Essa edição da Revista Pecuária em Alta chega com um gostinho de dever cumprido. Estamos extremamente orgulhosos de sermos a primeira Central do país a receber a certificação de Bem-Estar Animal. Esse selo, que é baseado nas regras da Organização Mundial de Saúde, comprova o nosso zelo com os nossos animais e a responsabilidade que temos com os nossos parceiros. Investimos em aprimoramento da equipe, melhoramento dos piquetes para oferecer mais conforto e sombreamento natural aos animais e, com isso, é claro, entregar muita qualidade aos nossos clientes. Como todos sabemos, de 2025 em diante, teremos preços muito altos para os bezerros, uma vez que, neste momento, estamos descartando muitas vacas, como talvez nunca tenhamos feito. Então, é hora de prenhar as vacas e termos bezerros, principalmente de alta qualidade para aproveitarmos o bom momento. E nossos colaboradores estão preparados para auxiliar os produtores a investirem na melhor genética para cada rebanho de forma individualizada. Este é o momento de investir no melhoramento genético, traçar estratégias consistentes para ter bons resultados no melhor momento. Chegou a hora de analisar todas as oportunidades e escolher a melhor para a sua propriedade, com a ajuda da nossa equipe de Alta performance.
Na capa, trazemos o Alta Embryo, um dos nossos maiores orgulhos! O programa de embriões é uma ferramenta que permite aos criadores alcançar objetivos específicos de produção e reprodução, potencializando ainda mais o avanço genético da fazenda.
Nesta edição, também falamos sobre o desenvolvimento de outros programas que auxiliam nossos parceiros a maximizarem seus resultados em busca de uma pecuária eficiente, produtiva e mais lucrativa, apresentando exemplos de sucesso com a utilização da Genética Alta.
Essa revista é o nosso instrumento de comprovação do papel que a Alta tem no Brasil e no mundo: levar melhoramento genético para as propriedades. O nosso compromisso é com os resultados.
Heverardo Carvalho Diretor Alta Brasil
3 PECUÁRIA EM ALTA PALAVRA DO DIRETOR
ÍNDICE
EXPEDIENTE
Diretor
Heverardo Rezende de Carvalho
Gerente de Mercado
Tiago Carrara - tcarrara@altagenetics.com
Coordenadora de Comunicação
Camilla Lazak - camilla.rodrigues@altagenetics.com
Jornalista Responsável
Letícia Morais (MTB 20.374) leticia.silva@altagenetics.com
Colaboradores desta edição
André Velho, Adriano Crozara, Eduardo Lunardelii Novaes, Fábio Fogaça, Guilherme Marquez, Heverardo Carvalho, Isabella Marconato, João Pedro Zandonaide, Jorge Lucas Prisco Borba, Juliana Diniz, Letícia Diniz Marra da Silva, Luís Gustavo Antunes Souza, Luiza Rocha Mangucci, Luiz Gustavo Bragança, Manoel Sá, Maria Isabela Souza, Tiago Moreira Carrara, Tiago Ferreira, Paula Tiveron, Rafael Azevedo, Rafael Jorge de Oliveira
Diagramação e arte
Ana Paula S. Alves - paula.alves@altagenetics.com
Marketing/Comercial comunicacao@altagenetics.com.br
Revisão de texto
Aírton de Souza - airtondesouza@yahoo.com.br
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Missão
Construir relacionamentos de longo prazo, criar valor para nossos clientes, melhorar a lucratividade de cada rebanho e entregar genética de confiança, além de produtos e serviços de manejo com alta qualidade.
Visão
Tornar-se a marca global que seja a melhor escolha para produtores progressivos dos segmentos de leite e corte.
Valores:
Foco, pessoas e competências, coesão, dinamismo, relacionamento, comunicação e ética.
ALTA NEWS GIRO NO CAMPO
FIQUE POR DENTRO DE TUDO QUE ACONTECE NA ALTA
Um espaço reservado para mostrar o seu olhar sobre a rotina na Fazenda
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EMBRIÕES DA ALTA MAXIMIZAM RESULTADOS GENÉTICOS NOS REBANHOS BRASILEIROS
Uso de embriões tem crescido no Brasil e a Alta oferece a biotecnologia pela aspiração de doadoras de alto valor genético dos nossos parceiros, acasaladas com os grandes reprodutores da bateria Alta
4 PECUÁRIA EM ALTA
CAPA BEM-ESTAR
#SouMaisAlta
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É A PRIMEIRA CENTRAL DO PAÍS A RECEBER CERTIFICAÇÃO DE BEM-ESTAR ANIMAL
ALTA
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ESPECIAL
TRABALHAR PROFISSIONALMENTE DURANTE OS CICLOS
PECUÁRIOS É SINÔNIMO DE MAIOR LUCRO NA FAZENDA
Levantamento revela que a falha na transferência de imunidade passiva está relacionada à morte de bezerras e aponta a importância do colostro nos primeiros dias de vida dos animais para o aumento da produtividade da pecuária leiteira
CORTE
CONCEPT PLUS CORTE: PROGRAMA ACUMULA 10,6 MI DE DADOS COLETADOS ATÉ 2022
Informações comprovam a consistência e confiança que o mercado tem no programa; no último ano, foram coletados dados de quase três mil propriedades, situadas em 20 estados nacionais, que utilizam sêmen da Alta, além da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai
ALTA CRIA: MAIS DE 36 MIL BEZERRAS LEITEIRAS SÃO AVALIADAS EM SEIS ANOS DE ESTUDO
Levantamento revela que a falha na transferência de imunidade passiva está relacionada à morte de bezerras e aponta a importância do colostro nos primeiros dias de vida dos animais para o aumento da produtividade da pecuária leiteira
LEITE LEITE
ALTA E ASSOCIAÇÃO DE GIROLANDO
FIRMAM PARCERIA PARA PROMOVER A RAÇA NO BRASIL
A Girolando é a segunda maior vendedora de sêmen no país e, somente em 2022, comercializou quase 700 mil doses; durante todo o ano, a Alta participará como patrocinadora máster dos eventos da raça
LEITE
CONCEPT PLUS LEITE ANALISOU DADOS DE MAIS DE 1.600 FAZENDAS LEITEIRAS DO BRASIL
Programa atingiu a marca de dois milhões de serviços avaliados, em sua 4ª edição, aumentando a segurança na tomada de decisões das propriedades brasileiras
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EMBRYO
ALTA INVESTE EM PARCERIA PARA FOMENTO DE BIOTECNOLOGIAS E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO SUL
Parceria da Alta com a Treze Tílias Embriões contribui com o desenvolvimento da pecuária brasileira, com custo acessível e de forma autossustentável
CASOS DE SUCESSO
AGROPECUÁRIA BELEDELLI
ENTREVISTA
EDUARDO LUNARDELLI NOVAES
O ex-secretário de Clima e Relações Internacionais do Meio Ambiente expôs sua opinião sobre o Brasil ser colocado como um vilão quando o assunto é clima e afirma que investir em uma comunicação competente e eficaz ajudará a combater a desinformação sobre o agronegócio brasileiro
5 PECUÁRIA EM ALTA
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ALTA É A PRIMEIRA CENTRAL DO PAÍS A RECEBER CERTIFICAÇÃO DE BEM-ESTAR ANIMAL
A empresa líder mundial no mercado de melhoramento genético possui mais de 500 touros dentro da Matriz e recebeu o certificado após passar por um rigoroso processo de auditoria, comprovando o cuidado e excelente trabalho desenvolvido com os animais
A Alta, líder mundial do mercado de melhoramento genético bovino, é a primeira Central de Biotecnologia e Difusão Genética do Brasil a receber a certificação de Bem-Estar Animal, comprovando o zelo de toda a equipe Alta, que trabalha com muito cuidado ao lado dos animais e em prol da pecuária brasileira. O programa de certificação é baseado nas regras da Organização Mundial de
Saúde, assim como nas pesquisas desenvolvidas por universidades e instituições brasileiras e internacionais, adaptadas para a realidade da pecuária no país.
A certificação mostra que a Alta está comprometida com a produtividade do produtor, sem deixar de lado os cuidados com a sustentabilidade e o bem-estar animal. “Este selo reforça o compromisso da Alta de trazer soluções inteligentes
e inovadoras para gerar frutos cada vez melhores, com consciência, cuidado, sustentabilidade e responsabilidade, priorizando e planejando o futuro da pecuária brasileira com muito respeito aos animais”, afirma o diretor da Alta, Heverardo Carvalho.
De acordo com o gerente da Central, Luís Gustavo Antunes Souza, a Alta passou por um criterioso cronograma de avaliação, que contém 143 itens. “Para obter a certificação, são analisados diversos aspectos, como estrutura, nutrição, suporte médico-veterinário, conforto térmico, manejo, sanidade e até o desenvolvimento de pessoas. Ao fim da auditoria, todas as exigências devem ser atendidas e foi isso que a Alta fez, conseguindo obter este selo de bem-estar animal”, detalha.
A Alta, além da preocupação com o avanço genético dos rebanhos, também prioriza o cuidado e bem-estar dos animais. Desde a construção da Central, foram plantadas mais de 1.700 árvores e é feito o replantio anualmente, prezando pelo sombreamento natural e, consequentemente, maior conforto
6 PECUÁRIA EM ALTA
BEM-ESTAR
térmico para os animais. “A nossa Central foi construída em formato circular e, atualmente, conta com mais de 500 piquetes, com 1.200 metros quadrados cada, com baias e ambiente adaptado para os nossos reprodutores. Esse formato das instalações foi justamente pensado para que nenhum animal precise se deslocar mais de 200 metros para realizar a coleta. Além disso, cada touro recebe uma dieta balanceada, feita sob medida. Tudo é pensado para que os reprodutores fiquem confortáveis durante toda a estadia na Central”, reforça.
