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PALAVRA DO DIRETOR
Esta edição chegou em um momento muito especial para a Alta. Vamos celebrar com vocês, nossos leitores, um marco histórico: comercializamos cinco milhões de doses em um único ano. Quando comparamos com o ano anterior, crescemos 20%. Um avanço para a Alta? Sim! Mas a nossa alegria principal é por tudo que esse número representa para o mercado brasileiro e para você, produtor rural. Na capa, a reportagem de destaque é para traduzir para você o que juntos estamos gerando para o nosso país. Estamos produzindo cada vez mais e melhor, em menos tempo e menor espaço, ou seja, contribuímos, e muito, para o nosso meio ambiente; aumentamos a nossa produtividade e o lucro dos pecuaristas brasileiros. Não canso de repetir como essa equipe me surpreende. Uma equipe sempre unida, com a missão de buscar o melhor para os seus clientes. Sem dúvidas, foi esse espírito que trouxe para nós os cinco milhões de doses. Isso quer dizer que o mercado brasileiro investe na genética que comercializamos e, principalmente, acredita em nossos produtos, programas e serviços. Nós temos o compromisso de fazer com que a genética que oferecemos a você traga frutos cada vez melhores, mais produtivos, rentáveis, com sustentabilidade e, principalmente, com responsabilidade. Aqui, na revista, nós temos o compromisso de levar sempre a melhor informação, com uma linguagem simples e objetiva, para que você tenha a oportunidade de conhecer e aplicar todas as novas tecnologias disponíveis no mercado em sua propriedade. Este é o papel de uma empresa que pensa no resultado de seu cliente e que está sempre ao seu lado. Buscamos as melhores ferramentas e alternativas para o sucesso do seu negócio. Uma ótima leitura. Conte sempre conosco.
Heverardo Carvalho Diretor Alta Brasil
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ÍNDICE EXPEDIENTE Diretor Heverardo Rezende de Carvalho Gerente de Mercado Tiago Carrara - tcarrara@altagenetics.com Coordenadora de Comunicação Camilla Lazak - camilla.rodrigues@altagenetics.com Jornalista Responsável Renata Paiva (MTB 12.340) renata.paiva@altagenetics.com Colaboradores desta edição Adnan Darin, Bruna Quintana, Danillo Rodrigues, David de Leon, Eduardo Cavallin, Fábio Fogaça, Gabriel Marquez Gonçalves, Guilherme Marquez, Júlia Gazoni, Lethiane Garcia Rocha, Luiza Mangucci, Manoel Sá Filho, Marcos Inácio Marcondes, Miguel Abdalla, Polyana Pizzi Rotta, Rafael Azevedo, Rafael Mazão, Rafael Oliveira e Rodrigo Ribeiro.
ESPECIAL
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VOCÊ REALMENTE PODE CONFIAR NA GENÔMICA? Tecnologia potencializa o ganho genético dos rebanhos
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100 ANOS DA ABCZ TEMOS ORGULHO EM FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA Um dos grandes pilares que alicerçaram a evolução dos rebanhos ao longo deste centenário foi a inseminação artificial, que juntamente com as novas tecnologias disponíveis possibilitaram um salto genético potencializando a produção de leite e carne
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Fotos Francisco Martins - fjunior@altagenetics.com
VOCÊ COM A GENTE O objetivo da Alta é te manter atualizado
Diagramação e arte Ana Paula S. Alves - paula.alves@altagenetics.com Marketing/Comercial comunicacao@altagenetics.com.br
ALTA NEWS
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ARTIGO LEITE INSTÁVEL NÃO ÁCIDO-LINA PODEMOS EVITAR? De olho nos resultados, como está a qualidade do leite das suas vacas?
Edição e revisão de texto Indiara Ferreira Assessoria de Comunicação indiara@indiaraassessoria.com.br Tiragem: 5 mil exemplares Impressão: Gráfica 3 Pinti
Missão Construir relacionamentos de longo prazo, criar valor para nossos clientes, melhorar a lucratividade de cada rebanho e entregar genética de confiança, além de produtos e serviços de manejo com alta qualidade. Visão Tornar-se a marca global que seja a melhor escolha para produtores progressivos dos segmentos de leite e corte. Valores: Foco, pessoas e competências, coesão, dinamismo, relacionamento, comunicação e ética.
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LEITE TEMOS UM NOVO GENOMA REFERÊNCIA Universidade lança novidade
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PECUÁRIA EM DOIS TEMPOS: PRECOCIDADE E PRECISÃO NO CICLO COMPLETO Devemos selecionar para facilidade de parto?
CAPA ALTA BATE RECORDE E COMERCIALIZA 5 MILHÕES DE DOSES DE SÊMEN EM 2018
PROGRAMAS E SERVIÇOS PLANEJAMENTO: O SUCESSO DA SUA ESTAÇÃO DE MONTA Entenda a importância de um planejamento bem feito
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CORTE
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CRIAÇÃO DE BEZERROS TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA EM BEZERROS DE CORTE Quantidade exata e qualidade são essenciais ao recém-nascido
GIRO NO CAMPO A ação da Alta por todo o Brasil
CASOS DE SUCESSO
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RAÇAS CROSS MATE Programa orienta acasalamentos dirigidos com foco em raças tropicais
CRIATÓRIO BRASILEIRO DA RAÇA BRAHMAN É DESTAQUE EM CONGRESSO INTERNACIONAL O UberBrahman é reconhecido pela seleção de animais provados com excelente desempenho nas características de maior impacto econômico em clima tropical
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FAZENDA CAPITUBA Planejamento estratégico faz a diferença FAZENDA CAXOIM São quase 50 anos de dedicação ao melhoramento genético
ENTREVISTA PAULO DO CARMO MARTINS Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite conta tudo sobre as pesquisas e o desenvolvimento do setor
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ESPECIAL
VOCÊ REALMENTE PODE CONFIAR NA GENÔMICA? por Fábio Fogaça, gerente de Produto Leite Importado da Alta Por dez anos, houve a opção de incluir genômica de gado de leite como uma ferramenta para melhoramento genético. Agora, o medo do desconhecido envolvendo a genômica caiu por terra. Os rebanhos leiteiros progressivos aceitam essa como uma nova era no rápido progresso genético. No entanto, não questionamos aqueles que ainda se perguntam se os touros genômicos são a melhor opção, enquanto vários touros provados com filhas oferecem um ótimo pacote genético. Por isso, o objetivo é mostrar respostas baseadas em dados reais dos touros provados por todas as empresas do mercado.
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O que aprendemos sobre genômica? Nos gráficos 1 e 2, a geneticista do programa PEAK, Ashley Mikshowsky, analisou dados de
aproximadamente 6.000 touros Holandeses lançados entre janeiro 2010 e abril 2015, que atualmente possuem prova baseada em filhas produzindo.
O gráfico 1 mostra as tendências para Índice de Desempenho Total (TPI). A linha azul no gráfico mostra a média da avaliação genômica para o cálculo do TPI, chamado Genômico do Índice de Desempenho Total (GTPI), pela data do lançamento genômico inicial. A linha laranja aponta a média de TPI baseada na prova com filhas em produção desses mesmos touros, em agosto 2018. O espaço entre as duas linhas representa a variação média de TPI do lançamento inicial até a prova com filhas em produção. No lado esquerdo do gráfico, os primeiros touros lançados em janeiro de 2010 tiveram variação de 177 pontos em TPI do lançamento genômico até a prova com filhas em agosto de 2018. Quando comparado à base de agosto/2018, das provas com filhas, incluindo aqueles
“Certifique-se de que o progresso genético que está realizando vá na direção de seus objetivos” lançados como reprodutores genômicos em abril de 2015, é possível perceber uma variação de 105 pontos em TPI de sua prova genômica inicial à prova com filhas em produção em agosto de 2018. Isso significa que a estabilidade em GTPI dos lançamentos genômicos até a prova com filhas teve aumento de mais de 70 TPI pontos. Como bônus, está claro, os níveis genéticos dos touros continuam a subir. O mesmo se aplica para o Net Merit $. Veja resultados no gráfico 2.
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ESPECIAL
Touros lançados no mercado como reprodutores genomicamente provados em janeiro de 2010, em média, tiveram queda de 150 NM$, comparados com provas baseadas nas filhas em produção em agosto de 2018. No entanto, os touros lançados com informações genômicas em abril de 2015 só tiveram mudança de 89 NM$, desde o lançamento.
O gráfico 3 mostra que os touros lançados em 2014 mudaram na média em -110 pontos de TPI do lançamento inicial em 2014, comparado com suas provas de filhas em produção em agosto de 2018. Cerca de 120 desses touros têm uma prova com filhas em torno de 20 pontos de TPI em relação à prova genômica original. Apenas 30 touros, em um grupo de 1.073, perderam mais de 300 pontos de TPI, o que significa menos de 3% do total. 8
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Olhando para esses resultados, pode-se questionar que os touros genômicos ainda estão inchados. Sim, é verdade, no entanto, a distância entre genômica e filhas provadas tem claramente melhorado, desde o início desta era genômica. Vamos nos aprofundar na estabilidade da prova genômica. Para entender de outro ângulo, analisamos fatos e dados
sob uma ótica diferente. Os gráficos 3 e 4 são baseados em dados de provas feitas pela geneticista, que avaliou 1.073 touros lançados em todo o mercado em 2014. Ela utilizou esse grupo de idade, uma vez que os touros lançados em 2014 agora possuem filhas avaliadas para características de produção, saúde e conformação.
“Você fará progresso genético muito mais rapidamente utilizando um grupo de touros genômicos do que um grupo de touros provados com filhas”
Vemos a mesma tendência para NM$. O gráfico 4 mostra a variação e desvio padrão de NM$ para os mesmos 1.073 touros do mercado. O touro médio lançado em 2014 teve variação de -89 NM$ entre sua prova genômica inicial em 2014 e a prova com filhas em agosto 2018. Mais de 160 dos 1.073 touros se mantiveram firmes no grupo, que variou 20 pontos em NM$ para a prova com filhas. Apenas 12 touros mudaram mais de 300 em NM$.
Quais são as opções genéticas hoje? Qual é a melhor opção: prova com filhas em produção ou genomicamente provados? Atualmente, os melhores touros provados da Alta, com filhas provadas, têm uma média de 2.594 TPI. Já os melhores touros genômicos disponíveis oferecem médias ainda mais atraentes, de 2.800 TPI.
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Entre a prova genômica e os provados com filhas, dados mostram que é inevitável que alguns touros melhorem e outros touros, não. No entanto, também podemos ver que as provas genômicas seguem melhorando. Tenha em mente que as chances são praticamente nulas de que cada touro no topo da lista dos genomicamente provados caia para um nível menor do que a lista atual de touros provados com filhas. Nas suas seleções genéticas, tenha em mente estes pontos: - Provas genômicas ainda estão ligeiramente infladas. No
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entanto, com o tempo vemos menos variação em TPI e NM$ entre genômicos e provados com filhas, devido a ajustes feitos ao longo do caminho. - Apesar de uma queda na média de TPI e NM$ dos touros genômicos e provados com filhas, você fará progresso genético muito mais rapidamente utilizando um grupo de touros genômicos do que um grupo de touros provados com filhas. - Certifique-se de que o progresso genético que está realizando vá na direção de seus objetivos. Selecione um grupo de touros genômicos baseado em
um plano genético personalizado para sua fazenda. Enfatize apenas as características produção, saúde e conformação, as quais importem para que você possa alavancar o futuro progresso e rentabilidade da sua fazenda.
Fábio Fogaça, Gerente de Produto Leite Importado Zootecnista pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado em Reprodução e Gerenciamento de Saúde de Rebanho, na International Livestock Management Schools no Canadá. Há 9 anos integra a equipe da Alta.
Hisquimó da Campo Belo 1º COLOCADO NO
Agropecuária do Campo
Tecnologia e inovação à serviço da produtividade!
PNAT-ABCZ 2017 Touro jovem, com excelente avaliação TOP 0,1% no programa PMGZ, MELHOR ANIMAL na Prova de Eficiência Alimentar (PNAT). Genética de ponta para a produção de touros de repasse com alto desempenho em precocidade e ganho de peso!
