N.º 17 Jan/Fev/Mar 2011
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Entrevista - Mário Grácio Os grandes desafios como Director da APA CFC de REEE Procedimentos na recolha de gases nocivos Resíduos de construção e demolição Centrais optimizam tratamento Obra do momento Desmantelamento a 55 metros de altura na Soporcel
CDR - Combustíveis derivados de resíduos
Oportunidade vs. obstáculos
EDITORIAL Motivados pelas políticas nacionais e comunitárias energéticas e ambientais, os Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR) estão na ordem do dia. Não só por se tratar de um destino preferível ao aterro, no caso de algumas fracções de resíduos não recicláveis, como possibilita o aumento da auto-suficiência energética e permite a substituição de combustíveis fósseis. De facto, é este o caminho para a sustentabilidade: o melhor aproveitamento possível dos recursos naturais e o melhor tratamento possível enquanto resíduos. Ciente da importância do seu papel para a sustentabilidade da sociedade portuguesa, o Ambigroup caminha no sentido de optimizar e potenciar as melhores vias de tratamento, reciclagem e valorização de resíduos. O investimento de três milhões e meio de euros no espaço de um ano dotando as suas unidades de tratamento das mais modernas tecnologias de produção de CDR é a prova de que não baixamos os braços, mesmo quando os tempos são de desânimo para a economia. O Ambigroup tem feito e continuará a fazer o que estiver ao seu alcance para contribuir para uma sociedade mais sustentável. No entanto, é fundamental que todos puxem a corda no mesmo sentido; é necessário que todas as entidades responsáveis criem condições justas ao desenvolvimento desta nobre actividade.
CAPA - Combustíveis Derivados de Resíduos
Oportunidade vs. obstáculos
O
s combustíveis preparados a partir de resíduos não perigosos, cuja utilização visa a recuperação de energia em unidades de incineração ou de co-incineração reguladas pela legislação são designados por Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR). A política nacional e europeia de âmbito energético e ambiental assentam na procura de fontes de energia primária de natureza não fóssil, na redução das emissões de CO2, na minimização da deposição de resíduos em aterro e no respeito pela hierarquia da gestão de resíduos. A produção de CDR permite aumentar a auto-suficiência energética nacional, libertar quotas de emissões para o cumprimento do Protocolo de Quioto e aumentar o tempo de vida útil dos aterros. De facto, a sustentabilidade promove-se pela maximização da retenção dos recursos naturais em uso na economia e do seu adequado tratamento enquanto resíduos. Uma fracção considerável dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), dos Resíduos Industriais Banais (RIB), dos Resíduos de Construção e Demolição (RCD), dos Veículos em Fim de Vida (VFV) têm um grande potencial de produção de CDR o que por conseguinte permite a substituição de combustíveis fósseis,
com vantagens ambientais e energéticas. A Estratégia para os CDR, a qual vem consubstanciar as linhas de orientação vertidas no Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU II) pretende precisamente maximizar sinergias entre fileiras e fluxos de resíduos. Com a Estratégia, para além de se fomentar a dinamização do mercado dos CDR, potenciase a diversificação das fontes de energia e o aproveitamento dos recursos endógenos. Dificuldades de um sector em crescimento Contudo, alguns constrangimentos terão que ser considerados ao se enveredar pela produção de CDR, como esclarece Aranda Correia do Departamento de Inovação e Desenvolvimento do Ambigroup: “O CDR obtido a partir da triagem de RIB e RCD sofre a concorrência de outros CDR mais competitivos (exemplo dos pneus). O grande potencial de produção de CDR a partir de RSU no nosso país, derivado do cumprimento das metas impostas pela Directiva Aterros e pelo PIRSUE (Plano de Intervenção para os Resíduos Sólidos Urbanos e Equiparados), poderá também afectar a competitividade através do aumento da oferta”.
João Carlos Além (Administração Ambigroup)
sformada irá dar origem
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Matéria que depois de tran
o de resíduos
a um combustível derivad
Durante 2011 a Ambitrena terá três linhas de produção de CDR operacionais Já João Miranda, Director Geral da Ambitrena, aponta que “o facto de se prever a entrada neste sector de empresas com capital público irá criar logo à partida uma desigualdade no que diz respeito à capacidade financeira de investimento”. Outro dos impasses reside no facto do CDR enquanto produto final continuar a ser considerado resíduo e não matériaprima: “Tal limita bastante os possíveis destinos do mesmo, quando falamos de um combustível com as mais diversas aplicações não só no sector da indústria como em muitos outros”. De facto, o mercado nacional para CDR não se encontra estruturado e existe falta de enquadramento para a certificação dum CDR segundo um Combustível Sólido Recuperado (CSR), de características bem definidas e adaptadas às necessidades do mercado, portanto com maior potencial competitivo permitindo uma utilização alargada junto dos vários consumidores potenciais. Como medidas cruciais ao desenvolvimento deste sector, Aranda Correia salienta que “o CDR produzido deverá possuir as características ideais para a maximização do rendimento térmico da sua combustão, baixo efeito de corrosão dos órgãos da caldeira e baixos níveis de emissões. Os processos de produção de CDR a utilizar deverão ser criteriosamente seleccionados, uma vez que as melhorias que algumas fases de tratamento possam introduzir na qualidade do combustível poderão não ser compensadoras pelo aumento nos custos de produção”. Em suma e como refere Paula Santana da Agência Portuguesa do Ambiente num workshop de Gestão de Resíduos “há que potenciar a valorização dos resíduos e utilização de recursos energéticos endógenos de modo a minimizar a quantidade de resíduos a depositar em aterro; É necessário assegurar a harmonização na oferta e procura de CDR reforçando os instrumentos legais e de regulação e promovendo a simplificação administrativa no licenciamento da produção de CDR; É ainda fundamental garantir a auto-suficiência e desenvolver o conhecimento e a inovação tecnológica promovendo a competitividade e a qualificação dos intervenientes”. Segundo João Miranda um dos grandes passos seria “aplicar regulamentação em termos de metas de Reciclagem, ou seja incentivar os produtores primeiro a reciclar/reutilizar, seguindo-se a valorização energética e por último a de-
R já instalada na Unidade
Linha de produção de CD
posição em aterro. E é na proibição da deposição em aterro de resíduos que o Estado, através de legislação e incentivos de várias ordens, poderia intervir, à semelhança de certos países europeus como o caso da Alemanha que proibiu a deposição em aterro. Por outro lado somos um país deficitário em energia, o que podemos chamar uma aberração deitar energia para o lixo". Ambitrena inaugura nova linha de produção de CDR Enquanto operador de resíduos, a Ambitrena compreende que a transformação dos resíduos de triagem, actualmente destinados a aterro, em CDR constitui um passo importante no respeito pela hierarquia de gestão de resíduos. Por essa razão, desde há muito que aposta numa triagem eficaz dos mesmos reduzindo ao máximo a fracção aterro e permitindo aumentar as fracções de reciclagem e valorização energética. Nesse sentido a operadora prepara-se para diversificar a sua actividade no âmbito da gestão de resíduos avançando para a produção e comercialização de CDR. Depois de uma primeira fase onde se efectuaram vários testes na Unidade de Tratamento de Resíduos de Setúbal, a Ambitrena instalou recentemente uma linha de produção de CDR na sua Unidade de Tratamento de Aveiro com capacidade de produção de 40.000 t/ano. A produção desta linha destina-se a abastecer as duas unidades cimenteiras do Grupo Secil localizadas na zona de Leiria, permi-
da Ambitrena em Aveiro
A Estratégia para os CDR pretende maximizar sinergias entre fileiras e fluxos de resíduos permitindo a diversificação das fontes de energia e o aproveitamento dos recursos endógenos. Contudo, existem constrangimentos a equacionar. Outro dos impasses reside no facto do CDR, enquanto produto final, continuar a ser considerado resíduo e não matéria-prima: “Tal limita bastante os possíveis destinos do mesmo, quando falamos de um combustível com as mais diversas aplicações não só no sector da indústria como em muitos outros”, afirma João Miranda.
