Existências não-binárias - Boletim da Ana edição 62

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Ano IV - Nº 62 - Setembrode 2017

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Existências não-binárias:

Ampliando crenças e formas de enxergar o gênero Por Raíssa Éris Grimm Ativista transfeminista autônoma, travesti, lésbica, ex-organizadora da Marcha das Vadias de Florianópolis.

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Podemos pensar nossas crenças (aquilo que acreditamos como verdadeiro) como espécies de lentes. Lentes que, agindo em nossa forma de enxergar o mundo, alteram a forma como o percebemos. Alterando o que percebemos, estas crenças-lentes vão (aos poucos) moldando aquilo que conseguimos dizer que é “real”, o que consideramos “verdadeiro” - sobre as pessoas, sobre seus corpos, sobre suas formas de viver. Existem crenças-lentes que limitam nossa forma de enxergar. Lentes que não nos permitem ver diferenças entre as pessoas, nos fazendo classificá-las e encaixotá-las dentro de grupos onde elas não cabem. Nos fazendo dar nomes a essas pessoas, em que elas não se reconhecem. Persiste entre nós a crença de que, em todo planeta Terra, todos os corpos e vidas humanas se dividem em 2 grupos: homens ou mulheres. E que só podemos ser um ou outro. Nos ensinam – nas aulas de biologia da escola – que pessoas com pênis são meninos, que pessoas com vagina são meninas. Ensinam que quaisquer pessoas

fora dessas classificações, não existem. Mas o que poderíamos ver se olhássemos o mundo de outras formas, com outras lentes? Será que não existem outros corpos, outras formas de viver, pra além dessa divisão fechada (“você é homem” X “você é mulher”)? Será que nossas genitálias (pênis e vagina) – apenas é uma parte do nosso corpo – deveria carregar toda a verdade sobre quem somos nós? Quando falamos em pessoas não-binárias, isso significa transformar a lente pela qual olhamos os corpos e as pessoas – significa entender que existem pessoas, neste mundo, que:

(a) não são homem nem mulher. (b) que se entendem como ambos, ao mesmo tempo. © que fluem entre diferentes id en tid ad es d e g ên ero (o ra se

EXPEDIENTE COORDENAÇÃO Lídia Rodrigues SECRETÁRIA EXECUTIVA Suely Bezerra ASSESSORES DE CONTEÚDO Paula Tárcia

Rodrigo Corrêa Rosana França DIAGRAMAÇÃO Tatiana Araújo

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reconhecem de um jeito, ora se reconhecem de outro). Significa entender que nossas genitálias não definem tudo que nossos corpos são. Afinal, a forma como sentimos e damos significado para o nosso corpo, são um aspecto fundamental pra entender quem somos, como nos entendemos no mundo, como nos relacionamos. É tão (ou mais) importante quanto aquilo que as aulas de “biologia” dizem sobre nós. Afinal, de que serve um discurso que dizem ser “científico”, se esse discurso é feito pela exclusão e pela invisibilidade de pessoas que não se encaixam num padrão. A visibilidade das pessoas nãobinárias são diretamente ligada ao ativismo de todas as pessoas trans. A palavra “trans” é uma abreviação que fala sobre pessoas “transexuais” e “transgêneras”. Diz respeito a toda pessoa que não reconhece sua identidade de acordo com o “sexo” que lhe foi legalmente atribuído ao nascer. Por exemplo: (a) uma pessoa que, ao nascer, o médico disse “é menina!” mas que, conforme cresceu, foi se entendendo como homem; (b) uma pessoa que, ao nascer, o médico anunciou “menino!” - mas que, ao crescer, foi se entendendo enquanto mulher (c) uma pessoa que, independente do médico ter anunciado “menino!” ou “menina!” - ao crescer, foi se entendendo como uma pessoa não-binária. Nem toda pessoa trans é uma pessoa não-binária – muitas de nós (possivelmente a maioria) nos entendemos enquanto homens ou mulheres. Neste caso, tratam-se de identidades trans binárias – isso é, identidades trans que ainda se encaixam dentro da divisão “homem X mulher”, ainda que rompendo com aquilo que disseram de nós ao nascer. É possível dizer, entretanto, que toda pessoa nãobinária é trans, afinal, suas identidades

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sempre serão diferentes daquilo que lhes foi designado ao nascer. A existência de pessoas nãobinárias desafia várias certezas de nossa cultura. Uma delas é a da cisgeneridade. Cisgeneridade é uma palavra usada pelo ativismo de pessoas trans, para se referir à experiência de pessoas que não são trans. São aquelas pessoas que se identificam com o sexo legalmente atribuído quando elas nasceram. Dentro da nossa sociedade transfóbica, pessoas cisgêneras são tratadas como uma parte daquilo que é considerado “normal”.

