Relatório de Atividades Anual 2016

Page 1

Relatório de Atividades Anual 2016

ASSOCIAÇÃO AMANU - EDUCAÇÃO, ECOLOGIA E SOLIDARIEDADE JABOTICATUBAS / MINAS GERAIS / BRASIL


Relatório de Atividades Anual Organização e redação: Daya Gloor Vellasco Revisão: Luiz Felipe Lopes Cunha Editoração: Daya Gloor Vellasco Fotos: Daniel Félix Junquer (maior parte)

Equipe executiva Diretoria institucional (2016-2018) Presidente: Artlaide Alves Lopes Vice presidente: Filipe Freitas Chaves Tesoureira: Fernanda Louro de Souza Secretário: Emmanuel Duarte Almada Conselho Fiscal: Maura Neves Coutinho Rodrigo Marcos de Jesus

Coordenação geral: Daya Gloor Vellasco Coordenação executiva: Luiz Felipe Lopes Cunha Equipe técnica: Dákini Lima Dariane Juliane da Silva Ramonn Henrique Marques Sônia Maria Correia Oliveira Daniel Félix Junquer


Quem somos 04

10

Memória

Atividades realizadas em 2016

16

33 Infraestrutura Financiamento e 34 prestação de contas Desafios para 2017 38 2018 e como participar e apoiar


Quem somos A Amanu é uma associação civil, sem fins lucrativos, que atua no intuito de mobilizar e apoiar ações populares comprometidas com uma sociedade mais justa e ecológica no município de Jaboticatubas, Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG. É formada por agricultores familiares, artesãos, produtores artesanais, moradores do campo, povos e comunidades tradicionais, técnicos e demais pessoas empenhadas nessa construção. Reúne hoje voluntários, colaboradores e associados de 4 municípios e 20 comunidades rurais de Jaboticatubas. Acreditamos no potencial do município para o desenvolvimento sustentável com base em um campo com agricultura familiar forte, diversificada, agroecológica e extrativista, gerando renda sem degradar a natureza e preservando a cultura da região, sempre em diálogo com a cidade.

04


Missão Trabalhar junto às comunidades rurais de Jaboticatubas, potencializando modos de vida ecologicamente viáveis e socialmente justos, de modo a perpetuar a vida e a cultura do campo, em sua diversidade geracional, étnica e de gênero Fortalecer e monitorar Políticas Públicas que beneficiem as comunidades rurais no município. Trabalhar a interconexão entre a vida do campo e a vida da cidade Utilizar, para tal, instrumentos da agroecologia, agroextrativismo, educação popular, tecnologias sociais, construção ecológica, segurança alimentar e nutricional, educação do campo e economia solidária

04

Visão Fomentar a criação de grupos autogestionados que se baseiem em práticas sociais solidárias, democráticas e ecológicas nas comunidades de Jaboticatubas Articular ações entre esses grupos de forma que trabalhem em rede, troquem experiências e se fortaleçam mutuamente Fortalecer a formação e atuação política desses grupos

05


Ser um centro de experimentação e difusão de práticas e técnicas acessíveis e ecológicas à agricultura familiar

Valores Democracia: as ações devem ser espaço de experiência democrática, onde todos têm vez e voz e possam aprender a trabalhar em grupo, resolvendo questões no coletivo Transparência: as ações devem ser sempre esclarecidas aos participantes, como por exemplo, os critérios de participação, as funções de cada um, de onde vêm e para que serão usados os recursos. Os envolvidos devem participar sempre que possível do planejamento, execução e avaliação das ações Solidariedade: o conhecimento deve ser difundido e compartilhado. Deve-se buscar agir junto aos grupos e pessoas e não incentivar a competição entre eles. O interesse é o de beneficiar toda a comunidade. Não devemos priorizar nossas famílias ou grupo de amigos na participação das atividades

06


Justiça: buscar sempre trabalhar com os mais excluídos, de modo que tenham as mesmas condições de participação e desenvolvimento integral. Não fazer qualquer tipo de discriminação Ecologia: todas as ações devem ser sustentáveis, ou seja, viáveis social e ecologicamente, preservando os recursos que as geram Educação popular: trabalhar sempre para a autonomia dos participantes, não gerar relações de dependência e não executar ações assistencialistas Atuar em rede: atuar no local, com as bases, porém sempre em articulação com as redes e grupos maiores que nos representem Profissionalismo: as ações são de cunho profissional e não devem levar em consideração julgamentos e preferências pessoais Atuação política: atuar para que a política seja instrumento que vise o bem público, não participar de práticas que não tenham esse perfil. Não representamos partido político e não usamos as atividades da Amanu para realizar campanhas de partidos políticos

