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Palavras do editor Purushatraya Swami No informativo 19 dos "Amigos de Goura", do mês de março, eu fiz o seguinte convite abaixo. Lembram-se? Ele ainda está valendo...

Vivências rurais em Goura Estamos recebendo vários jovens que estão aprendendo e praticando a agricultura orgânica natural aqui em Goura. Venha você também fazer essa experiência.

No convite acima eu ilustrei com nossa horta orgânica e a foto um jovem portando uma plantadeira de milho ou feijão. Pois bem, esse jovem é o João. Estava no sul, veio a Goura por indicação de um devoto. Rapaz inteligente, simpático, prestativo e inquiridor. Integrou-se muito bem no grupo e estava sempre pronto para participar e aprender. Passou alguns meses conosco e teve que voltar a Brasília, onde vive sua família, para resolver algumas questões pendentes. Poucos dias atrás, recebi um e-mail do Bhakta João, que me deixou bem feliz. Tomei a liberdade de passar para vocês: "Eu sou o João de Brasilia que estava ai em Goura. Bom, estou escrevendo para você primeiramente para agradecer os verdadeiros milagres que tem acontecido na minha vida após conhecer Goura. Quando cheguei em Goura, estava cheio de vícios que, apesar de estar tentando largar há algum tempo, foi em Goura que consegui ter forças para largar todos. Também, estava tentando aplicar um sentido mais profundo a minha vida, mas novamente em Goura ganhei mais forças para seguir com passos firmes nessa caminhada. Enfim, Goura


me limpou e me deixou mais leve e livre, tornando o caminho espiritual (que antes era sempre uma coisa distante e difícil de seguir, pois sempre ocorria algo para me desviar) mais fácil e natural. Hoje me vejo ainda com alguns obstáculos para superar, mas já tenho uma receita de como fazer para manter firme na caminhada espiritual, me protegendo com os mantras e seguindo todo um estilo de vida que me foi ensinado em Goura." Essa é um resultado prático das propostas que nossa comunidade tem a oferecer, não só para jovens, mas para qualquer pessoa que tem, dentro de si, um desejo sincero de aperfeiçoar-se e dar um sentido espiritual para sua vida. Agradecemos de todo coração a todos que têm nos apoiado e ajudado a manter essa chama acesa. A caminhada é longa e as tarefas são inúmeras. Mas o importante que temos a certeza de estar indo na direção certa. Isso nos dá confiança. Convidamos a todos para nos juntar nessa caminhada. Que tudo esteja muito bem com todos.


Surabhi-seva_ Programa de proteção dos bovinos Krishna, os amighinhos vaqueirinhos e as vaquinhas e bezerros na Vrindávana original.

Vaquinhas na Vrindávana de hoje


Do livro "Sanidade Espiritual" de Purushatraya Swami:

O Dilema dos Jovens Já houve um tempo em que velhice era sinal de sabedoria. Os jovens recorriam aos anciãos para receberem conselhos, pois viam neles uma experiência sólida acumulada pelos anos vividos. Havia respeito e até veneração. Mas e hoje? Será que não se fazem mais velhos como antigamente? Esse deve ser um sinal dos tempos... Os velhos que me perdoem, mas tenho que dizer algumas verdades duras. Aos jovens, preparem-se, pois não é hora de adular ninguém, mas cair na realidade. O fato é que se formou um profundo abismo entre as gerações. A maioria das pessoas da terceira idade parou no tempo e não consegue acompanhar a cabeça dos jovens. Posso falar com experiência própria, pois já conquistei o direito de viajar de graça nos ônibus urbanos e o privilégio de entrar na fila preferencial no caixa dos bancos, e sei que é difícil acompanhar o “pique” da rapaziada. Mas, mesmo assim, sem exagero de se passar por um velhinho avançado, é dever dos mais velhos contribuir para que os jovens tenham um presente e um futuro melhor e mais produtivo. A maioria dos velhos se abstém de dar essa contribuição aos mais jovens, pois ficaram defasados com o tempo presente e não têm nada para contribuir. Assim, é comum escutarmos: “Porque no meu tempo...” Quando se fala assim, sabemos que se perdeu o “trem” da história e que sua consciência ficou identificada completamente com a senilidade de seu corpo velho. Essa identificação da alma com o corpo é um problema filosófico e psíquico sério. É muito difícil se desvencilhar desse conceito. É, inclusive, considerado como a essência da ignorância pelo conhecimento dos Vedas. Mais adiante falaremos mais sobre esse assunto... Um problema sério da velhice é a tendência à acomodação e à falta de perspectiva na vida. Dias atrás, uma senhora confidenciou-me: “Depois que se aposentou, meu marido acorda às dez da manhã, nem troca o pijama, toma um cafezinho, acende um cigarro, deitase no sofá e liga a televisão. Todos os dias!”. Trata-se de um morto vivo. Vida improdutiva. Que exemplo essa pessoa passa para os filhos! A coisa mais comum em todos os lugares em que passamos é ver, nas praças das cidades, um monte de aposentados desocupados jogando carteado ou dominó. Dia após dia, a mesma rotina. Dá dó de ver. Uma falta total do que fazer. Uma vida pobre, inútil e sem propósito. Muitos idosos têm problemas sérios de saúde devido a anos de maus hábitos alimentares e estilos de vida viciosos. Em geral, a pessoa é consciente de que a dieta alimentar que tem adotado por anos a fio é a causadora direta de sua doença, mas elas insistem em não mudar seus hábitos. “É o bife de cada dia”. Não conseguem mudar; não


