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PALAVRA DO DIRETOR
A Alta está no Brasil há mais de 20 anos e, desde que aqui chegamos, tivemos o compromisso muito sério de levar soluções aos nossos clientes, para que eles sejam cada vez mais eficientes em seus negócios. Não é por acaso que somos líderes de vendas e a empresa fornecedora de uma em cada três doses de sêmen comercializadas no Brasil. Este é o resultado de um trabalho que envolve muito mais que genética. Envolve a confiança em uma equipe capacitada e treinada diariamente, investimentos em novas tecnologias, estudos e pesquisas para lançar um novo programa e/ou produto específico para cada rebanho, enfim, envolve todos os valores que construímos ao longo dos anos e entregamos junto com a palheta de sêmen na sua propriedade. O pioneirismo está em nosso DNA. Por isso, tenho muito orgulho de apresentar a todos vocês, nesta revista, o novo fruto do nosso pioneirismo: o colostro bovino em pó. Quem trabalha com cria sabe da importância de uma boa colostragem nas primeiras horas de vida de um animal, mas nem sempre os produtores possuem, de imediato, a quantidade e a qualidade do colostro necessário para fornecer ao bezerro. Você, mais do que ninguém, sabe que as dificuldades do dia a dia são inúmeras. Por isso, a proposta deste produto inovador no Brasil é oferecer ao pecuarista uma maneira de fornecer a colostragem de que o bezerro necessita, por meio de um produto de qualidade, livre de todas as possíveis contaminações, como forma de prevenção e erradicação de doenças. O colostro bovino em pó é produzido pela Saskatoon Colostrum (SCCL) que, há 23 anos, se dedica a fornecer para todo o mundo um produto certificado por todos os órgãos fiscalizadores, testado quanto à potência, pureza, segurança e eficácia, com qualidade garantida para distribuição global. A SCCL é responsável por processar colostro bovino em pó e distribuir este produto em quatro continentes. Agora, inicia sua comercialização no Brasil, com distribuição exclusiva, pela Alta. Em nossa reportagem de capa, trazemos as informações detalhadas deste novo produto. Convido você a ler nossa reportagem e a tirar todas as suas dúvidas. Acima de tudo, faça com que a genética de alto valor, que suas vacas produzem, seja mostrada, na totalidade, pelo uso correto do colostro necessário.
Heverardo Carvalho Diretor Alta Brasil
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ÍNDICE EXPEDIENTE Diretor Heverardo Rezende de Carvalho Gerente de Mercado Tiago Carrara - tcarrara@altagenetics.com Coordenadora de Comunicação Camilla Lazak - camilla.rodrigues@altagenetics.com Jornalista Responsável Renata Paiva (MTB 12.340) renata.paiva@altagenetics.com Colaboradores desta edição Ayrton Trentin, Bruna Quintana, Fábio Fogaça, Guilherme Marquez, Luiza Mangucci, Miguel Abdalla, Rafael Azevedo, Rafael Mazão, Rafael Oliveira, Rodolffo Assis, Rui Fernandes Silva, Sandra Gesteira e Tiago Carrara. Diagramação e arte Ana Paula S. Alves - paula.alves@altagenetics.com Marketing/Comercial comunicacao@altagenetics.com.br
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Fotos Francisco Martins - fjunior@altagenetics.com
ESPECIAL ALTA SHOWCASE BRASIL RECEBE VISITANTES INTERNACIONAIS Genética brasileira em evidência
Edição e revisão de texto Indiara Ferreira Assessoria de Comunicação LTDA ME indiara@indiaraassessoria.com.br Tiragem 5 mil exemplares
Missão Construir relacionamentos de longo prazo, criar valor para nossos clientes, melhorar a lucratividade de cada rebanho e entregar genética de confiança, além de produtos e serviços de manejo com alta qualidade. Visão Tornar-se a marca global que seja a melhor escolha para produtores progressivos dos segmentos de leite e corte. Valores: Foco, pessoas e competências, coesão, dinamismo, relacionamento, comunicação e ética.
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ALTA NEWS Convenção anual de vendas, visitas técnicas nacionais e internacionais, fique por dentro dos últimos acontecimentos da empresa
ARTIGO COMO PREVER A FUTURA PRODUÇÃO DE LEITE USANDO O GANHO DE PESO MÉDIO DIÁRIO Ganho de peso médio diário influencia diretamente na produção futura de leite das vacas
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LEITE ÁGUA PARA BEZERRAS LEITEIRAS Fornecimento de água para bezerros evita doenças e garante crescimento adequado
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6ª EDIÇÃO DO ALTA PERFORMANCE TUFUBARINA REÚNE TÉCNICOS E CRIADORES Evento marca o início do mapeamento genético da raça Senepol
PROGRAMAS E SERVIÇOS PROGRAMA PLANO GENÉTICO CORTE
CORTE
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Definir objetivos tornam propriedades cada vez mais eficientes
EVENTOS JULGAMENTO A CAMPO Alta é destaque na primeira feira Nelore do ano, Expoinel Mineira 2017
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CASOS DE SUCESSO Junto com a Alta - FAZENDA BELA ALVORADA - FAZENDA BARREIRA
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CAPA COLOSTRO BOVINO EM PÓ Produto oferece homogeneidade, consistência e anticorpos para garantir a imunidade do recém-nascido
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GIRO NO CAMPO Nossos clientes e leitores destacam a qualidade dos filhos e filhas dos touros Alta espalhados por todo o Brasil
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ENTREVISTA MANUEL CAMPOS Especialista explica os benefícios do colostro bovino em pó
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ESPECIAL
ALTA SHOWCASE BRASIL RECEBE VISITANTES INTERNACIONAIS ALTA DIVULGA A PECUÁRIA DO BRASIL PARA O MUNDO A equipe da Alta Brasil, juntamente com seu diretor internacional, Manuel Ávila, acompanhou a visita de mais de 80 visitantes. Entre eles, produtores, técnicos e representantes da empresa, vindos da Colômbia, Venezuela, Equador, Uruguai, México, Paraguai e China, para mais uma edição do Alta Showcase Brasil. O evento, rea6
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lizado entre 19 e 24 de março, objetivou promover o intercâmbio entre os países e apresentar aos visitantes o trabalho de melhoramento genético desenvolvido pelos produtores brasileiros ao longo dos anos. As visitas tiveram início na Fazenda Calciolândia, em Arcos (MG). Os participantes conheceram a história da fazenda, a
evolução da raça Gir Leiteiro e avaliaram de perto filhos e filhas de touros Gir e Girolando da bateria Alta. Os destaques foram as produções dos touros Campestre, PH Uísque e Tabu. O grupo seguiu viagem para a Fazenda Sítio do Cedro, no município de Carmo do Paranaíba (MG). Foi ministrada palestra sobre o sistema de produção
adotado e, então, os visitantes conferiram os resultados reprodutivos obtidos, a partir do criterioso trabalho desenvolvido com a assessoria da equipe da Alta. Para apresentar toda a expressão da raça Nelore, os organizadores selecionaram a Fazenda Terra Brava, em Patos de Minas (MG). Muitos nunca tinham visto a raça de perto. Eles puderam também avaliar os números da propriedade e a evolução do Nelore brasileiro nos últimos anos. O terceiro dia do encontro foi em Uberlândia (MG). Na Fazenda São José foi possível apreciar o Compost Barn, um sistema que tem como objetivo garantir aos animais mais conforto para que possam expres-
sar ainda mais a capacidade leiteira. Ainda em Uberlândia, o grupo visitou a Fazenda Nosso Recanto. É dela que veio Charmoso Wildman Tannus, o touro mais usado na raça Girolando
“Muitos nunca tinham visto a raça Nelore de perto. Eles puderam avaliar os números e a evolução nos últimos anos” nos últimos tempos. Ele é líder de vendas da Alta e pai de grandes vacas, profundas, com úberes muito bem inseridos e
muito leite. Já em Uberaba (MG), foram recebidos na Central da Alta com uma palestra proferida pelo gerente de Programas Especiais, Manuel Sá Filho, sobre o programa de fertilidade Concept Plus. Logo após, um jantar especial foi oferecido pela empresa. O quarto dia de Showcase Brasil teve início com visita à Fazenda Universidade de Uberaba (Uniube). Foram apresentados animais das raças Guzerá e Guzolando. Vários participantes se mostraram interessados em conhecer mais sobre as raças, uma vez que seus países possuem clima semelhante ao do Brasil. De volta à central da Alta, foram recebidos com um desfile dos principais touros da bateria. PECUÁRIA EM ALTA
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ESPECIAL
Para encerrar, no último dia, seguiram para Caçapava (SP), a fim de visitar a Estância Silvânia, conhecida pelo trabalho em melhoramento genético da raça Gir Leiteiro e também
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pelo pioneirismo na seleção genômica para A2A2. O resultado é um produto que pode ser consumido por pessoas alérgicas à proteína do leite. As fazendas que foram visita-
das mostraram profissionalismo e capacidade de gestão, conforme objetivos pré-definidos e estratégias voltadas para o aumento da produtividade e para o lucro.
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ALTA NEWS
CONVENÇÃO ANUAL DE VENDAS FORTALECE ESPÍRITO DE EQUIPE NA ALTA Propor novos desafios, provocar atitudes positivas, disponibilizar informações e capacitar a equipe. Estes foram apenas alguns dos objetivos da Convenção Anual de Vendas realizada pela Alta. Gerentes regionais, vendedores e técnicos se reuniram na sede da empresa em Uberaba (MG), entre os dias 8 e 10 de março, com o compromisso de se fortalecer ainda mais, profissionalmente, e prestar atendimento ainda melhor aos clientes. Os três dias de intenso aprendizado, com
oportunidades de reconhecer os acertos e aprender com os erros, valeram a pena. A programação incluiu palestras sobre As Perspectivas na Pecuária de Leite, O Mercado da Carne Bovina no Brasil e no Mundo, houve também, um momento para reforçar os valores da empresa. Os projetos de desenvolvimento profissional da Alta, para os colaboradores, foram apresentados. Metas ousadas foram estabelecidas e novos produtos, apresentados. Uma forma de
incentivar a equipe no campo. Um exemplo foi o lançamento do Colostro Bovino em Pó. O produto é único no mercado e de representação exclusiva da Alta. Na convenção, também teve espaço para comemorar os bons resultados e mostrar a importância de cada um. Os melhores receberam prêmios como forma de reconhecer a equipe que faz a diferença. Homenagens emocionantes, encerraram a convenção anual de vendas da Alta em 2017.
