Escola, um lugar de valor.

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Educação Infantil

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Editorial Caro (a) leitor (a), Há seis anos temos a satisfação de lançar uma edição anual da Revista “Escola, um lugar de valor”- uma publicação do Colégio F.A.S. Os assuntos aqui tratadostêm como finalidade levantar questões relevantes sobre relacionamento, saúde e educação. São informações e reflexões sobre temas diversos. Nesta edição, pais, responsáveis e comunidade terão a oportunidade de conhecer, através de matérias, alguns projetos desenvolvidos no Berçário, na Educação Infantil e Ensino Fundamental, realizados em sala de aula no decorrer do ano de 2014. Desde a 1ª edição, o objetivo desta publicação tem sido estreitar ainda mais os laços entre pais/filhos /escola. Desejamos a todos uma excelente leitura! À direção!

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“Um sonho sonhado sozinho é um sonho, Um sonho sonhado junto é realidade”- Raul Seixas. Em 1999, o COLÉGIO F.A.S. iniciou suas atividades como Escola Pequeno Estudante, com uma proposta educacional baseada na formação intelectual e afetiva do aluno. Este ano, completa 15 anos, durante os quais, a instituição cresceu, a passos largos, passou por modificações e vários desafios, o que contribuiu de forma expressiva para o seu amadurecimento e crescimento. Em agosto de 2013, uma conquista. O Colégio F.A.S. apostou em uma nova proposta e inaugurou o berçário, construído para atender crianças de seis meses a três anos. O prédio, localizado na Rua Vital de Negreiros, nº 25, Bairro Fabrício, conta com amplo espaço totalmente adaptado para atender as necessidades dos alunos em um ambiente propício para o aprendizado. Em 2014, surgiu um novo desafio. O Colégio F.A.S. deu inicio ao processo de transferência para uma nova sede, que funcionará como a segunda unidade de ensino, localizada na Rua Padre Zeferino, nº 1.145, Bairro Fabrício. São cerca de dois mil metros quadrados de área física com espaços própriospara a realização das diversas atividades do currículo escolar da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. Mesmo com todas as transformações,os objetivos traçados e colocados em prática no ano de sua fundação não sofreram mudanças. Esta instituição tem nas suas diretrizes, o comprometimento de oferecer aos seus alunos um sistema de ensino adequado e diferenciado em diversos aspectos, como metodologia e práticas pedagógicas atualizadas, eficiente material didático e professores qualificados. A Equipe Educacional desta instituição prima por um trabalho sério e de qualidade. Oferece, além do conhecimento científico, aprendizagens para a vida, abrindo um grande leque de possibilidades culturais, cognitivas, humanas e sociais, preparando seus alunos para a complexidade da vida e de um mundo marcado por contínuas mudanças e transformações, em todas as dimensões.

Francisca E.C. Alberto Diretora

Adriana de Macedo Coordenadora de Esportes

No Colégio F.A.S., você encontra a estrutura humana, física e tecnológica para que seu filho tenha segurança, conforto e ambiente favorável ao aprendizado.Nossa equipe de profissionais está sempre à sua disposição, visto que acreditamos que a chave para o sucesso é o constante aprimoramento do nosso trabalho. Junte-se ao nosso time vencedor e tenha certeza de que o seu filho terá o ensino que ele merece. À direção!

Simonia C.T. Manzan Coordenadora Educação Pedagógica Infantil 5


“A imaginação é mais importante do que o conhecimento”

Albert Einstein

Por Hilder Alves Laudino Como surgiu a educação? Vamos começar com a seguinte reflexão: Educação só se aprende na escola? A História da Educação apresenta que a Educação em si, inicia-se junto à vida do homem na terra, em um processo entre educação e trabalho, iniciado a milhares de anos já vividos, na origem de garantia da sua existência. O homem precisa produzir constantemente a sua existência, não se adapta a natureza como os outros animais, o homem adapta a natureza ao seu modo, agindo sobre ela, transformando-a, pois se não agir assim ele perece, ou a humanidade extingue-se. O ato de transformar a natureza é conhecido como trabalho, então compreende que o homem não pode viver sem trabalhar, o homem vive do trabalho, vive do processo de produção dos meios da sua própria existência, vive do processo de transformação da natureza para atender as suas necessidades, aprender a produzir para si mesmo e aprender às formas da sua própria existência. Educação é a própria vida na origem da humanidade, nas sociedades comunistas primitivas, a educação era intimamente ligada à vida, ou pode-se dizer que educação é vida, ou seja, se aprendia educacionalmente vivendo,aprendia-se a trabalhar, trabalhando, aprendia-se a viver a natureza lhe dando com a natureza, não existia escola, existia educação. Origem e finalidade da escola: A escola surge no momento que surge a propriedade privada, (na História Antiga da Humanidade) a apropriação da terra por parte de alguns homens, que se apropriaram do principal meio de produção da época, que era a terra, deu a esses homens condições de poder viver sem precisar trabalhar, vivendo do trabalho alheio. Antes todos viviam do trabalho, agora alguns vivem se apropriando do trabalho do outro. Alguns que precisam trabalhar, pois não detêm de terras, pas-

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sam a trabalhar para si e para os outros, nas terras dos outros. A partir daí surge à escola, a palavra escola deriva do grego (scholē), que significa lugar do ócio (lazer), o lugar do tempo livre, a escola era o lugar que iam os filhos daqueles que não precisavam trabalhar, porque detinham a propriedade da terra. No mundo antigo e na idade média, era no ambiente da escola que se desenvolvia atividades físicas, jogos, musica e a arte da palavra à arte do mando, preparando uma classe para mandar na outra classe que ia executar o mando ou ordens. Essa classe dispondo de tempo livre, poderiam desenvolver ideias, observar a natureza, desenvolver os conhecimentos relativos à realidade. A escola como organizadora da divisão do trabalho manual e o trabalho intelectual, ou seja, uma parte não ia à escola e se educava trabalhando como aprendiz, aprendendo o ofício do próprio trabalho com os mestres de ofícios. Já a educação do ócio era uma minoria que desenvolvia voltada ao exercício do mando. Quando a escola se generaliza? A sociedade moderna ou sociedade burguesa, a partir dos séculos XVII e XVIII, mudou o eixo de deslocamento de produção do campo para a cidade, da agricultura para a indústria, a partir daí a ciência é assimilada como meio de produção, a ciência como potencia espiritual na forma de conhecimento, ela se converte através da indústria em potência material, forma de produzir bens de consumo ou bens materiais para a época capitalista, essas transformações também vão implicar nas relações sociais, o homem se distancia da natureza e das relações naturais e passam a se reger pelas relações sociais dominadas pela forma das cidades. A sociedade passa


a se organizar não mais pelo direito natural (jusnaturalismo), e sim no direito positivo, passa de uma sociedade de castas uma sociedade estratificada, para uma sociedade de classes com mobilidade social, dentro da união entre ciência e os conhecimentos da sociedade. A partir daí cria-se a necessidade de alfabetização como condição de participação do indivíduo dessa nova sociedade, alfabetização como condição de cidadania. A escola deixa de ser uma forma de educação limitada a pequenos grupos e passa a ser uma exigência generalizada, como instrumento de universalização aos elementos necessários a viver as novas condições sociais, então se firma a ideia de uma escola primaria universal pública, gratuita e laica. Com o desenvolvimento da Revolução Industrial, a escola fica como centro do processo educativo. Nesse período a máquina é o centro do processo produtivo e a escola centro do processo educativo para o trabalho. A educação do colégio F.A.S na pós-modernidade: Tudo que foi narrado até aqui diz respeito a uma pequena parte do desenvolvimento da Educação e da Escola na História da Humanidade. O objetivo maior desse trabalho é informar, orientar e esclarecer aos senhores pais e leitores desse texto, buscando refletir junto ao contexto filosófico de educação e instituição escolar do Colégio F.A.S, ou seja, o nosso objetivo é que os pais e a comunidade escolar entenda com clareza a Filosofia Educacional do colégio F.A.S - Pensando assim, o Colégio tem em seus princípios uma educação humanista voltada para a Filosofia de uma educação cidadã, dentro dos pensamentos da cidadania moderna, buscando na aplicação das práticas educacionais , o profundo aprendizado dos direitos e deveres, nas práxis da igualdade e da justiça social. O Co-

légio F.A.S – observa que a ciência Newtoniana e Cartesiana, ciência positivista, desenvolveu ao longo da história da ciência, modelos de paradigmas que tem funções explicativas e normativas, voltadas a produção industrial e a formação educacional para o mercado de trabalho, por outro lado o Colégio F.A.S – além de trabalhar esse modelo, vamos mais longe, pois buscamos desenvolver nos nossos alunos a competência paradigmática, que trabalha no aluno não somente um modelo de paradigma, mas vários paradigmas com funções confirmatórias e contraditórias, proporcionando aos alunos um desenvolvimento cognitivo voltado a competência da criatividade intelectual e o equilíbrio humano no sentido em si, buscando a criatividade intelectual dos nossos alunos, dando a eles habilidades para que possam produzir uma visão de mundo voltada a covivência fraterna entre as pessoas, ou seja nos não somente ensinamos os nossos alunos a pensar, também ensinamos a amar.

Hilder é graduado em História, tem pósgraduação em História Contemporânea e Gestão Pública. Atua como professor de Filosofia e História no Colégio F.A.S.

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Escola - Um lugar Missão, valores e v uma instituição Por Carmen Lúcia Joca de Melo e Veruska Carvalho Assunção O processo de ensinar pelo fortalecimento dos pilares da filosofia do Colégio: Pensar, Expressar-se, Fazer, Aprender, Movimentar-se e Valorizar-se... “A definição de missão, valores e visão como pilares de sustentação é importante para que haja maior liderança e qualidade no produto ou serviço prestado por qualquer tipo de empresa que deve pautar-se em valores coerentes com as necessidades da sociedade na qual está inserida.” A escola, instituição de ensino, também é considerada uma empresa que norteia o seu trabalho pela sua filosofia: missão, valores e visão da educação. Partindo do referencial curricular nacional, vemos que “no processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam das mais variadas linguagens e exercem a capacidade que possuem de ter ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva, constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com outras pessoas

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e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação”. Daí a importância de consolidar toda a ação a ser desenvolvida na filosofia, considerando que a aprendizagem é um processo contínuo que, a cada etapa vivenciada, carrega em si marcas de um período escolar. A filosofia deve ser considerada como um caminho a ser visto e vivenciado com os alunos na direção do seu desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social, abrangendo propósitos que levem ao desenvolvimento integral do ser humano. Trabalhar a filosofia do Colégio exige que os professores atuem de maneira reflexiva para que o fazer, expressar-se, aprender, pensar, movimentar-se, valorizar-se ocorram na vida de cada estudante. A família pode acompanhar esse processo ao longo da caminhada de seus filhos em nosso Colégio. Afinal, todos esses valores só podem ser concretizados com a parceria efetiva de todos os envolvidos em um processo de objetivos conectados a várias ações. A filosofia da nossa escola traz consigo o seu comprometimento com o aluno, ajudando


de valor: visão de a desenvolver em cada um notáveis qualidades acadêmicas, respeitando o nível real de compreensão, além de uma visão, mesmo que implícita nas crianças menores, do seu papel na construção de uma sociedade à qual pertence e que fará parte de várias fases de sua vida. Partindo, então, dessa filosofia conhecida por todos, elencamos ações que a turma do 1º ano compartilha e vivencia durante o processo educacional na instituição. As atividades diversificadas sinalizam o ato de aprender, o fazer, o agir, o construir e o repensar. Quando a criança tem a oportunidade de conviver com o “outro” em situação diversa do habitual, pode enxergar os grupos sociais de maneira diferente e, assim, o valorizar-se vem representar não apenas a própria identidade, mas a de um grupo que pertence à sua realidade, dialogando, perguntando, argumentando, pensando na situação vivenciada e aprendida. Este ano visitamos o Lar de Idosos - o que nos permitiu maior conhecimento sobre a realidade de diferentes pessoas. A proposta foi baseada em um livro de literatura: “Do outro lado da rua” cujo autor é Cris Eich, que faz refletir sobre o não julgar sem conhecer (preconceito) e, principalmente, sobre o ajudar conhecendo ou não o outro, por respeito e amor ao próximo.

Outra linguagem da criança é o movimentar-se que busca, através de gestos, expressar seus sentimentos, suas conquistas corporais e também suas limitações. As atividades desenvolvidas no Colégio promovem o conhecimento, a identidade do corpo, a harmonia através da dança, balé, capoeira e da Educação Física. Um grande e belo exemplo desse expressar, além das atividades práticas diárias, é o Musical anualmente apresentado pelo Colégio e que neste ano trouxe para reflexão o tema “Uma viagem ao fundo do mar no Brasil”, tentando conscientizar o público da grande importância de não poluir rios e mares. O idioma inglês, língua diferente do cotidiano brasileiro, reforça no Colégio a ação do aprender, um dos pilares de sustentação da nossa filosofia que busca construir junto uma comunicação verbal diferente. As experiências com a teacher Éryka na turma do 1º ano, envolvendo oralidade, visualização e início à escrita, estiveram presentes na prática entre professora e alunos. A atividade do aquário com animais marinhos, por exemplo, causou ótima repercussão nas aulas de inglês. Outra prática que visou à aprendizagem foi a visita ao Bosque Jacarandá, supervisionada pelo biólogo Marco Túlio. Lá, as crianças

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puderam ver de perto alguns dos muitos animais estudados em sala. O pensar também se torna um mediador das propostas de atividades desenvolvidas pelos professores colaboradores do ato de aprender. Os livros de literatura adotados pela instituição possibilitam desenvolver ações como a “mesa redonda”, tão popular em congressos e seminários de qualquer segmento. Isto levou os alunos a participarem de um debate com a turma do 2º ano sobre o livro “2 patas e 1 tatu”, de Bartolomeu Campos de Queirós, com diferentes

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discernimentos apresentados por eles através de perguntas e respostas. Os momentos prazerosos de leitura e as encenações a que assistimos na biblioteca, em parceria com o SESC, enriqueceram muito o pensar e o aprender de cada criança, que saía com um brilho no olhar, querendo ler e descobrir sempre mais. Quando o ser humano consegue, com o apoio do professor, aprender a aprender, aprender a pensar, a refletir sobre suas ações e reações, pois é um ser de valor, quando ele consegue expressar-se demonstrando todo o respeito e valorização consigo e com o próxi-


mo, ou seja, colocando em prática tudo o que aprendeu, principalmente nas aulas de Filosofia... o fazer se faz naturalmente. Resta apenas... praticar aquilo que já se está tornando parte dele (internalizando). Mediar o conhecimento, ensinar nossos estudantes a pensar, refletir, praticar e assim aprender para serem (antes de cidadãos críticos e atuantes no mundo) melhores diante dos seus próprios limites e conceitos é a nossa missão: formar pessoas de bem. Com dedicação, compromisso e sustentação, baseados nos pilares da filosofia de nos-

sa instituição: fazer, expressar-se, aprender, pensar, movimentar-se, valorizar-se, podemos ajudar, incentivar, crescer, ensinar, compartilhar... E a cada tempo vivido pela educação podemos consolidar resultados que promovam o reconhecimento do espaço escolar, visto como “Escola, um lugar de valor”.. Hannah Arendt afirma que “a educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele”. Esta é a nossa concepção de Ser Professor e acreditar na importância da filosofia da nossa empresa, a Escola.

Professora Carmen é formada em Magistério, tem graduação em Pedagogia e em Psicopedagogia. É regente no Ensino Fundamental I do Colégio F.A.S. na turma do 1º ano.

Professora Veruska é formada em Magistério, tem graduação em Letras (Português e Inglês), Pós-graduação em Leitura e Escrita como Prática Social. Atua como professora do 1º ano do Ensino Fundamental no Colégio F.A.S.

