Viver Bem Casa e Decoração Março

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abril de 2012 :: Nº 13 :: Ano 2

As luminárias que são puro design

casa & decoração

Prós e contras do drywall e da alvenaria

Clássico, contemporâneo, minimalista, retrô, oriental ou rústico. Que tipo de decoração combina mais com você?

O meu estilo




[hall próxima edição 3 de maio

[editorial

[índice

Ano 2, Milão & cia

P

rovavelmente, você, caro leitor, nem tenha percebido ao iniciar a leitura desta edição, mas uma mudança muito importante para nós está estampada na capa da Viver Bem Casa & Decoração: chegamos ao ano 2 da nossa revista. Mais do que nos dar muito orgulho, esta “virada de ano” serve como inspiração para aprimorar nossa publicação mensal e oferecer, cada vez mais, um conteúdo recheado de novidades – sempre, é claro, com enfoque local, nossa marca registrada. Como editor, não poderia ainda deixar de agradecer a toda a equipe da revista pelo esforço contínuo para garimpar novas matérias, buscar enfoques diferentes para temas consagrados e sempre estar pronta a cumprir novos desafios. E por falar em missões, lá vamos nós – pelo terceiro ano consecutivo – marcar presença no Salão de Milão, a maior mostra de design do mundo. A empreitada estará a cargo da editora on-line Flávia Alves, que embarca para a cidade italiana nos próximos dias. E prepare-se: todas as tendências em móveis e decoração apresentadas no evento estarão nas páginas da Casa & Decoração de maio. Mais novidades? Então, anote aí: a revista está preparando uma supercobertura da maior vitrine de decoração do Paraná, a Casa Cor 2012. Na edição de junho (que estratégicamente circulará no dia 31 de maio, véspera da abertura do evento), traremos as propostas de arquitetos e decoradores para ambientes residenciais e corporativos – sem falar nas entrevistas e matérias exclusivas que serão produzidas para a internet durante toda a mostra. Agora, no entanto, é hora de você voltar ao presente e fazer uma verdadeira incursão ao universo dos estilos de decoração, tema de capa da revista deste mês. Boa leitura! Roberto Couto viverbem@gazetadopovo.com.br

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GAZETA DO POVO

Viver Bem Casa & Decoração abril de 2012

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Pouco de tudo – Peças práticas e criativas

Capa – Seis estilos de decoração para o seu lar Ambientação contemporânea projetada pelo arquiteto Ivan Wodzinsky.

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Design – Luminárias-show para

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Construção – Tire sua dúvidas

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Bem-estar – O que você precisa

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Inspire-se – Casas gêmeas, por Gastão Lima

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Decoração – Espelhos e suas mil

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Sala de estar – O estilo plural

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Paisagismo – Árvores dentro e

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Toque final – O passo a passo

ambientes especiais

sobre drywall e alvenaria

saber para fazer um spa em casa

e uma utilidades

de Sig Bergamin

fora de casa

de um móbile


[na internet O Viver Bem Casa & Decoração está também nas redes sociais! Siga-nos no Twitter (@gpviverbem) e curta nossa página no Facebook (www.facebook.com.br/gpviverbem)

Reprodução

um aperitivo da Casa Cor

A Casa Cor Paraná abre suas portas para o público no dia 1.° de junho, mas a Viver Bem Casa & Decoração já está acompanhando a evolução das obras. Você sabe como são projetados os ambientes que, depois de prontos, atraem a atenção de milhares de pessoas? Para mostrar como é este processo de criação e execução, conversamos com o arquiteto Eduardo Mourão, que participa do evento desde a sua primeira edição e foi responsável por vários projetos de sucesso. Desta vez, Mourão assina a Cozinha Outdoor que vai abrigar o espaço Bom Goumet, da Gazeta do Povo. Criado para receber pessoas, o ambiente é intimista, mas sem abrir mão da inovação. Assista ao vídeo no site (www.gazetadopovo.com.br/viverbem) e saiba mais sobre o que ele está preparando para esta edição.

Expediente A revista Viver Bem Casa & Decoração é uma publicação da Editora Gazeta do Povo. Diretora de Redação: Maria Sandra Gonçalves. Edito­ra Execu­tiva: Andréa Sorgenfrei. Editor: Roberto Couto. Editora Assistente: Larissa Jedyn. Editora Assistente Web: Flávia Alves. Edito­r Execu­tivo de Imagem: Marcos Tavares. Edito­ res de Arte: Acir Nadolny e Dino R. Pezzole. Projeto Gráfico: Dino R. Pezzole, Joana dos Anjos e Marcos Tavares. Diagramação: Joana dos Anjos e Allan Reis. Tratamento de Imagem: Camily Marques dos Santos, Mauro Cichon e Marcos Navarro. Capa/foto: Leticia Akemi. Tratamento de imagem da capa: Allan Reis. Re­da­ção: (41) 3321-5941. Fax: (41) 3321-5472. Co­­mer­­cial: (41) 3321-5904. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: viverbem@gazetadopovo.com.br Site: www.gazetadopovo.com.br/viverbem Endereço: R. Pedro Ivo, 459. Curitiba-PR. CEP: 80.010-020. Impressão e acabamento: Gráfica Editora Posigraf. Não pode ser vendido separadamente.


[pouco de tudo Belos e funcionais [4] [3] Eles são práticos e fashion. Otimize o ambiente com produtos que, além de úteis, servem para decorar a casa

[2]

[1] 1 – Sem espaço para guardar as coisas? Este pufe é também um

4 – Acredite, isto é uma esponja de lavar louças. Ela vem com

baú e está disponível em diversos tamanhos e padronagens. Da Mundo Puff, R$ 389. 2 – O ímã de geladeira, em formato de pinguim, além de enfeitar é um painel de recados. Da House & Gifts, R$ 39. 3 – Eles estão ali para dar suporte aos livros e, claro, para deixar o ambiente menos formal. Os aparadores de livros podem ser encontrados na forma de gatos ou cachorros. Da Lou Papeterie, R$ 110 (o par).

um reservatório para detergente, que libera o produto quando você aperta um botão. Da Spicy, R$ 38. 5 – Relógio de cozinha é indispensável. Então, escolha um que tenha estilo. Este é divertido e tem tudo a ver com o ambiente. Da House & Gifts, R$ 189. 6 – O porta-chaves na forma de tomada é uma opção criativa e tem dupla função: serve também como chaveiro. Da House & Gifts, R$ 21.

