oferecimento
ZERO HORA | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
MEL DO BRASIL
ABELHAS NATIVAS PRODUZEM MEL MENOS DOCE, PERFEITO PARA O USO NA GASTRONOMIA FELIPE CARNEIRO
PÁGINAS 6 E 7
OPINIÃO
INGREDIENTES QUE SÃO NOSSOS
O MEL QUE VEM DA NOSSA TERRA
OLHAR DESTEMPERADO DIEGO FABRIS
diego@destemperados.com.br
P. 6 E 7
FÉLIX ZUCCO
TATIANA TAVARES
Editora
BETE DUARTE
COM DIEGO LOZANO EXPEDIENTE
FALE COM A EDITORA: tatiana@destemperados.com.br NOSSO ENDEREÇO: Rua Marquês do Herval, 82 - Moinhos de Vento Porto Alegre - RS / CEP 90570-140 Tel: (51) 3907-3906 / 3218-4379 www.destemperados.com.br
Vinho ou cerveja? Vinho. Qual o seu rótulo preferido? Angelica Zapata Um vinho para harmonizar com doces. Chateau Guiraud 2006.
Diego Lozano, um dos principais chefs pâtissier e chocolatier do Brasil, pretende dedicar-se em 2015 à recém-lançada Açúcar, revista de confeitaria feita para confeiteiros. A publicação será bimestral, voltada para profissionais.
A melhor experiência gastronômica. Paris como um todo. A melhor viagem gastronômica. Belém, um lugar com uma riqueza gastronômica sem igual. O que de mais estranho já comeu. Grilo e sopa de lagartas. O que não pode faltar na geladeira. Carne.
instagram.com/destemperados twitter.com/destemperados
Qual seria a sua Santa Ceia, a última refeição antes de morrer? Um excelente vinho com um belo entrecôte ao béarnaise.
ZERO HORA | GASTRÔ POR DESTEMPERADOS | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
Em todo o lugar para onde eu viajo fora do Brasil, sempre vou atrás dessas delícias frias. E o resultado é o mesmo: um grande consumo o ano todo. A Itália é o paraíso para quem gosta do assunto. Seus famosos gelatos são apreciados até em regiões com neve no inverno. E como resistir? Os melhores sorvetes que já comi na vida foram lá. No Brasil, a febre do momento são as paletas mexicanas, que têm causado alvoroço por onde passam. Também pudera, dar uma mordida gelada e ser agraciado com um recheio cremoso é inspirador. Nos supermercados, delicatessens e armazéns, os freezeres com sorvete têm conquistado cada vez mais espaço com estilos, sabores e preços variados. A vinda de marcas internacionais consagradas para o país ajudou nessa transformação. Como consumidor, espero que invistam cada vez mais para disseminar a cultura. Restaurantes que produzem o próprio sorvete ou sorbet ganham muitos pontos comigo. É sinal de uma dedicação artesanal louvável. E muitos já tem se puxado por aí, a ponto de eu escolher certos lugares para almoçar ou jantar só pela sobremesa. Certa vez me peguei pesquisando para comprar uma máquina para fazer sorvete em casa. Mas desisti, pois seria complicado comer qualquer outra coisa da geladeira tendo essa opção. Acabei investindo em uma máquina de milk-shakes para amenizar a vontade. E por falar em milk-shake, esse é outro aliado na minha eterna causa do “sorvete o ano todo”. A oferta dessa maravilha aumentou bastante, muito na carona da febre dos burgers que se instalou de vez por aqui. Seja qual for o formato ou a preferência, o sorvete é democrático. Picolé, paleta, sorbet, sacolé, sorvete de caixinha, na casquinha, em pote, em buffet. Vale tudo! Só não vale se privar dessas delícias porque o clima não está escaldante.
Qual seu doce predileto? Bolo de fubá. facebook.com/destemperados
HERDEI DA MINHA família paterna uma descabida paixão
A CARACTERÍSTICA GELADA DOS SORVETES, SORBETS E PICOLÉS PROPORCIONA UM ESTÍMULO SENSORIAL ÚNICO NA GASTRONOMIA. A POSSIBILIDADE DE REALÇAR SABORES DE FRUTAS, CHOCOLATES E CARAMELOS FAZ ESSA TURMA SE TORNAR AINDA MAIS INTERESSANTE.
