encaminhados por serviços públicos, de um serviço que atenda suas necessidades sob supervisão de equipe especializada onde participam técnicos especializados, bolsistas e voluntários. Este projeto de Extensão permite ampliar os conhecimentos sobre as condições bucais e as necessidade de tratamento detectadas radiograficamente na comunidade de Araçatuba e região por meio de radiografias intrabucais (periapicais, interproximais e oclusais) e as extrabucais (panorâmica, telerradiografia, Póstero-anterior de Waters, Axial, Hirtz, seriada de ATM dentre outras). Os atendimentos para realização de exames radiográficos intra e extrabucais, com elaboração de laudo radiográficos, são previamente agendados por Atendentes de Clínica, sendo efetuado o cadastro digital destes atendimentos no banco de dados da unidade universitária. São realizados anualmente, em média, o atendimento de2038 pacientes, com realização de 5511 radiografias intrabucais e 1949 extrabucais. Os exames radiográficos realizados neste projeto, com seus respectivos laudos radiográficos possibilitam aos alunos de graduação, bolsistas ou não, e alunos de pós-graduação participantes, o treinamento e competência técnico-científico na área de Radiologia Odontológica, promovendo a formação de recursos humanos e avanços nas condições de treinamento em técnica e interpretação radiográfica, aplicando os conhecimentos adquiridos durante o curso. O cadastro digital permite a identificação da frequência das patologias bucais da população atendida com agilidade, podendo gerar pesquisas científicas, adequação e melhoria na qualidade do atendimento, bem como ampliação do Serviço oferecido buscando novas tecnologias que melhor atendam à comunidade.PROEX 6445 Palavras-chave: Radiologia Odontológica, Saúde, Cadastro Digital.

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Relato de experiência de extensão inserida no currículo da Graduação em Medicina: uma importante ferramenta de aprendizagem Gabriel Peres (Graduando em Medicina - 5º ano), FCM-UNICAMP, gabrielperes@uol.com.br Egberto Ribeiro Turato (Professor Livre-docente), Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa, DPMP-FCMUNICAMP, erturato@uol.com.br

Este trabalho relata o envolvimento do aluno de Medicina na Extensão Universitária feita como assistência médica à população, como importante mecanismo de aplicação dos conceitos incorporados em sala de aula, livros e artigos científicos. Goethe bem expressou tal concepção no aforismo: “O estudo mais apropriado para a humanidade é o do próprio Homem”. E o parafraseamos: “Só se aprende Medicina, exercendo-a”. No curso médico, a Extensão é parte integrante e não pode ser dicotomizada do Ensino, diferente de outros cursos que se focam mais no Ensino e na Pesquisa, cabendo uma parte à Extensão às vezes extracurricular. Os cursos de Medicina, invariavelmente, necessitam de infra-estrutura adequada para inserir os alunos nos diversos níveis de complexidade da assistência à população, contado basicamente com hospitais-escola e Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde os alunos podem atuar tal como médicos. Existirem locais para forjarem-se como profissionais, com preceptoria capacitada a ensinar de maneira ética e atualizada, faz crucial diferença ao se avaliar a qualidade de uma faculdade de Medicina. O aluno de Medicina da UNICAMP conta com uma programação curricular que é o insere gradualmente em serviços credenciados e conveniados à faculdade: Hospital de Clínicas (HC), CAISM, Hospital Estadual de Sumaré e UBS. No primeiro e segundo anos, o acadêmico começa a freqüentar as UBS, não ainda em atividades de atendimento, mas no reconhecimento do funcionamento - ideal versus local - do SUS, interagindo com a comunidade através de projetos de intervenção relativos às potencialidades sociais. No terceiro ano, concilia quase metade dos créditos entre atividades teóricas e práticas - estas concentradas na aprendizagem da Semiotécnica. Embora não participem diretamente do cuidado do paciente com o qual interagem, têm papel de averiguar toda a evolução clínica (anamnese e exame físico) durante a internação, momento em que, ao discutirem diagnósticos e condutas, certamente promovem benefício àquele usuário do sistema. No quarto ano, 70% da carga horária é prática, dividida em acompanhamento de atendimentos nas especialidades no HC e atendimentos pelo próprio aluno nas UBSs e em particulares estágios neste Hospital. Quinto e sexto anos são denominados Internato Médico, isto é, os alunos são completamente envolvidos na prática médica, nas atividades das especialidades e nas UBSs, incluindo plantões. Pode-se dizer que, nesta fase, predomina a Extensão propriamente dita às atividades de aula. Conclui-se que a Extensão é um recurso fortemente presente no curso médico por configurar-se condição sine qua non à formação do bom profissional, capaz e dotado de preocupação social. Palavras-chave: Educação Médica, Extensão, Aprendizagem. 374


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“Resgatando a Cidadania”: Ação Conjunta de Universitários da Unesp e Comunidade na Busca da Qualidade em Saúde Integral e do Resgate da Cidadania Profa. Dra. Solange Ramires Daher, FMB, UNESP, daher@fmb.unesp.br Mariana Kikuti, FMVZ, marianakikuti@gmail.com Fernanda Cristina Oliveira,FMVZ, fernandacoliveira@msn.com Carla Janeiro Coiro,FMVZ, carlacoiro@hotmail.com e outros

Objetivos: Acreditando na saúde integral e na extensão universitária em contribuir para o papel da universidade em melhorar a vida e saúde da sociedade, propusemos promover interação num processo em que universitários e comunidade (Jd. Santa Elisa) fossem sujeitos desse papel ecompartilhem conhecimentos para: 1-estudantes vivenciarem a realidade, e o desenvolvimento do processo saúde-doença;2levantar demandas com a comunidade e em trabalhos científicos, propiciar feed-back acadêmico; 3-formar profissionais voltados às necessidades da população, atentando ao socioambiental, epidemiologia e prevenção; 4-promover educação direcionada às crianças e suas famílias; 5-promover capacitação, desenvolvimento de talentos, inclusão social e no mercado de trabalho; 6-fortalecer auto-estima e consciência cidadã. Métodos: discentes e docentes, voluntários e parcerias desenvolvem, desde 2002, com apoio da Proex-UNESP a partir de 2003, atividades culturais, científicas e sócio-educativas com práticas pedagógicas por faixa etária, enfoque infanto-juvenil, e com as famílias em momentos pontuais, utilizando métodos interativos. Resultados Parciais: trabalhos científicos e oficinas, aos sábados, utilizando o lazer e atividades lúdicas como estratégia de aprendizado dos conteúdos: higiene, prevenção de zoonoses, verminoses, hipertensão, diabetes e do uso e abuso de drogas; atendimento e triagem oftalmológica e jurídica; expedição de carteira profissional e identidade; educação ambiental e alimentar, prevenção de acidentes na infância, etc.; e implantação de outros projetos sócio educativos, de capacitação e geração de renda em parcerias. Comunidade e universitários mostram habilidades e aprendizado crescente. Universitários conhecem o processo saúde-doença; atuam na prevenção de doenças; a comunidade cresce em autonomia, auto-estima, vida melhor, com mais saúde e educação. Ambos constroem consciência cidadã. Desafios: ampliar atividades, espaços e membros e parcerias; captar mais recursos humanos, cognitivos e materiais; criar uma liga/pet ou meio que valorize um número maior de participantes ou mesmo inserção das atividades de extensão como curricular que propicie a participação de todos os alunos em todos os cursos num mesmo período/dia semanal, facilitando a participação em rodízio nas atividades gerais e trabalhos científicos em extensão, permitindo ganhos bilaterais maiores, e melhores realizações, com possibilidade de discussão de casos transdisciplinar associada à saúde baseada em evidências, orientação, acompanhamento familiar e estudos. Esperamos avançar nos trabalhos e objetivos propostos. Palavras-chave: saúde integral, educação, cidadania 375


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SEXGAME: uma estratégia pedagógica do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde Isadora Ferrite Lara Unidade: Escola Paulista de Enfermagem Instituição: Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP isa_ferrite@hotmail.com Coordenador do Projeto: Prof. Dr. José Roberto da Silva Brêtas

Estudo descritivo, realizado em duas fases, sendo a primeira intitulada “Estudo das repercussões de um jogo voltado à orientação sexual junto aos participantes”, concluída em junho de 2008, que visava à identificação da opinião geral (estrutura, conteúdo e inteligibilidade das informações) acerca de um jogo denominado “SEXGAME”, voltado à orientação sexual de adolescentes, envolvendo uma população de 50 jovens, de ambos os sexos, entre 17 e 24 anos de idade, graduandos de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A segunda fase, concluída em junho de 2009, intitulada “Estudos das repercussões de um jogo voltado à orientação sexual junto aos adolescentes” realizada com 110 adolescentes que compreendiam uma faixa etária de 14 a 19 anos, que frequentavam duas escolas de ensino fundamental e médio da região de Santo Eduardo do município de Embu e participavam das atividades de orientação sexual promovidas pelo Projeto de Extensão Universitária “Corporalidade e Promoção da Saúde”, que objetivava contribuir com o aperfeiçoamento de tal instrumento lúdico e educativo, auxiliando no processo de patente do mesmo, que se destina a orientação de adolescentes e multiplicadores sobre a temática: gravidez/aborto, mudanças corporais, relacionamento interpessoal, relação sexual e DST/AIDS. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário semi-estruturado, contendo 24 questões referentes à caracterização da população e relacionadas à temática (estrutura, entendimento e conteúdo do jogo), respondido pelos adolescentes após quatro sessões com o jogo “SEXGAME”, que foram analisados e interpretados em um contexto quantitativo e expressos mediante símbolos numéricos. Como resultados da segunda fase do estudo, as repercussões foram positivas na perspectiva de aperfeiçoar o jogo e contribuir com o processo de patente do mesmo. Palavras-chave: Adolescente. Educação em Saúde. Sexualidade.

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SIVAT - Sistema de Informação e Vigilância de Acidentes de Trabalho Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Iara Lúcia de Lima Machado, CEREST - SJRP, morizza@ig.com.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Aline Perpétua Flores, IBILCE, UNESP, line_unesp@yahoo.com.br

O Sistema de Informação e Vigilância de Acidentes de Trabalho - SIVAT é o resultado de um projeto desenvolvido pelo Grupo de Banco de Dados - GBD/UNESP em convênio com a Prefeitura de São José do Rio Preto, cujo propósito foi implementar um banco de dados com informações de acidentes de trabalho ocorridos no município e região. O projeto tem como objetivos o desenvolvimento, implantação e alimentação dos dados de acidentes de trabalho de São José do Rio Preto e região por meio de um sistema computacional on-line capaz de gerar análises estatísticas sobre os acidentes. O projeto conta com oferecimento de cursos de qualificação para garantir a qualidade dos dados coletados, realização de conferências, programas de treinamento, estudos e pesquisas na área da saúde do trabalhador. A fim de assegurar a qualidade da base de dados e, consequentemente, garantir que as informações reflitam a realidade dos acidentes de trabalho, uma série de atividades são desenvolvidas como: integração, limpeza e prospecção das informações. A integração de dados permite a união de informações contidas em diferentes fontes, a qual tem como objetivo buscar e reunir dados disponíveis e relevantes ao SIVAT. A limpeza, ou Data Cleaning, por sua vez, faz parte do pré-processamento dos dados para a execução do processo de Data Mining (prospecção das informações), que consiste na aplicação de ferramentas e algoritmos avançados. Este processo tem a finalidade de descobrir correlações entre informações armazenadas na base de dados (padrões). O GBD trabalha no desenvolvimento e aplicação de softwares que possuem como finalidade o apoio à cada uma dessas atividades. Em quatro anos de atividades, o SIVAT encontra-se implantado em São José do Rio Preto e mais 12 municípios da região. Palestras são periodicamente realizadas e organizadas pelo convênio, treinamentos, visitas em unidades de pronto atendimento de saúde, além de diversas atividades entre alunos e funcionários do CEREST e incentivo à criação de medidas para melhoria na segurança do trabalhador. Palavras-chave: Saúde pública, Acidentes de trabalho, Sistema de apoio à decisão.

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Projeto: Saúde em Movimento Ricardo Luís Fernandes Guerra, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo, ricardo. guerra@unifesp.br Eduardo Hiroshi Júnior, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo, du_eu@hotmail.com Mayara Ochikubo, Campus Baixada Santista, Universidade Federal de São Paulo, mayara.ochikubo@hotmail. com

Os cortiços, habitações coletivas e precárias, fazem parte do cenário do centro de Santos. Somando por volta de 600 cortiços, em que moram, aproximadamente, 14.500 pessoas, tais habitações têm condições insuficientes de ventilação, insolação e luminosidade, além de espaços que não correspondem às necessidades habitacionais dos adultos e menos ainda das crianças. Poucas ações públicas da sociedade civil, organizadas em função da melhoria desta perspectiva são notadas. Porém, a Associação dos Cortiços do Centro (ACC) desde 1996 tem tido a incumbência de promover a melhoria da qualidade de vida dos habitantes dos cortiços do centro, no que tange à habitação, saúde, educação, emprego, cultura e lazer. E é neste contexto que este projeto é realizado, apoiando-se na parceria com a ACC e focalizando a situação das crianças, acreditando que a presença e ações da Universidade possam auxiliar no potencial de desenvolvimento e resiliência dessas crianças. Entre os objetivos propostos evidencia-se a manutenção e acompanhamento de ações para a promoção do desenvolvimento físico-motor, nutricional e de alguns aspectos psicológicos para esse grupo de crianças residente desta região, identificando o perfil do desenvolvimento destas crianças de forma a obter dados que permitam vislumbrar necessidades que possam ser encaminhadas ou respondidas com ações de promoção de saúde. Planejar e realizar ações de saúde baseadas nas necessidades diagnosticadas e condizentes com as possibilidades de atuação dos estudantes e avaliar o impacto das atividades sobre o grupo acompanhado, de modo a operar segundo um aprimoramento contínuo da tecnologia de ação neste âmbito, também são objetivos deste projeto. A freqüência de crianças é em torno de 15 por semana. Há a realização de oficinas (1x/semana, 90min.) nas quais avalia-se, acompanha-se e realiza-se ações relativas a capacidades físicas e motoras, desenvolvimento antropométrico, estado nutricional e elementos da imagem corporal. Alguns destes dados são obtidos no decorrer das atividades e oficinas que são constituídas de exercícios físicos, educação em saúde e dinâmicas grupais, mas de forma a realizar tais ações em configurações lúdicas e esportivas, de jogos e brincadeiras. O desenho geral das oficinas é esboçado no início das ações do programa, de modo a responder às necessidades detectadas anteriormente, mas seu refinamento é feito após cada atividade e reavaliação diagnóstica. Caso detectem-se necessidades de acompanhamento profissional, os pais são contatados e encaminhados para um dos serviços da rede pública de saúde. Embora haja uma avaliação individualizada, as intervenções, no projeto, são predominantemente em grupo. Palavras-chave: atividade física, criança, interdisciplinariedade 378


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Saúde no Centro Sidnei José Casetto, Campus Baixada Santista , UNIFESP, sidneicazeto@uol.com.br Allana Rodrigues Alaion, Campus Baixada Santista, UNIFESP, allana_alaion@hotmail.com Amanda Morão Pereira, Campus Baixada Santista, UNIFESP, amanda.morao@hotmail.com Renan Silva Carletti, Campus Baixada Santista, UNIFESP, renan002@gmail.com

Introdução: A região do Centro de Santos apresenta indicadores sociais e de saúde insatisfatórios; o local soma por volta de 600 cortiços, em que moram aproximadamente 14.500 pessoas. Incide com frequência no cotidiano dos moradores o desemprego, a criminalidade e a gravidez na adolescência. São condições de vida que dificultam o acesso a bens materiais e culturais, aumentando a vulnerabilidade social e de saúde, principalmente no que se refere ao desenvolvimento infantil. Considerando esta realidade, o projeto de extensão “Saúde no Centro” foi pensado como uma forma de promover ações em saúde dirigidas às crianças da região. Para isso, foi realizada uma parceria com a Associação Cortiços do Centro (ACC), cujo objetivo é promover a melhoria das condições de vida dos habitantes do local. Objetivo: - Realizar atividades de promoção de saúde com crianças (4 a 12 anos) moradoras da região central de Santos, particularmente as que favoreçam a reconstituição ou a confirmação de um auto-conceito positivo. Metodologia: O projeto desenvolve atividades na forma de oficinas semanais, com um grupo de aproximadamente 20 crianças. São realizadas reuniões semanais de planejamento e avaliação das ações com os discentes e docentes envolvidos. A cada semestre elege-se um eixo temático que direciona a maioria das oficinas. Ex: a elaboração de uma pasta-história em que se reunia desenhos, fotos e relatos da vida da criança; o relato de mitos gregos. Resultados: A utilização de jogos, música, dança, encenações e desenhos parece ter se constituído como um meio das crianças atribuírem sentido às suas histórias cotidianas. Não foi possível perceber efeitos significativos quanto ao auto-conceito das crianças. Não obstante, os laços afetivos estabelecidos com a equipe indicam que algum grau de esperança e confiança nas relações esteja preservada. Impacto Acadêmico e Social: O projeto propiciou um espaço onde as crianças tiveram oportunidade de criar, conhecer e aproximarem-se de brincadeiras e atividades culturais que são de difícil acesso no meio em que vivem. O impacto na formação acadêmica é significativo: o contato semanal com crianças de grande demanda afetiva e em condições de vulnerabilidade exige o aprendizado de como lidar com os intensos vínculos criados e como intervir em quadros complexos de necessidades de saúde, educacionais e psíquicas. Palavras-chave: criança, saúde, auto-conceito

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Serviço de Atendimento em Demência (SADe) Profª Dra. Marcia Maria Pires Camargo Novelli, Baixada Santista, UNIFESP, mnovelli@uol.com.br Juliana Monteiro Antunes, Baixada Santista, UNIFESP, julianam.antunes@yahoo.com.br Melina Garcia Arakaki, Baixada Santista, UNIFESP, melina.garakaki@yahoo.com.br Camila Pádua Lima, Baixada Santista, UNIFESP, camylima@uol.com.br

O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno crescente e de ritmo bastante acelerado. Essa nova estrutura demográfica faz com que as políticas de saúde passem a considerar o envelhecimento populacional e se organizem para dar continência às necessidades trazidas por esse aspecto. O aumento na expectativa de vida é uma das conquistas mais significativas do século passado, embora seja, também, o principal fator de risco para o desenvolvimento de síndromes demenciais. O Serviço de Atendimento em Demência (SADe) é um projeto de extensão que tem como objetivo oferecer um atendimento na perspectiva cognitivo-funcional aos idosos acometidos pelas síndromes demenciais e suporte e orientação aos seus cuidadores/familiares quanto as dificuldades de manejo do idoso no dia a dia. A proposta de suporte e orientação é focada nas necessidades trazidas pelos cuidadores/ familiares e o atendimento ao idoso é feito baseado no modelo cognitivo-funcional. O grupo de trabalho é composto por alunos do curso de Terapia Ocupacional, uma docente deste mesmo curso e duas profissionais Terapeutas Ocupacionais. Os atendimentos são realizados no Laboratório de Atividades de Vida Diária, as segundas e terças-feiras, no Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo e no período de agosto de 2009 à maio de 2010 foram realizados ao total 97 atendimentos. Além dos atendimentos, temos reuniões semanais nas quais os alunos e profissionais do projeto são instrumentalizados para os atendimentos aos idosos e a seus cuidadores. O SADe é o único serviço de atendimento aos idosos e seus familiares com a propostade atendimento integrado e com a metodologia apresentada na região da Baixada Santista. O serviço proporciona aos alunos e profissionais envolvidos um processo de ensino e aprendizagem intenso e dinâmico, que se dá na prática das discussões em grupo, nas leituras de artigos e capítulos de livros e principalmente nos atendimentos aos idosos e seus familiares onde é possível integrar conhecimento teórico a prática clinica dos atendimentos. Palavras-chave: Demência, Idosos, Terapia Ocupacional.

