Boletim ana edição nº 53 Dia Internacional dos DH

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Ano IV - Nº 53 - Dezembro de 2016

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Imagem retirada da internet

10/12 - Dia Internacional dos Direitos Humanos

Por Lídia Rodrigues Dia 10 de dezembro, comemoramos o dia internacional dos Direitos Humanos. A data instituída em 1950, após a Organização das Nações Unidas (ONU) adotar a Declaração Universal do Direitos Humanos como marco legal regulador das relações entre governos e pessoas, objetiva destacar o caminho a ser percorrido até a efetivação desses direitos. Todavia, tais direitos ainda não são totalmente assimilados e compreendidos pelo conjunto da sociedade, que por vezes pensa se tratar unicamente da defesa das pessoas que cometeram atos infracionais. Resumidamente, os direitos humanos são o reconhecimento que toda vida humana tem o mesmo valor e deve ter o mesmo tratamento perante a lei e o Estado deve garantir o pleno desenvolvimento de suas capacidades,resguardando as diversidades e liberdades individuais. Temos muito no que avançar, para consolidar uma cultura de direitos humanos. Precisamos superar vários

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sistemas ideológicos, que inferiorizam pessoas. Por isso, embora haja o reconhecimento de que todas as pessoas humanas têm o mesmo direito, temos que falar de direitos específicos de algumas populações afim de ratificar sujeitos historicamente oprimidos como sujeitos de direito. Demos destaque as crianças e adolescentes como pessoas humanas, inteiras e complexas, com uma especificidade: estão num momento peculiar de desenvolvimento. Porém, socialmente tratadas como seres tutelados, ainda em preparo para ser alguém, e, não raro, os discursos sobre estes são desumanizadores oscilando entre a ideia de anjos e demônios, de seres despidos de desejos, etc. É recorrente a ideia de que não tem sexualidade e, assim, o corpo e todas as experiências que o contato de uma pessoa com o próprio corpo pode trazer são interditadas. Por essa ideia falsa de que crianças não tem sexualidade (parecido com o que acontece com as mulheres, vistas sempre como objeto do prazer alheio e

nunca do seu próprio) as crianças e adolescentes se tornam muito mais vulneráveis às violências sexuais, pois não tem informações básicas que lhes sirvam de mecanismo de autodefesa (como saber as sensações provocadas pelo corpo quando estimulado ou saber que pode dizer não para um contato desagradável). Afirmar que direitos sexuais são direitos humanos e que crianças e adolescentes são portadores desses direitos é confrontar a desumanização social das crianças, assegurar-lhes instrumentos de autoproteção e do direito a posse de seus próprios corpos.

Expediente Coordenação Lídia Rodrigues Secretária Executiva Labelle Rainbow Assessores de Conteúdo Paula Tárcia Rodrigo Corrêa Rosana França Diagramação Tatiana Araújo

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Giro

Conhecendo

a Rede

Você sabe o que é MNDH? O MNDH é um movimento nacional de direitos humanos que é organizado pela sociedade civil, sem fins lucrativos, democráticos, ecumênico e suprapartidário. O MNDH está presente em todo o território brasileiro em forma de rede com mais de 400 entidades filiadas, foi fundado em 1982, constitui-se hoje na principal articulação nacional de luta e promoção dos direitos humanos. O MNDH tem como atuação na promoção dos direitos humanos em sua universalidade, fundado nos princípios estabelecidas pela carta de princípios (carta de Olinda) de 1986. O MNDH tem com público a sociedade civil organizada, organismos públicos nacionais e internacionais, mídia e sociedade geral, que tem como missão de promover os Direitos Humanos. Fonte: site do MNDH

DE NOTÍCIAS Saúde Mental LGBTT

A organização Rare lançou um relatório, de um estudo que foi conduzido ao longo de cinco anos encomendado pela intuição filantrópica de saúde mental LGBT Pace, que descobriu que 34% da população jovem LGB pesquisada com menos de 26 anos tinha tentado suicídio pelo menos uma vez na vida. O índice entre jovens trans chega a 48%. Isso contrasta com 18% entre heterossexuais e 26% entre a população jovem cisgênero. As maiores causas identificadas foram homofobia ou transfobia e "dificuldade de ser LGB ou trans na família e na escola. Fonte: Rare

Fique por DENTRO Dia 01 de Dezembro Dia Internacional de Luta Contra AIDS. Você sabia que a AIDS é uma das principais causas de morte entre as crianças, adolescentes e jovens entre 10 e 19 de idade em 2015. O novo relatório do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), detectou que a cada dois minutos, uma adolescente é infectado por HIV e que no ano 2015 foram 41 mil mortes de crianças, adolescentes e jovens entre 10 e 19 anos de idade, devido AIDS. A UNICEF alerta ainda para faixa etária extremamente vulnerável: as crianças de até 4 anos que vivem com o HIV correm maior risco de morte relacionada com AIDS, se comparadas a todas as outras faixas de idade são frequentemente diagnosticadas e tratadas tarde demais. A ONU diz que se quisemos acabar com a AIDS, temos de recuperar o sentido de urgência que é esse problema e que ele merece, redobrando os esforços para que a prevenção e cuidados cheguem à todas as crianças e adolescentes.

Olá Gente, O ano de 2016 está terminando e esse ano foi um ano que aprendemos várias coisas juntxs, mas também foi um ano que nosso país passou por várias mudanças que afetaram os nossos direitos. Então, mais do que nunca, no ano 2017 vamos estar juntxs para lutar por nossos direitos. Ah... encontre nosso blog, as fotos do encontro de formação direitos sexuais crianças e adolescentes LGBTI, que aconteceu em Brasília.

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Fica dica

Livros O Negro no Mundo dos Brancos – Autor Florestan Fernandes

Filmes Central do Brasil

Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que escreve - as cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais, ela decide ajudar um menino (Vinícius de Oliveira), após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.

Aquarius

Estudando a situação do negro e do mulato na sociedade brasileira, vista a partir de São Paulo, Florestan Fernandes levanta os caminhos assumidos pelo preconceito, os seus disfarces e o processo de segregação racial, sem agravar ou atenuar o problema. Sua visão é de que o equilíbrio racial na sociedade brasileira 'procede do modo pelo qual os dois pólos se articulam com um mínimo de fricção', padrão de equilíbrio que é a própria base da desigualdade racial. O livro aborda ainda outros assuntos mais heterogêneos, como o significado das pesquisas sobre relações raciais, a presença do negro 'em nosso folclore e nos quadros da religião popular'.

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Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.

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Realização

Brasil

Cofinanciador

União Europeia

Esta publicação foi produzida com o apoio da União Europeia. O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade da Associação Barraca da Amizade e não pode, em caso algum, ser tomado como expressão das posições da União Europeia.

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