Confira o vídeo de cobertura:
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EQUIPE DE CORTE TAURINO VISITA EUA E CANADÁ PARA RENOVAR A BATERIA Em março, durante aproximadamente vinte dias, a equipe de Corte Taurino da Alta esteve nos Estados Unidos e no Canadá, visitando principais fornecedores de genética e acompanhando grandes leilões para identificar novos touros para a bateria da companhia e importar o que há de melhor em genética para produção de carne com qualidade e eficiência. Este tour, realizado todo início do ano, faz parte do Alta Beef, um programa exclusivo de gado de corte que visa identificar os melhores reprodutores do mundo, focado em atender as mais diversas demandas do mercado. A equipe, composta por Miguel Abdalla, Gerente de Corte Taurino da Alta Brasil, juntamente com Roger Sosa, Diretor Internacional de Corte da Alta Global, Joaquin Alvarez,
Gerente de Corte da Alta Ciale, na Argentina e Mateo Barragan, médico veterinário do Uruguai, visitaram, nos Estados Unidos, fazendas como a Rhosdes Red Angus, Mushrush Red Angus e Beckton Red Angus, uma das primeiras fazendas da raça dos Estados Unidos, para encontrar os principais animais melhoradores. Durante o Leilão da Mushrush, foram adquiridos três touros para a bateria, com investimento em torno de 70 mil dólares: Mushrush Impact C521, Mushruch Clifftop D139 e Mushrush Clifftop D125. No Canadá, os representantes da companhia visitaram a central da Alta na cidade de Balzac, onde puderam conferir os touros que entraram recentemente e os que já eram residentes, podendo conferir a evolução dos ani-
Gerente de corte da Alta Ciale; Joaquim Alvarez; diretor Internacional de Corte da Alta Global, Roger Sosa; gerente de Corte Taurino na Alta Brasil, Miguel Abdalla; e o representante da Alta Uruguai, Mateo Barragan
mais. Além disso, o processo de congelamento, embalagem e armazenagem do sêmen foi demonstrado para a equipe. Foi realizada também uma visita na Hamilton Farms, com um rebanho de 350 vacas de Angus Negro, com uma estrutura com muita musculatura e carne e com belos fenótipos. Leilões como os das fazendas SSS Red Angus, U2 Red Angus, com a compra de um touro, e Connealy, um dos maiores eventos nos Estados Unidos com mais de 500 touros a venda, foram acompanhados pela equipe técnica que arrematou mais dois lotes de reprodutores para somar à bateria, Connealy Armory 3201 e Connealy Rock 95L. O investimento foi de 100 mil dólares. “Esse tour nos proporciona a oportunidade de revisar touros que selecionamos previamente nos catálogos. Assim, de perto, podemos checar suas qualidades fenotípicas e essas, aliada as avaliações, com certeza farão desses touros grandes destaques em todo mundo. Seja a procura por facilidade de parto ou animais destacados para carcaça, por exemplo. A Alta tem o animal certo para atender toda e qualquer demanda de mercado”, afirma Miguel Abdalla, Gerente de Produto Corte Taurino da Alta.
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ALTA NEWS
EQUIPE TÉCNICA DA ALTA VISITA FAZENDAS DE LEITE NO RIO GRANDE DO SUL
Coordenada pelo gerente distrital Jorge Duarte, 15 integrantes da equipe técnica da Alta participaram do 1º Tour Técnico Alta em Fazendas de Leite, realizado no Rio Grande do Sul. “O objetivo principal foi treinar e qualificar nossa equipe de leite para melhor atender nossos clientes no Estado e, com isso, ajudar a melhorar seus resultados como um todo, tanto em genética como em reprodução, refletindo numa maior produção e produtividade das fazendas”, explica Jorge Duarte. A programação, realizada no início de fevereiro, contemplou cinco fazendas de clientes progressivos de leite da Alta. No primeiro dia, o grupo visitou a Granja Michelon, localizada em Vespasiano Corrêa. Cliente Alta Advantage há um ano, a propriedade de Valter e Tiago Michelon possui sistema Compost Barn e ordenha mecânica. O plano genético é focado em saúde e o projeto de leite está sendo bem conduzido e serviu de referência para uma produtiva discussão técnica, conduzida pelo gerente técnico de Leite, Tiago Ferreira. 12
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O segundo dia do Tour foi dedicado exclusivamente para o treinamento da equipe, sobre reprodução. Houve apresentação do programa Alta Gestão, dos principais relatórios gerados pelo software e simulação de novas estratégias de abordagem junto aos clientes. Já no terceiro dia, a visita à Fazenda RAR, da Rasip Agropastoril, localizada em Vacaria, teve o acompanhamento do gerente e veterinário Ângelo Serrano. Ele recebeu a equipe e apresentou um vídeo sobre as empresas de agronegócio do Grupo Randon, que investe na produção de maçãs, leite, queijo grana, vinho e azeite de oliva. Angelo detalhou a produção de leite com as 830 vacas, em ordenha, no sistema de carrossel, criadas em free-stall. A Rasip é cliente Advantage e seu planejamento genético é com foco em produção. Comprova-se que um Plano Genético alinhado com um sistema de produção integrado, que prioriza também uma nutrição balanceada do re-
banho, manejo e conforto animal e plano sanitário abrangente, alicerça o sucesso do negócio. A equipe do Tour Técnico, no quarto dia do evento, visitou três propriedades na região de Santa Rosa: a Agropecuária Kelmar, a Fazenda Bom Sucesso e a Agropecuária Adam. As propriedades utilizam genética 100% Alta. Todas são referência na região pelo uso de tecnologias, como sistema de free-stall, ordenha subway, dentre outras. Encerrando a programação, o grupo participou do 3º Seminário: Desafios e Soluções na Bovinocultura de leite e Sucessão Familiar, a convite da Cooperativa Piá. O evento foi organizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), no município de Marau. “O grupo saiu fortalecido e mais unido dessas atividades e com a certeza de que a Alta será mais forte nessa região, a partir da criação de diferenciais para seus clientes”, finaliza o gerente distrital.
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ARTIGO
COMO PREVER A FUTURA PRODUÇÃO DE LEITE USANDO O GANHO DE PESO MÉDIO DIÁRIO por Fábio Fogaça, Gerente de Leite Importado Do ponto de vista de uma empresa de Inseminação Artificial (IA), as estratégias reprodutivas e as decisões genéticas que você faz hoje têm um enorme impacto sobre a rentabilidade e o ponto de partida do seu futuro rebanho em ordenha. No entanto, é importante lembrar que a única maneira de concretizar os benefícios e os efeitos da genética é manter em alto nível as práticas de gestão estratégica progressiva. Os testes genômicos reivindicaram seu lugar como um método popular para se fazer um ranking das novilhas como parte de um planejamento da cria e recria. No entanto, se você está procurando maneiras não só de maximizar o pro-
gresso genético, mas também o lucro futuro, há métodos alternativos para decidir quais novilhas devemos descartar e quais devemos manter. GMD como uma ferramenta de seleção de fêmeas? Referências a Ganho de Peso Médio Diário (GMD) normalmente vêm do mercado de carne bovina e, mais recentemente, de nutricionistas e pesquisadores da área de leite. Estudos com foco em gado de leite têm comprovado que as explorações leiteiras tambem podem ver o impacto do GMD sobre o futuro potencial de produção de leite. Na verdade, um estudo da Universidade de Cornell mostrou que, para
Tabela 01
Grupo 1 Melhores 25% em GMD
Grupo 2 Piores 25% em GMD
Diferença
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cada quilo de GMD no pré-desmame, as bezerras produziram 1.113 kg a mais leite durante a sua primeira lactação. A pesagem individual de animais, em momentos definidos no início da vida para determinar o seu ganho médio diário, pode ser um meio eficaz de prever quais fêmeas vão produzir mais ao longo de suas primeiras e posteriores lactações. Tomemos o exemplo a seguir: Na propriedade de Holandês, com 2.850 vacas, em Wisconsin, os pesos são tomados em cada bezerra, individualmente, ao nascer e ao desmame. Os dados são inseridos no software de gerenciamento de rebanho para determinar a GMD de cada animal.
Número de animais
Normal (kg/cab)
Média 1ª lactação 305 Id. Ad. (kg)
332
1,00
15.030
304
0,75
14.454
0,25
576
Aqui, temos discriminados todos os animais em primeira lactação, divididos em quartis, com base em seu ganho médio diário inicial. Os melhores animais para GMD ganharam quase 1 kg/dia, do nascimento até o desmame, enquanto os piores, 25% dos animais para GMD, ganharam 0,75 kg/dia durante esse mesmo período. Passados dois anos, essas bezerras entraram em ordenha e a diferença no ganho peso médio diário equivale a uma diferença real e perceptível na produção de leite, de 575 kg/cab a mais na Tabela 02
Animais com maiores GMD Melhores 50% Média dos pais para PTAM
Piores 50% Média dos pais para PTAM
Diferença
Os dados mostram que, entre as bezerras com o maior ganho médio diário, os animais com a média dos pais superior para PTA Leite (Capacidade Prevista de Transmissão) produziram cerca de 1.260 kg a mais de leite do que os animais com uma média dos pais inferior para PTA Leite. A Tabela 3 analisa os mesmos indicadores, mas apenas das vacas de primeira lactação, que estavam na parte inferior 25% em relação ao menor GMD do nascimento à desmama. Quando comparamos a produção de leite dentro desse grupo isolado de baixa GMD, vemos que o gru-
primeira lactação, em 305 dias. Essa diferença está de acordo com os resultados do estudo de 2012 da Universidade de Cornell. Genética ainda importa Se fizermos essa análise um pouco mais aprofundada, podemos ver que a genética é capaz de expressar-se como uma vantagem mais completa em bezerras saudáveis, que crescem cada dia mais. Quando separamos os grupos da mesma análise, mostrada anteriormente na Tabela 1, e fazemos duas avaliações
genéticas separadas, podemos ver como é o desempenho dos animais de cada grupo em relação às suas previsões genéticas. Isso nos mostra se o GMD afeta o potencial genético de produção dos animais. A Tabela 2 contém apenas as vacas de primeira lactação que estavam entre as top 25% das novilhas com mais alto GMD, do nascimento à desmama. Dentro deste grupo de animais de alto GMD, comparamos a produção de leite 305 equivalente adulto, com base na média dos pais para o PTA Leite.
Número de animais
GMD (kg/cab)
Média pais PTAM (lb)
Média 1ª lactação Eq. Ad. 305 d
166
1,00
586
15.664
166
0,98
105
14.403
0,02
481
1.261
po com média dos pais superior para PTAM (Habilidade Prevista de Transmissão para Leite) produziu acima de 820 kg a mais
de leite na primeira lactação em comparação com os animais com as menores médias dos pais para PTAM. PECUÁRIA EM ALTA
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ARTIGO
Tabela 03
Animais com piores GMD Melhores 50% Média dos pais para PTAM
Piores 50% Média dos pais para PTAM
Diferença
Nos dois grupos de animais, a média dos pais superior para PTAM significou ainda mais leite do que o previsto pela genética. No entanto, quando se compara a diferença na primeira lactação em 305 equivalente adulto, você pode ver que o grupo de alto GMD supera o grupo de baixo GMD em quase 450 kg de leite na primeira lactação. Significa que quando damos uma melhor nutrição e cuidados às bezerras, obtemos ganhos médios diários mais elevados. A genética delas é capaz de se expressar além do previsto. 16
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Número de animais
GMD (kg/cab)
Média pais PTAM (lb)
Média 1ª lactação 305 IA
152
0,76
569
14.877
152
0,75
55
14.054
0,01
514
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Decisões de manejo Com esta prova, se o objetivo de sua fazenda prevê a venda das novilhas extras, é melhor fazer de forma estratégica. Embora o teste genômico certamente tenha seus méritos para esta ação, o poder do monitoramento e da medição das GMDs pode servir como uma alternativa eficaz. Se os animais têm um melhor desempenho no início da vida, caminharão para um melhor desempenho do que suas contemporâneas, mais tarde. É uma decisão fácil manter os animais que melhor se desenvolvem no seu rebanho. Se você vender essas bezerras (que têm um nível de desempenho inferior desde o início) pode evitar os custos de alimentação para estes animais, que produzem menos do que as contemporâneas, e, também, problemas de alojamento, se falta espaço em sua fazenda. Sabendo que essas bezerras saudáveis irão colocar quilos extras no tanque de leite, também reforça o poder de nutrição adequada e progressiva das bezerras e um forte foco na saúde geral das mesmas. Mesmo quando a situação está apertada, o futuro do seu rebanho não deve ser colocado em banho-maria.
