Boletim AMP Vinho n.º 04 – Janeiro 2017

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Boletim Informativo da Associação de Municípios Portugueses do Vinho № 04 • janeiro 2017 www.ampv.pt #ampvinho

Cidade do Vinho 2017

Madalena

É conhecida como a capital açoriana da Vinha e do Vinho. Um singular território vitivinícola Património da Humanidade.

10 anos Associação de Municípios Portugueses do Vinho A AMPV propõe para 2017 um conjunto de atividades para comemorar o seu aniversário

Cambados Cidade Europeia do Vinho 2017 O vinho Alvarinho é um dos principais motores da sua economia e do turismo da região


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10 anos Associação de Municípios Portugueses do Vinho

“A grande força da AMPV reside no envolvimento dos municípios em valorizar e qualificar os nossos territórios” Pedro Magalhães Ribeiro Presidente da AMPV

Uma década depois da sua criação, a AMPV assume hoje um papel determinante de valorização e proteção dos territórios vitivinícolas Em 2017 a AMPV celebra 10 anos. Como classifica esta caminhada? Classifico de muito boa. A AMPV teve a capacidade desde a sua fundação até aos dias de hoje de atrair mais associados, de alargar a sua implantação territorial. A grande força da AMPV reside, de facto, no envolvimento dos municípios associados em valorizar e qualificar os nossos territórios, alargar a nossa rede de trabalho e de partilha de experiências, reforçar as parcerias com os agentes do setor e assumir como eixo fundamental para o nosso desenvolvimento os desafios da internacionalização. Que momentos mais marcantes destes 10 anos merecem maior destaque? A iniciativa “Cidade do Vinho”, pelo que ela hoje representa para os nossos municípios. Temos assistido nos últimos anos a um aumento significativo do número de municípios concorrentes a este título anual. Este aumento do número de candidaturas traduz a forte aposta que os nossos municípios associados estão a fazer na promoção da economia do vinho e na capa-

cidade que têm para mobilizar os agentes locais e regionais do setor, como foram os casos de Palmela em 2009, Beja em 2010, Viana do Castelo em 2011, Vidigueira em 2013, Barcelos em 2014 e Lagoa neste ano de 2016. Destaco, de igual modo, a criação da Associação das Rotas do Vinho de Portugal (ARVP), assim como o trabalho que está a ser desenvolvido na RECEVIN (Rede Europeia das Cidades do Vinho), nomeadamente, com o prestígio que Portugal granjeou com o extraordinário trabalho desenvolvido por Palmela em 2012 e por Reguengos de Monsaraz em 2015, no âmbito do título “Cidade Europeia do Vinho”. Tem sido a vontade em unir esforços a principal razão do crescimento e afirmação da associação? Sim. Existe um entendimento por parte dos municípios associados de que a valorização e a proteção dos nossos territórios vitivinícolas e de todos os agentes económicos, culturais e sociais sairá valorizada se tivermos a capacidade de trabalhar em rede. Somos uma associação na qual exis-

te uma forte participação por parte de todos os municípios, que fomenta a descentralização das suas iniciativas por todo o país, que cultiva a proximidade com as iniciativas – e são muitas – que os nossos associados e os nossos parceiros realizam. Neste ponto, sublinho a competência, o empenho e a capacidade de agregar do nosso secretário-geral, José Arruda, que tem sido fundamental para a concretização dos objetivos da AMPV. Como é que a AMPV e os municípios vêem a evolução do enoturismo e se estão a envolver nesta dinâmica? O enoturismo é uma das áreas em que a AMPV mais tem investido, tendo sido um dos sócios fundadores da AENOTUR (Associação Internacional de Enoturismo) em 2014 e tendo o presidente de Viana do Castelo, Eng.º José Maria Costa, como seu presidente. As últimas estatísticas internacionais do turismo dizem-nos que o vinho, a par da gastronomia, é uma das principais razões para a atratividade de turistas a Portugal. Sabemos que essa capacidade

de atração não se esgota apenas na sua qualidade, que todos sabemos que é muita. Mas vinho, para além da sua qualidade, é também um produto representativo de um território e de uma cultura. É falar de património, de tradições, de etnografias, de equilíbrio ambiental, de bons produtos regionais. Neste contexto, em maio de 2014 foi constituída a Associação das Rotas do Vinho de Portugal (ARVP), por iniciativa da AMPV, e que teve como principal objetivo promover a reflexão em torno da necessária reestruturação e modernização das Rotas do Vinho. A criação da ARVP posicionou a AMPV como entidade aberta e agregadora de todos os agentes que no nosso território trabalham nos setores do enoturismo. A nível nacional e internacional, que desafios se colocam à AMPV? Numa economia cada vez mais global, os desafios no plano nacional e no plano internacional cruzam-se. A retração do mercado interno conduziu os agentes do setor e os seus parceiros institucionais para a redefinição de


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estratégias assente nos mercados externos. Nos últimos anos, ao nível do enoturismo sabemos que temos tido uma procura média em torno dos 20 milhões de turistas. O vinho ultrapassou a barreira dos 750 milhões de euros ao nível das exportações, quando no ano 2000 andava à volta de 580 milhões. Neste contexto, os nossos maiores desafios estarão centrados na promoção da qualidade dos nossos territórios, na sua sustentabilidade, na proteção dos nossos recursos naturais e de todo o seu potencial turístico, em dar continuidade ao alargamento da nossa rede e na concretização dos objetivos da ARVP. O trabalho que estamos a desenvolver no seio da nossa participação em importantes organizações internacionais onde, pelo reconhecimento

do nosso trabalho, hoje assumimos grandes responsabilidades, como é o caso da presidência da RECEVIN, por parte do presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Dr. José Calixto, dá-nos a convicção de que estamos no caminho certo para podermos contribuir para o reforço da coesão dos nossos territórios e do seu desenvolvimento sustentável. A forte presença que temos em muitas organizações internacionais assim como o forte investimento que tem sido feito em Portugal por todo o setor do vinho, conduz-me a ambicionar que a AMPV, em breve, tenha capacidade para organizar uma Wine Summit, que tenha a capacidade de reunir, no nosso país, aquilo que por esse mundo fora se faz de mais inovador na área do vinho.