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Fot os: Fel e D iv ulga ipe Rosa/G azeta do Povo ção

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7 – Almofadas ou bandejas? Os dois! Superpráticas e em várias estampas. Da Ponto de Equilíbrio, R$ 139. Serviço Ponto de Equilíbrio, Shopping Novo Batel, loja 6, fone (41) 3014-3977. Mundo Puff, Avenida Manoel Ribas, 3.592, Santa Felicidade, fone (41) 3024-5450. Lou Papeterie, Al. Pres. Taunay, 251, fone (41) 3024-0251. Spicy, shoppings Crystal e ParkShoppingBarigüi. House & Gifts, venda pelo site www.housemania.com.br.


[capa

Assim é qu eu gosto

No projeto de uma casa em estilo contemporâneo, o arquiteto Ivan Wodzinsky priorizou móveis de linhas retas, cores naturais e obras de arte modernas.


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Decorar um ambiente não é tão fácil quanto parece. Ainda mais quando temos tantas opções de decoração. Para ajudar quem pretende encarar a missão de dar nova vida a um espaço, ouvimos vários especialistas – entre decoradores e arquitetos – para desvendar as particularidades dos seis principais estilos: contemporâneo, clássico, retrô/kitsch, oriental, rústico e minimalista. A seguir, um raio X de cada uma dessas escolas Marina Fabri

Contemporâneo O ambiente contemporâneo é acolhedor, prático e, ao mesmo tempo, sofisticado e de muita personalidade. Pode ser tudo, menos um estilo frio. “Uma característica desses ambientes é o uso de cores neutras, como beges, marrons e cinzas – isso porque são essas as cores naturais dos materiais usados, como madeira e mármore”, explica o arquiteto Ivan Wodzinsky. Ele projetou uma casa toda com linhas simples, gesso sem detalhes, pé direito alto e bastante interação entre as áreas interna e externa, por meio de portas amplas. “Para fazer uma casa contemporânea, usamos toda a tecnologia disponível no mercado – a questão da interligação entre as áreas interna e externa é importante, porque diz muito sobre a dinâmica de uma família moderna. Toda a residência é pensada de forma a facilitar o encontro entre as pessoas, sem deixar de ser aconchegante”, acrescenta o arquiteto Gustavo Pinto. Para ele, projetos nessa linha podem abusar dos desenhos geométricos e uso de materiais como porcelanato, mármore, concreto e tijolos aparentes, madeira e gesso.


O apartamento feito pela arquiteta Viviane Loyola tem como base as cores neutras, com detalhes em madeira escura.

Clássico Esta escola tem sua origem nas arquiteturas grega e romana, com suas formas requintadas e nobres. E se a pessoa tem um objeto ou móvel herdado de família, cujo estilo resiste à ação dos anos, é provável que a peça se enquadre em um ambiente clássico. “Os projetos com uma linha mais clássica também têm bastante simetria. Se de um lado da sala temos um abajur, normalmente isso é equilibrado com um abajur do outro lado”, explica a arquiteta Calina Mussi. Entre os elementos mais característicos, estão móveis mais volumosos, como as poltronas que fazem parte do projeto de Calina, que pertenciam à família que mora no apartamento, além de cortinas com xales mais encorpados e em tecidos como chenilles e veludos. “Mesmo se estou projetando um ambiente mais contemporâneo, não hesito em colocar um toque clássico neles. Acredito que isso garante um equilíbrio, que faz com que o resultado fique moderno, sem ser impessoal”, diz a arquiteta Viviane Loyola. Ela assina um ambiente que foi construído em função de um único objeto: um lustre de cristal que já fazia parte do acervo da família.


O clássico, em geral, inclui objetos de decoração e móveis herdados de família, como no ambiente criado pela arquiteta Calina Mussi.

Minimalista Quem quer uma casa ou ambiente extremamente funcional, mas que ao mesmo tempo tenha personalidade, pode apostar no minimalismo. “Fazer um projeto desse estilo é sempre muito desafiador, porque corre-se o risco de deixar o ambiente simplório – o que é bem diferente de minimalista”, explica o arquiteto Ivan Wodzinsky. Em seu projeto, ele usou poucos móveis – apenas o estritamente necessário –, sendo a grande maioria deles na cor branca. “Como o objetivo era projetar uma casa que fosse prática e elegante, foram usados materiais de qualidade, como madeira, vidro e laca branca. Esse é o diferencial do minimalismo. Além disso, esta proposta permite brincar com texturas, como acontece com o papel de parede, que também é branco, mas deixa o ambiente mais interessante”, explica. O branco, porém, não é obrigatório no conjunto total da obra. É possível, também, adicionar elementos de decoração em cores fortes, como um vaso vermelho ou azul Klein, por exemplo, justamente para criar um contraste com o restante do ambiente.

Fotos/Leticia Akemi/Gazeta do Povo

O branco e a luz natural são as linhas mestras da residência minimalista projetada por Ivan Wodzinsky.


Um antigo moinho, em Almirante Tamandaré, foi transformado em casa rústica pelo arquiteto Gustavo Pinto. O contraponto da decoração são os móveis coloridos.

