Índice Editorial
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Eficiência energética e certificação
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Ficha Técnica Energuia 5.ª Edição Maio 2011
Forma e orientação
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Soluções construtivas
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Este guia é parte integrante das revistas Indústria e Ambiente e Construção Magazine. Directora Carla Santos Silva carla.silva@engenhoemedia.pt Redacção Joana Correia redaccao@engenhoemedia.pt Marketing e Publicidade Rita Ladeiro r.ladeiro@engenhoemedia.pt
Reabilitação energética Caso-estudo A selecção de produtos para uma boa reabilitação térmica Soluções construtivas
Consumos Aquecimento e arrefecimento
Design Ana Pereira, em colaboração com Publindústria, Produção de Comunicação, Lda. Edição Engenho e Media Lda. Propriedade e Administração Publindústria, Produção de Comunicação, Lda. Praça da Corujeira, 38 4300-144 PORTO telf.: 22 589 96 20 fax: 22 589 96 29 Tiragem 15.000 exeplares
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Água quente Iluminação Electrodomésticos Contadores Inteligentes
Fontes de energia renováveis
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Microprodução
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Incentivos e apoios financeiros
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Legislação
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Agências de energia
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editorial
Em Portugal, a regulamentação térmica para edifícios já tem uma longa história, mesmo anterior ao primeiro RCCTE publicado em 1990, cuja preparação obrigou a uma década de trabalho técnico e de sensibilização política. Esse RCCTE, se bem que pouco exigente (devia ser revisto cinco anos depois), foi o motor para o uso sistemático do isolamento térmico na construção em Portugal. Foram no entanto necessários uns longos quinze anos até haver de novo vontade política para rever a legislação. Um contexto de baixo custo da energia remeteu para segundo plano as preocupações com a eficiência energética. Mas a obrigação da redução das emissões de CO2 e a segurança do abastecimento energético na Europa fizeram adoptar a Directiva Europeia sobre o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) e não só Portugal teve um novo RCCTE (e RSECE) em 2006, com um grau de exigência térmica bastante maior, mas ganhou também um Sistema de Certificação Energética que obrigou a que as exigências regulamentares fossem efectivamente cumpridas. Foi uma “revolução” que, como todas, teve grande reacção num mercado habituado a fazer impunemente o que muito bem entendia, regulamentar ou não. Vamos entrar agora numa nova fase ainda mais exigente. Prepara-se nova revisão regulamentar, exigida pela nova EPBD para 2012. Poderá a vontade política adiar este prazo, mas, se o fizer, será por pouco tempo, pois a pressão da Europa rapidamente produzirá os seus efeitos. Esta revisão regulamentar será o primeiro passo para uma nova “revolução” que vai exigir uma ainda maior alteração das práticas de projecto: todos os edifícios novos em 2020 terão que ter necessidades “quase-nulas” de energia. Este, sim, será um desafio importante: envolventes optimizadas e recurso a fontes renováveis para cobrir o que não for possível evitar na envolvente. A nova regulamentação de 2012 terá que ser o primeiro passo no caminho para 2020. É preciso planear cuidadosamente, desde já, o percurso regulamentar até 2020, de preferência estabelecendo todas as etapas para que os profissionais e o mercado tenham tempo para se adaptar. Os novos regulamentos já terão, de acordo com a EPBD adoptada em 2010, um elevado nível de exigência: os requisitos mínimos para todos os componentes (isolamentos, sombreamentos, sistemas técnicos, etc.) terão de ser obrigatoriamente estabelecidos na base de custo mínimo considerando um longo ciclo de vida (p. ex., 30 anos para a envolvente, 15 para uma caldeira, etc.). Os actuais requisitos irão aumentar significativamente e aparecerão novos requisitos para coisas que até aqui não os tinham: todos os equipamentos técnicos. Portanto, o mercado deve preparar-se para um ambiente regulamentar muito mais exigente para breve, e a agravar-se de forma gradual mas inexorável até 2020. A eficiência energética dos edifícios vai ter de aumentar. Para todos: O Estado terá que cumprir estes objectivos até 2018, para dar o exemplo dois anos antes dos privados. Vai ser preciso mudar muitas mentalidades… Eduardo Maldonado Professor Catedrático (FEUP)
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“A energia, mais do que nunca, tornou-se um bem económico (...)”
Joaquim Borges Gouveia Prof. Catedrático do DEGEI, Universidade de Aveiro
Eficiência energética A energia é um fator de competitividade decisivo no desenvolvimento económico das sociedades modernas e, em particular, num paradigma de desenvolvimento sustentável. Esta revolução está em curso, de forma visível, na subida muito significativa dos preços das matérias primas energéticas na última década, com uma tendência de subida continuada nos próximos tempos. Edif ícios, Transportes e Indústria Entre os tipos de consumidores de energia, nas suas diversas formas de utilização, encontram-se os edificios e os transportes. A indústria, hoje em dia, gere o consumo de energia de uma forma eficiente face à competitividade global dos produtos que coloca nos mercados globais. Isto obriga a indústria a uma permanente análise da fatura energética e, consequentemente, à procura de soluções para os processos de fabrico mais eficientes do ponto de vista energético. Muitas das inovações tecnológicas dos últimos cinquenta anos tiveram origem na necessidade de encontrar soluções energeticamente mais eficientes e, portanto, consumos de energia menores com custos energéticos de operação mais reduzidos. Alterações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável O problema energético emerge portanto com o enorme desequilíbrio das economias em que o bem estar social assentava na energia barata e, portanto, com desperdícios muito visíveis mas que nunca eram atacados, em especial, no mundo ocidental. As preocupações ambientais lançaram a problemática das alterações climáticas devido ao efeito dos gases de estufa com particular incidência no CO2. Aqui os edificios de serviços, as residências e os transportes apresentaram-se como os consumidores menos eficientes e com maiores efeitos na libertação dos gases de efeito estufa. Foi na década 90 que esta questão foi colocada na agenda política no mundo ocidental. E esta preocupação foi tendo cada vez maior relevência para os decisores políticos a que se juntaram as várias crises energéticas que têm vindo a acontecer com uma maior frequência.
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Assim a União Europeia, primeiro e os Estados Unidos mais recentemente, colocaram estas questões do desenvolvimento sustentável na agenda política global. Só que as potências emergentes, normalmente designadas pelos BRICs, estão num estado de crescimento económico que nada tem a ver com aquele paradigma do desenvolvimento sustentável. Estão em marcha movimentos de crescimento do nível de vida de muitos milhões de habitantes. Todos têm direito a alimentação, saúde e bem estar crescente num planeta de recursos finitos embora em grande abundância mas com pressões de consumo enormes. E isto requere cada vez maiores quantidades de energia. A procura tem crescido a ritmos muito elevados e irá acentuar-se nas próximas décadas. Energia, um Bem Económico A energia, mais do que nunca, tornou-se um bem económico decisivo no desenvolvimento económico e social e por isso obriga os organismos internacionais, nacionais e locais a uma maior atenção às novas formas de negócio, à sua utilização eficiente e aos efeitos provocados pelas emissões de CO2.
É aqui que as questões da eficiência energética e a promoção das energias renováveis, bem como a redução dos gases de efeito estufa, com especial relevo para o CO2, adquirem uma nova importância com a adoção na União
eficiência energética e certificação
Europeia dos planos de ação para a eficiência energética e para as energias renováveis e as consequentes diretivas sobre a promoção da nova política energética conhecida por 3x20 para 2020: melhoria em 20% da eficiência energética, 20% na promoção das energias renováveis e 20% na redução do CO2 até 2020. As diretivas sobre a redução de consumos energéticos nos edificios quer públicos quer residenciais, foram uma consequência daquelas linhas de política e, portanto, nova legislação apareceu neste domínio dos edifícios pelo que a necessidade de novas tecnologias, novos produtos e serviços de energia, novos modelos e processos de negócio, tiveram de imediato um impulso que proporcionou o aparecimento de medidas ao nível de cada país muito significativas e que começam a ter um impacto visível em Portugal.
A concorrência entre empresas neste setor vai, com toda a certeza, proporcionar soluções para os consumidores de energia, quer sejam edif ícios residenciais ou edificios de serviços, mais eficientes e com resultados visíveis nas suas contas energéticas dando origem em muitos casos a poupanças muito significativas.
Estes serviços de energia têm vindo a proporcionar um crescente número de empresas com as soluções energéticas e financeiras mais diversas e que promoverão nos próximos anos uma revolução nos indicadores energéticos em Portugal, conduzindo a uma maior produtividade e competitividade do nosso país.
Como estão os objetivos 20-20-20 na Europa? Contributo de 20% de energias renováveis no total de energia consumida na Europa
Reduzir as emissões de CO2 em 20% Tendência para 2020
-20%
Reduzir o consumo de energia em 20% Tendência para 2020
-10%
100% •É na eficiência energética que estamos a falhar. Com os atuais números, atingiremos apenas 10% de poupança energética, em 2020. • Grande potencial de poupança, por explorar, nos transportes e em edifícios.
Tendência para 2020
20%
• O setor público deverá dar o exemplo (os edifícios públicos perfazem 12% do edificado na Europa; estabelecer padrões de eficiência para 2012, tanto nos edifícios novos como nos reabilitados)
Fonte: Intelligent Energy Europe, 2011
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Certificação energética A prática da certificação energética é cada vez mais comum, não só pela legislação que, desde 2009 obriga tanto os edif ícios novos como os edif ícios existentes a disporem de um certificado válido, mas também porque os proprietários e donos de obra começam a perceber as consequências benéficas de um edif ício energeticamente eficiente. Aliás, segundo a ADENE, 59% das pessoas inquiridas em Portugal acreditam que a Classe Energética pode influenciar o valor do imóvel. Contudo, assiste-se a um desfasamento entre aquilo que o proprietário ou dono de obra considera prioritário em termos de eficiência energética e aquilo que é defendido pelos Peritos Qualificados como o mais importante. A Certificação Energética tem como objetivo criar uma padronização e identificação do desempenho energético dos edif ícios e, ao mesmo tempo, identificar medidas de melhoria para o consumo de energia e potenciar poupanças de energia entre os 20 e os 40%. O cerificado classifica o edif ício, numa escala pré definida de 7+2 classes (A+, A, B, B, C, D, E, F e G), em que a classe A+ corresponde a um edif ício com melhor desempenho energético, e a classe G corresponde a um edif ício de pior desempenho energético.
Nos edif ícios novos as classes energéticas variam apenas entre as classes A+ e B-. Os edif ícios existentes poderão ter qualquer classe (de A+ a G). A curto prazo, o objetivo é tornar obrigatório que todos os edifícios novos tenham a classificação energética mínima de B. Novas metas e mudanças na certificação energética Até ao fim de 2012 todos os Estados-Membros devem transpor a Nova Diretiva 2010/31/ EU de 18 de junho. As metas são muito mais ambiciosas e o nível de exigência aumentou. Desaparece o conceito de “Grande Renovação” e, com o novo regulamento, todas as renovações sem exceção são abrangidas e têm que obedecer a requisitos mínimos de eficiência energética. Até 2020, todos os edifícios construídos na UE terão que ter necessidades de energia muito próximas de zero. Todos aqueles que necessitem de pequenas quantidades de energia devem ser supridas com recursos a energias renováveis. Os procedimentos de cálculo de eficiência energética serão os mesmos para todos os Estados-Membros a partir de 2015. Os certificados energéticos vão passar a ser obrigatórios para novos edifícios, venda e aluguer de edifícios existentes e deverão ser afixados nos grandes edifícios frequentemente visitados pelo público.
fonte: Renfith Krishnan
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eficiência energética e certificação Entre as medidas de melhoria de eficiência energética e de qualidade do ar interior sugeridas pelos peritos qualificados e as opções de investimento dos proprietários e donos de obra encontram-se algumas diferenças:
Edifício abrangidos pelo Sistema de Certificação Energética d Novos edifícios, bem como os existentes sujeitos a grandes intervenções de reabilitação (>25% do custo do edifício sem terreno); d Edifícios de serviços existentes, sujeitos periodicamente a auditorias, conforme especificado no RSECE [área > 1.000m2, regularmente em cada 6 anos (energia) ou 2, 3 ou 6 anos (qualidade do ar)]; d Edifícios existentes, para habitação e para serviços, aquando da celebração de contratos de venda e de locação, incluindo o arrendamento.
Penalizações existentes para os proprietários que não dispõem de certificado energético do edifício Para além do facto de não poder vender ou arrendar o imóvel, está sujeito a uma coima que varia entre 250 e 3741 euros, no caso de pessoas singulares e entre 2500 e 44892 euros no caso de pessoas coletivas.
Entidade que emite o certificado energético A emissão dos certificados energéticos e das declarações de conformidade regulamentar é da responsabilidade dos peritos qualificados pela ADENE (PQ), que utilizam, para o efeito, um sistema informático disponibilizado por esta entidade para produção e registo desses documentos. Os certificados e declarações serão gerados pelo sistema informático na forma de um ficheiro em formato PDF, devidamente protegido e com um número único que o identifica de forma unívoca no sistema. Só após o pagamento da taxa de registo é que o ficheiro é disponibilizado ao perito qualificado em formato para uso legal, que o poderá então entregar ou remeter aos proprietário ou promotor que contratou os seus serviços.
Diferenças entre Declaração de Conformidade Regulamentar (DCR), Certificado Energético (CE) e Qualidade do Ar Interior Uma DCR traduz confirmação do cumprimento regulamentar e a avaliação do desempenho energético na fase de projeto, ao passo que o CE faz o mesmo mas no final da obra, isto no caso de edifícios novos. Ou seja, a DCR é uma espécie de pré-certificado, sendo natural que, não existindo alterações substanciais ao projeto durante a obra, o CE seja muito semelhante à DCR. No caso de edifícios existentes, apenas existe CE, que avalia e classifica o desempenho energético do imóvel e qualidade do ar no seu interior e pode dar indicações sobre possíveis medidas de melhoria desse desempenho.
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Validade temporal Uma DCR não tem validade prevista, ou seja, o documento será válido até conclusão da obra e emissão do respetivo certificado energético e da QAI. A validade de um CE depende do tipo de edifício e dos requisitos regulamentares a que está sujeito. Assim temos: d 10 anos, para edifícios ou frações de habitação e para edifícios ou frações de serviços que não estejam sujeitos a auditorias periódicas à energia. d 2, 3 ou 6 anos, para edifícios ou frações de edifícios sujeitos a auditorias periódicas à energia.
Pesquisa de imóveis certificados Basta consultar o Portal SCE em www.adene.pt, na ferramenta de pesquisa de “Edifícios certificados”. Aí poderá pesquisa pelos campos: Nº de DCR/CE; data de emissão; morada; concelho; região; n.º ou nome do perito. Ao selecionar um dos resultados da pesquisa, poderá confirmar a identificação do imóvel, bem como a sua classe energética.
