Clarim
Edição 92 - Ano XVIII - abril de 2015 - Órgão oficial de Comunicação da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus - Catedral
Semana Santa Movimenta a Catedral a Semana Santa movimenta a comunidade da Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Catedral, com participação maciça em todas as missas, procissões e cerimônias em homenagem à vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Páginas 5, 6 e 7
Um anjo chamado Odete!
Presença certa nas missas da Catedral, D. Odete sempre foi generosa para ensinar e dividir com a comunidade toda a sua experiência adquirida ao longo de anos de dedicação à Igreja. Página 12
Pastoral do Batismo
Sacramento do Batismo, um compromisso assumido com Deus e a comunidade pelos pais e padrinhos, que assumem a responsabilidade de ser para a criança, exemplo de vida cristã. Página 3
Pastoral dos Noivos. Encontro de Noivos, preparação para uma vida baseada no amor conjugal cristão, em busca da evangelização da família.
Página 3
Diminuição da Maioridade Penal Para o Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, “a diminuição da maioridade penal é um desserviço”. Segundo ele, “os parlamentares deveriam sair em defesa da dignidade das crianças e adolescentes, e não descartá-las.” Página 4
“Jovem evangelizando jovem”
Grupo de jovens da comunidade Sagrado Coração de Jesus - Catedral convocam jovens da comunidade a descobrir, ouvir, seguir e comprometer-se com Jesus Cristo e seu projeto, integrando sua fé com a vida e fortalecendo uma espiritualidade libertadora. Página 8
Clarim
Artigos
Editorial
Vivemos um tempo de urgências, em um mundo onde as pessoas valorizam o novo e se esquecem de que a história é que nos fez como somos hoje. Urgente mesmo é resgatar o olho no olho, a vida em comunidade, as relações verdadeiras. Restaurar a fé nas pessoas, acreditar que estamos aqui com o propósito de melhorar a convivência neste mundo, fazendo cada um a sua parte. A comunidade da Catedral se organiza e dá exemplos de que juntos podemos mais, com a Pastoral Familiar, Pastoral da Juventude, Equipe de Liturgia, Catequese, Grupo de Acólitos, Pastoral dos Noivos, Pastoral do Batismo e tantas outras ações. Assim, renasce o Clarim, junto com a Pastoral da Comunicação. Com a missão de informar e divulgar, com alegria, o que a comunidade da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus – Catedral vive todos os dias, por meio de suas Pastorais, onde cada um e todos juntos trabalham por um mundo mais humano, mais justo e sem exclusões. Pessoas que ,com o compromisso de servir ao próximo e evangelizar, doam seu tempo e sua vida em favor da comunidade. Sendo sal, luz e fermento para aqueles que necessitam de uma palavra, um gesto de carinho, comemoramos a 1ª Edição do Clarim . Que Deus abençoe a nossa comunidade! Nildo Pinheiro
Expediente vv
Palavra do Pároco Caríssimos, Saúde e paz!
Páscoa não é só a festa; é um modo de viver! Um dia passamos pelas águas do Batismo, significando nossa participação na morte e ressurreição de Jesus. Por isso, animados e guiados pelo Espírito Santo que recebemos através do Cristo, somos chamados a viver a Páscoa em todos os momentos e aspectos de nossa vida. Somos chamados a viver uma vida pascal. Páscoa é tempo de procurar fazer a passagem da morte para a vida, em nossa experiência individual e social. É tempo de superação do egoísmo, dos vícios, do ódio, da indiferença pelos irmãos, crescendo no amor, na dedicação, na doação de nossa vida. Páscoa é busca de vitória sobre todo e qualquer sistema de injustiça e opressão, todo e qualquer sistema de vida baseado na ganância, na violência, no aumento do capital, do lucro a qualquer custo... Páscoa é tempo de se construir com muita luta e esperança, uma sociedade justa, fraterna, baseada no amor, na partilha, na solidariedade, no respeito a cada pessoa humana. Na Páscoa está em jogo o drama fundamental da VIDA e da MORTE. Na alegria da celebração da Ressurreição de Jesus Cristo, vendo renascer, ou ser revigorado, em nossa Comunida-
de muitos serviços pastorais, tais como: Pastoral Familiar – Farol, com todo o seu dinamismo e pujança, Pastoral da Juventude – Caminho Novo, com toda a sua alegria e esperança, Conselhos, Equipe de Liturgia, a vibrante Catequese, Grupo de acólitos, Pastoral dos Noivos, Pastoral do Batismo, etc., renasce também o nosso Clarim, para ser o veículo de comunicação – informação de nossa Paróquia. Vem com uma nova Equipe, com um novo número de páginas, totalmente coloridas e em papel brite. Quero agradecer a todos que aceitaram a responsabilidade de conduzir os caminhos do nosso Clarim, tornando-se a nossa Pastoral da Comunicação – PASCOM, tendo, diante dos olhos, a construção do SITE da Paróquia.
Uberaba, abril 2015
2
nossos parceiros. Sem vocês, nosso sonho não seria possível! Obrigado. Aos colaboradores, todos, igualmente muito obrigado! Que o Clarim possa ser acolhido por toda a comunidade no seu valor inestimável de órgão de comunicação que, mês a mês, prestará este serviço à nossa comunicação paroquial. Mais um sonho realizado, mais uma necessidade atendida. Que o Bom Deus, pelas mãos da Mãe do Céu, abençoe o nosso Clarim! Desejo a todos uma Feliz e Santa Páscoa! Benedicat vos Deus! Abraços, Mons. Valmir.
assim, o Clarim quer: 1 - Evangelizar, que é a missão primeira de toda a igreja; 2 - Ser a voz das Pastorais e Movimentos; 3 - Divulgar os eventos e realizações da Paróquia; 4 - fazer as prestações de contas, dando transparência a toda a movimentação financeira e da Paróquia; 5 - Celebrar o dom da vida dos nossos paroquianos. Agradeço também a todas as empresas e prestadores de serviços que vieram se juntar a nós neste projeto, tornando-se
Valor da comunicação Estamos na cultura da comunicação. Sabemos da força globalizante do “ambiente virtual”, do poder de “encontro” provocado pela Internet, porque ela encurta as distâncias e ajuda a vida humana em diversos aspectos. Toda sociedade fica enriquecida com isso, mas temos outros instrumentos que também continuam com seu poder de informar e formar as pessoas nas suas necessidades de convivência. Muitas paróquias têm seus próprios jornais informativos que fazem um bem muito grande aos paroquianos e demais leitores. Por isso, a Paróquia da Catedral de Uberaba, num momento litúrgico privi-
Órgão oficial de comunicação da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus - Catedral Rua Tristão de Castro, 17 - Centro - Uberaba-MG - Cep: 38.010-250 E-mail: clarim.catedraluberaba@gmail.com Assessor PASCOM: Monsenhor Valmir Ribeiro • Jornalista Responsável: Nildo Pinheiro – Mtb 026592 • Colaboradores: Bethânia Moura, Lícia Borela Hubinger, Érica Saltão Theodoro Pinheiro, Márcia Rodrigues Carneiro, Ruth Silva Coutinho Lima, Alexandre Ferreira Soares. Revisão: Maria Beatriz Domingos Cunha e Flávia De Lira Beserra Azevedo • Direção Comercial: Max Micalli Hubinger • Impressão: Imprima Editora e Gráfica • Diagramação: Alex Maia 9969-4028 – e-mail alexesmmaia@gmail.com • Distribuição: Uberaba – MG • Tiragem: 1.000 exemplares.