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Sistema Computacional para Gestão de Banco de Tumores Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Fernando Tochio Ichiba, IBILCE, UNESP, fernandoichiba@sjrp.unesp.br Andrielson Ferreira da Silva, IBILCE, UNESP, andrielson@msn.com

A segunda principal causa de morte no Brasil é o câncer, e, de acordo com estatísticas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer do Brasil (INCA), meio milhão de novos casos de câncer são previstos para 2010. Destes, 253 mil deverão ser novos casos de paciente do sexo masculino, enquanto 256 mil devem ser novos casos de pacientes do sexo feminino. O Hospital do Câncer de Barretos - SP (HCB) é considerado um dos principais hospitais para tratamento de câncer no Brasil. A cada ano, mais de 400 mil consultas são realizadas e mais de 6 mil novos casos de câncer são diagnosticados. Uma vez que o HCB atende pacientes de vários estados e regiões do Brasil, foi desenvolvido um sistema computacional online para suportar o armazenamento e gerenciamento das informações, a fim de proporcionar possibilidades de desenvolvimento de estudos na área de prognóstico, diagnóstico, marcadores terapêuticos em amostras representativas da população brasileira e uma interface georreferenciável para plotagem da localidade das ocorrências de câncer. O processo de desenvolvimento utilizado para o sistema foi o Processo Unificado - PU, a modelagem foi realizada com o Unified Modeling Language (UML) e para gestão de configuração, o Subversion. A linguagem de programação utilizada é PHP Hypertext Preprocessor (PHP) e o Database Management System (DBMS) utilizado foi o MySQL. O sistema gerencia informações de pacientes que foram tratados no Hospital; amostras de tumores coletadas dos pacientes dos seguintes tipos: normal, tumoral, sangue, leucócitos, DNA, RNA e soro; topografia, isto é, classificação Internacional de Doenças para Oncologia (código CID-O) (Pan-American Health Organization, 2005); morfologia, também baseado no CID-O; congelador que corresponde ao local onde as amostras são armazenadas; pesquisadores, uma vez que amostras podem ser retiradas do congelador para fins de investigação; formulários que contemplam informações sobre o histórico do paciente como diagnósticos, quadros clínicos, tratamentos e prognósticos; e médicos responsáveis pelo acompanhamento do tratamento de cada paciente cadastrado. O sistema possibilita a geração de dezenas de relatórios convencionais e georreferenciados, através de interface GIS. Cada relatório é gerado dinamicamente, de acordo com as configurações do usuário. Os relatórios estão disponíveis em tipos de amostras, formas, idades, departamento, local de origem da amostra, local armazenado nos congeladores, formulários, topografia, morfologia, nosologia, sexo, cor e períodos. Atualmente o sistema gerencia 13 mil amostras armazenadas em freezers -80oC e respectivas informações clínicas. Palavras-chave: Câncer, Sistema Computacional, Banco de Tumores.

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Sistema de Informação Georreferenciável: Banco de Tumores do Hospital do Câncer de Barretos Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Paula Rahal, IBILCE, UNESP, prahal@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Andrielson Ferreira da Silva, IBILCE, UNESP, andrielson@msn.com

Um banco de tumores constitui-se de um conjunto de amostras de tecidos tumorais rotuladas. Muitas informações importantes a respeito de padrões de correlação entre os tipos tumorais e os rótulos associados podem ser obtidas de uma base que armazena as informações deste banco. Dentre tais informações, as de características espaciais são o foco do trabalho aqui apresentado. As informações sobre os tecidos armazenados na base possuem componentes espaciais, como onde vive ou trabalha, por onde se dão importantes padrões de correlação dos acidentes. Assim, a adição de ferramentas para estender o domínio de informações que um sistema para gerência de banco de tecidos tumorais se mostra como aditivo importante ao poder de análise de especialistas. O sistema de informação georreferenciável confeccionado para o banco de tumores do Hospital de Câncer de Barretos tem a finalidade de auxiliar os especialistas em compreender o interrelacionamento das características espaciais e não espaciais da base de tecidos tumorais, possibilitando o armazenamento, organização e recuperação de informação convencional e espacial oriundas de notificações coletadas pelo banco de tumores do Hospital do Câncer de Barretos. Uma vez armazenadas as informações coletadas, o sistema disponibiliza ferramentas para visualizar a distribuição espacial das mesmas, evidenciando seu correlacionamento espacial. É possível, também, a geração de relatórios usando ferramentas de filtragem espacial. Desta forma, o sistema possibilita aos especialistas uma ferramenta para auxiliar na tarefa de compreender como as localidades por onde o doador do tecido tumoral já esteve, estão relacionadas com o tipo de tumor dentre outras informações contidas na base. Este trabalho buscou continuar com o desenvolvimento de um sistema Web capaz de fornecer suporte ao armazenamento e gerenciamento de informações geográficas para um banco de tecidos tumorais, no qual a tecnologia desenvolvida auxilia especialistas na tarefa de compreender o quão importantes são as componentes espaciais presentes nas informações dos tecidos tumorais para o entendimento destas doenças. Destaca-se que entre os resultados foram encontrados nichos representativos entre municípios vizinho de incidências de câncer do mesmo tipo que implicaram em investigações posteriores mais detalhadas. Palavras-chave: Sistema de Informação Georreferenciável, Banco de Tumores. 382


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Sistema de Informação Georreferenciável para auxílio na análise de notificações de acidentes de trabalho Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Iara Lúcia de Lima Machado, CEREST -SJRP, morizza@ig.com.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Guilherme Priolli Daniel, IBILCE, UNESP, gui.computacao@yahoo.com.br

O Sistema de Informação e Vigilância de Acidentes de Trabalho - SIVAT é o resultado de um projeto desenvolvido pelo Grupo de Banco de Dados - GBD/UNESP em convênio com a Prefeitura de São José do Rio Preto, cujo propósito foi implementar um banco de dados com informações de acidentes de trabalho ocorridos no município e região. Tal sistema tem como objetivo permitir aos usuários o levantamento e cruzamento de dados relevantes para a compreensão, previsão e prevenção dos acidentes. Para tanto, a arquitetura desenvolvida é capaz de armazenar diferentes informações, incluindo dados de localização desse acidentes. Atualmente, o SIVAT conta com mais de 40000 registros. Tais acidentes referem-se a mais de 10000 empresas. O propósito deste projeto é estender as funcionalidades do sistema, por meio do uso das informações cadastrais de endereço. Para isso, um Sistema de Informação Georreferenciável - SIG foi desenvolvido e vem sendo utilizado pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador - CEREST. Tal sistema permite que os recursos de análises espaciais identifiquem os fenômenos que relacionam características sócio-econômicas e ambientais oriundas da localidade onde vivem os acidentados e onde se localizam as empresas. O SIG permite a exibição de mapas, onde é possível identificar a localização geográfica dos acidentes e, a partir dessas informações, gerar relatórios estatísticos. O sistema conta também com filtros e ferramentas de seleção que permitem aos usuários focalizar as buscas, obtendo assim informações de regiões específicas. A plotagem de pontos referentes aos acidentes contidos na base exige o georreferenciamento de cada uma das notificações. Esse trabalho é realizado através da aplicação automatizada de dados cadastrais de endereços em serviços disponibilizados na Web, por exemplo oGoogle Maps (http://maps.google.com). O sistema já vem sendo utilizado e deve ser estendido nas próximas etapas no desenvolvimento de ferramentas e algoritmos de Spatial Data Mining (Prospecção de Dados Espaciais), com objetivo de buscar correlações entre as informações baseando-se na localização desses acidentes. A aplicação de um SIG desse porte disponibiliza aos órgãos responsáveis um perfil geográfico dos acidentes de trabalho, tornando possível analisar profundamente a situação dos municípios, identificando características sócio-econômicas e ambientais relacionadas aos acidentes, podendo assim, atuar em regiões específicas.Os resultados obtidos envolvem a detecção de concentrações de acidentes do trabalho em vias públicas da cidade de São José do Rio Preto e que tem sido objetos de investigações do órgão responsável - CEREST. Palavras-chave: Sistema de Informação Georreferenciável, Acidentes de trabalho, Sistema de apoio à decisão. 383


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Terapia Ocupacional e Saúde do Trabalhador - uma experiência extensionista Aline Bigas Finati; Lilian de Fatima Zanoni Nogueira, Jamile da Silva Albiero - aline.bigas@edu.uniso.br

Este é o relato de um projeto de extensão na área de terapia ocupacional desenvolvido no Programa Unisaúde, um programa de qualidade de vida para colaboradores administrativos da Universidade de Sorocaba. Tal programa visa trabalhar questões da organização do trabalho, trabalho em equipe, solução de conflitos, processo de reflexão sobre as atitudes em relação a si mesmo e às pessoas que os rodeiam, além de atentar para os aspectos ergonômicos e estruturais no ambiente de trabalho, objetivando-se finalmente a adoção de hábitos saudáveis, postura correta e gerenciamento do estresse, atuando na prevenção de patologias laborais.A finalidade da terapia ocupacional no referido programa é orientar e reeducar as atitudes corporais, mentais e sociais, fortalecendo os aspectos emocionais e físicos. O desenvolvimento gradativo e ininterrupto deste programa é fomentado na instituição para possibilitar que os colaboradores expressem seus sentimentos e estimulem os processos criativos, soluções de conflitos internos, proporcionando para o tempo de permanência no local de trabalho um momento agradável e produtivo, transpondo também para o seu ambiente familiar e social. As ações deste projeto especificamente visam proporcionar um meio de comunicação para que os colaboradores tenham acesso a informações sobre a temática trabalho e possam tirar suas dúvidas a respeito de assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida através das seguintes atividades: elaboração de textos informativos para publicação em jornal interno da Universidade e disponível no portal do Programa Unisaúde , ações específicas de Terapia Ocupacional (grupos de reflexão e de atividades corporais, orientações posturais), e outras atividades internas de organização do Programa como por exemploelaboração de folhetos educativos. As orientações posturais são realizadas mensalmente no posto de trabalho do colaborador, bem como os textos publicados no espaço informativo, no qual abordamos um tema diferente a cada mês com assuntos relacionados à saúde, trabalho e qualidade de vida. Este espaço informativo é vinculado ao Portal Unisaúde, no qual trabalhamos os temas mais detalhadamente e estes podem ser acessados via internet, criando assim, um canal de comunicação direto com os colaboradores que desejam agendamento de análises posturais e de postos de trabalho. Após quatro meses de envolvimento com o Programa é possível perceber que os colaboradores estão se conscientizando ao lidar com as questões relacionadas ao cotidiano laboral, podendo melhor conduzir seu ambiente de trabalho a um ambiente agradável e propício para desempenhar suas funções.

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Troca de Saberes do Uso Popular das Plantas Medicinais e Aromáticas Pelo Grupo da Terceira Idade de Paulínia-SP Glyn Mara Figueira, CPQBA, Unicamp, glyn@cpqba.unicamp.br Benício Pereira, CPQBA, Unicamp, pereira@cpqba.unicamp.br

A etnobotânica pode ser definida como o estudo da relações entre povos e plantas; consiste emdocumentar as informações relatadas porcomunidades, como forma de resgatar e valorizar o conhecimento popular. Quando este registro é específico para relatar o uso da flora como remédio podemos denominar etnomedicina. O presente trabalho tem como objetivo a troca do conhecimento do grupo da terceira idade de Paulínia - SP, Brasil - em relação às qualidades medicinais de plantas. O levantamento é feito durante as caminhadas pela Coleção de Plantas Medicinais do CPQBA/Unicamp, que acontece todas as sextas-feiras desde março de 1999, com o grupo interessado inscrito no treinamento em cultivo de Plantas Medicinais. As informações são coletadas em visitas á coleção através de conversas informais nas quais são citadas tanto as plantas observadas como as lembradas da região de origem dos entrevistados. As espécies citadas são agrupadas pelas famílias botânicas, com as seguintes informações: indicação do uso terapêutico, os cuidados na coleta, as partes utilizadas e a formade preparo. A pesquisa resultou num total de 104 espécies, classificadas em 43 famílias, sendo 12% pertencente a Asteraceae e 20% a Lamiaceae. Embora alguns dados obtidos já estejam relatados na literatura, muitos deles são originais o que abre perspectiva para investigações científicas. O projeto Plantas Medicinais com o grupo de Paulínia, oferece treinamento sobre os nomes científicos das espécies medicinais conhecidas dos participantes e a importância destes nomes na padronização do reconhecimento das plantas, ressaltando o perigo de confusão e do uso indevido de uma espécie por outra. Ensina as técnicas de propagação e cultivo; promove a troca do conhecimento popular sobre o uso das plantas e ressalta a importância dos cuidados no uso, explicando a diferença entre chás alimentícios, condimentares e fitomedicamentos e também explica sobre as pesquisas científicas para comprovação e segurança dos medicamentos a partir de plantas. Este trabalho demonstra que ainda prevalece o uso das plantas como medicamentos por está comunidade urbana, e que grande diversidade de informações é resultado das diferentes origens do grupo, sendo a maioria migrante nordestino. Épossível ver o complexo acervo da medicina informal obtida empiricamente através dos tempos, transpondo as barreiras entre conhecimento científico e popular uma vez que esse conhecimento tem contribuído para a investigação da flora brasileira. Palavras-chave: Saúde,tecnologia e produção .

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Saúde

UNATI – Universidade Aberta à Terceira idade Giuliana Ap. Santini Pigatto, Tupã, UNESP, giusantini@tupa.unesp.br Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani, Tupã, UNESP, anaelisa@tupa.unesp.br Nayele Macini, Tupã, UNESP, nmacini@yahoo.com.br

A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) é um programa de Ex-tensão Universitária da UNESP, que tem como objetivo a melhoria da qualida-de de vida dos idosos, mediante o convívio no meio acadêmico. Esse programa vem sendo desenvolvido pela UNESP desde o ano de 1994. O condicionante mais importante para o desenvolvimento do projeto é o aumento da expectativa de vida no Brasil - incluindo as pessoas de 60 anos ou mais (idosos) -, decorrente do processo de melhoria de renda e das melhores condições de vida. Em um período de 70 anos (1930/40 a 2005), a expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou de 41,5 anos para 72,1 anos; um índice de crescimento de 73% (IBGE, 2009). Os estados que mais se destacam em termos de número de população idosa são os das regiões sul e sudeste do país. O estado de São Paulo, por se encontrar nessa região, possui 11,2% de idosos do país. Assim, este projeto de extensão também começou a ser oferecido, no ano de 2010, para as pessoas residentes no município de Tupã (SP); região oeste do estado. Do total da po-pulação do município (aproximadamente 65 mil), os idosos representam mais de 16% (média acima da do estado), ou seja, 10.126, de acordo com dados do IBGE (2007). Assim, no âmbito do Campus de Tupã o projeto visa estreitar o relacionamento da Universidade com a Comunidade, especificamente com atividades que estimulam a leitura, o aprendizado e a capacidade de entendimento de diferentes temas que envolvam as ações do dia-a-dia. O projeto tem o intuito também de aproximar os alunos da graduação aos temas relacionados ao envelhecimento humano, e possibilitá-los no auxílio das atividades gerais do projeto, de modo a atender a demanda da comunidade. Dentro das atividades desenvolvidas pelo projeto estão algumas de caráter mais prático, tais como o ensino de informática, oficinas de leituras, idiomas, visita à feira e empresas (curso de Qualidade dos Alimentos), visitação cultural e atividades que promovam o maior entendimento acerca do comportamento de compra e consumo, e que possibilitem a compreensão do impacto promovido por alterações econômicas e legais do ambiente nacional. Conclui-se, portanto, que o projeto vem contribuir não somente com o aspecto social do país, por fomentar o desenvolvimento motor, físico e intelec-tual das pessoas da terceira idade, como também com o aspecto institucional, estreitando o relacionamento da Universidade e Comunidade, trazendo contri-buições para o desenvolvimento regional. Palavras-chave: terceira idade; comunidade; expectativa de vida.