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Calicionário uma nova proposta de uso

para o caderno de caligrafia Por Maria Isabel Lemos Mais do que uma mudança no comportamento das pessoas, o uso de tecnologias como a internet traz facilidade, agilidade e rapidez na transmissão de informação. Nunca se leu e se escreveu tanto. Porém, a prática da escrita, usando papel e caneta, e a bela escrita (caligrafia) estão cada dia mais raras de se ver. Mesmo com a era da internet, ter uma boa caligrafia se torna um diferencial para o mercado de trabalho, cada vez mais exigente, além de transmitir ao leitor sua própria autenticidade no texto, fazendo-se notória, também, a sua capacidade em trabalhos caligráficos. Foi com esse pensamento aliado a um aprendizado mais expressivo do significado das palavras que a turma do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio F.A.S. participa do PROJETO “CALICIONÁRIO”- uma nova proposta de uso para o caderno de caligrafia. Trata-se de uma junção do dicionário com o caderno de caligrafia. O calicionário surgiu em meio aos questionamentos das crianças, que sempre perguntavam o significado de algumas palavras. Percebíamos que ao explicar e colocar o significado em uma situação do seu cotidiano, elas exigiam mais. A repetição das palavras não era suficiente para que memorizassem os termos. Escolhemos então um dia da semana para registrar as dúvidas, no calicionário, aliando o uso do caderno às necessidades e curiosidades dos alunos. Durante toda a semana, registramos em um quadro as palavras que iam surgindo de acordo com a leitura de atividades em sala ou em dúvidas externas. Todas as quintas-feiras as crianças registram de oito a 10 palavras no calicionário. Antes praticam a leitura em conjunto seguida da explicação do signi-

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ficado. Para que houvesse uma melhor compreensão exemplificamos alguns significados, de acordo com o cotidiano das crianças. Ao registrarem as palavras, os alunos percebem a evolução da letra e a importância de uma escrita legível. Muitas vezes, ao folhear o caderno, têm consciência de que podem melhorar. O caderno de caligrafia, usado de uma maneira prazerosa torna-se uma atividade produtiva. A questão não é ter letra bonita ou feia, mas sempre existe o aspecto legível, que é imprescindível. Existe ainda a questão de que a letra também é um reflexo da personalidade e da liberdade de expressão. Ou seja, cada um vai desenvolver seu próprio estilo. A lição de escrever é essencial para o desenvolvimento cultural do ser humano, despertando a curiosidade de elevar a sua intelectualidade, afinal as tecnologias da comunicação, apesar dos diversos benefícios, foram criadas apenas para nos auxiliar e nunca para nos substituir.

Maria Isabel é formada em Letras pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. No Colégio F.A.S. é professora regente da turma do 2º ano.


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JOVENS GERADORES

DE PAZ Por Mônica Cristina de Almeida Furtado

Por meio de um projeto de PAZ, desenvolvido com os alunos da turma do 3º ano (Ensino Fundamental- Colégio F.A.S.) foi proposto atividades com a finalidade de buscar momentos de interiorização, autoconhecimento e respeito, a fim de resgatar valores importantes para que os educandos pudessem trilhar “caminhos” para um mundo viável e mais humano. Através do desenvolvimento deste projeto e na realização das atividades realizadas em sala de aula como (escrita de texto, leitura, interpretação de imagens e reconhecimento da importância do amigo) foi possível perceber o resgate ou até mesmo aprimoramento de determinados valores como cooperação, participação, responsabilidade, tolerância, sensibilidade e outros. Cotidianamente vemos florescer a PAZ que habita o interior de cada um de nós e através dessa “sementinha” regada todos os dias com atitudes e palavras que criamos a

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oportunidade em nossos educandos de crescerem JOVENS GERADORES DE PAZ. A vida social é repleta de relações contraditórias que muitas vezes são responsáveis pelas desigualdades sociais que têm como filha a violência. E essa agressividade tem invadido todas as esferas da vida no nosso cotidiano, ela está presente nas relações com as pessoas, em nosso corpo e em nossa mente. Assim, propiciar reflexão, discussão para a aquisição de novas atitudes para a construção de um mundo melhor é dever de todos os educadores, oportunizando as crianças e aos jovens o resgate ao direito a vida. Vivemos um sério problema social, em que vários fatores proporcionam o fortalecimento da violência, grande inimigo da paz. Promover a harmonia não é tarefa simples, mas não é impossível. Na história do mundo são muitos os que deixaram suas marcas na luta pelo pacifismo, contra o preconceito, a discriminação, a violência. E seus exemplos de sonhos e de lutas por um mundo melhor devem ser seguidos. Madre Teresa de Calcutá e Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier são exemplos que devem ser citados.


Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) foi uma missionária católica albanesa, que dedicou toda sua vida aos pobres. Logo cedo descobriu sua vocação religiosa. Com dezoito anos entrou para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto. Preparou-se para o noviciado. Foi para Calcutá, ensinar geografia no Colégio das Irmãs. A miséria material e espiritual de tanta gente tocava o seu coração. Criou a Congregação Missionárias da Caridade. Em 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Madre Teresa foi Beatificada pela igreja católica em 2003. Chico Xavier foi um filantropo e um dos mais importantes divulgadores do Espiritismo. O médium psicografou mais de 450 livros, tendo vendido mais de 50 milhões de exemplares e sendo o escritor brasileiro de maior sucesso comercial da história, mas sempre cedeu todos os direitos autorais dos livros, em

cartório, para instituições de caridade. Também psicografou cerca de dez mil cartas, nunca tendo cobrado algo ao destinatário. Seus empregos foram vendedor, operário fabril e datilógrafo. O médium vem recebendo grandes homenagens e honrarias no Brasil e em outros países, por exemplo: Em 1981 e 1982 foi indicado ao prêmio Prêmio Nobel da Paz, tendo seu nome conseguido cerca de 2 milhões de assinaturas no pedido de candidatura; em 2000, foi eleito o “Mineiro do Século XX”, em um concurso realizado pela Rede Globo Minas, tendo vencido com 704.030 votos e em 2012 foi eleito o O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, em concurso homônimo realizado pelo SBT e pela BBC, cujo objetivo foi “eleger aquele que fez mais pela nação, que se destacou pelo seu legado à sociedade”.

Mônica é graduada em Ciências Biológicas, pós graduada em Psicopedagogia Institucional e professora do 3º Ano Fundamental no Colégio F.A.S.

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Rodas de conversas e gincana literária promovem o hábito da leitura no F.A.S. Por Débora Regina Silva Souza

A escola é o melhor ambiente para que a criança defina sua relação com os livros. Entre se apaixonar pelas letras ou se afastar delas de vez, os educadores têm papel fundamental na escolha do caminho. Hoje os educadores têm consciência de que não basta ensinar os códigos de leitura e escrita, ou relacionar os sons às letras. É necessário levar os estudantes a compreenderem o significado dessa aprendizagem, para que possam usá-la no cotidiano, e assim atender a sociedade em que estão inseridos. De modo geral, o que mais se vê é a preocupação de fazer os estudantes decodificarem a língua. Esse é um dos motivos que tem levado professores e alunos, desmotivados dentro de sala de aula, ao retorno desse método de decodificação da língua, é ingrato e sem muita perspectiva. Uma técnica que vem sendo bastante utilizada é Leitura em Parceria: uma parte da história é lida pela criança, a outra pela professora. O tema do livro é discutido e em seguida relaciona ao contexto que o aluno vive ao conheci-

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mento que já possui. Assim, tudo faz mais sentido. Na turma do 4° ano do Colégio F.A.S. são propostos momentos de roda de conversa, onde os alunos discutem temas variados. Desde o começo deste ano esta técnica tem sido aplicada, e com isso, trabalhamos em sala de aula a necessidade da leitura para uma melhor interpretação de texto em todos os conteúdos. Outra atividade proposta e bem aceita pelos alunos do Colégio F.A.S. é que às sextas- feiras todos levam um livro para casa e depois como forma de registro preenche a Ficha Literária. Neste ano já foram lidos cerca de 15 livros paradidáticos, e mais quatro livros obrigatórios fornecidos pelo Colégio bimestralmente. Em agosto foi colocado em prática o projeto Gincana Literária- os alunos tiveram como desafio realizar a leitura de diversos portadores tais como, livros, gibis, revistas, jornal etc, e depois fazer o registro desse material no caderno. No final de outubro foi feito a contagem do número de fichas e os vencedores foram: 1º: Felipe Queiroz de Novaes; 2º: Pedro Flávio Nascimento Ribeiro e em 3º lugar ficaram empatados: Angélica Emanuelle Soares do Carmos e Júlia Chagas Câmara.


Débora é formada em Magistério e Graduada em Pedagogia com Pósgraduação em História. Atua como professora regente do 4º ano do Ensino Fundamental no Colégio F.A.S.

Leitura como base do conhecimento A leitura é um dos principais instrumentos para que o indivíduo construa seu conhecimento e aprenda a exercer cidadania, por isso a importância de despertar o prazer pela leitura nas crianças. Porém esse não é um trabalho somente da escola ele deve ser construído em conjunto, pais, criança e professores, cada um desses tem um papel fundamental na construção desse novo leitor. Pesquisas comprovam que a criança que lê desde cedo, principalmente se for acompanhada pelos pais, é beneficiada em diversas áreas e sentidos, ela aprende com mais facilidade, pronuncia melhor as palavras, desenvolve a criatividade, a imaginação, e adquire cultura.

De acordo com Bortone (2008) Ler é uma atividade que requer um controle consciente do processo da mente, de forma que, quanto maior for o nível de proficiência na leitura, maior será a probabilidade de desenvolvimento do pensamento reflexivo. Segundo o MEC a leitura desenvolve o repertório, liga o senso crítico na tomada, amplia o nosso conhecimento geral, enriquece o vocabulário, emociona e causa impacto, muda sua vida e facilita a escrita. Porém, formar leitores competentes não é um sonho impossível de se concretizar, ele está cada dia mais real, dentro das nossas salas de aula. Motivar o prazer pela leitura não é uma das tarefas mais fáceis, mas o resultado é gratificante, um exemplo é quando vejo a motivação no rosto de cada aluno, seguido da pergunta: Professora hoje não vai ter livro pra gente levar?

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O CONTROLE DA MÁQUINA ESTÁ EM NOSSAS MÃOS “Todos nós temos nossa máquina do tempo. Algumas nos levam para trás, são chamadas de memórias. Outras nos levam para frente, são chamadas sonhos.” Jeremy Irons Por Mariana Pacheco Silva Certamente, 2014 é um ano para ficar na história, tanto por usarmos demasiadamente nossa máquina do tempo do passado quanto a do futuro. Além disso, tivemos em nossas mãos uma incrível oportunidade de despertar em nossos alunos a importância de se fazer uso delas. No primeiro semestre, estávamos envolvidos com a realização de uma Copa do Mundo de Futebol no Brasil e todas as perspectivas de discussões acerca do assunto vieram à tona. As conversas em sala de aula foram inevitáveis e necessárias: os melhores jogadores, construções faraônicas, grandes jogadas, zebras da copa, padrão FIFA de qualidade... Não faltou assunto nas rodas de conversas e se não era costume realizá-las, que fossem instituídas para que o evento tivesse vez e voz. O grande desafio, no entanto, foi fazer essas discussões irem além dos gramados e partirem para um nível de criticidade adequado para determinada faixa etária. Com os alunos do 5º ano, foi desenvolvido o projeto “Ultrapassando os limites culturais da Copa”, no qual o objetivo principal era fomentar nos educandos a valorização do homem, independente de cor, etnia, sexo e idade. Para isso, socializamos coletâneas de informações realizadas individualmente sobre temas diversos, como os países participantes do evento e suas possíveis contribuições para nossa cultura, estádios onde os jogos seriam realizados, a necessidade ou não de suas construções e reformas. A meta a ser alcançada com a realização desse projeto não era encontrar uma resposta para a pergunta que não queria calar, se a Copa realmente deixaria o seu legado, mas fazer com que as crianças percebessem a necessidade de avaliar um evento de grande porte como esse diante de diversas perspectivas.

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É nesse ponto que entra a máquina do tempo do passado, essencial para compor um cenário histórico-social do futebol no Brasil, a fim de chegar a elementos como respeito, dedicação, companheirismo e ética em discussões que promovessem a conduta individual de nossos futuros atletas na sociedade. E em que momento seria usada a máquina do tempo do futuro em 2014? Na busca da valorização da democracia no país. Ano eleitoral, assim como de Copa do Mundo, deve superar a torcida por partidos ou candidatos e garantir que sejam explorados valores inerentes ao processo democrático, tais quais a liberdade de expressão e o voto fechado. O professor, aqui, tem o papel muito similar ao de um mediador de debate, já que deve tomar bastante cuidado para que seus alunos, assim como os espectadores, não passem a ver os candidatos pelos seus olhos. Falar de cidadania sem cair na defesa de algum candidato em particular é um dever do professor e uma habilidade a ser despertada nos alunos. A construção de um portifólio ou de um mural de informações sobre os candidatos e as notícias de suas campanhas, traçando, dessa forma, um acompanhamento do cenário político do Brasil é uma ótima sugestão e foi desenvolvida com os alunos do Ensino Fundamental II na disciplina de Língua Portuguesa. O sonho de levantar a taça em casa teve de ser adia-


do sabe-se lá por quanto tempo. O que não devemos deixar morrer, no entanto, é o sonho de qualquer brasileiro apaixonado por futebol ter condições de assistir a uma partida da seleção brasileira em seu país em um estádio construído especialmente para isso. Se não quisermos que este sonho se transforme em uma utopia e o Brasil passe a ser efetivamente um país de igualdades sociais, devemos acreditar que somos capazes de conduzir a nossa própria história e usar com sabedoria nossas máquinas do tempo, tanto para analisar o passado, quanto para construir um futuro em que teremos orgulho dos representantes que escolhemos para garantir que todos sejamos cidadãos.

*Mariana é formada em Magistério e Letras (Português e Inglês). Atua como professora de Língua Portuguesa, redação e Literatura no Colégio F.A.S.

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Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania

O planeta está chegando num ponto cada vez mais crítico. Nos últimos anos, houve alguns avanços na forma de pensar e agir no que se refere ao consumismo & sustentabilidade. No entanto, hoje, o grande desafio continua sendo o de influenciar e modificar o pensamento das pessoas em relação ao consumo consciente. Por João Edson Pacheco Silva

Primeiramente precisamos entender mais sobre o que é consumismo e sustentabilidade. Podemos verificar que a palavra consumismo tem como definição, e associação ao ato de comprar, contudo isso é consumo. Consumismo em suma é o ato de comprar muitas coisas que, em sua maioria, que não são necessárias. Sustentabilidade possui duas interpretações uma como ação e atividade humana que visa suprir as necessidades atuais dos seres vivos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. A outra é necessidade de vender uma marca, a “sustentabilidade”, como por exemplo, explorar recursos naturais na fabricação de vestuários e agregar preço como fonte indispensável de preservação ambiental. Sabemos que o sistema opera como uma grande indústria de marketing, visando induzir a compra de determinados produtos, o qual esses produtos podem ou não ser ecologicamente produzidos. Todos os dias somos bombardeados com informações, propagandas, direcionadas ao consumo. Ai que vontade de comer um McDonald,s, essa e uma das marcas mais conhecidas do mundo. Não é só uma loja de fastfood, mais sim uma marca que nos induz a consumir um produto, que para nosso subconsciente é indispensável como padrão de consumo. Com a Revolução Industrial a forma de consumir determinado produto mudou, onde agora produtos não demoram mais meses, e sim horas. A revolução tecnológica atual fixa sua tendência na sociedade humana para que possamos sempre estar conectados com produtos e pessoas. Tais circunstâncias ditam nossa tendência de consumo, ou seja, o que devemos utilizar para estarmos na moda.