Coletadores participam regularmente de curso de doma racional
Duas vezes ao ano, os colaboradores da coleta da Alta participam de reciclagem durante curso de doma racional. O objetivo é oferecer um ambiente de respeito aos animais e um trabalho mais seguro aos profissionais. “Durante três dias, a equipe é estimulada a criar uma relação de confiança com os touros. Aprendemos a construir ações que aumentam o bem-estar animal e a melhor forma para manejar o touro com mais segurança dentro da Central”, explica o médico-veterinário e supervisor de Produção da Alta, João Pedro Zandonaide.
7 PECUÁRIA EM ALTA
A central possui mais de 500 touros alocados em piquetes de 1.200m² e os animais recebem tratamento especial, com escovação
Alta mostra força da bateria de touros durante a 88ª edição da ExpoZebu
Equipe técnica e comercial está à disposição de criadores de todo o mundo no estande, dentro do Parque Fernando Costa, e na Central, localizada na BR-050, KM 164
A Alta participa da maior exposição pecuária zebuína do mundo: a ExpoZebu, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), até o dia 7 de maio. O evento chega à sua 88ª edição e é promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Parceira da entidade no incentivo do melhoramento genético, a Alta possui estande fixo na ABCZ e recebe criadores e produtores de todo o mundo dentro do parque e na Central de Biotecnologia e Difusão Genética, que fica na BR-050, KM 164. Tradicionalmente, a bateria de touros da Alta tem a superioridade genética provada nas pistas e nos resultados dos sumários. “A Alta é uma grande parceira da ABCZ, que fomenta o melhoramento genético no país. Nesta ExpoZebu, esperamos bater o recorde no número de visitantes e mostrar a força da nossa bateria com as raças zebuínas”, destaca o di-
Novidades na ExpoZebu
retor da Alta Brasil, Heverardo Carvalho.
Para a ExpoZebu 2023, a expectativa é que passem cerca de 400 mil pessoas pelo Parque Fernando Costa. “Nós queremos levar o melhoramento genético para todos os produtores, através dos nossos programas e das centrais, com parceiros como a Alta. Levar o melhoramento genético para o produtor de carne e leite para que ele possa produzir mais”, explica o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.
Ainda de acordo com o representante da entidade, são aguardadas comitivas de mais de 30 países, com cerca de 600 convidados, e a intenção é que a ExpoZebu seja uma grande vitrine da agropecuária de corte e de leite. “O nosso papel é aproximar o consumidor do produtor, para que todos tenham acesso e vejam como produzimos de forma sustentável um produto saudável e de qualida-
de”, aponta Gabriel, destacando o grande número de leilões que ocorrem durante o evento.
O momento é uma oportunidade de os criadores acessarem uma genética superior. Pensando nisso, a Alta mantém atendimento aos visitantes na BR050, KM 164, onde estão os mais de 500 touros em coleta na Central, com a equipe técnica e comercial à disposição para tirar dúvidas e apresentar os produtos para aqueles que buscam investir no melhoramento genético do rebanho.
Entre as novidades da 88ª ExpoZebu está o 1º Seminário Zebu Carbono Neutro. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a carne carbono neutro é uma marca-conceito que possibilita a neutralização da emissão de CO2 no processo produtivo, visando atestar a carne bovina que apresenta seus volumes de emissão de gases de efeito estufa (GEE) neutralizados pela presença de árvores em sistemas de integração.
8 PECUÁRIA EM ALTA ALTA NEWS
ALTA NEWS
Campo de Girassóis da Alta é cartão postal durante a ExpoZebu
Tradicionalmente, o local é aberto para visitação com uma campanha solidária para ajudar instituições filantrópicas de Uberaba
Plantados em uma área de 7,5 hectares, os girassóis embelezam a Alta Brasil todos os anos durante a última semana de abril e primeira de maio. O plantio da semente dos girassóis na Central foi realizado em fevereiro. Segundo a sabedoria popular, o girassol simboliza prosperidade e vitalidade, refletindo a energia positiva que emana do sol. Para visitar o campo é preciso fazer o pré agendamento, pelo site da Alta Brasil e preencher o formulário disponível no site www.altagenetics.com.br. É solicitada a doação de um litro de leite por pessoa, ou a quantia de R$5, que será destinada às entidades sociais de Uberaba. O intuito é estimular o público a visitar o local, que se tornou uma referência turística durante este período de exposição, e contribuir com organizações humanitárias que fazem a diferença na cidade.
“É uma alegria poder recepcionar os visitantes depois de tanto tempo. Sabemos que este período é muito procurado pelo público em busca de fotos nos girassóis e, por isso, aproveitamos a oportunidade para formar uma corrente solidária. Todo o leite arrecadado será doado, mais uma vez, para entidades que realizam um trabalho sério e muito importante para o nosso município”, pontua o diretor da Alta Brasil, Heverardo Carvalho.
As doações serão entregues às instituições após encerradas as visitas no campo de girassóis.
Quando tudo começou...
Desde 2006, a Alta realiza o plantio dos girassóis na Central para promover a recuperação do solo e prepará-lo para receber o milho, que servirá de silagem para alimentação dos touros que estão em coleta.
Dessa forma, o girassol faz a correção mineral de potássio e, posteriormente, são incorporados ao solo, que receberá o cereal.
Além de recuperar o solo, o plantio do girassol é uma forma de embelezar a empresa e homenagear os visitantes da ExpoZebu. Com o passar dos anos, a visitação cresceu e se tornou uma ação social tão bela quanto a paisagem, tornando-se uma das atrações da ExpoZebu e cartão postal de Uberaba. Por isso, a equipe da Alta teve ideia de fazer uma campanha solidária e beneficiar outras pessoas.
No início, três entidades da cidade foram beneficiadas pela campanha. Com o grande volume de visitantes, o número passou de três para sete instituições beneficiadas, e essa quantidade vem crescendo a cada ano, fortalecido pelo espírito solidário do uberabense.
Alta aprimora aplicativo de busca e seleção de touros melhoradores
Equipe técnica e comercial está à disposição de criadores de todo o mundo no estande, dentro do Parque Fernando Costa, e na Central, localizada na BR-050, KM 164
Focada em avançar o melhoramento genético bovino, a líder mundial no Mercado, Alta Brasil, aprimora aplicativo voltado para facilitar o dia a dia de pecuaristas brasileiros. O Alta Brasil é gratuito, está disponível para Android e iOS, e pode ser utilizado sem conexão à Internet.
A ferramenta apresenta informações atualizadas sobre as avaliações genéticas e o catálogo de touros das raças de Corte Zebu, Corte Taurino, Leite Nacional e Leite Importado, que possuem sêmen disponível na Alta, e conferir a foto e o vídeo do reprodutor.
Além disso, o cliente pode selecionar e favoritar os reprodutores de sua preferência, crian-
do um catálogo personalizado e de fácil acesso, que pode ser conferido de modo offline.
“Fizemos tudo para que o cliente se sinta muito bem acolhido e para que as informações sempre estejam em mãos. É uma forma de instigar o cliente, a todo momento, a registrar e tornar permanente essa experiência, da melhor maneira possível, pela entrega de materiais de apoio à visita, relatórios do plano genético e suvenires”, avalia o diretor da Alta, Heverardo Carvalho.
Com a ajuda da tecnologia no apoio ao atendimento ao
soluções em melhoramento genético para o rebanho. Os usuários podem procurar touros pelo nome, registro ou apelido e assim visualizar os dados. Touros ativos podem ser adicionados à lista de favoritos e classificados para que o cliente encontre com mais facilidade o animal certo para o seu rebanho.
Na Central da Alta x, ainda, é possível ter acesso ao software de maneira offline, garantindo a utilização sem conexão com a internet. Os visitantes também podem ter acesso às informações sobre os mais de 500 animais que estão dentro da Central, por meio do QR Code, disponível na entrada de cada piquete.
cliente, o aplicativo foi desenvolvido para facilitar o dia a dia do pecuarista que busca não
A Alta está, realmente, inovando no mercado. Você não precisa carregar um catálogo com a quantidade de touros que tem na bateria da Alta, então é realmente diferente, com informações importantes para escolhermos o touro. Além disso, é muito fácil e intuitivo”
avalia o gerente de pecuária da Genética Aditiva, Flávio Sandim
ALTA NEWS ALTA NEWS
ROAD-SHOW: Grupo de comunicadores visita Alta durante imersão no Agro
Mais de 30 profissionais participaram de visita à sede da Alta Brasil, em Uberaba, em evento promovido pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia)
A Alta recebeu mais de 30 jornalistas e influenciadores do agro, de 11 estados diferentes, para um Road-Show, que percorreu mais de dois mil quilômetros, passando por sete municípios, em uma imersão no mundo do agronegócio. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e pela Texto Comunicação.
Heverardo Carvalho, diretor da Alta Brasil, contou a
história da empresa e apresentou aos profissionais as novidades do mercado de melhoramento genético bovino. “Os comunicadores têm o papel de esclarecer a população da responsabilidade e a importância do agronegócio no Brasil. Esse encontro vai auxiliar os profissionais a entenderem o papel do melhoramento genético no mercado”, explica Heverardo. Na oportunidade, os co-
municadores conheceram de perto toda a superioridade da bateria de touros da Alta, assistiram a uma coleta de sêmen, visitaram a sala de distribuição e como são armazenados os estoques de doses. Os técnicos da Alta estiveram presentes, explicando e tirando dúvidas sobre os processos de inseminação artificial, melhoramento genético e demais programas da Alta para atender criadores e produtores de todo o país.