legiado, que é a Páscoa, reativa seu Jornal Informativo, chamado “Clarim”. Isso vem enriquecer muito o poder de informação e formação da Paróquia, fazendo ressoar melhor o anúncio da Palavra. A Igreja existe para evangelizar. Para isso, ela deve usar de todos os meios possíveis e legais para cumprir sua missão. Não basta o púlpito, a homilia proclamada pelo presidente das celebrações e outros momentos formativos. O jornal consegue chegar a lugares mais distantes e a pessoas que não têm o hábito de participar de momentos formativos. A Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa do Senhor constituem oportunidades privilegiadas para contato dos cristãos com a riqueza dos objetivos da paróquia como espaço de vivência cristã. Um jornal pode facilitar na programação, nos conteúdos com muita propriedade, supondo uma boa equipe de comunicação. Gostaria de parabenizar o Mons. Valmir, pároco da Catedral, pela iniciativa de reativar o Clarim, que ficou parado por
algum tempo, mas volta ao seu percurso normal. Assim, está colocando em prática o que é pedido pelo nosso Plano Arquidiocesano de Pastoral, que tem a comunicação como um dos objetivos este ano. Desejo que seja um Clarim moderno, atraente e muito valorizado pela comunidade da Catedral e de Uberaba. Que Deus abençoe esta nova iniciativa. Dom Paulo Mendes Peixoto arcebispo de uberaba.
Clarim
Pastorais em Movimento
Pastoral dos Noivos
O Encontro de Noivos é uma preparação para a vida matrimonial que visa sensibilizá-los para optarem, livre e conscientemente, pelo Sacramento do Matrimônio, baseados no amor conjugal cristão, em busca da evangelização de sua família. Esse Encontro se fundamenta nos seguintes objetivos: ajudar os noivos a entenderem o significado do amor conjugal cristão; refletir sobre o seu relacionamento pessoal e buscar um melhor conhecimento do outro e de si mesmos; despertar para a importância do diálogo na vida conjugal; conhecer e entender o porquê dos ensinamentos da Igreja nos temas relacionados à sexualidade e à transmissão da vida; compreender o significado do sacramento do Matrimônio e suas consequências para a vida conjugal: fidelidade, indissolubilidade e fecundidade; sentir interesse em participar da vida da Igreja como casal cristão e tomar a decisão coerente. A Pastoral dos Noivos da Catedral é formada por 17 casais da Pastoral Familiar (palestrantes e outros colaboradores) e tem a
orientação espiritual do Monsenhor Valmir. Realizamos o 1º Encontro, nos dias 28/02 e 1º/03/2015, com a participação de 23 casais de noivos. Estão previstos, ainda, para este ano, mais 3(três) encontros nas seguintes datas: 30 e 31 de maio; 22 e 23 de agosto e 07 e 08 de novembro.
O Monsenhor Valmir nos fala que participar no Encontro de Noivos é um verdadeiro trabalho de evangelização. Sabemos que o Encontro de Noivos, sozinho, não resolve tudo. É preciso que os noivos estejam inseridos dentro de uma caminhada mais remota de preparação para o casamento: testemunho dos pais, reforço da
Uberaba, abril 2015
3
catequese crismal, pastoral da juventude, apoio da escola, etc. Mas assim mesmo, o Encontro pode ser uma verdadeira “revelação” para muitos jovens que buscam um sentido mais profundo do matrimônio, reservado pelo Pai Celeste, para os que querem formar uma nova família. Poderão se tornar po-
derosa motivação cristã para os jovens que vão iniciar uma nova vida. Este Encontro poderá fazer sentir que a vida em família é maravilhosa e cheia de estímulos.
mar; Jorge e Roberta; Nirlei e Edmundo; João Paulo e Flávia e Eleiçon e Ana Maria) que, na gratuidade, realizam esse
trabalho tão bonito de acolhimento dos pais, padrinhos e das crianças que darão início a sua vida cristã.
Maria Beatriz Magnino Santana e Luis Carlos Santana
Pastoral do Batismo Dada a importância do Sacramento do Batismo, temos, na Catedral, uma equipe que se preocupa com o acolhimento dos pais, padrinhos e das crianças que serão batizadas. É a Pastoral do Batismo! A Pastoral do Batismo busca demonstrar que este Sacramento não se resume apenas em batizar. É necessário vivenciar, testemunhar e ensinar filhos e afilhados a serem cristãos autênticos e seguidores de Jesus Cristo. Essa Pastoral é responsável, também, por levar ao conhecimento dos pais e padrinhos o que é o Batismo e o compromisso que, por meio dele, assume-se com Deus e a comunidade. Os membros dessa Pastoral reúnem-se toda 1ª quarta-feira do mês para prepararem e organizarem os Encontros de Batismo, que acontecem na 2ª quinta-feira do mês. Os batizados são realizados uma vez por
mês, geralmente no 2º domingo, salvo algumas exceções. A Pastoral do Batismo é coordenada pelo casal Rafael
e Camila e conta com o apoio de mais 15 pessoas (Sr. João; Maria de Fátima; Edmilson, Iêda e Nilson; Clayton e Sila-
Igreja Católica no Brasil e no Mundo
Clarim
Uberaba, abril 2015
4
Papa: que nossa existência se transforme com a Ressurreição
Cidade do Vaticano (RV) – Ao dirigir-se aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, nesta segunda-feira (06/04), feriado no Vaticano e na Itália, o Papa exortou para que “deixemos que a nossa existência seja conquistada e transformada pela Ressurreição”. A reflexão do Pontífice antes da oração mariana do Regina Coeli partiu da narração do Evangelho de Mateus na qual as duas mulheres que, ao encontrarem o Sepulcro de Jesus vazio, presenciam a aparição do Anjo que lhes anuncia que Cristo ressuscitou. Enquanto elas corriam para levar a notícia aos discípulos, encontram o próprio Jesus, que lhes diz: “Vão e digam aos meus irmãos que se dirijam à Galileia, pois é lá que eles me verão”. Periferia “A Galileia é a ‘periferia’ onde
Jesus havia iniciado sua pregação; e de lá repartirá o Evangelho da Ressurreição, para que seja anunciado a todos e cada um possa encontrar Ele, o Ressuscitado, presente e operante na história”, refletiu Francisco. “Cristo ressuscitou” Ao recordar que este é o anúncio que a Igreja repete desde seus primórdios, o Papa afirmou que nós também, por meio do Batismo, ressuscitamos, passamos da morte à vida, da escravidão do pecado à liberdade do amor. “Esta é a boa notícia que somos chamados a levar aos outros, em todos os lugares, animados pelo Espírito Santo. A fé na ressurreição e a esperança que Ele nos trouxe são o dom mais bonito que os cristãos podem e devem oferecer a seus irmãos. A todos, e a cada um, não nos cansemos de repetir: Cristo ressuscitou!”, exortou o Papa.
