ENFLORAGENS DE AMIZADE - 4º encontro amigos de dois irmãos

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ENFLORAGENS DE AMIZADE 4º Encontro – Goiânia/GO

Abril, 2017 3


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Mais uma vez por aqui nós estamos para repartir a alegria e a amizade, dividir os sonhos e a cumplicidade desta vida que juntos amiudamos. Neste momento nós pronunciamos em sorrisos, conversas e interação cada um, lançamos fora a solidão, nos alegrando pelo bem desta vida colocando em uma mesa bem sortida os afetos que se erguem no coração.

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Este encontro é um conhecido abrigo que se entra sem trancar a sua porta a amizade é um rio que nos conforta de cuja ponte fazemos nosso postigo. Qual no campo o vento sobre o trigo oferta gratuitamente a reciprocidade, por aqui, nos juntamos em alacridade nos amamos e querendo sempre bem, pois é bom compartilhar com alguém as vivências entrecruzadas de amizade.

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Deixamos a tristeza do lado de fora e soltamos todos os freios da alegria, nos tornamos crianças em fantasia como se fossemos aquelas d'outrora. Dois Irmãos é a ânfora de toda hora que nos toma por barro e por vinho, cada um amadrinhou o seu caminho construindo vidas, sonhos e a família e sempre mantivemos por mobília a amizade, o amor, o afeto e o carinho.

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Em cada encontro o coração dispara pois sabemos do bem que nos faz, confluamos em brincadeira pertinaz que n'outros não se vê nem equipara. Dois Irmãos vem em memória topiara ornando as nossas vidas em aquarela, lembramos de Surdina e sua cadela que tinha o discreto nome de piaba. Vem causos de pé de manga e goiaba dos idos de nossa infância tão singela.

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Tem causos de malassombro e valentia de Pirineus, do Ariston e seu jumento, da Oreia Mucha, que tinha por alimento de cada menino um caçaú de simpatia. De almas , que em noite escura reluzia o medo nos moleques de mais coragem. De Curianga, que uns diziam ser visagem e outros, que na lua cheia era o capelobo. Dois Irmãos sempre o temos por probo, suas histórias, trazemos por enfloragem.

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Dos malassobres há o causo do Zé Roxo que se matou na sexta-feira da paixão, enterrou-se em uma loca feita no chão que só lembrar nos causa um mixoxo. Das valentias, de cabras bons ou coxo os Pirineus eram mestres em malvadeza daqueles que gostavam de uma safadeza ficou os causos enviesados do Cabrinha do colégio, a Zenilda e sua bonequinha por nome Anésia, primor de delicadeza.

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Dois Irmãos nos deu um rico ornamento de causos, de estórias e de saliência, e que nos vem até hoje por abrangência seja na íntegra ou apenas por fragmento. O Piauí, que trazia no nome o instrumento o João da Iva, com seus atos de doideira, o Dr. Felix, com suas receitas cuspideira e o Miguelito, do Santa Rosa e Taguatinga, o Cabeção, que fugia d'água de moringa e o João da Mata, com bolos de primeira.

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O Izidorim, com a ave-maria das 6 horas, o Marco Lontra, e sua ranzinza conhecida, o seu Demétrio, com sua trena de medida e o Tibúrcio, com o cachimbo de pandoras. O Carlos Gabino, com os olhos de amoras fitando a gente do começo ao fim da sala, o Didico, com sua buchada, gorda ou rala, oferecendo a todos, aos gritos pelas ruas. a Bamburrista, que sabia de todas as luas com suas rezas, seus terços e sua mandala.

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Tinha apelidos, cada qual mais esquisito: Bico de Brasa, Boca de Lanterna, Véi Buriti, Seu Pisca-Pisca, Maria chapéu, Zoi de Oiti, Fala Mansa, Seu Arara, Cachapa e Miguelito, Quatro Oreia, Pai das Caças, Pé de Cabrito, Pedro Cangaia, Carrapato, Chica Peidona, Sabim Caboré, Boca de Vintém, Zabelona, Véi Cesário, Oi de Foquite, Véi Rebancera Maria Beicim, Maria Oim, Dona Custanera, Pé de Gengibre, Seu Lua Cheia e o Pestana.

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Em meio a estes sorrisos e brincadeiras de apelidos, causos, estĂłrias e alegria instauramos as nossas vidas e teimosia tendo Dois IrmĂŁos em nossas algibeiras. Erguemos todos os dias estas bandeiras dentre muitas outras que o tempo nos dĂĄ, e vamos por este mundo a compartilhar o dom maior de Deus que ĂŠ se ter amigos seja na alegria, fartura ou choramingos dando-nos ombro para o nosso descansar.

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E assim, a cada encontro Deus permita nos alcance sempre o sonho por inteiro, não miramos fortuna, status ou dinheiro pois vida é tesouro que não se interdita. Seja em seda, em brim, tergal ou chita não temos a roupa por um bem maior, tampouco o nome, profissão ou exterior nada disto nos importa neste momento, cada um trás em si um rico instrumento: a amizade, tendo a virtude como sabor.

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4ยบ Encontro do Grupo de Whatsaap Amigos de Dois Irmรฃos

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