Saiba mais sobre o evento
O Road-Show é promovido desde 2004 pela Texto Comunicação Corporativa, de São Paulo, em parceria com a Asbia e entidades do setor produtivo, visando aproximar os profi ssionais de comunicação das empresas e entidades que ajudam a movimentar o agronegócio e valorizar o trabalho fantástico de comunicação realizado pela imprensa especializada.
O grupo de profi ssionais de veículosW de comunicação do agronegócio de 11 diferentes estados realizou circuito entre os dias 13 e 17 de março em Uberaba (MG) e o Estado de São Paulo. Time de comunicadores conta com profi ssionais de comunicação de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Além da visita na Alta, os jornalistas e infl uenciadores do agro participaram do lançamento da ExpoZebu 2023.
11 PECUÁRIA EM ALTA
Alta True Blue ShowCase Tour reúne produtores de leite de 25 países nos EUA
Edição de 2022 foi realizada no estado de Wisconsin e visitou fazendas parceiras da Alta com média de 40kg de produção diária de leite
Conheça as fazendas visitadas em Wisconsin
Entre as propriedades participantes do tour, está a Kane Farms, localizada em Denmark. A fazenda tem equipes de gestão lideradas por mulheres, produz quase 40kg de leite por dia, com 800 vacas em lactação e 600 bezerras/novilhas.
Representantes de 25 países participaram do Alta True Blue ShowCase Tour 2022, em Wisconsin, nos Estados Unidos (EUA). A imersão reuniu 250 produtores no segundo maior Estado produtor de leite dos EUA. O encontro com os clientes progressistas abordou a importância do melhoramento genético e a utilização de novas tecnologias nas fazendas leiteiras.
O gerente de Leite Importado da Alta, Fábio Fogaça, ressalta a importância dessa imersão para os participantes, ao buscar novas técnicas para serem implantadas nas propriedades brasileiras. “Falo para eles perguntarem, pois são por esses questionamentos que adquirimos o conhecimento. Muito do que é feito nos EUA conseguimos aplicar no Brasil e
não necessariamente será uma cópia idêntica de procedimentos e manejo, mas a filosofia e o raciocínio que eles viram lá podem aplicar aqui. O retorno dessa viagem é sempre muito positivo, em questões de rentabilidade e novas ideias para as fazendas”, explica.
Sete propriedades parceiras da Alta, em programas e serviços, foram visitadas em Wisconsin. Referências em produção de leite, cada fazenda produz cerca de 40kg de leite por dia. “A Alta trabalha com o produto sêmen e o produto não sêmen, como o colostro em pó, o AltaCOW WATCH, que são produtos relacionados à fase de transição. Além da genética superior, temos uma gama de produtos e serviços para trabalharmos em prol das fazendas”, reforça Fogaça.
A Fazenda Shiloh Dairy, situada em Brillion, também recebeu o grupo. A propriedade possui 2.300 vacas em lactação e 2.100 bezerras e utiliza tecnologias, como o AltaCOW WATCH e biodigestores. Recentemente, a propriedade fez o planejamento sucessório, garantindo a excelência no rebanho para as próximas gerações. Na fazenda, são produzidos 44kg de leite diariamente.
Já a Pine Breeze Dairy está localizada em Pine River e possui 2.700 vacas em lactação e 2.100 bezerras, com uma produção diária de 41,7kg de leite. O grupo Breeze Dairy é uma parceria de cinco famílias de pecuaristas de Wisconsin, que se uniram com uma paixão compartilhada pela pecuária leiteira e o cuidado com a terra.
A Norm-E-Lane Farm fica em Chili e possui 2.200 vacas em lactação e 2.100 bezerras. Por dia, são produzidos
12 PECUÁRIA EM ALTA ALTA NEWS ALTA NEWS
41,3kg de leite. A fazenda é composta por uma equipe familiar e rural, focada no envolvimento da comunidade e com raízes profundas na indústria de produção de leite.
Em Wlkhart Lake, os produtores visitaram a Drake Dairy, uma propriedade que possui 2.600 vacas em lactação e 2.900 novilhas/bezerras. Por dia, tem uma produção média
de 45,8kg de leite e uma taxa de prenhez de 47%.
Os participantes também conheceram a Jerseyland Dairy, situada em Sturgeon Bay, uma propriedade que possui 3.700 vacas em lactação e 2.200 novilhas/bezerras. A fazenda produz 31,8kg de leite por dia e tem uma taxa de prenhez de 34%.
Encerrando o tour, os pro-
dutores progressistas conheceram a Dairy Dreams, em Casco, que tem 3.200 vacas em lactação e 3.900 bezerras/ novilhas, com uma produção de 39,9kg de leite por dia e uma taxa de prenhez de 36%. A Dairy Dreams é um rebanho parceiro do PEAK (fornecedora mundial de genética bovina, braço da URUS) e utiliza o AltaCOW Watch há três anos.
13 PECUÁRIA EM ALTA
14 PECUÁRIA EM ALTA GIRO NO CAMPO
@adnandarin
@alicenarantes
@altageneticsce
@altapiaui
@altagenetics.bomsucesso
@alta.paragominas
@altarecife
@elian.alta
@helianeneri
15 PECUÁRIA EM ALTA @pecsemens @luizamangucci @supporteagronegocios @jorgepborba @thallescf @tiagomoraesferreira @joaopbz @novaaliancapec @isaac_vsj
EMBRIÕES DA ALTA
MAXIMIZAM RESULTADOS GENÉTICOS NOS REBANHOS BRASILEIROS
Uso de embriões tem crescido no Brasil e a Alta oferece a biotecnologia pela aspiração de doadoras de alto valor genético dos nossos parceiros, acasaladas com os grandes reprodutores da bateria Alta
CAPA
A pecuária brasileira tem avançado e a evolução genética tem contribuído para esse crescimento no país. Os produtores têm buscado potencializar, ainda mais, essa melhoria genética por meio da utilização de embriões. Dados da Sociedade Internacional de Embriões (IETS) mostram que houve um crescimento de 22,5% na produção in vitro de embriões, em 2020. Com o mercado em expansão, a Alta, líder mundial no mercado de melhoramento genético, tem investido em técnicos e equipamentos de ponta para o laboratório de embriões, reforçando o compromisso na entrega de produtos e serviços de alta qualidade.
Dentre os benefícios, a utilização de embriões permite a diminuição do intervalo entre gerações e o aumento no número de filhos de uma fêmea de valor genético superior. “Ainda, permite maior pressão de seleção e padronização do rebanho. E o produtor que investe nesta biotecnologia consegue mudar o perfil genético do rebanho em apenas uma geração e consegue manter o grau de sangue em plantéis que utilizam cruzamento industrial. São inúmeras as vantagens, podendo, ainda, produzir em alta escala animais de elevada produtividade e racionalizar a produção de fêmeas de reposição em rebanhos comerciais”, destaca o médico-veterinário e gerente Técnico do laboratório Alta Embryo, Luiz Gustavo Bragança.
O Alta Embryo é um programa de produção in vitro, transferência de embriões, utilização
de sêmen sexado e congelamento direto (DT). Ou seja, o programa disponibiliza ferramentas para os criadores que procuram alcançar objetivos específicos de produção e reprodução. “Essa é uma tecnologia importante para o avanço e disseminação do melhoramento animal, uma vez que os embriões permanecem congelados em botijões de nitrogênio e podem ser descongelados de forma fácil, apenas com uso de descongelador com água a 36°C, não sendo necessária estrutura de laboratório para o preparo do embrião. Apesar de ser um processo fácil, precisa ser realizado com máximo cuidado, seguindo todas as orientações fornecidas, considerando que é um produto delicado e tem a qualidade alterada com mudanças e manipulações bruscas”, explica a coordenadora do
Alta Embryo, Juliana Horta Diniz, destacando que, depois do descongelamento, a palheta estará pronta para ser transferida na receptora, previamente preparada pelo médico-veterinário. Os embriões DT são produzidos em laboratório, a partir da coleta de oócitos de doadoras de alto valor genético dos parceiros Alta, pela técnica de OPU (aspiração folicular). Após a coleta, são manipulados e passam pelas etapas de clivagem, maturação e fecundação in vitro. Os oócitos dessas doadoras são acasaladas com touros referência da bateria Alta, com foco nas características de maiores impactos dentro da atividade pecuária. “Com sete dias após a fecundação, os embriões de alta qualidade são selecionados para o processo de congelamento lento, que conta com a ajuda de modernas máquinas, que fazem, automaticamente, a curva de congelamento ideal”, acrescenta Diniz.
Com o objetivo de acompanhar o crescimento e demanda de mercado, a Alta detém tecnologia exclusiva, desenvolvida por profissionais altamente qualificados, para fornecer aos clientes embriões de qualidade de forma simplificada. “É ideal para quem busca agregar valor no rebanho e lucratividade sem a necessidade de investir na compra de doadoras de alto valor. É o melhoramento genético para quem busca produzir animais cada vez mais eficientes. O Alta Embryo já é um sucesso no campo. Temos recebido a satisfação dos clientes que já adquiriram os produtos e hoje estão colhendo os frutos”, garante Juliana Diniz.
17 PECUÁRIA EM ALTA
“O produtor que investe nesta biotecnologia consegue mudar o perfil genético do rebanho em apenas uma geração e consegue manter o grau de sangue em plantéis que utilizam cruzamento industrial”
Luiz
Gustavo Bragança, gerente Técnico do laboratório Alta Embryo
É o caso do Nelore Barcelos, que utiliza a genética do Alta Embryo na Fazenda Talhados, em Itapagipe, Minas Gerais. Segundo o responsável da propriedade, Fábio Barcelos, são 450 animais com foco na seleção de Gado PO. “A possibilidade de comprar embriões de uma genética já consagrada no mercado é muito importante. Assim, pulamos algumas etapas no desenvolvimento genético e alavancamos os animais que vão crescer na propriedade”, analisa.