O apartamento retrô/kitsch projetado pela dupla de arquitetos Giovana Kimak e André Largura mistura cores fortes e neutras e traz poucos móveis projetados.

video Acompanhe as dicas de profissionais no

Walter Morgenthaler/Divulgação

Rústico A atmosfera pode lembrar a de uma fazenda. Mas não se engane: um ambiente ou uma casa rústica moderna vai muito além disso. “Fiz um projeto de revitalização de um antigo moinho em Almirante Tamandaré, que foi transformado em uma residência. Para isso, várias estruturas em madeira, como os pisos e escadas, foram mantidas intactas, mas outras estruturas mais modernas foram adicionadas, como drywall e cabos de aço nos corrimãos”, explica o arquiteto Gustavo Pinto. Quando o ambiente já é rústico, o projeto deve valorizar a estrutura original, salienta ele. A madeira, por outro lado, sempre é destaque numa decoração desse tipo. “Em especial as de demolição”, salienta a arquiteta Sabrina Bottarelli, que executou projetos nesse estilo com a sócia Marina Canhadas. Entre os tecidos, os que mais combinam são chenille e linho, além do couro, que são bonitos e resistentes. Para ajudar a equilibrar o ambiente, uma boa alternativa são objetos de decoração em vidro e pedra – evitando, no entanto, materiais muito delicados, como cristal, por exemplo.

Roger Dipold/Divulgação

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Retrô/kitsch

Oriental

Cores fortes como o amarelo e o roxo, mistura de objetos de decoração materiais mais nobres com objetos de família e mesmo com artigos mais baratos. Assim é o apar­tamento com decoração retrô/kitsch proje­tado por Giovana Kimak e André Largura, do Studio Ambienta. “Podemos definir o retrô como uma releitura dos móveis de época, o que não significa que há obri­ gatoriedade em usar objetos originá­rios desse período”, explica Giovana. No caso do apartamento que ilustra este estilo, a mesa e as cadeiras da sala lembram peças dos anos 1950, mas são novas. A radiola, por outro lado, é uma herança de família de um dos moradores.

Um lugar feito especialmente para relaxar, meditar e contemplar a natureza foi a proposta da área externa oriental projetada pelo arquiteto Luiz Maganhoto e o decorador Daniel Casagrande, em uma fazenda em Palmeira, na região dos Campos Gerais. Como a arquitetura inspirada na Ásia é repleta de cores fortes,

A radiola antiga forma uma bela composição com a cortina de fios de seda.

como o vermelho, é importante buscar o equilíbrio na hora de compor um ambiente, de forma que ele transmita calma e tranquilidade. Para o projeto, foram usados tecidos estampados vermelhos e esculturas balinesas. O mobiliário é feito de fibras sintéticas e naturais, além de

madeira Teka.

Serviço

Detalhes em vermelho e esculturas balinesas reforçam o estilo oriental à área externa da casa de fazenda, em Palmeira (PR), projetada pelo arquiteto Luiz Maganhoto e pelo decorador Daniel Casagrande.

Calina Mussi, (41) 3014-5261 e www.calinamussi.com.br. Gustavo Pinto, (41) 3015-7494 e www. gparquitetura.com.br. Ivan Wodzinsky, (41) 3027-6854 e www.ivanwodzinsky.com. br. Luiz Maganhoto e Daniel Casagrande, (41) 3339-3538 e www.maganhoto.arq.br. Sabrina Bottarelli e Marina Canhadas, (41) 3076-0972 e www. canhadasbottarelli.com.br. Studio Ambienta, (41) 3222-7407 e studioambienta.com.br. Viviane Loyola, (41) 3079-3702 e www.vivianeloyola.arq.br.


[design

Joias iluminadas Pendente KS

Elas têm formas ousadas, são premiadas e completam o ambiente com personalidade. Conheça cinco luminárias pendentes selecionadas por profissionais de decoração e arquitetura de Curitiba Renata Sguissardi Rosa, especial para a Gazeta do Povo

Luminária Gló Considerada um elemento de iluminação escultural, a luminária foi criada pelo designer italiano Danielo de Rossi e é fabricada pela italiana Leucos. Feita de vidro murano, a Gló está disponível em quatro cores. “Esta peça representa o tipo de arquitetura que eu gosto bastante de fazer, pois mescla funcionalidade com design e pode ser utilizada em salas, livings e hall. É moderna e torna-se uma peça de design no ambiente, marcando a decoração,” assinala a arquiteta Carla Kiss.

Onde encontrar Ideally, Rua General Aristides Athayde Junior, 54 Champagnat, fone (41) 3339-1525. Preço: R$ 8,4 mil.

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Assinado pelos arquitetos espanhóis Maricilda Girardi e Alejandro Ortiz Sáinz, a luminária leva este nome por ser uma homenagem à arquiteta japonesa Kazuyo Sejima. Pode ser encontrada em cores como preto, branco e imbuia. Não há preocupação com o pé direito por ser regulável. “A KS é despojada, contemporânea, perfeita para mesas de jantar. Sua forma permite jogar com a criatividade e a leveza do lúdico no ambiente, proporcionando ao mesmo tempo um toque bastante atual”, explicam Ana Flavia Nassar e Ellen Chaves Marques, da Due Arquitetura.

Onde encontrar Grey House Iluminação, Rua Noel Rosa, 61 Champagnat, fone (41) 3336-4159. Preço: R$ 2,5 mil.


Fotos/Divulgação

Zeppelin

Cognac Feita em metal cromado e vidro Cognac, a luminária da Mantra destaca-se em qualquer ambiente, seja moderno, clássico ou totalmente clean. “Pode ser usada numa sala de jantar, em um hall de entrada ou simplesmente sozinha, no alto de uma escada. Pela sua tonalidade, ela combina com diversos tipos de decoração”, indicam as arquitetas Flavia Meyer e Priscila Gabrielly.

85 Lamps Criada pelo designer holandês Rody Graumans para a Droog Design, a peça é moderna e ousada e usa somente o necessário para criar a luz: lâmpadas, fios e conectores (são 85 lâmpadas feitas de 85 fios, daí o nome). “Este pendente pode ser usado em cima de mesas de jantar ou de canto. Adapta-se perfeitamente em estilos retrô ou contemporâneo e deixa o ambiente com uma personalidade ímpar”, afirma a arquiteta Renata Mueller.