P. 4 E 5
RECEITAS DE MASSAS RECHEADAS
COUVERT EDITORA Tatiana Tavares COLUNISTA Bete Duarte REPÓRTER Juliana Palma DESIGNER Natália Gomes FOTÓGRAFO Félix Zucco DIAGRAMAÇÃO Aluísio Pinheiro (especial)
SORVETE O ANO TODO por sorvetes, picolés e afins. Quando criança, ouvia aquela cornetinha soando na praia vinda de um carrinho amarelo no horizonte e já ficava ouriçado para me lambuzar com um picolé. A paixão só cresceu com o tempo e hoje toma conta de boa parte do meu freezer. A única coisa que eu nunca entendi é: por que a maioria das pessoas só come sorvete no verão? Só podem ser felizes numa época do ano, é isso? Sorvete é coisa para o ano inteiro!
tatiana@destemperados.com.br
DIRETORES Diego Fabris, Diogo Carvalho e Lela Zaniol GERENTE DE NEGÓCIOS Thais Dalcin
TAN CARVALHO
além, porque valorizo muito tudo o que é nosso: nossa comida, nossa literatura, nossas praias, nossas criações. E esse mel sobre o qual focamos nosso olhar vem de abelhas brasileiras, que produzem um ingrediente muito rico para a gastronomia e que ainda não é muito explorado. O tema é tão importante que passou a ser um dos focos do Instituto ATÁ, do chef Alex Atala, que busca a valorização de ingredientes brasileiros. Conversamos com especialistas no assunto e fomos atrás de um produtor de Santa Catarina para apresentar a vocês um panorama sobre o tema e colocar a questão sobre produção e comercialização do mel de abelhas sem ferrão em ampla discussão. Esta edição tem ainda outros assuntos: cervejas IPA’s, receitas de massas recheadas e dicas das melhores brigaderias de Porto Alegre. Leia, saboreie, divirta-se e até a próxima semana.
NAT
FELIPE CARNEIRO
FALAR SOBRE O MEL DE ABELHAS NATIVAS nesta edição foi um prazer
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NA COZINHA DA BETE
A CEBOLA É uma das hortaliças empregadas como condimento mais utilizadas no mundo. Contam os pesquisadores que é difícil precisar a data de início de seu cultivo, mas que a origem seria na Ásia Central, há mais de 5 mil anos, tendo sido muito popular na China e na Índia.
PORQUE FAZ CHORAR
Quando é cortada, a cebola libera ácidos, compostos voláteis, que se dissipam pelo ar e chegam aos olhos, irritando as terminações nervosas e causando ardor. Em resposta, as glândulas lacrimais entram em ação para diluir e lavar a irritação. O curioso é que esses compostos são responsáveis, também, pelo sabor da cebola e o aroma agradável ao ser cozida. A cebola roxa é mais suave, quase adocicada. Perfeita para saladas e ceviche. ● Cebolas branca e amarela têm sabor mais forte e são mais usadas ●
JÚLIO CORDEIRO
O ARDOR DA CEBOLA
POR BETE DUARTE
bete.duarte@zerohora.com.br
QUICHE DE CEBOLA 8 porções
2 xícaras de farinha de trigo ● 100g de manteiga ● 1 colher (sopa) de óleo ● 1/2 xícara de água gelada ● 1/2 colher (chá) de sal ●
Recheio 3 cebolas médias ● 1 colher (sopa) de óleo ● 1 xícara de leite ● 1 xícara de creme de leite fresco ● 3 ovos ● 1/2 xícara de queijo roquefort em pedaços ● noz-moscada ralada ● sal e pimenta-do-reino ●
cozidas, o que as torna mais suaves e doces. ● Para reduzir o ardor, deixe por alguns segundos na água fervente e logo depois mergulhe no gelo. ZERO HORA | GASTRÔ POR DESTEMPERADOS | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
1. Para a massa, corte a manteiga em cubinhos de cerca de 1cm. 2. Numa tigela, coloque a farinha, misture bem o sal e abra um buraco no centro. 3. Junte o óleo e os cubinhos de manteiga. 4. Misture até obter uma farofa grossa e comece a adicionar a água gelada, amassando até conseguir formar uma bola. 5. Coloque em um saco plástico e leve à geladeira por 30min. 6. Abra a massa, forre uma forma de fundo removível, de 20cm de diâmatro, cubra com papel-manteiga e preencha o fundo da forma com feijão, para fazer peso. 7. Leve ao forno preaquecido, a 200 graus, por cerca de 10min ou até que comece a dourar. 8. Para o recheio, corte as cebolas em fatias finas. 9. Leve ao fogo em uma frigideira aquecida com o óleo e mexa até que adquiram a cor dourada. Reserve. 10. Numa tigela, junte os ovos, o leite e o creme de leite e misture bem. 11. Tempere com sal, pimenta-do-reino e noz-moscada. 12. No fundo da massa pré-assada, espalhe as cebolas douradas. 13. Sobre elas, distribua o queijo picadinho e o creme de ovos. 14. Leve novamente ao forno por cerca de 40min.
