Edição 13 - Junho/Julho Pecuária em Alta

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PALAVRA DO DIRETOR

Na Alta, a cada conquista, fica claro que as escolhas certas trilham o caminho da nossa liderança. Tudo é possível porque por trás dos resultados existe uma equipe. Planejamento, dedicação, foco e responsabilidade são algumas das principais características da nossa equipe, que nos orgulha todos os dias. Mais de 20 anos se passaram desde que chegamos ao Brasil. Vários líderes de sumários apareceram e foram incorporados à empresa, e, hoje, na seleta bateria de touros da Alta de Leite Nacional, contabilizamos 125 touros Gir Leiteiro, 82 touros Girolando e 29 touros Guzerá Leiteiro. Na raça Gir Leiteiro, durante a Expozebu 2017, fizemos um grande investimento, comprando Dragão TE, o touro número um do mundo, líder do Sumário Embrapa/Abcgil 2017. Além dos líderes de todas as raças, são vários touros com provas positivas para leite, ou seja, o touro tem habilidade de transmitir para sua progênie essa importante e fundamental característica. O Brasil é muito grande e possui diversos sistemas de produção. Cada criador tem um objetivo e um plano genético, por isso essa variação de produtos se torna tão importante. Somos a principal referência internacional na produção de leite nos trópicos. Produtores de leite da África, Ásia, América do Sul e Central tornaram-se grandes investidores na genética que produzimos. Isso mostra a variabilidade e o nosso foco em produzir genética de qualidade. Estamos prontos para ajudar os criadores a atingirem seus objetivos individuais, com a responsabilidade de continuar realizando este importante trabalho para a pecuária mundial, identificando touros melhoradores e disponibilizando-os para o mercado. Além disso, para potencializar esta genética, também ofereceremos programas e serviços criados para atender às necessidades específicas de cada cliente em seu sistema de produção. Além deste assunto, nossa revista está repleta de outros temas abordados por técnicos e de exemplos de parceiros de sucesso que, juntamente com a Alta, obtêm cada vez mais lucro em seus negócios. Esperamos que goste do que preparamos. Que, a partir desta leitura, nós, da Alta, o ajudemos a ter cada vez mais clareza na sua tomada de decisões. Tenha uma ótima leitura.

Heverardo Carvalho Diretor Alta Brasil

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ÍNDICE EXPEDIENTE Diretor Heverardo Rezende de Carvalho Gerente de Mercado Tiago Carrara - tcarrara@altagenetics.com Coordenadora de Comunicação Camilla Lazak - camilla.rodrigues@altagenetics.com

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ESPECIAL CONCEPT PLUS O programa de fertilidade da Alta

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ALTA NEWS VISITAS TÉCNICAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Jornalista Responsável Renata Paiva (MTB 12.340) renata.paiva@altagenetics.com

Fique por dentro dos últimos acontecimentos da empresa

Colaboradores desta edição Ayrton Trentin, Ana Flávia Mariano, Bruna Quintana, Fábio Fogaça, Fernanda Borges, Getúlio Carvalho, Guilherme Marquez, Luiza Mangucci, Miguel Abdalla, Neimar Severo, Rafael Azevedo, Rafael Oliveira, Reginaldo Santos e Tiago Ferreira Diagramação e arte Ana Paula S. Alves - paula.alves@altagenetics.com Marketing/Comercial comunicacao@altagenetics.com.br Fotos Francisco Martins - fjunior@altagenetics.com

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Edição e revisão de texto Indiara Ferreira Assessoria de Comunicação indiara@indiaraassessoria.com.br

ARTIGO INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DO SÊMEN E FERTILIDADE Os fatores que interferem na qualidade do material genético

Tiragem 5 mil exemplares

LEITE Missão Construir relacionamentos de longo prazo, criar valor para nossos clientes, melhorar a lucratividade de cada rebanho e entregar genética de confiança, além de produtos e serviços de manejo com alta qualidade. Visão Tornar-se a marca global que seja a melhor escolha para rodutores progressivos dos segmentos de leite e corte. Valores: Foco, pessoas e competências, coesão, dinamismo, relacionamento, comunicação e ética.

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MANEJO DE NOVILHAS GIROLANDO NO PRÉ-PARTO TRAZ EXCELENTES RESULTADOS Atividade de doma racional melhora produção de leite de Girolando

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PRÉ-PARTO PODE INFLUENCIAR A QUALIDADE E A QUANTIDADE DE COLOSTRO Por que a vaca não produz com qualidade?


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PROGRAMAS E SERVIÇOS

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CORTE RAÇA NELORE: ALTA E SUA FORÇA DENTRO DA ANCP

MANIPULAÇÃO DO BOTIJÃO Manipulação incorreta pode afetar qualidade do sêmen

Alta mostra força no Nelore

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EVENTOS EXPOZEBU COMEMORA SUCESSO DE PÚBLICO E NEGÓCIOS Feira surpreende em público e resultados para a pecuária brasileira

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RAÇA BETA CASEÍNA A2A2 Um novo mercado para a pecuária leiteira

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CASOS DE SUCESSO PARCEIROS DA ALTA

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- Fazenda Santa Maria - Sítio Austrália

CAPA A FORÇA DA EQUIPE NA CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA LÍDER NO LEITE NACIONAL A força da equipe na construção da mais completa bateria de touros leiteiros do mercado

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GIRO NO CAMPO O BRASIL É NOSSO Clientes e leitores destacam a qualidade da Alta

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ENTREVISTA LUIZ CARLOS RODRIGUES Os desafios do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

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ESPECIAL

CONCEPT PLUS

TOUROS DE ALTA FERTILIDADE por Fábio Fogaça, gerente de Produto Leite Importado da Alta De que importa a genética, se não conseguimos gerar prenhezes nas vacas? É um longo caminho para congregar fertilidade de sêmen a uma confiável e precisa avaliação para mensurar. Desde 2001, a Alta assumiu a liderança do mercado desenvolvendo sua própria maneira para avaliar o desempenho de seus produtos diretamente nas fazendas. O objetivo era provar a fertilidade do sêmen em ambientes comerciais. Desde então, a avaliação Concept Plus tem sido consistentemente realizada e com ótima aceitação pelos clientes. Depois de quase 16 anos, o Concept Plus pode ser considerado realmente testado a campo. 6

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“A avaliação Concept Plus tem sido consistentemente realizada e com ótima aceitação pelos clientes” Na Alta, usamos o programa Concept Plus para avaliar a fertilidade de nossos touros. Apesar de termos disponível o Sire Conception Rate (SCR), com muitos touros da Alta, ainda assim, escolhemos Concept Plus como nosso principal meio de avaliar e monitorar a fertilidade de touros.

Por que confiar no Concept Plus? Tanto o Concept Plus quanto o SCR são baseados em resultados de checagem de prenhez. Para se ter um resultado, vários fatores precisam ser levados em consideração: mês, ano, número de inseminações e número de lactações do animal. No entanto, o Concept Plus comprova seu superior nível de precisão e integridade dos dados, de quatro maneiras: Abrangência. É a única avaliação que explica e controla o efeito dentro de um determinado rebanho, do sistema usado para verificar que a vaca está em cio (pedômetro, sincronização, ob-


servação natural) e/ou o efeito que o inseminador tem sobre a reprodução. A influência que isso tudo tem na fertilidade do touro também é considerada. Consistência. Os dados são coletados apenas de grandes rebanhos que se mostram desenvolvidos e adiantados. Em locais em que a gestão é consistente há um enorme número de vacas em produção e com agressivos programas de reprodução. Tudo isso resulta em uma forma mais segura e numa avaliação mais confiável do que os dados do SCR, obtidos de rebanhos de todos os tamanhos e variados tipos de manejo. É mais completo. Dados para o Concept Plus são coletados até mesmo de rebanhos que não estejam em controle leiteiro oficial, nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e também no Brasil. Já os dados do SCR só podem ser obtidos de rebanhos dos Estados Unidos, que estejam sob controle leiteiro oficial. Atualidade. O Concept Plus fornece uma previsão apropriada para fertilidade dos touros. Desde que podemos coletar os dados continuamente, sempre incluímos as informações mais atualizadas e recentes sobre o desempenho de fertilidade dos touros.

“O Concept Plus fornece uma previsão apropriada para fertilidade dos touros” de Inseminação Artificial (IA) pudessem escolher quais rebanhos deveriam ser incluídos nas avaliações de SCR. As iniciativas regionais para estimar a fertilidade dos touros foram dificultadas pela falta de recursos, por motivações políticas subjacentes e por dados incompletos. Como resultado, as informações reportadas nem sempre refletem as melhores estimativas possíveis de fertilidade dos touros. No entanto, por causa de razões, principalmente políticas, esta decisão foi alterada e, a partir de abril 2015, passou a ser obrigatório incluir dados de fertilidade de todos os touros que possuam mais de 300

inseminações registradas nos Estados Unidos, para as avaliações de SCR. Existe correlação entre Concept Plus e SCR? Uma vez que SCR e Concept Plus mensuram a mesma coisa, estão correlacionados. Touros de alta fertilidade geralmente estarão bem classificados em qualquer avaliação de fertilidade e, da mesma maneira, os touros fracos de fertilidade ficarão mal na classificação nessas mesmas avaliações. Porém, uma vez que muito mais dados são usados no Concept Plus do que no SCR, encontraremos algumas diferenças nas avaliações. Em comparação com o AltaLAVAL, os dados de Concept Plus, referentes aos 4.857 dos resultados de checagem de prenhez, mostram que é superior e diferenciado para fertilidade. Contudo, não existem dados

Por que agora o SCR está lançando dados de todos os touros? Pouco depois do lançamento inicial do SCR em 2008 (sete anos após o lançamento do Concept Plus), o United States Department of Agriculture (USDA) decidiu permitir que empresas PECUÁRIA EM ALTA

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ESPECIAL

minações dos últimos 48 meses para, assim, remover dados antigos. Constantemente, avaliamos também os últimos seis meses dos dados de fertilidade dos touros para se certificar de que esteja mantendo a classificação.

disponíveis de SCR para AltaLAVAL e, assim, não possui avaliação nenhuma de SCR. Por outro lado, a avaliação de Concept Plus para AltaPOSSESS o coloca acima da média para fertilidade de touros, com quase 20.000 inseminações. Suas avaliações de SCR também mostram que o reprodutor é altamente fértil, com uma classificação de 3,7 SCR, mas baseado em 7.053 observações. Por que Concept Plus tem maior número de dados? Dados de fertilidade para SCR são recolhidos apenas de rebanhos em controle oficial (DHI) e apenas dos Estados Unidos. Compilamos resultados de fertilidade do Concept Plus direitamente dos softwares de gerenciamento de nossos rebanhos

parceiros dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Brasil, que são capazes de utilizar dados até mesmo de rebanhos que optam por não fazer controles leiteiros oficiais. Isso agrega inúmeras inseminações adicionais para o banco de dados do Concept Plus e traz mais confiança em função da interação genótipo/ambiente. Quantas inseminações são necessárias para um touro ser considerado Concept Plus? Uma vez que temos resultados de checagem e de prenhez, de pelo menos 300 inseminações, consideramos tais dados precisos e suficientes para serem lançados na avaliação da fertilidade de um touro. Para garantir que as avaliações do Concept Plus estejam atualizadas, são incluídas inse-

Concept Plus é disponível para todos os touros do mercado? As designações de Concept Plus são disponíveis apenas para touros da Alta. Estamos empenhados em disponibilizar os mais altos níveis de fertilidade de sêmen para os grandes produtores de leite que estão em constante evolução. Temos investido bastante em nosso sistema único de comprovação. A metodologia de testar fertilidade de sêmen da Alta nos destaca no mercado. Que vantagem em fertilidade pode-se esperar com touros Concept Plus? Concept Plus é uma classificação, não apenas um número. A tabela a seguir explica o ranking Concept Plus, comparando os resultados de fertilidade de nossos touros. Apenas os touros que recebem quatro e cinco estrelas conseguem ter a cobiçada designação de Concept Plus.

Avaliação Concept Plus

Fertilidade média do touro

4&5 estrelas Concept Plus

Taxas concepção de 3 a 4: percentuais acima da média

3 estrelas

Fertilidade de média apra superior

2 estrelas

Fertilidade abaixo da média

1 estrela

Típico descarte baseado em fertilidade

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A liderança em fertilidade do programa Alta Concept Plus apresenta melhoria real dos rebanhos? Sim. A próxima tabela demonstra a liderança em fertilidade da Alta, com uma clara vantagem em Taxa de Concepção (TC). Os dados apresentados são de dez rebanhos dos Estados Unidos, que usaram, de um lado, sêmen da Alta, e, de outro, sêmen de outras empresas do mercado (mais de 500 serviços de outras organizações). As empresas só seriam incluídas na análise se o banco de dados comprovasse o uso de mais de 25 touros e com mais de 20 inseminações/touro.

