Apresentaçãoaev avaliaçãoexterna 14a19janeiro

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APRESENTAÇÃO DA ESCOLA

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015 2016


Índice i.

Introdução ...................................................................................................................... 1

i.1.

Caracterização do AEV ........................................................................................................ 1 i.1.1.

Enquadramento geográfico ..................................................................................................................... 1

i.1.2.

Enquadramento socioeconómico ........................................................................................................... 2

i.2.

1.

Caracterização do contexto interno ..................................................................................... 3 i.2.1.

Estabelecimentos de ensino.................................................................................................................... 3

i.2.2.

Alunos...................................................................................................................................................... 3

i.2.3.

Recursos .................................................................................................................................................. 4

i.2.4.

Corpo docente ......................................................................................................................................... 5

i.2.5.

Corpo não docente .................................................................................................................................. 5

i.2.6.

Equipamentos escolares ......................................................................................................................... 6

Resultados ...................................................................................................................... 6

1.1.

Resultados académicos ....................................................................................................... 6 1.1.1.

Evolução dos resultados internos contextualizados ............................................................................... 6

1.1.2.

Evolução dos resultados externos contextualizados ............................................................................... 9

1.1.3.

Qualidade do sucesso ............................................................................................................................ 13

1.1.4.

Abandono e desistência ........................................................................................................................ 14

1.2.

Resultados sociais............................................................................................................. 14 1.2.1.

Participação na vida da escola e assunção de responsabilidades ......................................................... 14

1.2.2.

Cumprimentos das regras e disciplina .................................................................................................. 15

1.2.3.

Formas de solidariedade ....................................................................................................................... 15

1.2.4.

Impacto da escolaridade no percurso dos alunos ................................................................................. 16

1.3.

2.

Reconhecimento da comunidade ...................................................................................... 16 1.3.1.

Grau de satisfação da comunidade educativa ...................................................................................... 16

1.3.2.

Formas de valorização dos sucessos dos alunos ................................................................................... 17

1.3.3.

Contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade educativa ........................................... 17

Prestação do serviço educativo ..................................................................................... 17

2.1.

Planeamento e articulação................................................................................................ 17 2.1.1.

Gestão articulada do currículo .............................................................................................................. 17

2.1.2.

Contextualização do currículo e abertura ao meio ............................................................................... 19

2.1.3.

Utilização da informação sobre o percurso escolar dos alunos ............................................................ 20

2.1.4.

Coerência entre ensino e avaliação ...................................................................................................... 20

2.1.5.

Trabalho cooperativo entre docentes ................................................................................................... 20

2.2.

Práticas de ensino............................................................................................................. 20 2.2.1.

Adequação do ensino às capacidades e aos ritmos dos alunos ............................................................ 21

2.2.2.

Adequação dos apoios aos alunos com necessidades educativas especiais ......................................... 21

2.2.3.

Exigência e incentivo à melhoria de desempenhos .............................................................................. 21

2.2.4.

Metodologias ativas e experimentais no ensino e nas práticas ............................................................ 22

2.2.5.

Valorização da dimensão artística ......................................................................................................... 22

2.2.6.

Rendibilização dos recursos educativos e do tempo dedicado às aprendizagens ................................ 23

2.2.7.

Acompanhamento e supervisão da prática letiva ................................................................................. 24

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2.3.

3.

Monitorização e avaliação das aprendizagens ................................................................... 24 2.3.1.

Diversificação das formas de avaliação ................................................................................................. 25

2.3.2.

Aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação ........................................................................ 25

2.3.3.

Monitorização interna do desenvolvimento do currículo ..................................................................... 25

2.3.4.

Eficácia das medidas de apoio educativo .............................................................................................. 26

2.3.5.

Prevenção da desistência e do abandono ............................................................................................. 27

Liderança e Gestão ........................................................................................................ 27

3.1.

Liderança.......................................................................................................................... 27 3.1.1.

Visão estratégica e fomento do sentido de pertença e de identidade com a escola ........................... 28

3.1.2.

Valorização das lideranças intermédias ................................................................................................ 29

3.1.3.

Desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções inovadoras .......................................................... 29

3.1.4.

Motivação das pessoas e gestão de conflitos ....................................................................................... 30

3.1.5.

Valorização das competências e promoção do desenvolvimento profissional ..................................... 30

3.1.6.

Mobilização dos recursos da comunidade educativa ........................................................................... 30

3.2.

Gestão.............................................................................................................................. 31 3.2.1.

Critérios e práticas de organização e afetação dos recursos ................................................................ 31

3.2.2. Critérios de constituição dos grupos e das turmas, de elaboração de horários e de distribuição de serviço 31 3.2.3.

Avaliação do desempenho e gestão das competências dos trabalhadores .......................................... 31

3.2.4.

Eficácia dos circuitos de informação e comunicação interna e externa ............................................... 32

3.3.

Autoavaliação e melhoria ................................................................................................. 32 3.3.1.

Coerência entre a autoavaliação e a ação para a melhoria .................................................................. 32

3.3.2.

Utilização dos resultados da avaliação externa na elaboração dos planos de melhoria ...................... 32

3.3.3.

Envolvimento e participação da comunidade educativa na avaliação .................................................. 33

3.3.4.

Continuidade e abrangência da autoavaliação ..................................................................................... 33

3.3.5.

Impacto da autoavaliação no planeamento, na organização e nas práticas profissionais ................... 33

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i.

INTRODUÇÃO

O presente documento é uma reflexão retrospetiva que pretende traçar o retrato da realidade organizacional e educacional do Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV). Durante a última década, o AEV suportou sucessivas agregações1: três CAP e três agregações. A última reorganização ocorreu em abril de 2013, aquando da agregação com a escola EB23/JI de Távora. Neste momento, os órgãos de gestão e administração escolar e gestão intermédia encontram-se a cumprir o segundo ano de mandato. O Agrupamento, o único do concelho, é constituído por uma escola sede (ex EB23 e Secundária) – um conjunto de sete edifícios, quatro dos quais bastante degradados, e sete subunidades nas freguesias de Távora Santa Maria, Sabadim, Arcos Salvador, Paçô, Vila Fonche, Giela e Soajo, seis das quais distam da sede 7 Km, e a escola de Soajo, a mais distante, a 20 Km. Pese embora a dispersão, que não facilita a realização de atividades conjuntas por causa dos custos inerentes ao transporte, cremos que os alunos, no seu conjunto, acabam por beneficiar na sua aprendizagem porque beneficiam de um projeto educativo2 comum (PE) e da partilha de recursos. Todavia, há atividades insertas no PAA3, em que a participação dos alunos das várias unidades está presente, como demonstraremos ao longo do texto. Assim, em síntese, a narrativa contém uma breve caraterização do contexto interno e externo do AEV e responde a um quadro de referência proposto pela equipa avaliativa da Avaliação Externa. Podemos afirmar que o tempo que medeia entre a preparação e apresentação da escola à equipa avaliativa vai ser um contínuo de reflexão e autoavaliação e, consequentemente, um tempo de autoformação de todos e para todos. Esperamos que este documento contenha um caminho facilitador, um corpus de dados e evidências dos atores educativos entre o plano das orientações para a ação e o plano de ação.

i.1. Caracterização do AEV i.1.1. Enquadramento geográfico O Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV) localiza-se no Minho Interior, num concelho marcado pela interioridade. Situado no noroeste do país, no distrito de Viana do Castelo tem como limites, a Norte, os concelhos de Monção e Melgaço, a Este, Espanha; a Oeste, os concelhos de Ponte de Lima e Paredes de Coura; a Sul, o concelho de Ponte da Barca. Saliente-se, ainda, a beleza do serpentear das águas límpidas do Vez branda abaixo, e o Lima como que a tranquilizar a fauna e flora também rica, a delimitar fronteiras. O concelho é extenso, cerca de 450km2, e bastante disperso e acidentado: 36 freguesias, após a recente reorganização administrativa do território4. De referir a existência de um decréscimo bastante acentuado da população e, aliado a este problema, o facto de estarmos perante uma população envelhecida, o que conduz a uma desertificação das povoações distantes, muitas integradas no PNPG, e da sede de concelho. A escola sede situa-se na vila de Arcos de Valdevez, tem alunos dos 5º ao 12º anos, num conjunto de 1156. Nas EB2/3 de Távora e Sabadim há alunos do pré ao 9º ano de escolaridade, respetivamente 355 e 327. No centro escolar de Arcos Salvador, existem 388 alunos do 1º ao 4º ano. A escola de Soajo tem uma turma da educação pré-escolar e outra do 1º ciclo com três anos 1

As agregações provocam a descontinuidade na execução e impossibilitam as organizações de, no médio prazo, criar uma identidade coerente com seu contexto, capaz de integrar os seus recursos humanos em torno de uma missão educativa. 2 Ver anexo 1 – Projeto Educativo2015_18 3 Ver anexo 2 – Plano Anual de Atividades2015_16 4 Lei nº 11-A/2013, de 28 de Janeiro (RATF/2013). APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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de escolaridade. No Jardim de Paçô há uma turma e nos restantes três jardins, duas turmas em cada escola. Na escola sede funciona uma unidade de Apoio Especializado à Multidificiência. i.1.2. Enquadramento socioeconómico Arcos de Valdevez tem uma população de 22847 habitantes, distribuídos por 10429 homens e 12481 mulheres. Como foi referido, tem vindo a perder população. Numa década, entre os censos de 2001 e 2011, houve um decréscimo de 2000 habitantes. No que concerne à realidade estudantil, em apenas três anos (2012/15), perdemos 124 alunos. O número de alunos matriculados no ano letivo de 2012/13 era de 2103 alunos e na escola EB23/JI de Távora era de 377, totalizando 2480 (ano da integração de Távora); no ano de 2013/14 era de 2400 e no ano de 2014/15 um total de 2385 alunos. O decréscimo ainda seria maior se não cativassemos alunos dos concelhos limitrofes para ingressar na nossa oferta educativa. Em relação à taxa de escolarização desta população, destacamos a elevada percentagem de arcuenses cuja formação apresenta apenas a escolaridade obrigatória. Este condicionalismo de uma percentagem significativa de núcleos familiares, aliado à sua condição ocupacional e profissional e, ainda, à condição económica, marca em muitos casos, a pouca importância atribuída à escola e o deficitário acompanhamento da vida escolar dos alunos, constituindo constrangimentos que afetam fortemente a vida académica e a socialização dos nossos alunos. A rede viária é labiríntica, devido à dispersão e caraterísticas morfológicas dos lugarejos da nossa área de influência: vias de comunicação sinuosas, traçados complexos que tornam os percursos escolares longos e morosos, obrigando muitos alunos a sair de casa muito cedo e a regressarem ao fim da tarde, já de noite. De uma maneira geral, a rede de transportes não responde às necessidades dos utentes, pois nem sempre está ajustada às suas reais necessidades. Relativamente à escolaridade das mães dos nossos alunos, como se pode verificar no quadro15, 37,2% possuem o ensino secundário e superior. A habilitação do 1º, 2º e 3º ciclos é a mais prevalente, cerca de 43,4%. Saliente-se que 12% das mães têm habilitação desconhecida, ou seja, cerca de 271. Formação

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

Secundário

Superior

11,4%

17,8%

20,9%

22,5%

14,7%

desconhecida 12%

Quadro1

No que concerne à atividade profissional, segundo os dados6 do Município, o setor de atividade e a estrutura produtiva do concelho que têm vindo a aumentar são predominantemente o terciário (comércio e serviços) 66,1%, ao contrário dos outros setores que têm vindo a regredir. Ao nível da empregabilidade verifica-se um conjunto de atividades mais direcionadas para serviços (educação, saúde, ação social, entre outros). O setor ligado ao alojamento, restauração e similares tem também alguma relevância na empregabilidade. No setor primário, é de referir que a prática agrícola, apesar de assumir uma forte expressão no concelho, não se afigura uma atividade geradora de riqueza, sendo mais uma prática orientada para a produção de subsistência. 5

Dados recolhidos do programa Inovar. Recolhidos pelo Diagnóstico Social 2013 de Arcos de Valdevez, um instrumento de suporte ao desenvolvimento social local que consubstancia “o retrato da geografia social de um território”. O presente documento constitui a terceira atualização do Diagnóstico Social de Arcos de Valdevez e, partindo dos documentos anteriormente elaborados e seguindo metodologias participativas que envolveram os diversos parceiros e agentes locais. Identificase como um novo instrumento de suporte ao planeamento estratégico, ou seja, à elaboração de um novo Plano de Desenvolvimento Social concelhio para o triénio 2013/2016. 6

