Portfolio final de TH

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Teoria Teoria ee Histรณria Histรณria da da arquitetura arquitetura 55 TH5 TH5

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Universidade Católica de Brasília - UCB Teoria e história da arquitetura 5 - TH5 Professora: Aline Zim Aluna: Amanda Tavares 2/76


Índice: 1 - Perguntas 2 - Forúns 3 - Mapas Conceituais 4 - Resenhas 5 - Seminário Bruno Zevi

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Perguntas


Pergunta 1:

• Como algumas arquiteturas atuais fazem com que a mesma não tenham prestigio e sejam vistas como arte? A arte é algo único é quando começa a ser replicada por meio de réplicas acaba que tornando a obra mais comum, mesmo que sejam copias baratas, isso acontece na arquitetura também, muitas réplicas aparecem, o que não a torna uma obra de arte por ser apenas uma cópia, por exemplo os capiteis gregos e que possuem uma bela composição e harmonia com o todo quando copiados em outro contexto não transmite o mesmo sentimento, nem o mesmo significado. Os elementos que são copiados e replicados, criaram uma arquitetura medíocre. Onde as pessoas acham bonito e copiam, perdeu-se o conceito, a explicação. Podemos projetar um edificio que para muitos será visto como feio, mas temos que ganha-los pelo discurso. Atualmente, existem arquiteturas que são replicadas em vários lugares, como os minha casa minha vida. são edificações padrões. Que se analisarmos não se tem uma preocupação com a implantação de cada um e como será o efeito do edificio no local e o efeito do local no edificio, ou seja, arquitetura medíocre. É uma arquitetura de baixo custo, mas nem por isso ela devia perder seu prestigio. Para mim, a forma que nos desenvolvemos a arquitetura no momento e a forma como os arquitetos são vistos hoje estão diretamente ligados. Um exemplo, é a casa cor, uma exposição de requinte e sofisticação, que demostram através de cenarios o potencial, os novos elementos da arquitetura e os detalhes que o desing de interiores e o arquiteto desenvolvem, porém a casa cor se tornou uma exposição de elite, ou seja, os profissionais transformaram a profissão arquitetura como uma profissão de elite e isso influência diretamente na visão que as pessoas tem atualmente de arquitetura e consequentemente das obras desenvolvidas, principalmente no Brasil.

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Pergunta 2:

• Por que a arquitetura se tornou tão difícil de se definir para aqueles que tem um certo conhecimento do que para aqueles que não possuem? Definir arquitetura acaba sendo bem difícil para nós que estamos em contato direto com ela, porque ela não é delimitada, envolve tantas áreas são tantos caminhos possíveis, mas para os que não atuam na área é simples, trata-se daquele profissional que sabe desenhar e que é responsável por projetar um edifício ou o interior de um edifício deixando o bonito, como se isso fosse fácil, muitas pessoas acabam até por desmerecer, muitas vezes por falta de conhecimento. Geralmente essas pessoas nunca viram como é o processo de formação de um arquiteto e urbanista e não sabe que por traz daquele projeto que parece ser simples tem muito mais envolvido. A arquitetura não é fácil mesmo. Gosto de dizer que a arquitetura não possui uma definição certa, até porque estaria colocando ela dentro de uma caixinha e a arquitetura vai muito além da caixinha. Então como definir arquitetura, gosto de dizer que nunca alguém vai definir errado. Existe uma frase que uso para ajudar a definir “Arquitetura é música congelada”, vejo a arquitetura como uma música que gostamos, ela é capaz de despertar nossos sentimentos penetrando nosso interior em todo lugar que vamos se tem arquitetura, desde a pré-história se tinha arquitetura, os desenhos são só o início de uma grande ideia. Ela não tem fim, é um ciclo sempre passara por mudanças e reparo. Ela é capaz de abrir um leque de oportunidades tão grande, a pessoa tem que olhar além para perceber que não é só pelo desenho ou para deixar bonito é para melhorar a qualidade de vida das pessoas, da cidade, através do urbanismo, do paisagismo, dos patrimônios, das histórias, das sensações, da utilidade, além é claro de muitas outras formas que muitos não sabem que é possível através da cenografia, de um parque, de um videogame e muito mais. Bom, então porque é dificil para nos explicarmos? No meu ponto de vista ela se tornou dificil de explicar justamente pela pressão que a profissão sofre. Existe um ideal de profissional que todos os que entram no curso pensam que será assim, o arquiteto que projeta casinhas e interior. Sendo assim, essa dificuldade muitas das vezes é causada por nos mesmos.

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Foruns

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Foruns: • Fórum 1: A revolução industrial impulsionou o triunfo da burguesia sobre a nobreza, além é claro da quantidade de

oportunidades de emprego que do ponto de vista urbano e demográfico trouxe uma quantidade exorbitante de pessoas para cidade. Criando assim as cidades industriais, com arquiteturas ligadas a produção de oficinas, fábricas, laboratórios, estações ferroviárias. Um dos principais pontos que a revolução trouxe foi a divisão do trabalho, de forma que possibilitou a produção em massa, mesmo trabalhando em condições mínimas, graças aos novos materiais da época. Além disso é dessa classe que irá surgir os novos gostos e tendências culturais, com as exposições universais. Assim a burguesia traz os revivalistas, o ecletismo, o historicismo e o exotismo. O revivalismo trazia o interesse pela história, ou seja, a valorização das tradições, os ecletistas traziam a combinação das influencias de várias épocas e de estilos em uma arquitetura, os historicistas tendiam a valorização dos estilos da época a partir do simbolismo e o exotismo que são os gostos estranhos e misteriosos. A partir deste momento que começam os Neo, como por exemplo o Neogótico. Como o Palácio de Westminster que após ter tido uma parte destruída por fogo, foi reconstruído com as bases do gótico, como elementos decorativos, e a própria arquitetura já atua como diferenciadora das classes. Onde o neogótico utilizado na decoração e a possibilidade da utilização dos novos materiais que surgiram com a revolução industrial.

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Foruns: • Fórum 2: Adolf Loos trouxe com a morte ao ornamento os primeiros avanços em direção a arquitetura simplificada,

retilínea e volumétrica. Para ele o movimento art nouveau estava ligado aos caprichos e decorações passadas, justamente por apreciar a simplicidade e a objetividade da arquitetura, e que as decorações eram utilizadas para disfarçar as obras e não eram honestas em si. Tá bom, isso pode até ser verdade já que se tem resquícios históricos sobre isso, onde as estruturas em aço eram escondidas logo no princípio dos estilos arquitetônicos pós revolução industrial, mas quando se olha para as obras art nouveau e as compara justamente com os movimentos historicistas, pode se ver que apesar de se ter uma certa decoração ela é mais artística e pura, mostrando o que ela é, como foi feita, seu material, a sutileza, ou seja, a arquitetura é escultórica e ela em si molda seus elementos, formando uma unidade que se colocada em uma outra obra não teria o mesmo valor. Resumindo, mesmo o art nouveau não sendo visto como arquitetura pura por Adolf Loos ele traz a honestidade de seus elementos e trazem justamente uma nova forma de ver a ornamentação. Como dito por Adolf Loos “Buscar beleza apenas na forma e não no ornamento é o objetivo para o qual toda a humanidade está lutando”

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Foruns: • Fórum 3: O período da pós modernidade, também chamada de “arquitetura do consumo”, é marcado por novas propostas arquitetônicas, com objetivo de criticar o modernismo. É difícil definir claramente este período, pois ele apresenta elementos de todas os movimentos. Edifícios datados da década de 60 até 90, são colocados como pós-modernos, porém arquitetos do modernismo, já se apresentavam críticos e insatisfeitos com as regras do modernismo. O funcionalismo moderno e a crítica ao ornamento, foram conceitos muito importante para afastar conceitos antiquados sobre a forma e desenvolver uma estética compatível com a indústria em geral. Mas muitos interpretaram o princípio funcionalista como a tentativa de ideais para se projetar. Sendo que não se deve relacionar a arquitetura só pela função ou pela forma, ou estética, cada qual tem sua particularidade. Podemos perceber ainda mais a questão ornamento como adereço, e a forma como ornamento, já que através de formas simples e muitas vezes massuda, ele traz a ornamentação de forma sutil e imperceptível, o ornamento inerente a arquitetura, onde ele aproveita principalmente do sensitivo daqueles que utilizam da arquitetura. Ele traz um certo conceito por trás de cada elemento, tornando sua obra minimalista tanto do ponto de vista artístico como do funcional, onde um elemento presente no seu edifício que tem uma razão funcional ele traz também para o lado artístico. Como Salk Institute for Biological Studies, que possui esse elemento que divide a composição simetricamente direcionando o olhar do observados e emoldurando a paisagem ao fundo dando continuidade a sua obra, porém além de uma conceituação pode ter uma razão funcional, sendo que só posteriormente ela ganhou essa visão.

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Foruns: • Fórum 4: Programação visual, assim como a arquitetura, nasce de um projeto de uma ideia e muitas vezes ambas andam lado a lado. Em alguns casos ela pode vir depois. Além de que a comunicação visual é um dos meios de vender o produto. Uma se apoia na outra de forma que se tornem mais eficazes. A casos que ela atua apenas externamente em outras ela faz parte da arquitetura. Um exemplo é a loja da Chanel, que a partir de elementos de uma identidade visual utiliza de espaços amplos e faz com que as coisas aconteçam, porém elas podem ser facilmente substituídas por outro tipo de comercio, sendo apenas galpões decorados, decorações aderentes a arquitetura. Isso possibilita a abertura de franquias já que elas devem seguir uma identidade visual.

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Foruns: • Fórum 5: O High-tech surge de forma que se tenha coerência entre o funcional e a programática, e que através de diálogo, técnicas construtivas, materiais, como os metálicos (ferro, aço inox ou alumínio), que lembram muito a arquitetura industrial. A arquitetura High Tech propõe-se oferecer ao usuário, em vez de espaços tradicionais, passíveis de receber conotações afetivas, espaços de máxima eficiência, jamais perturbados por elementos estruturais ou blocos de circulação e serviços. Quando olhamos para algumas obras de arquitetura High Tech, é como tivéssemos a visão de raio X do Superman. É possível ver suas estruturas e até mesmo seus sistemas técnicos como os elétricos, hidráulicos, de climatização e circulação. Com influência do grupo Archigram, e sua visão de um mundo tecnologicamente resolvido e auto-suficiente, porém diminuindo o caráter fantasioso. O edifício então deverá parecer um produto industrial, como um automóvel ou um eletrodoméstico, construído em uma fábrica e simplesmente montado no local de destinado. Um exemplo de high tech é o Hong-Kong e Shangai Bank (1979-1986), do arquiteto Norman Foster, que faz parte 3 primeiros edifícios do High Tech. Projetado por Norman Foster foi provavelmente o edifício mais conhecido e mais amplamente divulgado de sua época. A principal característica deste é a ausência de estrutura de suporte interno. Importante também é que a luz solar natural é a principal fonte de iluminação no interior do edifício. Há um banco de espelhos gigantes no topo do átrio, que refletem a luz solar, para dentro do hall. Através da utilização de luz natural, este projeto ajuda a conservar energia. Além disso, quebra-sóis são colocados nas fachadas externas para bloquear a luz solar direta e para reduzir o ganho de calor. Em vez de água doce, água do mar é utilizada como refrigerante para o sistema de ar condicionado.