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Artigo publicado pela Equipe Triata “Consumismo x Sustentabilidade: Como Conciliar?” revela como é grande o desmatamento e ínfima a reposição, por isso nossa matéria-prima para a fabricação dos produtos consumidos e ditos como essenciais está ficando extinta. E a pergunta é: como isso pode ser minimizado? A resposta é bem simples! Consumo consciente. A matéria mostra ainda que um dos passos primários é comprar produtos de empresas que tenham em seu caráter uma preocupação relacionada à sustentabilidade. Há empresas que se dizem adeptas a esse movimento, mas na prática não o são. Por isso, é sempre bom constatar a existência de selos que certificam o uso de materiais recicláveis, ou mesmo investigar o site para encontrar algum tipo de ação ecológica. É importante verificar também o tipo de materiais que são utilizados na produção e se eles são de procedência legal.


Outras atitudes válidas: •Não adquirir produtos que podem ser confeccionados por você mesmo; •Reciclar todo material que se encaixa em uma das opções (vidro, papel, plástico ou metal); •Utilizar papel reciclável; •Fazer uso de aquecedores solares ao invés dos elétricos; •Diminuir o uso das sacolas plásticas; •Utilizar lâmpadas LED; •Evitar excessos no consumo de produtos que não são essenciais;

O consumismo populacional tem crescido muito nos últimos anos e para suprir essa demanda é preciso produzir mais, ou seja, nossas compras são provocadoras, mesmo que indiretas, do denegrir constante à mãe natureza. É por isso que se o consumismo consciente for infiltrado em nossas culturas pode-se esperar uma grande melhora nesse aspecto ambiental. Vivemos em um mundo capitalista, que tem sede de gastos desenfreados. As consequências desse comportamento já estão batendo à porta e a conscientização, principalmente na área empresarial, é importantíssima. PENSE, REFLITA E RECICLE, principalmente suas ideias!

Dicas dos alunos • Comprar de forma consciente; • Promover o uso de produtos ecológicos; • Utilizar produtos que não sejam descartáveis como pratos e copos de vidro e talheres de aço; • Utilizar meio de transporte sustentável; • Cuidar do planeta, ajudando com a diminuição do lixo nas ruas; • Não consumir produtos vindos da caça; Incentivar a preservação da fauna e flora.

João Edson tem Licenciatura em Geografia. Atua como professor de Geografia no Colégio F.A.S.

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Monolinguismo

não mais

Por Cesaria Oliveira Nunes Andrade e Eryka de Araújo Enrique

Foi-se o tempo que falar mais de um idioma era luxo. Nos dias atuais, falar outra língua é tão importante quanto falar a língua materna, sobretudo quando a língua materna não é o inglês ou o espanhol, os dois idiomas mais importantes como veículo de comunicação internacional. Precisamos destes idiomas para manusear equipamentos tecnológicos, para ler e escrever artigos de grande circulação internacional, para nos comunicar com pessoas de outros países ou pessoas que circulam por nosso país como turistas ou a trabalho. Além disso, para aqueles que desejam construir uma carreira de sucesso no atual mundo globalizado, inúmeros são os fatores que justificam a necessidade de aprendizado de uma segunda língua. Segundo o site de pesquisa Wikipédia, a globalização é um dos processos de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural e política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países no final do século XX e início do século XXI. Em outras palavras, isso significa que os países estão cada vez mais interligados, com uma maior interação entre suas populações. Neste cenário, um mundo de oportunidades se abre para quem entende, fala, lê e escreve outro idioma e, especificamente, o domínio do inglês e/ou espanhol é praticamente obrigatório para o profissional que busca conquistar os melhores cargos e salários. É claro que domínio de uma segunda língua não é por si só garantia de sucesso. É necessário que o profissional esteja adequadamente capacitado

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para a função à qual se propõe a desempenhar. Contudo, é certo que para o profissional capacitado, o domínio de pelo menos uma segunda língua representa um importante diferencial para ele, facilitando seu acesso às melhores posições. Ademais, aprender um, dois ou mais idiomas não é somente um álibi acadêmico ou a perspectiva de conquista dos melhores postos de trabalho, representa também um enorme ganho cultural, além de melhorar o desenvolvimento intelectual. Assim, conscientes da necessidade do aprendizado de um idioma estrangeiro por parte dos alunos e considerando ainda que o melhor período para tornar um indivíduo bilíngue é a infância e a adolescência, nós, professoras Eryka e Cesaria, responsáveis pelas disciplinas de Inglês e Espanhol, respectivamente, decidimos levar o idioma estrangeiro muito além da gramática. Estamos proporcionando aos nossos alunos atividades diversas que os aproximem mais da realidade, estimulando o estudo do idioma. Percebemos também a necessidade de inserirmos esse segundo idioma de forma agradável, buscando mostrar situações reais de uso da língua estrangeira. Dessa forma, procuramos realizar abordagens que permitam aos alunos superar as dificuldades inerentes ao desempenho de cada atividade, oferecendo condições para que eles construam seu próprio aprendizado. Sabemos que o aprendizado de um idioma ocorre de forma mais eficaz quando o mesmo é incluído de forma natural e próxima ao cotidiano dos alunos. Diante disso, pensamos e desenvolvemos ao longo de 2014 trabalhos e atividades que deixaram nossos alunos mais próximos destes idiomas. Foram atividades relacionadas à


cultura, à interpretação de textos, ao uso correto do vocabulário e à compreensão de palavras com diferentes campos semânticos ao do português. Na língua inglesa, um dos trabalhos realizados pelos alunos do ensino fundamental II foi o projeto “Assim se F.A.S. Brasil”, onde os alunos deviam mostrar a riqueza de nossas culturas, expondo o que cada região tem de melhor para oferecer. O projeto foi baseado no fato de que o ano de 2014 seria glamuroso para nosso país, pois seríamos sede da Copa do Mundo. Por este motivo, o Brasil receberia turistas de muitas nações e, como bons anfitriões precisariam mostrar nossa casa aos visitantes, que na sua maioria não falava nossa língua. Assim, realizamos todo este trabalho em inglês. Deste modo, todos os visitantes levariam ótimas recordações de nossa terra e claro, nossos alunos teriam oportunidade de ter um contato maior com o idioma. Cada turma foi dividida em quatro grupos e cada um ficou responsável por divulgar de forma descontraída, artística e criativa cada região de nosso país, em INGLÊS. Além da atividade escrita, foi proposto aos alunos que apresentassem seus trabalhos oralmente em inglês, fazendo de conta que havia um convidado norte americano em sala de aula, interessado em conhecer nosso Brasil inteiro (De Norte a Sul). Os alunos apresentaram de forma descontraída e interagiram satisfatoriamente com o tema proposto. Já na língua espanhola, foram feitos trabalhos sobre cultura, comidas típicas, estudo de vocabulário e criações artísticas. Foi trabalhado no 6º ano o país “Peru”.

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Os alunos puderam fazer uma grande viagem pelas principais cidades do Peru, conhecendo suas comidas e os mistérios deste país místico. Grandes nomes das artes plásticas foram abordados no 8º ano, “Salvador Dalí, Miró e Botero”. Estes gênios foram explorados em diferentes situações. As comidas e utensílios foram trabalhados em uma “merienda legal” no 5º ano, cujos alunos fizeram também criações em cartazes usando vocabulários para definir as características físicas e psicológicas de diferentes pessoas. Com os alunos do 7º trabalhamos o universo musical e filmes. Os alunos do 9º estudaram “Buenos Aires, Argentina”, por meio do livro “Mi Buenos Aires Querido”. Assim, puderam fazer uma grande viagem à cidade portenha, conhecendo um pouco de sua cultura através de um estudante que foi à cidade para fazer um intercambio e conheceu o que tinha de melhor na capital do Tango. Além destas atividades, várias outras foram trabalhadas em sala, como exposições de vídeos, músicas, fotos, filmes, fotonovelas e desenhos. Diante dessa diversidade de informações e com o propósito de expandir o uso das línguas inglesa e espanhola por nossos alunos, resolvemos também desenvolver um trabalho de amplitude do conhecimento das línguas. Montamos o projeto “monolinguista não mais” no qual as turmas participantes do 6º ao 9º ano foram orientadas a construírem um dicionário de acordo com o tema distribuído para cada turma. Fizemos orientações, divisões de grupos e temas para que todos pudessem construir seus dicionários e principalmente aprendessem um pouco mais das línguas estrangeiras. Abordamos os temas onomatopeias, expressões idiomáticas, verbos preposicionados e preposições. Assim, iniciamos esta proposta diferenciada e pretendemos dar sequência à mesma nos próximos anos, buscando despertar nos alunos o interesse pelo estudo de idiomas estrangeiros e, ao mesmo tempo, mostrando o caminho que deve ser trilhado para vencerem o monolinguismo.

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Cesaria é Graduada em Letras (Português e Espanhol) e Pósgraduada em Docência e Educação Superior. Atua como professora de Língua Espanhola no Colégio F.A.S.

Eryka estudou na Universidade Paulista - UNIP. Tem curso de English as a Second Language . Hoje leciona Língua Inglesa e Arte no Colégio F.A.S.


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A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA - A Por Kamilla Oliveira Aleixo Por séculos, a matemática foi considerada a ciência dos números, grandezas e forma. Por esta razão, aqueles que procuram os primeiros exemplos de atividade matemática apontarão para resquícios arqueológicos que refletem a consciência humana das operações numéricas, contagem ou padrões e formas “geométricas”. Mesmo quando estes vestígios refletem atividade matemática, raramente evidenciam muito significado histórico. Podem ser interessantes quando mostram que pessoas em diferentes partes do mundo realizavam certas ações que envolvam conceitos que têm sido considerados matemáticos. Trabalhar com a História da Matemática é uma metodologia que auxilia na construção do conhecimento e na evolução dos conceitos matemáticos. No entanto, o ensino e a exploração deste aprendizado de forma isolada, apenas como pré – requisitos para em seguida transmitir mais conteúdos não contribuem de forma tão significativa para a formação do aluno. A partir disto, é bom utilizar e analisar a história da matemática de forma equilibrada e articulada, auxiliando no desenvolvimento do aluno, pois dessa maneira haverá um trabalho interdisciplinar. Essa história é fundamental para expor as teorias e práticas matemáticas para o aprimoramento e a valorização do aprendizado matemático, auxiliando o desenvolvimento e a motivação maior por parte dos alunos em relação ao que está sendo estudado. Foi através dessa metodologia que os estudantes do 6º ao 9º ano do colégio F.A.S. realizaram no decorrer do 1º semestre um trabalho de pesquisa sobre a História da Matemática. Cada turma ficou responsável em realizar a pesquisa biográfica de um estudioso da área em questão. Em seguida, apresentaram para os demais colegas de sala o trabalho por meio de vídeos, teatros, paródias e ainda vídeo aula. Pode-se constatar que a grande maioria dos estudantes apreciou a pesquisa realizada, afirmaram, através de relatórios, que gostaram de conhecer a matemática como história, como cultura, como conhecimento, pois estava acostumados a apenas ter aulas de cálculos, resolver equações e problemas, memorizar definições e fórmulas. Percebe-se dessa forma, que a história da matemática promove o ensino aprendizagem da matemática por fazer compreender e dar significado ao conteúdo, através das curiosidades e partes interessantes que motivam e despertam a curiosidade dos alunos. Algumas curiosidades pesquisadas pelos estudantes sobre a História da Matemática:

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Euclides de Alexandria: Foi professor, matemático platônico e escritor possivelmente grego, muitas vezes referido como “Pai da Geometria”. Além de sua principal obra: “Os Elementos”, Euclides também escreveu sobre perspectivas, secções cônicas, geometria esférica, teoria dos números. Da natureza de seu trabalho, pode – se presumir que Euclides de Alexandria tenha estudado com discípulos de Platão, senão na própria Academia. Há uma estória contada sobre ele que diz que quando um de seus estudantes lhe perguntou para que servia o estudo da geometria, Euclides disse a seu escravo que desse três moedas ao estudante, “pois ele precisa ter lucro com o que aprende”. ( alunos – 6º ano) Carl Friedrich Gauss: quando criança se divertia com cálculos matemáticos. Um dia, para ocupar a classe, o professor mandou que os alunos somassem todos os números de 1 a 100, com instruções para que cada um colocasse sua lousa sobre a mesa logo que completasse a tarefa. Quase imediamente, Gauss colocou sua lousa sobre a mesa dizendo. “ Aí está!” Quando o professor olhos os resultados, a lousa de Gauss era a única com a resposta correta, 5050, sem nenhum outro cálculos. O menino de dez anos, evidentemente, calculara mentalmente a soma de progressão aritmética. (alunos 7º ano) Platão: foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira Instituição de Educação Superior do mundo Ocidental. Juntamente com seu mentor Sócrates, e seu pupilo Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. Para Platão a Matemática é, antes de mais, a chave da compreensão do universo. (alunos 8º ano)


Linguagem do Universo

Além de Métodos Paródia – Beijinho no ombro Valeska Popozuda: Quatro homens importantes na história Nós falaremos sobre sua longa trajetória. Se decorar vai ficar fácil de entender Com pouco de atenção você consegue aprender Tales de Mileto viajou pelo Egito Mediu uma pirâmide baseado em sua sombra Daí surgiu o seu grande teorema Que diminuiu nossa dificuldade extrema. Não foi só ele que ajudou a matemática Pitágoras também fez sua parte Desenvolveu a tábua de multiplicação Sistema decimal também saiu de suas mãos Vamos somar, dividir, multiplicar. Com os matemáticos fica fácil de associar Com fé em Deus nós vamos conseguir Aprendendo, conseguimos prosseguir Blase Pascal ajudou com a geometria Também com a física e com a matemática Calculadora, foi ele que criou E a lei da pressão, foi ele quem pensou. Graças a Deus nós chegamos no final O Bhaskara foi um cara genial Nas equações, de segundo grau Sua inteligência foi um ponto essencial.

Arquimedes de Siracusa: foi um matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego. Durante a Segunda Guerra Púnica, a cidade de Siracusa se viu envolvida na luta pelo poder entre Roma e Cartago, e a cidade foi sitiada pelos romanos durante três anos, Arquimedes, o principal matemático da época, inventou engenhosas máquinas de guerra para conservar o inimigo à distância – catapultas para lançar pedras, cordas e ganchos para levantar e espatifar os navios romanos. Morto por um soldado romano, aos setenta e cinco anos, consta-se através das narrativas da vida de Arquimedes, que ele dava menos valor a seus engenhos mecânicos do que à abordagem inovadora dos produtos criados pelos seus pensamentos. (alunos 6º ano)

Kamilla é graduada em Licenciatura Plena- Matemática. Tem curso de Extensão em Estatística para Educadores, Pósgraduada em Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. Atua como Professora de Matemática no Colégio F.A.S.