Além da parceria com o fornecimento de doadoras para o Alta Embryo, a Genética Aditiva utiliza os serviços do Embryo Evolution dentro da Fazenda Canaã, em Terenos, no Mato Grosso do Sul. “Tivemos o prazer de, na última es -
tação de monta, participar do Embryo Evolution , agregando e trazendo ótimos índices de prenhez, diminuindo perdas gestacionais. Para nós, é muito importante trabalhar com um grande parceiro, como a Alta, e colhendo grandes resultados. Realmente, usamos e indicamos para todos os clientes utilizar essa grande ferramenta, que é a FIV”, analisa o gerente de pecuária, destacando que também tem visto os clientes Alta Embryo colhendo grandes resultados com o investimento. “Junto com o Alta Embryo, a Genética Aditiva oferece ao mercado grandes animais através da transferência de embriões, contribuindo com a raça e levando resultado para os nossos clientes”, conclui.
CAPA
“É ideal para quem busca agregar valor no rebanho e lucratividade sem a necessidade de investir na compra de doadoras de alto valor. É o melhoramento genético para quem busca produzir animais cada vez mais eficientes”
Juliana Diniz, Coordenadora Alta Embryo
Alta Embryo X Embryo Evolution
Dois produtos são ofertados pelo laboratório de embriões da Alta ao mercado: o Alta Embryo e o Embryo Evolution. “O Alta Embryo trabalha com a produção do embrião voltada para a venda de genética superior, por meio de embriões congelados oriundos de doadoras próprias da Alta e de fazendas parceiras ícones do mercado nacional. Já o Evolution é a comercialização do serviço para os clientes que possuem doadoras e receptoras próprias. Ou seja, realizamos todas as etapas da produção de embrião – desde a aspiração no campo, a produção desse embrião no laboratório e até a transferência. Nos dois modelos, todos os procedimentos são feitos aqui dentro do nosso laboratório. Então, a biotecnologia é a mesma e todos passarão pelas mesmas etapas de produção”, afirma o gerente Técnico, Luiz Bragança.
Portanto, o uso de embriões permite um rápido avanço genético, ótimo custo-benefício, garantia de resultados, altíssimo valor genético, acesso democrático à genética de décadas de seleção, assim como a segurança e confiabilidade. Para a técnica, outra vantagem é a quantidade de indivíduos que são produzidos por meio dos embriões. “A fêmea consegue um número maior de filhos em um período menor, o que aumenta a importância individual, além da possibilidade de ter uma variação genética. Tudo isso permite uma velocidade de seleção e pode aumentar a produtividade da fazenda”, acrescenta.
Grandes parcerias da Alta no corte e leite
No Corte, as fazendas parceiras são Cedro Nelore Mocho, Cia. Azul Agropecuária, Estância Silênio, Fazenda São Pedro, Fazenda Porangaba, FNAN, Genética Aditiva, Nelore Cachoeirão, Nelore Crispim, Nelore Lupera, Nelore Paranã, Nelore RG, Novo Horizonte Agropecuária, Rancho da Matinha, Varjão Grande-Nelore Pintado e Vera Cruz. Já no Leite, estão as propriedades Badajós, DSIL Fazenda Santo Antônio, Fazenda Mariana, Fazenda Santa Luzia, Genética Aditiva e a Morada Corinthiana.
Ficou interessado em maximizar os resultados na sua propriedade? Entre em contato com a equipe Alta pelos telefones (34) 3318-7777 ou (34) 99959-3417 – WhatsApp.
20 PECUÁRIA EM ALTA CAPA
TRABALHAR PROFISSIONALMENTE DURANTE OS CICLOS PECUÁRIOS É SINÔNIMO DE MAIOR LUCRO NA FAZENDA
Levantamento revela que a falha na transferência de imunidade passiva está relacionada à morte de bezerras e aponta a importância do colostro nos primeiros dias de vida dos animais para o aumento da produtividade da pecuária leiteira
Os momentos de recuo durante fenômenos periódicos, como o Ciclo da Pecuária, podem assustar, mas podemos encará-los como boa oportunidade de preparo para o período de alta. Em tempos de ‘vacas magras’, a melhor opção é continuar apostando na estratégia que já está funcionando e investir profissionalmente no melhoramento genético para ficar preparado para a próxima etapa.
O Ciclo da Pecuária é caracterizado por períodos de alta e baixa nos preços do boi gordo e do bezerro, e dura em torno de 5 a 7 anos. Durante o período de alta, os preços praticados na comercialização da carne de do gado vivo são elevados, o que estimula os produtores a investir na criação de animais. Durante o período de baixa no ciclo da pecuária, os preços do gado e da carne estão abaixo do valor de equilíbrio, situação que afeta diretamente os produtores e a
cadeia produtiva como um todo.
O período atual corresponde aos acontecimentos que iniciaram em 2018. Com o preço dos bezerros mais alto, houve a retenção de fêmeas e a diminuição da oferta da carne. Em 2020, o reflexo disso foi a diminuição da produção, do estoque total de animais no país e, consequentemente, o aumento do preço da arroba. No ano seguinte, houve crescimento dos rebanhos e, em seguida, a queda da arroba e do preço do bezerro, gerando uma ampliação da oferta.
O período de baixa deverá seguir até meados de 2024, consequência do maior envio de vacas para frigorífico, aumento da oferta de carne e diminuição dos rebanhos. A expectativa é que haja uma menor produção de bezerros, confinamentos e pastos ainda cheios. Já em 2025, os preços dos bezerros devem começar a subir. Vale reforçar que isso é uma projeção, pois a du-
ração do ciclo pode ser alterada por inúmeros fatores do próprio mercado. Neste sentido, atualmente, os maiores volumes de exportação e os menores estoques de animais de recria podem gerar antecipação da falta de boi gordo no mercado nacional e consequentemente encurtar o ciclo projetado.
De acordo com o gerente de Mercado da Alta, Tiago Carrara, há ainda uma margem interessante de lucro para a próxima etapa do ciclo. “Neste momento, é hora de investir e fazer dinheiro no futuro, tirando a vacada velha e menos produtiva e investindo em animais jovens, respeitando a qualidade exigida por cada rebanho”, aponta.
De acordo com a Revista DBO, de março de 2023, os indicadores do Instituto Inttegra demonstram que o número de fazendas que terão prejuízo nesta safra deve aumentar, mas o resultado médio das top
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ESPECIAL
30% rentáveis continuará crescendo. “Temos prévia de fazendas que vão superar, em muito, os R$3.000,00/hectare/ ano. Este resultado é comum na agricultura e a pecuária está aproximando, mostrando que o momento de baixa tem suas vantagens”, afirma.
Carrara ainda aponta que a melhor estratégia a ser adotada é continuar investindo no uso de tecnologias, em especial na reprodução e genética, como a IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo). “Muitos produtores confundem investimento com custo, o momento agora é realmente para focar em diminuição de custos, mas sem renunciar dos investimentos em
tecnologias que aumentam a produtividade. A IATF pode ser vista como investimento, porque auxiliam o aumento dos índices produtivos, melhorando o número de bezerros nascidos, além de garantir a melhor qualidade genética para o rebanho produzir mais no futuro. Em tempos de vacas magras, o ganho do pecuarista deve estar focado na escala, e não exclusivamente na margem por produto”, analisa o gerente de Mercado da Alta.
Conforme Carrara, o ciclo não determina o crescimento ou não, mas, sim, a intensidade de crescimento. “Não é momento de recuar, de desacelerar. Em outubro de 2023, a fêmea que entrar na estação de monta, que
será inseminada, confirmará o diagnóstico de gestação em abril de 2024. Em agosto de 2024 irá parir e colocar o bezerro no chão, sendo que, em maio de 2025, esse bezerro será desmamado, que é quando inicia o momento de alta no ciclo da pecuária. Portanto, em maio de 2026, esse animal entra no período de confinamento e, em setembro de 2026, será abatido também no auge da arroba. Dessa forma o pecuarista tem que olhar para o mercado futuro, entendendo que ele está semeando hoje a colheita para durante o ciclo de alta. Intensificar o uso de tecnologia é vital para obter maiores produtividades no momento certo”, finaliza.
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CONSIDERANDO O CICLO DA PECUÁRIA, QUAL É A MELHOR ESTRATÉGIA REPRODUTIVA?
A eficiência reprodutiva é ferramenta fundamental para o sistema de cria, seja pelo acasalamento realizado por monta natural ou pela inseminação artificial, o que permite maior produção de bezerros.
O gerente de Corte da Alta, Manoel Sá, explica que, geralmente, são utilizadas estratégias de uso somente de monta natural; uso de uma IATF seguida de monta natural; ou de programas mais intensivos, que envolvem a primeira IATF seguindo de ressincronização. “Esses programas de inseminação vêm sendo incorporados nas fazendas, que se adaptaram, ao decorrer dos últimos anos”, afirma.
No caso da vaca de corte, a IATF representa mais do que 90% das inseminações que são realizadas no Brasil. “Os dados que temos do benchmarking do Concept Plus mostram crescente incorporação dos programas de ressincronização nas fazendas, gerando economia ou concentrando os investimentos em touros de repasse de maneira mais estratégica e reduzida”, ressalta Manoel Sá.
Os programas de ressincronização melhoraram a eficiência reprodutiva, principalmente de categorias que
apresentam anestro pós-parto, ou seja, possuem maior dificuldade de emprenhar quando estão com o bezerro ao pé, como é o caso das primíparas.
“Outro ponto importante, é a possibilidade de economizar e reduzir a quantidade de touros necessários para a estação de monta. Então, ao fazer uma IATF e, depois, usar um touro, conseguimos melhorar a eficiência produtiva e antecipar os nascimentos dos bezerros, gerando maior número de bezerros desmamados e o maior quilo do bezerro desmamado por vaca”, detalha o gerente de Corte.