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Mapas Mentais

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Mapa Conceitual 1: Academicismo e técnicas apuradas

Ideia de que o progresso está nas construções em altura

Minimalismo Formalismo e racionalismo

Claridade na leitura dos elementos arquitetônicos

Exageros

Ideais iluministas Serenidade, solidez, pureza formal, equilibrio e rigor

Neoc

materiais nobres

Greco romano

Arquite

Cupula

Frontões

Ex: Demostrar o d

Colunas

Elementos sagrados

Democracia/República 14/76


Burguesia

Ex: Panteão de Paris, forma de templo, porém criado para uma igreja

o x humanismo

x gigantismo

inadequação de forma e função

classico

Oposição ao exagero barroco

etura estatal

Aristocracia

Utopia

Ledoux

Boullée Laugier

poder do imperador ou da igreja Romper as proprias regras

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Mapa Conceitual 2: Neogótico Neo-românico Neobarroco

valorização dos estilos passadas pelo seu valor simbólico.

Triunfo da b

Neo-egípcio

Historicismo

movimento artístico que reproduz técnicas e cânones estéticos

Revivalismos ecleti

Revivalismos

Escapismo

Ecletis tendência que se desenvolveu pelo gosto do que é estranho provocar sensações

Irregularidade espacial e volumétrica dos edifícios

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Rejeita as regras da arquitetura neoclássica

Estilo novo e próprio

Combinaç Empilhame estilo


Arquitetura industrial Produção industrial

Desenvolvimento urbano

trabalho e condições melhores de vida

Inchaço populacional

Novos gostos e tendências culturais

burguesia

Revolução industrial Novos materiais: aço e vidro

s históricos e ismo

Exposições universais pré-fabricados

Historicizante

smo

Inspiração fases históricas

individualismo Re-formulação dos velhos

ção ou ento de os

dramaticidade, conforto, expressividade, luxo, emoção e exuberância Ex.: Teatro Ópera de Paris, Charles Garnier 17/76


Mapa Conceitual 3: contra o uso de máquinas e a industrialização união de desenhos e linguagens da estrutura até o mobiliário unidade na composição artística

fé na arte para fazer o bem

colaboração das artes com a indústria

individualismo e regionalismo

Arts and Crafts

teoria do restauro

Contra pré-fabricação e produção em massa

produção manual / artesanal

artes + produção

elevar o padrão estético dos artigos fabricados

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junção de forma e função de forma que não pode ser visto de forma separada

a leveza, a sutileza, a transparência e, naturalmente, a sinuosidade

arquitetura orgânica

Esteticismo, industrialização e do Movimento Arts & Crafts

Art Nouveau

estilo distinto de decoração

Recusa da proporção e equilíbrio simétrico, a busca de ritmos musicais, em elementos ondulados e sinuosos

linha sinuosa baseada em formas vegetais naturalísticas

resposta ao revivalismo histórico

arquitetura, design de interiores e ornamentação

ferro aparente extravagantemente exposto, retorcido, curvilíneo e o vidro Antoni Gaudi individualidade e diferenciação 19/76


Mapa Conceitual 4: Alvar Aalto, Lucio Costa, Philip Johnson, Oscar Niemeyer

estru esbe pla

nascidos em 190

Walter Gropius, Erik Gunnar Asplund, Mies Van de Rohe, Le Corbusier

nascidos em 1885

2˚ Geração modernis 1˚ Geração do modernismo

busca da c de contin evita monotomia

individualidade 20/76

busca de no expre


utura em si, orgânico, eltez, horizontalidade, asticidade e simetria

expressionismo estrutural

00 anos 50

monumentalidade

o do smo

esculturas sobre plataformas

3˚ Geração do modernismo

nascidos em 1915

estruturalistas

conciliação de vontade nuidade das propostas dos mestres

ovas formas essivas

Subverte suas proprias regras 21/76


Mapa Conceitual 5: A arquitetura pode ser uma, mas a interpretação da mesma vária de acordo com o momento, a luz o dia... Luz Branca, sombra negra fusão da estrutura com a luz

Ideias estrutur

Ornamento e crime?

temas geométricos primários, do controle de proporções e relações e da combinação que evocava um numero limitado de materiais

Quebra de paradig

Ex: Instituto Salk

Determinismo x Inventilidade

Arquitetura cívicas

Louis K

Mies Van de

Expressão

Intelectuais

inexistência de dis cívica e outra, ou en uma

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rais simples

um arquiteto raramente era contratado para realizar grandes projetos monumentais

gmas da época

Kahn

Periodo entreguerras

continuidades com o passado

Minimalismo artistico? funcionalista? monumental?

er Rohe

A monumentalidade é uma qualidade da arquitetura que não se relaciona necessariamente com o tamanho e sim com a intensidade de expressão.

stinção entre uma função ntre funções inferiores em hierarquia.

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Mapa Conceitual 6:

A visão do cidade ideal x

Não existe um ou outro e sim uma mistura

Caótico

Se recuperou se investimento público

Critica ao valor político

Critica aos

EX.: North end

Jane

“Nova urbanização inurbana”

A visão do arquiteto, prefeito, moradores

Cidade funcional, estética, ideológica

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Poucas áreas verdes

Quadras curtas

U m


o outro cidade real Os banqueiros age de acordo com as teorias que tem as cidades

espaços públicos

Perigoso ouvir sem julgar

Jacobs

Uso misto

Diversidade dos négocios

Pessoas na rua Alta densidade

É mais uma causa do que um sintoma

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Mapa Conceitual 7: Se confundem

Utopias Distopias Cidades ideais Protestos revolucionários

Reformulação do modernismo

Desvalorização do modernismo

Avanços tecno

Exposição Italy

Da utopia ao

Critica ao consumismo

Produção em série

Dos espaços urbanos ao domestico Mas condições de salários, precariedade habitacional, educacional e do sistema de saúde

Nômades Modulação Processo de caráter revolucionário, privilegiando os processos socialmente integradores

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Metabolistas d


Nomadismo

Perfomatico e irônico

ológicos

Busca pela felicidade

Capsulas reciclaveis

Permanente / efemero

Drop city / Ant farm

o utopismo

Archigram

Pensamento experimental

do Japão

Repensar a relação entre

Fixos

TecnologiaS

ociedade

Projetar

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Mapa Conceitual 8: Espirito do Lugar

Teoria da realidade

Critica ao funcionalismo ingĂŞnuo

Critica ao destruir o velho para construir o novo

Morte dos gran

Aldo

Critica a Tipologia

Forma e f Elementos irracionais

Aceitos

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A forma pode ser adaptada a novos usos

Analise para entender os fatos urbanos

A forma ĂŠ permanente e complexa


Gemus Loci

“uma vez implantado esse terreno precisa ter uma proteção espiritual”

Formas puras

Arq. como processo de conhecimento

arq. Italiano

Retorno a logica e historia da cidade

ndes arquitetos

o Rossi

Critica ao estilo internacional

Importância da monumentalidade

Valorização da arquitetura tradicional

função

Costumes, emoções e a memoria

A forma é mais forte que qualquer atribuição de uso

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Mapa Conceitual 9: Forma e função com coerencia plena

Erudita inacessivel

Se basta

Pato (simbolo)

acessivel + habitável popular

Obvia/literal Galpão decorado

Pato x galpão decorado

Forma efunção distanciada

Quebra de paradig

Interior não condiz com exterior

Exterior chamativo Arq. da Strip

Las Ve

Mapas

Outdoo

Mais facil se localização pelos letreiros do que pelos elementos urbanos Variedade de usos em pequenos trechos Não possui coerência entre as conexões

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Arq. da persuasão


Aprender com a paisagem existente é revolucionario

Analise como fenômeno de comunicação

gmas da época

egas

ors

valores comerciais e métodos comerciais

Moralidade de propaganda

Urb. americano ensina a ser mais compreensivel e menos autoritários Arq. comercial na escala da rodovia

Evitam o simbolo

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Mapa Conceitual 10: Formalismo geometrico Critica ao funcionalismo e racionalismo modernista Natureza da forma

Peter Eisenman

Empírico, plastico e sensitivo

Arq. do f

John Hejduk

Necessidades materiais e simbolicas

Arq. de decomposição

Ca

Inspiração Corbusiana Richard Meier

R çõ

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Obras marcadas por planos de vidro e pela leveza


Novas maneiras de expressar

Novos materiais

Five Architects

conceito da forma

Experimentalismo

Crise construtiva nos EUA

aracteristicas

Reinterpretação das construþes racionalistas modernistas

Reivindica as caractristicas formasi que eram pregados no movimento moderno

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Mapa Conceitual 11: Relacionados ao corpo humano Escalas proporcionais Fantasiosos

Climas diversos Arq. que se adapta as limitações

Japão

Constante Transição

Estruturalismo

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Princip


Preza os materiais repensa o consumo

pios Corbusianos Imita as formas orgânicas / paisagismo

Habitat

Morfologia

Materialidade

Globalização

Sustentabilidade

Descreve uma região

Estuda o todo

Desconstrução da visão de mundo Desconstroi o sistema de representações milenares Desconstrutivismo Propria Geometria

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Resenhas


RESENHA 1:

Capitulo 4 – As várias idades do espaço - Bruno Zevi

A arquitetura para ser descrevida era necessária a percepção da própria história da civilização que geraram diferentes formas, produzindo obras-primas. Para compreendê-la temos que associar e entender os pressupostos sociais, pressupostos intelectuais, pressupostos técnicos, mundo figurativo e estético. Sendo que nos sociais os edifícios são resultados de programas, que fundamentam a economia do pais e da situação em que se encontram, já os intelectuais, se diferenciam no querer ser, no mundo utópico, dos mitos e das crenças. Os técnicos estão relacionados a ciência, do artesanato e na indústria, da técnica e organização da mão de obra. Os mundos figurativos e estéticos estão relacionados as interpretações da arte e o vocabulário, de onde os poetas extraem suas palavras e as exprimem, suas criações. A crítica dos monumentos se organiza de tal forma: analise urbanística, arquitetônica, volumétrica, elementos decorativos e de escala. Em que a urbanística são os espaços exteriores, o arquitetônico trata-se da parte espacial e os espaços interiores, a volumétrica que é o fechamento do espaço, os elementos decorativos que são a pintura e a escultura aplicados a arquitetura e a questão da escala e sua relação dimensional. Sendo assim, o autor começa pela escala humana dos gregos, onde o interior era sagrado e eles acabavam por ignorar o interior. Porém, a escala utilizada era humanizada. Aqueles que admiram uma obra grega há ve como uma grande escultura, pois o que é transmitido através da plástica dos edifícios e de seus elementos decorativos. Onde os templos eram compostos por uma plataforma que se elevava o edifício, uma série de colunas que sustentavam o entablamento. Apesar de muitos templos possuírem um interior ele nunca foi pensado para ser utilizado e sim um espaço fechado como numa escultura, já que se tratava da casa dos deuses. Onde os ritos eram realizados externamente ao edifício exaltando a arquitetura e os deuses. Onde muitas das características do estilo passaram a ser aplicadas sem proporção e perdendo o significado, quando está fora do contesto. Segundo o autor, o espaço estático da antiga Roma faz com que muitos não vejam os edifícios como arte, mesmo sendo arquitetura. Os espaços interiores eram grandiosos. É importante dizer também sobre a escala monumental dos edifícios o que caracteriza de forma oposta a arquitetura grega, além é claro dos avanços que possibilitaram os arcos e as abobadas, sendo usados excessivamente nos grandes reservatórios, nos túmulos, nos aquedutos, as basílicas e nas termas, utilizando da cenografia. As arquiteturas com temas sociais vieram a tomar forma com os romanos. Os gregos tinham o periestilo que são as colunas ao redor do templo, os romanos colocaram as colunas no interior, elas seriam a sustentação da cobertura e não uma decoração do interior, potencializando o espaço. Os ambientes muitas vezes circulares e retangulares com uma simetria marcante e a autonomia dos espaços e totalmente independente do observador. A arquitetura vem como uma imposição um símbolo de dominação e poder, ou seja, a escala monumental e grandiosa vem para impor o império. Sendo então utilizada posteriormente no ecletismo mais a parte de materiais que impressionam por sua frieza, as obras que impressionam pela grandeza, obras que nos faz sentir como intrusos no local. Os cristãos tiveram que adaptar reunindo a escala humana dos gregos e o interior dos romanos, por se tratar de um edifício que preza pela reunião, a comunhão e a oração. Comparando uma basílica romana e as primeira igrejas cristas, uma das principais diferenças é a escala, além de que a basílica romana é simétrica, já a igreja cristã tem a arquitetura que quebra a simetria criando um eixo longitudinal e faz dele o caminho. No período do bizantino, acontece uma continuidade entre os elementos que sustentam. E os revestimentos são substituídos por uma composição de vidros coloridos que permitem a luminosidade. Temos também a métrica românica, que fez com que a civilização da Europa se agitasse na renovação da arquitetura. Onde a antiga originalidade vinda dos vazios e que apesar dos estilos já falado serem diferentes eles possuíam a mesma estrutura. Uma arquitetura marcada pela simbologia. As igrejas se estruturam de forma que os ferros cravados no solo vão até o teto, passem pelas arcadas e voltem ao solo, pois seus elementos estão ligados.A igreja está relacionada a quantidade de arcadas laterais, sendo que as laterais são proporcionais a central. Sendo assim, caracterizada principalmente pela estrutura, sua ossatura e pela métrica espacial.

