Relat贸rio de Atividades 2014
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS
INDICE INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 2 ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO ................................................................................... 3 25º ANIVERSÁRIO DA REVISTA “ALIMENTAÇÃO ANIMAL” .......................................................... 4 PROJETO QUALIACA ...................................................................................................................... 6 SEGURANÇA E QUALIDADE DOS ALIMENTOS PARA ANIMAIS .................................................. 7 FILPORC .......................................................................................................................................... 8 III JORNADAS DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL APROVAÇÃO DE OGM .................................................................................................................... 9 PRESIDENTE DA IACA RECEBE INSÍGNIA DE OURO DA CESFAC ........................................... 10 CONTRATAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO ................................................................................ 11 ASSEMBLEIA ELEITORAL DA SECÇÃO DE PRÉ-MISTURAS ORGAOS SOCIAIS DA IACA MANDATO 2015-2017 .................................................................... 12 SECÇÃO DE FABRICANTES DE PRÉ-MISTURAS (SFPM) .......................................................... 13 ANÁLISE DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 14 INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ................................................................................................. 16
CONTRATOS COLETIVOS DE TRABALHO
ONS – CT 37/ALIMENTOS PARA ANIMAIS ......................................................................................... 17
MOVIMENTO ASSOCIATIVO ................................................................................................................... 18
PUBLICAÇÕES DA IACA NO ANO DE 2014......................................................................................... 19
REUNIÕES INSTITUCIONAIS DA IACA EM 2014
REPRESENTAÇÕES DA IACA ................................................................................................................ 20
CALENDÁRIO DAS PRINCIPAIS ACTIVIDADES DA IACA EM 2014 ............................................... 21
CONSELHO FISCAL ...................................................................................................................... 24 ASSEMBLEIA GERAL DA IACA DE 15 DE ABRIL DE 2015........................................................... 25 ESTATÍSTICA DO SETOR ............................................................................................................. 26
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RELATÓRIO DE ATIVIDADES ANO DE 2014
INTRODUÇÃO Em conformidade com os Estatutos, a Direção da IACA vem apresentar à Assembleia Geral de 15 de abril de 2015, o Relatório de Atividades e as Contas relativas ao Exercício de 2014. Como habitualmente, o Relatório integra, para além da situação económica e financeira da Associação, a descrição das principais atividades e evolução dos dossiers mais relevantes para a Indústria e a conjuntura do Setor, designadamente a produção de alimentos compostos e o consumo de matérias-primas. Preocupados com o aprovisionamento de matérias-primas para a alimentação animal, quer em quantidade - garantindo, tanto quanto possível, as necessidades do mercado português, a sua estabilidade e previsibilidade - quer em qualidade, em termos de segurança alimentar, prosseguimos as “negociações “ com a DGAV e a ACICO, mediadas pela Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, no sentido de impulsionarmos as linhas orientadoras do Projeto QUALIACA. Apesar dos problemas e do relativo impasse neste processo, conhecidos da Indústria, é inegável que este tema começa a ser falado e interiorizado pelo mercado, sendo já evidente que valeu a pena a Direção da IACA ter assumido esta iniciativa como sendo de carácter estratégico e uma das prioridades do seu Mandato. Diretamente ligado às matérias-primas, porque representa igualmente um potencial estrangulamento no normal aprovisionamento do Setor, continuámos a pugnar por uma política de transparência em matéria de aprovação de OGM na União Europeia, com diversas iniciativas, em Portugal e em Bruxelas, sempre com base na avaliação científica da parte da EFSA, garantindo-se a segurança dos eventos e a liberdade de escolha de produtores, indústria e consumidores. Num ano em que celebrámos o 25º aniversário da Revista “Alimentação Animal”, com uma publicação específica sobre o tema e reflexões sobre o passado e o futuro do Setor em todas as edições do ano de 2014, centrámos grande parte da nossa atuação, na temática da segurança e qualidade dos alimentos para animais, sendo estes os temas da Reunião Geral da Indústria e das III Jornadas da Alimentação Animal, iniciativas que, felizmente, já constituem referências no mercado nacional. Outro tema relevante para a “vida” da Associação, para além das inúmeras presenças em debates, Seminários e Congressos, a nível nacional e internacional e reuniões com as diferentes entidades da Administração Pública e do Governo, foi a Contratação Coletiva de Trabalho, cujas negociações decorreram com os Sindicatos mas que não foi possível chegar a acordo, tendo a IACA como objetivo, em 2015, a denúncia dos Contratos e o inicio da negociação de uma nova Convenção. De salientar ainda os vários pareceres dos serviços da IACA aos seus associados, seja relativamente a questões de natureza jurídica ou de índole técnico ou económico. Em resumo, durante o ano de 2014, de uma forma isolada ou em conjunto com outras organizações, designadamente ao nível da Plataforma da Fileira Pecuária e Agroalimentar, a IACA manteve um diálogo aberto e permanente com o Governo, no âmbito do Ministério da Agricultura e do Mar, e muito em concreto com a Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, o GPP (Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral) e a DGAV (Direção Geral de Alimentação e Veterinária), que compreenderam os problemas e partilharam os nossos pontos de vista mas que nem sempre contribuíram para a sua resolução.
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ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO A economia portuguesa concluiu em 2014 o plano de assistência e de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos negociado com a Troika, processo que implicou a adoção de medidas de consolidação orçamental, na sequência do qual temos enfrentado uma forte redução do consumo e aumento do desemprego. Marcado por uma relativa estagnação da atividade económica europeia e um possível cenário de deflação, a evolução da economia a nível internacional também não foi favorável. Apesar do ambiente relativamente adverso, de acordo com os últimos indicadores do INE, confirma-se que a economia portuguesa cresceu 0.9% em termos reais, depois de três anos consecutivos de recessão. O crescimento da economia, contrariamente aos anos anteriores, foi impulsionado pela procura interna (2.0%), em detrimento do setor exportador, pese embora o bom desempenho das exportações agroalimentares. Em termos globais, as exportações cresceram 3.4%, quase metade do ritmo de 2013, e as importações 6.2%, situando-se em níveis de variação dos ocorridos em 2010. A informação disponível dos principais indicadores económicos sugere que se poderá estar a iniciar um processo gradual de recuperação económica. No entanto, esta evolução ocorre num contexto de grande incerteza sobre o futuro da economia, a continuidade na redução da dívida pública, condições de acesso ao crédito ainda relativamente restritivas e de uma relativa deterioração no mercado de trabalho, designadamente os custos do trabalho suplementar que penalizam a competitividade das empresas. Pese embora o desempenho positivo do setor agrícola e do agroalimentar, designadamente ao nível do emprego e das exportações, e da Agricultura se encontrar no centro da agenda política e das prioridades do Governo, na indústria da alimentação animal, pelo contrário, não se registaram melhorias relativamente ao ano anterior, com os últimos 4 anos a serem bastante críticos para a atividade das nossas empresas. O ano ficou marcado por cinco aspetos fundamentais que condicionaram a nossa atividade:
A continuada volatilidade dos preços das principais matérias-primas para a alimentação animal. A deficiente qualidade de algumas matérias-primas - problema que tem sido colocado com alguma frequência pelos nossos associados e que constitui um fenómeno recorrente - em particular ao nível do milho importado, bem como algumas restrições de fornecimento em determinadas épocas do ano, com destaque para as oleaginosas. A posição dominante das cadeias de distribuição com as consequências, para todo o tecido empresarial, decorrentes das gravosas práticas comerciais e da crescente penetração das marcas brancas, apesar da entrada em vigor da nova legislação e do trabalho desenvolvido pela PARCA. A incapacidade das empresas refletirem as variações dos custos (matérias-primas, energia, combustíveis) ao longo da cadeia e junto do consumidor final. O impacto negativo do embargo russo que contribuiu para a degradação das margens em alguns setores da produção animal.
Consequência da retração do consumo de produtos animais e de dificuldades acrescidas no setor pecuário, com preços de matérias-primas marcados pela incerteza e volatilidade, a produção de alimentos compostos para animais deverá ter registado uma tendência de quebra, em torno de 1%, sobretudo devido à retração da produção dos alimentos para aves e “outros animais”, uma vez que os bovinos e suínos estiveram relativamente em alta, apesar de uma relativa desaceleração no final do ano. Contrariamente ao que aconteceu em 2013, o comportamento dos preços das principais matérias-primas foi globalmente mais favorável, em particular durante o segundo semestre de 2014, designadamente ao nível dos cereais, pelo aumento da oferta e reconstituição de stocks no mercado mundial. Quanto às oleaginosas, com destaque para a soja, apesar da tendência de quebra comparativamente ao ano anterior, o mercado português confrontou-se com uma escassez física de matéria-prima, com a Indústria a ter de suportar custos acrescidos de aprovisionamento, uma situação que começa a ser recorrente e para a qual a IACA tem vindo a chamar a atenção e denunciado, quer ao Governo, quer aos importadores. Os preços de aminoácidos como a metionina registaram igualmente aumentos significativos, pelo que o problema da proteína assume uma importância estratégica no mercado, sendo urgente encontrar alternativas.
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No entanto, se os custos da alimentação animal foram relativamente mais favoráveis que no ano anterior, os preços da generalidade das produções animais estiveram em quebra, sobretudo no sector das aves e suínos, estes últimos a sofrerem fortemente o impacto do embargo russo às exportações de carne com origem na União Europeia. Deste modo, assistimos a uma degradação das margens e a um esforço acrescido no sentido de se encontrarem alternativas de exportação da parte dos principais operadores europeus, solicitando-se à Comissão Europeia medidas urgentes de apoio ao mercado. Ainda com dificuldades no acesso ao crédito, prazos de recebimentos dilatados, uma pecuária profundamente descapitalizada, com efetivos em acentuada redução, a Indústria viveu mais um ano particularmente complexo e muito difícil, demonstrando, apesar de tudo, uma grande capacidade de resiliência. Com um mercado que se degrada progressivamente e de uma forma que assume um problema estrutural, com tantos estrangulamentos e custos acrescidos e que decorrem do cumprimento de normas ambientais, de segurança alimentar e de bem-estar animal e de uma excessiva burocratização, viabilizar a pecuária nacional é um desafio difícil que precisa de mais apoio e cumplicidade do Governo e das autoridades nacionais, designadamente no quadro do próximo Quadro Comunitário para o período 2014/2020. Acrescem ainda as preocupações perante o fim das quotas leiteiras e o impacto no mercado, já a partir de abril de 2015, a continuidade do embargo imposto à Rússia, os problemas com a Ucrânia e a delapidação dos efetivos ao nível dos ruminantes, as relações comerciais, no quadro do TTIP (acordo transatlântico) e do Mercosul, para além da evolução da relação euro/dólar, do preço do petróleo, das políticas relativas à promoção dos biocombustíveis e o impacto nos preços das principais matérias-primas.