“Compilamos resultados de fertilidade do Concept Plus, direitamente dos softwares de gerenciamento de nossos rebanhos parceiros dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Brasil”

Taxas de Concepção em rebanhos dos EUA (Centrais/Programas) % Médio Tx. Concep.

Num. Touros

Num. Total de IAs

Central A

22,80

78

6.966

Central B

29,20

37

2.839

30,40

118

4.497

34,50

37

2.549

Os resultados são marcantes e claros. Os touros Concept Plus têm uma vantagem significativa em TC sobre os outros dois grupos da concorrência (vantagem de 11,7% e 5,2%, respectivamente, sobre Central A e B), o que significa que o sêmen Alta Concept Plus tem potencial de gerar, a mais, quase 12 prenhezes por 100 vacas, em comparação com as outras empresas. Mas

a vantagem da fertilidade da Alta vai além porque até mesmo os touros não considerados Alta Concept Plus mostraram claras evidências de superioridade. Mais um dado que comprova a superioridade da Alta na questão de entregar sempre produtos com qualidade. Além do reconhecimento que possuímos nos Estados Unidos e no Canadá, Concept Plus é reconhecido como a

principal avaliação para fertilidade de sêmen em todo o mundo. Touros Concept Plus são fortemente procurados da Austrália até o Reino Unido, da Argentina à China, tudo em nome de conseguir fazer mais vacas prenhas, o mais rápido e eficiente possível. Coen Van Rosmeulen, Gerente Internacional de Vendas da Alta, confia nos touros eleitos como Concept Plus para gerar prenhezes até mesmo nos mais severos ambientes. No Oriente Médio, em uma análise com 17 rebanhos leiteiros (165.000 inseminações), Coen relatou uma taxa de concepção média no sêmen Concept Plus (31,1%), com cerca de três pontos percentuais a mais do que a taxa de concepção média do sêmen de outras empresas (28,4%). “Está claro que, mesmo quando confrontado com as condições no Oriente Médio, onde as temperaturas extremas podem ser sentidas durante todo o ano, touros Concept Plus continuam oferecendo o benefício de três pontos percentuais na taxa de concepção. Não podemos arriscar com a fertilidade de touros neste tipo de ambiente e é por isso que os touros Concept Plus são tão procurados em todo Oriente Médio”, afirma Coen. Alta é a líder em fertilidade? Para obter liderança em fertilidade, é necessário mais do que uma avaliação de alto nível: é preciso pessoas, programas, processos e os produtos. Pessoas: Na Alta, temos PECUÁRIA EM ALTA

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ESPECIAL

as pessoas mais apaixonadas do mercado para a coleta, avaliando embalagem, distribuição e entrega de sêmen para os nossos clientes, em todo o mundo. Todos, dos nossos veterinários até o pessoal que lida com os touros, equipe do laboratório, equipe técnica de campo e equipe de vendas, desempenham um importante papel em manter a nossa condição de ajudá-lo a fazer suas vacas prenharem. Programas: Dados do Concept Plus são coletados de nossos rebanhos parceiros Advantage Alta, nos Estados Unidos, no Canadá, na Alemanha e até mesmo no Brasil. Consultores da Alta trabalham nesses rebanhos para garantir um lançamento apropriado de dados e, assim, bem mais precisão. Os softwares de gerenciamento destes rebanhos nesses grandes e progressivos rebanhos permitem as mais rápidas e confiáveis informações de fertilidade. Processos: Temos rigorosos processos de manipulação de sêmen e checagem de controle de qualidade, sempre com a mesma consistência no Canadá, na Holanda, na China, no Brasil, nos Estados Unidos ou na Argentina. Sabemos que todo sêmen produzido pela Alta é consistentemente da mais alta qualidade possível, em cada uma de nossas centrais ao redor do mundo. Produto: Por causa das pessoas, programas e processos por trás do sêmen dos touros da Alta, confiamos que vamos entregar o melhor pro10

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duto para o rebanho. Além disso, somos transparentes sobre a qualidade do sêmen dos touros, sejam superiores ou inferiores para fertilidade. Se a fertilidade é parte do plano genético, estamos compromissados em certificar que entregaremos aqueles touros que se encaixam nos seus critérios.

Fábio Fogaça gerente de Leite Importado da Alta Zootecnista, durante mais de 20 anos, atuou em todo o Brasil como consultor nas áreas de Nutrição, Manejo e Genética. Há sete anos integra a equipe da Alta


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ALTA NEWS

GRUPO VISITA FAZENDAS DE CORTE NO RIO GRANDE DO SUL

Foram mais de 2.000 quilômetros rodados pela equipe de Corte da Alta, no Rio Grande do Sul, no mês de maio. O roteiro incluiu uma programação intensa com palestras, dentre elas a do consultor técnico da Alta Ciale - a central da Alta na Argentina, Rodolfo Peralta; participações em eventos e visitas a fazendas de clientes e fornecedores de genética para a empresa. O grupo de técnicos participou, nos dias 19 e 20 de maio, de um dos principais eventos da pecuária de corte do estado, o Encorte, com uma palestra técnica do Rodolfo para uma plateia de 300 pessoas, bem como um dia de campo realizado no Colégio Politécnica da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, que contou com a presença de 150 pessoas.

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O objetivo foi apresentar aos participantes, novidades e correlações relacionadas à genética, reprodução e manejo alimentar de vacas de cria. Na semana seguinte, juntamente com o técnico argentino, o grupo iniciou um “tour” de visitas em fazendas na região da campanha gaúcha, sul e litoral, nas cidades de

Uruguaiana, Alegrete, Santana do Livramento, Dom Pedrito, Pelotas e Osório. Eles puderam conhecer rebanhos selecionados das raças Braford, Aberdeen Angus, Red Angus e Brangus. O “tour” também contou com um dia de visita à Alta Progen, central da empresa localizada em Dom Pedrito, para avaliação da bateria de touros taurinos. “Foram dias de muitos ensinamentos, com esclarecimentos e troca de experiências com nossa equipe técnica e clientes sobre os sistemas de produção aqui no RS e também na Argentina. Acreditamos, cada vez mais, que o melhoramento genético é uma ferramenta potente para melhoria da produtividade dos rodeios de cria”, diz o gerente distrital da Alta na região, Jorge Duarte.


EQUIPE TÉCNICA DA ALTA MINISTRA PALESTRAS NO 14º DIA DE CAMPO DA GENÉTICA ADITIVA Parceira da Alta, na oferta de genética, a Genética Aditiva, empresa de melhoramento genético, localizada em Campo Grande (MS), realizou, em 3 de junho, o 14º Dia de Campo. O evento, realizado tradicionalmente na Fazenda Canaã, em Terenos (MS), teve como objetivo promover conhecimento, com palestras e trabalhos desenvolvidos na empresa. Na abertura da programação, o gerente de Programas Especiais Corte da Alta, Manoel Francisco de Sá Filho, falou sobre “Manejo reprodutivo de novilhas Nelore Precoces - Como organizar a fazenda para colher bons resultados”. Na sequência, a

consultora técnica da Alta e integrante da empresa Melhora Mais Consultoria Genética, ministrou a palestra “Do mito à realidade”. Já o gerente de Mercado da Alta, Tiago Moreira Carrara, apresentou ao público “O mercado de genética. Onde estamos e para onde vamos - O ponto de vista de uma Central de Inseminação Artificial”. Fechando o circuito das palestras, o técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Horácio Alves Ferreira Neto, falou sobre a participação da Genética Aditiva no Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ).

Após as palestras, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os touros da central, da raça Nelore, também doadoras, fêmeas superprecoces prenhas e paridas, multíparas paridas e também exemplares da raça Girolando.

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ALTA NEWS

ALTA REALIZA 2º TOUR DE CORTE MT

Cáceres, no sudoeste de Mato Grosso (MT), é um dos maiores municípios do Estado e o quarto em maior número de bovinos do Brasil. Alguns dos grandes projetos pecuários do mundo estão na região, dentre

eles, o Nelore Grendene e o Nelore Camparino. Esses parceiros da Alta são importantes fornecedores de genética das raças Nelore e Sindi. Para apresentar o trabalho realizado, as equipes técnica e comercial da Alta promoveram um showcase. Além dos clientes do local e de outros municípios do Estado, como Mirrassol d’Oeste e Pontes e Lacerda, participaram pecuaristas de Goiás, Minas Gerais e Rondônia. Nos dias 11 e 12 de maio, o grupo, com cerca de 40 pessoas, visitou as fazendas Ressaca e Camparino. Foi possível conhecer o processo de seleção, os critérios utilizados no melhoramento genético, o manejo nutricional, a produção de touros da central e dos touros de repasse das fazendas.

CRIADORES E TÉCNICOS DO BRASIL CENTRAL VISITAM ARGENTINA

A Alta realizou mais uma edição do Showcase Argentina, durante os dias 17 e 18 de maio. O evento reúne criadores e técnicos para conhecer a realidade da pecuária do país vizinho e ampliar conhecimento a partir da troca de experiências. Esta edição contou com a participação de 50 pessoas, dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Paraná e Minas Gerais. 14

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No primeiro dia das visitas, os participantes visitaram o Mercado de Liniers, que chamou a atenção pelo dinamismo e logística de vendas. São comercializados mais de 130 mil cabeças por mês. “O mais interessante é que os animais são ‘leiloados’ e disputados entre diversos frigoríficos, o que valoriza o produto, que dali vai direto para o abate”, comenta o gerente distrital, Rodrigo Rodrigues.

A edição especial do Showcase levou os participantes à Fazenda Três Cruces, conhecida mundialmente pela qualidade de animais da raça Brangus. Atualmente, são mais de dois mil hectares produzindo mais de dois mil animais melhoradores de cria e recria. A fazenda realiza um processo rigoroso de acompanhamento dos animais, auferindo medidas de peso, ao nascimento, à desmama e aos 18 meses, identificando, assim, animais que são superiores. A busca é pelo tamanho moderado aliado a uma boa estrutura. Há também a seleção de indivíduos com elevada fertilidade e com alta adaptação. Encerrando a programação, os participantes acompanharam um desfile de touros na Alta Ciale, central da empresa no país. O grupo conheceu os touros da bateria de Corte Taurino da Argentina.


ALTA SHOWCASE TOUR BRASIL RECEBE CLIENTES E TÉCNICOS ARGENTINOS A Alta Brasil recebeu, pela primeira vez, clientes e técnicos argentinos, entre 25 e 27 de abril. O objetivo foi mostrar um pouco da realidade dos sistemas de produção do Brasil, ressaltando as tecnologias aplicadas no campo, que otimizam os resultados da pecuária. No roteiro do giro técnico estavam três fazendas com perfis diferentes, mas com um objetivo em comum: a obtenção de lucros por meio de uma pecuária sustentável. A primeira visita foi na Fazenda Califórnia, localizada no município de Nazário, em Goiás. Na propriedade, há recria a pasto e engorda em confinamento. Os animais para recria vêm de uma propriedade do mesmo grupo, que fica no estado do Mato Grosso. São cerca de 50.000 fêmeas em reprodução. Para que essa propriedade abasteça a fazenda Califórnia, todos os animais são desmamados com média de oito meses de idade. São recriados a pasto, no estado do Goiás, para atingir o peso mínimo de entrada no confinamento, que possui capacidade de 28.000 cabeças estática. O produto final é destinado ao mercado externo. Segue protocolos rigorosos para atender às demandas da Cota Hilton. Houve também palestra com a equipe da Lageado. A empresa é parceira da Alta e presta serviços de Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF). Foram apresentados os protocolos trabalhados pela equipe, os mane-

jos que realizam nas propriedades e a linha organizacional. No segundo dia, o grupo visitou a Fazenda Reunidas – Grupo Baumgart - e conheceu os diversos cruzamentos realizados na propriedade, com o objetivo de atingir a melhor produtividade de carne de qualidade. Para isso, são utilizados cruzamentos da raça Nelore e composições com Aberdeen Angus, Red Angus, Charolês, Red Brangus, Senepol e Wagyu. No último dia, os participantes visitaram a Central Alta Brasil e tiveram a oportunidade de conhecer animais das raças Nelore, Nelore Mocho, Nelo-

re Pintado, Tabapuã, Senepol, Brangus, Braford, Gir Leiteiro e Girolando, além de acompanhar os processos de industrialização de sêmen. Assistiram a uma palestra com o gerente de Programas Especiais de Corte, Manoel Sá Filho, sobre “A intensificação dos programas de IATF”. Para fechar o showcase, acompanhados pelo gerente de Produtos de Corte Zebu, Rafael Oliveira, o grupo visitou a Fazenda Mundo Novo e conheceu um exemplo de sistema extensivo. Foram apresentados lotes de touros e vacas paridas, que têm como principais características a docilidade e a rusticidade. PECUÁRIA EM ALTA