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RESENHA 2:

Capitulo 8 – A cidade Industrial – Goitia

Quem nunca pensou em como eram as cidades pós industrialização? Muitos pensam que a revolução industrial afetou apenas a parte de indústria, devido a possibilidade de produção em massa, porém ela atingira a agricultura, os meios de transporte e comunicação, e na economia e na própria sociedade. Um dos postulados da época era o do utilitarismo de Jeremias Bentham, onde o agir regia a harmonia o equilíbrio. Já para Adam Smith, outro filosofo, que dizia que o maior avanço era a produtividade, destreza, habilidade que para ele foram alcançadas a partir da divisão do trabalho, onde foi possível uma maior produtividade, ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de maquinas, onde a única limitação seria o próprio mercado de trabalho. Outro fator foi o desenvolver dos meios de transporte, que possibilitou a expansão do mercado econômico, indispensável para produção em massa. Os transportes auxiliavam a trazer a matéria prima e na distribuição dos produtos, como por exemplo a máquina a vapor e as embarcações a vapor. A mão de obra era muito exigida no novo sistema de produção, já que era tratado como mercadoria. Essa mão de obra era usada em jornadas extensas por quase que nenhuma remuneração, chamada de mão de obra por uma jornada de fome, não só homens, mas também crianças e mulheres. Muitos trabalhadores que atuavam em ambientes deploráveis e a baixa remuneração. Ou seja, a quantidade era mais bem vista do que a organização e a eficácia do trabalho. Como no filme, Metrópoles, que mostra justamente como eram as condições de trabalho durante a industrialização, com péssimos ambientes e remuneração quase que nenhuma. A industrialização afetou todo o desenvolvimento urbano, onde o índice demográfico aumentou muito, e como as indústrias eram em grande número e ocupavam pontos estratégicos, e assim a ocupação do espaço gerou grandes problemas a estrutura das cidades, sendo assim foram criados os bairros operários, para abrigar a mão de obra. Os primeiros bairros operários foram criados de forma a garantir uma qualidade de vida relativamente ruim. E com as questões utilitaristas os bairros passaram a ser realizados de forma a aproveitar melhor o solo e garantir espaços livres e pátios, já que a maioria das primeiras habitações não tinha luz natural nem ventilação, o que gerou aumento nos problemas relacionados a saúde causando o aumento da mortalidade. Os traçados urbanos mais marcantes foi a Letchworth de Ebenezer Howard, que combinava a indústria com a agricultura, que cada terreno se bastava economicamente, as povoações modelo da família Krupp, chamada de cidade jardim da família krupp. Em Madrid tinham as casas de corredor, onde viviam os trabalhadores misturados com desempregados. A cidade linear de Arturo Soria y Mata, que possui o comprimento de 5200 metros, usada como uma formula que permitia a igualdade, que resolveram o problema de comunicação da via. Era comum no urbanismo do século XIX o traçado em quadricula, que o tornava monótono, que vê desde os racionalistas gregos, esse traçado ainda é utilizado como base até os dias atuais, como dito por Goitia “No século XIX volta a utilizasse o mesmo traçado, mas agora por outras razões, isto é, exclusivamente por motivos de economia utilitária, de especulação com terrenos.” Onde a prioridade é o aproveitamento máximo. As ruas são todas iguais para que possam ser melhor detalhadas e replicadas. Tanto é que depois Milyunti adapta essa ideia de cidade linear diversificando o uso do solo e não trazendo mais apenas as residências, mais sim mesclando com industrias, em Estalinegrado. O capitalismo da época e a quantidade de indústria causaram um inchaço populacional que elevou o valor dos terrenos de habitação, que por seu valor não tiveram bom aproveitamento. Esse crescimento só diminuiu por causa das depressões que aconteceram, formando um ciclo depressão, recuperação e inflação. Além dessas cidades industriais também foram criadas as cidades da burguesia liberal, criada para demonstrar o poder e os conhecimentos de uma classe dominante. Era como se a cidade da burguesia fosse tão bela e organizada graças a cidade medíocre, feia e desorganizada, subterrâneas e turvas dos slums, subúrbios industriais, onde ficavam os trabalhadores. O surgimento da burguesia fez com que se desse início ao ecletismo. Ela foi muito importante em relação ao urbanismo, pois souberam organizar as cidades, vistas como empreendimento coletivo, conseguindo equilibrar a funcionalidade e as necessidades de uma vida cívica plena e ativa. O período da industrialização então foi marcado por grandes avanços, mas também por alguns fracassos. Que juntos foram extremamente importantes para o desenvolver de várias técnicas, materiais e pelo avanço e melhoria das condições de vida e de trabalho.

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RESENHA 3:

Capitulo 3 e 4 – Depois do movimento moderno – Montaner

Quando se fala da arquitetura da segunda metade do século xx, é difícil não pensar nos modernistas. Eles podem ser classificados em 3 gerações, onde a primeira são aqueles arquitetos que nasceram por volta de 1885, como Walter Gropius, Erik Gunnar Asplund, Mies Van de Rohe, Le Corbusier e muitos outros, já a segunda geração seriam os que nasceram por volta de 1900, como Alvar Aalto, Lucio Costa, Philip Johnson, Oscar Niemeyer e outros. Já a chamada de terceira geração seria composta pelos arquitetos que nasceram por volta de 1915 e que tinha como característica principal a busca da conciliação de vontade de continuidade das propostas dos mestres do modernismo, e que tinham contou com as figuras de Eero Sarineen, Alfonso Eduardo Reidy, Jorn Utzon, dentre outros que formaram a terceira geração. Uma das obras desenvolvidas nos anos 50 e que são as mais expressionistas do período, seriam a capela Ronchamp e a ópera de Jorn Utzon em Sidnei, juntamente com as obras de Eero Saarinen, que são obras que subvertem suas próprias regras, onde o exclusivismo do movimento maquinista se transforma em um modelo aberto, com a natureza, os materiais, o vernáculo, a expressividade, as formas orgânicas e escultóricas, passaram a predominar. Além de que a vida cotidiana e a psicologia das pessoas assumem papel importante nesta nova fase, principalmente quando avaliamos o urbanismo e a arquitetura que iram trazer isso em sua forma. Podemos ver isso claramente com as obras desenvolvidas sobre plataforma, onde o urbanismo a topografia compõe o edifício em sua monumentalidade, como exemplo temos, o congresso nacional em Brasília e Chandigarth, onde o espaço urbano e de extrema importância para o desenvolvimento da arquitetura da terceira geração. Essa geração se desenvolve ao ponto de que a arquitetura racionalista se fragmenta para evitar a monotoneidade e as fachadas repetidas, buscando a expressividade e a individualidade. Isso irá ser aplicado através das coberturas, que por conta das estruturas abobadadas de concreto armado, iram conseguir uma maior plasticidade, que iram apresentar o valor escultórico da forma. Os novos materiais possibilitaram a busca por novas formas, onde a busca pela experimentação e pela expressividade em si do que a produção. Dentre os arquitetos que são referência tem-se o Nervi com o Palácio de exposições de Turim, o Palácio do esporte em Roma, ou ainda a sala de audiências pontifícias na cidade do vaticano, que possuem regularidade, simetria, repetição, solidez e horizontalidade, características que serão fortemente aplicadas neste período. Outro exemplo é o arquiteto Felix Candela, que se caracteriza pelo desenvolvimento das superfícies arqueadas, artesanais e singulares. Dentre os arquitetos da terceira geração temos ainda os esculturalistas holandeses, com o arquiteto Aldo van Eyck, que com suas malhas geométricas, buscava a flexibilidade, a definição de espaços neutros que facilitasse a apropriação do espaço pelos usuários, como nas obras: o orfanato em Amsterdã e a igreja católica de Haya. Com a perseguição por parte dos soviéticos, grande parte dos arquitetos vieram em direção as américas, onde Saarinen, Wright e Kahn serão influência e irão dispersar um pouco das vanguardas pelo país. Frank Lloyd Wright foi um importante influenciado da arquitetura americana, onde suas obras foram desenvolvidas com sua individualidade, unidade, autonomia e que não segue os padrões comerciais e acadêmicos, como no museu Guggenheim, que é uma perfeita síntese das propostas dele, como a solidez, o tectônico as rochas em seu interior e a busca do dinamismo, formas esbeltas, plataformas e o movimento. Outro arquiteto influenciador da época é o Eero Saarinen, que baseava se na arquitetura moderna e na difusão do estilo internacional, com suas formas retas e simples, e as obras dos expressionistas, simbólicas e ornamentadas, livres e orgânicas. Onde, temos o centro técnico da General Motors e o aeroporto do TWA, onde ele foi o primeiro arquiteto posterior ao movimento moderno que trouxe os princípios da arquitetura contemporânea. O que o diferencia de Candela, Nervi e Tange é que as questões estéticas e simbólicas se sobressaem as razões estruturais e materiais.