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O turismo é apontado como uma área das principais potencialidades do concelho face aos recursos naturais, ambientais, culturais e humanos. Não podemos ignorar que a integração de uma parte significativa do concelho no PNPG constitui uma mais-valia face à existência de um património rural expedito. Relativamente à ASE, dos 2241 alunos matriculados, 1053, cerca de 48% dos alunos beneficiam de ASE: 572 com Escalão A e 481 com escalão B. Este número de subsidiados tem diminuído ano após ano, devido às alterações nas capitações. Para que possamos ter uma ideia sobre a redução de alunos subsidiados, de referir que, no ano letivo de 2013/14, os subsidiados eram 1253 alunos, e no ano seguinte 1198. Ou seja, houve uma redução de 200 alunos subsidiados. No que respeita ao uso do computador, regista-se que 48% dos alunos têm computador em casa e 41% têm ligação à internet. O número de alunos com NEE é de 107, numa percentagem bastante significativa de 4,73% dos alunos, como podemos observar no quadro 2. Ano Letivo

2011/2012

2012/2013

2013/2014

2014/2015

2015/2016

Total de alunos / %

72 / 3,3%

107 / 4,4%

108 / 4,5%

107 / 4,5%

107 / 4,7% Quadro 2

No presente ano letivo, o ciclo mais representativo com alunos com NEE é o 3º, com 33 alunos; há 25 no secundário, 22 em cada um dos 1º e 2º ciclos e no pré-escolar, apenas 5. i.2. Caraterização do contexto interno i.2.1. Estabelecimentos de ensino Como já foi referido, o AEV é constituído pela sede e sete subunidades. A sede – exsecundária, está bastante degradada, os centros escolares professor António de Melo Machado e Dr. Manuel da Costa Brandão são novos, os jardins têm boas condições, a escola EB1/JI de Soajo foi requalificada este ano e a EB23/JI de Távora tem alguma degradação mas, ainda oferece boas condições para a aprendizagem. O AEV possui boas condições para a prática da educação física, uma vez que está dotada de quatro pavilhões gimnodesportivos. Todas as escolas têm ligação à internet, laboratórios para a prática do ensino experimental, salas de informática e para as expressões e oficinas – estas bastante improvisadas. Existem quatros bibliotecas escolares em rede apoiadas por três bibliotecárias. Estão modernamente equipadas tanto em equipamento mobiliário, quanto em livros, cassetes de vídeo, jornais, revistas e DVD. Os exteriores são agradáveis e atrativos devido à qualidade e variedade de árvores de grande porte e, ainda, às muitas áreas verdes. Destaca-se um pomar implantado num talude, com uma área considerável, e uma cultura de plantas aromáticas em vários talhões. Todas as escolas do Agrupamento têm vedação em todo o perímetro sendo as entradas e saídas vigiadas e controladas. Quanto à segurança, existem planos aprovados. As entradas e saídas na escola sede são controladas por torniquetes, o que permite uma gestão segura. i.2.2. Alunos O AEV tem uma frequência de 2356 alunos, desde o pré-escolar ao 12º ano de escolaridade, distribuídos por um conjunto de oito escolas nomeadamente: a escola sede, os

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centros escolares de Sabadim e Arcos de Valdevez, a EB23/JI de Távora, a escola EB1/JI de Soajo e os JI de Paçô, Vila Fonche e Giela num total de 111 turmas, conforme o quadro 3. Pré-escolar

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

Vocacional

Secundário

Profissional

10

28

17

24

4

16

12 Quadro3

A oferta educativa é diversificada. Além do ensino regular, do pré ao 12º ano, a escola oferece cursos vocacionais (3 turmas) em funcionamento, PIEF, uma turma mista do 2º e 3º ciclos. No ensino secundário regular, existem turmas de Humanidades, Ciências e Tecnologias, Artes e Ciências Económicas e Sociais. No profissional, funcionam cursos de Mecatrónica Automóvel, Energias Renováveis, Turismo Rural, Análises Laboratoriais e Eletrónica Automação e Computadores. Um das principais preocupações da escola é criar uma oferta educativa e de formação profissional diversificada para que os alunos se identifiquem com ela e terminem com sucesso a escolaridade obrigatória, desígnio da escola7. A este propósito, é de salientar que esta via profissional emerge, primeiro, dos interesses dos alunos e, em segundo lugar, do estudo do mercado de trabalho e, claro, da rede educativa proposta. A valência em cursos modernos com saída profissional levou à opção pelas áreas da Mecânica, da Mecatrónica e das Energias Limpas. Registe-se, também, que a organização vertical do AEV oferece condições que permitem materializar um acompanhamento pedagógico aos alunos do pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos e secundário, constituindo-se uma mais-valia na aprendizagem, na medida em que torna possível desenvolver competências articuladas com todos os alunos. A verticalidade exige um trabalho cooperativo entre os docentes dos diversos níveis de educação/ensino, obrigando-os a refletir, a planificar e a avaliar conjuntamente, de modo a melhor avaliar os resultados escolares, promovendo o sucesso educativo. Este trabalho é condição determinante para que a transição de ciclo ocorra de forma facilitadora e integrada. i.2.3. Recursos Como foi referido, o AEV possui quatro bibliotecas escolares, salas específicas, laboratórios, oficinas (a qualidade e quantidade destes espaços específicos oficinais deve-se a uma racionalização, adaptação e transformação de outras áreas), quatro pavilhões gimnodesportivos e a Unidade de Apoio à Multideficiência para alunos do 2º, 3º ciclos e secundário, que já referimos neste documento. A escola sede precisa urgentemente de uma remodelação profunda. A Escola EB23/JI de Távora e a ex-EB23 ainda têm coberturas em fibrocimento. As redes de saneamento, canalizações, redes elétricas encontram-se em estado bastante deteriorado. A antiga escola secundária aguarda pelo Programa de Requalificação e, segundo informações, a Autarquia está muito empenhada em agir na obra de requalificação a muito curto prazo. Os jardins-de-infância apresentam boas condições para a aprendizagem, a escola EB1/JI de Soajo foi requalificada e tem ótimas condições. O centro escolar de Arcos Salvador e a escola de Sabadim são escolas modernas e funcionais e com bons recursos materiais. Uma vez que há várias subunidades, foi instituído um sistema de comunicação eletrónica com vista a uma comunicação eficaz entre os vários atores educativos das oito unidades 7

O desígnio da escola é aquilo que nós chamamos a Visão e a Missão da escola plasmada no Plano Estratégico (Anexo 3) APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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orgânicas, como forma de responder ao projeto educativo. Pensamos que este projeto, apoiado pela Microsoft no âmbito da formação dos líderes inovadores, vai propiciar uma ferramenta facilitadora e acessível a todos os atores educativos. O AEV tem apostado no ensino profissional e por isso beneficia do financiamento do POCH. Estas verbas são uma mais-valia para ajudar a responder ao seu funcionamento, uma vez que o orçamento de estado tem vindo a diminuir. As linhas orientadoras do orçamento procuram dar uma pequena resposta para adquirir e reparar equipamentos pedagógicos e ainda colaborar nas atividades da escola. Em conclusão, podemos afirmar que o orçamento não tem acompanhado a evolução em matéria dos gastos de primeira necessidade e, por isso, a maior parte das verbas esgotam-se para pagar a água, o gás, a luz, as comunicações, os produtos de limpeza e pouco mais. i.2.4. Corpo docente O corpo docente é constituído por 224 professores, sendo 201 do quadro e 23 contratados. Como podemos verificar no quadro 4, os professores estão bastante envelhecidos. 95% dos docentes têm mais de 40 anos de idade e, destes, cerca de 50% têm mais de 50 anos. Aliado a este cenário de uma idade considerável dos professores, o congelamento da carreira há mais de uma década e uma perda significativa de rendimentos, está na origem de um descontentamento generalizado que será, do nosso ponto de vista, uma ameaça séria para a escola. De 35 a 40 anos

Mais de 40 anos

Mais de 50 anos

Mais de 60 anos

Total

12 -5%

103 – 51%

72 – 36%

14 – 7%

201

Nº e idade dos professores do quadro – Quadro 4

Na distribuição dos cargos e tarefas, a direção tem em linha de conta, sempre que possível, as competências pessoais e profissionais dos docentes. A oferta complementar, no 3º ciclo, foi destinada a Formação Cívica. No 8º e 9º anos, a oferta é lecionada em Inglês e Francês, primeiro, como estratégia para responder à cidadania e em segundo lugar, para praticar a conversação oral nas referidas línguas. A sequencialidade educativa, numa lógica de agrupamento, está bastante simplificada e tem a sua expressão na estabilidade, sempre que possível, no D. Turma/Professor Titular e da equipa Pedagógica que compõe o C. de Turma durante os ciclos de escolaridade e de acordo com plano de desenvolvimento curricular8. Está instituído um programa de permutas para evitar as consequências das ausências dos docentes. As AEC são lecionadas pela Autarquia, mas a informática é lecionada pelos professores do Agrupamento, em virtude de se ter apresentado um projeto à tutela, que foi aprovado. O Inglês no terceiro ano de escolaridade é lecionado por professores do ensino secundário por inexistência de tempos letivos suficientes no grupo disciplinar. i.2.5. Corpo não docente O corpo não docente do AEV é constituído por um Técnico Superior (Psicóloga), um Coordenador Técnico, 14 Assistentes Técnicos, 1 encarregada operacional, 75 Assistentes Operacionais e 11 colaboradores. Fazem parte do quadro de pessoal do Município Arcuense, 8

Plano de Desenvolvimento Curricular (Anexo 4) APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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desde 2008, data em que ocorreu a transferência de competências para os municípios em matéria de educação (Decreto-Lei nº144/2008). Com este número de funcionários (AO) somos lamentavelmente informados (via decisores centrais – visão macro) de que o agrupamento está acima do rácio mas nós, que estamos no terreno (visão micro), consideramos o rácio abaixo do necessário e imprescindível, porque temos, pelo menos, 4 portarias, 4 bufetes, 4 papelarias, 4 bibliotecas, 4 reprografias e 7 funcionários a faltar por licença por doença. Enfim, um cenário que obriga os outros em serviço a um esforço suplementar, com prejuízos latentes e manifestos para a organização. Todavia, o zelo e o empenho do pessoal não docente fazem com que os vários setores funcionem. Os assistentes técnicos são eficientes e estão organizados para responder aos mais diversas áreas: Pessoal, Expediente Geral, Alunos, Contabilidade, Tesouraria e SASE. Dois assistentes dão apoio nas escolas de Sabadim e de Távora. i.2.6. Equipamentos escolares Todas as escolas possuem ligação wireless à internet e, na escola sede, a internet processa-se por cabo, tornando o sistema mais eficiente. O AEV possui um número suficiente de computadores, quadros interativos e projetores multimédia para responder às necessidades do processo ensino/aprendizagem e à gestão do funcionamento da escola. Nos centros escolares, nos jardins e EB1/JI de Soajo a internet é da responsabilidade da Autarquia. Todavia, considerando que, em primeiro lugar, a vida de utilização com eficácia dos PC é curta e, em segundo lugar, a falta de orçamento para repor o parque tecnológico, muito em breve, este equipamento tornar-seá completamente obsoleto. Está instituído, há dois anos, um programa eletrónico para os sumários e atos avaliativos (Inovar). O AEV beneficia de quatro espaços condignos de excelência graças à política educativa da RBE. Como já foi referido, as BE foram, e ainda são, lugares privilegiados para aprender. O acervo documental é constituído por 21375 monografias, 297 DVD, 359 registos sonoros e 464 multimédias. A este propósito, relembro que a frequência do espaço físico das BE conta com 85 entradas diárias e 13501 anuais. Como se pode constatar, as BE são lugares de eleição para os alunos do AEV.