(cont. pág. seguinte) Informação Ambigroup Pág. 3
Acondicionamento selectivo Gestão de ecocentros Transporte
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Gestão de resíduos
CAPA - Combustíveis Derivados de Resíduos
Ambitrena com CDR de excelência
Triagem Tratamento e reciclagem por fluxo: (RCD, RIB, REEE, VFV, Pneus)
Gestão e Reciclagem de Resíduos
As novas linhas de produção de CDR são dotadas de pré-trituração, separação de contaminantes e trituração final, permitindo obter um combustível de acordo com as especificações exigidas. (cont. pág. anterior)
up.com o r g i b www.am
tindo a estas efectuarem a correspondente substituição de combustíveis fósseis nos seus fornos de produção de cimento. O início da produção está previsto para Janeiro de 2011. De acordo com Aranda Correia “a linha compreende uma pré-trituração, separação de materiais ferrosos, separação de outros materiais contaminantes e indesejados para este tipo de combustível e trituração final, obtendo-se um combustível que deverá cumprir as especificações exigidas para o tipo de aplicação a que se destina, nomeadamente granulometria final inferior a 30mm, elevado poder calorífico, baixo teor de humidade, baixo nível de contaminação em compostos clorados como é exemplo o PVC”. Ainda este ano, de acordo com João Miranda, “serão instaladas mais duas linhas de CDR na zona sul do país, o que dotará
a Ambitrena de uma capacidade de produção de CDR de 120.000 t/ano, com um investimento avaliado em 3,5 milhões de euros”. Os CDR da Ambitrena, produzidos maioritariamente a partir de RIB não perigosos (plásticos, madeira, papel, têxteis), são classificados como CDR de excelência dado o seu elevado poder calorífico e baixo teor em humidade. Trata-se de uma fracção resultante da triagem que tinha como destino a deposição em aterro e que agora passa a servir de combustível nas cimenteiras substituindo em parte as suas necessidades de combustíveis fósseis. “Esta é uma área de negócio nova no Ambigroup e no panorama nacional, pelo que tem inerente os problemas que advêm de qualquer novo negócio. No entanto, como em outros projectos, acreditamos conseguir ultrapassar esses impasses iniciais”, afirma João Miranda.
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ENTREVISTA - Mário Grácio, Agência Portuguesa do Ambiente APA, em prol de um ambiente mais equilibrado e sustentável. Quais os principais desafios que tem encontrado? São vários os desafios encontrados, dos quais realço três: - Motivação dos Recursos Humanos, através da consolidação do quadro de pessoal, incluindo integração, reafectação e recrutamento de técnicos superiores especializados (de forma a responder às inúmeras solicitações nacionais e internacionais), processo ainda não finalizado;
Mário Grácio é Director Geral da APA desde Maio de 2010
Em entrevista à Ambinews, Mário Grácio revela os maiores desafios encontrados enquanto Director Geral da APA. Motivação e consolidação dos Recursos Humanos, melhoria e crescimento sustentável dos sistemas de Informação da APA e a necessidade de promover uma actuação mais próxima das empresas e dos cidadãos são alguns dos exemplos.
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rocou o cargo de Inspector-Director do Serviço de Inspecção na IGAOT para assumir a responsabilidade de Director Geral da Agência Portuguesa do Ambiente. Em entrevista à Ambinews, Mário Grácio fala dos desafios encontrados bem como do que vai mudar nos próximos tempos a nível ambiental em Portugal. Que balanço faz destes primeiros seis meses como Director Geral da APA? Estando a exercer funções de Director-Geral da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) desde 17 de Maio de 2010, o balanço é extremamente gratificante. Tenho a oportunidade de trabalhar com pessoas, Dirigentes e restantes funcionários do melhor que existe em Portugal na área do ambiente. Muitos deles trabalham afincadamente dia a dia, muitas vezes fora de horas e aos fins-de-semana, sem recompensas adicionais e com um profissionalismo e paixão que torna a APA um local ímpar de entrega à causa pública. A APA que tem por Missão “Propor, desenvolver e acompanhar a execução das políticas de ambiente e desenvolvimento sustentável” tem direccionado a sua estratégia segundo três vectores (Integração do ambiente nas políticas sectoriais, ser reconhecida como referencial de excelência nas áreas da sua competência e Promoção da Cidadania Ambiental). O balanço evidencia um crescente reconhecimento do serviço prestado pela
- Melhoria e crescimento sustentável dos Sistemas de Informação da APA (SIRAPA) com uma resposta mais eficiente e de melhor qualidade nos serviços prestados às empresas, às ONGA e aos cidadãos, através da implementação de várias Medidas Simplex conducentes à redução de prazos e a uma melhor troca de informação entre a Administração, as empresas e as Instituições Europeias; - Necessidade de promover uma actuação mais próxima das empresas e dos cidadãos, em prol de uma crescente sustentabilidade e cidadania ambiental. Em que fase se encontra e quando se espera a publicação da legislação que fará a transposição para o direito nacional da nova Directiva Quadro dos Resíduos, a Directiva n.º 2008/98/CE, 19 Novembro? O projecto de diploma que transpõe a Directiva e altera o Decreto-Lei n.º 178/2006 encontra-se em fase de consulta aos membros da CAGER (Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos) até 12 de Janeiro, prosseguindo o procedimento legislativo em curso. Como irão decorrer os processos de classificação de alguns resíduos em sub-produtos e o que vão significar estas alterações em termos ambientais e de simplificação de procedimentos? Qual o prazo para a sua implementação? Os novos procedimentos estão previstos no referido projecto de diploma, pelo que oportunamente serão objecto de aprovação e divulgação. A nova Directiva prevê a definição de critérios específicos para o estabelecimento do fim de estatuto de resíduo pelo menos para agregados, papel, vidro, metal, pneus e têxteis. Caso não tenham sido definidos critérios a nível comunitário, os estados-membros podem decidir caso a caso. Ao Ambigroup e certamente a muitos outros operadores, interessa bastante que os produtos obtidos da reciclagem
A nova Directiva Quadro dos Resíduos esteve em consulta até 12 de janeiro e será agora aplicada
Medidas simplex prometem agilizar o registo da informação de resíduos plásticos, nomeadamente os Granulados Plásticos obtidos do tratamento mecânico deste tipo de resíduos e comercializados como matéria prima secundária para a indústria transformadora de plásticos, sejam também incluídos neste conceito. Prevê abertura da APA para este efeito? A APA com base na legislação em vigor e com a futura legislação já referida, irá prosseguir a análise de pedidos de fim de estatuto de resíduos, sempre que para tal seja suscitada, competindo-lhe a avaliação da respectiva fundamentação e cumprimento dos requisitos legais. Será no contexto estrito de salvaguarda da protecção do ambiente e da saúde pública que as propostas de decisão da APA serão concretizadas. Quais e em que ponto se encontram as medidas previstas pela APA para a desmaterialização dos processos de acompanhamento de resíduos, nomeadamente no que se refere às e-GAR, movimentos transfronteiriços da lista verde, etc.? São vários os processos de desmaterialização de procedimentos em curso na APA, identificando-se, em matéria de resíduos, as guias de acompanhamento de resíduos electrónicas (eGAR) que permitirão a breve prazo poupar 6 000 000 de folhas de papel (por ano) o que representa uma poupança de 800 000 Euros e um benefício de simplificação de procedimentos para o utilizador, com mais-valias para a APA na qualidade, fiabilidade e facilidade de tratamento da informação disponível. Também as guias de transferências transfronteiriças de resíduos da “lista verde” verão a curto prazo a desmaterialização dos seus formulários com todas as mais-valias similares às eGAR. Ainda em matéria de sistemas de informação de resíduos, foi recentemente disponibilizada a possibilidade de ligação à plataforma do Mercado Organizado de Resíduos (MOR online), encontrando-se em curso o aperfeiçoamento do SILOGR (Sistema Integrado de Licenciamento dos Operadores de Gestão de Resíduos) e o desenvolvimento da plataforma
