Catálogo Ivan Serpa

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apresenta

D A S É R I E O L H A R

de

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I D E A L I Z AÇ ÃO : C U R A D O R I A

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Pintura nº 155, 1959, óleo sobre tela, 73 x 92 cm, coleção particular

Realização

Patrocínio


A CAIXA é uma das principais patrocinadoras da cultura brasileira, e destina, anualmente, mais de R$ 60 milhões de seu orçamento para patrocínio a projetos culturais em seus espaços, com o foco atualmente voltado para exposições de artes visuais, peças de teatro, espetáculos de dança, shows musicais, festivais de teatro e dança em todo o território nacional, e artesanato brasileiro. Os projetos patrocinados são selecionados através de edital aberto à participação de produtores e artistas de todo o país, assim a CAIXA busca incentivar a participação de diferentes manifestações culturais de forma transparente e democrática. A exposição “Olhar de artista: Adriano de Aquino lê Ivan Serpa” aproxima duas figuras de referência para a história da arte brasileira. Além de pintor, Ivan Serpa produziu colagens em papel, desenhos, guaches, híbridos de formas abstratas e figurativas. Nascido em 1923 e falecido em 1973, foi mestre de artistas de renome. Suas aulas se desdobravam em intensos debates sobre os limites do campo artístico e suas possíveis transposições. O pintor Adriano de Aquino nasceu mais de 20 anos depois de Serpa, em 1946, mas compartilhou com ele muitas das inquietações que conduziam o ambiente artístico na década de 60, quando começou a produzir. Em 1973, partiu para uma temporada em Paris, retornando em 1976. Cada um à sua maneira, Serpa e Aquino são reconhecidos por sua forte sensibilidade crítica. Contribuíram para levantar questionamentos sobre a história e a função da arte no Brasil através de sua obra, de debates consistentes e de ações propositivas. Desta maneira, a CAIXA contribui para promover e difundir a cultura nacional e retribui à sociedade brasileira a confiança e o apoio recebidos ao longo de seus 152 anos de atuação no país, e de efetiva parceria no desenvolvimento das nossas cidades. Para a CAIXA, a vida pede mais que um banco. Pede investimento e participação efetiva no presente, compromisso com o futuro do país, e criatividade para conquistar os melhores resultados para o povo brasileiro. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Sem título, 1967, datilografia, guache e nanquim sobre papel, 27 x 20 cm, coleção particular

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AMANDA BONAN LIA BARON NARA REIS COLETIVA PROJETOS CULTURAIS

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A R T I S T A

A estreia da série “Olhar de artista” é uma homenagem aos 90 anos de nascimento de Ivan Serpa (1923), que se completam neste mesmo mês de abril de 2013 em que se cumprem 40 anos de sua morte (1973). Através dos mais de cem trabalhos pinçados para a mostra, a trajetória desse artista irrequieto e plural é lida pelo olhar de Adriano de Aquino, também artista, também questionador do estatuto e da função da arte. A leitura de Aquino sobre a obra de Serpa pontua a primeira edição da série que convida artistas brasileiros para realizarem curadorias de exposições individuais de outros artistas, sejam eles contemporâneos ou não. Em “Olhar de artista”, a função conceitual tradicionalmente consagrada aos curadores é deslocada, privilegiando a produção crítica daqueles que praticam as artes visuais e, ao mesmo tempo, refletem sobre ela. De maneira geral, cabe a um curador promover um tipo específico de aproximação entre obras, artistas e público. Trata-se de configurar um campo perceptivo, estabelecer uma visão a respeito de uma trajetória, dar a ver tensões, identificar e explorar problemas que perpassem a prática da arte. Mas o que pode acontecer quando um artista, deslocado da função de expositor, é convidado a atuar como curador? De que maneira a sua sensibilidade artística é levada em conta na montagem desse campo? O que ela altera no resultado curatorial? Será que ela pode promover um balanceamento diferenciado entre o discursivo, o historiográfico e o poético? É possível que ela venha de alguma maneira introduzir uma sutileza ou uma finura no regime institucional e burocrático? A série “Olhar de artista” abre caminho a essas questões, na esperança de criar um território favorável à experimentação de formas inéditas e talvez mais abertas de entender a arte. O projeto reforça o caráter dialogal do campo artístico e os movimentos transversais que permitem o seu desenvolvimento.

