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O segredo mais bem guardado do casamento do ano »» Aline Flor
altura apelidado de ‘tafetá Lady Di’”. Manuela Martins, que trabalhou como costureira desde os 12 anos, ainda se recorda do casamento “da princesa Margarida, irmã da rainha Isabel II, e, depois da filha, Ana”. D. Manuela não deixou esquecer, também, o vestido de Isabel Herédia, muJogada de marketing lher do pretendente ao trono português, Carlos Ribeiro, da Boutique das Noivas, estabelecimento Duarte Pio de Braganinstalado no Largo dos Lóios, na Baixa do Porto, traba- ça, que “também foi lha há mais de 40 anos a fazer vestidos de casamento. um casamento bastante badalado, cá”. Manter o suspense será uma forma de Julibel Fernandes explica que, em dar destaque a vários estilistas, não “Houve uma correria Portugal, a influência dos casamenesquecendo que “a pessoa que con- para tentar encontrar tos das casas reais da Europa assume cretizar o vestido que ela [Kate] vai maior expressão no caso dos eventos tafetá, que foi na levar na cerimónia vai ser falada até de Espanha, pelo acesso a revistas e altura apelidado de mais não”. pela proximidade geográfica. De entre Também Ana Abrunhosa, estilista de ‘tafetá Lady Di’” os casamentos que mais se falaram no cerimónias, explica que “tudo isso nosso país, lembra-se que “na altura, também ajuda a alimentar a indúso da Elena, por ser o primeiro, e o do tria”. Trata-se de “jogadas de marketing, para tornar Príncipe, por ser o herdeiro da coroa, tiveram muita tudo muito mais interessante”. A criadora não duvida cobertura mediática, e isso influencia as pessoas”. que, “se quisessem manter o vestido em segredo abso- Carlos Ribeiro, a propósito do casamento do herdeiro luto, conseguiam manter”. E é o que tem acontecido. Noutro atelier do Porto, Julibel Fernandes partilha da mesma opinião, mas é mais sensível à posição da noiComo será o vestido de Kate? va: “O seu gosto pessoal acaba por ficar para segundo plano. Tem que obedecer a uma série de protocolos e Uma série de regras de limita-se a escolher dentro daquela amostra”. protocolo impõe-se às “Ela não tem o casamento que quer, tem o casamento noivas reais. A estilista que tem que ter”, lembra a estilista. Ana Abrunhosa, dá-nos É um dos segredos absolutos do casamento de Miss Catherine Middleton com William de Windsor. Depois de ter esgotado, nas lojas, o vestido que Kate usou no noivado - apenas horas depois do anúncio, -a futura mulher do príncipe William não corre o risco de perder a originalidade e encomendou mais do que um vestido para a boda de amanhã. Para já, ainda não há a certeza de quem são os estilistas escolhidos, apenas algumas “suspeitas”: Sarah Burton, Bruce Oldfield – que desenhou o vestido da princesa Diana –, Phillipa Lepley e Alice Temperley. Mas será necessária tanta preocupação para manter o modelo escolhido em segredo?
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Vestido de noiva
Casamentos que fizeram História Em matéria de casamentos reais, há sempre um particularmente relembrado: a união entre Grace Kelly e Rainier, príncipe do Mónaco, em 1956. A estrela de Hollywood mostrou todo o glamour no seu vestido de noiva. Julibel Fernandes sublinha a boda de Grace Kelly como um casamento de sonho, “aquela imagem que uma pessoa tem de casar com o príncipe”. Ana Abrunhosa completa: “Foi um marco a nível dos casamentos”. A estilista aproveita para fazer a comparação entre o vestuário de cerimónias e o figurinismo: “Temos uma personagem que é necessário realçar, de sublinhar através do vestuário, e, no caso dos vestidos de noiva, o importante é fazer isso”. De volta à Boutique das Noivas, Carlos Ribeiro relembra um casamento que o marcou bastante: “O da nossa saudosa princesa Diana”. “O casamento ocorreu e, passados dois, três dias houve uma correria para tentar encontrar tafetá, que foi na
uma ideia de como será o vestido de Kate Middleton: “O que se pode contar? Provavelmente, terá mangas, já que não será de bom-tom mostrar o braço completamente”. Kate deverá optar por um decote discreto, dentro do estilo que tem seguido, “talvez em barco”. Além de um corpo ajustado, o vestido deverá ter uma saia relativamente ampla – “mas não com franzidos nem nada disso, relativamente discreto”. Tudo com bons tecidos e um bom pormenor em matéria de decoração. “Talvez uma renda ou um bordado bonito”, sugere. Haverá alguma parecença com o vestido da mão de William? Não, pensa Ana Abrunhosa. “Levará cauda, mas, provavelmente, não demasiado comprida. Não terá rigorosamente nada a ver com o vestido da Diana, como é óbvio”, acrescenta a estilista. Já se sabe que o casamento poderá ser menos extravagante, por influência dos tempos de crise, e isso poderá reflectir-se no vestido, mais discreto: “a realeza não se vai permitir uma exposição com toda a sumptuosidade que a caracteriza”.