universal para o registo dos certificados de destruição dos Veículos em Fim de Vida. O Relatório Único Ambiental, que se insere nas medidas Simplex, pretende simplificar a comunicação entre a APA e os operadores evitando duplicação de informação. Como funcionará, qual a abrangência e quando se prevê o início da sua aplicação? Com a conclusão dos formulários associados ao RU - Relatório Único (dirigido aos operadores que têm a obrigação de registar os seus dados no REGEE, no PRTR e no RAA, que terão preenchimento sequencial) pretende-se desfasar os prazos de reporte e evitar duplicação da informação a fornecer por parte dos operadores e será uma realidade já para os registos do ano 2011 relativos aos dados do ano 2010. A todo o momento serão anunciadas sessões de divulgação e de formação para o preenchimento do RU, encontrando-se já abertos os registos nos mapas de registo de resíduos. O MOR significa uma aposta importante na dinamização e transparência do mercado de resíduos. De que forma está a acompanhar a plataforma já licenciada (MOROnline) e as restantes que estão em fase de autorização? O que pensa do agrupamento que está a lançar esta plataforma? O MOR compreende todas as plataformas electrónicas de negociação objecto de reconhecimento por parte da Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), sendo a gestão das plataformas de negociação assegurada por pessoas colectivas de direito privado, designadas por entidades gestoras, as quais têm por obrigação, nomeadamente, validar as transacções efectuadas na sua plataforma, assegurar a transparência, a universalidade, a actualidade e o rigor da informação que nelas circula, garantir o sigilo dessa informação e assegurar mecanismos de responsabilização dos intervenientes no mercado. No mercado podem ser transaccionados, unicamente para valorização, resíduos de todas as categorias, com excepção dos resíduos definidos como perigosos pelo regime geral da gestão de resíduos. (cont. pág. seguinte)
São vários os processos de desmaterialização de procedimentos em curso na APA: As eGAR, as guias de transferências transfronteiriças de resíduos, o MOR, o SILOGR e ainda a plataforma universal para o registo dos certificados de destruição dos VFV vão evitar a duplicação de informação e desfasar os prazos de reporte, de acordo com Mário Grácio. “A Plataforma Mor-Online foi a primeira a garantir a sua licença emitida pela APA e a criar condições de funcionamento, cujas expectativas vão no sentido de um aumento gradual dos resíduos transaccionados, aumentando-se as taxas de valorização dos resíduos, com consequente desvio da opção aterro”. Informação Ambigroup Pág. 7
“A competitividade das empresas é peça chave para a sustentabilidade da reciclagem”
“A flutuação dos mercados é mais evidente no plástico e no metal” (cont. pág. anterior)
“Existe uma dinâmica no sector da reciclagem, muito fruto do papel impulsionador das entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos, que importa manter e que dificilmente terá retrocessos, na medida em que existem compromissos do Estado português no cumprimento de metas, nacionais e comunitárias”, afirma Mário Grácio. “Coloca-se um grande desafio a todos os intervenientes para gerir este paradigma da mudança económicofinanceira, quer ao sector empresarial quer na administração pública, mas que certamente em conjugação de esforços e complementaridade de actuação se irá alcançar.”
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Com a disponibilização de mais este instrumento perspectiva-se uma contribuição acrescida no contexto de vários objectivos a prosseguir, preconizados por políticas económicas e estratégias de gestão de resíduos e de desenvolvimento sustentável, tais como a redução da quantidade de resíduos a enviar para aterro, o incentivo à instalação de novas indústrias para o aproveitamento dos resíduos de outras indústrias e a indução ao desenvolvimento de novas tecnologias para a valorização e utilização dos resíduos industriais e consequentemente, a minimização da exploração de recursos naturais nomeadamente de matérias-primas e fontes de energia reduzindo impactes no meio ambiente. A Plataforma Mor-Online foi a primeira a garantir a sua licença emitida pela APA e a criar condições de funcionamento, cujas expectativas vão no sentido de um aumento gradual dos resíduos transaccionados, aumentandose as taxas de valorização dos resíduos, com consequente desvio da opção aterro. As empresas que compõem o agrupamento têm provas dadas na área da gestão de resíduos, o que constitui uma boa garantia de dinamização crescente da plataforma de compra e venda de resíduos. A valorização de CDR é uma área chave nomeadamente na redução da fracção de resíduos que vai para aterro. Que estratégias e incentivos estão definidos, e que oportunidades trarão a este sector? A transposição da Directiva irá trazer novidades neste domínio, no sentido de impulsionar os mercados da reciclagem de RCD, potenciando uma melhor aplicação do regime actualmente em vigor. Ao nível da prevenção da produção de resíduos que medidas estão e vão ser tomadas para se alcançar a meta de redução de 10% até 2016? A APA tem privilegiado a celebração de protocolos com actores-chave no domínio da implementação do Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU), nomeadamente os sistemas de gestão de resíduos urbanos, o sector da distribuição, associações de defesa do consumidor, a administração pública da
área das actividades económicas. Neste contexto, existe um compromisso entre a APA e as várias entidades de prosseguirem acções de divulgação e implementação de projectos que prosseguem objectivos comuns, potenciando resultados e criando sinergias de actuação. Por outro lado, e com recurso à taxa de gestão de resíduos, a APA promoveu um concurso nacional, o qual visava como prioridade o apoio a projectos de prevenção de resíduos, o que veio a concretizar-se através da selecção de alguns projectos a financiar. De que forma a crise financeira e económica mundial se tem manifestado e reflectido ao nível da gestão de resíduos e, em particular, no que respeita à viabilidade das opções de reciclagem de resíduos? A flutuação dos mercados da reciclagem a nível mundial faz-se sentir de forma mais evidente em algumas fileiras de materiais, como os metais ou o plástico. Neste sentido, a competitividade das empresas é uma peça chave para a sustentabilidade do sector da reciclagem, no qual os custos de gestão decorrentes da conjuntura financeira aumentam, como em qualquer sector de produção e o nível de receitas tende a diminuir, face à recessão da procura. No entanto, existe uma dinâmica no sector da reciclagem, muito fruto do papel impulsionador das entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos, que importa manter e que dificilmente terá retrocessos, na medida em que existem compromissos do Estado português no cumprimento de metas, nacionais e comunitárias. Assim, coloca-se um grande desafio a todos os intervenientes para gerir este paradigma da mudança económico-financeira, quer ao sector empresarial quer na administração pública, mas que certamente em conjugação de esforços e complementaridade de actuação se irá alcançar. Como avalia o papel do Ambigroup enquanto grupo nacional dedicado à gestão de resíduos? É reconhecido que o Ambigroup tem vindo a diversificar a sua oferta de soluções de tratamento de resíduos, com uma crescente consolidação da sua implantação na área da gestão de resíduos.
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Informação Ambigroup - Tratamento de equipamentos de frio na Recielectric
Extracção de gases do circuito de refrigeração dos equipamentos de frio
Recolha de gases nocivos para o Ambiente Texto: Rita Santos com Susana Santos, Ambigroup
A recuperação de substâncias que empobrecem a camada de ozono existentes no fluído de refrigeração e na espuma de isolamento dos equipamentos de frio está sujeita a regras específicas de tratamento. Na Recielectric este processo é rigoroso e decorre segundo as normas europeias.
A
Recielectric, localizada no Seixal, é a empresa do Ambigroup que se dedica ao tratamento de REEE – Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos. Um dos fluxos deste tipo de resíduos que ali é tratado é o “Fluxo B” – Equipamentos de Frio, constituído essencialmente por frigoríficos e arcas congeladoras em fim de vida. Dentro das operações de tratamento efectuadas está a recolha dos gases nocivos para o ambiente contidos neste tipo de equipamentos. Os gases recolhidos são provenientes do circuito de refrigeração e da espuma de isolamento.