61 Champagnat, fone (41) 3336-4159. Preço: R$ 7.246.

Onde encontrar Interpam Iluminação, Av Batel, 1.750,

Onde encontrar Grey House Iluminação, Rua Noel Rosa,

É mais uma peça inusitada no portfólio do designer holandês Marcel Wanders. Um grande casulo branco guarda várias lâmpadas com luz difusa e um globo de cristal facetado fica estrategicamente posicionado, no centro da luminária, para criar um efeito de brilho. A estrutura é toda em aço eletrosoldado. “É uma releitura dos antigos candelabros, com um toque de autenticidade e ousadia. Esta obra de design mundialmente reconhecida pode facilmente compor ambientes comerciais, como restaurantes e bares”, observa a arquiteta Márcia Helena Guimarães.

fone (41) 3342-6952. Preço: 24.780.

Onde encontrar Decameron Design, Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2.136, São Paulo (SP), fone (11) 3097-9344. Preço: R$ 33.965.

mais opções Confira outras peças selecionadas no

www.gazetadopovo.com.br/viverbem

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[construção

Drywall ou alvenaria?

Drywall: construção mais rápida e limpa são algumas das vantagens do material.

Essa tem sido uma dúvida muito comum na hora de se fazer a divisão interna da casa. Conheça os prós e os contras dos dois sistemas Érika Busani :: Vantagens e desvantagens há para os dois lados. Os defensores da pare­ de de gesso acartonado – mais conhecida como drywall – listam a leveza, a menor espessura, a rápida execução, a facilidade de reparos na rede elétrica e hidráulica e a menor quantidade de entulhos gerada. Os que preferem a alvenaria, por outro lado, destacam a solidez, a resistên­

cia e o isolamento acústico da pare­ de convencional. O processo construtivo da alvena­ ria é bastante conhecido: tijolos ou blocos de concreto são assentados com argamassa. A parede então deve ser chapiscada e recebe o rebo­ co. Entre cada uma das etapas, é pre­ ciso esperar secar. Depois ainda é necessário nivelar e fazer o acaba­ mento. No drywall, por sua vez, são montados esqueletos metálicos com perfis horizontais e verticais e esses quadros são revestidos com placas

de gesso acartonadas. “O tempo de execução é cerca de um quinto. É possível dividir um ambiente em dois dias. Se for usada alvenaria, levaria cerca de uma semana”, com­ para o engenheiro Carlos Roberto de Luca, gerente técnico da Associação Brasileira do Drywall.

Preferência Muitas construtoras de edifícios têm preferido o gesso, mas na construção de residências a alvenaria ainda é a mais usada. Como o drywall é leve,

Diferenças Saiba mais sobre os dois sistemas construtivos:

Canos e fiação

Reforma

Ambos podem ser passados pela parede de drywall antes de seu fechamento. Na alvenaria, ela é construída e depois quebrada. No caso de reparos, o drywall leva vantagem: com uma serra de ponta, abre-se uma “janela” e se recompõe o gesso após o trabalho.

No caso de se colocar uma nova parede em um ambiente pronto, o drywall leva vantagem pela rapidez e limpeza na instalação.

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Mão de obra A colocação de drywall necessita de profissional especializado, que

é treinado por uma das empresas fabricantes do sistema.

Conforto acústico Para melhorar o “toc toc” característico do gesso e seu isolamento acústico, é preciso colocar uma lã mineral entre as placas, dentro da parede. A


Fotos/Divulgação

Alvenaria: ainda a preferida para construir residências, pela solidez e resistência.

mesmo que se opte por ele é necessá­ rio que as paredes estruturais sejam de alvenaria. “As obras ainda são muito convencionais, a vantagem da rapidez se dilui. O cronograma da obra é extenso, não há problema de encaixar o tempo de execução da alvenaria”, opina o arquiteto Cristia­ no Moro Réboli, da RMJ Arquitetura. Ele prefere a forma convencional na construção de residências, pela dife­ rença de preço. “É cerca de 15 a 20% mais barato.” Os clientes, afirma, também gostam mais. “É uma ques­

tão cultural, pela solidez da obra. E o drywall é menos prático no uso. Para fixar móveis e objetos mais pesados, é preciso planejar antes” (leia box).

Tempo O arquiteto Oscar Mueller, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), prefere o uso do drywall nas paredes não estruturais. “O tempo de construção hoje deve ser reduzido ao máximo. Além disso, com a alvenaria tem o problema eco­ lógico da perda de material”, diz.

alvenaria, naturalmente, oferece melhor isolamento de barulhos.

Fixação de objetos Para peças mais leves, usa-se uma bucha especial no drywall. Objetos mais pesados, como tevês e estantes, precisam ser

planejados durante a obra para se colocar um reforço no local (barras de aço verticais) em que serão fixadas.


[bem-estar

varanda ou na cobertura com vista para a cidade. Tudo o que você precisa saber antes de planejar um cantinho de relaxamento na residência Daniel Batistella, especial para a Gazeta do Povo :: Ter um spa dentro – ou fora – de casa pode ser um jeito bem gostoso de fugir do estresse do dia a dia, rela­ xar e cuidar da beleza. Mas antes é preciso decidir onde construir esse refúgio de bem-estar e avaliar a estrutura da casa. A dupla de arqui­ tetas Flávia e Roberta Bonet explica que, se ele for colocado na área externa, pode servir como anexo da piscina e do jardim da casa. E, se for instalado do lado de dentro da resi­

dência, pode ficar conjugado ao banheiro, colocado em uma varan­ da ou em algum lugar planejado para isso. Outra opção para a instalação são as coberturas: “Nelas, o spa não requer muito espaço nem estrutu­ ra, diferentemente de uma pisci­ na”, explicam. Porém, um detalhe é importante para quem for instalálo em uma área externa: o clima. “Para cidades como Curitiba, é sem­ pre interessante usá-lo com algum tipo de cobertura. O ideal é uma de vidro, de preferência retrátil”, indi­ ca a arquiteta Renata Pisani. Caso não exista uma área grande para a instalação, pode ser feita uma oti­ mização do espaço, com a opção de se instalar pequenos ofurôs no box do banheiro. Para completar o conceito de spa, é importante pensar no restante da arquitetura e da decoração da resi­ dência, para que se possa planejar o ambiente escolhido com um tama­ nho certo – para facilitar a circula­ ção – e boa estrutura (como ques­

tões elétricas e hidráulicas). “Outro item essencial para a harmonização dos espaços é o paisagismo, pois é ele quem vai integrar os espaços”, explicam Flávia e Roberta Bonet, que sugerem vasos de plantas, almo­ fadas, tapetes e velas ou abajures para criar uma atmosfera mais rela­ xante.