RGD: ZCO - 3253 Nasc.15/12/2015 Rem USP Camira da Campo Belo
Rem Quisco Rem Regis Trano Bill da Gera Zcob1428
Sêmen Disponível na Central
Agropecuária do Campo
www.agrcampo.com.br PECUÁRIA EM ALTA
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ESPECIAL
100 ANOS DA ABCZ TEMOS ORGULHO EM FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA O ano de 2019 traz um marco para a pecuária brasileira, os 100 anos da ABCZ, Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. Focada no melhoramento genético e registro genealógico das raças zebuínas em todo o Brasil, a entidade teve sua primeira atividade registrada no ano de 1919, ainda como “Herd Book da Raça Zebu”. Naquela época o objetivo era assegurar a garantia de origem dos filhos dos animais importados. Em 1934 a entidade foi absorvida pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – SRTM, passando a se chama ABCZ apenas no ano de 1967. Hoje a ABCZ é responsável por registar em todo o Brasil mais de 600 mil zebuínos por ano. Além de deter o maior banco de dados do mundo sobre o zebu, com mais de 12 milhões de animais cadastrados. Através do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), criado em 1993, acompanha o melhoramento genético de mais de 3.600 rebanhos em todo o país. Um dos grandes pilares que alicerçaram a ABCZ em busca da evolução dos rebanhos foi a 12
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inseminação artificial, que juntamente com as novas tecnologias disponíveis possibilitaram um salto genético impressionante dos rebanhos. Ao longo dos
“Um dos grandes pilares que alicerçaram a ABCZ em busca da evolução dos rebanhos foi a inseminação artificial, que juntamente com as novas tecnologias disponíveis possibilitaram um salto genético impressionante dos rebanhos” anos, pecuaristas tanto de leite, quanto de corte, puderam avaliar todas as facilidades da inseminação. A primeira dela, é a economia. Existem estudos que apresentam que a inseminação é em média 20% mais em conta que a monta natural. Além disso, ela
possibilita a utilização de touros provados, controle de doenças e do período reprodutivo, cruzamento entre raças, utilização de touros cada vez mais jovens, padronização do rebanho, dentre várias outras vantagens. No Brasil, os primeiros relatos da técnica a nível de campo são de 1941, mas, foi somente nos anos 70 que a inseminação artificial começou a ter mais impulso. Mais do que democratizar o acesso de todos os criadores a bons touros, a indústria da IA estimulou a pecuária. Na última década o Brasil saltou de 7,4 milhões de matrizes inseminadas para mais de 12,4 milhões. Esses números mostram não só crescimento da pecuária brasileira, mas a evolução. Hoje um animal macho de corte, por exemplo, já é abatido com menos de 20 meses pesando 20 arrobas. Fêmeas são desafiadas na reprodução aos 12 meses de idade. Enquanto muitas fazendas tem a primeira estação de parição das fêmeas com mais de 30 meses de idade, em algumas, a fase da recria foi eliminada e essas fêmeas já estão na sua segunda gestação. Resultados que há pouco tempo pareciam
distantes, e se tornaram reais pelo empenho de vários pecuaristas que utilizam a inseminação artificial e acreditam no melhoramento genético. Desde que chegou ao Brasil em 1996 o foco da Alta, líder no mercado de inseminação, era fazer com que a técnica se tornasse cada vez mais conhecida e fosse a grande aliada do produtor rural na evolução genética dos rebanhos. O crescimento da pecuária e a demanda de mercado levou a empresa para a sua nova casa, a cidade de Uberaba no Triângulo Mineiro, conhecida como a capital do zebu. Em 2001 a Alta já figurava entre as três maiores Centrais de Inseminação do Brasil, ao comercializar um milhão de doses de sêmen em um único ano.
“Na última década o Brasil saltou de 7,4 milhões de matrizes inseminadas para mais de 12,4 milhões. Esses números mostram não só crescimento da pecuária brasileira, mas a evolução”
Em 2008, alcança a liderança de mercado e bate o recorde de comercialização de sêmen do Brasil, ao atingir a marca de dois milhões de doses comercializadas. Firme na liderança, nos próximos anos voltou a bater recorde em 2011 com três milhões de doses vendidas, em 2014 com quatro milhões e em 2018, atingiu extraordinárias 5 milhões de doses vendidas em um único ano. “Desde que chegou no Brasil, em 1996, a Alta sempre teve como missão tornar a inseminação cada vez mais conhecida e aliada do produtor rural na evolução genética dos rebanhos. Por isso, temos orgulho de fazer parte e colaborar com a história de 100 anos da ABCZ”, destaca Heverardo Carvalho, presidente da Alta do Brasil.
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Expozebu 2018 Para celebrar o primeiro centenário da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a 85ª edição da Expozebu promete recorde de público e atrações. O evento acontece de 27 de abril a 5 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), e neste ano a Alta espera grandes resultados das progênies da bateria. “Teremos um ano muito especial com a ABCZ completando 100 anos, por isso nossa expectativa é bastante positiva, já que nos julgamentos de todos os animais presentes, boa parte deles, entre machos e fêmeas, possuem genética de touros da empresa”, explica Rafael Oliveira, Gerente de Produto Corte Zebu da Alta. Entre os destaques está o consagrado touro Kayak Mafra considerado uma máquina de fazer Grande Campeões. O reprodutor é líder do ranking da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) e DECA 1 no sumário PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). Em 2018 teve seus filhos como Reservados Grandes Campeões Nacionais nas categorias fêmea e macho, com RIMA FIV Nike 2 e RIMA FIV Magistrado, além de outras 18 premiações das suas progênies na Expozebu. “Kayak transmite a sua progênie carcaça moderna e bem revestida, além de muita beleza racial. As inúmeras características desse touro fazem com que seus filhos sejam realmente dife-
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renciados e alcancem o pódio de diversas exposições em diferentes categorias”, destaca Oliveira.
“Teremos um ano muito especial com a ABCZ completando 100 anos, por isso nossa expectativa é bastante positiva, já que nos julgamentos de todos os animais presentes, boa parte deles, entre machos e fêmeas, possuem genética de touros da empresa ” Já no leite, a Expozebu marca a divulgação do Sumário de Touros com o resultado do Teste de Progênie 2019, apresentado pelo Programa Nacional de
Melhoramento do Gir Leiteiro. Nele, são avaliadas as características de produção de leite e seus constituintes, bem como características, idade ao primeiro parto (IPP), marcadores moleculares e parentesco médio. “O programa é de extrema importância para os produtores de leite tropical, pois seus resultados indicam com alta confiabilidade como será o perfil das filhas de cada touro, assim o criador pode fazer os seus planos genéticos e usar o que realmente será sua necessidade”, destaca Guilherme Marquez, Gerente de Produto Leite Nacional da Alta. Nesse ano, a seleção da Alta aguarda resultados dos reprodutores: Barão do JRD, Eisntein da BDL, FB Hábil FIV, Figo Bahadur, Gênio FIV Apag, GPS FIV da Genipapo, Ivã FIV de Brasilia, Jacto F. Mutum, Jubileu Silvânia, e Visual da NE. Também nesse ano a raça Girolando estreia com julgamento de animais na Expozebu. Ao todo foram inscritos 120 animais e a Alta participa das avaliações, com a expectativa de grandes resultados.
Homeopatia Animal PECUĂ RIA EM ALTA
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ALTA É CAMPEÃ DE VENDAS NO INTERCOOPERAÇÃO 2018 perados acesso à melhor genética disponíA Alta foi campeã de vendas no progravel no mercado. Para participar, os touros ma Intercooperação 2018 da Unium – marca institucional das indústrias devem passar por aprovação de um comitê, que das cooperativas Frísia, Castro“Ser a empresa landa e Capal. A central vendeu define índices mínimos de que mais vendeu desempenho. Após aprova27% do volume total negociados, os animais são incluído no ano passado, ou seja, significa um dos no catálogo, distribuído 25.500 doses. Ao todo, foram reconhecimento aos cooperados. vendidas 94 mil doses no prodo mercado e de “É um programa exgrama que reuniu 11 empresas. uma das maiores tremamente rigoroso, por “Estamos muito satisfeitos e honrados com o resultado. São isso, ter os touros seleciobacias leiteiras nados já é um grande mériconsumidores muito exigentes, do Brasil aos to. Ser a empresa que mais que nos mostram que estamos no caminho certo”, afirma o nossos produtos e vendeu significa um reconhecimento do mercado e gerente de Produto Leite Imserviços” de uma das maiores bacias portado, Fábio Fogaça. leiteiras do Brasil aos nosO Intercooperação é um sos produtos e serviços”, destaca o técnico programa de melhoramento genético das de Leite da Alta, responsável pela região cooperativas de Castro, Carambeí e AraSul, Ângelo Roberti Neto. poti, no Paraná, que visa oferecer aos coo-
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ANCP DIVULGA SEUS PRIMEIROS RESULTADOS DE 2019 A Alta é mais uma vez destaque no Sude fertilidade nas fêmeas e área de olho de mário da Associação Nacional dos Criadolombo, estimando agora um rendimento de res e Pesquisadores (ANCP). Em fevereiro, 2,3% a mais de carcaça. Se manteve forte a entidade divulgou a sua nova avaliação genas outras características como peso, prenética e, dentre os 15 primeiros cocidade sexual dos machos touros colocados, 12 estão na e acabamento de carcaça, “Esses resultados mostrando o porque foi um bateria Nelore Alta. são muito “Esses resultados são muito dos líderes de vendas da baimportantes para a empresa, importantes para teria de nelore da Alta. pois neste ano a ANCP utilizou Outro destaque da bateria a empresa, pois uma nova metodologia de pesé Hisquimo da Campo Belo, quisa, Single Step, a qual agrega neste ano a ANCP um dos melhores touros do mais acurácia aos dados a partir utilizou uma nova sumário para habilidade mado uso da genômica. Possuir os terna. Já os touros: Brasileimetodologia de touros líderes neste momento ro J. Machado, Coral Mat, pesquisa, Single indica que nossas escolhas do REM Dheef, REM Espião, passado foram assertivas e que Step, a qual agrega REM Formoso, Doutor da estamos no caminho certo”, Terra Brava e Criador Rsan mais acurácia destaca o gerente de mercado, lideram para peso a desmaaos dados a Tiago Carrara. ma. Para a característica partir do uso da Um dos destaques é a nova peso ao sobreano, destacacontratação da Alta, o jovem genômica. Possuir mos os touros Criador Rsan touro Coral Mat, oriundo do criaos touros líderes e Coral Mat na cabeceira do tório Rancho da Matinha. “Filho sumário. neste momento de REM Armador em matriz Entre os melhores touros indica que nossas para fertilidade (stayabiliBackup, Coral vêm para somar escolhas do na bateria de nelore com força ty) estão Quarup da Bonpara características de peso nas sucesso e General da MN. passado foram diferentes idades, perímetro esREM Embaixador e Doutor assertivas e crotal, stayability e área de olho da Terra Brava são os mais que estamos no de lombo”, explica o Gerente de precoces da nova avaliação Produto Zebu, Rafael Oliveira. da ANCP, apresentando as caminho certo” Destaque também para o remelhores DEP’s para PE produtor REM Dulldog, o primeiro classifiaos 365 dias. Calibre Camparino e REM cado do sumário com filhos avaliados. Sua Atolo se classificam entre os primeiros para genética obteve evoluções significativas nas acabamento de carcaça. E por fim, o jovem últimas avaliações de características para hareprodutor REM F22, com 6,34 cm² lidera bilidade materna e precocidade sexual. Além para área de olho de lombo.
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DOS 15 PRIMEIROS PRIMEIROS COLOCADOS, 12 TOUROS SÃO DA ALTA
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ALTA REALIZA CONVENÇÃO ANUAL DE VENDAS Desafiar os limites, explorar as qualidades, estimular atitudes positivas, trocar informações e alinhar a equipe. Esses foram apenas alguns dos objetivos da convenção anual de vendas realizada pela Alta em 2019. Em um ambiente totalmente diferente do habitual, na cidade de Araxá (MG), a equipe técnica e comercial da empresa foi convidada a repensar todos os seus valores e avaliar pontos importantes: o que está dando certo? O que pode ser mudado? De que forma podemos ser ainda melhores? Na programação, para orientar os participantes a chegar em respostas coesas, palestras sobre mercado, alinhamento sobre os principais programas e serviços oferecidos aos clientes, depoimentos de regionais que supe-
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raram as metas estabelecidas e muita interação. Durante toda uma manhã a equipe da Skull Experience, formada por militares do BOPE, Batalhão de Operações Especiais, promoveram competições com aventuras operacionais para o grupo. A lógica das atividades é muito simples: tudo que motiva uma tropa de operações especiais é válido para todo e qualquer grupo de pessoas que trabalham juntas. Compromisso com a equipe, a vitória como objetivo, respeito aos procedimentos, disposição para lidar com imprevistos e saber enfrentar o erro da maneira mais estratégica possível. Depois, seguindo a mesma linha de raciocínio, uma palestra Paulo Storani, ex-Coordenador
de Operações Especiais (BOPE) e consultor dos filmes Tropa de Elite 1 e 2. Paulo Storani é um dos oficiais que serviram de inspiração para o personagem Capitão Nascimento. Na oportunidade, o ex-capitão abordou temas como compromisso com a empresa, foco no resultado, trabalho de equipe e autorrealização no cumprimento da missão. Ao todo foram três dias onde o encontro proporcionou importantes momentos de lazer e interação entre os profissionais com ferramentas estratégicas para alinhar os objetivos e definir a próxima missão. Além de comemorar os bons resultados, mostrar a importância de cada um com a premiação dos melhores e reconhecimento da equipe que faz diferença.