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A transfobia parte da ideia que uma pessoa “nasce com um sexo”, que ele é determinado pela genética, ou pela genitália. A partir disso, pessoas trans somos consideradas “desviantes”, “doentes” ou “aberrações”. A sociedade nos entende e nos trata como loucas, afinal, o entendimento sobre quem somos diz de nós algo diferente daquilo que é considerado “natural” ou “científico”. Entretanto, pessoas não-binárias enfrentam outra barreira: não apenas rompem com aquilo que a sociedade lhes impôs quando nasceram, mas se posicionam a afirmar identidades que nossa sociedade considera irreais, cuja existência nem sequer se cogita. Afinal: quantas de nós ouvimos, na escola, sobre pessoas que não são nem homens nem mulheres? Entre os desafios enfrentados por pessoas não-binárias, outro ainda é a imposição social da heterossexualidade obrigatória. Nossa cultura ensina que

homens são o centro da sociedade (grandes pensadores, inventores, donos da política, da arte, etc.) – Enquanto ensina que as mulheres são passivas, cuidadoras, e são objeto de posse dos homens. Parte da ideia de que os amores, afetos e prazeres só podem ser legítimos quando vividos “entre um homem e uma mulher”, enquanto opostos que se complementam (“as duas metades de uma laranja”). Quer dizer: nossa sociedade ensina que o amor só pode existir entre pessoas politicamente desiguais, encaixadas dentro do binarismo “homem X mulher”. Esse imperativo veio sendo desafiado há muito tempo, seja por homens gays, e principalmente por mulheres lésbicas. Mas a existência de pessoas não-binárias questiona diretamente à heterossexualidade obrigatória: não existem enquanto homens, não existem como mulheres. Quebram com a divisão dessa forma desigual de estar no mundo, afirmam outras possibilidade de existir, de amar e viver. Como respeitar a identidade de gênero de outras pessoas? Em primeiro lugar: tomando como verdade a forma como a pessoa se apresenta, o que diz de si mesma, e como quer ser tratada. Não achar que você sabe mais sobre o sexo da outra pessoa do que ela mesma. Entender que existem muitas formas diferentes de ser mulher – algumas têm vagina, outras têm pênis. Que existem muitas formas diferentes de ser homem – alguns têm pênis, outros têm vagina. E que existem muitas formas de ser uma pessoa – algumas se reconhecem como “homem”, como “mulher”, e outras se reconhecem sob outros nomes. Sempre é possível perguntar à outra pessoa como ela prefere ser chamada, com que pronomes prefere ser tratada. Mas, talvez o mais importante: permitir-se transformar, a partir do reconhecimento destas pessoas, a forma como percebemos e enxergamos o mundo.

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MURALIDADE

Fique

por dentro O retorno da discussão sobre a 'cura gay' no Brasil é um obstáculo ao cumprimento das metas das Nações Unidas sobre HIV e AIDS. A avaliação é do diretor regional do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/AIDS (UNAIDS) para a América Latina e o Caribe, César Núñez. Em pronunciamento na noite do dia 26 de setembro, em Curitiba, o especialista afirmou que o fim de toda forma de discriminação é essencial para combater a epidemia. “Não podemos falar de prevenção, tratamento e nem de fim da AIDS sem direitos humanos. Não podemos alcançar as metas com retorno de discussão sobre a cura gay, com projetos de lei que criminalizem a transmissão do HIV ou com qualquer outra forma de discriminação”. O gestor defendeu que campanhas de prevenção “quebrem tabus” e abordem francamente os desafios enfrentados pelos segmentos mais vulneráveis. Não podemos quebrar preconceitos, eliminar estigmas do HIV, quando termos um discurso conservado e preconceituoso como o da “cura gay’’. nacoesunidas.org

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dICIONÁRIO DE DIREITOS HUMANOS Diversidade: são as distintas possibilidades de expressão e vivência social das pessoas, dadas por aspectos de orientação sexual, gênero, sexo, faixa etária, raça/cor, etnia, pessoa com deficiência, entre outros. Cisgênero: é o termo utilizado para se referir ao indivíduo que se identifica, em todos os aspectos, com o seu "gênero de nascença".

notÍcias

da rede

Vocês sabem o que é setembro amarelo? Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2015, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informação. Setembro Amarelo realizou as primeiras atividades em 2015 concentradas em Brasília. Mundialmente, o IASP Associação Internacional para Prevenção do Suicídio estimula a divulgação da causa, vinculado ao dia 10 do mesmo mês no qual se comemora o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Olá pessoal, Vocês sabem que o mês de setembro é o mês de conscientização sobre prevenção do suicídio. #todoscontraosuicídio #setembroamarelo.