Pensando neste cenário de baixa, é o momento de o pecuarista ter o olhar criterioso e acertar em sua decisão.
“Se recuo no investimento em IATF, tenho grande rico de reduzir a eficiência produtiva, diminuindo principalmente a quantidade de bezerros nascidos do cedo. Isso vai acarretar no futuro da fazenda: quando estivermos no ciclo de alta, nós não teremos os bezerros do cedo e pode haver uma redução na quantidade de bezerros produzidos. Já as fazendas que incorporaram programas de ressincronização ao longo dos últimos anos, reduziram a quantidade de touros
da propriedade. Portanto, se voltarem atrás e diminuírem a quantidade de ressincronizações, terão necessidade de incorporação e precisarão adquirir touros para realizar esse repasse”, analisa Manoel Sá. Então, qual seria a melhor estratégia? Na avaliação do gerente de Corte, a melhor estratégia para esse ano de baixa é uma manutenção do que já foi feito no ano passado. “As fazendas que incorporaram programas de ressincronização devem manter para não precisarem fazer um investimento adicional na compra de touros para repasse que serão amortizados entre cinco a sete anos, assim como as fazendas que fazem uma IATF seguida de repasse de touros, para evitar a redução da quantidade de bezerros e a proporção dos animais nascidos no cedo”, orienta.
A sugestão do especialista é pensar muito ciclo pecuário, entendê-lo, analisar quais são as consequências e organizar, mantendo o que já estava sendo feito para que o pecuarista não reduza seus bezerros e não tenha problemas no futuro. Ainda, realizar o descarte estratégico de matrizes mais velhas e menos produtivas, e aumentar o número de fême-
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as jovens de reposição pode ser estrategicamente muito interessante neste momento. “A equipe Alta está à disposição para te ajudar a entender esse momento da pecuária, que é cíclico, e a te direcionar para que você não reduza o avanço genético dentro da sua propriedade”, conclui.
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ALTA CRIA: MAIS DE 36 MIL BEZERRAS LEITEIRAS SÃO AVALIADAS EM SEIS ANOS DE ESTUDO
Levantamento revela que a falha na transferência de imunidade passiva está relacionada à morte de bezerras e aponta a importância do colostro nos primeiros dias de vida dos animais para o aumento da produtividade da pecuária leiteira
Dados de 138 fazendas participantes de 13 estados brasileiros foram apresentados no benchmarking do Alta Cria 2022. Em seis anos de programa, já foram coletados dados de 36 mil bezerras leiteiras no Brasil. O levantamento realizado pelo programa Alta Cria, idealizado pela Alta, revelou que a falha na transferência de imunidade passiva é um dos principais fatores relacionados à morte de bezerras. De acordo com o estudo, a mortalidade das bezerras do programa caiu de 8% para 6% em 2022. A primeira colocada no ranking Alta Cria, por exemplo, chegou a 1% na taxa de mortalidade.
Segundo o gerente de Neonatos da Alta e coordenador do Alta Cria, Rafael Azevedo, comparando os dados coletados a cada ano pelo programa, houve um aumento de ganho de peso do nascimento ao desaleitamento, redução de doenças - como a diarreia, menor taxa de mortalidade e antecipação da primeira cria, o que reduz os custos e
eleva a produtividade da fazenda.
“As bezerras nascidas em 2017 e que foram melhores colostradas, ou seja, receberam um colostro de melhor qualidade, no tempo e volume corretos, produziram 600 litros a mais na primeira lactação na comparação com aquelas que não tiveram uma colostragem eficiente”, explica Azevedo.
A criação de bezerras e novilhas é uma das fases mais importantes para a pecuária leiteira, segundo Rafael, pois compreende a reposição genética que visa à incorporação de animais mais produtivos e saudáveis nos reba-
nhos. “Por meio da coleta de dados, as fazendas conseguem se posicionar em um grupo diferenciado, permitindo uma comparação e um norte se estão fazendo um bom trabalho na área de cria e recria”, conclui o gerente de Neonatos da Alta.
O objetivo do Alta CRIA é gerenciar os números e conhecer os principais índices zootécnicos, fundamentais para traçar metas, estratégias e alcançar os objetivos que definirão o sucesso da criação das bezerras e novilhas. Além disso, o programa auxilia na tomada de decisão de manejo dentro das propriedades.
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As melhores fazendas leiteiras
A Alta realizou, em dezembro de 2022, a premiação das melhores fazendas da pecuária leiteira do Brasil. A grande campeã foi a fazenda Santa Rita Agrindus, de São Paulo, produtora do leite Letti; o 2º lugar ficou com a Agropecuária Gabriel, da Bahia, seguido pelas propriedades mineiras: Fazenda Sertãozinho, Fazenda Cobiça e Haras Primavera.
O Programa Alta CRIA
Criado pela Alta, em 2017, com o objetivo de levantar os principais índices zootécnicos na fase de cria e recria para auxiliar no gerenciamento e estabelecer o panorama nacional da criação de bezerras e novilhas leiteiras. O programa é composto por um seleto grupo de conselheiros e técnicos, os quais discutem e trabalham os resultados e as inovações relacionadas às fases de criação, contando com grande participação dos proprietários de fazendas comerciais distribuídas no território nacional.
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ALTA E ASSOCIAÇÃO DE GIROLANDO FIRMAM PARCERIA PARA PROMOVER A RAÇA NO BRASIL
A Girolando é a segunda maior vendedora de sêmen no país e, somente em 2022, comercializou quase 700 mil doses; durante todo o ano, a Alta participará como patrocinadora máster dos eventos da raça
A Alta, líder mundial de melhoramento genético bovino, e a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando fecharam parceria, em 2023, com o objetivo de fomentar, em todo o país, o uso da raça Girolando, que é a segunda maior vendedora de sêmen e comercializou quase 700 mil doses em 2022.
A expectativa é de que, com essa cooperação, um maior número de produtores rurais tenha acesso às informações técnicas sobre o desempenho
dos animais Girolando. Para isso, a parceria prevê uma série de ações pelo Brasil, dentre elas a participação em eventos técnicos e feiras, como a maior exposição de pecuária leiteira da América Latina, a Megaleite 2023, programada de 7 a 10 de junho, em Belo Horizonte (MG).
“A Alta tem uma história antiga com a Girolando, iniciada desde seu reconhecimento oficial como raça, em 1996, pelo Ministério da Agricultura. Levamos para todos os cantos
do mundo a genética dos touros e as informações técnicas que comprovam o alto desempenho da Girolando na produção de leite com sustentabilidade”, destaca o zootecnista e gerente de Leite Nacional da Alta, Guilherme Marquez.
O especialista explica que existe uma demanda forte pela genética Girolando na América Latina e África, que tende a aumentar com as inovações constantes nas avaliações genéticas e genômicas, promovidas pelo
LEITE
Programa de Melhoramento
Genético da Raça Girolando (PMGG). “Essa evolução mostra ao mercado que os touros da raça são uma alternativa confiável para o desenvolvimento da pecuária leiteira nos mais diversos climas e regiões. Quem acreditou desde o início na Girolando e investiu em melhoramento genético, agora está colhendo importantes avanços dentro da raça”, garante Marquez.
O presidente da Girolando, Domício Arruda, reforça a importância da parceria com a Alta para levar mais conhecimento a produtores rurais de todo o mundo. “A Embra -
Guilherme Marquez, gerente de Leite Nacional
pa, em conjunto com a equipe técnica da associação, tem desenvolvido inovadoras ferramentas de seleção, lançando novas características, focadas no desempenho zootécnico e econômico dos animais. Tudo isso aumenta a confiabilidade das informações sobre a raça. E a Alta sempre acreditou no potencial dos touros Girolando, divulgando esses dados para seu público. Estamos felizes que, em 2023, ela integre o grupo de parceiros máster da entidade, composto atualmente por empresas de diversos segmentos da cadeia produtiva do leite”, acrescenta Arruda.
Ficou interessado em conhecer a bateria de touros Girolando da Alta? Acesse www.altagenetics.com.br ou baixe o APP Alta Brasil, disponível para download para Android e iOS. A equipe técnica comercial também está disponível para atendimento pelo WhatsApp (34) 99959-3417.
“Levamos para todos os cantos do mundo a genética dos touros e as informações técnicas que comprovam o alto desempenho da Girolando na produção de leite com sustentabilidade”
Bateria de touros
CONCEPT PLUS LEITE ANALISOU DADOS DE MAIS DE 1.600 FAZENDAS
LEITEIRAS DO BRASIL
Programa atingiu a marca de dois milhões de serviços avaliados, em sua 4ª edição, aumentando a segurança na tomada de decisões das propriedades brasileiras
A coleta de dados de qualidade dentro das fazendas brasileiras ainda está em crescimento. Com isso, existem poucos números que, realmente, representam dados nacionais que possam ser utilizados como referência para a tomada de decisão nas fazendas, quando o assunto é gestão do rebanho. É por isso que o Concept Plus Leite traz como foco estabelecer referências sérias e coerentes com a realidade bra-
sileira, por meio da discussão de estratégias reprodutivas e ao mostrar números, indicadores e envolver pessoas referência no mercado de reprodução. “Desde 2019, foram analisados dados de mais de 1.600 fazendas leiteiras, com cerca de dois milhões de serviços avaliados, aumentando a segurança de entregar referências que possam ser fonte de consulta e auxiliar na tomada de decisões dentro das propriedades no Brasil”, afirma
o gerente Técnico de Leite, Tiago Ferreira. As informações recebidas passam pelo filtro de qualidade em que são aproveitados os bancos de dados de fazendas atualizadas, com informações consistentes e setores voltados à produção leiteira. Desse modo, o Concept Plus Leite tem o objetivo de nortear as estratégias reprodutivas dentro das propriedades e possui foco na acurácia dos dados, que são
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coletados em rebanhos parceiros da Alta, e proporciona um entendimento da realidade dos números das parceiras. Isso possibilita um autoconhecimen-
to importante para tomada de decisão nas fazendas.
