Caderno Litoral

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Sexta-feira, 28 de outubro de 2011

GAZETA DO POVO Editora responsável: Anna Paula Franco litoral@gazetadopovo.com.br

Mercados municipais concentram exemplos da produção agrícola e de artesanato

Página 3

Abandono marca locais onde o imperador Dom Pedro II passou, em 1880

Página 7

A imagem do Rocio Episódio do roubo da estátua de Nossa Senhora do Rocio, há mais de 60 anos, cerca de mistério a veneração à padroeira do estado, em Paranaguá Páginas 4 e 5


litoral

Sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Informações úteis

Programe-se

Ambulância

192

Polícia Ambiental Guaratuba

(41) 3443-6858

Corpo de Bombeiros

193

Polícia Ambiental Ilha do Mel

(41) 3426-8004

Defesa Civil

199

Polícia Ambiental Morretes

(41) 3462-2870

Polícia Civil

197

Polícia Militar

190

Polícia Rodoviária

198

Copel

0800 5100116

Sanepar Disque turismo

115 (41) 3254-1516

Procon

0800 411512

IAP (Litoral)

(41) 3422-8233

Barcas para as ilhas do Mel, das Peças, Guaraqueçaba e Superagüi

(41) 3455-2616

Ilha do Mel (controle de vagas) (41) 3455-1144 Ecovia

Disque-denúncia Ambiental

0800 6430304

Disque-denúncia (drogas)

181

Terminais rodoviários

0800 410277

Ferry-boats Guaratuba/Matinhos (41) 3472-1024

(41) 3432-1272

Hospital Regional do Litoral

(41) 3420-7400

(41)3482-1232

Hospital Paranaguá

(41) 3423-3466

Guaratuba

(41)3442-8192

Morretes

(41) 3462-1115

Guaraqueçaba

Paranaguá

(41) 3420-2952

Hospital Brigadeiro Eppighaus (41) 3482-1264

Pontal do Paraná

(41) 3455-1341

Guaratuba Santa Casa de Misericórdia

(41) 3442-2271

PS Municipal

(41) 3442-8214

Hospital Dr. Sílvio Bitencourt Linhares

(41) 3432-1244

Matinhos

Hospital e Maternidade do Litoral (41) 3432-4444

Nossa Senhora dos Navegantes (41) 3452-2000

Morretes

Pontal do Paraná (Praia de Leste)

Hospital e Maternidade Morretes (41) 3462-1114

Posto 24 Horas

(41) 3972-7078

Pedágio BR-277 (ecovia) Tipo de veículo

Eixos

Preço

Automóvel, camioneta ou caminhonete, furgão

2

R$ 12,50

Automóvel, camioneta ou caminhonete com semi-reboque

3

R$ 18,80

Automóvel, camioneta ou caminhonete com reboque

4

R$ 25

Motocicleta e motoneta

2

R$ 6,30

Ferry-boats Guaratuba/Matinhos Horários Das 6h20 às 7 horas

saída de 20 em 20 minutos, em cada um dos sentidos de embarque.

Das 7 horas às 21h30

saída de 10 em 10 minutos, em cada um dos sentidos.

Das 21h30 às 23h59

saída de 20 em 20 minutos, em cada um dos sentidos .

Durante a madrugada

saída com intervalos de uma a duas horas, em cada um dos sentidos.

Tipo de veículo

Eixos

Preço

Automóvel, camioneta, furgão

2

R$ 5

Caminhão leve, ônibus, caminhão

2

R$ 10

Automóvel e camioneta com semi-reboque

3

R$ 15

Automóvel e camioneta com reboque

4

R$ 20

Motocicletas e motonetas

2

R$ 2,50

Luas Nova

Cheia

26/10 (18:55) a 02/11

10/11(19:16) a 18/11

Crescente

Minguante

02/11 (15:38) a 10/11

18/11 (14:09) a 25/11 (05:09)

Já considerando o horário de Verão.

ANTONINA

Senhora do Porto. No dia 31, um desfile cívico marca a data. A programação ainda se estende pelos dias 5 e 6 de novembro, com shows no Setor Histórico. Mais informações pelo telefone (41) 3462-1266.

u Festa de Aniversário – Antonina

completa no dia 6 de novembro 214 anos. As comemorações no município acontecem no dia do aniversário da cidade, com solenidades cívicas, desfiles e outras comemorações alusivas à história e à cultura local. As festas serão no Setor Histórico. Mais informações no telefone (41) 3978-1076.

u Feira de Paisagismo – Até o dia 6

de novembro, a 8ª edição da Feira de Flores Ornamentais e Paisagismo reúne produtores de flores e plantas ornamentais na cidade. Além de apreciar, o visitante também poderá adquirí-las a preços acessíveis. A feira acontece no Centro Histórico de Morretes. Mais informações pelo fone (41) 3462-3262.