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ADRIANO DE AQUINO

“Tudo o que se pensa ou é afeto ou aversão.” (Robert Musil)

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Logo que convidado para participar da série Olhar de Artista, pedi à equipe da Coletiva que levantasse um inventário da obra do Ivan Serpa. Passando pelas páginas desse relatório, fui pouco a pouco contemplando os desenhos, pinturas e objetos, categorias nas quais o artista transitou com desenvoltura e produziu em abundância, mantendo em todas as frentes o nível de excelência. À medida que folheava, rememorava obras que em alguma ocasião eu havia visto - em alguma exposição, nas casas das pessoas conhecidas, nos museus ou em catálogos e livros. Num dado momento, me deparei com uma anotação que me pareceu inusitada. Explico: todos que têm o hábito de folhear livros de arte sabem que as informações técnicas são registros complementares importantes. Ainda que esses registros descrevam os meios, as dimensões e os materiais usados na realização da obra, eles não traduzem os aspectos sutis inerentes à sua complexidade. Essa troca segue um padrão que permite aos leitores navegar entre imagens e dados complementares e deles tirar, de acordo com a intenção de cada um, elementos para reflexão. Dizia então ter me deparado com a reprodução de um quadro da “Série Geomântica” que, em catálogo, ganhou a descrição: “(INACABADO) - Técnica: óleo sobre tela - Dimensões: 200 x 138 cm - Data: 1973”. Ocorreu-me uma sensação singular. Não sei por que razão, a palavra “(INACABADO)” fechada entre parênteses me motivou uma interferência abrupta, mudando o curso dos meus devaneios. Esse corte, digamos assim, me remeteu de imediato a uma passagem em que Lewis Carrol expressou as dúvidas de Alice diante do enigma do ser e, por conseguinte, das suas relações com as coisas do mundo: ”Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei essa manhã? Tenho uma ligeira lembrança de que me senti um bocadinho diferente. Mas, se não sou a mesma, a próxima pergunta é: afinal de contas quem eu sou? Ah, este é o grande enigma!” Ora! Questionei-me: por que surgiu essa passagem secreta que esconde em seu labirinto o enigma do que somos nas cercanias do inacabado? Num flash percebi que somos inacabados. Aceitei de bom grado a sacada intuitiva de ceder à tentação de trilhar o caminho proposto por Alice, colocando para o leitor as minhas conjecturas sobre o mistério que envolve a criação. Aqui, uma alusão ao enigma de Mona Lisa surge como um contraponto ao que entendemos no âmbito da arte como obra acabada. Essa condição de acabado abarca somente a aparência da obra enquanto objeto sensível sujeito a interpretações variáveis. Leonardo da Vinci influenciou seu tempo e as gerações posteriores com suas poucas obras que, inacabadas ou não, foram copiadas e estudadas ao longo dos séculos. Para além do sorriso enigmático, das proporções inusitadas para época e de outros saberes nela contidos, o que apreendemos com a Mona Lisa é que inexiste obra acabada. Assim como, na criação, um ponto de partida não prevê necessariamente um ponto de chegada, há um dado momento em que um pensamento, uma obra ou uma ação, no estado em que são deixados pelo autor, se integram ao mundo real. Nesse sentido,