Como vê a AMPV daqui a 10 anos? Uma AMPV com mais associados, com maior implantação territorial e com maior capacidade de atrair recursos para o desenvolvimento dos seus projetos. Uma AMPV com a capacidade para continuar a combinar tradição e inovação. Uma AMPV que continue a ser um parceiro aberto à reflexão, à partilha de experiências e que possa continuar a significar para os agentes do setor um parceiro dialogante na promoção da economia do vinho e na defesa da diversidade e riqueza cultural que caracteriza cada uma das nossas regiões.

Gala do 10º aniversário a 30 de abril A gala que a AMPV irá realizar no dia 30 de abril, no Cartaxo, será um dos pontos altos das comemorações do 10.º aniversário. Nesta cerimónia serão homenageados os municípios fundadores da AMPV e os presidentes dos municípios associados que terminam o seu mandato em 2017. Será também assinado um protocolo com as Cidades do Vinho portuguesas, com o objetivo de reforçar o desenvolvimento de ações conjuntas. Na cerimónia serão ainda lembradas as personalidades e entidades que desde 2008

receberam os Prémios Prestígio e serão entregues diferentes prémios que visam distinguir museus, coleções, projetos de arquitetura e enoturismo, entre outros. Será também por ocasião da gala que será apresentada uma aguardente e dois vinhos comemorativos dos 10 anos da AMPV: um vinho Carcavelos e outro produzido em Madalena do Pico - Cidade do Vinho 2017 e uma Aguardente da Lourinhã.

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Madalena do Pico eleita Cidade do Vinho 2017 É conhecida como a capital açoriana da Vinha e do Vinho. Um território vitivinícola Património da Humanidade com muitas singularidades.

Madalena do Pico foi eleita Cidade do Vinho 2017 pela AMPV - Associação de Municípios Portugueses do Vinho, no dia 14 de novembro, em Lamego. Além de Madalena do Pico a AMPV recebeu mais quatro candidaturas: Alenquer e Torres Vedras, na região de Lisboa, que se uniram numa candidatura conjunta, Moura (Alentejo), Pinhel (Beira Interior) e Vila Nova de Foz Côa (Douro).

Ao longo do próximo ano, o município de Madalena do Pico propõe realizar um vasto conjunto de eventos “que irão fazer da Madalena o principal núcleo da vitivinicultura na região e no país”. Conhecido como a capital açoriana da Vinha e do Vinho, o município de Madalena acredita que este título irá contribuir de forma significativa para a promoção da vitivinicultura, do vinho, das vinhas e das suas mais intrín-

secas tradições, numa clara aposta do município num dos mais importantes setores económicos locais, reconhecendo o importante trabalho de todos aqueles que se dedicam à produção de vinho. Madalena do Pico destaca-se pela singularidade das suas vinhas, aclamadas em 2004 pela Unesco como Património da Humanidade, que considerou aquela área uma das mais complexas estruturas criadas pelo Homem.


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Madalena do Pico Cidade Portuguesa do Vinho 2017

Eventos em Madalena 26ª Corrida dos Reis (janeiro) É a mais importante prova de atletismo dos Açores, que atrai anualmente milhares de atletas ao Pico Taste in Pico (abril) Roteiro gastronómico que valoriza os produtos regionais numa cozinha contemporânea, favorecendo a harmonização dos vinhos locais Azores Fringe Festival (junho) Exposições, debates, sessões de cinema, literatura, performances de dança e teatro e espetáculos de música Taste in Adegas (julho) Dá a conhecer a qualidade incontestável dos vinhos do Pico e dos produtos regionais, bem como a marca Madalena - Capital dos Açores da Vinha e do Vinho Festas de Sta Maria Madalena (julho) São as maiores festas do concelho e que nesta edição de 2017 terão como tema central o Vinho II Feira do Vinho da Ilha do Pico (julho) Celebra a marca Madalena - Capital dos Açores da Vinha e do Vinho e visa promover aquele que é por excelência um dos principais ex-libris da ilha Cordas – World Music Festival (setembro) Um festival de música tradicional, que dá particular destaque aos instrumentos de cordas Feira Comercial e Industrial da Ilha do Pico (novembro) Mostra de atividades económicas, com destaque para sessões de harmonização enogastronómicas

“Queremos fazer da Madalena o principal núcleo da vitivinicultura em 2017” José António Soares Presidente da C.M. Madalena

O Pico é uma região vitivinícola com grandes singularidades. O que irá acrescentar a Madalena do Pico o facto de ter sido eleita Cidade do Vinho? Sermos eleitos Cidade do Vinho 2017 é o auge do reconhecimento do trabalho que a Câmara Municipal da Madalena tem vindo a desenvolver e de todos aqueles que dedicaram e dedicam a sua vida à produção do vinho, acreditando em nós e investindo na região. Efetivamente, apostamos num dos mais importantes setores locais, o nosso vinho e as nossas tradições, como uma incontornável imagem de marca e de promoção do concelho, da Ilha e da região, que nos confere indiscutivelmente uma benéfica projeção nacional e internacional, permitindo dar a conhecer a inquestionável qualidade dos nossos vinhos além-fronteiras. De que modo é que o vinho se torna mais marcante no concelho de Mada-

lena, em termos culturais, turísticos e económicos? Na verdade, o desenvolvimento da Madalena e a produção de vinho percorrem de mãos dadas toda a história do concelho, sendo uma das mais significativas atividades económicas do município. Efetivamente, assistimos à entrada de um crescente número de turistas nacionais e internacionais, seduzidos pela beleza paisagística do nosso concelho, como a imponente Montanha do Pico, considerada uma das Sete Maravilhas de Portugal, unida à Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, aclamada em 2004, pela Unesco, como Património da Humanidade e a deslumbrante paisagem lávica com monumentais elevações de basalto negro, os “maroiços”, e pequenos “currais”, que vivem um crescimento exponencial com a requalificação de cerca de 400 hectares de vinha.