MORRETES

Guaraqueçaba

Antonina

Festas, exposições e rodeio marcam a programação de eventos do mês

u 278 anos – No dia 31 de outubro,

Paranaguá

Antonina

Hospitais

GAZETA DO POVO

Morretes comemora seu 278º aniversário e a cidade prepara uma programação festiva para celebrar a data. O Baile Oficial será no dia 29 de outubro, no Cruzeiro Sport Clube. A Missa em Ação de Graças está marcada para 30 de outubro, às 19h30, na Igreja Matriz Nossa

GUARATUBA

u Triathlon da Primavera – No

próximo domingo as provas do Triathlon da Primavera animam as

Notas

Incentivo

ruas e as águas de Guaratuba. A competição vai reunir os melhores triatletas do estado nas provas de natação (750 metros), ciclismo (20km) e corrida (5km). Concentração, largada e chegada serão na Praia Central.

MATINHOS

u Tri-Olímpico de Caiobá –

Atletas interessados em participar da Etapa Verão do Tri-Olímpico de Caiobá podem fazer suas inscrições até o dia 7 de novembro. A prova será realizada a 11 de dezembro e terá como trajeto a Praia Mansa de Caiobá na prova de natação, a Rodovia Alexandra-Matinhos no ciclismo e corrida pela Avenida Atlântica. As inscrições podem ser feitas pelo site www.ativo.com ou em academias relacionadas no site.

Rota - foto

Passaporte vale Caminho do Itupava é reaberto até novembro z Depois de ficar fechado por mais ao planalto paranaense no século de sete meses, o Caminho do Itupava foi reaberto dia 15 de outubro. O local passou por uma revitalização, que recuperou o trajeto prejudicado pelos temporais do mês de março, quando mais de mil árvores caíram e houve acúmulo de terra, deixando as pedras escorregadias. Primeira rota que ligou o litoral

z Os visitantes que desejam aprovei-

tar descontos especiais em hotéis e restaurantes da orla paranaense têm até o final de novembro para carimbar seu Passaporte Litoral. No total, R$ 6 milhões em serviços estão à disposição dos visitantes até o dia 30 de novembro, com descontos de cerca de 10% em cada um. São 58 estabelecimentos que aderiram ao programa. Sessenta mil passaportes foram impressos e estão disponíveis nos postos de Serviço de Atendimento ao Usuário da concessionária Ecovia, localizados na BR-277. O visitante pode usar cada promoção uma única vez e, após a concessão do desconto, o passaporte será carimbado. O regulamento e a lista de estabelecimentos participantes estão disponíveis no site da Agência de Desenvolvi­mento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (www.adeturlitoral.com.br).

17, o Caminho do Itupava está localizado entre os municípios de Quatro Barras e Morretes. O trajeto de 22 quilômetros pela Serra do Mar apresenta paisagens naturais e construções históricas como o Santuário de Nossa Senhora do Cadeado e a Casa do Ipiranga. No ano passado, 16.505 visitantes percorreram o caminho.

Valterci dos Santos/Gazeta do Povo

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Expediente

Fonte: Simepar

Caderno Litoral é um suplemento es­pecial da Gazeta do Povo de­senvolvido pela editoria de Projetos Especiais. Diretora de Redação: Maria Sandra Gonçalves. Edito­r Execu­tivo: Guido Orgis. Edição: Anna Paula Franco. Diagra­ma­ção: Allan Reis e Joana dos Anjos. Capa/Foto: Antonio More. Re­da­ção: (41) 3321-5415. Fax: (41) 3321-5472. Co­­mer­­cial: (41) 3321-5904. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: litoral@ga­zeta­do­povo.­com.br.­Endereço: R. Pedro Ivo, 459. Curi­tiba-PR. CEP: 80.010-020. Não pode ser vendido separadamente.

Próxima edição 25 de novembro


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litoral

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Merca­dões oferecem abaste­cimento e lazer L

Carolina Gabardo Belo, especial para a Gazeta do Povo

ocais que antes serviam apenas para o abastecimento das cidades são hoje pontos turísticos do litoral. Em Paranaguá, Matinhos e Antonina, os visitantes podem comprar artesanato, hortaliConteúdo ças, frutas, especiarias, peixe fresco e também pratos típicos da região em extra seis mercados municipais. Confira fotos Junto com os produtos que são dos mercados comercializados no local, os mercamunicipais do dos ajudam a contar a história da litoral no site www.gazetadopovo.com. região, que passa entres os labirintos de boxes e lojas, além da arquibr/litoral tetura. Em Paranaguá, por

Seis mercados públicos ajudam a contar a história da produção

Mercado de Antonina: artesanato.