Não foi fácil chegar até aqui Mas com força chegamos ao fim E o meu cérebro já explodiu Chega de pensar e vai pra ... Vamos somar, dividir, multiplicar. Com os matemáticos fica fácil de associar Com fé em Deus nós vamos conseguir Aprendendo, conseguimos prosseguir. Paródia realizada pelos alunos: Laura de Santana Prado e Silva; Débora Soares Felipe e Pedro Augusto Silva – 9º Ano

O objetivo principal do trabalho desenvolvido pelos estudantes do Colégio F.A.S. foi alcançado, pois através da História da Matemática foi possível notar que a matemática que estudam hoje percorreu um longo caminho, passou por várias fases, com seus problemas sociais, sua filosofia de vida, religiões, crenças, cultura e arte, suas preocupações, necessidades práticas e abstrações; espaços geográficos onde as civilizações se desenvolveram, lutas territoriais, entre outros. Percebe-se ainda que a organização da disciplina deve buscar a interdisciplinaridade e a contextualização para obter aprendizagens significativas para o aluno. Fontes de Pesquisa: • www.somatematica.com.br • Pesquisas realizadas pelos estudantes do Ensino Fundamental II • BOYER, Carl B. História da Matemática. 2ª edição. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo: Edgar Blucher, 1996. Educação Infantil

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“Em busca de Super-heróis de todos os tempos” Por Lilian Cristina dos Santos Em 2014, os alunos do 2º período do Colégio F.A.S, participaram do projeto “Em busca de Super-Heróis de todos os tempos”, no qual teve a consideração importante das crianças sobre o que admiravam em um super- herói. O projeto priorizou a construção de bases culturais para a formação do educando diante da aplicabilidade entre a realidade e a fantasia, além de aprimorar as trocas afetivas e indicar o caminho do bem. É importante advertir que ser um “super- herói” nos dias atuais não é tarefa fácil. Mas com estímulos, com alegria e vontade em querer ser e fazer o melhor concluímos que o ajudar ao próximo e trilhar o caminho do bem é de grande valia. Pois não há nada mais saudável para alma do que uma visita a um irmão necessitado e o de se sentir útil na vida das pessoas. No decorrer do projeto, cada criança levou para casa semanalmente uma folha “gigante” onde com o acompanhamento dos familiares, contornaram a silhueta do (a) filho (a) vestindo a criança com a roupa de um “super-herói” ou “heroína” já conhecido ou/e “criaram” outro “personagem fictício”. Todos ganharam um nome, um super poder e uma missão no qual com a orientação da família escreveram a partir da frase algo que a criança gostaria de realizar para deixar o mundo cada vez melhor!

SE EU FOSSE UM “SUPER- HERÓI” OU UMA “SUPER- HEROíNA”... Toda essa atividade nos informou sobre heróis fictícios, do mundo fantasioso e ainda sobre pessoas comuns no âmbito social, que encontram forças para resistir e sempre dispostas em ajudar, essas consideradas

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“super- heróis” pelos familiares e crianças como: Chico Xavier, os pais, vovó Mirlene, papai Manoel, papai Leandro, papai Rodrigo, Irmã Dorothy Stang, vovô Geraldo, Nelson Mandela, Papa Francisco, José Tadeu Silva (Casa do Caminho de Araxá-MG), vovô Ademir Vicente, vovô Beto e padrinho Tio Tiago, vovós e vovôs, padrinhos e madrinhas, tios e tias, amigos, designações atribuídas a Santos da Igreja e nosso ídolo maior - Deus. O encerramento aconteceu com a visita na instituição Santo Eduardo – Uberaba/MG, no qual os educandos fantasiados com suas capas mágicas, escudos e seus super poderes, levaram alimentos arrecadados e brinquedos sonoros que foram doados pelos pais. Alegraram a tarde das crianças que ali vivem e são cuidadas pelo estabelecimento, além de deixarem transparecer que heróis ainda existem e que vivem 25 deles aqui em Uberaba (alunos do 2º período do Colégio F.A.S) que são “pequenos heróis”, mas que cumpriram e cumprirão a missão com pequenos gestos, esses que podem transformar o dia de uma pessoa e fazer a diferença no planeta!


Conheçam agora os personagens que através do encanto e paixão pelos super heróis, desenvolveram seus poderes com a finalidade de ajudar a atender as pessoas e descobrirem mais sobre sí mesmos. São formados na Academia de Heróis do Colégio F.A.S regidos pela “Super professora” Lilian Cristina.

ANA PAULA - “SHE-RA” Super poderes: Alegria e encanto. Missão: Salvar o mundo de toda a maldade.

GABRIEL HERMENEGILDO - “CAPITÃO PROTEÇÃO” Super poderes: Força e determinação. Missão: Comprar brinquedos para os que não têm e ajudar as crianças doentes.

LUCA - “CAPITÃO BRASIL” Super poder: A justiça Missão: Defender o povo brasileiro dos políticos corruptos, impedindo que a pobreza e a ignorância dominem a nação.

LAURA - “LAURINHA MARAVILHA”. Super poder: O dom de voar pelo mundo Missão: Levar comida a todos que tem fome e ainda construir casas para as pessoas que não tem abrigo.

ARTHUR - “HOMEM-ARANHA” Super poderes: Determinação e justiça. Missão: Acabar com a guerra e levar alimentos aos necessitados de todos os lugares.

ANA CLARA - “MENINA MARAVILHA” Super poderes: Amor e carisma. Missão: Ajudar as crianças das ruas, favelas, dando a elas abrigo, alimentos, amor e carinho.

EDUARDA – “SUPER GIRL” Super poder: Capa protetora Missão: Ajuda a salvar e proteger as pessoas no meio de um incêndio, como os bombeiros. Acabar com a fome de todas as crianças desamparadas do mundo.

ANA HELOÍSA “SUPER PET GIRL” Super poder: O dom de defender os animais Missão: Defende e garante os direitos dos animais através de campanhas educativas para a conscientização da sociedade.

ADEJAIR – “MORCEGO ENCANTADO” Super poderes: Força e amor Missão: Usar todos os super poderes para vencer o mal. Ajudar tanto humanos, quanto animais com o encantamento do amor.

BRUNA – “MENINA MARAVILHA” Super poder: Sementes encantadas. Missão: fazer com que todas as escolas tenham aulas de jardinagem para um mundo mais florido.

GUILHERME – “SUPER GUILHERME” Super poder: O gelo Missão: Congelar as pessoas malvadas transformando-as em pessoas do bem.

AMANDA – “MENINA GATA” Super poderes: A paz e o amor Missão: Resgatar o planeta, distribuindo a paz e o amor aproximando as pessoas através do bem.

ISADORA – “MENINA MARAVILHA” Super poder: O dom de cuidar dos animais. Missão: Salvar todos os animais que estiverem em perigo.

DAVI – “HOMEM DE GELO” Super poder: o gelo Missão: Acabar com a sede no mundo. Educação Infantil

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LAÍS – “SUPER MOÇA” Super poder: O gelo Missão: Congelar as pessoas más e tem a capacidade de mudar os acontecimentos com a mente transformando as coisas erradas em corretas.

JÚLIA – “SUPER DESENHISTA” Super poder: Caneta mágica capaz de projetar no futuro o desenvolvimento de todas as crianças. Missão: Levar alegria a todas as crianças através dos desenhos, quadros e telas, podendo viajar num mundo de fantasias, de cores e formas.

DANIELA – “MENINA MARAVILHA” Super poder: O dom da leitura Missão: Fazer com que as escolas do mundo todo tenham uma biblioteca cheia de livros para que as crianças desde cedo, descubram o prazer pela leitura.

MARIA FERNANDA – “MENINA GATA” Super poderes: A ternura e a inteligência. Missão: Acabar com os bandidos e violência.

CÁSSIO – “HOMEM ARANHA” Super poder: Amizade e coragem. Missão: Salvar as PEDRO LUCCA – “SUPER pessoas e oferecer comida, PEDRO LUCCA” trabalho, escola, moradia e Super poderes: Fogo e água, principalmente; fazer com que super visão e super força Missão: Combater o mal e voar todas as pessoas tenham Deus acima de todas as coisas. bem próximo aos pássaros.

JOÃO PEDRO – “SUPER GAROTO” Super poder: Fogo e energia do amor; capa que o ajuda a ficar invisível. Missão: Nasceu para salvar o mundo. De suas mãos saem fogo para queimar a tristeza e sempre está disposto a ajudar as pessoas que dele necessitam.

ANA FLÁVIA - “MENINA MARAVILHA” Super poderes: Ternura e carinho. Missão: Ajudar os animais para não serem maltratados, terem sempre comida e casa para morar.

LÍVIA – “SUPER LÍVIA MARAVILHA” Super poder: Respeito e compromisso. Missão: Fazer com que as pessoas tenham mais respeito pelo próximo, mostrando que somos todos iguais.

EVANDRO – “BEN 10” Super poder: Detectar as necessidades das crianças e sensibilidade com as dificuldades do próximo Missão: Ajudar e proteger as crianças, em especial as menos favorecidas para que não falte amor, carinho, respeito, comida, agasalho e um lar. Fazer com que todas as crianças possam ter acesso a uma educação de qualidade e assim, contribuírem para um mundo melhor.

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VÍTOR – “FLASH” Super poder: Velocidade Missão: Salvar muitas pessoas que correm perigo.

LILIAN CRISTINA – “SUPER PROF. MARAVILHA” Super poderes: O dom de tocar violão e cantar; lançar sementes de valores. Missão: Fazer com que todas as escolas tenham uma disciplina voltada para a música para deixar as aulas cada vez mais inventivas e prazerosas, pois a música serve de ferramenta incentivadora da criatividade. Lilian é formada em Magistério e Graduada em Pedagogia e professora regente do 2º período do Colégio F.A.S.


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1º Período No Mundo Encantado dos Gibis Projeto em sala teve como referência as histórias em quadrinhos, já que essa é uma atividade que apresenta um aspecto lúdico para as crianças.

Ler é um hábito poderoso que nos faz conhecer mundos e idéias. Exercita a imaginação, desenvolve a criatividade, aguça a curiosidade, desperta o interesse pelo desconhecido. Além de adquirirmos cultura, conhecimentos e valores. Foi com esse pensamento que a professora Léia Dias Rosa Carvalho- regente da turma do 1º período do Colégio F.A.S. desenvolveu com os alunos projeto voltado para o incentivo à leitura. As atividades propostas que tiveram como referência as histórias em quadrinhos facilitaram o entendimento por apresentar um aspecto lúdico às crianças. A junção de texto e imagem, a noção de movimento, cada descoberta despertou o interesse pela “leitura”, já que na educação infantil, desde o início os alunos precisam estar rodeados de materiais escritos e de pessoas que os manuseiem, auxiliem e as incentivem também a essa prática, objetivando criar referências para a postura de leitor, escritor e ouvinte. A princípio a professora propôs atividades usando o almanaque da Turma da Mônica, pois a turminha é diversificada e os alunos acabaram encontrando um personagem ao qual identificava com algum amiguinho. Assim tais figuras passaram a estar presente no cotidiano dos educandos, nos momentos de roda onde a professora realizava a leitura de uma história e em seguida discutiam sobre os fatos. No 2º semestre as crianças passaram a ser os próprios personagens dos gibis, a professora trabalhou com vivências dos alunos, histórias curtas às vezes até criadas pela turma do 1º período, mas sempre com objetivo educacional, buscando um aprendizado prazeroso. Para finalizar na culminância do projeto cada criança com o auxílio de seus familiares fizeram uma página, frente e verso para um almanaque “gigante” onde os

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personagens eram os próprios alunos e colegas escolhidos por ele. Também foi feito um fantoche de um amigo, para ser manuseado como os bonecos da Turma da Mônica. A professora afirma que ficou satisfeita e orgulhosa com a devolutiva da proposta do projeto e ressalta, é dever de todo professor desde a educação infantil incentivar o desenvolvimento da leitura antes mesmo da turma aprender formalmente a ler. São os professores que aproximam as crianças ao mundo letrado, fazendo com que elas através da “leitura” alimentem o imaginário e incorporem experiências às brincadeiras, ao desenho e as histórias que terão apreço em contar.


Léia é formada em Magistério e Graduada em Pedagogia. Atua como professora do 1º período do Colégio F.A.S.

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CAPOEIRA – CULTURA E EDUCAÇÃO REVIVENDO AS TRADIÇÕES: “NOSSA RAIZ” – A HISTÓRIA CONTINUA Por Núbia Nogueira Cassiano

Na edição passada falamos sobre a cultura e sua importância para a humanidade. Relembrando Moreira (2006, p. 140) , dissemos: “educar-se é aprender a fazer história, fazendo cultura”, portanto cultura e educação caminham juntas. Com isso justificamos a relevância do projeto cultural desenvolvido pela escola e acrescentamos que “é natural do ser humano buscar suas origens para poder significar sua existência e definir sua identidade. É na gênese, na raiz que descobrimos o sentido do que somos e seremos. Assim constituímos nossa história no mundo” (CASSIANO, 2014, p.26) . Tudo isso para explicar o “porquê” do tema do evento anual realizado com os alunos que praticam Capoeira, que foi: REVIVENDO AS TRADIÇÕES: “NOSSA RAIZ” em que foi trabalhada toda a história da linhagem de Capoeira a qual fazem parte, desde o precursor Mestre Corisco até o criador do Grupo Águia Branca, Mestre Asa Branca. Este ano, como continuação do tema anterior, sob o título: REVIVENDO AS TRADIÇÕES: “NOSSA RAIZ” – A HISTÓRIA CONTINUA, o evento trouxe todo ao conhecimento dos meninos todo o histórico de luta de Mestre Café em prol da Capoeira, relatando uma vida pela arte. Este evento também foi um marco nesta trajetória, pois nele Mestre Café formou a mestre quatro de seus discípulos, entre eles está pessoa que voz escreve, a então professora Puma, que há sete anos desenvolve o projeto de Capoeira nesta escola. Hoje Mestra Puma. Interessante ressaltar também, o desfecho de toda essa dedicação de Mestre Café pela Capoeira, no mês de setembro deste ano foi convidado, pela sua experiência capoeirística e seu desempenho como diretor de Cultura, a participar do BRAZILIAN DAY PHILADELPHIA, um evento que celebra a independência do Brasil com a apresentação de diversas manifestações culturais brasileiras. Na ocasião fez muitos amigos no exterior, visitou universidades e pontos turísticos de vários lugares dos Estados Unidos e o mais gratificante, esteve com o capoeirista mais velho do mundo da Capoeira: Mestre João Grande, discípulo de Mestre Pastinha , uma lenda viva. Outro ponto interessante foi o reencontro com Mestre Doutor, o grande difusor da Capoeira ASCAB no exterior e organizador de todo o nosso sistema de ensino. Uma forte amizade se estabeleceu entre eles, pautada no respeito, na gratidão mutua e no amor pela Capoeira. Mestre Café chamou o fenômeno de “reencontro com as raízes”, pois reviveu nesses dias toda a capoeira de quando se iniciou e que, devido ao contato com outros estilos já não se mantinha mais tão pura. O resultado de tudo isso foi uma reestruturação em todas as aulas, inclusive as que acontecem aqui no Colégio FAS. Nossas crianças estão vivenciando a Capoeira Raiz, Tradicional e com a mais avançada metodologia de ensino. Estão conseguindo realizar até os movimentos mais complexos, despontando como nunca e muito felizes. 1 -MOREIRA, W. W. et al.; Corporeidade aprendente: a complexidade do aprender a viver. in: MOREIRA, W. W.(Org.). Século XXI: a era do corpo ativo. Campinas, SP: Papirus, 2006. 2 - CASSIANO, N.N.; Capoeira – Cultura e Educação. in: Escola um Lugar de Valor, Uberaba, 2013. 3 - Vicente Ferreira Pastinha (1889 – 1981) maior defensor do estilo de Capoeira Angola, um dos primeiros mestres a receber o título e reconhecimento da comunidade. 4 - Associação Santista de Capoeira Areia Branca – fundada por Mestre Corisco, precursor da nossa linhagem capoeirística.