25º ANIVERSÁRIO DA REVISTA “ALIMENTAÇÃO ANIMAL” Em 2014, a partir do número 87, destacámos o 25º Aniversário de edições regulares da Revista “Alimentação Animal”, o “porta-voz” da IACA e seu “órgão oficial”. Pela sua importância, e agradecendo aos muitos convidados que nos deram a honra de escrever sobre nós ao longo das 4 edições anuais, incluindo as entrevistas dos Secretários de Estado da Agricultura e da Alimentação, aqui deixamos as reflexões então produzidas na referida edição, não só para memória futura mas também porque através desses testemunhos foi possível revisitar e perceber melhor não só a evolução da Indústria mas também o que ela poderá ser num futuro não muito longínquo. Foi então este o Tema de Capa do número especial: “Será essencialmente uma publicação que vai “olhar para dentro” mas sem esquecer de fazer a história e projetar o futuro. Perdoem-nos pois os exageros e as desproporções de quem fala de si mesmo porque fazemos há 25 anos, cada edição, com humildade, mas entusiasmo e o carinho de quem dá o seu melhor, sem ser profissional. Uma equipa fantástica que, ao longo de todo este tempo e de todas estas edições, a preparou e levou a todos os operadores e público, ligado, direta ou indiretamente, à alimentação animal e à Fileira Pecuária. As alegrias e as tristezas; as crises alimentares, a desesperança, as conjunturas negativas; os êxitos e insucessos da IACA, a inovação do Setor, as mudanças e transformações, também da própria Sociedade; as posições da IACA e as contrárias às nossas, com a preocupação de fornecer sempre “diferentes olhares” e fazer opinião, dar noticia, formar e informar, sem ter a pretensão de que os nossos pontos de vista eram os únicos, os melhores, ou os que deveriam prevalecer. A única motivação, há 25 anos e tal como hoje, é defender, com argumentos justos e legítimos, com renovado orgulho e dedicação, os interesses de quem representamos: a Indústria da alimentação animal, mais especificamente os fabricantes de alimentos compostos e de pré-misturas. Com a certeza de que ao defender a Indústria estamos a defender a Fileira Pecuária e os produtos de origem animal fabricados em Portugal e a contribuir para que a economia possa crescer, a criar emprego e riqueza, que o Setor possa inovar e a ser cada vez mais competitivo e importante no nosso País.
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Será uma edição sobretudo de Homenagem àqueles que iniciaram um Projeto em que – como sempre acontece em Portugal – poucos acreditavam. Há 25 anos, em 1989, 3 anos depois da nossa integração na Comunidade Económica Europeia, a Direção de então decidiu lançar uma Revista que titulou de “Alimentação Animal”. Já na altura se acreditava que a comunicação era importante para as empresas, para os Setores e, naturalmente, ao nível das organizações. Comunicar com os Associados, com a Administração Pública, com as Empresas, os atores da Fileira, o público em geral. Formar e Informar. Para se conhecer melhor e sem margem para dúvidas o que era (é) o Setor da alimentação animal, a sua importância, corrigir inverdades, desmistificar ideias e conceitos de há muito enraizados. Sem quaisquer bases ou evidências científicas, muitas vezes apenas como resultado de preconceitos ou ideologias. Pedimos aos seus obreiros que nos falassem dos problemas e dos desafios de então. Em discurso direto, os antigos Diretores da Revista e Presidentes da Associação, ex-Diretores e o Homem que mais marcou a IACA – perdoem-me mas não quero desvalorizar ninguém, refiro-me ao Sr. Luís Marques, o primeiro e grande Secretário-Geral da IACA, com quem tanto aprendi – escrevem nestas páginas da “AA”, não só do projeto mas também de como eram os tempos de então, já complicados, outros desafios e necessidades, mas também um olhar para os próximos 25 anos. Estas reflexões, que nesta edição se estendem à FIPA e à CAP, também irão alargar-se a outros nossos parceiros e amigos, ex-dirigentes, personalidades de referência, nas próximas publicações a editar ao longo do ano de 2014. Infelizmente, não podemos contar com a participação de três personalidades a quem a “AA” muito deve: Armanda Severo, Fernando Anjos e Joaquim Rebelo Abranches, que igualmente homenageamos. Permitam-nos mais uma imodéstia, a de destacar, nesta edição especial, duas entrevistas, de alma e coração, de dois Secretários de Estado que são, ao mesmo tempo, dois amigos da IACA e que nos reconhecem. Os Secretários de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, e da Agricultura, José Diogo Santiago Albuquerque, responderam às nossas questões e desafios e projetaram, nas suas áreas, o que poderão ser os próximos 25 anos, para onde o País deverá (terá) de caminhar. O trabalho político de base está a ser construído, quer na vertente de internacionalização, sendo certo que o País precisa de exportar mas também de não deixar de olhar para o mercado interno, quer na parte mais agrária e agroalimentar, com a Reforma da PAC e o próximo Quadro Comunitário de Apoio. É feito o balanço dos respetivos Mandatos mas é evidente que construir o futuro, o nosso futuro, nada tem a ver com política, pelo que estas questões deveriam ser objeto de um Pacto de regime, sem serem politizadas. A definição de políticas públicas tem de ser consensualizada, tanto quanto possível, com os parceiros, a quem se destinam e deverão ser constantemente avaliadas e monitorizadas, como de resto ambos os Secretários de Estado reconhecem. A pecuária e as atividades que com ela se prendem, direta ou indiretamente, são reconhecidas e as políticas que estão a ser desenvolvidas no plano interno e, a nível internacional, condicionadas pela PAC, por orientações de Bruxelas ou pelos acordos de comércio livre, estão a ser por nós avaliadas, existindo a preocupação de auscultação dos Setores. As bases estão lançadas, existe vontade e cumplicidade de trabalhar em conjunto, identificar estrangulamentos, mitigar, resolver, encontrar soluções. Saibamos nós estar à altura para poder exigir, com a legitimidade de que tudo foi feito. E, convenhamos, numa altura em que a Agricultura está na moda, o poder político e a opinião pública mais atenta aos problemas do Mundo Rural e da Alimentação, é o melhor momento para que estas questões possam ser trazidas para o centro da agenda política. Há 25 anos, estávamos a entrar na CEE, com as transformações administrativas a que éramos obrigados, designadamente o desmantelamento dos então organismos de coordenação económica como a EPAC ou a Junta Nacional dos Produtos Pecuários. O mercado era relativamente fechado às importações e estas eram centralizadas no Estado. Veio a abertura do mercado, algum liberalismo e duas etapas de adesão, em que a segunda, antecipada pelo Mercado Único, nos abriu as fronteiras porque na primeira etapa (até 1990) estivemos protegidos nas importações de carne, leite e ovos por limites quantitativos. O fim da segunda etapa, com contrapartidas financeiras, inclusive para a nossa Indústria, pelo desmantelamento do elemento fixo, trouxe enormes desafios porque, mais vulneráveis, não tivemos o tempo (ou também o saber) suficiente para nos organizarmos e adaptarmos. Foi o aumento desmesurado das carnes e leite importados, para satisfazer um consumo sempre em alta, à qual o País dificilmente poderia dar resposta. Seguiram-se as crises alimentares e a mudança de paradigma, em que o consumidor é “rei” e o produtor deixa de ter a Relatório e Contas da IACA 2014
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capacidade de influenciar o mercado. Integrado ou livre, o nosso empresário começa a olhar para a “prateleira do supermercado”, é aí que tudo se influencia, de jusante para montante e cada vez mais temos de interiorizar as responsabilidades de cada um ao longo da cadeia alimentar. Todos estamos ligados; os problemas de uns passam a ser de todos. Tudo isto demos conta nas várias edições da “AA” ao longo destes 25 anos. Por último, não gostaríamos de terminar sem agradecer àqueles que permitiram que este Projeto fosse uma realidade e uma marca no Setor: os nossos Anunciantes. São eles que acreditam em nós e que nos fazem ser melhores, com inovação e criatividade, indo ao encontro das necessidades do mercado. Nestes 25 anos, tivemos a honra e o prazer de contar com cerca de 1 500 anúncios de mais de uma centena de Empresas e Entidades, muitas das quais parceiros da IACA desde a primeira hora. A todos e cada um, o nosso Muito Obrigado.“ Pese embora o desaparecimento de muitas unidades fabris, num processo não comparável ao que sucedeu por exemplo na moagem ou no arroz, à semelhança do que tem acontecido em toda a Europa, a Indústria soube resistir e continuará a saber enfrentar, com coragem e determinação, os grandes desafios que temos pela frente. Porque, acima de tudo, os tempos de crise abrem oportunidades para as quais nunca tínhamos olhado e, infelizmente, muitas vezes, somos nós próprios o primeiro obstáculo ao nosso desenvolvimento.
PROJETO QUALIACA Ao longo do ano de 2014, tendo como ponto alto a Assembleia Geral de abril, para além de uma Revista “AA” dedicada especificamente à QUALIDADE (nº 85), a IACA centrou grande parte da sua atividade nas preocupações com o aprovisionamento das matérias-primas para a alimentação animal, quer em termos de quantidade (disponibilidades), quer de qualidade, tendo sido dado continuidade ao Projeto QUALIACA. Para além destes aspetos, tivemos algumas reuniões com os representantes dos importadores e comerciantes de matérias-primas, tendo como objetivo a melhoria da qualidade dos produtos fornecidos à Indústria e uma maior previsibilidade e estabilidade em matéria de abastecimentos. O Projeto QUALIACA que, na sequência de reuniões de um Grupo de Trabalho, apresentámos à Indústria, é do conhecimento de todos. No entanto, não foi possível o seu arranque porque a Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, que tutela a DGAV, na sequência de um conjunto de observações e preocupações da ACICO na qualidade de representantes dos importadores (algumas do ponto de vista jurídico), convocou as partes, insistindo num acordo tripartido entre a IACA, ACICO e DGAV. Depois de algumas reuniões bilaterais, entre a DGAV e a ACICO, e entre a IACA e a DGAV, realizadas em finais de 2014, as autoridades oficiais estão a ultimar uma proposta convergente, para ser analisada em conjunto. No entanto, a IACA já fez saber à DGAV que os pressupostos iniciais do Projeto QUALIACA não podem ser desvirtuados porque a qualidade das matérias-primas é essencial não só para garantir elevados padrões de competitividade e de bem-estar e saúde animal, como para uma efetiva segurança alimentar, criando maior confiança nos produtos de origem animal fabricados em Portugal. Não é de facto admissível a comercialização de algumas matérias-primas que chegam a Portugal, sobretudo milho, com problemas de qualidade, ou que não cumprem os requisitos contratuais, situações que nos têm sido reportadas pelos nossos associados, criando problemas potenciais para as empresas. É também isto que está em causa quando abordamos a problemática do QUALIACA e a relação com os importadores e comerciantes de matérias-primas, tanto mais que somos parceiros do mesmo negócio. Para o início de 2015 está agendada uma reunião com o Diretor-Geral da DGAV no sentido de acelerarmos este processo, esperando-se rapidamente a proposta de acordo tripartido, a qual, assim o desejamos, possa salvaguardar os interesses da nossa Indústria.