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ARTIGO

INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DO SÊMEN E FERTILIDADE por Neimar Correa Severo, responsável técnico pela central da Alta Estimar a fertilidade de uma amostra de sêmen congelado, por meio de avaliações laboratoriais, é um grande desafio para os pesquisadores e para os veterinários de centros de coleta e processamento de sêmen (CCPS). Na rotina, a avaliação da motilidade total e da motilidade progressiva pós congelação, associada à avaliação da morfologia espermática, dos testes de resistência térmica e da porcentagem de acrossomas íntegros ainda são os exames uti-

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lizados nos CCPS para avaliar a qualidade de amostras de sêmen congelado. Técnicas avançadas de avaliação, como o sistema computadorizado de análise de sêmen (CASA) e a citometria de fluxo, são promissores para o controle de qualidade e permitem uma maior acurácia na estimativa da capacidade fecundante do sêmen. Porém, a validação desses métodos necessita de avaliações de fertilidade a campo para de-

terminar seu real valor. Características específicas dos espermatozoides ou o resultado de testes funcionais únicos ainda são de baixa correlação com a fertilidade a campo. A ênfase nas análises de uma determinada amostra de sêmen deve ser dada para aquelas que incorporem múltiplas variáveis para os diferentes parâmetros que interagem com a fertilidade. A interação entre a qualidade do sêmen e a fertilidade é


um verdadeiro quebra-cabeça. O fator touro ainda é decisivo para determinar a fertilidade no campo, porém, os resultados são dependentes de diversos aspectos externos. Fatores relacionados ao histórico reprodutivo da fêmea, junto com fatores como ambiente de criação, categoria da fêmea, condição nutricional, associados ao manuseio do sêmen, exatidão na detecção do cio, momento da inseminação artificial, uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e armazenamento do sêmen, são importantes e exercem forte influência sobre a fertilidade. Fatores que influenciam a fertilidade Dos fatores que influenciam a fecundação, a fertilidade intrínseca do sêmen é uma parte importante do resultado final, enquanto os fatores ambientais e relacionados à fertilidade da fêmea representam outra parte muito importante também. Entretanto, as técnicas de coleta, diluição, refrigeração, processamento e congelação do sêmen interagem na sua capacidade fecundante e a fertilidade intrínseca do sêmen é um fator importante no resultado final da fertilidade de um determinado touro. Porém, quando o técnico realiza a avaliação de uma dose de sêmen é possível predizer a fertilidade? Não. Ele apenas faz uma estimativa do potencial fertilizante da amostra analisada. A equação da fertilidade é composta por cinco itens que se multiplicam, para dar o resultado final de prenhêz. São eles o ambiente de manejo da fêmea (A), a

“Acreditar que, mudando de touro, partida ou fornecedor do sêmen, podemos mudar drasticamente a taxa de prenhêz de um rebanho de cria, é um erro que não podemos cometer”

fertilidade da fêmea (B) x a fertilidade do macho (C) x a qualidade do sêmen (D) x o inseminador (E). Fatores ligados ao ambiente de manejo e à fertilidade da fêmea, como nutrição, sanidade, qualidade do oócito, fatores hormonais e situação do útero no momento da inseminação influenciam os resultados de prenhes. Fatores ligados ao macho, como as características intrínsecas do reprodutor que determinam a sua fertilidade também são importantes nesta equação. O fator sêmen, com suas características de condensação da cromatina nuclear e percentual de células normais, influenciam na fertilidade também. Porém o fator inseminador tem um valor alto no resultado final da equação da fertilidade, pois depende da sua capacidade para depositar a dose inseminante no local correto. Se um determinado programa de inseminação apresentar um ou mais fatores de ótima eficiência, mas o inseminador for mal capacitado, com 50% de

eficiência por exemplo, o resultado final será a multiplicação de todos os fatores, afetando o percentual de prenhez do programa de inseminação artificial. Avaliação do sêmen É possível predizer a fertilidade do touro somente pela análise do sêmen? As limitações na avaliação do sêmen são os fatores que não permitem predizer a fertilidade do touro. O avaliador procura estimar o valor da amostra utilizando recursos técnicos disponíveis para avaliar a capacidade fecundante de uma determinada partida. Diferente de outras técnicas, que predizem o valor do exame, a definição imprecisa de “fertilidade” não permite valorar uma amostra como fértil. Podemos apenas definir uma amostra como boa ou má, sem meio-termo. O melhor parâmetro para determinar a fertilidade é o percentual de fêmeas gestantes após inseminação artificial. Limitações da avaliação da fertilidade A definição de taxa de concepção é de uma variável binomial (prenha ou não), dependente de diversos fatores externos. A complexidade dos fatores envolvidos na fertilidade de uma vaca torna a predição da fertilidade de uma amostra de sêmen de difícil definição. A dependência da quantidade de inseminações efetuadas com diferentes ejaculados do mesmo touro, para determinar o valor de sua fertilidade, é grande e de acordo com o intervalo de confiança, quanto maior o número de avaliações, menor é a variação da análise (Tabela 1).

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ARTIGO

Quantidade de inseminações

Taxa de concepção (%)

Intervalo de confiança a 95%

30

40

21-59

50

40

25-55

100

40

30-50

200

40

33-47

300

40

34-46

500

40

36-44

1000

40

37-43

Variação 40 + - 19 40 + - 15 40 + - 10 40 + - 7 40 + - 6 40 + - 4 40 + - 3

Tabela 1. Intervalo de confiança a 95%, de acordo com número de inseminações realizadas, conforme publicado por Capitaine Funes, 2011.

Em 250 vacas inseminadas, qual touro foi melhor? Conforme a Figura 1, todos são iguais em taxas de fertilidade porque o intervalo de confiança a 95% varia

em torno de 15%, para mais ou para menos, considerando 50 vacas inseminadas por touro. Para estabelecer que uma diferença de fertilidade foi significativa

TOURO A 50%

IC

TOURO C 40%

IC

IC

TOURO B 55%

IC

35

TOURO E 45%

40

IC

IC

NÃO EXISTEM DIFERENÇAS

TOURO D 60%

IC

IC

45

entre touros, são necessárias, no mínimo, 500 inseminações artificiais por amostra/touro utilizado, com um intervalo de confiança de 4%, conforme a Tabela 2.

IC

IC

50

55

60

Figura 1. Taxa de concepção (%), de acordo com o intervalo de confiança de 95%, conforme publicado por Leonardo Brito (Avaliação de qualidade de sêmen: reconhecendo as limitações e encarando os desafios. 5º Simpósio Internacional de Reprodução Animal Aplicada, p.136-149, 2012.).

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Podemos afirmar que a qualidade do sêmen é muito importante no resultado da fertilidade e que devemos prestar atenção nas suas características físicas no laboratório, avaliando de forma segura as amostras com as quais estamos trabalhando. Porém, acreditar que somente o touro ou partida de sêmen é fundamental para o resultado final de concepção é esquecer todos os fatores envolvidos em um programa de inseminação artificial convencional ou quando utilizamos a inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Mas acreditar que, mudando de touro, partida ou fornecedor do sêmen, podemos mudar drasticamente a taxa de prenhêz de um rebanho de cria, é um erro que não podemos cometer porque os resultados finais não serão os desejados. É óbvio que pode haver touros de baixa fertilidade num grupo de doadores, assim como touros de fertilidade

mediana e que devemos procurar identificá-los antes do uso, mas o mercado indica que, se trabalharmos com touros que produzam sêmen com ótima qualidade nos centros de coleta qualificados, como a Alta Genetics, existem outros fatores mais relevantes que afetam a fertilidade e esses são os que devemos procurar manejar para obter índices eficazes de concepção. Para minimizar as variáveis de avaliação da fertilidade a campo, a Alta Genetics desenvolveu o programa Concept Plus, que identifica com precisão quais são os touros com maior fertilidade em programas de IATF, através da coleta de informações de prenhez nas fazendas parceiras da empresa. O programa apresenta respostas concretas sobre as variações de fertilidade dos touros que não são explicadas pelas avaliações realizadas no laboratório. O Concept Plus foca em podero-

sa análise bioestatística, que isola a contribuição do touro na determinação da prenhez, excluindo outros fatores que interferem na fertilidade dos programas de inseminação artificial, dando total confiança nos resultados obtidos. Os touros acima da média em fertilidade são identificados como Concept Plus. Já os touros com fertilidade reduzida são retirados da bateria de touros ativos da Alta, excluindo o risco do uso de touros de baixa fertilidade.

Neimar Correa Severo Responsável técnico pela central da Alta Possui especialização em produção e reprodução de bovinos e atua há mais de 30 anos na área de biotecnologia de sêmen. Suas áreas de interesse são: andrologia, criopreservação de sêmen, doenças ligadas a reprodução

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LEITE

MANEJO DE NOVILHAS GIROLANDO NO PRÉ-PARTO TRAZ EXCELENTES RESULTADOS

Um momento importante para o pecuarista de leite é acompanhar o manejo dos animais no pré-parto. Nesta fase, vários pontos merecem destaque, como nutrição adequada, conforto térmico, acompanhamento do parto, dentre outros. Quando um pecuarista escolhe a raça com que irá trabalhar, deveria compreender quais ações a raça necessita para melhor desempenho. Por exemplo, no Holandês de alta produção, um balanceamento nutricional da dieta e conforto térmico são fundamentais para 20

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o sucesso. Nesta reportagem, a revista Pecuária em Alta destaca o manejo de transição para ordenha, principalmente para novilhas Girolando. Nos dias que antecedem o parto de uma novilha Girolando, é importante adotar algumas práticas de doma racional, que vão determinar a quantidade de leite produzido desse animal na sua lactação. Vamos pensar na fêmea, que teve uma criação mais extensiva e pouco trabalhada nas instalações da fazenda. No dia do parto, várias situações vão afetá-la diretamente.

Ela estará sofrendo uma extrema mudança hormonal, estresse, mudança de vínculo social, mudança na dieta e sequestro do seu bezerro. Imagine que essa novilha vai para uma sala de ordenha, com uma contenção, teteiras, barulho, aos quais ela não está acostumada, além de ficar ao lado de um fosso que ela nunca viu. Qual é a chance de dar certo? Várias propriedades têm adotado um manejo de adaptar esses animais a essa condição nova, alguns dias antes do parto. Formam-se lotes de novilhas prenhas, que são conduzidos à contenção de ordenha, pelo menos quatro vezes na semana, de 30 a 40 dias antes do parto. Na contenção, essa fêmea se adapta ao barulho da ordenha, ao tipo de contenção, aos movimentos dos ordenhadores. Pode-se também começar a jogar água nas pernas e na barriga e, numa próxima etapa, passar a mão nas pernas e tetas. Toda a ação deve ser gradativa, conforme a aceitação. Assim, as novilhas podem parir mais adaptadas e terão mais facilidade nas primeiras ordenhas, sem impactar tanto na primeira lactação.


BOM EXEMPLO Localizada em Mineiros (GO), a Estância Chocolate produz mil litros de leite por dia, com 42 vacas em lactação. A composição do rebanho é 100% Girolando, na sua maioria 1/2 sangue, indo, no máximo, até a 3/4.

“Hoje, posso dizer que meus animais são dóceis, mais saudáveis e, principalmente, mais produtivos” “O foco do meu trabalho é produzir leite com eficiência, buscando uma alta produção de leite por hectare/ano, utilizando animais adaptados ao nosso clima e que pastejem bem, pois o pasto é o principal alimento, na maior parte do ano”, explica o proprietário Ellison Wener Borges Carvalho. Para o pecuarista, um dos pontos fundamentais no sucesso da atividade é o manejo dos animais, principalmente das novilhas Girolando, durante o período de transição. “Nós adotamos a doma dos animais antes do parto. Para isso, fazemos uma adaptação na sala de ordenha 30 dias antes da previsão de parto, passando os animais todos os dias na

ordenha, aumentando o contato com elas, esfregando cotonetes nas regiões mais sensíveis, jogando água nos úberes, imergindo as tetas em produto usado para pós-dipping e enxugando depois. Também fornecemos ração”, explica. O lote das novilhas é separado das vacas. São apenas algumas vacas para facilitar o manejo e ajudar na adaptação e entrada na ordenha. Segundo o pecuarista, com a implementação desse manejo, o trabalho com os animais ficou mais eficiente não só com as novilhas, mas, também, com as vacas 1/2 sangue, que ficaram muito mais calmas, aumentaram a produção e diminuíram o índice de mastite. Segundo

Ellison, agora, também são raros os casos de doenças durante o período de transição, como retenção de placenta. Ele garante que a velocidade de ordenha aumentou muito porque não usam mais peias e a higienização, uma vez que houve queda de defecação durante a ordenha. “Hoje, posso dizer que meus animais são dóceis, mais saudáveis e, principalmente, mais produtivos. Tenho que agradecer a colaboração de meus funcionários, por eles entenderem e perceberem a importância de todos estes manejos, sempre atendendo e executando nossas solicitações. Sem isso, não conseguiria transferir para a prática todas as inovações”, finaliza.