1. RESULTADOS 1.1. Resultados académicos No que se refere aos resultados académicos, existe uma cultura de avaliação coordenada por uma equipa de Avaliação Interna (EAI). A avaliação é formal, sistemática e estruturada. A avaliação interna materializa-se nos grupos e subgrupos, nos departamentos, no Conselho Pedagógico e na EAI, através de relatórios preliminares período a período, e por um relatório9 final onde se cruzam resultados dos exames (avaliação externa), tendo em vista definir estratégias conducentes à melhoria dos mesmos. 1.1.1. Evolução dos resultados internos contextualizados No que concerne às taxas de conclusão no ensino básico10, nos últimos quatro anos, e como podemos observar no gráfico 1, a taxa de sucesso do AEV é superior à taxa nacional. 9

Exemplo o Relatório de auto-avaliação2014-15 (Anexo 5) Dados recolhidos da MISI

10

APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

6


GRÁFICO 1

No ensino secundário, acontece também que as taxas de sucesso estão acima das taxas a nível nacional (Ver gráfico 2). A média nos quatro anos é de 7,4 pontos acima. De destacar que em todos os anos em análise a taxa do AEV está sempre acima.

GRÁFICO 2

Nos gráficos seguintes podemos ver o sucesso no quadriénio, de todos os anos de escolaridade. No ano letivo de 2011/12 a nossa taxa é sempre superior à média nacional (Ver gráfico 3).

APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

7


GRÁFICO 3

No ano de 2012/13, só no 3º e 6º ano é que a taxa nacional superou a taxa de sucesso do AEV (Ver gráfico 4).

GRÁFICO 4

Nos anos letivos de 2013/14 e 2014/15 também se verifica que o sucesso está acima da taxa de sucesso nacional (Ver gráficos 5 e 6).

GRÁFICO 5

APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

8


GRÁFICO 6

Taxa de sucesso do ensino profissional

GRÁFICO 7

1.1.2. Evolução dos resultados externos contextualizados No que respeita aos resultados obtidos pelos alunos do 4º ano, a Português e a Matemática, no quadriénio de 2011/15 foram os constantes nos gráficos 8 e 9. Nos anos 11/12 e 12/13, os resultados do AEV estiveram acima dos nacionais e, nos anos seguintes, ligeiramente abaixo, respetivamente 1,6 pontos em 13/14 e 1,8 em 2014/15. 

Relativamente ao 4º ano

GRÁFICO 8

GRÁFICO 9

APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

9


Relativamente ao 6º ano

Relativamente ao 9º ano

GRÁFICO 10

GRÁFICO 7

GRÁFICO 8

GRÁFICO 9

Em conclusão, apresenta-se a tabela 1, com as médias dos níveis obtidos nos exames a Português e a Matemática no triénio de 2013-2015, respetivamente para o 4º, 6º e 9º anos de escolaridade, onde se verifica que os alunos do AEV estiveram sempre à frente (acima) dos níveis nacionais. 4º ano

2013 2014 2015

6º ano

9º ano

Português Matemática Português Matemática Português Matemática Agrup. Nac. Agrup. Nac. Agrup. Nac. Agrup. Nac. Agrup. Nac. Agrup. Nac. 2,4 2,9 2,6 2,7 2,5 2,7 2,4 2,3 2,2 2,8 3,4 2,7 3,1 2,8 2,9 2,6 2,4 3,0 2,8 3,0 2,6 3,2 2,8 3,0 3,3 3,0 3,0 2,7 2,6 3,2 2,9 3,0 2,4 3,3 3,2 3,3 TABELA 1 - comparação entre média do agrupamento com a média nacional (dados da IGEC).

Relativamente ao 12º ano (ensino regular)

Os dados referentes aos exames, estão sensivelmente em linha, destacando-se alguns resultados, com a média nacional nas disciplinas em análise, como se pode observar na Tabela 2 e nos gráficos seguintes.

2013

Português Agrup. Nac. 9,2 9,8

Matemática Agrup. Nac. 8,8 9,7

História A Agrup. Nac. 7,9 10,6

Desenho Agrup. Nac. 12,4 12,7

Biolg. Geolog. Agrup. Nac. 7,9 8,4

Físico Química Agrup. Nac. 8,1 9,1

11,4 11,6 9,2 7,6 9,9 11,2 12,8 8,9 11,0 8,2 9,2 2014 9,5 11,0 12,0 10,7 12,5 13,1 8,8 8,9 9,9 2015 11,1 12,7 10,9 10,2 TABELA 2 - comparação entre média do agrupamento com a média nacional do Ensino Secundário (dados IGEC).

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GRÁFICO 10

GRÁFICO 11

GRÁFICO 12

GRÁFICO 17

GRÁFICO 13

GRÁFICO 14

Fig.1 Percentagem contextualizada de alunos que concluíram o 4º, 6º anos

4º ano 2012/13 2013/14

6º ano 2014/15

2012/13

2013/14

2014/15

Observado

97,1

98,4

100

80,2

87,3

96,9

Esperado Diferencial L.Crit. Inf.

97,2 -0,1 96,7

98,4 0,0 98,0

?

89,1 -8,9 88,2

88,3 -1,0 87,1

?

Fonte: DGEEC/MEC

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Fig.2 Percentagem contextualizada de alunos que concluíram o 9º e 12º anos 9º ano 2012/13

2013/14

12º ano 2014/15

2012/13

2013/14

2014/15

Observado

84,8

91,0

92,2

60,4

70,8

65,9

Esperado Diferencial L.Crit. Inf.

86,2 -1,4 84,9

88,7 2,3 87,4

?

70,5 -10,1 67,9

65,8 5,0 63,9

?

Fonte: DGEEC/MEC

Fig.3 Percentagem contextualizada de positivas nas provas de Língua Portuguesa e Matemática do - 4ºano Língua Portuguesa 2012/13 2013/14 2014/15 Observado Esperado Diferencial L.Crit. Inf.

58,8 50,8 8,1 48,4

76,2 81,9 -5,7 80,3

63,8 ?

2012/13 81,8 63,6 18,1 61,1

Matemática 2013/14 2014/15 59,1 65,5 -6,4 63,4

63,7 ?

Fonte: DGEE C/ME C

Fig.4 Percentagem contextualizada de positivas na prova de Língua Portuguesa e Matemática – 6ºano Língua Portuguesa 2012/13 2013/14 2014/15 Observado Esperado Diferencial L.Crit. Inf.

50,0 59,9 -9,9 58,8

69,5 74,6 -5,1 72,9

63,1 ?

2012/13 50,6 53,9 -3,3 52,1

Matemática 2013/14 2014/15 40,9 45,8 -4,9 44,0

48,8 ?

Fonte: DGEEC/MEC

Fig.5 Percentagem contextualizada de positivas na prova de Língua Portuguesa e Matemática – 9ºano Língua Portuguesa 2012/13 2013/14 2014/15 Observado Esperado Diferencial L.Crit. Inf.

52,3 52,6 -0,3 50,5

69,3 73,8 -4,5 71,5

60,9 ?

2012/13 37,1 45,9 -8,8 44,2

Matemática 2013/14 2014/15 67,3 62,9 4,4 60,9

62,4 ?

Fonte: DGEEC/MEC

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Fig.6 Média contextualizada de Português, Matemática e História nos exames nacionais – 12ºano Português

Matemática

História

2012/13

2013/14

2014/15

2012/13

2013/14

2014/15

2012/13

2013/14

2014/15

Observado

92,4

113,9

110

88,1

94,8

127

79,3

76,1

109

Esperado

102,5

116,3

?

96,1

85,9

?

104,1

93,4

?

Diferencial

-10,2

-2,4

-8,0

8,9

-24,8

-17,3

L.Crit. Inf.

98,8

114,1

93,2

83,0

100,1

90,5

Fonte: DGEEC /MEC

Fig. 7 Posição das disciplinas de exame obtidas no distrito do ensino secundário Posição/Distrito

2013

2014

2015

1/6 Desenho A 2/5 Hist. Cult. das Artes 3/16 Física e Química 8/16 Biologia Geologia 1/5 Matemática B 1/7 MACS 6/17 Matemática A 2/11 História A 2/6 História e Cultura das Artes 5/18 Biologia Geologia 6/18 Físico Química 8/19 Matemática

Posição/Nacional 319/612 – 268 provas

295/619 - 334 provas

298/ 625 - 329 provas

1.1.3. Qualidade do sucesso Existem sinais e indicadores que nos permitem afirmar que as práticas educativas têm ido ao encontro das metas do projeto educativo, visando melhorar o sucesso escolar dos alunos do AEV. Para a qualidade do sucesso contribuiu o trabalho articulado de professores, alunos, pais e encarregados de educação, as parcerias, as opções tomadas a vários níveis dos órgãos de gestão e administração escolar e gestão intermédia e ainda:  um corpo docente e não docente empenhado;  uma considerável diversidade de estratégias e metodologias de ensino;  instituição de apoios educativos a alunos com dificuldades e a disciplinas sujeitas a exame para todos os alunos;  apoio educativo após o final das aulas, antes das realização dos exames;  uma autoavaliação sistemática, estruturada e formal;  um ensino diferenciado;  momentos de reflexão conjunta ao nível da partilha de experiências, da elaboração das planificações, de materiais pedagógicos, instrumentos de avaliação;  constituição de coordenadores de ano;  reflexão sobre as estratégias de articulação horizontal e vertical;  práticas inclusivas, através de convívios entre alunos de vários níveis de escolaridade e de alunos com NEE;  promoção de parcerias;  adoção de boas práticas de outras organizações; APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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 promoção da participação dos vários atores através de projetos, clubes, formação interna, conversas com pais, palestras, seminários, comemorações, PAA;  mobilização dos alunos e professores para a utilização das BE;  incentivo ao ensino experimental;  valorização da Língua Portuguesa, numa dimensão transversal;  incentivo ao trabalho colaborativo;  partilha de saberes;  reforço da ligação com entidades/instituições externas, participação em projetos nacionais e internacionais e iniciativas regionais e nacionais, reforçando a cultura e a educação para a cidadania;  divulgação e conhecimento dos documentos estruturantes. Estas práticas estão na base do indicador que nos permite afirmar que a qualidade da educação no AEV melhorou claramente e que se materializou no crédito EFI atribuído em dois anos consecutivos, nomeadamente 2013/14 com 30 tempos e 2014/15 com 20. 1.1.4. Abandono e desistência O abandono escolar é quase inexistente e, tal como a reprovação, constitui-se como uma forma de insucesso escolar que temos vindo a combater e que, neste documento, abordamos de uma forma breve, visto o relatório de autoavaliação se debruçar sobre este assunto com mais pormenor. Embora Portugal seja ainda um dos países com mais altas taxas de abandono escolar da União Europeia, a verdade é que a taxa nacional tem vindo a progredir positivamente, fruto da atenção especial que vem merecendo nas políticas públicas, nomeadamente através do combate ao trabalho infantil e da oferta de cursos profissionais e profissionalizantes e outros percursos escolares. No entanto, o fenómeno é influenciado por fatores individuais, aspetos socioculturais, económicos e institucionais, entre os quais assumem especial importância as dinâmicas particulares da família de origem e as relações com a aprendizagem. No AEV, o abandono é quase inexistente e, por isso menos relevante no insucesso escolar, como podemos observar no quadro seguinte. 2012/2013

2013/2014

2014/2015

0,96%

0,22%

0,86%

Fig. 8 - Taxas de abandono escolar 1.2. Resultados sociais 1.2.1. Participação na vida da escola e assunção de responsabilidades No agrupamento existe apenas uma associação de pais e encarregados de educação. É uma entidade muito participativa, colaborativa e dinâmica. Tem estado sempre disponível para colaborar com a escola no pressuposto de ajudar a criar as melhores condições pedagógicas e administrativas para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem dos seus educandos. A APEE desempenha o seu papel de e para a escola de uma forma colaborativa, participativa e numa postura construtiva num espírito de cordialidade entre os órgãos de gestão.