Pontos a ponderar Ao implementar um plano estratégico de descartar novilhas, considere pesar cada animal, individualmente, em várias fases vida, para determinar os ganhos médios diários. Com a classificação baseada no GMD, é possível ordenar que novilhas iremos manter ou descartar, o que pode ter um grande impacto sobre os custos futuros gerais de produção. Não deixe a genética que você selecionou ir para o lixo. A genética de um animal se destaca quando ele recebe a melhor nutrição e cuidados desde o primeiro dia. A quantidade de peso que cada animal irá ganhar por dia, mesmo nos primeiros meses, terá um grande impacto no futuro potencial de produção.
Fábio Fogaça Gerente de Leite Importado da Alta Durante mais de 20 anos, atuou em todo o Brasil como consultor nas áreas de Nutrição, Manejo e Genética. Há sete anos, atua como gerente de Produto Leite Importado da Alta
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LEITE
ÁGUA PARA BEZERRAS LEITEIRAS por Rafael Azevedo e Sandra Gesteira Coelho O oferecimento de água para bezerras leiteiras ainda apresenta muitos questionamentos a respeito de quando e como oferecer, sendo que, na prática, alguns produtores fazem isso a partir do primeiro dia de vida e outros, apenas após os 30 dias de idade. Isso é preocupante, pois a água é um nutriente essencial, uma vez que constitui 80 a 85% do corpo dos animais jovens e, depois do oxigênio, é o nutriente mais importante para todos os seres vivos. Alguns produtores relutam em oferecer água e relatam que o consumo é muito baixo nos primeiros dias de vida e que o colostro, leite e o/ou sucedâneo apresentam grande volume de água, não justificando, dessa forma, o seu fornecimento. Outros acreditam que a ingestão de água pode causar diarreia em bezerros que estão em aleitamento, e que, no inverno, devido às baixas temperaturas, a ingestão de água não é necessária. No entanto, todos esses con18
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ceitos estão incorretos e surgem de aspectos aparentemente óbvios, mas sem o completo entendimento do uso da água no corpo do animal, pois esse nutriente é necessário diariamente para transporte de nutrientes as células, excreção de resíduos (urina e fezes), digestão dos alimentos, manutenção da pressão osmótica, lubrificação das articulações e dos olhos, troca de CO2 com o oxigênio nos pulmões, regulação da temperatura corporal, especialmente na liberação de calor pelos pulmões e urina, e para compensar as perdas ocorridas nas fezes, urina, saliva, suor e respiração. A ingestão de água ocorre de três formas: • ingestão voluntária em bebedouros e fontes naturais (representa 70 a 90% do consumo); • pelo consumo dos alimentos, pois todos possuem água em sua constituição; • por resultados de processos metabólicos.
O consumo de água varia muito entre indivíduos e é influenciado por uma série de fatores, entre os quais estão: • tamanho corporal; • intensidade de atividade física; • estado fisiológico; • composição e forma física da dieta; • consumo de alimentos; • horário de pastejo; • temperatura e umidade do ar; • velocidade dos ventos; • qualidade e acesso à água; • interações sociais. É importante lembrar que, ao contrário do que alguns acreditam, mesmo que o colostro contenha em sua composição 77% de água, e o leite e sucedâneo, entre 88,5 a 87,5%, ainda assim é necessária a ingestão de água, pelo bezerro, além da que está contida nestes alimentos, para atendimento de todas as funções relatadas e para o desenvolvimento adequado do rúmen.
Modo de fornecimento de água Baldes: Geralmente a água é fornecida aos bezerros em baldes individuais, que podem ser os mesmos utilizados para o fornecimento de leite ou sucedâneo, ou dedicados exclusivamente para este fim. Esse método de fornecimento é o mais eficiente, porém apresenta como desvantagens a necessidade do enchimento e esvaziamento frequente para garantir água fresca e limpa aos animais. Outra desvantagem é que eles são propensos a danos ou podem ser utilizados para outros diversos fins. Uma opção interessante para os baldes, que pode ge-
rar maior estímulo de consumo pelos animais, é oferecer a água em baldes acoplados a bicos de mamadeira. Porém,
poucos trabalhos avaliaram o impacto dessa forma de fornecimento sobre o desenvolvimento dos animais.
Baldes x Baldes com bico: Uma equipe de pesquisadores liderada pelo Dr. Quigley monitorou bezerros por 56 dias. Os bezerros (n = 32) foram divididos em dois grupos, em que 16 animais receberam água em baldes (plástico, 6 L) e outros 16, em baldes acoplados de bico. Segundo os pesquisadores, a ingestão de água no estudo variou de 0 L a 11 L por dia, com média de 2,5 L durante o estudo. Bezerros que receberam água em baldes apresentaram maior consumo durante as primeiras cinco semanas de idade. No entanto, durante as últimas três semanas do estudo, os bezerros alimentados em baldes com bico passaram a consumir mais água todos os
dias. É possível que os bezerros tenham consumido mais, no início do estudo, quando alimentados com baldes, porque ela estava disponível em todos os momentos. Já a ingestão de água por bezerros alimentados em baldes com bico não aumentou muito durante as primeiras quatro semanas do estudo, sugerindo que a ingestão deste líquido, nesse caso, era suficiente ou que os bezerros estavam sugando os bicos para saciar o instinto de “amamentação” e, como resultado, obtiveram água suficiente. Contudo, as diferenças entre os dois grupos durante as primeiras quatro semanas do estudo foram grandes. A ingestão média, durante a quarta semana, foi de 2,1 e 2,8 L/dia para
os bezerros alimentados com balde acoplado de bico e em balde normal, respectivamente, e, na oitava semana, esses valores foram para 4,4 e 3,6 L/dia, respectivamente. É importante relatar que as duas formas de oferecimento foram capazes de suportar uma boa ingestão de concentrado e ambos os grupos estavam prontos para serem desmamados (consumindo 1 kg de concentrado por dia) antes do dia 42. Porém, os bezerros alimentados com água em baldes com bico pareciam estar prontos para o desmame cerca de cinco ou seis dias antes, o que poderia resultar economia em trabalho e na quantidade de dieta líquida oferecida. Em resumo, esse trabalho mostrou
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LEITE
diferenças interessantes entre o tipo de oferecimento de água aos bezerros e demonstrou que os animais parecem responder ao consumo de água de diferentes maneiras, de acordo com o modo com que ela é apresentada. É de suma importância lembrar que a higienização dos baldes e dos bicos, quando utilizados, garante o oferecimento de água limpa, todos os dias.
Bicos acoplados à tubulação (Niples): É um método de fornecimento de água que vem crescendo em bezerreiros no Brasil, buscando facilitar a mão-de-obra para este fim. Por um sistema de encanamento, os bezerros podem obter água fresca e corrente a qualquer momento, através de um bico, de aço inoxidável ou de plástico. Essa disponibilidade de água é muito interessante para locais de climas quentes, promovendo boa ingestão de alimentos sólidos. É importante lembrar a necessidade
de limpeza das linhas de água, sendo que, alguns produtores, desmontam as linhas regularmente (semanalmente) e outros usam aditivo de cloro para reduzir o crescimento de mi-
crorganismos no sistema. Se um sistema de linhas de água é usado, ela deve ser testada regularmente para determinar a frequência de limpeza e para manter a boa qualidade dela.
Necessidade de água durante a diarreia A diarreia é a principal causa de mortalidade em bezerros em todo o mundo. Os sintomas normalmente aparecem entre três e 11 dias de idade e tem duração variada. Durante a diarreia, os bezerros perdem 2,3 kg/dia de água nas fezes, comparado a 0,9 kg/ dia nos bezerros sadios. Essa perda provoca sintomatologia clínica, que envolve desidratação, acidose 20
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metabólica e desequilíbrio de eletrólitos. Como os animais jovens apresentam maior porcentagem de água em seu peso corporal que os animais adultos, as perdas de líquidos nessa categoria são graves. Nas desidratações leves, a perda é de até 5% da água do corpo. Os sintomas clínicos nem sempre são percebidos pelos tratadores, entretanto ocorre redução na efi-
ciência metabólica e os animais reduzem a produção de urina. Se os bezerros têm água à disposição, buscam-na para compensar a perda, evitando o agravamento da desidratação. Quanto à desidratação, esta atinge de 6 a 8% dos animais, que apresentam os olhos fundos, tem a boca e o nariz secos, a produção de urina é reduzida, a pele
“Durante a diarreia, os bezerros perdem 2,3 kg/dia de água nas fezes, comparado a 0,9 kg/ dia nos bezerros sadios”
Consumo de água e desenvolvimento do rúmen O rúmen é um ambiente aquoso, possuindo apenas 10 a 18% de matéria seca. A entrada da saliva, a água contida nos alimentos e a ingestão de água tornam este ambiente aquoso e nele se encontra a microbiota ruminal (bactérias, protozoários ciliados e flagelados e fungos anaeróbios,
além de vírus bacteriófagos). As bactérias fermentam os alimentos e produzem os ácidos graxos voláteis que provocam o desenvolvimento do epitélio do rúmen e são fonte de energia para os bezerros. Além disso, são fonte de proteína para esses animais. Sem água suficiente no rúmen, as bactérias não conseguem se multiplicar e nem fermentar os alimentos, atrasando o desenvolvimento do rúmen. À medida em que as bezerras começam a ingerir alimentos sólidos aumenta a importância do livre acesso à água, pois a diferença entre o teor de matéria seca do concentrado (aproximadamente 89%) e a matéria seca do conteúdo ruminal (aproximadamente 10 a 18%) precisa ser coberta pela entrada de água no rúmen. Por isso, o consumo de água está altamente correlacionado com o consumo de concentrado e o ganho de peso dos bezerros.
8 7 Consumo de água (L/d)
perde a elasticidade e começam a apresentar depressão. Embora ainda fiquem em pé, a depressão faz com que a maior parte dos animais não procure espontaneamente água. Não só água corporal é perdida, mas também eletrólitos, sendo necessário que ela seja ofertada à vontade e também que seja usada solução de reposição eletrolítica (soro). Com a desidratação em torno de 9 e 11%, a capacidade de regular a temperatura corporal fica reduzida e os animais apresentam extremidades, como orelhas e pernas, frias. A depressão se torna mais grave e, se a reposição de fluidos e eletrólitos não for feita, os animais irão morrer quando a desidratação atingir 12 a 14%. Ao tratar os bezerros com diarreia, alguns pontos devem ser focados imediatamente: repor rapidamente a água e os eletrólitos perdidos e, no caso de diarreias causadas por agentes patogênicos, eliminar esses agentes e finalmente impedir que agentes oportunistas causem uma segunda infecção, uma vez que o sistema imune está deprimido. Bezerros com menos de duas semanas de idade são os mais vulneráveis à diarreia, o que pode conduzir à rápida desidratação. Sem a reposição da água e com eletrólitos perdidos os bezerros irão morrer. A baixa ingestão de água e a desidratação causam também o aumento dos valores de hematócrito, da concentração de ureia no sangue, redução na taxa respiratória e da motilidade ruminal. Além disso, pode provocar agressividade dos animais em torno de bebedouros.
