Jornal
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Ano 6 - 51ª Edição - Dezembro/2014 - Órgão oficial de Comunicação da Arquidiocese de Uberaba
Sínodo sobre a Família
Pela convocação do Santo Padre, a igreja está debatendo as preocupações com a família, de modo geral. o primeiro Sínodo sobre a Família aconteceu no segundo semestre deste ano e um próximo está agendado para outubro de 2015: “A vocação e a missão da família na igreja e no mundo contemporâneo”. os documentos oriundos desses encontros serão enviados ao Papa Francisco que, em breve, publicará uma exortação apostólica ou encíclica. Página 07
A origem do presépio Montar presépio de Natal é uma tradição em todo o mundo. Mas como isto começou, quem fez o primeiro? O Jornal Metropolitano nos informa sobre isso. Página 11
Cantata de Natal na Catedral
Através do Coral Canta Marista, a Catedral prepara belíssima apresentação natalina. Será no dia 18 de dezembro, logo após a missa das dezenove horas. Não perca. Página 04
Filosofia forma mais dois
RCC comemora 40 anos
Parece que foi ontem, mas a Renovação Carismática Católica em Uberaba completa 40 anos. Um avivamento espiritual lembrará a data, no dia 06 No final de novembro, mais dois seminaristas de dezembro. concluíram Filosofia em Uberlândia. Em 2015, Página 08 eles ingressam no Seminário São José para cursar Teologia. Página 03
Frei Gabriel de Frazanó
Ele trabalhou na paróquia Santa Teresinha e dá nome a uma creche de Uberaba. Conheça mais sobre Frei Gabriel de Frazanó. Página 12
Beatificação de Paulo VI Em outubro, o papa Francisco proclamou beato o papa Paulo VI. Nesta edição, o Metropolitano traz detalhes da caminhada desse cristão corajoso e apóstolo incansável. Página 06
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artigos
Jornal Metropolitano - Uberaba, dezembro de 2014
Editorial É Natal!
É tempo para a família, é tempo em que o amor parece aflorar mais, sobretudo o amor duradouro, o amor fraterno. Natal, tempo do nascimento do Menino Jesus em uma manjedoura em Belém, na Judeia. O tempo parece voar. Já se vão mais de dois mil anos e ele continua vivo no meio dos homens. Melhor ainda se estivesse vivo no coração de todos os homens. Aliás, a grande indagação dos últimos tempos tem sido sobre o VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL para a humanidade. É realmente tempo de renascer, de mudar de vida, de abrir os corações e viver o amor semeado por Jesus, de seguir seus mandamentos, onde o AMOR está no topo da lista. Estamos preparados ou, pelo menos, estamos dispostos a experimentar esse amor e levá-lo também ao irmão? Sem dúvida, o tempo natalino toca a maioria das pessoas. Afinal, Natal é tempo de família, é tempo de dar mais atenção aos irmãos, de conversar sem pressa com o vizinho, de visitar com mais frequência os amigos, de propor e aceitar mudanças na caminhada, principalmente na espiritual. É necessário que abramos de fato nossos corações, deixando Jesus entrar e, mais do que isto, passando a agir como tal. Para tanto, é preciso que o cristão deixe a mesquinhez de lado, o egoísmo, a arrogância, a falta de paciência e a soberba, entre outros sentimentos e comportamentos. E que tal experimentar a solidariedade, a mansidão, a docilidade do coração, ouvir mais do que falar e mover ações de ajuda ao irmão mais necessitado? A partir deste Natal, passemos a praticar alguns destes bons sentimentos. Talvez um só, mas que ele seja contínuo, não momentâneo. O Natal, em sua essência, é um dos principais assuntos desta edição do Jornal Metropolitano que fala também dos cinco novos padres de nossa Arquidiocese, do Sínodo da Família e da beatificação do Papa Paulo VI, entre outros. Um Feliz Natal em família. Jornalista Rubério Santos
Natal
No Brasil, vemos uma universalidade da festa do Natal, porque é uma realidade que atinge a todas as pessoas, classes sociais, econômicas, políticas, religiosas etc. É a festa do povo, num dos momentos muito significativos de sua vida, que é a chegada do fim de ano. Não deixa de ser oportunidade de recuperação de forças desgastadas com a caminhada de um ano de trabalho. As comemorações natalinas se integram aos momentos de alegria, porque chega o tempo de mudança do calendário, criando um clima de que tudo está por recomeçar. Deixa inclusive de ser festa do nascimento de Jesus Cristo para tornar-se um fato quase puramente social, de aproveitamento comercial, de faturamento econômico e sem muita conotação religiosa, perdendo sua origem. Mesmo desviando de sua identidade como festa de Igreja, o Na-
tal não deixa de ser uma realidade positiva. Proporciona integração familiar, momento de reencontro das pessoas, troca de presentes e recuperação do calor humano, superando um pouco o individualismo que marca a cultura moderna. É festa de católicos e não católicos, que consegue envolver crentes e não crentes. É festa de todos. Natal não deixa der ser também momento de exploração comercial, levando a um aquecimento da economia do país. Para isto provoca criatividade, embelezamento e visual atrativo, revelando o clima de expectativa para um final de ano mais promissor. Com isto, a população se despe do cansaço adquirido no trabalho, recupera os ânimos para recomeçar a batalha com mais otimismo e coragem. Creio que não há propriamente banalização da festa do Natal, mesmo sabendo que o principal
presente, Jesus Cristo, não é colocado em primeiro plano. Para muitos, o lado religioso fica longe de sua prática. Transparece apenas o aspecto festivo, às vezes até marcado por muita bebedeira e atos desconfortantes para a vida familiar. Transformam o caminho de felicidade em infelicidade. Talvez pudéssemos dizer que Natal é festa do estado de humor das pessoas. Pode até recuperar situações de desarmonia na convivência. O comércio fatura, a mídia faz nossa cabeça e o presente pode aproximar as pessoas. Para os cristãos, é momento de celebrar a vida que nasce, e Deus que se revela. Com isto, Natal tem dimensão aberta para todos e pode ser espaço de fraternidade. Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo Metropolitano de Uberaba.
NATAL – FESTA DO VERBO DIVINO ENCARNADO A encarnação do Verbo de Deus assinala o início dos “últimos tempos”, isto é, a redenção da humanidade por parte de Deus. Cega e afastada de Deus, a humanidade viu nascer a luz que mudou o rumo de sua história. O nascimento de Jesus é um fato real que marca a participação direta do ser humano na vida divina. Essa comemoração é a demonstração maior do amor misericordioso de Deus sobre cada um de nós, pois concedeu-nos a alegria de compartilhar com ele a encarnação de seu Filho Jesus, que se tornou um entre nós. Ele veio mostrar o caminho, a verdade e a vida, e vida eterna. A simbologia da festa do Natal é o nascimento do Menino-Deus. No início, o nascimento de Jesus era festejado em 6 de janeiro, especialmente no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Os cristãos comemoravam o natalício de Jesus junto com a chegada dos reis magos, mas sabiam que nessa data o Cristo já havia nascido há alguns dias. Isso porque a data exata é um dado que não existe no Evangelho, que indica com precisão apenas o lugar do acontecimento, a cidade de Belém, na Palestina. Assim, aquele dia da Epifania também era o mais provável em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão dos primeiros tempos. Entretanto, antes de Cristo, em Roma, a partir do imperador Júlio César, o 25 de dezembro era destinado aos pagãos para as comemorações do solstício de inverno, o “dia do sol invencível”, como atestam antigos documentos. Era uma festa tradicio-
Expediente Órgão oficial de comunicação da Arquidiocese de Uberaba Praça Dom Eduardo,56, bairro Mercês, Uberaba - MG, CEP-38.060.280 E-mail: jornalmetropolitano.diocese@gmail.com Assessor PASCOM: Monsenhor Valmir Ribeiro Jornalista Responsável: Rubério Santos - Mtb: 4.384/MG e-mail: santoruberio@gmail.com Editorias : Rubério Santos e Francine Moura Revisão: Amabile Pierroti e Luiza Nogueira Direção Comercial: Carlos Carvalho / 9151-0431 – e-mail: carvalhocunha66@ gmail.com Impressão: Imprima Editora e Gráfica Diagramação: Alex Maia 9969-4028 – e-mail alexesmmaia@gmail.com Distribuição: 20 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba Tiragem: 10 mil exemplares
nal para celebrar o nascimento do Sol, após a noite mais longa do ano, no hemisfério Norte. Para eles, o sol era o deus do tempo, e seu nascimento nesse dia significava ter vencido a deusa das trevas, que era a noite. Era, também, um dia de descanso para os escravos, quando os senhores se sentavam às mesas com eles e lhes davam presentes. Tudo para agradar ao deus sol. No século IV da era cristã, com a conversão do imperador Constantino, a celebração da vitória do sol sobre as trevas não fazia sentido. O único acontecimento importante que merecia ser recordado como a maior festividade era o nascimento do Filho de Deus, cerne de nossa redenção. Os cristãos já vinham, ao longo dos anos, aproveitando o dia da festa do “sol invencível” para celebrar o nascimento do único e verdadeiro sol dos cristãos: Jesus Cristo, de tal modo que, em 354, o papa Libério decretou, por lei eclesiástica, a data de 25 de dezembro como o Natal de Jesus Cristo. A transferência da celebração motivou duas festas distintas para o povo cristão, a do nascimento de Jesus e a da Epifania. Com a mudança, veio também a tradição de presentear as crianças no Natal cristão, uma alusão às oferendas dos reis magos ao Menino Jesus na gruta de Belém. Aos poucos, o Oriente passou a comemorar o Natal em 25 de dezembro. Passados mais de dois milênios, a Noite de Natal é mais que uma festa cristã, é um símbolo universal celebrado por todas as famílias do mundo, até as não cristãs. A humanidade fica tomada
pelo supremo sentimento de amor ao próximo, e a Terra é impregnada do espírito sereno da paz de Cristo, que só existe entre os seres humanos de boa vontade. Portanto, o Natal é dia de alegria,
nascimento do Menino-Deus, nascimento do Salvador. Padre Ricardo Alexandre Fidelis Reitor do Santuário de N. Sra. da Medalha Milagrosa
arquidiocese
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Mais de 12 mil cartilhas para a Novena de Natal
Para a Novena de Natal deste ano, a Arquidiocese de Uberaba já distribuiu mais de doze mil cadernos às 60 paróquias e comunidades da região. Diferente dos últimos anos, a cartilha de 2014 é uma publicação da CNBB e não o Caderno Popular de nossa diocese. O manual dispõe de 40 páginas, desde a abertura com o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steinder, passando pelas orientações, os nove encontros, os ritos opcionais e, por fim, os cânticos.