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Saúde

Universidade Aberta à Terceira Idade - Unesp/Campus de Assis Inez Barchi Felisardo, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP Assis, loani@ assis.unesp.br Camila Akemi Abe, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho - UNESP Assis, ca_abe@ hotmail.com Patrícia da Paz Domingos Pinto, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho - UNESP Assis, pp_domingos@hotmail.com Paula de Melo Bacci, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho - UNESP Assis, paulinha_ mb@yahoo.com.br Rosana Schwerz, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho - UNESP Assis, schrosana@ hotmail.com

A origem da Universidade Aberta à Terceira Idade ocorreu com o Projeto Sênior UNESP UNATI, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão Universitária, de acordo com a portaria unesp 191 de 07 de maio de 2001. A UNATI é um espaço que proporciona ao idoso, a inclusão na universidade, a integração social e a valorização da pessoa e do grupo entre si. São oferecidas diversas oficinas de aprendizado com o intuito de criar um ambiente de socialização. A UNATI é desenvolvida na UNESP de Assis desde 1993 e, atualmente, encontra-se vinculada ao Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada (CPPA). As diversas oficinas em sua maioria, são ministradas por alunos da UNESP de Assis e por profissionais autônomos, funcionam durante a semana no período vespertino, com duração de uma hora e trinta minutos cada. Os alunos podem desfrutar de aulas de forró universitário, dança de salão e capoeira, aprender novos idiomas com as aulas de línguas estrangeiras, atualizar-se com novas tecnologias com a oficina de informática, aprender a atuar nas aulas de teatro, relaxar com aulas de massagem e alongamento. O projeto conta, também, com oficinas de psicologia, aulas de alfabetização, artesanato e seresta. Ao participar das aulas oferecidas os alunos entram em contato com a rotina universitária e troca experiências com os estudantes, proporcionando informações de reflexão sobre o envelhecimento saudável, criando a possibilidade de fazê-lo perceber que é capaz e que pode ir além do que imagina estimulando assim, a participação do idoso nas atividades sociais, políticas, econômicas e culturais. O projeto conta com dois estagiários bolsistas e dois voluntários que atuam juntamente com a coordenação no planejamento e execução no projeto. Atualmente há cento e noventa (190) alunos inscritos nas vinte e sete (27) oficinas. Muitos renovam suas matrículas, mostrando o interesse e a satisfação que o Projeto lhes oferece. O Projeto incentiva os idosos a continuar atrás de seus sonhos e objetivos. A experiência nas oficinas estimulou duas alunas a fazer o curso de graduação na UNESP de Assis, sendo que, uma delas, aluna de Letras, hoje é professora de alfabetização da UNATI, e outra está cursando História. Palavras-chave: terceira idade, saúde, integração.

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Saúde

Urgências odontológicas de crianças e adolescentes: atendimento e educação para a prevenção ABREU-E-LIMA, Fabio C.B., Departamento de Clínica Infantil, FOAr - Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP - Univ Estadual Paulista, fabio@foar.unesp.br

Realizado por alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação, treinados e supervisionados pelo corpo docente da disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP, este projeto beneficia crianças de 0 a 13 anos, de Araraquara e região, que apresentem quadros agudos de dor, infecções, lesões e traumatismos envolvendo a face e a cavidade bucal, originadas de acidentes ou de patologias locais ou sistêmicas. Os casos atendidos recebem acompanhamento até que o problema eminente seja solucionado. Posteriormente, de acordo com a necessidade, eles são encaminhados para as clínicas dos cursos de graduação e de pós-graduação onde são realizados os tratamentos eletivos. Os dados obtidos com a execução do projeto são registrados, tabulados e seus resultados divulgados por bolsistas de graduação, sob a orientação do coordenador do projeto, com ênfase na educação para a prevenção de urgências odontológicas e na melhoria de suas habilidades clínicas. A participação de pós-graduandos em treinamento didático tem possibilitado a ampliação da interação com alunos de graduação para a compreensão de cada novo caso. As atividades deste projeto propiciam o aprimoramento dos participantes devido à natureza específica desta modalidade de atendimento clínico, que envolve o desenvolvimento de habilidades para acolher, diagnosticar e manejar o comportamento da criança sob estresse, com vistas à tomada de decisão clínica e à solução imediata dos problemas apresentados, sem um planejamento prévio, como ocorre rotineiramente nas atividades curriculares. O aprimoramento dos estudantes bolsistas de graduação tem sido ainda mais amplo, considerando-se as demais atividades que vêm desenvolvendo, além do atendimento clínico: registro e avaliação das informações clínicas coletadas; pesquisa de material publicado em diferentes mídias, leitura e discussão dos produtos obtidos para a elaboração de material educativo e sua aplicação. Nos últimos dez anos, têm sido beneficiadas entre 600 e 1.200 crianças e adolescentes, anualmente. No primeiro semestre de 2010 foram atendidos 301 usuários, realizadas 436 consultas e 1.422 procedimentos clínicos (Fonte: NPDD/FOAr). As atividades educacionais com usuários e escolares estão sendo conduzidas pelos bolsistas atuantes no semestre letivo em curso. Palavras-chave: Urgências, Odontopediatria, Extensão Comunitária.

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Tecnologia e Produção

A construção participativa do conhecimento sobre materiais não convencionais; a conversa entre estudantes, agricultores e professores Sonia M. P. P. Bergamasco, Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, sonia@feagri.unicamp.br Taísa Marotta Brosler, Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, taisamb@terra.com.br Renato Matos de Lopes Torres Barboza, Departamento de Engenharia de Civil, UFSCar, renatombarboza@ gmail.com Luciana Palhares de Souza, Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, lulupdesouza@yahoo.com.br Gabrielle Astier, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Puc-Campinas, gabrielle.astier@gmail.com

Os assentados de reforma agrária, frente à realidade de forte dependência com relação aos financiamentos para a sua reprodução no local, de tecnologias que possibilitem autonomia no desenvolvimento de suas atividades. Os sistemas construtivos que se “convencionalizaram” deixaram os agricultores dependentes da indústria de materiais de construção civil bem como de mão-de-obra especializada. O meio científico apresenta, hoje, tecnologias mais rentáveis e de baixo impacto ambiental, além de proporcionar a possibilidade de reprodução no local, mas, muitas vezes, esse conhecimento acaba limitado aos “portões” da universidade. São tecnologias que já fazem parte do conhecimento da população como: pau-a-pique ou taipa (bambu com terra), adobe (terra e palha), taipa-de-pilão (terra socada), que demonstram resistência a intempéries e um importante poder de conservação. As mesmas foram “esquecidas” ao longo da história visto que novas descobertas redirecionaram o mercado da construção civil para o uso de materiais industrializados como cimento, argamassa armada, entre outros. Portanto, o assunto é tratado nesse projeto de extensão como mais um objetivo e um desafio: a geração de um novo conhecimento resultante da troca de conhecimento entre estudantes e assentados sobre materiais não convencionais para a construção civil. A ação foi desenvolvida na forma de Oficinas, onde se buscou trabalhar de modo dialógico e participativo a discussão sobre as diversas técnicas de construção, nivelando o conhecimento entre os participantes e enriquecendo-o com outras utilizações de materiais não convencionais, advindos do meio científico. As tecnologias de construção propostas foram confeccionadas combinando produtos oriundos da natureza com resíduos industriais disponíveis no local e outros já conhecidos na construção convencional. As Oficinas foram elaboradas com base na tendência pedagógica progressista libertadora, que visa levar educadores e educandos a atingir um nível de consciência sobre a própria realidade na busca por transformação. Seus conteúdos foram trabalhados através de grupos de discussão nos quais prevaleceu o diálogo, a participação, buscando resolução de determinadas situações do grupo envolvido. O trabalho partiu do conhecimento pré-existente dos participantes e suscitando-os a problematização das questões pertinentes às técnicas utilizadas na construção civil. Observou-se que os agricultores possuem conhecimento sobre técnicas de aplicação de materiais não convencionais na construção civil e mostraram-se receptivos e entusiasmados com a possibilidade de aprofundar seus conhecimentos e experiências neste tipo de tecnologia. Palavras-chave: Assentados de reforma agrária, Metodologias participativas, Materiais alternativos. 389


Tecnologia e Produção

Análise da Temperatura no Incubatório de Produção de Pintos de Corte Relacionado às Perdas Produtivas na Fase da Incubadora Fabiana Maria Gonçalves de Lima, Mestranda em Engenharia Agrícola, fabiana.lima@feagri.unicamp.br Irenilza de Alencar Nääs, Profa. Dra. Depto de Construções Rurais e Ambiência, irenilza@feagri.unicamp.br Marta dos Santos Baracho, Pesquisadora Colaboradora, martbaracho@yahoo.com.br Guilherme Rodrigues do Nascimento, Mestrando em Engenharia Agrícola, guirodnas@hotmail.com Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP

Incubação é o processo que garante as condições do ambiente ideais para o desenvolvimento do embrião presente nos ovos férteis. As incubadoras dispõem basicamente de uma unidade de condicionamento de ar para prover calor, ou retirá-lo, além de umidificador e ventilador, para circular o ar condicionado pelos ovos, sendo imprescindíveis os fatores físicos como a temperatura, a umidade relativa, a viragem dos ovos, a ventilação e fatores fisiológicos. Entre os fatores físicos, o de maior importância na determinação do bom desenvolvimento embrionário é a temperatura de incubação. A maioria das espécies de aves possui uma temperatura ótima de incubação em torno de 37°C a 38ºC e alguns pequenos desvios deste valor acarretam em perdas para o incubatório bem como no desenvolvimento embrionário. Os reflexos da temperatura baixa de incubação ocasionam retardo no desenvolvimento embrionário e diminuição do ritmo de batimento cardíaco, com atraso de nascimento, má formação de pintinhos e umbigo não cicatrizado. Temperaturas altas promovem aceleração no desenvolvimento de embriões com má posição embrionária, umbigo mal cicatrizado, pouca penugem, bicagem e nascimentos adiantados. Entende-se que todas as reações necessárias para o desenvolvimento embrionário são dependentes de duas variáveis, uma física (temperatura) e outra bioquímica (enzimas), daí a importância da interação entre esses dois parâmetros. Todos os outros fatores físicos atuam sinergicamente com a temperatura, visto que a ação enzimática não pode ser controlada pelo homem. O objetivo desse trabalho foi avaliar a temperatura na incubadora de pintos de corte com relação ao seu desenvolvimento embrionário. O experimento foi realizado em um incubatório comercial no interior do estado de São Paulo, com ovos de matrizes Cobb® (42 e 58 semanas). Foram rastreadas 48 bandejas com 96 ovos cada. A incubadora foi dividida em 6 quadrantes iguais e distribuídos 8 bandejas para cada quadrante. Dados de temperatura foram coletados com o equipamento Datallogers HOBO®. Os dados de ovos descartados foram coletados no 14º dia de incubação (na ovoscopia) e foram quantificadas as variáveis: ovos inférteis, mortalidade de 0 a 7 dias e ovos contaminados. No 18° dia (transferência para o nascedouro) foram quantificadas as variáveis: ovos contaminados, podres e quebrados. Os resultados de descarte foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para verificação dos ovos em relação às variáveis analisadas. Os dados de temperatura foram submetidos à análise de variância para verificação de pontos irregulares, com o auxílio do software Minitab®15. Os resultados em relação ás variáveis no descarte do 14º dia não apresentaram diferença significativa entre os quadrantes (p-valor>0,05). No descarte do 18° dia, as variáveis ovos contaminados e ovos podres não apresentaram diferença significativa entre os quadrantes (p-valor>0,05), entretanto a variável ovos quebrados apresentou diferença significativa (p-valor<0,05). A temperatura do ambiente nos quadrantes não apresentaram diferença significativa (p-valor<0,05). Os resultados mostram que a temperatura não influenciou o descarte de ovos na incubadora. Palavras-chave: desenvolvimento embrionário, temperatura, incubação. 390


Tecnologia e Produção

Análise das Condições Ambientais Internas de Galpões de Frango de Corte com Cama Nova e Cama Reutilizada Marta dos Santos Baracho, Feagri, Unicamp, martbaracho@hotmail.com Juliano de Araújo Cassiano, Feagri, Unicamp, jucassiano@gmail.com Irenilza de Alencar Nääs, Feagri, Unicamp, irenilza@feagri.unicamp.br Gabriela Sanz Tonon, Feagri, Unicamp, Gabriela.tonon@feagri.unicamp.br Daniella Jorge de Moura, Feagri, Unicamp, Daniella.moura@feagri.unicamp.br

O notável avanço da avicultura brasileira nos últimos anos exige cada vez mais a utilização de técnicas de precisão para o bom gerenciamento da cadeia produtiva.O desenvolvimento, as respostas e o crescimento das aves são afetados pelas condições internas e externas do ambiente ao qual se encontram alojados. Assim sendo, é de fundamental importância analisar como os fatores que compõem esse ambiente se interagem, pois assim poderemos buscar modificar esse ambiente de modo a torná-lo mais satisfatório para as aves que nele se encontram alojadas. Este trabalho teve como objetivo a análise do microclima interno em dois galpões de frango de corte com mesma tipologia, porém, apresentando sistemas de cama distintos, em uma granja comercial de frango de corte, localizada na cidade de Pedreira - SP. Foram utilizados dois galpões, ambos construídos em alvenaria e medindo 120 x 9 m, com telhas de fibrocimento e utilizando cama do tipo palha de café e arroz. O Galpão 1 (G1) usava cama nova e o galpão 2 (G2), cama reutilizada pela terceira vez. Em ambos os galpões foram alojadas 13.000 aves com 33 dias de idade. A avaliação foi feita com base nas variáveis ambientais medidas, como: temperatura do ar, de bulbo úmido, da cama, umidade relativa do ar, velocidade do ar, intensidade de luz e pH da cama. Foi utilizado um monitor de stress térmico modelo QUESTemp 34, com precisão de 0,5°C e 5%, posicionado a 1,5 m da cama onde se registrou: Temperatura de bulbo seco do ar (TBS) (°C), Temperatura de bulbo úmido natural (TBU) e Umidade relativa do ar (UR) (%). Para a temperatura da cama (Tc) um termômetro de mercúrio (0-100°C) foi introduzido na cama. Utilizando um anemômetro da marca Kestrel®, foi obtida a velocidade média do ar (VAR) (m/s). Para a análise de intensidade de luz (lux) foi utilizado um luxímetro digital modelo EC1 HAGNER. Para análise de pH 10g de amostra da cama-de-frango foram pesadas e dissolvidas em 100 mL de água destilada em copo de plástico descartável, seguido de homogeneização do material utilizando-se pá de madeira descartável, de modo a dissolver os grumos existentes. Aguardou o período de 30 minutos em repouso, para a sedimentação do material e depois foi realizada a leitura do pH, realizada com a introdução do bulbo do potenciômetro Digi-Sense®4. Para verificar a diferença estatística entre os dois sistemas de manejo de cama, os dados foram submetidos à análise de variância (F). O nível de significância foi fixado em 5%. Os resultados mostram que o valor de F para umidade relativa (UR) foi de 24,38* e de 6,919* para temperatura da cama (Tc). Para os dados de pH,TBU, TBS, VAR e lux a análise estatística dos dados não apresentou efeito significativo. Os resultados mostraram que o tipo de cama utilizada altera o ambiente interno do galpão. Palavras-chave: Avicultura, Bem estar animal, Conforto térmico. 391


Tecnologia e Produção

Análises Fisico-Mecânicas Comparativas Entre Polpa Kraft de Eucalipto e Pasta Mecânica de Bagaço de Cana-De-Açucar Bárbara Barone Perez (Gustavo Ventorim), Campus Experimental de Itapeva,UNESP, barbarabarone@ gmail.com

Praticamente qualquer árvore pode ser utilizada para produzir celulose, assim como qualquer matéria-prima que apresenta fibras. Cada espécie produz fibras de celulose com características específicas, o que confere ao papel propriedades especiais. Essa flexibilidade de produção a partir de diferentes matérias-primas propõe a confecção de papel a partir de resíduos industriais, evitando assim, a descarga de resíduos nocivos à natureza, como os gerados nas queimas e combustões. O trabalho realizado foi baseado na necessidade de busca de novas alternativas para fabricação de papel, sendo a utilização do bagaço de cana uma opção devido à abrangente quantidade desse material residual, que por ser provido de fibras, viabiliza a fabricação do produto. Inicialmente foram adquidas polpas provindas de madeira de eucalipto e do bagaço de cana-de-açucar, tendo sido a primeira obtida por processo químico e a segunda por processo mecânico. Ambas as polpas passaram pelo processo de depuração e refinamento, até que apresentassem mesmo grau chopper.Com as folhas formadas foi necessário deixa-las nos tamanhos específicos de cada equipamento, tendo sido realizados teste de lisura, seguindo a norma TAPPI T479 cm-99 [1], teste de compressão, seguindo a norma TAPPI T826 pm-92 [2], e o teste de índice de rasgo pela norma TAPPI T414 om-98 [3]. Para o teste de lisura, foram realizadas quatro medições e, para as folhas de eucalipto, a média dos valores obtidos foi de 31,25 segundos. Já para as folhas de bagaço de cana, o teste não apresentou resultado satisfatório devido a aspereza da folha formada, o que impediu que, dentro dos padrões, o equipamento pudesse realizar as medições. Para o teste de compressão, foram realizadas seis repetições, a média dos valores obtidos para as folhas de eucalipto foi de 210,52kN/m e para as folhas de bagaço foi de 325,99kN/m. Por fim, o teste de índice de rasgo, a partir da realização de três repetições, para o qual os resultados obtidos foram de 13,83mN.m2/g e 8,3mN.m2/g, para eucalipto e bagaço de cana, respectivamente. A partir dos testes, verificou-se que as folhas de bagaço de cana não podem substituir definitivamente as folhas de eucalipto, apesar de provirem de matérias-primas que apresentam características semelhantes. Apenas para o teste de compressão é que as folhas de bagaço superaram a resistência das folhas de eucalipto, para os outros dois testes as folhas de eucalipto são melhores classificadas. Palavras-chave: Análises Físico-mecânicas, Polpa.