6 5 4 3 2 1 0 0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Consumo de concentrado (g/d)
PECUÁRIA EM ALTA
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LEITE
Em 1984, em experimento clássico, os pesquisadores estudaram o efeito do fornecimento de água para bezerros na fase de aleitamento. Um grupo de bezerros recebia água somente pelo fornecimento de leite e o outro, à vontade. Todos os animais receberam o mesmo concentrado. O grupo que recebeu esse líquido à vontade teve desempenho superior ao do grupo com fornecimento restrito (P<0,05). O ganho de peso médio diário foi de 0,300 kg, para o grupo com água a vontade, e de 0,188 kg, para o grupo com água restrita. O consumo de concentrado foi de 11,7 kg e 8,1 kg, respectivamente, para o grupo com água à vontade e água restrita, durante o primeiro mês de vida. Uma média de 41,3 kg de água foi ingerida durante as quatro semanas experimentais pelos animais no grupo com água a vontade. Os autores concluíram que o desempenho de animais jovens pode ser aumentado com livre acesso à água, desde os primeiros dias de vida. Quando ela não é oferecida aos bezerros, pode ocorrer diminuição no consumo de matéria seca em 31% e redução de 38% nas taxas de ganho de peso. Os pesquisadores ainda relataram o consumo médio diário de 2,08 litros de água até a quinta semana de vida, consumo de concentrado médio diário de 0,550 kg e ganho de peso médio diário de 0,600 kg, para bezerros que
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PECUÁRIA EM ALTA
“Qualquer problema que cause redução no consumo de água levará também à queda no consumo de alimentos e reduzirá a taxa de desenvolvimento corporal e ruminal” receberam quatro litros de leite por dia, concentrado e feno à vontade. A média diária de consumo de água por semana foi: • 1,78 litros, na primeira semana; • 1,66 litros na segunda semana, • 1,74 litros na terceira semana, • 2,53 litros na quarta semana • 2,72 litros na quinta semana. Qualidade da água A qualidade da água é uma questão importante na saúde dos animais e cinco pontos são frequentemente considerados na avaliação da qualidade, tanto para os seres humanos quanto para animais: Propriedades organolépticas: odor e sabor. Essas características podem ser rapidamente percebidas pelos animais, mas só causam problemas se o consumo
for afetado. Propriedades físico-químicas: pH, sólidos totais dissolvidos, oxigênio total dissolvido e dureza da água. Geralmente, estas características não causam problemas para os animais, mas podem indicar problemas marginais. Presença de compostos tóxicos: metais pesados, minerais tóxicos, organofosforados e hidrocarbonetos podem ser encontrados na água, mas geralmente em baixa concentração. Presença de excesso de sais minerais ou compostos: nitratos, sódio, sulfatos e ferro podem reduzir o consumo de água e trazer problemas a saúde. Presença de bactérias: as concentrações máximas para consumo humano são regulamentadas pelas agências sanitárias, mas pouco controle existe para consumo animal. Existe risco potencial em algumas situações. Esses fatores podem ter efeitos diretos sobre a aceitabilidade (palatabilidade) da água ou podem afetar o sistema digestivo e as funções fisiológicas, se consumidos e absorvidos. O total de sólidos dissolvidos (TSD) é definido como a soma de toda matéria inorgânica dissolvida na água, também é conhecido como a salinidade da água. Pode ser um indicador da má qualidade, tendo em vista que valores altos são considerados indesejáveis.
Guia para uso da água com diferentes concentrações Total de Sólidos Dissolvidos (TSD) TSD (ppm)
Comentários
Menor que 1.000 - Água fresca
Não apresenta risco
1.000 a 2.999
Pode não afetar a saúde ou o desempenho do rebanho,
Baixa salinidade
porém pode causar diarreia leve.
3.000 a 4.999
Geralmente satisfatória, mas pode causar diarreia
Salinidade moderada
principalmente após o início do consumo.
5.000 a 6.999
Pode ser utilizada com razoável segurança para animais adultos.
Água salina
Porém deve ser evitada para animais gestantes e animais jovens.
7.000 a 10.000
Deve ser evitada, animais jovens, gestantes e lactentes podem ser
Alta salinidade
afetados negativamente
Maior que 10.000 - Salmoura
Não é segura, não devendo ser utilizada sob nenhuma condição
Adaptado de Beede, D.K (2006) Normalmente, os animais preferem consumir a água com temperatura entre 16 a 27°C, com tendência a reduzir o consumo quando a temperatura da água cai abaixo de 15°C. Os bezerros são extremamente exigentes em higiene. Em um estudo realizado no Estado de Utah, Estados Unidos, em 2006, os pesquisadores alimentaram e manejaram os bezerros de forma idêntica, exceto pela frequência de lavagem dos baldes de água, que foi realizada diariamente, semanalmente ou a cada duas semanas. Os bezerros cujos baldes foram lavados diariamente ganharam 0,703 kg/dia antes do desmame, comparado a 0,671 kg/dia dos bezerros com baldes lavados semanalmente, e 0,635 kg/dia para baldes lavados a cada 14 dias. Além disso, os be-
zerros cujos baldes de água foram lavados a cada duas semanas tiveram maior número de tratamentos para doenças do que os bezerros que tiveram os baldes lavados diariamente ou semanalmente. A água é fundamental A água é indispensável para os bezerros e não existe razão justificável para não fornecê-la limpa e à vontade, a partir do primeiro dia de vida, a eles. Além disso, os animais em crescimento têm alta exigência nutricional e o consumo aumenta à medida em que crescem. Qualquer problema que cause redução no consumo de água levará também à queda no consumo de alimentos e reduzirá a taxa de desenvolvimento corporal e ruminal.
Rafael Azevedo Gerente de produto colostro Zootecnista, com doutorado em zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pós-doutorando em Zootecnia pela UFMG
Sandra G. Coelho
Médica veterinária, com doutorado em Ciência Animal pela UFMG. Professora titular e vice-diretora da Escola de Veterinária da UFMG
PECUÁRIA EM ALTA
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PROGRAMAS E SERVIÇOS
PROGRAMA PLANO GENÉTICO CORTE LANÇAMENTO REVOLUCIONÁRIO PARA SELEÇÃO TÉCNICA, OBJETIVA E PERSONALIZADA por Rodolffo Assis, consultor técnico de Corte da Alta Com a crescente tecnificação do setor agropecuário, produtores vem buscando ferramentas objetivas que lhes permitam tomar decisões que gerem um bom equilíbrio entre mínimo risco e máximo ganho. Neste aspecto, observamos os bons resultados que as avaliações genéticas trazem à pecuária de corte, quando bem empregadas. Porém, há diferentes objetivos e variações quanto a sistemas de produção, climas e compradores. Une-se a este quadro as muitas opções genéticas quanto a raças, sumários e reprodutores. Assim, é possível concluir que respostas prontas e padronizadas não geram resul-
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PECUÁRIA EM ALTA
tados eficientes para um mercado tão complexo.
“O programa consiste em sistematizar as características do rebanho” Atenta a este cenário, a Alta investiu nos últimos anos em uma forma de fornecer aos criadores uma ferramenta que permitisse chegar a conclusões a partir de necessidades específicas. A empresa apresenta ao mercado sua mais recente inovação: o Programa Plano Genético Corte.
O programa O programa consiste em sistematizar as características do rebanho. Após a definição dos objetivos de seleção, são registradas questões sobre reposições de matrizes, focos da produção, sistemas nutricionais de terminação, e realização, ou não de castração. Além disso, durante o levantamento de dados, é registrada a eventual participação em programas de bonificação de carnes especiais. Detalhes pontuais observados no rebanho também são passíveis de registro. O programa permite projeções referentes à reprodução do rebanho, resultando em distribui-
“É um programa completo, que alia informações de ambiente, genética e reprodução.” ção das inseminações por categoria, período da estação de monta e raça. É um programa completo, que alia informações de ambiente, genética e reprodução. Para os criadores abertos a realizar cruzamentos entre raças, o próprio sistema sugere quais as mais indicadas, conforme as informações levantadas no diagnóstico realizado anteriormente. Também é possível estabelecer limites quanto aos graus de sangue taurino e/ou zebuíno. Um ponto importante é que não há necessidade de se seguir à risca as sugestões do programa. Caso queira, pode-se optar pela utilização de raças que não estejam entre as indicadas. O criador tem a opção de escolher uma ou duas raças. Após a escolha, seleciona-se qual sumário será utilizado como base para a seleção dos reprodutores. Índices e filtros Um dos pontos mais interessantes do programa Plano Genético Corte é a possibilidade de criação de índices e filtros personalizados, de acordo com as necessidades do rebanho. Atualmente há oito sumários com estas funções disponíveis. Assim como nas raças, o próprio sistema sugere ponderações e filtros específicos, conforme as respostas realizadas
Sergio Danilo da Silva Flores Fazendas Ouro Branco “As Fazendas Ouro Branco iniciaram suas atividades na agricultura e na pecuária há quatro anos, tendo a soja e o gado de corte como focos principais. A raça Nelore foi a escolhida como base para o gado comercial e para a área de produção de genética. Os índices zootécnicos propostos, bem como as metas de produtividade, sem desprezo à sustentabilidade, são bastante ousados. Isto levou a um planejamento genético estratégico, tendo em vista criar animais com alta performance. Com isto, um plano de otimização genética era imprescindível. Características como fertilidade, habilidade maternal, peso e acabamento tornaram-se o norte magnético. Passamos a selecionar animais e a investir em material genético (sêmen e matrizes) para que pudéssemos aplicar biotecnologias de reprodução. Em função de termos uma seleção jovem, era preciso que buscássemos, no mercado, material genético que nos levasse à economia de tempo, permitindo-nos atingir nossas metas de produtividade. A busca pela precocidade sexual e de acabamento, aliada ao desempenho, nos traz reflexos altamente positivos. Isso nos permite concluir que nosso programa de seleção e nossos investimentos em genética estão nos conduzindo para um rumo correto: o aumento de lucratividade. Para que possamos conseguir crescimento genético acelerado e constante, alguns cuidados são permanentes, como, por exemplo, a variabilidade genética e o intervalo de gerações, o que nos leva a garimpar reprodutores que venham trazer opção de pedigree. Esses quesitos nos conduzem a manter tanto o nosso planejamento quanto as nossas metas cada vez mais ousadas. Tais características são medidas com o apoio dos programas de melhoramento genético”
PECUÁRIA EM ALTA
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PROGRAMAS E SERVIÇOS
na entrevista sobre a situação do rebanho e o sistema de criação. São 19 diferentes ponderações e filtros sugeridos para cada um desses sumários. Também não há necessidade de se seguir as sugestões. Pode-se alterá-las de acordo com o entendimento dos técnicos e criadores envolvidos no processo. Como resultado, o programa classifica os touros segundo o índice próprio do rebanho. Dentro desta classificação, são selecionados os touros que se pretende trabalhar. Nesta etapa, pode-se levar em consideração os fatores que não são contemplados em avaliações genéticas, como disponibilidade e preço do sêmen, qualidade de aprumos, pigmentação, dentre outros. Após a seleção dos reprodutores, segue-se para a demonstração, por meio de tabela e gráfico, dos resultados, com a média das avaliações destes touros. Esta média é ponderada pela quantidade de doses que o produtor pretende adquirir de cada reprodutor e representa como será o pai da próxima safra. A partir da conclusão do plano, é gerado um relatório que pode conter todas as etapas efetuadas no programa, incluindo a descrição do objetivo de seleção, o diagnóstico da situação atual do rebanho e da propriedade, o manejo reprodutivo previsto, a seleção das raças e reprodutores e os resultados desta seleção. Todos estes procedimentos ficam registrados para futuras consultas e possíveis ajustes em próximos planejamentos. 26
PECUÁRIA EM ALTA
José Renato Cavalli Sofia Fazenda Jandyra, Santa Rita do Pardo (MS) “Em 2006, tive uma conversa com o Rodolffo e com Jair Assis, ambos da Berrante Genética, representantes da Alta em Campo Grande (MS). Eu precisava de um parceiro para desenvolver o plano genético das propriedades da minha família, que eu gerencio. Deixei muito claro que eu não buscava um fornecedor, e sim um parceiro. No momento, muito eufórico com resultados da heterose entre Nelore e Angus, não me atentei para o melhoramento necessário da minha base de matrizes Nelore. Foi então que começou a parceria. O Rodolffo me apresentou uma planilha de Excel, que foi a precursora do Software de Planejamento Genético da Alta, hoje. Com essa planilha, entendi que, além de conhecer a raça, a genealogia e o fenótipo desejado, eu poderia utilizar a planilha para identificar os touros que tivessem as características de DEP’s desejáveis para o meu plantel. A pecuária tem um portfólio imenso de ferramentas disponíveis e acessíveis ao produtor. A velocidade da informação e da transformação do mercado não permitem ficarmos parados no tempo. Podemos e devemos nos informar cada dia mais e utilizar as ferramentas cabíveis à nossa necessidade. Hoje, as matrizes filhas dos touros identificados com um planejamento genético demonstram erros e acertos que tivemos no decorrer dos anos, mas, acima de tudo, mostram que touros provados e utilizados com critérios, diminuem os riscos, pois esses erros de hoje trarão problemas no futuro, seja destinando os animais oriundos da inseminação ao abate ou à reprodução. O planejamento é necessário em todos os pilares de sustentação da pecuária: manejo, sanidade, nutrição e, com certeza, na genética”.
