Boletim AMP Vinho n.º 03 – Junho 2016

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Boletim Informativo da Associação de Municípios Portugueses do Vinho № 03 • junho 2016 www.ampv.pt facebook.com/ampvinho

Francisco Lopes (Lamego) José Calixto (Reguengos de Monsaraz) Pedro Ribeiro (Cartaxo) Álvaro Amaro (Palmela)

Capoulas Santos Entrevista ao Ministro da Agricultura Rede de Museus do Vinho Projetos e prioridades para 2016

Portugal na liderança da

Todos os municípios da AMPV passam a ser associados desta Rede Europeia de Cidades do Vinho

Recevin


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Nota de abertura

aniversário ampv Prémios prestígio

PEDRO MAGALHÃES RIBEIRO Presidente da AMPV

Nove anos se passaram sobre a criação da AMPV - Associação de Municípios Portugueses do Vinho. Foram anos de intenso trabalho e contínuo esforço no sentido de apoiar e elevar um dos produtos que mais tem contribuído para a distinção do nome de Portugal. Se, por um lado, a evolução tecnológica já estava em campo, o certo é que já no campo havia naturalmente condições edafoclimáticas, fundamentais à produção de qualidade que a técnica se encarregaria de afinar. Reunidas estas condições, os municípios, através da AMPV, aceitam o desafio de acarinhar e promover os seus vinhos, quais gestores de territórios definidos e singularizados nos seus hábitos e costumes. Associam-se à AMPV, na promoção de festas, feiras, simpósios, debates, reuniões e congressos à volta deste produto tão agregador como diferenciador. A problemática do vinho, desde a sua produção ao consumo moderado, é debatido um pouco por todo o lado. É de facto um tema transversal ao país. Conscientes da importância deste tema e deste produto, a AMPV cresce em número de municípios, multiplicam-se os contactos ao nível nacional e internacional e a relevância da associação aumenta. Hoje, nove anos após a criação da AMPV, com uma cobertura integral do país continental e insular, os municípios do vinho constituem-se como uma força a ser ouvida e respeitada. A AMPV assume a liderança das expectativas e persegue as resoluções de problemas atuais e novos que sempre surgirão. As Rotas dos Vinhos, o consumo moderado, a promoção de concursos nacionais e internacionais são apenas alguns desafios, entre muitos, que temos todo o prazer de enfrentar. O vinho é vida, e como diz o poeta “o mundo pula e avança”, não temos a pretensão de pular tanto como a própria vida mas nada nos impede de tentar. Um brinde com moderação e consciente ao futuro da AMPV, aos municípios e, sobretudo, ao Vinho.

AMPV comemorou 9º aniversário A AMPV quer continuar a afirmar-se cada vez mais, tanto a nível nacional como a nível internacional A AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho comemorou no dia 30 de abril o seu 9.º aniversário com a entrega dos Prémios Prestígio, que homenagearam Vasco d’Avillez como Personalidade do Ano 2015 e a Associação Portuguesa de Enologia (APE) como Entidade do Ano 2015. Na sessão

comemorativa, que teve lugar no Cartaxo, no decorrer de mais uma edição da Festa do Vinho, o presidente da AMPV, Pedro Magalhães Ribeiro, destacou “o papel fulcral dos municípios na promoção e preservação da identidade e da cultura dos territórios com forte tradição vitivinícola”.

Bem-haja a todos

◆ Vasco d’Avillez recebeu o prémio de personalidade do ano

Ficha técnica AMP Vinho - boletim informativo Propriedade: AMPV - Associação de Municípios Portugueses do Vinho Torreão do Mercado Municipal Apartado 55, 2071-909 Cartaxo NIF: 508 038 430 Diretor: Pedro Magalhães Ribeiro Editor: José Arruda

Edição № 03 / junho 2016

Redação: Ana Fernandes Design e Paginação: Sandro Funina Impressão: FIG – Indústrias Gráficas, SA Tiragem: 1000 exemplares Periodicidade: semestral Depósito Legal: 394397/15 ISSN 1647 - 3108

◆ AMPV distingue Associação Portuguesa de Enologia como entidade do ano


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Ministro da agricultura, florestas e desenvolvimento rural

Prémios Prestígio Vasco d’Avillez é presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e foi homenageado pela sua longa e preenchida carreira de mais de 40 anos de dedicação ao setor do vinho. Já foi presidente da Viniportugal, diretor do grupo Symington, Port and Madeira Shippers e vice-presidente de A. A. Cálem & Filho, Lda. A Associação Portuguesa de Enologia (APE) foi distinguida com o prémio Entidade do Ano 2015, entregue ao presidente da associação, António Ventura. A APE promove há mais de 35 anos o conhecimento e o prestígio do vinho, através das suas ações e atividade. É membro efetivo da Union Internationale des Oenologues.

AMPV em crescimento A AMPV conta com cerca de 70 municípios associados e tem vindo a afirmar-se cada vez mais, tanto a nível nacional como internacional. Como exemplos de projetos de sucesso, destaque para a Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, a Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal, a Rede de Museus do Vinho, a Cidade do Vinho ou o Concurso Nacional da Rainha das Vindimas. A nível internacional, a AMPV tem assumido uma representação cada vez mais significativa, reforçada recentemente com a presidência da Recevin. Detém ainda a presidência da Aenotur e a vice-presidência da Iter Vitis e da Retecork.