Certificação de um imóvel Reunir alguns documentos relativos ao imóvel: d plantas d caderneta predial d registo da conservatória predial Se já não existirem plantas do imóvel, no caso, por exemplo, de imóveis antigos, algumas empresas de certificação podem proceder à sua conceção. Solicitar os serviços de um PQ: A Bolsa de Peritos Qualificados disponível no Portal SCE em www.adene.pt, na qual se pode pesquisar pelos seguintes critérios: d Valência(s) do PQ (RCCTE, RSECE-Energia, RSECE-QAI) d Nº e nome do Perito d Região, Distrito e Concelho(s) Como resultado da pesquisa, o sistema devolve a indicação dos PQs que correspondem aos critérios introduzidos, com os respetivos contactos telefónico e de e-mail. Ao contratar uma empresa para certificação de edif ício, a responsabilidade pelo trabalho é sempre individual do PQ cujo nome surge no certificado emitido, mesmo que este trabalhe para a empresa com quem tenha sido contratado o serviço de certificação.
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Diferenças de intervenção de um PQ num edifício novo e num edifício existente Nos edifícios novos, o PQ tem como responsabilidade verificar que a regulamentação aplicável foi corretamente aplicada tanto em projeto, como na obra e pode incluir sugestões de melhoria. No caso dos edifícios existentes, o PQ vai avaliar o desempenho energético do imóvel e propor eventuais medidas de melhoria desse desempenho.
Classes energéticas A classificação energética de edif ícios de habitação e pequenos edif ícios de serviços (sem sistemas de climatização ou com sistemas de climatização inferior a 25 kW de potência instalada) é calculada a partir da expressão R = Ntc/Nt, em que “Ntc” representa as necessidades anuais globais estimadas de energia primária para climatização e águas quentes e o “Nt” o valor limite destas. Essas necessidades são expressas em kilogramas equivalente de petróleo por m2 de área útil e por ano (kgep/m2.ano).
Tempo necessário para certificação de uma fração O tempo necessário ao trabalho do PQ depende fortemente das características do edif ício e da experiência do próprio. Em qualquer dos casos, é muito importante a quantidade e qualidade da informação prévia que o proprietário possa fornecer ao PQ, já que isso facilitará significativamente o seu trabalho.
Custos da certificação Existe uma parcela do valor fixo que deverá ser pago à ADENE (45 € + IVA para frações de habitação e 250 € + IVA para frações de serviços) e existe outra parcela do valor que deverá ser pago ao PQ, com valores acordados com o mesmo. Um conselho: consulte vários peritos qualificados e conjugue o preço, com tempo de obtenção do certificado e a garantia de qualidade de serviço que mais lhe convier. Nota: A informação aqui expressa, não dispensa a consulta da legislação em vigor.
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Entre as medidas de melhoria de eficiência energética e de qualidade do ar interior sugeridas pelos peritos qualificados e as opções de investimento dos proprietários e donos de obra encontram-se algumas diferenças:
fonte: Adene
Num futuro não muito longínquo... A diretiva europeia aponta para Edifícios de Balanço Energético Nulo (Net Zero Energy Building) e é aplicável: aos novos edifícios públicos, a partir de 2018; a todos os novos edifícios, a partir de 2020.
Brevemente Afixação de certificados energéticos na entrada dos edifícios públicos em edifícios com área útil superior a 500 m2, a partir de 2012; em edifícios com área útil superior a 250 m2, a partir de 2015.
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Grupo Solar segue estratégia de franchising No mercado há 14 anos, o Grupo Solar, é uma empresa 100% nacional e atua na área das energias renováveis, do aquecimento e do ar condicionado. A recente aposta do grupo fez-se passar por um projeto de franchising do Grupo, estando previstas para 2011 cerca de 50 novas unidades da empresa em Portugal. Além disto, o Grupo Solar pretende também expandir-se para outros países, tais como Espanha, França e Itália. A empresa portuguesa atingiu em 2010 uma faturação de 24 milhões de euros e conta com uma equipa de 34 pessoas. Projeto de franchising Ruben Chester, responsável pelo Grupo Solar, destaca que a estratégia de expansão através do franchising está a acontecer “porque a maioria das empresas no setor não estão bem estruturadas nem têm a experiência suficiente para organizar um negócio com futuro”. Os objetivos da empresa passam por criar um rede de agências e de pontos de venda ao profissional, pretendendo tornar-se uma referência nas soluções de energias renováveis e climatização junto do consumidor final. Procura de empreendedores Neste momento o Grupo Solar está à procura de colaboradores/ investidores que queiram abrir agências e trabalhar nestas áreas. “Acima de tudo, o Grupo Solar procura empreendedores que pretendam arrancar com um negócio por conta própria. A estrutura da empresa está preparada para receber pessoas já com ligação a esta área mas também pessoas sem conhecimento ou experiência (...)”, refere Ruben Chester. Segundo o responsável pelo Grupo Solar, os critérios utilizados para selecionar franchisados e/ou funcionários são a exigência, profissionalismo, determinação e audácia. “Neste momento definimos como áreas geográficas preferenciais: Grande Lisboa, Grande Porto, Litoral Centro, Beiras, Trás-os-Montes, Alentejo, Açores e Madeira”, afirma o responsável. Investimento necessário Para abrir uma loja local do grupo é sempre necessário um investimento inicial, que está dividido em 3 níveis: 14.900 euros que contemplam loja de venda ao público (mínimo 40 metros quadrados); 29.900 euros que engloba a loja de venda ao profissional e loja de venda ao público (mínimo de 60 metros quadrados) e armazém de venda à rede (regional); 89.900 euros para adquirirem a loja de venda ao profissional e loja de venda ao público (mínimo 100 metros quadrados). “Uma das principais mais-valias do Grupo Solar é que não pretendemos vender apenas ao consumidor final, mas sobretudo, ao profissional, quer seja armazenista ou técnico instalador”, explica Ruben Chester.
“(...) quanto maior é o edifício mais importantes se tornam as estraté-
gias de arrefecimento em relação às de aquecimento ...” Fausto Simões, arquitecologia.org
O acesso ao sol dos edif ícios e da cidade O Bairro de Alvalade é um entretecido de vários e contrastantes modelos urbanos, nele coexistindo a ordem tradicional e a moderna. A imagem mostra a dispersão em borboleta das moradias, bordejada a sul por uma forma “moderna” de concentrar as habitações num pente de grandes blocos entremeados por jardins, ao longo da Avenida dos Estados Unidos. Blocos sobre “pilotis” seguindo a primeira experiência moderna do “Bairro das Estacas”.
Eis os três ingredientes -a moradia, o bloco e os “pilotis”que permitem a fácil comparação do comportamento térmico de uma mesma habitação de 100m2, num edifício unifamiliar com 10X10X3m e num bloco multifamiliar de 50 apartamentos em 5 andares, com 100X10X15m. Foram consideradas, para o efeito, as seguintes características termo-físicas comuns: isolamento térmico pelo exterior com “pontes térmicas” minimizadas em toda a envolvente opaca (U=0.5W/m2K), 15 m2 de área envidraçada por habitação (U=3.3 W/m2K) e uma taxa de 0.6 renovações de ar por hora.
A adoção das técnicas solar-passivas, estritamente pautada pela eficiência energética visando o conforto interior, conduz à arregimentação dos edif ícios em filas paralelas aproximadamente na direção E-O, o que contraria frontalmente a tradicional e desejável diversidade urbana. Pelo contrário, a inclusâo do solar-passivo no leque de estratégias bioclimáticas, conduz a projetar com o clima sem esquecer a eficiência e em favor da desejável diversidade urbana. U = Coeficiente térmico ou transmissão térmica
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forma e orientação
Vamos explicitar esta linha de raciocínio, partindo da comparação entre os comportamentos térmicos de um edif ício unifamiliar (moradia) e de um edif ício multifamiliar (bloco ou quarteirão).
alcançadas “frações de poupança solar” no bloco com orientações dos envidraçados afastadas do sul, entre o este e o oeste, idênticas ás da moradia com aberturas solares a sul.
Salienta-se em lugar próprio a tradução destas duas formas de habitação nos dois modelos simples selecionados para facilidade de cálculo e exposição e não por opção arquitetónica.
Assim sendo, a abordagem bioclimática dos centros urbanos permite ponderar: d A conjugação do acesso ao sol dos edifícios e dos espaços entre os edifícios, tendo em vista o conforto no interior e o conforto no exterior, em favor de uma desejável animação do espaço público. Atente-se por exemplo que uma rua norte-sul tem no inverno uma distribuição mais equitativa da insolação entre os dois passeios do que uma rua este-oeste. Compare-se a insolação da Avenida João XXI com a da Avenida de Roma, num dia de sol de janeiro; d A revisão da “regra dos 45°” (artº 59 do RGEU) (Simões,1998); d A conjugação da orientação para a insolação e para a ventilação natural, na adaptação ao clima misto que prevalece em Portugal, com o provável reforço das estratégias para o verão em relação ao inverno, por efeito das alterações climáticas; d A valorização das habitações agrupadas em edifícios baixos (“low-rise-group housing”) d A diversificação da fenestração das fachadas de quarteirões ou blocos, tendo em conta as principais diferenças na exposição solar e no fator-forma das frações autónomas.
Fazendo as contas em regime constante, tira-se que as perdas de calor volumétricas, referidas à unidade de volume da habitação média, são muito menores no bloco multifamiliar do que na moradia: inferiores a 60%. Isto devido ao fator-forma. Ou melhor, ao “princípio da similitude”. O fator-forma varia inversamente com o tamanho do edif ício. Variando as perdas por condução com a superf ície da pele do edif ício e os ganhos internos com o seu volume, quanto maior é o edif ício mais importantes se tornam as estratégias de arrefecimento em relação ás de aquecimento e, mais ainda, nos edif ícios de serviços com maior densidade de ocupação diurna e de equipamento. Neste caso, o fator-forma da moradia é 1.07 e do bloco multifamiliar 0.35. Consequentemente, sendo o solar passivo complemento da conservação do calor, ele é mais imperativo na habitação unifamiliar do que na habitação integrada num edifício multifamiliar. Rondando os 50%, a radiação solar numa superficie vertical a este (ou oeste)em relação à exposição a sul, na metade mais fria do ano e na região de Lisboa, podem ser
Referências
Simões, F., Solar Access – A contribuition to a compreensive building code. Environmentally Friendly Cities - Proceedings of PLEA98, 603-605. James&James 1998. (http://www.arquitecologia.org/PAPER13.htm).
Fonte: Fausto Simões
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forma e orientação
Forma e Orientação do edif ício Orientação O projeto de um edif ício solar passivo ou bioclimático deverá começar por uma criteriosa escolha da implantação e da orientação do mesmo, de forma a otimizar os ganhos solares. É importante, já nesta fase, saber se o clima é favorável a esses ganhos solares nas diferentes estações do ano e quais os cuidados a ter quanto às proteções solares no período de verão.
perdas térmicas. O lado Norte do edif ício deve ser reservado a casas de banho, arrumos, quartos de vestir, isto é divisões que necessitem de poucas ou nenhumas aberturas para o exterior. Forma A forma do edif ício é uma das variáveis que mais tem impacto no potencial de eficiência energética do mesmo.
O RCCTE apresenta as estratégias bioclimáticas mais adequadas para cada região nacional (identificadas em zonas climáticas), que contribuem significativamente para a melhoria do desempenho global dos edif ícios. Orientação de fachadas: Regras de Boa Prática Inverno: interessa promover os ganhos de radiação | benéfica a abertura de vãos envidraçados no quadrante Sul Verão: interessa restringir esses mesmos ganhos | importante que os vãos sejam dotados de dispositivos sombreadores eficazes. Nas fachadas Nascente e Poente e, principalmente, Norte, deve optar por vãos de menores dimensões. As fachadas a Nascente e Poente são especialmente irradiadas no verão e a entrada de radiação é dif ícil de controlar porque é perpendicular às janelas. A fachada a Norte não recebe radiação solar direta no inverno, pelo que é por esta que se originam as principais
fonte: Dreamstime
No inverno o calor gerado no interior é continuadamente transmitido para o exterior, portanto, quanto maior for a superf ície (S) que envolve o volume (V) aquecido, maior será a transferência de calor. Só com um fator de forma (FF) ou uma relação superf ície/volume (S/V) baixa é que um edif ício pode ser eficiente em termos energéticos. Uma casa independente será sempre menos eficiente em termos energéticos do que um edif ício de vários pisos.
Tipo de Edifício
S/V
Casa Independente
Cerca de 0,80
Casa Geminada
Cerca de 0,65
Edifício de um piso
Cerca de 0,50
Edifício de vários pisos
Cerca de 0,30
Arquitetura Bioclimática pode ser definida como uma arquitetura que, na sua conceção, aborda o clima como uma variável importante no projeto, dando a máxima importância o sol, na sua interação com o edif ício.
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“(...) é preciso ter em conta que a reabilitação energética pode ser (...)
integrada em ações de simples reabilitação construtiva inadiável ...” Helena Corvacho Professora no Departamento Engenharia Civil, FEUP
Reabilitação Energética de Edif ícios A necessidade de travar o crescimento do consumo de energia para aquecimento (ou arrefecimento) nos edif ícios e as evidentes melhorias do conforto de utilização que decorrem da chamada “reabilitação energética” da envolvente fazem desta uma oportunidade a agarrar aquando de uma reabilitação funcional ou estética. Entende-se aqui como “reabilitação energética” uma intervenção na envolvente de um edif ício existente que resulte numa melhoria do comportamento térmico deste e numa consequente redução da energia necessária à obtenção de condições de conforto. O atual enquadramento regulamentar, a entrada em funcionamento do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior dos Edif ícios (SCE) e as exigências globais de respeito pelo ambiente transformam essa oportunidade num imperativo. Com a publicação em 2006 da segunda versão da regulamentação na área da Térmica de Edif ícios e do SCE, maiores exigências se colocaram a todos os edif ícios novos. Quanto à intervenção no parque existente a evolução seria inevitavelmente mais lenta. A legislação é vocacionada para novos edif ícios e apenas se direciona para os existentes no caso de o valor da intervenção de reabilitação exceder 25% do valor do imóvel. O efeito visível do SCE sobre os edif ícios existentes manifesta-se através da obrigatoriedade destes apresentarem um Certificado Energético aquando da sua venda ou arrendamento. Não é, no entanto, obrigatória qualquer intervenção que torne o edif ício energeticamente mais eficiente. Uma grande parte do parque edificado português está identificado como tendo fracas condições de conforto interiores e existem diferenças significativas entre os edif ícios construídos recentemente e os mais antigos. O ITIC apresentou, em 2008, um estudo sobre os potenciais impactos do SCE no setor da construção. Este estudo admitiu a existência de 2,5 milhões de fogos com potencial de requalificação energética.