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Tecnologia e Produção

Avaliação do Desempenho Quanto à Fissuração de Habitações de Interesse Social Construídas em “Steel Framing” Armando Lopes Moreno Junior, FEC, UNICAMP, almoreno@fec.unicamp.br José Sauro Neto, FEC, UNICAMP, jsn.arq@terra.com.br

Esta pesquisa é fruto de convênio firmado entre a Faculdade de Engenharia Civil da UNICAMP e a empresa Decorlit Industria e Comercio Ltda, localizada em Leme, interior do Estado de São Paulo. Este trabalho tem como objetivo principal verificar o atendimento ao desempenho da funcionalidade e durabilidade dos tratamentos de juntas em sistemas construtivos Steel Framing em crescente utilização no cenário construtivo nacional, verificando a quantidade, causas e possíveis tipos de patologias apontadas no decorrer deste estudo. Através da análise experimental de protótipos, associados aos estudos de casos, pretendese identificar e quantificar as causas destas manifestações patológicas relacionadas à incidência de fissuras que ocorrem no processo de tratamento de juntas. Fissuras indicam que algo errado esta acontecendo e tornam um sistema construtivo suscetível ao aparecimento de problemas. Para tratar esta patologia é necessário estabelecer o diagnóstico, as causas e as técnicas de tratamento com o intuito de prevenir o aparecimento deste tipo de problema, ou mesmo erradicar a sua incidência. Assim sendo, deve-se considerar nas etapas do processo construtivo o conhecimento do comportamento dos materiais, e os requisitos e critérios relacionados à durabilidade de um sistema ou de um elemento deste sistema. A realização deste trabalho na forma como foi descrito, aponta para dois caminhos possíveis: O primeiro procurará provar a eficiência no tratamento de juntas invisíveis em sistemas construtivos steel framing, considerando as variáveis propostas, além de definir métodos de trabalho e materiais adequados ao perfeito funcionamento e estabilidade do sistema. O segundo procurará indicar a ineficiência no tratamento de juntas invisíveis frente ao comportamento dos materiais em sua correlação e/ou por propriedades físicas. Ao final, espera-se contribuir, na forma de parametrização de procedimentos de execução destas juntas, para a garantia da durabilidade do sistema construtivo em “steel framing”; fazendo deste sistema mais uma opção na construção de moradias de interesse social, de forma rápida, segura, confortável e durável. Desta forma os construtores e o mercado poderão investir em novas tecnologias ou adequar o modo de apropriação deste sistema construtivo. Palavras-chave: Steel-framing, Patologia, Fissuras.

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Tecnologia e Produção

Colheita Mecanizada de Cana-De-Açucar: Plataforma Atual e Perspectivas Fernanda Pazini, (Docente), Administração, Faculdade Eduvale de Avaré, ferandapazini@yahoo.com.br Evandro Márcio de Oliveira, (direitor e docente), Administração, Faculdade Eduvale de Avaré, direcao@ eduvaleavarel.com.br Ramon Juliano Rodrigues (Docente), Agronomia, Faculdade Eduvale de Avaré, agronomia@eduvaleavare.com.br José Guilherme Lança Rodrigues (Docente), Agronomia, Faculdade Eduvale de Avaré, lancarodrigues@hotmail. com

O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários, destacando termos a maior produção de cana-de-açúcar e sermos o maior exportador de açúcar e álcool do mundo. Metade da produção exportada gera mais de dois bilhões de dólares anualmente para a balança comercial brasileira. Mais de cinco hectares de cana são cultivados no Brasil em duas regiões distintas, Centro-Sul e Norte-Nordeste. Decorrência de bons indicadores de sustentabilidade energética, ambiental e social, o Brasil tornou-se também um país com produção de menor custo. Ressalta-se que o setor usineiro dependia exclusivamente de mão-de-obra humana para realizar o corte da cana-de-açúcar em condições adversas. Esse sistema de corte passa por melhorias para atender as novas necessidades mercadológicas, convertendo para um sistema mecanizado. Observamos algumas desvantagens com o sistema mecanizado tais como, aumento de índices de impurezas. Este trabalho objetivou avaliar as vantagens e desvantagens da mecanização dos canaviais pelos aspectos agro-ecológicos e econômicos. Palavras-chave: produção, cana-de-açúcar, colheita mecanizada

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Tecnologia e Produção

Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis como Cadeias de Suprimentos Reversas Marcos Ricardo Rosa Georges, PUC-Campinas, marcos.georges@puc-campinas.edu.br Paula Gabriela Lhama, PUC-Campinas, gabrielalhama@yahoo.com.br Vanessa Cristina Picelli, PUC-Campinas, picelli.vanessa@gmail.com Rachel Mayer Chaves, PUC-Campinas, rachelchaves22@gmail.com Bárbara Borges Velani, PUC-Campinas, barbara_borges1@hotmail.com

Este trabalho apresenta um grupo de cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis incubadas pelo Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo (CRCA) em Campinas que adotaram uma gestão inovadora e que tem trazido resultados para seus cooperados. O que era somente um grupo de pessoas que coletavam lixo nas ruas e os separavam a fim de vender o que era reaproveitável, hoje se apresenta como uma cadeia de suprimentos, processando cerca de 3.500 ton./ano. A coleta do material, que era feita com tração humana, atualmente, cerca de 50% deste material é coletado por veículos próprios e não mais por tração humana. Porém, além do aspecto social é seu aspecto técnico-gerencial que a torna um exemplo único de gestão de cooperativas populares. As cooperativas populares incubadas pelo CRCA compartilham recursos de transporte, informações sobre posição de estoque, cedem sua vez no recebimento de material para outra cooperativa que corre o risco de parar a produção por falta de material e consolidam a venda do material por meio de uma empresa virtual. Esta configuração adotada pode ser enquadrada no conceito de cadeia de suprimentos reversa, um conceito de gestão considerado estado da arte em que as empresas operam em rede com grande nível de colaboração de atividades e de informações em prol da competitividade global da cadeia. Cadeia de Suprimentos pode ser entendida como uma rede de empresas que se atuam conjuntamente em prol de um objetivo comum. Esta cadeia de suprimentos é constituída pelas fontes de suprimentos, pelas cooperativas populares, pela RECICLAMP e pelos recicladores. As fontes de suprimentos são empresas públicas e privadas e condomínios residências que destinam seus recicláveis às cooperativas e também pela empresa responsável pela coleta seletiva de Campinas. As cooperativas populares são o elo responsável pela separação e enfardamento do material. A RECICLAMP é o elo formado por uma cooperativa de cooperativas que consolida todo o material processado e os vende aos recicladores, que são o último elo desta cadeia de suprimentos. A palavra reversa é derivada da orientação do fluxo do material, que é oposto ao fluxo das cadeias de suprimentos convencionais. Este trabalho visa identificar melhor as características desta cadeia de suprimentos reversa e incorporar os novos métodos de gestão que estão sendo desenvolvidos por esta nova área do conhecimento e implementá-los buscando a melhoria da sua produtividade e, conseqüentemente, o incremento na geração de emprego e renda, além de contribuir para a redução do uso recursos naturais ao reintroduzir materiais recicláveis num novo ciclo de vida destes produtos. Palavras-chave: Cadeia de Suprimentos Reversa, Coleta e Seleção de Recicláveis, Cooperativismo Popular. 395


Tecnologia e Produção

Da conversa à ação; materiais não convencionais na construção civil como alternativa para agricultores familiares Sonia M. P. P. Bergamasco, Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, sonia@feagri.unicamp.br Taísa Marotta Brosler, Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, taisamb@terra.com.br Renato Matos de Lopes Torres Barboza, Departamento de Engenharia de Civil, UFSCar, renatombarboza@ gmail.com Luciana Palhares de Souza, Faculdade de Engenharia Agrícola, UNICAMP, lulupdesouza@yahoo.com.br Gabrielle Astier, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Puc-Campinas, gabrielle.astier@gmail.com

O projeto intitulado “Fortalecimento do ensino de extensão rural nas Ciências Agrárias através do redescobrimento de saberes e da troca de conhecimentos” possui como objetivo principal fortalecer o ensino de extensão rural, baseado nos princípios da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER, através da intervenção em áreas de assentamentos rurais e do intercâmbio entre professores, extensionistas, estudantes e agricultores visando o redescobrimento de saberes e a troca de conhecimentos. Como parte de sua ação, encontra-se a reflexão sobre a problemática da forte dependência em relação aos financiamentos para a reprodução do assentado no lote, na construção da moradia e outras benfeitorias. A discussão e elaboração do projeto estão fundamentadas para que uma real Extensão seja realizada, pautada nos preceitos da educação libertadora, na busca por processos de aprendizagem em que o agricultor é visto como agente transformador de seu meio. Com isso, o principal desafio do projeto é promover o encontro de conhecimentos e a troca de saberes dos diferentes agentes envolvidos, capacitando especialmente estudantes universitários e profissionais de pesquisa e extensão, tornando-os aptos a compreenderem e dialogarem com as demandas nas diversas dimensões da agricultura familiar e do meio rural brasileiro. Na problematização do modelo vigente de construção civil, é necessário que os estudantes envolvidos repensem e avaliem sua formação acadêmica, enriquecendo-a com conhecimentos em técnicas de construção civil com materiais não convencionais, onde a idéia central está em unir o conhecimento popular com o conhecimento científico. São construções que já fazem parte do conhecimento da população como patrimônio histórico em diversas regiões do país e que demonstram grande capacidade de conservação e resistência a intempéries. Apresenta-se, portanto, o resultado da construção das etapas do projeto para a confecção das Oficinas, a comunicação com os assentados, a participação dos mesmos nos delineamentos do projeto e o desenvolvimento e formação dos envolvidos no processo. Foca-se, principalmente, a percepção dos estudantes frente à realidade rural brasileira, a novas metodologias e a outras formas de ensino e aprendizagem. Os avanços foram dados através do estimulo com a abordagem dos assuntos referentes à discussão crítica do processo de conhecimento e dos objetivos distintos de cada grupo, tendo como resultados possíveis gerar processos de auto-formação, elaboração de propostas, transformando o grupo em si em plataformas dinamizadoras da comunidade, sendo capaz de assumir a realização, avaliação e retroalimentação do projeto elaborado. Palavras-chave: Construções rurais, Metodologias participativas, Assentados de reforma agrária 396


Tecnologia e Produção

Dimensionamento de pré-fabricados de concreto Ana Paula Vedoato (Armando Lopes Moreno Junior), Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Unicamp, ana.vedoato@yahoo.com.br

Trata-se de pesquisa fruto de convênio de colaboração firmado entre FEC-UNICAMP e Sudeste Pré-Fabricados de Concreto Ltda. A empresa Sudeste Pré-Fabricados de Concreto trouxe ao Brasil siste-ma inovador de execução de paredes e lajes em concreto, já em utilização na Europa e Estados Unidos. Este sistema utiliza uma tecnologia importada da Alemanha, onde todo o processo de produção do material ocorre de forma au-tomatizada: da concepção à estocagem do produto. O sistema construtivo deve ser avaliado à luz de normatização nacional em vigor. Parâmetros de execução e de dimensionamento devem ser adapta-dos à realidade nacional. Inicialmente, a pesquisa estará restrita ao desenvolvimento de cadernos de procedimentos de dimensionamento de elementos em concreto de maior comercialização pela empresa: paredes duplas, estruturais ou não, e lajes treli-çadas. Exemplos de dimensionamento de edificações como galpões in-dustriais e comerciais, edifícios de até 5 pavimentos e algumas outras obras de interesse da Empresa Sudeste Pré-Fabricados de Concreto fazem parte do escopo do trabalho a ser desenvolvido pela FEC-UNICAMP neste projeto de pesquisa. Ao final desta primeira etapa do projeto espera-se que a empresa tenha uma maior aceitação de seus produtos no mercado nacional, em função da adaptação pretendida à nossa realidade técnica. Palavras-chave: Pré-fabricados, concreto, dimensionamento.

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Tecnologia e Produção

Educação, Empresa e Sociedade Aparecido Fujimoto, Unidade I, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), asfujimoto@ gmail.com

Desde os primórdios e, em especial, após o advento da Revolução In-dustrial na Europa, as pessoas passam grande parte de suas vidas traba-lhando e participando com maior ou menor intensidade nos diferentes ramos de atividades. No que diz respeito à Ciência, à Tecnologia e aos seus objetivos tanto na pesquisa quanto no desenvolvimento e aplicação, a produção de bens e serviços não é gerada apenas por indivíduos que trabalham isoladamente. É fundamental que os indivíduos constituam grupos fortes e coesos a fim de alcançarem resultados que possam satisfazer o interesse comum, promovendo o equilíbrio e o bem estar da empresa, dos funcionários, dos clientes e, em especial, da sociedade. Este trabalho procura discorrer sobre a gerência em harmonia aliada à liderança no contexto empresarial e acadêmico, de acordo com os propósitos das empresas e universidades saudáveis e conscientes de sua importância na sociedade. Empresas que promovem treinamentos e buscam a socialização das atividades em todos seus níveis hierárquicos, reconhecem que, entre o comportamento e o desempenho, há o valor das pessoas. Esta é a chave para que se obtenha um sucesso profissional amparado por relações sadias e harmoniosas, considerando-se a dignidade humana, o respeito recíproco e o reconhecimento da habilidade que cada trabalhador apresenta em sua atividade. Em um ambiente satisfatório como este, a educação e a valoração hu-mana são alguns dos princípios basilares entre os trabalhadores e dirigentes envolvidos e, quando instaurados e desenvolvidos, agregam efeitos positivos à Tecnologia e à Produção. Com base nos pilares de sustentação universitária e, em especial da Extensão, cabe o privilégio à Universidade em facilitar a formação da conscientização dos alunos sobre sua eficiência e eficácia em sua vida profissional, assim como o seu compromisso e responsabilidade social. É fundamental promover o bem estar da população menos favorecidas ao acesso a conhecimentos, saúde e a cultura em toda a sua abrangência. A época vivenciada não está somente voltada ao trabalho em massa, repetitivo, sacrificante; hoje é preciso valorizar o ser humano em primeiro plano para que este possa ter ciência de sua participação no processo de tecnologia e produção da empresa. E neste sentido, respeitando-se os princípios fundamentais e conside-rando-se as relações humanas, chegar-se-á à fórmula adequada para o êxito da empresa, do funcionário e da sociedade. Palavras-chave: Educação, Empresa, Sociedade.

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Estudo das Rotas de Coleta de Materiais Reciclados em uma Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis Marcos Ricardo Rosa Georges, PUC-Campinas, marcos.georges@puc-campinas.edu.br Ray Moysés Amorim, PUC-Campinas, rai_moyses_amorim@hotmail.com Vanessa Cristina Picelli, PUC-Campinas, picelli.vanessa@gmail.com Rachel Mayer Chaves, PUC-Campinas, rachelchaves22@gmail.com Bárbara Borges Velani, PUC-Campinas, barbara_borges1@hotmail.com

Este trabalho apresenta um estudo das rotas de coleta de materiais recicláveis realizada por uma cooperativa popular de coleta e seleção de recicláveis incubada pelo CRCA (Centro de Referência em Cooperativo e Associativismo). Esta cooperativa possui um caminhão que diariamente realiza dois itinerários, um matutino e outro vespertino, para coletar materiais recicláveis em cerca de 200 pontos pela cidade, entre empresas, condomínios e outros estabelecimentos. O estudo visou identificar os itinerários menos eficientes e propor alterações para melhorar a eficiência destes itinerários. Para identificar os itinerários menos eficientes, inicialmente foi feito o cálculo do custo do veículo utilizado na coleta. Este cálculo levou em consideração diversas informações do veículo, como: consumo, intervalo de troca e quantidade de óleo, vida útil do pneu, etc., e também usou dados do mercado, como: preço do combustível, do pneu, do IPVA, do salário do motorista, do seguro, entre outros. Utilizando os dados do veículo e do mercado obtevese um custo por hora de uso e por quilometro rodado do veículo. De posse destes custos, foi feito o cálculo de quanto custa cada itinerário de coleta, multiplicando o tempo gasto e a distância percorrido pelo custo por hora e pelo custo por quilometro do veículo. De posse do custo dos itinerários, calculou-se sua eficiência, dividindo-se quanto cada itinerário coleta de material (em valor monetário) pelo custo de sua realização. Para os itinerários menos rentáveis (quinta-feira a tarde, terça-feira de manhã e quartafeira a tarde) foi feito uma reordenação dos pontos de coleta utilizando técnicas de roteirização de veículos e foi proposto novas seqüência a serem percorridas por estes itinerários de modo a reduzir a distância e o tempo gasto. Este trabalho buscou contribuir para a melhoria da eficiência operacional da atividade de coleta de materiais realizada por uma cooperativa popular de coleta e seleção de recicláveis através do emprego de técnicas de roteirização, propiciando uma redução do custo de coleta e melhorando o entendimento sobre a função logística desta cooperativa.