Quais os pontos fortes da candidatura apresentada e as principais atividades que integram o programa da Cidade do Vinho 2017? Orgulho-me de afirmar que a nossa singularidade foi um dos pontos fortes da nossa apresentação e da nossa candidatura a Cidade do Vinho 2017. Apresentámos aquilo que temos e aquilo que somos. Ao formalizarmos a nossa candidatura propusemo-nos a dinamizar uma vasta panóplia de eventos ao longo do ano, que irão fazer da Madalena o principal núcleo da vitivinicultura na região e no país. Das artes às ciências, desde a realização de workshops, conferências e tertúlias à apresentação de livros e realização de feiras, bem como a celebração de efemérides, dezenas de eventos serão realizados, celebrando a nossa mais intrínseca identidade.

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Recevin Eleição da Cidade Europeia do Vinho 2017

Um instrumento de promoção dos territórios vitivinícolas europeus José Calixto Presidente da Recevin

O final de 2016 traz consigo a vontade de olharmos para o tempo que passou, de pensarmos nos objetivos que alcançámos e de definir novas metas para o ano que se aproxima. Começo por deixar uma palavra de gratidão a todos os membros de Conselho de Administração, pois ao longo deste ano têm tido uma participação louvável. Entendemos que este empenho é o reflexo da vontade que todos têm de tornar a RECEVIN uma Rede mais forte e interventiva. O ano 2016 viu, uma vez mais, serem realizados os Estágios dos Jovens Viticultores Europeus com sucesso, assim como o Concurso Internacional La Selezione del Sindaco que contou com a presença de mais de 1000 amostras. De referir, ainda, uma participação ativa de mais de uma centena de cidades na comemoração do Dia Europeu do Enoturismo. No final deste ano, a RECEVIN teve a difícil tarefa de escolher, entre quatro grandes candidaturas, a Cidade Europeia do Vinho 2017. Apresentaram-se com excepcional qualidade Aranda de Duero, Cambados,

La Palma del Condado e Vilafranca del Penedès, saindo vitoriosa desta disputa, Cambados, a quem, desde já, desejamos todo o sucesso. Relativamente ao estabelecimento de novas parecerias e protocolos, foram reforçados os laços com a Wine in Moderation e assinado o protocolo de colaboração com a CEUCO. Reforçámos a representação junto das instituições europeias, começámos a trabalhar no acesso aos fundos comunitários e demos início ao reposicionamento e valorização do website da RECEVIN e de todas as formas de comunicação digital, tendo sempre presente que este será um trabalho a desenvolver ao longo do ano de 2017. No que diz respeito às metas para 2017, pretendemos apostar fortemente na criação de instrumentos que aportem visibilidade à Rede, implementar estratégias que promovam o aumento de cidades europeias associadas, criar estruturas facilitadoras da comunicação entre as diversas associações nacionais e associados e promover um maior envolvimento dos municípios junto da RECEVIN. Aproxima-se um ano repleto de desafios e de trabalhos, mas enquanto presidente da RECEVIN reforço aqui o meu compromisso de total entrega e dedicação a esta Rede Europeia que representa atualmente cerca de 600 cidades.

“O vinho Alvarinho é um dos principais motores da nossa economia e do turismo da região” Fátima Abal Presidente do Município de Cambados

Cambados foi eleita Cidade Europeia do Vinho (CEV) 2017, no dia 4 de novembro, em Palmela. Ao título concorreram mais três municípios espanhóis: Aranda de Duero, La Palma del Condado e Villafranca del Penedès. Estava confiante na eleição de Cambados como CEV 2017? A verdade é que foi uma grande surpresa quando o presidente da Recevin, José Calixto, disse o nome de Cambados. Tínhamos concorrentes muito fortes, havia candidaturas de cidades muito maiores do que Cambados e com tradição vitivinícola tão enraizadas como a nossa. Apesar disso, confiava plenamente no nosso projeto. As oitenta atividades que propomos mostram a nossa cultura do vinho bem como o nosso património artístico e a nossa gastronomia. Atividades que promovem de forma muito positiva o nosso território e que podem dar a conhecer, em grande medida,

os propósitos da Recevin e a importância deste organismo no setor vitivinícola. Sabemos que a decisão foi muito difícil e a verdade é que estamos muito gratos e entusiasmados por esta tão importante nomeação, de grande reconhecimento internacional. Em termos culturais e económicos, de que forma o vinho marca este território? O vinho Alvarinho é um dos principais motores da nossa economia e um grande atrativo turístico para todos aqueles que vêm visitar-nos e conhecer-nos. Na entrada de Cambados há um grande cartaz que diz “Cambados, Capital do Alvarinho”, o nosso


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Turismo da Galiza

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◆ Cambados possui um rico património histórico, classificado de “bem de interesse cultural”

Posto de Turismo é normalmente conhecido como Posto do Alvarinho e a nossa festa mais importante é a Festa do Alvarinho, uma festa que é a mais antiga das festas gastronómicas da Galiza e a segunda mais antiga de Espanha. A edição deste ano reuniu mais de 200.000 pessoas, tendo-se obtido o recorde de vendas: 90.000 garrafas em cinco dias. Em Cambados situam-se as adegas mais importantes da denominação de origem, quer em termos de produção como de faturação, sendo que 120 das 178 empresas que se dedicam à elaboração de vinhos Rias Baixas estão instaladas no nosso município ou arredores. Há ainda que ter em conta que as nossas plantações estão em pequenas parcelas, que pertencem a diferentes proprietários, por isso são muitíssimas as pessoas de Cambados que vivem da produção de vinho Alvarinho. É uma atividade muito transversal à população e não é uma atividade económica

que esteja apenas nas mãos de uns poucos, como pode ocorrer em outros lugares. Daí que se considere que o Alvarinho seja o nosso cartão de visita, pela importância que tem para a nossa economia global, as nossas festas, pela qualidade indiscutível dos nossos vinhos, pela extensão da atividade a um grande número de pessoas e pelas plantações que fazem com que a nossa paisagem esteja adornada de vinhas, tanto na zona rural como na urbana. Como é que Cambados pretende tirar partido da grande visibilidade internacional que vai ter em 2017? Esta nomeação será uma oportunidade única para dar a conhecer toda a Comarca do Salnés no campo internacional e para dar a conhecer a nossa cultura e a nossa gastronomia no estrangeiro. Além disso queremos também fazer com que a Festa do Alvarinho, que este ano terá a sua 65ª edição, seja reconhecida como Festa de Interesse Turístico