Cristãos felizes Ao afirmar que a Boa Nova da Ressurreição deve transparecer em nosso rosto, em nossos sentimentos, em nossas atitudes e na maneira como tratamos os outros, Francisco falou sobre o que acontece quando anunciamos a ressurreição de Cristo. “A Sua luz ilumina os momentos mais sombrios da nossa existência e podemos compartilhá-la com os outros, então sabemos sorrir com quem sorri e chorar com quem chora; caminhar ao lado de quem está triste e poderia perder a esperança; contar a nossa experiência de fé a quem está buscando um sentido para a vida e a felicidade”, descreveu o Pontífice. Oitava de Páscoa Ao explicar o tempo litúrgico da Ressurreição, o Papa precisou que a Oitava nos ajuda a entrar no misté-
rio, para que a sua graça se imprima em nosso coração e em nossa vida. “A Páscoa é o evento que traz a novidade radical para todo ser humano, para a História e o mundo: é o triunfo da vida sobre a morte; é a festa de despertar, e se regenerar. Deixemos que a nossa existência seja conquistada
e transformada pela Ressurreição!”, concluiu Francisco. (CM/RB) http://br.radiovaticana.va/ news/2015/04/06/papa_que_ nossa_exist%C3%AAncia_ seja_transformada_pela_ ressurrei%C3%A7/1134849
“A diminuição da maioridade penal é desserviço”, afirma dom Leonardo O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, em entrevista sobre o Projeto de Emenda à Constituição nº 171/1993, afirmou que “a diminuição da maioridade penal é desserviço”. Para ele, os parlamentares deveriam “sair em defesa da dignidade das crianças e adolescentes e não descartá-las”. Dom Leonardo ainda recorda a iniciativa da Conferência na convocação do Ano da Paz. “Saiamos ao encontro das pessoas e estendamos a mão, não as descartemos”, disse. Leia a entrevista: Dom Leonardo, como o senhor avalia a retomada da tramitação da PEC nº 171/1993, que propõe a redução da Maioridade Penal de 18 para 16 anos? Dom Leonardo Steiner – “Deixai vir a mim as crianças”, disse Jesus. E poderíamos acrescentar “e não as afasteis”. O problema é o ponto de partida, a visão de pessoa, o que se deseja. Avalio que há uma série de equívocos associados à questão da maioridade penal, como por exemplo, a tentativa de revogar o Estatuto do Desarmamento, ampliando o número de armas que podem ser portadas e reduzindo-se a idade para aquisição delas. Lamento profundamente que alguns parlamentares da Câmara dos De-
putados queiram sanar uma doença com o paciente na UTI, aplicando uma dose que poderá leva-lo à morte, ao invés de criar as condições para curá-lo. Afinal o que se pretende? Estimular a violência? A retomada da tramitação da PEC nº 171/1993 e as várias proposições apensadas são iniciativas que objetivam criminalizar o adolescente e submetê-lo a penalidades no âmbito carcerário, maquiando a verdadeira causa do problema e desviando a atenção com respostas simplistas, inconsequentes e desastrosas para a sociedade. A delinquência de adolescentes é, antes de tudo, um grave aviso: o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido adequadamente seu dever de educar, formar, integrar. Ao mesmo tempo não tem assegurado, com prioridade, os direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal. A redução da maioridade penal traz que consequências, na opinião do senhor? Dom Leonardo Steiner - Além de criminalizar o adolescente, deixando impunes os verdadeiros donos das redes do tráfico de drogas e os agentes públicos responsáveis por combatê-las, a redução da maioridade irá permitir que abusadores de adolescentes que tenham idade a partir da fixada na Constituição fiquem impunes, vez que os crimes dos quais eles são acusados,
perderão o objeto. A consequência de mudança na maioridade penal atinge todos os níveis da convivência humana do adolescente. Disso não se fala, sobre isso não se reflete. Outro efeito grave dessa medida é que desresponsabiliza os agentes públicos dos poderes da República, inclusive do Congresso Nacional, de sua missão institucional de garantir o acesso aos direitos básicos como educação de qualidade, saúde pública, segurança, transporte público, acesso à cultura e ao lazer, a prática esportiva saudável, ou seja, os direitos civis, políticos e socais para melhoria da condição de vida de nossa população. O que CNBB propõe? Dom Leonardo Steiner – O papa Francisco tem demonstrado,
através de suas palavras, gestos e documentos, que a Igreja não pode se calar diante das injustiças, que poderão ainda mais agravar a situação ao invés de superá-las. O Projeto que visa diminuir a maioridade penal é um Projeto de morte contra crianças, adolescentes e jovens empobrecidos das periferias de nossas grandes cidades. Os adolescentes, em sua grande maioria, foram descartados, para usar uma expressão do Santo Padre, socialmente e, com a diminuição da maioridade penal, serão descartados em sua totalidade. Não desejamos o descarte, mas a inserção social. Há exemplos de recuperação dos jovens quando se investe no cumprimento efetivo do Estatuto da Criança e Adolescente. Não se pode condenar nossa juven-
tude, sem antes dar oportunidades de crescimento e vida plena. Tenho a esperança de que a Campanha da Fraternidade deste ano de 2015, neste tempo da quaresma, possa fazer com que os parlamentares que estão apoiando a redução da maioridade penal, revejam suas posições, deixando-se interpelar pelo evangelho de Jesus que, neste tempo, estamos refletindo: “Eu vim para servir” (Mc 10,45). A diminuição da maioridade penal é desserviço! Os senhores parlamentares deveriam sair em defesa da dignidade das crianças e adolescentes e não descartá-las. Durante sua visita ao Brasil em 2013, o papa Francisco exortou todos os cristãos a não assumirem uma posição pessimista diante das dificuldades presentes em nossa sociedade, nem uma posição meramente reativa ou pior, de resistência e isolamento. Ele nos chamou a unir forças com os homens e mulheres de boa vontade que desejam construir um mundo melhor. Um mundo mais justo, mais fraterno, mais solidário e inclusivo. A CNBB, sabedora das dificuldades, tensões e violência convocou o Ano da Paz. Somos da Paz. Saiamos ao encontro das pessoas e estendamos a mão, não as descartemos. http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/noticias/16155-a-diminuicao-da-maioridade-penal-e-desservico-afirma-dom-leonardo
Clarim
Especial Semana Santa
Uberaba, abril 2015
A Semana Santa é o grande retiro espiritual das comunidades da Igreja Católica, convidando os cristãos à conversão e renovação de vida. Ela se inicia com o Domingo de Ramos e se estende até o Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Domingo de Ramos