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LEITE

PRÉ-PARTO PODE INFLUENCIAR A QUALIDADE E A QUANTIDADE DE COLOSTRO por gerente de produto Colostro da Alta, Rafael Azevedo A ingestão precoce de colostro de alta qualidade influencia a saúde e a sobrevivência dos bezerros, pois os eles nascem sem anticorpos protetores e dependem da ingestão de anticorpos colostrais (imunoglobulinas) para protegê-los contra doenças comuns. O processo também é conhecido como transferência passiva de imunidade. 24

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As imunoglobulinas presentes no colostro são absorvidas pelo intestino delgado do bezerro durante as primeiras 24 horas após o nascimento, sendo que, nas duas primeiras horas após o parto, temos o ponto ótimo de absorção, com queda acentuada até as seis primeiras horas. A obtenção de uma transferência passiva adequada ocorre em função

da qualidade sanitária, nutricional e da quantidade de anticorpos presentes no colostro, bem como do momento do fornecimento do mesmo. O processo de produção de colostro começa várias semanas antes do parto e se interrompe quando o bezerro nasce. Durante este período, grandes quantidades de imunoglobulinas G (IgG) e outros fatores imunitários são seletivamente transferidos da corrente sanguínea da vaca para o colostro. Isso começa, em média, três semanas antes do parto. Porém, existem alguns fatores de manejo da vaca no pré-parto que podem desempenhar papel determinante na obtenção de um colostro de qualidade e em uma transferência passiva adequada. Sendo assim, é importante conhecer esses fatores e tentar minimizar, ao máximo, a variação da qualidade e da quantidade de colostro produzido pelos animais.


Colostro de qualidade Inicialmente, é importante saber o que é um colostro de alta qualidade. É definido como o colostro obtido logo após o parto, na primeira ordenha, e que apresenta os seguintes aspectos: - Possuir menos de 50 g/L de IgG (alguns autores já indicam, no mínimo 80 g/L de IgG) - Possuir baixa concentração de bactérias (<100.000 ufc/ml de contagem total de bactérias e <10.000 ufc/ml de contagem de coliformes) - Fornecer todos os nutrientes para o bezerro (gordura, proteínas, vitaminas e minerais adequados) - Estar livre de patógenos, que possam ser transmitidos no colostro (como o Mycobacterium avium subespécies paratuberculosis, espécies de Mycoplasma e espécies de Salmonella) É importante lembrar que a recomendação é que os bezerros sejam alimentados com uma quantidade mínima de 100 g de IgG, na primeira alimentação, nas duas primeiras horas após o nascimen-

“É importante lembrar que a recomendação é que os bezerros sejam alimentados com uma quantidade mínima de 100 g de IgG, na primeira alimentação, nas duas primeiras horas após o nascimento” to. Porém, como nem todos os bezerros são alimentados dentro das duas horas após o nascimento e o colostro, frequentemente, contém menos do que 50 g/L de IgG, a recomendação é fornecer uma média de quatro litros de colostro na primeira alimentação, o que, muitas vezes, pode ser um volume grande para bezerros que nascem menores ou mais fracos.

O que influencia a qualidade e a quantidade de colostro Muitos trabalhos já foram realizados para entender a fisiologia, o manejo e a nutrição da vaca durante o período de pré-parto, porém, poucos estudos avaliaram o efeito desses fatores sobre a qualidade do colostro desses animais. É sabido que um dos fatores que mais podem influenciar a qualidade do colostro é o tempo entre o parto e a coleta do colostro, pois, quando há um atraso entre o parto e a primeira ordenha, o início da produção de leite dilui o colostro e leva a uma diminuição da concentração de IgG e aumento no volume. No entanto, existem muitos outros fatores que podem influenciar essa qualidade e o volume do colostro até o momento do parto. Raça das vacas A raça pode afetar a qualidade do colostro e, tradicionalmente, vacas holandesas possuem menores concentrações de IgG no colostro do que outras raças leiteiras. No entanto, muitos trabalhos não relatam diferença significativa na concentração de colostro de vacas holandesas quando comparado ao colostro de outras raças leiteiras nacionais ou internacionais. Número de partos do animal Geralmente, as novilhas de primeira lactação produzem menor quantidade de colostro, menor massa total de IgG e menor concentração de IgG no colostro do que as vacas em sua segunda ou maior lactação, ou seja, vacas mais velhas geralmente têm PECUÁRIA EM ALTA

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o colostro de melhor qualidade. No entanto, não quer dizer que todo o colostro de novilha é de baixa qualidade, sendo importante testar a qualidade do colostro de todos os animais e fornecer o colostro de alta qualidade, independentemente da idade da vaca.

Márcio Geraldo Hamm Gerente Operacional Fazenda Melkstad “A Fazenda Melkstad tem sede em Carambeí, no Paraná, e possui, atualmente, 1.028 vacas em lactação, com projeto para 1.800 vacas até o ano de 2021. As vacas ficam confinadas em sistema de Freestall, com cama de areia e ordenha carrossel. Aqui, como em várias fazendas leiteiras, enfrentamos algumas dificuldades nas primeiras horas de vida das bezerras, dentre elas, ter um colostro imediato de qualidade, com o volume necessário e com segurança sanitária. Como estamos aumentando nosso rebanho, temos muitas novilhas parindo e as mesmas não têm um colostro de qualidade. A utilização do colostro bovino em pó veio ao encontro das nossas necessidades, pela rapidez no fornecimento para as bezerras, garantia de um produto de alta qualidade, potencializando a eficiência na transferência da imunidade. Antes do colostro em pó, já tínhamos uma excelente imunidade nas bezerras, mas o produto, sem dúvidas, melhorou a constância do alto IgG das bezerras. O colostro bovino em pó já virou protocolo na nossa fazenda. É muito fácil de manejar e a bezerra o recebe, com muita eficiência, no máximo, 20 minutos após o nascimento.”

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Mastite e outras doenças A mastite subclínica crônica, no período seco, está associada ao volume colostral reduzido, mas, geralmente, não afeta a concentração de IgG do colostro. Porém, em casos de mastite clínica, a qualidade do colostro pode ser drasticamente comprometida, podendo conter grande número de bactérias patogênicas. Nesse caso, é de suma importância que os produtores descartem o colostro desses animais. O colostro produzido com sangue também deve ser descartado. Patógenos como a salmonela e os coliformes fecais podem contaminar o colostro durante a ordenha, o manuseio ou armazenamento e podem causar doenças, como a diarreia. No entanto, outros agentes infecciosos podem ser transmitidos diretamente, de vacas infectadas para bezerros, no colostro, como o Mycobacterium avium subespécies paratuberculosis, espécies de Salmonela e espécies de Micoplasma, assim como várias doenças virais. Na maioria dos casos, o colostro de animais que são conhecidos por estarem infectados com qualquer um destes agentes, não deve ser utilizado para a alimentação de bezerros. Para rebanhos que estão tentando eliminar a transmissão desses patógenos, existem várias opções, incluindo alimentação com produtos de substituição do colostro fresco (colostro em pó) ou pasteurização de colostro (ter muito cuidado com o controle da temperatura). Dieta pré-parto Existem muitas sugestões sobre como alimentar as vacas para maximizar o volume e a qualidade do colostro, porém poucos trabalhos com abordagens nutricionais sobre a qualidade ou o volume de colostro produzido foram realizados. Alguns trabalhos alterando as quantidades de proteína e energia, acima ou abaixo das concentrações indicadas pelo NRC, no pré-parto, não demonstraram efeito sobre o conteúdo de IgG de


colostro. No entanto, já foi relatado que dietas muito baixas em proteínas comprometeram a capacidade do bezerro em absorver a IgG colostral. O aspecto dos minerais e vitaminas na dieta pré-parto, principalmente o selênio e outros nutrientes envolvidos na função imune, pode influenciar a qualidade do colostro quando são deficientes na dieta. Trabalhos demonstram que vacas alimentadas com dieta deficiente em selênio e vitamina E, no pré-parto, produzem menos colostro e menor massa total de IgG colostral do que as vacas alimentadas com a mesma dieta, mas suplementadas com selênio e injeções de vitamina E. Como ainda existem poucos trabalhos que apoiam as estratégias comumente recomendadas para aumentar a qualidade ou o volume de colostro, o mais importante, do ponto de vista nutricional, é que as vacas sejam alimentadas para maximizar a saúde durante o período de pré-parto, atendendo-se às recomendações do NRC para todos os nutrientes. Estresse por calor Mesmo que os resultados de trabalhos ainda apresentem controvérsias ao efeito do estresse por calor sobre a qualidade do colostro produzido pelas vacas, já é comprovado que a capacidade de absorção de anticorpos, pelos bezerros, de vacas que tiveram estresse por calor no pré-parto, são menores do que bezerros de vacas que foram resfriadas no pré-parto. Porém, alguns estudos relataram que a qualidade do colostro é menor no verão do que em outras estações, podendo estar aliado ao estresse térmico ou a outros fatores ambientas ou de bem-estar. Comprimento do período seco As vacas parecem necessitar de pelo menos três/quatro semanas de período seco para produzir colostro de boa qualidade. E, quando o período seco é muito curto (<21 dias) ou não há período seco, o colostro é, frequentemente, de baixa qualidade. Vacas que possuam um manejo estratégico de vacinação no pré-parto, quando passam por um período seco muito curto (<3 semanas), não terão tempo para uma resposta adequada a essas vacinas, comprometendo a transferência desses anticorpos específicos para

Luis Fernando Moroz Veterinário Fazenda FrankAnna “Desde a origem, a Fazenda FrankAnna busca produzir com a máxima eficiência, aliando equilíbrio com o meio ambiente e produção com sustentabilidade. Atualmente, são 700 vacas em lactação, em sistema 100% confinado, com quatro ordenhas diárias e média, por vaca, de 37,5 litros. Uma grande dificuldade na propriedade é garantir ao bezerro uma colostragem de qualidade, na primeira hora após o nascimento. Apesar de termos um rigoroso controle da qualidade e sanidade do colostro produzido pelas nossas vacas, às vezes, precisamos de uma alternativa, e o colostro bovino em pó foi a que encontramos quando não temos colostro em nosso banco. O produto é muito bom, prático e fácil de trabalhar, podendo ser utilizado de acordo com o desafio de cada fazenda. Nas bezerras em que utilizamos, ele foi excelente e não deixou a desejar em nenhum aspecto frente ao colostro produzido por nossas vacas.”