1 Leilão Terra Brava Camparino Genética Aditiva E X P O Z E B U
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Três grandes criatórios unidos nos 100 ANOS DA ABCZ!
01 maio
Quarta-feira 13h Leilopec | Uberaba-MG Transmissão Canal Rural
50 lotes
DOADORAS COMPROVADAS, COM MUITA RAÇA E ALTAS AVALIAÇÕES GENÉTICAS BEZERRAS, NOVILHAS, PRIMÍPARAS E MULTÍPARAS
Assessorias
Avaliação
Leiloeira
Transmissão
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LEITE INSTÁVEL NÃO ÁCIDO – LINA PODEMOS EVITAR?
por Polyana Pizzi Rotta, Marcos Inácio Marcondes e Lethiane Garcia Rocha A instrução normativa 62 (IN-62) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu como teste padrão para o aceite ou rejeição do leite o teste do alizarol ou teste do álcool, com graduação mínima de 72º (v/v). Esse teste estima a estabilidade térmica do leite. Em teoria, a coagulação indica acidez elevada, que é resultado da conversão da lactose
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em ácido lático pelos micro-organismos. No entanto, laticínios realizam o teste a 78-80º (v/v) porque almejam o recebimento de uma matéria-prima de alta resistência térmica, que confira um bom rendimento industrial e elevada vida de prateleira aos seus derivados lácteos. E, ainda, matérias-primas com baixa termoestabilidade podem coagular na linha de produção e vir a causar prejuízos econômicos devido à diminuição da produção para a manutenção dos equipamentos. Dessa forma, ainda na fazenda, se o leite coagular no teste do alizarol, mesmo que a coloração rósea apareça, o leite estará instável não ácido (LINA), ou seja, o laticínio pode se recusar a levar o produto. A pecuária leiteira do Brasil é muito influenciada pela oscilação da oferta e qualidade das pastagens durante o período seco e temperaturas amenas no inverno e muito altas no verão. A sazonalidade dos pastos exige que haja suplementação do rebanho e a alternativa mais utilizada entre os produtores de leite, principalmente da região Sudeste, é a utilização da cana-de-açúcar. Entretanto, a substituição total da silagem de milho pela cana-de-açúcar afeta negativamente a produção de leite e
a qualidade do leite. As possíveis causas do leite instável não ácido (LINA) são restrição alimentar, estresse térmico, temperatura da amostra, concentração do álcool utilizado para o teste, entre outros. Existem relatos de produtores que mostram a incidência de LINA oscilando entre um dia e outro, mas poucas pesquisas foram feitas para melhor entender esse problema. Portanto, em geral, a maior parte desses fatores é suposição. A maioria das amostras que precipitam ao teste do álcool apresenta um valor de pH normal, entre 14ºD e 18ºD, o que caracteriza a ocorrência de LINA. Rotineiramente, a indústria instrui o transportador à utilização do álcool ou alizarol 78º. Algumas pesquisas sugerem que a coagulação do leite com alizarol em concentrações acima de 75º (v/v) não possui correlação com a estabilidade térmica. Com isso, as hipóteses do estudo são: 1) Maior incidência de LINA com o uso de cana-de-açúcar em relação à silagem de milho; 2) Amostras com temperaturas maiores têm maior incidência de LINA do que as resfriadas, 3) O alizarol de 80º (v/v) causa maior incidência de LINA em relação aos de menor graduação.
“As possíveis causas do LINA são restrição alimentar, estresse térmico, temperatura da amostra, concentração do álcool utilizado para o teste, entre outros”
O experimento Um experimento conduzido na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite (UEPE – GL), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa (MG), avaliou 13 vacas Holandesas, com uma média de 281 dias em lactação e produção de 17 litros por dia. Os animais foram divididos em dois lotes, alimentados ad libitum e submetidos a duas dietas, ambas com relação de volumoso: concentrado de 50:50. O primeiro lote recebeu silagem de milho e o segundo, cana-de-açúcar. A alimentação foi realizada duas vezes ao dia, às 6h e às 16 horas. O experimento teve duração de 60 dias, divididos em dois períodos experimentais reversíveis de 25 dias de adaptação e 25 de coleta. A coleta do leite foi realizada na ordenha da manhã, com a utilização de copos coletores, obtendo cerca de 100 ml de amostra, acondicionados em potes descartáveis de polipropileno. As amostras foram alocadas em uma caixa isotérmica para a realização do teste do alizarol
e de acidez titulável pelo método de Dornic em temperatura ambiente. Após realizadas as análises, as amostras foram encaminhadas para a refrigeração para posterior análise de alizarol e acidez titulável com o leite refrigerado a 4°C. O teste do alizarol foi realizado com a adição 2 ml de leite e 2 ml da solução de
alizarol 72º, 78º e 80º, com agitação constante. A amostra foi avaliada positiva quando houve o aparecimento de qualquer tamanho de coágulo e acidez titulável abaixo ou igual a 18ºD. A Figura 1 apresenta a maior incidência de LINA em amostras quentes (pós-ordenha) em relação às amostras resfriadas.
Figura 1. Proporção de LINA em amostras resfriadas (F) e pós-ordenha (Q)
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ARTIGO
A menor incidência de LINA nas amostras resfriadas pode estar relacionada com o equilíbrio entre as fases solúvel e coloidal. O leite conservado a temperaturas inferiores a 10ºC apresenta certa solubilização da β-caseína, retém de 30-40% a mais de água pelas estruturas micelares do que a 20ºC e aumenta a concentração de minerais na fase solúvel, como cálcio e fosfatos, o que causa elevação do pH. A maior incidência de LINA nas amostras pós-ordenha também pode ser explicada pela maior concentração de dióxido de carbono dissolvido, que eleva a formação de ácido carbônico, tornando-as momentaneamente mais ácidas devido à liberação de íons H+. Essa maior concentração de CO2 dissolvido na amostra quente aumenta a dissociação de cálcio iônico e reduz a repulsão entre as micelas com carga negativa, causando maior instabilidade das proteínas. Dessa forma, recomenda-se que o leite seja retirado da fazenda apenas quando a temperatura estiver estabilizada a 4ºC, e nunca logo após a ordenha, para evitar falsos negativos para a incidência de LINA. A análise de Dornic não foi influenciada pelos volumosos (P=0,119) ou resfriamento (P=0,7427). Esse resultado pode ser devido à natureza da análise. Por ser uma análise quantitativa, ela mensura a concentração de ácido lático, que, por sua vez, estima a qualidade microbiológica da matéria-prima. O aumento do teor de ácido lático ocorre quando a contagem padrão em placas (CPP) 24
PECUÁRIA EM ALTA
Figura 2. Proporção de incidência de LINA sob dietas com cana-de-açúcar in natura e silagem de milho
“Entender as possíveis causas do aparecimento de LINA é um grande passo para tentarmos ajustar os manejos da fazenda e evitar esse desagradável acontecimento” está elevada, indicando grande concentração de micro-organismos na matéria-prima, que degradam a lactose, tornando o leite ácido, o que não ocorreu no presente estudo, pois foi feita imediatamente após a ordenha e, normalmente, há aumento da CPP durante o armazenamento. Contudo, uma maior incidência de LINA foi encontrada para
vacas alimentadas com cana-de-açúcar, quando comparadas às vacas alimentadas com silagem de milho (Figura 2). A cana-de-açúcar aumentou de forma expressiva a incidência de LINA quando comparada com a dieta à base de silagem de milho, causando um incremento próximo de 50% a mais de casos no rebanho. Sabe-se que a qualidade do volumoso utilizado na alimentação de rebanhos leiteiros influencia diretamente no seu metabolismo, devido à variação de consumo de matéria seca, taxa de passagem e composição nutricional. A troca do volumoso de menor digestibilidade pode causar uma redução no teor de caseína e o aumento na concentração de cálcio iônico, porém, ainda não se sabe quais fatores influenciam diretamente no LINA. Uma possível explicação é que a cana-de-açúcar poderia
Figura 3. Proporção de incidência de LINA em diferentes graduações de álcool
causar modificações metabólicas que geram uma maior solubilização de cálcio para a fase solúvel. Contudo, mais estudos precisam ser realizados para elucidar esse resultado. Na Figura 3, estão evidenciadas as frequências crescentes de incidência de LINA relacionadas ao aumento da concentração do álcool. A maior incidência de LINA no teste com o álcool mais concentrado pode ser explicada por importantes autores, que, em seus estudos sobre a estabilidade ao álcool, obtiveram um valor médio de 76,6% (v/v), ± 1,09, para a máxima concentração de etanol, que não produz coágulos. Conclui-se, então, que a utilização de uma solução de etanol a 75% (v/v) seria o mais indicado para estimar a termoestabilidade. Dessa forma, dependendo da graduação do álcool utilizada pelo laticínio, a amostra de
leite pode ser positiva, ou não, para LINA. Lembrando que a IN 62 recomenda o uso de alizarol igual ou superior a 72. Graduações maiores podem resultar em falsos negativos e isso deve ser
anteriormente acordado entre o produtor e o laticínio, para que não haja surpresas desagradáveis ao entregar o leite. Essas medidas visam proteger o produtor e o consumidor, que está cada vez mais exigente por um produto de alta qualidade. No entanto, a revisão da IN 62 quanto a isso seria uma alternativa mais prudente para não criar confusões ao uso do grau do alizarol. Os animais do presente estudo estavam com média de 281 dias de lactação. Sabe-se que o teor de lactose está diretamente ligado aos dias de lactação das vacas e o mesmo é responsável pelo equilíbrio osmótico na glândula mamária e, também, pelo volume de leite produzido. Com a queda do teor de lactose ocorre um desbalanço iônico, que provoca mudanças de cargas entre as micelas e a fase aquosa, desestabilizando suas conforma-
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ARTIGO
ções e gerando coagulação diante da desidratação sofrida pela prova do álcool. Com o menor teor de lactose, pode ocorrer um maior deslocamento de minerais do sangue para o leite, o que eleva a força iônica da solução coloidal, provoca a queda no pH e o aumento na concentração de cálcio iônico, favorecendo a precipitação da proteína devido à desestabilização das mesmas.
Outros estudos constataram que vacas com dias médios em lactação (DEL) elevado apresentaram desbalanço salino, confirmando os resultados de correlação entre LINA e estágio de lactação. A relação de lactose com a incidência de LINA não é encontrada apenas em vacas com DEL elevado, necessitando assim de mais estudos para sua causa. Entender as possíveis causas
Polyana Pizzi Rotta e Marcos Inácio Marcondes são professores do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Lethiane Garcia Rocha é mestranda em Zootecnia da UFV.
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do aparecimento de LINA é um grande passo para tentarmos ajustar os manejos da fazenda e evitar esse desagradável acontecimento, que pode acarretar em grandes prejuízos aos produtores, à indústria e, também, aos consumidores. Além disso, uma revisão nas normas da graduação do alizarol seria de grande ajuda para evitar possíveis problemas entre produtor e indústria.