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1.2.2. Cumprimentos das regras e disciplina Embora a indisciplina faça parte da dinâmica da escola, lugar onde se encontram e misturam pessoas com diferentes valores, experiências, culturas, conceções, crenças e relações sociais, ela é um obstáculo à qualidade do ensino, sendo apontada por muitos como uma das principais causas da falta de aproveitamento escolar. Aliás, está escrito no projeto educativo11 que valorizamos os princípios que devem ser respeitados por nós e pelos outros, preocupação de todos para uma educação integral de cidadania plenamente insertos na dimensão ética, na vertente cívica e na grandeza da inclusão. A comunidade educativa tem consciência de que atitudes preventivas surtem melhores efeitos do que as punitivas e, nesse sentido, a Educação para a Cidadania foi implementada em todas as turmas desde o Pré-Escolar ao 9º ano de escolaridade, como Oferta Complementar de Escola (um ponto forte) para responder a essa prevenção. Também o Plano Anual de Atividades contemplou um número significativo de atividades visando a consolidação da formação cívica de toda a comunidade, no sentido de tornar mais cordial o relacionamento interpessoal, estimular a participação democrática na vida escolar e na sociedade em que as pessoas estão inseridas. No âmbito do PAA, foram ainda realizadas várias atividades (receção aos alunos e encarregados de educação, atividades festivas e sociais, conversas e encontros com pais, debate /reflexão sobre avaliação com EE) que envolveram os pais e encarregados de educação, atores chave no processo ensino/aprendizagem dos seus educandos. Relativamente aos dados que foi possível recolher, no ano letivo de 2014/2015, foram registadas 133 participações disciplinares12 (a este propósito ver, com mais pormenor o relatório de autoavaliação de 2014/15). Verifica-se que nos anos terminais de ciclo do ensino regular e do profissional as participações disciplinares são praticamente inexistentes, o que, talvez se justifique pela preocupação dos alunos com a avaliação externa e conclusão de estudos. A incidência das participações é mais elevada no Ensino Profissional (1º e 2º ano), influenciada pelo percurso escolar destes alunos e pelo seu contexto socioeconómico e cultural. O tipo de ocorrências está identificado no relatório de autoavaliação e as mais frequentes são perturbações nas aulas como: ordem de saída da sala de aula (21), repreensão oral e advertência (19), registo de marcação de faltas, pedido de desculpas, participação ao Encarregado de Educação. Os procedimentos disciplinares foram 20, em todo o ano letivo, inexpressivo no contexto de um agrupamento com estas dimensões. As medidas sancionatórias mais graves consistiram numa transferência de escola e duas mudanças de turma. A ação pedagógica de todos os intervenientes da nossa comunidade educativa, mormente da Direção, dos Diretores de Turma, dos Docentes, dos Funcionários, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, bem como a ação mediadora, persuasiva e dissuasora da equipa responsável pela orientação disciplinar, têm sido a pedra de toque nestes resultados. O combate à indisciplina envolve toda a comunidade escolar e a existência de regras claras que assentem em práticas pedagógicas de diálogo e de afeto. 1.2.3. Formas de solidariedade Hoje, face a uma existente crise duradoura, promovemos formas de solidariedade, atitudes de responsabilidade pessoal e social e consciência cívica dos nossos alunos. Nesse sentido, o AEV tem participado em várias campanhas de cariz solidário, a saber:  Recolha de alimentos para distribuir a famílias carenciadas;  Cabaz de Natal; 11

Ver Projeto Educativo (Anexo 1) A este propósito ver com mais pormenor os dados sobre a indisciplina no Relatório de autoavaliação 2014_15 (Anexo 5) 12

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        

Participação nas campanhas do Banco Alimentar; Pirilampo Mágico – campanha anual de solidariedade (CERCI); Campanha solidária para apoiar o Dinis (aluno com NEE); Recolha de material para reciclar inserido no projeto Eco-escolas e Escola Electrão; Recolha de óleo alimentar; Recolha de brinquedos e roupa usados; Banco de livros; Campanha de solidariedade com os idosos – visita aos lares com atividades de animação; Campanha - angariação de fundos para funcionários em dificuldade.

1.2.4. Impacto da escolaridade no percurso dos alunos O impacto da escolaridade manifesta-se em várias atividades, a saber:  em colaboração com o Gabinete de Psicologia e Orientação, o coordenador de projetos e o adjunto do diretor (mais vocacionado para o ensino profissional) e Diretores de turma do 9º ano são responsáveis por promover, com os alunos com várias retenções e do 9º ano e os respetivos pais e EE, reuniões de trabalho com o objetivo de esclarecer os vários percursos educativos possíveis a implementar;  festa de finalistas (instituídas desde o pré-escolar, passando pelo 1º ciclo, até ao 12º ano;  entrega de diplomas do pré-escolar, 1º ciclo, 12º ano, cursos profissionais e dos diplomas do DELF (Diplôme d’Études de Langue Française);  reuniões para esclarecimento sobre a avaliação e problemas de aprendizagens dos alunos. 1.3. Reconhecimento da comunidade 1.3.1. Grau de satisfação da comunidade educativa Apesar de nos últimos três anos não termos realizado um novo inquérito13 por questionário à comunidade, para “medir” o grau de satisfação, sabemos, por observação direta, através de manifestações espontâneas, conversas informais e relatos dos alunos, que a comunidade reconhece o trabalho da escola/Agrupamento. Contudo, podemos afirmar que a comunidade local e até a comunidade alargada aos concelhos limítrofes tem colaborado, acolhendo todos os alunos dos diversos cursos de educação e formação (PIEF, Vocacionais) e dos cursos Profissionais para a realização da formação em contexto de trabalho (estágios). Como existem muitos alunos nos cursos profissionais, as empresas do concelho não são suficientes para garantir a formação em contexto de trabalho, pelo que temos de recorrer a outros concelhos. O estabelecimento de várias parcerias e protocolos por um lado, a participação em projetos, a participação ativa dos pais e EE na vida da escola no início do ano, na entrega da avaliação, nas sessões de trabalho, na manifestação das festas instituídas, na semana da leitura e da ciência, nas exposições e na feira franca são, do nosso ponto de vista, razões para poder afirmar que o grau de satisfação da comunidade é bom. Aliás, esperamos conhecer o resultado dos inquéritos elaborados pela equipa avaliativa, antes da AE e estamos completamente esperançados, de que o efeito vai ser muito favorável e confirmar o que referimos atrás. Outro 13

A EAI e o GAA têm como um dos objetivos para o corrente ano, lançar um novo inquérito, por questionário, à comunidade, para medir o grau de satisfação dos principais serviços prestados pelo AEV. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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dado que vem no seguimento do afirmado é o de que na última AE, o grau de satisfação da comunidade educativa era muito bom. 1.3.2. Formas de valorização dos sucessos dos alunos A valorização dos sucessos dos alunos é considerada, anualmente, através da entrega dos diplomas aos alunos de vários ciclos e cursos, em dias festivos comemorativos para esse efeito. O Conselho Pedagógico apresentou ao Conselho Geral Transitório, (anterior a este CG), uma proposta de quadro de Mérito para premiar os alunos que se distinguiam nos resultados académicos (cognitivo) e dos resultados sociais (afetivo). A proposta foi liminarmente recusada e, por isso, o agrupamento ainda não voltou a apresentar nova proposta para instituir o quadro de mérito. Todavia, a escola reconhece o mérito dos alunos que se distinguem nas diferentes atividades que desenvolvem, nomeadamente através da entrega de certificados de participação e medalhas, aos vencedores/participantes em concursos e projetos e de presentes aos melhores alunos do 12º ano (regular e profissional). 1.3.3. Contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade educativa O AEV tem apostado num plano de atividades onde se espelha um conjunto de projetos e uma panóplia de estratégias motivadoras devidamente articuladas com as atividades letivas, capazes de responder aos interesses dos alunos, tendo sempre como objetivo último o de permitir alcançar melhores resultados escolares. Algumas atividades só são possíveis graças ao envolvimento e participação dos pais e, por isso, o seu contributo é fundamental para o sucesso. São exemplos disso, as seguintes atividades: Feira Franca; Comemoração do S. Martinho; Festa de Natal; Desfile de Carnaval; Semana da Leitura; Semana da Ciência; Encontro com pais (I, em setembro, e II, em dezembro); Campanhas de Solidariedade; Projeto eco-escolas; Parlamento de jovens; Escola Eletrão, o PES onde se procura sensibilizar para temáticas atuais como o alcoolismo, toxicodependência, a saúde, a alimentação, a higiene, educação sexual, entre outras. A aposta na oferta educativa é outra dimensão que contribui para o desenvolvimento da comunidade. Exemplos disso são a empregabilidade dos alunos que terminam as vias profissionalizantes, o número de alunos que ingressam no ensino superior em universidades e cursos que exigem altos resultados. Outro indicador que nos permite afirmar o contributo da escola na CE é o número de parcerias e protocolos com instituições e empresas existente. Aliás, num tempo de crise instalado há tanto tempo, só com o empenho da CE é possível concretizar o plano de atividades do AEV.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO 2.1. Planeamento e articulação 2.1.1. Gestão articulada do currículo No AEV existe um trabalho sistemático ao nível da articulação e da sequencialidade entre ciclos de educação e de ensino, que inclui atividades conjuntas na implementação de estratégias de transição de ciclo assim como reflexão e propostas sobre as práticas educativas. Cabe aos educadores, em conjunto com os professores do 1º ciclo, desenvolver estratégias de articulação que passam pelas aquisições efetuadas pela criança no jardim-deinfância e pela familiarização com as aprendizagens escolares formais do 1º ciclo. Assim, são realizadas reuniões trimestrais entre os docentes destes níveis de ensino para articularem APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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conteúdos e planificarem e avaliarem atividades em conjunto. Os alunos do último ano do préescolar deslocam-se às escolas do 1º ciclo, que os acolherão no ano seguinte, pelo menos uma vez por período, para desenvolverem atividades em contexto de sala de aula. Nos estabelecimentos onde existem diferentes níveis de ensino, integrados no mesmo espaço físico, verifica-se que esta articulação é mais fácil de operacionalizar, registando-se mais momentos de trabalho conjunto. Contudo, é nos conselhos de turma e nos conselhos de docentes que é feito o levantamento das principais dificuldades dos alunos com dificuldades de aprendizagem e dos alunos com NEE. Face à especificidade de procedimentos exigidos pela legislação no que diz respeito à elegibilidade e acompanhamento das crianças e jovens com NEE, são elaborados programas educativos individuais (PEI), desenhados para responder às necessidades de cada aluno, sendo regularmente avaliados e revistos, uma vez que se fundamentam numa avaliação compreensiva e integrada do funcionamento do aluno, passível de sofrer alterações. Os alunos com Currículo Específico Individual (CEI) e com o Plano Individual de Transição (PIT) desenvolvem a pré-formação em empresas parceiras do AEV, consolidando e melhorando, assim, as capacidades pessoais, sociais e laborais, na perspetiva de uma vida adulta autónoma e com qualidade. Para os alunos que revelam dificuldades de aprendizagem, são definidas estratégias adequadas que fazem parte do plano de ação do PTT que, periodicamente, é analisado e reformulado. Neste contexto, os Conselhos de Turma, quando elaboram o Plano de Apoio Pedagógico Individual, consideram as orientações enunciadas, reportando o diagnóstico individual realizado e comprometendo alunos e Encarregados de Educação no processo. Nos diferentes momentos de avaliação o Plano de Apoio Pedagógico Individual é aferido e reformulado, caso se justifique. Da mesma forma, na transição de ciclo, procede-se à inventariação das necessidades do aluno e à proposta das medidas remediativas adequadas. De acordo com as medidas de promoção do sucesso escolar desenvolvidas no 2.º e 3.ºciclos (e na transição entre estes ciclos), o AEV adota as seguintes medidas: 1) apoio ao estudo, que garanta um acompanhamento mais eficaz do aluno face às dificuldades detetadas e orientadas para a satisfação de necessidades específicas; 2) constituição de grupos de homogeneidade relativa em termos de desempenho escolar, em disciplinas estruturantes, tendo em atenção os recursos da escola e a pertinência das situações; 3) coadjuvação em sala de aula, valorizando-se as experiências e as práticas colaborativas que conduzam à melhoria do ensino; 4) adoção, em condições excecionais devidamente justificadas pela escola e aprovadas pelos serviços competentes da administração educativa, de percursos específicos, designadamente, percursos curriculares alternativos e programas integrados de educação e formação, adaptados ao perfil e especificidades dos alunos; 5) encaminhamento para um percurso vocacional de ensino após redefinição do seu percurso escolar, resultante do parecer de psicólogos escolares e com o empenhamento e a concordância do encarregado de educação; 6) acompanhamento extraordinário dos alunos no 2.º ciclos, conforme estabelecido no calendário escolar; 7) acompanhamento de alunos que progridam para o 2.º ou ao 3.º ciclo com classificação final inferior a 3 a Português ou a Matemática no ano escolar anterior. É de notar que: a) o plano de acompanhamento pedagógico individual é traçado, realizado e avaliado, sempre que necessário, em articulação com outros técnicos de educação e em contacto regular com os encarregados de educação;