A novena deste ano tem como tema: “Reunidos em Família, preparando a vinda do Senhor”. Entre outras orientações, pede-se a fixação de cartaz na porta da residência, que seja acendida uma ou mais velas, que haja o envolvimento de todos na novena, inclusive jovens e crianças, e a reflexão após o Salmo. Já o ponto alto de cada noite deverá ser o Cântico de Maria. Ao final da novena, poderá ser dada a bênção da casa, além de se pedir um gesto de solidariedade dos participantes.
Segundo padre José Edilson, coordenador de Pastoral, a Novena de Natal deverá ser iniciada após o primeiro Domingo do Advento, dia 30 de novembro. Muitas famílias, no entanto, diz ele, preferem fazê-la nos nove dias que antecedem o Natal, o que é bastante plausível, uma vez que fortalece ainda mais o ambiente natalino. Para o sacerdote, o importante é que as famílias se preparem de maneira piedosa para o nascimento do Salvador. Da Redação
O�icinas se destacaram na Romaria Arquidiocesana
Cerca de dois mil fiéis participaram em 15 de novembro último, na antiga cidade de Água Suja, da Primeira Romaria Arquidiocesana. As oficinas foram o ponto alto do evento. Praticamente, todas as 60 paróquias da diocese uberabense estiveram representadas na Romaria Arquidiocesana. O evento foi aberto com acolhida e reflexões a cargo da Pastoral da Família. Depois, os participantes caminharam até o Santuário de Nossa Senhora da Abadia, onde houve animação com banda do Setor Juventude, nas escadarias. Em seguida, os fiéis ficaram livres para subir e rezar aos pés da Virgem Santíssima. À tarde, as atividades foram
abertas com a reza do Terço. Na sequência, as oficinas temáticas atraíram centenas de fiéis. A da Catequese movimentou a criançada. Sob o comando de padre Fabiano Roberto e do Grupo de Catequese do Santuário da Abadia, de Uberaba, a oficina despertou o interesse das crianças que participaram ativamente, ora rezando, refletindo e, sobretudo, soltando a voz nos musicais. Mabi Dutra comentou que, assim, a criançada acaba apreendendo as coisas de Deus, divertindo-se. Já padre Fabiano não tem dúvida que este é o caminho. “Eles estão dispostos, basta um gama de motivação para aprenderem que o caminho correto é Jesus,” salientou.
Também aconteceram as oficinas dos Jovens, animadas pela Banda Refúgio de Graça e a dos Casais e Terceira Idade. Esta última cobrou da família bons testemunhos para servir de exemplo para os filhos. A Romaria Arquidiocesana foi encerrada com missa campal, presidida por dom Paulo Mendes Peixoto e concelebrada por 25 sacerdotes. Nem a chuva que caiu na hora da celebração tirou a empolgação dos participantes. O arcebispo avaliou de forma positiva essa edição tão diferente da Romaria com um dia de atividades no Santuário. “A proposta é de repetir o evento de dois em dois anos,” afirmou ele. Rubério Santos
Seminaristas concluem Filoso�ia O Seminário de Filosofia Nossa Senhora da Abadia se rejubila de alegria ao findar deste ano de 2014, com o término dos estudos de dois de seus seminaristas, Alexandre Ferreira, natural da cidade de Araxá, e Marcos Vinícius Machado, nascido na cidade de Conquista, concluintes do curso de Filosofia da Faculdade Católica de Uberlândia-PUC/MG. Após três anos de árduos estudos, nossos seminaristas estão aptos à colação de grau de bacharel em Filosofia que ocorrerá em 16 de janeiro de 2015, com cerimônia na cidade de Uberlândia. Que este
momento seja acompanhado de nossas orações e que nossa Igreja de Uberaba continue a clamar ao Pai que “envie operários para
sua messe” (Cf. Mt 9, 37b). Seminarista César Augusto lourenço – 2º ano de filosofia
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Dezembro 01 – INBRAC 02 – Confraternização dos Presbíteros Reunião da Pastoral da Educação – Centro Pastoral – 9h30 02 – Conselho Arquidiocesano de Pastoral – 19h 05 a 07 – Visita Pastoral – Nossa Senhora de Fátima (Uberaba) 07 – Retiro Espiritual com Lideranças Catequéticas Paroquiais 08 – Solenidade da Imaculada Conceição Aniversário Sacerdotal de Dom Paulo 11 – Reunião dos funcionários da Cúria 12 – Confraternização do EJC 13 – Aniversário de Ordenação Sacerdotal do Papa Francisco Núcleo das CEBs (Avaliação e Confraternização) 14 – Coleta da Campanha de Evangelização (3º Domingo do Advento) 15 – ULTREIA do Cursilho – Encerramento das atividades 16 – Conselho Arquidiocesano para Assuntos Econômicos (CAAE) 17 – Aniversário Natalício do Papa Francisco 18 – Reunião da Equipe Arquidiocesana da Pastoral da Acolhida 20 – Reunião do Conselho Arquidiocesano de Leigos – Cúria - 14h 25 – Natal do Senhor
Falecimento de padre João Dairton
Faleceu na manhã de 13 de novembro, em Brasília, padre João Dairton Fernandes Amaral. Membro do clero uberabense, ele residia ultimamente na Capital Federal onde tratava de uma meningite. Aos 45 anos, o sacerdote foi vítima de uma meningite bacteriana, doença que contraiu quando morou em Roma, na Itália, entre 2010 e 2011. Seu corpo foi velado no salão do Cemitério Sobradinho II, onde foi enterrado. Natural de Piracuruca, Piauí, João Dairton fez Filosofia e Teologia em Uberaba, tendo sido ordenado padre em 04 de abril de 2003. Iniciou a caminhada sacerdotal em Nossa Senhora Aparecida, Frutal e depois passou pela paróquia Nossa Senhora do Carmo, na mesma cidade.