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RECEITAS DA BETE COM UM POUCO DE DEDICAÇÃO, VOCÊ PODE CRIAR UM CARDÁPIO DE MASSAS CASEIRAS RECHEADAS DE DAR ÁGUA NA BOCA. APROVEITE PARA PREPARAR TAMBÉM O MOLHO DE TOMATE
POLVILHE TAMBÉM COM NOZES OU CASTANHAS PICADAS
FOTOS FÉLIX ZUCCO
MASSAS COM RECHEIO
para o dia a dia
TRIÂNGULOS DE RICOTA
4 porções
para o dia a dia
MASSA CASEIRA 4 porções ● ●
400g de farinha de trigo 4 ovos
MOLHO DE TOMATE ● ● ●
1. Em uma tigela, coloque a farinha e faça um buraco no centro. 2. Adicione os ovos levemente batidos. 3. Com a ponta dos dedos, vá misturando os ovos à farinha, de dentro para fora, até que esteja tudo incorporado. 4. Sove a massa até que fique bem homogênea e não grude nas mãos. 5. Faça uma bola, cubra com papel-filme e reserve por cerca de 20min. 6. Passe a massa pela máquina até que fique bem fina ou abra com o rolo. 7. Corte no formato desejado.
400g de massa fresca ● molho de tomate ● queijo parmesão ralado ●
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azeite de oliva 1/2 cebola picada 4 dentes de alho picados 4 tomates picados 1 lata de tomate pelado 1 pitada de açúcar sal e pimenta-do-reino orégano
● ●
Recheio 200g de ricota 100g de cream cheese ● salsa ● cebolinha ● sal
1. Aqueça o azeite de oliva e refogue a cebola e o alho. 2. Junte o tomate pelado e amasse até que se desmanche. 3. Adicione o tomate picado e o açúcar. 4. Acrescente um pouco de água e deixe cozinhar. 5. Tempere com sal, pimenta e orégano.
ZERO HORA | GASTRÔ POR DESTEMPERADOS | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
1. Para o recheio, amasse a ricota com um garfo. 2. Junte o cream cheese e misture. 3. Tempere com sal, salsa e cebolinha. 4. Abra a massa bem fina e corte em quadrados de cerca de 10cm. 5. Com as pontas dos dedos, molhe as bordas do quadrado com água. 6. Ponha o recheio no meio e una as pontas, formando um triângulo. 7. Com um garfo, pressione todas as bordas, para vedar bem as laterais. 8. Leve bastante água para ferver e tempere com sal, deixando bem salgada. 9. Cozinhe os triângulos até que subam à superfície. 10. Coloque dentro do molho de tomate. 11. Sirva polvilhado com queijo parmesão ralado.
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RECEITAS DA BETE
para o dia a dia SE GOSTAR DE SABOR MAIS INTENSO, JUNTE COGUMELOS SECOS AO RECHEIO
TORTÉI 4 porções ●
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para o dia a dia
CONCHIGLIONE DE COGUMELOS 4 porções
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250g de conchigliones ● molho de tomate
Recheio 300g de cogumelos frescos picados ● 1/2 cebola picada ● 4 dentes de alho picados 3 colheres (sopa) de creme de leite fresco ● azeite de oliva ● tomilho ● sal e pimenta-do-reino
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1. Cozinhe os cochigliones em água fervente com sal por cerca de 8min. 2. Para o recheio, aqueça o azeite de oliva e refogue a cebola e o alho. 3. Junte os cogumelos e refogue até que fiquem macios. 4. Acrescente o creme de leite e os temperos. 5. Recheie os conchigliones com a mistura de cogumelos. 6. Forre o fundo de uma travessa com o molho de tomate. 7. Por cima, disponha os conchigliones recheados. 8. Leve ao forno preaquecido, a 200 graus, por cerca de 20min.
400g de massa fresca
Recheio 200g de abóbora em pedaços ● 1/2 cebola picada ● 2 dentes de alho ● azeite de oliva ● canela em pó ● noz-moscada ● sal e pimenta-do-reino Molho 3 colheres (sopa) de manteiga ● 1/2 cebola picada ● 2 dentes de alho picado ● 10 folhas de sálvia ● sal
1. Para o recheio, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho. 2. Junte a abóbora, mexa, tampe a panela e deixe cozinhar. 3. Se necessário, junte um pouco de água. 4. Quando estiver cozida e sem líquido, amasse e tempere com sal, pimenta, canela e noz-moscada. Reserve. 5. Abra a massa em espessura fina. 6. Corte em círculos de 7cm de diâmetro. 7. Molhe as bordas com água.
para o dia a dia 4 porções
Molho branco ● 2 colheres (sopa) de manteiga ● 2 colheres (sopa) de farinha de trigo ● 2 xícaras de leite ● sal e pimenta-do-reino ● noz-moscada
CONTEÚDO PUBLICITÁRIO PRODUZIDO POR MOÇA® 1. Para o molho branco, aqueça a manteiga. 2. Junte a farinha de trigo e misture. 3. Adicione o leite, mexendo sempre, para não formar grumos. 4. Tempere com sal, pimenta-do-reino e noz moscada. Reserve. 5. Corte as folhas de massa ao meio, no sentido da largura. 6. Ponha sobre cada metade uma fatia de queijo e outra de presunto. 7. Enrole, dando o formato do canelone. 8. Forre o fundo de um refatário com molho de tomate. 9. Disponha os canelones. 10. Cubra com o molho branco. 11. Cubra o refratário com papel-filme. 12. Leve ao forno preaquecido, a 200 graus, por cerca de 25min. 13. Retire e sirva imediatamente.