A casa dos anos 1980 recebeu o spa, de 85 metros quadrados, ao lado da academia e da piscina. O projeto é de Flávia e Roberta Bonet.

Fotos: divulgação

Spa junto do banheiro, na

Daniel Sorrentino/Divulgação

Refúgio dentro de casa


Paredes derrubadas para integrar o spa com a churrasqueira e home theater, no projeto de Renata Pisani.

Infraestrutura Antes de construir, é preciso ter cui­ dado com o local onde ele será insta­ lado. Se estiver em uma cobertura ou apoiado em alguma laje, é necessário consultar um engenheiro ou a cons­ trutora. “Quando ele estiver cheio de água, a laje sofrerá uma sobrecarga e é preciso ter certeza de que suporte”,

O spa projetado por Marcia Helena Guimarães fica ao lado da suíte master e se integra com a churrasqueira gourmet o jardim aberto.

comentam Flávia e Roberta Bonet. Caso seja colocado em um gramado, é necessário preparar um base nive­ lada de concreto. Passando por essa fase, deve-se planejar a parte elétrica para o motor, com um dijuntor específico para ele, bem como a parte hidráulica, com as entradas de água quente e fria e a saí­ da de esgoto, diz Pisani. A escolha do material a ser usado no deque deve ser de preferência natural e que não lembre o ambiente urbano, sem se esquecer de colocar um piso antiderrapante para a segu­ rança. Outros elementos, como a ilu­ minação, devem ser previstos ainda no projeto. Para a arquiteta Marcia Helena Guimarães, a iluminação é importante para intensificar a sensa­ ção de relaxamento e pode também ter a função cromoterápica (terapia por meio de luzes coloridas). Serviço Flávia e Roberta Bonet, (41) 3045-2141 e www.bonetarquitetura.com.br. Marcia Helena

Novidades

Tecnologia e sustentabilidade A nova geração de spas tem diversos atributos, e é possível escolher um que atenda às neces­ sidades, como quantidade e tipos de jatos, cromoterapia, duchas acopladas, encostos de cabeça, sonorização ambiente (que pode ser integrada com um sistema de home theater), massageadores. Uma alternativa de relaxa­ mento prática e ecologicamente correta é um spa feito de material totalmente reciclável e fabricado em corpo único – sem emendas. Sua instalação dispensa obras hidráulicas e elétricas, sendo necessária apenas uma tomada e um ponto de água comum para seu funcionamento.

Guimarães, (41) 3376-8156. Renata Pisani, (41) 3236-1157 e www.rparquitetura.com.br.

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[inspire-se

Almas gêmeas Paisagismo Na área externa comum, o arquiteto privilegiou plantas baixas, por requererem pouca manutenção, privilegiarem a insolação e a ventilação de ambas as casas. Para compor o paisagismo, foram escolhidas plantas que não perdem as folhas no inverno.

Gastão Lima projeta duas residências com arquitetura contemporânea Daniel Batistella, especial para a Gazeta do Povo

Piscina A piscina de 15 metros de comprimento, comum para as duas moradias, foi rodeada por uma tela de proteção por causa das crianças. O material foi escolhido para que a visão da piscina não fosse prejudicada.

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Numa área de 5 mil metros quadrados, arquiteto

:: O desafio não foi pequeno: projetar, num mesmo ter­ reno, duas residências de arquitetura contemporânea com uma imensa área de lazer comum. E o arquiteto Gastão Lima cumpriu plenamente o pedido de duas irmãs para casas “gêmeas” em uma área de 5 mil metros quadrados, próxima ao Parque São Lourenço, em Curitiba. O projeto contempla ainda o uso de muita madeira, tijolinhos à vista, esquadrias com isolamento térmico e acústico e preservação (e valorização) de um bosque de 2,5 mil metros quadrados.

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Fotos: Leticia Akemi/Gazeta do Povo

Living Na casa 1, o térreo e o primeiro andar foram integrados com uma faixa revestida em arenito e passam uma sensação de verticalidade para quem observa o ambiente. O arquiteto também valorizou a sala com obras de arte que se integram com o mobiliário, dão um ar de informalidade e buscam uma leitura harmônica e cromática do espaço. O tapete e a mesa redonda deixam o espaço mais agradável e permitem uma melhor circulação.

Gourmeteria O espaço comum às duas residências para receber os amigos é composto de cozinha, churrasqueira, forno a lenha e vestiário para a piscina, além de usar madeira de demolição e cores neutras monocromáticas. Do balcão, é possível ver todo o salão e a piscina, que é aquecida. GAZETA DO POVO

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Área de café O espaço junto à cozinha na casa 1 recebeu painel de madeira maciça na parede, mesmo material aplicado no balcão para dar a sensação de continuidade. O chão, em granito, foi escolhido por ser asséptico, nobre e resistente. As duas portas de correr, em vidro, integram o espaço diretamente com o jardim e recebem a luz natural pela manhã.

Fotos: Leticia Akemi/Gazeta do Povo

Quarto do casal Na suíte principal da casa 1, o branco e a madeira reinam absolutos. Uma confortável poltrona Recamier clássica é destaque na decoração. O ambiente ainda traz uma estação de trabalho junto ao móvel que recebe o aparelho de tevê.