Prestou também serviços em São Sebastião, Água Comprida e na igreja Santa Edwiges, em Uberaba. Padre João Dairton exerceu ainda a função de reitor no Seminário de Filosofia Nossa Senhora da Abadia, em Uberlândia, e de diretor da Escola de Diáconos Permanentes da Arquidiocese de Uberaba. Uma comitiva composta por padres e diáconos, juntamente com dom Paulo Mendes Peixoto, viajou para Brasília a fim de participar da cerimônia fúnebre do sacerdote uberabense. Em nota, dom Paulo lamentou a perda do padre, destacando os relevantes serviços prestados por ele ao povo da diocese uberabense. Rubério Santos
LEITORATO
A Arquidiocese de Uberaba, no dia 05 de novembro, acolheu o seminarista Wylian Whallison Gonçalves, como novo Leitor. O ministério foi concedido pelas mãos de nosso arcebispo Dom Paulo e contou com a presença de alguns padres da arquidiocese, seminaristas, diáconos, além de uma porção expressiva do povo de Deus. A Celebração Eucarística, na qual o seminarista foi instituído no Ministério Litúrgico, aconteceu na Comunidade Cristo Jovem e Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de
Santa Bárbara, local este em que se deu seu despertar vocacional, onde se preparou e recebeu os sacramentos da Eucaristia e Crisma, foi coroinha, Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística ainda aos 15 anos e onde foi celebrada a Missa de seu envio para o seminário. A Celebração Eucarística foi oportunidade de rezar, de agradecer a Deus todas as vocações sacerdotais e de viver um momento de unidade arquidiocesana. Da Redação
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Visita Pastoral a São Domingos de Gusmão
paróquias
Nos dias 21, 22 e 23 esteve em nossa Paróquia e nosso Arcebispo Metropolitano Dom Paulo Mendes Peixoto. É a aproximação do pastor de suas ovelhas. Mesmo sendo uma dinâmica canônica, tal presença se reveste de muita afabilidade. Seu contato com as pessoas das diversas pastorais da Paróquia mostra seu zelo e também é um incentivo para quem se dedica à missão. Orientar e incentivar. Ações próprias do Pastor. No dia 22, às 10h, Dom Paulo celebrou a Eucaristia na qual ministrou o Sacramento da Crisma a 78 jovens da Paróquia. Padre Duile de Assis Castro – Pároco da Paróquia Salesiana de São Domingos de gusmão - Araxá
140 anos de evangelização A Paróquia de Nossa Senhora das Dores, Santa Juliana – MG, completará em 2015 140 anos de ação evangelizadora junto à comunidade de fiéis. Isto é motivo de festa e júbilo para todo o povo! É motivo de render graças a Deus por toda a história que se desenvolveu ao longo de 140 anos... O objetivo deste ano celebrativo, que perdurará do dia 23 de novembro de 2014 a 15 de novembro de 2015, é conduzir o povo a vários momentos de oração, louvor, súplica e especialmente de comunhão,
vivendo verdadeiramente como uma comunidade de comunidades, construindo e reconstruindo nossa Paróquia. Todos os momentos celebrativos deverão fundamentar-se no passado vivido, com toda a experiência e contribuição que cada leigo e religioso trouxe a esta Comunidade Paroquial. Celebrar o momento presente com a consciência de que somos missionários e evangelizadores, como nos convida o Papa Francisco, e vislumbrar o futuro com esperança e desejo de servir a Deus, seguindo o exemplo
do maior servidor, o próprio Jesus Cristo. Para esta grande celebração jubilar, nossa paróquia, durante a Solenidade de Cristo Rei, no último dia 23 de novembro, além de ministrar o Sacramento da Eucaristia às crianças da Catequese, realizou também a abertura oficial das comemorações e apresentou à comunidade o brasão comemorativo e toda a explicação do mesmo, a partir de um contexto mariológico. Da Redação
CORAL CANTA MARISTA
O SEAC – (Setor de Arte e Cultura) do Colégio Marista Diocesano, através do Coral Canta Marista, apresenta Cantata de Natal 2014. Durante as festas natalinas, o Coral Canta Marista preparou um repertório todo especial. Serão várias apresentações na cidade, entre elas no dia 18/12, 5ª feira, na Catedral Metropolitana de Uberaba, às 19h30,logo após a missa. No repertório ouviremos: • O Natal é tempo de amar – Ernie Rettino e Debby Kerner (participação das crianças, filhos de coralistas) • Adeste Fidelis - John Francis Wade • Go tell it on the mountain – Christmas negro spiritual – Arranjos de Carl Grainger • Good News, Chariot’ A Comin - Spiritual - Arranjos de Don Besig • Trechos da Cantata Reis dos Reis – John W. Peterson O Coral Canta Marista é formado por pais, professores, ex-alunos e amigos do Colégio Marista, contando com 35 integrantes divididos em sopranos, contraltos, tenores e baixos. Tem em sua regência a professora Juliana Rodrigues da Cunha Belizar e correpetidora a pianista Cristina Arruda. Seu repertório é variado, desde canções folclóricas, populares, MPB, composições eruditas, com arranjos em até quatro vozes. Os ensaios semanais ocorrem na quinta-feira, às 18 h, na sala de música do colégio. A programação de Natal do Coral será: • Dia 09/12 – Hospital Universitário Mário Palmério (a confirmar) • Dia 10/12 – Capela do Colégio Marista, às 18h • Dia 11/12 – Fórum Melo Vianna, às 17h30 • Dia 18/12 – Catedral Metropolitana de Uberaba, às 19h30
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Arquidiocese ganha cinco padres De 29 de novembro a 20 de dezembro deste ano, o povo da Arquidiocese de Uberaba estará ganhando cinco novos padres – todos já com áreas definidas para o primeiro trabalho. Leandro Santos da Silva foi o primeiro a receber o Sacramento da Ordem. A cerimônia ocorreu no último dia 29, no Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Uberaba. Natural da cidade do Prata, o novo sacerdote fez Filosofia em Uberlândia e Teologia em Uberaba. Logo após a ordenação, foi designado administrador da Quase Paróquia São Miguel Arcanjo, no Residencial 2000. Já no dia 12 de dezembro será a vez de Ronan Belo Júnior. Natural de Araguari/MG, tem como lema “Deus é Amor”. Fez Filosofia em Uberlândia, na Faculdade Católica, onde ajudou a cuidar do bispo emérito dom Estevão. Incentivado por ele, fez Teologia em Niterói/RJ. Lá permaneceu por dois anos. Retornando às terras mineiras, concluiu a Teologia no Seminário São José de Uberaba. Ronan aproveita para convidar toda a comunidade uberabense para participar de sua ordenação, no próximo dia 12, às 19h30, na Igreja de São Domingos. Irá administrar a Área Pastoral São Paulo Apóstolo, no Jardim Maracanã. Dois paulistas no grupo O diácono Hélio Marcelo da Silva será o terceiro do grupo a ser ordenado padre. A celebração está agendada para 13 de dezembro, às 10h, na
Dom Paulo ordena padre Leandro. O novo padre, o arcebispo e os quatro diáconos em cerimônia na Medalha
Catedral Metropolitana. Natural de Pitangueiras/SP, Hélio ingressou na caminhada sacerdotal via seminário de Ribeirão Preto/SP, tendo cursado Filosofia em Brodósqui e Teologia no Seminário São José, em Uberaba. Fez estágio pastoral nas paróquias Santa Bárbara, São José Gameleira e São Benedito, todas em Uberaba; em Nossa Senhora Aparecida (Frutal) e São Miguel Arcanjo (Veríssimo). Hélio ressalta que a vocação surgiu participando do grupo de acólitos em sua cidade natal. Sobre o ministério, espera ser frutuoso no seguimento de Cristo como autêntico discípulo missionário. Ele irá trabalhar em Veríssimo e na Comunidade São João Batis-
ta, em Uberaba. Outro paulista do grupo é o diácono Gustavo Cortez Fernandez, natural de Cravinhos. Aos 34 anos, será ordenado padre no dia 19 de dezembro, em cerimônia marcada para a Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Frutal. Assim como Hélio, Gustavo começou sua caminhada por Ribeirão Preto, tendo feito Filosofia em Brodósqui. Ele também fez Letras e Linguística Aplicada em universidades paulistas. Já a Teologia, cursou em Uberaba. Como diácono, atuou nas paróquias Santa Teresinha, Santíssimo Sacramento e Santo Expedito – todas em Uberaba –, e, por fim, Nossa Senhora do Carmo em Frutal
– local, aliás, onde atuará no novo ministério. Gustavo espera servir fielmente a Deus e aos irmãos, com alegria e humildade de coração. Para tanto, conta com a oração de todos. Concluindo as cinco ordenações, o diácono Douglas Araújo receberá em 20 de dezembro, pela imposição das mãos de dom Paulo Mendes Peixoto, o sacramento da Ordem. A celebração será às 20h na Paróquia São Pedro, em Conceição das Alagoas. Começou seus estudos em 2003, ano em que ingressou no Seminário Nossa Senhora da Abadia, em Uberlândia, onde cursou a Filosofia. Em 2004, a convite de Dom Roque Oppermann, ajudou a dinamizar as
missões populares na Paróquia de Pirajuba. Depois, de 2006 a 2010, foi missionário na Prelazia de Paranatinga-MT. De 2011 a 2013, cursou Teologia no Seminário São José de Uberaba. Douglas, que tem como incentivador vocacional o bispo dom Antonio Braz Benevente, atuou nas paróquias São Benedito, Nossa Senhora de Lourdes e Santa Cruz, em Uberaba, Nossa Senhora da Abadia, em Pirajuba, Santa Maria dos Anjos, em Delta e São Pedro, em Conceição das Alagoas. O futuro sacerdote atuará inicialmente como auxiliar na Paróquia de São Pedro. Rubério Santos
Devoção e voluntários marcam 59ª Festa da Medalha Milagrosa