As 80 atividades que propomos pretendem mostrar a nossa cultura do vinho, o património e a gastronomia”

Internacional. E é claro que esta nomeação de Cambados irá contribuir positivamente para atingir este objetivo. Não esquecer também um dos nossos grandes compromissos, que queremos cumprir aproveitando este nomeação, que é a promoção e divulgação dos propósitos da Acevin e da Recevin, a fim de alcançar um maior número de parceiros e fazer destes organismos gran-

des motores de tudo o que gira em torno do setor. Quais as principais atividades que integram o programa da CEV 2017? Há muitas atividades e algumas delas já são de longa tradição, como a Festa da Exaltação da Vieira, a Prova Amadora do Vinho Alvarinho, Cursos de Verão no Museu do Vinho ou a comemoração relacionada com a Rota Jacobea Marítima pela Ria de Arousa e a viagem do corpo do Apóstolo Santiago. Como novas atividades, propomos, entre outras, uma rota do vinho para crianças ou o “Vinéfilos” – um ciclo de cinema relacionado com o vinho ou iniciativas que liguem o vinho ao sistema de ensino. Haverá atividades em Cambados, outras em municípios vizinhos e outras no estrangeiro e haverá atividades para todas as faixas etárias, para pequenos e graúdos, atividades gastronómicas, culturais, desportivas, atividades tradicionais e outras relacionadas com as novas tecnologias.


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Novos associados da ampv

foto: Pedro Dias

Novas pós‑graduações do ISLA

◆ Vila nova de gaia é famosa pelas caves e história do vinho do porto

Sete novos municípios aderiram à AMPV em 2016 Foi um ano marcante para a consolidação do trabalho desenvolvido em prol da afirmação do vinho e do enoturismo O ano de 2016 foi marcante para o crescimento e consolidação da AMPV. Sete novos municípios, de diferentes regiões, formalizaram a sua entrada na associação: Albufeira (Algarve), Arcos de Valdevez (Vinhos Verdes), Arruda dos Vinhos (Lisboa), Carregal do Sal (Dão), Salvaterra de Magos (Ribatejo), São Roque do Pico (Açores) e Vila Nova de Gaia (Douro). A entrada destes sete novos municípios faz do ano de 2016 um ano marcante no que diz respeito ao crescimento da AMPV e consolidação do trabalho que tem vindo a desenvolver junto dos municípios portugueses, em prol da afirmação e valorização do

vinho e do enoturismo. A admissão de Arcos de Valdevez, Arruda dos Vinhos e Carregal do Sal foi aprovada na Assembleia Intermunicipal de março e os outros quatro municípios – Albufeira, Salvaterra de Magos, São Roque do Pico e Vila Nova de Gaia – foram admitidos a 14 de novembro, por ocasião da Assembleia Intermunicipal que teve lugar em Lamego e onde foram também aprovados o Orçamento e Plano de Atividades para 2017 e eleita a Cidade do Vinho 2017, título entregue a Madalena do Pico (Açores). O Algarve tem vindo a dar provas da vitalidade do setor do vinho e Albufeira não tem ficado alheia a essa tendên-

cia. Em Arcos de Valdevez, as encostas daquele território apresentam-se cobertas de vinhas e Arruda dos Vinhos é também um concelho onde a vinha é a marca predominante da paisagem. Para Carregal do Sal o vinho é um dos produtos agrícolas mais importantes. Salvarerra de Magos, no coração da lezíria ribatejana, usufrui de qualidades ímpares para o cultivo da vinha e única é também a paisagem vitivinícola de São Roque do Pico, que faz parte do Património Mundial da UNESCO. Uma longa história ligada ao vinho associa-se também a Vila Nova de Gaia, onde se situam as tão prestigiadas caves do vinho do Porto.

O ISLA avançou em 2016 com duas novas pós-graduações: Wine Tourism e Wine Marketing & Events. A AMPV associou-se a esta iniciativa e é uma das entidades parceiras destas duas novas apostas do ISLA. Considerando que a área do enoturismo tem ganho uma expressão cada vez maior em Portugal e que a área de marketing de vinhos permanece ainda pouco explorada, estas duas formações pretendem potenciar e impulsionar o turismo vínico nacional e a sua promoção.

Municípios com Centro Histórico A AMPV marcou presença no XVI Encontro Nacional de Municípios com Centro Histórico, que decorreu de 11 a 14 de outubro, em Angra do Heroísmo, Açores, tendo estado representada pelo seu secretário-geral, José Arruda, que foi um dos oradores do encontro, fazendo uma intervenção sobre o tema “Turismo, Vinhos e Centros Históricos”. A iniciativa foi promovida pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico e o município de Angra do Heroísmo e teve como principal objetivo refletir sobre os problemas da mobilidade nos centros urbanos antigos e as suas vivências quotidianas.


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Rainha das vindimas de portugal

“Defendo com muita convicção a cultura ligada ao vinho” Marisa Ferreira Rainha das Vindimas de Portugal

O que significou para si a participação neste concurso? Todas estas eleições, Rainha das Vindimas de Aveiras de Cima (minha freguesia), Azambuja (meu concelho) e Portugal tiveram e têm um significado importante para mim. Refletem a identidade da terra onde nasci, do município cuja cultura local se espelha nas nossas festas mais castiças e que defendo com convicção, e por fim, um título que me faz ser representante do meu país. Tenho conhecido pessoas fantásticas, ido a locais únicos, aprendido muito sobre o meu/nosso território, vivendo momentos incríveis. Sinto que cada passo deste concurso me proporcionou um enriquecimento pessoal a todos os níveis. É comum dizer-se que este título traz um aumento de responsabilidades. Também sente isso? Concordo inteiramente. A partir do momento em que assumi o título de Rainha das Vindimas de Portugal assumi também um papel difusor e de promoção do nosso território, mais especificamente no que à vitivinicultura diz respeito.