“O programa VITIS permitiu reestruturar mais de um terço da nossa área vitícola” Luís Capoulas Santos Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

Ministro está a desenvolver esforços em Bruxelas para dar continuidade ao Programa VITIS para além de 2018 Na sua opinião, o que poderão fazer as regiões vitivinícolas para afirmarem ainda mais a qualidade do seu vinho? Cada região tem autonomia e capacidades próprias para definir a estratégia que considera mais adequada para promover os seus vinhos, não deixando certamente de se inspirar nos bons exemplos nacionais e internacionais.

Tenho orgulho em ter estado associado ao VITIS já lá vão uns 15 anos. Este programa é hoje considerado, justamente, o programa comunitário agrícola de maior sucesso e são evidentes os seus resultados. Através dele, foram injetados no setor mais de 550 milhões de euros e foi reestruturada mais de um terço da nossa área vitícola.

Que contributo pretende dar o Ministério da Agricultura no sentido de assegurar a continuidade do crescimento das exportações de vinho, considerando também a evolução dos mercados emergentes? O Ministério continuará a aplicar, como tem vindo a ser feito até aqui, os instrumentos colocados à disposição do setor, designadamente o PDR 2020 e o Programa VITIS. Quanto a este último programa, estou a bater-me, em Bruxelas, pela sua continuidade e financiamento para além de 2018, ano previsto para o seu termo.

O enoturismo tem registado uma procura bastante significativa por parte dos turistas estrangeiros. Como é que vê o aproveitamento desta oportunidade de negócio por parte dos agentes do setor e de novos empresários? Com muito agrado. O vinho é talvez, dos produtos agrícolas, aquele que maior associação tem à cultura e às tradições de Portugal e da Europa. Hoje, o turismo cultural tem uma procura crescente entre nós. A conjugação da produção, transformação e degustação do vinho com elementos culturais e com o próprio turismo cultural é de extrema importância para a criação de riqueza nas regiões e para a promoção do consumo de vinho.

O Programa de Reestruturação da Vinha veio trazer alterações substanciais à viticultura nacional. Que resultados mais significativos se estão a verificar?

O vinho é talvez, dos produtos agrícolas, aquele que maior associação tem à cultura e às tradições


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Rede de Museus Portugueses do vinho

“Uma plataforma mais eficiente de partilha e desenvolvimento de projetos articulados” Alberto Guerreiro Museólogo no Museu do Vinho de Alcobaça e Coordenador da Rede de Museus Portugueses do Vinho

Quais são as principais prioridades da Rede de Museus Portugueses do Vinho (RMPV) neste momento? A primeira prioridade será operacionalizar a RMPV, passar do quadro de intensões para ações concretas que possam beneficiar os museus do vinho em Portugal e que ajudem a proteger e divulgar o legado cultural do vinho. Para isso, vai ser necessário estabelecer os princípios de funcionamento da RMPV e os objetivos a que se propõe. É de salientar que a RMPV tem uma feição informal, até voluntária, o que obriga que se estabeleça uma base de entendimento forte e concertada para que a articulação entre os museus funcione e com isso todos possamos verdadeiramente beneficiar dela. Neste quadro de prioridades, torna-se essencial também fazer o levantamento da realidade dos museus do vinho portugueses. Estabelecer um diagnóstico atual a partir da constituição de um observatório sistematizado e atualizado das evoluções e involuções do panorama museológico do vinho. Este barómetro é essencial para implementar

programas e definir estratégias para os museus. Torna-se importante conhecermo-nos melhor para que a articulação em rede de facto funcione. Uma das sensações que ficam hoje é que na realidade conhecemo-nos ainda pouco, raramente nos visitamos e quase nunca partilhamos projetos, coleções, know-how técnico, etc. É uma prioridade da rede alterar este prisma e constituir uma plataforma mais eficiente de partilha e desenvolvimento de projetos articulados. Isto só se faz conhecendo a realidade. Que contributo poderão dar estes espaços museológicos no sentido de alcançar uma maior dinâmica? O panorama museológico português evoluiu bastante nas últimas duas décadas. Os museus do vinho, tal como os seus congéneres de outras temáticas, têm vindo a acompanhar esta mudança. Quero dizer com isto que muita dessa dinâmica já existe. Simplesmente às vezes é pouco visível e com dificuldade em se expressar na crescente competitividade que sentimos no setor cultural. Penso que

este é um dos pontos em que a RMPV pode ter um papel crucial. Ajudar a tornar mais visível o dinamismo já existente dos museus do vinho e ver reconhecido o seu contributo no seio dos museus portugueses. Ao contrário de uma rota que é sobretudo um mecanismo funcional (os agentes têm que estar a operar para ela funcionar), uma rede é essencialmente uma plataforma estruturante, ou seja, deve existir para garantir e promover uma série de condições essenciais para o desenvolvimento operacional dos museus. Um género de “back office” de garantia de qualidade e operacionalidade. Penso mesmo que os museus terão um papel essencial na sobrevivência futura das rotas do vinho, sobretudo porque têm uma função ligada ao serviço público de cultura que os produtores não têm, porque não se podem desligar da sua vocação essencialmente empresarial. A rede alberga um universo multidisciplinar de museus, vamos do museu clássico a outras estruturas patrimoniais importantes no contexto histórico do vinho

português, como a Quinta do Sanguinhal ou espaços muito recentes como o Centro Interpretativo e de Promoção do Vinho Verde de Ponte de Lima. Esta opção abrangente, não restritiva mas antes inclusiva do património do vinho, pode ser uma mais-valia para alcançar o objetivo da dinamização que se sustenta muito pela diferenciação. Que tipo de projetos poderão ser implementados por esta rede a curto prazo? O principal projeto é alavancar a RMPV, estruturá-la e operacionalizá-la. Atualmente estamos a elaborar a carta de princípios da rede que será apresentada em breve aos parceiros. Simultaneamente queremos dar visibilidade à rede, que é o mesmo que dar mais visibilidade aos museus e às suas iniciativas, com a ativação de um site que será financiado pela AMPV. Gostaríamos, já em 2016, de ver implementada uma relação mais estreita entre os museus que potenciasse projetos de parceria. A concretização de um espírito de partilha real, onde a concertação e a soli-