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www.anamovimento.blogspot.com

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entrevista

Aroma Bandeira é feminista, cineclubista, estar atuando como educadora social, pretende ser anarquista, é uma pessoa nãobinária, bissexual e militante LGBTQ. Para Aroma Bandeira cada lugar desses representa uma construção, que não foi dada a priori para ela. Ela foi se observando, se investigando, e daí construído os seus lugares que ela tem como referência. Campanha Ana: Você é uma pessoas que se considera não binaria? E a partir de quando você começou a se reconhecer nesse lugar? Aroma Bandeira: Sou uma pessoa nãobinária. Talvez eu seja desde sempre, como todas as identidades de gênero. Mas há uma grande diferença: quando eu nasci, as pessoas não disseram isso. Me jogaram numa caixinha de "menina", e parecia somente haver uma outra, de "meninos". Por algum tempo na minha vida eu não pensei muito sobre isso. Eu tinha uma vida de criança em que não era necessário "se afirmar". Uma vida privilegiada, talvez. Andréa, com quem eu vivia, não me obrigava a chama-la de mãe, e eu ainda não chamo, chamo-a pelo nome, e a respeito muito. Ela é mulher cis e militante marxista, e achou engraçado quando a primeira gíria que eu quis aprender foi "cara". -Nossa, cara, a festa foi super legal. Afinal, havia muito da cultura norte-americana onde todos/as são -man. E mesmo quando eu preferia me vestir com roupas folgadas, bermudões e blusões, eu saia junto aos meus primos meninos nas ruas cantando “Vamos amigos, lute” (Edson Gomes, 1995). Eu tinha 10 anos, era tudo muito possível e, como eu deixava que a minhas tias me colocassem brincos com lacinhos de fita de cetim, ninguém ligava muito para o que eu

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estava vestindo. Então eu pude ser sem pensar. Mas ai, com a adolescência, vieram as pressões. Não tanto pelas roupas, mas cadê os namoradinhos. As tias não me perguntavam cadê a namoradinha, e eu percebi só aos 22 anos que as queria também uma menina, numa festa, me conduziu pela mão e eu queria que ela nunca mais me largasse. Os namorados, desde os 15 me permiti tê-los. Eu estava num colégio no centro da cidade, aprendi a beber e ir a festas na rua com um cara, um grande amigo, negro e conhecedor de todos os picos e amigos, com quem fiz sexo e parceria. E ele aceitava a minha regra: não havia penetração. Eu não lhe expliquei porque não precisava, ele me respeitava e a gente se amava. Mas com o próximo, aos 17, eu tive de dizer e explicar: penetração era para garotas, e eu não era uma garota. Nesse momento eu alternava entre roupas compradas na parte feminina e masculina das lojas de departamento. Eu usava os cabelos compridos, sem muito volume, mas eu sabia que não era uma garota. Vergonhosamente eu precisava dizer que eu não tinha um pinto. Então eu estava ali, tirando a roupa para garotos e eles não podiam achar meu pinto. Quis explicar pro namorado dos 17 anos que eu realmente não era uma garota, que não importava se meu corpo não parecia, mas eu era um menino, e que não fazia penetração. Ele não me escutou e me estuprou. Eu chorava e tentava empurrá-lo. Ele chorou quando eu lhe gritei que ele tinha mesmo me estuprado. E eu tive muita raiva do choro dele. Depois disso eu estava na faculdade. Aprendi a gostar de penetração, a gozar muito, e a ser militante LGBT. Eu me considerava um gay, mas não me vestia como um cara. E era tudo muito confuso, até pra mim. Afirmava veementemente que era m garoto, nem eu acreditava direito nisso. Eu nem sabia explicar porque insistia sempre nisso, mas era importante fazê-lo, porque eu ficava muito triste quando permitia que me chamassem de garota. Nem mesmo de namorada. Me apresentava pelo meu nome, eu insistia e brigava. E foi nos estudos e pesquisas sobre pessoas trans, procurando mais depoimentos de caras trans, que eu encontrei o termo pessoas não-binárias. E tudo se encaixou. Olaf vai te dizer um pouco aqui, se quiseres escutar: https://www.youtube.com/watch?v=l0mdSPY xM04 C.Ana: O que é binário de gênero? Aroma: Binário de gênero é um termo para os dois gêneros normatizados da sociedade ocidental cristã. Quiseram classificar todas as pessoas entre homem e mulher. Dizer que esta normatização tem relação com as divisões sexuais é completamente discutível (e inaceitável, na minha opinião): primeiro porque as identidades de gênero são, em parte, construídas como cada pessoa vê seu corpo biológico e psicológico, noutra parte, na relação entre o que a sociedade lhe oferece como parâmetro e o que ela impulsiona e tenciona de volta. Segundo porque a própria