Estar e jantar Os dois espaços da casa 2 trazem a harmonia de cores que norteia toda a composição da decoração interna. No mobiliário e piso, a madeira é destaque. Junto à sala de jantar, uma escada, “leve e solta”, integra os dois pavimentos.


Perfil

Aposta no contemporâneo Gastão Lima é responsável por mais de 600 obras residenciais e comerciais em todo país, todas caracterizadas pelo estilo contemporâneo, que é a sua marca registrada. Atualmente, o arquiteto foca seu trabalho, principalmente, no desenvolvimento de espaços gastronômicos e de entretenimento, mas sempre abre sua agenda para executar projetos de moradias.

outros ambientes Conheça mais espaços das casas gêmeas no

www.gazetadopovo.com.br/viverbem

Quarto do bebê No quarto do bebê da casa 2, tons amarelos e brancos conferem alegria ao ambiente. A barra branca laqueada (acabamento) na parede dá leveza e contorna todo o quarto, formando uma bela composição com a cortina, poltrona e trocador. Brinquedos decoram com alegria.


[decoração

Espelhos conferem amplitude aos ambientes.

Espaços multiplicados De diferentes tamanhos e desenhos, espelhos se encarregam de preencher paredes, ampliar ambientes e refletir a luz Natalia Núñez, especial para Gazeta do Povo ::Os espelhos são sempre um dife­ rencial na decoração. Além de pro­ porcionar uma sensação de ampli­ tude, eles dão um toque de sofistica­ ção aos ambientes, ref letindo com 24 GAZETA DO POVO

charme a iluminação e o estilo dos moradores. E é possível dar uma nova cara ao local, apenas mudando a posição de uma peça. Segundo a arquiteta Mariana Stockler, os espelhos conseguem tirar o peso da alvenaria. “O ideal é revestir de espelho as paredes que gostaríamos que não existissem, pois o objeto incorpora leveza ao ambien­ te”, orienta. Em locais estreitos, como corredores, fica interessante usar peças dispostas em uma das paredes laterais, para dar um efeito de maior espaço, completa a arquite­ ta Fernanda Borio. Nos lavabos, que normalmente têm área reduzida, a arquiteta Claudia Pereira sugere trabalhar

Viver Bem Casa & Decoração março de 2012

uma parede com fundo inteiro de espelho e uma sobreposição de espe­ lhos com moldura. “Fica ótimo e dá uma sensação de amplitude”, justifi­ ca. Na hora da instalação, observa ela, é importante ter uma boa base para que o espelho não oxide com a cola ou umidade. Para os quartos e closets, que normalmente têm neces­ sidade de muitos armários, Claudia ensina um truque que ajuda a man­ ter a sensação de amplitude do local: “Espelhar as portas”. Um espelho pode ainda passar a sensação de existir mais uma janela quando pendurado diretamente em frente a uma já existente. Isso cria efeitos de multiplicação de luz e cla­ reamento de áreas escuras, explica


Saiba mais Confira abaixo dicas sobre como usar os espelhos na decoração

Não existe altura ideal para os espelhos. O importante é que não cortem a cabeça de quem está olhando para eles. A largura depende do efeito que se quer criar. Se for de amplitude, recomenda-se ocupar a largura total de uma parede. O espelho pode ficar a 90 cm ou a 1 m do chão. Se for só efeito decorativo, não há regra. Mas nem sempre eles precisam ter uma altura coerente com a altura das pessoas. Peças pequenas podem ser usadas para valorizar a iluminação ou dar destaque a um objeto específico, como uma escultura, vaso ou enfeite.

panos macios para limpeza, para não riscar, garantem seu brilho e beleza. Colocar espelhos e quadros na mesma •parede pode dar um efeito interessante, já que a composição ganha movimento. O importante é que a peça não conflite com os quadros nem tenha uma moldura que fique muito mais aparente que os demais. feitos com miniespelhos •dãoMóbiles movimento, rebatem a luz e proporcionam um charme a mais à decoração.

sistemas de anti-embaçamento •paraExistem espelhos de banheiro, que por conta do

Espelhos em espaços onde bate muita luz •podem incomodar mais do que enfeitar. Evite

vapor podem ser muito úteis. Usar sempre

a incidência direta do sol.

Portas de guarda-roupas podem também receber espelhos.

Fotos: Leticia Akemi/Gazeta do Povo

Mariana Stockler. “Mas, se a ideia é iluminar, cuidado com o uso do espe­ lho fumê. Ele pode ser uma opção, mas não na mesma quantidade do espelho cristal, por tornar o ambiente mais escuro”, alerta.

Up grade Fernanda Borio lembra também que espelhos ajudam a dar um ar mais sofisticado ao espaço. “Uma dica é optar por objetos mais trabalhados, como os espelhos venezianos. Quando for uma peça maior, com uma moldu­

ra bonita, deixe-a encostada no chão, para ganhar imponência”, acrescenta. Objetos feitos em espelho combinam com quase todos os ambientes. “É pos­ sível criar um centro de mesa elegante, com espelho no meio da mesa, para fazer a composição com os outros móveis e objetos de decoração”, sugere Mariana Stockler. Serviço Claudia Pereira, (41) 3323-6451 e www.claudia.arq. br. Fernanda Borio & Mariana Stockler, (41) 323278790 e www.boriostockler.com.br


[sala de estar

O “multi-Sig” Renomado decorador e arquiteto, Sig Bergamin é dado às misturas. De preferência, àquelas que nunca ninguém tenha tentado antes. O resultado é uma linha de trabalho reconhecida e superbadalada Da Redação :: Sig Bergamin é eclético. Gosta da sua terra, fez até um livro sobre o Brasil, mas, se pudesse, pelo menos uma vez por mês, estaria com o pé na estrada. As influências desses lugares, mistura­ das, dão origem aos seus projetos, colo­ ridos, multifacetados e plurais. O deco­ rador e arquiteto não segue modas, mas gosta de estilos. Os mais variados.