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LEITE
TEMOS UM NOVO GENOMA REFERÊNCIA por Fábio Fogaça, gerente de Produto Leite Importado da Alta Os pesquisadores da Animal Improvement Programs Laboratory (AGIL), em cooperação com a Agricultural Research Service (ARS) e a Universidade da Califórnia, lançaram, em 2018, uma nova versão do genoma 28
PECUÁRIA EM ALTA
referência para o DNA bovino. A ideia foi substituir a versão da Universidade de Maryland, usada desde 2009 ao redor do mundo. Ambos sequenciaram o DNA da vaca Dominette, da raça Hereford. O novo mapeamento mos-
trou aprimoramento na imputação dos genótipos, alinhamento do sequenciamento de outros animais e da estrutura do gene. O número de marcadores utilizados nas previsões genômicas atualmente aumentou para
79.276 (ou 80k), dos 60.671 anteriores, usados desde 2014. A lista revisada inclui testes genéticos mais precisos adicionados recentemente a chips, remove marcadores de desempenho inferior, adiciona novas variantes com efeitos maiores sobre características e altera a ordem do marcador com base no novo mapeamento. Chips recentes da Zoetis, Neogen e Genetic Visions incluem novas variantes, selecionadas pela AGIL a partir de chips de sequência ou de alta densidade. O chip original de 50k ainda é usado por quase todos os outros países. Os ganhos de confiabilidade do atual conjunto de 60.671 de Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) versus 77.321 SNPs, em um estudo preliminar, foram estimados em 1,4 pontos percentuais entre características para raça Holandesa. Os SNPs adicionados foram selecionados de chips de alta densidade (HD), incluindo testes genéticos. Os ganhos de confiabilidade foram estimados em média 2,7 pontos percentuais, quando os SNPs adicionados foram selecionados a partir de dados de sequenciamento e HD. O conjunto final de SNPs implementados incluiu um total de 79.294 SNPs e foi uma combinação desses dois projetos. A pesquisa foi conduzida em duas fases para animais Holandeses – primeiro, imputando todos os touros e seus ancestrais, e depois, usando esses haplótipos como antecedentes para imputar os dois milhões restantes de fêmeas. A primeira fase levou cerca de dois dias de computação
“Hoje, com avaliações genômicas e genotipagem, os bezerros recémnascidos (ou até embriões não nascidos) podem obter uma avaliação genômica que é de 70% a 75% confiável, dependendo da característica”
e a segunda, uma semana, exigindo 25 processadores e 270 gigabytes de memória. A nova lista aumentou os tempos de execução de alguns programas-chave em cerca de 30%. Após alguns trabalhos de computação na AGIL, todos os dados foram então transferidos para o CDCB para uso em uma rodada de novembro e, agora, na avaliação oficial de dezembro, usando em todas as características das raças leiteiras. As estimativas de Breed Base Representation (BBR) também são atualizadas para a nova lista no CDCB. O AGIL e o CDCB analisaram os efeitos dos conjuntos SNP de 60k e 80k por meio de uma comparação, usando os dados de novembro de 2018. Comparando os conjuntos SNP 60k e 80k – com todos os outros fatores constantes – nenhuma tendência perceptível foi observada na população geral ou en-
tre todos os touros genômicos jovens em qualquer raça. No entanto, uma tendência de queda pode ser vista nos touros genômicos da raça Holandesa, Jersey e Pardo Suíço. Quando comparadas as avaliações de agosto a dezembro, a tendência de queda pode ser observada em todos touros genômicos jovens para as raças supracitadas. Grandes populações de referência obtêm mais benefícios de mais SNPs devido a mais fenótipos para estimar cada efeito do SNP. Para as raças Holandesas e Jersey, as correlações com as Capacidades Previstas de Transmissão (PTAs) anteriores são de cerca de 0,99 e os aumentos de confiabilidade são apenas cerca de 1 ponto percentual para as características de produção. Correlações de PTAs para outras características foram menores do que para características de produção. Para animais jovens da raça Holandesa, as seis novas características de saúde tiveram uma média de pouco menos de 0,99, enquanto as características de tipo e habilidade de parto obtiveram uma média menor que 0,98. As maiores mudanças individuais de PTA em cada raça foram observadas em animais estrangeiros que estão menos conectados à população dos Estados Unidos, animais com pedigrees menos completos e animais genotipados com os chips de menor densidade. As correlações excluíram as vacas mais velhas genotipadas com o chip 3k e as imputadas, pois as correlações são menores quando esses animais são incluídos. PECUÁRIA EM ALTA
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LEITE
Não existe um único motivo responsável pela mudança observada entre as provas quadrimestrais. É o resultado de uma combinação de fatores. O novo conjunto de SNPs certamente impacta as avaliações, mas seu impacto sobre a população de touro é limitado, como explicado acima. A variação negativa potencial para touros genômicos individuais ocorre pela combinação de fatores, como novos fenótipos, alta endogamia, avaliações genômicas (sem filhas) e médias parentais reduzidas (uma vez que a maioria dos touros oriundos de progenitores superiores é de touros genômicos também). O impacto da endogamia não é negligenciável. À medida que a população se torna mais relacionada com os touros superiores da raça, espera-se que os PTAs dos touros superiores diminuam. As avaliações da CDCB penalizam o aumento da endogamia para
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promover animais não endogâmicos. As subestimações conhecidas das avaliações tradicionais (referenciadas mais adiante neste relatório), somadas a uma maior variabilidade esperada nas avaliações somente genômicas de animais jovens superiores, são outros fatores que contribuem para a variabilidade. As estimativas de confiabilidade mudaram apenas ligeiramente, o que pode ser surpreendente, considerando que a expectativa foi um aumento de 1,5 ponto percentual na média das características. No entanto, como observado pelos pesquisadores do AGIL, as confiabilidades genômicas observadas versus publicadas já foram superestimadas em dois pontos percentuais para a raça Holandesa e três pontos percentuais foram subestimados para Jersey. As confiabilidades Holandesas devem agora estar corretas, ao passo que um ajuste
para cima das confiabilidades de Jersey ainda é necessário e será investigado. O tempo era sempre um grande fator, levando de quatro a cinco anos para que um touro recebesse uma avaliação baseada na progênie e, geralmente, mais dois ou três anos para atingir altas confiabilidades. Hoje, com avaliações genômicas e genotipagem, os bezerros recém-nascidos (ou até embriões não nascidos) podem obter uma avaliação genômica que é de 70% a 75% confiável, dependendo da característica.
Fábio Fogaça, Gerente de Produto Leite Importado Zootecnista pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado em Reprodução e Gerenciamento de Saúde de Rebanho, na International Livestock Management Schools no Canadá. Há 9 anos integra a equipe da Alta.
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CAPA
ALTA BATE RECORDE E COMERCIALIZA 5 MILHÕES DE DOSES DE SÊMEN EM 2018 ALÉM DE TODOS OS BENEFÍCIOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO, OS 5 MILHÕES DE DOSES VENDIDAS PELA ALTA PODEM GERAR PARA O MERCADO BRASILEIRO QUASE R$ 8 BILHÕES 32
PECUÁRIA EM ALTA
“Para muitos, esse número pode significar apenas mais uma meta batida ou um patamar alcançado, mas, para a Alta, esse número vai muito além. Os cinco milhões de doses foram cautelosamente planejados, em sintonia com a filosofia da empresa, de fomentar cada vez mais o mercado brasileiro e contribuir com a pecuária mundial”, afirma o diretor da Alta Brasil, Heverardo Carvalho. No início de 2018, a meta era de 4,5 milhões. Os cinco milhões de doses comercializadas superaram as expectativas e representam o rompimento de uma barreira histórica no mercado de genética nacional. “Em 2014, já saímos na frente e atingimos a marca de quatro milhões de doses. Superar esse feito em 2018, após três anos de economia deprimida, significa que estamos no caminho certo, sendo parceiros dos pecuaristas, ajudando-os na identificação e
“Superar esse feito em 2018, após três anos de economia deprimida, significa que estamos no caminho certo, sendo parceiros dos pecuaristas, ajudando-os na identificação e na solução dos problemas para continuarmos ultrapassando barreiras” na solução dos problemas para continuarmos ultrapassando barreiras”, acrescenta Carvalho. Segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação
Artificial (ASBIA), no primeiro semestre de 2018, as empresas de genética comercializaram a soma de 5.106.718 doses, um crescimento de quase 9% em relação ao ano anterior. No mesmo período, a Alta cresceu 17%, ou seja, praticamente o dobro do mercado. Heverardo explica que a empresa encerrou o ano com avanço de 20% na venda de sêmen e 21% no faturamento, quando comparado a 2017. “Foi um ano realmente espetacular para a Alta. Diversos fatores influenciaram nesses resultados, desde o investimento, superior a R$1,2 milhão em treinamentos da equipe; os mais de 96 escritórios espalhados pelo país, para garantir atendimento ágil e de qualidade, até fatores de mercado como as exportações de carne e animais vivos, que tiveram ótima recuperação em 2018”, destaca Carvalho.
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CAPA
O que 5 milhões de doses representam? “Desde que a meta foi traçada, sabíamos de todos os desafios, mas também tínhamos consciência da importante contribuição que estamos dando para a nossa pecuária”, comenta Heverardo. Do número total de doses comercializadas em 2018, quatro milhões foram de touros das raças de corte. Se considerarmos uma taxa de concepção, a Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF) média de 50%, que é próxima à realidade brasileira, reduzindo 10% de perda gestacional e mortalidade de bezerros, podemos estimar a produção de 1,8 milhão de bezerros desmamados, entre machos e fêmeas, oriundos das doses comercializadas. “Desse número, se diminuirmos 3% de taxa de mortalidade entre o desmame até o abate e estipularmos média produtiva de 17 arrobas por animal (considerando 16@ para as fêmeas e 18@ para os machos), chega-
mos ao extraordinário número de quase 30 milhões de arrobas produzidas, supondo, hipoteticamente, que todos os animais sejam destinados à produção de carne”, diz Heverardo.
“Desde que a meta foi traçada, sabíamos de todos os desafios, mas também tínhamos consciência da importante contribuição que estamos dando para a nossa pecuária” Os quatro milhões de doses de sêmen de reprodutores de corte comercializadas pela Alta no ano de 2018 representam
A demanda mundial por alimentos De acordo com a FAO, em 2050, a população mundial vai superar 9,1 bilhões de pessoas. Para suprir toda essa demanda é necessário um aumento de 70% na produção de alimentos, de 2005 até 2050. Além disso, segundo a FAO, apenas 10% desse aumento na produção virá da abertura de novas áreas para agropecuária, sendo os outros 90% pelo aumento na produção com a intensificação e o uso de tecnologias.
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PECUÁRIA EM ALTA
para a pecuária brasileira uma produção de mais de 445 milhões de quilos de carne, ou seja, 445 mil toneladas. Para se ter uma ideia, esse número representa, aproximadamente, 28% de toda a carne in natura exportada pelo Brasil, em 2017. Segundo relatório da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), o número de exportação de carne in natura naquele ano foi de 1,57 milhão de toneladas. Ainda de acordo com a ABIEC, o faturamento com as exportações de carne foi de R$19,4 bilhões, ou seja, as doses de sêmen de reprodutores de corte comercializadas pela Alta poderiam gerar cerca de R$5,5 bilhões. Quando se converte o número de doses de corte vendidas no ano passado pela Alta em quilos de carne produzidos, pode-se alimentar toda a população do Centro-Oeste (13,2 milhões) por 11 meses. Ou, quem sabe, alimentar toda a população do Distrito Federal (2,9 milhões) por quatro anos. Analisando a geração de emprego, de acordo com levantamento da Inttegra Consultoria, em média utiliza-se um vaqueiro para cada 599 fêmeas no rebanho. Se levar em conta que cada dose comercializada corresponde a 1,3 vaca na fazenda (3,1 milhões de fêmeas), são 5.137 empregos diretos gerados. Para atender esse número de inseminações, são quase 1.400 veterinários envolvidos, tanto na IA quanto na IATF.
ALIMENTA por 4 anos o Distrito Federal
1,8 MILHÕES de bezerros
@ 4 MILHÕES semens de corte
30 MILHÕES de arrobas produzidas
Pecuária de leite em números Uma das vantagens da IA é a possibilidade de melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho, reduzindo o Intervalo Entre Partos (IEP) nas fêmeas. Na pecuária de leite, por exemplo, existem estudos que comprovam que a redução de um mês no IEP aumenta 10% da produtividade da fêmea. Isso porque, quanto antes você emprenhar essa fêmea, maior será a produção média de leite por lactação durante a vida produtiva dela. A Alta comercializou um milhão de doses de sêmen das raças leiteiras, no ano passado. Considerando a média da taxa de concepção de 35% (IA e
IATF) do total de doses vendidas, 350 mil fêmeas ficaram gestantes com um menor IEP. Supondo uma média de quatro mil litros por animal/ano, mais os 10% de incremento na produção proporcionada pela redução do IEP, ao final da lactação dessas fêmeas, chega-se a mais de 1,5 bilhão de litros de leite em um ano. Essa quantidade corresponde a 4,3% de todo o leite produzido no Brasil em 1 ano. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), a média do segundo semestre do litro
de leite pago ao produtor foi de R$1,42. Sendo assim, é possível dizer que um milhão de doses de sêmen de raças de leite pela Alta podem gerar para o mercado R$2,2 bilhões. Para se ter uma referência, com esse número seria possível suprir a demanda de leite de toda a população do Goiás e Distrito Federal (9,9 milhões) por um ano. É possível ir muito além nesse número. Se essa matriz, que possivelmente nem tinha uma genética tão boa, só com o IEP, obteve tamanho aumento na produtividade, imagine só a filha dela, que será de um reprodutor com potencial genético superior
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e números adequados para o sistema de produção. A utilização de um touro superior pode transmitir para essa futura produtora de leite uma Capacidade Prevista de Produção (PTA) de 300kg, ou seja, essa fêmea terá em sua lactação 300 litros a mais de leite. O Brasil possui, aproximadamente, 22 milhões de vacas em lactação, com uma produção anual média de 1.600 litros. Se todo o rebanho leiteiro fosse renovado por fêmeas filhas de sêmen de touros com genética superior, haveria um incremento de 6,5 bilhões de litros de leite ao ano.