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Novos municípios associados

dariedade técnica e institucional se implemente, é um dos nossos grandes objetivos já para este ano. Gostaríamos também de ver alargado o espetro das instituições envolvidas neste processo. Dar jus ao espírito abrangente e inclusivo da rede e ver associados mais parceiros fora do âmbito municipal e incluir mais espaços de outros contextos e tutelas (como por exemplo as caves do Douro). Finalmente, perspetivamos a organização de um encontro nacional dedicado aos museus do vinho. Como caracteriza os museus nacionais dedicados à temática do vinho e que preocupações são mais relevantes? As preocupações que incidem nos museus do vinho não são muito diferentes daquelas que afetam os restantes museus do país. Os problemas da museologia em Portugal são transversais e estruturais: tais como, um certo distanciamento das tutelas, a falta de dotação orçamental, lacunas de relevo ao nível dos quadros de pessoal técnico e especializado, dificuldades no

cumprimento das funções museológicas (investigação, inventário, conservação, exposição). Aqui a RMPV pode ter um papel fundamental através do espírito solidário e concertado que queremos implementar, podendo a rede dar apoio em áreas que os museus tenham dificuldade e fomentar parcerias de cooperação técnica entre os museus aderentes. Por outro lado, a rede deve acompanhar o panorama e sinalizar as dificuldades e oportunidades e a partir daí funcionar como uma entidade sensibilizadora junto de quem tem o poder de decisão. Penso que a ideia não é tornarmo-nos uma entidade fiscalizadora mas antes uma plataforma de entendimento, no fundo agilizar e facilitar o desbloqueio dos problemas dos museus do vinho. Esta rede pretende também intervir e recolher contributos além-fronteiras? Na verdade, a rede aqui deverá seguir o exemplo da própria AMPV, que tem tido uma ação de relevo na defesa da cultura do vinho nacional além-fronteiras. Uma das ligações primordiais é a Espanha. Temos tido contactos regulares com a associação espanhola de museus do vinho e estamos a encetar esforços para que os nossos irmãos espanhóis se façam representar na próxima reunião da RMPV. Na ordem de trabalhos estão dois pontos que queremos ver discutir: a eventual constituição de uma associação ibérica de museus do vinho e a organização de um congresso, que poderá vir a ser ibérico ou europeu, dos museus do vinho a ocorrer já em 2017.

Cinco novos municípios aderem à AMPV no primeiro semestre No primeiro semestre deste ano registou-se a entrada de cinco novos municípios para a AMPV, de diferentes regiões vitivinícolas: Arcos de Valdevez (Vinhos Verdes), Carregal do Sal (Dão), Arruda dos Vinhos (Lisboa), que foi um dos municípios fundadores e regressa agora após ter aban-

◆ Arcos de Valdevez

◆ Arruda dos vinhos

◆ carregal do sal

◆ salvaterra de magos

◆ são roque do pico

donado a associação em 2012, São Roque do Pico (Açores) e de Salvaterra de Magos (Tejo). Todos estes municípios têm uma forte ligação ao vinho, que representa um peso significativo para a economia local e uma referência histórica na cultura e tradições destes territórios.

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Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal

ERT do Alentejo e Ribatejo adere à ARVP A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo é a mais recente entidade a aderir à ARVP. A adesão foi aprovada por unanimidade, na Assembleia Geral que a ERT do Alentejo e Ribatejo realizou no dia 14 de abril, em Reguengos de Monsaraz. A ARVP conta já com várias entidades associadas, ligadas à promoção e valorização do turismo, nomeadamente a Associação Nacional de Turismo (ANT) e as Entidades Regionais de Turismo do Porto e Norte de Portugal, do Centro e do Algarve.

ARVP com funções na ANT e Federação de Turismo Rural A Federação Portuguesa de Turismo Rural elegeu no dia 2 de maio os novos órgãos sociais, que foram aprovados por unanimidade. José Arruda, em representação da ARVP, é o novo presidente da Assembleia Geral. Cândido Mendes foi novamente eleito presidente da direção, e Emanuel Pereira, da Madeira Rural, foi eleito presidente do Conselho Fiscal. Também a Associação Nacional de Turismo (ANT) elegeu os seus novos órgãos sociais, no dia 11 de maio, com Jorge Sampaio, da ARVP, a assumir a presidência do Conselho Fiscal. O novo presidente da ANT é Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve.