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RESENHA 4:

Capitulo 28 – Sobre monumentos e monumentalidade - Curtis

A arquitetura produzida durante o entre guerra, tinha o intuito de solucionar problemas relacionados a simbolismo e tamanho, onde possuíam os ideais cívicos, que tinham a ideia de continuidade como referência, a arquitetura estatal. Uma das características mais perceptível é monumentalidade, tanto na arquitetura como no urbanismo. O modernismo acabou por ser o status quo e não mais produto de vanguardas. Criado nas bases do progressismo. Como dito no livro “A monumentalidade é uma qualidade da arquitetura que não se relaciona necessariamente com o tamanho, e sim com a intensidade de expressão.” Uma das problemáticas que precisavam ser solucionadas é a inexistência de uma linguagem clara que diferenciasse a função cívica e outras. As primeiras cidades modernistas, tinha uma certa clareza, porém a organização era dada pelos 5 pontos da arquitetura, trabalhar e morar, como exemplo, e a monumentalidade era aplicada apenas aos arranha-céus e autoestradas, já que se tratava de um período em que os veículos estavam em alta. Le Corbusier entra nesse período em uma fase heroica e visual, onde o concreto aparente e as sombras permitiram explorar do simbolismo, como em Chandigarh, onde os cinco pontos foram ampliados com a escala e a dignidade, a utilização de brises, e a possibilidade escultórica e a ordenação visual, que garantiram a unidade e diversidade fornecesse o equilíbrio das obras. A horizontalidade e a disposição de grandes massas e os pesos visuais foi realizada para trabalhar as instituições públicas, como no museu nacional da antropologia na cidade do México. O estilo “público” desenvolvido no período tratava-se de combinações que se utilizam de modelos históricos juntamente com a aplicação de símbolos dos regimes comunistas, exemplo disso é o palácio dos congressos de kremlin, em moscou. Já nos estados unidos, os monumentos tinham que se sobressair em meio a arranha-céus, com a arquitetura de ação que é caracterizada pelo autor como “a exploração de espaços internos dramáticos, movimentos de ascensão e vistas enquadradas do entorno.”, sendo que o mestre da monumentalidade dos EUA é Louis I. Kahn, onde ele conseguia utilizar e lidar com uso de escalas maiores sem falsificação ao adicionar ou de exagerar. Louis I. Kahn, projetou a Yale University art Gallery, onde aplico vários pavimentos e texturas, onde ele trabalhou a iluminação em seu interior, criando efeitos sutis. Já na fachada, o uso de vidro e aço, com uma certa irregularidade, trazendo como referência Mies Van der Rohe e Frank L. Wright. O autor resume “A arquitetura de Kahn baseava-se em parte em uma visão social: era um desafio ao status quo através de uma espécie de expectativa utópica para o futuro, mas através de um conservadorismo místico.”, onde a sua arquitetura tinha que revelar e celebrar as relações sociais, ou seja, a forma tinha que exprimir seu significado sem ser objetiva, ou seja, o significado oculto. Dentre suas obras algumas são destaque, como os dormitórios Erdman Hall, o instituto indiano de Administração, o prédio do Congresso Nacional em Daca, o instituto Salk e o Kimbell Art Museum em Fort Worth, onde podemos perceber que as ornamentações passam a ser os elementos de construção, como um tijolinho, ou uma abertura arredondada, ou até mesmo a luz e sombra.

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RESENHA 5:

Introdução – Morte e vida de grandes cidades - Janes Jabob

A arquitetura produzida durante o entre guerra, tinha o intuito de solucionar problemas relacionados a simbolismo e tamanho, onde possuíam os ideais cívicos, que tinham a ideia de continuidade como referência, a arquitetura estatal. Uma das características mais perceptível é monumentalidade, tanto na arquitetura como no urbanismo. O modernismo acabou por ser o status quo e não mais produto de vanguardas. Criado nas bases do progressismo. Como dito no livro “A monumentalidade é uma qualidade da arquitetura que não se relaciona necessariamente com o tamanho, e sim com a intensidade de expressão. ” Uma das problemáticas que precisavam ser solucionadas é a inexistência de uma linguagem clara que diferenciasse a função cívica e outras. As primeiras cidades modernistas, tinha uma certa clareza, porém a organização era dada pelos 5 pontos da arquitetura, trabalhar e morar, como exemplo, e a monumentalidade era aplicada apenas aos arranha-céus e autoestradas, já que se tratava de um período em que os veículos estavam em alta. Le Corbusier entra nesse período em uma fase heroica e visual, onde o concreto aparente e as sombras permitiram explorar do simbolismo, como em Chandigarh, onde os cinco pontos foram ampliados com a escala e a dignidade, a utilização de brises, e a possibilidade escultórica e a ordenação visual, que garantiram a unidade e diversidade fornecesse o equilíbrio das obras. A horizontalidade e a disposição de grandes massas e os pesos visuais foi realizada para trabalhar as instituições públicas, como no museu nacional da antropologia na cidade do México. O estilo “público” desenvolvido no período tratava-se de combinações que se utilizam de modelos históricos juntamente com a aplicação de símbolos dos regimes comunistas, exemplo disso é o palácio dos congressos de kremlin, em moscou. Já nos estados unidos, os monumentos tinham que se sobressair em meio a arranha-céus, com a arquitetura de ação que é caracterizada pelo autor como “a exploração de espaços internos dramáticos, movimentos de ascensão e vistas enquadradas do entorno.”, sendo que o mestre da monumentalidade dos EUA é Louis I. Kahn, onde ele conseguia utilizar e lidar com uso de escalas maiores sem falsificação ao adicionar ou de exagerar. Louis I. Kahn, projetou a Yale University art Gallery, onde aplico vários pavimentos e texturas, onde ele trabalhou a iluminação em seu interior, criando efeitos sutis. Já na fachada, o uso de vidro e aço, com uma certa irregularidade, trazendo como referência Mies Van der Rohe e Frank L. Wright. O autor resume “A arquitetura de Kahn baseava-se em parte em uma visão social: era um desafio ao status quo através de uma espécie de expectativa utópica para o futuro, mas através de um conservadorismo místico. ”, onde a sua arquitetura tinha que revelar e celebrar as relações sociais, ou seja, a forma tinha que exprimir seu significado sem ser objetiva, ou seja, o significado oculto. Dentre suas obras algumas são destaque, como os dormitórios Erdman Hall, o instituto indiano de Administração, o prédio do Congresso Nacional em Daca, o instituto Salk e o Kimbell Art Museum em Fort Worth, onde podemos perceber que as ornamentações passam a ser os elementos de construção, como um tijolinho, ou uma abertura arredondada, ou até mesmo a luz e sombra.

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RESENHA 6:

Regionalismo Crítico: arquitetura moderna e identidade cultural - Kenneth

Em uma crítica forte a urbanização das cidades e as renovações do espaço público da década de 1950, Jane Jacos jornalista que identificou no quotidiano das cidades norte-americanas as razões da violência, da sujeira e do abandono. Ela traz assim os tipos de ruas que são seguras e quais não são, o por que certos parques são maravilhosos e outros são armadilhas que levam ao vício e à morte, o por que certos cortiços continuam sendo cortiços e outros se recuperam mesmo diante de empecilhos financeiros e governamentais como North end, e o que faz o centro urbano deslocar. O primeiro conjunto em que ela critica é o Moningside Heights, que foi desenvolvido de forma que não era para apresentar nenhum problema, já que possui grandes áreas verdes, livres e que possui varia instituições renomadas, além de que as ruas possuíam setorizações evitando uso inadequados. Mesmo assim, o lugar se transformou em uma área de cortiços que causavam insegurança o que prejudicou as instituições. Então essas instituições juntamente com a prefeitura tentaram melhorar a qualidade do local, porém a degradação foi ainda maior. Já em North End, que em sua primeira visita tinham todos os tipos de atividades de trabalho e comércio, misturados com as residências, poucas áreas verdes com quadras curtas, edifícios antigos, deteriorada e superpovoado. Em uma segunda visita, a área tinha se recuperado, onde os prédios foram reformados, casas ficaram maior porque abriram mais espaço juntando os antigos apartamentos. Assim de uma das piores cidades, se tornou uma cidade sadia. Em uma conversa com um planejador ela descobriu que não ocorreu nenhum investimento em obra e que nada acontecia por ali era somente uma zona de cortiço. Sendo que tem índices mínimos de delinquência, doenças e mortalidade infantil, taxa de mortalidade baixa, menor índice de doenças. Mas ainda assim eles achavam a cortiço horrível. A obra de revitalização e quase toda realizada com renda de negócios e aluguéis do próprio distrito que foi reinvestido, e com o trabalho de moradores. Ela faz um contraponto com o East Harlem em Nova York um conjunto habitacional com uma diversidade de gramados destacados ao seu redor em que os moradores criticam e levam a questionamentos para o que serve, quem solicitou, ninguém se interessa, além de criticarem o distanciamento de comércios. Ou seja, mostrando que o cliente no caso não foi levado em consideração, achando que uma área verde seria o ápice para os moradores de baixa renda. Então a principal crítica trazida por ela é que banqueiros e planejadores, agem de acordo com as teorias que têm sobre as cidades. Onde os planejadores Urbanos não vivenciam a cidades, e acabam tomando decisões tiradas a partir de suas crenças aprendia na faculdade. Prezando a estética e não a funcionalidade. Projetos que segregam de suas comunidades, e os separavam dos centros comerciais. Com base, nisso Jacobs vai criticar diversos urbanistas e seus projetos de cidade ideal. Dentre eles Ebenezer Howard, onde a autora vai dizer que ele detestava não só os erros e os equívocos da cidade, mas a própria cidade e considerava uma desgraça completa, uma afronta a natureza o fato de tantas pessoas terem de conviver aglomeradas em que sua receita para salvação das pessoas era acabar com a cidade. Outro que vai ser criticado é o próprio Le Corbusier e a Ville Radieuse, em que ela chama seu planejamento de anti-cidade. Em que os símbolos e a monotonia fosse vista, o seu ego, não entendia o funcionamento da cidade. 42/76


RESENHA 7:

Da Utopia ao Utopismo design e Processo na Cidade Moderna No texto sobre utopias, o autor inicia falando sobre a desvalorização do modernismo com o pós-guerra, e a reconstrução através de protestos revolucionários. O modernismo criado com intuito de tentar melhorar o ser humano, passou por diversas fases, já em sua decadência se tinha a necessidade por parte das pessoas em trazer o poder da imaginação, onde as pessoas passaram a escolher por si o que consumiriam e o comportamento. Com isso, tivemos o avanço tecnológico como uma das bases para o surgimento de novos movimentos, onde deu- se o inicio a novos modelos de habitação e questões relacionadas a reorganização territorial. Sendo que esses novos movimentos tinham um estilo que rejeitasse à exaustão dos modos de produção do capitalismo, criando assim novos movimentos a partir de uma reformulação do modernismo, exemplos claros trazidos pelo autor é a Drop City e o grupo Ant Farm nos estados unidos, onde baseando-se nos novos valores, como a felicidade, recusa ao tradicional sistema econômico, etc.., traziam através dos edifícios em cúpula, realizados com materiais recicláveis, a pratica coletiva, o conceito de nomadismo e o projeto Clean air de caráter performativo e irônico. Outro grupo importante foram os da revista Archigram, jovens arquitetos londrinos, com suas visões utópicas sobre o espaço urbano, onde publicavam trabalhos que repensavam a relação entre a tecnologia e sociedade. Muitos de seus projetos estavam relacionados as constantes mudanças urbanas e a autorrenovação, trazendo a questão da experimentação. Dentre os projetos encontram se as walking city, onde seu foco maior era o nomadismo, a s plugin city, que seriam as redes de interconexão, e as instant city, que trazem a questão do dinamismo do espaço urbano. É importante falar também dos metabolistas japoneses, pois eles reformularam os ideais sociais pós-guerra, reconfigurando os princípios modernistas em uma perspectiva orgânica, que acompanhasse a evolução urbana das cidades. Eles se baseavam nos pré-fabricados, como é possível ver no edifício das capsulas de Nagakin, que traz também a continuação da racionalidade do modernismo, porem com o democrático. A exposição Italy: the new domestic landscape, foi organizada por Emilio Ambasz e apresentada no MOMA em 1972, e foi marcada por questionamentos sobre os ambientes do dia-a-dia das pessoas, portanto foram apresentados espaços e objetos que dessem estrutura, além é claro de objetos que fossem capazes de transformar o espacial e o social. Ela era a reflexão sobre os limites da arquitetura, dos espaços interiores e dos territórios. Em 1966, no contexto italiano, a exposição foi apenas a reflexão dos idealismos, apoiados por alguns grupos, com propostas utópicas, que ressaltavam a diferença entre projeto e discurso crítico. Dentre eles o Superstudio, em 1969 que criticava a arrogância expansionista dos modernistas. Já o Archizoom associati, também de 1969, com o no-stop city, criticava a formalidade do modernismo e sua rígida ideologia desajustada com os novos habitares.