É uma área que tem particular interesse para mim, partilho-a no seio familiar e reconheço a importância crescente, quer em termos agrícolas, quer em termos turístico-culturais, que a vinha e o vinho têm vindo a ganhar em Portugal. Desta forma, estarei sempre inteiramente interessada e disponível a dar o meu contributo quando for solicitada a minha colaboração nesse sentido. A Marisa vive numa localidade que ostenta o título de “Vila Museu do Vinho”. Sente que este espírito é partilhado pela comunidade e que se reflete nas vivências da sua terra? A Vila Museu do Vinho é exatamente o reflexo e a identificação das características identitárias da Vila de Aveiras de Cima e a da importância que a vinha e o vinho sempre tiveram e têm na organização da sociedade local. Aveiras é hospitaleira. As suas gentes orgulham-se das suas raízes e, por isso, é sempre com muito orgulho que partilham e divulgam do seu conhecimento e produto com muito empenho e genuinidade. Aveiras gosta de receber e fá-lo bem, veja-se a

foto: zdt.pt / município de azambuja

Marisa Ferreira, do município de Azambuja, é a nova Rainha das Vindimas de Portugal. A gala de eleição decorreu em Lagoa, no dia 10 de setembro, e juntou 18 candidatas. Mafalda Macedo (Alenquer), foi eleita 1.ª Dama de Honor e Cassandra Cunha (Santa Marta de Penaguião) recebeu o título de 2.ª Dama de Honor. Inês Rosado (Reguengos de Monsaraz) recebeu o Prémio Fotogenia e Ariadna Araújo (Ponte da Barca) o Prémio Simpatia.

Ávinho – Festa do Vinho e das Adegas e a satisfação que as pessoas sentem ao viverem tradições que lhes proporcionam uma viagem ao passado através da Vila Museu do Vinho. Como podemos apresentar a Rainha das Vindimas de Portugal? Tenho 24 anos, estou a terminar o meu curso na Facul-

dade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e neste momento trabalho numa clínica privada também em Lisboa. Como hobbies, adoro fotografia, adoro cinema, gosto de cozinhar uma bela petiscada e acompanhá-la com um belo copo de vinho ao final da tarde, como não podia deixar de ser.


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Lagoa Cidade do Vinho 2016

Congresso do CEUCO em Portugal

Todos os objetivos da Cidade do Vinho 2016 foram atingidos Francisco Martins Presidente da C.M. de Lagoa

O primeiro balanço que faço relativamente a “Lagoa – Cidade do Vinho 2016” é extremamente positivo. No âmbito da sua programação, tivemos a oportunidade de realizar mais de uma centena de eventos, direta e indiretamente relacionados com o galardão, dos quais destaco, muito naturalmente, a FATACIL 2016 e o enorme destaque que foi dado ao vinho e à gastronomia, não só de Lagoa e do Algarve, mas de quase todas as regiões do país, um evento que registou mais de 180.000 visitantes e uma forte exposição mediática que chegou, certamente, a milhões de portugueses.

Entre os vários objetivos que nos propusemos alcançar com a candidatura, gostaria de destacar três que considero mais importantes. Em primeiro lugar, a afirmação de Lagoa como terra de vinha e de vinhos e a dignificação de uma atividade cujas raízes na área do nosso concelho remontam a mais de 2.000 anos e que, por conseguinte, fazem parte da nossa identidade. Em segundo lugar, destacar e dar visibilidade ao extraordinário trabalho desenvolvido pelos produtores de vinho do Algarve, onde se incluem os de Lagoa, consubstanciado no aumento da área de cultivo e na produção de néctares de excelente qualidade, comprovada pelos prémios nacionais e internacionais que têm alcançado. Por último, sensibilizar os principais atores do Turismo do Algarve para o enorme potencial e importância do enoturismo, tendo em conta

o contributo que poderá dar para ajudar a combater o problema da sazonalidade. Nesta altura, estou em condições de afirmar que todos eles foram atingidos. Num momento em que se prepara a “passagem de testemunho”, quero afirmar que em Lagoa o vinho continuará a desempenhar um papel importante enquanto veículo de promoção das potencialidades do nosso território. Por cá já se trabalha, afincadamente, na organização da terceira edição do “Lagoa Wine Show”, evento que nasceu em 2015, ano que dedicamos à vinha e ao vinho, e que faz parte do leque dos “eventos âncora” do município. A finalizar, uma palavra para Madalena do Pico, “Cidade do Vinho 2017”, a quem, com grande alegria, entregamos a bandeira da AMPV e formulamos votos de muitos sucessos.

Portugal acolheu em 2016 o Congresso do Conselho Europeu de Confrarias Enogastronómicas (CEUCO), que se realizou de 4 a 6 de novembro, em Oeiras e Cascais. Este é um dos maiores e mais importantes eventos enogastronómicos a nível europeu e que, mais uma vez, reuniu cerca de uma centena de confrarias. Esta 14ª edição do congresso teve como tema “Portugal, País de Descobrimentos e Excelência Gastronómica – A Europa Enológica e Culinária” e foi da responsabilidade da Confraria de Enófilos do Vinho de Carcavelos, que contou com o apoio dos municípios de Oeiras e Cascais.

Turismo rural promovido em Estrasburgo Portugal foi o país convidado do Mercado de Natal de Estrasburgo de 2016, cuja presença foi organizada pelo município de Idanha-a-Nova, que convidou a Federação Portuguesa de Turismo Rural a ocupar um dos 16 chalés instalados na Praça Gutenberg e aí promover os produtos tradicionais e os destinos turísticos do nosso país rural. A Federação Portuguesa de Turismo Rural ofereceu ainda 1600 vouchers para os visitantes desfrutarem no turismo rural em Portugal.