ARVP debate enoturismo em Portugal nas comemorações do seu 2º aniversário A importância do enoturismo para a promoção e valorização dos territórios

A Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP) foi constituída no dia 6 de maio de 2014 e resultou de um projeto impulsionado pela AMPV, com o objetivo de fomentar um turismo de vinho de qualidade, baseado numa promoção integrada das Rotas do Vinho nacionais. Para assinalar o seu 2º aniversário, a ARVP promoveu um seminário sobre Enoturismo, no dia 11 de maio, no Centro Cultural Olga Cadaval. O presidente da associação, Jorge Sampaio, destacou o enoturismo como sendo uma área importante para a promoção e valorização dos territórios

das diferentes regiões vitivinícolas. O secretário-geral da AMPV, José Arruda, marcou também presença neste encontro, apresentando o projeto da Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal. Entre os oradores convidados, esteve também José Mendes, da empresa IDTOUR, que apresentou o Plano Estratégico, Comunicação e Marketing da ARVP – antevisão de conclusões de “status quo” do Enoturismo em Portugal. No dia seguinte, a ARVP promoveu uma visita à Adega Regional de Colares, com prova de vinhos e visita às vinhas de Colares.

Enoturismo em 2015

2,2milhões

é o número total de enoturistas que visitaram Portugal em 2015

71%

dos enoturistas são estrangeiros e vêm sobretudo do Brasil e França

63%

dos visitantes preferiram o mês de setembro

17%

foi o crescimento da procura enoturística em relação a 2014

Fonte: Plano de Intervenção Estratégico – Plano de Marketing e Comunicação, IDTOUR, José Mendes


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Centro de Excelência da Vinha e do Vinho

O Regia Douro Park é um Parque de Ciência e Tecnologia, em Vila Real, que foi inaugurado no dia 20 de maio e que está focado nas áreas agro-alimentar, agro-industrial, enologia, vitivinicultura, economia verde, valorização ambiental e tecnologias agro-ambientais. Entre as suas valências, contempla um pólo de investigação, designado de Centro de Excelência da Vinha e do Vinho (CEVV), que se assume como um complexo laboratorial de excelência tecnológica, dinamizado pela UTAD e instituições parceiras, direcionado para a investigação, desenvolvimento e apoio às empresas nos setores da vitivinicultura, agro-alimentar e ambiente, estando equipado com a mais recente tecnologia.

© MUSEU DO DOURO / douro valley

Regia Douro Park

Portugal é o país do mundo com maior cobertura de área de vinha Mesão Frio é o concelho que tem maior cobertura de vinha num país onde apenas dois municípios não têm vinha registada Portugal é o país do mundo com maior percentagem de área de vinha, sendo que apenas dois municípios do território continental não têm vinha registada. Amadora e Barreiro são os únicos que não constam na tabela, que coloca no topo Mesão Frio, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião. Nestes três municípios, a viticultura ocupa mais de um terço do território do concelho. Os números foram divulgados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e correspondem ao ano de 2014. Segundo as estatísticas, 36,77% da área do concelho de Mesão Frio é dedicada à viticultura. Peso da Régua ocupa o segundo lugar, com 36,46% de área

cultivada com vinha, seguindo-se Santa Marta de Penaguião, com 34,68%. São João da Pesqueira, Alijó, Alpiarça, Alenquer, Lamego, Armamar e Almeirim completam o “Top 10” dos municípios com maior percentagem de vinha. No lado oposto, temos Amadora e Barreiro (cuja densidade populacional, urbanização e industrialização justificam a ausência da atividade vitícola) e mais 75 concelhos com menos de 0,5% de área cultivada de vinha. No fundo da tabela estão municípios como Monchique, Paredes de Coura ou Almodôvar. Olhando para os municípios com a maior área de vinha em termos absolutos, temos no topo da tabela Pal-

mela, seguindo-se Alijó e Torres Vedras. Em termos distritais, Viseu é o que regista maior área de vinha (2.734 hectares), seguido de Santarém (2.313 hectares) e Évora (2.057 hectares). Já Vila Real é o distrito com maior percentagem de vinha no território (6,76%). Lisboa e Porto ocupam as últimas posições, quer em área de vinha, quer em percentagem de ocupação do território. Portugal é o país do mundo que dedica maior área do seu território ao cultivo da vinha. Com uma média nacional de 2,59%, encontra-se ligeiramente à frente de Itália (2,55%). Espanha e França têm uma média de 2.01% e 1,45%, respetivamente.


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Rede europeia das cidades do vinho

Desafios e metas nos Portugal na territórios vitivinícolas liderança da Recevin Município de Palmela eleito para o Conselho de Administração da Recevin

Álvaro Amaro Presidente da CM de Palmela

Palmela foi a primeira Cidade Europeia do Vinho e está envolvida, desde início, em todos os processos que visem promover os territórios vitivinícolas e o enoturismo a eles associados como esteios fundamentais do seu progresso social e económico. O cultivo da vinha e a produção de vinhos na nossa região conheceram, a partir dos anos 90, uma fase decisiva para a sua qualificação e expansão, que resultou, em grande medida, de um trabalho consistente de parceria entre o município e os vitivinicultores. Muitos deles passaram a investir mais quer no engarrafamento, quer na criação de marcas, hoje reconhecidas nos mercados nacional e internacional, e a apostar em estratégias de desenvolvimento que tiveram como âncora as estruturas associativas então criadas. Um grande caminho, de consolidação económica e de diversificação e aposta em novas castas e rótulos afirmou a vitivinicultura e o território, lançando sementes para os passos que agora queremos dar.