5 milhões de doses em reais Se forem considerados todos os exemplos de produção citados no levantamento desta reportagem, os cinco milhões de doses de sêmen comercializadas em 2018 pela Alta podem gerar para o mercado brasileiro quase R$8 bilhões, considerandose R$ 5,5 na pecuária de corte e R$ 2,2 na pecuária de leite.
Contribuição da inseminação artificial para o meio ambiente Um levantamento realizado pelo professor do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), Pietro Baruselli, aponta que o ganho genético, nascimento na melhor época do ano e todos os outros benefícios que a inseminação artificial pode agregar impactariam em 1,7 arrobas a mais na carcaça de um animal abatido. Se 100% dos animais abatidos hoje no Brasil (39,2 milhões) fossem frutos de inseminação, produziríamos a mesma quantidade de carne (9,71 milhões TEC) em uma área 9,2% menor, ou seja, 15,1 milhões de hectares a menos. Novamente, a tecnologia da Inseminação Artificial colabora para a preservação do meio ambiente. “O Brasil utiliza muito pouco
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as ferramentas do melhoramento genético e a inseminação artificial é uma delas. Na realidade, acredito que os números produtivos no nosso país só não são melhores porque muitos pecuaristas ainda desconhecem as vantagens da técnica”, declara o professor Pietro. Aos poucos, essa realidade tem mudado. Na última década, o Brasil saltou de 7,4 milhões de matrizes inseminadas para mais de 12,4 milhões. Somando a pecuária de corte e leite, são cerca de seis milhões de bezerros nascidos. Esses números mostram não só crescimento da pecuária brasileira, mas a evolução. A IA proporciona aos pecuaristas produzir mais, com qualidade, em menos tempo e menor espaço. Hoje, um animal macho de corte, por exemplo, já é aba-
tido aos 15 meses pesando 20 arrobas. Fêmeas são desafiadas na reprodução aos 12 meses de idade. Enquanto muitas fazendas têm a primeira estação de parição das fêmeas com mais de 30 meses de idade, em algumas, a fase da recria foi eliminada e essas fêmeas já estão na sua segunda gestação. São resultados que, há pouco tempo, pareciam distantes e se tornaram reais pelo empenho de vários pecuaristas que utilizam a inseminação artificial e acreditam no melhoramento genético. Apesar de muitos apontarem o agronegócio como o grande vilão do meio ambiente brasileiro, os números provam o contrário. O gráfico abaixo mostra claramente a diminuição na utilização nas áreas de pastagens e o aumento no número de animais do rebanho brasileiro.
Brasil é campeão em preservação
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO INTEGRAL
10,4% TERRAS INDÍGENAS
25,6%
30,2%
13,8% VEGETAÇÃO NATIVA EM TERRAS DEVOLUTAS E NÃO CADASTRADAS
PASTAGENS NATIVAS
8% PASTAGENS PLANTADAS
66,3%
FLORESTAS PLANTADAS
16,5%
1,2%
13,2%
INFRAESTRUTURAS E OUTROS LAVOURAS
7,8%
3,5%
PROTEGIDA PRESERVADA
ÁREAS DESTINADAS À PRESERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO NOS IMÓVEIS RURAIS
ÁREA DESTINADA À VEGETAÇÃO
USO AGROPECUÁRIO
TERRAS NO BRASIL (02/2018)
OCUPAÇÃO E USO DAS
No mundo, só existem dez países com mais de dois milhões de quilômetros e dentre eles está o Brasil. Nós somos, disparados, os campeões em preservação. Mais de 60% do território brasileiro é destinado à vegetação protegida e preservada, sendo que 25,6% das áreas são protegidas por produtores rurais brasileiros, que não ganham nenhum real por essa manutenção.
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3,5
Fonte: SFB, SICAR, EMBRAPA, IBGE, MMA, FUNAI, DNIT, ANA, MPOG.
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PROGRAMAS E SERVIÇOS
PLANEJAMENTO: O SUCESSO DA SUA ESTAÇÃO DE MONTA por Danillo Afonso Rodrigues, gerente de Prestação de Serviços O período das chuvas traz com ele o aumento na oferta de alimentos para os animais. Por isso, muitos produtores aproveitam essa época para dar início ao trabalho reprodutivo na propriedade. Para quem busca eficiência produtiva, a estação de monta
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PECUÁRIA EM ALTA
é um dos primeiros passos para o sucesso. Após a identificação dos melhores reprodutores para as fêmeas daquela safra, é a estação de monta que pode determinar todo o futuro do seu rebanho. Ao estabelecer um calendário de inseminações, o produ-
tor consegue, por exemplo, ter controle dos nascimentos, com bezerros nascendo na melhor época do ano. Os descartes de fêmeas vazias se tornam mais assertivos, além de todo o rigoroso controle zootécnico que é estabelecido dentro da propriedade. Tudo isso influencia diretamente na seleção e no melhoramento genético da propriedade. Outra grande importância da estação de monta é a facilidade na formação dos lotes de manejo. Quanto menor a variação de idade entre os indivíduos e maior o número de animais em um lote, melhor será a estimativa dos valores genéticos reais de cada indivíduo. O aumento na utilização da técnica da Inseminação Artificial (IA) tem feito com que muitos produtores implantem uma estação de monta planejada no período reprodutivo. A IA influencia diretamente no aumento da produtividade do rebanho, proporciona maior controle de doenças sexualmente transmissíveis, maiores índices de prenhez, aceleração do melhoramento genético, diminui os custos por prenhez, dentre vários outros fatores que influenciam diretamente o uso
da técnica. Além de utilizar touros melhoradores, contratados por centrais de inseminação, outra alternativa para compor o grupo de touros que serão utilizados para produzir a próxima geração é utilizar os touros da própria fazenda, através da Inseminação Artificial. Suponhamos que você comprou um touro melhorador ou que você mesmo o tenha produzido aí na sua propriedade e, por questões de mercado, ele pode não ter sido contratado por nenhuma central. Depois de uma avaliação do seu plantel com os técnicos que o atendem, vocês definem que aquele touro é ideal para ser utilizado em larga escala no seu rebanho. Mas sabemos que é necessário respeitar o número de vacas para ele, para evitar o desgaste do indivíduo e aumentar a sua vida útil. Como fazer para utilizar a sua genética em um maior número de fêmeas? Coletar o touro em uma central especializada e inseminar o maior número possível de matrizes. Além da economia financeira (de 20% a 30% no preço médio da dose de sêmen), o proprietário otimiza o uso de seus reprodutores, explorando-o em larga escala e tem a oportunidade de assegurar uma reserva genética daquele indivíduo, porque imprevistos podem acontecer. O importante é que você se atente ao momento correto de enviar o reprodutor em questão para a central de coleta especializada. Quando as chuvas caírem e a estação de monta começar, as doses de sêmen já
“A Alta é responsável não só pelas coletas de touros comerciais, que estão no catálogo de vendas da empresa, mas, também, de touros de Prestação de Serviço, enviados pelo proprietário para coletas particulares” devem estar prontas para serem utilizadas. Por isso, é necessário que o touro a ser coletado esteja na central alguns meses antes do início da estação de monta. Na maioria das fazendas do Brasil, a estação de monta tem início no mês de outubro, período que coincide com a época de melhor qualidade e maior disponibilidade de forragem. Assim sendo, para termos doses disponíveis para a inseminação nesse período, é interessante que os reprodutores cheguem à central entre os meses de fevereiro e abril, para que se ambientem, cumpram o quarentenário e iniciem suas coletas. A Alta é responsável não só pelas coletas de touros comerciais, que estão no catálogo de vendas da empresa, mas, também, de touros de Prestação de Serviço (touros enviados pelo proprietário para coletas particulares). A Central da Alta Brasil está localizada em Uberaba (MG). É
um ponto estratégico no país que recebe as principais feiras pecuárias nacionais e internacionais, tornando-a uma excelente vitrine. A central é considerada, hoje, a mais moderna da América Latina, por toda a sua estrutura e seus investimentos em equipamentos de última geração. Por ano, recebe mais de 12 mil visitantes entre pecuaristas, técnicos, criadores, estudantes e pessoas relacionadas ao agronegócio. A estrutura física moderna e funcional faz com que os touros se sintam em casa e possibilita que a mão de obra, altamente capacitada, desempenhe um excelente trabalho. Todas as doses produzidas, sejam para comercialização da própria empresa, ou para a prestação de serviço, passam por um rigoroso controle sanitário e possuem padrão de qualidade internacional. Tudo para garantir o sucesso do pecuarista no campo. Por isso, não espere. Garanta já a estadia do seu touro na melhor central do Brasil e tenha suas doses de sêmen prontas para a próxima estação de monta. Afinal, planejamento é tudo.
Danillo Afonso Rodrigues, Gerente de Prestação de Serviços Zootecnista formado pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), com experiências em fazendas de gado de corte nos Estados Unidos e Senegal, é gerente de Prestação de Serviços da Alta.
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GIRO NO CAMPO
Participe e envie sua foto para pecuariaemalta@altagenetics.com.br
O belíssimo registro do representante da Alta na regional Goiânia, Roger Louzado
Nedson Rodrigues, Presidente do Novilho Precoce (MS) e sócio da Fazenda Cachoeirão, Clemilson Sandim, Consultor de vendas da regional Alta em Campo Grande, André Rodrigues, Veterinário da Fazenda Cachoeirão e Jair Assis, Ger. Regional Alta em Campo Grande
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O casal de pecuaristas Geovani Teixeira e Fernanda Elias, em visita à central da Alta, em Uberaba (MG)
Gerente de Leite Importado Alta, Fábio Fogaça, com o professor José Eduardo Portela Santos, o gerente da Universidade Alta, Gláucio Lopes, e o gerente de Produto Colostro da Alta, Rafael Azevedo
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@bruninha_quintana
@darlissonrodrigues
@lelis.william
@lourencosena
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@rodrigohgpe
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PECUĂ RIA EM ALTA
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RAÇAS
CROSS MATE PROGRAMA TRAÇA PERFIL DOS REBANHOS POR REGIÃO “Um dos pontos mais buscados na pecuária de leite é a padronização do rebanho. O Programa Cross Mate nos auxilia muito nesse ponto, além de organizar as informações das propriedades. Sempre alinhado com o objetivo traçado pelo criador, facilita o levantamento das avaliações morfológicas das vacas e dos acasalamentos individuais. Com gráficos e tabelas, o programa nos apresenta como os touros estão sendo utilizados, quantidade, forma de cruzamentos, os graus de sangue e projeta o futuro do rebanho, bem como a evolução genética”, afirma o técnico de Leite da Alta, Rodrigo Peixoto. Segundo Rodrigo, o Cross Mate apresenta os acasalamentos de forma muito clara e organizada, também, para os inseminadores, minimizando muito os erros na hora das inseminações. Ele explica que o programa foi criado para orientar no acasalamento dirigidas propriedades com foco em raças tropicais, auxiliando produtores no processo de seleção de animais para compor o rebanho. “Com um atendimento personalizado, o programa gera um relatório de orientação do acasalamento, a partir do tipo de sistema da propriedade e
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“Com gráficos e tabelas, o programa nos apresenta como os touros estão sendo utilizados, quantidade, forma de cruzamentos, os graus de sangue e projeta o futuro do rebanho, bem como a evolução genética”
da avaliação linear do rebanho, ranqueando as matrizes e os touros por um índice individual. Com base em seis características morfológicas e a partir do objetivo estipulado pela propriedade, o programa realiza as melhores combinações entre touro e vaca. É imprescindível definir o objetivo de seleção. Os acasalamentos realizarão permanentes mudanças genéticas ao longo do tempo”, afirma a técnica de Leite responsável pelo programa, Júlia Gazoni. Em funcionamento desde junho de 2018, o Cross Mate já
Benefícios do Cross Mate • Gerar maiores ganhos genéticos anuais para o rebanho. • Aumentar o uso de touros jovens com alto potencial genético • Controlar a consanguinidade • Reduzir os descartes de animais superiores devido a problemas morfológicos. • Definir um plano futuro de melhoramento genético, elevando a pressão de seleção. • Auxiliar nas estratégias e decisões da propriedade para aumentar a lucratividade.
acasalou 20.694 matrizes, em 118 rebanhos, distribuídos nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. “O Cross Mate gera muita segurança na utilização dos touros indicados, projetando o rebanho futuro da fazenda, já que é baseado no plano genético traçado entre nós, técnicos, e os produtores, de acordo com cada sistema de manejo”, afirma o gerente regional da Alta em Fortaleza (CE), Eliezel do Nascimento. Quando falamos do perfil linear das matrizes acasaladas, a Região Norte apresentou vacas com forma leiteira arqueada, úbere bem aderido e pelagem escura. No Nordeste, as matrizes avaliadas apresentaram uma conformação mediana, dando destaque à pelagem escura, e no Sudeste, a morfologia ava-
Avaliação morfológica do rebanho
Atendimento Personalizado Evolução genética
VEJA COMO
FUNCIONA
Seleção dos touro de acordo com o objetivo da propriedade
Entrega do rebanho futuro e do investimento financeiro
Melhores combinações de acasalamento para potencializar as características de cada animal
liada das matrizes foi mediana. “Com os dados já recebidos no programa, conseguimos traçar o perfil médio das matrizes e
“É imprescindível definir o objetivo de seleção. Os acasalamentos irão realizar permanentes mudanças genéticas ao longo do tempo” quais são as principais composições raciais por região, entendendo quais características deverão ser trabalhadas para obter animais saudáveis, fun-
Ranqueamento das fêmeas
cionais, produtivos e adequados ao tipo de sistema de produção. Assim, aumentamos a eficiência e a longevidade dos animais, reduzindo o descarte involuntário, permitindo a criação de estratégias, a partir de plano futuro de melhoramento para intensificar a pressão de seleção e entregar aos produtores não só o acasalamento das vacas, mas o retorno do investimento”, finaliza Júlia.