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Um mercado imobiliário que funcione estabelecerá as suas regras, diferenciando, em termos de valor comercial, os edif ícios energeticamente eficientes e os não eficientes. Apesar de não existir obrigatoriedade dos proprietários procederem à intervenção, poderá existir motivação para melhorar a classe de eficiência energética da sua habitação. Ora constata-se que, no atual sistema de certificação, é dado um peso maior às características dos sistemas de climatização do que às soluções construtivas da envolvente. Assim, uma melhoria significativa da qualidade térmica da envolvente nem sempre se repercute significativamente na classe energética do edif ício. Nos trabalhos de revisão regulamentar que estão a ser levados a cabo, atualmente, esta questão
está a ser analisada e defende-se que uma intervenção de reabilitação energética da envolvente de um edif ício deverá ter um impacto mais expressivo na sua classe energética. Para definir soluções viáveis para a reabilitação energética de fachadas que apresentem um efetivo potencial de aplicação, importa conhecer as condições objetivas dos edif ícios a reabilitar. Cerca de 40% dos edif ícios portugueses apresentavam, em 2001, pequenas, médias ou grandes necessidades de reparação.
PUB
reabilitação energética
Os edifícios muito degradados representavam 3% do parque edificado. Tendo em conta o ritmo insatisfatório com que se procedeu a intervenções de reabilitação durante a última década, pode dizer-se que existe, claramente, um potencial de atuação que não se pode deixar de ter em conta. No entanto, existem algumas barreiras perfeitamente identificáveis que se opõem à realização de intervenções de reabilitação energética. Para além da conjuntura de crise atual, existe muitas vezes um desconhecimento ou falta de informação por parte dos proprietários e até mesmo dos profissionais do setor quanto à verdadeira relação custo/benefício de certas intervenções. A perceção algo difundida é a de que o período de retorno do investimento é demasiado longo. No entanto, é preciso ter em conta que a reabilitação energética pode ser (e é, muitas vezes) integrada em ações de simples reabilitação construtiva inadiável, podendo os seus custos adicionais ser pouco significativos no montante global das obras. Para além disso, como é sabido, a reabilitação energética traz uma melhoria das condições de conforto de utilização a qual é difícil de contabilizar. Por outro lado, intervenções ao nível da envolvente, como o reforço do seu isolamento térmico solucionam e/ou previnem patologias construtivas como a ocorrência de condensações e o aparecimento de bolores, entre outras, o que naturalmente se traduzirá em economia. Os desafios que se colocam à reabilitação energética são basicamente os seguintes: dar resposta às deficiências existentes; não introduzir novos problemas; conceber soluções eficientes e duráveis e integrar, se possível, novas funcionalidades. Nestas novas funcionalidades pode estar, por exemplo, incluído um novo sistema de ventilação que através de estratégias passivas garanta a necessária qualidade do ar interior. A intervenção deve ser pensada de uma forma integrada, resolvendo e prevenindo eventuais problemas construtivos e fornecendo uma resposta adequada às exigências de conforto térmico, quer em termos de inverno, quer em termos de verão. As necessidades de reabilitação do parque edificado são uma oportunidade para uma intervenção ao nível da melhoria do desempenho térmico dos edifícios. Há que identificar convenientemente os desafios e conceber soluções técnica e economicamente viáveis.
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caso-estudo
Por: Energaia, Agência Municipal de Energia de Gaia
Urbanização Vila D’Este A urbanização de Vila D’Este tem cerca de 17 mil habitantes, e fica localizada na freguesia de Vilar de Andorinho, concelho de Vila Nova de Gaia, Portugal. Vila D’Este foi construída entre 1976 e 1982, à margem da A1 (Autoestrada 1), na tentativa de responder à enorme procura de habitação a preços económicos nesta zona do Grande Porto. A urbanização conta com um total de 109 edif ícios distribuídos por 18 blocos, com 2.085 habitações e 76 espaços comerciais. Os dados estatísticos mais recentes indicam que Vila D’Este tem mais residentes do que cerca de oito dezenas de cidades portuguesas, algumas das quais não chegam a ter sequer metade da população residente desta urbanização.
Caracterização dos edif ícios existentes Os edif ícios de Vila D’Este em análise têm por base um sistema construtivo designado por “cofragem túnel”. A exceção ao sistema, verifica-se apenas nas caixas de escadas, que foi prefabricada, sendo apoiada em cantoneiras, nas paredes de betão dos “túneis” adjacentes. Aparentemente as fachadas são construídas por paredes de tijolo ou blocos sem isolamento, existindo algumas forras em alvenaria, quando o “túnel” existia no limite do edif ício. Por sua vez, a cobertura foi revestida na sua maioria com chapas de fibrocimento, existindo pequenas áreas de terraço, sem qualquer tipo de isolamento. Existem as seguintes 3 tipologias de edif ícios:
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Soluções de reabilitação energética adotadas No âmbito da candidatura da GaiaSocial, E.E.M. para a reabilitação da urbanização de Vila D’Este, a Energaia realizou a análise energética com base no RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edif ícios, o qual permitiu validar as medidas de melhoria energética preconizadas ao nível da cobertura, paredes e vãos envidraçados do edificado. Coberturas d Execução de revestimento metálico do tipo “Roofzip”. d Introdução de isolamento térmico com 8 cm de espessura e barreira para-vapor. d Aplicação de ventiladores eólicos no topo das prumadas das colunas de ventilação das instalações sanitárias. d Reabilitação dos terraços, incluindo substituição dos sistemas de impermeabilização e aplicação de isolamento térmico, com 8cm de espessura. Paredes d Aplicação de isolamento térmico com 6cm de espessura, do tipo ETICS. d Montagem de painéis e palas em GRC (Glass Fibre Reinforced Cement). d Substituição de vãos envidraçados nas portas de entrada dos edifícios, caixas de escadas e arrumos. Ganhos energéticos Com as melhorias preconizadas da envolvente opaca, através de isolamento, melhoria do envidraçado e introdução de palas de sombreamento, estima-se uma poupança energética anual de 3.175 MWh/ano, permitindo gerar uma poupança económica anual na ordem dos 400.000€. Ganhos Energéticos Isolamento (fachadas e cobertura)
43%
Envidraçado
3%
Sombreamento (palas)
3%
Em termos de necessidades energéticas para aquecimento e arrefecimento, as medidas de melhoria do isolamento
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térmico permitirão reduzir o consumo energético das habitações em aproximadamente 43% e 31%, respetivamente. Assim, a requalificação em causa tem como base as condições regulamentares impostas pelo RCCTE (Regulamento das Características Comportamento Térmico dos Edifícios) e prevê uma poupança energética na ordem dos 40%. Considerando o investimento indicado na candidatura ao QREN para reabilitação na ordem dos 4.960.000€, obtém-se um Tempo de Retorno de aproximadamente 10 anos. As medidas de melhoria preconizadas além de permitirem uma redução no consumo energético da Urbanização de Vila D’Este, irão acima de tudo melhorar o conforto térmico e reduzir as patologias construtivas encontradas, nomeadamente ao nível das condensações.
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“ A seleção dos produtos, sistemas e métodos de intervenção (...)
não se pode apoiar numa aproximação simplista ...” C. Pina Santos Investigador Principal do Departamento de Edifícios do LNEC
A seleção de produtos para uma boa reabilitação térmica A reabilitação térmica da envolvente dos edif ícios – coberturas, áreas envidraçadas, paredes e pavimentos – tem, em primeiro lugar, de se basear no conheci¬mento das tipologias construtivas existentes e do respetivo desempenho. A seleção dos produtos, sistemas e métodos de intervenção que se lhes adequam não se pode apoiar numa aproximação simplista ou que ignora o objeto de intervenção. Atualmente regista-se uma gradual disponibilização no mercado de produtos com marcação CE. A marcação CE destina-se, essencialmente, a permitir a livre circulação dos produtos no mercado europeu. A generalidade das normas europeias harmonizadas de isolantes térmicos refere, explicitamente, que essas normas não especificam os níveis requeridos para todas as características necessárias à demonstração da adequabilidade para uma aplicação particular. Por outro lado, também é corrente que a marcação CE seja efetuada com a declaração de um número mínimo de características (harmonizadas). No caso das caixilharias as características não harmonizadas, apesar de não serem relevantes para a marcação CE, são um elemento essencial para atestar a adequação de um produto à sua utilização como janela ou porta. Deste modo pode considerar-se irresponsável definir, por exemplo, soluções de isolamento térmico pelo exterior de paredes, de coberturas ou de pavimentos térreos apenas com base em duas ou três características declaradas. Ainda no âmbito da marcação CE, e no que respeita a soluções inovadoras, essa marcação pode ser obtida através de uma Aprovação Técnica Europeia (ATE/ETA). A ETA consiste numa apreciação técnica favorável da aptidão ao uso de um produto, estabelecida com base nas exigências essenciais das obras onde esse produto seja
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incorporado. A figura da ETA inspira-se na experiência dos institutos nacionais que têm vindo a exercer a homologação de produtos inovadores da construção. Em Portugal, o LNEC tem vindo a emitir Documentos de Homologação (DH) de produtos/sistemas não-tradicionais. Um DH caracteriza e aprecia a solução e inclui aspetos relevantes: o campo de aplicação; os resultados da análise experimental e das observações efetuadas em visitas às instalações de fabrico, a obras em curso e a construções em uso. Define, ainda, regras para a aplicação em obra, abordando, se relevante, os aspetos específicos das utilizações em intervenções de reabilitação. As reconhecidas limitações da marcação CE levaram o LNEC a passar a emitir um documento voluntário de apreciação técnica, designado por Documento de Aplicação (DA). Os DA incluem aspetos não cobertos pela marcação CE, nomeadamente: a definição do campo de aplicação e as limitações de emprego da solução; as características de desempenho mais significativas; a avaliação de características complementares; os ensaios de receção em obra; as condições para a sua correta colocação; as regras para uma adequada manutenção; e a consideração de eventuais especificidades nacionais. A escolha de soluções técnicas adequadas minimizará, certamente, as anomalias que afetam muitas das intervenções de reabilitação que vão sendo realizadas no nosso País. Os estudos técnicos sumariamente descritos são um contributo para essa minimização. Para mais informações: http://www.lnec.pt/qpe
soluções construtivas
Soluções construtivas As soluções adotadas na construção nova ou reabilitação de um edif ício definirão o seu conforto térmico e ditarão os seus consumos energéticos. Apesar da diversidade de climas neste nosso pequeno país, um edif ício bem construído, com bons isolamentos nas fachadas, coberturas e vãos, dispensa praticamente ou totalmente, sistemas de aquecimento ou arrefecimento do ambiente interior. Várias soluções construtivas podem ser adotadas para melhorar o conforto térmico e diminuir gastos energéticos. Muitas delas não exigem grandes técnicas ou grandes investimentos. fonte: Technal
Quanto mais rigoroso for o clima onde o edif ício está implantado, maiores são as trocas de calor através da envolvente e, portanto, maior terá que ser o grau de exigência dos elementos de construção nas fachadas, janelas e coberturas.
Coberturas São as superf ícies que mais contribuem para as perdas de calor num edif ício.
aos benef ícios imediatos em termos da diminuição das necessidades energéticas e por se tratar de uma das medidas mais simples e menos dispendiosa.
O isolamento térmico de uma cobertura é considerada uma intervenção de eficiência energética prioritária, face
Há várias soluções possíveis para o eficiente isolamento de uma cobertura, dependendo do tipo de cobertura.
Cobertura em terraço
Isolamento com proteção leve (autoprotegida) Isolamento com proteção pesada (seixo, lajetas, etc.) Cobertura invertida (isolamento sobre impermeabilização)
Coberturas inclinadas
Isolamento na vertente (desvão habitado sob cobertura): Isolamento térmico descontínuo Esteira leve inclinada (painéis sanduíche)
Isolamento sobre a esteira horizontal (desvão ventilado não habitado)
Isolamento térmico contínuo sobre a esteira Isolamento térmico descontínuo sobre a esteira com eventual revestimento de piso Esteira horizontal leve (painéis sanduíche)
Cobertura ajardinada
Tem existido um crescente interesse no aproveitamento das coberturas ou terraços ajardinados, pela criação de espaços verdes agradáveis, mas têm outras vantagens: a vegetação ajuda a regular a temperatura da laje, tornando-a mais eficiênte do ponto de vista térmico e protege-a da exposição aos raios Ultra Violeta. Se bem projetada permite uma proteção natural e aumenta a vida útil dos materiais utilizados na impermeabilização e isolamento.
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soluções construtivas
Jardinagem Substrato
Substrato Geotextil
Geotextil Argila expandida (Drenagem) Tela anti-raíz Impermeabilização Betonilha Camada de forma e isolamento Laje de betão
Paredes Exteriores Existem vários tipos de parede exterior, não só quanto às camadas que a compõem mas, também quanto ao tipo de materiais utilizados para a sua composição. Em qualquer uma delas é importante fazer o seu isolamento térmico para que sejam eficientes e minimizem as trocas térmicas entre o interior e o exterior, mantendo o conforto no interior. Parede exterior dupla Em Portugal, as paredes exteriores mais comuns são as paredes exteriores duplas. Compostas por dois panos de alvenaria paralelos, sem contacto entre eles. Preferencialmente formam entre si um espaço de ar – onde se fará a recolha da eventual acumulação de água – e onde se deverá colocar o isolamento térmico, preenchendo parcialmente a caixa de ar. O principal problema está, na esmagadora maioria das vezes, na sua fraca elaboração, não sendo respeitadas as caixas de ar quando necessário, nem sendo a colocação do isolamento a correta. Parede exterior simples A parede exterior simples é composta apenas por um pano de parede ao qual pode ser fixo uma camada de isolamento térmico pelo seu lado exterior, que posteriormente receberá um acabamento final. Para que este
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fonte: Preceram
acabamento ofereça maior resistência às ações mecânicas e climatéricas, o revestimento é composto por armadura. Quando bem dimensionada e elaborada segundo as regras da boa arte, apresentam um melhor desempenho térmico comparativamente às paredes exteriores duplas, uma vez que o isolamento térmico é aplicado de modo contínuo e pelo lado exterior. Sistemas de isolamento de fachadas pelo exterior Fachadas Ventiladas: revestimentos descontínuos fixados ao suporte através de uma estrutura intermédia. O processo de fixação dá origem à formação de uma caixa de ar entre o revestimento exterior a parede, onde é inserido um isolante térmico com espessura inferior à da caixa, de forma a deixar uma lâmina de ar ventilada entre o isolante e o revestimento. Vêture: componentes prefabricados constituídos por um isolamento e um paramento, fixados diretamente ao suporte. ETICS (External Thermal Insulation Composite Systems) é um sistema de isolamento térmico, aplicado de forma contínua e pelo exterior dos edifícios. Tem sido o sistema mais utilizado na reabilitação energética dos edifícios, porque além de corrigir pequenas patologias nas fachadas (como fissuras),
soluções construtivas
se bem aplicado(!), tem um excelente resultado no isolamento do edifício, reduzindo até 30% os desperdícios de energia. Constituído por placas de isolamento (EPS, XPS, lã de rocha ou cortiça), coladas ao suporte e protegidas com um revestimento de reboco, ligantes e malha ou rede. O acabamento é feito com um revestimento decorativo. Além de diminuir as necessidades de consumo energético do edif ício, seja para aquecimento ou arrefecimento, os ETICS têm outras vantagens: d Diminuição do risco de condensações no interior da parede; d Diminuição da necessidade de ocupação de área útil no interior (já que o material é colocado no lado exterior); d Redução ou até mesmo eliminação das pontes térmicas lineares, permitindo um isolamento térmico sem interrupções; d Facilidade de utilização em reabilitação térmica de fachadas, já que os trabalhos de aplicação não necessitam da utilização do interior do edif ício.