MOUSSE DE LEITE MOÇA® E PURÊ DE MORANGO Nestesábado,umfood truckdeLeiteMOÇA® estaráestacionadono LargoZumbidosPalmares (Epatur).Das9h às12h, acozinheiraNatalie Machadoiráprepararao vivoumareceitasaborosa deMoussedeLeite MOÇA®comPurêde Morango.Aofinal do cookshow,vocêpoderá degustaressadeliciosa sobremesa.
Ingredientes
O PRESUNTO E O QUEIJO PODEM SER SUBSTITUÍDOS POR RICOTA E ESPINAFRE
Mousse: 3 claras 1/2 (chá) de açúcar 1 envelope de gelatina em pó sem sabor (12g) 1 lata de Leite MOÇA® 1 medida (lata) de leite Purê de morango: 1 e 1/2 (chá) de morangos picados 3 colheres (sopa) de açúcar
Modo de preparo
COZINHA NESTLÉ/LUÍS BARTOLOMEI
1 pacote de massa para lasanha pré-cozida ● 200g de queijo muçarela ● 200g de presunto ● molho de tomate
8. Coloque o recheio no meio, dobre e marque a borda, pressionando com garfo. 9. Cozinhe em água fervente com sal. Escorra. 10. Para o molho, aqueça a manteiga e refogue a cebola e o alho. 11. Junte as folhas de sálvia e tempere com sal. 12. Disponha os tortéis no prato ou travessa e regue com o molho de manteiga e sálvia.
ESPAÇO
CANELONE ESPECIAL ●
O TÓRTEI COMBINA MUITO BEM COM MOLHO DE CARNE DE PANELA
Mousse:Em uma panela,misture as claras e o açúcar e leve ao fogo baixo,mexendo vigorosamente sem parar, por cerca de 3 minutos, tirando a panela do fogo por alguns instantes a cada minuto, continuando a mexer,para não cozinhar.Transfira para uma batedeira e bata por 5 minutos ou até dobrar de volume.Em um recipiente,junte 5 colheres (sopa) de água fria à gelatina e leve ao fogo em banho-maria até dissolver.Em um liquidificador,bata o Leite MOÇA®,o leite e a gelatina dissolvida e reserve.Incorpore as claras em neve ao creme reservado. Misture delicadamente e porcione em taças individuais.Leve à geladeira por cerca de 4 horas. Purê de morango: Em um recipiente, junte os morangos, o açúcar e 3 colheres (sopa) de água gelada. Deixe tomar gosto por alguns minutos. Bata-os no liquidificador até obter um purê. No momento de servir, cubra cada taça com um pouco do purê de morangos e decore a gosto. Rendimento: 12 porções Tempo total de preparo: 20 minutos (+ 4 horas de geladeira)
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FELIPE CARNEIRO
CAPA
SEM OS FERRÕES
MENOS DOCE E MAIS ÚMIDO, O MEL DE ABELHAS NATIVAS AINDA É PRODUZIDO EM BAIXA ESCALA E ESBARRA EM QUESTÕES LEGAIS. MAS CHEFS, PRODUTORES E ORGANIZAÇÕES COMO O INSTITUTO ATÁ LEVANTAM A BANDEIRA EM PROL DO INGREDIENTE BRASILEIRO
TATIANA TAVARES tatiana@destemperados.com.br
O MEL BRASILEIRO tem mil sabores. Produzido por cerca de 200 espécies de abelhas já catalogadas (estima-se que esse número possa chegar a 400), que escolhem flores diversas para polinizar, ele tem um potencial incrível para a gastronomia. Porém, ainda não chega com facilidade nas mãos de chefs e consumidores, porque a legislação não dá conta dele, e a produção é escassa. No atual cenário, agricultores familiares são os responsáveis pela meliponicultura – criação de abelhas sem ferrão –, e a venda é feita localmente. Por isso, o acesso é restrito. Segundo Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e da Embrapa Meio Ambiente, o outro empecilho reside no atraso da legislação, que ainda não reconhece como mel o que é produzido por abelhas sem ferrão – atualmente, para ser considerado mel, é preciso ter até 20% de umidade, e o tipo proveniente das abelhas mansas chega a ter 30% de umidade. – São muitas espécies, por isso ainda estão sendo discutidas as regras dessa legislação – explica Menezes. Diante desta realidade, o Instituto ATÁ, capitaneado pelo chef Alex Atala, criou um projeto que dá conta do mel de abelhas nativas e de toda a cadeia produtiva envolvida. O objetivo é transformá-lo em um produto de fato. Por isso, o ATÁ uniu pequenos produtores, profissionais da cozinha e demais interessados e agora busca a aprovação das leis em torno do tema. – Falta a legislação ressaltar suas especificidades e diferenças em relação ao mel de abelha Apis mellifera (mel produzido em larga escala e amplamente conhecido). Já se avançou bastante no tema, principalmente depois da portaria do Ibama, de 2004, que regulamenta a atividade da meliponicultura. Agora é preciso pensar no produto mel especificamente, quais características esperar dele e como processá-lo e armazeZERO HORA | GASTRÔ POR DESTEMPERADOS | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
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EMBRAPA, DIVULGAÇÃO
CAPA
“QUANDO PENSAMOS NA DIVERSIDADE DE ABELHAS NATIVAS, CADA UMA COM SUA CARACTERÍSTICA DE MEL, CONDICIONADA PELO CLIMA E PELA FLORADA DA REGIÃO, CONCLUÍMOS QUE HÁ UM UNIVERSO MUITO GRANDE DE MEL A SER EXPLORADO.” Bruno Labegalini Zucato, do Instituto ATÁ
ARTESANAL E ORGÂNICO
TIPOS DE ABELHAS APIS MELLIFERA
O mel que consumimos em larga escala no Brasil é produzido pelas abelhas Apis mellifera, trazidas para o nosso país pelos jesuítas. São abelhas com ferrão que produzem um mel doce. Também chamadas de abelhas europeias.