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o colostro. Sendo assim, mesmo se, nesse caso, o colostro tiver mais do que 50 g/L de IgG, não é recomendado que ele seja fornecido aos bezerros. Por que a vaca não produz colostro? O baixo volume de colostro é um problema relatado em muitas fazendas americanas, durante o outono e o início do inverno, e é um problema que constantemente vem sendo relatado por produtores brasileiros, sem observação de um período específico. Esse problema parece ser anual, com apenas intensidade ou gravidade da diminuição do volume de colostro mudando ao longo dos anos. Várias ideias têm sido colocadas a respeito de por que as vacas produzem baixas quantidades de colostro, mas ninguém ainda descobriu a razão. As teorias sobre a quantidade baixa de colostro cobrem uma grande variedade de fatores de manejo e vacas: - Comprimento do período seco - Qualidade sanitária dos in-

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“O baixo volume de colostro é um problema que constantemente vem sendo relatado por produtores brasileiros, sem observação de um período específico”

gredientes da alimentação (fungos e micotoxinas) - Dietas (há algumas pesquisas para sugerir que alguns minerais podem afetar a qualidade do colostro, mas não tanto sobre a quantidade de colostro produzida) - Estresse (habitação, manejo e/ou clima) - Fotoperíodo (intensidade de iluminação e duração do dia) - Condição corporal da vaca e a paridade da vaca

- Equipamentos de ordenha (mudança no vácuo, vazamento, juntas defeituosas, etc. na hora de coletar o colostro) - Qualidade da água (pode ter sido contaminada com uma bactéria que poderia afetar a produção de colostro) - Mudança de trabalhadores na fazenda (a produção de colostro ocorre em resultado de alterações hormonais e mudanças bruscas no manejo podem ter um efeito sobre a saída do colostro). Porém, é um tema que ainda possui várias suposições, sem comprovações científicas. Substituto de colostro Mesmo que o colostro produzido pela mãe seja o alimento mais adequado para o fornecimento de imunoglobulinas para o recém-nascido, quando não respeitadas todas as condições de qualidade desse produto, sabemos que ele também pode ser transmissor de doenças passadas da mãe para o bezerro, além de poder não apresentar todos os requisitos necessários para ser considerado como um colostro de qualidade. Pensando em resolver esse problema rotineiro nas fazendas, substitutos vêm sendo utilizados e estão ganhando cada vez mais importância na pecuária mundial. Porém, é de suma importância que esse substituto tenha como fonte o colostro bovino de qualidade, sem nenhuma alteração e/ou adição de outros ingredientes diferentes do encontrado no colostro bovino natural. Em 2017, chegou ao Brasil o Colostro Bovino em Pó, produzido por uma empresa canadense,


Jônadan Min Ma Diretor do Grupo Ma Shou Tao “No primeiro momento de vida das bezerras, enfrentamos duas grandes dificuldades. A primeira delas é coletar o colostro das vacas no momento do parto, principalmente se ele ocorre à noite. Por mais que a equipe esteja comprometida, coletar este colostro no momento certo pode ser um grande limitante. O segundo ponto, que cona Saskattom Colostrum Company Ltd. (SCCL). A SCCL é uma empresa pertencente ao grupo Koepon, grupo também dono da Alta Genetics, que produz o melhor colostro bovino em pó encontrado no mercado. Um pacote de colostro bovino em pó possui 470g de produto. Para fornecer aos recém-nascidos, basta diluir o produto em um litro de água filtrada ou mineral morna (entre 43 e 49ºC). Após diluído, o mesmo deve ser fornecido em mamadeiras. É uma excelente opção para

sidero de extrema dificuldade, é garantir que esse colostro, que vai ser fornecido à bezerra, seja de qualidade, uma vez que mais de 1/3 das vacas não produzem colostro de boa qualidade, outro 1/3 possui uma qualidade mediana, além, é claro, das que sequer produzem colostro. Dessa forma, fica quase que impossível garantir imunidade às bezerras e podemos comse oferecer aos recém-nascidos um produto homogêneo, consistente, com quantidade de anticorpos uniforme (mínimo de 100g de IgG), livre de organismos que transmitem doenças, além da conveniência pela facilidade de uso do produto. No Brasil, a distribuição é feita pela Alta Genetics. É importante lembrar que a orientação de um técnico é fundamental para o sucesso do produto. Por isso, entre em contato com os técnicos da Alta, entenda mais sobre o pro-

prometer a futura vida produtiva dessa fêmea. Acredito que este produto vai trazer uma grande revolução na criação de bezerras, garantindo que nossas bezerras sejam colostradas adequadamente nas primeiras horas de vida, com a quantidade correta de imunoglobulinas necessárias, fornecidas de maneira rápida e muito simples. A grande vantagem que tem feito com que a Boa Fé invista no colostro bovino em pó é que vamos trazer, para o nosso rebanho, qualidade, eficiência, agilidade e o suprimento necessário, por meio de um produto tão essencial à vida, que é o colostro. Por esse colostro, vamos garantir mais saúde para as nossas bezerras, sem oscilações na qualidade do produto fornecido, evitando doenças que afetam a produtividade delas e que, certamente, permitirão que ela seja uma futura vaca muito produtiva.” duto e suas vantagens, antes de utilizá-lo em sua propriedade.

Rafael Azevedo gerente de produto colostro da Alta Zootecnista, com doutorado em zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pós-doutorando em Zootecnia pela UFMG

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PROGRAMAS E SERVIÇOS

MANIPULAÇÃO DO BOTIJÃO FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DO SÊMEN por Reginaldo Santos, por gerente técnico de Leite e cursos de Inseminação Artificial da Alta O botijão de sêmen é o equipamento que permite armazenar o sêmen congelado no nitrogênio (N2), a menos 196°, e tornar a inseminação artificial acessível a todos, levando a genética de touros provados e permitindo o melhoramento genético dos rebanhos, por meio de uma melhor produção, seja de leite ou de carne, trazendo benefícios e lucros aos usuários da técnica. É uma grande garrafa térmica, projetada para manter as palhetas de sêmen congeladas a uma temperatura segura de armazenagem. Estas palhetas são

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colocadas em racks que, por sua vez, permanecem em canecas devidamente fixadas em local distinto no botijão, ou seja, evitando que saiam do lugar com o transporte, por exemplo. Na realidade, é como se fossem dois botijões. Uma estrutura externa protege contra pancadas, arranhões, e a interna, armazena o nitrogênio e as canecas com as palhetas. Entre as estruturas existe papel alumínio, fibra de vidro e vácuo, formando camadas isolantes, que evitam evaporações. O N2 é relativamente barato, inerte, não se oxida e nem en-

tra em combustão. Existem situações que devem ser evitadas, pois podem trazer problemas a quem o manuseia de maneira inadequada. O produto de sua evaporação é gás nitrogênio, que é incolor, inodoro e insípido, mas pode causar asfixia em locais sem a devida ventilação. Também pode causar queimaduras, se entrar em contato com a pele, devido à sua baixa temperatura.

“Lembre-se de que o botijão de sêmen é a garantia da qualidade do produto que está lá dentro” Os botijões estão disponíveis em vários tamanhos e modelos, com diversos tempos de manutenção. Variam desde tanques para armazenagem permanente, com capacidade de vários milhares de palhetas, a modelos para campo, que pesam aproximadamente 23 quilos e podem armazenar de 600 a 1.200 palhetas finas. O tamanho do botijão é que vai indicar o tempo para recarga. O representante da empresa de Inseminação Artificial (IA) pode ajudá-lo a decidir qual o melhor modelo para seus objetivos. Lembre-se de que o botijão de sêmen é a garantia da qualidade do produto que está lá dentro e, para isto, necessita de cuidados especiais, que garantirão também sua utilização por vários anos: - Deve ser mantido em local


pode causar vazamento e perda de nitrogênio, gerando prejuízos ao sêmen. O ideal é evitar, ao máximo, o transporte do botijão, deixando-o sempre o mais perto possível do local onde são feitas as inseminações, de preferência em um armário fechado, evitando acidentes. - Constantemente, devemos medir o nível do nitrogênio, com a régua apropriada, monitorando o gasto e evitando que o mesmo abaixe de maneira danosa ao sêmen. Quando o botijão estiver com 18 centímetros, já devemos estar programados para seu abastecimento, evitando que atinja menos de 15 centímetros. Introduza a régua no botijão até que ela se encoste no fundo, espere alguns segundos, retire-a, balance-a suavemente, observe a faixa branca que se forma com a condensação do ar e mostra o nível existente no botijão. Vale lembrar que esta régua serve para qualquer botijão, independente do seu tamanho. - Todo botijão possui uma válvula de vácuo, próxima a uma das alças. Em hipótese alguma deve ser avariada, pois fará com que entre ar no interior, perdendo boa parte do poder isolante e de conservação do frio. seco e fechado, mas ventilado. De preferência, deve ficar dentro de uma caixa rígida, revestida internamente com espuma ou isopor, para evitar pancadas, que podem danificá-lo e prejudicar a qualidade do sêmen armazenado. Caso haja pancadas, pode quebrar o gargalo, fazendo com que o nitrogênio vaze, interferindo na qualidade do sê-

men ou até matando todos os espermatozoides. - Se não tiver uma caixa para manter o botijão dentro, deixe-o em cima de um tablado de madeira, de um papelão ou isopor, mas nunca em contato direto com o solo (onde há umidade, urina, fezes). - Arrastar o botijão e transportá-lo de maneira excessiva

Reginaldo Santos, gerente técnico de Leite e Cursos de Inseminação Artificial da Alta Médico veterinário pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), pós-graduado em Pecuária de leite

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A FORÇA DA EQUIPE NA CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA LÍDER NO LEITE NACIONAL 34

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“Hoje, a bateria de touros da Alta é comemorada, com muito entusiasmo. O reconhecimento é público e notório, mas, para que tudo isso aconteça, temos que olhar o passado e trilhar um caminho longo de pioneirismo”, diz o gerente de Produto Leite Nacional, Guilherme Marquez. O processo de seleção das raças Gir Leiteiro e Girolando na Alta Genetics teve início no ano de 1996. Formada por uma equipe, inicialmente pequena, comandada pelo diretor Heverardo Carvalho e pelos zootecnistas Ricardo Ramos e Sergio Faina, a Alta Genetics deu o pontapé inicial para a construção da maior e melhor bateria de touros Gir Leiteiro e Girolando do Mundo. Um dos primeiros passos foi a compra de embriões da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a contratação de Encantado TE Cruzeiro, Guardião TE Gavião, Modelo de Brasília, Original de Brasília, parcerias de Obelisco da Silvânia Invasivo Cal e da liderança da época, Benfeitor Raposo da Cal. “Com todas essas ações, a Alta entrou com o pé direito na comercialização de sêmen da raça Gir Leiteiro”, comenta Guilherme. A Alta foi a primeira empresa a acreditar na raça Girolando, contratando touros e disponibilizando-os para todo o Brasil. Em seu primeiro catálogo de touros Leite Nacional, separado do Leite Importado, a empresa apresentou oito touros Gir Leiteiro, um touro Guzerá Leiteiro (Cabul II S) e três touros Girolando (Curimatã Três Passagens, Damião Bellwood 3E e Nautilus Bandit Rancharia).

Mais de 20 anos se passaram, vários líderes de sumários apareceram e foram incorporados à empresa, que hoje contabiliza 125 touros Gir Leiteiro, 82 touros Girolando e 29 touros Guzerá Leiteiro. “A empresa comemora as decisões do passado e se mantém firme no objetivo de sempre ser pioneira e disponibilizar o melhor possível aos seus clientes. Vivemos um ótimo período, de qualidade máxima de nossos produtos”, destaca Guilherme. A Raça Gir Leiteiro sempre teve um papel fundamental para a produção de leite no Brasil e em outros países de clima tropical, tanto para uso em animais cruzados, quanto para uso em animais puros. Desde 1960, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) realiza o controle leiteiro das propriedades de Gir, pelo Programa de Melhoramento Genético do Zebuíno (PMGZ) Leite. Há

avaliação e ranqueamento dos melhores animais para diversas características. A Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), desde 1986, realiza o programa de melhoramento, chamado de Teste de Progênie, e avalia touros, pelo desempenho de suas filhas. Em 2017, o resultado trouxe mais uma liderança para a Alta, em todos os dois programas de avaliação. Houve o investimento no touro Dragão TE, Líder do Sumário da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais com a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro 2017 (Embrapa/Abcgil), e os ótimos resultados do segundo melhor touro, Gabinete Silvania, e do terceiro melhor touro, Urânio da Silvânia. “Ter o primeiro, o segundo e o terceiro é um acontecimento inédito para todos nós. Além desses touros, tivemos a alegria de ver as escolhas embrionárias se tornarem

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CAPA

provadas entre os top touros, como é o caso de Kalika Vila Rica, Golias Silvania e Pradesh Poções. Um feito espetacular para uma empresa que comemora, em 2017, 21 anos de Brasil”, afirma Guilherme. A empresa trouxe outras novidades em touros jovens selecionados para o Teste de Progênie, como Input Cal (Gengis Khan na Araçá Cal), Impecavel Cal (Gengis Khan na Tona Cal), Metano FIV do Basa (Ca Sansão na Fábrica Bras), Rilton FIV Vila Rica (Ca Sansão na Solução de Brasilia), Duke DP (Jaguar na Pérola DP) e Celeste JM (PH Uisque na Darroberta Alto Estiva). Na raça Girolando, a história é muito similar. Atualmente, com a maior e melhor bateria de touros dessa raça, a Alta comemora a liderança do sumário. A Associação do Girolando come-

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“A empresa comemora as decisões do passado e se mantém firme no objetivo de sempre ser pioneira e disponibilizar o melhor possível aos seus clientes”