Vantagens e impactos Ao utilizar o programa, de forma correta, é possível conquistar ganhos nos fatores que mais afetam a rentabilidade específica do criador, seja pela melhora de peso, precocidade sexual, habilidade materna, eficiência alimentar, rendimento e acabamento de carcaça, longevidade produtiva, etc. Mesmo considerando o longo intervalo de gerações, característico da pecuária, é possível obter avanços significativos quando se utilizam critérios de seleção que vão ao encontro do objetivo da propriedade. Esta é a principal vantagem do programa Plano Genético Corte: utilizar o máximo de informações objetivas disponíveis para melhorar a lucratividade e a sustentabilidade econômica da pecuária de corte. Indicações O Plano Genético Corte é indicado para todos os criadores que confiam em avaliações genéticas, sejam produtores comerciais ou fornecedores de genética. Não é
“A principal vantagem é utilizar informações objetivas para melhorar a lucratividade e a sustentabilidade econômica da pecuária de corte”
necessário o criador estar inserido em um programa de melhoramento genético. Para os selecionadores que realizam acasalamentos individuais, sugerimos a utilização prévia do Plano Genético para seleção dos reprodutores. Já para rebanhos que efetuam apartação de matrizes por grupo morfológico, pode-se executar o plano, tanto
antes quanto após a separação das matrizes. Disponibilidade Os clientes da Alta poderão elaborar o Plano Genético Corte em conjunto com nossos consultores certificados para a execução do programa e não há custos para este atendimento. Ao inovar com o Plano Genético Corte, a Alta oferece uma ferramenta poderosa para auxiliar os clientes e tornar os avanços genéticos mais rápidos e consistentes, podendo impactar de forma significativa a lucratividade do setor pecuário.
Rodolffo Assis, consultor técnico de Corte da Alta Médico veterinário pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), especialista em Produção de Gado de Corte pelo Rehagro, técnico do programa Geneplus, ligado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
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CAPA
COLOSTRO BOVINO EM PÓ PRODUTO GARANTE AO RECÉM-NASCIDO IMUNIDADE E OS PRINCIPAIS NUTRIENTES NECESSÁRIOS 28
PECUÁRIA EM ALTA
Alcançar um consumo adequado e rápido do colostro de qualidade é fator determinante para a sobrevivência e a saúde dos bezerros. O colostro é a primeira secreção láctea produzida pela glândula mamária das vacas após o parto, sendo constituído por gordura, imu-
noglobulinas (Ig), sólidos totais, vitaminas, nutrientes essenciais, etc. Porém, as concentrações de muitos destes constituintes são maiores somente na primeira ordenha após o parto, chegando a baixas concentrações, como as encontradas no leite integral.
Composição do colostro, leite de transição e leite integral de vacas da raça Holandesa Item
Número de ordenhas após o parto 1
2
3
Leite
Sólidos Totais (%)
23,9
17,9
14,1
12,5
Gordura (%)
6,7
5,4
3,9
3,6
Proteína (%)
14,0
8,4
5,1
3,2
IgG (g/100 ml)
3,2
2,5
1,5
0,06
Lactose (%)
2,7
3,9
4,4
4,9
Vitamina A (u/100ml)
295
190
113
34
Fonte: Adaptado de Davis e Drackley (1998)
PECUÁRIA EM ALTA
29
CAPA
Ganho de peso, diarreia e mortalidade de bezerros colostrados com colostro, leite de transição ou leite integral Colostro
Leite de transição
Leite
Ganho de peso na primeira semana (Kg)
2,2
1,7
-0,4
Diarreia (nº de animais)
0
1
5
Morte (nº de animais)
0
0
3
Item
Fonte: Adaptado de Yang et al. (2015)
“É comprovado cientificamente que uma boa colostragem traz inúmeros benefícios, a curto e longo prazo, para um rebanho. Porém, pontos fundamentais durante a colostragem devem ser corretamente seguidos, evitando prejudicar toda a vida produtiva do animal, o que, muitas vezes, pode dificultar o sucesso dessa prática”, explica o Gerente de Produto Leite Importado da Alta Brasil, Fábio Fogaça. Quando os animais são bem colostrados e adquirem correta transferência passiva de imunidade via colostro, ocorre aumento do ganho de peso e redução de risco de diarreias e de mortalidade nas primeiras semanas de vida. Já quando os animais são colostrados com produtos diferentes do colostro, como leite de transição (produzido após a primeira ordenha e ordenhado no 2º e 3º dias seguintes) ou leite integral, apresentam menores ganhos de peso, maior chance de diarreia e maior taxa de mortalidade. O ideal é que os animais sejam bem colostrados para que os benefícios surjam na fase de 30
PECUÁRIA EM ALTA
“A utilização de um colostro em pó, que apresente qualidade, segurança e homogeneidade em sua constituição, pode revolucionar a pecuária brasileira” pós-aleitamento (acima de 60 dias de idade) e na produção futura dos animais. Porém, são poucas as fazendas que possuem vacas com produção de colostro com a quantidade de anticorpos e de nutrientes necessários para os seus bezerros, livres de microrganismos, e que realizam a correta colostragem dentro do tempo de fornecimento e com aferimento da qualidade. Pesquisas realizadas apontam que, de 827 amostras de colostros produzidas por vacas nos Estados Unidos, somente 39% fo-
ram consideradas como colostro de qualidade imunológica e sanitária. É importante lembrar que vários fatores podem interferir na qualidade do colostro produzido (como ambiente, nutrição e sanidade das vacas) e na capacidade de absorção de anticorpos pelos recém-nascidos, reduzida drasticamente quando o colostro não é fornecido nas primeiras horas de vida. “Um colostro de boa qualidade deve conter imunoglobulinas bovinas, não sendo indicado outros tipos, como a IgY presente na gema do ovo. Deve apresentar também correta composição nutricional e ser livre de contaminação. Dessa forma, são garantidas a correta passagem de imunidade e a satisfação das necessidades nutricionais dos recém-nascidos. Porém, nem todas as vacas do rebanho conseguem produzir colostro materno de alta qualidade. Por isso, a utilização do colostro bovino em pó, que apresente qualidade, segurança e homogeneidade em sua constituição, pode revolucionar a pecuária brasileira”, enfatiza o gerente de produto Colostro da Alta, Rafael Azevedo.
Garantia de qualidade Mesmo que o colostro produzido pela mãe seja o alimento mais adequado para o fornecimento de imunoglobulinas para o recém-nascido, quando não são respeitadas todas as condições de qualidade, pode ser um transmissor de doenças da mãe para o bezerro. Pensando em resolver esse problema rotineiro nas fazendas, substitutos são utilizados e ganham cada vez mais importância na pecuária mundial. Porém, o substituto deve ter como fonte o colostro de qualidade, sem nenhuma alteração e/ou adição de ingredientes diferentes dos encontrados no colostro bovino natural. A Saskattom Colostrum Company Ltd. (SCCL) é pertencente ao grupo Koepon, também proprietário da Alta Genetics. A equipe se propõe a produzir o melhor colostro bovino em pó do mercado.
“ O nosso colostro é testado quanto à potência, pureza, segurança e eficácia, a fim de garantir um produto final que atenda às mais altas especificações de controle de qualidade para distribuição global”
Fundada em 1994, a SCCL possui acordo de fornecimento de colostro com qualidade em mais de 1400 fazendas aptas a oferecerem matéria-prima para a produção do colostro bovino em pó. O produto já é comercializado em vários países e
chega ao Brasil com o objetivo de proporcionar uma correta colostragem, permitindo correto desempenho e proporcionando que os animais expressem todo o potencial genético. “Há 23 anos, a SCCL se dedica a fornecer colostro bovino em pó aos nossos clientes em todo o mundo. Nosso sucesso é conduzido por anos de pesquisa, juntamente com o Colégio Ocidental de Medicina Veterinária (no Canadá), criando os melhores produtos de colostro no mundo. O nosso colostro é testado quanto à potência, pureza, segurança e eficácia, a fim de garantir um produto final que atenda às mais altas especificações de controle de qualidade para distribuição global. A SCCL fabrica colostro bovino em pó de qualidade e distribui esse produto em quatro continentes, iniciando, agora, as vendas no Brasil”, explica o diretor da Alta Brasil, Heverardo Carvalho.
Além de fornecer imunoglobulinas para uma proteção imunológica contra doenças e possuir muitos fatores de crescimento e hormônios, que são importantes para o correto desenvolvimento dos bezerros, o colostro é a primeira e mais importante fonte de nutrientes para os recém-nascidos. Porém, para o sucesso de uma boa colostragem, a partir do colostro materno, alguns pontos devem ser considerados: • Tempo de fornecimento: deve ocorrer nas primeiras horas de vida • Qualidade imunológica: mínimo de 50g/L de IgG • Qualidade nutricional: rico em proteína e energia, além de outros importantes nutrientes • Qualidade sanitária: livre de qualquer contaminação ou doença (máximo de 100.000 UFC/ml) • Quantidade de IgG fornecida ao animal: mínimo de 100 IgG • Modo de fornecimento: mamadeira, e, em último caso, sonda.