FERNANDA VOLKERLING fernanda@destemperados.com.br
O caminho para chegar até o sítio Flor de Ouro, em Florianópolis (SC), faz jus à exclusividade do mel artesanal e orgânico que é produzido lá. Bem pra dentro do bairro Ratones, na localidade conhecida como Canto do Moreira, chega-se ao local onde são criadas 15 espécies de abelhas indígenas sem ferrão, seis delas com produção comercial. Aninhada em caixas de madeira espalhadas por todo o terreno, cada espécie de abelha produz um mel característico em cor, aroma, sabor e consistência. O SÍTIO FLOR DE OURO agrônomo e meliponicultor Pedro Faria Servidão Caminho da Costa, 111, Ratones Gonçalves, responsável pela criação das contato@flordeouro.com
ABELHAS AFRICANIZADAS
Fruto da cruza das abelhas europeias com as abelhas africanas. É um híbrido que varia de acordo com a região.
ABELHAS NATIVAS
São abelhas nativas brasileiras, sem ferrão. Produzem um mel mais ácido e mais úmido.
SUMIÇO GRADATIVO Não é de hoje que as abelhas estão sumindo. Um documentário lançado em 2013, Mais que Mel, mostrou o fenômeno. Dirigido pelo cineasta suíço Markus Imhoof, o filme levanta o problema e sustenta que o mundo não sobreviverá por muito tempo sem esses insetos. Isso porque dependemos deles para polinizar árvores e flores. Para o pesquisador Cristiano Menezes, o cenário tem piorado ao longo de décadas. Nos EUA e na Europa, o registro desse sumiço é feito de forma mais sistemática, mas ele ocorre no mundo inteiro. Os fatores seriam: uso descuidado de inseticidas, falta de habitats naturais, intenso processo de urbanização, desmatamento e transporte não ideal das colônias de abelhas.
abelhas no sítio Flor de Ouro, conta que ao longo da história a indústria privilegiou a abelha com ferrão porque ela produz até 15 vezes mais mel. Hoje, algumas espécies sem ferrão correm o risco de extinção. – Antes da comercialização do produto, o que fazemos aqui é um serviço socioambiental para ajudar a conservar, multiplicar e repovoar as florestas com essas espécies, que são vitais para o funcionamento do ecossistema – destaca Gonçalves. Atualmente, a difusão e a popularização do mel das abelhas sem ferrão esbarra na lei brasileira, que não atende a este setor da produção meleira. Isso atrasa a expansão da atividade e dificulta o dia a dia do produtor, que, entre outras barreiras, encontra um mercado despreparado, do ponto de vista da legislação, para receber o produto.
FELIPE CARNEIRO
ná-lo até que chegue ao consumidor final. Isso já está se fazendo, ainda que de forma descentralizada, por várias entidades que trabalham o tema pelo país. Carecemos, no entanto, de ações que aglutinem essas pesquisas pulverizadas e as conduzam para a construção de uma diretriz normativa, por parte do governo. Isso é fundamental – contextualiza Bruno Labegalini Zucato, coordenador do Instituto ATÁ. Do ponto de vista gastronômico, Zucato destaca o grande potencial da meliponicultura. Mais fluido e menos doce, com notas florais, frutadas e com uma acidez peculiar, o mel de abelhas nativas é um produto com amplo uso dentro da cozinha, muito maior do que o do mel de Apis mellifera: – Quando pensamos na diversidade de abelhas nativas, cada uma com sua característica de mel, que é condicionada ainda pelo clima e pela florada da região em que foi produzido, concluímos que há um universo muito grande de mel de abelhas nativas a ser explorado. O mercado, interno e externo, receberia o produto com muito interesse, o que geraria desenvolvimento econômico aos produtores e beneficiaria toda a rede socioambiental que envolve o tema. O chef Marcelo Schambeck, do restaurante Del Barbiere, de Porto Alegre, estuda as possibilidades do uso do mel de abelhas nativas na cozinha há cerca de três meses: – Conheci um produtor do Paraná e encomendei um kit com 10 tipos de mel de abelhas sem ferrão. Ele é mais líquido e mais ácido em comparação ao mel que estamos acostumados. Para experimentá-lo, é preciso tirar da memória o sabor do mel comum. Não é nem de longe a mesma coisa. Schambeck conta que prova um dos tipos de mel adquiridos todos os dias, para ir se acostumando e pensando nas aplicações que pode dar a ele: – Cada um deles tem um sabor individual, exótico. É um ingrediente incrível. O desafio é criar formas de usá-lo. Mas pretendo inaugurá-lo publicamente na minha cozinha em uma receita surpresa no jantar de final de ano do Del Barbiere.