Cerca de 30 mil fiéis participaram de 18 a 27 de novembro, em Uberaba, da 59ª edição da festa em louvor a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Foram dez dias de intensa movimentação e grande fervor mariano no Santuário da Medalha, situado no bairro Mercês, em Uberaba. Durante a novena e no dia dedicado à Virgem da Medalha, 27 de novembro, foram celebradas 31 missas com a presença de 26 sacerdotes, inclusive, do arcebispo dom Paulo Mendes Peixoto. As celebrações propiciaram também a participação de corais de outras cidades, como Prata e Santa Juliana, músicos diversos e a presença constante de diáconos permanentes, seminaristas e ministros da Comunhão Eucarística de várias paróquias da arquidiocese uberabense. Em todas as missas, era visível o grande fervor mariano dos fiéis presentes no santuário. Gente que foi em busca de graças, gente que foi fazer ou pagar promessas ou aqueles que retornaram para agradecer milagres alcançados, como a cura de doenças, a conquista de um trabalho, entre outros. O tema de 2014 foi Maria: Mãe do Evangelho Vivente. A frase é do papa Francisco e está em sua encíclica Evangelii Gaudium. O reitor do Santuário da Medalha Milagrosa padre Ricardo Fidelis avaliou positivamente a festa, tanto pela questão devocional, como pelos voluntários colaborando nas missas e também na parte social do evento. Ele aproveitou para agradecer aos inúmeros doadores de prendas, muitos anônimos, e o apoio das irmãs Concepcionistas em seu trabalho. Empolgado com os resultados, padre Ricardo anunciou que os preparativos para a festa de 2015 já começaram. Disse que será um momento especial; afinal, no ano que vem os devotos estarão comemorando a sexagésima edição da festa em louvor a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Uberaba. Rubério Santos
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especial
Jornal Metropolitano - Uberaba, dezembro de 2014
Paulo VI, O Beato reformador da Igreja e Protetor da Vida Welder Castro P. Andrade
o CAMiNHo RUMo Ao PAPADo Giovanni Battista Montini nasceu em 26 de setembro de 1897, na cidade de Concesio, local em que viveu até 1916, quando deu seu sim à vocação sacerdotal e ingressou no Seminário de Brescia, que deixou em 29 de maio de 1920, para ser ordenado padre. De rara inteligência e formado em filosofia, direito canônico e civil, Montini logo adentrou as engrenagens da Santa Sé. O futuro Papa desenvolveu notório papel na formação de universitários católicos, sendo que sua vistosa vocação logo o inseriu na Secretaria de Estado do Vaticano, ainda nos idos de 1924. Iniciava-se, então, uma promissora caminhada na alta cúpula da Igreja que o levaria, mais tarde, ao trono de Pedro. Tornou-se um dos mais próximos colaboradores de Eugenio Pacelli, secretário de Estado nomeado em 1930, que, mais adiante, veio a ser proclamado Papa Pio XII, aquele que enfrentou as turbulentas águas da II Guerra Mundial. Foi para ele que Montini esboçou o discurso de apelo à paz, lido em cadeia de rádio pelo então Pontífice Pio XII. A profética mensagem clamava pelas negociações de paz e trazia em seu bojo o célebre excerto: “Nada se perde com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra”. Sempre nas salas do Palácio Apostólico, em novembro de 1954 foi nomeado Arcebispo de Milão, a fim de apurar sua experiência pastoral. Lá, o Arcebispo Montini aproximou-se de maneira ousada dos operários das proeminentes fábricas milanesas e, trazendo-os de volta ao seio da Igreja, terminou conhecido como “Arcebispo dos Operários”. Durante o conclave de 1958, sem
nem mesmo ser cardeal, recebeu votos para se tornar o novo Papa. Aquele consistório elegeu como sucessor de Pio XII, Ângelo Roncalli, o São João XXIII – O Papa bom, do qual Montini recebera a púrpura, tornando-se o primeiro cardeal escolhido por aquele pontífice. Durante esse papado, o já Cardeal Montini participou ativamente das atividades do Concílio Vaticano II, apresentando-se como imponente voz dos reformadores. Anos depois, com o falecimento de São João XXIII, Montini foi eleito pelo colégio cardinalício o novo Vigário de Cristo. Bispo de Roma, ele escolheu o nome de Paulo VI, em honra ao grande evangelizador. PAUlo Vi – o PAPA QUE REFoRMoU A igREJA Suspenso desde a morte do Papa que o inaugurou, o Concílio Vaticano II retomou as atividades em 29 de setembro de 1963 sob a cruz do novo Pontífice, que o acompanhou de muito perto, mediando os debates e favorecendo, de forma sábia, as reformas que dali surgiriam. O Concílio terminou em dezembro de 1965, oportunidade em que Paulo VI discursou de forma eloquente, dizendo-nos: “Bom será que recolhamos como tesouro este fruto do nosso Concílio; que o consideremos como aquilo que deve animar e caracterizar a vida da Igreja; de fato, a Igreja é uma sociedade religiosa, uma comunidade de oração, um povo que regurgita de interioridade e de espiritualidade, derivadas da fé e da graça. Se introduzimos agora alguma simplificação nas expressões do nosso culto e se procuramos torná-lo mais compreensível ao povo fiel e mais adaptado à sua linguagem atual, não quer dizer que pretendamos diminuir a importância da oração, colocá-la depois de outros
Pela vida, matrimônio e natalidade – as encíclicas de Paulo VI
Paulo VI editou, durante seu papado, sete cartas encíclicas, entre as quais se destaca a Humanae Vitae, publicada em 1968, e que nos serve, até os dias atuais, como parâmetro do magistério no tratamento de temas de difícil trato, como o controle da natalidade e o aborto. No documento, Paulo VI nos exorta ao verdadeiro sentido do matrimônio e à natureza das relações conjugais como força “de unidade e procriação”, enaltecendo a profusão de amor mútuo e a missão contínua das famílias no projeto do Reino de Deus: “O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso, ou produto de forças naturais inconscientes: é uma
instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação pessoal recíproca, que lhes é própria e exclusiva, os esposos tendem para a comunhão dos seus seres, em vista de um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas”. Ao mesmo tempo, o Papa Montini fez severas reprimendas ao uso indiscriminado de técnicas de regulação de natalidade, que pontuou como diretamente contrárias à doutrina da Igreja, indicando, naquela mesma encíclica, o direcionamento humano e pastoral nas ações dos fiéis.
cuidados do ministério sagrado ou da atividade pastoral, nem ainda empobrecê-la na sua força expressiva e no seu valor artístico; queremos apenas torná-la mais pura, mais genuína, mais próxima de suas fontes de verdade e de graça, mais capaz de se tornar patrimônio espiritual do povo”. Como Papa conciliar, Paulo VI demonstrou ávido desejo de maior aproximação da Igreja por parte dos fiéis pelo despojamento de insígnias e ritualísticas que criavam uma barreira entre o Povo e o Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. Denotando ainda mais esta sua característica, Paulo VI foi o primeiro pontífice a percorrer os cinco continentes, tendo discursado dian-
te da Assembleia Geral da ONU e iniciado, ainda naqueles anos, uma intensa transformação das estruturas da Santa Sé, criando novos organismos de diálogo ecumênico e político, instituindo, entre eles, o “Sínodo dos Bispos”. Da mesma forma, propiciou o início da implantação das reformas trazidas pelo Concílio, o que, por via transversa, atiçou e levantou setores conservadores da Igreja, entre os quais se notabilizou o francês Marcel Lefebvre. o AtENtADo Paulo VI protagonizou um dos mais angustiantes eventos relacionados a um pontífice no século XX. Cumprindo seu ministério evangeli-
zador, o Papa dedicou-se a uma longa viagem ao extremo Oriente, tendo com um de seus destinos as Filipinas. Malgrado as cerca de 800 mil pessoas que o aguardavam na cidade de Manila, Paulo VI foi atacado assim que desceu no aeroporto daquela cidade. O pintor boliviano Benjamin Mendonza y Amor lançara-se armado de um punhal na direção do pontífice que foi, a tempo, salvo pelo cardeal sul-coreano Stephen Kim, que acompanhava sua comitiva. Não foi esta a razão de sua páscoa. Paulo VI veio a falecer no dia 06 de agosto de 1978, após completar 15 anos à frente da Santa Igreja, deixando um legado de amor e cuidado com a esposa de Cristo.
O Milagre e a Beati�icação
A notoriedade da vida de Paulo VI deixou em todos um perfume de santidade. Diante disso, em 1993, na diocese de Roma, iniciou-se seu processo de beatificação culminando na festiva celebração presidida pelo Papa Francisco, no dia 19 de outubro deste ano, que contou ainda com a presença do Papa Emérito Bento XVI, nomeado cardeal pelo Beato. Diante da camiseta ensanguentada utilizada por Paulo VI no dia em que fora vítima de um atentado nas Filipinas e na presença de dezenas de milhares de fiéis, deuse, então, a notícia do milagre creditado a ele. Os documentos do processo de beatificação testificaram a cura de um feto com graves problemas neurológicos ainda no início da gestação, na década de 1990, tendo sido creditada à poderosa intercessão do Papa autor da encíclica “Humanae Vitae” – que trouxe aos fiéis a veemente defesa do nascituro e a condenação dos procedimentos abortivos. A canonização do Beato Paulo VI depende agora da comprovação
de um segundo milagre e, por fim, do aval pontifício. No entanto, a nós já é clara a força da história e o legado desse Santo Padre que conduziu o povo de Deus para além dos rebuscos do latim. Que a intercessão do Beato nos
conduza de forma audaciosa nos caminhos da santidade e da entrega fiel à Igreja de Cristo, na proteção de seus princípios e valores, assim como o fez na defesa da vida que, a duras penas, tentamos defender nos dias de hoje.