Você é conhecido por misturar cores e estilos nos seus projetos. Como fazer isso sem que o resultado fique carregado? Correndo o risco. Gosto de fazer misturas que nunca ninguém tentou antes e fazer uma coisa nova.

A casa ter a cara do dono é a premissa de um projeto? Divulgação

Sim. A casa de alguém não pode se parecer com outra pessoa que não seu dono.

Gosto de casas descontraídas, de estilos misturados.

Perfil De onde é: Mirassol (SP) Onde vive: São Paulo. Qual sua principal característica profissional? É não ter medo de ousar! Uma atividade ou hobby além da arquitetura? Adoro arte! Adoro viajar!

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Que tipo de casa mais o agrada? Há um ícone de casa brasileira que você aprecia?

O que levou a decoração a entrar em alta no Brasil, valorizando tanto os profissionais? Hoje as pessoas ficam mais em casa por vários motivos e, por isso, começaram a dar mais valor ao espaço em que vivem.

No Brasil, o artesanato é bem explorado na decoração? Muito pouco. O Brasil não conhece o Brasil. Depois da viagem que fiz pelo país (para o livro Adoro o Brasil), não me

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tornei um nacionalista alucinado, daqueles que só tomam guaraná e dormem em rede. Apenas equilibrei minha visão de mundo e incluí nela o Brasil, com muito orgulho.

Qual o lugar do mundo mais inspirador para a sua arquitetura e decoração? Por quê? A inspiração vem de toda parte do mundo. Adoro viajar, pesquisar. O que vejo acaba se traduzindo na cartela de cores que uso, servindo de referência às formas que procuro.

Você costuma garimpar objetos. Qual foi a maior extravagância que você fez para adquirir um objeto de decoração? Foi a compra de tecidos antigos em uma lavanderia de Jaipur, na Índia.

Hoje há inúmeros programas de tevê dando dicas de como decorar gastando pouco. É possível ter uma casa bem decorada com orçamento restrito? Como? Sim, claro, com muita criatividade, tempo e dedicação. A pressa é inimiga neste caso. É preciso pesquisar e garimpar muito para se fazer um projeto bacana.

Na decoração, como no mundo da moda, aparecem tendências que logo caem em desuso. Como não cair nessa armadilha? Não gosto da palavra tendência, principalmente na decoração. Tudo que é modismo sai de moda. O estilo fica.

Qual a peça de mobiliário ou decoração que mais aprecia em uma casa? Um sofá superconfortável.


Fotos/Divulgação

[vitrine Soluções para televisão :: Uma parceria entre as empresas Marel e Cinex per­ mite projetar portas de vidro com espaço para televi­ são. As portas podem ser colocadas em armários na cozinha ou mesmo no quarto – quando desligada, a tevê do dormitório pode virar um espelho, por exem­ plo. Os preços variam de acordo com cada projeto.

Mais cor na cozinha :: A Cozi tem acessórios divertidos para cozinha, como saleiro e pimen­ teiro (R$ 169) e clipes para fechar pacotes plásticos (R$ 39, com quatro), todos de passarinhos, da marca Koziol. A loja é de Belo Horizonte, mas envia os produtos pelo correio.

Eletrodomésticos tecnológicos :: A loja EXS Eletrodomésticos trouxe para Curitiba a coleção da francesa De Dietrich, famosa pelo design que mistura vidro, aço e alumínio. Entre eles, o cooktop modular Grill, que serve para o preparo de churrasco e tem pedra vulcânica, que absorve as gor­ duras e reduz a fumaça (R$ 7.300).

Cadeira grifada

:: A cadeira Mademoiselle, desenvol­ vida pelo designer Phillipe Starck, agora também pode ser revestida com as estampas de Dolce&Gabbana, Missoni, Valen­tino, Burberry, JeanPaul Gautier e Moschino. As cadeiras custam R$ 3.199 na Kartell.

Serviço Cozi, (31) 3291-1862 e www.cozi.com.br. EXS Eletrodomésticos, Av. Vicente Machado, 2.000, (41) 3082-7374 e www.exs.com.br. Kartell, (21) 2513-5958, (21) 2513-5927 e www.kartellrio.com.br. Marel, Av. Getúlio Vargas, 2.483, (41) 3343-4953, Av. Prof. Erasto Gaertner, 1.953, (41) 3257-7897, e www.marel.com.br

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[paisagismo

Árvores da vida Em jardins que aliam preservação e paisagismo, as árvores nativas são as grandes estrelas. Sombra, flores e frutos são só alguns dos muitos benefícios trazidos por elas

:: É uma questão de percepção. Há quem olhe para as árvores do seu quintal e pense na sujeira que fazem, no trabalho que dão, no espaço que ocupam. Enquanto isso, outros agradecem a sombra, as flores, os frutos e, sobre­ tudo, a paz que proporcionam. Para o arquiteto paisagista Flávio Egídio, responsável por vários projetos que aliam preservação e paisagismo, as árvores precisam ser encaradas como antepassados importantes. “Elas costumam ser mais antigas do que as pessoas, e a gente é que se insere no ecossistema delas. Por isso é importante respeitar o ambiente em que se está, para não provocar desequilíbrio.” Quem tem árvores nativas no terreno, especialmente as ameaçadas de extin­ ção, como a araucária ou o cedro-cetim, deveria, então, sentir-se privilegiado. “As árvores merecem ser transfor­ madas em pontos de destaque, para você mostrar que tem uma coisa diferente. Elas também guardam memó­ rias. E quem não tem memória, não tem cultura,” ressal­ ta Egídio. A arquiteta paisagista Luciana Brandão concorda com esse ponto de vista e lembra do ensinamento do renoma­ do paisagista Burle Marx (1909-1994). “Ele afirmava que um jardim não deveria somente cumprir sua missão decorativa. Ele também tem a função de educar.”