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Aqui fica o ponto de situação de um Projeto que consideramos da maior importância para o Setor e pelo qual nos continuaremos a bater, não abdicando dos seus pressupostos fundamentais e que, esperamos, possa ser implementado durante o próximo ano.
SEGURANÇA E QUALIDADE DOS ALIMENTOS PARA ANIMAIS A IACA, em colaboração com a DGAV, a CESFAC e a organização francesa TECALIMAN, promoveu, em 11 de abril, uma Reunião Geral da Indústria, aberta a todas as empresas, associadas e não associadas, subordinada ao tema “Segurança e Qualidade dos Alimentos para Animais na Cadeia Alimentar: Testes de Contaminação Cruzada e de Homogeneidade”. Contando com a participação de cerca de 150 pessoas – uma das maiores manifestações de sempre -, o evento contou com uma série de intervenções sobre o problema das contaminações cruzadas e os testes necessários, tendo em vista os requisitos de higiene e de segurança alimentar. De facto, depois das missões comunitárias realizadas um pouco por toda a Europa, pelo FVO, terem detetado algumas falhas de procedimentos nesta temática, o nosso objetivo com a realização desta Reunião Geral da Indústria, foi o de fazer o ponto de situação em Portugal, apresentando a perspetiva regulamentar, corrigirmos os aspetos negativos reportados pelos inspetores europeus, possibilitando formação e informação às empresas, e abordar a realidade em Espanha. No evento, a DGAV lançou o Manual de Boas Práticas para Testes de Contaminação Cruzada e de Homogeneidade e a IACA através da sua Assessora Técnica Ana Cristina Monteiro, apresentou agora publicamente e depois de o ter discutido internamente numa Reunião Regional para os seus Associados, o seu Projeto QUALIACA, cujo objetivo é o reforçar o controlo de qualidade das matérias-primas, contribuindo para a produção de alimentos seguros, que promovam a qualidade dos produtos de origem animal produzidos em Portugal e reforcem a confiança e a escolha dos consumidores nacionais. Qualidade, Segurança e Confiança são assim determinantes na Fileira da Alimentação Animal e em toda a Cadeia Alimentar. Regressando à Reunião Geral da Indústria, na Sessão de Abertura intervieram a Presidente da IACA, Cristina de Sousa, que para além das boas vindas, referiu os principais objetivos da Reunião, já aqui apresentados. Em substituição da então Diretora Geral da DGAV, Profª Doutora Teresa Villa de Brito, interveio José Manuel Costa que elogiou a realização do evento e destacou a colaboração com a IACA e a necessidade de um diálogo constante com os atores da Fileira da Alimentação Animal, pela sua relevância para a segurança dos produtos de origem animal, para além dos aspetos económicos. Com a moderação de Jaime Piçarra, a DGAV, através da sua técnica Rita Gonçalves apresentou o Manual de Boas Práticas, um excelente trabalho que está a ser analisado pela nossa Associação, seguindo-se Fabrice Putier, responsável pelo TECALIMAN, apresentou a realidade em França e falou da sua vasta experiência nesta área, tanto mais que tem sido responsável por ações de formação aos peritos dos Estados-membros e da própria Comissão Europeia. Seguiu-se, antes da Assembleia Geral da IACA, a intervenção de Ana Cristina Monteiro que apresentou o QUALIACA. A seguir ao almoço, intervieram Ana Hurtado, da Cesfac, que abordou e aprofundou a realidade em Espanha, não muito diferente da nossa e a terminar, José Manuel Costa apresentou a Perspetiva Regulamentar, tendo em vista a produção de alimentos seguros. Foi um grande acontecimento que muito nos honra e prestigia, sobretudo porque para além das palavras de elogios e estímulo pela oportunidade da realização desta Reunião Geral, o que pode significar que a IACA poderá simbolizar a organização representativa da Fileira da Alimentação Animal, o dia ficou marcado pela adesão e ratificação dos Associados ao Projeto QUALIACA, claramente expressa na Assembleia Geral. Obrigado aos participantes, aos oradores e aos patrocinadores e apoiantes mas sobretudo aos nossos Associados que nos encorajam cada dia a fazer mais e melhor, no interesse da Indústria da Alimentação Animal em Portugal.
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Atenta igualmente às questões do aprovisionamento e ao problema da volatilidade dos mercados, a IACA tem procurado apoios internos e externos, consolidando posições quer com associações de outros Estadosmembros, nomeadamente a espanhola CESFAC, quer com reuniões com empresas de biotecnologia através de representações nacionais, quer internacionais, quer nas reuniões regionais e noutros eventos, como o que decorreu em dezembro de 2014 em Lisboa, com a colaboração da USSEC.
FILPORC Inserida no Congresso Nacional das Carnes, realizado pela APIC, teve lugar no dia 6 de maio, na Universidade Lusófona, numa Sessão presidida pelo Secretário de Estado da Agricultura, Engº José Diogo Santiago Albuquerque, a assinatura da escritura que constitui oficialmente a FILPORC Organização Interprofissional da Fileira da Carne de Porco. Como é do conhecimento de todos, trata-se de um projeto antigo, com 20 anos de existência, e que, depois de há dois anos ter sido celebrado um Memorandum de Entendimento entre as IACA, FPAS e APIC, foi finalmente concretizado na sua formalização oficial. É evidente que muito há ainda a fazer e o tempo urge, sobretudo se tivermos em linha de conta os apoios a estas estruturas no âmbito da nova PAC e no quadro do novo Programa de Desenvolvimento Rural para 2014/2020. A Fileira precisa de uma estrutura que consiga um ganho de organização e de massa crítica, que fale a uma “só voz” em Portugal e em Bruxelas e que, sem perder a identidade de nenhuma das suas associações, acrescente valor ao que já fazemos. Pela IACA, assinaram a escritura a Presidente Cristina de Sousa e Diretor Manuel Chaveiro Soares. Do lado da FPAS, o Presidente Vitor Menino e Diretor, Gonçalo Pimpão e pela APIC o seu Presidente Carlos Ruivo e Vice-Presidente Carlos Mota.
III JORNADAS DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL As III Jornadas de Alimentação Animal (AA), organizadas pela SFPM / IACA, realizaram-se a 28 de Maio, em Fátima, reunindo novamente cerca de uma centena de participantes entre fabricantes, fornecedores, produtores e administração pública (DGAV). O modelo organizativo foi semelhante aos anteriores, com duas exceções:
Os oradores e respetivos temas foram escolhidos pelas empresas de pré-misturas associadas da IACA, podendo este ano convidar uma empresa exterior para fazer a sua representação nas Jornadas. O programa da reunião foi menos intenso, com duas paragens para convívio e troca de impressões entre os participantes.
Globalmente, a maioria dos presentes considerou as Jornadas como positivas em termos do número de participantes, organização, moderação e nível técnico das apresentações. Contudo, como nos anos anteriores, há pontos a melhorar para uma futura realização; este ano, a menor participação das empresas associadas da IACA (apenas estiveram presentes cerca de metade) merece uma reflexão, tendo a data (final do mês) sido apontada por algumas como a principal justificação para a sua não presença. Em contrapartida, saúde-se o grande número de jovens participantes, futuro da nossa atividade, para os quais estas Jornadas são importantes em termos de formação e de integração no sector e para a presença de vários produtores numa demonstração que a ligação entre alimentação e produção animal é fundamental. Vai ser objetivo da SFPM / IACA trazer as Universidades / Escolas relacionadas com a alimentação animal às futuras Jornadas. Neste sentido, na reunião plenária das empresas de pré-misturas, realizadas no final de Julho, foi decidido criar um prémio monetário para o melhor trabalho relacionado com a AA, apresentado por aquelas instituições. As regras deste concurso serão brevemente apresentadas e divulgadas, com o trabalho vencedor a fazer parte do programa de apresentações da reunião desse ano.
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Independentemente das pessoas que estiverem na sua organização e da não participação / contribuição de todas as empresas de pré-misturas portuguesas na sua realização, as Jornadas de Alimentação Animal da SFPM / IACA estão consolidadas, estando criadas as condições para se afirmarem como uma reunião de referência da IACA e da Indústria de Alimentação Animal em Portugal.