Resultado de uma má aplicação de ETICS.
1 3
2 4 5
0
6 7
Legenda
4 - Regularizador adesivo
0 – Perfil metálico de suporte
5 – Rede/malha
1 – Regularizador adesivo
6 – Regularizador adesivo
2 – Cantoneira de ângulo
7 – Revestimento/acabamento
3 – Placa isolante
fonte: Viero/Tintas Robbialac
Os ETICS exigem correta aplicação para serem eficientes e há cuidados a ter. Solicite junto do fabricante a ficha de aplicação e escolha produtos homologados e com marcação CE.
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Opte Tijolos Térmicos O tijolo térmico 29 da Preceram, com sistema ETICS com isolante de XPS ou EPS de 40 mm, tem um coeficiente térmico (U) de 0,39 W/(m2.oC). Para que o isolamento térmico seja eficaz, são necessários cuidados na colocação dos tijolos. Solicite diretamente aos fabricantes as fichas dos produtos com recomendações para a aplicação.
soluções construtivas
Caixilhos e Vidros As superf ícies envidraçadas adquirem grande importância uma vez que contribuem significativamente para o conforto, ou desconforto, no interior da habitação. Devem ser estanques à água, permeáveis ao ar e resistentes à ação do vento. De acordo com as suas características e orientação poderá ser feito ou não o aproveitamento passivo da radiação solar. O tipo de caixilho (madeira, alumínio ou pvc), tipo de vidro (simples ou duplo) e o tipo de sombreamento irão permitir maiores ou menores trocas térmicas entre o interior e o exterior. Parâmetros a considerar na escolha de caixilhos e vidros d Coeficiente de transmissão térmica (U) – a transmissão de calor será tanto menor quanto mais baixo for o valor de U d Fator solar dos vãos envidraçados (g) – caracteriza o desempenho térmico; quanto mais elevado for g, maiores serão os ganhos solares. Esteja atento à Marcação CE
Condutibilidade térmica de perfis de caixilharia em diferentes materiais Perfis ara aros de caixilharia
Condutibilidade térmica (W/m K)
Alumínio (ligas)
160
Aço Aço Inox
50 17
PVC Rígido
0,17
Madeira
0,18
Um caixilho com rutura térmica, quando comparado com outro da mesma constituição, sem rutura térmica, tem uma significativa redução do seu coeficiente térmico, sendo muito mais eficiente do ponto de vista do isolamento térmico. Um vidro duplo de baixa emissividade deverá ser a primeira escolha. Considerando a eficiência energética da janela com um todo é mais importante a escolha de um vidro duplo de baixa emissividade do que a opção por um caixilho com rutura térmica (isto, havendo restrições orçamentais que nos obriguem e ir por somente uma das opções). O vidro com revestimento de baixa emissividade reduz o ganho ou a perda de calor refletindo a energia infravermelha de ondas longas (calor) e portanto, reduz o valor U e o ganho de calor solar e, assim, melhora a eficiência energética do envidraçamento. O vidro de baixa emissividade já é muito utilizado em construções comerciais e residenciais e isso tende a aumentar nos próximos anos.
Estudos acerca da viabilidade económica do uso de caixilharia metálica com corte térmico concluiram que esta solução é cerca de 20% mais cara do que uma caixilharia metálica sem corte térmico, mas que a redução dos consumos energéticos anuais, da ordem de 4%, possibilita a recuperação do maior investimento inicial em cerca de 3 anos, o que torna esta solução mais vantajosa a médio prazo. (Desde fevereiro de 2010)
fonte: Extrusal
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Pavimentos Nos edif ícios, as perdas de calor através dos pavimentos poderão atingir 20% das perdas totais justificando um cuidado especial em relação ao comportamento térmico dos pavimentos, quer sejam pavimentos em contacto com o terreno (soleira), sobre espaços de ar ventilados ou diretamente sobre espaços não úteis ou exteriores. A forma mais fácil e eficiente de evitar o desconforto térmico e o risco de condensações consiste em isolar termicamente o pavimento com um material de isolamento térmico adequado para esta aplicação. Lajes em contacto com o solo Requerem especial cuidado porque estão particularmente sujeitas à ação da água presente no terreno. São necessários elementos que façam a drenagem das águas e elementos que impermeabilizem, impedindo o contacto entre a laje de pavimento e a humidade presente no terreno. Pontos de ligação entre a laje e as paredes São extremamente importantes porque podem originar
pontes térmicas que irão comprometer o conforto no interior e a durabilidade dos elementos. Assim, é conveniente que estes elementos estejam corretamente isolados pelo exterior – o que será mais simples e eficiente no caso das paredes simples com isolamento térmico pelo exterior, ao contrário de uma parede dupla. Sombreamentos O sombreamento deve ser feito, sempre que possível, pelo lado exterior e interior. Caso não seja possível, preferencialmente pelo lado exterior. Exteriormente, pode ser feita através de elementos fixos na fachada, de que são exemplo as palas, ou por dispositivos móveis (por exemplo, estores). Pelo lado interior, é usual, e eficiente, o uso de estores ou cortinados. Durante os meses quentes do ano os sombreamentos exteriores adequados eliminam a incidência de raios solares excessivos evitando o fenómeno de efeito estufa e a acumulação do calor no interior do espaço, diminuindo a necessidade de arrefecimento por outros meios.
Num edif ício com estores é importante verificar se a caixa de estore se encontra isolada adequadamente para que se evitem entradas de ar excessivas que se tornam incómodas e aumentam o desconforto no interior. É também importante que se encontre devidamente impermeabilizada para que este não seja um ponto de entrada de água.
Directório de empresas Caixilharias Aluterm | tel. 261 815 577 | www.aluterm.net Anicolor | tel. 234 729 420 | www.anicolor.pt Caixiave | tel. 808 202 118 | www.caixiave.pt Caixifil | tel. 225 023 812 | www.caixifil.com Cidade PVC | tel. 249 820 380 | www.cidadepvc.pt Domal | tel. 229 574 190 | www.domal.pt Eurocaixilho | tel. 219 105 770 | www.eurocaixilho.pt Expal | tel. 249 819 000 | www.expal.pt Extrusal | tel. 234 378 900 | www.extrusal.pt Ferrodiver | tel. 21 387 39 23 | www.ferrodiver.pt Gercima | tel. 252 951 748 | gercima.com.pt
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Grupo Jas | tel. 253 670 049 | www.jas-janelas.com Hermética | tel. 252 646 214 | hermetica.com.pt Isocaix | tel. 968 686 255 | www.isocaix.com Monteiros | tel. 255 539 990 | www.monteiros.pt Navarra | tel. 253 603 520 | www.navarraaluminio.com Rehau | tel. 219 497 220 | www.rehau.pt/construcao Reynaers | tel. 236 209 630 | www.reynaers.com/pt/pt Sapa Building System | tel. 219 252 600 | www.sapabuildingsystem.pt/ Schüco | tel. 218 933 000 | www.schuco.pt Socimateus | tel. 254 520 500 | www.socimateus.pt Technal | tel. 219 405 700 | www. technal.pt
soluções construtivas
Coberturas ajardinadas Argex | tel. 234 751 533 | www.argex.pt Dow Portugal | tel. 808 200 620 | building.dow.com/europe/pt/ Fibrosom | tel. 252 300 990 | www.fibrosom.com Imperalum | tel. 239 492 356 | www.imperalum.com Isocor | tel. 213 527 197 | www.isocor.pt Isolominho| tel. 252 962 402| www.isolominho.pt Jardins e Afins | tel. 227 459 841| www.jardinseafins.com Modular System | tel. 229 351 178 | www.modular-system.com Neoturf | tel. 229 545 275 | www.neoturfonline.com Sotecnisol | tel. 219 488 400 | www.sotecnisol.pt Texsa | tel. 21 915 26 36 | www.texsa.pt Tuacaleiras | tel. 278 257 585 | www. tuacaleiras.com Up-way Systems | tel. 252 800 252 | www.upwaysystems.com
Isolamentos Térmicos 2RF | tel. 232 762 125 | www.2rf.pt Acustermia | tel. 219 605 099 | www.acustermia.com Amorim Isolamentos | tel. 227 419 100 | www.amorim.com/cor_neg_isolamentos.php Auber | tel. 213 621 125 | www.auber.pt Brex | tel. 252 372 816 | www.brex.pt CIN | tel. 808 253 253 | www.cin.pt Conforsinergia | tel. 282 695 025 | www.conforsinergia.com Danosa | tlm. 967 198 135 | www.danosa.com Diamantino Brás Franco | tel. 244 723 720 | www.lena.pt Dow Portugal | tel. 808 200 620 | building.dow.com/europe/pt/ Efinergética | tel. 227 835 132 | www.efinergetica.com Epoli | tel. 229 866 799 | www.epoli.pt Esferovite | tel. 219 617 192 | www.esferovite.com Fibrosom | tel. 252 300 990 | www.fibrosom.com Iberfibran | tel. 256 579 670 | www.iberfibran.pt Imperalum | tel. 239 492 356 | www.imperalum.com Isocor | tel. 213 527 191 | www.isocor.pt Isogil | tel. 271 811 667 | www.isogil.com Isoibérica | tel. 252 400 410 | www.grupocalheiros.com/v1/isoiberica.htm Isolar | tel. 263 518 090 | www.isolar.pt Isopol | tel. 256 852 523 | www.isopol.pt Isosfer | tel. 236 941 312 | www.isosfer.pt Kenotécil | tel. 214718725 | www.kenotecil.pt Knauf | www.knaufinsulation.pt Matercaima | tel. 256 460 010 | www.matercaima.pt
Monocapa | tel. 21 382 80 70 | www.monocapa.pt Onduline | tel. 227 151 230 | www.onduline.pt Placogesso | tel. 236 207 165 | www.placogesso.pt Placonorte | tel. 227 418 380 | www.paconorte.com Plastimar | tel. 265 790 120 | www.plastimar.pt Polirígido | tel. 229 504 679 | www.polirigido.com Pombal Injecta | tel. 236 922 256 | www.pombalinjecta.com Portugalisol Norte | www.portugalisolnorte.pt Preceram | tel. 236 210 160 | www.perceram.pt Secil Argamassas | tel. 244 770 220 | www.secilmartiganca.pt Silanto | tel. 227 169 250| www.silanto.pt Siper | tel. 229 437 070 | www.siper.pt Socivouga | tel. 234 640 050 | www.socivouga.pt Sotecnisol | tel. 219 488 400 | www.sotecnisol.pt Space Reflex | tel. 253 331 065 | www.spacereflex.pt Tcc | tel. 256 379 850 | www.tcc-sa.pt Teprocil | tel. 224 760 115 | www.teprocil.com Termipol | tel. 256 687 685 | www.termipol.pt Termolan | tel. 252 820 080 | www.termolan.pt Texsa | tel. 219 152 636 | www.texsa.pt Tintas Lacca | tel. 255 340 720 | www.tintas-lacca.com Vicro - Tintas Robbialac | tel. 219 947 700 | www.vicro.com.pt
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A BAXIROCA aposta na máxima eficiência com a bomba de calor Platinum BC O fabricante líder em soluções de aquecimento para o lar apresenta a sua nova gama de bombas de calor ar-água com tecnologia Inverter, do tipo split, melhorando em 30% o rendimento em relação a uma bomba de calor standard. A BAXIROCA, empresa de referência no mercado do aquecimento e aquecimento de água, fiel à sua filosofia centrada na criação de soluções amigas do meio ambiente, acaba de lançar a gama de bombas de calor ar-água Platinum BC com tecnologia de modulação Inverter. A Platinum BC é a nova bomba de calor de para instalações onde é necessário que exista aquecimento, ar condicionado e Água Quente Sanitária (AQS), partindo da aplicação das mais avançadas tecnologias para a poupança de energia. Trata-se de uma solução polivalente, uma bomba de calor reversível que pode ser utilizada para instalações de ar condicionado. A temperatura mínima de impulsão para este tipo de instalações é de 7ºC, e como tal permite a sua utilização em instalações com fan-coils ou com pavimento arrefecido. A temperatura máxima de impulsão que se alcança para instalações de aquecimento é de 55ºC, facto que torna possível a sua aplicação tanto para instalações de pavimento radiante, como de radiadores a baixa temperatura.
A BAXIROCA aposta nas energias renováveis com a sua nova gama de soluções para o lar utilizando a biomassa com combustível A BAXIROCA empresa de referência em soluções de aquecimento e AQS acaba de lançar uma linha de salamandras a pellets e recuperadores de calor a lenha, equipados com permutador de água ou ventilador de ar, com uma estética apelativa e moderna para combinar na perfeição com qualquer ambiente e assegurar o máximo conforto. Continuando com a filosofia de constante inovação e desenvolvimento de produtos que utilizem energias “limpas”, a apresenta uma nova gama de soluções para o lar atual que utilizam energias renováveis. Desta forma, a empresa aposta em criações com um estilo minimalista, moderno e funcional, garantindo uma importante redução nas emissões de
A inovadora tecnologia Inverter que incorpora a nova gama de bombas de calor Platinum BC permite poupar até 30% de energia em relação a uma bomba de calor convencional. A bomba de calor Platinum BC faz parte integrante de um sistema Split formado por uma unidade exterior e uma interior. A unidade interior, de linhas modernas, possui dimensões compactas (670 x 400 x 350mm) poupando espaço na habitação. Conta com todos os elementos necessários para a instalação: bomba, permutador de placas –atua como condensador-, vaso de expansão e válvula de segurança. Desta forma, a empresa continua apostando na criação de soluções de elevado nível de funcionalidade, que garantam a máxima poupança energética e conforto, com um aspeto atrativo. A bomba de calor Platinum BC – quando combinada com os sistemas solares Solar Easy - é a solução integrada que permite alcançar a melhor eficiência em instalações de habitações unifamiliares onde seja necessário contar com ar condicionado, aquecimento e AQS.