Domingo de Ramos
Domingo de Ramos
QUINTA-FEIRA SANTA (Lava Pés)
QUINTA-FEIRA SANTA (Lava Pés)
QUINTA-FEIRA SANTA (Lava Pés)
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
SÁBADO SANTO
SÁBADO SANTO
DOMINGO - SOLENIDADE DA PÁSCOA DO SENHOR
DOMINGO - SOLENIDADE DA PÁSCOA DO SENHOR
DOMINGO - SOLENIDADE DA PÁSCOA DO SENHOR
5
Páscoa, Ascensão e Pentecostes
Clarim
Uberaba, abril 2015
Que todos tenham PÁSCOA! A Grande Festa Cristã se aproxima. Façamos a Páscoa do Senhor! Acompanhando o deserto espiritual por que passou Jesus, nós vivemos a Quaresma, tempo propício para a penitência sincera, cujo objetivo tem de ser este: levar-nos à experiência do Cristo Ressuscitado em meio a nós. Este alcance pode ser tão bem vivido se, de fato, entendermos as origens, o significado e as implicações da Páscoa na vida do cristão. Em seus primórdios, a festa da Páscoa, de tradição pré-israelita, era um ritual praticado anualmente pelos pastores, a fim de preservar suas famílias e seus rebanhos de doenças, pestes e mortes que, segundo eles, eram causadas por espíritos maus. Consistia em matar um cordeiro e com seu sangue tingir a entrada da tenda e dos currais. Outra importante festa, para nosso entendimento quanto às origens pascais, é a festa dos Pães Ázimos (sem fermento) – esta tem sua origem entre os agricultores e era celebrada na ocasião da colheita. Com a fi-
nalidade de não se misturarem os produtos da colheita passada aos da nova, comia-se durante um tempo o pão ázimo, isto é, interrompia-se o uso do fermento antigo (conservado) até que um novo fosse feito a partir da recente colheita. Importante é pontuar que esses dois rituais são retomados num momento singular da história do povo de Deus, a saída do Egito em busca da terra prometida onde corre leite e mel. Liderada por Moisés, a comunidade de Israel, na iminência da vitória e saída das terras opressoras, é convidada à Páscoa: “Naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães ázimos e ervas amargas a comerão (...) é uma páscoa para Iahweh”. (Ex 12,8.11b). Vê-se, portanto, que, no contexto do memorial da libertação, as festas antigas da Páscoa e dos Ázimos adquirem um novo sentido. O sangue do cordeiro passa a significar a proteção divina contra tudo o que, até então, escravizara e fizera mal; comê-lo em pé e
6
às pressas indica a partida, a passagem (pesah). Já os pães ázimos sugerem que o novo povo, movido pela esperança e certeza do Deus presente em sua caminhada, não deve deixar-se contaminar pelos antigos vícios – é preciso olhar para frente! Assim, a Páscoa Judaica, com a riqueza de todo o seu significado, prepara a Páscoa Cristã. Donde advém a equivalência possível da celebração pascal como a passagem da escravidão para a liberdade; da morte para a vida. Vida esta tão almejada por Aquele que, ao morrer, fez-se a própria vida por nós – “Eu vim para tenham vida e a tenham em abundância” (Jo10,10b). Na Quinta-Feira Santa, a Igreja celebra a Ceia Pascal: Jesus instituiu a Eucaristia e o fez dentro da Páscoa - no primeiro dia dos ázimos – (Mt 26,17) tornando-as para sempre indissoluvelmente unidas. “Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26,28) – já uma antecipação da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Assim, cada celebração eucarística é mistério pascal, é encontro íntimo com Deus e com aqueles que partilham desta verdade. No Domingo da Páscoa, a Igreja vive o ápice e centro de sua fé: o Cristo que se imolou na cruz e ressuscitou - venceu a morte para sempre. Por isso, para nós, cristãos, a Páscoa é a Celebração da Ressurreição do Senhor. Do latim, ressuscitar quer dizer despertar, fazer viver. Como Jesus ressuscitou, nós também ressuscitaremos. Afirma o Catecismo da Igreja Católica: “No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Então os justos reinarão com Cristo para sempre, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo material será transformado. Então, será ‘tudo em todos’ [1Cor 15,28], na Vida Eterna”(nº 1060). Quão imensa é a alegria do cristão em poder cantar essa vitória! Convictos da ressurreição e renascidos pelo Batismo, podemos enxergar tudo e todos com os olhos daquele que
vive para sempre. Ele é nosso fim último, mas, sobretudo, ponto de partida para crer, pensar e agir. O Ressuscitado, reconhecido pelos discípulos no partir e distribuir do pão, é quem nos leva a fazer de nossas escolhas e ações a Páscoa-nossa-de-cada-dia. Nosso hino de louvor, os templos adornados, nossos gestos e nossos frutos entregues ao altar farão todo o sentido e revigorarão nosso espírito, mas precisam manifestar o reflexo de vidas responsabilizadas com o Novo Mandamento – Amai-vos como eu vos amei (Jo15,12). Em nossa sociedade, assim como “a criação geme em dores de parto” (Rm 8,22), ainda são muitas as ocorrências de opressão e morte, que nos apartam e nos distanciam do verdadeiro amor cristão. Não é justo, então, optar por uma fé superficial e sem compromisso. Mais que um desejo ou motivação sentimental, é preciso fazer que a Páscoa da Ressurreição se realize de fato e transformem nossas vidas. Pe. Gustavo Cortez Fernandez
Páscoa, Ascensão e Pentecostes
Clarim
A Páscoa e o cristão moderno A Páscoa, no calendário cristão, é considerada a data mais importante, visto que, além de retomar o ato de libertação dos hebreus, no Egito, simboliza, também, a ressurreição de Cristo. Todavia, tornou-se, a partir do século XIX, uma data comercial, que, nem sequer, suas origens são lembradas. Vivenciar a Páscoa, embora muitos ignorem, é simples. O cristão moderno precisa levar a liturgia, que é aprendida na igreja, para os pequenos atos do cotidiano. Em sua visita à Lampedusa, uma pequena ilha situada ao sul da Itália, o Papa Francisco, na homilia, afirmou que hoje há uma globalização da indiferença, pois a impressão que fica é de que a dor ,de quem está juntos a nós, não nos toca: “habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa!”. A Páscoa vem para nos mostrar que devemos, como Cristo, ressuscitar nas atitudes com o próximo e em comunidade, para revermos nossos valores e conceitos do que realmente é importante.
Partindo da ideia de que Páscoa é amor e compreensão, a família, que é guiada pela fé em Cristo, precisa dar um basta na inércia e assumir o papel de enviado, compartilhando a alegria da ressurreição com a comunidade, mostrando que Páscoa é muito mais que chocolate. O discípulo do Senhor é aquele que se sente cheio pelo Espírito Santo e vai ao encontro do outro, cumprindo, assim, a sua missão.