Neste novo ciclo, estamos perfeitamente sintonizados com as linhas estratégicas da candidatura aprovada e que integra as três grandes cidades do vinho - em Itália, Espanha e Portugal. A acrescentar ao património já constituído, é o momento de alargar o trabalho em rede nos territórios vinhateiros, com forte aposta na sua visibilidade, dado que o turismo rural, a história, o património e a natureza se complementam muito bem e o enoturismo, que tem sido uma experiência de sucesso, constitui um enorme filão que ainda tem muito que potenciar e explorar. Outra linha estratégica é o aprofundamento do trabalho junto das instituições europeias para a defesa e promoção do setor, face até à concorrência de outros continentes. Manter as denominações de origem é, provavelmente, o principal desafio que teremos pela frente porque esse é o único caminho para o desenvolvimento económico da vitivinicultura nos nossos territórios. É também importante procurar apoios comunitários para que esta rede se estenda a outros países que estão a ter mais dificuldade para se integrarem, sendo possível assumir um papel dinamizador de sinergias que concorram para o seu sucesso.

Todos os municípios da AMPV passam a ser associados desta rede europeia

A AMPV foi eleita para a presidência da Recevin – Rede Europeia das Cidades do Vinho no passado dia 1 de abril, com o presidente do município de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, a assumir a liderança deste organismo. Para o Conselho de Administração foram também eleitos o presidente da AMPV e do município do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, o presidente da Assembleia da AMPV e presidente de Lamego, Francisco Lopes, e o presidente do muni-

cípio de Palmela – Cidade Europeia do Vinho em 2012, Álvaro Amaro, que ficou também com a tesouraria. A Recevin passa a ter três vice-presidentes: Pedro Magalhães Ribeiro, Rosa Melchor, presidente de Alcázar San Juan e da Associação de Municípios do Vinho de Espanha – Acevin, e Floriano Zambon, presidente da associação italiana Città del Vino e do município de Conegliano. José Ramon, do município espanhol de Cambados, foi eleito secretário.

◆ REUNIÃO DA RECEVIN EM ITÁLIA, na Cidade Europeia do vinho 2016


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“Queremos fazer ouvir a voz dos territórios do vinho no Parlamento Europeu” José Calixto Presidente da RECEVIN

Como encara este novo desafio de presidir à Recevin? É com muita honra e orgulho que assumo a presidência desta Rede Europeia de Cidades do Vinho, no entanto não poderia deixar de referir que esta eleição traduz o reconhecimento de quase 10 anos de trabalho levados a cabo pela AMPV. Entendo, ainda, esta eleição como o reconhecimento do trabalho que Reguengos de Monsaraz fez ao longo de 2015, ano em que se assumiu como Cidade Europeia do Vinho. Este projeto será um grande desafio para mim, mas será também um desafio para a AMPV, assim como para os municípios produtores de vinho e todas as entidades do setor envolvidas. O envolvimento de todos estes agentes permitirá tornar esta rede mais coesa, mais interventiva e mais profícua para as 600 cidades associadas. É também o reconhecimento do trabalho que os municípios e as entidades do setor nacionais têm vindo a desenvolver? Esta eleição mostra-nos que o trabalho que a AMPV tem vindo a fazer se tem revelado uma mais-valia para os seus associados. Destaco o trabalho de cooperação entre

os municípios e as várias entidades do setor, procurando todos um caminho comum para a promoção dos nossos vinhos e dos nossos territórios. É este espírito de partilha e dedicação que procuraremos levar para a Recevin. Reflexo disto é, de facto, a forte presença de portugueses nos órgãos sociais da Recevin. Acredito que todos estamos comprometidos com esta missão, procurando uma afirmação cada vez maior do vinho e do enoturismo, tanto a nível nacional como internacional. Que objetivos mais imediatos pretende alcançar na Recevin? Fizemos uma apresentação institucional no Parlamento Europeu, no dia 25 de maio, onde reunimos com os eurodeputados dos diferentes países. É nosso objetivo obter apoio dos eurodeputados na criação e posicionamento de um espaço/grupo de trabalho em Bruxelas que vise a defesa dos territórios produtores de vinho e, simultaneamente, valorize e aumente a dimensão da rede. Pretendemos igualmente a criação de uma estrutura/canal de informação de acesso aos fundos comunitários destinados ao setor, a promoção dos interesses

Esta eleição mostra-nos que o trabalho da AMPV se tem revelado uma mais-valia para os seus associados

comuns das regiões vitícolas na economia europeia e a criação de uma grande base de dados dos territórios vinhateiros da Europa, disponível na página de internet da Recevin. Procuraremos, essencialmente, fazer ouvir a voz dos territórios do vinho no Parlamento Europeu. No plano traçado para a Recevin são vários os objetivos pelos quais lutaremos ao longo deste mandato,

nomeadamente, promover o aumento de cidades europeias associadas e alargar o número de países europeus representados, criar estruturas facilitadoras da comunicação entre os parceiros e associados, valorizar o trabalho produzido pelas associações nacionais de municípios produtores de vinho e pelos próprios municípios, constituir as Rotas do Vinho da Europa, trabalhar o projeto Iter Vitis assumindo um papel de maior evidência, criar uma rede de Museus do Vinho da Europa, criar o Concurso Rainha das Vindimas da Europa, entre outros projetos. Tem algum projeto mais ambicioso que gostasse de implementar durante este mandato? Colocarmos definitivamente esta Rede Europeia no mapa como uma grande instituição com uma estratégia bem definida na defesa do setor vitivinícola europeu e do seu enoturismo é um processo que queremos encarar com toda a convicção para este mandato.


