D’ARTE DAR + ARTE
CARLOS PRATA
ARQUITETURA & CONSELHOS ÚTEIS
Newsletter Trimestral 1ª Edição
SOARES DOS REIS
QUATRO CURSOS P R O D U Ç ÃO A R T Í ST I C A . . . O curso de Produção Artística tem como objetivo desenvolver a capacidade de comunicação e expressão criativa do aluno. Este curso abrange um conhecimento alargado de diversos materiais, devários processos de execução e de construções bidimensionais e tridimensionais. O curso engloba as seguintes tecnologias: cerâmica, ourivesaria, têxteis e Representação plástica de Espectáculo (RPE). Ao iniciar este curso, é importante atentar que RPE é uma tecnologia obrigatória no 1º Período. Já no 2º Período, o aluno terá de frequentar uma das restantes tecnologias (cerâmica, ourivesaria ou têxteis). Por fim, no último Período, o aluno terá que escolher uma das tecnologias frequentadas nos períodos anteriores, sendo que essa opção determinará a especialização do 12ºano.
S A Í DA S P R O F I S S I O N A I S Assistente de artistas plásticos; Ceramista; Técnico/criativo de ourivesaria; Assistente de cenografia; Assistente de figurinista e aderecista; Técnico de animação plástica de montras e espaços comerciais.
C O M U N I C AÇ ÃO A U D I OV I S U A L . . . O curso de Comunicação Audiovisual tem o objetivo de promover uma cultura visual e uma sensibilidade estética assim como capacidades de comunicação, dotando o aluno de competências de leitura, manipulação e produção de imagens e sons, através dos dispositivos da tecnologia Audiovisual. O aluno trabalha nos domínios da captação, registo, tratamento e difusão das imagens, estruturados ao longo de três fases de pré-produção, produção e pós-produção do projeto. Está inteiramente relacionado com o cinema, fotografia, luz,multimédia, som e vídeo.
S A Í DA S P R O F I S S I O N A I S Assistente
na
realização
técnica
do
espetáculo, no registo de fotografia, no som, no vídeo ou no desenho de luz; Assistente de exploração de cinema e televisão; Assistente de produção e realização de projetos audiovisuais e multimédia.
INFORMAÇÕES
ENSINO SUPERIOR A candidatura ao Ensino Superior é um período de transição importante, para o qual é necessário cumprir certos prazos e etapas de inscrição.
Tendo em conta o que foi mencionado anteriormente, os estudantes que pretenderem ingressar no Ensino Superior após a conclusão do Secundário deverão consultar o site www.dges.min-edu.pt para pedir a atribuição de senha apartir do mês de fevereiro de 2013 que os permetirá aceder ao sistema. Para tal, os alunos deverão preencher um formulário de pedido de atribuição de senha no site www.dges. mec.pt/online/. Depois de submeterem o pedido de senha, receberão uma mensagem para confirmação no endereço de correio eletrónico que indicarem. Confirmando o pedido, é gerado um recibo do mesmo, que deverão imprimir e entregar no local escolhido para que o mesmo seja validado. Após validação recebe automaticamente a senha no seu e-mail. Este pedido de senha servirá exclusivamente para efectuarem a candidatura online. Em Maio deverão também visitar o site referido anteriormente para se informarem acerca das provas de ingresso necessárias a realizar, pedidas pela(s) instituição(s) a que se pretendem candidatar. Por exemplo, os alunos que pretenderem candidatar-se à Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto terão de realizar o exame nacional de Desenho tanto para o curso de Artes Plásticas como para o de Design de Comunicação. Ainda assim, caso não haja certeza de se ingressam na primeira opção, terão de realizar os exames nacionais pedidos pelas restantes instituições a que se pretendem candidatar.
M A I S I N F O R M AÇÕ E S E M :
http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Acesso/ConcursoNacionalPublico/ Calendario/
BIOGRAFIA
CARLOS PRATA A V I DA D O A R Q U I T E TO . . . Carlos Prata nasceu em 1950, na cidade do Porto, onde iniciou a sua carreira após se formar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Mais tarde, já como profissional, em 1985, o jovem arquitecto começa a trabalhar de forma liberal e decide abrir o seu próprio gabinete. Como reconhecimento do seu trabalho, o artista foi premiado inúmeras vezes sendo que o prémio de que sente mais orgulho foi o último que recebeu, o Prémio João de Almada 2012, relacionado com a reabilitação de escolas. Em entrevista à D’Arte, Carlos Prata, quando questionado, dá-nos a conhecer o seu percurso profissional e criativo, dando uma visão pessoal do mercado de trabalho.