CO2 graças ao consumo de biomassa combustível. A nova gama de produtos de climatização é formada por salamandras de pellets e recuperadores de calor a lenha, ambos equipados com permutador de água ou ventilador de ar. Originais criações concebidas para serem instaladas no interior da habitação, normalmente num dos principais locais da mesma, tais como, a sala de jantar ou de estar, pois foram desenvolvidos como mais um elemento de decoração com uma excelente estética.
PUBLI-REPORTAGEM A biomassa apresenta-se como uma energia alternativa que assegura um elevado respeito para com o meio ambiente. Uma fonte de energia renovável derivada de material biológico natural como pode ser a madeira–lenha, ou diferentes resíduos procedentes de limpezas florestais -pellets-. A nova salamandra de pellets com permutador BIO Agua foi projetada para ser usada como gerador de calor em instalações com radiadores ou com pavimento radiante de habitações unifamiliares, uma vez que fornece uma potência calorífica de 20 kW. O modelo de salamandra a pellets BIO Ar até 10 kW de potência calorífica foi desenvolvido para o aquecimento de locais, sem necessidade de instalação. O seu aspeto vanguardista e dimensões ajustadas permitem a sua colocação na sala de estar ou de jantar da habitação, ocupando um espaço reduzido. Graças ao seu ventilador centrífugo de 250 m3/h, o calor produzido pela salamandra é transferido para a habitação de uma forma imediata, alcançando a temperatura de conforto em questão de minutos. Os recuperadores de calor a lenha com permutador de água foram concebidos para melhorar o rendimento das lareiras, além de utilizar o calor produzido para aquecer os radiadores, constituindo a solução ideal para desfrutar de
um maior conforto no lar. Estes recuperadores de calor podem funcionar de modo autónomo mas também estar interligados com os demais sistemas de aquecimento da habitação. Trata-se de um produto versátil que se complementa perfeitamente com a caldeira a gás ou a gasóleo. A caldeira funciona durante as horas em que o recuperador de calor não está a funcionar, facto este que implica uma importante poupança de combustível e emissões de CO2. Também é totalmente complementar com a instalação de energia solar térmica. Os painéis funcionam quando há radiação solar, enquanto que o recuperador de calor normalmente funciona de noite e no inverno, quando a radiação solar é menor.
Novos radiadores Blow da Design, aspectos estéticos que marcam a tendência na decoração actual A BAXIROCA acaba de apresentar na Feira “Climatización 2011” em Madrid os novos radiadores Blow, em chapa de aço e com espírito vanguardista, concebidos como autênticas “obras de arte” para combinar na perfeição em qualquer espaço como um elemento integrante da decoração.
ram os locais como autênticas obras de arte em aço, superando a tradicional imagem dos emissores de calor. Trata-se de radiadores exclusivos, caracterizados por uma tecnologia de fabrico e acabamentos revolucionários, que marcam uma etapa crucial na evolução do aquecimento por água quente. As novidades Design orgulhamse de ter uma estética refinada, sem deixar de lado as máximas exigências funcionais para satisfazer as necessidades dos utilizadores. Os radiadores Blow apresentamse como uma original proposta sóbria e elegante, de linhas minimalistas, caracterizada pelas suas suaves ondulações que geram surpreendentes refrações de luz e cor. Um estilo de refinado aspeto arquitetónico, disponível em aço ao carbono lacado ou em aço inoxidável, que se integrará facilmente em qualquer local.
As últimas tendências em interiorismo e moda para o lar fundem-se com a melhor estética em radiadores graças ao lançamento da nova gama de radiadores BLOW da , Design by Cordivari. Uma inovadora conceção que explora a esfera das emoções e apela aos sentidos para dar forma a soluções de climatização deveras eficientes e que proporcionam um ótimo conforto térmico. A amplia a sua oferta de radiadores da conhecida coleção Design com uma série de novos modelos concebidos para satisfazer as necessidades de o todo tipo de ambientes decorativos. Agora, as novas criações Blow juntam-se aos apreciados modelos Jungle,Movie, Hand e Badge. Uma completa coleção de radiadores de estética vanguardista que deco-
“Os edifícios são responsáveis pela maior fatia de usos de energia na
generalidade dos países, independentemente dos climas. ” Eduardo de Oliveira Fernandes Professor catedrático, Departamento de Engenharia Mecânica, FEUP
A Energia nos Edif ícios Os edif ícios são responsáveis pela maior fatia de usos de energia na generalidade dos países, independentemente dos climas. E, por isso, também, em Portugal. Só que a energia que se usa nos edifícios não é indiferenciada. Uma parte é inquestionavelmente sob a forma de eletricidade (media, alguns equipamentos domésticos, iluminação artificial); mas, outra, de longe aquela que tem maior expressão no consumo, é a energia-calor (água quente sanitária, cozinha, aquecimento ambiente, etc.). Esses usos energéticos poderão ser satisfeitos tipicamente pela eletricidade, pelo gás e, aqui e ali, de forma mais ou menos consciente, pelo Sol ou pela lenha ou algum combustível. Os usos da eletricidade específica, que representarão em Portugal algo como 15% da energia final, isto é, da energia comercializada, serão obviamente satisfeitos por eletricidade. Mas é necessário ponderar com mais rigor a adequação da forma de energia final aos tipos de uso, isto por parte não só o utilizador direto mas também de todas as entidades com responsabilidade no uso de equipamentos usados pelos cidadãos. É preciso tornar clara a inadequação do uso da eletricidade para cozinhar, para aquecer águas sanitárias e para o aquecimento ambiente. E é necessário melhorar a penetração do gás natural, estendendo mais a sua rede e criando uma estrutura de preços mais consentâneos com a valia energética e ambiental do gás natural e criando meios tecnológicos para um uso eficiente e limpo da biomassa de proximidade.
fonte: Adene, 2008
Distribuição dos consumos de energia total
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Mas, há uma abordagem que não pode ser desvalorizada e essa é a do papel da própria estrutura e forma e natureza da construção dos edif ícios, numa palavra, esse é o papel da arquitetura do edif ício encarado como um sistema energético propriamente dito. Isso faz apelo ao uso da forma arquitetónica, ao isolamento térmico, à dimensão e orientação das janelas e à exploração das amplitudes térmicas diárias através do aproveitamento da prática tradicional da inércia térmica. Por esta via, que em particular em Portugal, é abordada no quadro do regulamento das Características de comportamento térmico dos edif ícios (RCCTE – DL 80/2006), construiremos um parque construído, novo ou reabilitado, que assegurará que amanhã tenhamos maior conforto sem que para isso seja necessário aumentar os limitados níveis que temos, em termos médios nacionais, para o aquecimento ambiente. Fazendo assim, teremos por acréscimo a eliminação, de vez, da necessidade de ar condicionado, que a existir será, muito provavelmente, um sinal de mau projeto de arquitetura ou sinal exterior de riqueza. No quadro acima, traduzido por uma atitude previdente na seleção dos vetores energéticos mais adequados e aquisição ou arrendamento de uma casa energeticamente certificada como eficiente (mínimo A), sobram ainda duas atitudes: a da compra dos equipamentos utilizadores mais eficientes de energia (classe A), e atitude contínua de responsabilidade perante os consumos inúteis de energia, como já vamos tendo para água por exemplo.
fonte: Projecto REMODECE,2008
Distribuição dos consumos de energia eléctrica
consumos
Aquecimento/arrefecimento Quando as soluções construtivas a que se recorre não são suficientes para proporcionar um bom conforto térmico, é frequente utilzar-se sistemas de apoio para minimizar os gastos em energia elétrica. Um sistema de aquecimento/ arrefecimento é constituído por: d uma unidade geradora de calor (bombas de calor ou caldeiras) ou de frio que utiliza um chiller; d sistemas de distribuição de calor (tubagens) d sistemas de utilização (radiadores, piso radiante e ventiloconvectores); d unidade de regulação e controlo. Unidades geradoras de calor Bombas de Calor Uma bomba de calor extrai energia térmica do ambiente e transmite-a para um sistema de aquecimento ou depósito de águas domésticas, através de um circuito fechado de frio. Modificando o nível de pressão no circuito de refrigeração altera-se o estado agregado do gás e viceversa. Assim, criam-se condições para que o gás ganhe capacidade de absorver e libertar energia térmica. Podem ser utilizadas para o aquecimento de psicinas, em piso radiante e aquecimento ou arrefecimento do ar através dos ventiloconvectores.
terior como fonte de energia. A principal vantagem deste tipo de equipamento é o facto de, normalmente, serem colocadas no exterior da casa, ou seja, não acarreta custos adicionais para a perfuração de solo (como é o caso das bombas Solo-Água). Bomba de Calor Água-Água Nas bombas de calor água-água a energia térmica é solar (AQS) ou absorvida do solo (geotérmica, também denominadas Solo-Água). Funcionamento da bomba Solo-Água: através de um fluído que circula por um laço enterrado, extrai ou cede calor à grande massa formada pelo subsolo. Este tipo de bomba apresenta uma maior eficiência face às outras, uma vez que o subsolo consegue manter-se a uma temperatura praticamente constante ao longo do ano. Bomba de Calor Reversível As bombas de calor eficientes reversíveis são mais caras mas reduzem o consumo de eletricidade entre 65% a 80% e, também, podem ser utilizadas para o arrefecimento. Uma máquina térmica diz-se reversível, quando esta permite a inversão do ciclo termodinâmico, alterando a função do permutador de calor existente no interior. Por exemplo, no inverno pretende-se que este permutador de calor liberte energia térmica enquanto que, no verão, a intenção é removê-lo, do interior do espaço.
O aquecimento central a gás natural tem um custo de funcionamento superior relativamente às bombas de calor. Se este já estiver instalado, utilize um controlador de temperatura e um circulador eficientes. Bomba de calor interna
Bomba de calor externa fonte: BaxiRoca
Bomba de Calor Ar-Água Este tipo de bomba de calor utiliza diretamente o ar ex-
Caldeiras As caldeiras são concebidas como permutadores onde se transfere calor, gerado na combustão, para a água que circula no interior da mesma. A diferença entre uma caldeira convencional e uma caldeira de condensação tem a
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consumos
ver com o facto da caldeira de condensação integrar um permutador de calor de material adequado e de maior superf ície para poder captar o calor, de condensação adicional, ganho à custa do vapor de água contido nos fumos. Caldeira de condensação vs Caldeiras convencionais As caldeiras de condensação mesmo que não trabalhem em regime de não condensação, têm o mesmo rendimento e conseguem obter poupanças superiores aos restantes tipos de caldeiras. Atualmente, as caldeiras de condensação já não são tão caras, sendo que o preço é muito semelhante ao das caldeiras convencionais ou de baixa temperatura. Este tipo de equipamento não é dif ícil de montar, a única diferença face à montagem de uma caldeira convencional é a evacuação dos condensados. Ar Condicionado No nosso país é usual a pré-instalação de aparelhos de ar-condicionado nas habitações novas. Na escolha de um ar condicionado é necessário ter em conta: d os aparelhos tipo “inverter” consomem menos 20/30% de eletricidade que os convencionais; d quais maior for o valor de EER mais eficiente é o equipamento. d a potência deverá estar adequada à divisão em causa. Sistemas de utilização Radiadores Verifique se os filtros do seu aparelho de ar condicionado estão limpos. Para além de fazer bem à saúde, o equipamento trabalha de forma mais eficiente e poupa no consumo de energia elétrica.
A potência dos aparelhos de climatização é expressa em Watts ou BTU/hora (1 BTU /hora = 1 Watt x 3,413) e exprime a capacidade de “fazer frio ou calor”.
Têm um tubo de entrada de água quente e saída de água um pouco mais fria. Face ao piso radiante são menos eficientes.
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Radiador com design
fonte: BaxiRoca
Piso radiante Serpentina em tubo flexível colocado na laje do piso, com água que circula entre os 35 a 45ºC. Como o calor é fornecido de baixo para cima, necessita de menos energia para funcionar do que um radiador por exemplo. Ventiloconvectores São equipamentos de aquecimento/arrefecimento, suspensos na parede ou junto ao teto. O aquecimento/arrefecimento ocorre mediante a circulação de água quente ou fria no ventiloconvector, proveniente do sistema climatização central geotérmico, aerotérmico ou solar. Possibilitam a regulação de temperatura divisão a divisão graças ao termóstato digital embutido. Como não necessitam de água a uma temperatura tão alta como os radiadores para aquecer o ambiente, o custo de funcionamento do aquecimento central é mais reduzido Ecoemissores Caso o edifício/habitação não disponha de nenhum sistema de aquecimento central, os ecoemissores podem ser uma boa solução de recurso. Embora sejam aparelhos para aquecimento do ar ambiente que utilizam a eletricidade como fonte de energia, são muito mais eficientes do que aquecedores convencionais. A sua instalação é muito simples, colocam-se fonte: Fagor na parede, mas basta ligar a uma tomada eléctrica, sem necessidade de obras. Não secam o ar. (imagem fagor) Unidades de regulação e controlo Contribuem para uma maior eficiência energética dos sistemas de climatização. Muitos destes sistemas já têm acesso e controlo remoto através de um telemóvel ou computador.
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Água quente A produção de água quente é responsável por grande parte do consumo de energia de uma habitação. O aquecimento da água é feito sobretudo com eletricidade ou gás natural. No entanto, cada vez mais surgem sistemas alternativos de produção de água quente. A água quente pode ser produzida com recurso às energias renováveis, tais como a biomassa, geotermia ou solar. O solar térmico é o sistema mais utilizado. Água Quente Solar (AQS) - um sistema de AQS é um conjunto de equipamentos que permitem utilizar a inesgotável fonte de energia natural que é o sol, através de painéis solares, para aquecimento de água. Os equipamentos a considerar são: painel solar, controlador, grupo de imulsão, acumulação e apoio.
depósito e daí é distribuída por vários sistemas de apoio (esquentadores e caldeiras). Apoio Energético Apesar de se utilizar energias renováveis, a verdade é que é sempre necessário apoio energético recorrendo a combustíveis fósseis. A energia solar não é rentável todo o ano, sendo que nos meses de verão consegue produzir muito mais energia do que nos meses de inverno, o que acaba por criar um desfasamento entre a oferta e a procura. (gráfico junkers) Para colmatar essas necessidades de energia tem que se utilizar sistemas termoestáticos ou tecnologias de condensação.