Os principais gases recolhidos são os gases com efeito de empobrecimento da camada de ozono (ODS), os CFC e HCFC, gases refrigerantes contendo cloro. No início da sua actividade, em 2007, cerca de 70 por cento dos equipamentos tratados eram portadores de gases deste tipo. Actualmente, à medida que a tecnologia vai evoluindo, a percentagem de gases nocivos no Fluxo B vai sendo reduzida. No entanto, continuam a chegar para tratamento equipamentos antigos portadores destas substâncias. Os gases CFC e HCFC, além do seu efeito destruidor da camada de ozono (ODS), provocam também um considerável efeito de estufa. São recolhidos igualmente outros tipos de gases, mais recentes e que
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já não possuem efeito ODS mas têm efeito de estufa, caso dos HFC e HC. Os gases recolhidos são enviados para França onde uma empresa especializada procede à sua destruição em condições ambientalmente seguras. A Recielectric efectuou o primeiro movimento transfronteiriço destes resíduos perigosos no final de 2008 e no primeiro trimestre de 2011 será feito um novo, representando várias toneladas de gases recolhidos e enviados para incineração. Todas as operações relacionadas com a recolha destes gases são acompanhadas por um técnico credenciado pelas autoridades competentes para este efeito. Os equipamentos sofrem manutenção periódica pelo fabricante, incluindo verificação e calibração dos principais sensores, de forma a garantir que as operações realizadas se efectuam com segurança e em respeito pelo ambiente. Como se Processa a recolha dos gases nocivos para o ambiente A recuperação de substâncias que empobrecem a camada de ozono (nomeadamente CFC e HCFC), existentes no fluído de refrigeração e na espuma de isolamento destes equipamentos, para posterior envio para eliminação, é efectuada em duas fases distintas:
Gases dos frigoríficos são enviados para França para destruição segura
Linha de trituração de frigoríficos, sistema de crio-condensação de gases e botijas de 750kg de armazenagem e transporte dos gases recolhidos
A recolha dos gases nocivos é efectuada em duas fases: recolha do gás do circuito de refrigeração; e recolha do gás presente na espuma de isolamento. 1ª Fase (Recolha do gás presente no circuito de refrigeração) Os gases CFC, HCFC, HFC ou Hidrocarbonetos (conforme o equipamento e data de fabricação) e o óleo, presentes no circuito de refrigeração, são recolhidos em simultâneo através da perfuração do motor (compressor). Utilizando o equipamento mais sofisticado existente no mercado, o qual é provido de uma cabeça de perfuração, que encosta à carcaça do motor por intermédio de uma ventosa (evitando fugas), é criado vácuo, feita a perfuração por meio de uma broca anti-faísca e finalmente efectuada a aspiração da mistura óleo/fluido de refrigeração do circuito de refrigeração. Quando o esvaziamento chega ao fim, o vácuo desce abaixo de um determinado valor e a operação é automaticamente interrompida, permitindo o afastamento da cabeça. A mistura óleo/fluido refrigerante é encaminhada para um reservatório onde, através de vácuo, é separado o fluido refrigerante do óleo, encaminhando-o, após compressão a 17 bar, para cilindros próprios para o seu acondicionamento, sendo, por sua vez, o óleo (isento de gás) encaminhado para um contentor. Os sistemas interno (recolha e separação de fluídos) e externo (acondicionamento do gás recolhido) estão protegidos com sensores de detecção de fuga de gases que emitem alarme, fecham electroválvulas e interrompem o funcionamento, se detectada a presença de CFC na atmosfera envolven-
te. Após esta operação de despoluição o motor (compressor) é separado do equipamento utilizando uma tesoura de corte e recolhido num contentor para encaminhamento para destino final (reciclagem dos metais presentes). A Recielectric está equipada com uma unidade, de funcionamento totalmente automatizado. 2ª Fase (Recolha do gás presente na espuma de isolamento) Numa segunda fase, o equipamento de frio, com o circuito de refrigeração já descontaminado e desprovido do respectivo motor, segue para uma linha de trituração em câmara fechada com injecção de azoto donde é efectuada a aspiração da mistura ar/azoto e CFC/ou HCFC/ ou Hidrocarbonetos (libertados pela trituração e pela peletização da espuma de isolamento). A mistura gasosa recolhida é sujeita posteriormente a fraccionamento em condições criogénicas de modo a que se possa realizar a condensação do CFC/HCFC/HFC. Estes são encaminhados, sem qualquer intervenção humana, para cilindros de armazenagem, construídos de acordo com as normas europeias para o acondicionamento deste tipo de gases. A linha de fragmentação de equipamentos de frio da Recielectric está equipada com um sofisticado sistema de criocondensação, com pré-condensação com azoto gasoso e integrado no sistema de fragmentação.
A saber O que são CFC? (Cloro-flúor-carbonos) são compostos constituídos por carbono, cloro e flúor. São obtidos a partir da halogenação do metano e são responsáveis pela destruição da camada de ozono e pelo aquecimento global. Estes gases foram utilizados em sistemas de refrigeração substituindo a amónia, perigosa em termos de saúde e segurança. O que são HCFC? São encontrados em equipamentos fabricados entre 1990 e 2009. Possuem menos átomos de cloro, já que estes foram substituídos por átomos de hidrogénio. Alternativa aos CFC por possuírem um impacto ambiental menor. No entanto, continuam a ser gases que destroem a camada de ozono, além de provocarem um elevado efeito de estufa. O que são HFC? HFC são encontrados nos equipamentos fabricados após 1995. Alternativa aos CFC por não conterem cloro, não prejudicando a camada de ozono. Degradam-se mais depressa (2 a 20 anos) e não são inflamáveis. No entanto contribuem para o aquecimento global. O que são Pentanos/Butanos? São encontrados nos equipamentos fabricados após 1995. Estes hidrocarbonetos não danificam a camada de ozono, no entanto, apresentam problemas de segurança pois são facilmente inflamáveis. O seu efeito de estufa é reduzido.
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BREVES
Resíduos de Construção e Demolição
LNEC estuda agregados da Demotri Está a decorrer a realização de um estudo de investigação liderado pelo LNEC, em parceria com o IST, e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), subordinado ao tema “Aplicação Sustentável de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) em Infra-estruturas Rodoviárias”, que pretende estudar a viabilidade de aplicação de resíduos de construção e demolição (RCD) em camadas não ligadas de pavimentos rodoviários. Dado que uma parte do estudo compreende a realização de trechos experimentais com a aplicação daqueles materiais em camadas não ligadas de pavimentos rodoviários, foi contactada a Demotri, no sentido de fornecer os RCD e/ou proporcionar a sua aplicação em camadas de pavimentos.
Centrais optimizam reciclagem de RCD
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esde a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de Março que muito se tem feito em Portugal no sentido de se adoptarem práticas ambientais sustentáveis no sector da construção e demolição. Nesse sentido, o Ambigroup tem vindo a desenvolver esforços para licenciar e concluir a construção de uma importante estação de tratamento de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), embora seja, desde há muito, prática corrente para o Grupo a reciclagem deste fluxo, quer nas diversas unidades da Ambitrena quer in situ nas obras executadas pela Demotri.
O que está agora em questão é uma unidade inteiramente dedicada à triagem, valorização e reciclagem de RCD, com capacidade de tratamento e armazenamento de agregados reciclados. Mas conheçamos de perto em que consiste uma estação de tratamento. registo e Controlo de acessos À entrada da central todos os camiões, tanto os que vêm descarregar o material em bruto como aqueles que vêm retirar o material reciclado passam por uma báscula para registo e controlo de pesagem.
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Engenharia, projectos e segurança Demolições mecânicas localizadas Demolições de grande porte Demolições em altura Operações de limpeza e demolições manuais Demolições especiais Reciclagem de resíduos de demolição
O tratamento dos Resíduos de Construção e Demolição em estações de tratamento permite reduzir custos, melhorar a eficiência dos processos e aumentar a qualidade do produto final.
Linha de classificação e limpeza Nesta segunda etapa realiza-se uma primeira triagem de forma mecânica com vista a separação por tipologia de resíduos, sendo que, algumas classes podem ser encaminhadas para outros tipos de tratamento e/ ou valorização energética (CDR). O material agora classificado serve de alimentação à linha de tratamento dos RCD onde pequenos pedaços de plástico, cartão e madeira são extraídos dos inertes e encaminhados para as devidas linhas de reciclagem através de uma selecção manual. Um detector magnético extrai ainda componentes metálicos frequentemente encontrados nos RCD. Posteriormente o material inerte é submetido a uma classificação através de um crivo, mas desta vez dividindo-se por granulometrias diversas, sendo que os finos seguem para armazenamento temporário a fim de
serem reutilizados em diferentes aplicações como pavimentos, etc. Por sua vez, o material de dimensão superior é encaminhado para fragmentação mecânica e é separado por diferentes granulometrias fabricando-se assim um produto final de qualidade para produção de argamassas e betões não estruturais; Pavimentação e recuperação de estradas rurais; Controle de erosão; Enchimento de fundações de construção e aterros, etc.. Vantagens do processo A reciclagem de RCD numa estação de tratamento permite obter um agregado reciclado apto para diversas aplicações com consumos reduzidos de energia e eficientes processos de separação e limpeza. Os benefícios são sobretudo ambientais. Para além de contribuir para a redução da deposição em locais inadequados permite poupar os recursos naturais. Por outro lado, a utilização de agregados reciclados possibilita poupanças muito significativas em relação aos materiais convencionais.