Palavras-chave: Logística, Roteirização, Coleta e Seleção de Recicláveis.

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Gerenciamento e Liderança: Educação, Empresa e Sociedade Aparecido Fujimoto, asfujimoto@gmail.com Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Barão Geraldo, Campinas - SP

Desde os primórdios e, em especial, após o advento da Revolução Industrial na Europa, as pessoas passam grande parte de suas vidas trabalhando e participando com maior ou menor intensidade nos diferentes ramos de atividades. No que diz respeito à Ciência, à Tecnologia e aos seus objetivos tanto na pesquisa quanto no desenvolvimento e aplicação, a produção de bens e serviços não é gerada apenas por indivíduos que trabalham isoladamente. É fundamental que os indivíduos constituam grupos fortes e coesos a fim de alcançarem resultados que possam satisfazer o interesse comum, promovendo o equilíbrio e o bem estar da empresa, dos funcionários, dos clientes e, em especial, da sociedade. Este trabalho procura discorrer sobre a gerência em harmonia aliada à liderança no contexto empresarial e acadêmico, de acordo com os propósitos das empresas e universidades saudáveis e conscientes de sua importância na sociedade. Empresas que promovem treinamentos e buscam a socialização das atividades em todos seus níveis hierárquicos, reconhecem que, entre o comportamento e o desempenho, há o valor das pessoas. Esta é a chave para que se obtenha um sucesso profissional amparado por relações sadias e harmoniosas, considerando-se a dignidade humana, o respeito recíproco e o reconhecimento da habilidade que cada trabalhador apresenta em sua atividade. Em um ambiente satisfatório como este, a educação e a valoração humana são alguns dos princípios basilares entre os trabalhadores e dirigentes envolvidos e, quando instaurados e desenvolvidos, agregam efeitos positivos à Tecnologia e à Produção. Com base nos pilares de sustentação universitária e, em especial da Extensão, cabe o privilégio à Universidade em facilitar a formação da conscientização dos alunos sobre sua eficiência e eficácia em sua vida profissional, assim como o seu compromisso e responsabilidade social. É fundamental promover o bem estar da população menos favorecidas ao acesso a conhecimentos, saúde e a cultura em toda a sua abrangência. A época vivenciada não está somente voltada ao trabalho em massa, repetitivo, sacrificante; hoje é preciso valorizar o ser humano em primeiro plano para que este possa ter ciência de sua participação no processo de tecnologia e produção da empresa. E neste sentido, respeitando-se os princípios fundamentais e considerando-se as relações humanas, chegar-se-á à fórmula adequada para o êxito da empresa, do funcionário e da sociedade. Palavras-chave: Educação - Empresa - Sociedade

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Mapeamento de Processos de Negócios de Venda Consolidada na Reciclamp Marcos Ricardo Rosa Georges, PUC-Campinas, marcos.georges@puc-campinas.edu.br Rachel Mayer Chaves, PUC-Campinas, rachelchaves22@gmail.com Bárbara Borges Velani, PUC-Campinas, barbara_borges1@hotmail.com Vanessa Cristina Picelli, PUC-Campinas, picelli.vanessa@gmail.com Paula Gabriela, PUC-Campinas, gabrielalhama@yahoo.com.br

Um dos principais problemas enfrentados pela RECICLAMP é a dificuldade de planejar o atendimento da demanda. O atendimento da demanda é a atividade de gestão que determina o prazo para a entrega da mercadoria ao cliente. Porém, no caso da RECICLAMP, a mercadoria a ser entregue é resultando do processo de produção distribuído entre seis cooperativas populares. Logo, para determinar o prazo de entrega é necessário saber a posição dos estoques de produto acabado nas oito cooperativas além de se conhecer a disponibilidade do veículo que fará a coleta destes produtos. Mais difícil ainda é processo de prever datas futuras a partir da capacidade produtiva de cada cooperativa e dos níveis de estoque em processo e, planejar a emissão de ordens de produção de modo a atender as exigências de volumes e freqüência de entregas dos grandes recicladores. Desenvolver a capacidade de previsibilidade de atendimento da demanda nas cooperativas é contribuir para a melhoria do atendimento de seus clientes, permitindo que as cooperativas e a RECICLAMP continuem a vender diretamente aos grandes recicladores e não mais depender de sucateiros e aparistas. Esta capacidade de previsibilidade de datas de entrega e de consolidação do volume de estoque necessário para atender aos pedidos que chegam até a Reciclamp será feita a partir de um mapeamento do processo de vendas da Reciclamp. Este processo de vendas é particularmente mais complexo porque necessita de informações que estão espalhadas por seis diferentes cooperativas populares, exigindo um nível de colaboração na troca de informações que só é comum nas cadeias produtivas mais competitivas da indústria. Mais além, também é necessário um elevado grau de coordenação entre as cooperativas a fim de atender um pedido que necessite de materiais a serem processados por mais de uma cooperativa. Espera-se como resultado deste trabalho de iniciação científica um detalhamento de todas as atividades envolvidas no processo de venda conjunta dos produtos das cooperativas populares, em especial, os registros e informações utilizadas para planejar as entregas e determinar prazos e volumes. Estas informações serão fundamentais estruturar um sistema de planejamento de atendimento de pedidos para a RECICLAMP, permitindo determinar datas de entregas, emitir ordens de produção para priorizar produtos com pedidos firmes e visualizar a posição dos estoques de cada cooperativa popular. Palavras-chave: Administração da Produção, Mapeamento de Processo, Coleta e Seleção de Recicláveis. 401


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Mapeamento de Processos de Produção nas Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis Incubadas pelo Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo Marcos Ricardo Rosa Georges, PUC-Campinas, marcos.georges@puc-campinas.edu.br Bárbara Borges Velani, PUC-Campinas, barbara_borges1@hotmail.com Vanessa Cristina Picelli, PUC-Campinas, picelli.vanessa@gmail.com Rachel Mayer Chaves, PUC-Campinas, rachelchaves22@gmail.com Paula Gabriela, PUC-Campinas, gabrielalhama@yahoo.com.br

Um dos problemas enfrentados pelas cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis é a dificuldade de se planejar e controle da produção. O planejamento da produção é a atividade de gestão que determina as quantidades a serem produzidas e os prazos que deverão ser atendidos em função de uma demanda dada. O controle da produção é a atividade de monitoramento do que está sendo produzido com a disponibilidade de informações que permite confrontar o que está sendo realizado com o que foi planejado. Para se realizar o planejamento e controle da produção é necessário que haja um detalhamento das atividades realizadas durante o processo produtivo, reconhecendo o tempo gasto em cada atividade, os recursos necessários para a sua realização e as regras que determinam a seqüência destas atividades de modo a completar o processo produtivo. Para se realizar o controle da produção é necessário conhecer os registros que são apontados durante o processo produtivo, os dados que são apontados nestes registros e a sistemática com que estes registros são recolhidos e consolidados para fornecer à gestão a situação do processo de produção. Compreender as atividades que compõe o processo produtivo e os registros utilizados de modo a estruturar um sistema de planejamento e controle da produção nas cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis incubadas pelo Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo (CRCA) é a situação problema que motiva e justifica este trabalho de iniciação científica. A compreensão das atividades da produção nestas cooperativas será obtido a partir do mapeamento do processo produtivo, desde o recebimento dos materiais, seja por coleta própria ou pela coleta seletiva do município, passando pela triagem inicial, pela mesa de separação, pela prensagem e enfardamento e, por fim, pela expedição. O mapeamento destes processos identificará cada atividade constituinte, o responsável direto pela sua execução, os registros que são apontados durante a produção e a ordem de execução destas atividades. Espera-se como resultados deste trabalho um detalhamento de todas as atividades constituintes do processo produtivo das cooperativas populares, em especial os tempos médios de cada atividade, os recursos necessários, os registros preenchidos, a quantidade necessária de pessoal e a capacidade produtiva de cada atividade e da cooperativa como um todo. Palavras-chave: Administração da Produção, Mapeamento de Processo, Coleta e Seleção de Recicláveis. 402


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O Método de Rietveld da Difração de Raios-X na Caracterização de Argamassas dos Edifícios Históricos G. A. Calligaris1, A. O. dos Santos2, Marcos Tognon3 e L. P. Cardoso1 1LPCM, IFGW, UNICAMP; 2 CCSST, UFMA, Imperatriz, MA; 3Inovação e Pesquisa para o Restauro, UNICAMP.

Neste trabalho apresentamos uma aplicação da difração de raios-X, usando o método de Rietveld [1], na análise estrutural das fases cristalográficas presentes em amostras de argamassa (assentamento de tijolos, revestimento de paredes, assentamento de pastilhas e peças cerâmicas) retiradas de diversos ambientes e elevações externas do Prédio Administrativo da Estação Guanabara, complexo ferroviário em Campinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, edificado em sucessivas fases de ampliação entre 1890 e 1960. Essas análises permitem obter a composição e o seu traço, ou seja, a proporção de compostos minerais empregados para equilibrar as propriedades desejadas então pelo antigo construtor como a durabilidade, a adesão e a impermeabilidade, além da cor e da textura. As medidas de difração de raios-X foram realizadas em amostras policristalinas após peneiramento (20 µm) e os difratogramas obtidos mostraram que as argamassas analisadas apresentaram nos ambientes construídos por volta de 1893, apenas foram encontradas argilas (gibbsita e montmorilonita) e areia (sílica) na sua composição e, nos ambientes de 1915 e 1960 encontramos cal e areia. No entanto, nos ambientes em que houve reformas após essas datas, a análise permitiu identificar, também, a presença de cimento portland (portlandita) em pequenas proporções, na ordem de 10%, nas argamassas. É importante citar que as composições das argamassas são obtidas do método de Rietveld com boa precisão (Rwp~10%), o que permite uma correta indicação das características das novas argamassas que serão empregadas, sobretudo nas lacunas, contribuindo para a harmonia químico-física dos sistemas construtivos históricos. No estudo dos novos padrões de argamassa preparados no LPCM, na proporção dos traços históricos já reconhecidos na literatura, observou-se claramente as transições de fase envolvendo a Calcita, Hatrurita e Portlandita, privilegiando, com o passar do tempo, a criação da Calcita, que é responsável na melhora da estabilidade plástica da argamassa, e quando em equilíbrio com a Portlandita, evita o aparecimento de trincas trincas e rachaduras tanto superficiais quanto em profundidade, devido à cura mais longa de suas fibras estruturais úmidas [2]. [1] H.M. Rietveld (1969), Journal of Applied Crystallography 2, 65 [2] José E. P. Guimarães, A Cal: fundamentos e aplicações na Engenharia Civil. São Paulo: Pini, 2002. Palavras-chave: Argamassa, edifícios históricos, difração de raios-X

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O Produto Logístico da Cadeia de Suprimentos Reversa: o Caso das Cooperativas Populares de Coleta e Seleção de Recicláveis Marcos Ricardo Rosa Georges, PUC-Campinas, marcos.georges@puc-campinas.edu.br Ray Moysés Amorim, PUC-Campinas, rai_moyses_amorim@hotmail.com Vanessa Cristina Picelli, PUC-Campinas, picelli.vanessa@gmail.com Rachel Mayer Chaves, PUC-Campinas, rachelchaves22@gmail.com Bárbara Borges Velani, PUC-Campinas, barbara_borges1@hotmail.com

Este trabalho apresenta as diferentes características que o produto logístico assume ao longo de sua trajetória na cadeia de suprimentos reversa das cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis. A cadeia de suprimentos reversa é constituída por quatro elos básicos: as fontes de suprimentos, as cooperativas populares, a RECICLAMP e os recicladores. As fontes de suprimentos são formadas por dois grupos distintos, o primeiro é constituído pela coleta realizada pelas próprias cooperativas em centenas de empresas publicas e privadas e condomínios que destinam seus materiais a reciclagem; o segundo grupo é constituído pela empresa que faz a coleta seletiva no município de campinas e que destina os materiais às cooperativas. As cooperativas populares de coleta e seleção de recicláveis formam o próximo elo desta cadeia de suprimentos reversa. São oito cooperativas que processam cerca de 3.500 ton./ano de materiais recicláveis. Todo o material processado pelas cooperativas é vendido conjuntamente pelo elo seguinte desta cadeia, trata-se da RECICLAMP, uma central de vendas solidária. O elo final desta cadeia são os recicladores que compram o material da RECICLAMP e os colocam de volta ao mercado. O produto logístico é o objeto que flui ao longo desta cadeia de suprimentos, que neste caso são os materiais recicláveis. Conhecer as características que o produto logístico assume ao longo da cadeia de suprimentos é fundamental para planejar melhor a logística da cadeia de suprimentos. Este trabalho levantou algumas características relevantes do produto logístico ao longo desta cadeia de suprimento, são elas: proporção, preço médio, peso, volume, condição de armazenagem e forma de unitização. O conhecimento destas características possibilitou uma melhor compreensão da própria cadeia de suprimentos e contribuiu para um melhor planejamento de suas atividades logísticas, como: previsão, armazenagem, transporte, definição de estoques reguladores. Palavras-chave: Logística, Produto Logístico, Coleta e Seleção de Recicláveis.

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O Programa de Aquisição de Alimentos no Município de Araras (SP) - diagnóstico e ações Juliana Miguel Sanches, (Estudante), Centro de Ciências Agrárias - CCA, Universidade Federal de São Carlos -UFSCar, Carmpus de Araras, julianajisso@hotmail.com Andrea Eloisa Bueno Pimentel (docente), Centro de Ciências Agrárias - CCA, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, andreabp@cca.ufscar.br

Visando garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional, formar estoques estratégicos e promover a inclusão social no campo através do fortalecimento da agricultura familiar foi criado pelo governo federal, em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). No município de Araras (SP) e região, a entrada de agricultores familiares no PAA ocorreu em abril de 2008, na modalidade Compra Direta. Aderiram ao programa 94 agricultores, mas somente 34 participam ativamente, além de uma associação com 30 apicultores. São 18 instituições que recebem os alimentos. Este trabalho primeiramente fez um diagnóstico do processo do funcionamento do PAA em Araras, o que incluiu aplicação de questionários para os 20 agricultores familiares participantes ativos no programa no município, representante dos apicultores, representantes da Secretaria de Promoção Social, da Secretaria da Agricultura, representantes das instituições que recebem produtos do PAA. Cada agricultor leva seu produto até um determinado local, que é próprio dos assentados, construído pelo governo para outros fins. A entrega acontece uma vez por semana, toda terça feira, com hortaliças e frutas, e uma vez por mês no caso dos apicultores. O correto seria fazer o recolhimento dos produtos duas vezes por semanas, mas os agricultores são poucos. O preço pago é o preço praticado no CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de Campinas. Há produtores que recebem o preço máximo a ser pago, pois enviam os alimentos lavados e embalados em saquinho. A falta de padronização dos produtos, do volume comercializado, bem como o tratamento pós-colheita, faz com que o produtor receba um preço menor. As entidades beneficiadas perdem, principalmente, com o volume recebido que não condiz com a demanda, recebendo ora muito produto de uma mercadoria (como mandioca) ora pouco de outra. Feito este diagnóstico, o passo seguinte é criar normas simples de padronização de produtos e comercialização, como classificação, processamento mínimo de hortaliças, armazenamento, embalagem, encaixotamento e planejamento da produção conforme a demanda. Conclui-se que o PAA traz benefícios para os agricultores e entidades beneficiadas, mas há necessidade de ações visando melhor adequação do produto a demanda. Palavras-chave: Agricultura Familiar, Planejamento da Produção, Comercialização.

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Parâmetros que Afetam A Eficiência de Semeadoras Adubadoras de Precisão Fernanda Pazini, (Docente), Administração, Faculdade Eduvale de Avaré, ferandapazini@yahoo.com.br Evandro Márcio de Oliveira, (direitor e docente), Administração, Faculdade Eduvale de Avaré, direcao@eduvaleavarel. com.br Ramon Juliano Rodrigues (Docente), Agronomia, Faculdade Eduvale de Avaré, agronomia@eduvaleavare.com.br José Guilherme Lança Rodrigues (Docente), Agronomia, Faculdade Eduvale de Avaré, lancarodrigues@hotmail.com

A distribuição eficiente das sementes deverá abranger a deposição uniforme no sulco de semeadura, em profundidade e distância entre elas. As sementes apresentam grande variabilidade no tamanho, largura bem como, espessura e comprimento. O trabalho teve como objetivo apresentar a precisão do emprego de semeadoras adubadoras na deposição de sementes e apresentar, as características quantitativas e qualitativas neste setor. Pode-se concluir que, ao adequar o sistema concomitante ao tamanho da semente, espaçamento da cultura, profundidade da semeadura, velocidade do trabalho, umidade e textura do solo, quanto à eficiência da distribuição longitudinal de sementes aceitáveis, atinge um desempenho bom de 75% a 90%. Palavras-chave: deposição, sementes, semeadoras adubadoras.