APROVAÇÃO DE OGM Preocupados com a problemática da discussão da biotecnologia no seio da União Europeia e com o impacto do processo das aprovações de OGM na cadeia agroalimentar através da nossa Federação Europeia (FEFAC), sobre 8 eventos transgénicos com parecer positivo da EFSA e que aguardam aprovação da parte do Colégio de Comissários, a IACA, isolada ou com os nossos parceiros da Fileira, dirigiu várias exposições ao Presidente Barroso, sobretudo a partir do mês de junho, no sentido de rapidamente se desbloquear este assunto. Nas sucessivas exposições, referimos que “é necessário e urgente que se tome uma decisão de aprovação destes eventos o mais brevemente possível, caso contrário, se a decisão for adiada para final do ano, as consequências serão particularmente gravosas para o setor da alimentação animal em Portugal e para toda a Fileira Pecuária, com eventuais problemas de aprovisionamento de matérias-primas e potenciais aumentos nos custos de produção, num contexto socioeconómico muito difícil e exigente. Nesta perspetiva, a IACA (Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais), enquanto organização representativa da Indústria da alimentação animal em Portugal, vem reiterar a Vossa Excelência, a importância da adoção destes dossiers na próxima reunião dos Comissários. Para mais informações, permitimo-nos indicar os eventos, relativamente aos alimentos para animais importados, que são de particular importância para a indústria de alimentos compostos portuguesa:
Lun- 84 760 (milho tolerante à seca da Monsanto) OSR-GT 73 (evento de sementes de colza da Monsanto) DP-305423-1 (evento de soja de elevado teor em ácido oleico da DuPont/Pioneer conhecido comercialmente como Plenish) BPS-CV127-9 (evento de soja tolerante a herbicida da BASF) LUN 88 705 (RR evento de soja de elevado teor em ácido oleico da Monsanto conhecido comercialmente como Vistive Oro) LUN 88 708 (RR evento de soja resistente à Dicamba, da Monsanto) Milho T25 (renovação da aprovação) TC 1507 (milho para cultivo)
A não aprovação destes eventos antes do final de junho, uma vez mais, põe em perigo a importação de matérias-primas para alimentação animal em Portugal e na União Europeia, para o mês de setembro, pondo em causa a competitividade do Setor. A indústria de alimentos compostos em Portugal depende das importações de países terceiros em cerca de 75-80% e a UE é deficitária em proteína em cerca de 70%. A negação em aceitar a opinião científica da EFSA (favorável a todos estes eventos) e atrasar as aprovações prejudica gravemente os próprios produtores pecuários e as exportações dos produtos de origem animal, que têm vindo a mostrar uma crescente aceitação, quer no mercado interno, quer nos mercados externos, no âmbito do esforço de internacionalização das empresas. É lamentável que apesar da crescente investigação na UE, por parte de organismos independentes, relativamente à segurança dos OGM, tal como estabelece o Regulamento 1829/2003, o processo de aprovação continue tão lento e, como tal, se configure como um bloqueio comercial do aprovisionamento de matérias-primas para a produção de alimentos compostos. Certos de que partilhará destas nossas preocupações e conscientes da relevância da próxima votação, agradecemos a sua melhor atenção para este assunto, estando a IACA, como sempre, disponível para fornecer mais informações.” Relatório e Contas da IACA 2014
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Em resposta à Presidente da IACA, o Presidente Barroso remeteu o assunto para o Comissário Borg, responsável pelo pelouro da Saúde e Proteção dos Consumidores. Para além da IACA, a coligação “Feed and Food”, que integra a FEFAC, manteve contactos e reuniões com os Gabinetes dos Comissários Dacian Ciolos, Tónio Borg e o Gabinete do Presidente Barroso. Os Comissários da Agricultura e da Saúde e Proteção dos Consumidores pretendem resolver este assunto e aprovar os eventos mas existem outros Comissários que estão de saída e cujos países estão a pressionar para que a decisão seja adiada para a próxima Comissão liderada pelo Presidente nomeado Jean-Claude Juncker. Entretanto, para além dos comunicados de imprensa conjuntos da FEFAC, FEDIOL e COCERAL e das pressões do COPA, a IACA enviou mais 2 comunicações ao Presidente Barroso no sentido de desbloquear esta situação, tendo-se realizado igualmente uma reunião dos Embaixadores dos países exportadores (Estados Unidos, Brasil, Argentina) com o Comissário Borg. O dossier afigura-se difícil tanto mais que, no segundo semestre, tivemos uma Presidência italiana relativamente hostil às questões dos OGM e um novo Presidente da Comissão Europeia que manifestou publicamente ser favorável a um debate sobre a metodologia utilizada na aprovação de eventos transgénicos na União Europeia, rejeitando que seja a Comissão a aprovar os eventos, quando muitos Estados-membros são contra, sendo necessário, para além das opiniões da EFSA, ter em conta as opiniões dos que são “democraticamente eleitos”. Uma posição que, a par da prevista ”nacionalização do cultivo”, ou seja, que deixa aos EM a decisão de proibir ou restringir o cultivo de OGM nos seus territórios, pode abrir um precedente perigoso para o futuro. Com novos Comissários responsáveis pelas pastas diretamente ligadas a esta temática (Phil Hogan, da Irlanda, será o novo Comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, enquanto a Lituânia (Vytenis Andriukatis) terá o pelouro da Saúde e Segurança Alimentar, ninguém parece querer comprometer-se com qualquer decisão. O que não significa que não continuemos a pugnar pelos nossos interesses, tanto mais que não existe necessidade de acrescentar e agravar a crise que já decorre do embargo russo aos produtos de origem animal. Não é de excluir que as organizações europeias (FEFAC, Europabio, COCERAL…) possam levar este assunto ao Provedor de Justiça da União Europeia, considerando as consequências negativas de tal decisão e o não cumprimento dos prazos previstos pelos Tratados Europeus.
PRESIDENTE DA IACA RECEBE INSÍGNIA DE OURO DA CESFAC Em 26 de setembro, durante a Cerimónia de Inauguração da 22ª edição da Feira do Porco, presidida pelo Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar Prof. Doutor Nuno Vieira e Brito, teve lugar uma homenagem da nossa congénere espanhola, CESFAC à Presidente da IACA, que atribuiu à Engª Cristina de Sousa, a Insígnia de Ouro daquela organização. O Presidente da CESFAC, D. Joaquín Unzué, que se deslocou propositadamente a Portugal, referiu que este prémio é devido à Presidente da IACA “pelo reconhecimento da sua capacidade de liderança e pela forma como tem coordenado e defendido, designadamente em Bruxelas, os interesses conjuntos de Portugal e de Espanha, em prol da Indústria Ibérica e da competitividade do Setor”. Nas palavras de agradecimento, a Engª Cristina de Sousa referiu que este reconhecimento só era possível por ser o rosto de duas Instituições bem organizadas e prestigiadas, a IACA e a Raporal, esperando estar à altura de tão distinta homenagem. A IACA felicita a Presidente da nossa Associação pela justa homenagem e reconhecimento, agradecendo à CESFAC por mais esta prova de excelente cooperação e confiança que existe entre nós e que agora se reforça.
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Um agradecimento público ao Presidente da FPAS por ter permitido que a Homenagem se realizasse num momento tão solene da Feira do Porco, que constituiu, pela presença de elevado número de expositores (220 stands, mais de 120 expositores) e afluência de público, profissional e interessado (mais de 7 500 pessoas), um inegável êxito para a Fileira. De registar ainda a presença de um stand e um espaço aberto e muito concorrido, com grande visibilidade, da FILPORC – Associação Interprofissional da Fileira da Carne de Porco. Parabéns também à FPAS pela excelente mobilização, Jornadas Técnicas de grande qualidade e maisvalia, e inegável contributo para o dinamismo do Setor.
CONTRATAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO No quadro da Contratação Coletiva de Trabalho, prosseguiu a negociação de uma nova Convenção, tendo em vista a harmonização dos Contratos para o Pessoal Fabril, num quadro de simplificação que seja mais favorável para a competitividade da Indústria e aplicando, tanto quanto possível, a Lei geral. No entanto, dadas as divergências entre as Associações (IACA, APIM e ANIA) e os Sindicatos, não foi possível chegar a acordo, perspetivando-se a denúncia dos Contratos e o consequente pedido de caducidade. Nesta perspetiva, as Associações Empresariais (IACA, APIM e ANIA), irão remeter aos Sindicatos e ao Ministério da Economia e do Emprego (Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) o pedido de denúncia dos Contratos Coletivos de Trabalho (CCT) relativos ao Pessoal Fabril do Norte e do Sul e, nos termos do artigo 500º do Código do Trabalho, a acompanhar o pedido de denúncia, será entregue uma proposta negocial global de uma nova Convenção. A proposta de um novo CCT tem como objetivo a harmonização dos Contratos do Pessoal Fabril do Norte e do Sul, baseando-se nas categorias profissionais do CCT Pessoal Fabril do Sul, colocando um ponto final em contratos que remontam aos anos conturbados da “revolução”, claramente desfasados da realidade atual e que muito penalizam a Indústria. Tal como aconteceu em 2014, a IACA irá promover uma reunião de trabalho com as empresas associadas no sentido de as auscultar e mandatar a Direção e os seus representantes durante o processo negocial com os Sindicatos que deverá iniciar-se durante o primeiro trimestre de 2015.
ASSEMBLEIA ELEITORAL DA SECÇÃO DE PRÉ-MISTURAS Teve lugar no dia 14 de outubro de 2014 a eleição da Direção da Secção das Empresas Fabricantes de PréMisturas para o Mandato de 2015-2017 que passa a ser a seguinte: Empresa: Representada por:
Tecnipec – Serviços Pecuários, S.A. João Vieira Barreto (Presidente)
Empresa: Representada por:
Eurocereal – Comercialização de Produtos Agro-Pecuários, S.A. José Pedro Dias Folque de Gouveia
Empresa: Representada por:
TNA – Tecnologia e Nutrição Animal, S.A. Luís Manuel Frade Baptista
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ÓRGÃOS SOCIAIS DA IACA MANDATO DE 2015-2017 Foram eleitos na Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 12 de Dezembro de 2014, os novos Órgãos Sociais da IACA – Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais, para o mandato correspondente ao triénio de 2015-2017. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente:
Racentro – Fábrica de Rações do Centro, S.A. Representante: Avelino da Mota Gaspar Francisco
Vice-Presidente:
Provimi Ibéria, S.A. Representante: Cidinei Cesar Miotto
Secretário:
Rações Veríssimo, S.A. Representante: Manuel António Lagoa de Sousa Veríssimo
CONSELHO FISCAL Presidente:
Nutricampo – Produção de Rações, S.A. Representante: Alfredo Manuel Ribeiro da Silva Santos
Vogal:
Rico Gado Nutrição, S.A. Representante: Joaquim Manuel Barreiro da Silva
Vogal:
Rações Zêzere, S.A. Representante: Jorge José Rodrigues Fernandes DIREÇÃO
Presidente:
Raporal – Rações de Portugal, S.A. Representante: Maria Cristina Guarda de Sousa
Vogais:
Alimentação Animal Nanta, S.A Representante: António Queiróz Santana Finançor Agro-Alimentar, S.A. Representante: José Romão Leite Braz Ovopor – Agro-Pecuária dos Milagres, S.A. Representante: Rafael Pereira das Neves Rações Avenal, S.A. Representante: Ulisses Manuel de Assis Mota Sorgal-Sociedade de Óleos e Rações, S.A. Representante: António José Martins Saraiva Landeiro Isidoro Tecnipec – Serviços Pecuários, S.A. Representante: João Vieira Barreto
Refira-se que para Diretor-Executivo foi designado o Diretor José Romão Braz, sendo a Comissão Executiva constituída, para além daquele membro da Direção, que preside a este Órgão da IACA, pela Presidente Cristina de Sousa e o Secretário-Geral Jaime Piçarra.