Sistemas Solares Colectivos de fornecimento misto de AQS
fonte: Junkers
É composto por um conjunto de painéis solares térmicos que transformam a luz solar em calor aproveitável. Este calor é absorvido pelo líquido solar que se encontra dentro do painel sendo transportado através de um circuito fechado para depósito onde se acumula a água quente. Este depósito quando devidamente isolado, impede que a água arrefeça, sendo possível dispor de água quente mesmo em períodos de ausência de luz solar. A captação é feita através da colocação dos painéis solares nos telhados(vertical ou horizontal) ou em coberturas planas (vertical ou horizontal). Pode-se captar energia solar tanto em habitações unifamiliares como multifamiliares. No caso de edif ícios multifamiliares, os tipos de sistemas de captação, acumulação e apoio podem ser individualizados ou centralizados. É importante pensar no sistema como um todo. Existem soluções solares coletivos de fornecimento individual ou de fornecimento misto de AQS. No caso de fornecimento individual de AQS, a energia captada vai para depósitos individuais. Mas no caso do fornecimento misto, a energia captada fica toda num só
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fonte: Vulcano
Sistemas Solares Colectivos de fornecimento individual de AQS
fonte: Vulcano
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d Escolher instaladores experientes, uma vez que é muito importante o correto dimensionamento dos sistemas, face aos padrões de consumo e à orientação dos painéis solares. d Escolher sistemas solares certificados, com garantia mínima de 6 anos d Ter um contrato de assistência técnica de 6 anos porque garante a que a instalação solar seja reconhecida no que toca a certificados energéticos Produção de água quente instantânea Esquentadores a gás A água é aquecida num permutador exposto ao calor das chamas de queimadores, pelo que a saída de água quente é instantânea. Para funcionar estes aparelhos só necessitam
de combustível, gás Propano, Butano ou Gás Natural e alguma pressão da rede de água. A escolha do esquentador mais adequado depende da análise de vários fatores: d capacidade (número de litros aquecidos por minuto) d número de pontos de tiragem de água d distância entre o local do esquentador e locais de tiragem de água d tipo de ignição de chama d tipo de sistema de ventilação de gases de combustão (atmosféricos ou ventilados)
Os esquentadores de potência variável dão mais conforto e mais economia aos utilizadores.
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Iluminação: Diminuir o seu consumo em três passos A iluminação é uma fatia do bolo que compõe os gastos energéticos. Numa habitação é responsável por cerca de 9% do consumo total de eletricidade. 1 - Utilizar luz natural Antes de passar à escolha das lâmpadas mais eficientes, primeiramente deve-se ter em conta as características do edif ício para potenciar a luz natural. As opções passam pela utilização de paredes brancas, túnéis de luz, claraboias, entre outras soluções arquitetónicas.
2 - Escolher as lâmpadas mais adequadas Existe um passo bastante simples para a redução do consumo energético da iluminação que passa pela substituição das tradicionais lâmpadas incandescentes por lâmpadas mais eficientes. No mercado existem algumas opções relativas às tradicionais incandescentes. As mais eficientes são as lâmpadas fluorescentes compactas (CFL) e as LED.
Incandescente
CFL
LED
Potência
100 W
23 W
6W
Preço de compra
1,50 EUROS
6 euros
30 euros
Tempo de vida
1000 horas
10 000 horas
60 000 horas
Custo da electricidade (3 anos)
39,33 euros
9,05 euros
2,37 euros
Custo total (3 anos)
49,80 euros
15,04 euros
3,92 euros
As condições para a comparação foram o funcionamento durante quatro horas por dia, num período de três anos.
3 - Desligar a iluminação que não é necessária A melhor forma de poupar o consumo energético proveniente da iluminação, depois da utilização da luz natural, é desligar as luzes que não são necessárias. Existem sistemas de controlo e regulação que permitem otimizar a utilização das instalações de iluminação, resultando normalmente, em economias de energia significativas que podem atingir os 35%. As tecnologias disponíveis são: d detetores ou sensores de presença – normalmente utilizados em zonas pouco frequentadas; d células fotoelétricas – utilizadas em zonas que dispo-
nham de boa iluminação natural. Servem para gerir racionalmente o funcionamento dos circuitos de iluminação de acordo com as necessidades; d temporizadores – apresentam uma utilização menos flexível e mais limitada, podendo ser utilizados em zonas com horários de ocupação definidos ou em combinação com outros dispositivos; d interruptores crepusculares astronómicos – permitem o arranque e a paragem da carga elétrica em função das horas de anoitecer e amanhecer calculadas automaticamente em função dos parâmetros geográficos configurados pelo utilizador.
T8 ECO SAVER: a primeira lâmpada fluorescente economizadora de energia na versão Long Life. Poupa na energia e na manutenção, já que dura 3 vezes mais do que os produtos convencionais do mercado. Podem ser utilizadas na iluminárias existentes. Redução das emissões de CO2 por ano 73.584.000 Kg (foto t8 eco saver) fonte: Indal
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SODINETTE: Lâmpadas de sódio de alta pressão de longa duração. Tem uma duracao de 48 000 horas com base num ciclo de comutacao de 12h a funcionar com um balastro magnetico e um dispositivo de ignição separado. Redução das emissões de CO2 por ano 240.900.000 Kg fonte: Indal
ECO LIGHTING SOLUTION: substituição de lâmpadas de mercúrio. Solução sustentável e de longa duração. O sistema de garantia abrange tanto a lâmpada fluorescente compacta UNIQUE-T / E TERMO como o conector (incluído com balastro eletrónico). A garantia do sistema é de 30.000 horas. fonte: Indal
Série COSMO: a série de lâmpadas que combina tecnologia fluorescente e tecnologia LED.
fonte: Indal
STELA: luminária para o exterior que incorpora tecnologia LED. Permite mais tempo de vida dos Led´s, a redução da emissão de CO2 e a redução do consumo de energia. Serve diferentes sistemas de energia, desde aqueles que consomem 26 W até aos 84W. fonte: Indal
Sistema de controlo de iluminação
O eDIN é o mais recente sistema de controlo de iluminação modular da INDAL. Com este sistema é possível fazer um controlo de iluminação personalizada, tentando assegurar a compatibilidade com as últimas fontes de luz eficientes criando sistemas de regulação de fluxo. O sistema pode ser controlado através dispositivos de outros fabricantes, incluindo ecrãs tácteis, iPhones e computadores integrados numa rede ou como parte de um sistema de controlo multimédia. O eDIN é constituído por módulos que dão a possibilidade de regular o fluxo ou ligar/desligar iluminação de baixa voltagem, lâmpadas energeticamente eficientes CFL, lâmpadas fluorescentes, produtos DSI/DALI, iluminação LED e Cátodo Frio, e suporta conectividade Ethernet, permitindo programação e controlo no local ou à distância. Os módulos individuais exibem a percentagem de poupança energética que está a ser conseguida através do sistema. O eDIN foi concebido para o mercado residencial e comercial de Áudio Visual.
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Electrodomésticos Atualmente, cerca de 10% da fatura energética das nossas casas advém do excesso de consumo - um desperdício negligente de energia que hoje em dia tem consequências impossíveis de ignorar. Seguem algumas dicas a ter em conta na escolha e arranjo especial dos electrodomésticos. Não colocar equipamentos que produzam calor perto de equipamentos de frio. Os consumos de uns aumentam dos outros. Por exemplo, forno junto ao frigorífico é uma má escolha na organização do espaço da cozinha.
Frigoríficos Frigoríficos e arcas congeladoras são responsáveis por cerca de 20% do consumo total de eletricidade numa casa. Deixar um espaço de 10 cm sobre e atrás dos equipamentos de frio, para que o calor gerado se dissipe, diminuindo consumos.
Placas Um forno a gás é mais económico do que um forno elétrico. No caso do gás natural a poupança é ainda maior. Ao instalar o forno por baixo de uma bancada de indução, é necessário deixar uma distância mínima de 2 cm em relação à parede, para que circule o ar que refrigera a placa. Máquina de lavar louça e roupa Escolher máquinas que tenham a possibilidade de ligação à água quente porque permite a utilização de fontes de energia renovável como solar térmico ou caldeiras a biomassa.
Máquinas de secar roupa Uma máquina de lavar e secar tem uma eficiência de secagem menor do que uma máquina só de secar roupa.
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Modelos e Consumos de ReferĂŞncia
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Contadores Inteligentes Para gerir é importante saber quanto se gasta! A nova geração de contadores inteligentes substitui os atuais contadores, com a vantagem de permitir realizar tarefas à distância como a alteração de potência, de ciclo e de tarifa. A contagem dos consumos de energia é em tempo real. O conhecimento de quanto gastamos em cada momento do dia, consoante as nossas atividades, levará a uma melhor gestão dos nossos consumos. Os contadores inteligentes podem monitorizar também consumos de gás e água, além de eletricidade. As mais-valias para os utilizadores traduzem-se na automação de procedimentos de poupança, alarmes de segurança, entre outros.
com as necessidades ou agendar funcionamento de eletrodomésticos de acordo com as tarifas mais favoráveis ou desligar luzes e tomadas à distância. Domótica Um projeto de domótica poderá ser extremamente útil para a gestão eficiente dos consumos de energia, porque permite programar e regular à distância a climatização, a iluminação, os sistemas de sombreamento e equipamentos eletrodomésticos. Permite, também, a monitorização detalhada e integrada dos consumos.
O acesso aos dados pelas empresas de utilities é feito através de um portal web ou um site FTP. Para o utilizador, a informação pode ser lida num display e dispositivos para monitorização individual do consumo em cada tomada, fazendo controlo energético sobre cada eletrodoméstico. O objetivo é ter módulos instalados em toda a casa, formando uma rede informativa. O utilizador poderá, em casa ou à distância, ligar ou desligar tomadas de acordo
fonte: ISA, Intelligent Sensing Anywere
Diretório de empresas Projeto de domótica
Equipamentos e soluções de monitorização
A casa inteligente | tel. 214 262 660 | www.acasainteligente.com Domopor | tel. 214 416 385 | www.domopor.com Domotix | tel. 220 108 018 | www.domotix.pt Dosapac | tel. 224 229 360 | www.dosapac.com Linkuti | tel. 239 705 167 | www.linkuti.com Tecdomo | tel. 220 902 500 | www.tecdomo.pt
Caleffi | tel. 229 619 410 | www.caleffi.pt ISA | tel. 239 791 090 | www.isa.pt Janz | tel. 21 831 13 90 | www.janz.pt Lógica | tel. 210 018 000 | www.logica.pt
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Energias renováveis nos edif ícios Não haverá uma fonte de energia recomendável em detrimento de outra. O que deve ser procurado é uma redução de consumo. Como deve ser feito, depende da circunstância do projeto, do meio onde está inserido e da disponibilidade das fontes energéticas. Muitas vezes o ideal será uma combinação sistemas de várias fontes renováveis. Um sistema solar para aquecimento de água pode ser apoiado por uma caldeira a biomassa ou por uma bomba de calor geotérmica. A integração de
várias fontes de energia renovável poderá satisfazer as necessidades totais dos seus consumos energéticos num edif ício, no mínimo para aquecimento de águas sanitárias e garantia do conforto térmico no seu interior.
A energia solar posiciona -se como a tecnologia com maior potencial de desenvolvimento em Portugal durante a próxima década.
Exemplos de adaptação de paineis solares térmicos em coberturas
Solar térmico A fonte de energia é o sol. A radiação solar que incide no painel ou coletor solar aquece um líquido que percorre o seu interior, que por sua vez circula até um depósito de água, aquecendo-a. A água quente produzida, auxiliada por um equipamento de apoio, como uma caldeira ou uma bomba de calor, serve as águas quentes sanitária. Dependendo do depósito ou termoacumulador existente, caso seja de dupla serpentina, pode também servir para aquecimento (por radiadores ou piso radiante). No entanto, a área de coletores necessária para apoiar esta opção é muito elevada, aumentando muito significativamente o custo do sistema. É necessária uma análise custo-benef ício muito cuidada.
fonte: Vulcano
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A utilização de painéis solares térmicos nos edif ícios novos é obrigatória, desde que o edif ício tenha boa exposição solar. O painel deve estar exposto a Sul e o ângulo do coletor, relativamente à linha horizontal, deve corresponder à latitude do local, para que receba o maior número de horas possível de radiação solar.
fontes de energia renováveis
d O sistema de circulação forçada, em que o depósito fica no interior do edifício. Possibilita uma melhor integração arquitetónica e tem um rendimento superior, porque a gestão de energia é regulada através de um controlador diferencial. No entanto a instalação e manutenção são mais caras e obriga a ter espaço para a colocação do depósito.
fonte: Vajra
Existem dois tipos de sistemas: d O sistema termossifão, composto por um depósito por cima do painel. Funciona de forma autónoma, sem recurso a bomba auxiliar para fazer a circulação do líquido solar, pelo que a manutenção e a instalação são mais simples e o investimento mais baixo.
Dimensões A área dos painéis solares para produção de águas quentes sanitárias deve rondar 1m2 por pessoa. Para a capacidade do depósito devem ser considerados 50 a 70 litros por pessoa. Poupanças Um sistema solar térmico permite ter água entre 50 e 90º C, potenciando uma poupança energética no aquecimento de água na ordem dos 70%. No entanto, para atingir estes valores é absolutamente necessário uma correta instalação e orientação do painel.
Para obter o melhor rendimento possível de um sistema solar térmico é fundamental optar por instaladores com certificado emitido pela Direção Geral de Energia e Geologia, e por coletores e sistemas solares térmicos certificados - Marca Produto CERTIF ou Marca Solar Keymark. Os equipamentos e instaladores certificados encontram-se indicados no site www.aguaquentesolar.com. Os equipamentos que constam neste site têm uma garantia mínima de 6 anos.
Produção de água quente O Drain-Pack da Fagor é uma solução para a produção de água quente sanitária. Este equipamento produz um sistema de drenagem automática do líquido solar, que evita os problemas típicos das instalações solares convencionais, tais como o congelamento em períodos de temperaturas mínimas ou o sobreaquecimento em períodos de demasiada exposição solar. O Drain-Pack Fagor otimiza a captação da radiação solar, em função do clima e das necessidades de água quente sanitária, aquecendo a água em alturas em que os sistemas tradicionais não o fazem. Segundo a Fagor, a drenagem automática permite obter superior segurança e durabilidade do equipamento, em conjunto com inferiores custos de manutenção. “A instalação do Drain-Pack da Fagor é simples, necessitando apenas de interligar os painéis solares a um armário, que incorpora o acumulador solar e os acessórios do sistema”, refere a empresa. http://www2.fagor.com/es/solar/solar_term_drainpack_flash.html
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Custo Um sistema de solar custa entre os 2000 e os 3000€ (2 ou 4 m2 de coletores) mais o custo das ligações hidráulicas e mão de obra. Para obter uma estimativa de custos mais correta e adaptada à situação, o ideal será solicitar vários orçamentos junto de instaladores certificados. O período de retorno do investimento situa-se ente os 6 e os 10 anos. O equipamento, com uma manutenção normal, tem um período de vida útil de aproximadamente 15 anos.
fonte: Vulcano
Os painéis solares térmicos, se ligados a uma máquina de produção de frio ou bomba de calor, podem produzir frio para arrefecimento ambiente. O número de painéis colocados em 2009 quase triplicou o número instalado em 2007.