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Rede de museus portugueses do vinho

Os museus do vinho têm um papel central no desenvolvimento integrado das regiões Alberto Guerreiro Museólogo Coordenador da RMPV

No passado dia 10 e 11 de novembro teve lugar o II Encontro Nacional dos Museus do Vinho, uma organização conjunta da AMPV, Rede de Museus Portugueses do Vinho (RMPV), Museu do Douro e Rede de Museus do Douro, tendo como objetivo estabelecer uma reflexão sobre a realidade inerente ao património vinhateiro de feição museológica em Portugal. Este evento foi a primeira grande realização externa da RMPV cujas conclusões apuradas vão muito no sentido da confirmação do potencial do património vinhateiro nacional, cuja realidade é muito diversificada e de grande qualidade. Fixou a ideia de que os museus do

vinho têm um papel central no desenvolvimento integrado das regiões, seja na sua dimensão local, nacional ou internacional, bem como na sua afirmação como pólos agregadores do que agora se designa como a “nova ruralidade”, em que os museus e o património cultural surgem como um dos motores de regeneração territorial com repercussão no devir social e económico. Na véspera do encontro teve lugar a reunião do Grupo de Trabalho dos Museus do Vinho, tendo sido aprovado o plano de atividades de 2017, onde se pontificam dois tipos de programas: um plurianual, cujas ações são estruturantes para os museus, e um anual, composto por ações mais relevantes do ponto de vista da divulgação e da promoção da rede. Na primeira, é de salientar a constituição do observatório dos museus do vinho que terá como base um levantamento exaustivo sobre a realidade dos mu-

As conclusões do 2º Encontro Nacional dos Museus do Vinho e os desafios que se colocam à Rede de Museus Portugueses do Vinho

seus a partir de um inquérito de preenchimento online dirigido às tutelas com património vinhateiro, bem como visitas técnicas regulares no terreno. Neste programa plurianual há a salientar igualmente a partilha de projetos em rede, sobretudo ao nível das exposições itinerantes ou ainda na programação de ações de formação a desenvolver no seio dos museus do vinho. No que toca ao segundo programa de atividades, é de realçar a publi-

cação das comunicações deste encontro, bem como a republicação do Roteiro dos Museus do Vinho, numa versão aumentada e atualizada em relação à já publicada em 2011. Finalmente, o encontro no Peso da Régua serviu para estreitar as relações com os nossos parceiros da Associação Espanhola de Museus do Vinho, cuja presença da sua presidente Maria Rocio Barral (Museu do Vinho de Cambados) permitiu esboçar a organização conjunta do I Congresso Europeu, a realizar em 2017, bem como um conjunto de iniciativas que visam uma proximidade cada vez maior entre os museus do vinho dentro do espaço ibérico. É de salientar a sensação muito positiva que emanou do evento, sobretudo, de grande confiança para um futuro que se espera venha a corresponder ao cumprimento das metas estabelecidas pelo plano de atividades para 2017.


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Reuniões AMPV

Città del Vino

Enoturismo premiado em Espanha A Associação Espanhola de Cidades do Vinho (ACEVIN) entregou no dia 22 de novembro os III Prémios de Enoturismo “Rotas do Vinho de Espanha”. Na edição de 2016 foram premiados 28 projetos. Segundo o mais recente estudo publicado pelo Observatório Turístico das Rotas do Vinho de Espanha, durante o ano de 2015 registou-se um total de 2,3 milhões de turistas de vinho no país e receitas na ordem dos 49 milhões de euros só no que se refere a visitas a adegas.

AMPV promove reuniões descentralizadas A AMPV, juntamente com a ARVP, vai promover no início de 2017 um conjunto de reuniões descentralizadas em todas as regiões vitivinícolas, com o objetivo de divulgar as iniciativas e projetos das duas associações, recolher sugestões e analisar formas de atuação na região. Este ano, algumas destas reuniões vão contar com a presença de Ivane Fávero, vice-presidente da Aenotur e secretária de Turismo do município brasileiro de Garibaldi, que será a oradora de conferências sobre as potencialidades e desafios do enoturismo. REUNIÕES POR REGIÃO VERDES: 11 de janeiro, 15h00, Viana do castelo DOURO / TRÁS-OS-MONTES: 17 de janeiro, 10h00, Vila Nova de Gaia BAIRRADA / DÃO / BEIRA INTERIOR: 25 de janeiro, 15h00, Viseu LISBOA / TEJO / PENÍNSULA DE SETÚBAL: 1 de fevereiro, 10h00, Cascais ALGARVE: 6 de fevereiro, 10h00, Lagoa - Conferência de Ivane Fávero ALENTEJO: 8 de fevereiro, 15h00, Reguengos de Monsaraz - Conferência de Ivane Fávero MADEIRA: 15 de fevereiro, 15h00, Câmara de Lobos Conferência de Ivane Fávero AÇORES: 20 de fevereiro, 15h00, Praia da Vitória - Conferência de Ivane Fávero AÇORES: 22 de fevereiro, 15h00, Madalena do Pico Conferência de Ivane Fávero

Città del Vino comemora 30º aniversário em 2017 A congénere italiana Città del Vino comemora em 2017 o seu 30º aniversário, com um vasto programa de atividades que pretendem promover a identidade dos territórios vitivinícolas e reforçar a importância de preservar a cultura do vinho. A associação nasceu no dia 21 de março de 1987, pela iniciativa de 39 municípios, e hoje reúne cerca de 500 associados, entre municípios, províncias e rotas de vinho. Ao longo destes anos, a associação tem promovido o debate sobre as questões mais

cruciais do setor do vinho, envolvendo o Governo e as instituições públicas nessa reflexão. Paralelamente, deu voz a pequenos municípios e sustentou a importância da “boa gestão dos territórios” e da “qualidade de vida nos territórios do vinho”. No passado dia 16 dezembro decorreu a reunião do Conselho Nacional da Città del Vino, a último de 2016, em Marina (Roma), onde foram apresentadas as principais atividades que vão marcar as comemorações do 30.º aniversário da associação.