Que essa Páscoa seja realmente santa e cheia de renovação. Que levemos os ensinamentos da ressurreição de Cristo à rotina diária, visando àquilo que é bom, justo e verdadeiro, sem egoísmo, a fim de que a vida em comunidade retome o amor solidário, tal como o ato de amor na entrega de Cristo à cruz. Ezequiel Limírio da Silva e Juciara Moura Limírio
Solenidade da Ascensão do Senhor Depois de vivenciarmos uma preparação de quarenta dias (quaresma) para celebrarmos o grande mistério da nossa fé - Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, dentro daquela semana que nós chamamos Santa e que os padres da Igreja a consideram a semana maior - e exatamente quarenta dias após a ressurreição, comemoramos a festa da Ascensão do Senhor. “Chegou agora a salvação e o poder, e a realeza do Senhor e nosso Deus, e o domínio de seu Cristo seu ungido, pois foi expulso o delator que acusava nossos irmãos dia e noite junto a Deus” Ap.12.10. Esta festa nos enche de esperança, porque o Filho agora está à direita do pai, conforme professamos nas verdades de nossa fé. (...) Está sentado à direita de Deus Pai, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Por essa festa, também entendemos o elo ou o intercâmbio perfeito de Deus entre nós, pelo Filho e Salvador nosso, nascido da Virgem Maria. Agora nós
temos acesso livre e direto ao Pai, pelo Filho que viveu a nossa condição humana menos o pecado e agora vive em comunhão perfeita como sempre esteve no seio do Pai com o Espírito. Ele subiu aos céus não para se afastar de nossa humanidade, mas para divinizá-la. Além disso, antes Jesus nos prometeu que estaria conosco todos os dias até o fim e que não nos deixaria só, mas enviaria o Espírito da verdade, e que
assim compreenderíamos todas as coisas. Que ao celebrarmos a festa da Vitória do Filho de Deus, estejamos cada vez mais voltados para as realidades do céu, onde está o nosso fim aqui na Terra, e o sufixo eternal de uma vida que nunca tem fim em união com o mesmo Cristo que venceu a morte e garantiu-nos a vida eterna! Marcus Vinicius Alves de Campos 1º ano de Teologia
Uberaba, abril 2015
7
Pentecostes: Tempo do Espírito Santo A Ressurreição de Cristo, ápice e essência do mistério da salvação, inaugura um novo dia chamado pelos Santos Padres de “oitavo dia”, no qual os setes dias da primeira criação encontram o seu cumprimento. Festa que não se limita apenas a celebração, pois, durante cinquenta dias, vivencia-se uma única e exultante alegria, a Páscoa do Senhor. A Festa de Pentecostes ou a celebração da efusão do Espírito Santo é a plenitude dos mistérios pascais. Onde (se cumpre a promessa consoladora de Cristo de não abandonar aqueles que tanto amou – “Convosco o Paráclito permanecerá para sempre” (Jo 14,23-31). Pois desde o nascimento da Igreja é Ele quem dá o verdadeiro conhecimento, unindo numa só fé a diversidade das raças e línguas. O apostolado de anunciar o evangelho fazendo de todos os povos discípulos de Cristo e batizando-os (Mt 28,19) só é possível por meio do Espírito Santo. Ele é como a seiva da videira do Pai que produz seus frutos nos ramos (Jo 15,1-17), por tornar presente e atualizar a obra salvífica por meio do seu poder transformador. Faz, pois, frutificar o dom da comunhão na Igreja, preparando os homens para se encontrarem com Cristo.
Além disso, o Espírito Santo confere à humanidade não somente as qualidades necessárias para cumprir a sua missão, mas inspira, também, atos acima e além do que se poderia esperar de seus hábitos e capacidades; e este é o verdadeiro sinal do Espírito: que o homem se eleve acima de seus hábitos e possibilidades para o anúncio do Reino de Deus. E hoje a assembleia dos fiéis que constitui a Igreja, Corpo de Cristo, roga incessantemente sobre si o Paráclito, pois, pelo Espírito, a natureza humana participa da natureza divina. Pela Graça, o homem se volta para Deus e se distancia do pecado, acolhendo o perdão e a justiça divina. É a renovação do homem interior: “Dar-vos-ei um coração novo, tirarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Porei no vosso íntimo o meu Espírito” (Ez 36,26-27). Que Deus envie sobre a Igreja o seu Espírito para crer fielmente na Ressurreição de Cristo, anunciando a todos os povos que Ele é o caminho, a verdade e a vida. Marcos Vinícius Machado Bacharel em Filosofia (PUC-MG) Seminarista do 1º ano de Teologia da Arquidiocese de Uberaba
Clarim
Pastoral da Juventude
Uberaba, abril 2015
8
Pastoral da Juventude a serviço de Deus junto aos jovens e à comunidade A juventude é o momento de transição entre a adolescência e a idade adulta. No entanto, a ideia de juventude indica muito mais que um simples momento. Ela é a plenitude dos ideais, é sonhar, criar, acreditar e realizar. Por isso, é importante partilhar e celebrar, em grupo, a vida, as lutas e os sofrimentos, bem como cultivar a amizade a partir de uma formação integral e mística própria. Nessa perspectiva, motivados pela fé, o Grupo de Jovens da comunidade do Sagrado Coração de Jesus – Catedral - atua a serviço da organização e animação da comunidade, e também na sociedade, inseridos nos movimentos sociais, com destaque à participação político-partidária, movimentos populares e outras organizações que lutam em defesa da vida e da dignidade humana. Esse grupo está inserido na Pastoral da Juventude ( ou participa??) Obs.: o parágrafo, a seguir, estava longo... ideias repetitivas. Confira a missão da Pastoral da Juventude. Por gentileza, verifique se não foi suprimido algo importante. A Pastoral da Juventude tem a missão de organizar a ação pastoral junto à juventude - “jovem evangelizando jovem”, possibilitar e acompanhar os jovens a descobrir, ouvir, seguir e comprometer-se com Jesus Cristo e seu projeto, integrando a sua fé com
a vida e fortalecendo uma espiritualidade libertadora. Ações como essas consolidam a Igreja libertadora, a partir da experiência do Cristo Ressuscitado, possibilitando o aprofundamento da fé para uma maior comunhão com Deus, com as pessoas e com o universo. Além disso, a Pastoral da Juventude acompanha , também, os jovens na elaboração de um projeto de vida, respeitando as opções vocacionais dos diversos ministérios na perspectiva do Reino de Deus; assegura espaços de vivência em pequenos grupos, possibilitando aos jovens partilhar alegrias e tristezas, angústias e esperanças, reflexão e ação, oração e celebração, festa, e tudo o que são e querem ser, o que vivem, o que creem, o que sentem, o que sonham e ousam projetar; oferta espaços de participação da juventude na Igreja e na sociedade, percebendo meios eficazes para o exercício da cidadania; contribui para que os jovens se tornem protagonistas da construção da civilização do amor, sinal profético do Reino definitivo e de esperança para a juventude na promoção da vida. E por que estar ligado à Pastoral da Juventude? Para não ficar isolado; para conhecer outras experiências e compreender a importância do intercâmbio; para descobrir que podemos ser mais fortes; para obter acesso a mais
informações e materiais; para que tenhamos uma organização com a participação de todos os grupos de jovens, construindo, assim, uma “ação efetivamente organizada dos jovens para crescerem na fé e evangelizarem outros jovens”.
Convictos de que NÃO EXISTE PASTORAL DA JUVENTUDE SEM GRUPOS DE JOVENS e considerando a importância de fortalecer e formar laços de amizades entre os nossos grupos, convidamos os jovens de nossa paróquia
para se reunirem, socializarem ideias e desenvolverem atividades em todas as comunidades. Adaptado do texto publicado no site : http://www.pjsul1.org/ site/pastoral-da-juventude.php
Clarim
Pastoral do Dízimo A Pastoral do Dízimo, criada há cerca de um ano, já realizou avanços significativos na nossa comunidade paroquial que contava com 111 dizimistas e hoje soma 273. O aumento no número de dizimistas se deu graças ao trabalho de conscientização realizado pela Equipe da Pastoral, junto aos casais do nosso FAROL e, também, junto à comunidade, durante as celebrações do 2 º domingo do mês, quando a equipe acolhe a todos com
mensagens, panfletos explicativos e confecção de banners. Dentro da Pastoral, temos as funções das secretarias: social, administrativa, tesouraria, liturgia, missionários e diretor espiritual, sendo cada secretaria de responsabilidade de um casal de nossa Pastoral Familiar. A Pastoral conta hoje com 25 membros, sendo na maioria casais da Pastoral Familiar que se reúnem semanalmente com Monsenhor Valmir, para estudos e reflexões, bem como
Uberaba, abril 2015
9
para avaliar e buscar melhorar o trabalho de conscientização da importância do Dízimo para a comunidade. Está em andamento e em fase de convite a implantação dos Missionários de setores da Pastoral do Dízimo, o que vai, assim, tornar possível um contato mais próximo com nossos dizimistas. A Pastoral está aberta a todos que queiram participar como membros da equipe e, também, como missionário de setor.