A 1ª fase da Malha 6 da Alta de Lisboa, é composta por 9 edifícios de habitação coletiva, que conta com 202 apartamentos de diferentes tipologias. O projeto incluiu a instalação de 218 coletores solares térmicos, bem como equipamento individual por apartamento de apoio à produção de águas quentes, nomeadamente caldeiras Lifestar da Vulcano. O projeto esteve a cargo da Vulcano e da Sotecnisol Energias.
Solar fotovoltaico Os painéis solares fotovoltaicos utilizam a radiação solar para produção direta de eletricidade. São constituidos por várias unidades de células fotovoltaicas que criam uma diferença de potencial elétrico por ação da luz. Fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas. O silício cristalino e o arsenieto de gálio são os materiais mais frequentemente utilizados na produção de células fotovoltaicas. Os cristais de arsenieto de gálio são produzidos especialmente para usos fotovoltaicos, mas os cristais de silício tornam-se uma opção mais económica, até porque são também produzidos com vista à sua utilização na indústria da microeletrónica. O silício policristalino tem uma percentagem de conversão menor, mas comporta custos mais reduzidos.
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Os painéis fotovoltaicos destacam-se por: d Fiabilidade d Adaptabilidade dos módulos, podem ir aumentando à medida das necessidades d A energia é armazenada em baterias durante o período de radiação solar, permitindo a sua utilização em períodos de insolação d Custo de operação reduzido. No entanto, o custo dos módulos fotovoltaicos ainda é muito elevado. Tal como nos painéis solares térmicos, também nos fotovoltaicos os cuidados na instalação – orientação solar e inclinação - são o fator-chave de sucesso.
fontes de energia renováveis
Integração de paineis fotovoltaicos nas fachadas dos edíficios Há painéis que fogem à estética comum e que funcionam como elemento construtivo ou arquitectónico.
©Schüco International KG
©Schüco International KG
A fachada ventilada de Schüco, com módulos de capa fina Schüco Os módulos de capa fina Schüco ProSol TF podem utilizar-se como ProSol TF integrados, é um sistema eficiente para construções no- elementos de proteção solar (sombreamento), opacos ou semitransvas e reabilitações. parentes.
Geotérmica Nos sistemas geotérmicos é aproveitado o calor do subsolo, que a profundidades a partir dos 5 metros é constante todo o ano. Nas estações frias , o calor da terra é aproveitado para aquecimento ambiente. Nas estações quentes a bomba de calor permite o inverso, dissipando o excesso de calor no edif ício para o solo. O sistema geotérmico permite a produção de água quente sanitária todo o ano. Apesar de ainda não estar muito difundido no nosso país, pode ser muito vantajoso, dependendo o custo essencialmente do terreno disponível e consequentemente, do tipo de captação do calor. Tal como os restantes sistemas de energia, pode ser aplicado em edif ícios já construídos. Sistema de captação de calor horizontal
fonte: Geotermia de Portugal
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Sistema de captação de calor horizontal O sistema de captação horizontal necessita de uma superfície de terreno de 1,5 a 2 vezes a superfície habitável a aquecer. Não provoca nenhuma modificação no terreno: é possível ajardinar, colocar relvado e arbustos à superfície do sistema e plantar árvores ou colocar um revestimento a uma distância mínima de 2 m da zona de captação. A natureza do solo e a exposição do terreno têm muito pouca influência no sistema. Sistema de captação de calor vertical Tem a vantagem de não ocupar terreno, sendo o mais apropriado para edifícios já construidos. No entanto, há que ter em conta o custo da perfuração, de 70 a 100 metros. Sendo um sistema com características específicas para a sua instalação, tem um investimento inicial mais elevado, mas os reduzidos custos de exploração poderão rapidamente compensar esse investimento. Sistema de captação de calor vertical
fonte: Geotermia de Portugal
fontes de energia renováveis
Biomassa A biomassa apresenta uma elevada importância para Portugal pela sua transversalidade, uma vez que pode e deve estar associada a uma melhor gestão e limpeza da floresta. Isto porque a biomassa corresponde também ao aproveitamento dos resíduos da floresta, além da fração biodegradável de indústrias conexas, como serralharias, e de produtos e resíduos biodegradéveis da agricultura. Dependendo do resíduo de origem e do processo de transformação, obtem-se: d biomassa sólida, como pellets ou bríquetes d biomassa líquida, como o biodiesel d biogás. O primeiro estado será o mais comum (entre esta fonte de energia) nos edif ícios, através de caldeiras próprias para biomassa ou lareiras. Os bríquetes podem ser utilizados numa lareira comum, apresentando, sobre a lenha vulgar a vantagem de ter menos água na sua constituição (10 e 50 por cento, respetivamente), pelo que o poder calorífico do bríquete é cerca 2,5 vezes superior ao da lenha comum. A chama do bríquete tem uma maior regularidade térmica e temperatura mais elevada.
Fonte: M.I.E Soluções de Climatização
Caldeira a Pellets da Ecoforest com uma potência calorífica de 29 Kw e com um rendimento de 91%.
madeira refinada e seca que depois é comprimida, são utilizáveis em caldeiras ou recuperadores de calor. Têm menos de 1% de água na sua constituição, o que lhes permite um maior poder calorífico.
De entre os combustíveis sólidos derivados da biomassa, os pellets apresentam o maior potencial de utilização. Geralmente produzidos a partir de serragem ou serradura de
Do ponto de vista da eficiência energética, todas as lareiras têm de ter recuperador de calor. Existem ainda outros equipamentos, mais eficientes, para utilização de biomassa sólida, como as caldeiras a pellets. Alguns destes equipamentos mantêm a estética de uma lareira, outros terão de ser entendidos como qualquer outra instalação de apoio ao aquecimento ambiente e de águas sanitárias, dependendo do seu objetivo e dimensão.
Eólica A energia eólica provém do vento. Para transformar a energia do vento em eletricidade utiliza-se um aerogerador, sendo o princípio idêntico a um tradicional moinho de vento. Mas enquanto que no moinho de vento o movimento das pás produzia energia mecânica, permitindo a moagem de grãos por exemplo, num aerogerador atual a energia mecânica é ainda transformada, por campos magnéticos do gerador, em energia elétrica.
A aplicação de aerogeradores nos edif ícios é dificultada pelo impacto visual dos aerogeradores, pelo ruído e pelas condições de vento nas zonas urbanas. Por isso os aerogeradores aplicáveis em edif ícios não ultrapassam os 5kW de potência, necessitando para tal de vento com velocidades médias superiores a 13 km/h.
Geralmente os aerogeradores, que constituem os parques eólicos, para grandes produções têm potências desde 1 MW a cerca de 5 MW (diâmetro das pás e altura da torre superiores a 100 metros).
Vão surgindo aerogeradores cada vez mais eficientes e alguns modelos já poderão ser integrados em condomínios residenciais ou edif ícios de escritórios, com impacto visual e ruído bastante aceitáveis.
fonte: © Nheolis
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fontes de energia renováveis
Directório de empresas Solar térmico Equipamentos e instaladores certificados em www.aguaquentesolar.com
Solar fotovoltaico Alsolar | tel. 283 386 066 | www.alsolar.pt Altec | tel. 296 284 282 | www.alteccp.com Ambisolar | tel. 919 505 120 | www.ambisolar.net Bright Solar | tel. 212 454 656 | www.bright-solar.pt Chatron | tel. 256 472 888 | www.chatron.pt Coeptum | tel. 926 331769 | www.coeptum.pt Dars | tel. 309 846 822 | www.dars.pt Donauer Solar Systems | Tel. 219 663 470 | www.donauer.eu Ecopower | tel. 263 711 080 |www.ecopower.pt Edi - Ponto Solar | tel. 253 537 233 | www.edi-pt.com Energy4all | tel. 225 096 452 | www.energy4all.pt Enersie | tel. 229 039 030 | www.enersie.pt Exertec | tel. 225 102 363 | www.exertec.pt FF Solar | tel. 282 998 745 | www.ffsolar.com Green Solutions | tel. 214 400 208 | www.greensolutions.pt Grupo Solar | tel. 252 493 311 | www.grupo-solar.com Habiecológica | tel. 252 378 881 | www.habiecologica.com Ideias de Vidro | tel. 910 543 400 | www.ideiasdevidro.pt KW Energia | tel. 253 221 317 | www.kwenergia.pt Lobosolar | tel. 266 771 427 | www.lobosolar.com Mentenérgica | tel. 251 709 017 | www.mentenergica.com Modernunes | tel. 232 450 603 | www.modernunes.pt Multicalor | tel. 256 600 390 | www.multicalor.pt Petrotank | tel. 234 550 010 | www.petrotank.pt Plurienergia | tel. 214 868 824 | www.plurienergia.pt Revez-Solar | tel. 284 328 279 | www-revez-solar.com Sapa Portugal | tel. 219 252 600 | www.sapabuildingsystem.pt Sinersol | tel. 225 097 770 | www.sinsersol.pt Schüco | tel. 218 933 000 | www.schuco.pt Solar-Blaser | tel. 283 958 572 | www.solar-blaser.com Solindigos | tel. 223 705 954 | www.solindigos.pt Solvolt | tel. 967 600 851 | www.solvolt.com Telextrónica | tel. 217 152 123 | www.telextronica.com Usaenergia | tel. 253 690 083 | www.usaenergia.pt Verde Solar | tel. 258 806 242 | www.verdesolar.com Vidam | tel. 967 600 851 | www.vidam.com
Caldeiras e recuperadores de calor a Pellets Albicalor | tel. 234 523 344 | www.albicalor.pt
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Almério Aquecimentos | tel. 271 811 211 | www.almerio.com Alsolar | tel. 283 386 066 | www.alsolar.pt Ap Purificadores | tel. 214 312 198 | www.appurificadoresdear.com Belsolar | tel. 263 854 616 | www.belsolar.pt Bensaude Spratley | tel. 214 450 201 |www.bssolar.com Brigansol | tel. 273 107 460 | www.brigansol.pt Chamas da Vida Fogões | tel. 253 670 968 | www.chamasdavida-fogoes.pt Cozigran | tel. 232 441 713 | www.cozigran.com/ Diadecor | tel. 244 619 140 | www.diadecor.com Ecolareiras | tel. 262 844 430 | www.ecolareiras.com Energia Lateral | tel. 93 25 95 216 | www.energialateral.pt Engitérmica | tel. 238 085 765 | www.engitermica.com Esteconforto | tel. 236 216 238 | www.esteconforto.com EstrelaSolar | tel. 256 910 550 | www.estrelasolar.com Félixtérmica | tel. 261 911 305 | www.felixtermica.com Grauideal | tel. 234 361 891 | www.grauideal.pt Green Solutions | tel. 214 400 208 | www.greensolutions.pt Grupo Solar | tel. 252 493 311 | www.grupo-solar.com Habiecológica | tel. 252 378 881 | www.habiecologica.com Hiperclima | tel. 244 816 600 | www.hiperclima.pt Ideias de Vidro | tel. 910 543 400 | www.ideiasdevidro.pt Jaqueciprolar | tel. 258 845 133 | www.jaqueciprolar.pt KW Energia | tel. 253 221 317 | www.kwenergia.pt Larinox | tel. 234 943 130 | www.larinox.com Loja dos Recuperadores de Calor | tel. 925 418 822 | www.lojadosrecuperadoresdecalor.com M.L.E | tel. 21 241 85 03 | www.mle.pt Macedesign Fogões | tel. 253 670 968 | www.macedesign-fogoes.com Macolis | tel. 244 720 500 | www.macolis.pt Pellets Lar | tel. 258 922 144 | www.pelletslar.com QME | tel. 229 476 850 | www.instalvento.pt Raíz Verde | tel. 914 453 718 | www.raizverde.pt Rulis Elétrica | tel. 253 572 763 |www.rulis-electrica.com Sanitop | tel. 258 350 010 | www.sanitop.pt Solavac | tel. 253 894 246 | www. solavac.pt Solconforeco | tel. 212500226 | www.solconforeco.com Soliclima | www.soliclima.com/pt Solindigos | tel. 223 705 954 | www.solindigos.pt Teixeira & Tavares | tel. 234 947 189 | www.teixeiratavares.pt Tepal | tel.219 201 741 | www.tepal-ice.pt Termodouro | tel. 254 322 217 | www.termodouro.pt Upper Level | tel. 21 961 75 56 | www.upperlevel.eu Vajra | tel. 289 401 040 | www.vajra.pt Verde Solar | tel. 258 806 242 | www.verdesolar.com
fontes de energia renováveis
Vimasol | tel. 253 433 240 | www.vimasol.pt Wilarco | tel. 225 073 200 | www.wilarco.pt
Soliclima | www.soliclima.com/pt Waterkotte | tel. 229 065 123 | www.waterkotte.pt
Pellets
Eólica
Alsolar | tel. 283 386 066 | www.alsolar.pt Ambipellets | tel. 253 635 417 | www.ambipellets.com Biobriquete | tel. 239 458 190 | www.biobriquete.pt Bristick | tel. 261 855 281 | www.bristick.pt Energia Lateral | tel. 93 25 95 216 | www.energialateral.pt Enerpelgy | tel. 961 532 831 | www.enerpelgy.pt Flogistica | tel. 253 311 131 | www.flogistica.com M.L.E | tel. 21 241 85 03 | www.mle.pt Natural Energy | tel. 808 300 402 | www.naturalenergy.com.pt Onda D’inverno | tel. 966 971 869 | www.ondadinverno.com Pellets Lar | tel. 258 922 144 | www.pelletslar.com Rulis Elétrica | tel. 253 572 763 |www.rulis-electrica.com Solconforeco | tel. 212500226 | www.solconforeco.com Vimasol | tel. 253 433 240 | www.vimasol.pt
Ambiente Verde | tel. 21 966 36 06 | www.ambienteverde-renovaveis.com Autonomia | tel. 210 970 810 | www.autonomia.pt Circuitos | tel. 224 154 612 | www.circuitos-inovacao.com Consolenergia | tel. 262 759 032 | www.consolenergia.pt Danifer | tel. 965 766 290 | www.danifer.com.pt Dars | tel. 224 037 264 | www.dars.pt Domus Solaris | tel. 253 253 397 | www.domus-solaris.com Energias do Universo | tel. 707 103 100 | www.energia.pt Enerwise | tel. 220 993 068 | www.enerwise.eu Esolar Energia | tel. 258 010 185 | www.esolar.pt Ffsolar | tel. 282 998 745 | www.ffsolar.com Futursolutions | tel. 262 582 553 | www. futursolutions.pt Grupo Solar | tel. 252 493 311 | www.grupo-solar.com Heliotermica | tel. 251 401 108 | www.heliotermica-r.com Inovafiel | tel. 255 723 130 | www.inovafiel.pt MGE | tel. 229 378 776 | www.mge.com.pt Nextenergy | tel. 295 543 866 | www.nextenergy.pt Proxiview | tel. 211 922 977 | www.proxiview.pt Renováveis Minho | tel. 251 648 665 | www.renovaveisminho.com Ruralprest | tel. 263 978 744 | www.ruralprest.pt SAS Energia | tel. 225 498 020 | www.sasenergia.pt Self Energy | tel. 234 380 303 | www.selfenergysolutions.eu Selm | tel. 253 691 353 | www.selm.pt Senso | tel. 229 431 300 | www.senso.pt Soliclima | www.soliclima.com/pt TermicHouse | tel. 295 215 338 | www. termichouse.pt Vensol | tel. 212 123 172 | www.vensol.pt
Geotérmica Bensaude Spratley | tel. 214 450 201 |www.bssolar.com Daikin | tel. 214 268 700 | www.daikin.pt Dimplex | tel. 967 600 851 | www.bombasdimplex.com EFCIS | tel. 214 253 840 | www.efcis.pt ENAT | tel. 234 385 315 | www.enat.pt Energia Solar Atlântico | tel. 253 687 276 | www.energiasolaratlantico.com Estelação | tel. 253 877 395 | www.estelacao.com EuropClim | tel. 961 573 607 | www.europclim.com Exertec | tel. 225 102 363 | www.exertec.pt Fundicalor | tel. 275 753 019 | www.fundicalor.com Geotermia Portugal | tel. 214 972 070 | www.geotermiadeportugal.pt Gotazul | tel.214 537 401 | www.gotazul.pt Green Solutions | tel. 214 106 322 | www.greensolutions.pt Grupo Comsenso | tel. 219 663 606 | www.ciar-lda.com Grupo Solar | tel. 252 493 311 | www.grupo-solar.com GudEnergy | tel. 263 655 439 | www.gudenergy.pt Hemera | tel. 214 103 361 | www.hemeraenergy.com Immosolar | tel. 214 820 039 | www.immosolar.com Natural Energy | tel. 808 300 402 | www.naturalenergy.com.pt Plurienergia | tel. 214 868 824 | www.plurienergia.pt Polisol | 263 652 527 | www.polisol.pt Rehau | tel. 21 949 72 20 | www.rehau.pt Sinersol | tel. 225 097 770 | www.sinersol.pt
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“(...) este diploma é concebido para garantir ao consumidor final que
um período de retorno do investimento entre 6 e 7 anos ...” Maria João Rodrigues Presidente APISOLAR
Microprodução A atividade de microprodução foi finalmente restabelecida a 10 de dezembro de 2010 com a entrada em vigor do Decreto-Lei nº 118-A de 25 de outubro, após ter sido suspensa em fevereiro do mesmo ano. Mantém-se o portfólio tecnológico considerado no diploma anterior, pese embora a dominância dos sistemas solares fotovoltaicos observada no enquadramento inicial (98% das instalações realizadas).