Júlia Gazoni, Técnica de Leiteda Alta Zootecnia pelo Instituto Federal do Triangulo Mineiro (IFTM), capacitada em gestão da pecuária leiteira pelo Rehagro.
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RAÇAS
CRIATÓRIO BRASILEIRO DA RAÇA BRAHMAN É DESTAQUE EM CONGRESSO INTERNACIONAL
Sediado na Fazenda Morro Alto II, em Uberlândia (MG), o Criatório UberBrahman é reconhecido nacional e internacionalmente através de sua marca UBER. Desde o início da seleção pautaram o trabalho por Provas Zootécnicas e pesquisas realizadas através de Cooperações Técnicas, que mantém com diversas Universidades e Instituições, no Brasil e no Exterior. Todo esse trabalho produz animais provados, com excelente desempenho nas características de maior impacto econômico, principalmente ambientes com clima tropical. Realizado no fim de 2018, o XIX Congresso Mundial da Raça 44
PECUÁRIA EM ALTA
Brahman em Bucaramanga, na Colômbia, homenageou os criatórios que mais se destacaram mundialmente na raça, dentre eles, estava o UberBrahman, que é hoje um dos maiores fornecedores de genética Brahman no Brasil (sêmen e embriões) e para exportação. “Boa parte do sucesso do UberBrahman, deve-se a parceria com a Alta Genetics. Além de orientar cuidadosamente os clientes, na utilização correta dos touros, Alta sempre traz para nós as demandas do mercado e discutimos juntos cada passo. Como foi o caso do projeto para Facilidade de Parto, onde após anos de pesquisa e seleção, lan-
çamos com segurança pela primeira vez no mercado, touros Zebu Indicados para Novilhas. Há novos projetos sendo elaborados que trarão mais avanços a pecuária”, diz Aldo Valente, sócio do UberBrahman. Touros como Mr. Natural, Mr. Araguaia, Mr. Atina, Mr. UBER 401, Mr. Tufão, entre outros, fizeram história no Brasil e em vários outros países e são a preferência do mercado. Um dos pontos altos do evento foi o Painel Internacional, com a apresentação dos casos de sucesso com a raça Brahman no mundo. Foram selecionados os tradicionais ranchos americanos: Hudgins e V8; o Rancho Chapopote, do México; o Centro Genético Las Talas, do Paraguai e a fazenda Grancebu, da Colômbia, de Fábio Jaramillo que também foi o mediador do Painel. Do Brasil foi convidado para participar o criatório Brasileiro UberBrahman, fundado pelos pecuaristas Aldo Valente e Carlos Balbino. “O objetivo do Painel foi conhecer detalhes dos maiores casos de êxito internacional com a Raça Brahman, as linhas genéticas que utilizam, o sistema de produção, os critérios de seleção e os métodos de promoção
“Boa parte do sucesso do UberBrahman, deve-se a parceria com a Alta Genetics. Além de orientar cuidadosamente os clientes, na utilização correta dos touros, Alta sempre traz para nós as demandas do mercado e discutimos juntos cada passo. Como foi o caso do projeto para Facilidade de Parto, onde após anos de pesquisa e seleção, lançamos com segurança pela primeira vez no mercado, touros Zebu Indicados para Novilhas. Há novos projetos sendo elaborados que trarão mais avanços a pecuária”
e comercialização, afim de servir como orientação e motivação aos participantes”, relatou Andrés Arenas, Diretor Técnico da Asocebu – Colômbia. Os temas relacionados à produtividade estiveram na maior parte das perguntas realizadas, sobretudo a Fertilidade, Adaptabilidade e Qualidade de Carne. O evento contou com a participação de cerca de 700 pessoas, entre criadores e técnico de todo o mundo e a maioria das perguntas foi direcionada ao UberBrahman, representado pelo Aldo Valente e seu filho Filipe Valente. “Acompanho o UberBrahman desde o início, gosto muito do trabalho que realizam e sempre tiveram o mesmo foco: produtividade a pasto. Isso é muito importante para nossa pecuária e para a raça Brahman”, afirmou Fábio Jaramillo, que mediou o Painel e é um dos mais respeitados nomes da raça Brahman no mundo. Ainda durante a programação do Congresso, Filipe Valente, do UberBrahman, realizou uma palestra aos participantes do evento: “Novas Tendências na Seleção da
Raça Brahman”. O auditório lotou, muitos criadores e técnicos de diversos países participaram ativamente e ao final a apresentação se tornou uma mesa redonda, onde foram discutidas as principais ferramentas de seleção e os novos rumos da raça Brahman a nível mundial. Os membros do UberBrahman participaram também das reuniões institucionais. Na reunião da FICEBU o tema central foi a organização formal da entidade, onde Aldo Valente sugeriu a criação da Diretoria de Fomento, que poderia interagir com as entidades nacionais, apoiando e compartilhando soluções. A proposta foi muito bem recebida. “Em muitas situações, os zebuínos estão “apanhando” dos taurinos e compostos, sem esboçar qualquer reação. No Brasil tivemos a marca histórica, onde os taurinos superaram os zebuínos em venda de sêmen e nossas entidades permaneceram silenciosas. Temos o melhor produto e é o que mercado precisa, necessitamos trabalhar de maneira coordenada a nível internacional”, defendeu
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Aldo Valente. O evento contou ainda com julgamentos e leilões, entre inúmeras outras atividades. O UberBrahman ainda participou de diversas reuniões com grupos, visando integração técnica e comercial, desenvolvendo a formação de novas alianças. “Neste Congresso tivemos a oportunidade de fechar novas parcerias que vínhamos trabalhando. Há muitas empresas com o mesmo foco e a mesma visão que o UberBrahman e que, juntos, podemos ajudar com mais força o avanço no aprimoramento necessário para o Zebu e para a raça Brahman”, finalizou Filipe Valente.
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CORTE
PECUÁRIA EM DOIS TEMPOS: PRECOCIDADE E PRECISÃO NO CICLO COMPLETO por Rafael Mazão, consultor técnico de Corte da Alta A pecuária moderna exige ferramentas sólidas para estabelecer as deficiências e fortalezas dos projetos em qualquer sistema de produção: cria, recria ou terminação, ou mesmo ciclo completo, extensivos ou intensivos, e assim determinar os “caminhos” para atingir os objetivos com maior facilidade. Já que temos um ciclo longo de produção na pecuária, qualquer ganho em tempo representa muito lucro; imagine ainda ganhar, além do tempo, também na genética inserida no rebanho, com maior rapidez. Vamos, então, identificar os dois tempos da pecuária atual. O primeiro tempo Começamos pelo primeiro tempo. Sabemos que a palavra tempo é um substantivo masculino, “sinônimo” absoluto de precocidade e maior lucro na pecuária de corte. A precocidade refere-se a toda ação de seleção determinada à redução do ciclo pecuário. Mas onde identificar a precocidade no rebanho? Identificamos no peso. Independentemente do sistema de produção, analisando os contemporâneos, o indivíduo ou grupo com a maior capacidade de ganho de peso será o mais precoce, seja na desmama, ao 48
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ano, sobreano e ao abate, consequentemente aquele que consegue produzir mais peso em menor tempo.
“Identificar os animais melhoradores que levam ao rebanho ganho genético e produtivo, além da média da população, significa sentar numa Ferrari e andar de zero a 100 km/hora em 2,8 segundos, deixando de lado o tradicional Fusca, que talvez nem chegue aos 100 km/hora” Outras formas de identificação são o rendimento e o acabamento. Mencionamos, acima, o abate, mas não só o peso identifica precocidade ao final do ciclo da pecuária de corte. Há outros dois fatores que influenciam o sistema terminal: rendimento e acabamento da carcaça.
A precocidade em rendimento será distinta em animais geneticamente superiores para área de olho de lombo (AOL), que expressa o resultado direto desta característica, ou seja, maior AOL, maior rendimento de carcaça e maior lucro no abate. Já quanto ao acabamento, a espessura de gordura subcutânea (EGS) demonstra a capacidade do animal de formar maior ou menor quantidade de gordura. Como o último tecido a ser formado é o adiposo (gordura), quando o animal expressa a deposição de gordura frigorífica ideal (mediana a uniforme), reflete sua terminação precoce – nos animais zebuínos, abaixo de 24 meses, e nos taurinos continentais e seus cruzamentos, abaixo de 18 meses – como um exemplo convencional na classificação frigorífica de carcaças. Outra forma de identificação é a fertilidade. A fertilidade apresenta tanto nas fêmeas quanto nos machos indicadores diretamente correlacionados à precocidade sexual. Vamos utilizar aqui um dito popular: “Sem vaca prenhe não tem seleção”. É exatamente isso! Sem matriz gestante não existe produto. Se não existe produto, não tem como selecionar nada. Mas queremos mais, busca-
mos as novilhas prenhas à idade púbere o mais precoce possível, direcionando o desafio aos zebuínos (base nacional) nossa busca: todo “mundo” gestante até os 15 meses. É a probabilidade de parto precoce (3P). Além do bom manejo, sanidade e nutrição, “pois avião não decola com gasolina comum”, podemos selecionar e ter bons resultados na antecipação do ciclo no primeiro produto da matriz. Lembra-se da precocidade em acabamento, citada acima? Então, ela tem alta correlação com precocidade sexual, pois o mesmo hormônio que libera a produção de gordura no organismo tem associação aos hormônios reprodutivos à idade púbere, leptina! Por isso, além de ficar de olho na diferença esperada na progênie (DEP) 3P, ao selecionar fêmeas precoces sexualmente, também atente-se para a DEP EGS, ou seja, espessura de gordura subcutânea. Trabalhos indicam superioridade de mais de 33% de diferença no fluxo de caixa nas propriedades que utilizam as novilhas
com prenhez precoce (12 a 15 meses), quando comparadas em sistemas convencionais com primeira concepção de 24 a 27 meses de idade. Já nos machos, o melhor indicativo é pelos indivíduos melhoradores para perímetro escrotal ao ano (PE 365), evidenciando ainda serem mais pesados à mesma idade, pois existe relação genética direta com alta herdabilidade para seleção de perímetro escrotal e peso. A seleção reflete nas fêmeas também, ou seja, filhas de touros melhoradores para DEP PE 365 são mais precoces sexualmente e os filhos ganham na mensuração testicular, refletindo em maior ganho econômico quando se trata de reprodutores, como mostra a tabela.
Fonte: Dstak Assessoria Pecuária (2018)
Identificar os animais melhoradores que levam ao rebanho ganho genético e produtivo, além da média da população, significa sentar numa Ferrari e andar de zero a 100 km/hora em 2,8 segundos, deixando de lado o tradicional Fusca, que talvez nem chegue aos 100 km/hora. PECUÁRIA EM ALTA
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CORTE
O segundo tempo Agora, vamos identificar o segundo tempo: tecnologia. A pecuária moderna exige precisão. O “sinônimo” de precisão é tecnologia. Somente com ferramentas de identificação com precisão, podemos tomar as melhores decisões e selecionar os animais precoces que ficam e que serão descartados do rebanho. As avaliações genéticas provenientes dos sumários integram essas ferramentas para atestar touros, matrizes e produtos por meio das DEPs de pedigree, interinas e de progênies; esta última provando os animais e aumentando a acurácia quanto às características de precocidade. As avaliações genômicas, que dão subsídio antecipado, são aliadas, oferecendo oportunidades aos animais jovens melhoradores em precocidade de ser multiplicados com maior confiabilidade genética (acurácia). As avaliações intrarrebanho dão suporte técnico quando mensurada e avaliada a produção de contemporâneos por safra do desmame ao sobreano. A perspectiva é identificar produtos, matrizes e reprodutores, dando oportunidade de manter da porteira para dentro os mais produtivos e precoces animais no sistema de produção e os ineficientes, da porteira para fora.
