Escola, um lugar de valor
Da Formação Inicial à Educação Permanente Educação Infantil Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
Formando Novas
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Educação Infantil Ensino Fundamental
“Colégio F.A.S.”
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Ensino Fundamental Um pouco mais de um ano se passou desde a última edição da revista “Escola, um lugar de valor”-uma publicação anual do Colégio F.A.S. Alguns pais já nos acompanham desde 2010, quando decidimos divulgar o trabalho realizado nesta instituição de ensino. Outros pais estão conhecendo a publicação pela primeira vez. Nosso objetivo é estreitar ainda mais os laços entre família e escola, reafirmar a importância do papel dos pais na educação das crianças e colaborar nessa importante missão. Por isso, cada edição é pensada com carinho para oferecer informações não somente sobre educação, mas outros temas que possam enriquecer esta publicação e contribuir para o bom relacionamento entre pais/filhos/ escola. Nesta V edição nossos articulistas capricharam com assuntos que irão despertar o interesse dos nossos leitores. Por isso, convidamos a todos para um agradável passeio por temas fundamentais para o cenário educacional. Estamos certos de que a Educação é o melhor caminho para a realização de sonhos. Desejamos a todos uma ótima leitura!
Editorial
À direção.
Expediente Revista “Escola, um lugar de valor” – uma publicação anual do Colégio F.A.S. Ano V – Nº V- 2013 Direção: Francisca Elineide Câmara Alberto Jornalista responsável: Millene Borges - MTB 07628 Diagramação: Alex Maia (34) 9969-4028 - alexesmmaia@gmail.com alexmaiadesignergrafico.blogspot.com.br Impressão: 3 Pinti Editora e Gráfica Fotos: Arquivo Colégio F.A.S.; Doris & Donizetti Studio Photo Tiragem: 3 mil exemplares
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Da formação inicial à educação permanente Todos nós quando refletimos sobre tempo, chegamos à conclusão de que ele tem passado rápido e, com isso, trazido inúmeras transformações. A cada dia uma novidade surge, forçando-nos a promover adequações e a buscar novas ferramentas e outras formas de interação eficaz com o mundo. No Colégio F.A.S. essa mudança tem sido visível. Há 14 anos oferecendo uma base sólida na formação dos alunos, a instituição tem passado por modificações e enfrentado vários desafios, o que contribuiu de forma expressiva para o seu amadurecimento. Em 2013 surgiu um novo desafio: a inauguração do Berçário do Colégio F.A.S. E, para a realização desse sonho, foi necessário muito mais que investimento em infraestrutura, profissionais qualificados ou mesmo tecnologia educacional de ponta. Primeiro foi preciso acreditar que o aprender é algo inerente à nossa condição humana, e que o saber é e sempre será nosso maior tesouro. Hoje o Colégio F.A.S. oferece aos alunos desde o Berçário ao Ensino Fundamental. Os estudantes têm ao seu alcance uma formação completa. São atividades de esporte, psicomotricidade, natação, capoeira, balé, street dance, artes, musicalização, inglês, espanhol e flauta. O crescimento que essa instituição tem alcançado ao longo dos seus 14 anos mostra o compromisso com a qualidade de ensino.
Desde a fundação, o que não sofreu mudanças foram os objetivos traçados e colocados em prática no ano de 1999, que tem nas suas diretrizes, o comprometimento de oferecer aos seus alunos um sistema de ensino adequado e diferenciado em diversos aspectos, como metodologia e práticas pedagógicas atualizadas, eficiente material didático e professores altamente qualificados, que tem a consciência de que o importante não é somente contribuir de forma positiva na formação acadêmica do aluno, mas também orientar para que alcance desenvolvimento pessoal. Hoje, mesmo sabendo que estamos em direção ao processo ideal de ensino-aprendizagem temos consciência de que devemos continuar caminhando, conquistando novas etapas e aprimoramentos. Boa leitura!
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A história através das linguagens artísticas Por Camilla Bosco Ao longo da história podemos observar várias formas de expressões humanas, dentre elas a arte. Esta possui várias linguagens que podem ser trabalhadas através de músicas, pinturas, desenhos, esculturas, teatros, danças, filmes e diversas outras formas. As linguagens artísticas têm sido utilizadas como meio para auxiliar na educação não apenas nas suas disciplinas específicas, mas em vários outros conteúdos, pois a arte, quando estudada pode revelar conceitos, pensamentos e mentalidades de várias culturas podendo assim ser trabalhada como forma de auxiliar a compreensão, estudo e pesquisa dos conteúdos históricos. No ensino de história é essencial para os estudantes observar como cada sociedade em cada período desenvolveu suas linguagens artísticas, percebendo assim o imaginário de cada grupo social em seu local e período. No livro “Ensinar História no Século XXI: Em busca do tempo entendido” de Marcos Silva e Selva Guimarães Fonseca esses autores trabalham a questão do ensino de história, em um capítulo trazem a questão da arte, no caso filmes (Cinema e documentários), dessa forma eles afirmam: “(...) entendemos que as relações entre a história e cinema ultrapassam o gênero “cinema histórico”: se tudo é história, todo cinema interessa à história, falando ou não de temas e personagens ditos históricos. A historicidade dos filmes se situa tanto em seus temas como em seu fazer, no olhar que dirigem para diferentes experiências humanas. O cinema pode mesmo contribuir para ampliar a compreensão que historiadores e professores têm de história, por intermédio de personagens e temas menos habitualmente trabalhados nessa área. Com base em filmes, é muito possível falar sobre a história do amor, a história do riso ou a história das lágrimas – junto com outras histórias.” (SILVA, Marcos. FONSECA, Selva Guimarães, 2007, p. 92 – 93) No trabalho do ensino de história, portanto, é essencial a utilização das várias formas de expressões artísticas, pois, a história, segundo Marc Bloch, é o “Estudo dos homens no tempo”, dessa forma, todas as produções e vestígios humanos no tempo interessam ao historiador e a todos aqueles que de-
Elaboração deumJogos - 7º Ano Escola, lugar de valor 6
sejam compreender a história e não apenas os registros e documentações como se pensou durante muito tempo. A arte além de agradar os sentidos ainda é capaz de trazer grandes contribuições às pesquisas, mas também ao ensino na sala de aula, pois auxilia aos estudantes à compreensão do conteúdo além de ser uma grande ferramenta de análise. Referências: SILVA, Marcos. FONSECA, Selva Guimarães. Ensinar história no século XXI: Em busca do tempo entendido. Papirus. Campinas, SP, 2007. BLOCH, Marc. Apologia da História: ou o ofício do historiador. Tradução André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. 139p.
Camilla atua como professora de História nas turmas do 5º. 6º e 7º ano e Filosofia na turma do 8º ano no Colégio F.A.S.
Trabalhando a partir de músicas e jogos - 6º ano
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Ensino Fundamental
A ludicidade no ensino da
matemática Por Débora Regina Silva de Souza Paulo Freire, um dos maiores educadores que o Brasil conheceu, nos falava da educação bancária, onde professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. E muitas vezes, nós tratamos a matemática da mesma forma, fragmentada, não possibilitando ao educando uma relação significativa com o conteúdo, provocando um desconforto que poderá ser carregado pelo resto dos seus dias escolares. A necessidade de se ter o controle de quantidades, é trabalhada pela memorização de sequências numéricas e a repetição de tabuadas, ainda continua insistindo em fazer parte do nosso dia a dia , muitas vezes sem nenhum embasamento pedagógico, o problema é que ela esta desassociada de uma fundamentação , que poderia ser lúdica e cognitiva e iria contribuir na aprendizagem do aluno. Pode-se afirmar que as dificuldades enfrentadas pelos alunos diante da disciplina de Matemática muitas vezes é estabelecido por educadores que não apresentam este objeto de conhecimento de forma significativa, prazerosa e diferenciada desde o inicio da alfabetização.
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Outra prática pedagógica que deve ser desenvolvida e tem grande impacto são os jogos matemáticos. O caráter lúdico dos jogos matemáticos é uma estratégia para integrar e mobilizar as relações de prazer, ao ato de interiorizar o conhecimento e buscar a integração entre os alunos. E o grande trunfo é direcionar ao momento de aprendizagem, o prazer e o gosto pelo estudo. Este processo de construção do conhecimento é efetivo quando o aluno vivencia uma situação problema, e indaga sobre seu próprio pensar para alcançar a solução de tal problema. Nesse ano letivo o material pedagógico do Sistema Positivo (adotado pelo Colégio F.A.S.) trouxe várias opções de atividades matemáticas, que puderam ser exploradas em sala de aula e muitas vezes em atividades fora deste ambiente, como no caso do Jogo do Agrupamento. No ensino da matemática, os jogos são importantes recursos para o desenvolvimento do conteúdo, e estímulo do aluno ao Novo. Utilizar os jogos como objetos pedagógicos exige do profissional, no caso professor, uma intencionalidade, afinal o jogo não deve ter fim por si só, deve ser trabalhado relacionando os conteúdos de forma lúdica, garantindo assim o objetivo do conhecimento cientifico.