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PORTA-COPOS MARCELO FLEURY
UM CAFÉ
UM TINTO
SUSANA BALBO
Café sempre é bom, mas no verão uma nova opção é muito bem recebida: o café gelado. Entre eles, o FREDDO AL LIMONE, do Press, é um dos melhores. Refrescante, saboroso, encorpado e ainda vem com raspas de limão.
CLARICE LONDERO
AMARGAS, MAS NEM TANTO
BEBIDAS DA VEZ
UMA CERVEJA
UM BRANCO
ALGUNS RÓTULOS Confira abaixo alguns rótulos indicados pelo especialista Fabian Ponzi:
TUPINIQUIM POLIMANGO
Produzida em colaboração entre a gaúcha Tupiniquim e a sueca Omnipollo, a Double IPA leva maltes de cevada e trigo, aveia em flocos, farinha de polenta e três variedades de lúpulo cítrico. Tem aroma frutado.
O aroma é o primeiro encanto do ALENTO ROSÉ 2012. Só o perfume ao abrir já vale a experiência. Frutado e fácil de beber, ele também é perfeito para o clima mais quente destes meses.
REPRODUÇÃO
UM ROSÉ
ALENTO, DIVULGAÇÃO
TALVEZ OS BEBEDORES de primeira viagem torçam o nariz para ela, mas o fato é que a India Pale Ale – ou simplesmente IPA, para os íntimos – tem arrecadado milhares de fãs Brasil afora, a exemplo do que já ocorreu alguns anos atrás nos Estados Unidos. Originada na Inglaterra, no século 18, a IPA é caracterizada pelo amargor e pelo teor alcoólico mais alto. Esse estilo carrega elevadas doses de lúpulo, o que atribui à cerveja aromas e sabores mais intensos. O ingrediente, grande destaque da bebida, é o responsável também por conservá-la por mais tempo e, por isso, foi parar no meio da história controversa da cerveja. – Há quem diga que a IPA tenha sido criada para sobreviver às longas viagens da Inglaterra até a Índia. Hoje, porém, a ideia é de que esse estilo já existisse e que foi uma mera coincidência usá-lo em viagens – explica Fabian Ponzi, especialista em cerveja e responsável pelo blog Bebendo Bem. Derivada das Ale, cervejas que utilizam fermentação em temperaturas mais altas, a IPA tornou-se uma grife artesanal e consta no portfólio da maioria das cervejarias. O estilo caiu no gosto do público e, atualmente, conta com dezenas de variações. – Essa popularização foi uma espécie de resposta do público cervejeiro às cervejas comuns, que não se caracterizam pelo amargor, diferentemente das IPA. Além disso, é uma bebida relativamente fácil de produzir e conta com o lúpulo para esconder quaisquer defeitos que a cerveja possa apresentar – conta Fabian. Refrescante, encorparda e de coloração mais escura, as IPA harmonizam principalmente com comidas picantes, pois o amargor quebra um pouco a pimenta presente nos pratos. A dica de Fabian é combinar a cerveja com queijos, principalmente gorgonzola.
PERRO LIBRE
JULIANA PALMA juliana@destemperados.com.br
American Pale Ale é a versão americana da Pale Ale inglesa. Normalmente, é mais clara, um pouco dourada. Baixo teor alcólico e aroma e sabor remetem a frutas cítricas provenientes do lúpulo americano. A gaúcha PERRO LIBRE – HOPPIN HOOD é um belo exemplar.
FÉLIX ZUCCO
Primeiro Chardonnay da Bodega Sossego tem lançamento nesta semana. O CAMPAÑA CHARDONNAY 2014 chega como um brinde ao verão, perfeito para os dias mais quentes.
O SUSANA BALBO GRAN RESERVA CABERNET SAUVIGNON 2012 tem um corte de cabernet sauvignon (95%) e malbec (5%) e surpreende pelo seu sabor de frutas maduras. Intenso, perfeito para harmonização com carnes.