querem mudar. Perderam a capacidade de exercer a vontade sobre si mesmas. São totalmente condicionadas, como os cães de Pavlov. Vivem na esperança de que as pílulas receitadas pelos seus médicos, que geralmente estão nas mesmas condições que seus pacientes, vão lhes trazer saúde e alívio. Em geral, tornam-se hipocondríacos. A consequência de uma vida insalubre é o sofrimento. A esses, só resta então se lamentar. A lamentação passa a ser a rotina de muitos idosos. Meditam profundamente em seu próprio sofrimento. Um sofrimento principalmente no nível mental. Quando encontramos um desses sofredores profissionais, temos que ouvir um longo relato de doenças, com todas as minúcias, pois a mesma história já foi repetida antes pelo menos uma dúzia de vezes. Em suma, existe uma carência total de satisfação e de realizações em suas vidas. Só frustração e sensação de derrota. Nesse estado, quem é capaz de inspirar e aconselhar alguém? Em geral, todo velhinho ou toda velhinha parece uma pessoa boazinha. Muitos têm realmente bom coração e são desprovidos de malícia. Obviamente, todos têm os seus defeitinhos e manias, como todo mundo tem. Levam suas vidinhas domésticas e se contentam com o conforto da mediocridade. A vida medíocre é uma vidinha que nem é muito boa nem tampouco muito ruim. Não se pode exigir nada especial de um medíocre. Na mediocridade não se tem a responsabilidade de se mostrar como um exemplo para os mais jovens. Nem são convocados para missões que exigem empenho e certo risco. Contentam-se com seu entretenimento doméstico, sua TV NET de oitenta canais e assim vão se definhando pacificamente. Livros? Ninguém mais os lê. Com a TV, você não precisa pensar... Os jovens presenciam essas cenas dentro de suas casas. A inaptidão para orientarem seus filhos faz com que os pais deleguem essa responsabilidade para a escola e o governo. Nem a escola nem o governo se preocupam em dar aos jovens o embasamento moral e espiritual necessário para ter uma vida virtuosa e chegar a uma velhice digna. A escola preocupa-se exclusivamente com a formação profissional imediatista e o governo, em fazer da pessoa um bom consumidor e um bom pagador de impostos. E como ficam os jovens diante disso tudo? Coitado deles, digo eu. A maioria está completamente desorientada e desprotegida. A condição de ser um jovem hoje em dia é muito precária e vulnerável. A pouca idade e a falta de experiência do jovem não lhe permite administrar propriamente sua vida. Isso é natural nessa idade. Eles necessitam de orientação e bons conselhos dos mais velhos. Definitivamente, a velhice não pode ser sinônimo de fracasso e derrota. Deve sim ser a reserva moral da sociedade e o manancial de sabedoria e realizações profundas. O que acontece na prática é que, quando os jovens olham para os mais velhos e veem um estado de marasmo, alienação, decrepitude e acomodação, o pensamento que naturalmente vem à mente deles é: “O negócio é aproveitar e desfrutar da vida ao máximo agora, pois daqui a algum tempo ficarei assim como eles. Não posso perder essa chance”.


Então, mergulham em todo tipo de excessos: nas drogas, no álcool, nas baladas, nas raves, na degradação, nos esportes radicais, nas noites em claro, etc. A maioria se estraga logo, pois o corpo não aguenta tal tranco. Muitos se degradam com as más companhias. Em outros, a vida acaba em tragédia. Nosso país é campeão em jovens mutilados por todo tipo de acidentes. Aqueles que “botaram pra quebrar” e chegaram à terceira idade acabam inevitavelmente numa situação mais crítica e bem pior do que aquela de seus pais! Completamente degradados de corpo e mente. E esse ciclo tende a se perpetuar nas próximas gerações. Onde estão os pais para darem bons exemplos? Estão perdidos também. A situação é crítica. Coitado deles... Bem... aos idosos que não se enquadram no modelo descrito acima e aos jovens que não se degradaram e não se massificaram com os modismos fúteis e com os engodos dessa sociedade desorientada e caótica, eu “tiro meu chapéu” em respeito e admiração. ><

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Goura Vrindávana, cada vez mais bonita

Na chegada, agora tem um amplo pátio com calçamento de pedra que facilita o estacionamento e manobra de veículos. Foi uma obra custosa, mas vai, com certeza, virar o século.