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b) aos alunos que revelem em qualquer momento do seu percurso dificuldades de aprendizagem em qualquer disciplina é aplicado um plano de acompanhamento pedagógico, elaborado pelo conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, contendo estratégias de recuperação adequadas; c) o Apoio ao Estudo do 2.º ciclo desenvolve-se através de atividades regulares fixadas pela escola e de participação decidida em conjunto pelos pais e professores, tendo como objetivos: - a implementação de estratégias de estudo e de desenvolvimento e aprofundamento dos conhecimentos dos alunos; - atividades de reforço da aprendizagem, nomeadamente pelo acompanhamento da realização dos trabalhos de casa. No que concerne ao período de acompanhamento extraordinário no 2.º ciclo refira-se que: a) os alunos internos do 6º ano de escolaridade que, após as reuniões de avaliação final, já com o conhecimento e com a ponderação dos resultados da primeira fase das provas finais, não obtenham aprovação, bem como os alunos a que se refere a alínea b) do n.º 6 do artigo 10.º, podem usufruir de prolongamento do ano letivo; b) o período de acompanhamento extraordinário decorre entre a realização das reuniões de avaliação referidas no n.º 1 e a realização da 2.ª fase das provas finais e visa colmatar deficiências detetadas no percurso escolar dos alunos; c) o encarregado de educação que não pretenda que o seu educando frequente o acompanhamento extraordinário previsto no número anterior comunica por escrito o seu desacordo ao Diretor da escola. Em síntese, buscamos práticas de articulação curricular que produzam resultados, procurando diagnosticar e intervir no lugar de decisão ou de execução curricular onde parece fazer mais falta, seja instituindo agendas de trabalho de cariz enquadrador ou planeando trabalhos de execução curricular diretamente orientados para o que fazer na sala de aula. Neste sentido, promovemos práticas de articulação curricular que procuram assegurar um trabalho de coerência curricular, centrado na sequencialidade e tornando-o comum ao sujeito coletivo que o põe em prática – os diferentes professores que, ao longo dos 2.º e 3.º ciclos, trabalham com um mesmo aluno. As atividades insertas no PAA, na BE e as realizadas no ensino experimental são formas complementares da gestão articulada do currículo. Por fim e ainda no que diz respeito à inclusão, é de realçar a existência de uma unidade de multideficiência que permite aos alunos com NEE encontrar mais alegria no convívio e na partilha de experiências de aprendizagens feitas junto de pessoas que lhes dedicam atenção e até de quem recebam amor e carinho. As suas limitações não impedem a entreajuda, dar e receber, a aprendizagem de saber viver bem num mundo de afetos que tolere, possibilite, conceba, admita e facilite a estas crianças a criação de condições para serem felizes. Como nota final, é de referir que, na generalidade, os alunos são dóceis, a indisciplina é residual e, por isso, as relações interpessoais entre professor/aluno, aluno/professor propiciam um clima desejável para a prática educativa. 2.1.2. Contextualização do currículo e abertura ao meio Face a um currículo nacional prescrito torna-se muito redutor, aos órgãos de direção, fazer grandes opções. Contudo, no que é permitido fazer escolhas, fazemo-lo de acordo com o contexto escolar (recursos humanos e materiais) e a realidade social, cultural e económica da área de influência do AEV. No currículo propriamente dito, para a sua materialização, o agrupamento recorre aos recursos naturais, bem como aos equipamentos culturais e desportivos existentes no concelho, que a Autarquia disponibiliza de bom grado. A Casa das Artes, as APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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piscinas municipais e o campo de jogos são recursos importantes para tornar o currículo num projeto interativo e numa prática pedagógica mais inovadora. 2.1.3. Utilização da informação sobre o percurso escolar dos alunos A informação sobre os percursos escolares dos alunos do Agrupamento está inserta nos Planos de Trabalho de Turma (PTT). Dele faz parte a caracterização da turma, a identificação dos problemas, a definição das estratégias, as atividades programadas a desenvolver, os critérios gerais e específicos de avaliação, as planificações anuais, o registo dos contactos com os pais e EE. É um documento aberto, flexível que contém um corpus de dados importantes para os professores, conselhos de turma ou o conselho de docentes consultarem, no sentido de uniformizar e disponibilizar metodologias e materiais pedagógicos com vista a obter respostas específicas e diferenciadas, tendo em conta a singularidade e as problemáticas do processo de ensino aprendizagem de cada aluno. 2.1.4. Coerência entre ensino e avaliação Como já foi referido, os conselhos de turma/docentes titulares de turma são estruturas privilegiadas para realizar os vários tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e sumativa. Numa lógica de avaliação horizontal são definidas estratégias comuns (sempre que possível) para desenvolver o trabalho disciplinar e transdisciplinar e cooperativo entre vários profissionais. Neste processo partilham materiais, experiências, práticas e instrumentos de avaliação. Os alunos são também chamados a participar na avaliação através de uma autoavaliação do seu desempenho. 2.1.5. Trabalho cooperativo entre docentes O trabalho cooperativo é implementado, como já tem sido referido, através de reuniões interdepartamentais, conselhos de turma, conselhos de grupo, conselho de ano, ao longo do ano letivo, procurando adequar o currículo aos interesses e necessidades dos alunos e da escola. Este processo recorre a pedagogias diferenciadas e da articulação curricular. Foi dito que a partilha, a cooperação, a troca de experiências, as planificações e as atividades comuns, a interação com os colegas no cumprimento dos programas, a aplicação integral dos critérios de avaliação, a comunicação em tempo real entre os vários atores do processo educativo são práticas em uso no agrupamento. Hoje, numa escola em que questões burocráticas absorvem aos docentes uma quantidade significativa do tempo que podia ser disponibilizado na prática pedagógica ou, sobretudo, na sua preparação, foi implementado o correio institucional, uma ferramenta web que permite partilhar documentos, matérias, programas, projetos, propostas e resoluções, fora do horário nobre da lecionação. 2.2. Práticas de ensino Se considerarmos que a principal intenção da escola é o cumprimento cabal da escolaridade obrigatória, então podemos afirmar que as práticas de ensino no AEV respondem de uma forma plena a esses desígnios e, nesse cenário, parece correto afirmar que temos boas práticas de ensino. Todavia, numa visão mais abrangente, salientamos que esse cumprimento da escolaridade se deve às opções emergentes da visão dos responsáveis da gestão e administração da escola no que concerne às opções em matéria de oferta profissionalizante. A este propósito, é de referir que esta visão e missão da escola permitem que as taxas de transição/conclusão atinjam metas superiores às médias nacionais. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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2.2.1. Adequação do ensino às capacidades e aos ritmos dos alunos O AEV privilegia a constituição de equipas pedagógicas, (manutenção de DT, professor titular) que acompanham os alunos durante todo o ciclo de estudos, ficando salvaguardados os mecanismos de sequencialidade, articulação e de integração e, por isso, o trabalho facilitado no que concerne à seleção de estratégias adaptadas aos ritmos e capacidades dos alunos. Na transição entre ciclos de ensino, a forma de assegurar a sequencialidade pedagógica materializa-se com a passagem de testemunho em reuniões entre os educadores e professores titulares e professores dos ciclos subsequentes. As estratégias de ensino necessárias a implementar emergem entre a avaliação final do ano anterior e a avaliação diagnóstica no ano seguinte e, ainda, da passagem do testemunho nas reuniões de articulação. Os alunos com dificuldades de aprendizagem são encaminhados para aulas de recuperação, desde o apoio educativo ao apoio individualizado na sala de aula. A rede da oferta educativa que o AEV oferece (vocacionais e profissionais) tem permitido que os alunos concluam com sucesso a escolaridade obrigatória, continuem estudos e ingressem no mundo do trabalho. 2.2.2. Adequação dos apoios aos alunos com necessidades educativas especiais A frequência e a intensidade dos apoios educativos têm em conta o caso concreto de cada aluno e são definidos no PEI. É de salientar que o AEV disponibiliza a todos os alunos com NEE os apoios adequados, previstos e delineados em função do seu perfil de funcionalidade. É prática a adoção de pedagogias diferenciadas num contexto global de escola e específico da turma. A gestão do currículo é flexível e ajustada às necessidades dos que possuem NEE. Aos alunos que não possuem competências para aceder ao currículo regular, mesmo com adequações, é facultado um currículo específico individual (CEI). O estabelecimento de objetivos de aprendizagem diferentes e o ensino de conteúdos específicos não invalida que o aluno com CEI participe em algumas disciplinas do currículo definido para a turma que integra, se lhe forem reconhecidas capacidades para tal. Neste processo, os docentes de educação especial orientam os procedimentos e asseguram o desenvolvimento dos CEI. Em contexto de sala de apoio, unidade de apoio à multideficiência, os docentes de educação especial contribuem com a elaboração de diversos tipos de materiais pedagógicos adequados à problemática de cada aluno, uma vez que não existem manuais adaptados à especificidade de cada aluno ou problemática. 2.2.3. Exigência e incentivo à melhoria de desempenhos Todos sabemos que é possível que o conhecimento, a exigência, o rigor, o empenho, a motivação, a partilha, a cooperação, o respeito, o conhecimento e o cumprimento das regras podem melhorar os desempenhos dos alunos. As bibliotecas escolares proporcionam a realização de atividades promotoras do sucesso em diversas áreas curriculares, vigorando a articulação curricular da BE com as estruturas de coordenação e supervisão pedagógica e com os docentes, em diferentes conjunturas, tais como na promoção das literacias da informação, promovendo ambientes favoráveis à aprendizagem. A Sala de Estudo, enquanto espaço de oferta educativa, objetiva garantir e privilegiar a ação educativa da escola, pois permite aos alunos encontrar o apoio individualizado ou em pequenos grupos. Sendo um espaço pedagógico livre e aberto a todos os alunos, destina-se a promover a melhoria das aprendizagens e consolidação de conhecimentos.

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A escolha, planificação e organização de atividades propostas no PAA, encontram-se articuladas com conteúdos disciplinares, e visam potenciar o desenvolvimento dos alunos e o seu sucesso escolar. Por isso é necessário promover:  o envolvimento do alunos no processo de avaliação, fomentando a autoavaliação;  a diversificação das metodologias no processo de ensino/aprendizagem procurando aplicar as novas TIC;  a divulgação dos alunos premiados em concursos e projetos;  a publicação do trabalho realizado no AEV, na página da escola e nos jornais da terra;  as cerimónias públicas na entrega de diplomas;  a adesão a projetos nacionais;  a criação de um sistema eficiente de comunicação interna no AE;  a formação interna de pequena duração. 2.2.4. Metodologias ativas e experimentais no ensino e nas práticas No presente ano letivo, foi implementado no Agrupamento a modalidade Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) no 1º ciclo na área das ciências experimentais, de forma a permitir a aquisição e aprofundamento de conhecimentos dos alunos sobre a temática das ciências, tendo em vista a aquisição por todas as crianças e jovens, futuros cidadãos, de uma boa literacia científica. Nesse sentido, 5 docentes do Departamento de Matemática de Ciências Experimentais dos grupos de Ciências Naturais/Biologia e Geologia e de Físico-Química promovem semanalmente atividades experimentais/laboratoriais em quatro estabelecimentos do Agrupamento, apoiando na prática letiva os colegas do 1º ciclo, em estreita articulação com os conteúdos programáticos do currículo, sobretudo ao nível de Estudo do Meio. Assim, no primeiro período letivo deste ano, a totalidade dos 829 alunos do 1º ciclo aprenderam ciências de uma forma mais prática e experimental. São vários os pontos fortes desta iniciativa, dos quais se destacam o grande empenho e envolvimento dos alunos, o espírito de equipa e de trabalho, a partilha e articulação/ interdisciplinaridade estabelecidas entre diferentes professores, níveis de ensino e grupos e os momentos lúdico-educativos proporcionados pelas diferentes atividades, entre outros. Nos ciclos de escolaridade subsequentes e no ensino secundário o AEV promove o trabalho experimental como uma prática sistemática de investigação que envolve vários métodos e explicações. Neste contexto, recorre-se à realização de atividades práticas estruturadas de manipulação, observação e medição, com o propósito de desenvolver capacidades práticas e técnicas básicas, assim como de estimular atitudes críticas de procura do conhecimento. 2.2.5. Valorização da dimensão artística Há alguns anos que o Agrupamento de Escolas de Valdevez tem vindo a disponibilizar aos alunos a frequência do curso de Artes Visuais. Esta opção de ensino permite-lhes fomentar o talento artístico e criativo que recorrentemente se tem manifestado na população escolar. Muitos destes alunos têm tido percursos de grande sucesso, ingressando em universidades de prestígio, em todo o país (FAUP- Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto; FBAUP - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; IPVC – Instituto Politécnico de Viana do Castelo; UM – Universidade do Minho; Universidade de Aveiro, entre outras. A frequência em cursos tão diversos como a Arquitetura, Artes Plásticas, Design, Design do