Mercado Municipal do Café, em Paranaguá: o mais antigo do litoral era ponto de encontro dos moradores.

PERFIL e

ANTONINA

Mercado Municipal de Antonina

Rua Martinho Correia

Praça Beira Mar

Rua Conselheiro Antônio Prado, s/ nº (entre a Praça Beira Mar e a Rua Coronel Marcalo - Centro Histórico. Funcionamento diário, das 9 às 17 h. Fone: (41) 3978-1093.

MATINHOS

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Oceano Atlântico

Rua Martinho Correia, Centro. Funcionamento diário, das 9 às 18 h. Fone: (41) 3453-2790.

Mercado Municipal Brasílio Abud

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Jo

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Rua João Estevão, 18 - Centro Histórico. Funcionamento de terça-feira a sábado, das 7 às 18 h. Domingo e segunda-feira das 7 às 12 h. Fone (41) 3420-2924.

Construído em 2009, nas comemorações dos 361 anos da cidade, oferece boxes com artesanatos, frutas, hortaliças, grãos e especiarias no térreo enquanto no piso superior estão os restaurantes

na

im

Museu de Arqueologia e Etnologia

Rua General Carneiro (ou Rua da Praia), s/ nº - Centro Histórico. Funcionamento de terça-feira a sábado, das 7 às 18 h. Domingo e segunda-feira das 7 às 13 h. Fone (41) 3423-2892.

Mercado Mun. Nilton Abel de Lima

er

Construção de 1914, no estilo neorenascentista, já abrigou o antigo mercado de peixes, abastecido pelos pescadores da comunidade,

PARANAGUÁ

PARANAGUÁ aF

ão

Mercado do Artesanato

Foi construído em 1982, em homenagem ao ex-prefeito de Paranaguá. Possui boxes para venda de pescado, produtos hortifrutigranjeiros. Na entrada um painel do pintor Emir Roth.

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Jo

Pescados e frutos do mar frescos estão à disposição dos visitantes no mercado que é o ponto de referência da cultura dos pescadores no município. A vista

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Rua General Carneiro (ou Rua da Praia), s/ nº - Centro Histórico. Funcionamento de segunda-feira a sábado, das 9 às 18 h e domingo das 9 às 12 h.

Rua João Régis, s/ nº - Centro Histórico. Funcionamento de terça-feira a sábado, das 7 às 18 h. Domingo e segunda-feira das 7 às 12 h.

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Mercado de Pescadores

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Mercado de Pescadores

Construído nos estilos art-nouveau e classicismo, em meados do século XIX, e reformado no início do XX, o mercado era um ponto de degustação do café. Hoje é um centro gastronômico da cidade e oferece aos visitantes pratos típicos do litoral paranaense, como peixes, camarão, barreado e banana.

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Os visitantes do mercado encontram, além de artesanato e comida típica do litoral paranaense, uma vista privilegiada da Baía de Antonina. Revitalizado recentemente, quando foram mantidas as características da arquitetura predominante no casario da cidade, o local conta com dois restaurantes e está em frente ao trapiche, que também passou por uma reforma.

MATINHOS

com pratos típicos da região.

Mercado Municipal Nilton Abel de Lima

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Mercado Municipal do Café

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Mercado do Artesanato ia

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Mercado Municipal do Café

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quando funcionava sempre de madrugada e ao anoitecer. Em 1983, depois de uma reforma se tornou o mercado de artesanato típico do litoral.

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também é privilegiada. O mercado fica em frente à praia, em Matinhos.

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Mercado Municipal

ANTONINA

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Cada mercado apresenta uma característica da cultura do estado.

Ru An a Co tôn ns io . Pr ad

Antônuio More / Gazeta do Povo

agrícola e artesanal do litoral

exemplo, onde se localizam quatro estabelecimentos, o Mercado Municipal do Café – mais antigo do litoral e que hoje está em reforma – era o ponto de encontro dos parnanguaras. “Esses locais eram locais de abastecimento: todos os açougues, padarias e hortifrutigranjeiros se reuniam ali”, conta o tesoureiro e estudioso do Instituto Histórico Geo­ gráfico de Paranaguá, José Maria Fa­­ria de Freitas. Eram nos mercados que os moradores também ficavam sabendo de todas as notícias da cidade. Junto com os itens de gastronomia, os produtos que representam a cultura paranaense são carros-chefes dos mercados, como a cestaria indígena e a bala de banana.

Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Compras

Mercado Municipal Brasílio Abud Baía de Paranaguá


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Religião

O sumiço

cia policial da qual participaram o preso e até o prefeito da cidade, alguns deles foram encontrados”. A coroa da Virgem não apareceu, mas o resplendor do Menino Jesus teria sido achado nas proximidades da igreja. Um negociante da cidade confessou ter comprado o broche que prendia o manto da imagem e o entregou à polícia. Em 6 de março de 1949, coube ao arcebispo metropolitano dom Ático Euzébio da Rocha a missão de restabelecer a fé perdida pelos fiéis, tornando-se responsável pela entronização da nova imagem no altar da igreja do Rocio. Naquela data, depois de uma missa matutina na Catedral Metropolitana de Curitiba, a cópia da imagem saiu em procissão rumo à Estação Ferroviária, para embarcar em um trem especial, juntamente com autoridades e romeiros, até Paranaguá. No mesmo dia, inúmeros fiéis desceram a Serra do Mar pela rodovia.

comoção entre os parnanguaras

A

Retorno

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momentos de fé e

onio

resultaram em

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maioria dos parnangua­ ras ignora o fato de que a imagem da padroeira Nossa Senhora do Rocio, venerada há 62 anos no atual san­ tuário da santa, não é a original. O aparecimento desta se perde nas brumas do tempo e há pelo menos duas lendas de como ela foi encontrada, em histórias parecidas com tantas outras. Em 15 de dezembro de 1948, correu em Paranaguá a notícia de que a imagem tinha sido roubada. O fato foi publicado pela Gazeta do Povo, em manchete da primeira página do dia 16 : “Profanação da fé e do milagre”. Liderada por autoridades políticas, policiais e religiosas, toda a população lamentava a perda e rezava para que a santinha reaparecesse. No dia 19 de dezembro, o então prefeito João Eugênio Cominése ofereceu recompensa de dez mil cruzeiros a quem localizasse a imagem ou desse informações a seu respeito. No dia seguinte, um suspeito foi preso e, durante o interrogatório, confessou o roubo. Disse mais: que ao retirar a coroa da cabeça da santa – o único objeto de valor material, pois seria de ouro e poderia ter provocado a cobiça do criminoso – a imagem se estilhaçara em suas mãos. Os fragmentos teriam sido enterrados em terrenos baldios do bairro Vila Guarany, conforme registros feitos pelo médico Joaquim Tramujas, ex-vereador e ex-prefeito da cidade: “Em diligên-

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imagem da padroeira

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Rosy de Sá Cardoso

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Furto e depredação da

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da santa

Imagem atual de Nossa Senhora do Rocio, em exposição no Santuário da padroeira, em Paranaguá.

Conduzida pelo arcebispo em carro aberto, a imagem foi apresentada aos parnanguaras. O uso dos fragmentos da versão anterior na confecção da nova estátua ajudou a incutir junto à população a ideia de que não se tratava de colocar uma nova santa, mas, efetivamente, de receber a original, que voltava. “Eis a santa que voltou a reinar entre nós, independentemente dos percalços materiais que possam querer perturbar a sua trajetória de luz”, teria dito dom Ático, na ocasião. O médicohistoriador também registrou essa passagem: ainda durante a missa, “o episódio do roubo ficara para trás e, por ser de natureza policial, esquecido”. Tão esquecido que o opúsculo Nossa Senhora do Rocio – Breve história, de Monsenhor Vicente Vítola, desde a sua pri­ meira edição, publica­ da em 1954, passa pelo ano de 1948 ignorando o roubo. Na 5.ª edição, revi­ sada e ampliada em 1992, recorda algumas datas marianas memoráveis, a partir de 1942. A única referência a 1948 menciona a presença da imagem em Curi­tiba, vinda de Paranaguá, para presidir o Primeiro Congres­ so Mariano do Paraná.


litoral

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“Seus habitantes Rainha do Paraná recorreram aos favores da Em 11 de março de 1977, paranaenses Virgem do Rocio para que católicos enviaram carta à Sagrada para os os livrasse da terrível peste Congregação Sacramentos e o Culto Divino, com sede na que assolava o litoral.” Santa Sé, oficializando Relatos do historiador Vieira dos Santos, sobre o surgimento da imagem, em 1686.