especial
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Sínodo sobre a família A palavra “sínodo” é de origem grega. Seu significado indica um caminho comum. Desde a antiguidade, a Igreja realiza sínodos regionais para dirimir dúvidas surgidas e buscar uma via de consenso sobre a fé e a vida cristã em geral. O Papa Paulo VI, no Concílio Vaticano II, instituiu o Sínodo dos Bispos como um organismo ordinário, realizado a cada quatro anos, tendo por objetivo tratar de temas específicos, podendo haver também os Sínodos extraordinários, como foi o caso deste Sínodo sobre a Família. A terceira Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos foi realizada no Vaticano, de 5 a 19 de outubro de 2014, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Contou com a presença de 191 Padres sinodais e 62 participantes: especialistas, auditores e delegados fraternos. Padres sinodais são os Bispos delegados e nomeados pelo Papa (muitos deles, cardeais), representando o Colégio Episcopal. Do Brasil participaram quatro cardeais, um bispo e um casal. D. Raymundo Damasceno Assis, Cardeal Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, foi um dos Presidentes delegados do Sínodo, escolhido pelo Papa Francisco. DiSCUSSÕES Para ajudar nas discussões, foi preparado um Instrumento de Trabalho, que tratou dos “Desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Esta Assembleia Sinodal evitou a repetição dos mesmos temas, pois as intervenções versaram sobre itens específicos do Instrumento de Trabalho. Na avaliação do Arcebispo de São Paulo/SP, Cardeal Odilo Pedro Scherer, que é membro da Secretaria Geral para
os Sínodos, o Papa convocou este Sínodo para ouvir. E isso ele o fez o tempo todo, ouviu e pediu aos padres sinodais para que fossem livres em suas intervenções e falassem abertamente. Foram duas semanas de grandes reflexões, com intervenções individuais e trabalhos em grupos, explica o Cardeal Scherer. A pauta de assuntos foi muito ampla. Foram tratadas questões relativas ao ensinamento da Igreja sobre matrimônio e família, da pastoral familiar na preparação ao casamento e no acompanhamento da vida dos casais e famílias, dos casos pastorais mais complicados, como a separação e o divórcio, as novas uniões civis após o divórcio e o acompanhamento pastoral de casais “recasados” e de sua participação na Igreja. Também se tratou das uniões livres, sem formalização alguma, do desinteresse crescente em relação à família e ao casamento, do serviço pastoral nos tribunais eclesiásticos, sobretudo nos pedidos de reconhecimento de nulidade matrimonial. Tratou-se do acesso à confissão e à comunhão por parte daqueles que, após um divórcio ou separação, vivem numa nova união. Não deixou de ser tratado o desafio pastoral representado pelas uniões civis de pessoas do mesmo sexo e de seu desejo de serem reconhecidas como “família” e de terem reconhecida sua união como um “casamento”. Olhou-se também, com particular atenção, a questão da transmissão da vida e sua acolhida pelo casal, no seio de uma família constituída. Não podia faltar a educação, em todos os sentidos – humano, religioso e cívico, e o papel inalienável dos pais na educação dos filhos. Nenhuma decisão foi tomada. Os novos desafios da vida familiar serão refletidos e amadurecidos até o
próximo Sínodo. Foi publicada uma importante mensagem final, que pode ser lida, acessando a internet. A cerimônia de encerramento do Sínodo extraordinário foi presidida pelo Papa Francisco e concelebrada pelos Padres sinodais, o Papa emérito Bento XVI, bispos e padres, na Praça de São Pedro, no dia 19 de outubro, quando foi beatificado o Papa Paulo VI. “Na realidade, pastores e leigos de todo o mundo trouxeram aqui a Roma a voz das suas Igrejas particulares para ajudar as famílias de hoje a caminharem pela estrada do Evangelho, com o olhar fixo em Jesus”, disse o Papa Francisco durante a homilia. Destacou, ainda, o espírito corajoso e o apostolado incansável do beato Paulo VI. “Obrigado, nosso querido e amado Papa Paulo VI! Obrigado pelo seu humilde e profético testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja!”.
ENCAMiNHAMENtoS Este Sínodo, na verdade, foi a primeira de duas etapas. A próxima etapa será de 04 a 25 de outubro de 2015, sempre no Vaticano, com a realização da 14ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, que abordará o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Dom Damasceno foi nomeado pelo Papa Francisco como Presidente/delegado também para o próximo Sínodo. O Cardeal disse que será um Sínodo muito importante e lembrou que em breve chegará às conferências episcopais um documento aprovado pela Assembleia do Sínodo de 2014. “Esse documento vai servir de estudo para as conferências e dioceses, que enviarão suas contribuições à Secretaria Geral do Sínodo. Em seguida, a Secretaria irá elaborar um novo instrumento de trabalho para os
Padres sinodais eleitos por suas respectivas conferências para que eles possam, então, aprofundá-lo e dar sugestões para a fase conclusiva do Sínodo sobre a Família”, explicou o Arcebispo. Ao falar sobre a importância da temática dessas duas etapas do Sínodo, o presidente da CNBB recordou que a família é a base da sociedade. “Da família depende o futuro da humanidade e da Igreja. É na família que se formam os cristãos, os cidadãos. Os filhos aprendem os valores que vão orientá-los quando adultos. Da família depende o bem da sociedade”. Ao final do evento, certamente o Papa publicará uma exortação pós-sinodal, que tornará públicas as conclusões do Sínodo sobre a Família. Rezemos para que a Igreja oriente bem nossa realidade familiar. Padre geraldo Maia
Análise
O que esperar do Sínodo sobre a família Sínodo significa “caminhar juntos”, tendo objetivos comuns. Pode ser em nível de diocese, por convocação do bispo diocesano. Acontece também em nível ampliado, regional ou mundial, convocado pelo papa. Sua finalidade é tratar de temas preanunciados, que são refletidos com ampla participação de todos os convocados. O último tratou das preocupações que a Igreja tem com a família. Outro dado importante em
relação aos Sínodos convocados pelo papa é que eles não produzem matérias ou normas para a Igreja. Tudo é entregue ao Santo Padre para que ele possa, em momento oportuno, publicar algum documento oficial, uma exortação ou uma encíclica, tendo como base em suas palavras os dados refletidos pelos membros sinodais. Assim aconteceu com o Sínodo sobre a família. Muita coisa foi discutida, principalmente com
a intenção de recuperar os valores familiares, que estão muito desgastados nos últimos tempos. No entanto, não temos nenhuma norma diretiva vinda daí. Dependemos das decisões tomadas pelo papa que, provavelmente, ocorrerão após o próximo Sínodo, que também será sobre a família. Consideremos as palavras do papa Francisco em uma de suas homilias: “Na realidade, pastores e leigos de todo o mundo trouxe-
ram aqui a Roma a voz de suas Igrejas particulares para ajudar as famílias de hoje a caminharem pela estrada do Evangelho, com o olhar fixo em Jesus”. Isto mostra a preocupação de toda a Igreja com a família da nova cultura. O próximo Sínodo vai destacar a dimensão vocacional da família, porque isto é fundamental para que a pessoa seja realizada e feliz no matrimônio. A vocação solidifica a prática do amor conjugal.
O papa Francisco, citando Paulo VI, recordou as palavras do beato que dizia ser necessário a Igreja “perscrutar atentamente os sinais dos tempos e procurar adaptar os métodos (...) às múltiplas necessidades dos nossos dias e às novas características da sociedade”. Como se vê, a Igreja está preocupada com os novos sinais da cultura e a identidade familiar. Dom Paulo Mendes Peixoto
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pastorais e movimentos
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40 anos da Renovação Carismática Católica na Arquidiocese de Uberaba A Renovação Carismática Católica nasceu em um retiro espiritual realizado no período de 17 a 19 de fevereiro de 1967, na Universidade de Duquesne (Pittsburgh – Pensylvânia – EUA). Por meio de uma experiência profunda da ação do Espírito Santo, a cultura de Pentecostes se estende através dos milhares de Grupos de Oração no mundo todo. Em 1974, aconteceu a Primeira Experiência de Oração em nossa cidade, com a participação de mais ou menos 180 pessoas. A R.C.C. espalhou-se por toda a Arquidiocese de Uberaba e região. Aos poucos, fomos conquistando espaço, com nosso jeito de ser Igreja, enfrentando desafios e presenciando maravilhas realizadas por Deus através do Espírito Santo. Com os Seminários de Vida no Espírito Santo, Experiência de Oração, Retiro com a Meditação da Palavra, Aprofundamentos e dias de Louvor, fomos crescendo e aprofundando nossa espiritualidade e identidade. No decorrer destes quarenta anos, sempre vivemos em unidade, orientação e obediência a nosso Arcebispo e a cada um de nossos Padres. Também vivemos em comunhão com as Equipes Estadual e Nacional, seguindo suas orientações e projetos. A história da Renovação Carismática Católica em Uberaba é a história de cada Grupo de
Oração, grupos espalhados por toda a Arquidiocese. Hoje, com sua realidade, a R.C.C. nos lança um desafio: “A VIVÊNCIA DA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO”, avançando para águas mais profundas, evangelizando com nosso jeito de ser Igreja. “O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis como num templo (cf 1Cor 3,16; 6,19). Neles ora e dá testemunho de que são filhos adotivos (cf Gl 4,6; Rm 8,15-16 e 26). Leva a Igreja ao conhecimento da verdade total (cf Jo 16,13). Unifica-a na comunhão e no ministério. Dota-a e dirige-a mediante os diversos dons hierár-
quicos e carismáticos. E adorna-a com seus frutos (cf Ef 4,11-12; 1Cor 12,4; Gl 5,22). Pela força do Evangelho Ele rejuvenesce a Igreja, renova-a perpetuamente e leva-a à união consumada com seu Esposo” (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 04). No dia 06 de dezembro, vamos comemorar estes 40 anos com grande louvor, aprofundamento da Palavra e Avivamento no Espírito Santo. Será a partir das 8 horas, no Centro Pastoral. Susana Aparecida do Prado Nunes Coordenadora Arquidiocesana da RCC Uberaba
Catedral realiza segundo Farol
Cerca de 35 casais são esperados na segunda edição do Farol da Catedral Metropolitana. São oriundos de vários pontos de Uberaba, porém, não estavam atuando em paróquias da cidade. O encontro será realizado nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, nas dependências do Centro de Cultura das Irmãs Dominicanas, próximo à
antiga Fista. Mais de 70 casais ajudarão na realização do Farol, distribuídos em diversas equipes. Este segundo Farol é coordenado pelo casal Ana Maria e Eleisson Mariano Almeida. Estão programados momentos de louvor e oração, palestras e, sobretudo, conversas entre os casais visando à melhoria do relacionamento nos lares. Uma
Equipe de Trabalho do 2º Farol da Catedral
das metas, diz a coordenadora, é motivar a família como mola mestra de equilíbrio da sociedade. A missa de encerramento será no domingo, dia 07, às 19h, na Catedral. Ao final, os casais serão convidados a participarem do reencontro, assim como das pastorais da matriz de Uberaba. Rubério Santos
Cursilho para Jovens Aconteceu nos dias 14, 15 e 16 de novembro o 10º Cursilho Misto para Jovens em Araxá, e 32 jovens tiveram a oportunidade de participar desse cursilho, sendo nove da cidade de Uberaba e três de Água Comprida. O Assessor Eclesiástico do Cursilho Jovem é Padre Marino Molina e o Coordenador do Setor Araxá, Pedro Henrique Leite. O Movimento de Cursilho jovem de Araxá é ligado diretamente ao Grupo Executivo Diocesano do Cursilho de Uberaba e, desde o final da década de 1990, quando Araxá passou a pertencer à Arquidiocese de Uberaba, ficou a cargo do setor Araxá a realização de cursilhos
para jovens em nossa arquidiocese. O primeiro Cursilho para jovens em Araxá foi realizado em 1999 e, nos anos que se seguiram, o Movimento de Cursilhos colaborou com a evangelização e a formação de muitos jovens. O cursilho de jovens busca viver o tripé do Cristão: oração, estudo e ação. Os representantes do cursilho em Araxá se reúnem todas as terças-feiras para a oração do terço e o estudo sobre nossa Igreja ou sobre o Movimento de Cursilhos. No primeiro sábado de cada mês, o setor de Araxá promove uma Ultreia para todos os cursilhistas, momento de formação e partilha.