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produto e Multimédia permite-lhes dar continuidade ao seu talento e criatividade cujo berço foi o AEV. O esforço do Agrupamento em manter esta área de formação insere-se num contexto de valorização alargado e integrado, em paralelo com a Câmara Municipal e a Casa das Artes. Em conjunto têm tido uma influência relevante no estabelecimento de uma cultura artística diversa e de qualidade, neste concelho. A relevância das artes na nossa escola extravasa os limites físicos, quer do agrupamento, quer do concelho. Anualmente, os nossos alunos participam em projetos nacionais, onde têm a oportunidade de mostrar os seus conhecimentos e competências adquiridas ao longo do ano letivo. Destes projetos, destaca-se o Colóquio Juvenil de Artes (atividade anual que vai já na sua XX edição) que envolve a participação de escolas de todo o país. O AEV foi recentemente organizador de um destes eventos, aqui em Arcos de Valdevez, levando a dinâmica das Artes para uma geografia alargada e para lá do impacto escolar ou mesmo local. É de referir ainda a visão alargada do curso por parte de professores e alunos. Para além dos trabalhos de pintura e desenho, salienta-se a distinção com dois primeiros prémios de trabalhos em vídeo. A cultura artística deste curso não se restringe à participação em atividades de divulgação do trabalho artístico desenvolvido pelos alunos (através de exposições temporárias, ou na decoração de espaços escolares). Centra-se também na articulação com outros cursos e modalidades de ensino para utilização e rentabilização dos recursos disponíveis. A sua intervenção é ao nível da criação gráfica de produtos de divulgação das atividades, como cartazes, outdoors, convites, entre outros produtos de importância vital para a imagem do AEV. São equipas heterogéneas de professores e alunos que desenvolvem este trabalho, fazendo com que o produto do labor das artes vá muito além das salas de aula. A presença das Artes no nosso meio escolar permite completar o círculo imprescindível da formação dos cidadãos, oferecendo um currículo que abrange a Ciência, as Humanidades e as Artes. Pretende-se assim fazer a ligação perfeita entre os domínios da cognição e da emoção, permitindo a sua integração e evitando o erro de os separar, o que representaria a coarctação da formação integral do indivíduo em todo o seu potencial. O nosso Agrupamento acredita, como António Damásio, que "a ciência e a matemática são muito importantes, mas a arte e as humanidades são imprescindíveis à imaginação e ao pensamento intuitivo que estão por trás do que é novo. As capacidades cognitivas não bastam." Sabemos a importância que as emoções têm no desenvolvimento moral e ético dos alunos e o quanto o seu desenvolvimento é mais eficaz através dos fenómenos da cultura artística. O sentido estético é transversal a toda a formação, ou Einstein não falaria de beleza numa demonstração matemática. Não queremos descurar o papel da imaginação e da criatividade em todos os domínios da atividade humana e por isso a apostámos nas artes visuais. Queremos ocupar os espaços físicos e mentais da nossa comunidade com todo o espetro luminoso que define o humano e, consequentemente, com todas as cores do arco-íris. 2.2.6. Rendibilização dos recursos educativos e do tempo dedicado às aprendizagens O AEV procura promover o sucesso rendibilizando os recursos educativos, designadamente apostando na manutenção das equipas pedagógicas por forma a assegurar a continuidade e consistência do trabalho; promovendo a coesão dos professores e a exploração partilhada dos recursos, no sentido de permitir o melhor acompanhamento possível dos alunos e o incremento da motivação essencial na aprendizagem; gerindo o horário dos professores por forma a assegurar horas de apoios educativos e recuperação de módulos que têm em conta as horas disponíveis dos alunos e as suas reais necessidades; identificando necessidades formativas,

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numa lógica de formação contínua que recorra a formadores internos; explorando as potencialidades da Biblioteca Escolar e do seu Centro de Recursos, bem como as parcerias com outras instituições, no desenvolvimento de atividades que pretendem fomentar a leitura e tornar as crianças e os jovens mais dinâmicos, mais participativos e colaborativos; rendibilizando os recursos didáticos, particularmente no ensino das ciências, por forma a promover o trabalho experimental, estimulando a curiosidade científica das crianças já no 1º ciclo; valorizando estratégias que visam o sucesso escolar dos alunos em disciplinas com exames nacionais, planificando aulas de preparação para os testes intermédios e promovendo o apoio suplementar aos alunos; analisando cuidadosa e sistematicamente os resultados escolares; recorrendo aos quadros interativos, aos projetores de vídeo, à rede informática, aos computadores para motivar o gosto por pesquisar, por descobrir e por estar informado, tirando partido de ambientes de aprendizagem virtual. Temos plena consciência de que o ensino atual procura enquadrar-se numa sociedade em mudança, em que o modo de transmitir informação e conhecimento e realizar aprendizagens obriga a formas de ensinar mais apelativas, obriga à complementaridade dos vários tipos de aprendizagem. Estamos atentos aos perigos de um distanciamento entre as atividades escolares e a vida fora da escola, porque acreditamos nos efeitos positivos da utilização pedagógica das TIC ao nível da motivação, das interações geradas e das aprendizagens. Contudo, adotamos uma posição cautelosa na perspetiva em que o uso ou não das TIC em si pode não ser suficiente para explicar e caracterizar os novos alunos que acolhemos. Por isso, consideramos a possibilidade de outros fatores interferirem no seu desempenho, fatores esses que irão, certamente, influenciar a forma como encaram a escola e, portanto, o uso das TIC. O contexto social, os fatores pessoais e os estilos e recursos de aprendizagem são tidos em conta e constituem objeto de reflexão na definição de estratégias promotoras do sucesso educativo. 2.2.7. Acompanhamento e supervisão da prática letiva A atividade letiva é alvo de uma efetiva monitorização e acompanhamento nas reuniões de grupo disciplinar e nos conselhos de turma, por via da aferição do cumprimento dos programas, da aplicação dos critérios de avaliação e da análise dos resultados. A realização de reuniões periódicas de grupo disciplinar e de departamento para, em tempo útil, refletir sobre didática, pedagogia e articulação relativas a conteúdos programáticos, bem como metodologias, estratégias e instrumentos de avaliação tem permitido melhorar as estratégias de ensino e os resultados dos alunos. As práticas de trabalho conjunto, sendo potenciadoras da qualidade do serviço educativo prestado, fomentam a discussão de ideias e a troca de materiais didáticos. Os apoios educativos em sala de aula contribuem para um ambiente propício à presença de vários docentes no decurso das atividades letivas, o que concorre para a reflexão sobre as práticas. 2.3. Monitorização e avaliação das aprendizagens A monitorização do processo de avaliação ocorre de uma forma formal, estruturada e sistemática, envolvendo as diferentes estruturas pedagógicas do Agrupamento. A reflexão e análise são feitas nos grupos e subgrupos, pelos coordenadores de departamento, na EAI e, por fim, no Conselho Pedagógico, através de relatórios. É também feita a previsão e a concretização da avaliação dos projetos curriculares/PTT e das atividades educativas em relatórios. Por fim, a EAI faz a análise comparativa entre os resultados da avaliação interna e da externa.

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2.3.1. Diversificação das formas de avaliação Face à heterogeneidade dos alunos por um lado, e à diversidade da oferta por outro, o processo de avaliação14 é diferenciado. Aliás, os critérios gerais de avaliação comprovam essa descriminação ao estabelecer diferentes pesos de ponderação, descritores, nomenclatura, instrumentos, ponderação para a decisão de progressão e transição, nos vários percursos educativos dos alunos. Contudo, o processo da avaliação tem um caminho naturalizado que passa por uma avaliação diagnóstica no início do ano letivo, seguindo uma avaliação formativa contínua e, no final dos trimestres, uma avaliação sumativa. Nos anos terminais, faz-se, por norma, uma ponderação criteriosa para a decisão da progressão e nos intermédios, uma ponderação para a decisão de transição. Estas ponderações são regulamentadas pelo Conselho Pedagógico, que define algumas diretrizes. 2.3.2. Aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação A aferição destes documentos (critérios gerais e específicos e instrumentos de avaliação) é feita em CP, sob proposta dos departamentos. São dados a conhecer aos alunos pelos DT, enquanto os critérios específicos e instrumentos de avaliação são divulgados pelos respetivos professores das disciplinas, depois de ratificados em conselho de grupo, no início do ano letivo. Os critérios gerais são facultados aos pais e EE na primeira reunião de pais. 2.3.3. Monitorização interna do desenvolvimento do currículo Nos departamentos há uma forte preocupação em criar mecanismos que congreguem a atividade dos professores, tornando-a coerente e coesa. A atividade de coordenação de departamento apoia-se em quatro pilares que suportam toda a estrutura departamental vista enquanto um todo (diríamos no plano horizontal) mas também enquanto elemento de uma macroestrutura – o Agrupamento – que se articula com os outros elementos (seria o plano vertical). Assim, a ação do coordenador tem em vista uma estreita ligação com os subcoordenadores – responsáveis pelo bom funcionamento dos grupos disciplinares –, com o departamento na sua globalidade, com os outros coordenadores e com a direção. Partindo do núcleo mais pequeno – o grupo disciplinar – para o maior – a direção, que representa todo o Agrupamento –, os coordenadores procuram não perder de vista o objetivo de toda a atividade docente: o sucesso dos alunos, traduzido não só em resultados escolares mas também em aprendizagens efetivas que nem sempre são testadas em situação de avaliação, sobretudo de avaliação externa. Neste sentido, tem vindo a fazer-se um esforço significativo para melhorar a monitorização interna do desenvolvimento do currículo. Esta preocupação tem-se traduzido em ações desenvolvidas em duas frentes: na preparação e consecução das atividades letivas, por um lado, e na avaliação dos alunos, por outro. Tendo sempre no horizonte o referencial de supervisão pedagógica aprovado pelo CP e no que diz respeito às duas frentes atrás referidas, os departamentos têm conseguido trabalhar de modo cada vez mais concertado. Preparação e consecução das atividades letivas A articulação entre o coordenador e os subcoordenadores dos diversos grupos de recrutamento e entre estes e os docentes traduz-se no encontro entre os coordenadores e os subcoordenadores, um momento importante, uma vez que é neste órgão intermédio que se garante a coerência e a coesão de cada departamento. Em reuniões periódicas e em constante contacto, coordenadores e subcoordenadores trabalham e melhoram a operacionalização das 14