Segundo Smole, 2000: “... acreditamos também que brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações, respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade, vontade de experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança, raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar. Ao brincar a criança adquire hábitos e atitudes importantes para seu convívio social e para seu crescimento intelectual e aprende a ser persistente, pois percebe que não precisa desanimar ou desistir diante da primeira dificuldade.” Neste ano os alunos do 2° ano passaram por atividades bastante instigantes na área da matemática, o que proporcionou aos alunos uma maneira prazerosa e divertida de entender e aprender a matemática. Entre muitas atividades propostas podemos destacar alguns jogos como por exemplo, o” Jogo da Testa”, ” Jogo da memória das formas geométricas”, Uso da calculadora em sala de aula e as Medidas e grandezas em nosso dia a dia. Tivemos também um momento de construção de brinquedos com materiais recicláveis, nas mais variadas formas dentro da geometria, e foi muita diversão e aprendizado. O jogo da testa foi o que teve maior significância aos alunos, que se entusiasmaram bastante e tiveram a oportunidade de fazer cálculos matemáticos de maneira lúdica, estabelecendo assim uma lógica entre o raciocínio e o resultado final.
Débora é formada em Magistério e Graduada em Pedagogia com Pósgraduação em História. Atua como professora de Matemática no 2º ano do Colégio F.A.S.
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Certo ou e rrado? O erro no processo de alfabetização Por Veruska Carvalho Assunção
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Para o adulto, que é um ser cheio de experiências, acertar logo na primeira tentativa é mais fácil e mais comum do que para uma criança que está iniciando sua formação e sua vivência. Nesse processo de maturação física e psicológica, a criança passará por situações de conflitos até conseguir acertar. E no processo de alfabetização (aquisição da leitura e escrita) o caminho não é diferente. Conhecendo Psicogênese da Língua Escrita (Emília Ferreiro e Ana Teberosky), é possível perceber cada etapa pela qual a criança passa até escrever corretamente. Da garatuja até a escrita alfabética há um desenvolvimento, há uma evolução nesse processo. Não é uma mágica que se faz e em um dia a criança já está escrevendo. Assim como para aprender a andar, a criança precisa antes conseguir equilibrar o corpinho, assentar, ficar em pé, engatinhar e aí sim dar os primeiros passinhos, apoiada, e depois sozinha. E tudo isso acontece através da necessidade ou da imitação, mas cair está incluso nesse aprender. Escola, um lugar de valor
Avaliar como a criança pensa a escrita e suas hipóteses é ponto de partida para um alfabetizador, pois é possível, a partir daí, mediar esse aprendizado e atuar como facilitador, provocando o aluno a formular hipóteses e avançar. **“O professor deve interessar-se pelos erros, aceitando-os como etapas estimáveis do esforço de compreender, (...) proporcionando ao aprendiz, (...) os meios para tomar consciência deles, identificar sua origem e transpô-los.” Se a escrita for meramente cópia e reprodução, pode-se dizer, diante do erro, que seja distração do aluno, mas é preciso diferenciar este do erro que acontece por desconhecer e do erro construtivo, que ocorre quando a criança elabora suas hipóteses a partir do conhecimento cognitivo que possui. Neste momento, é necessária a intervenção do professor, que precisa criar situações e estratégias que gerem conflitos para desestabilizar certezas e hipóteses que a criança tem sobre determinado assunto e que são consideradas não adequadas, e assim criar o que VYGOTSKY (1994) classifica como as zonas de desenvolvimento proximal. A borracha nem sempre é a ferramenta indicada nesse momento. Uma prática que auxilia o aluno em seu desenvolvimento é, logo abaixo da escrita espontânea, reescrever com o auxílio do professor ou consulta de dicionário. Pois assim fica visível o erro, mas também a busca da própria criança pelo acertar. Um ambiente alfabetizador pode contribuir e fazer a diferença no processo de alfabetização. Se a criança cresce em constante contato com a leitura e a escrita,
acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais natural e tranquila. A família pode e precisa contribuir, seja lendo livros para a criança ou lendo próximo a ela, servindo de exemplo como leitor; presenteando com livros; frequentando juntos a biblioteca municipal, teatros ou ambientes que incentivem o gosto pela leitura; escrevendo ou criando juntos bilhetinhos; valorizar diversos materiais escritos e, principalmente, respeitar o ritmo da criança. (**) PERRENOUD, P. As dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
Veruska é formada em Magistério e Graduada em Letras (Português e Inglês), Pós-graduada em Leitura e Escrita como Prática Social. Atua como professora do 1º Ano do Ensino Fundamental no Colégio F.A.S.
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Ensino Fundamental
Na aula de espanhol a
Por Cesaria Oliveira Nunes Andrade Este ensaio foi feito com o objetivo de compartilhar com a comunidade escolar alguns trabalhos práticos realizados em diferentes momentos do ano de 2013 na disciplina de língua espanhola. Sabe-se que a seleção de um material didático para o ensino de um idioma não é tarefa fácil para os professores. Vários fatores precisam ser minunciosamente observados. Primeiramente é necessário consultar os parâmetros curriculares para cada série e disciplina. Em seguida, os objetivos da atividade devem ser definidos, tendo em mente as habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos (ou pelo menos aquelas que se espera que os alunos desenvolvam). Além disso, é obrigatório refletir sobre a maneira de abordar a gramática e sobre o método de avaliação mais pertinente. Por fim, nos dias atuais é cada vez mais importante pensar em como explorar as ferramentas tecnológicas em favor do melhor aprendizado do aluno, buscando envolvê-lo firmemente com a disciplina. O grande desafio dos professores é conseguir unir o discurso pedagógico teórico à prática. Para que o trabalho tenha êxito é importante que as atividades não fiquem restritas ao horário da aula. Deve haver uma continuidade fora da escola, em produções realizadas em casa ou em um turno extra escolar, em grupo ou individual. Sou muito adepta da associação da prática à teoria. É certo que os alunos se envolvem mais com esta abordagem e, consequentemente, aprendem mais. Desta forma, o resultado costuma ser muito bom. Confesso que nem sempre é fácil trabalhar o teórico e o prático em um mesmo conteúdo. Às vezes o teórico a ser trabalhado é mais complexo e dificulta a agregação de algum elemento prático. É fundamental conhecer bem os alunos para elaborar um plano que atenda às suas necessidades. Como regra, as aulas ministradas não podem simplesmente apresentar um produto final; deve-se levar os alunos ao desafio, incentivar a produção e o aprendizado. Em algumas situações, dependendo do conteúdo que se está trabalhando, o tempo se torna um grande inimigo, e este é o momento oportuno para lançar o desafio de motivar o aluno a construir seu próprio conhecimento. Muitas vezes, isto pode ser conseguido
por meio de trabalhos envolvendo música, teatro, cinema, criações artísticas, etc. É preciso instigar o aluno a investigar, a produzir e apresentar seu produto. Somente após este processo deve-se realizar uma avaliação para mensurar o aprendizado. Cada turma tem sua particularidade e interesse, alguns se empenham mais, outros menos, uns tem mais afinidade pela disciplina e assim os trabalhos vão sendo desenvolvidos. No 5º ano, após a apresentação do cronograma bimestral, facultei aos alunos escolherem um tema para o desenvolvimento de atividades práticas. O primeiro tema foi a família, sobre o qual estudamos o vocabulário e, em seguida, cada aluno construiu sua árvore genealógica. Alguns desenharam seus familiares, outros colocaram fotos, fizeram árvores em formato original e outros fizeram diagrama. A atividade ficou linda! Eles se emprenharam muito, aprenderam o conteúdo semântico e gramatical, como constatado pela avaliação final.
Atividades dos alunos do 5º ano: Os alunos Juliano, Jeniffer e Camila apresentando suas árvores genealógicas.
Em “desayuno” preparado pela turma do 5º ano
Iago Zanfir interpretando Ventania; Banda Rock Bones - Erickson, Giovanne, Arthur, David (como câmera); Marco Antonio, Lucas, Luiz Gustavo, João VitorSousa (como câmera) interpretando Pit Bull; Vivian, Joana, Ana Leticia, Paula e Gabriela interpretando Shakira
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cada conteúdo um flash Ao trabalhar alimentos e utensílios domésticos, preparamos também “el desayuno” (café da manhã), por sugestão das crianças. Elas aproveitaram muito, e praticaram a oralidade com o nome das comidas, bebidas e objetos que utilizam para comer e beber. Assim, puderam colocar em prática, de forma divertida, o que aprenderam em sala. No 6º ano, confeccionamos um livro de adivinhações (Libro de adivinanzas), com ilustrações desenhadas pelos próprios alunos. Como o assunto proposto para a aula era adivinhações e este tema não contém regras especificas para seu entendimento, sugeri que eles construíssem um livro com varias adivinhações em espanhol. Cada aluno ficou responsável por elaborar duas páginas com o texto e ilustrações. Foi marcado um dia para levarem a atividade e para montarmos em sala o índice, a dedicatória e folha de respostas. O interessante foi que, ao falar da dedicatória eles mesmos decidiram que aquele conteúdo seria dedicado aos próprios amigos de sala e assim fizeram; cada aluno fez uma dedicatória para um colega. Ficou ótimo!