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SECÇÃO DE FABRICANTES DE PRÉ-MISTURAS (SFPM) Durante o ano de 2014, a SFPM acompanhou a evolução da Legislação do sector, colaborando com a DAA - Divisão de Alimentação Animal, da DGAV (tolerâncias dos oligoelementos, declarações anuais de atividade, homogeneidade dos alimentos), e os Comités da FEFAC (rotulagem de alimentos para animais, tolerâncias analíticas, harmonização de métodos analíticos, reautorização de aditivos, alimentos medicados, sais de cobalto, níveis de zinco em alimentos, substâncias perigosas, outros temas). Participou no Seminário da ACICO 2014 e da USSEC / IACA, em reuniões da FILPORC, e esteve presente na Feira Portugal Agro 2014 e no Congresso da FIPA. Organizou as III Jornadas de Alimentação Animal SFPM / IACA, em Fátima. Colaborou nas reuniões regionais e geral da Indústria, e nas reuniões de Direção da IACA, em particular nos temas Alargamento das Atividades da Associação, QUALIACA e relação com os fornecedores de matérias-primas. Manteve a representação trimestral da SFPM na revista "Alimentação Animal" e reuniu os seus associados (Plenário) para discussão dos temas mais relacionados com este sector de atividade.
ANÁLISE DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS A Direção da IACA, no ambiente socioeconómico de grandes dificuldades e exigências que Portugal tem vindo a atravessar, congratula-se com o resultado das políticas de contenção que têm vindo a ser implementadas nos últimos anos, sem por em causa a qualidade e dinâmica da estrutura da Associação, no sentido de responder aos problemas e questões levantadas pelos nossos associados. As decisões ajustadas ao longo do ano de 2014, conduziram a bons resultados na revista “Alimentação Animal” e nos apoios obtidos para fazer face à logística dos eventos, iniciativas cada vez mais importantes na relação da IACA com os seus Associados e com toda a Fileira Pecuária, assegurando a sustentabilidade da Associação. No que respeita aos ativos financeiros, tem sido possível rentabilizá-los, apesar da redução das taxas de juro, devido às estreitas negociações com as entidades bancarias. No entanto, há que registar o investimento de 200 000,00 € em Papel Comercial, efetuado em novembro de 2013 no balcão do BES, cuja perda de juros foi assumida neste Exercício. Tendo em conta as notícias e informações disponíveis, designadamente as contradições entre entidades reguladoras (Banco de Portugal e CMVM) e o facto do Novo Banco não estar legalmente obrigado a indemnizar os clientes que investiram neste produto, existe uma elevada probabilidade de perda da totalidade do capital investido. Face à implosão do GES/BES em agosto de 2014 e na sequência da resolução do Banco de Portugal, a Direção da IACA tudo tem feito, junto do Novo Banco, no sentido de assegurar a recuperação do montante investido, tendo sido transmitido, por aquela entidade bancária, que está a tentar encontrar uma solução de carácter comercial para a resolução do problema. Verificamos, ainda, em relação ao ano de 2013, uma diminuição dos custos com pessoal e uma redução global no funcionamento da sede, seguindo a linha de contenção já referida, no sentido de adequar as despesas às receitas da Associação. Face aos resultados apresentados e seguindo a prática habitual, a Direção propõe aos Senhores Associados que o Resultado Líquido do Período, no montante de 12 004,71 euros, seja distribuído da seguinte forma:
Fundo Social Reservas Livres
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3 601,41 euros 8 403,30 euros
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CONCLUSÃO Neste último ano de Mandato, em condições de enormes dificuldades e particulares exigências para o Sector, a Direção tem consciência que exerceu as suas funções na defesa intransigente dos legítimos interesses da Indústria e dos seus associados, com empenho e espírito de missão, junto da Administração, nacional e comunitária, das nossas congéneres associativas e da opinião pública em geral. No entanto, tal só é possível porque não trabalhamos sozinhos, mas numa estratégia concertada com todos os intervenientes na cadeia alimentar, na permanente procura de consensos e de soluções que permitam o desenvolvimento sustentável da Indústria e da Pecuária nacionais e dos sectores que delas dependentes, direta ou indiretamente. Os resultados, apesar do ambiente profundamente adverso e da crescente degradação da conjuntura económica e financeira, num quadro de crescente instabilidade política e social, só foram possíveis graças à cooperação, profissionalismo e sentido de responsabilidade de inúmeras pessoas e Instituições e à criação de sinergias com todas essas organizações e empresas. É importante destacar o apoio dos nossos parceiros e anunciantes à Revista “Alimentação Animal”, não só pela sua viabilização económica mas, sobretudo por fazerem desta publicação - porta-voz da IACA e do Sector - uma referência de qualidade, de opinião livre e plural e de partilha de informações neste importante mercado. Sem menosprezar quaisquer outras entidades, gostaríamos de agradecer à Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), ao Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Pública (GPP), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), pelo atempado conselho, pela disponibilidade em nos ouvirem e conhecer as nossas posições, participar nos nossos eventos e connosco dialogar. Um particular agradecimento à Ministra da Agricultura e do Mar, Profª Doutora Assunção Cristas e aos membros do seu Gabinete, aos Secretários de Estado da Agricultura, Eng.º José Diogo Santiago Albuquerque e da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Prof. Doutor Nuno Vieira e Brito, e membros dos respetivos Gabinetes, que nos receberam por diversas vezes ao longo do ano e que estiveram do nosso lado em dossiers tão importantes como os OGM, a problemática do IVA, do REAP, desburocratização e redução dos custos de contexto, o problema das relações com a grande distribuição e o funcionamento da PARCA, a eliminação dos direitos de importação dos cereais, a e a necessidade de matérias-primas ou a reforma da PAC, o PDR 2020 e as medidas de apoio aos mercados. Num espirito de leal cooperação, sem esquecer que os clientes são a razão de existir da Indústria, privilegiámos as relações com as organizações ligadas à pecuária, designadamente com as FEPABO, ANEB, FPAS, APIC, FENALAC, ANIL, APCRF e FEPASA, na procura de soluções conjuntas para o desenvolvimento sustentado da Fileira Pecuária, das quais realçamos a criação da Plataforma da Carne de Porco, em conjunto com a FPAS e APIC, e que urge consolidar no próximo ano. Cumprimentamos ainda as FIPA, CAP, CONFAGRI, CNA, ANPOC, ANPROMIS, ANSEME, ACICO, APIFARMA e a APED que connosco colaboraram em diversas iniciativas ou que nos convidaram para eventos por si realizados, preocupadas com a nossa perspetiva sobre a evolução da Fileira Agroalimentar, em matérias tão importantes como os OGM, a reforma da PAC, os mercados agrícolas e pecuários e, naturalmente, os preços das matérias-primas e dos alimentos compostos para animais. Pelo intenso trabalho desenvolvido em prol da melhoria da credibilidade da nossa Indústria, agradecemos à Dr.ª Ilidia Felgueiras, na sua qualidade de Presidente da CT 37. A nossa gratidão, pelo empenho que colocaram na defesa das nossas posições a nível internacional, à FEFAC, nas pessoas dos seus Presidente, Ruud Tijssens e Secretário-Geral, Alexander Döring, e à FIPA, através do seu Presidente Jorge Henriques e do Diretor-Geral Eng.º Pedro Queiroz. Agradecemos igualmente aos responsáveis da REPER, em Bruxelas, e aos Eurodeputados portugueses, embora em final de mandato, Maria do Céu Patrão Neves e Luís Capoulas Santos, designadamente na COMAGRI, e pela “cumplicidade” e apoio das posições da IACA nos principais dossiers em discussão ao nível do Parlamento Europeu. Relatório e Contas da IACA 2014
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Aos Membros da Mesa da Assembleia-Geral, do Conselho Fiscal, da Direção da Secção de Pré-Misturas e da Comissão Executiva, o nosso agradecimento pelo contínuo apoio, que muito contribuiu para o prestígio desta Instituição. Aos assessores e colaboradores Amália Silva, Fátima Ferreira, Ana Rodrigues, Luis Santos, Ana Cristina Monteiro e Jaime Piçarra, um Obrigado muito especial pelo empenho, inteligência e profissionalismo como têm, permanentemente, promovido e defendido a nossa Indústria, em Portugal e nos fóruns internacionais, e pelo espírito de Equipa, Lealdade e de Missão demonstrados ao serviço da Associação. O agradecimento da Direção da IACA estende-se igualmente aos Dr. João Montalvão Martins e Prof. Doutor Germano Marques da Silva pelo trabalho e serviços prestados à IACA ao longo de 40 anos e que, com o seu profissionalismo, empenho e voluntarismo, também moldaram e ajudaram a construir a imagem, reputação e prestígio da IACA e a fazer da Instituição aquilo que ela é hoje e o lugar que ocupa no panorama associativo em Portugal. Uma palavra de profundo agradecimento pelo empenho e dedicação e missão de serviço em prol da causa da IACA para os colegas Dr. José Filipe Ribeiro dos Santos, Prof. Doutor Manuel Chaveiro Soares e Engº Pedro Folque. Terminamos com uma palavra para aqueles que são e serão sempre a razão da nossa existência, os nossos Associados, que com as suas sugestões e críticas, sempre construtivas, o seu apoio e empenhamento, nos deram a força e o estímulo para continuarmos a realizar este trabalho gratificante, numa Associação com uma cultura ímpar e de referência no universo associativo, e que nos incentivam a fazer sempre mais e melhor. Sendo esta a nossa Herança, é isto que estamos a transmitir à nova Direção, convictos que depositamos a IACA nas mãos das pessoas certas para no Futuro e, num novo ciclo, assumirem a responsabilidade de nos conduzir para o Sucesso que merecem aqueles que, apesar de tudo, sempre confiaram na IACA.