Encontro de Coroinhas e Marianas
Sendo um ministério de nossas comunidades paroquiais, os coroinhas (meninos) e as marianas (meninas) estão presentes em todas as Paróquias da Arquidiocese de Uberaba. Em vista disso, pretende-se realizar uma articulação em âmbito arquidiocesano. Para que isso aconteça, será realizado um encontro de coordenadores de coroinhas e marianas. Será coordenado pelo Diácono Hélio Marcelo, assessor desse grupo, em busca de dinamização, formação e orientações. Caso já exista esse grupo em sua paróquia, pedimos que nos envie o nome de seu coordena-
dor. Se ainda não foi implantado, é muito importante que nos envie o nome de uma pessoa que tenha afinidade para articular esse trabalho em sua comunidade e fazê-lo brotar. Lembremos que muitas de nossas vocações sacerdotais e religiosas surgiram desse despertar a partir da adolescência e, na maioria das vezes, como coroinhas e marianas. O encontro será: Data: 06/12/2014 (sábado) Horário: das 14h às 17h Local: Centro Pastoral São João Paulo II (Sala Mateus Moreira – carteiras)
Estudo da Campanha da Fraternidade 2015 Fraternidade: Igreja e Sociedade “Eu vim para servir” (Mc 10,45) Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e com o lema “Eu vim para servir” (Mc 10,45), a Igreja do Brasil, através da Campanha da Fraternidade 2015, deseja refletir sobre a presença da Igreja na sociedade e desta na Igreja, como lugares do anúncio do Reino. Em vista disso, é preciso que conheçamos o que a Igreja nos pede para desenvolver como arquidiocese e também nas paróquias. No desejo de não deixarmos para ter o contato com a temática da CF-2015 somente próximo à Quaresma, estaremos realizando um dia de estudos e encaminhamentos. Solicitamos que cada comunidade paroquial nos envie, no mínimo, duas pessoas para esse dia de formação, que será realizado:
Data: 07 de dezembro de 2014 Horário: das 8h30m às 15h Local: Centro Pastoral São João Paulo II (Sala Mateus Moreira – sala das carteiras)
evangelização e religiosos
Vida Divina
Aproxima-se o Natal do Senhor. Comemoramos o nascimento de Jesus, mas também recuperamos e fortalecemos nossas forças espirituais. Deus, que se fez homem, assume nossa condição humana e possibilita que o ser humano tenha a possibilidade de participar da vida divina. Desejamos aos leitores do Jornal Metropolitano um Feliz e Santo Natal e que o Menino-Deus possa nascer no coração de cada um. Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba
Jornal Metropolitano - Uberaba, dezembro de 2014
Caríssimos leitores e amigos do nosso Jornal Metropolitano, saúde e paz! Ao nos aproximarmos da celebração do Natal, marcados pela alegria da certeza da presença do Filho de Deus no meio de nós, certeza de que o Natal faz memória, venho, em nome da nossa PASCOM, desejar a todos um Santo Natal e um Ano Novo cheio das mais ricas graças e bênçãos de Deus. Que a celebração do Nascimento de Jesus reacenda em nós o desejo de participarmos, com todas as nossas forças, dons e talentos, da construção de um mundo mais justo, humano e fraterno: o Reino de Deus! Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! São os votos de todos nós da PASCOM. Mons. Valmir Ribeiro (Coordenador)
Feliz natal!
Que a alegria de celebrar o Natal encha o nosso coração com a luz do Espírito Santo, fazendo com que o seu verdadeiro sentido reavive em nós a conversão no Senhor. Que o Amor de Cristo possa florescer nos diferentes lares, fazendo com que sejamos sal e luz em todos os ambientes para propagarmos a bondade Divina e acendermos a chama da esperança, acolhendo e perdoando de coração aberto. Que a Luz do Amor do Pai, manifestada no Filho Nascente, nos fortaleça na caridade e na ternura. Que o nosso abraço seja caloroso, cheio da presença do amor vivo. Que possamos orar em família pelos irmãos que sofrem. Que todos façamos a experiência da Graça e do Amor de Deus, aumentando a nossa fé. Que possamos, de verdade, abrir o nosso coração e deixar Cristo agir em nós para sermos sempre construtores do Reino de Deus. Feliz Natal da Família Cursilhista.
É NATAL!
De Desconhecido Por menos que se diga, ele se infiltra silenciosamente, com seu jeito de prece ou de cantiga, nas entrelinhas do querer da gente. Então, aos poucos, nosso sonho abriga essa vontade, que se torna urgente, de repartir uma palavra amiga, trocar abraço e se fazer semente. Que esse estado de pausa seja graça. Que haja sinos bailando na vidraça e a voz da realidade seja hino. Que haja, ainda, um coração na praça a gritar que, apesar da hora escassa, sob a estrela da Paz, nasce o Menino! São os votos de Luiza Nogueira
A Magia do Natal
Natal é momento mágico. Tempo de abrirmos os corações e vivermos intensamente a família, os amigos e também para começarmos vida nova. Vida que deve estar alicerçada nos mandamentos de Deus. Faça deste Natal o melhor de todos os tempos. Dê tempo para a conversa, escute o próximo, abrace o irmão e distribua AMOR. Motive a todos, apontando o único caminho para a salvação: Jesus Cristo. Feliz Natal e um 2015 inesquecível! Rubério Santos e família
Querido Irmão,
Com a Graça de Deus, mais uma etapa de nossas vidas foi concluída. Desejo a você que, na paz do Senhor, seu caminho seja trilhado com muita Fé e Esperança. Neste Natal, deixe Jesus nascer em seu coração, permitindo levar a palavra de Deus a nossos irmãos mais necessitados. Que o menino Jesus guie sua vida e a de seus familiares com muita paz, harmonia, saúde e alegria. Que Nossa Senhora da Abadia, mãe de Jesus e nossa mãe, nos abençoe e também o ano que vamos iniciar. Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Diácono Márcio
Neste NATAL,
rendamos graças ao Senhor porque Ele é bom, porque Ele nos amou primeiro, porque Ele nasce de novo em nosso coração, na tentativa de abrir um espaço maior para a fraternidade. Que Seu amor esteja junto de nós para celebrarmos Seu dia. Que Sua alegria nos acompanhe ao longo da jornada. Que Sua força nos sustente. Que Sua estrela sagrada - a estrela do Natal - ilumine cada momento de nossa vida. E que a paz de Deus, que excede toda a inteligência, guarde nossos corações e nossos pensamentos, em Cristo Jesus. FELIZ NATAL! Amabile Pierroti Natal é a presença de Jesus em nossos corações, é celebrar o nascimento do Filho de Deus, que nos ensina a como ser família no amor e na paz. Que estes sentimentos estejam sempre presentes em nosso dia a dia. Como já dizia São Francisco de Assis: “A cortesia é irmã da caridade, que apaga o ódio e fomenta o amor”. Lembremos sempre de nossos irmãos que necessitam de ajuda, pois isso também é Natal. Alex Maia e Família Desejo que o Natal seja para todos uma dádiva de Deus. Jesus se fez presente para nós, um presente de amor, um presente de compaixão. Que este Natal seja diferente. Por que não darmos para nossos irmãos um pouco de nós mesmos através da alegria, da solidariedade, do respeito, olhando nosso irmão e vendo nele o rosto de Jesus? Que nossa fé faça diferença em 2015. Um grande abraço a todos. Carlos Carvalho e Família
“Naquele dia Deus nosso Senhor concedeu a sua graça e de noite ressoou o seu louvor. Este é o dia que o Senhor fez, alegres exultemos por ele. Pois foi-nos dado um Menino amável e santíssimo, nascido por nós à beira do caminho e deitado numa manjedoura, porque não havia lugar na estalagem. Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. Alegrem-se os céus, rejubile a terra, ressoe o mar com tudo o que contém, rejubilem-se os campos e o que neles existe!” (São Francisco de Assis) Votos de um Feliz Natal e que 2015 seja um ano abençoado! Francine Moura
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formação
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A verdade brotou da terra e a justiça olhou do alto do céu Desperta, ó homem: por tua causa, Deus se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Ef 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem. Estarias morto para sempre se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte. Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido se ele não viesse salvar-te. Celebremos com alegria a
vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve. Ele se tornou para nós justiça, santificação e libertação, para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor” (1Cor 1,30-31). A verdade brotará da terra (Sl 84,12). O Cristo que disse: eu sou a verdade (Jo 14,6) nasceu da Virgem. E a justiça olhou do alto do céu (cf. Sl 84,12) porque o homem, crendo naquele que nasceu, é justificado não por si mesmo, mas por Deus. A verdade brotou da terra porque o Verbo se fez car-
ne (Jo 1,14). E a justiça olhou do alto do céu porque todo o dom precioso e toda a dádiva perfeita vêm do alto (Tg 1,17). A verdade brotou da terra, isto é, da carne de Maria. E a justiça olhou do alto do céu porque o homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu (Jo 3,27). Justificados pela fé, estamos em paz com Deus (Rm 5,1) porque a justiça e a paz se beijaram (cf. Sl 84,11) por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois a verdade brotou da terra. Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus (Rm 5,2). Não disse “da nossa glória”,
mas da glória de Deus porque a justiça não procede de nós, mas olha do alto do céu. Portanto, quem se gloria não se glorie em si mesmo, mas no Senhor. Eis por que, quando o Senhor nasceu da Virgem, os anjos cantaram: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14 Vulgata). Como veio a paz à terra senão por ter a verdade brotado da terra, isto é, Cristo ter nascido em carne humana? Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só(cf. Ef 2,14), para que fôssemos homens de boa vontade, unidos uns aos outros pelo suave vínculo da caridade. Alegremo-nos com esta graça, para que a nossa glória seja
o testemunho da nossa consciência, e assim nos gloriaremos, não em nós mesmos, mas no Senhor. Por isso disse o Salmista: Vós sois a minha glória que levanta a minha cabeça (Sl 3,4). Na verdade, que graça maior Deus poderia conceder-nos do que, tendo um único Filho, fazê-lo Filho do homem e reciprocamente fazer os filhos dos homens serem filhos de Deus? Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus. Fonte: <http:// fraternidadesaogilberto.blogspot. com.br/2011/12/dos-sermoes-desanto-agostinho-bispo.html>
Estudos Bíblicos
Carta de Paulo aos Romanos Em nossa reflexão sobre as Cartas Paulinas, buscaremos conhecer um pouco sobre a origem da carta, como autoria, destinatários e objetivos, bem como mergulhar no texto, nas dimensões teológicas que o texto revela. A Carta aos Romanos, considerada a mais importante das Cartas neotestamentárias no aspecto teológico, também é uma das mais certas quanto à autoria, destinatários e data. Sua importância se dá por ser a primeira declaração teológica bem desenvolvida, um verdadeiro tratado de teologia sobre Jesus Cristo, sobre a salvação e a fé. O centro da Carta aparece em Rm 1,16: “O Evangelho é a força de Deus para a salvação de todo aquele que crê, judeu ou não-judeu”. Seu autor foi seguramente Paulo (Rm 1,1). Provas disto são o senso de sua missão (conversão/vocação), seu ser apóstolo e seu compromisso com a pregação do Evangelho (Rm 1,1.5.12-17; 15,15-24). Paulo se apresenta como judeu (Rm 11,1) e apóstolo dos gentios (Rm 11,13). Paulo a redigiu quando pensava haver concluído a evangelização do
quadrante nordeste do Mediterrâneo (Rm 15,19.23). Diz que estava prestes a embarcar para Jerusalém (Rm 15,25), o que concorda com At 20, que narra sua última visita a Jerusalém. Paulo escreve aos Romanos entre os anos 55 e 57. Outro detalhe que auxilia na datação é o texto onde Paulo fala dos impostos a serem pagos a Roma (Rm 13,67), o que combina com a taxação do início do reinado de Nero (56-58). Rm 15,25 e At 20,3 combinam em afirmar a permanência de Paulo três meses na Grécia, antes de viajar a Jerusalém. A cidade provável da composição da Carta aos Romanos seria Corinto, centro das atividades paulinas na Grécia. Rm 16 confirma ser Corinto quando cita Febe vinda de Cencreia (vv. 1-2) e Gaio e Erasto (v. 23 em paralelo com 1Cor 1,14). Na verdade, quem seriam esses cristãos habitantes de Roma a quem Paulo escreve (Rm 1,7)? Quem teria iniciado essa comunidade em Roma? Não há informação sobre como os cristãos chegaram a Roma. No séc. I havia uma grande comunidade judaica (entre
40 e 50 mil) que habitava a capital do império. Também havia uma intensa atividade cristã entre os “circuncisos” (Gal 2,9). Desde o ano 49 da era cristã, muitos judeus haviam sido expulsos de Jerusalém por perturbarem a pax romana. Esses judeus se espalharam pelo império, chegando a Roma. Os nomes dos escravos saudados por Paulo em Rm 16 revelam que eram descendentes de judeus. Sendo nascente o cristianismo dentro das sinagogas judaicas em Roma, é plausível considerar Pedro o fundador apostólico da Igreja de Roma e entende-se a carta aos Romanos destinada « para o judeu primeiro e também para o gentio » (Rm 1,16; 2,9-10; 3,9.29; 9,24; 10,12). A presença de judeus explica ainda muitos temas da carta aos Romanos, como citação sobre Adão, Abraão, a Lei de Moisés, etc. Contudo, a comunidade cristã de Roma não era formada por apenas judeus convertidos ao cristianismo. A presença dos gentios entre eles era muito forte, chegando a exercer a liderança da comunidade na diáspora. A Igreja em Roma era
um pouco desarticulada, não existindo uma liderança central. Rm 16, 5.10-11.14-15 indica a existência de ao menos cinco igrejas cristãs domiciliares. Ao escrever sua carta, Paulo sabia que não se dirigia a uma única e grande assembleia de cristãos, mas a grupos heterogêneos reunidos em igrejas domiciliares. A própria dominação romana não permitiria grandes assembleias cristãs, pois a Igreja Cristã professava a fé em um Deus único, enquanto a religião romana afirmava vários deuses. Paulo tem três propósitos quando escreve aos Romanos: Missionário, Apologético e Pastoral. No propósito missionário (Rm 15, 1824.28), entre possíveis hipóteses sobre os motivos missionários, o mais coerente seria perceber que Paulo não teria escrito para evangelizar Roma, nem por considerar as Igrejas romanas sem alicerce apostólico, mas sim que teria escrito aos Romanos com a intenção de obter uma base de apoio para os projetos futuros de missão à Espanha. No propósito apologético, os textos de Rm 1,16; 3,8; 9,1-2
mostram que Paulo e o Evangelho estavam sob ataque e precisavam de defesa. A Carta funciona como defesa (apologia) ao Evangelho e autoapologia a Paulo, uma vez que o Evangelho era o centro da vida de Paulo. O texto de Rm 1,26 traz uma fórmula de confissão de fé (vv.3-4). O apóstolo pede aos romanos o apoio da oração (apoio real para Paulo). No propósito pastoral, Paulo escreve aos romanos (Rm 14,115,6) para terminar com as divisões (reais ou potenciais) entre as Igrejas de Roma. O texto apresenta identificações “dos fracos e dos fortes” e suposições de grupos distintos entre judeus, gentios e cristãos. Inúmeras vezes Paulo escreve: “tanto judeu como gentio”, incentivando a vivência prática dos grupos acerca do que o Evangelho e as promessas de Israel anunciavam, culminando na pessoa de Jesus Cristo (Rm 15,713). O zelo pastoral é revelado especialmente nos últimos capítulos da carta. Padre Marcelo Lázaro Pinto
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notícias da igreja
Jornal Metropolitano - Uberaba, dezembro de 2014
A origem do presépio
O primeiro presépio de que se tem conhecimento foi montado em Greccio, na Itália. Lá Francisco, o Pobrezinho de Assis, teve as regras de sua ordem aprovadas pelo Papa Honório III. Depois disso, uma nova inspiração: quis reviver o momento do nascimento de Jesus. Numa noite fria reuniu frades de longe e pessoas dos arredores da cidade. Francisco pediu ao amigo Giovanni se poderiam
Presépio da Paróquia São Benedito
celebrar o Natal ali e se ele poderia preparar um ambiente propício para tão importante solenidade. E assim Giovanni fez. Quando Francisco chegou, o cenário estava pronto, como ele mesmo orientara. Uma gruta simples, sem imagens, requintes, com animais e uma manjedoura. Aquela cena comovente fez resplandecer a simplicidade evangéli-
ca, remeteu à pobreza, transmitiu humildade como Francisco, como o próprio Menino Deus. O local virou refúgio de Francisco, onde ia rezar muitas vezes. De lá, a tradição de montar presépio espalhou-se por todo o mundo. Confira alguns presépios de igrejas em nossa arquidiocese.