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inacabada é a condição categórica de toda obra de arte que se ajusta no real, quer dizer, se fixa no mundo das coisas aparentemente prontas, pretensamente definitivas e preservadas pelas sucessivas gerações. Até mesmo as ações estéticas pautadas na volatilidade das coisas e carregadas de substâncias efêmeras que, em tese, se dissolveriam no ar após sua concepção, guardam secretamente a intenção de seus autores de serem inseridas no conjunto da cultura e perpetuadas na história da arte. O paradoxo de grande parte da produção contemporânea, que por um lado subestima a tradição e por outro exalta as instituições convencionais que lhes dão visibilidade, se acentua no imperativo de que o acabamento artístico, hoje consagrador de uma obra de arte, pode ser aplicado para qualquer expressão trivial. A construção de nós mesmos é uma tarefa intensa, até certo ponto ilusória e sempre inacabada. Ela se releva, sobretudo, na aspiração pela completude que repousa no pacto imperecível com o nosso tempo e para além dele. Esse nos fazer é inerente ao processo criativo, que por natureza é alheio às certezas que coabitam o mundo das coisas e das finalidades. Ele acontece na sequência infindável da experiência que, como um moto-contínuo, jamais se completa. Inacabada, portanto, não é apenas a pintura da “Série Geomântica”, mas toda a obra do Serpa, assim como tudo que nos cerca, e também todos nós. Distanciando-nos do enigma da Alice e tomando o atalho de retorno ao mundo das coisas e das causas, nos deparamos com o “lugar da arte”, em que a necessidade de posicionar itens artísticos na hierarquia cultural tende a classificar uma obra como um produto acabado, ajustado aos códigos dominantes que o tornam, em síntese, merecedor da consagração social. Para que isso funcione bem, é necessário ordenar um sistema que alinhe os produtos prontos, encerrados em códigos e sujeitos aos caprichos do gosto, do dinheiro e das tendências do mercado. Conheci Serpa por ocasião da exposição “Opinião 65”. Desde aquela época meu olhar sobre a sua obra é movido pelo afeto. A qualidade e a diversidade da sua produção despertaram em mim questões profícuas que pulsam como reflexões instigantes até os dias atuais. Se nos corredores do Bloco Escola e na cantina do MAM alguns “exegetas” não se fixavam na diversificação de estilos em um só artista, eu confessava meu encanto por essa característica singular do Serpa. Naquela ocasião eu enxergava o arco da sua investigação estética como um ataque contra as fronteiras impostas à criação. Essa admiração me levou desde então a estimar a dúvida, acima da certeza, como a mais produtiva via para o conhecimento. Talento, inquietação, liberdade e coragem são valores fundamentais para um artista. Hoje, com a decadência da crítica, com o triunfo da crendice e do deslumbramento generalizado pelos mitos consagrados pela mídia e pelo mercado, esses valores tendem a parecer estranhos, coisas do passado distante. Parecem superados pelo poder afirmativo Série Geomântica (inacabado), 1973, óleo sobre tela, 200 x 138 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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das curadorias globalizadas, pelas técnicas do marketing cultural, pelas estratégias institucionais, pela submissão à centralidade da economia e outros itens que consolidam a cultura do imediatismo e da banalidade. É bom ressaltar que a adolescência da minha geração se via no meio do fogo cruzado dos combates ideológicos, tanto no campo político como nos âmbitos artístico e cultural. Para os jovens artistas de então, criticar, investir contra o modernismo oficializado e se bater contra a arte consagrada eram coisas que fazíamos com orgulho, satisfação e estilo. Não era preciso ser muito incisivo para contestar publicamente o oficialato cultural – a mídia da época cultuava as polêmicas estético-culturais, dando-lhes alguma visibilidade. Mas, não era nas paragens da comunicação, como hoje observamos acontecer, que ocorriam os embates mais estimulantes. Ainda estavam frescos na memória dos artistas os cortes da vanguarda precedente; eles ecoavam alto na minha geração. Os choques estéticos entre as correntes do expressionismo e as vertentes do construtivismo brasileiro, só para citar um exemplo, tinham nos legado um acervo de obras, discursos, teorias e manifestos. Esse confronto acalorado gerava as ideias mais instigantes. E era ali, nesse caldeirão de contradições, que os jovens artistas gostavam de meter a colher. Afinal, os jovens são sempre recrutados para a frente de combate. Naquela idade você não tivesse muita clareza do lado em que iria combater, era bom que se decidisse rápido, ou correria o risco de ser jogado numa trincheira da qual levaria uma vida inteira tentando escapar. Bem, lá estava eu, em 1965, aos 19 anos, participando da exposição “Opinião 65” ao lado de Ivan Serpa, juntamente com artistas promissores e outros de carreira já consolidada. Por motivos específicos e certamente movido por sua liberdade de ir e vir, Serpa criou em torno de si uma espécie de enigma: transitava com talento e competência pelas variantes estéticas em flagrante conflito, afirmando, categoricamente, sua poderosa força criativa frente aos desafios que se propunha. Foi em 1973, durante os preparativos da minha viagem para Paris, onde moraria por alguns anos, que recebi com tristeza a notícia da sua morte. Hoje, passados 40 anos, folheando as páginas dessa espécie de inventário, ponto de partida do meu olhar sobre a obra do Serpa, me sobrevém a segunda parte da pergunta de Alice: “Afinal de contas quem eu sou? Ah, este é o grande enigma!”. Um enigma que, entre outras coisas, me adverte: eu sou muitos!

