Boletim da ana edição nº 67 3° IDADE LGBTI

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ANA

Ano IV - Nº 67 - Fevereiro de 2017

Conectados em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes LGBTI

LGBTI e Idosos Por Mutawame Sanchez, - Pedagogo - Educador, Terapeuta Reikiano, Psicanalista com ênfase na contribuição de medidas alternativas e Análise Junguiana, Pesquisador de sexualidade, direitos humanos e gênero. Danyelle Simões - jornalista especializada em Comunicação Digital, com expertise na geração de conteúdo voltado para os diretos humanos

É com muita honra, orgulho mesmo, que me disponho a contribuir com a publicação da Campanha ANA, fruto de um trabalho coletivo, de um sonho coletivo, de um amor coletivo, de muitas mãos e muitos risos. Assim como devem ser toda as ações para os coletivos. Alegria tão característica daquelas pessoas que se reinventam continuamente. Alegria de ser o que é, de viver como se quer, de amar como se deseja. Esse exercício é imperioso a qualquer pessoa, seja ela gay, lésbica, bissexual, heterossexual, intersexual, transexual e outras denominações possíveis. Antes de mais nada, devo dizer que tal felicidade não se compromete com simples descrições normativas ou com escalas descritivas de sexualidades. Digo isso porque doravante usarei expressões no plural como essência de minha compreensão dos seres. Não somos unos. Somos diversos. Somos plurais e, logo,

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devemos falar de lesbianidades, homosexualidades, bissexualidades e por aí afora ou adentro. Tal pressuposto se justifica no simples fato de que temos nossas particularidades, nossos “eu” e nossos “ a prioris”, mas isso não nos faz iguais em tudo. Uma pessoa LGBTI da periferia, negra e afeminada é seguramente diferente de outra pessoa branca, de regiões de classe alta e menos "cheias de tipos". Aquela mulher nova, ainda há pouco chamada de “lesbian chick”, ou aquele homem “bichinha quáquá” não é diferente no exercício do afeto daquele ou daquela que, aparentemente, não se deixa mostrar. Todos se encontram ou se entrelaçam no mesmo lugar, ou seja, na vivência de uma afetividade que contemple os iguais, os não tão iguais, os diferentes. Embora a supremacia da idealização da juventude, do corpo sarado (como se outros corpos fossem doentes), baladas, drogas, álcool e sexo são excessivamente presentes na

comunidade LGBTIS (mais precisamente na comunidade gay), não podemos negar que este arquétipo, como diria C G Jung, molda essas pessoas em detrimento de outras e cada vez mais assume contornos separatistas. Envelhecer, em si, já causa certo temor a maioria das pessoas; mas, entre os gays, que tradicionalmente são identificados por um culto ao corpo, à beleza e, também, à juventude, esse temor se mostra ainda mais assustador. Envelhecer pode ser a degradação do seu corpo.

EXPEDIENTE COORDENAÇÃO Lídia Rodrigues SECRETÁRIA EXECUTIVA Suely Bezerra ASSESSORES DE CONTEÚDO Paula Tárcia

Rodrigo Corrêa Rosana França DIAGRAMAÇÃO Tatiana Araújo

Conectados em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes LGBTI

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