Programação 11 dias de festa da Padroeira A festa de Nossa Senhora do Rocio chega à 198ª edição com intensa programação entre os dias 6 e 16 de novembro, em Paranaguá, e deve reunir mais de 500 mil pessoas. Como já é tradição na cidade, as homenagens acontecem em terra e pela água, com procissões motorizada, ciclística e marítima pela baía. O ponto alto das comemorações será dia 15 de novembro,

quando são esperados 100 mil fiéis na Procissão da Festa de Nossa Senhora do Rocio, também conhecida como procissão dos milagres, a partir das 16 horas. Diariamente serão realizadas missas e novenas em homenagem à santa, além de shows artísticos e culturais. A programação completa está disponível no site www.santuariodorocio.com.br ou pelo telefone (41) 3423-2020.

a solicitação da patronagem da Santa do Rocio sobre o Paraná. O pedido conjunto – e invulgar – de dois arcebispos e 22 bispos, além do governador e dos chefes dos poderes legislativos e judiciários do Paraná, foi atendido alguns meses depois. Em 30 de julho do mesmo ano, um breve apostólico assinado pelo cardeal João Villot, secretário de estado do Vaticano, em nome do Papa Paulo VI, foi enviado ao bispo da Diocese de Paranaguá. Nele, declaravase Nossa Senhora do Rosário do Rocio como Padroeira do Paraná, para o presente e o futuro, ad aeternum.

Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Menos divulgada, a outra história foi chamada de lenda das Rosas-Loucas. Diz-se que na região onde hoje é o santuário existiam viçosas touceiras de rosas, que f loresciam sempre em novembro. Eram chamadas de loucas pela facilidade com que se despetalavam, mesmo à mais suave brisa vinda do mar. Certa noite, ao largo com suas canoas, os pescadores viram um facho luminoso que, saindo do mar, descrevia uma curva e mergulhava nas moitas das perfumadas rosas. Acreditando num aviso divino que indicasse a existência

A mesma santa em várias imagens

Antonio Costa/Gazeta do Povo

Rosas-Loucas

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Galeria

Antonio Costa/Gazeta do Povo

ão são raras as imagens da Virgem Maria que aparecem sob águas de mar ou de rios. O mesmo aconteceu com Nossa Senhora do Rocio, devoção tão antiga que se perde no passado e é contada em pelo menos duas lendas. A história do Pai Berê diz que à beira da Baia de Paranaguá viviam humildes pescadores que do mar tiravam seu sustento. Certa vez, um deles, que seria índio ou africano, chamado Pai Berê, lançava sua rede e não conseguia recolhê-la com um só peixe que fosse, para mitigar a fome de seus f ilhos. Desesperado, suplicou aos céus que não o desamparasse e atirou a rede pela última vez. Ao puxá-la, sentiu um peso que o fez acreditar ter apanhado pelo menos um peixe. Espantado, verificou que

de algum tesouro enterrado, no dia seguinte foram às moitas das “rosas-loucas”. Lá, encontraram uma pequena imagem de Nossa Senhora, igualmente coberta de gotículas de orvalho. Embora as duas versões justifiquem o nome Rocio (sinônimo de orvalho) e os títulos Rosa Matutina e Estrela do Mar, com os quais é saudada em ladainhas, algumas fontes de pesquisa – inclusive o mestre Vieira dos Santos – citam ter sido a imagem encontrada na “costeira do Rossio da Vila”. De acordo com Vieira dos Santos, em 1686 (quando a vila tinha apenas 38 anos de funda­ ção), seus habitantes recorre­ ram “aos favores da Virgem do Rocio para que os livrasse da ter­ rível peste que assolava o lito­ ral”. Com base no relato do his­ toriador, o achado da imagem de Nossa Senhora do Rocio antece­ deu em algumas décadas o da Virgem Negra de Aparecida (a padroeira do Brasil), no vale do Rio Paraíba, ocorrido em 1717.

Antonio More/Gazeta do Povo

N

o recolhido das águas era uma pequena imagem de Nossa Senhora, medindo 20 ou 30 centímetros de altura, coberta de gotículas de água que brilhavam como pérolas. Levou-a para sua humilde choça onde, a partir daquele dia, os demais pescadores reuniram-se para rezar e agradecer, pois passaram a recolher muitos frutos do mar.

Roberto Custodio/Jornal de Londrina

Lendas relatam o encontro da imagem

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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Meio ambiente

Além da fauna nativa, animais de localidades distantes também visitam o litoral do estado Interatividade Você já fotografou algum animal que visita o litoral paranaense? Escreva para litoral@gazetadopovo.com.br

Priscila Forone / Gazeta do Povo

Pinguins na costa são sinais de que há muita poluição no mar ou que os animais estão com problemas.