Amantes, 1965, aquarela e esferográfica sobre cartão, 28 x 22,5 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Sem título (inacabado), c. 1973, óleo sobre tela, 30 x 30 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Sem título (inacabado), c. 1973, óleo sobre tela, 30 x 30 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Folha de rosto com grande assinatura, déc. 1950, capa desenhada com desenho original recortado e aplicado, 22 x 25 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

Sem título (inacabado), c. 1973, óleo sobre tela, 30 x 30 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Sem título, déc. 1960, técnica mista sobre impresso, 10 x 16 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Sem título, 1966, intervenção a nanquim e aquarela sobre impresso, 16,5 x 20,5 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Sem título, 1966, técnica mista sobre impresso, 16 x 21 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

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Antiletras, déc. 70, nanquim sobre cartão, 13 x 19 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Antiletras, déc. 70, nanquim sobre cartão, 10 x 15 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Antiletras, 1969, intervenção a nanquim sobre papel, 19 x 19 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ Antiletras, déc. 70, nanquim sobre cartão, 10 x 16 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

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Sem título, 1964, intervenção a nanquim sobre impresso, 11,5 x 16 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Sem título, 1965, técnica mista sobre impresso, 16 x 20 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

Sem título, 1965, técnica mista sobre impresso, 16 x 20 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

Sem título, 1966, nanquim sobre impresso, 23 x 28 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

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Anóbios, 1967, aquarela e nanquim sobre papel, 31 x 22 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Anóbios com letras, 1962, guache, nanquim e esferográfica sobre cartão, 56 x 38 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Peixe negro, 1949, óleo sobre madeira, 19 x 24 cm, Coleção Família Serpa, RJ 24

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Sem título, 1946, óleo sobre tela, 19 x 25 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Natureza Morta, 1950, nanquim sobre papel, 23 x 31 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Natureza morta, déc. 1940, óleo sobre madeira, 40 x 30 cm, Coleção Lêo Pedrosa, RJ

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Natureza Morta, 1950, aquarela e nanquim sobre papel, 20 x 29 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Sem título, 1950, aquarela e esferográfica sobre papel, 28,3 x 20 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Paisagem de Água Limpa MG, 1946, esferográfica e nanquim sobre papel, 20 x 15 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Sem título, 1950, aquarela e esferográfica sobre papel, 28,3 x 21 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Fazenda, 1949, aquarela e caneta sobre papel, 30 x 22 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Árvores, 1949, aquarela e caneta sobre papel, 30 x 21 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Sem título, 1953, guache sobre papel, 30 x 23 cm, Coleção Márcia e Luiz Chrysóstomo, RJ

Sem título, 1953, técnica mista sobre cartão, 30 x 23 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ Natureza Morta, 1947, nanquim e aquarela sobre cartão, 28,5 x 20 cm, Coleção Família Serpa, RJ 30

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Sem título, 1961, técnica mista sobre papel, 31 x 21 cm (cada), Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

Sem título, 1961, têmpera e óleo sobre tela, 35 x 53 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Sem título, 1959, guache sobre cartão, 20 x 15 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

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Sem título, 1970, serigrafia, 50 x 50 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Sem título, 1969, serigrafia, 50 x 50 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Sem título, 1970, serigrafia, 50 x 50 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Sem título, 1953, guache, colagem e nanquim sobre papel, 24 x 17 cm, Coleção Jones Bergamin, RJ

Sem título, 1953, guache, colagem e nanquim sobre papel, 24 x 17 cm, Coleção Jones Bergamin, RJ

Sem título, 1953, guache, colagem e nanquim sobre papel, 24 x 17 cm, Coleção Jones Bergamin, RJ

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Sem título, 1957, guache sobre cartão, 35 x 35 cm, coleção particular, RJ

Sem título, 1957, óleo sobre tela, 50 x 66 cm, Coleção João Sattamini, comodante Museu de Arte Contemporânea de Niterói

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Livro, c. 1960, serigrafia sobre papel desdobrável em 32 páginas (Edição de Enric Tormo, Barcelona, Espanha), Coleção Luiz Sève, RJ


Sem título, 1956, guache sobre papel, 28 x 38 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Sem título, 1952, guache sobre papel, 28 x 14 cm, Coleção Márcia e Luiz Chrysóstomo, RJ