José Arruda vice-presidente da Iter Vitis José Arruda, secretário-geral da AMPV, foi eleito vice-presidente da Federação Europeia Iter Vitis, à qual pertence o Itinerário Cultural do Conselho da Europa “Os Caminhos da Vinha”. A Assembleia Geral onde foram eleitos os novos órgãos sociais decorreu no dia 15 de novembro, em Madrid. O novo presidente é agora Pierre Verdier (França) e José Arruda partilha a vice-presidência com Gori Sparacino (Itália). Emanuela Panke (Itália) é a secretária-geral e Violeta Jiancova (Macedónia) tesoureira. O secretariado operacional será assegurado por Turinea (Espanha). Paulo Benvenutti é Presidente Honorário.


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6º Congresso Latino-Americano de enoturismo

Principais conclusões do Congresso

© foto: Gustavo Sabez

O enoturismo une a América Latina e a Europa Congresso encerra com o fortalecimento da Aenotur e com avanços na união entre os países dos dois continentes Ivane Fávero Aenotur / Secretária Municipal do Turismo de Garibaldi (Brasil)

“Juntos somos fortes. Juntos somos melhores”. Esta é a frase que expressa a 6.ª edição do Congresso Latino-Americano de Enoturismo, que decorreu nos dias 17 e 18 de novembro, em San Rafael, Mendoza (Argentina). Participaram no congresso representantes de diferentes países (além da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, França, Portugal e Uruguay), que partilharam experiências e dificuldades no âmbito da afirmação do enoturismo e demonstraram o quanto a união pode fortalecer o setor. Não so-

mos concorrentes no enoturismo, somos parceiros e, desde agora, trabalharemos em algumas frentes conjuntas. O congresso teve como principais linhas orientadoras a criação e comercialização de roteiros integrados, unindo o Brasil, Uruguay, Argentina e Chile; a implantação das ‘Cidades do Vinho’, em parceria com a Recevin, a exemplo do que acontece na Europa; a adoção do ‘Dia Mundial do Enoturismo’ por todos os associados da Aenotur e o aumento do número dos associados da Aenotur (a Argentina deverá associar as suas regiões vitivinícolas e o Chile deverá também associar-se, através da Rota de Vinhos do Vale de Colchagua). Em 2017, propõe-se a realização de duas edições do Congresso – sendo a primeira na

Europa (Portugal e Espanha) e a segunda na América Latina (Chile) –, bem como a comemoração do 3.º aniversário da Aenotur e a promoção de um encontro de Rainhas das Festas da Vinha e do Vinho. A Aenotur irá também colaborar com a Recevin e Città del Vino para a realização do concurso internacional de vinhos “La Selezione del Sindaco”; divulgação do conhecimento sobre os museus do vinho, estimulando a implantação de novas ofertas; promoção e participação na 2.ª Conferência de Enoturismo, promovida pela Organização Mundial do Turismo (Mendoza, de 22 a 24 de outubro de 2017); e promoção e participação no III Simpósio Internacional Vinho e Saúde (Bento Gonçalves, de 1 a 3 de junho de 2017).

• Necessidade de partilhar experiências e realizar trabalhos em conjunto, para ampliar a competitividade dos destinos enoturísticos; • Os novos destinos enoturísticos precisam de investir em inovação e criatividade, bem como em qualificação e capacitação profissional; • Importância da utilização de planos de marketing que privilegiem estratégias planeadas, integradoras, inovadoras e contínuas. A ‘inteligência de mercado’ deve ser aplicada; • Enfatizar mais a valorização da agricultura, da viticultura, do trabalho do engenheiro agrónomo, do território, ‘O vinho pode ser mais do que uma indústria’; • Procurar entender o perfil do enoturista e diferenciar o seu atendimento; • Desenvolver roteiros, produtos complementares e reforçar a complementação da oferta; • Promover a preservação do património e da paisagem vitivinícola, base da oferta enoturística.


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Enoturismo

Vinhos do alentejo (cvra)

Património da unesco

◆ Pedro Ribeiro e Francisco Martins

Vinho de talha a Património da Humanidade

Entidades e agentes do enoturismo reúnem em Lagoa

Candidatura está a ser preparada por seis municípios alentejanos

Assembleia da ARVP e Jornadas de Enoturismo na Cidade do Vinho 2016

O Alentejo vai candidatar a produção artesanal de vinho de talha a Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO). O processo de candidatura está a ser liderado pelo município de Vidigueira e várias entidades e municípios alentejanos são parceiros desta iniciativa. Por ocasião da abertura da Vitifrades 2016 - festa que enaltece esta tradição ancestral de produção de vinho de talha e que decorreu de 9 a 11 de dezembro em Vila de Frades - foi assinada uma carta de compromisso para iniciar o processo de candidatura. Além de Vidigueira, a candidatura envolve os municí-

Numa organização conjunta do município de Lagoa, da AMPV e da Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP), teve lugar em Lagoa, no dia 18 de novembro, as I Jornadas de Enoturismo. A iniciativa pretendeu reforçar a ligação do setor vitivinícola ao setor turístico, avaliar o contributo do enoturismo enquanto complemento da oferta turística da região, apresentar boas práticas e casos de sucesso a nível internacional, assim como, debater as oportunidades para o setor envolvendo na discussão os diferentes atores regionais. No dia 17 de novembro, a

pios de Aljustrel, Cuba, Marvão, Mora e Moura, onde há a tradição de produção artesanal de vinho de talha, e ainda cinco instituições da região: a Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo, a Direção Regional de Cultura do Alentejo, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a Vitifrades - Associação de Desenvolvimento Local, que foi criada em 1998, em Vila de Frades, que se assume como “Capital do Vinho de Talha”. Prevê-se que a candidatura esteja concluída dentro de três anos.