Atividades do 6º ano e turma do 6º ano na confecção do livro
No 7º ano fizemos também um “Desayuno” para finalizar o conteúdo ministrado sobre alimentos. Cada aluno levou um alimento com o nome em espanhol e trabalhamos os nomes dos acessórios utilizados para nos alimentar. Além de produzirem, os alunos se divertiram muito com a atividade.
Alunos do 7º ano en el desayuno
Outro tópico trabalhado com os alunos do 7º ano foi à música. Os alunos sugeriram encenar bandas ou cantores de sua preferência. Então propus que buscassem por cantores latinos, espanhóis ou de qualquer outra nacionalidade, desde que tivessem versões de músicas em espanhol. Os alunos fizeram um estudo sobre o cantor ou banda preferida, o gênero da musica, componentes (no caso de banda) e vocabulário das musicas. Por fim, produziram vídeos encenando seus cantores favoritos. Os vídeos ficaram legais, revelando o empenho dos grupos na realização da atividade. No 8º ano trabalhei algumas produções manuais. Fizemos um trabalho cultural sobre Madrid- Espanha (“Sítios de Madrid”). Cada grupo ficou responsável por apresentar alguma curiosidade, pontos turísticos ou festas tradicionais. Alguns apresentaram, na sala de audiovisual, vídeos de documentários falando sobre lendas; outros confeccionaram cartazes, os quais foram apresentados na sala de aula.
Alunos do 7º ano. Marcela, Helena, Maria Cecília interpretando Shakira; Nícolas, João Lucas e João Vitor interpretando Shakira; Vitor Hugo interpretando Latino; Laura Maria e Vitória Mendes interpretando Maná
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Ensino Fundamental Uma segunda atividade trabalhada no 8º ano foi a produção de “Tarjetas de presentación”(cartões de visita), visto que estávamos estudando as profissões em espanhol (“Profesiones”). Cada aluno produziu seu cartão com a profissão que deseja seguir e depois fez uma apresentação para a turma na sala de aula.
No 9º ano trabalhamos um livro chamado “Mi Buenos Aires Querido” que conta sobre a viagem de intercambio de um estudante brasileiro à Argentina. O livro relata toda a trajetória do menino Pedro pela capital portenha, e as aventuras vividas por ele. Além da atividade individual escrita orientada, a turma foi dividida em dois grupos, cada qual produziu vídeos encenando a historia de Pedro. Os alunos postaram seus vídeos no grupo
“alumnos español” no facebook, onde somente a comunidade escolar tem acesso ao conteúdo. Os alunos se empenharam muito na realização da atividade, gravaram cenas no colégio, nas ruas de Uberaba e na casa de alguns alunos. Como professora é muito gratificante ver as produções dos alunos, o empenho de cada um para realizar as atividades e, sobretudo, a conquista do aprendizado de um novo idioma. Vejo que os alunos se envolvem mais quando as aulas são dinâmicas, desafiando-os com trabalhos práticos que os possibilitam construir seu próprio conhecimento. O processo de aprendizagem estende-se para além da sala de aula, e os estudantes praticam o espanhol a todo o momento, mesmo enquanto estão se divertindo com a elaboração da atividade prática.
Cesaria é Graduada em Letras (Português e Espanhol) e Pósgraduada em Docência em Educação Superior. Atua como professora de Língua Espanhola no Colégio F.A.S.
Grupo I Luis Felipe; Paulo e Fernando; Eduardo, Tatiane, Paulo, Sara e figurante. Vídeo produzido pelo Grupo II -Talles, Vitor; Caroline; Barbara e Talita
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Do Conhecimento à prática A importância de um passeio pedagógico Por Carmen Lúcia Joca de Melo “O trabalho pedagógico norteado por objetivos, num primeiro momento, pautou se em leituras e aulas sobre o tema “Artes e Ofícios”. À medida que as atividades foram desenvolvidas deu-se origem a um passeio pedagógico a cerca do tema. Planejou-se a atividade com a intenção de motivar os alunos misturando vida com o ensino e ensino com a vida.. “O meio social é importante no processo ensino aprendizagem porque é nesse espaço que a criança encontra a oportunidade de interagir, explorar como sujeito. O objetivo central do passeio pedagógico foi conhecer na prática um pouquinho de algumas profissões. Durante o primeiro semestre os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o livro “Artes e Ofícios” de Roseana Murray que derrama sobre algumas profissões o olhar de poeta - O lambe-Lambe capta o momento fugaz, fazendo de conta que o pano preto esconde seus sentimentos. O guarda-noturno parece prometer uma noite sem perigos. A cozinheira carrega nas mãos canteiros de temperos. O poeta, um pouco de tudo e de todos, vai alinhavando com palavras a arte de cada ofício. Realizamos variadas atividades em sala de aula e para casa. Finalizamos o trabalho com este livro visitando uma instituição CEFOP – um projeto da Associação Beneficiente e Cultural São Jerônimo Emiliani que tem como objetivo qualificar adolescentes, jovens e adultos para o mercado de trabalho, situado na Rua Silon,s/n – Jardim Triângulo. Os alunos participaram de oficinas durante a visita. Confira as fotos:
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Superação... Por Eryka de Araújo Enrique Em busca de um sonho coloquei as expectativas, as ilusões e o achismo de saber a língua estrangeira dentro de uma bagagem, e lá do outro lado do mundo fui parar. Superação, sobrevivência ou simplesmente insistência? Achei que com um curso de inglês feito aqui no Brasil estaria pronta para me aventurar e trocar meia dúzia de palavras com um americano. Doce engano! Sequer entenderam que eu não queria que colocassem maionese no meu sanduíche. Que trágico! Naquele momento me dei conta que saber meramente algum vocabulário e um pouco de gramática não eram nem mesmo a ponta do enorme iceberg. Foi com o tempo...um longo tempo recheado de insistência e baseado na sobrevivência, que alcancei a superação de estar em meio a uma multidão falando algo que eu não entendia. Lembro-me muito bem de quando para responder perguntas que certos americanos me faziam eu respondia “Yes” se a pessoa estivesse de cara boa, e “No” se a feição não estivesse acolhedora. Foi tropeço atrás de tropeço. Porém, isso não me fazia desistir, dia após dia estava eu lá, traduzindo músicas, bilhetes, ligando para as amigas (as mais entendidas) para que pudessem me auxiliar e indo a cursos (em meio a uma nevasca horrenda) que a cidade oferecia para estrangeiros que queriam aprender o inglês. Até que um dia ao entrar em uma loja uma vendedora disse: “ Can I help you” (Posso te ajudar?) e eu em Inglês respondi: No, thanks, I AM Just looking! (Não, obrigada. Estou só olhando). Foi a
glória! O gozo de um sucesso esperado e buscado. Eu além de ter entendido, consegui responder. Por isso, é que tenho comigo que ao aprendermos inglês não estamos simplesmente estocando matéria no histórico escolar, estamos sim adquirindo munição para sobrevivência onde quer que seja. Já acreditava em toda esta teoria e me certifiquei disto quando ao perguntar meus alunos do sétimo ano: qual seria a maior dificuldade fora do País? Eles responderam (na maior parte dos casos) que seria a língua, ou melhor, a falta dela. Então, vamos lá! Não desistam e tenham sempre em mente: tudo na vida requer sacrifícios e superação requer insistência. Algumas dicas para aprimorar o inglês: *Traduza textos sempre que possível; Pratique, não tenha vergonha de falar errado; E por último, tenha sede de aprender. Sem isso nada valerá esforços.
Eryka é professora de Inglês (1º período ao 9º ano) e Língua Portuguesa (7º ano) no Colégio F.A.S.
O olhar de um discente em relação a Língua Estrangeira Por Paula Abdalla Pontes The book is on the table. Não há expressão que caracteriza melhor o ensino do inglês nas escolas ao longo das últimas décadas. Um ensino cometido, excessivamente baseado em regras gramaticais e poucos resultados, que levou gerações de crianças e jovens a buscar uma formação completar em cursos livres- muitas vezes considerados ineficientes. Mas isso vem mudando rapidamente. O domínio do inglês como segunda língua mais falada no mundo, já é mais do que um pré-requisito para inserção no mercado de trabalho. Na verdade, a língua inglesa é um instrumento de navegação na cultura contemporânea globalizada. E hora de falar, escrever e pensar em inglês, com fluência e segurança. “Infelizmente apenas uma minoria de escolas acredita que o inglês é uma matéria tão importante como qualquer outra.” Para nós a língua inglesa é imprescindível nos dias atuais, pois a globalização faz com que se torne algo fundamental. O inglês é uma língua internacional, (a linguagem) dos estudos, das viagens, dos negócios, enfim, (a língua) da co-
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municação com todo o mundo. Todos os dias convivemos com uma série de palavras em inglês, daí, percebemos a importância e a influência que exerce sobre a nossa cultura. Veja alguns exemplos de palavras que presenciamos no nosso cotidiano: Jeans, shopping Center, pet shop, lan house, pit stop, pen drive, notebook, internet, web site, Windows, Word, download, gib, baby, e-mail, Messenger, outdoor, hot dog, Milk shake, light, hamburger, shoe, rock e etc. A lingual estrangeira inglesa também tem seu peso no mercado de trabalho, essencial para conseguirmos um emprego. Com a globalização muitos brasileiros têm ido ao exterior para estudos, negócios e férias. Da mesma forma muitos estrangeiros têm vindo ao Brasil com as mesmas finalidades.