Lisboa, 20 de Março de 2015 A Direção
(aa)
MARIA CRISTINA GUARDA DE SOUSA
Presidente
JOSÉ ROMÃO LEITE BRAZ
Vogal
ANTÓNIO QUEIRÓZ SANTANA
Vogal
RAFAEL PEREIRA DAS NEVES
Vogal
ULISSES MANUEL DE ASSIS MOTA
Vogal
ANTÓNIO JOSÉ MARTINS SARAIVA LANDEIRO ISIDORO
Vogal
JOÃO VIEIRA BARRETO
Vogal
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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR CONTRATOS COLETIVOS DE TRABALHO Trabalhadores de Escritório – Nível Nacional
Revisão salarial com FETESE, FESAHT e FEPCES publicados no BTE nº 29, de 08.08.2009 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.01.2009 Pessoal Fabril do Sul
Revisão salarial com FESAHT publicada no BTE nº 1 de 08.01.2008 Revisão salarial com FETICEQ publicada no BTE nº 6 de 15.02.2008 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.08.2007 Pessoal Fabril do Norte
Revisão salarial e outras com FETICEQ e FESHAT publicada no BTE nº 12 de 29.03.2008 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.11.2007 Semi-Vertical (Motoristas, Ajudantes de Motorista, Metalúrgicos e Outros)
Revisão salarial com FESAHT publicada no BTE nº 1 de 08.01.2008 Revisão salarial com FETICEQ publicada no BTE nº 6 de 15.02.2008 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.07.2007 Técnicos de Vendas
Revisão com Sindicato dos Técnicos de Vendas publicada no BTE nº 7 de 22.02.2005 (este Sindicato está encerrado) - Tabelas salariais de 01.12.2004
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ONS – CT 37/ALIMENTOS PARA ANIMAIS A atividade da IACA como ONS “Organismo de Normalização Sectorial” concretizou-se através da ocorrência de 6 reuniões da CT 37 na sede da IACA, no ano de 2014. A visita anual ao ONS do elemento de ligação do IPQ mais uma vez não ocorreu no ano de 2014, o que lamentamos, embora com as tecnologias existentes vamos recebendo as diretivas do órgão coordenador. Devido à contenção de despesas, a CT 37 não participou em nenhuma das reuniões internacionais, quer da ISO, quer do CEN. Lamentamos o facto, uma vez que esta participação personalizada nas atividades destes organismos internacionais é de todo o interesse para o bom desenvolvimento dos trabalhos da CT 37. As principais atividades realizadas no âmbito da CT 37 a nível nacional foram:
Elaboração de Normas Portuguesas no domínio da alimentação animal e de interesse para o Setor
Transposição de Normas ISO e CEN para Normas Portuguesas
Pareceres relativos a documentos normativos provenientes de documentos técnicos de Normalização nacional
Participação no Prémio de Normalização, instituído pelo IPQ com o objetivo de anualmente reconhecer as Comissões Técnicas (CT) cujo desempenho se destaque pelo seu especial contributo para o desenvolvimento e promoção da Normalização Portuguesa associado a um exemplo de Boas Práticas e evidenciando o cumprimento das Regras e Procedimentos da Normalização Portuguesa
Apresentação da comunicação:” A importância da utilização de procedimentos analíticos normalizados na comercialização de alimentos para animais” no VI Congresso de Ciências Veterinárias
Colaboração com a Revista “Alimentação Animal” nº 87 com o artigo “A NORMALIZAÇÃO E A SUA IMPORTÂNCIA (CT 37).
A CT 37 colaborou a nível europeu com o organismo CEN/TC 327 (CEN, CENELEC, ETSI) e a nível internacional a com a ISO/TC/34/SC 10 (ISO, IEC) tendo emitido pareceres sobre 6 documentos destas duas instituições. Colaborou com a ISO na elaboração de pareceres e votação de projetos de Normas em toda a sua cadeia acompanhando todos os passos da sua elaboração até à sua edição.
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Com o CEN e ISO participou no processo de votações paralelas de documentos ISO/CEN. Documentos Normativos editados em 2014:
Norma NP EN ISO 16472 - Determinação do teor de fibra detergente neutra tratada com amílase (aNDF) Norma NP ISO 6492 – Determinação do teor de gordura
Composição da CT 37
Nome do membro
Entidade Representada
Estatuto
Ilídia Felgueiras
IACA - ONS
Presidente
Ana Cristina Monteiro
IACA INIAV I.P, Fonte Boa UEISPSA - Unidade de Produção Animal INIAV I.P Laboratório de Controlo da Alimentação Animal TNA – Tec. e Nutrição Animal, LDª Iberol - Sociedade Ibérica de Oleaginosas SA DGAV – Direção Geral de Veterinária e Alimentação Eurocereal - Com. de Produtos Agro Pecuários, SA Perito Técnico
Secretária
Olga Moreira Clara Farelo Cruz Isabel Antão Sofia Pereira da Silva José Manuel Nunes da Costa Isabel Lopes Anabela Nunes
Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal
MOVIMENTO ASSOCIATIVO ADMISSÃO Data
Socio nº
02/06/2014
201
Compostos Liz - Alimentos Compostos para Animais, Lda
01/10/2014
148
Rama - Rações para Animais, SA
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Associado
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PUBLICAÇÕES DA IACA NO ANO DE 2014 Revista “Alimentação Animal”
87 - 25 º Aniversário da AA
88 - Qualidade e Competitividade
89 - III Jornadas de Alimentação Animal
90 - Desafios e Perspetivas
INFO IACA
INFO IACA de 24/2, de 24/4/, de 27/6/, de 1/8/ e de 17/12/2014 - Contratação Coletiva de Trabalho - Remuneração do Trabalho Suplementar - Terça Feira de Carnaval
INFO IACA de 3/10/2014 – Sais de Cobalto - Nova legislação relativa à utilização dos sais de cobalto na alimentação animal
INFO IACA de 24/10/2014 - Alteração Legislativa do Teor de Selénio em Alimentação Animal
INFO IACA de 31/10/2014 - Utilização de Proteínas Animais na Alimentação de Animais de Aquicultura
INFO IACA de 18/12/2014 - Utilização de Gorduras de Origem Animal na Alimentação Animal
Anuário IACA
Publicado o 24º Anuário
Informação Semanal
52 Edições
Newsletter da IACA
37 Edições
REUNIÕES INSTITUCIONAIS DA IACA EM 2014 Assembleias-Gerais Conselho Fiscal Direção Comissão Executiva Reuniões Gerais e Regionais da Indústria Secção de Pré-Misturas III Jornadas SFPM
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3 2 9 14 2 1 1
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REPRESENTAÇÕES DA IACA
FEFAC José Romão Braz Cristina de Sousa (suplente) Cristina de Sousa José Romão Braz
Conselho da FEFAC Assembleia-Geral COMITÉS Nutrição Animal Produção Industrial de Alimentos Compostos
Premix
EFMC
Colégio de Diretores
Manuel Chaveiro Soares Ana Cristina Monteiro (suplente) Jaime Piçarra (Vice-Presidente) Pedro Folque Ingrid Van Dorpe (suplente) Ana Cristina Monteiro (suplente) Ana Cristina Monteiro Jaime Piçarra FIPA
Direção PARE (Política Agrícola e Relações Externas) Ambiente Secretários-Gerais
José Filipe Ribeiro dos Santos * Jaime Piçarra (Coordenador) Ana Cristina Monteiro Jaime Piçarra
NORMALIZAÇÂO ONS CT 37 – Alimentos para Animais COMISSÃO CONSULTIVA CULTURAS ARVENSES (G.P.P.) BOLSA DO BOVINO CIB – CENTRO DE INFORMAÇÃO DE BIOTECNOLOGIA GRUPO DE DIÁLOGO CIVIL ”Culturas Arvenses”)
Maria Ilidia Felgueiras Ana Cristina Monteiro Maria Ilidia Felgueiras Ana Cristina Monteiro Jaime Piçarra Jaime Piçarra (Presidente da Assembleia Geral) Jaime Piçarra (Presidente da Assembleia Geral) Jaime Piçarra
(*) Cristina de Sousa, a partir de 27/4/2015
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CALENDÁRIO DAS PRINCIPAIS ACTIVIDADES DA IACA EM 2014 Data 7 8 17 22 23 28 29 30
JANEIRO Reunião Interprofissional da Fileira do Porco Reunião na DGAV Projeto QUALIACA Visita à Alirações Apresentação da Plataforma SKAN – Sharing Knowledge Agrifood Networks no INIAV Reunião da CT 37 Reunião da Comissão Executiva Intervenção da IACA no evento da Europabio em Bruxelas Reunião da Direção Audição no Parlamento Europeu sobre o impacto das negociações do acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos (TTIP) Grupo Consultivo da Comissão Europeia sobre Energia e Biocombustíveis Apresentação do “Plano de Ação Nacional para a Redução do Uso de Antibióticos nos Animais-PANRUAA”
Data 5 6 13 19 20 21
FEVEREIRO Reunião da Comissão Executiva Visita à associada “Promor” Colégio dos Diretores Gerais da FEFAC Workshop “Investigação e Inovação em Saúde Animal” Comissão Executiva Reunião da Direção Sessão de Trabalho Práticas Restritivas do Comércio (PIRC)
Data 5 6 11 12 13 14 e 15 17 25 26 27 28 31
MARÇO G.T. “Plano de Ação Nacional para a Redução do Uso de Antibióticos nos animais” (PANRUAA) - Reunião de Relatores Seminário Elanco/DGAV sobre Antibióticos Reunião na DGAV sobre projeto QUALIACA Comité Pré-Misturas da FEFAC Seminário Brandsweet Comité Nutrição Animal Grupo Consultivo sobre os Acordos Comerciais VI Jornadas de Bovinicultura da UTAD Visita à associada “Provimi” Reunião da Direção Reunião Regional da Indústria Conselho Consultivo da FIPA com os Presidentes das Associações Congresso da APED Reunião da CT37 Assembleia Geral Ordinária da FIPA Grupo Consultivo dos Cereais (Comissão Europeia/ DGAGRI) Reunião com a ASEMAC em Madrid
Data 1 2 4 8 10
ABRIL Comité EFMC da FEFAC Reunião do Conselho Fiscal Reunião da Comissão Executiva VI Congresso de Ciências Veterinárias Reunião na IACA com a associada “Rações Zêzere” Reunião da Contratação Coletiva com Sindicatos
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11 14 15 22 30
Reunião Extraordinária da Direção Assembleia Geral Ordinária Reunião Geral da Indústria Reunião FILPORC Reunião com AIP Portugal AGRO 2014 Reunião da Comissão Executiva Sessão de Esclarecimento FPAS Mesa Redonda sobre milho transgénico – Faculdade de Ciências do Porto
Data 6 7 8 12 14 15 16 20 22 23 24 27 28 29