Carolina Gabardo Belo, especial para a Gazeta do Povo

M

oradores e turistas que visitam as praias do estado ficam surpresos ao se deparar com golfinhos nas águas do litoral. O que poucos sabem é que estes animais, que são nativos da região, recebem durante todo o ano a companhia de outras espécies. São baleias, lobos e leõesmarinhos, botos e até mesmo pinguins que visitam o estado para descanso ou reprodução. As condições ambientais do litoral contribuem para a vinda da fauna visitante. “Temos uma diversidade absurda e que está conservada, o que é uma riqueza. Só não há divulgação e incentivo para que essas áreas sejam aproveitadas para o turismo, por exemplo”, afirma a bióloga Camila Domit, coordenadora do laboratório de Ecologia e Conser­vação de Mamíferos e Tartarugas Marinhas do Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mais de 15 diferentes espécies visitam o litoral a cada ano. A movimentação é tão grande que, entre os cetáceos, por exemplo, o estado registra 18 variedades, mas apenas três são residentes. A localização geográf ica da costa paranaense é outro fator que favorece a passagem dos animais. A região é inf luenciada pelas correntes oceânicas quentes e frias, oriundas do norte e do sul, respectivamente. Assim, se uma das duas correntes ganha mais força e vai além do habitual, as chances de visitantes que vêm de longe chegarem ao litoral do estado são maiores.

A presença destes animais causa estranheza à população local e veranistas. Porém, não há com que se preocupar. A maioria das espécies utiliza a praia ou as águas próximas da costa para um período de descanso. “É normal, por exemplo, as baleias francas usarem a área interna do estuárino. Elas entram para cuidar dos filhotes, pois reconhecem a área como protegida. Acontece que muitas pessoas tentam fazer com que elas voltem para o alto-mar”, explica Camila. O mesmo acontece com os lobos-marinhos. Em geral, indivíduos jovens, que pela imaturidade se perdem do grupo durante a busca de alimentos, utilizam as areias paranaenses para descansar e voltam sozinhos para o mar. Apenas os pinguins na praia representam um mau sinal. Eles só se aproximam da costa quando estão doentes ou mortos, muitas vezes vítimas de ações causadas pelo homem, como ingestão de lixo, machucados com linhas de pesca ou sujos de petróleo.

Ano do lobo Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, o inverno de 2011 foi marcado por uma grande visitação de lobos-marinhos, com cerca de 16 ocorrências. Além disso, poucos pinguins foram vistos nas praias e, consequentemente, eles deixaram de ser os visitantes que mais recebem tratamentos da equipe do centro de estudos, o que pode significar uma boa notícia. “Parece que neste ano o mar está menos poluído por óleo”, avalia e biólogo Ricardo Krul, responsável pelo Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do CEM. O contato com os humanos pode ser estressante para os animais. A recomendação é que a aproximação seja evitada ao máximo. Ao sentirem-se ameaçados, os bichos podem tentar se defender, tornando-se agressivos. Outra situação de risco é quando eles estão doentes, pois o contato pode levar à transmissão de doenças. “Não podemos nos esquecer que são animais silvestres”, alerta Camila. Os observadores também devem evitar fazer o transporte destes animais. O ideal é solicitar atendimento às secretarias municipais de meio ambiente.

Espécies Voluntariado Mesmo prestando atendimento a centenas de animais a cada ano – na última década foram mais de mil pinguins, por exemplo – a equipe que atende aos animais no Centro de Estudos do Mar passa por dificuldades financeiras. Sem recursos específicos para o trabalho, o Centro de Reabilitação

de Animais Marinhos depende do trabalho voluntário de seus integrantes. “Passamos por sérias dificuldades para prestar atendimento”, conta o biólogo Ricardo Krul. Sem infraestrutura adequada para receber os animais, a iniciativa depende de doações e rifas para angariar recursos.

Lobo-marinho subantártico Arctocephalus tropicalis. Os animais se deslocam do sul à procura de alimento e visitam o estado principalmente durante o inverno. Utilizam a praia para descanso.

Elefante marinho do sul Mirounga leonina. Já foram registradas três ocorrências no Paraná. A última foi em julho deste ano, em Guaraqueçaba, quando o animal utilizou o litoral para descansar e se alimentar.

Fotos: Laboratorio de Ecologia e Conservação_CEMUFPR

Recepção especial para visitas distantes

Bem perto

Golfinho de dentes rugosos Steno bredanensis. Espécie costeira que se desloca ao longo da costa brasileira à procura de alimento. Se aproximam bastante da costa paranaense.