Com mais pormenor, consultar os Critérios Gerais de avaliação (Anexo 6) APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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orientações curriculares e dos programas, preparando as reuniões dos grupos disciplinares com vista à articulação intradepartamental (que tem vindo a ser mais bem conseguida de ano para ano, mas ainda tem de melhorar), incentivando o trabalho colaborativo entre docentes e uma efetiva coordenação da atividade docente nos diferentes grupos de recrutamento e entre esses mesmos grupos. Este passo é consolidado nas reuniões de grupo, de modo mais formal nas reuniões, mas também em encontros informais de todos os dias entre os professores que lecionam os mesmos níveis ou até níveis diferentes, mas entre os quais também tem de haver articulação. Os subcoordenadores têm fomentado nos grupos um espírito de colaboração na planificação e realização das atividades, de debate frequente de experiências de ensino, de troca, construção e seleção de materiais e de reflexão sobre as práticas e sobre os resultados. Este espírito engloba, ainda, uma seleção de experiências de aprendizagem, assim como uma reflexão sistemática sobre as práticas didáticas e a avaliação. Quer no grupo mais pequeno (coordenador/subcoordenadores), mas representativo e a que chegam as vozes de todos os professores do departamento, quer nos grupos de recrutamento, debate-se, propõe-se e avalia-se a realização de atividades cujo objetivo último é sempre a melhoria das aprendizagens dos alunos. Fruto desta avaliação, algumas atividades podem ser abandonadas e outras melhoradas. Nas reuniões de grupo há sempre a preocupação de verificar a progressão da lecionação dos diferentes currículos e de debater situações específicas, sempre que as houver. Estas reuniões são muitas vezes momentos de reflexão e troca de experiências, de exposição de dificuldades e de tentativa de as resolver, acabando frequentemente por se debater questões didáticas e pedagógicas. A formação Algumas sessões de formação dos docentes constituem um modo indireto de monitorizar e melhorar o desempenho docente, pelo que tem havido essa preocupação, todos os anos. Avaliação dos alunos Uma outra maneira de monitorizar o desenvolvimento do currículo é a avaliação dos discentes, que constitui sempre um tema em discussão, não só pela dificuldade que implica mas ainda pela pluralidade e, digamo-lo claramente e sem medo, pela subjetividade que envolve. Nos departamentos pretendemos que esta dimensão subjetiva se reduza ao mínimo através da definição de critérios e de descritores, mas não podemos negar que nunca deixará de existir, enquanto for feita por pessoas. E esta é uma das grandes vantagens da avaliação: é feita por pessoas. O importante é que os avaliadores pensem nos alunos também como pessoas! No sentido de atenuar as inevitáveis diferenças, tem-se vindo a melhorar os instrumentos de avaliação, através da construção de documentos nos diferentes grupos disciplinares e da discussão da avaliação nas reuniões plenárias de departamento, de modo a tornar a avaliação cada vez mais uniforme, coesa e coerente. Na plataforma moodle estão todos os documentos e instrumentos em vigor neste ano letivo. Finalmente, a reflexão sobre os resultados da avaliação é uma prática antiga e ajuda a redefinir metas e objetivos, assim como a reorientar práticas, adequando-as a uma realidade que nunca é estática, mas muda a cada ano. 2.3.4. Eficácia das medidas de apoio educativo Os planos de acompanhamento pedagógico individualizados (PAPIs) são elaborados pelos professores titulares, no 1º ciclo e nos CT nos restantes ciclos. Estes planos são

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periodicamente avaliados por forma a eventuais reformulações e no final do ano letivo é elaborado um relatório final que será entregue à EAI que o analisa e o submete ao Conselho Pedagógico para avaliar o efeito das medidas aplicadas que se desejam eficazes. 2.3.5. Prevenção da desistência e do abandono Como já foi referido, a desistência e abandono não tem qualquer relevância de registo no AEV. A prevenção faz-se com propostas educativas diversificadas que cativem alunos problemáticos a ficar na escola e com o controlo de pontualidade e assiduidade e, ainda com a verificação contínua sobre o número de módulos concluídos/atrasados. A prevenção faz-se através da promoção de visitas de estudo e atividades atrativas e lúdicas. O exemplo paradigmático disso revela-se no final do ano letivo quando outras entidades formadoras elegem um leque de condições materiais para cativar alunos e estes acabam por continuar a estudar no AEV. Por isso, pensamos que o diagnóstico profundo da realidade educacional – conhecimento dos perfis dos alunos e suas famílias, o saber de experiência feito sobre a educação/formação a médio prazo permite, do nosso ponto de vista, prevenir o abandono dos jovens cada vez mais adversos à educação formal. 3. LIDERANÇA E GESTÃO A liderança e gestão são dois conceitos polissémicos e não descortinámos se o diretor deve ser mais líder ou mais gestor ou, ambas, simultaneamente. O mesmo postulado é, também, do nosso ponto de vista, aplicado às estruturas intermédias – os coordenadores de departamento e outras estruturas com responsabilidade na escola/agrupamento. Nós diríamos que, hoje, perante a uma crise económica latente, manifesta e duradoura no país em geral e na escola, em particular, perante as carreiras congeladas há longos anos, a perda de rendimentos do pessoal docente e não docente, o diretor tem de ser mais líder do que gestor. Nas organizações educativas a “matéria prima” é imprevisível, daí não poderem ser geridas como se tratasse da transformação de lingotes de ferro numa linha de montagem de uma empresa de produção em série (gestor). 3.1. Liderança No(s) líder(es) deve(m) coexistir, parafraseando (Picher,1993) três papéis: o artista, o artesão e o tecnocrata. O primeiro, para avaliar a gestão de topo, o segundo, para providenciar opiniões sobre a evolução da organização e o tecnocrata para desenvolver funções de controlo, ou seja, um líder deve ter múltiplas caraterísticas para desenvolver, em grau, uma estratégia visionária, realista e racional. Pelo que acabamos de descrever, pensamos que este líder travestido das três facetas pode transmitir aos membros da organização um estilo socializador, um diretor determinado, um analista preciso e um narrador sociável. A orientação de uma escola não pode depender de uma só pessoa, requer o desenvolvimento de uma capacidade de liderança por parte de todos. Por isso, a nossa proposta de liderança assenta na participação, na colaboração, na cooperação, na partilha e, ainda, na delegação de poderes. Acredito que a determinação em Educação será sempre a vontade dos seus agentes mesmo com avanços e recuos e, do nosso ponto de vista, temos de estar disponíveis para experimentar, para errar, para refletir, para recuar, (re)aprender, ensinar, esquecer, perseverar, partilhar sempre com um olhar atento, multifacetado, holístico com uma persistente paciência de melhorar as aprendizagens dos nossos alunos.

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3.1.1. Visão estratégica e fomento do sentido de pertença e de identidade com a escola O contexto social, político e económico dos nossos dias e a heterogeneidade e a diversidade dos atores do AEV, assim como a multiplicidade de perspetivas e os interesses legítimos daí decorrentes “obrigam-nos” a repensar a visão e a missão da escola, outrora remetida apenas à sua principal incumbência de instruir. Hoje, e tendo em conta as várias escolas que compõem o Agrupamento – com as suas forças e as suas fraquezas, diremos as suas estórias, impõem, do nosso ponto de vista, que a visão surja da reflexão encontrada em três momentos essenciais, nomeadamente no passado, no presente e no futuro, porque a escola foi e é sistematicamente (re)construída e, sobretudo, projectum. A sociedade é, na sua essência, permanente mudança (re)produzida pelos atores na sua ação e interação. Todavia, a escola, enquanto locus de produção e reprodução de regras, foi capaz de construir o seu ideário, os seus símbolos, os seus projetos e a sua cultura organizacional. Assim, sem nunca perder de vista o desígnio das políticas educativas do MEC, a visão e a missão do nosso Agrupamento de Escolas é criar condições, por forma a que os nossos alunos terminem com sucesso a escolaridade obrigatória. As estratégias são muitas e diversificadas, mas todas devem assentar em princípios éticos, cívicos e inclusivos, sejam elas para responder ao ensino regular ou ao ensino profissional. Neste quadro, um projeto de escola, «num mundo em que os ventos mudam bruscamente e em que as previsões são pouco fiáveis» deve ser assumido como um verbo15 e nunca como um substantivo16, deve apresentar um posicionamento estratégico claro e nos tempos que se avizinham, deve ser liderado por alguém com o «saber de experiência feito» que, nas situações de dificuldade que se aproximam, seja capaz de, destemidamente, enfrentar a tempestade e a galopante erosão de valores. A escola está a ser empurrada para o desempenho de uma função de parking17, cada vez menos instrutivo e cada vez mais educativo, substituindo-se à família, e esse risco não pode ser combatido com a arrogância da inflexibilidade ou a pretensão de julgar ser possível controlar tudo com atitudes meramente disciplinadoras. Esse é o erro do líder frouxo ou inexperiente. Apesar de vivermos numa civilização de projetos, hoje tudo se conjuga para que qualquer projeto – de formação, de vida, de intervenção –, por mais comum que possa ser, seja um ritual em que acreditamos para responder aos nossos propósitos e, neste caso, aos desígnios da comunidade educativa do nosso agrupamento, ou seja, manter/aumentar os pontos fortes da organização; responder positivamente para reduzir/eliminar os pontos fracos e, no que concerne aos constrangimentos, engendrar alternativas que permitam salas de estudo aos alunos, compensando o tempo que despendem no trajeto escola/casa.

Licínio Lima, (2011:17) refere que “[…] uma sociologia das organizações educativas, consoante a concebemos, ensaia-se por referência à organização em ação, isto é, à organização enquanto unidade social e enquanto ação social ou, como temos vindo a procurar simbolizar em termos de vocábulo, para os nossos propósitos infelizmente inexistente na língua portuguesa, ao estudo da organização (organização + ação organizacional), daí remeter para o verbo “organizar”, ação, atividade dos atores, algo que as pessoas fazem. 16 Na mesma linha de pensamento o substantivo assume a organização como uma unidade estática. Ferguson (1994: 83), a este propósito, diz que “a organização precisa de ser pensada mais como verbo do que como substantivo, como algo que as pessoas fazem e não como unidade estática (ou mesmo dinâmica) ”. Ela é o resultado dependente da ação humana historicamente construída. 17 “a escola não pode impedir que um indivíduo que seria um excelente doutor não passe de serralheiro, ou que um bom serralheiro acabe num mau doutor. Ela não pode - tal como hoje a concebemos - evitar estes desperdícios em grande escala da juventude preciosa do país, este malbaramento sistemático das aptidões de cada um” (António José Saraiva, 1947: 43). 15

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3.1.2. Valorização das lideranças intermédias Como já foi referido, as lideranças intermédias são imprescindíveis para um bom funcionamento da organização. É na base que se inicia o caminho sustentado para o sucesso com a planificação das atividades letivas e não letivas. É o sítio certo para responder ao planeamento definido no plano estratégico do AEV emergente do diagnóstico swot (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças). É o lugar privilegiado para avaliar os processos de aprendizagem. É neste patamar das lideranças intermédias que o plano de ação ocorre e é, por isso, lugar certo para o diretor diluir e pedir a responsabilidade na prestação de contas pelos desempenhos educativos prestados à comunidade. 3.1.3. Desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções inovadoras A escola per se não consegue responder aos desafios de que está incumbida. Responde aos desígnios do MEC tendo como principal objetivo educar, instruir e formar jovens, mas tenta uma educação/formação que garanta o desenvolvimento global da personalidade dos alunos alicerçado em valores essenciais como a liberdade de pensamento, a justiça, a equidade, a igualdade de oportunidades e a solidariedade. Como facilmente se percebe não é tarefa fácil. Daí, os contributos de projetos, parcerias, resoluções e procedimentos facilitadores neste processo educacional. Dos projetos atuais, salientamos a modernização dos serviços administrativos com programas como CONTB, ALUNOS, GPV, SASE, GIAE, POCE e INOVAR que permitem uma gestão célere e eficiente. O sistema GIAE permitiu melhorias ao nível de funcionamento dos serviços de refeitório, bufete e papelaria e constitui para os pais e EE um recurso que permite informações dos seus educandos on line. O sistema de controlo remoto de entradas e saídas possibilitou também ao nível de segurança um serviço eficaz e rigoroso para toda a CE. A adesão à Escola Virtual proporcionou aos docentes recursos didáticos importantes para as suas práticas. As parcerias são peças fundamentais no AEV e a Autarquia é o nosso principal aliado. Além dos direitos e deveres superiormente estabelecidos, o Município presta muitos benefícios, sem os quais não seria possível à escola prestar um serviço inovador de qualidade. Por exemplo, a internet nos centros escolares, que nos possibilitou instituir os sumários eletrónicos em todas as turmas das escolas do Agrupamento. O controlo remoto de entradas e saídas dos alunos na escola sede permitiu garantir a segurança dos alunos que não têm permissão de sair do recinto da escola. Muitas outras parcerias há que prestam serviços complementares ao processo de ensino aprendizagem mas às quais, por motivos óbvios, não faremos referência neste texto, em que apenas referimos que são imensas, sobretudo ligadas aos alunos do ensino profissional que delas beneficiam na sua formação em contexto de trabalho. Finalmente, sem enumerar os imensos projetos que desenvolvemos, apenas salientamos que o Agrupamento tem uma grande tradição na participação dos projetos nacionais (Fundação Ilídio Pinho) e internacionais (Clube Europeu “As Voltas da Cultura”) e intercâmbios. O último projeto que a escola abraçou foi sobre a comunicação interna, inserida na formação do diretor com a parceria da Microsoft e ME tendo como objetivo estratégico “desenvolver uma comunicação eficiente entre os vários atores educativos das oito unidades orgânicas do Agrupamento como forma de responder ao projeto educativo”. Por fim, lembrar que as soluções que o agrupamento tem implementado tem sido reconhecidas pelo ME e a prova disto foram as horas de crédito atribuídas, nomeadamente 30 horas no ano letivo 2014/15 e 20 no presente ano.