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Programa de Educação em Software Livre (PESL) Arlindo Flavio da Conceição (Docente) Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), arlindo.conceicao@unifesp.br Eduardo Sanches Bocato, ICT, bocato@unifesp.br

Desde a idealização e a fundação do projeto GNU, em 1983, por Richard Stallman, o Software Livre vem se consolidando e conquistando espaço em diversos segmentos da sociedade. Antes restrito ao meio acadêmico, hoje o Software Livre é utilizado em diversas empresas, universidades e projetos governamentais. Caracteriza-se pela liberdade em utilizá-lo, distribui-lo e alterá-lo, sem custos adicionais. Entretanto, a evolução das ferramentas livres não tem sido acompanhada por processos de capacitação e de educação continuada. Como consequência disso, muitas pessoas acabam evitando as ferramentas livres por sentirem dificuldade em aprender a utilizá-las. Este cenário demonstra a necessidade de que haja maior esforço no ensino de Software Livre. O Programa de Educação em Software Livre (PESL) é um programa de extensão da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), campus São José dos Campos, criado com o intuito de difundir conhecimento sobre as mais diversas ferramentas baseadas em Software Livre e, através disso, atrair mais usuários e colaboradores à comunidade. O programa atualmente oferece cursos, palestras, tutoriais e oficinas para o público em geral. As atividades são realizadas no laboratório do campus e ministradas por alunos, professores e colaboradores voluntários. A metodologia combina exposição de conteúdos e exercícios práticos. Entre os cursos oferecidos, está o curso de “Introdução ao Software Livre e suas Ferramentas”. Muito bem avaliado pelos alunos (utilizando questionários de avaliação baseados em Mean Opinion Score), este curso apresenta as vantagens do Software Livre e, de modo prático, ensina a instalar e utilizar o sistema Linux. Além do curso introdutório, há também cursos intermediários e avançados, assim como oficinas, por exemplo, sobre bancos de dados, redes de computadores, ferramentas para escritório e criação de animações 3D. Todo o material de apoio utilizado nos cursos é disponibilizado na Web em uma plataforma de ensino à distância (ambiente Moodle). Atualmente, estão sendo criados cursos à distância, visando ampliar o alcance do programa. Software Livre é um tema estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país. No entanto, para que o seu potencial possa ser explorado, é necessário Educar e criar espaços para a educação continuada em ferramentas de Software Livre. Este trabalho demonstrou que isso é possível. Maiores informações podem ser obtidas no site http://www.sjc.unifesp.br/pesl. Palavras-chave: Software Livre, Linux, Cultura Digital.

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Projeto IluminAção André Nunes de Souza, FEB, UNESP, andrejau@feb.unesp.br Danilo Sinkiti Gastaldello, FEB, UNESP, dandangastaldello@gmail.com Dafne Rosane Oliveira, FC-Bauru, UNESP, dafneoliveira@hotmail.com Mariana Vaz Sigoli, FEB, UNESP, mariana_sigoli@hotmail.com

O projeto IluminAção, com fins educacionais, técnicos e sociais, visa levar conhecimento e hábitos de consumo racional e correto da energia elétrica até as comunidades carentes de Bauru. O projeto apresenta diversas frentes de trabalho com objetivos que se complementam. Frente Escolar: Envolve atividades educativas nas escolas da rede pública, com palestras sobre o uso racional de energia elétrica e redução no consumo, caráter sustentável e impactos ambientais atingindo assim, através dos alunos de todas as faixas etárias e os responsáveis pela renda familiar. Frente Comunidade: Compreende vistorias para avaliação das instalações elétricas de residências ou centros comunitários, para indicar ações para aumentar a segurança e redução no consumo. Frente Sociedade: Envolve exposições do projeto em áreas públicas a fim de divulgá-lo amplamente para a sociedade, através dos grandes meios de publicidade, TV, rádio, jornais e internet. Frente de Pesquisa e Desenvolvimento: Como o próprio nome diz, esta frente é responsável por realizar pesquisas e desenvolver ferramentas para ajudar na atuação do grupo perante a comunidade. Atualmente está sendo construído um aquecedor solar de baixo custo (ASBC) com materiais recicláveis para ser instalado em uma residência de uma família de baixa renda. O objetivo primordial do projeto é educar e conscientizar o público a reduzir o consumo de energia elétrica através da diminuição de desperdícios, de forma que esta ação determine a redução dos gastos familiares com contas de energia elétrica, em uma instância individual e, frente às demandas por energia no país, torná-la sustentável. Palavras-chave: Racionalização de Energia, Economia, Educação.

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Prospecção de conhecimento em base de dados sobre notificação de acidentes do trabalho Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Guilherme Priolli Daniel, IBILCE, UNESP, gui.computacao@yahoo.com.br Lucas Gomes Moreira, IBILCE, UNESP, lucasgbd@gmail.com

O Sistema de Informação e Vigilância de Acidentes de Trabalho - SIVAT é o resultado de um projeto desenvolvido pelo Grupo de Banco de Dados - GBD/UNESP em convênio com a Prefeitura de São José do Rio Preto, cujo propósito foi implementar um banco de dados com informações de acidentes de trabalho ocorridos no município e região(um total de onze municípios). Tal sistema tem como objetivo permitir aos usuários o levantamento e cruzamento de dados relevantes para a compreensão, previsão e prevenção dos acidentes. Para tanto, a arquitetura desenvolvida é capaz de armazenar diferentes informações a respeito da localização dos acidentes. A base de dados do SIVAT contempla todos os registros dos últimos anos, totalizando mais de 40 mil registros, isso a habilita como alvo de interesse potencial para a aplicação de técnicas de extração de conhecimento. Na aplicação dessas técnicas em questão foram utilizados ferramentais de suporte ao processo de extração de conhecimento, sendo as principais as dedatamining multi-relaciona. desenvolvidas pelo GBD. Os resultados do referido processo de prospecção de conhecimento na base de dados do SIVAT tem sido de relevância e utilizados para apoio as ações do Centro Regional da Saúde do Trabalhador de São José do Rio Preto e região - CEREST. Assim, os padrões obtidos tem auxiliado na compreensão, previsão e prevenção de acidente. Um exemplo foi a identificação de padrões para acidentes de trajeto envolvendo motocicletas, onde grande quantidades destes acidentes acometeram menores de idade. Os acidentes referidos nesta regra podem ter ocorrido de diversas formas, como por exemplo, os menores terem sido atropelados por motocicletas, ou também com possibilidades de estarem dirigindo-as. Tais hipóteses conseqüentes dos padrões encontrados passaram a ser objetos de diligências investigatórias pelo CEREST. Este trabalho contribui no auxilio da compreensão e prevenção dos acidentes de trabalho através de investigações feitas com base nos padrões obtidos e também na validação do ferramental desenvolvido para aplicação de técnicas de datamining multi-relacional. Palavras-chave: Datamining, SIVAT, Acidente de Trabalho.

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Prova de Eficiência Produtiva - PEP Guzerá UNESP Marcos Chiquitelli Neto1,2 ; Cícero Belarmino da Silva2,3; Edson Lazarini4. 1 Professor do Dpto. de Biologia e Zootecnia e coordenador do Parque de Equoterapia da UNESP de Ilha Solteira. 2 Colaborador do Núcleo de Manejo Racional (MANERA) - manera@bio.feis.unesp.br 3 Técnico Agropecuário da Fazenda de Ensino Pesquisa e Extensão da UNESP de Ilha Solteira. 4 Professor do Dpto. de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio Economia da UNESP de Ilha Solteira.

O mercado consumidor de reprodutores bovinos exige cada vez mais animais melhoradores para características produtivas e reprodutivas.O uso de diferentes cruzamentos entre raças tem feito com que o produtor tenha poucas opções de qualidade na utilização de gado zebuíno para promoção crescente da heterose (cruzamentos de vacas F1 com genética zebuína diferenciada) e a raça Guzerá se apresenta com uma excelente opção nessa estratégia de cruzamento.A Universidade Estadual Paulista, campus de Ilha Solteira, detém um rebanho de bovinos da raça Guzerá desde a década de 80,realizando treinamentos e disponibilizando genética de qualidade para produtores de carne bovina.Nesse sentido, o projeto tem como objetivo geral melhorar a eficiência produtiva da raça Guzerá de corte disseminando essa genética para pecuarista de carne bovina. Para o desenvolvimento das atividades básicas da PEP (prova de eficiência produtiva), onde são identificados os reprodutores mais qualificados desde agosto de 2007, é utilizado o rebanho bovino da raça Guzerá (600 cabeças) de propriedade da UNESP, campus de Ilha Solteira.Além desse rebanho, a PEP aceita a inclusão de outros animais, oriundos de pecuarista que queiram submeter seus animais às avaliações propostas no programa.Ao final de cada ano, no mês de novembro, é realizado um leilão público onde são colocados à venda os reprodutores que passaram pelas avaliações propostas na PEP, nessa mesma oportunidade são realizadas pequenos informes sobre como ocorre o processo de avaliação e instrução dos participantes para compra de um animal mais eficiente. Com o início da PEP, constatou-se uma grande mudança na demanda por reprodutores da UNESP.Nos anos anteriores ao início do programa, os leilões não eram realizados com periodicidade programada, os animais não apresentavam informes zootécnicos e avaliações de eficiência produtiva no momento da venda, com presença reduzida de produtores.A partir de 2007, com inclusão dessas informações, houve um aumento gradativo na procura pelos reprodutores, com maior número de pecuaristas disputando cada animal no leilão, promovendo um aumento no valor de venda por unidade, que rotineiramente não ultrapassava o preço sugerido como mínimo nos leilões anteriores ao ano de 2007.Em 2009, houve a realização de uma matéria jornalística, sobre a PEP, veiculada na Record News para mais de 47 países, que certamente irá promover ainda mais a demanda pelos nossos bovinos e assim melhorar a disseminação das ferramentas utilizadas para melhorar a qualidade da raça Guzerá no Brasil. Palavras-chave: Bovino, Melhoramento Genético, Reprodutores

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Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio (Armando Lopes Moreno Junior), Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, almoreno@fec.unicamp.br Carlito Calil Junior - EESC-USP Valdir Pignatta Silva - POLI-USP Jorge Munaiar - EESC-USP

A capacidade resistente dos elementos estruturais em situação de incêndio é reduzida, devido à deterioração da área resistente ou redução da resistência dos materiais. Recentemente, no Brasil, foram publicadas normas com exigências de resistência ao fogo das estruturas, normas de dimensionamento de estruturas de concreto e de aço em incêndio e, em alguns Estados, uma legislação específica para essa situação. Ainda é pequeno o investimento em pesquisa na área de engenharia de estruturas em situação de incêndio. A análise do comportamento estrutural depende fortemente da precisão do modelo estrutural, envolvendo não-linearidades geométrica e do material, da simulação do cenário do incêndio e da variação das propriedades mecânicas e tecnológicas com a temperatura. Em vista desse grau de complexidade, esta pesquisa demanda o uso de programas de computador de última geração associados a máquinas de grande desempenho, análise experimental requintada e ampliação do intercâmbio com especialistas estrangeiros. A Escola Politécnica e a Escola de Engenharia de São Carlos, ambas da USP, e a Escola de Engenharia da UNICAMP, com apoio da FAPESP ou da iniciativa privada, vem testando diversos programas de computador e realizando experimentos básicos. Essas Instituições pretendem, neste Projeto Temático, unir esforços para impulsionar as pesquisas, ora individuais, na análise termestrutural das estruturas de concreto, aço e madeira. Objetiva-se encontrar soluções seguras, econômicas e adequadas à realidade brasileira, consolidar essa área de pesquisa e propor atualizações nas normas em vigor e novos textos normativos, a fim de proporcionar ao meio técnico, condições de atender à legislação vigente. Palavras-chave: Incêndio, Segurança, Estruturas.

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Sistema Computacional Georreferenciável de Cadastro de Usuários dos Recursos Hídricos da Sub-bacia Crítica do Avanhandava Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Antonio Carlos Carvalho, CBH - Turvo, Grande, accarvalho10@hotmail.com Alan Ono Segundo, IBILCE, UNESP, alan2ono@gmail.com

Segundo o DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica - o objetivo da gestão dos recursos hídricos é garantir a oferta de água de boa qualidade à população e ao mesmo tempo preservar os ecossistemas, promovendo assim, a sustentabilidade. Diante deste contexto, o projeto desenvolvido tem o objetivo de oferecer suporte à gestão destes recursos hídricos com respectiva caracterização da situação real da região a ser monitorada. Para isso, foi desenvolvido um sistema de cadastro on-line para coletar dados de usuários dos recursos hídricos da micro bacia crítica do Avanhandava, esta com 133 km2 e aproximadamente 240 usuários e por volta de 2000 pessoas da zona rural, para que seja possível monitorar o estado dos recursos hídricos desta porção de área da Bacia do Turvo/Grande. Tal cadastro alimentou uma base de dados espacial, que foi manipulada por um sistema de informação geográfica - SIG, objeto do referido projeto que é apresentado. Dada a necessidade de conhecer de maneira ampla a situação dos usuários de recursos hídrica da Bacia do Avanhandava e da população da área compreendida, o sistema possibilitou: analisar as demandas cadastradas em função da disponibilidade hídrica estimada da bacia do Avanhandava; avaliar o consumo de água em suas finalidades e uso; disponibilizar todos os cadastros completos dos usuários que já estão implantados no município, identificando e caracterizando os usos existentes (local de captação, manancial, vazão retirada, tipo de equipamento, coordenadas UTM, utilidade, razão social, etc.); disponibilizar a estimativa de demanda em tempo real (mensalmente) da bacia, fazendo comparações com a população existente; permitir consulta dos dados individualizados por curso de água, sub-bacia e tipo de uso, de forma a possibilitar um balanço hídrico de cada variável proposta; apresentar a disposição espacial das informações em interface georreferenciável associada às informações obtidas do sistema on-line de cadastro dos recursos hídricos; permitir a obtenção de análises dos dados baseadas nas posições espaciais dos recursos em questão. A modelagem da base de dados espacial, assim como o projeto de funcionalidades disponibilizadas pelo SIG e registros dos dados característicos da região coletados in loco, possibilita ao comitê de Bacia do Turvo/Grande realizar uma gestão mais eficiente sobre os recursos hídricos da região de interesse, oferecendo um monitoramento do seu uso e possibilitando o desenvolvimento de estratégias mais eficientes para recuperação e preservação. Destaca-se que os resultados preliminares deste trabalho demonstram grau de criticidade da sub-bacia mais aguçado do que o apresentado nos relatórios oficiais. Palavras-chave: Sistema de Informação Geográfica, Gestão de Recursos Hídricos, Sistema de Apoio à Decisão. 412


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Sistema computacional para avaliação e apoio à gestão de cursos, disciplinas e docentes - UNESP Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Paulo Scarpelini, IBILCE, UNESP, pauloscarpelini@gmail.com Fernando Tochio Ichiba, IBILCE, UNESP, fernandoichiba@sjrp.unesp.br Matheus Henrique Marioto, IBILCE, UNESP, matheus.comp@gmail.com

Com o objetivo de analisar a qualidade de ensino e fundamentar ações futuras para sincronizar o que se espera de um curso e o que é oferecido pelo mesmo, tem–se efetivado periodicamente as avaliações de cursos e disciplinas de modo rudimentar. Tais atividades constituindo-se em um trabalho árduo na aplicação de questionários impressos em papel, na contabilização e extração de informações dos resultados obtidos. No sentido de contribuir junto a estas atividades de avaliação foi desenvolvido um sistema on line, denominado de AVALIA, que gerencia informações referentes à avaliação de cursos, disciplinas e docentes, possibilitando a coleta e organização dos dados de forma automatizada, com a geração de relatórios de interesse e suporte às análises. Por meio de uma interface Web, alunos podem acessar questionários de avaliação, responder questões elaboradas pelos coordenadores de curso, as quais objetivam extrair a opinião dos respondentes e expor comentários referentes às disciplinas e cursos em que estão matriculados. Além disso, os coordenadores de cursos cadastrados no sistema podem, através da seção administrativa, acessar a contabilização das respostas e os relatórios estatísticos sobre as avaliações realizadas. Estas avaliações são totalmente dinâmicas, podendo o coordenador criar e editar questões, alterar períodos de avaliação, excluir avaliação e elaborar avaliação de curso e disciplinas de determinados períodos. O sistema garante o sigilo do respondente, mantendo as respostas sem quaisquer ligações com o autor. O sistema foi testado pelos coordenadores de curso do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE/UNESP, com a finalidade de realizar a validação do mesmo a cada ano. Nessa experiência, foi possível verificar todos os requisitos contemplados, elaborados na proposta do sistema e, em outubro, será realizada a primeira avaliação utilizando esta nova versão do AVALIA, envolvendo toda a comunidade do IBILCE. Destaca-se que já haviam sido efetuadas avaliações desde 2004 por meio de versões anteriores do sistema. O objetivo é que este sistema seja adotado por todos os campus da Unesp contemplando a avaliação de todos os cursos de graduação, especialização e pós-graduação. Palavras-chave: Sistema de Avaliação Online, Sistema de Avaliação de Curso e Disciplina.