Rafael Mazão, Técnico de Corte Zootecnista especialista em Melhoramento Genético e em Julgamento das Raças Zebuínas pelas Faculdades de Zootecnia de Uberaba (Fazu), diretor técnico da empresa Dstak Assessoria Pecuária, jurado efetivo da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) há mais de 10 anos, atua como consultor técnico de corte pela Alta desde 2014
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TOUROS LÍDERES EM PRECOCIDADE DA ALTA
PRECOCIDADE EM GANHO DE PESO
Peso a desmama REM DHEEF
Peso ao sobreano CEN 8818 ELTON
PRECOCIDADE AO ABATE
DEP AOL área de olho de lombo: REM F22
DEP acabamento REM ATOLO
PRECOCIDADE SEXUAL
DEP 3P probabilidade de parto precoce: CEN ADONIS
DEP PE365 perímetro escrotal ao ano: DOUTOR TERRA BRAVA
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CRIAÇÃO DE BEZERROS
TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA EM BEZERROS DE CORTE por Paula Marques Tiveron, trainee Comercial da Alta e Rafael Alves de Azevedo, gerente de Produto Colostro da Alta Fonte: texto adaptado do artigo escrito por M. McGee e B. Earley, com o título “Review: passive immunity in beef-suckler calves”, publicado no periódico “Animal”, de 2018.
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A importância de uma correta transferência de imunidade passiva por meio do fornecimento do colostro e da absorção intestinal das imunoglobulinas colostrais é reconhecida mundialmente. A mortalidade, morbidade e o menor crescimento de um animal mal colostrado resultam em impactos econômicos negativos para a pecuária bovina de corte. Porém, esse assunto ainda é deixado de lado por muitos produtores, tendo poucos estudos focados no bezerro de corte. As diversas revisões existentes na literatura científica sobre imunidade neonatal bovina referem-se quase que exclusivamente a bezerras leiteiras. Apesar de se associar à imunidade passiva igualmente a bezerros de corte e leite, os fatores genéticos, ambientais e de manejo, em geral, são extremamente diferentes, resultando em um estado imunológico diverso. O colostro é a primeira secreção da glândula mamária produzida após o parto, sendo um alimento muito rico em nutrientes e outras substâncias biologicamente ativas. Ele contém, por exemplo, carboidratos, proteínas, fatores de crescimento, citocinas, gorduras, minerais e vitaminas, sendo considerado a principal fonte de nutrientes para os recém-nascidos. Embora o foco seja a imunidade passiva em relação às imunoglobulinas, reconhece-se que o colostro contém uma grande variedade de outros fatores. Diversos fatores poderão influenciar na produção de colostro quanto à quantidade e qualidade. No geral, considerando
“A ingestão de colostro em adequada quantidade e qualidade é essencial ao recémnascido para o fornecimento de proteção imunológica durante as primeiras semanas de vida até que seu próprio sistema esteja funcional”
que as vacas leiteiras são geneticamente selecionadas para a produção de leite, maiores volumes são esperados. Porém, quando comparada a produção de colostro em vacas de corte multíparas e em vacas de leite primíparas, observa-se maior produção no primeiro grupo, refletindo o menor desenvolvimento da glândula mamária nas novilhas. Apesar de poucos estudos quantificarem o colostro em vacas de corte, bem como relatarem a sua qualidade, observa-se influência do genótipo, da paridade e do nível de nutrição materna. Estudos observaram que a indução de parto por duas semanas antecedentes reduziu a qualidade do mesmo em vacas de corte. A ingestão de colostro em adequada quantidade e qualidade é essencial A ao recém-nascido
para o fornecimento de proteção imunológica durante as primeiras semanas de vida até que seu próprio sistema esteja funcional. A absorção de anticorpos por meio do epitélio intestinal durante o período neonatal diminui com o tempo pós-parto e cessa após 24 horas. Sendo assim, recomenda-se que os bezerros de corte amamentem o colostro dentro de duas horas pós-parto. Em relação ao manejo de colostragem, uma das diferenças entre os bezerros de leite e os bezerros de corte é que, no corte, os animais permanecem e amamentam em suas mães, considerando que, normalmente, o bezerro leiteiro é removido de sua mãe logo após o nascimento e recebe o colostro de forma artificial. Comparada à amamentação na mãe, a alimentação artificial tem benefícios, pois, para o bezerro de corte conseguir ingerir colostro suficiente, ele primeiro precisa ficar em pé, andar, encontrar o teto da mãe e sugar, enquanto, simultaneamente, a mãe deve ter um bom vínculo materno com a cria, produzir um volume adequado de colostro com concentrações adequadas de imunoglobulinas e tetos que possam ser succionados facilmente pelo recém-nascido. Circunstâncias que afetam esses fatores comportamentais têm um impacto negativo na transferência de imunidade passiva em bezerros de corte, interferindo no desempenho do animal. Normalmente, em bezerros de corte, o tempo médio entre o nascimento e o primeiro bezerro a ficar em pé varia de 30 minutos a quase duas horas e o
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CRIAÇÃO DE BEZERROS
tempo médio para o recém-nascido amamentar sem assistência, geralmente, ocorre dentro de 60 a 260 minutos, podendo variar em intervalos mais longos quando observados individualmente. Em rebanhos de bovinos de corte, com partos fáceis, sem auxílio, a maioria dos animais mama dentro de quatro horas. As recomendações de colostragem em bezerros de corte são frequentemente baseadas em manejos modificados de fazendas leiteiras e, na maioria dos casos, isso é inadequado. Na pecuária leiteira, recomenda-se o fornecimento de colostro de alta qualidade equivalente a, no mínimo, 10% do peso vivo do animal, nas primeiras horas de vida. Algumas pesquisas já apontam que alimentar os bezerros de corte com 5% do peso vivo de colostro de alta qualidade via sonda esofágica dentro da primeira hora pós-parto, com subsequente amamentação na mãe, de seis a oito horas mais tarde, garante o sucesso de transfe-
“Recomenda-se que os bezerros de corte amamentem o colostro dentro de duas horas pósparto” rência de imunidade passiva, ou seja, deve-se fornecer um bom aleitamento nas primeiras horas de vida do neonato, com acesso à mãe posteriormente. Devido à dificuldade de quantificar e qualificar o colostro consumido pelos bezerros de corte, há poucas informações publicadas sobre a eficiência de absorção dos anticorpos. Sabe-se, porém, que bezerros de vacas mais velhas, geralmente, têm melhor estado imunológico quando comparados com vacas mais jovens, principalmente primíparas. Pesquisas sobre os fatores relacionados ao manejo de colostragem interferindo na transfe-
rência de imunidade passiva em bezerros de corte são necessárias, mas, enquanto as informações são escassas, fica o alerta aos produtores para a importância do manejo de colostragem. O suporte e a observação nas primeiras horas de vida são cruciais para o futuro do animal.
Paula Marques Tiveron, trainee Comercial da Alta Médica veterinária pela Universidade de Uberaba (Uniube) e trainee Comercial da Alta
Rafael Azevedo, gerente de produto Colostro da Alta Zootecnista, mestrado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com doutorado em zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pós-doutorado em Zootecnia pela UFMG
Você sabia? Já existe no Brasil o colostro bovino em pó. O produto natural pode substituir ou suplementar a colostragem do bezerro de corte. Conforme a recomendação de suplementação de 5% do peso vivo dos bezerros colocados com as suas mães após o nascimento, basta fornecer meio pacote do colostro em pó ao recém-nascido. Em casos de falta de colostro da mãe, deve-se acrescentar mais meio pacote ao recém-nascido.
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CASOS DE SUCESSO
GENÉTICA DE SUCESSO FAZENDA CAPITUBA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO GARANTE RENTABILIDADE
Assim que recebeu uma herança familiar, a administradora Renata Fonseca e o marido, Eduardo Fonseca, decidiram aceitar o desafio de investir no agronegócio brasileiro. A fazenda Capituba era composta da plantação de café e de um pequeno rebanho mestiço. Em 2006, produzia 50 litros de leite por dia. Com o baixo valor genético do rebanho e a falta de remuneração da atividade, os animais foram descartados. Um novo rebanho foi adquirido com nível bastante superior. Na sequência, veio a aquisição de ordenha balde ao pé e o pequeno resfriador para os latões. A atividade prosperou e os investimentos, também, até a construção da sala de ordenha, Freestall, e, mais recentemente, um barracão de Compost Barn. São 98 vacas confinadas, produzindo, em média, 31,30kg de leite por dia. “Hoje, nossa atividade é focada na produção de leite de qualida56
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de superior, sanidade, sólidos e, principalmente, na rentabilidade, possibilitando o desenvolvimento de nossos colaboradores através de remuneração justa”, afirma o proprietário da fazenda Capituba.
“Hoje, nossa atividade é focada na produção de leite de qualidade superior, sanidade, sólidos e, principalmente, na rentabilidade” Para atingir resultados satisfatórios, os empreendedores decidiram estabelecer um plano genético para introduzir no rebanho características que garantissem rentabilidade e sustentabilidade do negócio. “Quando iniciamos o trabalho na fazenda, a primeira coisa
que procuramos fazer foi entender de todo o processo da propriedade, como andavam os números reprodutivos e como era feita a escolha dos touros que a fazenda utilizava na inseminação artificial. Depois de bastante conversa, definimos junto o Plano Genético e, hoje, já estamos colhendo frutos desse trabalho”, explica o gerente regional da Alta em Itanhandu (MG) e consultor de genética da propriedade, Rodrigo Ribeiro. Ainda segundo Rodrigo, o principal papel da Alta na propriedade é fomentar a lucratividade, a partir da genética de altíssima qualidade. “Estamos muito ligados aos números reprodutivos e de criação de bezerras. Desta forma, conseguimos planejar, executar e, o mais importante, medir o que estamos fazendo com nossas ferramentas para tomar as decisões mais assertivas”, completa. A fazenda trabalha em três frentes distintas: produção, reprodução e genética superior, todas correlacionadas e ajustadas como plano genético apresentado e implementado pela Alta. O plano contempla 30 para produção, 70 para saúde e zero para conformação. Assim, a propriedade tem conseguido agregar ao plantel animais de genética superior, duráveis, além de altos índices de taxa de prenhez. “Decidimos focar em um plano com alta saúde e já conseguimos medir o ganho
Touros destaque
genético dos dois últimos anos. Os gráficos do Alta GPS mostram um ganho expressivo em relação aos anos em que ainda não havíamos definido um plano genético. Focar nesse plano genético específico para a fazenda nos ajudará a alcançar nosso objetivo mais rápido”, afirma. Há um ano, a propriedade também utiliza o Alta Gestão, um programa exclusivo para clientes da Alta, que disponibiliza um moderno software de gerenciamento para os números reprodutivos. Segundo Eduardo, o programa possibilitou visualizar, principalmente, as falhas da propriedade. O número que mais chamou a atenção foi a taxa de prenhez. “Não tínhamos conhecimento dos números reprodutivos e o programa nos mostrou como era possível melhorar a taxa de prenhez. Em uma reunião com nosso veterinário, juntamente com o Rodrigo, definimos algumas estratégias na reprodução e, com um conjunto de outras ações, nossa taxa de prenhez saiu de 11%, 12% para a casa dos 20%. Com certeza, decisões mais acertadas, com essas ações tomadas, teremos um rebanho ainda mais produtivo no futuro”, finaliza Eduardo.
AltaDPORT
AltaKARMA
Sobre a regional Parceira da Alta desde 2014, a Regional Itanhandu está localizada no sul de Minas Gerais e oferece serviços focados em rentabilidade. A equipe trabalha com planejamento genético, análises de números reprodutivos, manejo e criação de bezerras, além de treinamentos específicos em diversos setores da fazenda. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (35) 9 9700-5445.