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MESTRE CAFÉ – UMA HISTÓRIA DE SUCESSO No dia 07 de março de 1979 nasce Ubiracy Galvão Borges, filho de Raimunda Brito Galvão, Ojá Kenirã, mulher guerreira, matriarca da religiosidade africana em Uberaba, dedicou todo seu carinho e atenção na formação de seus filhos. Três anos depois em 19 de novembro de 1982 o garoto se iniciou na Capoeira, na academia Sétimo Guerreiro de Águia Branca com Antônio Carlos Borges, Mestre Asa Branca. Naquela época, talvez devido sua excepcional desenvoltura o menino recebeu o apelido de parafuso, porém um certo dia ao visitar o garoto, Mestre Asa Branca observou que ele bebia uma quantidade exagerada de café, a partir daquele dia passou a chamá-lo de Cafezinho. Apesar de muita dificuldade nunca deixou de treinar e sua mãe sempre o incentivava cada vez mais. Alguns anos mais tarde, na expectativa de uma vida melhor e buscando maior qualificação profissional, Mestre Asa Branca parte para Bertioga, SP, deixando como responsável pela academia seu formado Águia da Noite e vindo todo mês inspecionar o andamento dos treinos. Águia da Noite desenvolveu o trabalho durante um período, mas obrigações maiores o forçaram a deixar de praticar capoeira, transferindo então a responsabilidade para o aluno mais velho da academia, Tigre, porém esse aluno trabalhava em mão de obra pesada, saia muito tarde do serviço e na maioria das vezes muito cansado também. Cafezinho então limpava a academia e aguardava Tigre que ao chegar, sempre pedia para o menino passar o treinamento. Mestre Café então, começava ali, ainda garoto a exercer seu maravilhoso dom: ensinar capoeira. Por volta de 1991, agora como instrutor, Cafezinho resolve desenvolver um trabalho individual e passa a lecionar capoeira na escola Henrique Kruger e no Centro Educacional Corujinha, em 1993 transfere o trabalho para a Escola Municipal Reis Júnior, em 1995 realiza seu primeiro evento no CAIK e em 1997 com o apoio de sua mãe abre a sede da Academia Águia Branca, na rua Haiti n°125 no Fabrício. Neste mesmo ano, após perceber que o filho estava amparado, seguro e capaz de seguir com seus próprios passos sua trajetória vital, dona Raimunda, como um Raio, que por sinal foi seu nome na capoeira, parte para sempre, como diria Mestre Deraldo, “para um mundo diferente, ai meu Deus talvez seja Angolaeeeee”,.........Cafezinho então, perde seu chão, seu porto seguro e se vê ali, ainda um garoto de apenas dezessete anos de idade com uma tremenda responsabilidade nas costas, mas como diz o ditado: “Deus só dá a cruz para quem pode carregar”. E foi assim, buscando as últimas forças no interior de seu Ser que o menino realiza mais um de seus eventos, desta vez no UTC, quando se forma a professor. Um ano mais tarde em um evento realizado em conjunto com Mestre Asa Branca, em Bertioga SP, recebe a graduação de contra-mestre. E em 2001, em um batismo surpresa, Mestre Asa Branca concede a Cafezinho o título mais nobre que um capoeirista pode almejar, título esse, que Cafezinho já havia recebido a muito tempo pela comunidade e Asa Branca veio consagrar, o título de Mestre de Capoeira. A partir de então, Cafezinho deixa de ser “inho”, se torna Mestre Café, conquista espaço e respeito perante a sociedade uberabense, desenvolvendo um trabalho magnífico, cujo resultado pode ser observado no sorriso e no brilho dos olhos de seus discípulos. Ledo engano de quem imagina que a história acabou. Isso foi apenas o começo, o início de uma árdua caminhada. Mestre Café percebia que era necessário mudar a rota, precisava descobrir uma maneira de atender a todos que o procuravam em busca de cultura, informação, lazer, educação e até afeto familiar. Mais que isso, precisava cumprir com sua missão de provar a todos a capacidade que a Capoeira pode oferecer na formação da cidadania. Foi então que por longos cinco anos caminhando entre pedras trabalhou na criação do Centro Cultural de Capoeira Águia Branca, um espaço que pudesse oferecer aconchego, segurança, alegria, momentos de descontração e por traz de todos esses atrativos fosse capaz de formar pessoas autônomas, protagonistas de suas ações, integras e solidárias. Em 2006 Mestre Café, vê sua meta se concretizando, registra a instituição e começa a buscar subsídio para seus projetos: Capoeira com a escola - uma luta pela educação, Além dos limites dos olhos – Capoeira para deficientes visuais, Além dos limites do corpo – Capoeira para a terceira idade e Capueco – oficina de confecção de instrumentos. Todos esses projetos abaram por dar origem a um Mega Projeto, hoje contemplado pelo programa de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura, o: Capoeira Para Todos – Gingando Contra a Exclusão, que tem como princípio atender a todo tipo de público, sem exceção. Mestre Café segue ensinando, projetando, inovando, fomentando e sobre tudo como ele mesmo sempre diz: “aprendendo a Capoeira”, razão de sua existência.

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O que o judô pode ensinar ao seu filho? O judô traz bene�ícios para as crianças e adolescentes, proporcionando um desenvolvimento �ísico, psíquico e social de forma integrada Por John Waynner Alves de Oliveira Judô foi criado por Jigoro Kano, considerado o senhor dos esportes no Japão, onde o mesmo se preocupava com a educação infantil dedicando e espalhando sua doutrina para o resto do mundo. Jigoro Kano escolheu o nome Judô pois signi�ica “ Caminho da Suavidade ou da Flexibilidade”. A ideia era reformar as Artes Marciais e criar um novo método, não sendo só apenas uma Arte Marcial, mas como uma forma de Educação Física com treinamento e disciplina, ou seja, preparando para a vida. Através das atividades propostas o Judô auxilia o reconhecimento e a formação corporal, o autocontrole, a segurança, a perseverança e principalmente a disciplina. Esta Arte Marcial consegue atender crianças de todas as faixas etárias, principalmente em idade pré-escolar, quando as mesmas estão descobrindo o mundo, seu corpo e suas capacidades. Nesta idade é muito importante a estimulação psicomotora da criança.

Essa possibilidade de conhecer novos movimentos, melhora a coordenação e explora o domínio corporal, tem uma in�luência direta com aprendizado escolar. Judô também auxilia aquelas crianças extremante tímidas e com di�iculdade de socialização. Apesar de ser uma modalidade individual, o judô prioriza o trabalho em grupo, a amizade e a disciplina. Atuando desta forma para auxiliar o desenvolvimento das crianças, sua pratica deve re�letir em casa, na escola e na vida social, possibilitando que os praticantes tenham uma vida harmoniosa com seus semelhantes. Fundamentos utilizados: UKEMIS: (Amortecimento de quedas) USHIRO UKEMI (Amortecimento de quedas para Trás) YOKO UKEMI (Amortecimento de quedas para o lado) MAE UKEMI (Amortecimento de quedas para frente) ZEMPO KAITEN UKEMI; (Rolamento sobre o ombro) UCHI- KOMI; Treinamento Entrada de golpes

• Através do Judô a criança pode experimentar movimentos novos; • Pode melhorar a coordenação motora; • Consegue ter um domínio corporal melhor para executar os movimentos e consegue ampliar seu desenvolvimento motor com essas experiências.

John é faixa preta de judô, iniciou essa prática esportiva aos quatro anos, como atleta conquistou medalhas de Bi campeão mineiro de judô, tri campeão do JIMI jogos de Minas, 2° lugar no brasileiro. Atua como professor de Judô no Colégio F.A.S.

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O Dia Mundial da

Dança Penso que, hoje, a dança seja uma das disciplinas teórico-prática mais completas, pois através de seus fundamentos trabalhamos indiretamente matemática, português, ciências, literatura, musicalização e a inclusão que é tão mencionada nestes tempos de conscientização para uma educação mais ampla e justa. DANÇAR se tornou algo benéfico à saúde e, atualmente, é um dos grandes promotores e facilitadores para uma vida saudável. Mas por traz de uma disciplina com amplos fundamentos anatômicos e psicomotores a dança se tornou um grande agente da inclusão social, pois não há limites e nem limitações para quem a prática, se movimenta e experimenta os sentimentos por meio da escrita que o corpo faz.

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Por isso, com muito esforço e estudos pelos amantes e praticantes de danças acadêmicas, ganhamos um dia só nosso. Uma data para comemoramos com orgulho, amor e respeito por está arte que além de promover saúde e ser benéfica ao corpo modifica a vida de muitos jovens e adultos transformando seus sentimentos em movimentos. E na escola não podíamos deixar de celebrar um momento tão especial. Nossas comemorações começaram com os pequenos, que desde cedo aprendem a importância do movimento e da expressão corporal para sua formação e desenvolvimento.As turmas do ballet clássico dançaram e produziram cartazes explicando as diferenças entre as modalidades que a dança apresenta e sua importância para cada um.


É aprender brincando!

É alegria! Dançar é...

É uma experiência enorme e agente acaba fazendo várias amizades novas, é uma coisa coletiva e eu amo a dança, tipo ballet, street jazz eu quero dançar até ficar velhinha. Eu amo dançar!!! Beatriz Lopes de Oliveira (5º Ano)

Turma Maternal 3

Dançar é criar um mundo diferente!

É imaginar!

Turma Dança 1ºPeríodo Dançar é ouvir a música é interpretá-la dançando, ter força de vontade, criatividade e amor pela dança. Pensar no que você está sentindo e mostrar na dança. Vitória Mendes Urbano (4º Ano)

E assim terminamos este dia tão especial, mas a dança continua no coração de cada um que se deixa levar pelo sentimento, pela música e pela magia dos passos. A dança não é apenas o meu trabalho, mas sim o meu refúgio, minha base educacional e acadêmica, meu lazer, minha diversão....passaria horas falando o que é dançar, mas só quem ama essa arte sabe a magia da caligrafia dos corpos. Então que tal experimentar, vamos dançar??!!

Turma Ballet Clássico 2º Período É colorir a vida!

É transformar o simples em algo mágico!

Turma Ballet Clássico1º e 2º Ano

Vanessa Cristina Alves é bailarina há 23 anos e Professora de danças acadêmicas(Ballet Clássico/Jazz/ dança educativa/ Street Jazz) no Colégio F.A.S.

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Rua Vital de Negreiros, 25- Bairro Fabrício (34) 3313-9263

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Alimentação Saudável na Infância e Adolescência Por Thaísa Rodrigues Montes

Hoje em dia, temos observado um processo de transição nutricional, caracterizado pela diminuição da desnutrição em crianças e adultos e pelo aumento do sobrepeso e obesidade. Um dos fatores determinantes dessa transição epidemiológica e nutricional é a mudança do padrão alimentar da população; há um aumento exagerado do consumo de alimentos ricos em gorduras e açúcares, com alto valor calórico, associando ao sedentarismo e condições favorecedoras do desenvolvimento de doenças crônicas. Entre as medidas de intervenção, destaca-se a educação nutricional para uma alimentação saudável como instrumento para a promoção da saúde e consequente melhoria na qualidade de vida. As práticas alimentares e hábitos saudáveis são construídos pelos indivíduos e pelas relações sociais que os mesmos estabelecem em diferentes espaços de convivência e troca de informação. Na infância, além da família, o ambiente escolar é um local favorável para o desenvolvimento de ações, visando a promoção de práticas alimentares saudáveis por ser um

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espaço de socialização, dado que é durante a fase escolar que as crianças iniciam suas relações sociais. A promoção de saúde no ambiente escolar tem sido fortemente recomendada, ressaltando a importância da escola desenvolver estratégias de intervenção que envolvam toda a comunidade escolar na formação de hábitos saudáveis, propiciando um ambiente com opções de lanches nutricionalmente equilibrados, exercícios físicos regulares e programas de educação alimentar. Com o objetivo de garantir a promoção da alimentação saudável nas escolas, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação determinaram a Portaria Interministerial nº 1.010, de 8 de maio de 2006, que institui as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional, favorecendo o desenvolvimento de ações que promovam e garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar, sendo a educação alimentar e nutricional uma das ações prioritária. Os professores têm influência importante frente às ati-


tudes dos alunos, devido a seu contato expressivo e envolvimentos com a escola e ambiente social. A educação alimentar deve ser iniciada na infância, período no qual o hábito alimentar é formado. Visto que a escola desempenha importante função na formação do hábito alimentar e que nesse ambiente as crianças e adolescentes permanecem por um expressivo período de tempo, ela pode ser considerada um local privilegiado para a intervenção na busca de um estilo de vida que tenha por objetivo uma melhor qualidade de vida presente e futura. A alimentação servida na escola é um importante aspecto dessa abordagem, não apenas por fornecer uma parte dos nutrientes que o estudante necessita diariamente, mas por representar uma oportunidade para a educação em saúde por meio de ações voltadas para a educação alimentar, resgate de hábitos alimentares saudáveis, escolha de alimentos adequados, educação para a mastigação e contato com novos alimentos e sabores. A alimentação e a educação são processos extremamente integrados, e a promoção da saúde e de hábitos alimentares saudáveis se dá tanto pela divulgação das informações quanto pelas práticas e posturas adotadas no ambiente escolar. É papel da escola, dar exemplo do que deve ser uma alimentação saudável, sendo um dos componentes que integram o conceito de escola promotora de saúde. Com base nessas informações, ressalta a importância do nutricionista como profissional de saúde, promovendo práticas alimentares saudáveis e buscando garantir a segurança alimentar e nutricional.

Thaisa é nutricionista do BerçárioColégio F.A.S.

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BICHO PAPÃO

Também Chamado de Por Luciana Silva de Paiva Menezes A febre é e sempre foi um sintoma que assusta muito os pais e cuidadores, pois causa prostração, perda de apetite e mal estar em nossos pequenos. Entretanto, ela indica que o nosso organismo, através das células de defesa, está nos defendendo de algum “invasor”, seja este um vírus ou uma bactéria. A febre em crianças, quase sempre surge como um único sintoma, geralmente este é o primeiro. Neste caso, como devemos proceder? Antes de qualquer coisa, é preciso aferir a temperatura axilar para termos certeza da existência ou não da febre. Considera-se febre quando a temperatura é igual ou maior que 37,8ºC. A temperatura pode ser conferida com termômetro de mercúrio ou digital. A primeira providência a ser tomada é medicar a criança, conforme orientação médica e não se desesperar. Se estiver em “estado febril”, ou seja, temperatura abaixo de 37,8ºC, mas bem próxima, não deveremos medicar neste momento e sim dar um banho morno (nunca gelado), aguardar cerca de 30 minutos e aferir novamente. Após a resolução deste primeiro pico febril, o próximo passo é observar como a criança se comporta: se permanece prostrada e sem apetite é sinal de alerta, sugere infecção mais grave, geralmente de origem bacteriana. Ou se fica ativa, esperta, como se nada tivesse acontecido é sinal de tranquilidade, pois sugere infecção leve, geralmente de origem viral. Outro ponto importante a ser observado é o intervalo entre

FEBRE

os picos febris. Se a febre surge com intervalo superior a seis horas, que geralmente é o tempo de ação dos antitérmicos, indica menor gravidade. E finalmente, deve-se observar quantos picos febris a criança apresentou em um intervalo de 24 horas e se surgiu ou não algum outro sintoma associado à febre, tais como vômito, diarréia, tosse, coriza, manchas no corpo etc. Dessa maneira, quando aparece a febre como primeiro sintoma, a observação destes sinais e sintomas na criança nas primeiras 24/48 horas de febre é de extrema importância. Passado este período, a criança deverá ser levada ao médico para ser examinada, na tentativa de detectar a origem da febre. Estas informações, com certeza serão de grande valia para que o profissional possa concluir sua impressão diagnóstica e, caso isto não seja possível, solicitará uma nova avaliação da criança nas próximas 24 horas, ou passará exames, se necessário. Muitas vezes nos desesperamos no primeiro pico febril e corremos para o hospital com o nosso filho, porém, quase sempre este primeiro pico febril surge antes da alteração do exame físico, ou de alterações nos exames e, desta forma, acabamos por expor nosso pequeno a um ambiente hospitalar e ao estresse da consulta médica e coleta de exames precocemente. O ambiente domiciliar sempre será o local mais seguro para observarmos nosso filho quando se tratam das primeiras 24 horas de febre, desde que esta não esteja acompanhada de outros sinais de gravidade.

