QUARTA SUPER: Por que repetimos os mesmos comportamentos

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Hábito “Nós, seres humanos, somos seres de hábitos e costumes...

O

costume

nos

mais

segurança por sentirmos em um terreno conhecido. Ele é a repetição de um ato que se

torna regra.”


“A diferença entre os ratos e os humanos é que, quando um rato leva um choque na extremidade de um labirinto, ele nunca mais retorna lá.” B.F. Skinner


Por que algumas pessoas insistem em fazer tudo igual e ainda esperam resultados diferentes?



E quando o resultado chega.... A culpa ĂŠ do outro... Falta de sorte... Trabalho feito... Por que mais uma vez???



O filme é ruim. De quem é a culpa

?


Estudos científicos já demonstraram que emoções e pensamentos viciam

tanto quanto as drogas, assim, faz com que

nossa

mente

fique

presa

a

comportamentos e emoções que não nos servem mais...



Para o psicanalista J.D. Nasio, de tanto repetir, confirmo que sou o mesmo ontem e hoje...

“Repito, logo sou.”

“Repito, logo sou.”

“Repito, logo sou.”

“Repito, logo sou.”


Nasio destaca três pontos de retorno ao passado:

Atos Atos sadios: 1 Consciente: 2 3 retorno por meio recordações visuais, táteis, olfativas e gustativas ao que esteve esquecido;

de comportamento s a um passado conturbado;

patológicos: retorno compulsivo um passado traumático.

Sintoma ou Ação Compulsiva


“Os abalos inconscientes

não querem ser lembrados, mas aspiram a reproduzirse...

O doente quer AGIR suas paixões.”


No processo de anĂĄlise, o paciente repete sem saber que estĂĄ repetindo... Ele atua, mas nĂŁo lembra... Se comporta de uma maneira infantil com o analista sem lembrar que, por exemplo, fazia isso com seu pai...


E isso acontece em todas as nossas relaçþes!


Lembra quando você era criança?


A criança nunca se cansa de repetir uma brincadeira ou ouvir uma história... É o adulto que impõe o limite Há um prazer provocado pela repetição, o que pode levar à compulsão por este prazer


Que prazer ĂŠ esse, quando o repetir se torna doloroso ?


Conteúdos recalcados Aquilo que não veio à consciência... O

proibido... O traumático... Esses conteúdos se manifestam no comportamento de todos nós... Influenciando a forma como vemos a realidade....


Quanto maior forem as resistências... Maior a atuação.


Quando conteĂşdos

recalcados irrompem subitamente, em forma de

sintoma, surge a dor, mas que

produz um alĂ­vio inconsciente.


Não recordamos o que foi esquecido e sim expressamos em ações, comportamentos... Repetimos sem saber que estamos repetindo... Mas o resultado é sempre o mesmo...


Freud chamou isso de

COMPULSÃO À REPETIÇÃO Processo de reviver interminavelmente determinada neurose.


Repetir interminavelmente um relacionamento ou acontecimento frustrado... Como tentativa de descarregar a energia acumulada ou represada até conseguir o êxito nessa árdua missão...


A essa repetição

interminável de experiências

dolorosas com a tentativa de retornar ao “sem

tensão” dá-se o nome de...

PULSÃO DE MORTE


Imagine uma criança que sofreu for falta de afeto, rejeição, abandono, excesso de críticas, perdas... Essas experiências deixam marcas na autoestima...

A criança sente que ela não é boa o suficiente e que não merece o que é bom...


Repetimos, inconscientemente, para tentar mudar o que não foi bom... Caso com uma pessoa agressiva, para tentar mudar um „pai‟ simbólico que foi agressivo... Procurando conseguir aquele afeto que faltou na infância...


Repetimos, também atitudes aprendidas com os modelos que temos na infância... Pai alcoolista.... Filho...

Mãe obesa... Filha... Pai fracassado.... Filho...


Repetimos o discurso dos pais... Que nos delegavam a execução de papeis... O desejo dos pais criando expectativas a serem cumpridas.


Repetir é alimentar esses sentimentos negativos, reforçando-os sempre que nos deparamos com situações do dia a dia semelhantes àquelas do passado... Por exemplo, só me sinto atraída por homens que me rejeitam... Sempre que chego próximo ao sucesso acabo me auto sabotando... Procrastinação... Começo a emagrecer e volto a engordar... Etc.


Você já ouviu falar em

Neurose de Destino ? “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino.” Carls Jung


A equação 7 C na determinação dos conflitos psíquicos

Completude Carência Cólera Culpa Castigo Compulsão à repetição Capacidade de atingir a posição depressiva


Então... Se focalizarmos os SINTOMAS, por

uma

lado

manifestamente

alguns

deles

repetitivos

são

(rituais

obsessivos, por exemplo), mas há as repetições disfarçadas de elementos de um conflito passado.


O recalcado procura retornar ao presente sob a forma de sonhos, sintomas, atuação: “... O que permaneceu incompreendido retorna...

Como uma alma penada... Não tem repouso até que seja encontrada a solução e alívio.”


Toda vez que nos aproximamos de algo mais

recalcado ou censurado, a tendência a repetir se impõe... Essa repetição pode ser feita na forma de atos ou discurso...

É a fonte de nosso sofrimento...

É o filme que se repete em nossas vidas....


Autobiografia em cinco capĂ­tulos Portia Nelson


Capítulo I Eu ando pela rua. Há um buraco fundo na

calçada Eu caio dentro Eu estou perdido… Eu sou impotente. Não é minha culpa.

Eu levo uma eternidade para encontrar uma saída.


Capítulo II Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu finjo que não vejo. Eu caio de novo. Eu não posso acreditar que estou no mesmo lugar mas, não é culpa minha. Ainda leva muito tempo para sair.


Capítulo III Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada. Eu vejo que está lá. Eu ainda caio… é um hábito.

meus olhos estão abertos Eu sei onde estou. É minha culpa. Eu saio imediatamente.


Capítulo IV

Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu ando em torno dele.


CapĂ­tulo V

Eu ando por outra rua.


OBRIGADO Celebrando a Recuperação ibab R. Gustav Willi Borghoff, 480 Barra Funda – São Paulo/SP Quarta-feira | 20h30


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