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Sistema on-line de Avaliação Institucional - AVINST Carlos Roberto Valêncio, IBILCE, UNESP, valencio@ibilce.unesp.br Toni Jardini, IBILCE, UNESP, tonijardini@gmail.com Fernando Tochio Ichiba, IBILCE, UNESP, fernandoichiba@sjrp.unesp.br Carlos Henrique El Hetti Laurenti, IBILCE, UNESP, nafter@msn.com Alan Ono Segundo, IBILCE, UNESP, alan2ono@gmail.com

O sistema computacional on-line de avaliação institucional é um sistema de coleta de dados e geração de relatórios, criado pelo Grupo de Banco de Dados - GBD, atuante no Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE/UNESP e implantado no ano de 2008. A elaboração deste sistema contou com apoio da Comissão Permanente de Avaliação CPA/UNESP. O sistema contempla todos os campus da UNESP automatizando totalmente o processo de coleta de informações referentes às avaliações de cada instituto e faculdade. A implementação foi estudada de forma que os dados coletados antes da implantação inicial do sistema pudessem ser absorvidos e utilizados pelo mesmo. Dessa maneira, a confecção dos relatórios conta com uma base, atualmente, de cinco anos de avaliações, possibilitando a geração de relatórios comparativos entre os anos, unidades e campus. A construção de todo o sistema foi realizada por meio de diversos processos. Primeiramente, o conteúdo a ser avaliado é amplamente discutido e elaborado por uma comissão de docentes especialistas, ex-diretores de unidades, membros de colegiados de relevância na instituição e que atuam em diversas áreas, sendo as principais: informática, educação, estatística, administração e engenharia. Após esta etapa, foi confeccionado os projetos do sistema com generalidade capaz de suportar futuras alterações nos questionários elaborados pela CPA; em seguida, foi criada a base de dados através de softwares livres e a implementação do sistema online. O sistema foi amplamente aplicado nos 26 campus da Unesp, contando com mais de 19 mil usuários, dentre eles alunos de graduação, pós-graduação, funcionários, docentes e outros, e subsidiou os relatórios anuais da referida universidade. Todos os relatórios gerados são de extensão “.doc” podendo ser visualizados em diversos editores de texto. Esses relatórios contem informações sobre quantidade de alunos matriculados na graduação, publicações desses alunos, participações em eventos, infraestrutura das bibliotecas dentre diversos outros tipos de informações conclusivas sobre o atual estado da Unesp. O sistema ainda comporta uma interface intuitiva, a qual possibilita, facilmente, responder um questionário, assim como cadastrar as unidades e demais usuários. Palavras-chave: Avaliação Institucional, Sistema de Avaliação Online, AVINST.

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Sistemas de Preparo de Solos Fernanda Pazini, (Docente), Administração, Faculdade Eduvale de Avaré, ferandapazini@yahoo.com.br Evandro Márcio de Oliveira, (direitor e docente), Administração, Faculdade Eduvale de Avaré, direcao@eduvaleavarel. com.br Ramon Juliano Rodrigues (Docente), Agronomia, Faculdade Eduvale de Avaré, agronomia@eduvaleavare.com.br José Guilherme Lança Rodrigues (Docente), Agronomia, Faculdade Eduvale de Avaré, lancarodrigues@hotmail.com

Visando designar um sistema de manejo adequado, é necessário considerar a produtividade da cultura ou analisar as condições físicas, químicas e biológicas que os mesmo promovem no solo. O Sistema de Plantio Direto é caracterizado para implantar culturas com a menor mobilização do solo, sobre coberturas vegetais de culturas anteriores assim, consequentemente, fazer uso da rotação de culturas, de herbicidas e de semeaduras adubadoras. O objetivo deste estudo foi quantificar e analisar os efeitos dos sistemas de manejo baseado nas condições do solo. Observou-se que quando identificado os indicadores físicos, químicos e biológicos, aumentou-se o índice de qualidade no desígnio do sistema de manejo. Destacouse que os indicadores químicos, foram os que mais influenciaram no índice de qualidade do solo elevando-se. Palavras-chave: plantio, sistema direto, solos

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Uso da técnica de moiré de sombra como técnica fotoelástica Inácio Maria Dal Fabbro, Docente, FEAGRI, UNICAMP, Inácio@agr.unicamp.br Jonathan Gazzola, Mestrando, FEAGRI, UNICAMP, jonathan_gazzola@yahoo.com.br Julio Soriano, Docente, FEAGRI, UNICAMP, julio.soriano@feagri.unicamp.br

Projetos mecânicos exigem cada vez mais produtos com segurança e qualidade. Análises de confiabilidade de projetos têm que considerar as incertezas, como defeitos internos, anisotropia e/ou heterogeneidade. A qualidade de um material é determinada pelas suas propriedades mecânicas, ao qual se resume nos valores médios de resistência sem determinar a existência de defeitos internos. A fotoelasticidade permite determinar as qualidades de um material individualmente. O fundamento teórico da fotoelasticidade é explicado como um fenômeno que ocorre quando um corpo é deformado elasticamente, então as propriedades ópticas desse se tornam anisotrópicas. Franjas de interferência então são produzidas e consequentemente a distribuição de tensões no interior da amostra pode ser deduzida. Diversas técnicas para a formação destas franjas de interferência foram criadas, como a fotoelasticidade clássica, o speckle interferométrico e a holografia interferométrica, entre os comumente conhecidos. Recentemente tem sido estudada a técnica fotoelástica de moiré.Há diversas técnicas fotoelásticas baseados na técnica de moiré, entre as mais conhecidas estão a phase-shifting, moiré no plano e o moiré de sombra. A técnica de moiré de sombra requer o uso de equipamentos simples e de baixo custo como uma grande ronchi, câmera digital, computador portátil e projetor multimídia. O avanço de softwares computacionais permitiu aproximação das franjas produzidas pela técnica de moiré às ondas interferométricas responsáveis pelo estudo de determinação de tensão sob um corpo, de acordo com a fotoelasticidade clássica. Diversos estudos produzidos pelo grupo de estudo de técnica fotoelástica de moiré da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp mostraram confiabilidade nos resultados obtidos pela técnica de moiré de sombra no que tange a qualificação da distribuição de tensão em um corpo. Os testes foram feitos no Laboratório de Óptica da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. Os resultados mostraram que ensaios para carregamento flexor e torsor em vigas de madeira estiveram de acordo com a teoria. Distribuição de tensão em engrenagens em contato mostrou-se satisfatórios quando comparados com resultados de simulação virtual. Determinação de distribuição de calor em uma placa de metal aquecida acompanhou os resultados obtidos nas leituras dos termopares acoplados. Através dos resultados obtidos pela equipe pode-se concluir que a técnica fotoelástica de moiré pode ser aplicada no estudo de distribuição de tensão em corpos com confiabilidade. A técnica é altamente viável devido ao baixo custo dos equipamentos. Palavra-Chave: Fotoelasticidade, Moiré de sombra, Ensaios Não destrutivos.

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Viabilidade Econômica da Adoção do “Bem Estar” em Suínos Yamilia B. Tolon, FATEC Mococa, yamilia@gmail.com Marta dos Santos Baracho, Feagri, Unicamp, martbaracho@hotmail.com Irenilza de Alencar Nääs, Feagri, Unicamp, irenilza@feagri.unicamp.br Juliano de Araújo Cassiano, Feagri, Unicamp, jucassiano@gmail.com

A preocupação com o bem estar animal cresce a cada dia, inclusive na suinocultura. Os países importadores vêm exigindo medidas que aliviem o sofrimento e o estresse animal, através de normas, exigências e prazos. Aos suinocultores, já que os preços pagos pelo mercado são mínimos, a única alternativa que lhes resta é buscar redução de custos de produção, isto é, menor espaço destinado à criação e adoção de tecnologias que aceleram o processo produtivo em escala, fatores que afetam diretamente o bem estar dos animais. Para isso os produtores rurais necessitam cada vez mais da ajuda da engenharia para solucionar os problemas com relação à climatização, ambiência e conforto das suas construções rurais, fatores que interferem diretamente e com grande efeito no bem estar dos animais. A partir de tal problema, este trabalho teve como objetivo estudar a viabilidade econômica para a garantia do bem estar animal em suínos na fase de crescimento (creche à terminação) e elaborar uma pesquisa de opinião pública em estabelecimentos alimentícios com o intuito de notar a preocupação do consumidor com o bem estar animal, suas preferências e suas restrições com relação aos diversos tipos de carnes. O trabalho envolveu principalmente, quatro etapas (levantamento bibliográfico, análise econômica, pesquisa ao consumidor e realidade de uma granja).Houve uma rejeição à carne suína pelos consumidores, tanto por aspectos culturais como por falta de informações, e uma alta preocupação com o bem estar, inclusive com grande intenção de pagar mais por esta garantia, a qual é ainda inexistente no mercado brasileiro. Palavras-chave: suinocultura, bem estar animal,viabilidade econômica.

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A Ação de uma Empresa Junior de Psicologia na Aproximação Entre Universidade e Comunidade Drº. Cláudio Edward dos Reis, Assis, Unesp, cedreis@assis.unesp.br Bianca Monção Alves, Assis, Unesp, byancalves@hotmail.com Carolina Rampazzo Melotte, Assis, Unesp, carolinarmelotte@hotmail.com

A Humanus Empresa Júnior | Assessoria & Consultoria em Psicologia, é uma associação civil sem fins lucrativos, constituída por 21 alunos da graduação do curso de Psicologia da Unesp, campus de Assis. Desde sua fundação, há treze anos, é integrante do Movimento Empresa Júnior, e baseia-se no Conceito Nacional de Empresa Júnior - desenvolvido pela Brasil Júnior, órgão máximo do Movimento no país. É supervisionada por um Professor Doutor especialista na área, e aplica, na prática, a teoria apreendida em sala de aula, além de oferecer treinamentos e cursos promovidos tanto pela própria Empresa Junior, como por profissionais da área, tendo sempre como referencial a Psicologia Organizacional e do Trabalho. Dentre os serviços prestados pela empresa, estão: Diagnóstico Organizacional, Programas de atenção à saúde do trabalhador, Treinamento e Desenvolvimento de pessoas, Projetos de intervenção, Avaliação de desempenho, Organização de palestras direcionadas, Análise e Descrição de Cargos e Recrutamento e seleção de pessoal. Está entre os objetivos da Empresa Junior, devolver à sociedade o retorno dos investimentos à empresa destinados, por isso, a prioridade é de oferecer projetos em Psicologia Organizacional e do Trabalho a micro, pequenas e médias empresas com qualidade e a custo reduzido. A Humanus acredita que oferecendo este suporte contribui de maneira significativa para o desenvolvimento econômico da região que atende. Além disso, realiza Projetos Sociais a instituições filantrópicas e promove campanhas em parceria com a Universidade e a cidade de Assis, como: “Campanha do Agasalho em Assis-SP”, “Imobiliária Solidária” (auxílio a alunos ingressantes), Organização de Eventos (dentre eles, o “I Fórum de Extensão Universitária da FCL/Assis”), “Preparação de jovens para inserção no mercado de Trabalho”, entre outros. Essas ações são pautadas nos valores da organização, precisamente o de Responsabilidade Social. Palavras-chave: Psicologia, Empresa Junior, Projetos Sociais

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Construindo o Centro de Memória Sindical (CEMOSi) e a Produção de Vídeos-Documentários sobre a Exclusão Social do Trabalho no Pontal do Paranapanema Prof° Dr°. Antonio Thomaz Junior - thomazjr@gmail.com - Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente- Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” Caio Felipe de Oliveira - caiofe_deoliveira@hotmail.com - Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente- Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”

O CEMOSi (Centro de Memória, Documentação e Hemeroteca Sindical), foi criado em novembro de 1997, e se destina a organizar, catalogar e disponibilizar acervo documental na área sindical, das organizações sociais populares, produção de vídeos-documentários e realização de atividades junto aos segmentos universitários, comunidades local e regional, os trabalhadores envolvidos na luta pela terra (acampados e assentados rurais). Estamos fortalecendo nossas ações viaa linguagem televisiva para atingir maior número de pessoas. O primeiro passo foi a organização do acervo digital. Também temos investido na edição de vídeos-documentários e de Clips, resultado das pesquisas desenvolvidas pelo CEGeT. Manter e ampliar a interlocução entre os três princípios estruturantes do trabalho na Universidade, ou seja, atuar em ensino, pesquisa e extensão, sendo que dessa maneira, as atividades vinculadas e/ou voltadas diretamente para as comunidades local, regional não fiquem isoladas. A atividade de catalogação dos documentos para auxiliar no tombamento e organização do acervo está prestes a ser concluída, faltando apenas digitar as informações no Banco de Dados. Investir na produção de vídeos-documentários tem para nós a perspectiva de ir além dos muros da Universidade. Como atuamos em várias frentes utilizaremos de diferentes procedimentos metodológicos, a começar pela realização de Mesas-de-Debates; Exposições Temáticas; procedimentos técnicos específicos para a atualização do acervo documental e do banco de dados; produção de vídeos-documentários etc. A tentativa de manter viva a relação entre ensino, pesquisa e extensão é o que tem nos possibilitado avançar nessas três frentes de trabalho. Enquanto realizamos nossas pesquisas junto aos assentamentos, comunidades rurais e urbanas, estreitamos laços e definimos também nossa atuação em nível de extensão. As Exposições Temáticas, Exposições Fotográficas, Mesas de Debates, o trabalho cotidiano de organização do acervo, a organização das Jornadas do Trabalho, a manutenção e atualização no nosso site de informações, trabalhos, pesquisas também têm nos aproximado de um conjunto de pessoas anônimas, além dos movimentos sociais. Resultado de nosso trabalho de pesquisa-extensão temos o vídeo-documentário Cana no Pontal? e Degradação do Trabalho e oOutro Lado do Progresso, proveniente de nossas pesquisas. Palavras-chave: Acervo Sindical, Vídeos-documentários, Debates Conjunturais 419


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Construção de políticas públicas de gestão de resíduos sólidos com inclusão de catadores em Ourinhos-SP Marcela Stanko Moreira, Ourinhos, UNESP, marcela.stk@gmail.com Nara Barreto Malta, Ourinhos, UNESP, narinhamalta@yahoo.com.br Jonas Teixeira Nery, Ourinhos, Unesp , jonas@ourinhos.unesp.br

A intensa geração de resíduos sólidos culminante da atual lógica de produção e consumo tem gerado preocupações às prefeituras municipais. Estas se deparam com a necessidade de adequar seus locais de disposição de resíduos sólidos à legislação vigente, para tanto se faz necessária a inadmissão de pessoas em tais locais. Há décadas, catadores de materiais recicláveis desenvolvem sua atividade, seja em aterros, lixões, nas ruas ou através de programas de coleta seletiva domiciliar proporcionando considerável redução de resíduos destinados a aterros e lixões, aumentando a vida útil destes. Nos casos onde há coleta seletiva domiciliar promovida por grupos organizados como associações e cooperativas de catadores verificamse mudanças de comportamento da sociedade em relação aos resíduos gerados, devido a diversas campanhas que se relacionam à temática. Porém tais sucessos estão na maioria dos casos relacionados a condições insalubres de trabalho e falta de reconhecimento dos poderes públicos quanto à atividade exercida. Tais questões sinalizam a emergência de políticas públicas que incluam os catadores de materiais recicláveis na gestão de resíduos sólidos, integrando aspectos ambientais, econômicos e sociais envolvidos. A Incop Unesp Núcleo Ourinhos, no decorrer de 2009, buscou auxiliar a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Ourinhos (Recicla Ourinhos) em um processo de expansão da coleta seletiva e na constituição de uma cooperativa, segundo os princípios da economia solidária, visando à prestação de serviço à prefeitura municipal de Ourinhos através da coleta seletiva domiciliar, possibilitando a saída efetiva dos catadores do aterro assim como a progressiva redução de materiais com potencial reciclável destinados a este. O trabalho foi realizado através de metodologias participativas, onde a discussão e o planejamento das ações foram construídos junto aos catadores. No início de 2009, através da articulação entre representantes do poder público, sociedade civil, Superintendência de Água e Esgoto de Ourinhos, Recicla Ourinhos e Incop Unesp- Núcleo Ourinhos criou-se um fórum de discussão acerca das questões que permeiam a gestão de resíduos sólidos recicláveis, tendo como objetivo solucionar os problemas econômicos, sociais e ambientais em questão. No início de 2010, como resultado das ações anteriores, ocorreu a saída efetiva de todos os catadores do aterro, foi fundada a Cooperativa de Catadores de Materiais de Ourinhos, atualmente contratada para a realização da coleta seletiva no município e a expansão da coleta foi efetuada totalizando 40% dos domicílios do município. Palavras-chave: Resíduos sólidos; Catadores; Políticas públicas.