PECUÁRIA EM ALTA
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CAPA
“Achei o produto fantástico, pois está garantindo a saúde das minhas bezerras. Nós investimos muito em genética e estávamos perdendo alguns animais, mesmo melhorando nossas práticas de manejo. A diarreia estava presente em 100% das bezerras. O número ainda é pequeno, mas, das 20 bezerras que nasceram e receberam o colostro bovino em pó, nenhuma apresentou diarreia até 20 dias do nascimento. Outro ponto muito importante foi a facilidade de fornecer o produto rapidamente, logo após o nascimento. A diluição é rápida e tem 100% de aceitação das bezerras. Tudo isso facilita para ordenharmos as vacas em um horário mais apropriado para nós” Elias Adam, Agropecuária Adam em Santa Rosa (RS)
“Nós sabemos que a colostragem ideal tem que ser feita com um colostro de qualidade nas seis primeiras horas de vida de um animal, mas nós sabemos também que nem sempre o produtor tem o colostro com a qualidade e volume adequado no momento que o bezerro nasce. Acredito que colostro bovino em pó é uma nova ferramenta que nós temos no campo para nos ajudar a fazer este serviço bem feito, para que essa etapa da criação de bezerros seja realmente efetiva. Sabendo utilizar este produto adequadamente, nós só temos a ganhar” Sandra Gesteira, Professora UFMG
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PECUÁRIA EM ALTA
Passo a passo O processamento do colostro bovino em pó com a marca SCCL ocorre a partir de um protocolo que considera a identificação de rebanhos canadenses com excelência em suas atividades, possibilitando a seleção de matrizes aptas a produzirem colostro de qualidade. A produção segue todas as recomendações de entidades e instituições fiscalizadoras mundiais, ou seja, assim que o colostro de qualidade é coletado nas fazendas, é imediatamente congelado.
Ao chegar na indústria, todo o colostro congelado passa por cuidados de identificação e classificação das fazendas e, em seguida, é agrupado. O passo seguinte é o tratamento térmico, antes do processamento, o que elimina a contaminação do produto e assegura a qualidade e a eficácia do colostro bovino em pó. O colostro bovino em pó da SCCL tem a qualidade analisada constantemente. Uma amostra de cada lote é enviada à Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA), para obtenção de certificado oficial. Além disso, outra amostra de
cada lote produzido, também, é fornecida para recém-nascidos, para depois de 24 horas serem realizadas coletas de sangue para certificar que os animais estão adquirindo a imunização preconizada pelo produto. Somente após isso o produto é liberado para o mercado. “O uso de colostro de qualidade e livre de contaminação é essencial em programas de prevenção e erradicação de doenças. O colostro bovino em pó é altamente padronizado e irá chegar à sua fazenda livre de todas as possíveis contaminações”, complementa Fábio Fogaça.
“O uso de colostro de qualidade e livre de contaminação é essencial em programas de prevenção e erradicação de doenças”
Modo de usar Um pacote de colostro bovino em pó possui 470g de produto. Para fornecer aos recém-nascidos, basta diluir o produto em um litro de água filtrada ou mineral morna, de qualidade (entre 43 e 49ºC). Após diluído, deve ser fornecido em mamadeiras. “Você vai oferecer ao recém-nascido um produto homogêneo, consistente, com quantidade de anticorpos uniforme (mínimo de 100g de IgG),
livre de organismos que causam transmissão de doenças, com a conveniência da facilidade de uso do produto”, afirma o gerente Rafael. No Brasil, a distribuição será feita pela Alta. “É importante lembrar que a orientação de um técnico é fundamental para o sucesso do produto. Os técnicos da Alta estão aptos a explicar sobre o produto e suas vantagens antes de utilizá-lo na propriedade”, orienta Heverardo. PECUÁRIA EM ALTA
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CAPA
“Utilizamos o colostro bovino em pó, no México, há cerca de oito anos, e temos muitos bons resultados. Um deles foi a redução no índice de mortalidade. Em alguns rebanhos, que estavam com 4% de taxa de mortalidade, conseguimos baixar este percentual para 1,5%. Em alguns casos, para menos de 1%. Outro ponto positivo foi a erradicação de doenças como brucelose, tuberculose e daquelas de fácil contaminação, que podem surgir quando se tem o fornecimento errado de um colostro. Na produção de leite, em algumas fazendas assistidas, fizemos uma prova acompanhando as bezerras que receberam o colostro bovino em pó e avaliamos a diferença na produção de leite. O resultado também foi muito significativo: quase um quilo de leite a mais, por dia, dentro da lactação dos animais de primeiro parto” Eros Milanez, diretor da Alta México “Problemas na colostragem ainda são a principal causa de mortalidade e baixo desempenho em fazendas leiteiras, trazendo grandes prejuízos econômicos. Muitas vezes, as falhas na transferência de imunidade passiva se dão por falta de colostro em volume e qualidades adequadas, inclusive em propriedades que possuem banco de colostro. Com a disponibilidade de colostro em pó no mercado nacional, os produtores poderão realizar a colostragem de recém-nascidas, de forma adequada, utilizando a dose correta de anticorpos proveniente de matéria com padrão de qualidade. Além de reduzir a mortalidade, há possibilidade de menor ocorrência de doenças e, portanto, maior desempenho animal. Os fatores compensarão o investimento” Dra. Carla Maris Machado Bittar, professora do departamento de Zootecnia da Universidade de São Paulo ESALQ/USP
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PECUÁRIA EM ALTA
PECUÁRIA EM ALTA
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GIRO NO CAMPO
Viaje pelo país e conheça os animais que se destacaram nas diferentes paisagens do Brasil. Os clientes, juntamente com os
técnicos da Alta, apresentam o sucesso dos vários sistemas de produção. E você? Tem algum animal de destaque no reba-
nho? Envie uma foto dele para o e-mail da Pecuária em Alta, pois ela poderá ser o destaque da próxima edição!
Participe e envie sua foto para pecuariaemalta@altagenetics.com.br
José Luis Niemayer, da Fazenda Terra Boa, com o gerente regional da Alta em Araçatuba (SP), Ayrton Trentin
Consultor de vendas na Berrante Genética e representante da Alta no Mato Grosso do Sul, Clemilson Sandim, em visita ao pecuarista Alaor de Marco, da Fazenda Triunfo/ Vertente
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PECUÁRIA EM ALTA
Equipe Alta sempre presente nos grandes eventos! Gerente distrital, Rodrigo Rodrigues, participou da ExpoAgro 2017, em Itapetininga (SP)
Otávio Borges Lorenzini da regional Santa Maria (RS) e seu filho
@fazendamonteverde
@felslazer
@fincaelcharal
@geneticaaditiva
@girolandaslapalma
@instatouros
@lelis.william
@marco_santos20
@wapecuaria
PECUĂ RIA EM ALTA
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CORTE
LANÇAMENTO DA 6ª EDIÇÃO DO ALTA PERFORMANCE TUFUBARINA EVENTO MARCA O INÍCIO DA PARCERIA ENTRE CRIADORES E ANCP Bandoleiro, Funcionário, HPC Soledade, Bialo, Jumbo da Mata, Blok, Barbaridade e Patrola da Tufubarina são importantes touros da bateria de touros da raça Senepol da Alta. O que eles têm em comum? Todos foram identificados pelo programa Alta Performance Tufubarina, uma parceria entre a empresa, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Fazenda Tufubarina. Juntas, realizam uma prova de desempenho individual de machos e fêmeas com objetivo de identificar animais geneticamente superiores para características de interesse econômico. O programa que integra o Alta Beef Program chega à sexta edição. Para apresentá-lo ao merca-
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PECUÁRIA EM ALTA
do, a Alta realizou, na central, em Uberaba (MG), um encontro entre criadores de senepol e técnicos.
“Tivemos um público extremamente focado, preocupado com as tecnologias, buscando conhecimento e tirando todas as dúvidas” Ao longo do dia, um ciclo de palestras abordou temas relacio-
nados à evolução e ao melhoramento genético da raça Senepol. Dentre eles, ganharam destaque: biotecnologias para melhorar a eficiência na produção de embriões In Vitro, importância da sanidade dos animais para o aumento da produtividade e aplicação da genômica na raça Senepol. Um dos momentos mais esperados foi a divulgação da parceria entre a raça e o Programa de Melhoramento Genético da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP). Com esta nova parceria, a raça tem mais uma importante ferramenta para promover o melhoramento genético e identificar os animais melhoradores.
Era Genômica Outra novidade é que, a partir de 2017, todos os animais participantes da prova serão genotipados, ou seja, produtores e investidores conhecerão o genótipo de seus animais. Para encerrar o evento, os participantes tiveram também a oportunidade de ver de perto os diferenciais dos touros da raça na Alta. “Tivemos um público extremamente focado, preocupado com as tecnologias, buscando conhecimento e tirando todas as dúvidas. Prometeram que vão levar o que têm de melhor para a prova deste ano, o que faz com que a gente tenha tranquilidade e certeza de que a avaliação também vai ser um sucesso”, afirma o gerente de Produto Corte Taurino da Alta, Miguel Abdalla. Mais novidades Este ano, a prova vai identificar dois campeões e duas campeãs. Machos e fêmeas vão re-
ceber duas divisões. A Categoria A será direcionada aos animais nascidos entre 1º de agosto de 2016 e 30 de setembro de 2016; já a Categoria B terá animais nascidos entre 1º de outubro de 2016 e 30 de novembro 2016. “A prova vai conseguir aumentar o número de animais avaliados e contemplar praticamente toda uma estação de monta”, explica a professora da UFU, Carina Ubirajara. Prova de desempenho individual Ao longo dos cinco anos de realização da prova, foram avaliados mais de 800 animais, entre machos e fêmeas, de diversos criatórios, e representados pelas diversas linhagens da raça Senepol. Todos foram submetidos a um ambiente que permitiu expressarem características de grande importância econômica para a pecuária de corte brasileira.