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O armazenamento prévio dos resíduos realiza-se de forma diferenciada segundo a sua tipologia e características para garantir a qualidade do produto final.
Demolições, Reciclagem e Construção
Informação Ambigroup Pág. 15
Obra do Momento - Recifemetal
através Remoção de estruturas s de alcance tro me 90 de de grua móvel
Corte de elementos me tálicos
em altura
avés Corte de estruturas atr a hidráulica our tes com e rte de oxi-co
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Jan/Fev/Mar
Caldeira a remover tem 55 metros de altura
Desmantelamento na Soporcel As operações decorrem com a fábrica em funcionamento obrigando a que se dobrem os procedimentos de minimização de riscos.
A
Recifemetal encontra-se, desde Novembro passado, a executar a obra de desmantelamento da Caldeira de Recuperação I do Complexo Industrial da Figueira da Foz do Grupo Portucel Soporcel. Esta empreitada inclui a remoção total de uma caldeira metálica com cerca de 55 metros de altura, a demolição de três electrofiltros em betão armado, o desmantelamento de um conjunto de equipamentos periféricos e a remoção de coberturas em fibrocimento contendo amianto. Todos os trabalhos decorrem com a unidade fabril em funcionamento e há a ter em conta o facto de que o edifício que suporta a Caldeira é para ficar intacto. Para a execução desta obra, a Recifemetal tem mobilizados alguns dos seus meios especiais – uma giratória de demolição Liebherr R954 com um alcance de 27
metros e uma grua Liebherr LR1200, com 200 toneladas de capacidade e 90 metros de alcance. Estes e outros equipamentos apoiam a equipa de técnicos também mobilizada para a realização da obra. As actividades de desmantelamento desta natureza (sobretudo em unidades em funcionamento) estão associadas a riscos significativos, pelo que, a Recifemetal assume como principal objectivo a execução dos trabalhos sem ocorrência de acidentes e sem que se danifiquem as instalações em funcionamento, implementando em obra os princípios gerais da prevenção. Para isso é efectuado um estudo exaustivo de todas as variáveis da obra definindo-se, antes do início dos trabalhos, as metodologias de execução, os meios e os prazos parcelares de cada intervenção, numa tentativa de minimizar todos os riscos inerentes às operações.
Informação Ambigroup Pág. 15
INFORMAÇÃO AMBIGROUP Desmantelamento na BA Vidros A Recifemetal tem estado a executar a obra de desmantelamento da parte antiga da vidreira Sotancro, agora designada por BA Vidros, na Amadora. As operações incluem o desmantelamento de todos os equipamentos obsoletos naquele edifício, bem como o corte de um depósito em betão armado localizado na parte superior da estrutura. Uma vez que o edifício fabril é para manter, as operações de retirada de resíduos são efectuadas pelo telhado com recurso a uma grua com capacidade de 80 ton. O mesmo procedimento serve também para a remoção do depósito em betão armado que é cortado a disco em pedaços e retirado sem danificar a estrutura envolvente.
Demolições para a construção da Linha de Alta Velocidade A Demotri está a demolir uma série de edifícios, muros e outras estruturas de betão armado para a Quadruplicação e Inserção da Linha de alta Velocidade (LAV) no Troço Areeiro - Sacavém. A obra é constituída por várias fases com elevados graus de exigência técnica, sobretudo porque inclui a demolição de uma passagem superior que atravessa a linha férrea em funcionamento. A Demotri encarrega-se ainda de enviar para reciclagem os resíduos resultantes das operações de demolição. Os trabalhos são efectuados para a construtora Obrecol.
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Out/Nov/Dez
Foto-reportagem Demotri
Demolição na 5 de Outubro
N
ão provocou feridos, mas preencheu manchetes de jornal durante alguns dias a notícia da queda parcial de um prédio de seis andares na Avenida 5 de Outubro em Lisboa a 22 de Novembro. Várias famílias realojadas e uma das principais artérias da cidade cortada durante quase dois meses foi o resultado do desmoronamento de parte do edifício centenário. Foi neste contexto que a Demotri foi chamada a intervir na demolição controlada do que restou da estrutura altamente danificada. De facto, sobrou ainda uma grande parte do prédio que, a seis andares de altura, apresentava sérios riscos de ruir podendo causar estragos no edifício contíguo e/ou lançar destroços para o centro da avenida. Habituado a situações de perigosidade, o corpo de engenharia da Demotri analisou cada risco inerente a este tipo de operações e procedeu à demolição controlada, a qual acabou por decorrer sem qualquer incidente. Como é hábito na sua actividade a Demotri encarrega-se também das operações de remoção de resíduos, onde se incluiu neste caso a remoção de telhas de fibrocimento (resíduo perigoso). Os resíduos foram encaminhados para tratamento e/ou eliminação em unidades licenciadas para o efeito.
Desmantelamentos especiais Desmantelamentos manuais Desmantelamentos em altura Remoção de materiais contendo amianto Operações de limpeza Transporte de resíduos Gestão e reciclagem de metais
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Desmantelamentos mecanizados
OPINIÃO - José Nunes, Recifemetal
“Nas actividades de desmantelamento, para além da minimização dos riscos normais, há que assegurar a adequação das metodologias ao ambiente encontrado”.
Desmantelamentos em unidades fabris
C Desmantelamentos e Reciclagem de Metais
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ada vez mais a Recifemetal tem vindo a ser contactada para a execução de obras de desmantelamento em unidades fabris. São serviços com características próprias, tecnicamente muito exigentes que, na maioria das vezes, envolvem a remoção de equipamentos em instalações em funcionamento. O sucesso de uma empreitada deste tipo passa essencialmente por um estudo aprofundado das estruturas a desmantelar e da sua envolvente, aliado ao know-how e à capacidade de adaptação a cada variável por parte da entidade executante. O planeamento de um desmantelamento em ambiente fabril em pleno funcionamento é uma tarefa extremamente complexa, em que pormenores mal calculados podem colocar em causa toda a intervenção, ou mesmo a instalação intervencionada. Têm de ser estudados factores como o peso das peças a remover, a colocação dos equipamentos de apoio aos trabalhos, a existência de equipamentos em funcionamento, as acessibilidades às frentes de trabalho, os pontos de apoio ou suspensão das estruturas a desmantelar e o tipo de materiais presentes, entre outros. A estes juntam-se os factores prazo e custo. O estudo tem ainda de ser coordenado com os técnicos das próprias instalações a intervencionar, pois muitas vezes os trabalhos de desmantelamento são limitados pela necessidade de continuidade de produção. A análise conjunta de todas estas variáveis permite definir, antes do início dos trabalhos, as metodologias de execução, os meios humanos e materiais a afectar e os prazos parcelares de cada intervenção. O acom-
panhamento técnico permanente é também um factor chave para o sucesso das intervenções, adaptando as metodologias e meios às dificuldades que vão sendo encontradas com o decorrer dos trabalhos. Numa instalação em funcionamento, a segurança é um factor obrigatório a considerar. Para além da minimização dos riscos normais inerentes às actividades de desmantelamento, há que assegurar a adequação das metodologias ao ambiente encontrado. Por exemplo, nem sempre é possível a utilização do oxi-corte como método, dada a existência de materiais inflamáveis, atmosferas perigosas ou equipamentos em funcionamento. Neste ponto, há ainda que ter atenção aos riscos decorrentes do funcionamento das próprias instalações e à necessidade de garantir a segurança de todos os trabalhadores durante as actividades de desmantelamento. De facto, a competência que tem demonstrado e o sucesso dos desmantelamentos neste tipo de unidades de alto risco fazem da Recifemetal uma empresa de referência a nível ibérico, no que respeita a trabalhos de desmantelamento em unidades industriais. A Recifemetal tem vindo a trabalhar com diversos clientes de renome, em unidades fabris de importância nacional, como sejam a Fábrica de Papel da Portucel Soporcel na Figueira da Foz, a Refinaria do Porto da Galp Energia ou a Central Termoeléctrica de Sines da EDP. Em Espanha, a Recifemetal tem executado diversos desmantelamentos parciais ou totais de Centrais de Produção de Energia para a Iberdrola.