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assembleias

Assembleia da Retecork em Espanha

◆ Reunião de apresentação da recevin aos deputados europeus

Recevin quer reforçar a sua ação em Bruxelas Criar um grupo de trabalho em Bruxelas e um canal para acesso a fundos comunitários são os principais objetivos O primeiro Conselho de Administração da Recevin - Rede Europeia de Cidades do Vinho com Reguengos de Monsaraz na presidência ocorreu no dia 29 de abril, em Alcázar de San Juan (Espanha). A reunião teve como principal objetivo analisar estratégias para valorizar o setor vitivinícola europeu em Bruxelas. E foi precisamente ao Parlamento Europeu que se deslocou a Recevin, no dia 25 de maio, para uma reunião de apresen-

tação aos eurodeputados de Portugal, Espanha e Itália. A reunião juntou pela primeira vez em Bruxelas os presidentes das associações dos municípios do vinho dos países que mais têm dinamizado a Recevin nos últimos anos: Pedro Magalhães Ribeiro, presidente da AMPV (Associação dos Municípios Portugueses do Vinho), Rosa Melchor, presidente da Acevin (Associação de Municípios do Vinho de Espanha) e Floriano Zambon,

presidente da associação italiana Città del Vino. A Recevin apelou em Bruxelas ao apoio e ao envolvimento dos eurodeputados nos desafios do setor do vinho, sendo que no que toca a Portugal, esse apelo foi dirigido aos deputados europeus Carlos Zorrinho (PS), Miguel Viegas (PCP), Nuno Melo (CDS-PP) e Sofia Ribeiro (PSD). Comitiva portuguesa em Alcázar de San Juan Além do presidente José Calixto, marcaram presença nesta reunião José Arruda, em representação do presidente da Câmara do Cartaxo, Luís Miguel Calha, em representação de Palmela, e José Pinto, em representação de Lamego. Foram recebidos pela presidente do município de Alcázar de San Juan e presidente da Acevin, que assume uma das vice-presidências da Recevin.

A AMPV renovou a vice-presidência da Retecork – Rede Europeia de Territórios Corticeiros e o município de Coruche mantém-se na presidência da Comissão Executiva. A reunião da Assembleia Geral teve lugar no dia 28 de abril, em San Vicente de Alcántara, município raiano da Extremadura espanhola que continuará a presidir à Assembleia Geral. A responsabilidade do Conselho Fiscal foi entregue ao município de Vendas Novas. Atualmente, a Retecork é composta por cerca de 70 sócios de Espanha, Portugal, Itália e França.

Assembleia da Iter Vitis em Itália A associação Iter Vitis – Os Caminhos da Vinha reuniu em Assembleia Geral, no dia 1 de abril, em Itália, na Cidade Europeia do Vinho 2016 – Conegliano Valdobbiadene, para aprovar as orientações e os projetos para 2016/2017. A AMPV, que detém a vice-presidência desta associação, marcou presença na reunião, através do presidente Pedro Magalhães Ribeiro e o secretário-geral José Arruda.


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Rede das Aldeias vinhateiras de portugal

◆ aldeia de Favaios

AMPV avança com Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal Projeto pretende promover de uma forma integrada a identidade cultural das aldeias vinhateiras de todo o país A AMPV está a trabalhar na criação de uma rede de aldeias vinhateiras que abarque todo o território nacional. A constituição da Rede das Aldeias Vinhateiras de Portugal foi aprovada no dia 21 de março, na Assembleia Intermunicipal da Primavera da AMPV, que decorreu em Palmela. O projeto pretende promover de uma forma integrada a identidade cultural das aldeias vinhateiras de todo o país, aumentando e diversificando a oferta enoturística, e tem como base o programa já existente das Aldeias Vinhateiras do Douro, que envolve

seis aldeias daquela região vinhateira. “O objetivo é integrar numa única rede todas as aldeias do país que tenham uma ligação ao vinho, seja ela social, cultural ou económica”, explica José Arruda, secretário-geral da AMPV, acrescentando que a expectativa é que esta rede tenha cerca de uma centena de aldeias, das diferentes regiões, nos próximos dois a três anos. Uma das grandes mais-valias da criação desta rede é a possibilidade de obtenção de financiamentos comunitários para a implementação e dinamização do projeto,

que por sua vez “vai também potenciar todas estas aldeias e o mercado do turismo, a nível nacional”, reforça José Arruda. Os municípios associados da AMPV das várias regiões do país, incluindo as ilhas, têm vindo a manifestar interesse por esta rede, estando alguns deles já a desenvolver projetos específicos para a integração das suas aldeias. Por exemplo, o município de Nelas já manifestou interesse em incluir a sua típica aldeia de Santar e Palmela está já a dinamizar um conjunto de projetos para potenciar o turismo do vinho em Fernando Pó.

Aldeias Vinhateiras do Douro

Barcos, Favaios, Provesende, Salzedas, Trevões e Ucanha são as seis localidades que fazem parte da rede das Aldeias Vinhateiras do Douro. Destacam-se pela riqueza cultural e pela beleza das paisagens e oferecem experiências únicas através do seu património, da sua gastronomia e da natureza envolvente. O projeto nasceu em 2001 com o intuito de recuperar várias aldeias do Douro Vinhateiro, através da revitalização socio-económica, da fixação da população, da reabilitação dos espaços públicos, do fomento da cultura popular e do reforço da promoção turística do Douro.