Paula é aluna do 7º ano no Colégio F.A.S.
ade ao dificuld eria a r io a am sil s A minh fora do Bra ssoas, saber a e r p s. a s p a ir om s coisa ação c las fazem a ic n u m e co istine) o como o mod (Vivian Chr
Se eu fosse viajar para outro País, tornaria minha viagem mais prazerosa se eu fosse com um amigo que falasse inglês, mas também iria aprender. (Vitória Mendes)
Se eu fosse falasse a m a outro País que não in dificuldade ha língua eu sentiria a pessoas de o comunicar com as vido à velo ci fala, por m ais que est dade da bem difere udamos é nte. (Helena)
Se eu fo ss que faci e viajar para o litaria a utro País era eu tr m einar ba inha permanê , o ncia s tante a para nã nov o perdida correr o risco d a língua e ficar e sem e n (Maria C tender nada. ecília)
uma País utro País n a outro sse para o teria grande e ir par ioma e os d fo u o e ã ç Se n ve, não ciar Na inte aria muito o id não tivesse viagem bre ia apenas providen d ir e eu estu le para que eu nicar em ss Eu . fo e mu dificuldad m e um hotel. Se eu eu s de , e costume ade em me co e lojas. g te a n e ss iram a pa dificuld netes, bares r lá, prime e para mora ma casa, os móveis lancho rco Antônio) u a ri ra a p . M o m ( co dinheir trocaria o a) (Gabriell
e eu es qu omover. d a d ificul e me loc conforto d das d es Uma ia seria a uco de d e melhor o r o p a s r t o sse m r n enco m teria u ria praze ia ou tive ís. a é u e P g b S Tam o clima. sse um dade ou a i r c t m a n n co enco o) cido se eu m conhe z Gustav i é u (L algu
Se eu f eu m osse viaja língu e esforça r para o a famo deles e ir ria para e utro País, sos co n ia mo e visitar v tender a xemp ários lo lo (Laur a Ma a Torre E cais iffel . ria)
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Ensino Fundamental
O da Gegrafia no Ensin Fundamental Por Mônica Cristina de Almeida Furtado “...Para poder chegar aonde se quer, tudo depende de onde se esteja...” José Saramago Partindo do principio de que a alfabetização vai além de ensinar leitura e escrita – ou decifrar códigos linguísticos, o aprendizado do alfabeto e sua utilização como código de comunicação é um processo contínuo de construção e significação de símbolos. Sendo assim, abordaremos a geografia como uma linguagem própria, com uma construção simbólica e específica. A alfabetização em geografia consiste em possibilitar ao aluno o desenvolvimento de competências que entendemos serem as bases estruturais de um determinado conhecimento e as habilidades, o saber fazer. Esse é um trabalho baseado no desenvolvimento de um raciocínio lógico geográfico, mas, sobretudo, no 1º e 2º anos, a importância e o ensino desta disciplina está fundamentada no desenvolvimento de noções de espaço da criança. No entanto, é preciso salientar que, ao nosso entender, a alfabetização em geografia deve iniciar na Educação Infantil, ou seja, nas primeiras experiências escolares. Some-se a isso a necessidade dos professores e alunos compreenderem e se apropriarem da ideia de que a geografia é um saber que contribuiu para explicar o porquê dos fenômenos e onde eles ocorrem. Estudiosos afirmam que o ensino de geografia no ensino fundamental caracteriza pelo processo de alfabetização em sentido mais amplo em relação ao que os alunos são submetidos. Assim, nas diversas disciplinas que compõe a grade curricular, colocam-se princípios e estabelecem-se diversas linguagens dos mais variados tipos, que serão absorvidos pelos alunos como ferramenta de comunicação e de entendimento do mundo, assim, o autor questiona o papel da geografia nessa fase da vida do aluno. “O papel fundamental da geografia no ensino básico é o de proporcionar aos alunos os códigos que os permitam decifrar a realidade por meio da especialidade dos fenômenos, ou seja, alfabetizar geograficamente.” (Pereira, 2003, p. 20)
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Para que a alfabetização em geografia ocorra é necessário que o aluno possa ler e compreender o espaço geográfico em suas diversas escalas, configurações e por meio das noções cartográficas que se efetivará. Essa possibilidade nos remete necessidade de ensinar-aprender a interpretação da paisagem, dos lugares, bem como das formas de representações, além da necessidade de atribuir significados. O estudo geográfico proporcionar o reconhecimento e a leitura crítica das relações que ocorrem no espaço geográfico e compreender seus significados. Poder ler o bairro, sua cidade, seu país e sentir-se sujeito da transformação destes espaços, entendendo-os como parte integrante do sistema mundo. Orientar-se e localizar-se no espaço é imprescindível não somente para o deslocamento racional e para a compreensão da organização espacial, mas para o exercício cotidiano da cidadania. Assim, entendemos que alfabetizar é ir além do domínio das técnicas de ler e escrever. É a obtenção de uma série de capacidades que possibilitem o desenvolvimento da habilidade de decodificar outros signos além do alfabético, como o visual e o artístico, o matemático e o espacial, ou seja, um processo permanente que possibilite a leitura e a compreensão de várias linguagens.
Mônica é graduada em Ciências Biológicas, pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e professora de Geografia e História no Colégio F.A.S.
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Ensino Fundamental
Refletindo sobre qual a finalidade do estudo da filosofia,na educação básica entre crianças e jovens.
Pitágoras
Por Hilder Alves Laudino Escrever sobre Filosofia sempre foi muito relevante na História do Pensamento Humano, ainda mais nestas últimas décadas em que encontramos arraigados debates e discussões sobre a volta, a (re)inclusão, da Filosofia na Educação Básica. Muitas pessoas desconhecem a real finalidade do estudo da Filosofia e qual a utilidade desta em suas vidas, bem como desconhecem ainda mais ou totalmente o porquê de crianças e jovens estudarem esta disciplina na educação básica. Assim, o conhecimento filosófico, ou ato de filosofar, pode parecer uma “coisa” muito complicada e sem valor, mas a realidade é muito diferente, então vamos conhecer um pouco do estudo da Filosofia.
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O que é filosofia? Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Também podemos refletir que definir ou conceituar o que é filosofia não é uma tarefa tão fácil, pois a própria filosofia já foi pensada e repensada desde que o termo foi inventado por Pitágoras, por volta do século VI a.C. Por definição, a palavra é formada por duas palavras gregas: “filo” que quer dizer amor ou amizade e “sophia” que quer dizer sabedoria ou conhecimento. Filosofia, portanto, é amor pelo conhecimento, pela sabedoria, ou ainda, “amor à sabedoria”.
O que é um filósofo? Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Além de ser um “amante do conhecimento”, pois isso significa que ele não é dono do saber e nem uma espécie de guru ou sábio dogmático, ao contrário, busca conhecer. É apenas um amigo e amante da verdade que está fora de seu domínio, uma vez que seu papel é buscar a sabedoria, relacionar-se com ela e dividi-la com os outros, através de reflexões, críticas, argumentações e, fundamentalmente, diálogos sobre questões relacionadas ao nosso cotidiano e a influência dessas junto à vida das pessoas. A filosofia é somente uma disciplina? Além do desenvolvimento como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo que o cerca e seu próprio ser, ou seja, é uma atitude que desenvolve o mais profundo relacionamento do “eu” com si mesmo e com o mundo, proporcionado um equilíbrio entre o ser e o mundo. A filosofia se representa a unificação máxima do saber e da realidade, pois foca questões da existência humana, mas, diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental. A base de sustentação ou pilar de apoio da disciplina de filosofia é a reflexão, que significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. Ainda, é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo. A reflexão filosófica, por sua vez, indaga: por quê? o quê? para quê? dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir. O que é filosofia para crianças? O Programa de Filosofia para Crianças, de Matthew Lipman, baseia-se numa concepção liberal da relação entre educação e sociedade, Lipman desenvolveu seu Programa de Filosofia para Crian-
ças com o objetivo de estimular o desenvolvimento das habilidades cognitivas dos alunos para que adquiram um “pensar excelente”, ou um “pensamento de ordem superior”, tornando-se, assim, seres mais racionais, isto é, aptos a evitar comportamentos anti-sociais. Filosofia para Crianças-Educação para Pensar Bem (PFC) é o nome dado ao programa filosófico-educacional criado, no final da década de 1960, por Matthew Lipman, que propõe oferecer às crianças e jovens um espaço investigativodialógico no qual busquem envolvimento inicial com os procedimentos da investigação relativa às temáticas filosóficas e, ao fazê-lo, possam desenvolver sua capacidade de “pensar bem” através da metodologia da comunidade de investigação. Trabalhar filosofia com crianças e jovens na educação básica é de profunda importância para a sociedade, pois vivemos um momento histórico do século em que o consumo de bens e produtos materiais está em alta e a concepção da sociedade industrial, apoiado pelos governos liberais e a mídia, é a de “vá às compras!”, “Compre mais, compre mais! Trabalhe para ganhar dinheiro e gastar, gastar e gastar...”. Então, apresentar aos nossos alunos uma profunda reflexão sobre esse modelo de consumo proporciona a essas crianças e jovens uma capacitação para ser utilizada em suas vidas, buscando o perfeito entendimento entre o sistema que o cerca e o ser que ele é. Estabelece uma harmonia nessa relação e forma bases sólidas e salutares para, no futuro, ser um adulto reflexivo e crítico sobre o seu modo de vida, seu jeito de viver e ser, junto ao modelo que o mundo lhe proporciona, oferece ou obriga viver.