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RESENHA 8:

A Busca da racionalidade na disciplina arquitetônica O texto se inicia abordando a influência de Ernesto N. Rogers, que possibilitou a formação de arquitetos que prezava pela cultura e pelo arquitetônico. Dentre esses arquitetos, Aldo Rossi, se destacou devido suas propostas relacionadas a quantidade de textos, criticas, manifestações e seus projetos. Conhecido por utilizar de formas puras como esferas, cones, cubos.... Atuou como autor de diversos livros. Dentre eles “A arquitetura da cidade”, um dos livros mais influentes da arquitetura no século XX, onde seu principal objetivo é compreender a arquitetura relacionando a cidade. Após a segunda guerra mundial as cidades europeias se encontravam no caos e que necessitava ser reconstruída. Assim, o livro A arquitetura da cidade traz a visão da cidade como bem histórico e cultural. Uma das críticas que o autor transmite é sobre o funcionalismo ingênuo que seria resultado de um desenvolvimento mecanizado, ocasionando a falta de conexão entre forma e função. Rossi defende, em seus escritos, a utilização de edifícios históricos para novos usos onde “ a forma é mais forte que qualquer atribuição de uso e inclusive a máxima precisão arquitetônica favorece uma maior liberdade funcional, uma posterior mudança de destino.” como dito por Montaner. No geral seu livro trata principalmente de 4 tópicos. O primeiro em que ele propõe o retorno da razão e da lógica, em relação a memória e à história da cidade. O segundo sobre a cidade ser valorizada como uma construção ao longo do tempo. A terceira como a crítica ao funcionalismo e às bases utilitárias do modernismo. E a quarta parte seria a importância dos monumentos e a permanência de determinadas formas. Rossi leva dois pontos básicos em consideração em suas analises a esfera pública e a privada, sendo que na pública se tem os monumentos, elementos primários e os edifícios e espaços públicos, já o segundo seriam as áreas de residências com crescimentos limitados. Essa divisão é clara e de extrema importância para as intervenções na cidade histórica. Rossi utiliza desses instrumentos para recuperar a ideia de monumentalidade, demonstrando que a cidade histórica foi traçada em ordem inversa ao urbanismo racionalista. Para Aldo Rossi a forma é mais forte que o funcionalismo como em sua obra o palazzo della Ragione em Pádua, que é um antigo prédio da administração pública dos anos que foi convertido em um mercado público. Sendo assim a forma é permanente e complexa, e possibilita a utilização para qualquer uso. Negando assim o conceito de Forma e Função. Aldo Rossi reformula e critica as tipologias arquitetônicas, tratando a importância do desenho urbano para cada tipologia arquitetônica, defendendo que a essência é a forma e a estrutura dos espaços, ou seja, a relação direta com sua implantação. Já a crítica tipológica seria em relação a reutilização desse termo para uma nova percepção do estruturalismo.

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RESENHA 9:

Arquitetura Feia e banal ou o Galpão decorado Em um primeiro momento, o texto trata sobre a arquitetura comercial de Las Vegas, um estudo da forma e função. E o espalhamento urbano dos Estados unidos e desenvolvimento de técnicas para seu tratamento. Está analise surgi a partir de um projeto de pesquisa em Yale, em titulado como “Aprendendo com Las Vegas ou Análise da forma como pesquisa de projeto”. Esse projeto teve em seu desenvolver a questão do aprender com a paisagem, sendo aqueles que praticam chamados de revolucionários. É que sua visão não deve possuir julgamentos. Chegando assim ao tema principal, Las Vegas Strip, sendo levado em conta apenas a parte comunicativa. Os outdoors, forma de comunicação mais recorrente, são criados na escala da rodovia, porém de forma a mascarar, já que os exteriores dos edifícios e seus outdoors luminosos e exuberantes não condiziam com os interiores, já que os espaços fechados são mais fáceis de planejar. Sendo trazido o simbolismo da forma, ou seja, o pato e o galpão decorado. Las vegas é um dos marcos na arquitetura como símbolo do espaço antes da forma do espaço. Esse tipo de arquitetura é chamado de arquitetura da persuasão, assim como atualmente com os anúncios de promoções dos supermercados. É importante falar também da questão urbana de Las vegas, sua proporção invertida de cheios e vazios, além é claro da diversidade de usos em um pequeno trecho urbano. O desenho urbano é desconexo, sendo que o que auxilia na localização são os próprios outdoors. Esse exagero de outdoors é chamado de arquitetura da strip, um corredor comercial caótico, dificultando a visualização da paisagem. Se analisarmos a fundo Las vegas, está puramente ligada ao galpão decorado, devido seus fachadismos. Com fachadas inclinadas em forma e ornamento para a direita para o tráfego, os estilos modernos usam os portões de entrada em plano diagonal e os estilos internacionais usa formas livres, a presença de oásis, a iluminação, luz e ventilação artificial, dentre outros elementos. Agora indo mais a fundo na questão do pato e do galpão decorado, o pato seria a representação de maior coerência entre forma e função, ou seja, os sistemas arquitetônicos de espaço, estrutura e programa são distorcidos por questões simbólicas. Já o galpão decorado, seria o espaço e a estrutura submetidos ao programa, ao funcionalismo, com ornamentação independente. O simbolismo em si fala mais que a própria realidade, pois é mais expressivo. Pode se dizer que o pato é um símbolo erudito, que se basta, mas se torna entediante, já o galpão decorado seria ais habitável, cômodo, tolerável, popular e acessível.

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RESENHA 10:

1965-1977: A arquitetura do conceito e da forma Em 1970, ocorreu a crise construtiva nos estados unidos, que estimulou uma nova forma arquitetônica, experimentos. Os maiores representantes dessa fase de experimentação foi o five architects. Alguns traços característicos como a reinterpretação das construções racionalistas modernistas, a reivindicavam os pressupostos formais que ainda existiam na atualidade, pregados durante o movimento moderno e reflexão interna sobre a linguagem arquitetônica. Peter Eisenman, compartilhava interesses sobre a natureza das formas, em contraposição ao funcionalismo e racionalismo modernista. O formalista geométrico e crítico: propunha elementos básicos e geometrias puras. Ele acreditava na forma por si só, assim como Kahn. Se inspirava na matemática e na geografia, onde ao realizar uma arquitetura abstrata que marque o inicio de uma arte conceitual e superação da nostalgia do passado, o resultado final seria o desenho, tema e figuração, desaparecem em prol da ideia e do processo criativo. Um de seus projetos é a casa falk. A casa Falk foi construída no topo de uma colina em Vermont. Dentre seus elementos: Muros, lajes, janelas, pórticos e pilares são o resultado de um jogo abstrato de planos maciços, transparentes e linhas verticais e horizontais, trazem a desconstrução de uma massa buscando revelar a geometria explorando das vistas. John Hejduk, possuía um método mais empírico, plástico e sensível, que priorizava as necessidades materiais e simbólicas das pessoas, com uma identidade geométrica. Uma arquitetura a partir da decomposição inspirada nas obras de Mondrian. Já Richard Meier, se inspirava na arquitetura de Le Corbusier, com seu purismo geométrico, obras rígidas e brancas. Uma de suas obras é a casa Douglas, traz a expressão da forma através de sua leveza, buscando a luz natural, através de planos transparentes. Os arquitetos citados acima provocaram várias consequências para a arquitetura, como a negação da tradição, a negação da topografia, a ruptura e descontinuidade histórica. Onde, cada projeto mostra sua autonomia e identidade, sem necessitar das regras modernistas. São obras que se bastam, e não tem vínculo direto com o terreno. O local é inimigo as formas abstratas. Uma arquitetura que não se prende ao caráter histórico. As formas se bastam e se justificam, fugindo assim da critica.

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RESENHA 11:

Grandeza, ou o problema do grande O texto trata sobre o arquiteto e urbanista Rem Koolhas, que estudou na Architectural Association School of Architecture,em Londres e atualmente é professor em Havard. Ele fundou o office for metropolitan architecture (OMA) em 1975, onde usou a escrita como meio de propagação de sua prática arquitetônica. Com isso Koolhas, começa a explorar sobre a natureza icônica da “grandeza”. Para Rem Koolhas um dos problemas da arquitetura é a grandeza que em grau de importância é a última coisa a ser pensada. Essa grandeza só é possível graças a descobertas conceituais e tecnológicas tanto em materiais como em estruturas, que possibilitaram a rapidez na construção, a eletricidade e as infraestruturas. Grandes edifícios tendem a ignorar o seu contexto, tornando-se objetos independentes no espaço. Esses edifícios tendem a focar nos espaços interiores, sem pensar no espaço externo. Ou seja, a uma necessidade de reduzir o impacto de grandes edifícios, sem precisar reduzir o tamanho. Nova York é um dos exemplos de grandeza na arquitetura. A “teoria da grandeza” nasce com 5 teoremas, sendo que o primeiro fala sobre a massa crítica, um edifício que se torna um grande edifício. E que a mesma não pode ser controlada por um único gesto arquitetônico e nem por vários gestos combinados. Isso gera um desenvolvimento da autonomia de suas partes. Mas não significa uma fragmentação, pois as partes continuam ligadas ao todo. O segundo teorema seria a questão do elevador, que possibilita as conexões mecânicas em vez de arquitetônicas.Tornando assim as questões de composição, escala, proporção e detalhes irrelevantes. Ou seja, a “arte” da arquitetura se torna inútil. O terceiro teorema fala sobre a distância entre o núcleo e do invólucro que é longa, considerando o ponto onde a fachada não revela o que acontece no interior. O interior e exterior se tornam projetos separados, onde a arquitetura revela e a grandeza assombra O quarto teorema aborda o edifício que se impõe com seu domínio amoral. O quinto teorema apresenta a junção de todas as rupturas, a grandeza não é mais parte do contexto urbano, pois ele se torna irrelevante. Um exemplo é o edifício biblioteca Central de Seattle, em Seattle, EUA. Para Koolhas, as tecnologias possibilitaram um novo tipo de arquitetura, grandes estruturas que acomodam diversos usos, como os arranha-céus americanos. As megaestruturas, tornou a grandeza segura as suas verdadeiras implicações. Além disso, a questão do máximo que a arquitetura pode atingir na ausência da teoria da grandeza. Onde os arquitetos como criadores criam monstros, experiências parcialmente bem sucedidas. A grandeza destrói, as também é um começo.