çou o trabalho do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), em 1996, e, desde então, a Alta vem encabeçando a liderança por meio de seus touros. Foi o líder Billy Fancy Paul, o Fausto Polo Itaúna, o Impacto Fiv da Prata e, agora, o Jacuba Titânio. Entre os touros,

destacam-se Charmoso Tannus, Jacuba Dark, Diplomata Roy Santa Luzia e Garimpo Boss. Os tourinhos jovens também ganham visibilidade, principalmente com a entrada de 12 touros Girolando, da melhor e mais moderna genética do cruzamento das raças Holandesa e do Gir Leiteiro: dois filhos do 1st Class, em duas recordistas de produção, AltaSheik FIV 1stClass 5/8 ( 1St Class x Fascinante Patativa Modelo Volta Fria), Alta Supremo Class Oasis da Divisa 3/4 (1StClass x Damasia JM Monte ALverne), Demolidor Wildman Felicidade 5/8 ( Wildman na Lama Preta Kiera Rajkot), Elo Supersire FIV KUB 5/8 ( Supersire na Mineira Teatro FIV RPM ), Fileto Haley FIV da Xapetuba ¾(AltaHaley na Alterosa Bradley FIV da Xapetuba), Gabinete FIV do Pilar 2C 5/8 ( Supersire na Obra Prima da Centrogen), Garoto Haley Tannus 5/8 ( AltaHaley na Celebridade Alcachofra Tannus), Gentel FIV Dorcy d Tropical ¾ (Dorcy na Alcachofra Mamj), Glauco FIV Meteor da Tropical 5/8( AltaMeteor x Jaciara da Centrogen), Iam FIV Pat Morada Corinthiana 5/8( Alta5G x Perola Teatro FIV Primicias), Jacuba GM Link Meteoro Jacey 5/8(Jacey x Jacuba III Miss I), ICH Padma Monterey 5/8 (Monterey x ICH Impecavel). “A história continua e, com certeza, as escolhas são para que os resultados se tornem os melhores possíveis: parceiros satisfeitos, vacas produtivas e lucratividade na fazenda. Uma entrega constante de resultados positivos, pela Alta Genetics”, finaliza Guilherme.


GIR LEITEIRO

Dragão TE

Gabinete Silvânia

Líder de sumário e novo investimento da bateria Alta

Touro provado e uma fábrica de fazer Girolando 1/2 sangue. Grande campeão 12 vezes em pista

Input Cal

Filho do maior valor genético de 2016 da vaca Calciolândia, Araça Cal e do Líder da ABCZ 2017, Gengis Khan de Brasília

Kalica FIV Vila Rica

Touro TOP 3% para composto de corpo pela ABCZ, com filhas acima de 8 mil kg de lactação

Pradesh dos Poções Irmão paterno de Tabu TE Cal e Atlântico da Silvânia, com pedigree aberto para os touros consagrados

PECUÁRIA EM ALTA

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CAPA

GIROLANDO

Charmoso Wildman Tannus O verdadeiro Rei da raça Girolando ¾. Provado pela Embrapa e Provado por suas filhas. Forma leiteira, úberes espetaculares e muito leite em sua progênie

Impacto FIV da Prata

Elo Supersire Sua mãe é a vaca recordista ¼ da raça Girolando. Exclusividade, modernidade genética e confiabilidade

Jacuba Dark

Recorde de vendas na raça Girolando, foi líder do Sumário Embrapa/Girolando, em 2015. Possui filhas consagradas em todo o território brasileiro

Provadíssimo no Sumário Embrapa/ Girolando. Padronização de pelagem e composto de corpo em sua progênie

Jacuba Titânio

Superboy do Pilar

O número um provado da raça. Produz filhas de extrema uniformidade e pequeníssimos desvios padrões. Muito leite, vigor e ótimos aprumos 38

PECUÁRIA EM ALTA

O líder de TPI Supersire na Paineira FIV Teatro. Mãe com 19 toneladas de leite, sendo uma das maiores do grau de sangue ¼


PECUÁRIA EM ALTA

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GIRO NO CAMPO

Viaje pelo país e conheça os animais que se destacaram nas diferentes paisagens do Brasil. Os clientes, juntamente com os

técnicos da Alta, apresentam o sucesso dos vários sistemas de produção. E você? Tem algum animal de destaque no reba-

nho? Envie uma foto dele para o e-mail da Pecuária em Alta, pois ela poderá ser o destaque da próxima edição!

Participe e envie sua foto para pecuariaemalta@altagenetics.com.br

Ayrton Trentin, gerente regional da Alta, em Araçatuba (SP), juntamente com Daniel Baungartner, proprietário da Fazenda Capivara, e o gerente, José Henrique

Ildo Ferreira e a esposa Cristina, da Girolando Rio Verde (GO), ao lado do tourinho Oriente

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PECUÁRIA EM ALTA

Fernanda Borges, técnica da Alta, em mais um dia de trabalho no campo, na Fazenda Terra Vermelha, em Vargem Grande do Sul (SP)

O coletador da Alta, Rodrigo Henrique, venceu o concurso cultural interno de fotos da empresa, com esta imagem, ao lado do touro Nelore, Logro IDM. Uma demonstração de um dos valores da empresa: relacionamento. Parabéns, Rodrigo!


@altageneticadevenezuela

@analuuizagalvao

@calf_genetics

@criamaisto

@ cynthiavieiratannous

@guilhermebertottobertotto

@rafaelzoo

@romuloborgessilva

@wglevisonalegre

PECUĂ RIA EM ALTA

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CORTE

RAÇA NELORE: ALTA E SUA FORÇA DENTRO DA ANCP por Bruna Quintana, trainee Corte Zebu Atualmente, no Brasil, existem sete programas de melhoramento genético que auxiliam na identificação de indivíduos geneticamente superiores, através de suas avaliações genéticas publicadas em seus sumários. A utilização de animais melhoradores no acasalamento dos rebanhos brasileiros é de extrema importância, pois leva a um progresso genético dentro das propriedades, gerando ao produtor maior lucratividade e sucesso na busca por resultados. A Alta Genetics, empresa líder no mercado de inseminação arti-

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PECUÁRIA EM ALTA

ficial no Brasil, assume toda essa responsabilidade na contratação de reprodutores com alto potencial genético. O trabalho realizado pelos técnicos na captação desses animais é extremamente sério, por isso são analisados vários pontos para um reprodutor fazer parte da bateria Alta. Além do biótipo, é analisada a avaliação genética do reprodutor, de seus pais e de seus avós, assegurando sua consistência genética. Juntamente a estas análises, é avaliado também o desempenho intrarebanho do animal, realizado em criatórios de grandes se-

lecionadores. O resultado desse importante trabalho realizado pela equipe Alta é refletido nos sumários de cada programa. Em maio de 2017, no lançamento do sumário impresso da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), a Alta não desapontou e assumiu o pódio, colocando três grandes raçadores de sua bateria na liderança: REM Vokolo, em primeiro lugar; REM Armador; e, em seguida, REM Torixoréu. O líder Vokolo, com MGTe de 26,22 é TOP 0,1% e comprova, com sua progênie, toda sua força genética, mostrando consistência de um touro melhorador. Bem avaliado em todas as caraterísticas do sumário, é indicado para originar matrizes precoces, longevas e produtivas, e, também, machos com altíssimo desempenho em ganho de peso, com carcaça de alto rendimento e acabamento. Outro destaque, REM Armador, um dos reprodutores mais utilizados pelos rebanhos brasileiros, em 2016, é o segundo colocado do pódio, com um MGTe de 24,82. Armador alia biótipo moderno, consistência genética e régua de DEP´s extremamente equilibrada, além de ter o selo Concept Plus como touro acima


da média em fertilidade. Possui vários filhos em centrais, que já são destaques na consulta pública dos sumários, assim como REM Dheef. Fechando o pódio, com MGTe de 23,31, temos REM Torixoréu, reprodutor com alto valor genético, que contribui largamente para a pecuária brasileira, presente no pedigree de excelentes animais, de diversos criatórios nacionais. Sem dúvida, é um dos touros de maior potencial genético da raça Nelore, que transmite altíssi-

“Vale ressaltar que, dos 10 primeiros touros no ranking da consulta pública na ANCP, sete fazem parte do time de raçadores da Alta Genetics” mo desempenho, precocidade sexual, rendimento e acabamento de carcaça. Torixoréu tem tudo para se tornar uma linhagem no Nelore. Vale ressaltar que, dos 10 primeiros touros no ranking da consulta pública na ANCP, sete fazem parte do time de raçadores da Alta Genetics. A empresa traz um show de genética para os mais exigentes selecionadores do Brasil. Por esse motivo, a Alta é a central de primeira escolha na mente de todos os pecuaristas do país.

TOUROS DESTAQUES

REM VOKOLO

REM ARMADOR

Bruna Quintana, trainee Corte Zebu da Alta Zootecnista, graduada na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) em Jaboticabal

REM TORIXORÉU

PECUÁRIA EM ALTA

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EVENTOS

EXPOZEBU COMEMORA SUCESSO DE PÚBLICO E NEGÓCIOS Um evento para ficar para a história. Este é o sentimento de muitos que compareceram à ExpoZebu 2017, realizada no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Durante nove dias, a feira bateu recorde de público, com mais de 200 mil visitantes; recorde de animais expostos, com cerca de 1.810 animais, 15% a mais que em 2016; recordes de visitações de caravanas nacionais e internacionais; além de recorde de vendas em leilão, com mais de R$ 34 milhões. A organização estima que tenham sido movimentados, direta e indiretamente, R$ 150 milhões de reais. Os julgamentos da raça Nelore apresentaram resultados positivos para a bateria Alta. De todos os animais expostos no parque, 90% possuem sangue de touros da bateria Alta. Touros já conhecidos e provados na pista, como Basco da SM, Bitelo SS e Jeru Brumado, tiveram suas progênies em destaque nas pistas. “A Expozebu é referência no que diz respeito à raça Nelore. Sempre buscamos ter os touros que fazem progênie e se destacam na pista. Prova disso é que, no atual ranking da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), os oito primeiros colocados pertencem à bateria de 44

PECUÁRIA EM ALTA

Nero de Naviraí foi o touro mais bem avaliado da feira Um dos principais reprodutores da atualidade, Nero de Naviraí, foi o grande destaque do Leilão 33º Noite dos Campeões, avaliado em mais de R$ 1,2 milhão. Grande destaque da bateria de touros jovens da Alta, o animal une biotipo interessante e boa avaliação genética para as principais características econômicas da pecuária moderna. Impressiona, desde jovem, pela harmonia e pelo volume de carcaça, e, com menos de quatro anos, já se consagra como um dos grandes vendedores de sêmen da raça Nelore. Nero de Naviraí foi disputado lance a lance, e, após a batida final do martelo, teve 50% de suas cotas vendidas por 30 parcelas de R$ 20.200,00, para os novos parceiros: Agropecuária Zamlutti e Nelore Farofa. O animal já tem como sócios: Alta Beef Program, Chácara Naviraí e Márcio Rezende de Andrade.


touros da Alta.”, disse o gerente de Produto Corte Zebu da Alta, Rafael Oliveira.

Touros destaques

“Sempre buscamos ter os touros que fazem progênie e se destacam na pista” Além dos touros consagrados, jovens touros começaram a fazer nome na pista, mostrando que o melhoramento genético tem sido levado a sério pelos selecionadores. “Dois touros vêm se destacando na nova geração: Alarme EDTO e Nasik FIV Perboni. Já estão premiando filhos em várias categorias. Não paramos de investir neste segmento. Contratamos o atual Grande Campeão da ExpoZebu, o touro Obama da Cristal, um touro que também promete ser um destaque no segmento. Outra grande contratação foi o touro Kayak FIV Mafra, que mais tem feito animais premiados nas principais pistas do Brasil”, finaliza. Na central As visitas na central da Alta foram um grande diferencial. Ao todo, cerca de três mil pessoas passaram pela mais moderna central de inseminação artificial da América Latina. Além dos brasileiros, dentre os visitantes, estiveram colombianos, peruanos, bolivianos, venezuelanos, paraguaios, mexicanos, panamenses, indianos e vários outros estrangeiros, que se encantaram com os avanços da genética brasileira.