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Informação Ambigroup Pág. 21
Ficha Técnica
Informação Ambigroup
AMBINEWS - Revista de Informação de Ambiente © Propriedade: Ambigroup SGPS, SA www.ambigroup.com/ambinews @: ambinews@ambigroup.com Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 107 030 | +351 217 121 918 Direcção: João Carlos Além @: joao.alem@ambigroup.com Redacção/Fotografia/Design: Samuel Ferreira (cart. prof. n.º 6584) @: samuel.ferreira@ambigroup.com Colaboradores: Aranda Correia, Pedro Curto, José Nunes, João Candeias. Impressão: IDG Imagem Digital Gráfica Tiragem Média: 3000 exemplares Distribuição: Gratuita Impresso em papel reciclado CONTACTOS AMBIGROUP AMBIMOBILIÁRIA SA/AMBIPOLIS SA Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 107 030 | +351 217 121 918 @: ambimobiliaria@ambigroup.com @: ambipolis@ambigroup.com AMBITRENA SA Serviços Administrativos e Unidade de Lisboa: Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 107 030 | +351 217 121 918 @: ambitrena@ambigroup.com @: ambitrena.odivelas@ambigroup.com Unidade de Aveiro: Parque Industrial de Albergaria a Velha, Arruamento E - 3850 Albergaria a Velha +351 234 520 150 | +351 234 520 159 @: ambitrena.albergaria@ambigroup.com Unidade de Setúbal: Parque Industrial da Mitrena, lote 76, 2910-738 Setúbal; +351 265 709 630 | +351 265 709 639 @: ambitrena.setubal@ambigroup.com Unidade de Beja: Parque Ambiental da AMALGA, Apartado 6040, 7801-908 Beja / +351 284 329 880 @: ambitrena.beja@ambigroup.com
A
DEMOTRI SA Ed. Ambigroup, Rua Projectada à Estrada da Paiã, 1679-013 Pontinha, Odivelas +351 217 121 910 | +351 217 121 918 @: demotri@ambigroup.com
Recielectric foi palco de uma reportagem para o programa da RTP1 “Portugal em Directo”. As imagens, que passaram em directo na televisão a cinco de Janeiro, mostraram alguns dos processos de reciclagem de equipamentos eléctricos e electrónicos efectuados por esta unidade de tratamento do Ambigroup. Rita Santos, Directora de Produção da Recielectric, em entrevista ao referido programa revelou que são os frigoríficos e os monitores/televisores os aparelhos
FORESTECH SA Estrada Nac.253, Horta do Bom Reparo, Apartado 35, 7580 - 909 - Alcácer do Sal +351 265 612 127 | +351 265 612 127 @: forestech@ambigroup.com
BREVES
Unidade de Faro: Estrada Nac. 125 km 96.7 Caixa Postal 641-Arneiro, 8005-412 Faro +351 289 896 720 | +351 289 896 729 @: ambitrena.faro@ambigroup.com AUTOVFV, SA Estrada Municipal da Mourisca, Quinta Vale da Rosa, Armazém 1, 2910 Setúbal +351 265 701 000 | +351 265 701 009 @: autovfv@ambigroup.com Nota: Isento de Registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 art. 12º nº 1 A
Recielectric nos media
RECIELECTRIC SA / RECIPOLYMERS SA Rua Eugénio dos Santos, n.º1 Pinhal de Frades, Casal do Marco - 2840-185 Arrentela, Seixal +351 212 269 900 | +351 212 269 907 @: recielectric@recielectric.pt @: recipolymers@ambigroup.com RECIPOLYMERS Unidade da Chamusca Estrada do Relvão, Casal do Relvão E. M. 1375 Lotes 1 2, Casal do Relvão -2140 - 671 Carregueira, Chamusca +351 249 741 129 | +351 249 741 175 RECIFEMETAL SA / TRANSALÉM SA / INCOFERRO SA Edifício Além, EN 115 - km 65,2 2630-058 Arranhó +351 219 687 430 | +351 219 687 440 @: recifemetal@ambigroup.com @: transalem@ambigroup.com @: incoferro@ambigroup.com RECIFEMETAL ESPAÑA SL C/Capitan Mendizabal, 20-1ºc 48980 Santurtzi Vizcaya 0034944625194 | 0034944835162 @: recifemetal.espana@ambigroup.com
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Recipolymers da Chamusca inicia produção Adquirida pelo Ambigroup no verão passado a unidade de tratamento de plástico da Chamusca inicia agora a produção, após alguns meses de reparações e aumento de capacidade. Situada no Eco Parque da Carregueira, concelho da Chamusca, esta segunda unidade da Recipolymers irá reciclar
reciclados em maior quantidade naquela unidade. No entanto, ficou bem patente a importância de cada pessoa encaminhar para reciclagem todos os seus velhos electrodomésticos, como por exemplo, depositando-os nos depositrões da ERPPortugal, como frisou Filipa Moita desta entidade gestora. Também o jornal Expresso publicou um artigo sobre a reciclagem de REEE na Recielectric. O trabalho pode ser lido na edição de 30 de Dezembro de 2010.
até sete mil toneladas/ano de plástico, principalmente de polietileno (plástico essencialmente agrícola) mas também terá capacidade para reciclar polipropileno. Com uma linha de lavagem das melhores existentes no país e uma linha de extrusão com filtros laser, esta unidade garante um elevado nível de pureza do produto final, complementando assim os já elevados padrões de qualidade obtidos na Recipolymers do Seixal.
Encontro de final de ano entre todas as empresas do Grupo
Festa de Natal reúne 250 colaboradores
C
omo tem vindo a ser hábito, no final de cada ano a “família” Ambigroup reúne em almoço de convívio. Este ano a Quinta do Barata no concelho de Sobral de Monte Agraço recebeu mais de 250 colaboradores, quadros e administração do Ambigroup. O dia é de festa e confraternização, já que uma parte dos colaboradores das várias unidades industriais do Grupo em Portugal
só têm oportunidade de se encontrar uma vez por ano. O evento serve também para que se possa reviver alguns dos melhores momentos laborais do ano que agora terminou. Ao fim da tarde nem o frio que se fazia sentir arrefeceu os ânimos de quem se divertia ao calor de um delicioso “porco no espeto”. E claro houve também que preferisse agitar as ancas ao som de um animado baile.
O final do ano no Ambigroup é passado em “família”. Colaboradores de todos os “cantos do país” reúnem-se em festa e em almoço de convívio.
Elementos do corpo técnico Ambigroup Dept.º Técnico-Comercial da Ambitrena Grupo de colaboradores da Auto vfv
Ambitrena adopta imagem Ambigroup
Ambigroup cria Ambiservice
A partir deste ano, a Ambitrena passará a usar a marca Ambigroup. Esta alteração insere-se no plano estratégico de crescimento da empresa, possibilitando um reforço da sua imagem e um melhor aproveitamento das sinergias do Grupo. A mudança far-se-á gradualmente ao longo do ano e abrangerá também as restantes empresas do Ambigroup.
O Ambigroup criou recentemente mais uma empresa de prestação de serviços. A Ambiservice, sediada em Setúbal em instalações próximas da Ambitrena, tem a seu cargo as oficinas de reparação de veículos e equipamentos das várias empresas do Grupo. Guilherme Rocha, engenheiro mecânico, lidera uma vasta equipa de técnicos de manutenção.