UM APP
Ele não é nenhuma novidade, mas cada vez mais angaria adeptos. Pelo app VIVINO, é possível compartilhar impressões sobre vinhos experimentados. Ótimo para auxiliar na busca por um rótulo diferente para provar.
ESPAÇO NESTLÉ CONTEÚDO PUBLICITÁRIO PRODUZIDO POR NESTLÉ
UMA EXPERIÊNCIA PARA QUEM GOSTA DE UM BOM CHOCOLATE
DADO BIER IPA Composta por um blend de três lúpulos americanos, a cerveja tem amargor acentuado, característico do estilo. No aroma, notas frutadas e cítricas, que lembram maracujá.
SEASONS GREEN COW Inspirada nas versões americanas de IPA, tem coloração acobreada e é levemente turva. Seus aromas são cítricos, herbais e apimentados. De corpo leve, é uma cerveja seca. Tem alto drinkability, ou seja, é fácil de beber.
BREWDOG PUNK IPA O aroma, rico e fresco, é dominado por lúpulos cítricos e frutados, de origem norte-americana. No paladar, é leve e refrescante, com final amargo e seco.
CONTÉM GLÚTEN
Loucos por chocolate sabem reconhecer um bom produto. E é aí que entra o Nestlé Classic, que agora é feito com mais leite e está deliciosamente mais cremoso. A experiência de saborear um Nestlé Classic começa no ritual de abrir a embalagem e segue conforme o delicioso sabor toma conta. Comer um pedacinho de
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chocolate depois do almoço é um dos grandes prazeres do dia para muitas pessoas. Para outras, bom mesmo é saborear um Nestlé Classic assistindo a um filme, à noite, no sofá. A verdade é que existem vários bons momentos para um chocolate com o sabor do Nestlé Classic. Você nunca sabe quando precisará de um pedacinho para saborear.
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EXPERIÊNCIA GASTRONÔMICA
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BRIGADEIROS DE BABAR
FOTOS FÉLIX ZUCCO
HOT LIST
TEM QUEM CHAME de brigadeiro, tem quem chame de negrinho. O fato é que o doce popularizou-se na época em que o Brigadeiro Eduardo Gomes servia-o nas festas da campanha para as eleições presidenciais de 1945. A partir daí, as comemorações de aniversário nunca mais foram as mesmas. Até que, em 2007, Juliana Motter deu vida ao brigadeiro gourmet e criou o primeiro atelier do país especializado no doce – o Maria Brigadeiro, em São Paulo. O que se seguiu foi uma onda de lojas que passaram a se dedicar exclusivamente ao brigadeiro. Confira algumas dicas de lugares para experimentar deliciosos brigadeiros gourmet em Porto Alegre. BRIG’S ATELIER DE BRIGADEIRO
Em funcionamento desde 2009, a Brig’s é a primeira brigaderia do Rio Grande do Sul, com duas lojas na Capital. Os 37 sabores do início se transformaram em 110, com destaque para os sabores tradicional, ninho com nutella, paçoquinha e cheesecake de frutas vermelhas. O cardápio atual conta inclusive com sabores sem lactose, sem glúten, diet e de whey protein. Para 2015, a loja contará com novidades, além de inaugurar uma terceira loja.
CHIC BRIGADEIRO
São mais de 30 sabores que enlouquecem tanto quem aparece na loja para experimentar por lá, quanto quem encomenda para saborear em festas. Como não poderia deixar de ser, os sabores belga ao leite e chocolate amargo são os que fazem a cabeça dos clientes. O Brigadeiro do Bem, feito com cacau orgânico e amêndoa de cacau torrada, também é um sucesso. O cardápio da brigadeira conta ainda com sabores como champanhe e morango, amarula com amêndoas carameladas, chocolate com morango e pimenta, pistache e nutella. Como se não bastasse, conta com um projeto para festas infantis: oficinas de brigadeiro em que os convidados podem produzir, enrolar e passar no granulado, para depois degustar. Diversão garantida!