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Seminรกrios


Seminário - Bruno Zevi: Interpretação Formalista:

Classificação de Lucio Costa - ensino do desenho Primeiros contatos com o desenho desenvolve noções de observação, análise, proporção, que serão de extrema importância para compreensão da forma. Esses contatos são classificados por Lucio costa em séries: 1° série: Desenho técnico – desenhos esquemáticos – desenhe sua sala Desenho de observação – desenhos de bichos de barro pintado, vasos, moringas, cuias, esteiras, tecidos de algodão, bonecas, redes, modelos Desenho de criação – estimulo a criatividade - confronto entre as possibilidades limitadas da fotografia e as possibilidades ilimitadas do desenho

Ex. de 1° fase

2° série: Desenho técnico – usos de instrumentos de desenho Desenho de observação – formas mais naturais – formas do corpo Desenho de criação – uso de pontos, linhas e manchas que constituem o desenho, cria relações plásticas entre as partes desenhadas e as partes deixadas vazias

Ex. de 2° série - desenho técnico usando instrumentos 49/76


3° série: Desenho técnico – conceber e situar os corpos e os planos no espaço – claro e escuro – uso de perspectiva e vistas Desenho de observação – desenho de vegetação e aplicação de texturas – estudo do traço Desenho de criação – composição plástica

Ex. de 3° série - desenho de observação

4° série: Seria o caminho em que se seguiria entre todos os tipos de desenhos dito, sendo possível a mescla de mais de um. Conceitos de análise Zevi

Unidade: É o objetivo do artista de propagar uma ligação entre componentes e dessa forma visualizar não partes, mas um todo. Onde, nada pode ser adicionado ou excluido. Simetria: É o espelhamento de um lado em relação a um eixo no centro da peça, da arquitetura, da obra, para compor o todo. Segundo Vitrúvius, a simetria consiste na união e comformidade das partes, em relação à sua totalidade, e na beleza de cada uma das partes que compõem o trabalho. Equilíbrio: É o peso visual compondo o todo, sendo ele simétrico ou assimétrico. De forma que o eixo central se torna estável. 50/76

Ex. de 4° série - mescla de perspectiva de 2 pontos e observação

Palazzo Farnese Ex. de unidade, simetria e contraste


Ênfase ou acentuação: É a necessidade de demarcar um ponto focal na obra, seja ela um centro vertical ou horizontal. Contraste e Proporção: Se dá pela separação em ritmos, sejam elas verticais ou horizontais, cheios ou vazios, volumes e afins. Cabe ao volume dar vida ao objeto. Esse ritmo dita a sua divisão que gera uma proporção para o todo. Escala: Consiste na relação dimensional ou comparação de tamanho entre um elemento e um padrão. Onde se tem escala humana, ou funcional, escala plástica, ou ideal, e escala teórica, ou abstrata. Expressão do caráter: Consiste na forma como pode ou não imprimir nobreza, requinte, civismo, vulgaridade, dignidade, sobriedade, ostentação, força, opressão, etc.

Diferença de escala

Propriedade: A verdadeira técnica, elementos indispensáveis para que haja o edifício Verdade: Trata-se de quando o edifício expressa o que realmente é, a sinceridade arquitetônica. “Cuidado: nesse terreno de verdades expressivas é muito fácil cair em equívocos associativos e simbólicos.” Zevi, Bruno

Igreja della Salute,Veneza. Ex. de expressão do caráter e verdade

Estilo: É a lingua ou linguística do desenho, onde todo artista utiliza a língua para expressões e significados individuais, ou seja, criam sua linguagem. Protótipo da Maison Dom-ino, Le Corbusier Ex. de prorpiedade 51/76


Linha do tempo

Templo de Harthor - 2025 A.C. Egipcio

Templo de Paestum - 550 A.C. Clรกssico

Arco de Constantino - 312 D.C. Clรกssico

Catedral de Kolh - 1248-1880 Gรณtico

Palacio Raio Braga - 1754-1755 Barroco

Villa Savoye - 1928 Moderno

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Continua...


Análise SR Crown Hall Crown Hall é o prédio projetado por Mies van de Rohe para a escola de arquitetura do instituto de tecnologias de Illinois em Chicago. Construção modernista do século XX, visa o uso dos materiais mais empregados da época, como o aço e o vidro, no seu formato retângular. O diferencial se dá pelo conceito minimalista do arquiteto na obra, onde a estrutura forma uma moldura para a obra. E essa moldura gera em cada transparência uma imagem única.

Arquiteto: Mies Van der Rohe Localização: Chicago, Illinois, EUA Ano: 1956 Estilo: Moderno

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Análise Centro Georges Pompidou O projeto foi escolhido em um concurso criado por Georges Pompidou, presidente da França na época. O impacto sobre a população foi tremendo, tanto pelo desenho e decisões projetuais quanto pelos próprios arquitetos. Era um modelo baseado nas possibilidades da alta tecnologia, estruturado com um sistema de conexões, tubos e cabos de aço. O conceito mais perceptível do projeto era externalizar toda a infraestrutura do edifício, tornando-a um componente do aspecto visual do edifício. A identificação da função dos componentes do edifício se dá através da utilização de cores específicas. Arquiteto: Renzo Piano + Richard Rogers Localização: Beaubourg,, Paris, França Ano: 1977 Estilo: Expressionismo estrutural

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Análise Portland Building Considerado como a primeira grande construção do período pós-moderno, projetado pelo arquiteto Michael Graves. Exibe numerosos elementos simbólicos em suas monumentais fachadas, contrasta intencionalmente com a arquitetura modernista funcional que era dominante na época. O edifício tenta criar uma continuidade entre o passado e o presente: é um bloco simétrico com quatro fachadas retangulares esbranquiçadas, em estuque, com elementos clássicos reinterpretados, como pilares, pilastras e mirantes em escala excessiva. O edifício está situado em uma base de dois andares, reminiscente de um pedestal grego, que o divide em uma partição de três partes clássica de corpo-base-topo. Esteticamente, os elementos altamente estilizados, como as fitas e medalhões, foram criticados por carecerem da dignidade de um edifício oficial do governo. Outros afirmaram que o design estava sobrecarregado de simbolismo e muito preocupado com referências ao passado.

Arquiteto: Michael Graves Localização: Portland, EUA Ano: 1982 Estilo: Pós-moderno

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Análise Museu do Amanhã O museu é um projeto do arquiteto espanhou Santiago Calatrava e se situa na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro. O museu completa o complexo nomeado de Porto Maravilha da cidade. A arquitetura de Calatrava vem como forma de difundir a 3° geração de museus no mundo, a geração que pensa no futuro e nas novas possibilidades. Seu projeto foi inspirado totalmente na zona portuária e conta com o ideal de uma arquitetura biomimetica, que é a arquitetura pensada como a natureza e se adapta a determinadas variantes. Neste caso especifico a cobertura funciona como asas que se movem para promover a captação de energia solar durante todo o dia por meio dos painéis. O mesmo ganhou recentemente o prêmio mais importante para os museus o “Cerimônia”.

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Arquiteto: Santiago Calatrava Localização: Rio de Janeiro, Brasil Ano: 2015 Estilo: Contemporâneo


Seminário aula invertida Novo funcionalismo e arquitetura como forma de expressão Depois do movimento moderno - Josep Maria Montaner Josep Maria Montaner Josep Maria Montaner Martorell, nasceu em 1954 na Espanha. É doutor em arquitetura, professor da Escola Superior Técnica de Arquitetura de Barcelona, onde tem codirigido o programa de mestrado Laboratório da Moradia do Século XXI, e autor de cerca de 35 livros sobre arquitetura. Montaner já foi professor convidado em diversas universidades da Europa, América e Ásia e é autor de inúmeros artigos e publicações. Colaborador habitual de revistas de arquitetura e dos jornais espanhóis El País e La Vanguardia, em junho de 2015 foi nomeado conselheiro de habitação e do distrito de Sant Martí na Prefeitura de Barcelona. Ele ganhou o Prêmio Nacional de Planejamento Urbano na Espanha do Ministério da Habitação.

“O movimento moderno segue presente como repensamento total que foi da arquitetura e o urbanismo a partir da modernidade, com as vanguardas nas artes, o novo protagonismo das metrópoles, e a disponibilidade das novas tecnologias da construção. Muitos conceitos foram revisados e superados, mas dificilmente podemos sair da esfera da arquitetura industrializada a partir do início do século XX. Grande parte das propostas das vanguardas seguem vigentes. Isso é explicado no primeiro capítulo do novo livro.” Josep Maria Montaner

Ele também é membro do Comitê de Referência do caderno de arquitetura latino-americano de 30 a 60 anos.

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Contextualizando - Modernismo se perpendicula pelos anos 50, mas entra em decadência em meados dos anos 60. - Mudanças radicais nos padrões de arquitetura. Fatores definem as mudanças entre os anos de 1965 e 1969: - Falecimento de grandes nomes da arquitetura moderna - Arquitetos com visões inovadoras, com novas formas e elementos historicistas no início dos anos sessenta. - Campo industrial em prol da arquitetura, possibilitando novas tecnicas e experimentos ( testar resistências com tuneis de vento, calibradores, modelos aero elásticos que possibilitam experimentos para arranha-céus). - O surgimento de novos materiais derivados do metal e do plástico, e a pré-fabricação de peças para produção em massa de peças de encaixe totalmente industriais. - EUA como uma sociedade consumista sendo refletida na arquitetura despreocupada de ser a temporal.

Homem na Lua - Apolo 11

Casa Maui -Ettore Sottsass

“Os avanços da tecnologia cientificam estão transformando o estatuto do saber em geral a forma da arquitetura, em particular.” Pag. 112. Mies Van der Rohe

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Le Corbusier


Archigram Grã-Bretanha - 1960 - Revista archigram (1961 - 1970) - divulgava imagens tecnológicas de seus projetos radicais e, em muitos casos, irrealizáveis. Composto por dois escritórios de arquitetura: de um lado, Peter Cook, Dennis Crompton e Warren Chalk. Por outro, David Greene, Ron Herron e Michael Webb. Composições metafóricas - maioritariamente ilusório Principios: - A confiança de que existe uma racionalização intríseca no mundo da tecnologia e da ciência _ Ideia de progresso ilimitado _modelo baseado exclusivamente no crescimento industrial e a própria ideia de progresso ilimitado. _Confiança em novos materiais e nas novas tecnológicas, que iriam permitir superar todos os condicionantes da arquitetura tradicional. _liberdade de escolha _Arquitetura em KIT - peças substituiveis e transportáveis Peter Cook - necessidade de recuperar o espírito dos mestres, especialmente os futuristas italianos. Warren Chalk - necessidade de uma arquitetura descartável e produtível - estética de desperdícios. “Buscamos uma idéia, um novo idioma vernáculo, algo que nos aproxime às capsulas espaciais, aos computadores e às embalagens descartáveis desta era atômica e eletrônica”. pág 113

Walking cities - cidades que poderiam se mover “Os desenhos destas moving cities aproximando-se à baia de Manhattan, com os arranha-céus ao fundo e com a pretensão de propor uma modernidade alternativa para a já consagrada cidade de Nova Iorque seria a imagem mais contundente destas ambiciosas e otimistas propostas.” pág 114

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Os metabolistas Japoneses - Adeptos ao estilo Internacional: Norte americanos, Latinos e de coração aberto os Japoneses. - União entre pilotis e panos de vidro com a tradição local, trazendo uma nova forma de se ver o estilo internacional na Asia. - Influência Corbusiana com seu brutalismo, proporcionando a criação de uma “nova escola” no Japão. - Marco com a construção do museu de arte moderna em Tóquio. - Criticas ao funcionalismo como exaltação da estrutura, e uma forma de recuperar o naturalismo da forma. - Tange é um dos principais influenciadores/ fundadores dos Metabolistas Japoneses. - Grupo de arquitetos criados em 1960, com o foco em um desenvolvimento e a mutação de um processo vital e tecnológico, relacionado a arquitetura. - Propostas utópicas urbanas, devido o planejamento inexistente japones.