A sede da prova é na Fazenda Tufubarina, localizada em Monte Alegre de Minas (MG). Ao todo, os animais permanecem 56 dias em um período de adaptação e 112 de avaliação, com mensurações intermediárias em intervalos de 28 dias. No total, serão 168 dias de prova. São avaliados ganho em peso, peso vivo, perímetro escrotal nos machos, potencial reprodutivo das fêmeas, área de olho de lombo e acabamento de carcaça, biotipo do animal e, também, altura do posterior. Ao final da prova, os animais serão classificados como Elite, Superior, Regular e Inferior, conforme o desvio padrão do grupo, em referência ao Índice de Seleção do Teste de Performance. Últimas contratações Entram em coleta este ano, na bateria da Alta, os touros Presidente Tububarina e Piraju Soledade, que foram contratados a partir da identificação na prova de 2016. PECUÁRIA EM ALTA
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EVENTOS
JULGAMENTO A CAMPO PROGÊNIES DE TOUROS ALTA SÃO PREMIADAS NA EXPOINEL MINAS O Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), recebeu mais uma edição da Expoinel Minas, realizada pela Associação Mineira dos Criadores de Nelore (Nelore Minas), entre 6 e 11 de fevereiro. A primeira etapa do Julgamento a Campo, nova modalidade na feira, teve como objetivo integrar e mostrar os resultados da seleção dos pecuaristas do sistema de produção a campo. Foi um sucesso, tanto pela adesão dos criadores quanto pelos que acompanharam o julgamento. “Este novo projeto da associação é um grande avanço em prol do Nelore, que busca a excelência da raça em todas as condições de criação”, afirma o gerente técnico da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Marcos Pertegato. Marcos fez questão de agradecer aos jurados Alexandre Lima, Rafael Mazão e Robson Carreira pelo desempenho técnico na escolha dos melhores animais. Foram analisadas três características, com notas de um a cinco pontos, e os seguintes pesos: Carcaça (40%), Funcionalidade (30%) e Racial (30%). Os reprodutores da Alta premiaram suas progênies nos seguintes campeonatos: • Campeã Bezerra: Alarme Edto • Campeã Fêmea Sobreano: Jabriel Fiv De Naviraí • Campeã Novilha Sobreano: Ganges Col • Campeã Fêmea Jovem: Bitelo da Ss Dentre os reprodutores do Ranking Nova Geração, a genética Alta se destacou com os touros Alarme EDTO, Ganges COL e Jabriel FIV de Naviraí. 40
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Touros destaques
Alarme EDTO
Ganges COL
Jabriel FIV de Naviraí
2017
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CASOS DE SUCESSO
GENÉTICA DE SUCESSO FAZENDA BELA ALVORADA TRADIÇÃO EM MELHORAMENTO GENÉTICO
Flávio Aranha e Adriana Zancaner com o touro Massudo da Bela
O plantel da Fazenda Bela Alvorada originou-se da seleção de Arnaldo Zancaner. Atualmente, são 500 matrizes Nelore Puras de Origem (PO), selecionadas para características econômicas importantes, como fertilidade, velocidade de ganho de peso, habilidade materna, rusticidade e qualidade de carcaça. Os reprodutores possuem avaliação genética nos programas de melhoramento genético da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), Geneplus, Qualitas e Programa de Melhoramento Genéticos das Raças Zebuínas (PMGZ). São 55 anos de seleção para desempenho. “Aproximadamente 200 touros por ano são vendidos nos eventos promovidos pela Bela 42
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Alvorada- Nelore Zan”, explica Flávio Aranha, que, junto com a esposa Adriana Zancaner e a filha mais nova, Sofia Zancaner Aranha, lidera a fazenda. Segundo Flávio, todos os programas incrementam o trabalho a partir da avaliação correta, conforme as tendências genéticas. “Temos reprodutores de destaque em todos os programas de melhoramento. O Massudo, por exemplo, um grande destaque da bateria Alta, foi escolhido para teste de progênie do Geneplus/Embrapa, em 2016, conhecido como ATJ-Plus, tendo IQG Top 3% e MGTe 2%”, completa. A Bela Alvorada - Nelore Zan é parceira e fornecedora de genética de longa data da Alta. Hoje, seis touros da sele-
ção estão na bateria Alta. Todos contratados a partir do foco de seleção do plantel e contribuindo para o desenvolvimento da raça Nelore. “A Alta tem uma bateria de ponta de touros Nelore selecionados para alto desempenho e possui uma equipe técnica sempre bem informada, com conhecimento das necessidades do mercado. São profissionais capazes de nos orientar nas melhores escolhas. Nós nos sentimos estimulados a melhorar sempre para podermos fornecer reprodutores que atendam às exigências do mercado”, salienta Flávio.
“A Alta tem uma bateria de ponta de touros Nelore selecionados para alto desempenho e possui uma equipe técnica sempre bem informada, com conhecimento das necessidades do mercado” Além de Massudo da Bela, os touros Fraque, Invit da Bela, Habarraz, Hamlet e Jinnah também estão entre os reprodutores da bateria Alta.
Estação de monta Atualmente, o sistema de produção da Bela Alvorada é semiextensivo e possui uma estação de monta em que cerca de 150 novilhas são desafiadas para emprenhar aos 14 meses. Os índices de prenhez nesta categoria têm alcançado 57%, sendo que os touros de maior destaque são Fraque e Grafite da Bela. A estação de monta é de outubro a janeiro. “Nós utilizamos preferencialmente touros jovens da nossa seleção, visando acelerar o progresso genético. Nesta estação, utilizamos Massudo, Habarraz, Fraque e Hamlet da Bela, além de touros de outros criatórios alinhados com nossa metodologia de seleção e que possam agregar características econômicas”, explica Flávio. Por meio de análise, estudo dos pesos, observação do desenvolvimento do animal, a Bela Alvorada consegue filtrar e conservar somente as características que possam repassar à sua progênie as melhores características econômicas da raça, ou seja, machos com muita carcaça, sexualmente precoces, bom temperamento e funcionalidade e ainda com uma ótima régua de DEP’s. “O nosso slogan, Melhoramento Como Tradição, traduz exatamente isso: a produção de animais altamente qualificados para contribuir de forma positiva para a pecuária, que imprimam em sua progênie suas qualidades e alto desempenho nas principais DEP’s (Peso, AOL, ACAB, STAY, PE). Buscamos também ofertar fêmeas que emprenhem todos os anos, sejam boas de
“O nosso slogan, Melhoramento Como Tradição, traduz exatamente isso: a produção de animais altamente qualificados para contribuir de forma positiva para a pecuária”
leite, desmamem filhos pesados e permaneçam no rebanho por mais tempo”, acrescenta.
Além da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), durante a estação das matrizes, a utilização de DEP’s genômicas permitiram à seleção ter maiores acertos na escolha do material genético para ser multiplicado. Por ano, são produzidas cerca de 180 prenhezes oriundas de Fertilização In Vitro (FIV). Elas integram o time das doadoras e são renovadas ano a ano. “Estamos sempre evoluindo e inserindo novas tecnologias para nos auxiliar na seleção do plantel. Temos muita preocupação também com a seleção “feminina” do rebanho, descartando fêmeas inférteis e de peso de desmame inferior. Já nos machos, realizamos medições com ultrassonografia de carcaça para área de olho-de-lombo (AOL) e espessura de gordura. Essas informações são levadas em consideração em nossa avaliação intra-rebanho”, diz.
Flávio Aranha e Adriana Zancaner com o touro Massudo da Bela
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CASOS DE SUCESSO
Desafios na agricultura A busca pela valorização da produção é uma necessidade constante da pecuária mundial. Por isso, além da pecuária de corte, a Bela Alvorada também está empenhada em obter alta produtividade nas unidades de Guararapes (SP) e Jateí (MS), com lavouras de cana-de açúcar, soja, seringueira e eucalipto. O projeto de Integração Lavoura Pecuária Floresta foi implementado há cerca de cinco anos, nas duas unidades, revitalizando mais de 300 hectares, somente em Mato Grosso do Sul. O rendimento médio chegou a 53 sacas/ha de soja, um aumento de cinco sacas na última colheita. Agora, a área será utilizada para pastagem e o milho, transformado em silagem. Na fazenda do interior de São Paulo também foram plantados 115 hectares e o rendimento atingiu 57 sacas/ha. Há ainda um projeto de recuperação de Áreas de Preservação Permanente, aprovado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, com objetivo de proteger os recursos hídricos. As duas propriedades são certificadas pelo selo Global G3 – Sustentabilidade Genética, que valida plantéis que produzem reprodutores de alto valor genético, atendendo responsabilidades sociais, sanitárias e ambientais. 44
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Touros destaque
MASSUDO DA BELA
FRAQUE DA BELA
Sobre a regional A regional Araçatuba atua há quase 20 anos na região Noroeste de São Paulo, trabalhando com melhoramento genético, tanto na venda de sêmen, como na prestação de serviços de inseminação artificial. Possui, atualmente, equipe de cinco consultores e três técnicos, mais o gerente regional, para oferecer assistência aos clientes. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (18) 3625-2348.
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CASOS DE SUCESSO
FAZENDA BARREIRAS EVOLUÇÃO E CONSISTÊNCIA GENÉTICA
“A Fazenda Barreiras sempre confiou no trabalho da Alta e seguiu à risca as indicações dos acasalamentos” Localizada no município de Patos de Minas (MG), região do Alto Paranaíba, a Fazenda Barreiras foi adquirida por Antônio Braz Tinoco, em 1953. Desde então, ele iniciou a atividade leiteira voltada para a produção de queijos. Na época, não havia grandes laticínios na região, como atualmente. O gado era mestiço e o sistema, totalmente a pasto, com ordenha manual. Esse sistema perdurou até a década de 1990, quando o Antônio dos Reis O proprietário, Antonio dos Reis Tinoco, com o filho, Antônio Braz Tinoco Neto
RFMG0592 My index por data nascimento
300 200 100 0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 8
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Tinoco assumiu os negócios da propriedade. Ele investiu em tecnologias, como ordenha mecânica e inseminação artificial, intensificando a produção da fazenda. A partir do ano de 2006, Antônio Braz Tinoco Neto, filho do proprietário, uniu-se ao pai e ao tio, Eli Braz Tinoco, atual gerente da fazenda. Naquela época, a fazenda já produzia aproximadamente 2 mil litros/dia. Para expandir, investiram em estruturas como pista de alimentação, piquetes para descanso e sala de espera coberta. A ideia foi melhorar o manejo e o conforto dos animais. A genética também acompanhou o processo de evolução. A Fazenda Barreiras e a Alta firmaram uma parceria e iniciaram a transformação do plantel com acasalamentos dirigidos. Em 2013, o grupo decidiu trabalhar apenas com a raça Holandesa e utilizou o Plano Genético da Alta. Foram definidas as características desejadas, nas provas de touros, para o rebanho: 20% produção, 20% saúde e 60% conformação. A partir de então, a propriedade só utilizou os melhores touros para o objetivo. Em 2015, Antônio Braz Tinoco Neto participou do Show Case da Alta nos Estados Unidos e teve oportunidade de conhecer de perto o trabalho de gran-
Touros destaque
Alta1STCLASS
AltaMONETARY
Sobre a regional A Geplan é a representante da Alta em Patos de Minas (MG) e parceira desde o início das atividades da empresa no Brasil. Com o escritório em Patos de Minas, atua em 22 municípios no Alto Paranaíba e conta com sete profissionais, entre campo e escritório. Oferece desde cursos de inseminação até planejamento genético e análise de números reprodutivos. Mais informações sobre o trabalho realizado, pelo telefone (34) 3821-0779.
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des fazendas progressistas no estado da Califórnia, focadas em produção de leite, reprodução e genética. “Durante essa viagem, conhecemos o programa da Alta, denominado Alta Advantage. Passamos a ter acesso prioritário aos melhores touros genomicamente comprovados e que se encaixavam perfeitamente no nosso Plano Genético, garantindo assim o máximo de progresso genético na direção dos objetivos que já tínhamos pré-definidos”, explica Tinoco Neto. No ano passado, a produção média da Fazenda Barreiras foi de aproximadamente 7000 litros/dia, com média de 290 vacas em lactação. A taxa de concepção média chegou a 27,16% e a de serviço, 55,23%, gerando uma taxa de prenhez de 15%, em sistema de pista de trato, com piquetes para descanso.