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CASOS DE SUCESSO
FAZENDA CAXOIM MELHORAMENTO GENÉTICO COM FOCO NA PRODUÇÃO DE MATRIZES
“Hoje, somos reconhecidos por ter uma genética diferenciada na região e padrão racial”, afirma o pecuarista e proprietário da Fazenda Caxoim, James Eggres Franco. O trabalho é desenvolvido pela família, há quase 50 anos, localizada no município de São Vicente do Sul (RS). “Cresci ouvindo histórias dos meus avós e, por morarmos todos na fazenda, tive o privilégio de acompanhar meu pai no dia a dia da lida no campo. Em 2003, aos 23 anos, optei por deixar o curso de Administração e retornei para trabalhar na propriedade com minha família. A partir de 2007, após o falecimento do meu pai, Mário Antonio Barreto Vianna Franco, assumi toda a responsabilidade da nossa propriedade”, conta James. O foco do trabalho é a cria e recria de fêmeas, com ênfase na produção de matrizes. Os machos são vendidos na desmama. 58
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“Acredito que o nosso diferencial vem do material genético utilizado desde os tempos de meu avô. A Inseminação Artificial (IA) foi introduzida no rebanho na década de 70 e, desde então, não paramos mais. Meu pai, ao assumir, teve um trabalho com gado puro, Charolês; nos anos 80, teve uma atenção diferenciada na questão genética para o gado comercial, também. Hoje, trabalhamos com uma empresa que presta serviço na área de reprodução, com o uso de 100% das matrizes, passando por Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF), algumas ressincronizações e, depois, repasse com touro”, explica James. Assim que assumiu a propriedade, James encontrou um gado proveniente de cruzamento industrial. A base era Charolês e Nelore. Ao longo dos anos, a fazenda recebeu alguns cruzamentos com Fleckvieh, Angus e Braford.
Em 2002, foram comprados os primeiros touros Brangus para repasse. Naquela época, a raça Angus era usada na IA. Logo se definiu o uso do Brangus vermelho. Foi assim até 2017. No último ano, a propriedade começou a utilizar Brangus preto na IA, apenas nas vacas pretas. Dos mais de dois mil hectares, praticamente a metade é destinada para pasto. Há também parcerias pecuárias, florestais e agrícolas. Aliás, a renovação dos pastos tem sido realizada com a integração lavoura-pecuária. O sistema de produção é totalmente a pasto. Há rodízio de vacas prenhes/paridas na pastagem de inverno. Na primavera/ verão, ficam no campo nativo. Há três anos, a Caxoim trabalha com uma exceção: as fêmeas pós-desmama são suplementadas durante o primeiro inverno. “Focamos em dar maior consistência genética e padrão racial ao rebanho, utilizando genética de origem argentina da Alta Ciale, com touros como Cencerro, Macho Pytá e Correntino. Ao longo dos anos, sempre decidimos em conjunto com o James os rumos e os touros a serem utilizados no rebanho. Evoluímos de forma significativa, tanto em carcaça, características raciais, precocidade das fêmeas e peso na desmama da progênie. Tudo isso aliando o manejo da fazenda e intensificando a utilização da IATF. Ao longo dos anos, a parte de reprodução está a cargo do médico veterinário Gustavo Lopes. Um
parceiro que integra a equipe da nossa regional”, afirma o gerente Regional da Alta em Santa Maria (RS) e consultor da propriedade, David de Leon Batista. O peso médio dos machos inteiros à desmama é 220kg e das fêmeas, 200 quilos. A taxa de concepção nos últimos cinco anos está em torno de 75%. Na última estação de monta (ajustada em 110 dias), 450 matrizes foram expostas à reprodução. “Como nosso foco é a produção de matrizes para nosso uso e comercialização do excedente, temos o melhoramento genético como referência e objetivo. Só estamos atingindo esses resultados porque a base da nossa evolução foi com suporte da Alta. Já estamos chegando a 14 anos com essa base genética. Hoje, colhemos o fruto desse projeto”, reforça James. Neste ano, o proprietário decidiu uma consultoria também na área de Gestão (Técnica e Financeira) para traçar os novos rumos mercadológicos, sem abandonar a reprodução, o gado comercial e tendo uma raça definida como base para o trabalho. “Nossa proposta é a consistência genética. Queremos produzir e reproduzir esse melhoramento conquistado ao longo de gerações”, finaliza.
Touros destaque
Los Nonos 89 Tabasco
San Alejo 9380 Rufian Rocko
Sobre a regional Parceira da Alta há quase 10 anos, a Regional Santa Maria, no Rio Grande do Sul, é comandada pelo gerente regional David de Leon Batista. O atendimento é realizado em 40 municípios da região Central e Missões do Estado. A equipe é composta por veterinários e zootecnistas, que prestam serviços nas áreas de reprodução e gestão de propriedades rurais. Mais informações pelo telefone (55) 3025-1325.
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ENTREVISTA
PAULO DO CARMO MARTINS
UM PESQUISADOR A SERVIÇO DA PECUÁRIA LEITEIRA DO BRASIL
Paulo do Carmo Martins ocupa o cargo de chefe geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Gado de Leite. Economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), possui Mestrado em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Doutorado em Economia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). Pesquisador, desde 1997, lotado na Embrapa Gado de Leite, desenvolve estudos de inteligência de mercado e competitividade 60
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e eficiência da cadeia produtiva do leite e derivados. Entre outros projetos, ele foi idealizador, articulador e primeiro coordenador do CBLeite – consórcio que reúne as principais empresas lácteas brasileiras, resultante de Parceria Público-Privada, um inovador arranjo institucional reconhecido pelo International Farm Comparison Network (IFCN). Qual é a realidade do setor lácteo no Brasil? A realidade atual é de uma transformação silenciosa. Vivemos uma situação em que pro-
dutores estão entrando no setor trazendo tecnologia, com visão de longo prazo, e isso vai fazer com que nós tenhamos ganho de produtividade, ou seja, uma perspectiva cada vez mais de profissionalização do processo produtivo. Existe motivo para que seja assim. Sob a ótica da produção primária, nós somos um país que tem tudo para continuar crescendo. Possuímos raças adaptadas, tecnologia na parte de pastagem, estamos aprendendo a trabalhar com o compost barn e várias outras tecnologias. Sob a ótica do consumo, que é o que puxa tudo isso, nós somos um país que ainda tem muito a crescer. Consumimos, aproximadamente, 150 litros de leite por habitante ao ano, enquanto os países mais desenvolvidos chegam a 270. Nós, com certeza, somos o país com mais condições de crescer tanto na produção quanto na demanda. Quais os projetos da Embrapa para orientar o pecuarista, em especial, com relação à produtividade? Trabalhamos em vários aspectos, como conforto animal, qualidade do leite, melhoramento genético e vegetal, mas, além de trabalhar com a tecnologia, é preciso trabalharmos a disseminação dela. O papel da Embrapa é a pesquisa, além da missão de treinar técnicos, então, buscamos sempre realizar
treinamentos com diversas entidades, educação a distância e fomentamos eventos regionais para atingirmos o máximo de produtores possível.
“Consumimos, aproximadamente, 150 litros de leite por habitante ao ano, enquanto os países mais desenvolvidos chegam a 270. Nós, com certeza, somos o país com mais condições de crescer tanto na produção quanto na demanda”
Quais são as ações da Embrapa para ajudar o pequeno produtor a permanecer na atividade e se tornar competitivo? Vários fatores fazem um produtor sair da atividade. Muitos têm problema de sucessão familiar ou não têm mais interesse em permanecer na atividade. Existem também aqueles que não conseguem ter acesso à tecnologia. Com esses nos preocupamos. Estamos fazendo um esforço muito grande de transferência de tecnologia para os técnicos para que eles levem as informações até os produtores. A cada 11 minutos, perdemos um produtor na atividade leiteira e muitos dos problemas que a cadeia enfrenta não vêm apenas do governo. Em regiões onde os produtores se organizam de maneira mais sólida, a tendência é de continuarmos buscando a profissionalização, mas sem o trauma de produtores saírem da atividade porque querem continuar e não têm condições de ser competitivos. É nesse produtor que temos que focar; aquele que quer ser competitivo, mas não consegue.
Temos que levar em consideração que a Girolando é uma raça genuinamente brasileira em função do esforço dos produtores, das empresas que trabalham prestando serviços para o setor e da Embrapa. Estou convencido de que essa é uma nova etapa em termos de transformação genética do rebanho brasileiro. Precisamos levar cada vez mais esses conceitos aos produtores para que a gente possa ter aumento de produtividade e redução de custo de produção para sermos mais competitivos e ganharmos não apenas o mercado nacional, mas, também, o internacional.
Em raças leiteiras internacionais o genoma já tem sido utilizado há muitos anos. Já na raça Girolando, essa tecnologia chegou há menos tempo. Qual a sua análise?
Existe quem fomenta a produção de leite de qualidade, visto que o mercado demanda esse produto? A bandeira da qualidade do leite surgiu na Embrapa Gado de Leite, em 1996. Naquele
ano, batemos recordes de importação de leite. O plano Real retirou a inflação e aumentou a capacidade de compra do brasileiro. Com isso, o mercado demandou mais leite do que a produção que tínhamos no Brasil. Desde aquela época, focamos na qualidade do leite e na produtividade, mas, acima de tudo, estamos trabalhando com pesquisas relacionadas a esses assuntos, inclusive com foco no queijo artesanal. Recentemente, entregamos para o Ministério o Sistema de Monitoramento de Qualidade de Leite (SIMQL), uma plataforma criada pela Embrapa, que reúne dados dos dez laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura. Dessa forma, quando um produtor faz uma análise de qualidade do leite, em qualquer parte do Brasil, nós recebemos esses dados, processamos e podemos levantar como está a qualidade do leite em todos os municípios brasileiros. Isso permite que o Ministério da Agricultura formule políticas públicas de maneira muito sólida. Quais as pesquisas que a Embrapa tem desenvolvido para orientar o produtor a oferecer bem-estar aos seus animais? Possuímos uma estrutura muito bem montada no campo experimental de Coronel Pacheco (MG), onde vários estudos têm sido feitos em relação à temperatura e à umidade. Os primeiros dados que estamos obtendo estão sendo repassados aos técnicos para PECUÁRIA EM ALTA
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que a gente possa conscientizar o produtor da importância do conforto animal. Além disso, estamos realizando diferentes trabalhos com barracões de compost barn, distribuídos pelo Brasil, para que a gente possa aferir como é importante o conforto do animal. Temos avançado muito nas pesquisas relacionadas à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A Embrapa tem demonstrado como o sombreamento melhora a produtividade em função do conforto gerado. A Embrapa tem fomentado muito para a pastagem o capim Capiaçu, uma modificação genética do conhecido capim-elefante. Qual a indicação e expectativa para essa opção? O Capiaçu é um sucesso nacional. Do Rio Grande do Sul ao do Norte, encontramos produtores que estão adotando essa alternativa, que permite ter pastagem o ano todo. O Capiaçu possibilita vários cortes ao longo do ano e pode ser usado na silagem para o período de seca. Considero que o sucesso do capim demonstra que o produtor sabe fazer escolhas. Uma das grandes vantagens é que reduz custos e aumenta a produtividade de leite. Quais as novas pesquisas relativas à reprodução animal? Possuímos uma vasta experiência em questões reprodutivas. Prova disso é a Índia, que foi o país que nos forneceu a raça Gir e recentemente esteve no Bra62
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“Estamos fazendo um esforço muito grande de transferência de tecnologia para os técnicos para que eles levem as informações até os produtores” sil para levar o nosso Gir para eles. Uma nova raça, muito mais funcional e produtiva. Trabalhamos também com uma tecnologia muito interessante de edição gênica. Uma delas é o CRISPR, uma tecnologia que fica cada vez mais barata e permite reescrever o sequenciamento genético dos animais para que tenhamos uma perspectiva cada vez mais intensa de não repassarmos as imperfeições para as futuras gerações. A Embrapa Leite idealizou o projeto “Ideas for Milk”, que envolve todos os setores da cadeia produtiva, além de incluir a academia e os jovens empreendedores. Quais os principais projetos ou discussões que surgiram desse projeto? O “Ideas for Milk” é uma sequência de eventos. O primeiro deles é ir às universidades para divulgarmos o que é o setor lácteo para aqueles que não o conhecem, por exemplo, cursos de Administração, Engenharia, Economia, Computação. Também falamos sobre empreendedorismo para agrônomos,
veterinários e zootecnistas. São mais de 20 universidades visitadas por ano. O segundo evento que a gente faz é levar 16 universidades para Juiz de Fora (MG). Durante cinco dias, os alunos aprendem na prática sobre o que é o setor. Visitam fazendas produtoras, laticínios, conhecem sobre empreendedorismo e, por fim, ficam dois dias gerando conhecimento aplicado. O terceiro evento é descobrir startups e premiá-las. As startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido crescimento. Nós já temos várias bem posicionadas hoje no mercado. Em resumo, é um evento que foi criado para impulsionar o desenvolvimento do ecossistema e de inovação no setor lácteo. As novidades deste ano estão guardadas a sete chaves. O que o pecuarista brasileiro pode esperar para os próximos 10 anos? Para os próximos anos, podemos esperar o aumento da produção com redução de custo e aumento no consumo. Além disso, uma maior participação do Brasil no mercado internacional para reduzir a volatilidade do preço do leite. Não tenho dúvidas de que, em 2029, estaremos exportando leite para a África e a América Latina, além de chegarmos a uma produtividade maior do que o custo. Vamos ter menos produtores, mas os que atuarem serão muito profissionais e com visão de longo prazo na atividade.
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