A IGREJA QUE QUEREMOS!
Quando instituímos o Dízimo em nossa Comunidade, visamos implantar o Reino de Deus entre os homens. Sonhamos e trabalhamos para que tudo se transforme em realidade. Mas como é, de fato, essa Igreja que todos desejam? O que significa, para cada um de nós, este projeto da Igreja? E como o Dízimo pode ser eficaz?
QUEREMOS UMA IGREJA: POVO DE DEUS: O Dízimo nos leva a ser mais Igreja. Passamos a compreender nossa importância nesta grande família. Os padres são muito importantes e necessitamos deles, como orientadores, como engenheiros da grande obra. Os leigos, no entanto, são os que devem tornar possível a grande construção.Uma Igreja de unidade e trabalho onde todos participem, cada um cumprindo seu papel, sem distinções. Todos são vitais para o crescimento da Igreja. UMA IGREJA ATIVA: O Dízimo é capaz de transformar pedra sem valor em diamante. O cristão consciente, dizimista, deixa de ser número para ser membro ativo; deixa de ser lâmpada apagada e passa a iluminar a realidade. Não nos preocupemos com a quantidade de cristãos, e sim com a qualidade deles. Ser dizimista é dar passos de qualidade na vida da Comunidade. UMA IGREJA POPULAR: Que o Dízimo possa realizar em nossa Comunidade a opção preferencial de Cristo e da Igreja pelos pobres. Que os mais simples se encontrem e se sintam amados e membros ativos na comunidade cristã. Que não tenhamos uma Igreja de elite financeira ou intelectual, mas de irmãos que amam a Deus e o servem. UMA IGREJA COMUNIDADE: Que o Dízimo nos ensine a olhar os nossos irmãos da Igreja como singulares, únicos. Para cada coração, um cuidado; para cada família, uma palavra. Que os setores de bairro e rua sejam motivados para o estudo e a encarnação do Evangelho. UMA IGREJA DE CRISTÃOS: Padre sozinho não é Igreja. Que cada leigo assuma seu compromisso de batizado, ocupando seu espaço dentro da Igreja, não apenas nas críticas ou ajudas financeiras, mas atuando como agente transformador na comunidade. UMA IGREJA POBRE: O Dízimo é uma fonte inesgotável de lições de desapego. Que possamos viver uma igreja despojada e simples. Que possamos, na falta de templos, fazer de cada casa, garagem, barracão, a igreja dos pobres, celebrando a vida entre os irmãos. UMA IGREJA PEREGRINA: O Dízimo encaminha-nos rumo ao novos tempos. Indo ao encontro dos homens, de qualquer nação, estamos no rumo certo. Que possamos dar passos cada vez mais corajosos e audazes na implantação do Reino Deus no mundo. Uma experiência ad Gentes – ao encontro de todos os povos – transforma o mundo.
UMA IGREJA MISSIONÁRIA: A missão da Igreja é anunciar a presença do Reino de Deus no mundo dos homens. Para tal, deve enviar homens evangelizadores a todos os setores da sociedade em todas as partes do mundo, realizando o grande projeto de Cristo: a libertação por meio da verdade: “a verdade vos libertará”. UMA IGREJA ECUMÊNICA: Que aprendamos, também, com o Dízimo o livre diálogo com nossos irmãos de outras religiões; que estejamos abertos para criar pontes entre todos os membros desta imensa família que crê em Deus e em Jesus Cristo libertador. UMA IGREJA DINÂMICA: O desafio da Igreja moderna é estar à frente das exigências dos nossos tempos; ser atual em sua forma de comunicar, tendo como raiz a verdade evangélica. Para isso, não pode ser estática, presa a estruturas e sistemas. São necessários muita criatividade e movimento constante. Assim, nossa comunidade Paroquial da Catedral, na experiência do Dízimo, quer ajudar a todos a tornarem-se uma Igreja conforme o coração de Jesus Cristo.
Clarim Apresentamos a seguir a prestação de contas:
Período de abrangência: Março 2015
RECEITAS ORDINÁRIAS Espórtulas de missa Dízimo Coletas Certidões Doação Espórtulas de casamento Espórtulas de batizado Estorno da Codau (Restaurante Sabor Aroma) Estorno das depesas com Bodas de Ouro de Nice e Adalberto Livros da Novena CF Doação para telhas para Com. São Paulo Apóstolo - Uberaba Receita com a venda do mini-círio Receitas com juros de aplicação
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
TOTAL DE RECEITAS ORDINÁRIAS
R$ 23.034,08
RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS Aluguel(Restaurante) Aluguel (Fachus imóvel 1) Aluguel (Fachus imóvel 2) Ação Judicial - Aluguel do Objetivo (02/115) TOTAL DE RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS
R$ 1.860,00 R$ 4.470,00 R$ 17.553,35 R$ 669,80 R$ 24.553,15
TOTAL DE RECEITAS
R$ 47.587,23
949,00 8.830,00 4.798,70 54,00 468,65 2.127,00 175,00 116,50 565,00 15,00 1.769,94 2.368,35 390,00 406,94
DESPESAS DIMENSÃO ADMINISTRATIVA Despesas casa paroquial(Alimentação, gás e manutenção) R$ 478,98 Salários e ordenados R$ 4.155,97 Comissão do Dr. Gláucio (Aluguel da Facthus) R$ 1.053,00 Manutenção do veículo R$ 444,98 Chaves e caçamba R$ 373,00 Jornais e revistas R$ 267,90 CEMIG R$ 1.285,27 CODAU R$ 212,81 CTBC R$ 733,99 Despesas postais e bancárias R$ 156,85 Contribuição Rádio Metropolitana R$ 10,00 Despesas com encargos de funcionários R$ 2.605,31 Plano de saúde UNIMED R$ 314,00 Sistema de Contabilidade R$ 238,50 Material de limpeza, conservação e manutenção R$ 1.431,26 Prestações de Serviços R$ 5.491,87 TOTAL DIMENSÃO ADMINISTRATIVA R$ 19.253,69 DESPESAS DIMENSÃO SOCIAL Doação para Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Uberaba Doação de telhas para Com.São Paulo Apóstolo - Uberaba Doação para Paróquia São Geraldo - Uberaba Doação para leigos Aluguel (Aparecida) TOTAL DIMENSÃO SOCIAL
DESPESAS DIMENSÃO LITÚRGICA