Hilder Alves Laudino é Graduado em História. Tem Pós graduação em História Contemporânea e Gestão Pública. Professor no Colégio F.A.S. nas disciplinas de Filosofia e História do 5º ao 9º do Ensino Fundamental.
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Ensino Fundamental
Jogos na Educação Por Adriana de Macêdo
Antes de descrever os jogos na educação física, podese definir movimento como uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde quando nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupos com objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e movimento. Ao movimentarem-se, as crianças expressam sentimentos emoções e pensamentos ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto é mais do que um simples deslocamento do corpo no espaço: constituem-se em uma linguagem que permite às crianças a agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal no qual estão inseridas. Os jogos, as brincadeiras, a dança e as práticas esportivas revelam por seu lado a cultura corporal de cada grupo social, constituindo-se em atividades privilegiadas nas quais o movimento é aprendido e significado (RCN, 1998) (PCN, 1997). Todo movimento tem um sentido, uma intenção e um significado. As atividades motoras e a ação corporal são formas de a criança se comunicar com o mundo que precedem a linguagem escrita. Na infância, o corpo em movimento constitui a matriz básica da aprendizagem pelo o fato de gestar as significações do aprender, ou seja, a criança transforma em símbolo aquilo que pode experimentar corporalmente e seu pensamento se constrói, primeiramente sob a forma de ação (GARANHANI, 2004). O movimento passa a ser uma atividade crucial, já que é a forma de comunicação mais utilizada pelas crianças. Aula de Educação Física não deve ser mera repetição de movimentos como ideais ou mais perfeitos (MATTOS, 2004, p.26). Deve, sim, basear-se em elementos significativos para a criança só assim teremos realmente a construção do conhecimento. Na Educação Física ricas práticas pedagógicas têm construído culturalmente e acumulado historicamente vários conteúdos. O jogo é um conteúdo considerado central e indispensável para as praticas pedagógicas com crianças. Sendo parte da cultura corporal, por sua vez
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deve ser tratado no contexto escolar de forma lúdica a fim de facilitar o processo pedagógico. Na atividade lúdica, a criança deve se divertir e vivenciar um grande número de experiência numa multiplicidade de situações que possibilitem a criação. O jogo é conceituado como a brincadeira que exige regras estruturadas, transmitidas coletivamente, a qual será construída coletivamente no ato educacional, pelos seus atores (alunos, professores, direção, família). O jogo nas atividades humanas desde suas origens, está participando diretamente nas transformações sociais. Para Huizinga (2000, p.3) “O jogo é um fenômeno cultural”, que deve ser analisado sob uma perspectiva histórica. O jogo auxilia na construção e transformação da história da criança e da sociedade, pois nele a criança pode agir com liberdade e espontaneidade. Segundo Friedmann (1996, p.20), o jogo é uma atividade dinâmica, que se transforma de um contexto para o outro; daí sua riqueza. O jogo pode ter duas funções: a função lúdica (prazerosa e divertida) e a função educativa (completam os alunos em seus saberes, conhecimentos e vivência). Nas escolas, o ideal é trabalhar o jogo educativo que atinja as duas funções, para o que é necessária uma intenção pedagógica que facilite a ação voluntária dos alunos durante o jogo. Para isso, o uso dos elementos da cultura infantil – mundo da imaginação e movimento -, por meio de jogos que utilizem os símbolos, é imprescindível.
Física
Tipos de Jogos Jogos tradicionais
Os jogos tradicionais infantis assumem um contexto cultural quando reproduzem elementos de uma cultura e possibilitam a criação e a conexão com o meio ao qual estão inseridos. Como manifestação livre e espontânea da cultura popular, os jogos e brincadeiras tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar. (Kishimoto, 2006)
Jogos de construção
O ser humano é, por essência, um criador. O jogo de construção destina-se ao manuseio de materiais pelas crianças para que criem, construam e transformem seu mundo imaginário. Ele tem uma estreita relação com o jogo simbólico, por constantemente utilizar o imaginário para expressar suas relações mentais a partir da manipulação. No jogo de construção, a criança organiza a sua realidade e constrói sua própria história, expressando, assim, os níveis de sua estruturação mental, seu desenvolvimento cognitivo e afetivo-emocional.
Jogos motores
Nos jogos motores, os alunos utilizam recursos biológicos, psicológicos e afetivos para construir esquemas motores que organizam movimentos construídos. Os diversos movimentos dão a base para a criação dos esquemas motores e estes podem auxiliar as crianças a realizarem as mais diferentes atividades. As atividades motoras contribuem para o desenvolvimento global das crianças.
Jogos rítmicos
Os jogos rítmicos são atividades de grande valor educativo e um dos meios de a criança manifestar seus sentimentos de forma expressiva e criativa numa inter-relação entre o corpo, espaço e o tempo. Por meio dos jogos e brincadeiras rítmicas, a criança tem oportunidade de se expressar livremente, sonhar, cantar, o que é importante para o seu desenvolvimento intelectual, social, espiritual e emocional. Neste tipo de jogo são incluídos os brinquedos cantados (atividades ligadas diretamente ao ato de cantar) e também as cantigas de roda (atividades que envolvem musica e ritmo).
Jogos de percepção
Por meio dos jogos de percepção, trabalhamos a capacidade de interpretar as impressões que os sentidos nos trazem. São destinados a estimular as diferentes sensações, de forma que possam se desenvolver satisfatoriamente no decorrer da vida da criança. Nestes jogos dá-se ênfase à atenção, discriminação, memoria visual e auditiva, percepção de forma, de cor, de tamanho e de luminosidade e percepções tátil, olfativa e gustativa.
Jogo de faz de conta
Os jogos de faz de conta são as representações de papeis sóciogramáticos. Estes jogos constituem atividades nas quais a criança, sozinha, em grupo ou com auxilio do professor, procuram por meio da representação de diferentes papeis compreender o mundo a sua volta. Escola, um lugar de valor
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Ensino Fundamental
Os benefícios dos jogos
• Divertimento e lazer; • Criatividade; • Socialização; • Descoberta das próprias emoções e existência do outro; • Descoberta de suas possibilidades e limitações; • Aprimorar a cooperação e a imaginação; • Desenvolver a autoestima, autocontrole e suas percepções; • Enriquecer a expressão corporal e o equilíbrio; • Ampliar seu conhecimento cultural, sua coordenação global e especifica; • Maior maturidade intelectual; • Desenvolvimento intelectual, social, emocional; • Aumento da responsabilidade, da disciplina, da concentração e da memória; • Desenvolvimento da lateralidade, do esquema corporal, da orientação espacial e temporal do ritmo da autoconfiança, do autoconceito, da afetividade e das capacidades cognitivas. Referências: Apostila do sistema de ensino Positivo, 2013 Referências Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil, 1998 Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997
Adriana é Pós-graduada em Educação Física Escolar/Inspeção/ Supervisão e Educadora Física no Colégio F.A.S.
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Compreendo a ciência Por Ana Alice Souto Pereira Segundo os escritores do livro “Aprendendo Ciências”, COLL e TEBEROSKY (2000), o estudo da ciência é uma forma de conhecimento que o ser humano foi adquirindo e aprimorando através da história, para compreender e conhecer a si e o mundo que o rodeia. Durante muito tempo, ficou reservada a uns poucos sábios e especialistas, mas atualmente o conhecimento cientifico esta mais difundido entre todas as pessoas. O ensino do conteúdo de ciências proporciona condições aos alunos de investigar e levantar hipóteses para muitas de suas duvidas, deixando-o construir o seu próprio conhecimento. Muitas vezes alguns alunos perdem o encanto com o conteúdo ao deparar com a nomeclatura cientifica trabalhada pelo docente e isso tende a acontecer na medida que aumenta o nível escolar, trazendo pânico e muitas vezes empatia pela matéria. Cabe ao professor despertar o interesse e o prazer do conhecimento aos seus alunos, apresentando esses termos científicos de uma forma branda sempre dosando a quantidade e a qualidade de informações sobre determinado assunto, procurando sempre relaciona-las com a sua vivência, Hoje no laboratório confeccionamos fungos pertencentes ao filo Basidiomycota
aproveitando sempre a curiosidade e a vontade do aluno em adquirir novos saberes, deixando – os se expressarem trazendo as suas vivencias para a sala de aula. Em nossa escola procuramos estar sempre relacionando todo o conteúdo com a prática, pois assim através da observação e o questionamento o aluno poderá ampliar a seu conhecimento e a sua visão sobre determinado assunto.