Recipolymers - Unidade da Chamusca
Demotri alarga quadros Chama-se Ricardo Andrés e é licenciado em Engenharia Civil, a mais recente contratação da Demotri para o seu corpo técnico. Ricardo irá reforçar as componentes de acompanhamento de obra e orçamentação.
Informação Ambigroup Pág. 21
OPINIÃO - Luís Veiga Martins - Sociedade Ponto Verde
BREVES Demolição do antigo Cinema Europa
Projectar para a reciclagem
S
e as embalagens são um elemento fundamental da sociedade actual, não é menos verdade que são igualmente uma importante fonte de impactos ambientais e de geração de resíduos. Nos últimos anos, a produção de resíduos tem vindo a ganhar uma acrescida importância nas sociedades modernas, como resultado da mudança nos hábitos de consumo e estilos de vida dos consumidores. Nesta cadeia, as empresas que têm a responsabilidade de decidir quais as embalagens que devem escolher para os seus produtos são um elo importante na minimização do impacto dos resíduos de embalagens no ambiente. Estas empresas devem ter em conta todo o ciclo de vida da embalagem aquando da concepção de novos tipos de embalagem. Como tal, e entre outros aspectos, devem considerar o destino final da embalagem e nomeadamente a sua reutilização, reciclagem e mesmo valorização.
Este foi um dos motivos que nos levou a lançar o primeiro site em língua portuguesa sobre prevenção de resíduos, o Pack4recycling (www.pack4recycling.pt). Trata-se de uma adaptação da página de Internet do site desenvolvido pela nossa congénere belga, a Fost Plus. O Pack4recycling, além de dar a conhecer a constituição de cada embalagem, auxilia também as empresas na escolha de materiais mais amigos do ambiente e, consequentemente, contribui para tornar as suas embalagens mais facilmente recicláveis. O site coloca também à disposição informações sobre questões que devem ser tidas em conta para os diferentes materiais e componentes de uma embalagem. No caso das Pág. 22
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garrafas de plástico, por exemplo, fornece dados sobre a compatibilidade destas com tampas diferentes ou rótulos. Com o lançamento desta ferramenta online, temos como objectivo dar mais um contributo para minimizar o impacto ambiental das embalagens através da promoção da importância da prevenção de resíduos na origem e do conceito de projectar para a reciclagem (ecopackaging), cuja preocupação fundamental está centrada em facilitar e potenciar o processo de reciclagem. Este conceito pode funcionar como um factor de inovação de produto na medida em que fornece novos critérios de avaliação do design, através da escolha de materiais, técnicas de produção de embalamento. Por outro lado, pode também estimular parcerias com fornecedores, distribuidores e recicladores, bem como abrir novas áreas de negócio, melhorar a qualidade e imagem do produto, reduzir o peso da embalagem, mas permitindo, simultaneamente, manter os critérios de qualidade e protecção dos produtos existentes. Tendo em vista o aumento da reciclabilidade das embalagens e o prolongamento do seu ciclo de vida, no caso de as embalagens serem multi-materiais a concepção destas deve permitir uma fácil e rápida separação das componentes. Mas existem outros aspectos a ter em conta, como por exemplo, facilitar a identificação dos materiais utilizados nas embalagens de modo a facilitar a operação de triagem para posterior reciclagem; a utilização de materiais que sejam compatíveis entre si ou facilitem o processo de reciclagem; ou a utilização de materiais naturais e renováveis em embalagens, como por exemplo, fibras naturais ou plásticos biodegradáveis.
Estão a decorrer as operações inerentes à demolição da estrutura em betão armado e alvenaria, que constitui o edifício pertencente ao antigo Cinema Europa, localizado no Bairro de Campo de Ourique, em Lisboa. A execução dos trabalhos decorre com recurso a meios mecânicos de grande porte.
Forestech produz biomassa para Enerpulp A Forestech iniciou, para a Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. empresa do Grupo Portucel Soporcel, na fábrica pasta de Cacia o trabalho de preparação e produção de biomassa de 10000 ton de cepos de eucalipto. O trabalho está a ser realizado com recurso ao processo pioneiro desenvolvido pela Forestech que a garante biomassa de elevada qualidade e simultaneamente permite a recuperação de terra vegetal para reabilitação e utilização em áreas verdes. A matéria prima, os cepos, derivam das operações de manutenção e de reconversão e regeneração de povoamentos florestais e a biomassa resultante será consumida como combustível na central de biomassa desta unidade industrial. A produtividade, a eficiência e versatilidade do método de separação do e a qualidade dos produtos finais foram determinantes para a escolha da Forestech para realizar este serviço.
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INFORMAÇÃO - Seminário na APA perspectiva os próximos anos do sector
Desafios à gestão de resíduos
A
segunda edição do seminário “Gestão de Resíduos” promovido pela Apemeta, Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais, que decorreu a 14 de Dezembro 2010, na APA, Agência Portuguesa do Ambiente, trouxe a discussão inúmeros desafios ao sector e revelou as perspectivas futuras da gestão de resíduos. Na sessão foram referidos os aspectos chave da Directiva Quadro de Resíduos, entre os quais, o Fim do Estatuto de Resíduo, nomeadamente a distinção dos casos em que determinado resíduo deixa de ser considerado como tal, como são exemplo os agregados, o papel, o vidro, o metal, os pneus e os têxteis. Foram indicadas as iniciativas da Comissão Europeia actualmente em curso, nomea-
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damente a Revisão da Lista Europeia dos Resíduos, Orientação para a elaboração de programas de prevenção, definição de Regras harmonizadas referentes aos métodos de aplicação e cálculo para verificação da concretização das metas dos objectivos de reutilização e reciclagem previstos e Fim do estatuto de resíduo. Foi apresentado o Plano de Prevenção de Resíduos Urbanos onde se salientou que o PPRU tem como âmbito a redução da quantidade e perigosidade de resíduos urbanos, com um horizonte temporal 2009 a 2016. O tema da responsabilidade ambiental e das obrigações decorrentes do diploma DL Nº 147/2008, de 29 de Julho foi também apresentado. Aqui destacou-se que a garantia financeira é obrigatória, desde 1 de Ja-
neiro de 2010 e pode ser efectuada através de seguro, garantia bancária, fundo próprio ou fundo ambiental. Ficaram esclarecidas quais as actividades que estão abrangidas pela responsabilidade ambiental e qual a estratégia de actuação da APA, sobre esta matéria. O Mercado Organizado de Resíduos (MOR) também esteve em discussão, onde foram apontadas vantagens do MOR-Online, primeira plataforma licenciada: potenciar a valorização e a reintrodução de resíduos no circuito económico e diminuir as matériasprimas e consequente redução de custos. A Apemeta organiza a 31 de Março um outro seminário sobre “Gestão de Resíduos Industriais” a realizar nas instalações da APA, em Lisboa.
Certificado de abate
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Recepção e transporte
Informação Ambigroup
Descontaminação Desmantelamento Reciclagem Armazenamento Reutilização de peças
Reutilização de Peças, S.A.
Auto vfv é motivo de reportagem
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propósito do fim dos incentivos do Estado ao abate de Veículos em Fim de Vida a revista Sábado acompanhou todo o percurso de descontaminação e abate de um automóvel na Auto vfv. A reportagem, publicada na edição número 348 (de 29 de Dezembro a cinco de Janeiro) daquela revista, mostrou passo a passo todas as etapas de reciclagem dos veículos, realizadas na unidade de desmantelamen-
to da Auto vfv: A recepção do VFV e entrega do certificado de abate; A entrada do veículo nas linhas de descontaminação onde lhe são extraídos os líquidos perigosos; O seguimento do mesmo para as linhas de desmantelamento onde são retirados os componentes passíveis de reutilização; O armazenamento de peças; O encaminhamento para reciclagem de plásticos, metais e outros.