O Q U E O M OT I VO U A E S CO L H E R O C U R S O D E A R Q U I T E C T U R A? Eu fui para o curso de arquitectura numa altura em que as pessoas nem sabiam o que era um arquitecto. Era um curso muito pequeno que funcionava nas belas-artes associado a pintura/escultura e era um curso relativamente marginal à sociedade. Grande parte das pessoas queriam ir para engenharia, medicina e outras áreas mais conhecidas. E eu fui por razões subjectivas porque conhecia arquitectos de quem gostava muito, amigos da minha família... e depois pensei que, em termos práticos, era uma actividade muito interessante pois nós conhecíamos sempre pessoas diferentes.
Desde sempre que já sabia que tinha de ser arquitecto. Achava que eles pensavam e falavam de uma maneira diferente
V I S TO Q U E S O M O S A LU N O S DA E S CO L A A R T Í ST I C A S OA R E S D O S R E I S , PODE-NOS
FA L A R
UM
POUCO
DESTE
S E U P R OJ E C TO? A Escola Artística Soares dos Reis é um dos projectos que nós fizemos aqui no escritório, Nuno Barbosa trabalhou directamente nisso, juntamente com os meus colaboradores. É um projecto que eu não dissocio o edifício do processo. Isto foi uma ideia de transformação da escola secundária, ideia que partiu da parque escolar. A escola soares dos reis começou por ser uma escola piloto. Foi um processo muito interessante porque havia uma perspectiva durante a transformação como houve em centenas de escolas. Portanto aquilo era um teste, um projecto que tem um significado para além do próprio edifício, que correspondia em perceber como é que se devia fazer essa transformação e em que sentido. No fundo tinha que ver um bocado em aprender com a experiência e com erros que aconteciam inevitavelmente e interiorizar as suas vantagens. A dada altura, a estrutura da escola é feita com aquela grande circulação, que chamamos de “american street” que era uma rua interior para onde dava tudo, a biblioteca, o anfiteatro, as salas, os serviços de apoio, o restaurante, o refeitório, etc. A escola também foi pensada para funcionar fora da actividade lectiva.
O belo não é igual para toda a gente
O CO N C E I TO D E B E LO T E M V I N D O A E VO LU I R
AO
LO N G O
DOS
TEMPOS.
Q UA L O S E U CO N C E I TO D E B E LO? Eu acho que o belo está sempre relacionado com o entendimento que as pessoas fazem das coisas, o belo não é igual para toda a gente. Portanto, tem alguma coisa de racional, mas para mim, o belo tem que ver com o equilíbrio e a pureza das formas que conseguem uma harmonia tal que uma pessoa, por muito que olhe, que veja, que tente perceber, encontra sempre nessa harmonia, desde pormenor até à imagem global. Isto é o que eu identifico, o que eu referencio como belo, porque também tem alguma objectividade. Eu tenho tendência a reagir só com aquilo que é subjectivo, porque é “um vale tudo”. E tenho tendência a reagir em relação a isso porque acho que tem de haver alguns parâmetros de critica, de avaliação, que têm que ter alguma objectividade, senão estamos em todo o lado e não estamos em sitio nenhum.
ESPIRÍTO DE ESCOLA
FERNANDO TEIXEIRA H Á A L G U N S A N I N H O S AT R Á S . . . Verão de 1970, terminava eu a escolaridade obrigatória, naquela altura o ciclo preparatório. Seis anos de aprendizagem básica, sabia ler, escrever e contar. Para o regime político, era o suficiente para formar a maioria dos jovens que de imediato deveriam encontrar trabalho nas empresas. Quis o destino que depois de alguma procura fosse responder a um pedido para aprendiz numa tipografia que se situava na rua D. João IV, tinha treze anos de idade..
O P R I M E I R O A N O. . . O primeiro ano decorreu sem grande paixão, foi um conhecer os cantos à casa, no primeiro dia não me deixaram entrar pela porta principal que estava reservado às raparigas, os rapazes entravam pelo portão lateral, e assim seria todos os dias, mas no segundo ano, após uma crise pessoal de objectivos (faltei três dias seguidos às aulas), comecei a sentir a falta da escola, das aulas, de todos os colegas e professores, subir e descer aquelas escadas e os corredores, nascia o meu “espírito de escola”.
A I D A PA R A A S O A R E S . . . Assim matriculei-me, na escola ali tão perto, que se chamava “Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis”, no curso de impressor tipógrafo em 1971. Havia outros cursos mas só me permitiram frequentar este. Nesse tempo cada curso correspondia a uma profissão específica. Estes cursos, após o seu término não permitiam seguir para o ensino superior e para podermos seguir para o ensino superior tínhamos de fazer disciplinas extra curso o que dificultava a nossa progressão. Por outro lado, o ensino superior era (hoje ainda é) bastante caro, o que impedia logo, à partida, que muitos dos alunos continuassem a sua formação académica. Na escola entravase às seis da tarde e saía-se às onze e meia da noite chegando a casa pela meia-noite todos os dias, não sobrando tempo para estudar. Tinha disciplinas teóricas e práticas e oficinas todos os dias. Na escola encontrei outros colegas que trabalhavam noutras empresas da área de Artes Gráficas e comecei a entender a importância deste ramo de actividade na sociedade. Empresas com nome e fama no mercado das Artes Gráficas como as empresas “Inova”, “Ambar”,Litografia Maia”, “Empresa do Bolhão”, “Simão Guimarães”,entre outras.