Ana Alice é Graduada em Ciências Biológicas e Pedagogia. Atua como professora de Ciências e Laboratório do Ensino Fundamental no Colégio F.A.S.
Como assim?
Você conhece uma pteridófita?
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Ensino Fundamental
ENTRELAÇANDO TEXTOS, PRODUZINDO JORNAL Uberaba, 9 de novembro de 2013 Por Mariana Pacheco Silva
Para muitas pessoas, o jornal resume-se exclusivamente a um amontoado de reportagens que, por meio de um único tipo textual, aborda diferentes temas. Pensar assim é tão equivocado quanto resumir a produção textual escolar a narrativas, descrições e dissertações. A partir do momento que se estabelece um público-leitor (ou público-alvo) se estabelece também uma estratégia para atingir esse leitor. Reportagem ou crônica? Editorial ou entrevista? Formalidade ou informalidade? De acordo com Telma Ferraz Leal, da Universidade Federal de Pernambuco para a revista Nova Escola, é necessário refletir sobre a mensagem a ser transmitida e a melhor estratégia para se alcançar a propagação da mesma. Para aprimorar a leitura e a escrita através do jornal, o mais importante é deixar com que os alunos participem de todo o processo de criação do mesmo, o que vai desde a escolha dos temas a serem abordados até a criação de ícones e designs que dêem ao produto final a “cara” de quem o produz. Nessa perspectiva, o ato de ler assume um papel tão essencial quanto o próprio ato da escrita. É por meio da leitura que o estudante entra em contato com um mundo de atualidades que é justamente o coração de um jornal. Estar plugado ao maior número de mídias jornalísticas possível traz ao redator a segurança de escolher o melhor tipo de texto dentro da gama dos chamados “jornalísticos” para abordar de maneira clara e objetiva o assunto escolhido. Neste ponto, ressaltamos a importância da escrita estar atrelada à leitura: só é possível escolher tipos
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diferentes de textos se conhecemos e reconhecemos as diferenças entre eles. Por esta razão, é impossível àquele que produz um periódico não estar em constante contato com eles. Pode parecer um desafio quase inalcançável fazer adolescentes lerem jornais, mas, nos últimos tempos, houve uma significativa reformulação que garantiu aos periódicos uma capacidade de atrair públicos cada vez mais variados, já que vêem recheados de imagens, gráficos , temas e textos distintos para todos os gostos e idades. Esportes e variedades podem sim estar no topo da lista das leituras mais agradáveis aos jovens, o que não significa que ignorem política, economia e acontecimentos diários da comunidade na qual estão inseridos. Durante este ano, os alunos do 9º ano do Colégio F.A.S. produziram um jornal que recebeu deles o título de “Jornal Mural”, justamente pelo formato de circulação escolhido. Neste coube um pouquinho de cada um para atualizar e divertir a todos. Desafio feito, missão cumprida.
Mariana é formada em Magistério e Letras (Português e Inglês). Atua como professora de Matemática e Língua Portuguesa no Colégio F.A.S.
EDITORIAL
Manifestações trazem respostas Por Caroline Moutran Nas ultimas semanas do mês de junho, cidades de todo o país fizeram manifestações para reclamar dos gastos excessivos com a copa do mundo, do descaso com a saúde, da corrupção, enfim da incompetência do governo brasileiro. Em primeira instância, as manifestações eram em função do aumento das tarifas do transporte coletivo em algumas capitais. Mas os protestos tomaram conta das ruas e a indignação tomou conta dos brasileiros e tudo o que precisava ser dito há muito tempo, ecoou com força total. Em entrevista para o jornal RJTV, o prefeito do Rio Eduardo Paes anunciou que o preço das passagens não sofrerá alteração em função das manifestações: continuará sendo de R$2,95 (era de R$2,75). Tal posicionamento contraria pesquisas realizadas pela Band que revelou que a diminuição poderia ser feita e ainda que poderia haver inclusive gratuidade em alguns casos. Enfim, as manifestações podem não surtir o efeito esperado, no entanto mostra a indignação do povo e a vontade de se fazer uma Brasil cada vez melhor para a população.
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CRÔNICAS PENSANDO BEM
por Paulo Ferreira Quem nunca ouviu uma música chiclete? Uma música chiclete é aquela que não sai da cabeça por um bom tempo. Sua avó já ouviu uma música chiclete, seu pai, sua mãe, sua tia, seu irmão mais velho, mais novo... Pensando nisso, resolvi fazer uma pequena lista de músicas que, por terem sido chicletes em diferentes épocas, continuam grudando e fazendo a cabeça de muita gente.
SE SUA TIA TEM ENTRE 30 E 39 ANOS, COM CERTEZA OUVIU...
Claudinho e Buchecha - Quem nunca ouviu o “só Love, só Love...”? Você leu no ritmo da música, não é mesmo? Isso é o primeiro sintoma que essa música é chiclete. O hit foi gravado pela dupla e fez parte de seu primeiro álbum lançado em 1997. Quer outro exemplo da dupla? “Sabe / tchu ru ru / estou louco pra te ver / oh yes”. Tenho um palpite, leu no ritmo novamente...
SE SUA MÃE TEM ENTRE 40 E 45 ANOS, FEZ PARTE DS SEUS EMBALOS DE SÁBADO À NOITE...
Mamma mia! Você pode até não conhecer as músicas desse grupo musical que fez muito sucesso nos anos 70, mas sua mãe conhece, talvez por influência de seus avós. Eles são o ABBA!
MINHA VÓ JÁ OUVIA...
“Não posso ficar/nem mais um minuto com você...” quem não sabe a música toda, canta nem que seja um trechinho de “trem das onze” gravado pela primeira vez em 1951 e, por incrível que pareça, não fazia sucesso.
Médicos cubanos desembarcam no Brasil Por Fernando Castanheira Nas últimas semanas, um assunto de que se fala muito são os médicos cubanos que desembarcaram no Brasil neste último sábado(24/08). Eles vão trabalhar na primeira etapa do programa “Mais Médicos” por meio de um acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O programa tem o objetivo de suprir a carência de profissionais em periferias e favelas e vem recebendo críticas de entidades que representam a classe médica brasileira. Os 400 médicos irão participar de um curso com duração de 3 semanas que pretende avaliar e treinar esses profissionais para trabalhar na saúde pública brasileira. Fazem parte desse contingente formandos em medicina no exterior, sejam brasileiros ou estrangeiros. Para os últimos, o curso estende também o estudo do idioma português. Para os que forem julgados aptos para assumir o cargo, sua autorização para trabalhar em solo brasileiro terá validade de três anos.
Para garantir a conclusão do projeto, o governo do Brasil, até o final deste ano, terá gastado cerca de R$511 milhões. Assim, o que se espera gastando essa verdadeira fortuna, é que ao menos melhore a saúde pública no país. Se surtirá efeito ou não, temos que fazer como inúmeros cidadãos que precisam ser atendidos nos hospitais, esperar.
Sonho desaba em São Paulo Por Talles José
Grande parte da população sonha em adquirir a casa própria. Em São Paulo, uma construção de um prédio residencial desabou, causando a morte de vários trabalhadores e acabando com o sonho de inúmeras famílias que investiram no imóvel. Os peritos responsáveis pelo laudo da tragédia, encontraram algumas irregularidades na construção, como duas multas, uma delas inclusive, pelo embargo da obra. De acordo com a perícia do corpo de bombeiros, o que ocasionou a queda do prédio foi a sobrecarga em sua estrutura que era frágil demais para suportar a estrutura que estava sendo construída, fato negado pela construtora responsável pela obra que se posicionou dizendo que tudo estava sendo feito de acordo com o projeto original. Até que o resultado da perícia saia e tudo se resolva, os sonhos de muitas famílias vão continuar no chão, assim como o edifício que desabou.
CLASSIFICADOS POÉTICOS Procura-se por um time...