Sem título, 1956, guache sobre papel, 28 x 38 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

Sem título, 1952, guache sobre papel, 28 x 17 cm, Coleção Márcia e Luiz Chrysóstomo, RJ

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Sem título, 1953, guache e nanquim sobre cartão, 12 x 16,5 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

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Série Geomântica, 1972, óleo sobre tela, 200 x 138 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Série Geomântica, 1972, óleo sobre tela, 202 x 136 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Série Bichos, 1970, nanquim sobre papel, 23,5 x 17,6 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série bichos, 1972, intervenção de nanquim e aquarela sobre cartão postal erótico, 14 x 9 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série Bichos, 1970, caneta esferográfica sobre papel, 21 x 21,5 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Bichos, 1963, aguada de nanquim e aquarela sobre cartão, 26 x 21 cm, Coleção Família Serpa, RJ 50

Série Bichos, 1970, caneta esferográfica sobre papel, 19 x 24,5 cm, Coleção Família Serpa, RJ 51


Aline, aquarela e nanquim sobre cartão, 32,5 x 23,5 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série Bichos, 1963, óleo sobre tela, 125 x 155 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

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Série Mulher e Bichos, 1972, aquarela e esferográfica sobre cartão, 30 x 20 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Série Figuras e Letras, 1965, técnica mista sobre papel, 64 x 49 cm, Coleção Ronie Mesquita Galeria, RJ

A Fuga, 1965, técnica mista sobre papel, 64 x 49 cm, Coleção Edgard Azevedo, RJ

Boa, 1965, óleo sobre tela, 120 x 100 cm, Coleção Jones Bergamin, RJ

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Série Mulher e Bichos, 1965, intervenção esferográfica sobre impresso, 20,5 x 13 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série Mulher e Bichos (Antonio Manuel, Lygia Pape e Ivan Serpa), 1972, carimbo, nanquim e esferográfica sobre cartão, 32 x 24 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série Mulher e Bichos, 1965, óleo sobre tela, 100 x 80 cm, Coleção Jones Bergamin, RJ

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Série Mulher e Bichos (Antonio Manuel, Lygia Pape e Ivan Serpa), 1972, carimbo, nanquim e esferográfica sobre cartão, 32 x 24 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Série Mulher e Bichos, c. 1972, caneta esferográfica sobre cartão, 35 x 25 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Série Mulher e Bichos, c. 1972, caneta esferográfica sobre cartão, 38,8 x 29,8 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série Mulher e Bichos, c. 1972, caneta esferográfica sobre cartão, 35 x 25 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Série Mulher e Bichos, c. 1972, caneta esferográfica sobre cartão, 27 x 38,8 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Fase Negra, 1964, guache sobre cartão, 27 x 22 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Fase Negra, 1964, guache sobre cartão, 27 x 22 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Fase Negra, 1964, guache sobre cartão, 27 x 22 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Cabeça, 1964, têmpera e óleo sobre tela, 200 x 180 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Fase Negra, óleo sobre tela, 160 x 130 cm, Coleção Gustavo Rebello Arte, RJ

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Cabeça, 1964, nanquim sobre papel, 63 x 49 cm, Coleção Márcia e Luiz Chrysóstomo, RJ

Fase Negra, 1963, nanquim e guache sobre papel, 16 x 12,5 cm, Coleção Família Serpa, RJ

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Op-erótica, 1970, nanquim sobre papel, 100 x 70 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Op-erótica, 1968, nanquim sobre papel, 56 x 38 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Op-erótica, 1968, colagem e técnica mista sobre cartão, 46 x 34 cm, Coleção Família Serpa, RJ

Che Guevara, 1968, serigrafia, aquarela e nanquim sobre papel, 56 x 38 cm, Coleção Márcia e Luiz Chrysóstomo, RJ

Op-erótica, c 1970, acrílica, guache, nanquim sobre papel, 100 x 70 cm, Coleção Márcia e Luiz Chrysóstomo, RJ

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P R I N C I P A I S

E X P O S I Ç Õ E S

1951 “Ivan Serpa – pinturas e desenhos”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro (primeira exposição individual) “Ivan Serpa”, Museu de Arte Moderna de Resende, Rio de Janeiro “I Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão do Parque Trianon, atual MASP, São Paulo