Museu de arte moderna em Tóquio Le Corbusier - 1959

Kunio Maekawa

Junzo Sakakura

Obras culminantes do fenômeno metabolista foram utopias urbanas de Kenzo Tange: - Plano do MIT em Boston. - Plano da Baía de Tóquio. A arquitetura de Kenzo Tange e dos metabolistas foi o mais importante impulsionador da arquitetura japonesa para o mundo, tanto que um dos principais arquitetos atuais com trabalho em tecnologia” papel” é o Shigeru Ban, que tem sua formação posterior a Kenzo Tange, mas ainda sofreu suas influencias pela busca ao novo.

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Plano da Baía de Tóquio - 1960

Biblioteca para Crianças no parque da paz – Hiroshima - 1955


A arquitetura neoprodutivista Final dos anos 50 - construção de edificios utilizando ao máximo as possibilidades da alta tecnologia Dois contextos - Grã-Bretanha e Estado Unidos _ arquitetura high-tech _ influencia das fantasias de Archigram _ grande rigor e pragmatismo

Edificio Willis Fabes & Dumas Ltd. em Ipswish (1972 - 1975)

Equipe Norman Foster - “ ... a mais emblemática desta arquitetura que, sem renunciar aos aspectos lúdicos e imaginativos propostos pela archigram, buscaram o rigor das realizações práticas, a versatilidade das diversas especializações técnicas e a elegância do desenho industrializado.” Pág 118 ...arquitetura tecnológica extremamente impositiva e intolerante com relação ao meio, continuando a prepotência da arquitetura moderna.” pág 118

“ É preferível mudar o ambiente existente que interpretá - lo e valorizá-lo.”

Patrick Hodgkinson, Brunswick Centre. Londres (1968 - 1972)

Arquitetura produtiva - Que aproveita ao máximo as possibilidades plásticas e materiais da tecnologia Arquitetura mais transparente, hermética, climatizada, interativa, resistente, leve, ágil, versátil e tecnologicamente atraente

Ford foundation em Nova Iorque de Roche e Dinkeloo (1963 - 1968) - Kevin Roche e John Dinkeloo - controle visual e ambiental - conceito de comunidade trabalhadora - tipologias em L - Patio com altura elevada - praça coberta ou estufa que serve de transição entre a rua e os escritórios. - espaço com clima constante e moderado - alarde tecnólogico e formas volumétricas puras prismas puros de vidro

Ford foundation em Nova Iorque de Roche e Dinkeloo (1963-1968)

“Este edifício, junto às maquetes de grande escala que utiliza Roche, mostram uma singular capacidade para explorar a idéia de espaço interior climatizado.” pág 119 Alemanha - Frei Otto - otimismo tecnológico Espanha - Enric Tous e Josep Maria Fargas tecnologias artesanais Madrid - arquitetura simples, com gestos tecnologicos, a reinterpretação de espaços e elementos da arquitetura popular, anônima e industrial. America Latina - arquitetura do “desenvolvimento” 61/76


O legado tecnólogico dos anos setenta - Ideias futuristas dos anos 70, que é resultado das novas técnologias.

A torre-capsula Nagakin - Cidades espaciais pré-Fabricadas, que aparentam ser naves que acoplam em suas estações espaciais. - Base em uma serei de recursos para obter a simplicidade e o mínimo de repertorio formal possível em sua obra, mas buscando o máximo da expressão de avanços tecnológicos da época, trazendo assim uma cidade conectada e intercambiável. Centro Georges Pompidou - O espaço é uma inovação para a cidade, que demonstra realmente a sua essência como destaque de forma a se ter as tubulações externas todas aparentes.

Torre-capsula Nagakin

- O projeto se resume em duas frentes, sendo a primeira a planta livre e a segunda colocar para fora todos elementos técnicos que sempre inibem a liberdade de planta, onde se tornam forma de expressão para o edifício. - Marco da Paris contemporânea do século XIX, e da capital burguesa do século XX. - Contradição ao belo visto anteriormente pela cidade, onde sua excência é totalemnte clássica. - Planta Livre, a partir da liberdade estrutural.

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Centro Georges Pompidou


As megaestruturas e as crises do otimismo tecnológico Estas obras de 60 que buscavam novas formas arquitetônicas a partir das novas possibilidades tecnologicas e que em 70 se maniestarm atraves dos metabolistas eram chamadas de as megaestruturas. Preocupação com a dimensão urbana e a preocupação de edificicios que se encaixe nesta escala gigante. _ Multifuncionalidade dos edificios “As novas estruturas de concreto armado e de aço possibilitam a construção de grandes complexos compactos que: alojam um número de funções diversas, apresentam possibilidades de ampliação e podem ser empregados em uma escala muito maior que a do edifício convencional.” pag. 124

Plano Obus para Argel (1929-1932)

Caracteristicas: _ Tamanho Colossal _ Possibilidade de crescimento _ Substituição e multiplicidade de funções _ Unidade - lúdico e futurista A decadência dessas estruturas foi outro sintoma da crise formal da arquitetura moderna.

Hilberseimer - Cidade vertical

Esgotamento do otimismo tecnológico - edificios que não tiveram continuidade devido ao alto custo “E assim o edifício de grande altura, o arranha-céus, o simbolo mais espetacular da arquitetura do movimento moderno começa a ser muito criticado devido a distorções que ele introduz no entorno histórico, urbano, paisagistico e topográfico.”

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6 Anรกlise obra de arte e arquitetura / releituras

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XPO - Pavilhão da Dinamarca em Shangai - 2010

O pavilhão da Dinamarca, projetado pela equipe do Bjark Ingels, arquiteto dinamarquês, juntamente com ARUP e 2+1, para um concurso, no qual foram vencedores. Seus projetos contemporâneos geralmente desafiam as convenções e dimensões da arquitetura tradicional. Seus projetos incorporam ideias de desenvolvimento sustentável e conceitos sociológicos.

“Sustentabilidade é geralmente mal-interpretada como um conceito que nos leva ao sacrifício ou a soluções e atitudes desconfortáveis e chatas. Se as soluções sustentáveis precisam se tornar competitivas, elas não podem carregar apenas conceitos morais e razões políticas, as soluções têm que ser mais atrativas e desejáveis do que as soluções não sustentáveis. Com o Pavilhão da Dinamarca, procuramos consolidar um conjunto de experiências concretas de como uma cidade sustentável – como Copenhague – pode de fato melhorar a qualidade de vida.” Bjarke Ingels

O XPO, mais conhecido como o Pavilhão da Dinamarca na expo Shanghai, em 2010, é basicamente resolvido através de um grande círculo, em que os visitantes podem percorrê-lo seja no caminhar ou através de bicicletas disponíveis na entrada, que tem como objetivo o experimentar a urbanidade dinamarquesa. O pavilhão é composto por uma grande piscina, que possui água do porto de Copenhague, onde os visitantes podem usufruir e em seu centro se tem a estátua de uma sereia, um símbolo para Dinamarca.

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Projetado em uma estrutura monolítica em aço pintado de branco, para manter frio durante o sol de verão de Shangai. O telhado/corredor é coberto com uma textura de superfície azul clara, em referência as ciclovias dinamarquesas.

Forma x Função

O aço da fachada é perfurado em um padrão que reflete as tensões estruturais, inicialmente projetado para através dos furos criar um skyline da Dinamarca. Um dos diferenciais deste pavilhão é que ele foi o único a possuir ventilação natural. Trata-se de uma arquitetura em o ornamento é inerente a arquitetura, já que sua forma e elementos pensados especificamente para está obra acabam por ornamentar. Além disso, seu valor funcional é intrínseco a sua forma já que os conceitos são transmitidos graças a forma adotada, trazendo uma coerência relativa a forma e função. É claro ao analisar a obra, a expressão e o ponto de vista que o arquiteto, de uma cidade limpa, pura, clean, sustentável, sociável, harmoniosa e principalmente bela como um todo, atraves da arquitetura. É possível perceber ainda que por isso trata-se de uma arquitetura mais central e erudita, talvez pela qualidade dos materiais especificados, passando até a ideia de que a Dinamarca seria o lugar ideal e de certa forma inacessível, ou seja, a arquitetura expressa um espaço de elite apesar de ser aberta a todos. Tornando assim uma arquitetura cara só de se olhar.

erudito x popular

Caro x barato

centro x periferia

belo x feio 66/76


XPO - Pavilhão da Dinamarca em Shangai - 2010

Vista Superior A obra traz a seriedade e o caráter de elite para arquitetura, é como se ela precisasse de um grande espaço para ser apreciada e principalmente para chamar a atenção com sua sobriedade. Então por que não distorcer sua forma e função e torna-lo obvio criando Vista Lateral algo chamativo e colorido “mais popular” e receptiva e transforma-la em um bolo invertido sendo que ela poderia se tornar, uma confeitaria, um comercio de aconteceria se a mesma tivesse panfletos ou até pibolos, que poderia ser implantado em espaços mais chações. A tornando algo comum e do povão e a torestreitos em avenidas de grande fluxo. nando mais real e acessível a todos. Não perdendo a sua ideia de arte, mas sim modificando seu conceito Com isso, a coerência entre forma e função seria ple- de arte e arquitetura. na. Além de que ao torna-la mais colorida, em um local com grande quantidade de informação a tor- A mudança de materiais , por materiais que transitam naria camuflada o que dificultaria a sua percepção e mais conforto e afinidade traz o conforto para arquicontemplação o que a tornaria mais ”feia” o mesmo tetra, como por exemplo, a madeira. O que faz com que a população se sinta acolhida pela obra e ao contrario de antes que era uma obra mais de passagem do que de permanencia, agora se transforma emum edificio que acolhe e estimula a permanência.

3D

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Grande núcleo - 1966 Grande núcleo, de 1966, de Hélio Oiticica, um artista que buscou inspiração em diferentes cenários históricos e sociais. Suas obras podem ser interpretadas de diversas formas, desde sua elaboração até os experimentos, as obras em si que necessitam da interação com o público, o que era inovação para época. Sendo assim, não basta analisar a obra pela obra e sim vivenciar, sendo o observador parte primordial da obra, adquirindo assim uma nova dimensão. Trata-se de uma instalação suspensa feita com madeira pintada em tons quentes como amarelo e Laranja, que pode ser dividida em três partes. E que de certa forma critica o espaço e o tempo. O modo como ele apresenta é bem claro em sua função, que seria o percorrer da obra, ou seja, o deslocar entre os elementos vivenciando o espaço e as sensações proporcionadas. A noção de espaço varia de acordo com o local e isso requer muitas vezes desvios o que demanda mais tempo. As interpretações são vastas, mas talvez uma delas seja a vida que você percorre e em cada momento se tem uma sensação diferente, talvez tranquilidade, através do espaço, outras o temor e a angustia de não saber o que lhe aguarda, e sendo que tudo demanda tempo, assim como o tempo em que se percorre a instalação de Oiticica. O tempo é uma dimensão complexa, o que acaba por mudar nossa interpretação a cada momento. Ou talvez seja apenas um labirinto, não importa, pois, as interpretações mudam o que traz então a tona que talvez a forma em que foi produzida seja a justificativa de sua função. Pode se dizer que tratasse de uma obra bela, talvez pela simplicidade de seus elementos e a riqueza de interpretações possíveis, porém é perceptiva a questão de uma arte cara, apesar de seus materiais simplórios, e de considerar uma arte que agrega todas as classes, mesmo com seu caráter erudito. Cabe talvez, trazer a questão do simbolismo, a primeira interpretação que se tem é de uma labirinto e no conceito mais amplo o labirinto seria um local de confusão, de desorientação, um dos símbolos da mitologia grega, que servia para alojar o Minotauro, monstro metade homem, metade touro, a quem eram oferecidos regularmente jovens para devorar. Ou seja, mais uma interpretação, a de que o tempo nos devora, por isso estaria em um labirinto.