Por Tatiane Moreira Que tenha o maior número de estaduais de seu estado Que vá fazer a abertura da copa de 2014 em seu estádio Que do mundo seja bi-campeão Que seja o mais odiado dos rivais Que seus torcedores sejam um bando de loucos Apaixonados apenas por uma nação: Corinthians
Garoto solitário
Por Vítor Henrique Procura-se um amor Para quem um dia fez sofrer Um coração solitário Qualquer menina pode ser... Ficou muito arrependido Um poema resolveu fazer Para pedir em namoro Quem seu coração escolher. Escola, um lugar de valor
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Um dicionário de Matemática Não há como negar: existe uma grande curiosidade de saber o significado das palavras matemáticas. Por Kamilla Oliveira Aleixo As erros dificuldades apresentadas por alunos em ler e interpretar um problema ou exercício matemático estão associadas ao pouco conhecimento do significado das palavras. Também é comum, atribuir aos alunos com melhor fluência na leitura da língua portuguesa, um melhor desempenho nas aulas de matemática. Tais afirmações são em partes certas, pois ler é um dos principais caminhos para ampliarmos qualquer área do conhecimento. A dificuldade que os alunos possuem em ler e interpretar textos e problemas estão, entre outras coisas, ligadas a ausência de significados dos termos específicos utilizados nos textos do problema nas aulas de matemática. Para que tais dificuldades fossem superadas e até, para que não surjam empecilhos nos próximos anos escolares, os alunos do 9º ano, produziram um “Dicionário de Matemática”; com palavras que são significativas para o estudo da matemática. Com o objetivo de melhor compreensão dos significados de termos específicos do conteúdo matemático e mesmo de palavras que tem significados diferentes na matemática e fora dela os alunos podem ter um apoio maior quando ocorrer a dificuldade de interpretação matemática. Os dicionários confeccionados pelos estudantes ficaram repletos de ilustrações e palavras simples facilitando o entendimento dos significados, uma maneira lúdica encontrada da enriquecer o vocabulário matemático utilizado no dia a dia em sala de aula. Aliado com o “Dicionário de Matemática”, segue algumas atitudes para melhorar o desempenho nas aulas de matemática e nas demais:
Na sala de aula
• Retire as dúvidas surgidas durante as tarefas de casa; • Escute atentamente a aula; • Mantenha o seu caderno em dia e com boa apresentação; • Não se distraia ou aos outros. A falta de atenção é a maior causa de insucesso; • Não tire conclusões precipitadas; pense na questão e, caso não a consiga resolver, chame o seu professor; • Sempre que não entender algo, coloque sabiamente as questões ao seu professor, bem formuladas e explicitas. Evita dizer “eu não compreendo nada!”, mas antes “eu não compreendo aquele raciocínio”;
Em casa
• Faça diariamente as tarefas de casa, é uma maneira de verificar as aprendizagens dos conteúdos explicados em sala de aula;
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• Organize seu local de estudo, um ambiente sossegado com boa iluminação é bem recomendável; • Crie uma rotina de estudos. Dedique horas do seu dia aos estudos diários, tente criar uma tabela com horários para estudar diariamente todas as disciplinas escolares, de maneira a não interferir nos momentos de lazer; • Repasse os conteúdos estudados em sala, fazer resumos com as informações mais importantes e refazer exercícios feitos em sala. • Enquanto estiver estudando tente permanecer num ambiente silencioso, os meios de comunicação em alto volume são fatores que diminuem bastante o teu poder de concentração; • Reserve um tempo para uma boa leitura. • Nunca pense que há matérias que por mais que queira não “entram na cabeça”! Sendo você o primeiro a desistir, quem irá te apoiar?! Cada um tem o próprio ritmo de aprendizagem, mas todos chegarão. Acredite em você!
Kamilla é graduada em Licenciatura PlenaMatemática. Tem curso de Extensão em Estatística para Educadores, Pósgraduada em Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. Atua como professora de Matemática no Colégio F.A.S.
Letra A
ÁBACO – Instrumento para contagem e cálculo. Calculadora com várias hastes de metal, sustentando bolinhas que podem ser manipuladas, servindo para realizar operações matemáticas. ABSCISSA - Nome da coordenada do eixo x em um sistema cartesiano bidimensional. ADIÇÃO - Uma das quatro operações básicas da aritmética, utilizada para adicionar um número a outro. ALFA ( ) - Primeira letra do alfabeto grego. ALGARISMO - Símbolos utilizados para representação de números. Em nosso sistema de numeração de base 10, existem dez algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. ÁLGEBRA LINEAR - Ramo da Matemática que utiliza alguns conceitos e estruturas fundamentais, tais como: vetores, espaços vetoriais, transformações lineares, sistemas de equações lineares e matrizes. ALGORITMO - Um conjunto de regras necessárias à resolução de um problema ou cálculo. ALÍQUOTA - Percentual com que determinado tributo incide sobre o valor do objeto tributado. ALTURA - Dimensão de um corpo considerado verticalmente, da base ao topo. AMOSTRA - Um conjunto escolhido para representar uma coleção ou população. AMPLITUDE DE UM INTERVALO - É a diferença entre o extremo superior e o inferior do intervalo. Também chamada de diâmetro do intervalo. ÂNGULO - Ângulo é a reunião de dois segmentos de reta orientados (ou duas semi-retas orientadas) a partir de um ponto comum. A interseção entre os dois segmentos (ou semi-retas) é denominada vértice do ângulo e os lados do ângulo são os dois segmentos (ou semi-retas). ÂNGULO ADJACENTE - Ângulo com um vértice e um lado comum. Os ângulos GED e DEF são adjacentes. ÂNGULO AGUDO - Ângulo que mede menos que 90º e mais que 0º. ÂNGULO OBTUSO - Ângulo que mede mais que 90º e menos que 180 graus. ÂNGULO RASO - Ângulo que mede exatamente 180º. ÂNGULO RETO - Ângulo que mede exatamente 90º. ÂNGULOS COMPLEMENTARES - Ângulos cuja soma é igual a 90º.
ÂNGULOS SUPLEMENTARES - Dois ângulos dizem-se suplementares quando a sua soma é de 180º. ANEL (Geometria) - Porção de plano delimitada por duas circunferências com o mesmo centro. ANO - Período de tempo que compreende 365 dias, salvo o ano bissexto, que tem 366 dias. APÓTEMA - Segmento de reta perpendicular ao lado de um polígono traçada a partir do centro do mesmo. APROXIMAÇÃO - Valor obtido por arredondamento de uma medida. Exemplo: Se arredondarmos o número 6,851 teríamos 6,85.
Letra E
EIXO DE SIMETRIA - A reta que separa uma figura de sua reflexão ou rebatimento. EIXOS - Quando se traça as coordenadas ou gráfico em 2 dimensões, usamos 2 eixos, x na horizontal e y na vertical. Quando no espaço existe mais um eixo perpendicular ao plano xy, o novo eixo é chamado de z. EIXO DOS X - O eixo horizontal em um sistema cartesiano ortogonal. Local onde são marcadas as abcissas de qualquer ponto. EIXO DOS Y - O eixo vertical em um sistema cartesiano ortogonal. Nesse eixo são marcadas as ordenadas. EIXO DOS Z - O eixo que tem representação no espaço e é perpendicular ao plano formado pelo os eixos dos x e dos y. Normalmente é apresentado na posição vertical. ELEMENTO - Um objeto de um conjunto é um elemento deste conjunto. ENEÁGONO - Um polígono com 9 lados. ENUMERAR - Associar objetos de uma forma unívoca aos números naturais. EQUAÇÃO - Expressão algébrica indicada por uma igualdade, onde há valores desconhecidos expressos por letras (incógnitas). EQUAÇÃO EXPONENCIAL - Uma equação onde a incógnita figura como expoente. Exemplo: y = 3x. EQUAÇÃO FRACIONAL - Uma equação onde a variável independente figura em denominador. EQUAÇÃO LINEAR - É uma equação da forma ax + b = 0, onde a e b são números. Pode-se exprimir uma relação linear com a expressão y = ax + b que representa, em um sistema cartesiano, uma reta. EQUIVALENTES - Que é do mesmo valor. Aquilo que equivale. ESCALA - A razão que compara, em um mapa, a distância no mapa com a distância real. ESFERA - Uma figura formada pelo conjunto de todos os pontos do espaço tridimensional, equidistantes de um ponto fixo denominado centro da esfera, por uma distância fixa conhecida como o raio da esfera. ESQUADRO - Instrumento de desenho com a forma de um triângulo retângulo. ESTATÍSTICA - Parte da Matemática que organiza e apresenta informações numéricas, além de obter conclusões a partir dessas informações. ESTIMATIVA OU ESTIMAR - Atitude de estimar um resultado numérico. É o resultado aproximado de uma operação. Pode ser feito mentalmente ou por escrito. Embora saibamos que = 3,1415926535..., podemos fazer uma estimativa para o valor de Pi como sendo a divisão de 22 por 7. EXPRESSÃO NUMÉRICA - Seqüência de operações numéricas indicadas, ou seja, não efetuadas. EXCENTRINCIDADE - Razão usada em algumas definições de uma cônica. Escola, um lugar de valor
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Atuação da Terapia Ocupacional no Colégio F.A.S. Relatando experiências
Dentre as discussões que permeiam a educação e as práticas educativas vigentes no Brasil a inclusão é considerada um paradigma gerador de debates políticos-educacionais principalmente quanto às funções e possibilidades da escola ao incluir pessoas com necessidades especiais. A alteração das legislações de diversos países possibilitou a reformulação de estruturas físicas e organizacionais como, por exemplo, melhoramentos arquitetônicos para facilitar a orientação e mobilidade no espaço físico da escola e a adaptação do currículo escolar, o que, de certa forma, favorece a inserção de crianças e adolescentes que, antes frequentavam escolas ou classes especiais, no ensino regular. (CROCHIK, 2011). A parceria da Terapia Ocupacional (TO) no campo da educação permite proporcionar ações voltadas para as questões do cotidiano escolar, utilizando dos trabalhos já realizados nas escolas e solicitações trazidas pelos profissionais da educação. A Terapia Ocupacional neste contexto contribui junto aos professores e coordenação pedagógica, as possíveis soluções aos desafios encontrados no dia a dia da escola que comprometeriam a qualidade de aprendizagem. Por se dedicar ao estudo do desenvolvimento humano em sua complexidade, incluindo o processo de aprendizagem e autonomia, a função do Terapeuta Ocupacional é de fundamental importância na sensibilização e na capacitação de todos os envolvidos no processo de inclusão: família, escola e comunidade, visto que esse profissional acredita na função social da escola e possui fundamentação teórica e prática para contribuir com o processo de desmistificação da abordagem aos indivíduos com necessidades educacionais especiais. No ano de 2013 nós, estagiárias e professora do curso Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro atuamos em quatro turmas da escola, proporcionando no âmbito grupal atingir as necessidades apresentadas por esses alunos, e buscando, desse modo, um maior desenvolvimento humano dos mesmos. Podemos ressaltar que o trabalho realizado direto com as crianças estava pautado nas adaptações curriculares que beneficiassem o desenvolvimento e aprendizado desta população em questão. Adaptações curriculares são consideradas ajustes do sistema educacional inclusivo visando a elaboração de técnicas criadas para promover diagnóstico das necessidades, planejamento das ações, modificações da sociedade favorecendo todos os alunos e, dentre estes os que apresentam necessidades educacionais especiais. As ações foram realizadas em espaços diversificados, objetivando dar maior liberdade para os alunos e alcançar melhores resultados, espaços estes cedidos gentilmente pela escola.