“Essa é a referência de número para 564 fazendas em 2022. Dependendo da evolu-
ção na taxa de prenhez, pode significar mais de 1.000 reais por vaca no ano. Ou seja, tem muito impacto no negócio leite”, acrescenta Ferreira.
Evolução do programa é constante Em 2019, o programa possuía cerca de 200 fazendas participantes e, em 2022, subiu para 564 validadas. “Recebemos dados de mais de 900 fazendas, portanto existe um processo de evolução e, aos poucos, caminhamos rumo ao nosso objetivo, que é o de ser referência de banco de dados nacional para a tomada de decisão embasada em informações importantes para a fazenda”, ressalta.
Ficou interessado em conhecer mais sobre o Programa Concept Plus Leite? Entre em contato com a nossa equipe: (34) 3318-3327 (telefone e WhatsApp).
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ALTA CRIA BEEF: PRIMEIRO PROGRAMA SOBRE CRIAÇÃO DE BEZERROS DE CORTE É LANÇADO AO MERCADO
Na fase inicial, o programa reúne fazendas de diversos estados do país e busca conhecer e gerenciar os principais desafios do nascimento até a desmama
A Alta lançou o 1º programa nacional de levantamento de dados na criação de bezerros de corte. O objetivo do Alta Cria Beef é conhecer e gerenciar os principais dados zootécnicos na fase de cria, compreendendo, principalmente, os desafios do nascimento até a desmama, e criando uma importante ferramenta para a tomada de decisão.
Na fase inicial, o programa levantou dados durante a estação de nascimento de fazendas progressistas, em cinco estados brasileiros – Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – somando mais de 40 mil matrizes prenhas.
O Alta Cria Beef é capitaneado pela médica-veterinária Paula Tiveron com corpo de conselheiros formado por José Zambrano (Rehagro), Manoel Sá Filho (Alta), Rafael Azevedo (Alta), Rodrigo Meneses (UFMG), Rodrigo Peixoto (Alta), Sandra Gesteira (UFMG) e Tiago Carrara (Alta).
As regras do programa consistem no envio de dados em data preestabelecida e preenchimento de questionário on-line. Para participar, é preciso se interessar pelo tema, realizar o cadastro via e-mail (CHECAR O EMAIL E INSERIR AQUI), e logo terá acesso aos benefícios.
O foco a longo prazo será criar um banco de dados de bezerros de corte para conhecer os principais desafios e índices zootécnicos, auxiliando na tomada de decisão e rumos da ciência nacional. Além disso, o Alta Cria Beef também visa levar a informação e o conceito de saúde e bem-estar animal para o campo.
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Rápido avanço genético
Ótimo custo benefício
Garantia de resultados
EMBRYO Alta
GARANTA EM SEU REBANHO O DESENVOLVIMENTO DE ANIMAIS DE ALTO VALOR GENÉTICO!
Altíssimo valor genético
Acesso democrático à genética de décadas de seleção
Segurança e confiabilidade
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Leia o QRCode e saiba mais
CONCEPT PLUS CORTE: programa acumula 10,6 mi de dados coletados até 2022
Informações comprovam a consistência e confiança que o mercado tem no programa; no último ano, foram coletados dados de quase três mil propriedades, situadas em 20 estados nacionais, que utilizam sêmen da Alta, além da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai milhões de dados coletados. Somente no último ano, foram recebidas informações de 2.949 propriedades.
Contribuir com a evolução do rebanho e desenvolver o mercado é o objetivo dos programas da Alta, o maior centro de biotecnologia e difusão genética da América Latina. Prova disso é oConcept Plus (CP), programa exclusivo de fertilidade do sêmen que identifica com precisão os touros com melhor fertilidade à campo em programas de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo). Até 2022, o Concept Plus Corte acumula mais de 10,6
Para serem identificados como Concept Plus, os touros passam por um rigoroso processo de coleta e análise dos dados de campo. As informações são coletadas durante a estação de monta (EM) por 389 equipes parceiras da Alta em mais de 20 estados brasileiros e em outros quatro países, sendo Argentina,
Bolívia, Paraguai e Uruguai.
Os dados são analisados para identificar quais reprodutores possuem fertilidade acima da média nacional. É preciso ter mais de 500 inseminações em, no mínimo, 5 fazendas. “O touro precisa ter alta fertilidade, emprenhar de 5 a 7 pontos percentuais a mais que a média do banco de dados. Um grande diferencial do programa é que o touro precisa se provar em todas as estações de monta, ou seja,
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se ele não tiver informações suficientes no ano seguinte, mesmo que ele continue com alta fertilidade, perde o selo por falta de dados. Isso só reafirma a credibilidade do nosso programa”, pontua a coordenadora do Concept Plus Corte, Isabella Marconato.
O programa apresenta respostas concretas sobre as variações de concepção dos touros no campo, que não são explicadas pelas análises laboratoriais, acabando com as especulações que são cultivadas no mercado de inseminação artificial. A base de informações gera tendências de mercado, como a proporção de cada categoria animal, a utilização de diferentes touros, comportamento em cada região, e tudo isso proporciona um comparativo, que contribui no conhecimento para as tomadas de decisões de cada participante do programa.
“Um dos grandes diferenciais do Concept Plus é poder trabalhar e analisar os dados de forma científica e descobrir os touros que realmente entregam mais resultados. Assim, é possível proporcionar uma melhora significativa nas propriedades ao excluir aqueles animais que possuem baixa entrega”, avalia Gabriel Cunha, da G.C. Reprodução Aplicada, participante do programa desde 2013.
A bioestatística do Concept Plus é única e altamente eficiente, pois trabalha excluindo outros efeitos que interferem na fertilidade à campo e isolando a contribuição do touro sobre a taxa de concepção. Atualmente, a quantidade de informações recebidas anualmente torna o programa
extremamente robusto, aumentando ao máximo a acurácia das informações geradas e a exatidão dos touros identificados.
Para Angelino Rossi, da Realiza Consultoria Veterinária, o programa oferece segurança ao trabalho no campo. “A partir do momento que começamos a
Atualmente, o programa apresenta uma bateria de Angus e Nelore com as principais raças. “Em 2022, batemos um novo recorde: coletamos mais de 10.6 milhões de dados. No ano, foram 2.633.828 informações, sendo 66,1% provenientes dos principais estados produtores de carne: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará. Foram identificados 186 touros com elevada fertilidade e extrema acurácia, de 16 diferentes raças, que apresentam resultados superior de fertilidade, o que ajuda o produtor a garantir uma redução do custo final da prenhez, aumento do número de bezerros nascidos, além da garantia de mais lucratividade”, reforça a coordenadora do programa.
Angelino Rossi, da Realiza Consultoria Veterinária
usar o Concept Plus, conseguimos agregar todas as informações que coletamos à campo, gerando uma confiança do nosso trabalho e transformando em resultados comparativos com as outras equipes. Tudo isso auxilia e melhora as nossas decisões no campo”, afirma.
Além de ter acesso à base de dados, os participantes do Concept Plus podem usufruir de inúmeros benefícios, como o Workshop, realizado anualmente, que conta com a participação de diversos palestrantes de destaque na área de produção e reprodução de bovinos de corte. As equipes do Concept Plus também recebem, com exclusividade, a lista dos novos touros com o selo CP - 30 dias antes do mercado, assim como acesso ao estoque estratégico dos touros jovens da bateria Alta. Os membros também acessam uma plataforma completa e personalizada, de acordo com a realidade da propriedade, obtendo planilhas de custo da prenhez e a margem de lucro do bezerro produzido. Além de receberem relatórios individuais, caderno com resultados gerais e bechmarking anual de IATF.
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“A partir do momento em que começamos a usar o Concept Plus, conseguimos agregar todas as informações que coletamos à campo, gerando uma confiança no nosso trabalho e transformando em resultados comparativos com as outras equipes. Tudo isso auxilia e melhora as nossas decisões no campo”
ALTA INVESTE EM PARCERIA PARA FOMENTO DE BIOTECNOLOGIAS E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO SUL
Parceria da Alta com a Treze Tílias Embriões contribui com o desenvolvimento da pecuária brasileira, com custo acessível e de forma autossustentável rio permite a inserção de profissionais na área de biotecnologia de transferência de embriões em bovinos de corte e leite.
Inauguração do Centro de Treinamentos Andreas Thaler na linha São Roque, interior de Treze Tílias, no Estado de Santa Catarina, realizado no dia 15 de abril, contou com participação de equipe técnica da Alta, parceira do Centro e da Treze Tílias Embriões. O projeto embrioná-
“Com o Centro de Treinamento Andreas Thaler, será possível auxiliar alunos e produtores rurais a se tornarem novos profissionais para a pecuária”,
destaca a coordenadora do Alta Embryo, Juliana Horta Diniz. O melhoramento genético tem contribuído para o avanço da pecuária e os produtores buscam potencializar o ganho genético e reduzir o intervalo entre gerações por meio dos embriões, tecnologia que permite o
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EMBRYO
rápido avanço genético ao entregar índices de prenhez elevados com ótimo custo-benefício.