07


Informações gerais Endereço: Capão do Sítio, Área Rural, S/N. Caixa postal 98 Jaboticatubas/MG. CEP: 35.830-000 Contatos: associacaoamanu@gmail.com (31)99958-0038 / (31)99195-2726 Certificados: Registro no Conselho Municipal de Assistência Social Utilidade Pública Municipal Utilidade Pública Estadual Canais de comunicação: Site: www.associacaoamanu.org Facebook: www.facebook.com/faceamanu Vídeos: www.youtube.com/associacaoamanu Site da Feira: www.feirajabo.wix.com/raizesdocampo Grupo da Feira no Facebook: www.facebook.com/groups/raizesdocampo Publicações: issuu.com/amanu

08


Acreditamos no trabalho em rede Compomos e dialogamos com as seguintes Redes e Articulaçþes:

09


10


11


12


13


14


15


Atividades realizadas em 2016 Em 2016, a Amanu coordenou 9 projetos: Feira Raízes do Campo; Grupo de Trocas em Práticas Populares de Saúde; Convivência com a Seca; Campo Experimental; Uso sustentável do coco macaúba; Espaço Popular Raízes; Formação Continuada dos Feirantes da Raízes do Campo; Vivências da Raízes do Campo; Dedo de Prosa. Também, executamos ações importantes em parceria: em agroecologia com a REDE e de disseminação de tecnologias sociais com a EMBRAPA. Ainda, demos continuidade à orientação de trabalhos acadêmicos, capacitação da equipe, articulação com grupos e redes, representação em espaços políticos e estruturação institucional. É importante destacar que os projetos e ações sempre dialogam e fortalecem uns aos outros.

16


Feira Raízes do Campo - A feira agroecológica de Jabó A agroecologia é uma proposta de desenvolvimento rural sustentável, onde os agricultores têm terra e liberdade para produzir de acordo com suas necessidades e escolhas, produzem sem usar venenos, respeitam a natureza e preservam nossas águas e solos saudáveis, oferecendo produtos de qualidade e que não prejudicam nossa saúde. Jaboticatubas tem agricultores agroecológicos, que vêm preservando e resgatando a forma de produção dos antigos e aprendendo juntos outras formas de produzir com respeito à vida, através de cursos, oficinas, encontros e conversas. Esses agricultores estão reunidos na Feira Raízes do Campo - A Feira Agroecológica de Jabó, um empreendimento coletivo que busca dar oportunidade, por um lado, para os agricultores familiares agroecológicos comercializarem seus produtos de forma direta e, por outro, para os consumidores saberem onde encontrar produtos tradicionais, diversificados e de qualidade, ajudando a preservar a cultura e a natureza da região.

17


A Feira Agroecológica Raízes do Campo é um empreendimento popular solidário lançado pela Associação Amanu em 2013. Representa mais um passo importante para o fortalecimento da agricultura familiar agroecológica e do extrativismo como modelos de desenvolvimento para o campo, gerando renda para as comunidades em harmonia com a natureza. Todo segundo e quarto sábado do mês na Praça Nossa Senhora da Conceição, em parceria com a Feira de Artesanato, famílias agricultoras produzem e comercializam uma enorme diversidade de alimentos: verduras e legumes, PANC`s (plantas alimentícias não convencionais), plantas medicinais da horta e do cerrado, grãos, alimentos do cerrado, alimentos processados de origem animal e vegetal, adubo verde, sementes crioulas, raízes e frutas de época, além de lanches, quitandas e petiscos. Ainda, há atrações culturais e educativas durante a feira, como oficinas, apresentações musicais, rodas de conversa, entre outras, graças à muitos parceiros que se dedicam voluntariamente. Jaboticatubas tem 80% da área do Parque Nacional da Serra do Cipó e se insere em uma paisagem de forte potencial para o turismo e para o desenvolvimento rural com preservação ambiental. Os moradores têm orgulho de sua cultura, muito representada pelas festas e tradições rurais.