divisão entre dois sexos não é condizente com a totalidade das realidades dos seres, que estão além de feminino e masculino somente (quase ninguém fala das pessoas intersexuais, ou seja, que seus corpos possuem características ditas de ambos os sexos). C.Ana: Mas não se nasce com um gênero? Aroma: Então, não, as pessoas não nascem com um gênero. Elas se identificam ou não com o gênero que lhes é atribuído, de acordo com as normatizações vigentes na sociedade. E o melhor seria que as famílias aguardassem cada criança, em seu tempo, dizer-lhes quem ela é. Muitas sociedades consideram os gêneros nãobinários como válidos. Outras, como a nossa, vem ignorando sistematicamente esta possibilidade. Dizemos do CIStema, ou seja, desta sociedade cisnormativa que quer excluir pessoas trans. E isso é bastante violento, não ter sua identidade reconhecida e ser classificada como louca, transtornada. C.Ana: Qual é a diferença entre uma identidade não-binária e uma identidade binária? Aroma: A diferença entre ter uma identidade binária e ter uma identidade não-binária é justamente esta: ser reconhecida socialmente. Ter o direito de se identificar sem ser taxada de anormal ou louca, de “querer aparecer”, de inventar histórias. Poder se reconhecer na outra, partilhar saberes, ter e receber empatia. O sistema que vivemos hoje é excludente. Ele elege categorias privilegiadas, que tem local de poder nas hierarquias, e joga todo o resto para a margem, na periferia, e isso acontece também com as categorias de gênero. Não quero ser representada na televisão a partir do olhar de homem cis heterossexual branco que ganha recursos e explora pessoas na fabricação de mentiras que chama de novela. Quero tecer nossos próprios espaços, nossos canais de comunicação, de trocas afetivas e afetadas. C.Ana: Isso quer dizer que sua aparência não é feminina nem masculina? Aroma: Quanto as vivências e aparências, cada pessoa não-binária tem (ou constrói) a sua, da mesma forma que qualquer pessoa binária. Quando o feminismo pauta que as mulheres têm muitas vocações e formas – que não são e não querem ser todas padronizadas no ideal romântico de mulher cis branca magra, por exemplo; isso também cabe às pessoas nãobinárias. A maioria das pessoas não-binárias que conheço transitam entre uma aparência feminina e masculina e, para isso, usam tanto roupas masculinas quanto femininas. Mas não é verdade que todas tem passabilidade fluida. Por isso, a aparência, a escolha das roupas é uma preocupação quase sempre jogada às pessoas trans. Creio que é muito desleal dispor apenas dos padrões feminino e masculino, e jogar a culpa de não parecer suficiente nas pessoas não-binárias. Quando a maioria da população nos vê nas ruas, querem nos encaixar nas caixinhas predeterminadas de gênero, às quais não pertencemos e muitas vezes nem escolhemos.

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Fica dica

Livros Comportamento suicida na escola

Filmes XXY Essa produção argentina conta a história de Alex, uma adolescente intersex de 15 anos, cujos pais decidem se isolar em uma pequena cidade, logo após seu nascimento. Com traços fenotípicos predominantemente femininos, Alex possui, entretanto, genitais masculinos. Seus conflitos de identidade permanecem sob controle até entrar na adolescência e interessar-se por um rapaz. Alex, inicia, então, um processo de busca por sua identidade e descobertas relacionadas a sua sexualidade.

Será que a maioria dos pais e educadores está preparada para lidar com o comportamento suicida? Este é um livro pioneiro, que contribui para a área de prevenção do suicídio no Brasil. De forma objetiva, traça algumas características do comportamento em crianças e adolescentes, refletindo as possibilidades de intervenção na escola. Transmite conhecimentos básicos para que pais e educadores saibam como lidar com o tema. O leitor terá a oportunidade de refletir sobre os diversos aspecto s que envolvem o suicídio, desde as concepções teóricas da filosofia, da sociologia, da psiquiatria e da psicologia às questões relacionadas à sexualidade, ao cyberbulliyng e ao papel da escola diante destas situações; quais as possibilidades de intervenções, os cuidados necessários, os fatores de risco e de proteção, o papel da família e, por fim, como cada um pode ser agente neste processo.

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Orações para Bobby Mary Griffith (Sigourney Weaver) é uma devota cristã que crios seus filhos com os ensinamentos conservadores da Igreja Presbiteriana. Bobby (Ryan Kelley), um dos seus filhos, confidencia ao irmão mais velho que talvez seja gay, o que muda a vida da família inteira quando Mary descobre. Todos da família lentamente entram em acordo com a homossexualidade de Bobby, menos Mary que acredita que Deus pode curar o filho. Querendo agradá-la, ele faz tudo que a mãe o pede, mas fica cada vez mais depressivo e então decide sair de casa.

ana.movimento@gmail.com

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Esta publicação foi produzida com o apoio da União Europeia. O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade da Associação Barraca da Amizade e não pode, em caso algum, ser tomado como expressão das posições da União Europeia.

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