M A I S

S O B R E

S E R P A

1952 “26ª Bienal de Veneza” 1953 “II Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Manuel da Nóbrega, Ibirapuera, São Paulo 1954 “27ª Bienal de Veneza” “I Exposição do Grupo Frente”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro “Ivan Serpa – collage and paitings”, Galeria Pan-American Union, Washington D. C. 1955 “II Mostra Coletiva do Grupo Frente”, MAM, Rio de Janeiro “III Bienal Hispano-Americana de Arte”, Barcelona “III Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Manuel da Nóbrega, Ibirapuera, São Paulo 1956 “I Exposição Nacional de Arte Concreta”, MAM, São Paulo 1957 Individual de colagens da Galeria Tenreiro, Rio de Janeiro “IV Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Ibirapuera, São Paulo 1958 Exposição de guaches no Museu de Arte Contemporânea de Madri 1959 “I Exposição de Arte Neoconcreta do MAM”, Rio de Janeiro 1960 “I Bienal de Zurique” 1961 “Ivan Serpa. Pintura”, MAM, Rio de Janeiro “VI Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Ibirapuera, São Paulo

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1962 “31ª Bienal de Veneza” “I Bienal Americana de Arte”, Museo Provincial de Bellas Artes, Córdoba / Museo de Arte Moderno, Buenos Aires 1963 “VII Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Ibirapuera, São Paulo 1964 “Ivan Serpa – Desenhos”, Galeria Barcinsky, Rio de Janeiro Individual na Galeria Tenreiro, Rio de Janeiro “32ª Bienal de Veneza” 1965 “Retrospectiva Ivan Serpa”, MAM, Rio de Janeiro Individual no Museu de Arte de Belo Horizonte “Opinião 65”, MAM, Rio de Janeiro Individual na Galeria Stiebel, Paris “VIII Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Ibirapuera, São Paulo 1966 “Artistas brasileños contemporáneos”, Museo de Arte Moderno, Buenos Aires “Brasilianische Kunst Heute”, Beethovenhalle, Bonn “I Bienal Nacional de Artes Plásticas”, Sala Especial, Salvador “Opinião 66”, MAM, Rio de Janeiro “III Bienal Americana de Arte”, Córdoba e Buenos Aires 1967 “Nova objetividade brasileira”, MAM, Rio de Janeiro 1968 “Ivan Serpa pinturas”, Galeria Bonino, Rio de Janeiro “I Feira de Arte no MAM”, Rio de Janeiro 1970 “Power bequest exhibition – 1970”, Watter Gallery, Sydney 1971 “Ivan Serpa. Desenhos 1946/1971”, retrospectiva comemorativa dos 25 anos de carreira do artista, MAM, Rio de Janeiro 1972 Mostra de artes plásticas na Fundação Bertrand Russel, Londres “Ivan Serpa, Lygia Pape, Antonio Manuel”, Grupo B, Rio de Janeiro

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E X P O S I Ç Õ E S

P Ó S T U M A S

1974 “Retrospectiva Ivan Serpa”, MAM, Rio de Janeiro 1979 “15ª Bienal Internacional de São Paulo”, Pavilhão Armando Arruda Pereira, São Paulo 1985 “18ª Bienal Internacional de São Paulo”, Fundação Bienal, São Paulo 1989 “20ª Bienal Internacional de São Paulo”, Fundação Bienal, São Paulo 1993 “Ivan Serpa. Retrospectiva (1947-1973)”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro 2004 “Ivan Serpa”, Paço Imperial, Rio de Janeiro 2012 “Ivan Serpa: Pioneering Abstraction in Brazil”, Dickinson Roundell, Nova York Sem título, 1961, têmpera sobre tela, 130 x 195 cm, Coleção Paula e Jones Bergamin, RJ

I N D I C A Ç Õ E S

B I B L I O G R Á F I C A S

FERREIRA, Hélio Márcio Dias. Ivan Serpa: o “expressionismo abstrato”. Niterói: EDUFF, 1996. Ivan Serpa (catálogo). Rio de Janeiro: MAM, 1965. Texto de José Roberto Teixeira Leite. Ivan Serpa. Desenhos. (catálogo) Retrospectiva comemorativa dos 25 anos de carreira do artista. Rio de Janeiro: MAM, 1971. Texto de Aracy Amaral. Restrospectiva Ivan Serpa. (catálogo) Rio de Janeiro: MAM, 1974. Texto de Roberto Pontual. Ivan Serpa. Retrospectiva (1947-1973). (catálogo) Rio de Janeiro: CCBB, 1993. Texto de Reynaldo Roels Jr. PEDROSA, Mário. Mundo, homem, arte em crise. São Paulo: Perspectiva, 1975.