18


Dentro desse contexto, a Feira é, atualmente, um patrimônio da cidade, reconhecida por seus frequentadores pela qualidade dos alimentos e por preservar as tradições alimentares da região. Em 2016, 36 famílias agricultoras comercializaram produtos saudáveis para todo o município e municípios vizinhos, fazendo circular cerca de R$180.000,00/ano na economia local. Também comercializamos na Feira de Economia Solidária da FACE/UFMG, na Feira Agroecológica do DGA/UFMG, no Ecomuseu do Cipó e no Mercado Vivo + Verde. Destacamos o diálogo com o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o estudo comunitário para certificação orgânica participativa dos feirantes da Raízes do Campo e a aproximação com o Slow Food, reconhecendo a importância da Feira para a preservação do alimento bom, limpo e justo. A Feira Raízes do Campo tem apoio da Rede de Comerciantes Parceiros. À eles, nossos agradecimentos: Ival Comércio L o j a d a Ma r a Sorveteria Kidoçura B a r e Me r c e a r i a Ma l o c a G r u p o A r a ú j o L o j a d o P o v o

P o n t u a l Mo d a s e P r e s e n t e s L o j a d a I v o n e Ecopress K e u Mo t o s Fino Cacau - Café e C o n f ei ta r i a

19


Grupo de Trocas em Práticas Populares de Saúde Tendo reunido raizeiros e raizeiras, profissionais de saúde, praticantes de terapias alternativas e demais interessados, o Grupo de Trocas em Práticas Populares de Saúde teve início em 2016. Nos encontros mensais discutiu-se: a importância de uma alimentação saudável, baseada em alimentos frescos e sem agrotóxicos, com o mínimo de alimentos processados; a importância dos exercícios para manutenção da saúde; a importância do resgate e aprendizado em práticas populares de manutenção da saúde como uso de plantas medicinais, bioenergética, homeopatia, florais, uso de barro e banhos, entre outras; o perigo do abuso de remédios; a falta de assistência médica; a indústria de alimentos e de remédios sendo usadas como indústrias da doença e não da saúde; entre outros temas. Destaque para a realização do Curso de Fitoterapia e Bioenergética com a Pastoral de Saúde de Santa Luzia e as caminhadas de reconhecimento de plantas medicinais do cerrado, acompanhadas de raizeiras de Jaboticatubas e conhecedoras da Pastoral. Todas as atividades foram gratuitas e realizadas voluntariamente.

20


Convivência com a seca O projeto "Convivência com a seca e apoio à produção familiar agroecológica dos feirantes da Raízes do Campo - A feira agroecológica de Jabó" veio da necessidade de enfrentar a escassez hídrica que se agrava a cada ano em Jaboticatubas. Com a expansão descontrolada de loteamentos irregulares e condomínios e venda de lotes menores de 2 hectares em área rural (o que é ilegal), aumentam o número de sitiantes e o preço da terra para os agricultores. O aumento da escassez hídrica, já sentida com os desmatamentos para carvão e pasto, vem à reboque, com a furação irrestrita de poços artesianos por todo o município e aumento da demanda por água. A Feira Raízes do Campo apontava essa questão com a falta d´água para manutenção das horas em tempos de seca por várias famílias, além de água para consumo em algumas regiões. Assim, com apoio do Fundação Banco do Brasil, que reconhece a cisterna de placa como tecnologia social, estamos construindo 16 unidades para captação de água de chuva para as famílias mais afetadas. A escolha das famílias foi feita em reunião dos feirantes e a primeira cisterna contou com apoio da Rede de Intercâmbio em Tecnologias Alternativas que realizou um curso onde mais pessoas se capacitaram para construí-las.

21


A cisterna de placa para captação de água de chuva foi inventada por um pedreiro em Sergipe há mais de 40 anos e são uma tecnologia já bem disseminada no semi-árido. Ao armazenar a água que iria direto para os córregos e rios pode-se usá-la ao longo da estação seca, dando uma segurança maior às famílias e diminuindo a retirada de água dos leitos d´água. As cisternas de placa são econômicas em relação à outras cisternas e caixas d´água. Devem ser pensada como uma técnica de conservação de água em conjunto com outras como as barraginhas (falaremos delas à seguir), o manejo ecológico do solo para evitar erosão, a manutenção das áreas de preservação permanente e das reservas legais. Cuidados com as cisternas: O local de construção deve ser bem escolhido, consulte alguém que conheça a técnica antes de fazer uma Não deixe árvores e arbustos com raízes fortes crescerem perto das cisternas Não construa fossas ou chiqueiros perto Deixe a primeira água da chuva lavar o telhado e armazene água após isso

22


Ao final da seca lave as paredes da cisterna por dentro com um pano limpo ou uma bucha de espuma e o piso com uma vassoura Mantenha a pintura de cal por fora da cisterna e a terra ao redor dela deve tampar até a altura de 1,20 metros Caso a destinação da água seja para consumo, é preciso fazer o tratamento da água Guarde os canos após as chuvas para que eles não quebrem ou ressequem Mantenha a cisterna bem tampada

A Associação Amanu está capacitando jovens pedreiros das áreas rurais para a disseminação das cisternas de placa para captação de água de chuva. Quer fazer uma? Entre em contato!