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Equídeos Utilizados na Tração Animal em Transporte Urbano no Município de Botucatu-SP: Aspectos Socioeconômicos e de Saúde Animal Tassiana de Souza (acadêmica de graduação), FMVZ - Botucatu, Unesp, tassianadesouza@hotmail.com Carlos Alberto Hussni (professor orientador), FMVZ - Botucatu, Unesp, cahussni@fmvz.unesp.br Angela Carolina Guillen (acadêmica de graduação), FMVZ - UNESP, Botucatu, angelcguillen@yahoo.com.br

Foram realizadas entrevistas com 30 usuários da tração animal na zona urbana de Botucatu-SP. A primeira etapa constitui-se em aplicar questionário pessoalmente abordando-se a identificação, características do uso e trabalho realizado pelo animal, características sociais e econômicas dos usuários e condições ou alterações de saúde do animal, relatadas pelo responsável e observadas diretamente à inspeção destes. A segunda etapa foi à anotação de informações obtidas da observação direta dos 34 animais utilizados pelos 30 entrevistados na primeira etapa, com os depoimentos dos responsáveis ou condutores, quanto à presença de lesões cutâneas, lesões podais, alterações dos membros dos animais além do aspecto escore corporal, documentando-se por imagens os animais e as pessoas e eles relacionadas além do local de permanência e trabalho. Os dados obtidos demonstraram que 28 destes indivíduos trabalham com os animais por fornecerem subsídios econômicos significativos para a renda familiar, apesar de ser baixa (menor que um salário mínimo para a maioria) e possuem formação escolar incompleta no ciclo básico de educação. Dois destes usam os animai como transporte e lazer. Quanto aos animais, todos sadios nos aspectos avaliados, não se observou afecções podais ou cutâneas, sendo que a colocação de ferrageamentos foi contra indicado pelos entrevistados por causar acidentes ao transitar em ruas calçadas ou asfaltadas. O escore mínimo (1 a 5) foi 3 e a maioria teve escore 4. São nutridos adequadamente e outros cuidados como vacinações não são realizados devidos aos escassos recursos financeiros e intelectuais com falta de informações sobre conceitos e procedimentos em saúde animal e pública. Desconhecem a possibilidade de serviços veterinários diversos prestados pelo Hospital Veterinário da FMVZ - Unesp e da possibilidade de isenção de pagamentos. Conclui-se que o uso de animais em trabalho urbano tem significado social e econômico para uma parcela populacional e que outros trabalhos em torno do tema devem ser desenvolvidos objetivando aspectos de saúde animal, saúde pública, ambiental, desenvolvimento econômico e social. Palavras-chave: tração animal, trabalho urbano, eqüídeos.

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Ética nas Relações de Trabalho Alonso Bezerra de Carvalho, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis, alonsobc@assis.unesp.br Gabriela Dias dos Santos, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis, gabids_psico@hotmail.com Inez Barchi Felisardo, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis, loani@assis.unesp.br Lindomar Fátima Costa da Silva Poletto, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis, poletto@assis.unesp.br

Introdução Os seres humanos são seres sociais, os constantes atritos e dissabores entre eles podem gerar estresse capaz de conduzir o indivíduo ao adoecimento, a transtornos psíquicos, ao sofrimento, à insatisfação e à infelicidade. O Grupo de Desenvolvimento Profissional (GDP) da FCL/CAs, comprometido com a manutenção da saúde do servidor e atendendo a meta de inovação da Avaliação de Desenvolvimento Profissional (ADP) de 2006, idealizou o projeto “Ética nas Relações de Trabalho”. Objetivos A proposta do projeto é levar as pessoas a refletir nas ações cotidianas, visando a construção de um ambiente baseado no Respeito e no Diálogo entre as pessoas e na Responsabilidade e no Compromisso com a Instituição, para desta forma propiciar a melhoria na qualidade da convivência dos servidores. Metodologia Aplicação de questionário aos servidores técnico administrativos visando detectar quais os aspectos que interferiam nas relações de trabalho; Proposição de atividades que levassem à reflexão dos problemas apontados: exibição de filme, palestras, oficina de reflexão, performance teatral; Aplicação de questionário buscando apurar a percepção dos gestores quanto às ações implementadas e colher sugestões para novas atividades. Encontros periódicos para discussão teórico-prática: Primeiro momento: com o GDP e o coordenador do projeto, do Departamento de Educação para formulação do grupo; Segundo momento incluindo a participação dos Diretores de Área; Terceiro momento inserindo a participação dos supervisores de seção e setores. Considerações finais Este trabalho é um processo de aprendizado de convivência contínuo, é um exercício, sob a luz da ética, que pode nos fazer entender que outros são diferentes e que nós também somos diferentes para os outros. Isto nos permite parar, pensar, conversar e agir buscando viver em harmonia, com respeito, responsabilidade e comprometidos com a Instituição. Palavras-chave: Ética, Relações Interpessoais, Trabalho.

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Experiências com Grupos de Ger(a)ção de renda em contexto social desfavorável Roberto Yutaka Sagawa, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, rysagawa@ assis.unesp.br Marina Venturini de Araújo, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, vanyrodrigues@yahoo.com.br

Em parcerias com as instituições filantrópicas, desde 2005 e, atualmente, junto á escolas estaduais, localizadas no município de Assis e região, o núcleo de estágio ‘Clínica e cidadania em contexto social desfavorável’ desenvolveu o projeto de geração de renda, optando pela experimentação com grupos de fabricação e venda de pães caseiros, amaciantes e sabão em pedra. Para que tal projeto fosse realizado, foram feitos convites aos assistidos por programas de bolsas e cestas básica, alunos de ensino médio, supletivo de escolas públicas estaduais e familiares dos respectivos estudantes. O projeto foi criado, a partir da evidente demanda por melhora na qualidade de vida de famílias desfavorecidas, no entanto, com uma proposta mobilizadora; ou seja, geradora de ação - ger(a)ção, diferentemente das instituições assistencialistas, que cumprem a função de apenas auxiliarem em situações difíceis. Nosso trabalho intui uma auto-reflexão, de cada participante, sobre sua atual condições e busca o rompimento de vivências e subjetividades reproduzidas, dando oportunidade para a mudança de indivíduos carentes/assistidos para sujeitos atuantes/autônomos, pois, a partir de uma observação atenta, após o contato com os instituídos, percebeu-se uma tendência as constituições de sujeitos passivos e acomodados. Logo, esta projeto de grupos de geração de renda também se interessa por perceber e analisar questões desenvolvidas a partir da prática. Através da inter-relação de âmbitos psíquicos e sociais, surgem novas constatações que merecem ser visualizadas e discutidas. No contexto do projeto aqui apresentado, observamos, dentre outras, a seguinte equação: caráter social assistencialista - população passiva, dois sistemas que se retro alimentam. Baseados no método psicanalítico, porém, fora do panorama da clínica tradicional - denominado psicanálise aplicada - pôde ser percebido que além do próprio resultado de criar oportunidades no meio profissional e combater a pobreza, o projeto pode desenvolver, de maneira ampliada, proporcionando um movimento psicossocial, e desta experiência, ainda pode realizar analises profundas que só estimulariam a construção de mudanças e melhoras nas maneiras de vidas. Apostamos que, futuramente, possamos estar diante da elaboração de cooperativas, para isto, o processo exige que os participantes do projeto, tanto os orientadores como os orientados, estejam realmente comprometidos com tal proposta. Palavras-chave: Geração de renda, produção cooperativa.

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Implantação de Políticas de Recursos Humanos: um estudo dirigido à Micro e Pequena Empresas Joice Campacci, aluna do Curso de MBA em Gestão de Pessoas da UNIMEP, joice_campacci@ig.com.br (Docente), unidade, instituição, e-mail Profa. Sanete Irani de Andrade, FGN-UNIMEP,sanete.andrade@gmail.com

A área de Recursos Humanos - RH vem sendo muito discutida por profissionais e acadêmicos ligados à área e ultimamente vem sendo o centro das atenções em algumas empresas. Porém alguns estudos revelam que pouco se tem feito ou estudado no tocante à implantação de RH em Micro e Pequenas Empresa, mesmo com vários indicadores deesta este é um segmento que mais emprega no Brasil. O artigo que se segue buscou identificar qual a ordem de importância das estruturas de RH na implantação de políticas de Recursos Humanos direcionadas à Micro e Pequena Empresa. A metodologia utilizada foram as pesquisas bibliográficas em obras, periódicos e sites especializados e o relato da vivência de uma profissional da área de recursos humanos daimplantação de políticas de RH em uma Pequena empresa da região de Piracicaba. Palavras-chave: Políticas de RH; micro e pequena empresas; Modelo de RH

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Incop Unesp - Núcleo Ourinhos: Experiência em Formação para Catadores de Materiais Recicláveis no Município de Ourinhos-SP Nara Barreto Malta, Ourinhos, UNESP, narinhamalta@yahoo.com.br Marcela Stanko Moraes, Ourinhos- UNESP, marcelastk@gmail.com Prof.Dr. Jonas Teixeira Nery, Ourinhos- UNESP, jonas@ourinhos.unesp.br

A Incubadora de Cooperativas Populares Incop UNESP- Ourinhos, em conjunto à Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ourinhos- Recicla Ourinhos, foram realizadas atividades de formação e capacitação para os cooperados contendo diversas temáticas que tangem os resíduos sólidos e organização coletiva. Houve dois encontros de formação para trinta catadores, realizados no mês de maio de 2010 no campus da UNESP Ourinhos. A premissa para elaboração foi devido à existência um grande número de novos membros na Recicla Ourinhos, e que, portanto, desconheciam a trajetória, dificuldades e conquistas do grupo desde sua gênese. Além disso, alguns membros demonstravam falta de compreensão quanto ao caráter coletivo da cooperativa. Outro fator contribuinte foi um contrato de prestação de serviço firmado entre a SAE e Recicla, o qual exige que o serviço de coleta seletiva seja eficaz, sendo sanadas algumas defasagens quanto à adesão populacional ao programa. Buscou-se também enfatizar a importância social deles em relação às questões ambientais. A metodologia estabelecida pautou-se em temáticas que culminassem nos princípios de Economia Solidária, autogestão, cooperativismo, entre outros valores pregados pelo MNCR. A retomada do histórico da Cooperativa foi imprescindível para o andamento das atividades. Primeiramente aplicou-se a dinâmica da linha do tempo, pois possibilitou aos membros mais recentes o conhecimento das etapas vivenciadas, e os mais antigos um exercício de reflexão e socialização das experiências adquiridas. Fotografias e matérias de jornal sobre a trajetória da Recicla Ourinhos auxiliaram a construção dos painéis. Pode-se perceber uma grande variedade de percepção do histórico, enriquecendo o debate e apresentação dos materiais confeccionados. Outras dinâmicas aplicadas durante o segundo encontro priorizaram a reflexão acerca da importância do individuo perante o coletivo, através das quais cada cooperado era responsável por sincronizar-se com os demais, enaltecendo a capacidade de auxilio mútuo. Os resultados obtidos através dos encontros descritos foram: progressos na organização interna; sentimento de eqüidade entre os cooperados; consolidação dos valores prescritos pela Economia Solidária; estabelecimento de vínculo de confiança entre cooperados e a sociedade civil; aumento das participações em reuniões internas; reconhecimento da contribuição ambiental; tomada de consciência a respeito da conquista do recebimento por prestação de serviço prestado; suscitar a importância das conquistas e do reconhecimento daqueles que lutaram desde os primórdios; estimulo à união do grupo. Palavras-chave: Incop UNESP, catadores, formação. 425


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Opensamento Estratégico na Área Educacional: Um Estudo de Caso Profa. Sanete Irani de Andrade, Faculdade de Gestão e Negócios - UNIMEP,sanete.andrade@gmail.com

A competição, em muitos setores ao redor do mundo, alterou sua forma, bem como, os limites de entrada entre os setores estão cada vez mais sutis. As empresas se inserem em novos segmentos, muitas vezes diferentes daqueles em que já atuam, e as fontes tradicionais de vantagem competitiva, citadas por Porter (2004), como escala, diferenciação e enfoque, nem sempre respondem conforme o esperado num cenário competitivo; a gestão convencional pode não responder de forma adequada às demandas do ambiente. O desafio é antecipar-se ao inesperado. Para tanto, a ferramenta com a qual se pode contar é o planejamento. O planejamento envolve um elo entre o conhecimento e ação, sendo que a prática profissional deve ser em tempo real. O planejamento é dinâmico e conseguir trabalhar comdinamicidade, criatividade e complexidade é um novo desafio do planejamento e,por conseqüência, da estratégia. O presente trabalho teve como objetivo maior apresentar um estudo relativo ao Planejamento Estratégico de uma Instituição de Ensino Superior; para tanto, trabalhou-se em duas etapas: numa primeira etapa buscou-se trabalhar o referencial teórico a partir de autores especialistas no tema em tela, para em seguida, avaliar in loco documentos inerentes ao assunto e entrevistas com dois gestores de topo para responder, a partir do objetivo proposto, a seguinte questão como se deu nos últimos anos o processo e como foi efetuado o planejamento estratégico em uma instituição de ensino que ultrapassa 10.000 alunos matriculados? Palavras-chave: planejamento estratégico, instituição de ensino superior

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Qualidade de Vida no Trabalho em Organizações da Cidade de Indaiatuba-SP Profa. Sanete Irani de Andrade, GEOGEP-Grupo de Pesquisa Estudos Organizacionais e Gestão com PessoasUNIMEP,sanete.andrade@gmail.com

Qualidade de Vida no Trabalho ou QVT é um conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações de novos projetos visando proporcionar aos colaboradorescondições plenas dedesenvolvimento humano relativos ao trabalho e, também,durante a execução de suas tarefas no trabalho. O artigo que se segue tem como objetivo estudar e analisar a aplicação prática do conceitoQualidade de Vida no Trabalho (QVT) em algumas empresas de Indaiatuba. Para tanto dividiu-se o trabalho em duas etapas: num primeiro momento foi efetuado pesquisa em obras de autores especialistas no assunto recorrendo em materiaisbibliográficos, revistas indexadas e trabalhos acadêmicos disponíveis em sites especializados. Em seguida, realizou-se uma pesquisa exploratória com alunos de uma instituição de ensino superior da cidade de Indaiatuba-SP objetivando averiguar os investimentos em QVT nas empresas em que os referidos alunos trabalham. Por fim, pode-se apurar o nível depreocupação das empresas com o assunto pesquisado. Palavras-chave: Qualidade de Vida, Qualidade de Vida no Trabalho, Indaiatuba-SP

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Rotatividade de pessoal: em estudo do setor de produção da Empresa Branyl Comércio e Indústria Têxtil Ltda. de Capivari-SP Josiane Maria Diogo, josianemariadiogo@yahoo.com.br (Docente), unidade, instituição, e-mail Profa. Sanete Irani de Andrade, Faculdade de Gestão e Negócios - UNIMEP,sanete.andrade@gmail.com

A rotatividade de pessoal é a flutuação de funcionários entre uma organização e seu ambiente; o fluxo de entrada e saída de pessoas na organização ocorridas de forma voluntária ou involuntária no decorrer de certo período de tempo e são inúmeras as causas que levam a rotatividade de pessoal no ambiente organizacional como: ofertas mais atraente por outras empresas; Instabilidade econômica; ambiente e imagem organizacional; insatisfação quanto à política salarial da organização; políticas de benefícios insuficientes;tipo de supervisão exercido pelo pessoal; falta de políticas e estratégias para o crescimento, aprendizagem e carreira;tipo de relacionamento humano dentro da organização;as condições de trabalho; rotina sem desafios; a cultura organizacional na empresa; falta de reconhecimento; a política de recrutamento e seleção dos recursos humanos; etc. (Chiavenato 2004). É cada vez mais difícil reter bons talentos nas organizações. A rotatividade de pessoal ou turnover é uma realidade de todas as organizações e são vários os motivos pelos quais os funcionários deixam seus empregos. O presente artigo reuniu materiais de especialistas sobre a rotatividade de pessoal e buscou em uma empresa do setor têxtil os motivos pelos quais a rotatividade de pessoal é tão intensa no setor de produção. Para tanto, foi entrevistado o gestor de Recursos Humanos para apurar o motivo do turnover. Fatores como cultura organizacional e falta de investimentos na área de Gestão de Pessoas contribuem para a rotatividade de pessoal na empresa pesquisada. Palavras-chave: Rotatividade, Estratégias de RH, RH

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Unesp em Campo: iniciativas participativas da implantação do turismo em assentamentos rurais Patrícia Alves Ramiro, Campus de Rosana, UNESP, patriciaramiro@rosana.unesp.br Thiago Maibashi, Campus de Rosana, UNESP, email:koreia1027@yahoo.com Aslan Viana de Lira Anunciação, Campus de Rosana, UNESP, aslanviana@hotmail.com Camila Daiane Ignácio,Campus de Rosana, UNESP, camilala_cubana@yahoo.com.br

A abertura do curso de Turismo da Unesp no município de Rosana, em 2003, vem aproximando docentes e discentes para análise da realidade sócio-econômica e cultural dos assentamentos rurais da localidade. O projeto de extensão universitária Unesp em campo, vinculado ao Laboratório de Estudos sobre Assentamentos Rurais,tem, como principal objetivo, atuar em parceria com associações comunitárias de assentados já existentes em busca de melhorias da qualidade de vida do local. O projeto procura, com o uso de metodologias participativas, conhecer as dificuldades enfrentadas para comercialização e discutir formas de alternativas não-agrícolas para ampliação da geração de renda destas famílias e fortalecimento comunitário, com estímulo às práticas de economia solidária. Um dos principais resultados têm sido à atuação junto à Associação das Mulheres Assentadas do Nova Pontal- AMANP através do planejamento, execução e avaliação coletiva de visitações turísticas ao assentamento Nova Pontal, com oferta de almoço típico rural e organização daFeira Municipal da Reforma Agrária, aos sábados no Distrito de Primavera. Atualmente, o projeto procura compreender as dificuldades encontradas e detectar as potencialidades locais, gerando entre seus participantes o pensamento crítico, capaz de articular a teoria aprendida com a prática das atividades turísticas. Palavras-chave: Turismo, assentamentos rurais.

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