Integração Criar possibilidades de interação entre pessoas e árvores é uma das metas buscadas pela arquiteta paisagista Rosângela Sabagg. Além de criar um jardim que dialoga com as araucárias presentes na casa da nutricionista Priscila Loewen, Rosângela aproximou a família das árvo­ res ao colocar um simpático balanço entre elas. “As arau­ cárias são lindas, mas às vezes os troncos ficam sem atra­ tivos na altura do olhar. Ao instalarmos um balanço, fizemos a família não só contemplar, mas interagir com as árvores.” Priscila garante que até o trabalho de limpar periodi­

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Alessandra Okazaki/Divulgação

Franco Caldas Fuchs, especial para a Gazeta do Povo

A laje é atravessada pela araucária, no projeto do arquiteto Othelo Lopes e paisagismo de Luciana Brandão.

camente os ramos secos delas é bem recompensado. “Nós aproveitamos o pinhão e, à noite, quando acendemos uma iluminação sobre elas, fica muito bonito. Árvore é para se valorizar!”


Fotos: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Balanço entre as araucárias e iluminação noturna no projeto de Rosângela Sabagg.

Espécies

Preserve a natureza e saiba o que plantar Antes de plantar uma árvore, tenha uma ideia do tamanho que pode atingir e escolha um local adequado para ela. Em terrenos menores, prefira as árvores de pequeno porte, como frutíferas, quaresmeira e o ipê anão. Dê preferência para o plantio de árvores nativas ou exóticas que não provoquem desequilíbrio para o ecossistema, como a extremosa e o hibisco. A Secretaria do Meio Ambiente do município desaconselha o plantio de árvores exóticas invasoras, como pau-incenso, alfeneiro, uva-japão e amarelinho, que se espalham e tiram o espaço das nativas.

Ao criar um bosque recreativo, o arquiteto paisagista Flávio Egídio destacou as árvores nativas.

Legislação

Impostos, multas e autorizações Além de embelezar, as árvores podem render descontos no IPTU. Cada araucária gera um abatimento de 10%. A Secretaria de Meio Ambiente do município informa que o corte de qualquer árvore só pode ser feito com a autorização desse órgão. Do contrário, o dono do terreno pode ser multado. “O corte só é possível quando há risco de queda da árvore ou quando se apresenta um projeto de construção”, diz Erica Mielke, diretora do departamento de pesquisa e monitoramento da secretaria. Para cada árvore cortada, é preciso plantar duas mudas ou quatro (se for araucária) em outro local.

Cuidados com as árvores Para se aproveitar e cuidar bem das árvores é preciso conhecer as espécies que estão no terreno. Vale procurar um agrônomo que explique sobre as características de cada árvore manter uma distância entre a árvore •e asÉ importante construções, para evitar acidentes com galhos e até com um eventual tombamento da árvore. “É preciso respeitar o espaço que a árvore ocupa”, diz o arquiteto paisagista Flávio Egídio.

pavimentação do terreno imediatamente •emAvolta da árvore é desaconselhada. As raízes podem danificar o piso e serem danificadas por ele, pondo a árvore em risco. As podas devem ser feitas somente com a •supervisão da secretaria do meio ambiente do município. As folhas que caem das árvores podem ser aproveitadas como material decorativo ou transformadas em adubo.

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[toque final

Criatividade por um fio

Passo a passo

Materiais

colorido (R$ 9 reais o • Feltro metro, em média) Fibra siliconada para o recheio • (R$ 7 reais o pacote, em média) Fio de nº8 (R$ 1,50 o • pacotesilicone com 10 metros, em

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média)

podem virar peça de decoração em qualquer cantinho da casa. Aprenda a montar um com almofadas de feltro Bruna Bill :: Longos fios com brinquedos colori­ dos que balançam ao vento e ainda divertem e decoram a casa. Por muito tempo os móbiles ficaram restritos ao universo infantil, mas hoje ganham novas composições e podem ser pendurados nos mais diversos cantos do lar. Com feltro, fibra silico­ nada e fios de costura é possível mon­ tar abelhas, cachorros, maçãs, cup­ cakes e outros desenhos que a imagi­ nação mandar. A partir desta técnica simples, que a artesã Daiana Joukoski ensina a seguir, é só deixar a criatividade mol­ dar outras figuras e alinhá-las com o fio para criar um belo móbile. O local para pendurá-lo fica a critério da decoração da casa. Galinhasd´angola e frutas ficam bem na cozi­ nha, animais e outros desenhos divertem o quarto das crianças e desenhos mais sofisticados podem colorir a sala. Serviço Daiane Joukoski, fone (41) 3027-4967 e loja virtual no www.floressendo.elo7.com.br.

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1 – Coloque o molde recortado sobre o feltro e prenda com um alfinete. Dobre o feltro para recortar duas partes de cada desenho. 2 – Costure as duas partes da borboleta com o ponto caseado. 3 – Costure todo o contorno do desenho e deixe um espaço suficiente para colocar a fibra. 4 – Finalize a costura no pedaço que falta. Para arrematar, dê três pontos no mesmo lugar e depois passe a agulha por dentro da borboleta. 5 – Para finalizar, amarre uma fita de cetim no centro da borboleta dando um nó e deixando um pedaço para as antenas. Na flor, o processo é o mesmo e o detalhe é o botão costurado no centro. 6 – Para montar o móbile, passe o fio de silicone por dentro das figuras de feltro com a agulha grossa. Calcule a distância desejada e faça nós seguidos para segurar as miçangas. 7 – No topo, amarre o fio na argola e finalize com um nó firme. Coloque um pingo de cola nas figuras e nos nós, para que não escorreguem no fio.

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Fotos: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Simples e versáteis, os móbiles

Cola universal para artesanato • (R$ 4,50, em média) Fita de cetim • Moldes de sulfite • Fios de costura • Botões para enfeitar • Miçangas diversas • Argola para perdurar • Agulha de costura • Agulha grossa • Tesoura •




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