_ FONTE: Sem título, série Mulher e Bichos, 1965, óleo sobre tela, 100 X 95 cm, Coleção Paula e Jones Bergamin, Rj

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BARCINSKI, Fabiana Werneck; FERREIRA, Hélio Márcio Dias; SIQUEIRA, Vera Beatriz. Ivan Serpa. Rio de Janeiro: Silvia Roesler / Instituto Cultural The Axis / Banco Pactual, 2003.

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D E P O I M E N T O S

“Conheci o Ivan Serpa no meio da rua. Eu estava caminhando com o Almir Mavignier no Centro da cidade e esbarramos casualmente com o Ivan (a quem o Almir já conhecia, mas eu ainda não). Foi engraçado, pois o Ivan exclamou entusiasmado logo que nos viu: “Almir, eu me tornei um artista moderno!!!”. Naquela época o Ivan morava ali perto, num sobrado da Rua Mem de Sá, e desde então nos tornamos amigos. Ainda éramos solteiros e costumávamos frequentar vernissages, as casas uns dos outros e as casas de outros artistas e de críticos de arte, como o Mário Pedrosa. Me lembro bem que quando eu ia à casa do Ivan, ele sempre me mostrava suas obras e perguntava minha opinião. Em geral eu gostava delas e dizia isso a ele. Da primeira vez que não gostei de alguma coisa em um quadro dele, sua reação foi espantosa para mim. Ele rasgou com fúria o trabalho na minha frente. Hoje acho graça daquela reação, mas na época me recordo que daí em diante eu tinha medo de falar qualquer coisa muito negativa sobre suas obras.

“Fui aluna do Serpa entre 1965 e 67, no MAM-RJ. A experiência com ele foi riquíssima em todos os sentidos. Professor rigoroso, informado, sensível, grande artista. Penso que os dois anos em que estivemos juntos valeram por mais de uma década.” (Wanda Pimentel)

Guardo com carinho dois trabalhos que ele me deu de presente, e lembro de também ter dado obras minhas para ele, mas não me recordo quais foram. O fato é que fomos amigos até seu falecimento, e sinto que ele gostava muito de mim, assim como eu gostava muito dele.” (Abraham Palatnik)

Sem título, 1955, guache e nanquim sobre papel, 35 x 35 cm, coleção particular

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Composição, 1970, guache e nanquim sobre papel, 49 x 49 cm, coleção particular

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“Continua essencial a obra de Ivan Serpa. Ivan foi um dos pilares da arte construtiva no Brasil, um pioneiro que estimulou outros grandes artistas e cuja obra permanece na mais plena vigência de seu vigor inaugural. Não fui aluno dele, mas convivemos no MAM-RJ. Estudei ali no início dos anos 70. Ele gostava de conversar comigo, jovem artista curioso, quando ia bisbilhotar sua aula para crianças. Os garotos empilhando os tocos de madeira, pintando os cubos, os triângulos daquela sobra de carpintaria com cores surpreendentes. Colando tudo, realizando as construções mais imaginativas e requintadas, sem interferência de ninguém, em total liberdade. A extensa retrospectiva do seu desenho naquele museu em 1971 foi impressionante, dava conta do grande desenhista que foi.