VOCÊ TEM MEDO DE CONVULSÃO FEBRIL? A Crise Convulsiva Febril é um evento que pode ocorrer em algumas crianças antes de um ano de idade e, raramente, após cinco anos de idade. Não deixa sequelas. Não acontece em crianças maiores que a idade citada, mesmo que já tenham tido convulsão febril quando menores. Não significa que a criança terá epilepsia na fase adulta da vida. Se o seu filho já teve febre elevada e não teve crise convulsiva febril, provavelmente ele nunca terá.

Se seu filho já teve crise convulsiva febril, ele não terá para o resto da vida e nem apresentará seqüelas. Com certeza as crises cessarão após cinco anos de idade. Devemos lidar com a febre com equilíbrio e tranquilidade, observando a evolução do quadro. A febre é um sinal de alerta que indica que o nosso organismo está produzindo células de defesa (anticorpos). Portanto, não deve ser motivo de desespero.

Luciana é mãe de Leonardo de Paiva Menezes, aluno da turma do maternal baby. É médica pediatra no Hospital da Criança- especialista em adolescência. Também está à frente da Coordenação do Internato do curso de Medicina da Universidade de Uberaba e da Residência Médica em Pediatria na mesma instituição.

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De olho no

bumbum O vermelhidão no “bumbum” do bebê é um dos primeiros sinais de assadura. Uma situação comum tanto em meninas como em meninos.

Por Naihara Cristina Alves Araújo As assaduras em bebês são um incômodo e tanto. Além de deixar a pele dos pequenos irritada, vermelha, com ardência, coceira e dor podem ter como consequência prejuízos no sono e na alimentação. A assadura pode ser vista como uma inflamação cutânea, muito comum em crianças com faixa etária de zero a três anos, sendo provocada na maioria das vezes pelo contado da pele com fezes e urina da criança, já que a umidade do local torna-se um ambiente favorável para a proliferação de fungos e bactérias. Uma das maneiras de proteger o seu filho é trocar as fraldas com frequência. No Berçário do Colégio F.A.S. as crianças matriculadas têm uma rotina de troca de fraldas bastante flexível. São duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde, ou conforme a necessidade dos pequenos, e o período de permanência na escola (integral ou não).

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Todos os cuidados com a higienização no momento da troca são tomados conforme as exigências das mães. Afinal, alguns podem ter alergia a determinada pomada ou mesmo lenço umedecido. Por isso mesmo, cada uma das crianças tem um kit em separado. Caso a criança esteja com diarréia, por exemplo, no momento da troca é dado um banho. Quando a temperatura está muito elevada também temos o mesmo cuidado após a mudança de fraudas.

Alimentação

E importante ressaltar que os bebês também podem ter assaduras em decorrência de alergias alimentares. Por isso, quando introduzir a alimentação sólida, ofereça um alimento novo por vez, assim saberá se a assadura tem como causa alergia alimentar. Entre os alimentos que podem provocar assaduras estão o Kiwi, morango, abacaxi, tomate, beterraba, batata, laranja e limão, pois os mesmos modificam o Ph das fezes deixando- as mais ácidas. Ressalte-se que a amamentação materna é muito importante na prevenção de assaduras, já que o mesmo reduz o Ph das fezes auxiliando na prevenção. Nem sempre a assadura acontece somente na área da fralda. Especialmente em regiões quentes, elas podem aparecer em outras dobrinhas, como no pescoço ou embaixo do queixo. No Berçário também observamos possíveis alterações na pele do bebê, e caso seja detectado algo alertamos aos pais. Combinar trocas frequentes com cuidados preventivos é o melhor caminho para deixar seu filho longe das assaduras. Também é importante investir em fraldas de boa qualidade e de alta absorção, e buscar cremes eficientes na prevenção de assaduras e que tenham sido dermatologicamente testados. E essa escolha deve ser feita em conjunto com o pediatra da criança.


Algumas dicas de como prevenir assaduras: Realizar a troca de fralda em menos tempo se possível (A cada duas horas, no máximo). Evite usar lenços umedecidos e papel higiênico. Lave sempre que possível a região afetada, se não for possível limpe com algodão embebido com água e sabonete neutro ou de glicerina. Evite o uso prolongado de medicamentos industrializados, especialmente em meninas, pois afetam a flora bacteriana local. Com o tempo surgem irritações e inflamações vaginais. Forneça diariamente alimentos ricos em pró-vitamina A, para auxiliar na cicatrização dos tecidos. Passe uma fina camada de pomada contra assadura no bumbum do bebê, como as de óxido de zinco. Não aperte demais a fralda. É preciso deixar espaço para o ar circular e a pele do bebê poder respirar. Evite o uso de amaciante nas roupas do bebê. Não use talco na troca da fralda. Apesar de parecer adequado para manter as dobrinhas secas, o produto pode abafar a pele e irritar ainda mais. Também há risco de as partículas serem aspiradas pelo bebê. Nada de investir em receitas caseiras, como maisena ou outras substâncias, sem consultar o pediatra.

Naihara é formada como enfermeira padrão, e atua no Berçário do Colégio F.A.S.

Se a irritação não melhorar em 24 horas e ocorrer infecção, procure um médico. As assaduras são bastante doloridas e vão irritar o bebê. Nos casos mais graves, pode até ocorrer febre. Fonte: Internet

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Importância e benefícios do toque através da Shantala Tocar é uma das principais maneiras de comunicação, tornando-se então um importante meio de estreitar os relacionamentos humanos. Como um carinho a Shantala é uma técnica simples e amorosa, mas com sequência e direção. Por Adriana de Macêdo Parafraseando Mirna, este trabalho é uma pequena homenagem a Gaia, a grande mãe terra, para que a doçura do toque na criança possa nos lembrar da falta de tato, que os homens seus filhos estão tendo com ela e suas crianças. (Mirna Luisa M. Miranda, 1997). A criança estimulada desde os primeiros anos de vida capta informações por meio dos sentidos como ver, ouvir, sentir, tocar. Sempre que o cérebro recebe esses estímulos milhares de novas fibras nervosas se formam pra ativar alguns dos cem bilhões de neurônios que cada pessoa carrega desde o nascimento. Quanto mais estímulos à criança receber nessa fase de zero a três anos, mais sinapses formará. Quanto mais sinapses, mais neurônios ativados e, consequentemente, acredita-se, mais inteligência. Isso não quer dizer que os estímulos vão gerar gênios ou superdotados. “Mas a atenção especial nos primeiros anos de

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vida pode fazer com que uma criança explore todo o seu potencial de inteligência, que é determinado geneticamente.” (Dr. Luiz Celso Vilanova,Neurologista da Universidade Federal de São Paulo). Meu primeiro contato com essa massagem, foi em um curso com a professora Mirna Luisa M. Miranda oferecido pela Secretaria de Educação de Uberaba, em 1997, aos professores de Educação Física onde me especializei com esta mestra na massagem para crianças e a massagem holística para adultos. A Mirna minha eterna gratidão por promover meu aprendizado e motivar para que eu ousasse a buscar mais conhecimento que se tornou tão precioso em minha profissão e vida. Através da professora, pedagoga, psicopedagoga e coordenadora do Colégio F.A.S., Simonia Manzan, que participou do curso “Ginástica Cerebral” com o professor Carlos Maurício do Prado e compartilhou comigo todo o conhecimento adquirido, dessa forma pude utilizar, especializar e


estudar mais profundamente a importância e os benefícios do toque e da massagem para crianças. Neste mesmo período completei meus conhecimentos através do livro do obstetra FrédérickLeboyer (Shantala, uma arte tradicional - Massagem para bebês). Ele percebeu que na índia, apesar da pobreza, as crianças tinham bom tônus muscular e eram alegres. Foi pesquisar e conheceu Shantala, uma mãe com suas duas crianças nas ruas pobres de Calcutá. A mulher estava com o filho no colo e massageava a criança com naturalidade. Leboyer descobriu que aquilo era uma tarefa diária das mães indianas, gostou do que viu e resolveu levar para a Europa o que havia aprendido. Batizou a massagem de Shantala, em homenagem a esta mãe. A Shantala pode ser feita em crianças de zero até nove anos. É uma massagem indiana que tranquiliza, evita as cólicas, insônia, melhora a digestão, libera a tensão muscular, ajuda a aprofundar a relação de afeto, trabalha o tônus muscular, a flexibilidade, os sentimentos de alegria e prazer, o relaxamento e desenvolve a inteligência da criança. Nesta vivência na índia, suas pesquisas confirmam em seu livro que os bebês têm necessidade de leite, mas muito mais de serem amados e receberem carinho. Percebem também que nos bebês, a pele transcende a tudo. É ela o primeiro sentido. É ela que sabe. É preciso dar atenção a esta pele, nutri-Ia. Com amor. Mas não com cremes. Ser levados, embalados, acariciados, pegos, massageados constitui para os bebês, alimentos tão indispensáveis, senão mais, do que vitaminas, sais minerais e proteínas. Se for privada disso tudo e do cheiro, do calor e da voz que ela conhece bem, mesmo cheia de leite, a criança vai-se deixar morrer de fome. Tendo em vista tantos benefícios o Colégio F.A.S. colocou em prática o método na instituição. Nas turmas de quatro a 10 anos (Unidade I desta casa de ensino) é realizada por auto massagem, (em duplas e trios) com passos da ginástica cerebral unindo a hata-yoga, ginástica corporal, dança circular com musicas e outras que permeiam a educação física. Já na Unidade II -Berçário foi estipulado um horário específico dentro das aulas de psicomotricidade – uma vez na semana no Maternal baby- para que a técnica fosse aplicada nos alunos. As demais turmas do berçário e da Unidade I recebem a aplicação da massagem para crianças e ou algumas manobras em casos de necessidadee esporádicos nas próprias aulas de Educação Física. O resultado foi muito satisfatório. Percebemos que os benefícios que essa prática proporciona são diversos, é um momento de aproximação entre educador e criança, fortalece o elo de ligação entre eles, além de trazer bem-estar aos pequenos. Desta forma, é importante destacar que durante o período de desenvolvimento desta técnica, compreendemos a importância do toque para o ser vivo, especialmente nesta fase da vida, em que mais se necessita do contato físico para o desenvolvimento.

Colocando em prática... A massagem deve reunir delicadeza e vigor. Exigindo sensibilidade e ciência. Para começar, coloque uma música suave e deixe o ambiente aquecido. A criança não pode sentir frio, pois a criança estará inteiramente despida. No verão, a massagem será feita de preferência ao ar livre. Depois, a criança poderá ficar despida ao sol, pois este também faz bem. Faz-se a massagem com óleo previamente aquecido pelas mãos. É importante somente utilizar óleos naturais. Na Índia, no inverno, as mulheres usam óleo de mostarda e, no verão, óleo de coco. A criança deve receber a massagem antes da mamada ou da sopinha. Não tenha pressa para fazer a massagem, mas, evite parar durante a mesma. Não provoque dores nos locais massageados. Estenda uma toalha sobre as pernas ou local que fará a massagem, de preferência impermeável. O Relaxamento profundo proporcionado pela massagem e o bem estar que a criança vai sentir farão com que, muitas vezes, ela esvazia a bexiga. Durante a massagem é preciso conversar com a criança, não somente com palavras. Também permanecer em silêncio, o silêncio ajuda na concentração. Ser atencioso, pensar no que esta fazendo. Se olharem, este contato com os olhos é de grande importância, falar com a criança com os olhos, com as mãos com o seu ser. A massagem poderá ser seguida pelo banho, que completará a sensação de profundo relaxamento. E livrará a pele do excesso de gordura não absorvida. Poderá ser feita de manhã e repetida à tarde. Deve ser feita de modo lento, bem de leve. Mantendo o ritmo lento (você não deve jamais acelerar, mas conservar o no mesmo ritmo, perfeitamente uniforme, do começo ao fim da massagem), mantendo essa lentidão, a pressão das mãos acentua-se. Isto será feito de modo natural, não intencional. Deve ser feita como um ritual de amor e carinho. Mantenha a concentração e sinta as reações da criança. Deixe um brinquedo por perto, caso ela estranhe a situação. Educação Infantil

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Iniciando a massagem

Com muita calma, deslize suavemente as mãos pelo corpo da criança da cabeça aos pés.

Massageie fazendo um “x”cruzando o tórax.

O Peito

Deslize as mãos do centro do corpo para os lados.

Os braços

Com as mãos em forma de bracelete deslizar como se fossem uma rosca.

As mãos

Abra a palma da mão e suavemente massageei cada dedo. Primeiro, com os seus polegares, indo da palma para os dedos, depois os prenda e faça-os Escola, um lugar de valor dobrar-se. Depois o outro braço. 50simplesmente


A barriga

Mãos espalmadas de cima para baixo, fazendo uma leve pressão no ventre.

As pernas Os pés

A planta do pé, primeiro com os polegares e depois com a palma da mão e suavemente com os dedos. Depois a outra perna.

As mãos formam pequenos braceletes e movimentos de rosca ou torção da coxa até o tornozelo.

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As costas

De bruços, as duas mãos nas costas simultaneamente indo do pescoço ao bumbum.

Apoia o bumbum percorra as costas da nuca as nádegas como uma onda. Percorrer as costas de alto a baixo passando pelas coxas, pernas e pelos pés.

O rosto

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Comece pela fronte. A partir do meio da testa, com a parte dos dedos, deslocando para os lados, seguindo até o queixo. Movimentos circulares envolta dos olhos e da boca. Escola, um lugar de valor


As orelhas e cabeça

Com os polegares e ponta dos dedos em movimentos circulares.

Bibliografia Shantala - Uma arte tradicional massagem para bebês FrédérickLeboyer - Editora Ground 7ªEdição. Mirna Luisa M. Miranda – Curso 1997. Professor Carlos Maurício do Prado - Ginástica Cerebral.

Encerrando a sessão

Utilizar três exercícios próprios da hathayoga. Respeitando a flexibilidade da criança, cruzar braços,pernas/braços e somente pernas.

Adriana de Macêdo - Educadora Física/Coordenadora da área de esportes.

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“A ROTINA NOSSA DE Por Gislaine Ribeiro Paula Valdisser de Faria A ideia de rotina nem sempre é vista com bons olhos, especialmente entre aqueles que a veem como certo aprisionamento ou impossibilidade de escolha. Fazer as mesmas coisas todos os dias ou sempre da mesma maneira é uma coisa meio entediante. A monotonia é muito desgastante. Porém, para entender que a rotina pode trazer experiências diferenciadas a cada dia, assim como proporcionar prazer, é preciso que reconheçamos a sua importância e a elaboremos nós mesmos. No trabalho com as crianças do berçário não é diferente, a rotina está presente diariamente, devido à necessidade das trocas de fraldas, do banho, da alimentação, do sono, das atividades. Estabelecemos uma rotina, pois a consideramos fundamental para desenvolver a autoconfiança, a segurança, para orientar a ação da criança, do professor, para situar a criança em relação a espaço e tempo, para colocarmos em prática o que foi previsto, planejado, enfim, garantir a organização no berçário, porém, sem que haja mesmice. Para isso é preciso que aconteça uma rotina prazerosa. ÊPA! COMO ASSIM UMA ROTINA PRAZEROSA? É isso mesmo! Por exemplo, transformando a hora do banho ou da troca em uma atividade lúdica e de aprendizagem. Em um momento do toque, do olhar, da conversa, transmitindo conforto e segurança para a criança. Na hora da alimentação, que não seja apenas para saciar a fome, mas também proporcionar um momento de contato com outras crianças, de socialização. Acredito, portanto, que é possível promover uma rotina prazerosa sim, mas para que ela seja eficiente são indispensáveis que haja planejamen-

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to, flexibilidade, que consideremos as necessidades dos alunos, professores e da instituição, que haja consideração também em relação às demandas, à época do ano, à série e nível de ensino e um equilíbrio entre as áreas trabalhadas e as estratégias utilizadas. Existem alguns instrumentos que são importantes para a elaboração da rotina, como o calendário mensal, o relógio na sala de aula, quadros de horários diários ou semanais.