Alarme EDTO

Nasik FV Perboni

Kayak FIV Mafra

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EVENTOS

O professor e pesquisador Indiano, Dr. M. Mutha Rao, passou uma tarde na central e se mostrou muito impressionado com o que viu. “Aprendemos no Brasil e, particularmente na Alta, que podemos utilizar esta genética e as facilidades que a Alta tem. Toda a genética que a Alta oferece pode, sim, ser utilizada na Índia, assim como a genética da Índia também pode ser utilizada aqui. Vimos aqui alguns dos melhores touros, que não tínhamos visto antes durante esta visita ao Brasil. Se deixássemos o Brasil sem visitar a Alta, seria um grande erro. Agora, sinto que estamos realmente completos”, salienta. O presidente da Associação Colombiana de Criadores de Zebu (Asocebu), Erwin Rek, também ficou entusiasmado com o trabalho que pode ser desenvolvido a partir da parceria entre os dois países. “Estou muito impressionado com o que é a Alta. É uma central que cumpre todas as normas internacionais e, além disso, está em busca do interesse dos pecuaristas não só do Brasil, mas de outros países, como, por exemplo, da Bolívia, onde procuramos touros com o objetivo de levar o sêmen deles para o melhoramento genético. Acredito que a Alta é a principal central de referência, não só do Brasil, mas de toda a América Latina, por fazer um trabalho realmente muito eficiente, haja vista que todos os touros possuem avaliações genéticas, que são as referências para cumprir os parâmetros que desenvolvem a pecuária” reforça. 46

PECUÁRIA EM ALTA

Alta compra o touro nº 1 da raça Gir Leiteiro no mundo O Leilão Caminho das Índias, durante a ExpoZebu 2017, foi palco de um dos momentos mais importantes da raça Gir Leiteiro. O Touro Dragão TE, o número um da raça, no mundo, teve 50% de suas cotas adquiridas pela Alta. O investimento foi feito em 30 parcelas de R$ 15.200,00, valorizando o touro em quase R$ 1 milhão. Dragão TE é agora uma parceria entre a Alta e o pecuarista Luis Gustavo Rabelo Xavier, da Fazenda Três Barras. Filho do Sansão, na vaca Radar, Dragão TE é líder do sumário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (Embrapa/Abcgil 2017), com PTA leite 583,2 kg. “A Alta, em breve, terá sêmen deste reprodutor, tanto sexado quanto convencional, à disposição dos mercados nacional e internacional”, confirma o gerente de Produto Leite Nacional, Guilherme Marquez. Guilherme afirma ainda que a Alta detém a maior bateria de touros provados do mercado, incluindo alguns dos mais bem colocados no ranking geral da raça: Gabinete Silvania PTA: 576,1 e Uranio TE Silvania PTA: 536.


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RAÇAS

BETA CASEÍNA A2A2 UMA NOVA FERRAMENTA PARA O MELHORAMENTO GENÉTICO BOVINO Um novo mercado tem despertado o interesse dos produtores de leite: a produção de leite para o consumo de pessoas alérgicas à proteína do leite, mais conhecida como Beta Caseína. A Beta Caseína representa de 25% a 30% do total de proteína do leite. Vacas leiteiras produzem dois tipos de Beta Caseína: a A1 (que acarreta uma reação alérgica no corpo humano) e a A2 (que pode ser consumida por pessoas alérgicas à proteína do leite). Estima-se que, hoje, 6% da população mundial é alérgica à proteína Beta Caseína A1. Segundo estudos, a proteína Beta Caseína A1 passou a ser produzida após uma mutação genética ocorrida, há anos, em vacas taurinas. No Brasil, cerca de 80% do leite é produzido por

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animais mestiços, oriundos do acasalamento de uma raça taurina com uma zebuína (predominantemente o Gir Leiteiro). O uso de touros com essa característica aumenta a probabilidade de produtos com Beta caseína A2A2. Para que isso aconteça, é importante conhecer, primeiramente, a genotipagem da matriz submetida à reprodução. Uma vaca genotipada A1A1 terá 100% de resultados A1A2, quando acasalada com um touro A2A2. Já uma vaca A1A2 terá 50% de resultados A2A2 e 50% A1A2. “Entendemos que esse processo é seletivo e, por isso, se faz o uso de intervalo entre gerações. Atualmente, todos os touros da bateria da Alta são genotipados na Beta caseína e essa

informação faz-se comunicável em nossos materiais de comunicação (catálogo, site, lista de preço). A genotipagem pode ser feita por material genético como, por exemplo, o sêmen. Através dessa nova característica seletiva, podemos segmentar cada vez mais nossos planos genéticos, porém precisamos entender que o processo seletivo passa por diversas outras características, que devem primeiramente ser enfatizadas. Não adianta termos apenas a seleção para esse assunto em questão. Precisamos ter um animal corrigido em sua estrutura corporal, em seu temperamento, em sua produção de leite, para, posteriormente, termos essa seleção”, diz o Gerente de Produto Leite Nacional da Alta, Guilherme Marquez.


Uma pesquisa genética realizada na Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos, demonstrou que todas as raças zebuínas ainda produzem leite A2 na sua quase totalidade, ou seja, raças como o Gir Leiteiro não foram afetadas em sua totalidade pela mutação genética. Já nas taurinas (europeias), apenas a raça Guernsey produz exclusivamente o Leite A2. A raça Jersey aparece em segundo lugar, com 75% de leite A2, e 25% de leite A1 alergênico. A raça Holandesa está em terceiro, com 50% de leite A1, e 50% de leite A2. Projeto inovador Desde 2009, a Estância Silvânia, localizada em Caçapava (SP), iniciou o projeto pioneiro e inovador no Brasil de produção de Leite A2. “A missão era alimentar, de forma extremamente saudável, os consumidores, trazendo, além de um leite de muita qualidade - com índices de CBT de 5.000 a 8.000 e de CCS de 40.000 a 60.000 - todos os atributos de não alergênico (100% Beta caseína A2), altos índices de CLA e Ômega 3 e 0% de hormônios (r-BST e r-ocitocina)”, explica o proprietário da fazenda, Eduardo Falcão.

Na bateria de Gir Leiteiro da Alta, os touros Vale Ouro TE Silvania, Urânio TE Silvania, o recém-provado Golias TE Silvania e o Jubileu Silvania são todos A2A2 para Beta caseína, contribuindo para esse trabalho seletivo.

Minas frescal, Minas padrão, ricota, muçarela em barra, muçarela no soro e manteiga são distribuídos em lojas especializadas em produtos naturais, e, diretamente, aos consumidores que optaram por uma qualidade de vida nutricional diferenciada. “Nosso projeto está muito bem sedimentado pela filosofia de trabalho que adotamos na Estância Silvânia, agregando ao nosso processo seletivo um nicho de produção muito adequado à raça Gir Leiteiro. Com melhoramento genético bem orientado, selecionamos animais produtivos, com sistema mamário e temperamento adequados à ordenha mecanizada e à produção a pasto. O produto é de altíssima qualidade para promover a saúde dos consumidores”, finaliza.

“Atualmente, todos os touros da bateria da Alta são genotipados na Beta caseína e essa informação faz-se comunicável em nossos materiais de comunicação” “No caminho, encontramos muitos obstáculos, desde a deficiência de equipamentos desenvolvidos para zebuínos, como ordenha mecânica, contenções, dentre outros. Até em relação à legislação, mesmo quando se tem como objetivo produzir um alimento diferenciado, saudável e de inclusão, os trâmites são demorados e burocráticos demais”, acrescenta o criador. Hoje, os produtos produzidos pela fazenda, como queijo

Entenda as reações da Beta Caseína no corpo humano A figura a seguir mostra que a única diferença entre as duas proteínas é apenas um aminoácido, na 67ª posição entre 203 aminoácidos que compõem as duas proteínas. A Beta Caseína A1 possui um aminoácido histidina, enquanto a Beta Caseína A2 tem uma prolina.

Cadeia de proteínas mostrando aminoácidos A1 e A2 beta-caseína A2 beta-caseína

Val

Tyr Pro Phe Pro Gly Pro

lle

Pro Asn Ser Leu Pro

A1 beta-caseína

Val

Tyr Pro Phe Pro Gly Pro

lle

His Asn Ser Leu Pro

Uma diferença de aminoácidos na posição 67 na cadeia de proteínas

PECUÁRIA EM ALTA

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RAÇAS

No leite A1, a histidina provoca a dissociação dessa cadeia, o que faz surgir o opioide BCM7 (toxina), principal causador da alergia, gerando cólicas, irritabilidade, sangue nas fezes, inflamações no intestino, enxaquecas, refluxo, apneia e asfixia. Há várias citações de doenças metabólicas inflamatórias decorrentes destas alergias (obesidade, diabetes, doenças coronárias). Já a prolina, encontrada na cadeia de aminoácidos do leite A2, impede a dissociação desta cadeia de aminoácidos. Assim, BCM7 não é produzida e a reação alérgica não acontece. “Uma pequena diferença na cadeia de aminoácidos é que pode provocar tantos efeitos negativos na saúde humana. Graças aos avançados estudos, temos, hoje, a possibilidade de analisar quimicamente o leite e o genótipo do animal, adaptando nosso plantel às necessidades atuais. Estudos de acasalamento com animais zebuínos genotipados A2A2 poderão garantir o futuro da população acometida

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PECUÁRIA EM ALTA

pelos graves sintomas alérgicos do leite”, explica a nutricionista Michaela Demetrio.

“Estudos de acasalamento com animais zebuínos genotipados A2A2 poderão garantir o futuro da população acometida pelos graves sintomas alérgicos do leite” Dos nutrientes encontrados no leite, podemos listar açúcares, proteínas, gorduras, vitaminas, sais minerais e muita água, em torno de 90%, lembrando que, neste meio aquoso, podem vir diluídos hormônios e toxinas. “Dos açúcares, a lactose é a principal. Das proteínas, a caseína é a principal. Porém um ou outro pode ser causador dos pro-

blemas relacionados à intolerância à lactose ou à alergia à proteína do leite, dois incômodos, com diferentes causas”, diz. A intolerância à lactose ocorre quando o organismo não produz a enzima lactase, necessária para quebrar a lactose (açúcar) encontrada no leite. Se a lactose não quebrada chega ao intestino grosso, é fermentada pelas bactérias e produz gases metano e hidrogênio. Os principais sintomas da intolerância à lactose são desconforto e inchaço abdominal, diarreia, enjoos e vômitos. “Alergia à proteína do leite é uma reação alérgica às proteínas presentes e é a mais frequente das alergias alimentares. Vale lembrar que proteínas são moléculas constituídas por um conjunto de aminoácidos ligados entre si. Após consumir um alimento, as enzimas digestivas presentes no estômago e no intestino irão quebrar as proteínas em porções muito pequenas, com um, dois ou três aminoácidos, para que possam ser absorvidas e chegar à corrente sanguínea”, finaliza.


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CASOS DE SUCESSO

GENÉTICA DE SUCESSO FAZENDA SANTA MARIA TRADIÇÃO EM MELHORAMENTO GENÉTICO

Marcus Vinícius Carvalho, proprietário da fazenda Santa Maria

Localizada em Juiz de Fora (MG), a Fazenda Santa Maria foi adquirida, em 1983, pela família da Marcus Vinicius Borges de Carvalho. Na época, os pais moravam em Santos (SP) e o avô materno gerenciava a propriedade. A atividade leiteira sempre foi o carro-chefe da fazenda, no início, com gado mestiço adquirido na região. “Meu pai, muito empreendedor, em 1988, investiu na construção de um barracão Free-Stall, para 80 vacas, e nos primeiros animais da raça Holandesa, oriundos da região de Arapoti (PR)”, afirma Marcus. Em 1990, foram importadas mais 30 novilhas holandesas, dos Estados Unidos. Na mesma época, foi criada, em Juiz de Fora, uma cooperativa de produtores para produzir leite tipo B. 52

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Esse leite era processado no Instituto Cândido Tostes. A fazenda participou da fundação dessa cooperativa e passou a produzir leite tipo B.

“Nossos planos envolvem a construção de mais um Free-Stall para mais 100 vacas e a produção de 9.000 litros por dia” Em 1993, foi construído o segundo Free-Stall, para mais 80 vacas. “Naquele mesmo ano, construímos a granja leiteira para produção do leite tipo A, com a marca Marvin”.

De 1993 a 2002, a fazenda foi administrada, a distância, pelos pais de Marcus, que sempre dependeram de recursos externos para custear as atividades. Em outubro de 2002, Marcus assumiu a administração da fazenda, com o desafio de torná-la lucrativa e independente financeiramente. “Foi naquela época que iniciei a parceria com Alta, pelo regional Sérgio Barone. Eu tinha pouca experiência na atividade e ele me levou para visitar fazendas que eram referência na época, para que eu pudesse adquirir conhecimento. Paralelo a isso, fiz vários cursos de capacitação na área, sempre com o apoio da Alta. Hoje, além da produção de leite, vendo tourinhos PO e genética para a produção de animais girolando 1/2 sangue”, conta Marcus. A fazenda passou por transformações, principalmente gerenciais. Foram implementados procedimentos operacionais, como metas por setores. Houve reformas nos Free-Stall e ampliação na capacidade de lotação, de 160 para 200 vacas em lactação. Atualmente, são 180 vacas produzindo cinco mil litros diários. “Nossos planos envolvem a construção de mais um Free-Stall para mais 100 vacas e a produção de 9.000 litros por dia”, explica. A propriedade participa tam-


bém do programa Alta Advantage, com foco em produção. Para Marcus, produzir leite depende de um tripé: genética, nutrição e manejo. Animais geneticamente superiores produzirão mais leite, nas mesmas condições de manejo e nutrição.