ARTIGO DE OPINIÃO
ANTÓNIO FUNDO I N T R O D U Ç ÃO. . .
RECURSOS TECNOLOGICOS?
Num Mundo dominado pelas tecnologias, cada vez mais as pessoas se questionam se será possível inovar sem recuros tecnológicos. Em torno deste tema, à conversa com o professor José António Fundo da Escola Artística Soares dos Reis, elaboramos um pequeno artigo que esclarece algumas das perguntas frequentemente feitas por parte dos alunos.
C R E AT I V I D A D E & I N O VA Ç Ã O . . .
CO N H E C I M E N TO = R E C U R S O . . .
Nós representamos a criatividade como o meio mais intensificador da nossa vontade de inovar e não é um meio que se possa alcançar ou construir, apenas reproduzi-lo, portanto não precisamos de recursos tecnológicos para inovar mas José António Fundo expõe-nos um problema. Para termos recursos precisamos de recorrer, em maior parte dos casos, às grandes redes tecnológicas para inovar mas fazê-lo por completo nunca aconteceu. “Isso é um bocado relativo, nem sequer nos interessa se vamos inovar por completo, em absoluto, alguém podia dizer que nunca inovarás por completo em coisa nenhuma.” Não há inovação directa nem instantânea e claro que a inovação depende da criatividade, como já referido, e por sua vez, precisa de ser desenvolvida e só por via “da dúvida e do método de trabalho, da procura, da curiosidade, podemos criar coisas novas(...)” mas inovar por completo será também uma meta alcançável?
É evidente que para se trabalhar é preciso ter conhecimento e conhecer o que está à nossa volta. “Eu preciso de recursos?” questiona-se José António Fundo. “O conhecimento é um recurso, valioso e hoje até é potencialmente caro, porque o conhecimento depende de muitas coisas, depende do quão capaz sou de aceder à informação e eu posso aceder a tal via livros, via internet, via professores.”; mas estariamos a depender dos recursos tecnológicos...
INOVAR SEM
R E CO R R E R A I N F O R M AÇ ÃO. . . Alguns países, sem recursos, revelam mais dificuldade em dar informação aos seus jovens mas por exemplo, áreas comuns à pintura ou escultura, apesar de termos artista de imensa qualidade na nossa história, não temos em presente as suas verdadeiras influências, “um pintor que esteja informado precisa de ver os quadros dos maiores mestres.” Os grandes museus não são portugueses e portanto, adquirir informação via “virtual” não se torna muito objectivo visto que não seria um conhecimento genúino.
2013
AGENDA CULTURAL MÚSICA & FESTIVAIS MUSE 10 JUNHO | ESTÁDIO DRAGÃO RELVADO & TOPO NORTE: 56€ BANCADA INFERIOR POENTE: 80€ BANCADA INFERIOR NASCENTE: 80€ BANCADA SUPERIOR POENTE: 69€ BANCADA SUPERIOR NASCENTE: 69€ TRIBUNA NASCENTE: 90€ TRIBUNA POENTE: 90€ ZONA MOBILIDADE CONDICIONADA: 56€
RIHANNA 28 JUNHO | PAVILHÃO ATLÂNTICO BALCÃO 2: 42€ (LUGARES NÃO MARCADOS) PLATEIA: 52,50€ (LUGARES EM PÉ) BALCÃO 1: 65€ (LUGARES NÃO MARCADOS) RAMPAS: 52,59€ (MOBILIDADE CONDICIONADA)
SUMOL SUMMER FEST 28 JUNHO | 30 JUNHO BILHETE DIÁRIO: 40€ PASSE 2 DIAS: 50€ PASSE 2 DIAS + CAMPISMO: 65€ CAMO E KROOKED | ALIF | ZEDER | JAMIE BOY ALBOROSIE | PONTO DE EQUILÍBRIO | ALPHA BLONDY RICHIE CAMPBELL & THE 911 BAND | MERCADO NEGRO
DESIGN: MARIA JOÃO REIS FOTOGRAFIA: FORNECIDA PELO ARQUITECTO CARLOS PRATA | CAPTURADA PELO GRUPO FCT TEXTO: RECOLHIDO PELO GRUPO FCT TRATAMENTO DE FOTOGRAFIA: MARIA JOÃO REIS