“Conhecemos o programa da Alta, denominado Alta Advantage. Passamos a ter acesso prioritário aos melhores touros genomicamente comprovados e que se encaixavam perfeitamente no nosso Plano Genético”
Eli Braz Tinoco (gerente atual da fazenda) e Antônio Braz Tinoco Neto (filho do proprietário)
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“A Fazenda Barreiras sempre confiou no trabalho da Alta e sempre seguiu à risca as indicações dos acasalamentos. A prova disso é o gráfico de evolução do rebanho por ano de nascimento, em que podemos verificar que a cada geração os animais mais jovens apresentam maior mérito genético”, explica o regional Alta, em Patos de Minas, Rui Fernandes. Dois touros se destacam na fazenda Barreiras: ALTA1stclass e ALTAMonetary. Os animais impressionam pelo padrão desejado. São animais com uma excelente conformação, principalmente no que diz respeito ao arqueamento de costelas e à forma Leiteira. Além disso, os animais possuem interessantes características de saúde, como Vida Produtiva (PL) e Taxa de Prenhez das Filhas (DPR). Novo desafio Percebendo que alguns animais com maior grau de sangue holandês estavam sentindo muito o sistema atual, o que os impedia de expressar seu potencial genético, a fazenda decidiu mudar o sistema de produção para dar mais conforto aos animais e continuar o projeto de expansão. Foi então que optaram pelo sistema de Compost Barn e ordenha rotatória. A construção do primeiro galpão para alojar 600 animais já está em andamento e o projeto final é para 1200 vacas alojadas em dois barracões, ordenhadas três vezes ao dia.
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ENTREVISTA
MANUEL CAMPOS CONSULTOR EM IMUNOLOGIA E DOENÇAS INFECCIOSAS DESTACA A IMPORTÂNCIA DO COLOSTRO PARA RECÉM-NASCIDOS Manuel Campos passou mais de 25 anos na área de pesquisa imunológica e desenvolvimento de produtos de saúde animal. Trabalhou na Organização de Vacinas e Doenças Infecciosas (VIDO), na SmithKline Beecham Animal Health e no Central Research Center em Groton, CT e, atualmente, oferece consultoria para empresas de saúde animal e biotecnologia, como a Saskatoon Colostrum. Qual a real importância do colostro para o recém-nascido? O colostro é um alimento que irá garantir toda a passagem de anticorpos para o recém-nascido, além de ser uma fonte de todos os nutrientes importantes
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para os bezerros, nas primeiras horas de vida.
“Dentro da fazenda, não temos nenhuma ferramenta que garanta 100% da qualidade do colostro que nossas vacas irão produzir” Quando deve ser fornecido, como e em qual a quantidade? O colostro de qualidade deve ser fornecido nas primeiras ho-
ras de vida, em mamadeiras limpas e em quantidades que assegurem que o animal está recebendo 100g de IgG, no mínimo. Quais as dificuldades para coletar o colostro na fazenda, de forma correta? As maiores dificuldades encontradas para uma correta coleta do colostro são obter esse produto sem nenhum tipo de contaminação e logo após o parto, garantindo maiores valores de anticorpos. Como garantir a qualidade do colostro fornecido ao recém-nascido? Dentro da fazenda, não temos nenhuma ferramenta que
garanta 100% a qualidade do colostro que nossas vacas irão produzir. O que temos hoje são ferramentas, como o colostrômetro e o refratômetro, que podem, indiretamente, predizer a quantidade de anticorpos presentes no colostro.
“As principais doenças dos bezerros, como as diarreias e as pneumonias, podem ser controladas através do fornecimento de um colostro de qualidade certificada e padronizada”
Quais os prejuízos de práticas de manejo inadequadas? É difícil estimar um valor específico, pois isso irá depender de cada fazenda. O mais importante é sempre levarmos em consideração que um animal mal colostrado apresenta maiores chances de morrer, de apresentar doenças, proporcionando menores ganhos de peso, o que irá refletir em toda a vida reprodutiva e produtiva desses animais, além de terem maiores chances de serem descartados.
pos terão melhores chances para expressar todo o seu potencial genético, seja em maior ganho de peso ou em produção de leite.
A quantidade de colostro afeta o ganho diário de peso dos bezerros? Sim. Animais que recebem maiores quantidades de anticor-
Em longo prazo, qual é o impacto da boa colostragem na vida adulta do animal? Aqueles animais que foram bem colostrados e que, consequente-
mente, apresentaram menores incidências de doenças, terão maior chance de expressar todo o seu potencial genético de produção, seja de carne ou de leite. Como o modo de alimentar afeta a absorção do colostro pelo bezerro? Quando os bezerros nascem, se eles ingerirem colostro de qualidade mamando na mãe ou na mamadeira, terão a formação da goteira esofágica, o que irá permitir a entrada do produto diretamente no abomaso, para, depois, chegar ao intestino e ser absorvido. Caso esse produto seja fornecido em sonda, o mesmo chegará no rúmen e poderá ter parte dos nutrientes e anticorpos retidos no mesmo, ou seja, não temos a garantia de que 100% do que foi fornecido chegará ao intestino animal. Sendo assim, o mais correto é fornecermos colostro de qualidade em mamadeiras e, em último caso, em sondas, porém, em quantidades maiores.
Colostro em pó é uma escolha atual para fazendas de leite
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ENTREVISTA
A temperatura ambiente afeta a absorção de anticorpos? Sim. Animais que passam por estresse calórico, devido às altas temperaturas, terão redução na eficiência de absorção dos anticorpos. Como é produzido o colostro em pó? O colostro é coletado de vacas canadenses de alta qualidade, sendo em seguida congelado, enviado para a empresa, onde será classificado de acordo com a quantidade de anticorpos presentes, agrupado em lotes de amostras, de diferentes fazendas, tratado termicamente, pulverizado e, em seguida, estabilizado e embalado. Ou seja, colostro em pó é apenas processado pela Saskatton. Qual a vantagem de utilizar o colostro em pó e não o colostro fresco coletado da mãe? O colostro em pó é a única forma de se garantir o fornecimento de um produto padronizado, com a certificação dos níveis de qualidade imunológica, sanitária e nutricional de que os animais necessitam após o nascimento. No Brasil, quais doenças podem ser controladas com a administração do produto? As principais doenças dos bezerros, como as diarreias e as pneumonias, podem ser controladas através do fornecimento de um colostro de 52
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qualidade certificada e padronizada. Além disso, é de suma importância para auxiliar na erradicação das principais doenças que podem ser transmitidas via colostro. Como o colostro em pó pode garantir a imunidade para o rebanho brasileiro, uma vez que é coletado de vacas canadenses? Os principais microrganismos que acometem os bezerros, gerando diarreias e pneumonias, variam muito pouco. As cepas que acometem bezerros nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, são exatamente as mesmas que acometerão os bezerros do Brasil. Porém, sabemos que vacas canadenses não possuem anticorpos contra os causadores das doenças transmitidas pelo carrapato. Nesse caso, estudos estão sendo realizados e todos os indícios mostram que não são os anticorpos específicos a esses agentes, transmitidos via colostro, que irão assegurar a defesa desses bezerros nas primeiras semanas de vida. É importante lembrar também que a tristeza parasitária bovina não é uma doença comum durante as primeiras semanas de vida dos bezerros, mas, sim, após os 60 dias de idade. Por que não está especificado no rótulo do produto a quantidade mínima de imunoglobulinas? O produto foi registrado no Brasil como um produto para nutrição animal e não como um produto farmacêutico. Sendo
assim, a quantidade de anticorpos (mínimo de 100g de IgG) presente no produto não pode constar na embalagem.
“É importante lembrar também que banco de colostro na fazenda não deve ser olhado como sinônimo de colostro de qualidade” Existe a possibilidade de a bezerra apresentar diarreia mesmo recebendo o colostro em pó? Sim. Depende mais do desafio que esses animais irão enfrentar nas fazendas. Caso esse desafio seja muito acima da capacidade de uma bezerra que foi bem imunizada, existe a chance de ela apresentar diarreia, sim. Porém, é importante lembrar que quando o animal recebe um colostro padronizado e livre de contaminação, a chance de responder melhor aos desafios ambientais é maior do que aqueles animais que não foram bem colostrados. Se há bom controle de colostragem via banco de colostro congelado, em quais casos o colostro em pó seria útil? Devido à facilidade de fornecimento do colostro em pó, muitas vezes, isso vai servir como uma ferramenta para
facilitar o manejo de colostragem dos animais, sendo uma boa oportunidade para ser utilizado nos partos noturnos, por exemplo. É importante lembrar também que banco de colostro congelado na fazenda não deve ser olhado como sinônimo de colostro de qualidade. Por que devo substituir o banco de colostro congelado e/ou colostro natural da mamada pelo colostro em pó? Porque é a única forma de garantirmos que o recém-nascido está recebendo um colostro com qualidade imunológica, nutricional e sanitária. Em quais situações a dose do colostro em pó deve ser aumentada? Em animais que passaram por estresse durante o parto ou os que serão colostrados com sonda, além daqueles que apresentam um alto mérito genético. Quais os maiores benefícios que uma boa colostragem traz para a vida adulta de uma matriz, por exemplo? Em médio e longo prazo, bezerras bem colostradas irão acelerar o seu ganho de peso, entrando em reprodução mais cedo, além de terem mais condições de expressarem todo o seu potencial genético para produção de leite ou de carne. Quais os prejuízos quando a administração do colostro ocorre depois de seis horas de vida do bezerro? Após seis horas, a taxa de absorção de anticorpos é infe-
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ENTREVISTA
rior à eficiência das primeiras horas após o nascimento. Esse animal terá maior propensão a apresentar algum tipo de doença comum nas primeiras semanas de vida, como a diarreia. Em que tipo de água o colostro em pó deve ser diluído? É de suma importância que seja uma água livre de qualquer tipo de contaminação. O mais indicado é utilizar água mineral certificada sanitariamente, porém, o uso de água clorada não causaria nenhum problema para a utilização do produto. O custo de uma bezerra nascida via Inseminação Artificial é em torno de R$ 220 reais, com um dia de vida. Mesmo assim, compensa usar o colostro em pó? Sim. Caso esse animal não seja bem colostrado, não terá oportunidade de expressar todo o seu potencial genético. Por outro lado, um animal mal colostrado, caso sobreviva, apresentará custos maiores com tratamentos de doenças.
“Bezerras bem colostradas irão acelerar o seu ganho de peso, entrando em reprodução mais cedo, além de terem mais condições de expressarem todo o seu potencial genético” A quantidade recomendada de colostro é 10% do peso vivo nas primeiras 6h, ou seja, no Holandês são, em média, quatro litros. O produto reconstituído tem em torno de 2 litros. Nesses 2 litros, há tudo que a bezerra necessita em imunoglobulinas e nutrientes? Sim. O volume é algo com o qual não temos que nos pre-
Colostro em pó é uma ótima opção para fazendas de corte, principalmente para as que trabalham com Fiv e em caso de partos gemelares
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ocupar. O que realmente importa é a quantidade de sólidos totais e a qualidade do que está sendo fornecido, ou seja, em um pacote de colostro em pó, estamos fornecendo tudo que o animal necessitará nas primeiras horas de vida. A diluição pode ser maior do que a recomendada na embalagem? A diluição final não importa. O que realmente importa é que o animal ingira nas primeiras horas de vida todo o produto. Quando trabalhamos com diluições maiores do que o recomendado, estaremos aumentando a chance de o animal não conseguir consumir a diluição final total. Se a bezerra nasceu à noite e, quando foram colostrar, já havia passado mais de 6h do nascimento, mesmo assim vale a pena usar o colostro em pó ou o efeito será similar ao colostro da mãe? Sim. Ao fornecermos um produto padronizado e com qualidade nutricional, imunológica e sanitária a esses animais, estaremos dando um suporte a mais para esse animal enfrentar as possíveis contaminações que ocorreram na maternidade e ao mamarem na vaca. Porém, não iremos conseguir garantir que esse animal não venha a apresentar algum tipo de diarreia, por exemplo, pois, antes de receber um produto 100% sem contaminação, possivelmente, esse animal teve contato com microrganismos.
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