Rua Anita Garibaldi, 1.743 – loja 2 Fone: (51) 3907-0077 www.brigsatelierdebrigadeiro.com.br
SAINT CHOCOLAT
Inaugurada há pouco mais de um ano, em uma loja com ares vintage, a Saint Chocolat veio para adoçar quem frequenta o Rio Branco. O sabor que faz mais sucesso é o Mélange, com chocolate 70% cacau e cobertura de chocolate ao leite. Entre os sabores mais diferentes, estão queijo grana, parmesão, banana e capim santo e quindim, feito com chocolate branco, gemas, leite de coco e coco ralado. Rua Dona Laura, 184 – Rio Branco Fone: (51) 3012-5900
Av. Carlos Gomes, 720 – Auxiliadora Fone: (51) 3108-2008 www.chicbrigadeiro.com.br
SUBLIME DELEITE
Quem chega na Sublime Deleite para experimentar um brigadeiro não vai encontrá-lo pronto. Ele será preparado na hora do pedido. A maioria dos brigadeiros oferecidos na loja é elaborada com chocolate belga Barry Callebaut. Além do tradicional, os sabores mais pedidos são o de doce de leite e leite ninho. Rua Padre Chagas, 327 – Moinhos de Vento Fone: (51) 3557-7333 www.sublimedeleite.com.br
NEGRITA
Os brigadeiros de Giuliana Oliveira fazem sucesso na carta de sobremesas do restaurante do marido, Floriano Spiess. Os sabores mais pedidos são o de doce de leite com queijo camembert e amêndoas e o de branquinho com goiabada. Praça Japão, 155 – Boa Vista – Fone: (51) 9915-5362 ZERO HORA | GASTRÔ POR DESTEMPERADOS | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
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EVENTOS FOTOS FÉLIX ZUCCO
AGENDA PICNIC SOLIDÁRIO
Ocorre amanhã a sétima edição do Picnic Solidário, com apoio da Piá e da Rádio Itapema. O evento reunirá bancas de comidinhas, bolos e doces artesanais, bebidas e artesanato. Em caso de chuva, o evento será transferido. Quando: amanhã, das 16h às 21h Onde: Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo (Rua João Alfredo, 582), em Porto Alegre Ingresso: 1kg de alimento não perecível
PELOTAS COMO EU QUERO
Neste final de semana, o projeto Comida de Rua vai estar em Pelotas, participando do Pelotas Como Eu Quero. Estarão lá mostrando sua culinária: Rodrigo Paz, Madre Mia, Chaplin Cozinha para Eventos, Boulangerie e Rods Hot Dogs. Quando: amanhã, das 9h às 20h, e domingo, dia 30, das 9h às 18h Onde: Lobo da Costa (em frente à Praça Coronel Pedro Osório), em Pelotas Ingressos: os pratos tem preço único de R$ 15. Mais informações pelo www. pelotascomoeuquero.com.br
DESTEMPERADOS APRESENTA NOVO PROJETO Na segunda-feira passada, nós, do Destemperados, apresentamos nosso grande projeto para 2015. Na ocasião, os sócios-fundadores Diego Fabris, Diogo Carvalho e Lela Zaniol revelaram o conceito que terá a Casa Destemperados. O espaço gastronômico, que será palco das mais diversas experiências envolvendo comer e beber bem, deve ser inaugurado em março de 2015. O endereço? Rua Marquês do Herval, 82, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O evento contou com comidinhas ao ar livre, food truck, além de um astral pra lá de bacana, e teve a presença de clientes, agências de propaganda e parceiros. Aguardem novidades!
FOTOS TATIANA TAVARES
GUATAMBU LANÇA NOVOS RÓTULOS EM ALMOÇO A Guatambu – Estância do Vinho lançou, em almoço na quarta-feira passada, dois novos rótulos: Luar do Pampa Gewürztraminer e Luar do Pampa Chardonnay. Brancos, são perfeitos para as estações mais quentes. Com cardápio assinado por Biba Retamozo, o evento foi realizado na Vinho e Arte, em Porto Alegre. Os dois vinhos têm edições limitadas – menos de 2 mil garrafas cada um – e são exemplos da alta qualidade que os vinhos da Campanha Gaúcha têm demonstrado nos últimos anos. A versão com a uva Gewürztraminer tem um aroma floral e intenso, e o Chardonnay, grande estrela do ano para a vinícola, é muito macio e frutado no paladar.
O tema do Almoço Clio que ocorre na próxima quarta-feira é o século 19 europeu. A professora Dra. Paulina Nólibos apresenta o assunto. O almoço será assinado pelos Leonardo Magni e Liliana Andriola, da Mandarinier. Quando: 3/12, às 12h20min Onde: Studio Clio (Rua José do Patrocínio, 698, bairro Cidade Baixa), em Porto Alegre Ingressos: (51) 3254-7200, no valor de R$ 80 (almoço e palestra) ou R$ 40 (apenas palestra). Mais informações pelo www. studioclio.com.br
BEER WEEKEND
No próximo final de semana, ocorre a última edição do ano do Beer Weekend no Parador Casa da Montanha. O evento, que conta com a parceria da Have a Nice Beer, tem uma programação com degustação e avaliação de bebidas, jantares e almoços. Quando: de 5 a 7/12 Onde: Parador Casa da Montanha, em Cambará do Sul Inscrições: (54) 3295-7575 e reservas@ casadamontanha.com.br ZERO HORA | GASTRÔ POR DESTEMPERADOS | SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2014
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TCHÊMAKI POR QUE IR: Foi escolhido como o melhor temaki de Porto Alegre pelo Prêmio Revista Sabores do Sul 2014. Aproveite que a partir desta semana o cardápio traz receitas diferentes. O QUE PEDIR: Entre as novidades, prove o carpaccio de lula ou de salmão, perfeito para aperitivo. Depois, não deixe de pedir os temakis, como o Chimango, com salmão cru e skin.
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