Desde 2021, o laboratório Treze Tílias Embriões trabalha, em parceria com a Alta, com a fertilização in vitro na reprodução de embriões, sendo referência nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. “Os embriões são pro-
Sobre a Regional
duzidos a partir do acasalamento de doadoras com alto mérito genético, fornecidas por grandes parceiros, como a Cia Azul e a Estância Silêncio, com a utilização de touros referência da bateria Alta. O pacote tecnológico atende diversos tipos de projetos de pecuária, levando suas diversas vantagens, que contribuem para o rápido avanço genético”,
explica Diniz.
A missão da Alta é contribuir com o desenvolvimento da pecuária com custo acessível e de forma autossustentável, o que justifica o investimento em uma equipe de médicos-veterinários com experiência internacional. A estrutura é de última geração, com equipamentos de ponta e um laboratório móvel.
A parceria da Alta com a Treze Tílias Embriões busca aumentar a produtividade e a lucratividade dos produtores de corte e leite. Ficou interessado em conhecer mais sobre essa parceria? Entre em contato com a nossa equipe, pelo telefone (34) 3318-7777, ou acesse o site www.altagenetics.com.br
GENÉTICA DE SUCESSO AGROPECUÁRIA
BELEDELLI
A Fazenda Santa Maria utiliza a genética superior oferecida pela Alta em todo o rebanho e é referência quando o assunto é produção de animais precoces e pesados
dos reprodutores que compõem a bateria de corte Zebu e corte Taurino da Alta. A boiada é proveniente da genética do touro Ellingson Regency 5030, da raça Aberdeen Angus. Fruto da seleção Martin & Angie Schaff, Regency foi o 4º touro mais valorizado no leilão da Ellingson Angus e possui DEPs que indicam alto desempenho com eficiência para sistemas semi a intensivos, sendo consagrado Concept Plus desde 2019.
“O touro Regency se destacou desde quando o adquirimos em um dos leilões mais importantes da raça. Além da fertilidade sempre acima da média, a produção chama atenção pela padronização e elevado desempenho. Regency reforça a qualidade e potência da bateria angus da Alta”, explica a gerente de corte Taurino da Alta, Luiza Mangucci.
A produção de uma boiada de 26 meses, com quase 28 arrobas, é fruto do trabalho desenvolvido pela Agropecuária Beledelli, que utiliza a genética superior da Alta em todo o rebanho da Fazenda Santa Maria, em Nova Canaã do Norte (MT). Esse resultado impressiona e ganhou destaque na mídia nacional, comprovando que o investimento no melhoramento genético gera mais produtividade e lucro para o pecuarista.
Como estratégia de mane-
jo, os bezerros já desmamados foram retirados do espaço de pastagem e alocados em uma área com maior controle do desempenho, local denominado sequestro, onde permaneceram por 150 dias. Após esse período, os animais foram enviados para o confinamento, chegando ao fim do processo com 416 quilos. Cerca de 43% dos animais tinham 18 meses.
Toda a genética utilizada nas matrizes da fazenda é oriunda
Propriedade investe no Planejamento Genético
A Santa Maria desenvolve um sistema de produção de ciclo completo. Com a consultoria da Alta e a definição de um planejamento genético ajustado ao foco do negócio, a propriedade tem gerado excelentes produtos, por meio de um criterioso processo de seleção de animais que serão terminados em confinamento.
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“Nós acreditamos que tudo parte do melhoramento genético, no qual trabalhamos há anos. Além disso, investimos em uma nutrição de qualidade, produzida em nossa própria fábrica de ração, aliado a um manejo impecável, que começa desde o nascimento até a terminação dos animais no cocho. Esse trabalho proporciona obter um animal super precoce e de excelente qualidade”, explica Jefersom Fernandes dos Santos, gerente-geral da fazenda.
Associar o abate de animais super precoces com excelente rendimento de carcaça é considerado um dos grandes desafios dos produtores do país. A Agropecuária Beledelli percebeu que a união de uma genética superior, com uma nutrição equilibrada e um excelente planejamen-
to, resulta em animais acima da média. “Para colher excelentes resultados como dessa boiada, nós precisamos de uma equipe estruturada, uma gestão focada
nos objetivos, e é assim a Fazenda Santa Maria. Não podemos esquecer que, para isso, também precisamos de grandes parceiros, como a Alta Genetics, a melhor do mercado, objetiva e extremamente assertiva”, avalia Jefersom.
O Plano Genético é um programa que identifica a genética adequada à propriedade, gera informações, correlações entre as DEP’s e os dados coletados à campo, trazendo um benchmarking com resultados das mais diversas regiões. Se você ficou interessado em conhecer o programa e a bateria de corte Zebu e Taurino da Alta, entre em contato com a equipe pelo WhatsApp (34) 99959-3417 ou baixe, gratuitamente, o aplicativo da Alta (disponível para Android e iOS).
Sobre a Regional
A regional Cuiabá Norte, que atende a Agropecuária Beledelli, é parceira da Alta e o responsável, André Luiz Martins Costa Velho, explica que a regional atua no estado de Mato Grosso. A equipe é composta por um gerente e trinto e dois consultores, que prestam serviços na área de melhoramento e reprodução em bovinos de corte e leite. Mais informações pelo telefone: (66) 3544-0688 ou (66) 99936-1004.
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“Para colher excelentes resultados como dessa boiada, nós precisamos de uma equipe estruturada, uma gestão focada nos objetivos, e é assim a Fazenda Santa Maria”
Jefersom Fernandes dos Santos, gerente-geral da fazenda
EDUARDO LUNARDELLI
Pecuária brasileira de ponta é parte da solução para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, afirma Lunardelli
O ex-secretário de Clima e Relações Internacionais do Meio Ambiente expôs sua opinião sobre o Brasil ser colocado como um vilão quando o assunto é clima e afirma que investir em uma comunicação competente e eficaz ajudará a combater a desinformação sobre o agronegócio brasileiro
Formado em Administração de Empresas pela FGV, com MBA por INSEAD (França), Eduardo Lunardelli Novaes é consultor, palestrante, empreendedor rural e selecionador de gado com a marca NeloreCEN – que tem 57 anos de mercado. Prestou serviço público no Ministério do Meio Ambiente entre 2019 e 2021, tendo ocupado os cargos de Secretário de Clima e Rela-
ções Internacionais e Secretário Executivo-Adjunto. Lunardelli conversou com exclusividade com a equipe do Pecuária em Alta sobre a sustentabilidade na pecuária e a importância do investimento em uma comunicação competente para transformar a imagem do setor.
As mudanças climáticas têm ficado em evidência, sen-
do pauta de estudos e muitos debates. A pecuária é apontada por muitos como uma das responsáveis pelo aumento do efeito estufa. Como o senhor, como ex-secretário de Clima e Relações Internacionais do Meio Ambiente, avalia essa classificação? Por que o Brasil é colocado como o papel de ‘vilão’ quando o assunto é clima? Como avalia essa percepção de parte da população e da mídia?
A pecuária brasileira de ponta é parte da solução para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, seja pelo vigor no sequestro e armazenagem de carbono das pastagens tropicais bem manejadas, seja através da adoção sistemática de genética bovina melhoradora. Adicione a esses elementos a conservação de reservas legais e APPs e ninguém conseguirá competir com a carne e leite brasileiros do ponto de vista de pegada de carbono.
O Brasil é colocado no papel de vilão do clima essencialmen-
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te por duas razões. A primeira é que, sendo o país mais verde do planeta – em todos os aspectos relacionados ao campo – não interessa a nenhum país rico do mundo ter o Brasil como o modelo, como benchmark. São interesses econômicos e geopolíticos que se manifestam, acima de tudo, através de metodologias de contabilidade climática que pretendem pintar exatamente esse quadro. Um exemplo claro é que o que o IPCC chama de setor “Agricultura”. Como esse sistema contábil não considera ciclos de vida, do campo ao garfo, por exemplo, mas, sim, “setores” em verticais que não existem na natureza, na economia, o que consideram como agropecuária incorpora somente as emissões de gases das atividades. As remoções, a fotossíntese, por exemplo, são contabilizadas em outros setores. Tornar algo já complexo, o clima, em algo ainda mais complicado e inteligível para o cidadão comum é parte do interesse do chamado Regime Climático Global. São muitas reservas de mercado transitando interesses e influência.
O segundo é o desconhecimento e preconceito da opinião pública em relação à atividade agropecuária em geral. O setor passou décadas comprometido exclusivamente com seu negócio da porteira para dentro. De alguns anos para cá, no entanto, tenho a impressão de que se deu conta de que “quem não se comunica, se trumbica”; e, no caso, feio! Está se comunicando melhor e vai evoluir muito. É
uma guerra, acima de tudo, cultural. E a pecuária nacional está, do ponto de vista técnico, muito bem-preparada para ela. Basta aproveitar os fatos como são em benefício da construção de sua imagem, de maneira definitiva.
No que diz respeito às relações internacionais do Meio Ambiente, o que o senhor acha que precisa ser feito para melhorar a imagem do Brasil lá fora?
Tivemos a oportunidade de conversar pessoalmente com alguns dos veículos de comunicação mais influentes dos Estados Unidos e da Europa, em 2019. Fizemos a mesma pergunta a todos: “qual a fonte de informações para as matérias que vocês publicam sobre o Brasil?” As respostas eram, invariavelmente, iguais: “como não temos correspondentes no Brasil, nossa fonte de informação é a mídia brasilei-
ra.” Isso é muito representativo da origem do problema. É difícil você ver um americano, um japonês, um alemão falando mal de seu país de forma sistemática no exterior. Aqui, não, parece ser a regra.
Então, o que pode ser feito para se mudar isso? Creio que a resposta contemple dois públicos. Primeiro, a turma da pesquisa agropecuária aplicada, que precisa ocupar espaços na produção de ciências climáticas na qual quem domina são aqueles que não conhecem, nem gostam da atividade. O segundo, o próprio produtor, que deve compreender que ocupa hoje um espaço nos mercados globais, que incomoda muita gente. Precisa se comportar à altura da importância que conquistou, articular-se da porteira para fora e aprimorar sua comunicação. Só assim sua imagem será transformada, primeiro aqui, depois lá fora.