CADA DIA”… Na rotina diária do nosso berçário há alguns momentos que considero importantes: • Acolhida; • Roda de conversa; • Apresentação das atividades do dia/ realização das mesmas; • Momento do lanche; • Troca ou banho; • Hora do sono ou de relaxamento; • Organização do espaço escolar e encerramento. No berçário do colégio F.A.S., embora trabalhemos com uma rotina pré-estabelecida, com certeza, dentro dela há inúmeras possibilidades de criação, de inovação, de descobertas através da ludicidade. E é assim que procuramos proporcionar às nossas crianças, momentos produtivos e prazerosos. Contudo, conscientes da necessidade de o profissional que atua junto às crianças observe o seu fazer pedagógico, como ele acontece, quanto tempo dura, onde as crianças preferem ficar, o que mais as agita, e o que as deixa tranquilas, para poder, deste modo, fazer uma organização do tempo. Esse conhecimento é fundamental, caso contrário corre-se o risco de ter uma rotina sem nenhum significado.

Gislaine é professora e Coordenadora no Berçário do Colégio F.A.S.

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Ludicidade no Berçário Um encontro com a imaginação

Por Aleandra Nicodemos Ferreira de Morais Poucas pessoas sabem que os primeiros anos de vida são decisivos para a formação da criança, pois se trata de um período em que ela está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, afetiva e intelectual. Nessa fase, devem–se adotar varias estratégias, uma delas é oferecer atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no desenvolvimento da criança, assegurando-lhe condições para trabalhar suas competências. Segundo o referencial curricular nacional para a educação infantil (Brasil, 1998, p. 22): brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia.o fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons, e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. A partir das brincadeiras que realizamos com as crianças estimulamos à atenção, a memória, a autonomia, a capacidade de resolver problemas, despertando a curiosidade e a imaginação. Vemos então que, dessa maneira é fundamental o ato lúdico do brincar, pois, através dele a criança vive mais intensamente sua infância, desvendando saberes e a complexidade do mundo e códigos dos adultos. O primeiro brinquedo da criança é o seu próprio corpo e seus movimentos, que quando observados por ela dão origem ao seu primeiro jogo. Ela brinca com os dedos das mãos, colocando-os na boca, estimulando a zona oral. após esse contato, brinca com objetos, como pontas de cobertores ou paninhos, observando seus movimentos. Aos poucos o interesse do bebê vai sendo ampliado e sua curiosidade vai o impulsionando a viver ações que envolvam o espaço e o outro.

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As atividades pedagógicas no berçário do colégio f.a.s. se fazem presentes através das rodas de músicas, do contar histórias, das brincadeiras, nas quais contam com diversos brinquedos auxiliadores no processo de aprendizagem. É fundamental que os bebês sejam estimulados com mecanismos de repetição, de imitação e da exploração sensorial. Nessa fase ocorre o desenvolvimento físico e as habilidades motoras, a criança é ativa, aprende por meio de experiências sensoriais, tocando, apalpando, ouvindo e movimentando-se. Nas turmas do bercário percebemos que a ludicidade tem promovido um excelente desenvolvimento nas crianças. No segundo semestre deste ano montamos um móbile de chocalhos de garrafinhas pet, com bolinhas de plástico, no centro da sala. Anteriormente os chocalhos haviam sido utilizados como instrumento musical para apresentações. Usamos para produzir sons, visualização das cores, formas e tamanhos, o que tornou a atração do momento. Acredito que são em atividades coletivas como essa que as crianças constroem o conhecimento, se tornam mais sociáveis, despertam a curiosidade e o desejo de explorar, desenvolvem a comunicação e expressão, a percepção visual, auditiva, tátil, e se adaptam ao meio com segurança e felicidade.

Aleandra é professora na turma do maternal Baby do Berçário do Colégio F.A.S.

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No F.A.S é assim que se faz “ O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade. (Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Art 3º) Partindo do princípio que as articulações decorrentes no processo de aprendizagem de todo ser aprendente ocorre mediante a interação com os diferentes conhecimentos que estejam pautados em ações que estimulem o aprender a conhecer, fazer, conviver e se,r em todas as suas dimensões é que surgiu a ideia de se trabalhar no berçário , na turma de 1 ano, um projeto de artes, abordando de forma interdisciplinar as áreas do conhecimento. Na ação das crianças do berçário a “arte” não acontece de forma intencional, mas sim como consequência da mediação do professor que estimula a apreciação e a experimentação de diferentes recursos que mais tarde proporcionarão a percepção do avanço de suas habilidades e ferramentas que potencializarão novas possibilidades. A curiosidade e o encantamento pela diversidade das cores , formas, a apreciação por seres animados e inanimados foi uma alavanca para que a inspiração fosse o artista plástico “Romero Brito”. “Conhecido pelo seu estilo alegre e colorido e por apresentar uma arte popular, é considerado um dos artistas mais prestigiados pelas celebridades americanas e o pintor brasileiro mais bem sucedido fora do Brasil. Romero Britto nasceu no Recife, em 6 de outubro de 1963. Começou seu interesse pelas artes na infância, quando usava sucatas e papelões de jornal em seus trabalhos. Romero Britto também começou nessa época a grafitagem, o que foi de grande influência em seu . trabalho. É muito influenciado pelo Cubismo, e tem Pablo Picasso como um grande mestre. Seus estilo vibrante e alegre, com cores fortes e impactantes fez com que sua obra tivesse forte ligação com a publicidade. Hoje, o pintor vive em Miami, cidade na qual possui grande identificação. É casado e tem um filho.

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O projeto foi intitulado como: BOA TARDE TODAS AS CORES e teve como objetivos: Despertar um novo olhar para a Arte na Educação Infantil. Desenvolver habilidades manuais, visuais, afetivas e autonomia na exploração do fazer artístico. Aprofundar conhecimentos sobre as cores, linhas e formas; Desenvolver a imaginação, criatividade, atenção, concentração, expressão artística, percepção visual e noção espacial; Trabalhar coordenação motora fina e ampla; Desenvolver oralidade, interação e socialização; Fazer leitura e releitura de imagem Expressar-se através de gestos , sensações e sentimentos Os recursos utilizados foram:Imagens das obras: o gato, a bola, maçã, cachorro, peixe, carro, borboleta, menino,flores; Objetos concretos relacionados às obras


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Fez parte da nossa prática diária: Ver imagens das obras e apontar detalhes de cores e formas. Rodinhas de conversa e apreciação de objetos Cantar musicas destacando cores, formas e personagens Pintar figuras, fazendo a releitura de alguma obra Brincar com tiras e tecidos coloridos. Manipular objetos, explorando seus atributos Pintar e fazer colagens em objetos tridimensionais. Montar quebra- cabeça Colorir com giz de cera Cuidar de seres vivos ( animais e plantas) Dramatizar cenas, “estátuas vivas” Em todos os momentos a participação ativa e feliz das crianças garantiu o sucesso do nosso trabalho. “A sementinha da arte tem sido lançada, e o solo preparado com grande carinho e entusiasmo. A colheita com certeza virá e muitos poderão se deleitar com a beleza e o encantamento da vida , percebida , sentida e vivida num olhar que transcende ao óbvio e fragilidade social diante do novo e diferente.”

Simonia C. Tomaz Manzan, (Professora, Pedagoga, pós graduada em supervisão, inspeção, psicopedagogia, graduanda em neuropedagogia e coordenadora do colégio F.A.S)

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É meeeeeeeeu! O SEU FILHO É UMA DAQUELAS CRIANÇAS QUE NÃO SABE DIVIDIR NADA? SE A RESPOSTA É SIM, SAIBA QUE ESSE COMPORTAMENTO É MUITO COMUM ATÉ MAIS OU MENOS OS SEIS ANOS DE IDADE. O SEGREDO PARA LIDAR COM ISSO? CALMA E, CLARO, MUITO AMOR!! 62

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Por Márcia Cristina de Oliveira Gomes De acordo com a psicologia do desenvolvimento, a infância se caracteriza pela passagem de uma atitude naturalmente egocêntrica, em que a criança tem por referência seu organismo e suas necessidades, para uma atitude social e interativa. Deste modo, o egoísmo seria a recusa da pessoa em deixar essa fase infantil, uma luta por manter viva a fantasia do egocentrismo. Na fase do egocentrismo, na qual a referência é o próprio sujeito, a criança ainda não tem capacidade de entender que existe “outro” além dela. Por isso a dificuldade em dividir (principalmente seus brinquedos) aparece logo em seus primeiros anos de vida e vai melhorando aos poucos até os seis anos de idade. Quando começa a frequentar escola, esse comportamento passa a ficar um pouco mais fácil de ser contornado, porque a convivência com outras crianças da mesma idade faz com que aprendam juntas a dividir. As crianças do maternal I do Berçário do Colégio F.A.S. passam por esse processo, o que exige muita paciência e compreensão, pois essa atitude egocêntrica é um hábito natural que faz parte da etapa do desenvolvimento em que se encontram. A criança demora um pouco a entender que precisa dividir as coisas, por isso, devemos ir com calma, tentar administrar a situação, e não resolver por ela, e principalmente não arrancar o brinquedo da mão de uma para dar a outra, mas sim conversar, fazer com que ela entenda e concorde com a situação. Isso acontece às vezes nas brincadeiras de parque, durante atividades de artes em que têm que trabalhar com um mesmo material e em várias outras ocasiões. Segundo alguns psicólogos “O adulto deve respeitar que a criança nem sempre tem que dividir, assim como ele próprio não empresta tudo o que tem aos amigos, compartilhar é legal, mas não é obrigatório. Pois esse comportamento de certa forma pode ajudar a formar a identidade da pessoa”. Quando uma criança da nossa turminha empresta um brinquedo, percebo que ela pensa que não o terá de volta e que vai perdê-lo, então conversamos e procuro explicar, deixando bem claro, que depois de usar, o amiguinho irá devolvê-lo da mesma forma. Tudo isso fica mais claro quando ela também quer um brinquedo de seu amiguinho e tem que negociar o empréstimo para suprir suas necessidades e desejos. Esse comportamento egocêntrico da criança, às vezes, provoca nos pais certo constrangimento, “vergonha” por acharem que seu filho é egoísta, mas a melhor forma para

lidar com isso é mesmo tendo muita paciência, falando sempre com a criança, esclarecendo sempre que emprestar é um ato simples que provoca satisfação em ambas as partes, pois a criança também aprende por meio da repetição. Quando algum colega de trabalho me pede algo emprestado na nossa sala de aula, aproveito para fazer deste, um momento de aprendizado: Digo às crianças “Estou compartilhando tal objeto com meu amigo.” Isso chama atenção delas sobre a partilha. Devemos compartilhar sempre com a criança: “Quer um pouco da minha pipoca?” “Venha sentar-se conosco”, “vamos arrumar juntos essas coisas?”. O fato é que é na vivência com o outro, que a criança poderá treinar o trocar, ceder, dividir e receber. Os pais têm o papel de possibilitar estes encontros para auxiliar no desenvolvimento da socialização. É por essa razão que a entrada da criança na escola, facilita esse processo, afinal ela terá de conviver diariamente com outras crianças da mesma faixa etária, o que facilita o aprendizado. Na escola com crianças da mesma idade, seu (a) filho (a) aprenderá a dividir melhor o espaço, a atenção da professora, materiais e brinquedos. O papel da professora também é importante, pois é seu dever explicar a importância do outro e incentivar as crianças a dividirem. É um trabalho que complementa e reforça o trabalho que os pais devem ter em casa.

Márcia é formada em Pedagogia, Licenciatura em Letras. Professora na turma do materna lI Berçário Colégio F.A.S.

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A Hora de desfraldar Cada criança tem um ritmo próprio de aprendizagem e desenvolvimento, que deve ser respeitado. Por isso, além da criatividade e do esforço, o que vale é a paciência para esperar o momento correto. Por Maria Lopes de Souza Neta Há uma dúvida muito comum entre as mães dos pequenos em relação ao momento de iniciar o desfralde. Qual o momento certo de desfraldar? Apesar de sabermos do incômodo da criança ao ficar com as fraldas sujas, o aroma desagradável que prolifera no ar, e a despesa que se tem, ainda pior é a retirada precoce das mesmas. É importante nesta etapa, assim como em qualquer outra, que se respeite o ritmo da criança. É necessário que ela esteja pronta, preparada para tal. O desenvolvimento neuro-psico-motor acontece de dentro para fora, ou seja, é preciso ter prontidão para aprender. Um exemplo de fácil compreensão é o fato de querermos que uma criança que ainda não consegue ficar de pé, ande. Há alguns indícios que nos apontam para a prontidão dessa mudança, que são: • Quando a criança já aprendeu a andar; • Tem paciência para ficar sentada; • Fica seca por bastante tempo; • Se incomoda ao ficar molhada ou com a fralda cheia; • Se interessa por ver os outros irem ao banheiro; Ao trabalhar com alunos de dois e três anos no berçário do Colégio F.A.S., vivencio experiências relacionadas ao assunto o ano todo. Quando a criança começa a segurar fezes e urina e olhar com uma carinha que diz: “E agora o que é que eu faço professora?” vejo que está na hora de estimulá-la a usar o vaso sanitário. É natural não conseguirem segurar sempre, e fazerem na roupa, quando isso acontece procuro, ao invés de criticar e punir o insucesso, me colocar ao lado da criança, apoiando e estimulando a tentar novamente.

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Há casos em que ocorrem as recaídas, ou seja, a criança começa a ficar sem fraldas e de repente faz na roupa. Quando isso acontece é hora de fazermos uma investigação em relação ao aspecto emocional, pois, provavelmente algo pode estar acontecendo. Eis aqui, a principal dica para a família, para juntos vencerem essa etapa com seu pequeno, que se resume em apenas uma palavrinha mágica: PACIÊNCIA! Neta é formada em Magistério e Pedagogia. Atua como professora no maternal II no Berçário do Colégio F.A.S.

Sabia que aqui na nossa sala quase todos os coleguinhas não usam fraldas mais?


Veja aqui algumas dicas: Fonte: http://desenvolvimento-infantil.blog.br/

1- A criança pode ser estimulada a deixar as fraldas a partir dos dois anos de idade, porque já tem condição de segurar a vontade e controlar os músculos e nervos do ânus e da uretra. No entanto, vale respeitar o ritmo de cada um, que varia de criança para criança. 2 - A melhor fase do ano para fazer essa mudança é no verão,

porque as crianças usam menos roupas e há uma diminuição natural do xixi, já que transpiram mais.

à noite novamente, vale voltar atrás e dar tempo ao tempo. Uma dica: nada de oferecer líquidos à criança poucas horas antes de dormir.

4 - O que os pais adotarem em casa precisa ser feito na escola, com a concordância de ambas as partes. Na creche, a retirada da fralda pode ser mais fácil porque uma criança se espelha em outra, que já está adiantada nesse processo, querendo igualar-se a ela.

5 - Não se deve recriminar ou demonstrar frustração quando 3 - Fraldas noturnas só devem ser retiradas depois que a crian- o xixi ou cocô escapar. A criança precisa ser estimulada a acerça já consegue segurar a vontade e fazer tudo no penico ou vaso sanitário durante o dia. Também vale observar se a criança acorda com a fralda seca a maioria das vezes. Quando isso se repetir por noites seguidas, então também é hora de “arriscar”. Mas, se depois da retirada, a criança começar a fazer xixi

tar na próxima vez. Quando isso acontecer, comemorações e elogios são muito bem-vindos!

6 - Pensando em um mês para a transição da fralda à calcinha ou cueca, os pais e cuidadores podem seguir um passo a passo: PRIMEIRA SEMANA – levar a criança ao banheiro de duas em duas horas para fazer xixi e nos momentos em que ela está acostumada a fazer cocô. Limpá-la e vesti-la;

Será que já desocuparam o banheiro?