Logo depois de sua morte, lamentavelmente precoce, a reunião panorâmica da obra de Ivan Serpa em 1974, também no MAM-RJ, teve um efeito irrevogável neste pintor que iniciava sua trajetória. Ali estava toda a inquietação do grande artista, sua curiosidade experimental que o levava a trabalhar em várias frentes e o assombroso rigor conceitual, formal e técnico. Era a consecução de um projeto poético que passava por muitos caminhos, o expressionismo, o filão fantástico, o erótico e, com brilho especial, o construtivo. Servia-se como que naturalmente das mais diferentes técnicas, da pintura ao desenho, da gravura ao objeto. Aí as grandes arcas de exterior austero, que ao destampá-las surpreendiam com seus labirintos de módulos celulares, pintados de branco imaculado, que se replicavam infinita e vertiginosamente por meio de jogos de espelhos. Nos últimos anos, nas raras exposições em que vemos uma ou outra obra de Serpa, preferem destacar sua “Fase negra”, monstruosa e torturada, ao figurar a época da repressão militar e, de antes dela, o expressionismo de “Bichos”, “Mulher e Bichos” etc. etc. Possivelmente pela grande quantidade de papéis, de aquarelas, nanquins, guaches que produziu. Entretanto, no conjunto, a retrospectiva de 74 confirmava o melhor Ivan Serpa: o artista construtivo. Aquele interessado na ordem justa e inteligível de todas as formas e cores, princípio básico da arte concreta. Mas que também se abria ao ruído da subjetividade, ao tremor e à pulsação da presença do sujeito, a visão de uma maior complexidade ética e simbólica, ancorada na linguagem e fundamental para a arte neoconcreta (“vértice e ruptura”, estreia brasileira na contemporaneidade da arte) e para os seus consequentes desdobramentos posteriores com artistas de outra geração. É bom lembrar que Serpa não participou expressamente do movimento neoconcreto, apesar de toda a sua familiaridade. Dos muitos, este é o melhor Serpa: o que evolui das armadilhas visuais, dos estímulos ópticos lineares para os encontros heterodoxos do verderosa, do verde-azul-ouro-coral em listas concêntricas que se dobram, que se curvam para contrariar a direção do seu ir-e-vir na superfície da tela, como nos conjuntos de pinturas “Amazônica”, “Mangueira” etc. É o do aspecto de craquelê, intencional e controlado, com algum clima espiritual nas “Geomânticas”. É aquele do rastro, da insidiosa roedura da traça no papel: da série “Op-erótica” e de outras tantas séries. Até hoje, a melhor obra de Ivan Serpa sinaliza o que todo artista sabe, ou precisaria saber desde o início, que a forma não é parte exterior da obra, mas antes é o interior. Tal como o poeta com o poema e o músico com a canção, todo pintor sabe que a forma na pintura é a pintura mesma.”

(Ronaldo do Rego Macedo) Sem título, 1955, guache e nanquim sobre papel, 35 x 35 cm, coleção particular

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C R É D I T O S

PRESIDENTA DA REPÚBLICA

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Dilma Vana Rousseff

& MONITORIA Bernardo Domingos de Almeida

MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA

Ana Cristina Coppola

Guido Mantega

Gilson Maia Karla Carvalho

PRESIDENTE DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO

Jorge Fontes Hereda

Daniel Barros Vanderson Nunes

IDEALIZAÇÃO Coletiva Projetos Culturais

MONTAGEM

Amanda Bonan

Alessander Batista de Souza

Lia Baron

Fábio Francisco de Paula

Nara Reis

Renato Cecílio das Dores

COORDENAÇÃO GERAL

SINALIZAÇÃO

Coletiva Projetos Culturais

Ginga Design

CURADORIA

SEGURO

Adriano de Aquino

ACE Seguradora Affinité Corretora

PROJETO EXPOGRÁFICO

de Seguros

Adriano de Aquino Amanda Bonan

TRANSPORTE

Nara Reis

Art Quality Embalagens Especiais

PESQUISA E MAPEAMENTO DAS OBRAS

PATROCÍNIO

Nara Reis

Caixa Econômica Federal

COORDENAÇÃO EDITORIAL

AGRADECIMENTOS

Amanda Bonan

Augusto Stefani

Lia Baron

Chico Fortunato Conrado Mesquita

PRODUÇÃO EXECUTIVA

Guilherme Freitas

Izabel Ferreira

Gustavo Rebello Heraldo Serpa

PROGRAMAÇÃO VISUAL

Jaime Acioli

Catalina Chlapowski

João Satamini Jones Bergamin

ILUMINAÇÃO

Kim Dorea Huallpa

Espaço Luz / Antonio Mendel

Lêo Pedrosa Luiz Chrysóstomo

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Luiz Sève

Lia Baron

MAC Niterói Mariana Filgueiras

FOTOS DO CATÁLOGO

Mariana Monteiro

Jaime Acioli

Monica Ramalho

Ricardo Rutkauska (folha de rosto, à

Osmane Leal

esquerda; texto Caixa Econômica

Ronie Mesquita

Federal, à esquerda; pp. 68-72) FOTOS DE DIVULGAÇÃO Raquel Silva

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