Despesas litúrgicas Material da CF Despesas gráfi cas Despesas com Pastorais Côngrua do Vigário, Pároco e intenções de Missa Fundo ADIPERAU TOTAL DIMENSÃO LITÚRGICA
R$ R$ R$ R$ R$ R$
500,92 2.368,35 150,00 381,29 350,00 3.750,56
R$ 1.878,17 R$ 749,41 R$ 2.078,00 R$ 2.081,88 R$ 3.940,00 R$ 50,00 R$ 10.777,46
Uberaba, abril 2015
DESPESAS DIMENSÃO MISSIONÁRIA Contribuição paroquial à Arquidiocese R$ Material para formação dos catequistas R$ TOTAL DIMENSÃO MISSIONÁRIA R$
10
2.804,70 215,50 3.020,20
DESPESAS DIMENSÃO PATRIMONIAL Material de construção e mão de obra elétrica e hidráulica Aquisição de móveis e utensílios Manutenção do órgão Aquisição de cameras, cerca elétrica TOTAL DIMENSÃO PATRIMONIAL
R$ 2.300,20 R$ 2.677,10 R$ 1.800,00 R$ 3.749,00 R$ 10.526,30
TOTAL DAS DESPESAS
R$ 47.328,21
DEMONSTRATIVO DO CAIXA NO PERÍODO Total de receitas R$ 47.587,23 Total de despesas R$ 47.328,21 Saldo Final superávit R$ 259,02
Monsenhor Valmir A. Ribeiro Adriana Correa Capuci Cunha
DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES: 01/04 –Roberto Luiz de Oliveira 02/04 – Cristiana Ferreira de Souza 04/04 – Heraldo dos Santos 09/04 – Regina Lucia Domingos 09/04 – Alessandro Almeida 10/04 – Arnaldo Rosa Prata 10/04 – Claudimira Silva Mota dos Santos 11/04 – Ademir Fachenelli 12/04 – Maria Antonieta Prata Lima 12/04 – Rafaela Cristina P.Pucci de Assis 13/04 – Lenita Helena Z. de Oliveira 17/04 – Tânia Aparecida Prado Chierala 20/04 – Diva Maria da Silva Gomes 20/04 – João Ferreira da Silva Sobrinho 22/04 – Maria Conceição C. da Silva Margato 27/04 – Juliene José Alves Paula 29/04 – Júnior Adeleres Martins 29/04 – Luiz Antônio Neves Tibúrcio 30/04 – Catarina de Sene V. de Lacerda 30/04 – Lúcia Crispim
Agenda
Clarim
Uberaba, abril 2015
CALENDÁRIO MENSAL DAS REUNIÕES DAS PASTORAIS, CONSELHOS E MOVIMENTOS SEMANA HORA MOVIMENTO
LOCAL
Coordenação
06/abr 20h Reunião com a Pastoral do Dízimo Salão Paroquial Leninha 06/abr 21h30 Reunião com a Coordenação do Farol Salão Paroquial Raquel e Ronaldo 07/abr 20h Pastoral Familiar - G12 Catedral Santusa e Ronei 09/abr 19h30 Encontro de Preparação do Batismo Salão Paroquial Camila e Rafael 09/abr 20h Confissões para os catequizandos, pais e padrinhos Catedral Raquel e Ronaldo 10/abr 20h Encontro dos Crismandos e os padrinhos Catedral Raquel e Ronaldo 11/abr 08h30 Reunião com a coordenação da Rádio Metropolitana Cúria Lídia 11/abr 17h30 Formação com os Catequistas Salão Paroquial Ronaldo e Raquel 12/abr 10h 1ª Eucaristia Catedral Ronaldo e Raquel 12/abr 16h30 Reunião com a Equipe de Canto Agnus Dei Sacristia Teresinha e Rosália 12/abr 19h Crisma Catedral Raquel e Ronaldo 12/abr 20h Reunião com o Caminho Novo Salão Paroquial Mírian e Silas 13/abr 20h Reunião com a Pastoral do Dízimo Salão Paroquial Leninha 15/abr 20h Reunião com a Pastoral dos Noivos Salão Paroquial Beatriz e Santana 16/abr 20h Adoração ao Santíssimo com os Ministros da Eucarístia Catedral Roberto e Teresinha 16/abr 21h Reunião com os MECE e futuros MECE Salão Paroquial Roberto e Teresinha 16/abr 21h30 Reunião com a coordenação dos MECE Salão Paroquial Roberto e Teresinha 17/abr 19h30 Reunião com a Pastoral do Batismo Salão Paroquial Camila e Rafael 17/abr 20h30 Reunião com o Conselho Administrativo Salão Paroquial Márcia 18/abr 18h Reunião com a Pastoral Social - Creche “Frei Gabriel de Franzannó”? Salão Paroquial Santusa/Érika 19/abr 10h Missa de Encerramento da Pré-Eucarístia Catedral Raquel e Ronaldo 19/abr 11h30 Batizados Catedral Camila e Rafael 19/abr 20h Reunião com o Caminho Novo Salão Paroquial Mírian e Silas 20/abr 15h Livro de Tombo Escritorio Paroquial Márcia 20/abr 17h Reunião com o Jurídico Escritorio Paroquial Dr. Gláucio 20/abr 19h Reunião com a Coordenação do Conselho de Pastoral Escritorio Paroquial Rui Neto 20/abr 20h30 Reunião com a Equipe do Jornal Metropolitano Cúria Francine 22/abr 19h30 Reunião com os Pais da Pré-Eucaristia Salão Paroquial Raquel e Ronaldo 22/abr 20h Reunião com o Conselho de Pastoral Escritorio Paroquial Rui Neto 23/abr 19h30 Reunião com os Pais da 1ª Eucaristia Salão Paroquial Raquel e Ronaldo 23/abr 20h30 Pastoral da Saúde - MECE HSJ Sacristia Suelen 24/abr 19h30 Reunião com os Pais dos Crismandos 25/abr 17h30 Reunião com os Catequistas Salão Paroquial Ronaldo e Raquel 26/abr 12h Galinhada - Promoção do Caminho Novo Salão Paroquial Mirian e Silas 26/abr 20h Reunião com o Caminho Novo Salão Paroquial Mirian e Silas 27/abr 1º ano de Falecimento do Dom Roque 27/abr Retiro do Clero em Brodowski de 27/04 a 30/04 27/abr Celebração da Palavra com comunhão às 12h e às 19h Catedral 27/abr 19h Início da Catequese Salão Paroquial Raquel e Ronaldo 28/abr Celebração da Palavra com comunhão às 12h e às 19h Catedral 29/abr Celebração da Palavra com comunhão às 12h e às 19h Catedral 30/abr Celebração da Palavra com comunhão às 12h e às 19h Catedral
11
Clarim
Memória
Uberaba, abril 2015
Um anjo chamado Odete!
Vovó Dete... Nossa tão querida Vovó Dete... Falar da Vovó Dete ... Tarefa tão fácil e, ao mesmo tempo, tão difícil... Fácil porque a leveza de sua vida foi sempre como uma brisa suave que chegava a todos, alimentando o coração com uma presença de amor indescritível... Difícil porque todas as formas de expressão jamais conseguirão traduzir a grandeza de sua alma... Então, vamos abrir nossos corações e tecer um manto, como foi sua vida... Um manto que nos acolheu, nos envolveu, nos aqueceu, nos abraçou durante toda sua caminhada entre nós. Um manto tecido de retalhos que foram se juntando, crescendo, partilhando calor e, na costura forte, a mãe-avó envolvia a todos com tanto enlevo e dedicação...