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As intervenções terapêuticas ocupacionais buscaram favorecer os processos de ensino-aprendizagem necessários à formação dos alunos e facilitar a inclusão no colégio F.A.S. de crianças com necessidades educacionais especiais, fazendo adaptações, orientações e oferecendo assessoria às famílias. Vale ressaltar que nossas intervenções são voltadas à prevenção de doenças e promoção da saúde de todos. Como parte da nossa atuação realizamos uma capacitação para as professoras do Colégio F.A.S. A capacitação teve o objetivo de aprofundar as discussões relacionadas à educação inclusiva e a importância da equipe interdisciplinar nesta tarefa, pois com essa parceria conseguiremos oferecer um suporte pedagógico capaz de suprir as necessidades de aprendizado de cada aluno. Ressalta-se que os profissionais terapeutas ocupacionais visam o aprendizado de acordo com o desenvolvimento da criança, respeitando as limitações que esta possa apresentar. Nessa ação foram utilizados recursos como aula teórica sobre a importância do brincar, caracterizada como ocupação básica da criança, um resgate de brincadeiras antigas e uma oficina de construção de brinquedos com materiais recicláveis. Também foi realizada uma palestra sobre o transtorno do déficit da atenção e hiperatividade, na qual os professores puderam adquirir uma maior gama de conhecimentos e tirar dúvidas sobre o tema, sendo este um momento de troca de experiências que contribui significativamente para a nossa formação e para a atuação na escola. Acreditamos que essa troca de experiências, proporcionada pela atuação interdisciplinar favorece o sujeito e permite um melhor resultado nas suas ações. Dentro desse contexto, a relação e vínculo criados com a equipe de professores, coordenadores e diretores da instituição, foi fundamental para a realização de um trabalho mais completo e eficaz. Assim, foi possível crescer e aprender com os professores, que nos proporcionaram um momento de troca de experiênciais e aquisição de conhecimentos. Concluímos que nossa atuação no Colégio F.A.S. foi gratificante e produtiva, contribuindo para o nosso processo de formação profissional e proporcionando resultados positivos nas turmas que atuamos. Professora responsável: Kátia Ariana Borges Alunas do 7º período: Ana Flavia Rodrigues Vieira; Isabella Elias de Moura Ramos; Jaci Timóteo Vargas; Larissa de Andrade Alves; Maraise Cristina Ferreira de Castro e Marianne Mendes Massita Curso de Terapia Ocupacional UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
Otรกvio Borges
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Saudações ... Por Carmem Lúcia
A que você se remete quando é observada a disposição gráfica (local, data, saudação, assunto, despedida), um gênero textual tão comum em décadas anteriores e que atualmente é pouco usada, sendo substituída pelas correspondências digitais? Pois bem, se a sua resposta foi à tradicional CARTA, você acertou. Valorizamos o avanço da tecnologia que traz vantagens para o século que estamos vivendo, mas conhecer a estrutura de uma carta, a linguagem utilizada e a função que cada tipo desempenha, em conformidade para quem se escreve é que os alunos do Colégio “F.A.S.” tiveram a oportunidade de vivenciar situações que se relacionam a este tipo de gênero textual – um dos mais antigos meios de comunicação. Faz parte desse projeto conhecer os objetivos específicos dependendo de cada interlocutor (caráter formal e informal), correspondência pessoal e comercial, telegrama, conhecimento da história dos Correios de Uberaba e incluindo a personalização de um selo da nossa instituição. Para aprimorar o projeto contamos com a parceria dos alunos do 5º ano da Escola Municipal Professor Esther Limírio Brigagão, num processo de comunicação, intercâmbio e diálogo. Um projeto que envolve o trabalho com a linguagem escrita: pontuação, acentuação, coesão e coerência realizada de forma dinâmica e prazerosa. O projeto inicia-se com a troca de bilhetes simples entre as turmas das escolas, firmando assim nosso primeiro contato no mundo da comunicação escrita. Estendendo a resposta a esse bilhete através de carta, depois telegrama . “Outro questionamento a ser discutido com os alunos é por que se faz necessário o uso de selo para mandar carta. “Essa é uma história bem interessante, muita gente não sabe, mas antes de existirem os selos, o serviço de correio tinha grandes prejuízos e isso só mudou em 1840, na Inglaterra, quando foi criado o primeiro selo reconhecido oficialmente pelos historiadores. Para resolver o problema que o correio tinha de chegar à casa do destinatário e ter que voltar com a encomenda, porque a pessoa não tinha como pagar, o educa-
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dor e administrador Rowland Hill elaborou uma proposta de reforma postal. Ele sugeriu a redução das tarifas e a adoção de um preço uniforme, independente da distância entre remetente e destinatário. O valor também só seria cobrado na hora da postagem, sendo que um pequeno papel autoadesivo colado ao envelope comprovaria o pagamento. O projeto de Hill entrou em vigor com a tarifa de 1 penny (moeda inglesa de pequeno valor) para cada meia onça (em torno de 15 gramas) de peso da correspondência.Conhecer selos traz informações desse componente importante em correspondências”. Após os estudos sobre a trajetória dos selos no Brasil que perpassa desde os tributos aos grandes homens e mulheres que construíram o País, além de exaltar os aspectos naturais, culturais e os fatos históricos mais relevantes da história os alunos terão a oportunidade de criar um selo personalizado do colégio. Para os alunos um aprendizado único e significativo. No desenvolvimento desse projeto os alunos também tiverão a oportunidade de conhecer a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou, simplesmente, Correios, uma empresa pública federal responsável pela execução do sistema de envio e entrega de correspondências no Brasil, vista por muitos como apenas um espaço de enviar e receber cartas, mas pouco conhecido. www.bloguito.com.br/por-que-para-mandar-carta-epreciso-de-selo).
Carmen Lúcia é formada em magistério, graduada em pedagogia com pós-graduação em psicopedagogia e atua como professora de Língua Portuguesa nas turmas de 3º e 4º anos do Colégio “F.A.S.”
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Utopia “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isto: para que eu não deixe de caminhar.” (Fernando Birri, cineasta)
Este conceito está insistentemente presente na práxis de Paulo Freire. Significa o sonho possível, banhado de esperança. E foi sonhando que acreditamos e arquitetamos uma escola diferente, onde crianças, adolescentes, professores e colaboradores pudessem somar uma equação em que o resultado fosse “Escola, um lugar de valor”, valor incalculável, onde iremos colher resultados de seres humanos melhores e que vão fazer a diferença nesse mundo. Acredito que caminhamos e que continuaremos, porque a utopia também é parte de nossa trajetória enquanto educador e ser humano.
Francisca é pedagoga, supervisora, pós-graduada em psicopedagogia e Diretora do Colégio F.A.S.
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