ARVP realizou a sua Assembleia Geral, também em Lagoa. Uma reunião que ficou marcada pela adesão do município de Câmara de Lobos e da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. O Plano de Atividades e Orçamento foi também aprovado e dele se destaca a presença da ARVP, uma vez mais, na Bolsa de Turismo Portuguesa e na Feira Internacional de Turismo em Madrid. O presidente da entidade Turismo do Algarve, Desidério Silva, marcou presença na reunião e salientou o esforço feito pela região de turismo para desenvolver uma rota de promoção do enoturismo.


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Salão nacional de vinhos

Dia europeu do Enoturismo

AMPV no Festival Nacional de Gastronomia

◆ Arcos de Valdevez foi um dos muitos municípios que aderiu à iniciativa

Municípios celebram o Dia Europeu do Enoturismo Todos os anos tem aumentado o número de territórios que celebram este dia com a promoção de diversas iniciativas

Em muitos municípios portugueses e um pouco por toda a Europa celebrou-se no dia 13 de novembro o Dia Europeu do Enoturismo. Diferentes iniciativas e eventos atraíram as comunidades locais e, algumas delas, muitos visitantes. Todas foram pensadas com o objetivo de promover a identidade, as atividades tra-

dicionais, o turismo do vinho, as rotas de vinho e os diversos territórios vinhateiros. A RECEVIN - Rede Europeia de Cidades do Vinho é a entidade promotora do Dia Europeu do Enoturismo, contando com o apoio das associações nacionais de cidades do vinho dos países que integram a rede. Em Portugal, a entidade parceira na promoção do Dia Europeu do Enoturismo é a AMPV. Todos os anos tem aumentado o número de territórios que aderem ao Dia Europeu do Enoturismo, uma celebração que pretende divulgar a cultura, o património e as tradições das cidades parceiras da RECEVIN, os produtores de vinho e os seus agentes

de enoturismo, valorizando, desta forma, os territórios produtores de vinho. Esta iniciativa reflete o espírito da RECEVIN, procurando um trabalho em rede de forma articulada, em que todos beneficiarão desta ação conjunta. O Dia Europeu do Enoturismo foi instituído em 2009 pela RECEVIN e celebra-se anualmente no segundo domingo de novembro. A RECEVIN tem o apoio das associações nacionais de cidades do vinho e de várias cidades associadas (Alemanha, Áustria, Bulgária, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Portugal e Sérvia), que se traduzem na força de 700 cidades de toda a Europa.

O Salão Nacional de Vinhos voltou a ser uma montra da diversidade e qualidade dos vinhos produzidos nas diferentes regiões vitivinícolas. Inserido no 36.º Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, o 3.º Salão Nacional de Vinhos decorreu de 21 de outubro a 1 de novembro e nesta edição apresentou-se num espaço ainda mais privilegiado da Casa do Campino, no pavilhão entre as Cavalariças onde estiveram instaladas as Tasquinhas. Organizado pela AMPV, o Salão Nacional de Vinhos contou mais uma vez com a parceria dos municípios associados, que trouxeram até ao salão produtores das diferentes regiões vitivinícolas para dar a conhecer e a provar os seus vinhos, proporcionando assim aos visitantes a oportunidade de provar vinhos das diferentes regiões, ao longo de todo o certame.


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Agenda

Aconteceu

18 de fevereiro Gala de Encerramento Cidade do Vinho 2016 Lagoa

Festa das Vindimas 1 a 6 de setembro, Palmela

Feira do Vinho do Dão 2 a 4 de setembro, Nelas

3 de março Reunião da Rede das Aldeias Vinhateiras Tabuaço 4 de março Gala de Abertura Cidade do Vinho 2017 Madalena do Pico 9 de março Conferência Iter Vitis Ponte de Lima

Vinho e Sabores - Bairrada 30 set. a 2 out., Anadia

10 de março Seminário AMPV - Comunicação e Networking Mealhada

28 a 30 de abril Lagoa Wine Show Lagoa 30 de abril Gala do 10º Aniversário da AMPV Cartaxo 6 maio Comemoração do 3º Aniversário da ARVP Santar (Nelas) 10 a 18 de junho Feira Nacional de Agricultura Santarém

Festa das Adiafas 8 a 16 de outubro, Cadaval Borghi Autentici d’Italia

Rural Beja - Vinipax 6 a 9 de outubro, Beja

Festa das Vindimas 30 set. a 2 out., P. da Barca

27 de março a 1 de abril Visitas no âmbito da RMPV ao Museu Vivanco e Cité du Vin La Rioja (Espanha) e Bordéus (França)

Festa da Vinha e do Vinho 5 a 13 novembro, Borba

Festa da Vinha e do Vinho 17 a 20 nov., Arruda dos Vinhos

Beira Interior - Vinhos e Sabores 18 a 20 novembro, Pinhel

Festa do Espumante 25 a 27 novembro, Melgaço

Concurso enológico La Selezione del Sindaco

25 a 28 de maio, Tramonti - Salerno (Itália) A 16ª edição do concurso internacional enológico La Selezione del Sindaco irá realizar-se em 2017 em Itália, no município de Tramonti, na província de Salerno, de 25 a 28 de maio. Este prestigiado concurso internacional de vinhos é promovido pela Città del Vino, sendo a AMPV uma das entidades parceiras da promoção do evento.

Ficha técnica AMP Vinho - boletim informativo Edição № 04 / janeiro 2017 Propriedade: AMPV - Associação de Municípios Portugueses do Vinho Torreão do Mercado Municipal Apartado 55, 2071-909 Cartaxo NIF: 508 038 430

Festival do Moscatel 3 e 4 dezembro, Palmela

Vitifrades 9 a 11 dezembro, Vidigueira

Diretor: Pedro Magalhães Ribeiro Editor: José Arruda

Redação: Ana Fernandes Design e Paginação: Sandro Funina Impressão: FIG – Indústrias Gráficas, SA Tiragem: 2.000 exemplares Periodicidade: semestral Depósito Legal: 394397/15 ISSN 1647 - 3108


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