Aí vemos a equipe de jardinagem de Goura: Bkn. Juliana, Premavati e Mataji Mangala. Com dedicação e sensibilidade, Goura vai se transformando num grande e natural jardim.


Goura tem o primeiro Parque Bushcraft do Brasil Bushcraft? O que é isso? Vou explicar: Um velho amigo dos devotos de Goura, Brasil Goulart (a direita), um artista plástico consagrado de Paraty, que é, também, um ambientalista, associou-se com um especialista em sobrevivência na selva, o mateiro Giuliano Toniolo, e escolheram o sertão de Goura Vrindávana para montarem um parque temático do curso de sobrevivência que estão promovendo. A foto abaixo foi tirada num programa que fizemos no atelier/loja do Brasil Goulart. Ele é visto na foto no lado esquerdo, em baixo. Algumas fotos do parque Bushcraft de Goura:

Veja o video: https://www.youtube.com/watch?v=2ZdodK-kzPY




Tour de palestras em Santa Catarina Começamos por Blumenau. Tivemos uma palestra no centro cultural Hare Krishna.

Ficamos hospedados no apartamento do líder do projeto, um velho "amigo de Goura", Rishipriya, que é visto com sua esposa Marta. De Blumenau seguimos para a capital, Florianópolis, onde tivemos programas bem interessantes. No domingo, Jagannatha Dhama organizou um programa no excelente

templo de sua casa. Outro excelente programa em Floripa foi um "nama-hatta" de slokas na casa de Goura-candra e Ananda-lila (abaixo).


Em Brusque, estivemos num prestigioso espaço de Yoga. Em Balneário de Camboriú,

tivemos um excelente programa na abertura de um novo espaço cultural Hare Krishna da cidade. Na Praia Brava, tivemos um "nama-hatta" na casa de Goura-shakti e Chandra-kanti e um ótimo programa no templo Hare Krishna de Itajaí (abaixo).

Completando a turnê, tivemos a oportunidade de, mais uma vez, palestrar no mais importante centro de Yoga da América Latina, a "Montanha Encantada", em Garopaba.


Nas montanhas de Visconde Mauá RJ Na aprazível região de Visconde de Mauá, no cimo da Mantiqueira, encontra-se "Shantipur", um espaço de vivências com um ambiente agradável e uma vista deslumbrante. Kirtida Devi Dasi construiu e dirige as atividades, junto com Lalita Gopi e Kunti. Quem participa de eventos em Shantipur fica admirado e gratificado com a eficiência com que essa equipe organiza e acolhe os visitantes. A prasada é sempre uma atração a parte. Ao lado, vemos Mataji Kirtida, ladeada por Lalita Gopi e Kunti Devi Dasi. Semanas atrás, tivemos a oportunidade

de dirigir um seminário: "Joias do SrimadBhagavatam". Abaixo, vemos a turma que se dispôs a subir a montanha para ouvir sobre as glórias dessa escritura transcendental de conhecimento eterno.



Seja um amigo ou amiga de Goura Convidamos a você a participar desse projeto. Valorize essa oportunidade. Vamos estar sempre em sintonia. Faça uma contribuição mensal. É importante uma constância nas contribuições para que possamos fazer um bom planejamento e execução das múltiplas atividades internas e assim mantermos um desenvolvimento gradual desse projeto. Para aqueles que vão entrar no time dos “Amigos de Goura”, damos uma tabelinha com as devidas categorias e valores, simplesmente para efeito de se ter uma referência, pois a doação deve ser completamente voluntária, de coração. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Sraddha_ de 5% a 10% do salário mínimo vigente (36 a 72 reais) Sadhu-sanga_ de 10% a 15% do sm (72 a 108 reais) Bhajana-kriya_ de 15% a 20% (108 a 144) Anartha-nivritti_ de 20% a 30% (144 a 216) Nistha_ de 30% a 40% (216 a 288) Ruci_ de 40% a 60% (288 a 432) Asakti_ de 60% a 100% (432 a 720) Bhava e Prema_ acima de 100% do sm.

Lembramos também as contas bancárias do programa: 1. Bradesco; ag. 105; c/c 203076-4; Paulo Alexandre Klavin Junior (400807067-20) 2. B. Brasil; ag. 3520-3; 18691-0; Valnir F. Fonseca (264359777-04) 3. Itaú; ag. 4841; c/c 13586-8; Paulo Alexandre Klavin Junior (400807067-20)

Após depositar, por favor, envie um e-mail para Purushatraya Swami (pswami@goura.com.br).


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