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consumo moderado de vinho

Aenotur Associação Internacional de enoturismo

A Câmara Municipal de Loures, em parceria com a AMPV, organizou no dia 5 de maio o seminário “Vinho e Consumo Moderado – o papel das instituições”. Alertar e sensibilizar para a importância do consumo responsável de álcool tem sido uma das principais preocupações da AMPV, que definiu para este ano o reforço da sua ação na promoção de iniciativas sobre esta temática. Este seminário teve como objetivo debater o consumo moderado e responsável de vinho nas várias perspetivas da sensibilização, prevenção, educação, autorregulação e comunicação. Na assistência estiveram muitos jovens, que ouviram intervenções de várias entidades, tais como o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, Prevenção Rodoviária Portuguesa, Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal ou Federação Portuguesa das Confrarias Báquicas.

© consorzio Conegliano Valdobbiadene

Seminário sobre consumo responsável

◆ Congresso Europeu realiza-se em Conegliano – Valdobbiadene, Itália

Aenotur prepara dois novos congressos internacionais Uma das principais apostas da associação é alargar a sua intervenção e estar representada nos cinco continentes A Aenotur – Associação Internacional de Enoturismo apresenta-se desde março com uma nova imagem e com uma nova página de internet (www.aenotur.org), que foi apresentada pela AMPV na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. Criada em 2014 no município espanhol de Cambados, a Aenotur é formada por municípios e entidades gestoras do turismo vinculado à cultura do vinho e promotoras de rotas do vinho, de vários países da Europa e América Latina. A AMPV foi um dos sócios fundadores da associação e

detém a sua presidência desde julho do ano passado, através do município de Viana do Castelo. A associação está já representada em sete países – Portugal, Espanha, França, Itália, Argentina, Brasil e Uruguai – e uma das suas principais apostas é alargar a sua intervenção a outros países e estar representada em todos os continentes. A nova página de internet e os dois congressos anuais, de âmbito internacional, “são fundamentais para a estratégia de comunicação e promo-

ção da associação”, defende o secretário-geral da AMPV, José Arruda, que destaca também as comemorações do Dia Mundial do Enoturismo, que se vão realizar este ano pela primeira vez, na sequência da proposta lançada pela Aenotur, a par do Dia Europeu do Enoturismo, cuja promoção é feita pela Recevin. Este ano a Aenotur irá organizar também mais dois congressos internacionais, um em Conegliano-Valdobbiadene - Cidade Europeia do Vinho (Itália), e outro em Mendoza (Argentina).


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FEIRA NACIONAL DE AGRICULTURA

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La Selezione del sindaco 2016

Fna 2015

Mais uma vez, a AMPV marca presença naquela que é considerada uma das maiores e mais importantes feiras dedicadas ao setor agrícola, a FNA – Feira Nacional de Agricultura, de 4 a 12 de junho, em Santarém, numa edição dedicada à fruta portuguesa. Num espaço central do Salão Prazer de Provar, os vinhos portugueses das diferentes regiões vitivinícolas são promovidos por produtores dos municípios associados da AMPV. A presença da AMPV no certame destaca-se também por proporcionar a reflexão sobre os desafios que se colocam aos vinhos nacionais e ao enoturismo, com destaque para o seminário organizado em parceria com a Federação Portuguesa de Turismo Rural. Por ocasião das Jornadas Técnicas promovidas pela Associação Portuguesa de Enologia, a AMPV assina também um protocolo que vem reforçar a colaboração e trabalho em parceria entre as duas associações.

© valeria palma

AMPV marca presença na FNA

Portugal entre os países com maior participação no concurso AMPV e 12 enólogos portugueses integraram o júri responsável pela avaliação dos mais de 1.100 vinhos Na sua 15ª edição, o Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco” regressou a Itália, desta vez à cidade de L’Aquila, situada no centro de um território historicamente com uma forte vocação vitivinícola. Durante três dias, de 26 a 28 de maio, um júri internacional avaliou os mais de 1.100 vinhos, dos quais mais de duas centenas foram portugueses. Além de Itália, Portugal esteve entre os países com representação mais expressiva, bem como França, Espanha ou Alemanha. A AMPV, que no ano passado teve a responsabilidade da organização do concurso em Oeiras, foi uma das entidades

parceiras desta edição, tendo marcado a sua presença juntamente com 12 conceituados enólogos portugueses. O júri português, coordenado pelo secretário-geral da AMPV, José Arruda, foi composto por António Sousa, António Ventura, Carmen Santos, Eduardo Abade, Helena Mira, Ma-

◆ Júri português no concurso

ria Vicente, Martta Simões, Pedro Andrade, Pedro Correia, Pedro Sá, Sérgio Oliveira e Tiago Correia. Os vinhos portugueses premiados no concurso são conhecidos por ocasião da Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, de 4 a 12 de junho.


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Município de Lagoa

Cidades do vinho

◆ Lagoa é a cidade do vinho de portugal em 2016

Novos desafios para as novas cidades do vinho O início do ano ficou marcado pela passagem de testemunhos da Cidade Europeia do Vinho e o começo de novos desafios para a nova Cidade Portuguesa do Vinho: Lagoa, no Algarve. Após um ano de promoção nacional e internacional do concelho de Reguengos de Monsaraz enquanto Cidade Europeia do Vinho 2015, chegou no dia 13 de fevereiro o momento da passagem de testemunho a Conegliano-Valdobbiadene. A cerimónia contou com a presença do ministro Luís Capoulas Santos e do eurodeputado Carlos Zorrinho, tendo a autarquia homenageado a Recevin, a

AMPV, a Città del Vino e a Acevin. No dia 20 de fevereiro, brindou-se em Lagoa à abertura do programa da Cidade do Vinho 2016, que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação. O dia ficou marcado pela apresentação de um livro e pela entrega dos prémios do Concurso de Rótulos para garrafas de vinho. O título de Cidade Europeia do Vinho 2016 é partilhado por dois municípios da região italiana do Prosecco Superiore: Conegliano e Valdobbiadene. A Gala de abertura teve lugar na noite do dia 1 de abril.