©Wee-solutions,Lda.
Novidades Uma das principais novidades prende-se com o processo de registo, que se tornou mais transparente, ao implementar-se um modelo de lista ordenada por data de registo no Sistema de Registo de Microprodução (SRM). Associou-se igualmente o pagamento da taxa no ato do pré-registo da unidade de microprodução, independentemente da sua eligibilidade, uma medida que deverá aumentar o rigor do ato. Quer no regime geral quer no regime bonificado, o diploma passa a limitar as instalações exclusivamente a uma tecnologia. Para a potência máxima instalável mantevese o teto de 3,68 kW de potência de ligação, no regime bonificado (i.e. potência nominal do inversor), condicionada a 50% da potência contratada na instalação de consumo, devendo as instalações ser monofásicas. A criação de uma regra de exceção para os condomínios consubstancia outra das principais alterações da nova regulamentação. Neste caso, permitirem-se instalações em regime trifásico a condomínios com seis ou mais frações, caso em que a potência a instalar é limitada a 11,04 kW, sem limitações associadas à potência contratada na instalação de consumo. Condicionantes No que respeita a medidas de eficiência energética, obrigatórias no regime bonificado, as caldeiras a biomassa
passam a ser elegíveis e poderão ser utilizadas em deterimento da instalação/existência de uma área mínima de 2 m2 de painéis solares térmicos. No caso dos condomínios, mantém-se a obrigatoriedade de auditoria energética às zonas comuns, com implementação obrigatória das medidas identificadas por Perito Qualificado com período de retorno inferior a 2 anos. Tarifas Finalmente, também o modelo tarifário sofreu alterações. A tarifa de referência passa a ser estabelecida em dois patamares temporais – os primeiros 8 anos de operação (t1) e os 7 anos subsequentes (t2), prefazendo 15 anos de benef ício de tarifa bonificada. De acordo com este modelo, e para os sistemas fotovoltaicos, em 2010 a tarifa de refência em t1 é de 40 cEUR/kWh e de 24 cEUR/kWh em t2. Nos anos seguintes, as novas instalações beneficiam de tarifas reduzidas em 2 cEUR/kWh nos dois patamares temporais. Não obstante, este diploma é concebido para garantir ao consumidor final que um período de retorno do investimento entre 6 e 7 anos, consoante a zona do país, pressupondo assim uma redução compatível dos preços das instalações. Acredita-se que a aposta na microprodução continua e continuará a ser apelativa e que o cumprimento do pagamento da tarifa bonificada pelo Estado apresenta risco muito reduzido, uma vez que o orçamento é derivado da tarifa regulada ao consumidor doméstico.
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incentivos e apoios financeiros
IRS - Deduções ambientais
São dedutíveis à coleta 30 % das importâncias despendidas com a aquisição dos seguintes bens, desde que afetos a utilização pessoal, com o limite de € 803: a) Equipamentos novos para utilização de energias renováveis e para a produção de energia elétrica ou térmica; b) Equipamentos e obras de melhoria das condições de comportamento térmico de edifícios; c) Veículos sujeitos a matrícula, exclusivamente elétricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis. Estas deduções apenas podem ser utilizadas uma vez em cada período de quatro anos. (Artigo 85º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril)
IRS – Incentivos à reabilitação urbana
São dedutíveis à coleta, em sede de IRS, até ao limite de €500, 30% dos encargos suportados pelo proprietário relacionados com a reabilitação de: a)Imóveis localizados em ‘áreas de reabilitação urbana’ e recuperados nos termos das respetivas estratégias de reabilitação; Os rendimentos prediais auferidos por sujeitos passivos de IRS residentes em território português são tributados à taxa de 5% (...) decorrentes do arrendamento de: a) Imóveis localizados em ‘áreas de reabilitação urbana’ e recuperados nos termos das respetivas estratégias de reabilitação; (Artigo 71º Lei nº 64-A/2008, de 31 de dezembro)
Portaria 303/2010 de 8 de junho
Equipamentos abrangidos pelas deduções à coleta a que se referem as alíenas a) e b) do artigo 85ºA do CIRS: d Instalações solares térmicas para AQS e Climatização com recurso a coletores solares; d Bombas de calor destinadas a aquecimento de água e uso doméstico; d Painéis fotovoltaicos e respetivos sistemas de controlo e armazenamento de energia; d Aerogeradores e respetivos sistemas de controlo e armazenamento de energia; d Equipamentos de queima de biomassa, combustíveis derivados de resíduos de biogás destinados à produção de AQS e aquecimento ambiente; d Equipamentos e obras de melhoria das condições de comportamento térmico ao nível de isolamentos térmicos e substituição de envidraçados simples por duplos; d Equipamentos de carregamento de veículos elétricos de instalação doméstica;
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incentivos e apoios financeiros
IVA mais baixo
Bens e serviços estão sujeitos a taxa intermédia de IVA (13%) Aparelhos, máquinas e outros equipamentos exclusivamente ou principalmente destinados a: d captação e aproveitamento de energia solar, eólica e geotérmica; d captação e aproveitamento de outras formas alternativas de energia; d produção de energia a partir da incineração ou transformação de detritos, lixo e outros resíduos; entre outros.
Sistema de Certificação Energética
IRS: Bonificação em 10% de dedução à coleta de IRS dos custos com crédito à habitação nas casas com classe A ou A+ IMI: Geral – Redução até 10% para os edifícios que utilizem técnicas ambientalmente sustentáveis, ativas ou passivas; Lisboa – Redução em 25% para edifícios que tenham classe energética A e em 50% em imóveis com classe energética A+; Taxas de Licenciamento: V.N. Gaia – Redução até 70% nas taxas de licenciamento por implementação de energias renováveis. Benefício adicional de 15% em imóveis com classe energética A+. Revisão do PDM: Lisboa e Porto – Créditos de edificabilidade para os investimentos que promovam a eficiências energética.
Encargos com o Certificado Energético
Dedutível no CIRS os encargos relacionados com o Certificado Energético (CE) (Apresentação obrigatória pelos proprietários dos imóveis no ato de compra e venda) No âmbito das deduções de categora G (mais-valias) está previsto a dedução do valor gasto na aquisição do CE, no valor apurado das mais-valias sujeitas a impostos resultantes da venda do imóvel. -A prova do encargo deverá ser efetuada através do recbo de pagamento referente ao CE emitido para o imóvel alienado. Nota: Caso o proprietário tenha obtido mais do que um CE relativamente ao mesmo imóvel, apenas será aceite a despesa relativa à obtenção do certificado que esteja válido e que tenha sido apresentado aquando da celebração da escritura de venda. (Alínea a) Artigo 51º do CIRS) fonte: Adene
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legislação
Destacam-se os principais documentos legais à data de publicação do energuia.
Certificação Energética dos Edifícios e Qualidade do Ar Interior
Decreto-Lei n.º 78/2006 – SCE: Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios Decreto-Lei n.º 78/2006 – RSECE: Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios Decreto-Lei n.º 80/2006 – RCCTE: Regulamento das Características do Comportamento Térmico dos Edifícios Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A - Adapta à Região Autónoma dos Açores o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE). Portaria n.º 461/2007 – Calendarização do SCE Portaria n.º 835/2007 – Fixação das taxas pagas à ADENE pela emissão dos certificados. Despacho n.º 10250/2008 –Modelo dos Certificados de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar Interior Despacho nº 11020/2009 – Método de Cálculo Simplificado para Certificação Energética de Edifícios Existentes no âmbito do RCCTE. Despacho nº 14076/2010 –Definição dos fatores de conversão entre energia útil e energia primária a aplicar ao sistema de rede de frio e calor da Climaespaço, Parque das Nações.
Microprodução
Despacho DGEG de 30 de dezembro de 2010 – Divulga o valor da tarifa aplicável no ano de 2011 e a quota de potência de ligação a alocar nesse, estabelecendo ainda a programação temporal da referida alocação de potência para a totalidade do ano a que respeita. Despacho do GSEEI de 26 de novembro de 2010 – Define os elementos instrutórios do pedido de registo de unidades de microprodução, bem como o processo de transição aplicável aos pré-registos existentes, nos termos do Decreto-Lei nº. 118-A/2010, de 25 de outubro. Portaria n.º 1185/2010 – Fixa as taxas a cobrar pelos serviços previstos no n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 363/2007. Decreto-Lei n.º 118-A/2010 –Simplifica o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência. Decreto-Lei n.º 363/2007 – Estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução. Portaria n.º 201/2008 – Fixa as taxas a cobrar pelos serviços previstos no n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 363/2007 - Estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução. Decreto Legislativo Regional n.º 16/2008/M – Adapta à Região Autónoma da Madeira o Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de novembro, que estabelece o regime jurídico à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de microprodução.
Nota: O setor da energia está em constante evolução, redefinindo-se estratégias e metas em curtos espaços de tempo. O energuia aconselha consumidores e profissionais a contactarem as autoridades competentes na matéria como, a Direção Geral de Energia e Geologia e a ADENE para se certificarem da legislação em vigor.
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agências de energia
O objetivo das agências de energia é contribuir para a eficiência energética e para a utilização dos recursos endógenos e das energias renováveis, elaborando estudos de viabilidade técnica e/ou económica, organizando e divulgando informação relevante e de interesse e divulgando as melhores técnicas e procedimentos de acordo com as necessidades e características da sua região.
ADENE - Agência para a Energia | tel. 214 722 800 | www.adene.pt AdEPorto - Agência de Energia do Porto | tel. 22 201 28 93 | www.adeporto.eu AGENEAL - Agência Municipal de Energia de Almada | tel. 212 722 380 | www.ageneal.pt AMEL – Agência Municipal de Energia de Loures | tel. 219849858 | amel@cm-loures.pt AMES - Agência Municipal de Energia de Sintra | tel. 219 281 241 | www.ames.pt AMESEIXAL - Agência Municipal de Energia do Seixal | tel. 212 275 656 | www.cm-seixal.pt/ameseixal AMVDN - Agência Regional de Energia do Vale do Douro Norte | tel. 259 309 731 AREA Alto Minho - Agência Regional de Energia e Ambiente do Alto Minho | tel. 258 909 340 | www.valimar.org AREAC - Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro | tel. 239 531 779 | www.areac.pt AREAL - Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve | tel. 289 310 880 | www.areal-energia.pt AREAM - Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira | tel. 291 723 300 | www.aream.pt AREANATejo - Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo | tel. 245 301 441 | www.areanatejo.pt ARECBA - Agência Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo | tel. 284 326 736 | www.arecba.pt ARENA - Agência Regional da Energia da Região Autónoma dos Açores | tel. 296 650 320 | www.arena.com.pt Cascais Energia - Agência Municipal de Energia | tel. 210 995 354 | www.cascaisenergia.org EDV ENERGIA - Agência de Energia de Entre o Douro e Vouga | tel. 256 664 041 ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida | tel. 212 382 515 | www.ena.com.pt ENERAREA - Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior | tel 275 323 116 | www.enerarea.pt ENERDURA - Agência Regional de Energia da Alta Estremadura | tel. 244 811 133 | www.enerdura.pt ENERGAIA - Agência Municipal de Energia de Gaia | tel: 223 747 250 | www.energaia.pt LISBOA E-NOVA - Agência Municipal de Energia - Ambiente de Lisboa | tel. 218 847 010 | www.lisboaenova.org Médio Tejo 21 – Agência Regional de Energia e Ambiente da. Região do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul | tel. 241330330| www.mediotejo21.net OEINERGE - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras | tel. 214 214 010 | www.oeinerge.pt S.Energia - Agência Local para a Gestão de Energia do Barreiro e Moita | tel. 210 995 139 | www.senergia.pt
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2011