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3.1.4. Motivação das pessoas e gestão de conflitos Numa organização como a nossa e com as ameaças que referimos anteriormente, podemos afirmar, inequivocamente, que só uma grande motivação dos principais atores educativos é capaz de justificar um funcionamento, diremos, quase perfeito do processo educativo. Aliás, a gestão de conflitos, exige ao diretor e à sua equipa de direção e gestão intermédia uma presença permanente e continuada para lidar de forma inteligente com todas as pessoas, evitando desgastes que afetam negativamente a organização. Por isso, a nossa será sempre uma postura de diálogo, de respeito pelo confronto de ideias dos vários intervenientes educativos, pela importância do trabalho das estruturas intermédias e, ainda, pelo reconhecimento do trabalho individual dos coordenadores de estabelecimento. Por isso, os poderes estão delegados. Neste quadro, pensamos que estes requisitos que apontamos podem evitar pequenos conflitos. Para isso, teremos de ser simpáticos, saber ouvir, estimular o diálogo, dar importância aos pares, ser humildes e trabalhar com humildade e respeito pela equidade. Portanto, administrar conflitos é uma das habilidades essenciais de um líder, pois é dele a função de manter o clima organizacional positivo, incluindo relacionamentos interpessoais harmoniosos. Numa escola tão complexa como a escola dos dias de hoje e, perante tantos constrangimentos, os alunos não abandonam, são assíduos, gostam da escola, cumprem a escolaridade obrigatória, no ensino regular ou nos cursos de educação formação, de acordo com os seus interesses. No Ensino Secundário Regular, também se contam alunos que optam pelo prosseguimento de estudos ou pelos cursos profissionais. Em jeito de remoque final para este item, deixava esta questão: não é isto motivação e empenho de grau elevado? 3.1.5. Valorização das competências e promoção do desenvolvimento profissional Está interiorizada no AEV uma cultura de formação interna. Desde há muitos anos que os professores do Agrupamento (mestres e doutores) promovem pequenas sessões de formação interna importantes para a prática pedagógica e para o pessoal não docente. Todavia, a formação do pessoal docente e não docente é desenvolvida pelo CENFIPE, ao qual o AEV está associado. No que concerne a este tópico, neste âmbito os atores educativos têm usufruído de formação e, por via disso, verificam-se melhorias nos desempenhos. 3.1.6. Mobilização dos recursos da comunidade educativa No AEV existe uma política mobilizadora dos recursos que a CE oferece. A Associação de Pais, as Juntas de Freguesia da área de influência de cada subunidade, a Câmara Municipal e outras entidades como o Centro de Saúde, a GNR, a Associação de Juventude de Vila Fonche, a Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, a APPACDM e a Ardal, entre outras. Este ano lançamos um desafio aos alunos para reativar a Associação de Estudantes e, como tal, a mobilização permitiu constituir duas listas que foram sufragadas. A partir deste ano letivo, o órgão de gestão vai poder contar com um novo recurso e importante para ajudar a melhorar a vida do Agrupamento.

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3.2. Gestão 3.2.1. Critérios e práticas de organização e afetação dos recursos Sem grandes considerações, apenas lembramos que o relatório de contas de gerência está conforme as orientações da tutela e de acordo com as linhas orientadoras do orçamento definidas pelo Conselho Geral e foi aprovado em tempo oportuno aliás, como tem vindo a acontecer em todas as contas de gerência. Finalmente, deixar uma nota sobre este tópico. Perante uma escola sede bastante envelhecida e deteriorada por um lado, e um orçamento cada vez mais reduzido, por outro lado, os critérios e práticas para afetação de recursos são bastante simplificados porque as verbas são, na sua maioria, gastas em água, luz, gás, comunicações e artigos de limpeza. O POCH podia ser o financiamento importante para implementar uma prática educativa mais inovadora se, a maior parte das verbas não fossem desviadas para pagar vencimentos. 3.2.2. Critérios de constituição dos grupos e das turmas, de elaboração de horários e de distribuição de serviço Os critérios de constituição de turmas, elaboração de horários e distribuição de serviço estão definidos com muito pormenor no Plano de desenvolvimento curricular (anexo 4). 3.2.3. Avaliação do desempenho e gestão das competências dos trabalhadores O corpo não docente da unidade orgânica é composto por um total de 104 funcionários, integrados nas seguintes carreiras: 76 assistentes operacionais, 16 assistentes técnicos, 1 técnico superior e 11 colaboradoras. Todos desempenham funções nas oito escolas que integram o Agrupamento e fazem parte do quadro de pessoal do Município Arcuense, desde 2008, data em que ocorreu a transferência de competências para os municípios em matéria de educação (Decreto-Lei nº144/2008). As onze colaboradoras acima referidas exercem funções em regime de prestação de serviço temporário. A gestão do pessoal não docente é exercida pela direção do agrupamento, por delegação da autarquia. No início de cada ano letivo compete à direção a afetação de funções a cada assistente, cabendo às responsáveis pelo pessoal não docente distribuir as tarefas e controlar a sua intervenção. A direção está, igualmente incumbida de validar a ausência dos trabalhadores. O pessoal não docente, no que concerne à avaliação de desempenho, é avaliado pelo SIADAP - Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública 2 (dirigentes) e 3 (trabalhadores). Por delegação da autarquia, o avaliador do pessoal não docente é um elemento da direção do agrupamento, cabendo à câmara municipal as competências de homologação e de decisão de recursos relativos a esta matéria. Os assistentes técnicos e operacionais são, sem qualquer dúvida, de uma importância vital para o bom funcionamento de uma escola e por isso, uma gestão eficiente dos mesmos é fundamental. O agrupamento tem-se deparado, nos últimos tempos, com uma redução do corpo não docente (sendo o principal motivo a aposentação por idade), sem que tenha havido a correspondente reposição. Esta situação causa algumas dificuldades na gestão dos recursos, tendo em consideração que nem sempre é fácil mobilizar os mesmos, pois as escolas que formam a unidade orgânica distam entre si vários km. A tipologia dos edifícios, principalmente da escola sede, exigem vários funcionários em permanência, os espaços exteriores são bastante alargados necessitando, também, de vários funcionários para garantirem a vigilância e a manutenção dos mesmos. Acrescenta-se a esta situação um outro constrangimento: a idade dos funcionários (76% com idades entre os 41 e os 67 anos). A este fator juntam-se os problemas de saúde e são muitos os funcionários que têm incapacidades e limitações para a realização de determinadas tarefas APRESENTAÇÃO DA ESCOLA – AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Valdevez

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(comprovadas pela medicina do trabalho). A atestar esta falta de recursos é o facto da autarquia, sendo sensível a esta preocupação e sabendo a importância destes «atores» na qualidade do apoio à atividade escolar, afetar mais alguns colaboradores em regime de prestação de serviço temporário ao agrupamento, como já foi referido anteriormente. A gestão do pessoal não docente tem exigido uma estreita articulação entre a direção do agrupamento, a autarquia e os próprios funcionários para que se possa responder às necessidades e às expetativas da comunidade educativa. O diálogo, a supervisão e a monitorização têm sido muito importantes para se conseguir gerir o pessoal e ao mesmo tempo diluir conflitos que tendem a surgir nestas situações. 3.2.4. Eficácia dos circuitos de informação e comunicação interna e externa A informação e comunicação entre a direção e o pessoal docente e não docente, bem como entre as estruturas de coordenação e professores são feitas por correio eletrónico. Está naturalizada esta prática. Já foi referido anteriormente que, este ano, o Conselho Geral aprovou o regulamento do correio institucional, apresentado pelo diretor, no âmbito da formação dos líderes inovadores. A comunicação (urgente e inadiável) aos pais e EE, professores e outros atores, é feita via telefone. As faltas interpoladas dos alunos são comunicadas via telefone, no momento da falta. Esta ação foi francamente positiva porque reduziu significativamente as faltas interpoladas e, por isso, foi considerada pela IGE e pelos Pais e EE uma boa prática. A comunicação dos DT é feita por várias formas: pessoais, correio, via caderneta, telefone e e-mail. Os DT/ professores titulares/educadores para além do dia e hora prevista para o atendimento aos EE, disponibilizam-se para receber os EE noutros horários. O Agrupamento disponibiliza também outras informações no que respeita às operações dos cartões magnéticos na página web e na plataforma moodle. Há também práticas de visitas guiadas aos alunos que vão frequentar o AEV, pela primeira vez (alunos do 1º e 5º anos). 3.3. Autoavaliação e melhoria 3.3.1. Coerência entre a autoavaliação e a ação para a melhoria O AEV procura promover medidas diversificadas de apoios educativos para combater o insucesso e o abandono escolar. Para além destas estratégias naturalizadas, adotamos como principal medida estratégica, uma oferta educativa capaz de responder aos interesses dos alunos, último reduto para que eles terminem com sucesso a escolaridade obrigatória. A equipa de autoavaliação vai monitorizando o plano de ação educativa e vai dando sugestões para a ação de melhoria, através de relatórios trimestrais, sobre os quais o CP reflete, que analisa e aprova. 3.3.2. Utilização dos resultados da avaliação externa na elaboração dos planos de melhoria Como foi dito na introdução, a AE deve ser vista como que um contínuo de reflexão e autoavaliação que espelhe as práticas dos seus atores. Os resultados expressos no relatório da AE são também analisados pelos vários órgãos de gestão e administração escolar como forma de orientação para continuar com as mesmas práticas se, eventualmente, produziram os efeitos previstos ou, então reformular para elaboração de planos de melhoria.

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3.3.3. Envolvimento e participação da comunidade educativa na avaliação A equipa de autoavaliação tem a representação de todos os agentes educativos. Todavia, seria incorreto afirmar tratar-se de um grupo com uma participação ativa nos trabalhos. O relatório final tem opiniões de todas as representações o que por si só já é muito salutar num processo de autoavaliação. 3.3.4. Continuidade e abrangência da autoavaliação A autoavaliação é formal, sistemática e estruturada, abrange os grupos, subgrupos e departamentos. A equipa de autoavaliação operacionaliza a avaliação através de relatórios trimestrais coincidentes com os três momentos de avaliação sumativa dos alunos. No final do ano, é feita a comparação dos resultados internos com os externos. 3.3.5. Impacto da autoavaliação no planeamento, na organização e nas práticas profissionais A autoavaliação é um processo de análise, um método de controlo e verificação das práticas que permite verificar se o plano de ação está em consonância com os desígnios do PE do Agrupamento. Este mecanismo de supervisão e avaliação é muito importante para o planeamento estratégico da organização daí, e em jeito de conclusão, referirmos que o funcionamento da organização, para progredir, terá de implementar e valorizar as práticas de autoavaliação, mas, nunca com a obsessão dos números, porque na educação existem dimensões difíceis de mensurar. Atrevemo-nos a afirmar que uma verdadeira avaliação externa deve compreender sempre a interna. A avaliação não pode estar confinada ao controlo e à prestação de contas; deve considerar, efetivamente, os conhecimentos, as avaliações que os atores revelam ter e fazer da sua organização; deve considerar o saber fazer, o saber agir e o saber ser da CE. Só assim nos parece ser eventualmente possível desencadear um processo que promova melhorias substantivas para e na escola. A avaliação faz-se com os professores, com os alunos, com os pais e EE e, também, com os avaliadores externos. No entanto, para este processo, é necessária a construção de um mecanismo, um modelo bem afinado através de referentes, de critérios e de indicadores capazes de traduzir em avaliação a realidade escolar ou, pelo menos, uma aproximação à realidade. Só assim será, porventura, aceite e dignificará a escola pública

Arcos de Valdevez, 30 de dezembro de 2015 O diretor, Carlos Alberto Ribeiro da Costa

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