◆ encerramento de Reguengos de monsaraz Cidade europeia do vinho 2015

◆ Conegliano–valdobbiadene é a nova cidade europeia do vinho


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Município de Lagoa

Lagoa Cidade do vinho 2016

◆ Lagoa wine show

FATACIL 2016 dá Lagoa promove vinho e território em eventos particular destaque nacionais e internacionais ao vinho e à cultura No ano em que Lagoa ostenta o título de Cidade do Vinho, o município organizou pela segunda vez uma das maiores exposições e venda de vinhos do sul do país, o Lagoa Wine Show, de 22 a 24 de abril. Este foi um dos eventos mais marcantes deste primeiro semestre de promoção dos vinhos do concelho e da região e que incluiu também a realização da conferência “Lagoa Cidade do Vinho desde há dois mil anos”. O município de Lagoa tem estado também representado nos mais conceituados cer-

tames e feiras de vinhos e turismo, tanto nacionais como internacionais, com destaque para as presenças na BTL – Feira Internacional de Turismo (Lisboa), FITUR em Madrid, no Salon International du Tourisme em Nantes (França) e na ITB – Internationale Tourismus Börse, em Berlim. Este ano, o IX Concurso de Vinhos do Algarve esteve também inserido no programa de Lagoa Cidade do Vinho 2016 e decorreu no dia 11 de abril, no Convento de São José, com mais de 80 vinhos a concurso.

A 37ª FATACIL – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria é outro dos eventos mais marcantes do município de Lagoa. Decorre de 19 a 28 de agosto e vai estar integrado nas comemorações de Lagoa - Cidade do Vinho 2016, bem como no programa anual de eventos do município, cujo tema é “ A Nossa Gente, A Nossa Identidade”. As atividades e os conteúdos do programa da feira vão dar um particular destaque ao vinho e à cultura, nas suas mais variadas valências.

O evento engloba, além das grandes áreas de exposição, complementos de animação, com destaque para os concertos musicais ou os espetáculos de arte equestre. A última edição da FATACIL registou a presença de cerca de 800 expositores e mais de 170.000 visitantes. O certame realiza-se, como habitualmente, no Parque Municipal de Feiras e Exposições da Cidade de Lagoa, recinto com cerca de 50.000 m2, situado numa localização privilegiada no centro litoral do Algarve.


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Agenda

Aconteceu

9 a 12 de junho Vinireguengos / Festas de Stº António Reguengos de Monsaraz 18 a 26 de junho Simpósio Viñas por Calor 10-11 mar., V.F. Penedez, Espanha

Vidigueira Branco 24 a 27 março, Vidigueira

Feira da Vinha e do Vinho Anadia 28 de julho a 7 de agosto Expofacic Cantanhede

Ávinho (Aveiras de Cima) 8 a 10 abril, Azambuja

Feira dos Produtos da Terra 16 e 17 abril, Ourém

Feira do Alvarinho e Fumeiro 22 a 24 abril, Melgaço

Festa do Vinho do Cartaxo 28 abril a 1 maio

2 a 7 de agosto Festival do Vinho Português Bombarral

19 a 28 de agosto FATACIL Lagoa 1 a 6 de setembro Festa das Vindimas Palmela 2 a 4 de setembro Feira do Vinho do Dão Nelas 3 a 11 de setembro Alpiagra Alpiarça 13 de novembro Dia do Enoturismo

Rainha das Vindimas de Portugal

10 de setembro, Lagoa, Centro de Congressos do Arade

Há Prova em Oeiras 6 a 8 maio, Oeiras

Grande Mostra de Vinhos de Portugal 6 a 9 maio, Albufeira

Lagoa vai ser o palco da gala de eleição da Rainha das Vindimas de Portugal 2016, marcada para o dia 10 de setembro, no Centro de Congressos do Arade. Em palco vão apresentar-se as jovens vencedoras dos concursos realizados nos concelhos que mantêm esta tradição. A coroa pertence neste momento a Joana Espada, do município de Palmela, eleita no ano passado em Reguengos de Monsaraz – Cidade Europeia do Vinho 2015.

Cidade do Vinho de Portugal 2017

Fórum Vinho e Vinha 9 maio, Albufeira

Festival Vinho Douro Superior 20 a 22 maio, V. N. Foz Côa

Expovez 20 a 22 maio, Arcos de Valdevez

Feira Internacional da Cortiça 25 a 29 maio, Coruche

Candidaturas abertas A AMPV já está a receber candidaturas para a Cidade do Vinho 2017. Desenvolvido pela AMPV, o projeto “Cidade do Vinho” tem como principal objetivo valorizar a riqueza, a diversidade e as características comuns dos territórios associados à cultura do vinho e de todas as suas influências na sociedade, na paisagem, na economia, na gastronomia e no património. Os municípios interessados em apresentar a sua candidatura deverão elaborar um programa anual de ações culturais, formação e sensibilização ligadas ao vinho, com visibilidade nacional. Recorde-se que este ano o título de Cidade do Vinho pertence ao município algarvio de Lagoa.


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