23


Campo Experimental O Campo Experimental é uma área cedida por associados para experimentação de práticas ecológicas, ainda sem financiamento. Tecnologias ecossociais aplicadas: construção com terra crua, tinta de terra, tratamento e construção com bambu, concreto estrutural com bambu, fossa séptica econômica, muro de arrimo de pneu, nivelamento do solo com pneu, movelaria simples de bambu, barraginhas para infiltração de água de chuva e abastecimento do lençol freático, captação de água de chuva Manejo agroecológico: adubação verde, produção de E.M., homeopatia na agricultura, produção de biofertilizante, plantio de árvores frutíferas, produção de mudas Atividades coletivas: mutirões e cursos

Uso sustentável do coco macaúba O projeto "Usos sustentável do coco macaúba: geração de renda com o cerrado em pé" é financiado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS) e executado pela Amanu

24


desde 2014. Considerando a abundância e o saber tradicional ligado ao coco macaúba (coquinho de espinho) na nossa região, esse projeto visa estimular o aumento da produção e melhoria na qualidade dos produtos, gerando renda para as comunidades que o beneficiam com preservação do cerrado. São muitos os produtos do coco: sabão, óleo comestível e cosmético, farinha, quitandas, sabonete, ração animal e carvão. Com as Casas Comunitárias do Coco Macaúba será possível abrigar um maquinário moderno e eficiente, que será gestado pelas famílias agricultoras extrativistas, de modo que obtenham mais renda e alcancem um mercado maior com seus produtos. Foram realizadas reuniões com agentes locais, reuniões de mobilização em várias comunidades, formação de grupo de jovens, oferecido um curso sobre o coco que contou com várias visitas de intercâmbio para conhecer as possibilidades de seus usos. Em 2016, o projeto conseguiu um recurso adicional do Fundo Socioambiental CASA e Fundo Socioambiental CAIXA, que possibilitou a construção da estrutura de bambu que abrigará a Casa Comunitária do Coco Macaúba. A construção contou com técnicos da Associação e vários voluntários. O vídeo do processo construtivo está disponível aqui: www.youtube.com/user/associacaoamanu

25 14


Espaço Popular Raízes O Espaço Popular Raízes - Encontro, Saúde e Cultura, está sendo construído no espaço cedido em comodato pela Associação Pedro Maximínio da Costa, no Bairro Sagrada Família. Essa parceria possibilitará a abertura do Armazém Raízes do Campo, que vai oferecer produtos agroecológicos durante a semana para a população e a estruturação de um espaço multiuso que abrigará várias atividades educativas e culturais. Em 2016, revitalizamos o espaço através de mutirões e trabalho voluntário, também colocamos as contas em dia com a realização de bingos, sorteios de cestas e doações. O Espaço foi inaugurado e já recebeu diversas atividades como encontro de quitandeiras, palestras do Dedo de Prosa, Curso de Bioenergética e Fitoterapia, grupos de estudo, reuniões com parceiros e tem uma parceria fixa com a professora Ana Maria, que oferece aulas preparatórias para o ENEM e outros concursos à preços acessíveis.

26


Formação Continuada dos Feirantes da Raízes do Campo Como um empreendimento de economia solidária, a Feira Raízes do Campo toma suas decisões, faz avaliações e planejamentos e acolhe novos membros coletivamente. Os encontros são trimestrais e acontecem desde 2014. Esse momento, além de ser essencial na vida da Feira, é um momento onde nos formamos de forma coletiva, trocamos informações, fazemos estudos, dinâmicas de integração, nos conhecemos melhor e buscamos novas parcerias. Dessa forma, nos fortalecemos enquanto grupo, enquanto movimento comum por uma forma mais justa e ecológica de produzir e consumir alimentos, de viver em coletivo e de praticar a experiência democrática. Em 2016 os encontros foram realizados com recursos do PPP-ECOS, da Casa/CAIXA, próprios da Associação e com doação de comidas por parceiros e feirantes. Demos início à formação das crianças e jovens filhos e netos de feirantes, recebemos os parceiros da Casa Horta e da Engenharia de Produção/UFMG, recebemos a nova gestão da Prefeitura para estreitar o diálogo e ampliamos o encontro com a presença de participantes de outros projetos da Associação.