MAIO Congresso APIC Reunião na Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar Reunião e visita à associada Raporal com jornalista da “Revue de l’ Alimentation Animale” Reunião da Comissão Executiva Audiência na Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar (Protocolo QUALIACA) Reunião da CT 37 Comité Alimentos Compostos da FEFAC Reunião da Comissão Executiva Reunião da Direção da IACA XVI Congresso da Associação Portuguesa de Buiatria Audiência na Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar Visita à associada PROVIMI Plataforma Peço Português Reunião com a ASAE Inauguração das Instalações da “H.R. Verissimo” Reunião sobre Contratação Coletiva com a ANIA III Jornadas de Alimentação Animal SFPM/IACA Reunião sobre Contratação Coletiva com Sindicatos
Data 1e2 2 3 4 4a6 9 11 17 18 20 24 26
JUNHO Visita da Delegação MAIZAL Mesa Redonda “OGM/Biotecnologia e Impactos na Cadeia Alimentar” Comité de Acompanhamento do ProDer IV Workshop de Produção Animal (Escola Superior de Santarém) 57ª Assembleia Geral da FEFAC Participação na Conferência “Política Agrícola Comum 2014-2020 – Decisões Nacionais” Intervenção no Seminário ANAPO/SPAMCA Intervenção no “IV Encontro Biotecnologia e Agricultura: O Futuro é Agora” Workshop “Os desafios da Alimentação no Mundo e o Papel do Codex Alimentarius” Reunião da Comissão Executiva Comissão Europeia “Grupo Consultivo dos Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas (DGAGRI/Comissão Europeia) Comite Foof Drink Europe Reunião da Direção da IACA Seminário ACICO 2014
Data 1 3 9 14 16 23
JULHO Reunião com Diretor Geral da DGAV Reunião na APIC sobre a FILPORC Reunião com ASA/USSEC Assembleia Geral da Bolsa do Bovino Apresentação e assinatura do Protocolo com a AIP (Portugal AGRO 2014) Reunião na DGAV com a ACICO sobre o QUALIACA Reunião da FILPORC Reunião da CT 37
Relatório e Contas da IACA 2014
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24 25 29 30 31
Reunião da Comissão Executiva Reunião com a AIP (Portugal AGRO 2014) Plenário da SFPM Conference Call sobre Alimentos Medicamentosos Reunião da Direção Assembleia Geral Extraordinária (ratificação da constituição da FILPORC)
Data 27 29-31
AGOSTO Reunião da Comissão Executiva Participação no Congresso Mundial da Agricultura (WCA 2014) em Changchun (China)
Data 9 12 14-20 25 26
SETEMBRO Reunião com a DGAV Reunião da FILPORC Participação na Agroglobal Missão aos EUA a convite da USSEC Reunião da Comissão Executiva Reunião da Direção Inauguração da 22ª Feira do Porco Inauguração das instalações da Vetlima
Data 3 8 10 13 14 15 21 22 28 29 30-31
OUTUBRO Conferência Cereais Franceses Reunião do Conselho Fiscal Reunião da CT 37 Assembleia Geral CIB Grupo Consultivo “Culturas Arvenses” DGAGRI Assembleia Geral SFPM - Eleições Comité “Pré-Misturas” e Alimentação Mineral da FEFAC Comité “Alimentação Animal” da FEFAC Reunião com Agrogés Reunião da Comissão Executiva Reunião da IACA sobre CCT Congresso da FIPA Arraina Course . Technology for novel fish feeds VI Jornadas de Cunicultura ASPOC / UA
Data 6 11 18 19 20-23 21 25
NOVEMBRO Reunião da Direção Reunião na Secretaria de Estado da Alimentação (QUALIACA) Dia Aberto DSNA Reunião do Conselho da FEFAC Feira Portugal Agro Seminário Biotecnologia Reunião da Comissão Executiva
Data 2 3 11 12 18
DEZEMBRO Reunião na DGVA (QUALIACA) Reunião da CT 37 Seminário USSEC/IACA “Bagaço de Soja dos EUA” Reunião da Comissão Executiva Reunião da Direção Assembleia Geral Ordinária (Eleições) Assembleia Geral da FIPA
Relatório e Contas da IACA 2014
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CONSELHO FISCAL Parecer O Conselho Fiscal da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais – IACA, reunido hoje na sede do organismo, analisou e discutiu o RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCICIO DE 2014, que serão presentes à Assembleia Geral Ordinária do próximo dia 15 de abril de 2015. Apreciados os documentos apresentados, o Conselho Fiscal congratula-se com o equilibro económico do exercício, e entende dever realçar o trabalho realizado pela Direção na forma como estruturou a Associação e propõe o seguinte: 1- Que sejam aprovados o Relatório, o Balanço e Contas referentes ao ano de 2014. 2- Que o Resultado Líquido do Período, positivo, de 12.004,71 euros, seja distribuído, de acordo com a proposta da Direção, para o Fundo Social e Reservas Livres. 3- Que a Assembleia aprove um voto de agradecimento à Direção e à Comissão Executiva pela forma como conduziu a atividade da IACA. 4- Que a Assembleia-Geral aprove um voto de louvor e de reconhecimento ao Secretário-Geral, aos Assessores e a todos os Colaboradores, pela colaboração e dedicação no desempenho das suas funções. Lisboa, 01 de abril de 2015
O CONSELHO FISCAL
(aa)
ALFREDO MANUEL RIBEIRO DA SILVA SANTOS
- Presidente
JOAQUIM MANUEL BARREIRO DA SILVA
- Vogal
JORGE JOSÉ RODRIGUES FERNANDES
- Vogal
Relatório e Contas da IACA 2014
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ASSEMBLEIA GERAL DA IACA DE 15 DE ABRIL DE 2015
a) O Relatório da Direção, o Balanço e as Contas do ano de 2014 e o Parecer do Conselho Fiscal foram aprovados por unanimidade.
b) Igualmente foi aprovada, por unanimidade, a seguinte proposta: “A Direção propõe aos Senhores Associados que o Resultado Líquido do Período, no montante de 12 004,71 euros, seja distribuído da seguinte forma:
Fundo Social Reservas Livres
Relatório e Contas da IACA 2014
3 601,41 euros 8 403,30 euros “
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ESTATÍSTICA DO SETOR Tendo em conta o universo dos associados da IACA, a produção de alimentos compostos para animais, deverá ter registado uma quebra de 0.3%, passando de 2 901 milhares de tons em 2013 para 2 893 milhares de toneladas em 2014. Num ambiente económico ainda desfavorável, sobretudo ao nível do consumo de produtos animais, uma pecuária descapitalizada e com baixos preços no consumidor, a quebra da produção de alimentos compostos ficou a dever-se à redução nos alimentos para aves (-0.8%), suínos (-1.1%) e outros animais (2.7%), insuficiente para compensar o aumento de 3.0% nos alimentos para bovinos, em especial pela componente do leite, pese embora a desaceleração destas produções no final do ano, a par dos suínos, que sofreu um impacto significativo com o embargo russo. As relações entre a produção, indústria e grande distribuição, conduziram igualmente a um esmagamento das margens, com reflexos negativos no nosso Setor e na viabilidade da pecuária no médio e longo prazo. Ao nível da estrutura de produção, os alimentos para aves diminuíram ligeiramente a quota de mercado, de 43% para 42.8%, mantendo, no entanto, a liderança do mercado, seguindo-se os alimentos para suínos, que não ultrapassaram o limiar das 800 000 tons (produção associada), com uma quota de 27.2% (27.4% em 2013) e os alimentos para bovinos, com 21.4% (20.7% no ano anterior), reforçando a posição no mercado. No que respeita aos alimentos para outros animais, registam uma quota de penetração de 8.6%, contra os 8.9% do ano anterior.
Produção de Alimentos Compostos para Animais (Empresas Associadas na IACA) 1000 Toneladas 2013
2014
Var. %
Aves
1 247
1 237
-0.8
Bovinos
601
619
3.0
Suínos
796
787
-1.1
Outros
257
250
-2.7
TOTAL
2 901
2 893
-0.3
Como afirmámos publicamente, por diversas vezes ao longo do ano, esta relativa redução da procura de alimentos compostos, pelo sexto ano consecutivo – pese embora os níveis mais moderados que os registados nos anos anteriores - decorre de uma conjuntura negativa que se arrasta desde o segundo semestre de 2007, aliada a problemas de natureza estrutural que conduziram o nosso Sector para uma crise sem precedentes no seu historial. Há muito que a Indústria esgotou a sua capacidade de financiamento da Pecuária, sendo necessária a adoção de medidas urgentes não só em Portugal mas ao nível da União Europeia, designadamente no quadro da PAC e do Programa de Desenvolvimento Rural para 2014/2020, que permitam promover as produções animais numa perspetiva de sustentabilidade, assegurando a viabilidade da indústria da alimentação animal. Nessa perspetiva, temos mantido e aprofundado alianças e Plataformas com todas as organizações da Fileira, no sentido de defender posições comuns, valorizar a produção nacional e inverter a tendência de delapidação dos efetivos e do nosso património genético, sobretudo ao nível dos ruminantes.
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Consumo de Matérias-Primas (Empresas Associadas na IACA) 1000 Toneladas 2013
2014
Var. %
Cereais
1 670
1 674
0.2
Oleaginosas
695
688
-1.0
PSC
74
69
-6.8
Diversos
462
462
0.0
No que respeita ao consumo de matérias-primas, com uma conjuntura de preços relativamente mais favorável que em 2013, sobretudo no final do ano, impulsionados pela baixa dos preços do petróleo, o consumo de cereais registou uma relativa estabilidade (0.2%), reforçando a taxa de aprovisionamento de 57.6% para 57.9% em 2014. Com poucas alternativas em termos de substituição e com preços mais competitivos que no ano anterior, apesar da escassez física de soja no mercado nacional, em particular no último trimestre, assistimos a uma ligeira diminuição no consumo de sementes e bagaços de oleaginosas (-1.0%), cuja estrutura no consumo de matérias-primas se situou nos 23.8% (23.9% em 2013). Quanto aos PSC, em 2014, repetiu-se a situação dos anos anteriores, com a problemática em torno da aprovação de novos eventos geneticamente modificados, que afetam o consumo de derivados de milho, perdendo-se a janela de oportunidade para a importação de corn glúten feed e DDGS que tivemos no passado. Deste modo, criou-se uma maior pressão para os cereais e outras matérias-primas, com o consumo de produtos substitutos dos cereais a registar uma quebra de 6.8% e uma taxa de consumo de 2.4%, contra os 2.6% do ano anterior. Finalmente, ao nível dos diversos, assistimos a uma estabilidade no consumo e na taxa de aprovisionamento, que se fixou em cerca de 16.0% (15.9% em 2013). Pouco espaço para matérias-primas alternativas no mercado em Portugal.