“Os touros oferecidos pela Alta vieram ao encontro do nosso objetivo e nos proporcionaram um plantel com animais de muito leite, longevos e de ótima conformação” “Os touros oferecidos pela Alta vieram ao encontro do nosso objetivo e nos proporcionaram um plantel com animais de muito leite, longevos e de ótima conformação. Sem dúvidas, a Alta agregou e agrega muito ao meu negócio. Basta olhar nossos números de reprodução - prenhes e concepção, para ter a prova disso. Outra confirmação é que conseguimos colocar um animal entre os Top 100 para vida produtiva, no Clarifide. Com certeza, é mais um resultado do trabalho genético que traçamos em parceria com a equipe”, finaliza Marcus, referindo-se a um dos mais poderosos painéis de marcadores de DNA para predição de características para reprodução, crescimento, habilidade materna e carcaça, assim como o primeiro índice de seleção baseado em características genômicas.

Touros destaque

AltaDISCO

AltaJAKE

Sobre a regional A regional Juiz de Fora, comandada por Sérgio Barone, é parceira da Alta há 18 anos. Presta serviços de diagnósticos das atividades leiteiras e de corte, IATF, avaliação de índices reprodutivos, definição das estratégias dos empreendimentos, assessoria na contratação, qualificação de mão de obra e comercialização de animais. Mais informações pelo telefone (32) 3218-2592.

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CASOS DE SUCESSO

SÍTIO AUSTRÁLIA PRODUÇÃO DE LEITE E GENÉTICA FUNCIONAL O Sítio Austrália tem, hoje, 19 hectares muito funcionais e bem aproveitados, no município de Araçatuba (SP). A formação do rebanho teve início com a aquisição de vacas Jersey e Jersolando, comerciais. “Com este investimento, apartamos um lote para receptoras de embrião, e o restante inseminamos com o touro AltaMar-

cin”, conta o proprietário da fazenda, Dartagnan Pádua Maia. Atualmente, a propriedade possui 150 cabeças e produz 600 litros de leite por dia. A área de pastagem é dividida em seis piquetes, em sistema de rotação, onde os animais ficam, em média, oito dias em cada piquete. Na propriedade, são seis hectares de Tif-

ton, sendo 3,5 já irrigados. A projeção é que se chegue a 12 hectares. O sistema de irrigação é por gotejo subterrâneo (25 a 30 cm de profundidade), com média de 2 milímetros por metro quadrado/ dia. A tecnologia israelense faz a fertirrigação e proporciona um aproveitamento total dos fertilizantes, obtendo uma economia considerável dos produtos aplicados.

“Nosso objetivo é alcançar 140 litros de leite diários, por hectare, totalizando 1.680 litros de leite, por dia”

Dartagnan Pádua Maia, proprietário da fazenda, com os filhos Eduardo e Ricardo

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“Nosso objetivo é produzir genética com as raças Jersey e Jersolando, em um sistema de pastagem irrigada e suplementação, com média de 12 litros de animal por dia, ou seja, alcançar 140 litros de leite diários, por hectare, totalizando 1.680 litros de leite, por dia”, salienta Dartagnan. Na parte nutricional, além da pastagem, os animais em produção recebem um suplemento de 6 quilos de silagem de milho, mais 2,5 quilos de ração, com 16% de proteína, produzida na própria propriedade.


Manejo dos Bezerros As bezerras recém-nascidas ficam com as mães até chegarem ao peso de 100 quilos e recebem 1% do peso vivo em ração. A partir deste momento, além do pasto, recebem 1 quilo de ração, até os 250 quilos. Nessa fase, há avaliação por ultrassom e as aptas são inseminadas. A partir de então, só comem pastagem. Sanidade O manejo sanitário é realizado com a aplicação das vacinas obrigatórias, além do controle do carbúnculo e do botulismo. Uma vez ao ano, são feitos exames de brucelose, tuberculose e doenças reprodutivas. “A propriedade é auditada e certificada pela empresa Genesis, por boas práticas no sistema de produção. Com isso, recebe, da compradora da matéria-prima, um adicional no preço do leite produzido”, explica o proprietário. Genética A Alta, por meio da regional Araçatuba, mantém uma importante parceria na área de melhoramento genético, com o técnico Ruy Padula, gestor da propriedade e responsável pelo projeto. Por meio de visitas, os técnicos trocam informações e discutem, a partir do plano genético, as melhores opções de touros para o rebanho. “Estamos muito satisfeitos com a assistência da Alta. Além do projeto leiteiro, em Araçatuba, possuímos, também, com a regional da empresa, um projeto de corte, em outra propriedade no estado do Mato Grosso, onde já começamos a colher bons resultados”, finaliza.

Touro destaque

AltaMARCIN

Sobre a regional A regional Araçatuba é parceira da Alta e atua, há quase 20 anos, na região noroeste de São Paulo, trabalhando com melhoramento genético, venda de sêmen e prestação de serviço de inseminação artificial. Possui uma equipe de cinco consultores, três técnicos e o gerente regional, Ayrton Trentin. Mais informações sobre o trabalho realizado podem ser obtidas pelo telefone (18) 3625-2348.

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ENTREVISTA

LUIZ CARLOS RODRIGUES PRESIDENTE DA GIROLANDO BATALHA PELA ASSOCIAÇÃO Agropecuarista na região do Triângulo Mineiro, Luiz Carlos Rodrigues preside a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Selecionador da raça Girolando, desde 2009, na Fazenda Nova Terra, em Uberaba (MG), também cria gado de corte. Na agricultura, trabalha com cana de açúcar, soja e milho, também no município de Conquista (MG). Ele já exerceu o cargo de diretor Financeiro na Girolando, na gestão passada e, atualmente, também preside a Associação dos Empresários Canavieiros do Vale do Rio Grande (CanaVale), o Núcleo dos Empresários Canavieiros do Estado de Minas Gerais, além de ser diretor da Cooperativa do Triângulo e Alta Paranaíba (Cotrial) e

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do Instituto Boa Fé, de apoio ao combate ao câncer.

“Capacidade de adaptação, aliada à rusticidade e à produção de leite economicamente viável, ou melhor, leite a baixo custo, com sustentabilidade, impulsionaram o crescimento” Quais os desafios à frente da Girolando? A pecuária leiteira enfrenta alguns problemas que têm afetado o mercado interno, como, por exemplo, a importação de leite em pó. As importações não apenas afetam diretamente a produção nacional, transformando o mercado interno em um ambiente artificial de aumento de oferta de leite, como também impactam negativamente no preço recebido pelo produtor. Na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, da qual a Girolando faz parte, temos defendido o fim das importações como são hoje. Outro problema é a falta de linhas específicas para financiamento de animais melhoradores. Conseguimos, recentemente, um convênio com o

Banco do Brasil para que o programa Pró-Fêmeas conte com mais recursos para os pequenos e médios produtores. Outra dificuldade do setor é o excesso de impostos cobrados sobre os produtos lácteos, que acaba elevando os custos de produção. É preciso reduzir esses tributos que incidem sobre a indústria e essa medida deve ser repassada diretamente ao produtor, pelos laticínios. Nos últimos 10 anos, a Girolando apresentou crescimento, tanto em número de criadores, registros, quanto em produtividade. Cerca de 80% da produção de leite do país são desta raça. Quais os diferenciais que impulsionaram esse crescimento? O Girolando, nas suas diferentes composições raciais, se adapta muito facilmente à necessidade de cada propriedade e aos diferentes tipos de manejo, desde o mais especializado, com ordenha mecânica, até o mais simples, com ordenha manual e totalmente a pasto. Justamente essa capacidade de adaptação, aliada à rusticidade e à produção de leite economicamente viável, ou melhor, leite a baixo custo, com sustentabilidade, que impulsionaram o crescimento O Brasil está entre os cinco maiores produtores de leite do mundo, mas a nossa produtividade ainda é baixa. Como a


associação pretende orientar e incentivar os pecuaristas a produzir mais? O ponto principal é realizar um trabalho de muita eficiência do lado de dentro da porteira, fazendo com que a atividade leiteira e a criação de gado Girolando sejam cada vez mais rentáveis. É preciso que o produtor se profissionalize ainda mais, mas, ao mesmo tempo, precisamos de uma política voltada ao produtor de leite, que seja mais justa e transparente. Só assim iremos alavancar, ainda mais, a produção de leite no país. Como o sequenciamento do genoma da raça Girolando beneficiará os produtores e a raça? Com certeza é um marco no desenvolvimento do Girolando. Com essa ferramenta, poderemos acelerar o melhoramento genético da raça. Hoje, com as ferramentas que temos, levamos em torno de seis anos para provar um touro, e uns quatro anos, uma vaca. Com o genoma, poderemos reduzir esse tempo em dois ou três anos e, também, aumentar a acurácia das avaliações tradicionais. Em seu primeiro ano à frente da Megaleite, quais as expectativas? A Megaleite 2017 terá inovações na parte de comercialização de animais, nas competições do torneio leiteiro e também na programação voltada para o público em geral. Teremos o 1º Feilão Girolando Megaleite 2017, que é uma mescla de feira e leilão, com oferta dos

“A Megaleite 2017 terá inovações na parte de comercialização de animais, nas competições do torneio leiteiro e também na programação voltada para o público em geral”

animais na exposição, inscritos para essa finalidade. Esse é um novo modelo de comercialização de animais, que vamos lançar na Megaleite 2017, com o objetivo de oferecer ao associado uma oportunidade muito interessante de comercializar seus animais, a um custo muito menor e com em melhores condições. Os leilões da Megaleite também terão condições diferenciadas de pagamento, em 30 parcelas. Já no Torneio Leiteiro, a novidade neste ano é a premiação para os animais com maior produção de sólidos, informação fundamental para a cadeia do agronegócio leite, além da premiação por produção absoluta. Outra novidade é o Megaleite Day, que terá a participação do médico Drauzio Varella e do chef francês Olivier Anquier. Teremos uma feira com a presença de animais de alta qualidade e de várias raças leiteiras.

Sobre o futuro da raça, o que o criador pode esperar? A raça Girolando já provou ser uma excelente opção para a produção de leite sustentável, em países de clima tropical. Nos últimos anos, os investimentos feitos no melhoramento genético da raça nos permitiram formar um rebanho de alta qualidade genética, que desperta o interesse de criadores de vários países. Nosso maior desafio para os próximos anos é disponibilizar novas ferramentas de seleção, que possibilitem ao criador obter resultados cada vez melhores. Essas ferramentas são de uso contínuo e estão voltadas principalmente ao melhoramento genético como, por exemplo, a classificação linear de vacas, as análises de leite do controle leiteiro oficial e várias outras que poderão surgir. Estamos dando um passo importante, em relação ao avanço genético, com a incorporação da seleção genômica ao Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG). A cada ano, vemos o aumento da procura, pela genética brasileira, por outros países do continente americano. A associação tem projetos de exportação? O interesse pela raça Girolando está crescendo, principalmente nos países da América Central e do Sul, que possuem clima e sistemas de produção muito próximos dos nossos. Diante deste interesse, estamos firmando termos de cooperação técnico-científico com diversos países, visando a realização do

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ENTREVISTA

registro genealógico, além de fornecer orientação para o desenvolvimento do Girolando, pelo Programa de Melhoramento Genético da Girolando. Na maioria dos países, que já possui o Girolando, o resultado tem sido muito positivo. Baseado em nossa experiência, o Girolando está promovendo um aumento significativo na produção de leite desses países. Outra ação internacional é o Brazilian Girolando, que proporcionará aos associados e parceiros a possibilidade de participação em feiras fora do país, junto com a Girolando, divulgando seu produto e ampliando a possibilidade de comercialização.

“O foco é disponibilizar novas ferramentas de seleção e melhorar tudo aquilo que já existe. Uma raça só cresce com números e dados confiáveis” O segredo do cruzamento entre raças é a acurácia de informação. Como a associação pretende atender os criadores? O foco é disponibilizar novas ferramentas de seleção e melhorar tudo aquilo que já existe. Uma raça só cresce com números e dados confiáveis. É isso que temos que buscar continuamente. 58

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