27


Vivências da Raízes do Campo

28

O Ciclo de Vivências é realizado pela Amanu desde 2015, cada semestre com uma família da Raízes do Campo e um tema principal. É uma experiência de turismo de base comunitária, onde os participantes vivenciam o dia-a-dia da família do campo, se alimentam de produtos agroecológicos, trocam experiências e compartilham com a família agricultora seus conhecimentos. Os conhecimentos tradicionais, aprendidos e repassados em contato com a natureza, devem ser valorizados, resgatados e multiplicados para que possamos superar os desafios de nosso modelo de produção e consumo, rumo à modos de vida mais justos e sustentáveis. Em 2016 os temas foram açúcar colonial e identificação, coleta e uso de plantas medicinais do cerrado. Contamos com a parceria do CFES-SE.


Dedo de Prosa O Ciclo de Encontros Dedo de Prosa - Cultura Democrática! foi um espaço dedicado à formação cidadã em Jaboticatubas, com o objetivo de receber especialistas, técnicos e estudiosos de temas sociopolíticos relevantes para o empoderamento das comunidades, promovendo o encontro de cidadãos para discussão sobre ferramentas democráticas de luta e defesa de seus direitos. A atividade teve maior relevância ao ser realizada em um ano eleitoral, onde o processo e a lógica própria da democracia são distorcidos no discurso de pessoas descomprometidas com o bem comum. Foram encontros mensais, realizados na Raízes do Campo - A Feira Agroecológica de Jabó e no Espaço Popular Raízes. Os temas tratados foram: - Comer: um ato político: alimentação em suas múltiplas dimensões - Transparência e controle social - Emponderamento comunitário e reviravoltas locais - Desenvolvimento Rural Sustentável Contamos com representantes da SEDA/MG, Movimento Slow Food, Associação Nossa Cidade e administradores públicos. O vídeo da roda de abertura está disponível aqui: www.youtube.com/user/associacaoamanu

29


Atividades em parceria A Rede de Intercâmbio de Tecnologias alternativas executou em 2016 o projeto "ATER-Agroecologia" com recursos do Governo Federal. Em Jaboticatubas, as ações aconteceram em parceria com a Amanu. Foram realizados: reuniões de mobilização, curso de construção de cisterna de captação de água de chuva, criados grupos de mulheres e grupos de jovens do campo, intercâmbios, atividades práticas de experimentação em adubação verde, feitio de caldas e demais insumos orgânicos. A EMBRAPA também realizou uma série de atividades do Projeto Barraginhas em parceria com a Amanu em Jaboticatubas. Foram feitas 84 barraginhas para captação de água de chuva e abastecimento do lençol freático, 14 laguinhos lonados para criação de peixes com pouco gasto de água, 23 estufas para produção de hortaliças e distribuição de mangueira de irrigação. Essas parcerias foram de grande importância para a Amanu, obrigado! Saiba mais: projetobarraginhas.blogspot.com

30


Capacitações, articulações e participação em redes Intercâmbio entre projetos - Projeto Pequi e Uso Sustentável do Coco Macaúba: visitas e oficinas Presença na mesa de instituições na formatura do LeCampo/UFMG Cadastro do óleo de coco macaúba na Arca do Gosto/Slow Food Treinamento da equipe e atendimento aos agricultores para fazer o CAR - Cadastro Ambiental Rural Reunião com Ministério Público sobre direitos de comunidades tradicionais Oficina de minhocário com a AMAU e Spiralixo Participação no encontro da Rede Mineira de Educarores Populares

31


Participação na Assembleia da Rede Cerrado Participação no VI Encontro de Subcomitês e Festivelhas Presença em duas mesas de conversa: organização de feiras e plantas medicinais durante o Encontro dos Povos do Espinhaço Presença em roda de conversa sobre organização de feiras em Betim com a Caravana da Nossa Cidade Recebimento de caminhão para uso da agricultura familiar através de emenda do Deputado Federal Padre João Participação no Encontro da Rede Brasileira de Comercialização Solidária Participação na roda de conversa sobre mulheres durante encontro da Associação Quilombola do Mato do Tição Cadastro de famílias para construção de barraginhas pelo Subcomitê do Rio Cipó Em 2016, a Associação Amanu elaborou uma carta de propostas para os candidatos, alguns vereadores e o Prefeito eleito assinaram, veja as propostas aqui: www.issuu.com/associacaoamanu