Baleia franca do Hemisfério Sul Eubalaena australis. A incidência destes animais no litoral está aumentando nos últimos anos. Elas aparecem principalmente no inverno e encontram no litoral do estado uma região segura para cuidar dos filhotes. Serviço Centro de Estudos do Mar recebe informações 24h sobre animais que estão nas praias do Paraná: (41) 9854-3710


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História

Por onde o imperador esteve D. Pedro II visitou três municípios do litoral, mas pouco resta de

Antonio More/Gazeta do Povo

sua passagem

Palacete Visconde Nacar, antiga sede da Câmara Municipal de Antonina, onde o imperador ficou hospedado: edifício danificado e sem referências históricas.

Castro e Lapa. Na programação, inúmeras visitas a escolas, hospitais e repartições públicas, em que o imperador conferia a situação dos estabelecimentos. Suas impressões ficaram registradas em um diário, que foi publicado em forma de livro. “As casas das escolas que vi não são tão más. Das três professoras, só regia uma substituta. Os alunos que interroguei, por serem os melhores dos presentes, responderam muito bem”, descreveu uma de suas atividades em Paranaguá, no dia seguinte à sua chegada. Outro importante compromisso foi a visita às obras da estrada de ferro que liga a cidade portuária à Curitiba.

Carolina Gabardo Belo, especial para a Gazeta do Povo

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Nome Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga era o nome completo do segundo imperador do Brasil.

o dia 18 de maio de 1880, desembarcava em Paranaguá uma das comitivas mais importantes que a cidade recebeu. Nela estava o imperador Dom Pedro II que, junto com a sua família, percorreu as terras paranaenses. Além de conhecer a província mais nova do império, desmembrada de São Paulo em 1853, a visita também serviu para que o monarca visse de perto o desenvolvimento do território que ele emancipou. “O imperador sempre teve muito interesse pela província. Sua vinda ao Paraná tinha dois motivos principais: vistoriar as unidades militares do Sul do país depois da Guerra do Paraguai, encerrada anos antes, e visitar as colônias de imigrantes, que trouxeram as culturas típicas europeias, como a batata e o arroz”, explica o associado do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, Venceslau Muniz Filho. Além do local de embarque e desembarque da comitiva, o litoral também fez par-

Em Antonina, placa informa onde dom Pedro II passou.

te do roteiro de Dom Pedro no estado. Ao todo, ele permaneceu na região durante seis dias entre Morretes, Antonina e Paranaguá, de onde seguiu viagem no dia 5 de junho. A rota imperial também contemplou Curitiba, Campo Largo, Palmeira, Ponta Grossa,

Lembranças A passagem do imperador mobilizou todos os moradores das cidades onde ele esteve. As ruas foram enfeitadas e inúmeras festas aconteceram para comemorar a presença do monarca. “Das janelas e sacadas (...) pendiam lindas colchas e finos tapetes, dando uma aparência vistosa para a cidade. As ‘luminárias’ também faziam parte desse costume. Eram lanternas

e lamparinas coloridas penduradas nas fachadas das residências”, conta o historiador Manoel Viana, em seu livro História de um Príncipe. Momentos como este, no entanto, estão presentes apenas nas publicações que relatam a visita, atualmente pouco lembrada no litoral paranaense. Os prédios onde Dom Pedro II esteve, potenciais pontos turísticos da região, encontram-se agora em más condições e não registram este importante episódio da história do estado. Apenas a atual sede da prefeitura municipal de Antonina informa que o local abrigou a comitiva. A situação é diferente da encontrada no palacete de Visconde de Nacar (antiga sede da Câmara Municipal), onde o imperador ficou hospedado em Paranaguá. Além de não fazer nenhuma referência ao hóspede, o edifício está muito danificado. A Casa do Ipiranga, na Serra do Mar e em frente à estrada de ferro, também está abandonada e quase toda destruída. Já a casa que recebeu a comitiva em Morretes é particular, e não fica aberta para visitantes.


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litoral

Sexta-feira, 28 de soutubro de 2011

GAZETA DO POVO

Antônio More / Gazeta do Povo

Gastronomia

Carne cozida com caldo, acompanhado de banana e pirão quer disputar lugar na preferência do paladar do brasileiro.

