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RESPIRAÇÃO AQUECIMENTO

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preparação

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Este exercício é para aquecer o nosso corpo, “acordar” a nossa musculatura para o canto e também para perceber o trabalho do diafragma. Para isso, vamos soltar o ar fazendo o som [ tch ] prolongado, como um rádio não sintonizado ou uma televisão antiga fora do ar. Tente expulsar o máximo de ar a cada repetição desse som e colocar as mãos no abdômen, nas costas e ao lado da cintura, alternadamente, para sentir a movimentação da musculatura abdominal e intercostal.

Recomendo repetir este ciclo três vezes, normalizando a respiração entre cada uma delas. Ao fim do exercício, tomar um pouco de água para hidratar as pregas vocais.

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Falamos bastante de pregas vocais aqui. Mas você já parou pra pensar em exatamente quais outras partes do corpo estão envolvidas quando cantamos? Na verdade, o nosso corpo inteiro é importante!

“Mas será que até o dedinho do pé?”

“Sim, até o dedinho do pé. Você duvida? Imagina aquela hora em que batemos o dedinho do pé em algum lugar, que dói bastante. Você acha que vai ser fácil cantar logo depois?!”

“Acho que não...”

“Claro que não! Por isso devemos dar atenção ao nosso corpo inteiro, e, principalmente, observar se ele está bem relaxado.”

Imaginando

A atividade a seguir é um modelo de exercício fantasioso. A partir dela, você e seus alunos podem criar novas histórias. Uma boa consciência corporal é fundamental para o canto.

Em um espaço mais amplo, pedir para o aluno seguir as instruções:

“Vamos imaginar que estamos andando... na verdade vamos andar, mesmo.

Você pode marchar, como um soldado...

Ou andar beeeeeem preguiçoso, quase se arrastando, mas não deixe de andar.

Tudo bem, vamos voltar a andar normalmente...

Mas agora pensando que estamos numa floresta (florestas sempre são legais de se imaginar).

Não sabemos que tipo de bicho que pode viver nessa floresta, então, por cautela, melhor tomarmos cuidado, andando em silêncio e bem devagar.

Puxa, que medo!

Vou mudar pra uma praia...

Isso, bem melhor!

Estamos andando na beirada e as ondas chegam até os nossos pés. A cada passo que damos, é como se chutássemos a água... Tá ficando bem legal isso!

Mas o sol está esquentando muito... Vamos nos abanar enquanto andamos.

E não para de esquentar. A sensação é de que estamos derretendo. Hora de ir embora!

Quando pisamos na areia seca, ela está muuuuuito quente, parece que estamos andando em cima de brasas. Ai ai ai!

Pra onde nós vamos mesmo?

Depois desse solzão, acho legal irmos pra lua!

Um pequeno passo para uma criança, mas uma graaaande diversão!

De volta à Terra, depois dessa aventura super tecnológica, que tal se a gente virasse robôs?!

Bip, bip, dois, bip, bop, bip...

Ok, agora viagem no tempo. Viramos dinossauros enormes, com pés gigantes. Somos grandes e pesados.

Já podemos ser seres humanos de novo, mas daqueles que ainda andavam com quatro apoios, lembra?!

E aos poucos vamos aprendendo a ficar eretos.

O tempo passa bem depressa...

E chegamos nos dias de hoje, de volta à sala de música, com o corpo bem aquecido e prontos para cantar!”

Movimentar a cabeça (mantendo os ombros parados e relaxados) de um lado para o outro, como se estivesse sinalizando uma negação. “Não, nunca, jamais, nem pensar, necas de pitibiribas, pode ir tirando o seu cavalinho da chuva”.

Em seguida, movimentar a cabeça para cima e para baixo, sinalizando uma afirmação. “Sim, claro, certamente, com certeza, obviamente, é isso, como não pensei nisso antes?, é assim sim”.

Ao estruturarmos o fazer artístico em um planejamento, pode parecer que estamos engessando o nosso trabalho, mas isso nos auxilia na organização das atividades. Já inserido num contexto escolar, o planejamento é fundamental para que a arte tenha o tratamento de “área de conhecimento”.

É importante que, mesmo tendo um planejamento estruturado, haja uma flexibilidade para se fazer os ajustes necessários de acordo com o momento e o aluno. Trabalhamos com vozes e também com crianças. Assim, é comum que apareçam elementos não planejados na aula, mas que devem ser levados em conta. Por exemplo, quando a criança está com a voz mais cansada, os exercícios devem ser repensados imediatamente, privilegiando aqueles que relaxam mais, como os exercícios vibratórios. Já outras situações – como quando a criança chega animada, contando de uma viagem, ou quando cai uma chuva muito forte – podem ser inseridas no contexto da aula, com uma adaptação de repertório. Além dos exercícios e do repertório, é importante que sejam apresentadas nas aulas referências (como as apresentadas neste livro, nas seções “para ouvir”, “para pesquisar” e “para entender mais de música’’), para que a criança amplie o seu conhecimento musical. Também, sempre que possível, a criança deve ter um espaço para criação, improviso e expressão vocal.

Sabendo disso, trago aqui uma sugestão de estrutura de planejamento para uma aula de canto. No final do livro, você encontrará mais tabelas para montar as suas aulas.

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