Portugal é o 8º Estado-membro em valorização de VFV Portugal subiu uma posição em matéria de reutilização/valorização de Veículos em Fim de Vida (VFV) entre os 27 Estados-membros da União Europeia, atingindo uma taxa de reutilização/valorização de 87,2%, o que corresponde ao oitavo lugar da tabela classificativa. Os dados, divulgados pelo EUROSTAT, dizem respeito ao ano de 2008. Recorde-se que em 2006, primeiro ano em que estas estatísticas foram divulgadas, Portugal ocupava o décimo lugar, tendo subido para nono lugar em 2007. De acordo com a legislação comunitária, Directiva 2000/53/CE, desde 2006 que os Estados-membros estão obrigados a cumprir uma taxa mínima de reutilização/valorização de 85%, em peso, por VFV. Uma meta para a qual o Ambigroup tem ajudado a cumprir. De referir que os seis centros de abate do Ambigroup representam já oito por cento do universo nacional de VFV abatidos em Portugal.
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INFORMAÇÃO AMBIente
Projecto Labirinto de Pneus premiado Prémio Inovação Valorpneu 2010 destaca trabalho de alunas de Arte e Design do Instituto Politécnico de Bragança.
A
na Arribas e Cátia Fernandes, alunas do 2.º ano de Arte e Design do Instituto Politécnico de Bragança, foram as vencedoras do Prémio Inovação Valorpneu 2010 com o projecto Labirinto de Pneus. O projecto consiste na construção de um labirinto para um espaço público, reutilizando cerca de 650 pneus em fim de vida. “Para a elaboração deste projecto inspirámo-nos na artista plástica portuguesa de renome internacional, Joana Vasconcelos”, referem as alunas. Adiantando que, “na escolha do projecto tivemos em conta todas as variáveis envolvidas, desde a exequibilidade do mesmo, aos custos associados e, obviamente, à sua contribuição para a sustentabilidade económica e ambiental do sistema integrado de gestão de pneus usados (SGPU) gerido pela Valorpneu”. “Os materiais utilizados são pneus usados pintados de branco, tubos de aço e acrílicos de cor para os jogos de luz”, referem as vencedoras. “É um labirinto, onde as tradicionais sebes deram lugar a pneus usados”, um objecto do quotidiano que depois de usado tem inúmeras aplicações, onde esta é apenas um exemplo. “Optámos por um projecto de entretenimento para pais e filhos, para que possam interagir de forma divertida”, adiantam. A maqueta do trabalho começou a ser feita pelas alunas em Março e ficou concluída em meados de Junho. Agora é esperar que alguém se interesse pelo projecto e o queira colocar em prática. Foi esta a aposta do Júri do prémio compos-
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to por Luísa Pinheiro, subdirectora geral da Associação Portuguesa do Ambiente, Paulo Ferrão, professor catedrático do Instituto Superior Técnico e director do programa MIT- Portugal, Simões de Sousa, professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, gerente da Empobor e da Valorpneu e por Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal e também gerente da Valorpneu. As alunas receberam o prémio, acompanhadas de dois docentes, Carlos Costa, do ramo de Equipamento, e Jorge Morais, do ramo de Arte Gráfica, e da directora do curso, Jacinta Costa, no âmbito do 8.º Encontro Anual da rede Valorpneu, que decorreu nos dias 11 e 12 de Novembro do passado ano, no Funchal, Madeira. O objectivo do concurso visa o desenvolvimento de novas soluções para o destino sustentável dos pneus usados em Portugal, garantindo o incentivo e dando visibilidade ao trabalho de investigação realizado em estabelecimentos de ensino superior nas áreas de Engenharia, Arquitectura ou Design. A Valorpneu recebeu trabalhos candidatos do Instituto Politécnico de Bragança, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do ESAD das Caldas da Rainha, da UTAD (Universidade de Trás os Montes e Alto Douro) e da Escola Superior de Comunicação de Lisboa. O Prémio Inovação Valorpneu 2010 tem o valor monetário de 7.500 Euros e contempla a atribuição de um estágio profissional na Valorpneu para o seu vencedor.
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Há 18 anos a inovar no mercado de logística ambiental Prensas e Guilhotinas
Gancho/Ampliroll de 3 a 35 ton.
Grifas para Gruas
Gruas Industriais de 2 a 110 ton.
Grifas para Escavadoras
Multibenne fixo ou desmontável de 3 a 20 ton.
Av. 25 de Abril, 93 – Vila Verde – SINTRA * 2705-902 TERRUGEM SNT Tel: +351 217 510 810 – Fax: +351 217 510 819 * email: geral@cresla.pt * www.cresla.pt
Nacional - Decreto-Lei nº 132/2010, de 17 de Dezembro - Altera o regime jurídico da gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, aprovado pelo Decreto-Lei nº 230/2004, de 10 de Dezembro, e transpõe parcialmente a Directiva nº 2008/112/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro. - Portaria nº 1324/2010, de 29 de Dezembro Altera o Regulamento de Aplicação do Produto da Taxa de Gestão de Resíduos, aprovado pela Portaria nº 1127/2009, de 1 de Outubro. Comunitária - Regulamento (UE) nº 849/2010 da Comissão, de 27 de Setembro, que altera o Regulamento (CE) nº 2150/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo às estatísticas de resíduos.
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NOVIDADES LEGISLATIVAS - Resíduos
Desmantelamentos e Reciclagem de Metais
- 2010/C 296/10 - Relatório da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu sobre a aplicação do Regulamento (CEE) nº 259/93 do Conselho, de 1 de Fevereiro de 1993, relativo à fiscalização e ao controlo das transferências de resíduos no interior, à entrada e à saída da Comunidade – Geração, tratamento e transferência transfronteiriços de resíduos perigosos e outros resíduos nos EstadosMembros da União Europeia, 2001-2006. COM /2009) 282 Final.
Demolições, Reciclagem e Construção
- 2010/731/EU - Decisão da Comissão, que estabelece um questionário a utilizar na elaboração dos relatórios sobre a aplicação da Directiva 2000/76/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à incineração de resíduos.
Reciclagem de REEE
Valorização e Gestão de Resíduos Veículos em Fim de Vida e Reutilização de Peças
Reciclagem de Polímeros Biomassa e Bio Energia Transporte, Logística e Serviços Engenharia e Técnicas Ambientais
AGENDA AMBIENTAL
As informações desta agenda poderão sofrer alterações. Para confirmação oficial, contactar a organização.
Evento: Getis - Feira de tecnologias e soluções ecológicas Data: De 02/02/2011 a 04/02/2011 Local: Cannes, França Descrição: Feira dedicada a profissionais e ao público em geral. A exposição oferece a possibilidade de se criar sinergias entre várias empresas com produtos, serviços e inovações ecológicos. Mais info.: www.getisgroup.com Evento: Formação: Boas Práticas de Manuseamento do Amianto Data: De 09/02/2011 a 10/02/2011 Local: Lisboa Descrição: O evento pretende dotar os formandos de conhecimentos sobre a forma correcta de manusear produtos contendo amianto, uma substância perigosa para a saúde muito encontrada em construções mais antigas. Mais info.: www.ceifa-ambiente.net Evento: Conferência de Responsabilidade Empresarial e das Organizações Data: 16/03/2011 Local: Lisboa Descrição: A conferência centrar-se-á na importância das estratégias de responsabilidade empresarial das empresas e das organizações, nas diferentes formas de actuação possíveis e como factor de competitividade na conjuntura actual. Mais info.: www.responsabilidadeempresarial.about.pt
Evento: Seminário: Gestão de Resíduos Industriais Data: 31/03/2011 Local: Lisboa Descrição: O seminário destinado a profissionais do sector de resíduos, técnicos do Ambiente e indústria, investigadores e estudantes irá abordar os desafios e perspectivas futuras na gestão de resíduos, bem como soluções e estudos de caso de gestão de resíduos. Mais info.: www.apemeta.pt Evento: Seminário: Eficiência Energética e Energias Alternativas Data: 05/04/2011 Local: Lisboa Descrição: Evento promovido pela Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais destinado a profissionais e técnicos do Ambiente e das energias alternativas. Mais info.: www.apemeta.pt Evento: Écobat - salon de l’eco-constrution et de la performance énergétique Data: De 03/03/2011 a 05/03/2011 Local: Paris, França Descrição: O salão está dividido em ecoconstrução, eficiência energética, energias renováveis e formação. Em 6000m2 de exposição pode encontrar 150 expositores de várias nacionalidades. Mais info.: www.salon-ecobat.com
Inovação Ambiental
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