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erudito x popular

Forma x função

Ideal x real

A proposta desta obra é uma volta ao núcleo da cor; para que se possa absorver o desdobramento da cor no Núcleo é preciso que o participador adentre a estrutura de placas coloridas, cercando-se delas e vendo-as por todos os ângulos

Belo x feio

Caro x barato

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Grande núcleo - 1966 Os elementos que mais se destacam na obra é o fato de necessitar da interação com o público, e de ser geralmente exposta em galerias de arte com um tipo de iluminação exclusiva e artificial, o que realça ainda mais seu caráter erudito, apesar da simplicidade dos materiais. Então, se pensarmos em um oposto e que de certa forma ainda traga uma certa erudição, porem pensando em uma exposição ao ar livre. Pensando assim em uma releitura colocando ela dentro de um espelho d’água que afaste as pessoas, juntamente com pedacinhos de vidro que mantenham o elemento principal da obra longe, o observador. A cor é um aspecto importante que transmite calor, acolhe o espectador e traz a agitação. Se trocar a cor por uma fria que transmita calma e tranquilidade. O conceito mudara e isso possibilitara sua utilização e exposição de formas diferentes, como uma fonte em uma praça, ou ainda como um expositor de joias.onde o vidro afasta as pessoas indicando o alto valor do produto. Então assim ocorre a mudança de função, trazendo questões como ideal x real, como algo ligado a elite. Ou ainda como um expositor em uma feira , e que passaria despercebido independente do valor da mercadoria. Por se uma instalação de presença efêmera que se materializa de forma definitiva apenas na memória. O sentido de tempo o se dá de forma imediata ao apreciar a obra in loco, mas permanece em sua fruição plena como recordação, o que seria de extrema importância para um comercio por exemplo. E sem a participação do observador faz com que sua percepção seja complicada e dificultada. A necessidade de mexer com os sentidos do público, de instigá-lo, quase obrigá-lo, a experimentar sensações, sejam agradáveis ou incômodas, de uma instalação muda de função e passa a ser apenas contemplativa.

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Artigo

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Arte pode ser repassada e compreendida sem causar impacto controverso? Amanda Tavares e Amanda Siqueira

Resumo O foco deste trabalho é mostrar até que ponto a mensagem de arte pode ser repassada e compreendida sem causar ao menos um impacto controverso em seu discurso. Não qualquer obra, mas principalmente aquelas que tem a intenção de causar impacto, gerar ou apontar críticas, ou apenas estar ali, mesmo quando estas trazem mensagens fortes em sua estrutura, e que para ser compreendida deve se pensar em todo o contexto que esta está inserida. Sendo assim, o objetivo é a reflexão sobre o papel da obras e instalações na formação crítica da percepção subjetiva de cada indivíduo sobre o mundo.

Palavras Chave Arte, percepção, crítica, sustentabilidade, sociedade, tempo.

Introdução Inicialmente, é importante compreender um pouco sobre o que está por trás do objetivo de uma instalação de arte e de onde a mesma surgiu. As instalações surgiram com as primeiras experimentações modernistas estabelecidas por Kurt Schwitters e Marcel Duchamp. Sendo que a ideia proposta pelo modernismo o conceito de arte em que o espectador participa ativamente da obra e, portanto, não se comporta somente como apreciador. Essas obras muitas vezes são voláteis, efêmeras, absorvem e constroem o espaço a sua volta, ao mesmo tempo, que o desconstrói. Essencialmente, é a construção de uma verdade em 72/76

um lugar e tempo determinado. Onde o tempo é primordial em sua compreensão, fazendo com que a mesma seja um espelho de seu próprio tempo, questionando assim o homem e o fazendo a se posicionar sobre. Sendo ponto de partida para discussão sobre o posicionamento do espectador em relação a crítica social que as instalações trazem.

Desenvolvimento O instituto Inhotim, localizado na cidade de Brumadinho, MG, surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, mas apenas em 2006 o local começou a ser


aberto ao público. O instituto se tornou um complexo museológico, com pavilhões, galerias e instalações a céu aberto. Inserido em uma grande área de preservação ambiental, diferentemente dos tradicionais museus urbanos, hoje o parque é a única instituição brasileira que exibe regularmente um grande acervo de excelência internacional de arte contemporânea. Segundo os moradores da cidade, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século 19, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy – o “Senhor Tim”, que, na linguagem local, acabou virando “Nhô Tim” ou “Inhô Tim”.

ma incontrolável. Onde teve sua concepção em uma história que envolve religião, cultura popular, conscientização ambiental e conflitos de interesses. Também exibe uma narrativa ficcional que entrelaça o real e o imaginário.

Ambicioso, performativo, escultural e talentoso são alguns dos adjetivos que podem percorrer e descrever as obras de Matthew Barney, artista norte-americano, escultor e performer – diga-se de passagem, um dos mais importantes e vanguardistas do século 20, um dos artistas com obras expostas em Inhotim..

“tudo teve início numa performance realizada durante o carnaval de Salvador de 2004, no qual uma mulher defendia uma árvore de ser cortada por outros homens, cheia de representatividade, exibe uma narrativa ficcional que entrelaça o real e o imaginário. A obra refere-se a duas divindades no candomblé brasileiro de raízes africanas: Ossanha, o orixá da vida vegetal e governante das forças vitais da Natureza, e Ogum, orixá de ferro, guerra e tecnologia. O conflito entre essas duas divindades fornece um princípio organizador para o trabalho e reflete o interesse aguçado na natureza dialética de elementos aparentemente opostos”

Barney estudou artes na universidade de Yale e suas obras participaram de diversas exposições, sendo que já foi premiado com Aperto Prize da Bienal Veneza. Em Yale, Matthew Barney quase formou-se como médico cirurgião. É possível perceber em diversas obras a presença de elementos biológicos e relacionados a anatomia humana.

Nesta obra o autor traz a complexa narrativa sobre o conflito entre a natureza e a tecnologia. Criada especialmente para Inhotim, a localização da instalação é parte importante de sua concepção. A escolha pela mata afastada do núcleo do parque abre a leitura da obra para o campo da biologia e reflete a preocupação ambiental do artista.

Em um carnaval em Salvador, em parceria com Arto Lindsay, criaram uma performance usando um trator que carregava uma árvore como carro alegórico, desfilando com o bloco Cortejo Afro. A performance teve registro e transformou-se num filme chamado ‘De Lama Lâmina’. Nessa obra, a intenção de Matthew é pensar a tecnologia, a natureza, a guerra, a floresta. Para ele, o Carnaval brasileiro simbolizava um caos fundamental, que gerava for-

O interior e exterior é um dos pontos importantes da obra, já que no interior de um domo geodésico de aço e vidro tem se uma máquina, o trator, construída pelo homem que ergue uma representação de árvore, que mesmo desprovido de suas reais funções, mostrando sua instabilidade, o trator já cumpriu sua função de alterar um cenário natural. Onde demonstra a tensão entre destruição e criação, progresso e conservação, fecundi73/76


seu interior o símbolo da destruição. Não o trator em si, mas o homem. O trator seria o meio e o homem a causa. Duas questões que remetem ao momento atual, uma ligada às preocupações com a conscientização ecológica, qual seria o preço que teríamos que pagar para conseguirmos espaço no meio natural para impormos nossa vontades, sejam elas de uma simples forma de expor pensamentos, ou para criarmos nossas monumentalidades. Em 1985, Nietzche já apresentava uma ideia de progresso que se enquadra a instalação analisada. Onde ele dizia “ao contrário do que se afirma hoje, a humanidade não representa uma evolução para algo melhor, mais forte ou mais elevado. O ‘progresso’ não passa de uma idéia moderna, ou seja, de uma idéia falsa”. A humanidade, hoje, segue as concepções que lhe foram impostas desde a colonização. Isso influencia diretamente na visão que temos de progresso e na nossa percepção de mundo.

dade e morte, ideal e real, sagrado e profano. Já externamente se tem o contraste entre tecnologia da geodésica com os morros de minério e árvores abatidas, um espaço que foi modificado para contar uma história, que de certa forma, se contradiz em alguns pontos, inacabado, a devastação se instaura.

Ao tirar a máquina “destruidora” de seu domo geodésico, inserido na natureza, e colocá-lo em meio a selva de pedra, atribui dois questionamentos diferentes, quantas vezes esta máquina teve de ser utilizada para que se tivesse estes grandes espaços para as altas construções Além disso, nos faz questionar o que é mais importante para cada ser, a construção desenfreada de edifícios, que muitas vezes acabam abandonados, ou a natureza fonte de todos elementos primordiais para vida? Um dos elementos que compõem uma instalação é o tempo e não seria ele um dos elementos ligados à vida? Então o que é o real e o que é ideal? O ser humano em si sabe o que é ideal, já que o mesmo sabe que a continuação de algumas ações diminui seu tempo de vida ou até mesmo a sua qualidade, mesmo assim não calcula o valor de suas atitudes.

Uma obra criada em 2009 que continua sendo atual. Uma obra atemporal. Ela se impõe e fala por si só. É o resumo de uma história de décadas, a causa de um futuro incerto e duvidoso. Primeiramente se tem uma bolha, que pode significar diversas coisas além da tecnologia, uma estufa, o isolamento e a ignorância do homem em relação ao todo. É no Inserindo assim a instalação em um meio mais 74/76


movimentado, como a avenida Paulista, e de grande visualização, a obra potencializa sua crítica à sociedade, além de profanar um ícone da arquitetura e símbolo da arte, o MASP. Tornando uma crítica isolado em uma intervenção que choca, degrine e “dá um tapa na cara da sociedade”, em uma instalação central que se espalha para o mundo, mesmo que seja com impacto controverso. Como se dissesse não importa o que falem, só importa que falem de mim. Impactante? Sim. Às vezes tudo o que precisamos e que sejam sinceros e agressivos na mensagem que querem passar.

07 dez. 2018. LIMA, Pedro Modesto. MATTHEW BARNEY – ESCULTURA NARRATIVA E PERFORMÁTICA. 9 f. CAPES

Conclusão Podemos perceber que os conceitos por trás de objetos concretos e cores refletidas, se tornaram muito mais importantes que a própria arte em si, que se tornaram “instrumentos”, que fazem repensar os novos conteúdos, as afirmações e negações do dia a dia, as transformações que acontecem a todo momen Mas será que a forma como são colocadas realmente repassam sua função? Repensar questões, onde no caso em si seria para transmitir a mensagem de consciência ambiental, mas a obra está em um local “verde” que foi desocupado para que a obra esta fosse instalada, este impacto talvez não fosse tão gritante se estivesse em meio a “floresta de concreto”, pois como já não se tem a forte presença da natureza, o medo está focado em apenas não perder o que ainda tem, e o pensar em reconstruir acaba ficando de lado.

Referências INHOTIM. Disponível em: <http://www.inhotim.org.br/inhotim/>.Acesso em: 07 dez. 2018. O ABSTRATO Mundo de Matthew Barney. Disponível em: <http://whatelsemag.com/abstrato-mundo-matthew-barney/>. Acesso em: 75/76


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