Um dos apontamentos para atribuir a responsabilidade dos problemas climáticos à pecuária é devido à produção de metano pelos ruminantes. Essa produção de gás metano entérico é realmente impactante para o Meio Ambiente?
O que dizem os mais recentes estudos a esse respeito?
Os estudos que têm repercutido na mídia não servem para responder à pergunta, por que não tratam a emissão de metano oriunda da fermentação entérica como parte de um sistema, como de fato é, mas como um elemento isolado na natureza?
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“O metano emitido pelos ruminantes se transforma em carbono na atmosfera e, em seguida, é removido através da fotossíntese das pastagens, que, por sua vez, são consumidas pelo animal. Esse é o ciclo, e o ciclo é fechado”
Em primeiro lugar, há de se fazer a distinção entre metano biogênico, aquele que faz parte de ciclos naturais - como o oriundo de atividades pastoris - e o metano abiogênico, de atividades não naturais como a exploração de petróleo e gás. Enquanto as atividades relacionadas ao primeiro emitem gases, mas também os removem, nas do segundo, não, só emitem.
O metano emitido pelos ruminantes se transforma em carbono na atmosfera e, em seguida, é removido através da fotossíntese das pastagens, que, por sua
vez, são consumidas pelo animal. Esse é o ciclo, e o ciclo é fechado. Em segundo lugar, novamente, há grandes desafios devido à falta da confiabilidade das metodologias de cálculo de poder de efeito estufa do metano e de seus fatores de conversão (volume de emissão/remoção por unidade).
É primordial que o Brasil produza suas próprias metodologias, adaptadas à realidade de seus ambientes de produção. Por fim, existem lobbies poderosos a quem interessa que o metano surja como um novo vilão climático por intermédio, por exemplo,
do Manifesto Global do Metano, articulado no âmbito das Nações Unidas em 2021. É nesse contexto, também, que se demonstra a importância de maior concertação do setor rural perante a sociedade brasileira.
O Programa Metano Zero, do Governo Federal, é uma oportunidade para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, custos de combustível e energia? Qual deve ser o foco do programa e de que forma impactará a vida dos produtores rurais?
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Ciente de todos os elementos que mencionei acima, o Governo Federal lançou o Programa Metano Zero, que se baseia na diminuição da emissão de metano oriundo da decomposição orgânica. O programa, portanto, em respeito às características naturais das atividades relacionadas à fermentação entérica, não impõe nenhuma restrição à atividade, o que seria desastroso, inclusive do ponto de vista ambiental. Cria, aí sim, mecanismos de incentivo para o aproveitamento energético de processos de tratamento de resíduos orgânicos de origem urbana – o lixo – ou rural. Pode ser potencialmente atraente para produtores em sistemas intensivos de produção, a depender de como o mercado vier a se organizar. Como esse programa, se mantido, será capaz de entregar metas nacionais de redução de metano que porventura vierem a ser negociadas pelo Brasil, a pecuária nacional está preservada como atividade econômica.
A menos, claro, que mudanças radicais de posicionamento por parte do Governo venham a ocorrer, o que não é impossível. Como, por exemplo, taxar a atividade. Isso pode se dar diretamente, ou de forma disfarçada, através de quotas, o que eles chamam de “mercado” cap and trade. O Acordo de Paris, por exemplo, é estruturado dessa forma. Você coloca metas e, quem não atingir, pode comprar títulos de quem houver superado a meta. Isso é imposto indireto a ser arcado pelo agente
econômico, pela cadeia, pelo consumidor e, por fim, pela sociedade. O setor precisa ficar atento à regulação do “mercado” de carbono que tramita hoje no Congresso Nacional. Há um poderoso lobby que defende, no limite, a imposição de redução do rebanho nacional.
O que você achou do aumento da visibilidade da Campanha “Segunda sem carne”, apontada como o ‘início’ de uma ‘solução’ para os problemas climáticos, com a redução das emissões de carbono e até relacionando ao desmatamento?
Toda iniciativa que vise a acabar com o consumo de carne, seja por intermédio cultural (segunda sem carne, veganismo, o “pum” da vaca), seja regulatório (decorrentes, por exemplo, de legislações “climáticas”), se implementada, trará consequências desastrosas. O comprometimento à segurança alimentar e à geração de emprego e renda é óbvio. Menos evidente, mas tão importante, são as consequências ao meio ambiente, que seriam igualmente devastadoras, especialmente no Brasil. Imagine, por exemplo,
que houvesse a imposição de diminuição do volume de emissão de metano originado através da fermentação entérica! A única forma de se conseguir isso, no agregado nacional, em um horizonte de oito anos, é reduzindo-se o rebanho nacional. Não há outra forma.
Façamos uma comparação com o que ocorre hoje na Holanda, onde se decidiu que, para se reduzir a emissão de óxido nitroso – outro gás de efeito estufa, o país terá que diminuir seu rebanho bovino. Imaginemos algo assim aqui. As pastagens brasileiras ocupam solos pobres, que não têm viabilidade para a agricultura. Se você impõe diminuição de rebanho, despenca a rentabilidade e capitalização do pecuarista, e, portanto, a qualidade do manejo de pastagens. O processo, como sabemos, é vicioso. Em vez de continuarmos a recuperar dezenas de milhões de hectares de pastagens degradadas, o oposto ocorrerá. Essas pastagens entrarão, então, em processo de desertificação que, além de significar a perda de terras cultiváveis, é grande emissor de metano por conta da degradação de tudo o que é matéria orgânica. Ao final, sobra areia. Em suma, se “segunda sem carne” pretende destruir a demanda, as regulações ambientais radicais pretendem destruir a oferta. Mas o objetivo é o mesmo: acabar com o consumo de carne bovina.
Até 2030, o Brasil deve reduzir 30% das emissões de
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“O Brasil deve seguir buscando aumento de eficiência e produtividade na produção pecuária”
metano, conforme compromisso firmado durante a COP26. Como o senhor acha que o país cumprirá esse acordo?
O Brasil não assumiu compromisso de redução de metano na COP26. Ao assinar o Manifesto Global de Metano – construído pelos EUA e Europa, paralelamente, ao Acordo de Paris – simplesmente manifestou seu interesse em colaborar com os demais signatários para que o mundo reduza em 30% suas emissões de metano em 2030 em relação a 2020. Trata-se de um manifesto, não de um acordo. De qualquer maneira, demonstrando competência, agilidade e visão virtuosa do potencial verde do Brasil, o governo anterior foi pioneiro na formulação de política pública para a redução desse gás, através do Programa Metano Zero. O programa se baseia em três oportunidades. Tratamento de resíduos orgânicos urbanos, contribuindo com o Marco Legal do Saneamento e sua meta de universalização do tratamento de lixo no Brasil em dez anos. O segundo, aproveitar a capacidade brasileira de geração e adoção de energias renováveis, no caso, biometano. E o terceiro, a competência do produtor rural brasileiro no aproveitamento de resíduos agrícolas, já que seus sistemas de produção correspondem, precisamente, ao que se chama de economia circular. Em suma, mais uma vez o Brasil tem o potencial de ser exemplo para o mundo.
Apesar de pouco falado na mídia geral, os pecuaristas e produtores têm se preocupado com os impactos ambientais e investido em técnicas e ferramentas para diminuir o impacto ao Meio Ambiente. Como o senhor, como produtor rural, avalia essa mudança comportamental? E quais são as novas tecnologias investidas para que essas mudanças impactem, positivamente, o Meio Ambiente?
Honestamente, na minha opinião, salvo aqueles que atuam em determinados nichos, o pecuarista, em geral, tem é que focar em aumento de lucratividade e eficiência de sua atividade, sempre em respeito ao Código Florestal. É exatamente dessa forma que os indicadores ambientais de sua propriedade, inclusive climáticos, sobem. Como a pecuária brasileira opera, majoritariamente, em solos pobres, quando o produtor aumenta a capacidade de sua propriedade, através de investimento em pastagem, ele aumenta a fotossíntese e remoção de carbono da atmosfera, aprimora a cobertura de solo com respectivo aumento de carbono armazenado, e assim por diante. Quando investe em genética melhoradora, aumenta o giro, o desfrute, enfim, a eficiência no uso do escasso recurso chamado terra. Boas APPs também deverão ajudá-lo na conservação e disponibiliza -
ção de água. Do ponto de vista ambiental, é crucial que o pecuarista cuide da saúde financeira de sua atividade, porque o que observamos é que o meio ambiente sofre justamente quando o pecuarista se descapitaliza.
Na sua opinião, como o Brasil (e a pecuária) pode e deve avançar para reduzir os impactos ambientais e continuar alimentando o mundo?
Propriedades de baixa eficiência, com pastagens degradas, são indesejáveis, tanto do ponto de vista de produção de alimentos, de sustentabilidade, como também da ótica do bolso do pecuarista. As três coisas caminham juntas. Portanto, o Brasil deve seguir buscando aumento de eficiência e produtividade na produção pecuária. Por outro lado, a exemplo do que vimos no passado, quando lobbies conseguiram convencer o mundo de que consumo de carnes era prejudicial à saúde - quando na realidade a ciência honesta comprovou o oposto, o combate ao consumo de carne, seja por motivos culturais ou supostamente ambientais, tem que ser, profissionalmente, enfrentado. No médio prazo, não tenho dúvida de que os fatos – facilmente demonstráveis na natureza –prevalecerão. Mas, para isso, o setor precisa se mobilizar, se articular, comunicar com competência, enfim, transformar sua imagem.
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