Comida com sabor A de cultura

Carolina Gabardo Belo, especial para a Gazeta do Povo

Após conquistar os paranaenses, prato típico do litoral busca reconhecimento nacional

Conteúdo extra Veja o vídeo da preparação da receita no site www.gazetadopovo.

com.br/litoral

o lado do vatapá. Esta é a posição que o barreado pretende ocupar no reconhecimento nacional. O prato típico, que há tempos se tornou uma referência paranaense, busca fazer sucesso entre os sabores brasileiros. A mobilização já começou. A edição de 2012 do Guia 4 Rodas, que seleciona os principais estabelecimentos de hotelaria e gastronomia entre os destinos turísticos de todo o país, escolheu um restaurante de Paranaguá como o melhor do Brasil em sua especialidade, relação na qual constam nomes de chefs renomados. A publicação recomenda que, quando passarem pelo litoral do Paraná, os turistas experimentem a receita que dá nome à Casa do Barreado. Além do reconhecimento, a cozinheira regional Norma Santos Freitas, dona do restaurante, comemora a valorização da cultura local. “Estamos resgatando a nossa cultura, que acaba se perdendo”, afirma. Para seguir a tradição, Norma prepara a receita da mesma forma que era feita pelas famílias na década de 1950 – inclusive em sua casa, quando era criança. O destaque na mesa do brasileiro almejado pelos moradores do litoral pretende, ainda, evitar que se repita uma situação constrangedora que aconteceu durante as comemorações pelos 500 anos do descobrimento do Brasil. Durante

uma festa em Brasília, os presentes deixaram de apreciar as apresentações culturais logo após a performance baiana. O estado seguinte a se apresentar era o Paraná, com seu barreado e seu fandango. “Queremos colocar o barreado junto com os outros pratos do país e com o reconhecimento que merece. Este é o prato do nosso estado”, diz a cozinheira.

Da região É impossível definir uma cidade que seja considerada a “mãe” do barreado. O prato surgiu há mais de 200 anos, quando os moradores de vários sítios do litoral se reuniam para dançar fandango, dança típica caiçara, e o barreado era o prato principal durante os três dias de festa, que hoje correspondem ao carnaval. No restante do ano, as refeições eram à base de peixe. Os festejos aconteciam na região onde hoje se localizam os municípios de Antonina, Morretes e Paranaguá, sem uma demarcação exata de cada um deles. “Somos todos uma família só”, afirma Norma, referindo-se à proximidade histórica entre os três municípios. Ela ainda ressalta que a origem do prato não tem qualquer relação com a passagem dos tropeiros pelo estado. “Não existe nenhuma comprovação. Os relatos sobre tropeiros não dizem que eles levavam panelas de barro em suas viagens”, argumenta. O prato só começou a ser oferecido pelos restaurantes do litoral na década de 1970, sendo Morretes o primeiro a divulgar a receita.

Variações A preparação especial do barreado – em panelas de barro e com cozimento demorado – impossibilita que o prato seja feito em casa. Porém, a combinação da carne utilizada na receita tradicional com outros sabores cria novas opções de pratos. Um deles é o Cozido à Brasileira. O prato típico nacional ganha o toque paranaense com a banana da terra e o pirão Cozido à brasileira Ingredientes 2,5 kg de acém cortado em cubos 2 cebolas picadasa3 tomates picados 3 dentes de alho 1 maço de cheiro-verde ½ kg de linguiça calabresa ½ kg de costelinha defumada ½ kg de abóbora ½ kg de batata doce ½ kg de aipim 5 bananas da terra 3 maços de couve Meio repolho em folhas 1 chuchu 1 cenoura Sal e pimenta a gosto 3 tabletes de caldo de carne Farinha de mandioca Óleo de milho e azeite

Modo de fazer Tempere a carne com alho e sal. Depois de temperá-la, frite em uma panela já aquecida, até selar a carne. A sugestão de Norma é utilizar uma panela de ferro. Acrescente a cebola junto com o restante do alho e deixe dourar.

Quando a carne e a cebola já estiverem douradas, adicione o tomate e refogue até que ele dissolva. Em seguida, misture a linguiça, a costelinha e acrescente o caldo de carne dissolvido em um litro e meio de água. Cozinhe até a carne ficar macia. Em outra panela, cozinhe os legumes: adicione o aipim, a batata doce, a cenoura, o chuchu, a abóbora e deixe cozinhar. Por último, o repolho, a couve e a banana da terra. Os legumes devem ser cortados em pedaços grandes. Para o pirão, misture o caldo dos legumes cozidos e o caldo da carne em uma panela em fogo médio. Adicione a farinha de mandioca aos poucos, sempre mexendo. O ponto ideal do pirão é quase cremoso, sem deixar a mistura endurecer muito.

Montagem do prato Em uma travessa, coloque a carne, a costelinha e a linguiça. Acomode os legumes em pedaços e o pirão separadamente. Acompanha arroz branco e molho de pimenta. Rende oito porções.


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