SEGUNDA SEMANA – continuar o mesmo procedimento, mas deixando a criança sozinha no banheiro, pedindo que chame quando terminar para limpá-la e ajudá-la a se vestir; TERCEIRA SEMANA – deixar que a criança decida quando ir ao banheiro, mas perguntar algumas vezes ao dia (quatro a cinco). Começar a estimulá-la a se limpar, mostrando como se faz. Também mostrar a importância de dar a descarga e lavar as mãos sempre; QUARTA SEMANA – deixar a criança decidir sozinha quando ir ao banheiro. Não perguntar mais. Vão ocorrer “escapadas”, mas é assim mesmo. Pais e cuidadores precisam ter paciência porque logo, logo evacuar e fazer xixi farão parte da rotina da criança.

Cadê os outros coleguinhas?

Foram ao banheiro

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A família com o Colégio F.A.S. fazendo a diferença

Francisca E.C. Alberto Adriana de Macedo Simonia Candido T. Manzan

“A felicidade é visível nos rostos das nossas crianças na semana da OLIMPAZ. Elas ficam super animadas, além das atividades promoverem a amizade, o companheirismo e estimularem ainda mais o esporte.” Keila Patrícia Lopes Kikuichi, mãe das alunas Lara Lopes Kikuichi (2º Ano), Luiza Lopes Kikuichi (1º Período) e Laís Lopes Kikuichi (Berçário).

“Houve um período que o Gabriel demonstrou uma fase muito egocêntrica, onde tudo era dele, era para ele e como ele queria. Hoje noto que ele compartilha e aceita isso com naturalidade, está muito falante e participativo. Percebo sua interação, socialização, participação e aceitação em tudo que é proposto. Adorei sua participação na Festa Junina onde pude observar sua alegria juntamente com os colegas de sala. Aprendeu a dividir e cooperar. Adriana Ferreira.” mãe de Gabriel dos Reis Silveira (1ºAno). “A Escola de Esportes do Colégio F.A.S. proporciona ao Luigi mais lazer e diversão. Hoje ele tem mais disposição e interação com os colegas e professores. Está mais confiante, seguro e disciplinado.” Rejane Mansur, mãe de Luigi Mansur Bevilacqua (1ºAno).

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“É muito bom fazer parte de um colégio que respeita as diferenças, reconhece e desenvolve as habilidades de cada um. No projeto de treinamento de futebol, qualquer aluno do turno matutino tem sua vaga garantida desde que esteja disposto a receber a bola e repassa-la dando oportunidades a todos. Nos torneios em que a equipe do Colégio F.A.S. participou, o Nícolas já foi titular, reserva, fez gol, mas o sucesso sempre é compartilhado.” Mariana Pacheco, mãe do Nícolas Pacheco Rodrigues do 8° Ano.


“É um privilégio ter nossos filhos participando de um projeto tão dinâmico e educativo como a OLIMPAZ, onde a alegria e a integração entre as crianças durante as atividade esportivas são fonte de aprendizagem e aquisição de valores. Obrigada Colégio F.A.S.!” Ana Cristina Lopes Tosta, mãe da Amanda Lopes Tosta (1ºAno).

Como professora de inicialização à musicalização, entendo que o lúdico é fundamental para estimular a aprendizagem e, por isso, incluo a música como subsídio importante no desenvolvimento da criança, tanto na socialização, no movimento e nas trocas de informações. Percebo que a prática educativa associada com a linguagem musical, estimula o aprender, aguça a criatividade e auxilia no desenvolvimento de habilidades, além de tornar o ambiente escolar mais harmonioso e propício para a construção do conhecimento. Lilian Cristina dos Santos – professora de inicialização à musicalização no período integral.

Para o Roger os esportes ofericidos foram essenciais para o equilíbrio com as atividades de sala de aula. Estamos muito satisfeitos pela alegria que ele vem apresentando com todas as atividades. Fernanda Praxedes Santana, Rogério Mário de Jesus Santana, mãe e pai de Roger Praxedes de Jesus.

“Dentre os vários projetos desenvolvidos no colégio F.A.S., devo destacar o que se refere ao musical, que é apresentado no encerramento de cada ano letivo. Na minha opinião, um dos destaques da escola já que, na sua complexidade abrange as diversas habilidades que uma criança deve desenvolver , pois além de despertar o gosto pela arte, estimula a sensibilidade, criatividade, senso rítmico, imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, respeito ao próximo, socialização e afetividade, isto, sem contar o desenvolvimento dos aspectos cognitivo/ linguístico e psicomotor. Sou mãe da pequena estudante, Maria Eugênia Vieira Guimarães de 8 anos que estuda no colégio desde os 2,5 anos e é através dela que percebo nitidamente o quão importante tem sido sua participação nestas atividades. Assim como as outras crianças da escola, ela, que já tem veia artística vem, através da competente equipe do colégio, fortalecendo sua identidade, percebendo-se e aceitando suas capacidades e limitações, desenvolvendo com equilíbrio sua autoestima. É como se fosse um cristalzinho bruto que vem sendo carinhosamente, lapidado, dia a dia. Ao longo do ano, nos bastidores, nos momentos de ensaio, percebo claramente que este projeto, proporciona aos alunos explorar ao máximo o conceito de grupo, já que requer muito da compreensão, a participação e a cooperação, inclusive dos alunos e seus familiares, é uma proposta de integração total onde o aluno, demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, experimentando sensações de segurança e auto realização. É preciso destacar que, ponto alto deste projeto, é o tão esperado dia da apresentação, onde todos nós, pais babões professores e alunos, somos tomados por tremenda emoção. Choro de satisfação e de alegria neste lar, “pequeno estudante”, e agora, emancipado colégio F.A.S., há aproximadamente 14 anos, de quando tive a sorte de matricular minha 1ª Maria nesta instituição escolar tão completa, onde os profissionais não medem esforços, não se limitam apenas a desenvolver com maestria o papel ao qual se propõem ,mas que se superam , vão infinitamente mais além... Sou eternamente grata a esta equipe, pela condução de valores inseridos á vida do meu precioso quarteto. Sou Débora Regina Miranda Vieira Guimarães, Mãe das pequenas estudantes; Maria Júlia, Maria Fernanda, Maria Eugênia e brevemente para fazer parte desse time, colégio F.A.S, Maria Valentina Vieira Guimarães.

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Os desafios de uma mudança Sair da zona de conforto não é fácil. Até mesmo quando a gente deseja, planeja e acredita que aquela mudança será para o melhor. Coincidentemente nossa família divide com o Colégio F.A.S. esse momento. E esse friozinho na barriga! Também estamos em processo mudança. E por isso os pequenos, Gabriela e Davi, em 2015 não participarão juntos com os atuais coleguinhas do CanaPaz, da OlimPaz, do Musical, das apresentações dos dias das mães e dos pais, das festas junina e de fantasia e das inúmeras outras atividades promovidas pela escola. Certamente no novo colégio terão compromissos parecidos, mas, com certeza eles e nós pais sentiremos saudades de tudo o que viveram nesses dois últimos anos. No Colégio F.A.S. eles foram muito bem acolhidos e nós também, em todos os questionamentos e percalços. O Colégio F.A.S. será sempre lembrado como a escola que os alfabetizou! No dia do musical enquanto assistíamos às apresentações e víamos a tia Vanessa correndo pra um lado e a tia Adriana

para o outro, no palco escuro, para deixarem o cenário pronto para a próxima atração nos demos conta de que nós pais não pagamos por tudo aquilo. Pagamos sim pelo figurino das crianças, possivelmente pelo aluguel do espaço, mas não por aquela dedicação. Não fazemos a menor ideia de quantas horas cada um dos integrantes da Equipe F.A.S. dedicou para que as crianças conseguissem se apresentar e para que nós pais ficássemos lá na plateia feitos bobos de orgulho. O que queremos dizer é que a mudança do Colégio F.A.S. para um novo espaço mudará apenas a embalagem de tudo isso. O conteúdo será o mesmo! A dedicação será a mesma porque as pessoas serão as mesmas. Assim como nossa família vai precisar de apoio físico e emocional nesse momento de mudança, o Colégio FAS também vai. Imaginamos a encruzilhada em que se encontra quem faz as contas da escola; precisa arcar com os novos investimentos, mas também não pode onerar muito as mensalidades. Imaginamos também a incerteza de muitos pais quanto a essa nova fase, afinal algumas coisas vão mudar mes-

mo. E as dúvidas devem ser sanadas. Mas, lembrem-se; só muda a embalagem, o conteúdo será o mesmo. Desejamos que Deus abençoe o caminho e as escolhas de todos; pais, alunos, professores, coordenadores, funcionários, ou seja Família FAS.

“A prática de esportes na escola tem uma importância muito grande na vida das crianças. Contribui com a integração e a socialização entre os alunos. É um grande aliado na saúde. De todos os esportes que a Ana Flávia mais gosta é a natação.“ Ana Cândida, mãe da Ana Flávia.

“O empenho do Colégio F.A.S. em proporcionar ambiente artístico e cultural aos alunos é que pra mim faz a diferença... As aulas de ballet e dança que minha filha faz é muito importante para ajudar na sua saúde e cultura.” Renata Resende, mãe da Eminy M. R. Borges (1ºAno).

“A 4 anos Matheus foi diagnosticado pelo neurologista como portador de ansiedade atípica (patologia que causa distúrbios do sono, obesidade entre outros) deveria fazer atividades físicas para não fazer uso de medicamentos. Quando fizemos a mudança dele para o colégio F.A.S. e começou a praticar todos os esportes oferecidos pela escola, sempre bem assistido por profissionais capacitados, ele não toma mais o medicamento pois os esportes estão fazendo efeitos positivos em seu diagnóstico, objetivo esse que a 3 anos tentávamos e com a ajuda da equipe do colégio F.A.S. alcançamos com sucesso. Os esportes por ele praticados é de extrema necessidade na vida dele, foram indicados pelos médicos que o acompanham e que exigem a permanência dele para que ele não retorne com medicamentos (neurologista, endocrinologista e nutricionista)”. um lugar de valor 68 Escola, Laelia Duhau Manhães Macêdo, mãe de Matheus Duhau (3ºAno).

Giuliano, Merce, Gabriela e Davi.


“O João Luccas, depois que começou a fazer flauta, conhece bem as notas musicais e consequentemente, toca a flauta muito bem! Só tenho que agradecer, mais essa evolução dele.” Joelma do Nascimento Barbosa Pinto, mãe do João Luccas Barbosa Pinto (1ºAno).

Matheus no Colégio F.A.S. está feliz! Sente-se incluído nas atividades com os colegas, percebe o companheirismo e o apoio de todos, tão necessário ao seu desenvolvimento. A interação com os colegas e, principalmente, com os professores é muito importante, pois o Colégio oferece uma educação diferenciada e confiável, onde o carinho, o respeito e a atenção são valores que estão acima de qualquer diferença. Para muitos parece pouco, mas para mim é fundamental e fonte de constante alegrias! O Colégio lhe trouxe um sorriso confiante. Eu me sinto feliz por ter escolhido o Colégio F.A.S. para dividir conosco tantos momentos de crescimento e de felicidade! Gilda P. Pádua mãe de Matheus Pádua.

A Natação é uma atividade física completa, praticada na água, considerada um dos esportes mais saudáveis e benéficos ao corpo humano. O colégio F.A.S. sempre ofereceu natação e atividades diferenciadas em todas as séries, mostrando assim aos alunos a verdadeira importância de se praticar atividade física. Minha filha Júlia sempre gostou de participar das aulas de natação pra ela é um meio aquático prazeroso e que contribui para formação de sua personalidade e inteligência. Quando chegava em casa, sempre me relatava: Mamãe hoje fiz respiração frontal, prancha, braçada, golfinho, mergulhei e até peguei bolinhas de gude no fundo da piscina. No mês de janeiro deste ano fizemos uma viagem, na piscina do clube fique muito insegura e receosa com a relação criança e água. Quando me deparei com a situação me surpreendi, com a forma em que minha filha pulava, nadava e mergulhava. Na verdade não imaginava que a escola lhe proporcionaria tanta habilidade, condicionamento físico e autoconfiança. Nesse momento vi que ela realmente aprendia com a metodologia e ensinamentos que a Professora Adriana trabalhava. Nesse sentido vejo a importância da natação não só como esporte, mas como: agilidade, equilíbrio, flexibilidade, coordenação motora, autoestima e principalmente a independência na água. Adriana C. C. Câmara, mãe de Júlia Chagas Câmara.

“A Ana Luiza depois que começou a aulas de natação melhorou sua coordenação motora e a atenção e também a concentração.” Antônia Caldono Paredes, mãe da Ana Luiza Caldono Paredes.

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A Importância do Afeto na Relação com os Filhos

Por Aline Alves Ferreira de Rezende Muitos pais desejam o melhor para seus filhos, e num mundo competitivo em que vivemos, desde cedo, as crianças ficam abarrotadas de compromissos. Além da escola, tem aulas de língua estrangeira, esporte, música, entre outros. Não só a agenda dos pais é cheia, como a dos filhos também. Outro dia recebi em meu consultório uma mãe preocupada com a filha de seis anos que apresentava sinais de ansiedade. Em poucos minutos de conversa, era evidente que o estilo de vida apressado e compromissado da mãe estava afetando a criança. “Vamos logo filha, estamos atrasadas”, “anda, anda, anda” e“coma rápido, pois precisamos sair!” eram frases comuns do seu dia a dia. Afinal, quem mesmo precisava de terapia? O dia tem 24 horas, porém isso parece ser insuficiente para a maioria das pessoas. O tempo despendido com uma criança é uma das maiores expressões de amor que um pai ou mãe pode dar ao seu filho. Tempo, principalmente em relação à sua qualidade, ou seja, o tempo de se estar realmente presente, em atenção, na brincadeira, na conversa, e não falando ao celular ou utilizando o computador. A criança (e também adultos) precisa de gestos de reconhecimento, como falar com a criança olhando-a nos olhos, inclusive colocando a criança ou a si mesmo em alturas similares, dando demonstrações físicas de afeto (quanto menor a criança, maior a necessidade) como beijos, abraços, segurar a mão, acariciar o rosto, etc. Dialogar com o filho, validar seus sentimentos, também fortalece o

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vínculo e a confiança. É um erro um pai rir de uma criança quando ela cai e chora ou debochar da raiva que ela sente. É na relação com o outro que o afeto se desenvolve, a criança pequena ama e depende de seus pais, mas se é negligenciada e depreciada, ela pode guardar mágoas e nutrir raiva e desprezo pelos mesmos à medida que cresce. Não dá para compensar ausência com presentes e permissividade, estes só irão contribuir para gerar na criança, crenças futuras irreais sobre a vida, além de dificuldades de convivência e problemas emocionais prejudiciais na formação de sua personalidade. Educar com afeto ajuda o filho a desenvolver seus aspectos cognitivos e emocionais de uma forma mais sadia, de modo que ele cresça utilizando suas ferramentas internas para lidar com as adversidades da vida, através de escolhas mais saudáveis para si como para o meio em que vive.

Aline ( mãe de Guilherme Alves de Rezendealuno do maternal baby) é psicóloga e especialista em Análise Transacional


“Precisamos perseguir nossos belos sonhos. Desistir é uma palavra que tem que ser eliminada do dicionário de quem sonha e deseja conquistar. Não se esqueça de que você vai falhar 100% das vezes em que não tentar, vai perder 100% das vezes em que não procurar, vai estacionar 100% das vezes em que não ousar caminhar”. Augusto Cury

Acreditamos que seríamos capazes de OUSAR e OUSAMOS fazer a diferença e não medimos esforços. Plantamos todos os dias uma semente, por isso conseguimos construir 15 anos de historia, pautada em valores éticos, fortalecidos e regados todos os dias ao amanhecer, pois dormimos para sonhar e acordamos para realizar!!!

Francisca Elineide Câmara Alberto Diretora

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