O que é ser oblato beneditino? Oblato beneditino é o cristão (leigo ou sacerdote) que, chamado por Deus, procura viver coerentemente o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia dentro do espírito da Regra de São Bento. Nos ditames dessa Regra, encontra alimento e estímulo para tender à perfeição evangélica e à glorificação do Criador. No próximo dia 06 de dezembro, haverá um grupo de candidatos a oblato, que entrará no noviciado. É a segunda etapa de formação para se tornar oblato. Por sua vez, outro grupo fará sua oblação no dia 07/12. Em 04 de janeiro de 2015, Festa da Epifania do Senhor, duas postulantes de nosso mosteiro, Valdirene e Patrícia, iniciarão seu noviciado. Esse período é também a segunda etapa de formação da candidata que deseja ser monja. Ao iniciar o noviciado, a candidata receberá o santo hábito e um novo nome, significando uma nova vida. É a morte do homem velho e o nascimento do homem novo. Ir. Maria Rafaela Macena, OSB
Presépio em São José Gameleira
O ANO DA VIDA CONSAGRADA
O Santo Padre o Papa Francisco instituiu o ano de 2015 como o ano da Vida Consagrada. O Código de Direito Canônico assim define a vida consagrada em seu cân. 573: § 1. A vida consagrada pela profissão dos conselhos evangélicos é uma forma estável de viver, pela qual os fiéis, seguindo mais de perto a Cristo sob a ação do Espírito Santo, consagram-se totalmente a Deus sumamente amado, para assim, dedicados por título novo e especial a sua honra, à construção da Igreja e à salvação do mundo, alcançarem a perfeição da caridade no serviço do Reino de Deus e, transformados em sinal preclaro na Igreja, preanunciarem a glória celeste. § 2. Assumem livremente essa forma de vida nos institutos de vida consagrada, canonicamente erigidos pela competente autoridade da Igreja, os fiéis que, por meio dos votos ou de outros vínculos sagrados, conforme as leis próprias dos institutos, professam os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência e, pela caridade à qual estes conduzem, unem-se de modo especial à Igreja e a seu mistério.
Da Redação
Mosteiro da Glória realiza cerimônia para oblatos e noviças
Sobre a temática da vida consagrada, o Codex Iuris Canonici apresenta especificamente os cân. 573 a 730. A vida consagrada é composta pelos membros dos institutos religiosos (cân. 607), pelos membros dos institutos seculares (cân. 710) e, além dos institutos de vida consagrada, a Igreja reconhece os eremitas ou anacoretas (cân. 603) e a ordem das virgens (cân. 604). Dos institutos de Vida Consagrada aproximam-se as Sociedades de Vida Apostólica, cujos membros, sem os votos religiosos, buscam a finalidade apostólica própria da sociedade (cf. cân.731). Sobre as SVA, temos os cân. 731 a 746. O Ano da Vida Consagrada, que terá sua abertura na Vigília de Oração em 29 de novembro de 2014 e Missa no I Domingo do Advento no dia 30, está fundado em sete itinerários: 1. Laboratórios de pesquisa e de partilha, organizados pelas Pontifícias Universidades dirigidas por Ordens religiosas, sobre temáticas e questões da VC. 2. Memoria sanctorum da vida consagrada. Stationes em lugares
de especial importância apostólica no mundo. 3. Memoria martyrum consagrados e consagradas dos séculos XX e XXI. Stationes em lugares de especial testemunho no mundo. 4. Cadeia mundial de oração entre os mosteiros. Stationes nos mosteiros de especial importância no mundo. 5. Sessão monástica on-line do Studium para as monjas. 6. Caminhos de importância evangélica decididos e postos em ação na interação entre Institutos Apostólicos, Sociedades de Vida Apostólica, Vida Monástica, Institutos Seculares, Ordo virginum, Novos Institutos. 7. Via pulchritudinis “Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e admirar seu santuário” (Sl 27,4). Linguagens artísticas na vida consagrada para a contemplação e anúncio da verdade e da beleza da fé. Seguindo estes sete itinerários, teremos alguns tempos de reflexão e de partilha em nível mundial, or-
ganizados pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que têm à frente o Em.mo Cardeal Dom João Braz de Aviz, Arcebispo Emérito de Brasília. Esses tempos serão: a) Encontro Ecumênico de Consagrados e Consagradas (Roma, 22 a 24 de janeiro de 2015); b) Seminário para formadores e formadoras à vida consagrada (Roma, 8 a 11 de abril de 2015); c) Laboratórios para jovens consagrados e consagradas (Roma, 23 a 26 de setembro de 2015). Todos esses tempos serão concluídos com uma vigília de oração. Em 2016, entre os dias 24 de janeiro e 2 de fevereiro, teremos a Semana Mundial da Vida Consagrada na Unidade com o tema: Vida Consagrada na Igreja, sequela evangélica em direção ao futuro. Dessa semana participarão: Vida monástica – Institutos Apostólicos e Sociedades de Vida Apostólica – Institutos Seculares – Ordo virginum – Novos Institutos. Teremos alguns eventos especialmente dedicados:
1. Para os IVC e as SVA na Igreja: Simpósio Internacional em Roma, de 27 a 30 de janeiro de 2016, com o tema: A sequela evangélica, forma permanente de vida na Igreja, na direção do futuro. Processos em ação. 2. Para a Vida monástica. 3. Para os IVC – Seculares. 4. Para a Ordum virginum, de 29 a 31 de janeiro de 2016. Existem ainda três eventos a serem celebrados em comum: • 30 de janeiro de 2016, às 20h, vigília de oração em São Pedro “Profecia, santidade e martírio na cidade humana”; • 01 de fevereiro de 2016, Audiência com o Santo Padre; • 02 de fevereiro de 2016, Festa da Apresentação do Senhor no Templo, XX.ª Jornada da Vida Consagrada, Santa Missa de Encerramento do Ano da Vida Consagrada. D. Hugo C. da S. Cavalcante, OSB. Vigário Judicial da Arquidiocese de Uberaba – MG Presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Uberaba - MG
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paróquias
Jornal Metropolitano - Uberaba, dezembro de 2014
Frei Gabriel de Frazzanó: o Irmão de Todos Frei Gabriel chegou a várias cidades mineiras, trazendo sua mala simples de frade menor a serviço das comunidades religiosas e paroquiais e pondo-se ao trabalho humilde e sublime de ajudar na igreja e na assistência aos enfermos e pobres. Grande apóstolo, grande vida – que viveu ocupada e preocupada com os irmãos carentes – fiel seguidor de Francisco de Assis, considerado irmão de todos. Grande missionário, não só na estatura física, mas, sobretudo, na estatura moral. Estamos falando de Frei Gabriel de Frazzanó, nascido Antonio Machi, na cidade chamada Frazzanó, na Itália, em 1907. Perto de Frazzanó fica Messina, cidade onde os frades capuchinhos têm a sede da província e nesse ambiente Frei Gabriel virou missionário. Começou o noviciado a 8 de dezembro de 1923. Frei Gabriel de Frazzanó chegou ao Brasil em 10 de outubro de 1936 e veio para Minas Gerais no mesmo ano, logo nos inícios da Missão. Sua primeira fraternidade foi Carmo do Paranaíba, sendo idealizador e iniciador, em 15 de agosto de 1946, da construção da igreja de São Francisco de Assis, que passou a ser na prática a sede das celebrações da paróquia naquela cidade. Também construiu uma
capela no bairro Niterói, no Carmo, cuja inauguração se deu em 1942. Do Carmo veio para Uberaba onde trabalhou ativamente para a construção das igrejas de Santa Teresinha e São Judas Tadeu. Também promoveu todos os anos o Natal dos Pobres, chegando, em 1955, a distribuir grande quantidade de gêneros alimentícios para inúmeras famílias uberabenses. Além do Carmo e Uberaba, morou em algumas cidades mineiras, construindo algumas igrejas, trabalhando ativamente com os pobres e sempre ganhando a simpatia e estima dos moradores, ajudando nas igrejas, nas sacristias, nas cozinhas das casas paroquiais e na assistência aos enfermos e pobres. Um exemplo foi Belo Horizonte, onde também deixou marcas de sua colaboração, na construção da igreja e do convento de Nossa Senhora de Pompeia. Sobretudo, foi Frutal, onde chegou em 1957, o campo fértil de seus trabalhos de missionário. Lá
construiu a igreja matriz de Nossa Senhora do Carmo, inclusive com trabalho braçal, a Casa Paroquial, a Igreja Nossa Senhora Aparecida, o Asilo Pio XII e sua Capela, a Casa da Criança e a Santa Casa de Misericórdia com a Capela e a Casa das Irmãs. Todas essas obras constituem os mais belos lances de sua existência, toda ela consagrada a semear o bem e a caridade. De 1971 a 1973, empreendeu uma série de ampliações nessas obras: necrotério na Santa Casa, barracão para depósito de arroz no Asilo Pio XII, aumento de salas na Casa da Criança. Ficou algum tempo internado no hospital que ele mesmo fundou e, após uma viagem a sua terra natal, Frei Gabriel faleceu em 17 de abril de 1973, aos 66 anos de idade. Partiu como viveu: com nobreza e dignidade, deixando exemplo de solidariedade e caridade. Em Uberaba, foi homenageado em 1986, com seu nome na Creche Frei Gabriel de Frazzanó, no Jardim Espírito Santo.
Frei Gabriel construiu várias igrejas em Minas Gerais e em Uberaba trabalhou para a edificação das igrejas de São Judas e Santa Teresinha (foto)
Creche Frei Gabriel de Frazzanó, que foi criada para ajudar mães pobres que trabalham fora. O nome é uma homenagem ao trabalho do missionário