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da coroa espanhola, recorda que achou o vestido de Letizia “interessante, de linhas completamente lisas, bonito e bem idealizado, com um bordado riquíssimo mas de uma simplicidade extraordinária”.
As princesas não são todas iguais
Casamento de sonho Influências de contos de fadas ou não, ainda se associa a figura de qualquer noiva à aspiração de parecer uma princesa. E “todas elas são princesas, cada uma à sua imagem”, defende Carlos Ribeiro. “É algo que mexe com a sensibilidade das pessoas, há sempre a tentação de visualizar-se na noiva, de identificar-se com o vestido, com os tecidos. Umas não podem ser umas princesas tão princesas, mas são princesas também!” A idade de Kate Middleton é outro factor determinante na influência que terá nas próximas gerações de noivas: “Ela vai casar numa idade que influencia muito mais as noivas da idade dela do que, por exemplo, a Letizia influenciou noivas da sua idade quando se casou”, analisa Julibel Fernandes. “Quando estamos a falar de noivas mais jovens, ainda permanece muito a imagem de princesa, de um dia de sonho”, completa.
As chamadas “revistas de coração” ou “do social” seguem de perto a vida da realeza e, por isso, também tudo o que respeita ao casamento de amanhã. A comparação entre William/Kate e Carlos/Diana tornase, neste universo, inevitável e a Renascença abordou o tema com a editora da revista “Caras”. Ana Paula Homem diz que Catherine Middleton não fica atrás da mãe do seu noivo: “É uma noiva mais madura do que era a princesa Diana, e que se apresenta, certamente, com outra segurança”, explica Ana Paula Homem. Por oposição à “Princesa do Povo”, a editora da Caras acredita que Kate não aparecerá “com aquela timidez com que a princesa Diana apareceu no dia do casamento, que nem se atrevia a olhar as pessoas de frente”. A futura princesa tem a difícil missão de cultivar uma imagem solidária, legado deixado por Diana. Para a editora, Kate Middleton tem um perfil diferente mas as preocupações solidárias terão sempre de ser uma constante, por uma questão de tradição na família real. Ana Paula Homem destaca que a principal diferença entre Catherine e Diana reside nas origens: “Enquanto a princesa Diana, não tendo sangue real, era de uma família nobre, filha de um conde, Kate Middleton é filha do povo”. Trata-se de “um casamento morganático”, sublinha. A responsável da “Cara” salienta três pontos principais do casamento real: a altura em que a noiva for vista pela primeira vez - “quando sair do carro ao chegar a igreja e se vir o vestido” -, o momento do ‘sim’ e da troca de alianças – “se bem que o William não goste de anéis e não vá usar a aliança” –, e, por fim, a aparição dos noivos na varanda do Palácio de Buckingham, para “saudar a multidão que ali vai estar aglomerada e dar um beijo, um dos momentos altos dos casamentos reais”.
Referências reais Voltando à questão inicial: será que o vestido de Miss Catherine Middleton vai ser a nova moda nos casamentos também em Portugal? Ana Abrunhosa acredita que não: a influência dos famosos é cada vez menor, porque “cada vez mais, as pessoas têm consciência de que as figuras públicas nem sempre vestem o que gostam”. A esta noção junta-se a ideia generalizada de que “o importante mesmo é usar aquilo que cada um gosta”. Julibel Fernandes também duvida que a influência seja muito efectiva: “As pessoas comentam mais do que absorvem” a tendência, acredita. A criadora aponta a indumentária dos príncipes como um ponto de partida da criação de um vestido de casamento: “Muitas vezes há um detalhe que as pessoas acham piada, que pode ser um mote para se desenvolver uma ideia”. E remata: “As pessoas gostam de ter referências, mas quando se começa realmente a pensar no vestido, o resultado final muitas vezes está muito longe do ponto de partida”.
Vestidos que ficaram para a História
Rainha Vitória, 1840 O primeiro vestido branco
Grace Kelly, 1958 O sonho de Hollywood
Lady Diana Spencer, 1981 Pôs na moda o ‘tafetá Lady Di’
Letizia Ortiz, 2004 Simplicidade e bom gosto
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