E CoMEÇou No Dia 2 DE MarÇo DE 1921! A antiga Fazenda da Prata, município de Conceição das Alagoas, recebia aquela linda criança, a quem o pai orgulhoso e feliz logo chamou de Odete Maria. E como filha exemplar, cresceu abraçada pelo amor de seus pais, Sebastião José Domingos e Ana Heleodorica de Freitas, sempre encantando a toda a família e amigos pela singeleza e ternura de seus gestos e palavras. Contava-nos que, como costume da época, casou-se bem jovem com Jesus Alaor Prata e, aos dezesseis anos, já tinha em seus braços sua filha Julieta, a quem amou, incondicionalmente, por toda sua vida... Estava em sua segunda gravidez, quando ficou viúva e, diante de tanta dor, acabou perdendo seu segundo filho. Aos vinte e um anos casou-se com João Lopes Guimarães, o Vovô Lico, e continuou sua caminhada na cidade de Uberaba. Morava na Rua Raul Terra e, como exímia costureira dedicou-se na confecção de camisas desejadas por todos os cavalheiros da época, afinal eram as “camisas feitas pela Dona Odete”, impecáveis (como tudo que ela fazia). E, cuidando com amor de sua família, trouxe para seu lar o sobrinho do Vovô Lico, filho da comadre Abadia e do compadre Toinzinho, para continuar seus estudos. Chegava seu novo filho, Plínio José de Oliveira, que depois apaixonou-se pela jovem Julieta e formaram uma linda família. E os netos foram chegando: Antônio Vicente, Plínio José, Marco Túlio, Márcia Helena, Júlio César e Eduardo Henrique. A mãe misturava com a avó, pois pareciam duas irmãs, trabalhando incansavelmente no cuidado e na
formação de todos. Viúva novamente, foi acolhida por seu genro e assumiu, com a filha, a criação dos netos e os cuidados com a nova casa. De onde vinha tanta força, tanta alegria, tanta coragem? De sua fé inabalável! Como as grandes mulheres bíblicas... Como Sara, soube ser fiel à vontade de Deus, ser esposa humilde e dedicada e viver sua fé cristã. Como Rebeca, mulher cortês e prestativa, trabalhadora incansável (jamais a víamos parada; sentada estava fazendo crochê, sempre em ação), hospitaleira (acolhia a todos em sua casa e em seu coração). E como uma grande mulher, trazia consigo a mãe peregrina, que estava sempre a caminho, chegando nos lares para cuidar dos enfermos, das mães “em resguardo” com seus bebês, visitar os familiares distantes para dedicar seu cuidado e seu carinho... Onde chegava estava sempre ajudando... Como era esperada por todos... Todos a queriam em sua casa... E ela gostava de estar com todos... Rezando, abençoando, cantando, dançando... Mas, não ficava muito tempo longe, pois sentia muita falta de sua amada Catedral. Como amava sua igreja... Padre Flávio, Monsenhor Olímpio, Padre Iron, Padre Paulo eram como filhos, a quem dedicava todos os seus préstimos e sua devoção... Legionária fiel, Apóstola do Sagrado Coração de Jesus, Ministra da Comunhão Eucarística... Como era feliz em servir a Deus! Não havia distância, nem obstáculos que a separassem de seus compromissos cristãos... Ia longe para “levar a Sagrada Comunhão” para os irmãos que a esperavam. E suas orações curavam suas dores (da alma e do corpo). Ah, VovóDete!!! Foram tantas lições. A força para a filha quando também ficou viúva. Quanta dor! Mas, foi o baluarte que sustentou a filha e toda a família. Como um escudo, protegeu a todos! E seguiram as duas. Como era lindo vê-las, subindo na Rua Tristão de Castro, de braços dados, como duas irmãs, como duas grandes amigas... Uma cuidando da outra e ambas cuidando de todos! Até que veio a dor maior. A filha gravemente enferma... Como Maria aos pés da cruz, não se separou da querida filha. Cuidou e amou até o fim! A idade não mudava sua energia e sua disposição. Ficou, então, morando com os netos, Plininho, Valéria e Marcos Felipe. Depois Julinho, Ana Lúcia, Gabriel, Victor e a dedicada Geovana, que cuidaram com muito amor durante toda sua en-
12
fermidade. Os anos foram passando, e, apesar dos limites da idade, o amor e o carinho com que lhe abraçavam, Julinho, Ana Lúcia, Gabriel, Victor e Geovana, com tantos cuidados e tanta dedicação, continuou sua caminhada até seus 94 anos de vida. A devoção à Nossa Senhora foi sua maior força! Dizia sempre que, com a Mãe Santíssima, estava sempre com Jesus! Esta era sua grande alegria! Sua vida teceu um lindo manto, que continua nos envolvendo e nos abraçando, pois sabemos que do Céu continua a nos abençoar! A todos da Igreja Catedral que a amaram, de forma especial, aos que expressam este amor através desta reverência carinhosa, o nosso carinho e a nossa gratidão! “Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a Paz! Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor” Lídia Nara de Sene oliveira e antonio vicente de oliveira
A mulher forte do Evangelho
Dona Odete, como admirava a sua luta, a sua fé,a sua persistência, em meio a dor e os sofrimentos. Mulher guerreira, que soube lutar pela felicidade de sua família. Muito humilde, mas de uma coragem e persistência sem limites. Enfrentou o problema de saúde de sua única filha, com aceitação e segurando as rédeas da vida, não deixando desabar. Tinha um grande amor em seu coração. A sua fé a levava sempre para frente, não permitindo jamais desistir.
Mulher de fé e zelo apostólico. Com ela, aprendi muito pelo seu capricho e cuidado com o sagrado. Sempre antes de começar a Semana Santa, tirava tudo que tinha no armário, como também tudo que fosse usado nestas celebrações. Limpava com todo cuidado e carinho. Muita devota do Sagrado Coração de Jesus, quando ia para sua casa, depois de zelar por tudo da Igreja, enviava de longe beijos para os santos de sua devoção. Quando mais moça, era exímia costureira, trabalhava sem cessar
Dona Odete gratuidade
Dona Odete era presença certa nas missas da catedral, não importava o horário, os paroquianos de todos eles a conheciam. Sua gratuidade era conhecida marca de seu caráter reto e fidedigno, principalmente pelos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística. Ela sempre foi generosa e solicita para ensinar e dividir com eles toda sua experiência adquirida ao longo de anos de dedicação à igreja. Sua dedicação e gratuidade ao exerce-la inspirou e inspira a muitos de nós a cumprir o que o próprio Cristo disse: “Eu vim para servir, não para ser servido”. Que seu exemplo continue a suscitar em nossa paroquia Catedral outros paroquianos de igual dedicação exercida na gratuidade de um coração devotado a Deus e ao próximo. Maria de fátima C. Novais - MECE Catedral
para que pudesse dar o melhor para sua família e para os que dela necessitassem. Deixou um legado muito grande para todas as pessoas que com ela conviviam. Para mim, particularmente, aprendi muito, pois sempre em seus atos e atitudes, era sempre um modelo e um exemplo. Esteve acamada durante muitos anos, e hoje, tenho certeza está na glória do Pai e junto do seu Sagrado Coração que tanto amava. Maria antonieta Prata Lima
SAUDADE DE DONA ODETE Dona ODETE fez história na Catedral: anos e anos de dedicação e amor. Não se pode esquecer seu jeito magistral de sempre servir, sem buscar louvor. Simples, humilde, mas de singela beleza que brotava de seu coração amoroso. Conviver com ela foi Graça com certeza. Sua amizade foi um bem muito precioso. Sentimos muito quando ela foi embora. Sua lembrança nos traz tristeza mesmo agora. Nós vivemos uma história sem labéu. A sua morte não pôs fim à amizade. Doce esperança ameniza a saudade: Um dia, nós nos encontraremos no céu!... vera Cruz Garcia de rezende