Representação em espaços de participação social Acompanhamento dos associados eleitos membros da Comissão Popular Permanente de Acompanhamento do Plano Diretor empossada em audiência pública

32


Membro eleito do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Rio Cipó Membro eleito do Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente de Jaboticatubas Membro eleito do Conselho Municipal de Assistência Social Membro eleito da Rede Cerrado

Comunicação Informativo digital mensal Publicações periódicas na página do facebook Publicações de vídeos no youtube Grupo de divulgação no whatsapp Para receber nossos informativos envie um email para associacaoamanu@gmail.com Para fazer parte do grupo de divulgação da Amanu no whatsapp mande mensagem para (31)999580038

Infraestrutura Campo Experimental – espaço para encontros, cursos, mutirões e teste de tecnologias ecossociais, onde funciona o escritório da Associação. Cedido em comodato por associados

33


Centro Cultural Comunitário – construído no espaço da antiga escola rural desativada, cedido pela Prefeitura Kit Feira - Barracas e balanças doados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento do Estado de Minas Gerais Espaço Popular Raízes - cedido por comodato pela Associação Pedro Maximínio da Costa Caminhão Baú comprado com emenda do Deputado Federal Padre João com apoio da Prefeitura, cedido em comodato para a Associação Casa Comunitária do Coco Macaúba construída em área cedida em comodato por associados

Financiamento e prestação de contas A maior parte das atividades da Associação ocorre por dedicação de voluntários e parceiros, sem financiamento. Contamos com um pequeno fundo de doações que precisa crescer para viabilizar projetos e fortalecer a instituição e com pequenos projetos financiados, cujo os recursos devem ser destinados apenas às atividades do plano de trabalho específico daquele projeto.

34


Em 2016, tivemos o seguinte orçamento: Receitas: Doação de associados: R$420,00 Doação da Rede de Sócios: R$12.502,12 Venda de camisas: R$50,00 Rendimentos: 3.971,99 Fundo Socioambiental CASA – financiamento do projeto “Casa Comunitária do Coco Macaúba”: R$15.000,00 Fundo Socioambiental CASA – reembolso do projeto “Formação continuada dos feirantes da Raízes do Campo – A feira agroecológica de Jabó”: R$1.080,00 (gastos realizados em 2015) Adiantamento Fundação Banco do Brasil - Projeto "Convivência com a Seca": R$13.082,10 Programa de Pequenos Projetos Ecossociais – financiamento do projeto “Uso sustentável do coco macaúba – geração de renda com o cerrado em pé”: R$43.590,62 Financiamento SEDA/MG - Maquinário para Casas do Coco: R$139.000,00 Resumo: Receita própria: R$16.944,11 Financiamento de projetos: R$211.752,72

35 14


Despesas Recursos próprios: Taxas bancárias: R$542,45 Impostos: R$165,48 Alimentação: R$950,00 (contrapartida curso de cisternas) Despesas com gráfica: R$107,00 Placas: F$510,00 (contrapartida projeto "Convivência com a seca") Correio: R$194,46 Informativo online: R$75,29 Honorários contábeis: R$500,00 Projeto "Casa Comunitária do Coco Macaúba": Material de construção: R$7.500,00 Mão-de-obra: R$7.500,00 Projeto "Convivência com a seca": Mão-de-obra: R$10.830,00 Material de construção: R$2.252,10 Projeto "Maquinário para Casas do Coco": Previsão de gasto em 2017 Projeto "Uso sustentável do coco macaúba": Assessoria técnica e impostos: R$13.340,57 Agentes locais: R$3.510,00

36


Transporte: R$1.500,00 Frete: R$1.916,65 Mão-de-obra: R$10.000,00 Combustível e manutenção de carro: R$1.457,90 Material de consumo: R$372,15 Alimentação: R$400,00 Material de construção: R$7.167,75 Divulgação: R$271,00 Telefone e internet: R$2.091,61

Deixamos de cumprir atividades do Plano de Ação de 2016 por falta de recursos, quer ajudar?

Doe online pelo link: http://pag.ae/bddFl7Y Doe direto para a conta: Bando do Brasil, Agência 2190-3, Conta: 13.372-8, CNPJ: 15.741.459/0001-13 Doe qualquer quantia mensalmente e faça parte da Rede de Sócios, escreva para: associacaoamanu@gmail.com

37


38


39


40


41


42




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.