SÃO JOÃO DE REDENÇÃO - V CICLO JUNINO E II FEIRA EDUCACIONAL E CULTURAL

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SÃO JOÃO DE REDENÇÃO V CIRCUITO JUNINO II FEIRA EDUCACIONAL E CULTURAL ______________________________________

Alufa-Licuta Oxoronga Junho, 2019 Redenção - Pará

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Título Original São João de Redenção – V Ciclo Junino e II Feira Educacional e Cultural © Copyright by – Alufa-Licuta Oxoronga 2018 Programação Visual: Alufa-Licuta Oxoronga Revisão: Autor Arte da Capa: Edvard Munch | O Grito Redenção: 2019. ISBN 1. Literatura de Cordel – São João 1. Título

____________________________________ Todos os direitos em língua portuguesa, no Brasil, reservados de acordo com a lei. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou informação computadorizada, sem permissão por escrito do Autor.

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São João de Redenção V Ciclo Junino II Feira Educacional e Cultural

A história que vou contar Nos versos do meu cordel Não foi inventada em papel E nem em voos a baloiçar. A história é bem popular Aqui e no resto do mundo, Não fala de Zé, Raimundo E tampouco de Benedito, Nasceu em tempo proscrito E tem um lastro profundo. 7


Eu falo é da festa junina Que lá na Europa surgiu, De lá, veio para o Brasil Nas dobras de uma batina. Feito o fogo de lamparina Iluminando toda escuridão, Entrou no calendário cristão Homenageando santos fieis, E até hoje se remexe os pés A Pedro, a Antônio e João. E lá nas terras do nordeste Encontrou o solo propício E com um idioma patrício Formou-se o cabra da peste. Hoje, do cerrado ao agreste Vai para onde o povo está, Quermesse, barraca, arraiá A festa não traz cerimônia, E dos Pampas à Amazônia Tem curau, forró, munguzá. 8


Tem paçoca, pipoca, canjica Quermesse, barraca, repente, Tem tudo que é tipo de gente: Tem os que riem e futrica Quem olha desdém e critica E os que dão o devido valor. Tem cuscuz e maçã do amor, Arroz-doce, amendoim, balão, Fogueira, tapioca e quentão, E os caldos de tudo que é cor. Tem noivos, balões, oratório, Tem padre, pinga e promessa, Tem pratos, colheres, travessa E vestidos com lindo acessório. Tem beijo roubado e casório, Pamonha, pinhão, amendoim, Laços de fita, canela, gergelim Torrada, mané-pelado e milho Tem mãe arrastando o seu filho E os guris espalhando folhetim. 9


Tem anavantur, otreofá, anarriê, Doce, mané-pelado e bolo cassete Tem comidas, bebidas e banquete Rendas, florais de chita e crochê. Tem fogos, bandeirolas, travessê, Passeio, engenho novo, cortesia, Cruz de malta, carranchê, poesia, Sangé, é mentira, caminho da roça, granmuliné, aí vem chuva e troça, Muitos aplausos, sorrisos e cortesia. Tem ponte caiu, arco-íris, beija-flor, Ponte nova, damas em roda, caracol, Olha o túnel, damas ao centro, tarol, Cesta de flores, aguardentes e licor. Tem caipira, pau-de-sebo, cantador, Camponesa, adivinhador, cangaceiro, Aboiador, repentista e quadrilheiro, E fogueira fumegando sua quentura. Tem todo tipo, de espécie e criatura, Nesta festa que toma o junho inteiro. 10


Tem noivos, tem cigana, tem lampião, Tem príncipe, tem padre, tem capataz, Tem juiz, tem sinhá-moça, tem rapaz, Tem princesa, tem rainha e tem baião. Tem coronel, tem soldado, tem pião, Tem marinheiro, tem matuto, tem juiz, Tem ator, tem gente atoa e tem atriz Tem Maria Bonita, tem xote e xaxado, Tem gente que rumina que nem gado E outros que só veem a ponta do nariz. Dançar quadrilha em junho é alegria Cujo prazer ninguém pode expressar, Tem significativo ornamento popular Em devoção, em riqueza e sabedoria, Deixa a alma em festejo, em euforia, Ao ouvir cada comando afrancesado. E é prazeroso ver o noivo aperreado Fugindo da sua noiva a um medo tal Que só o delegado, em destreza orbital, O obriga a cumprir com o juramentado. 11


O São João é um tempo de animação, Tem arrasta-pé, pé-de-serra, quindim, Tem milho assado, algazarra e pudim E fitas e bandeirolas em todo pavilhão. Tem roupa de chita, balões e tradição, Tem gente boa e gente que não presta Gente que ri, gente que grita e protesta Mas que se juntam diante da fogueira. O São João é a maior festa brasileira Traz do povo a sua riqueza manifesta. Tem traque, buscapé e chuvinha Que assusta do velho ao mais novo, O São João é uma festa do povo Tem fogo, pega-rapaz e estrelinha. E em Junho, pelo cair da noitinha, Os arraiais ficam só uma belezura, Os feios escondem toda sua feiura E os bonitos se enfeiam sem razão Na festa junina bate forte o coração Tem rojões, mandioca e rapadura. 12


Em Redenção não é nada diferente No São João todos querem aparecer Tem requeijão, tem zuada e fusoê, Tem político, empresário e servente. Tem gente séria, engraçada e saliente Em suas vestes de roupas de matuto, Tem velho, tem novinho, tem enxuto Tem novinha, tem idosa e tem coroa Tem zabumba, tem triangulo e broa E a rezadeira deixando o seu tributo. Tem barraca ornamentada de ternura Casa de palha, xadrez e bandeirinha Caipirosca, refrigerante e caipirinha Jogo de argola, pescaria e ferradura. Tiro ao alvo, ovo na colher e fritura Em todos santos dias dos três santos São João em Redenção tem encantos De histórias, de fogueiras e simpatia, Tem brincadeira, tem namoro e alegria Não cessa nem a força de quebrantos. 13


Neste ano a Prefeitura de Redenção Mostrará no festejo suas maravilhas, E no V circuito junino de quadrilhas Demonstrará sua riqueza e tradição. E a SEMEC, nestes dias de São João, Com sua II Feira Junina Educacional Dará à Redenção outro fio cultural De Cidade querida pelos estudantes, Todas escolas mostrarão, triunfantes, Nosso folclore e seu lastro ancestral. E assim, me despeço deste cordel, Qual menino olhando o que sonha, Em meio a milho, paçoca e pamonha Caldo de cana, cocada e sarapatel. Em Redenção os festejos é um pitel Tem festança, muito brilho e alegria Os poetas nos brindam com poesia E os violeiros encantam em beleza, São João de Redenção tem grandeza Tem punjança, inspiração e simetria. 14


Redenção-Pará-Brasil-América Direitos reservados ao autor Projeto gráfico: Alufa-Licuta Oxoronga

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