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2014 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS Por Grupos de Referência
(Tons)
AVES
SUINOS
Pintos para Carne - Iniciação
166 485 Leitões – Iniciação
17 915
Pintos para Carne - Crescimento
335 743 Leitões - Recria
69 020
Frangos para Carne -Acabamento
183 113 Porcos - Crescimento
Frangos para Carne -Retirada
360 662
67 068 Porcos - Engorda
146 188
5 012 Porcos - Acabamento
Pintos - Cria
12 609
Porcas Reprodutoras – Futuras
25 143 Reprodutoras
Frangas - Recria
9 055
225 589 Porcas Reprodutoras - Gestação
81 032
Galinhas Reprodutoras
82 007 Porcas Reprodutoras - Lactação
40 065
Patos para Carne
13 866 Lactação
31 881
Patos Reprodutores
1 630 Outros
18 289
Perús - Iniciação
9 686 Complementares
Galinhas Poedeiras
Porcas Reprodutoras – Gestação+
Perús - Crescimento
28 900 Total SUíNOS
Perús - Engorda
63 533
Perús - Retirada
12 157
90 786 806
DIVERSOS
Perus Reprodutores
8 168 Ovinos de Carne
11 233
Outros
8 301 Ovelhas Leiteiras
21 717
702 Caprinos de Carne
Complementares
1 237 103 Cabras Leiteiras
Total AVES
BOVINOS Vitelos em Aleitamento
18 722
Coelhos
82 376
Vitelos - Cria
30 915 Outros
Novilhas em Recria
37 207 Total DIVERSOS 126 475
Novilhos de Engorda - Acabamento
68 402
Vacas Leiteiras Vacas Aleitantes Complementares Proteicos Outros Total BOVINOS
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3 245
Equídeos
7 274 Cães e Gatos
Novilhos de Engorda - Crescimento
7 489
238 028 TOTAL GERAL
62 406 43 050 250 238
2 892 774
84 932 0 25 394 618 627
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2014 MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS (Tons.) GRÃOS DE CEREAIS
SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS
Aveia
2 391 Soja integral
Centeio
1 317 Sementes de algodão
108
91 Sementes de girassol
2 136
Arroz Cevada Milho
106 118 Sementes de linho
0
1 267 823 Sementes de colza
0
Sorgo
41 919
Trigo
249 350
Triticale
1 374
Cereais processados pelo calor
2 701
Concentrados proteicos de cereais
11 341
13 585
773 1 673 857
PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE GRÃOS DE CEREAIS Alimpadura de trigo
PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS 91 Bagaço de amendoim
Trincas de arroz
213 Bagaço de cártamo
Bagaço de arroz
0 Bagaço de colza
Bagaço de gérmen de milho
0 Bagaço de copra (coco)
Drèches e solúveis de destilação de trigo
0 Bagaço de girassol
Drèches de cevada Gritz de milho Drèches e solúveis de destilação de milho
3 484 Bagaço de linhaça 0 Bagaço de palmiste 1 175
Bagaço de azeitona
Farinha forrageira de milho
14 068 Bagaço de sésamo
Farinha forrageira de trigo
438 Bagaço de soja
Gluten de milho Gluten feed de milho Gluten feed de trigo Radículas de malte Sêmea de arroz Sêmea de centeio Sêmea de trigo
0 481 74 584 823 102 199 394 16 335 462 2 494 411 508
3 636 Bagaço de soja, descascada
43 492
29 345 Cascas de sementes de soja
5 070
401 Concentrado proteico de soja
2 546
3 756 Óleo vegetal 10 542
13 247 673 635
87 136 651
Sêmea de milho
312
Casca de arroz
633 204 832
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SEMENTES DE LEGUMINOSAS, SEUS PRODUTOS E SUBPRODUTOS
PRODUTOS E SUBPRODUTOS LÁCTEOS
Ervilhas
687 Leite em pó
199
Fava forrageira
483 Soro de leite ácido, em pó
912
1 170 Soro de leite doce, em pó
525
Caseína
281 1 917
TUBÉRCULOS E RAÍZES, RESPECTIVOS PRODUTOS E SUBPRODUTOS
PRODUTOS DE ANIMAIS TERRESTRES
Mandioca
750 Farinha de aves de capoeira
3 230
Polpa de batata
0 Farinha de carne e osso
Concentrado proteico de batata
0 Farinha de ossos
0
Polpa de beterraba (sacarina)
1 725 Farinha de penas
2 321
Melaço de beterraba
2 572 Farinha de sangue
Sacarose de beterraba
16 784
422
291 Gorduras animais
19 358
5 338 Manteiga
85
Hidrolisados proteicos de porco Plasma sanguíneo de porco
49 295 42 544
PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE OUTRAS SEMENTES E FRUTOS Farinha de alfarroba Gérmen de alfarroba Folhelho de uva Bagaço de grainha de uva Polpa de citrinos
PRODUTOS DO PESCADO
4 091 Farinha de peixe Concentrados proteicos e solúveis 488 de peixe
4 426
2 150
4 426
0
152 3 310
Repiso de tomate
0 10 191
OUTRAS PLANTAS, RESPECTIVOS PRODUTOS E SUBPRODUTOS Melaço de cana-de-açúcar Sacarose de cana
MINERAIS
10 500 Carbonato de cálcio 2 Fosfato dicálcico
70 348 6 268
10 502 Fosfato monocálcico
13 897
Bicabornato de sódio
5 591
Cloreto de sódio
5 975
Óxido de magnésio
178 102 257
FORRAGENS E OUTROS ALIMENTOS GROSSEIROS Luzerna Palha de cereais tratada
22 221 3 784 26 005
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DIVERSOS Gorduras vegetais – sabões cálcicos
ADITIVOS 2 182 Coccidiostáticos
Gorduras vegetais – hidrogenadas
828 Aglutinantes
Oleínas
445 Ureia e derivados
Produtos e subprodutos das indústrias de panificação e massas Produtos e subprodutos de pastelaria e da indústria dos gelados Leveduras
2 049 Aminoácidos sintéticos
265 Conservantes 80 Antioxidantes 5 849 Corantes Aromatizantes Vitaminas, pró-vitaminas e substâncias de efeito semelhante Oligoelementos Melhoradores da digestibilidade
PRÉ-MISTURAS
Estabilizadores da flora intestinal
Aves
2 778 Adsorventes de micotoxinas
Bovinos
1 979 Outros
Suínos
5 748
Ovinos e caprinos
202
Equinos
51
Peixes
92
Outros
9 557 1 060 8 212
1 168
225 413 694 24 605 1 066 188
380 77 424 101 060
72
Coelhos
Cães e gatos
44
244 4 440 15 606
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PRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS EM 2014
OVINOS E CAPRINOS 2%
COELHOS EQUÍDEOS 3% 1%
SUINOS 27%
CÃES E GATOS 2% OUTROS ANIMAIS 1%
AVES 43%
BOVINOS 21%
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPOSTOS
4000
Milhares de toneladas
3500 3000 2500
OUTROS SUINOS
2000
BOVINOS
1500
AVES
1000 500 0
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CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS EM 2014
PROD. SUBST. DOS CEREAIS (PSC) 2%
DIVERSOS 16% CEREAIS 58%
SEMENTES E BAGAÇOS OLEAGINOSAS 24%
EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS 4000 3500
Milhares de toneladas
3000 2500 DIVERSOS
2000 PSC
1500 SEM/BAGAÇOS
1000 CEREAIS
500 0
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PRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS (Milhares de Tons.)
PRODUÇÃO POR ESPÉCIES ANOS 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
AVES
BOVINOS
SUINOS
OUTROS ANIMAIS
868 910 946 959 1 052 1 107 1 117 1 166 1 174 1 177 1 200 1 194 1 230 1 247 1 240 1 208 1 205 1 267 1 271 1 189 1 267 1 220 1 163 1 254 1 218 1 280 1 311 1 274 1 271 1 247 1 237
577 635 738 786 927 938 1 010 1 086 1 061 963 926 1 009 961 883 853 956 940 911 890 863 921 1062 877 903 845 767 714 655 642 601 619
1 066 934 1 129 1 142 1 102 1 179 1 333 1 357 1 294 1 463 1 347 1 182 1 163 1 166 1 198 1 111 1 034 1 034 1 115 1 091 1 101 1 045 982 1 017 1 004 903 860 886 842 796 787
96 99 112 104 136 122 134 149 189 203 199 214 206 205 205 205 199 191 203 208 226 259 228 236 219 260 283 277 282 257 250
Relatório e Contas da IACA 2014
TOTAIS / ANO
VARIAÇÃO ANUAL
2 607 2 578 2 925 2 991 3 217 3 346 3 594 3 758 3 718 3 806 3 672 3 599 3 560 3 501 3 496 3 480 3 378 3 403 3 479 3 351 3 515 3 586 3 250 3 410 3 286 3 210 3 168 3 092 3 037 2 901 2 893
-1,11% 13,46% 2,26% 7,56% 4,01% 7,41% 4,56% -1,06% 2,37% -3,52% -1,99% -1,08% -1,66% -0,14% -0,46% -2,93% 0,74% 2,23% -3,68% 4,89% 2,00% -9,37% 4,92% -3,63% -2,31% -3,59% -2,40% -1,80% -4,48% -0,30%
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CONSUMO DE MATÉRIAS–PRIMAS (Milhares de Tons) PROD. SUBSTITUTOS CEREAIS
DIVERSOS
TOTAIS/ANO
ANOS
CEREAIS
SEMENTES E BAGAÇOS
1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
1 535 1 160 1 012 832 735 718 822 876 950 1 069 1 106 1 081 1 257 1 318 1 434 1 400 1 327 1 391 1 535 1 505 1 527 1 652 1 598 1 750 1 801 1 826 1 829 1 711
538 624 625 728 726 745 863 962 949 903 870 874 872 843 837 878 796 880 870 854 865 849 794 943 909 822 805 754
264 311 510 687 1 137 1 149 1 207 1 150 1 086 1 071 940 893 794 751 665 649 699 651 608 556 622 561 396 180 103 91 73 139
193 483 699 728 619 734 691 751 734 755 704 638 637 589 560 553 556 481 466 436 501 524 462 537 473 471 461 488
2 530 2 578 2 846 2 975 3 217 3 346 3 583 3 739 3 719 3 798 3 620 3 486 3 560 3 501 3 496 3 480 3 378 3 403 3 479 3 351 3 515 3 586 3 250 3 410 3 286 3 210 3 168 3 092
2012
1 699
720
85
533
3 037
2013
1 670
695
74
462
2 901
2014
1 674
688
69
462
2 893
Relatório e Contas da IACA 2014
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