TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO UFRGS | 2020/1 Acad. Ana Clara dos Anjos Pereira da Silva Orientador: Rômulo Plentz Giralt Assinado de forma digital por
ROMULO PLENTZ ROMULO PLENTZ GIRALT:34608958020 GIRALT:34608958020 Dados: 2020.08.29 19:07:08 -03'00'
CASA DAS CORES Centro de Acolhimento LGBTQIA+
SUMÁRIO 1. Aspectos Relativos ao Tema: 1.1. Justificativa .....................................................................03 1.2. Programa, Sítio e Tecido Urbano..................................04 1.3. Objetivos da Proposta....................................................05 2. Desenvolvimento do Projeto: 2.1. Níveis de desenvolvimento ...........................................05 2.2. Metodologia ...................................................................05
5.9. Levantamento Planialtimétrico, ...................................18 5.10. Drenagem do Dolo.......................................................19 5.11. Microclima: Insolação e Ventos,.................................19 6. Condicionantes legais 6.1. Código de Obras ...........................................................20 6.2. Plano Diretor ...................................................................21 6.3. Normas de Proteção Contra Incêndio .......................22 6.3. Normas de Acessibilidade ............................................22 6.4. Normas de Proteção do Ambiental e Patrimônial.....22
3. Definições Gerais 3.1. Agentes de Intervenção................................................06 3.2. População Alvo ..............................................................06 7. Fontes de Informação.......................................................23 3.3. Zoneamento Inicial ........................................................07 8. Histórico Escolar.................................................................25 3.4. Etapas de execução......................................................08 9. Portifólio...............................................................................26 3.5. Aspectos Econômicos....................................................09 4. Definição do Programa: 4.1. Descrição das Atividades..............................................09 4.2. População, Atividade, Unidade e Requerimento......10 4.3. Fluxos ...............................................................................11 5. Levantamento da Área 5.1. Potenciais e Limitações..................................................12 5.2. Projetos Incidentes..........................................................12 5.3. Morfologia e Relações Funcionais................................13 5.3. Uso do Solo.......................................................................14 5.4. Entorno e Sistema de Circulação .................................14 5.5. Redes de Infraestrutura .................................................15 5.6. Aspectos da População................................................15 5.7. Levantamento Fotográfico ...........................................15 5.8. Linha do Tempo..............................................................17
03
1. Aspectos Relativos ao Tema 1.1 Justificativa A proposta de projeto “Casa das Cores: Centro de acolhimento de LGBTS em situação de vulnerabilidade social” busca propor a associação da preservação de um edifício de patrimônio histórico ao uso de cunho habitacional para populações em situação de vulnerabilidade social, em especial à população LGBT. A partir da análise dos bens tombados do município de Canoas, principalmente aqueles localizados na região central da cidade, é possível observar o descaso para com alguns dos bens patrimoniados como é o caso do antigo casarão conhecido como Villa Nênê. A antiga residência da família Silveira tem resistido à ação do tempo apesar dos inúmeros eventos que ocorreram desde sua construção em 1928. Tombada em outubro de 2009 pelo DECRETO Nº 1062 tornou-se um dos sete edifícios que fazem parte do patrimônio histórico do município de Canoas e representa com seu estilo eclético as edificações do início do século XX. A edificação, que seria restaurada conforme projeto feito em 2016, sofreu um incêndio em 2018 que destruiu o telhado e danificou seu interior, desde então todos os processos foram paralisados e ela encontra-se em ruínas. A principal suspeita da causa do incêndio foi a ocupação irregular por moradores de rua que ocupavam as instalações da casa para se abrigar durante a noite desde que o imóvel foi abandonado por seus proprietários por meados dos anos 2000. Apesar do seu estado degradado ainda hoje é possível identificar a presença de moradores.
Segundo dados levantados pelo Departamento da Indústria da Construção da FIESP, há, no Brasil cerca de 6,9 milhões de imóveis vazios enquanto há seis milhões de pessoas sem residência. É injusto que, num país onde há mais edificações vazias que pessoas morando nas ruas, edificações e lotes urbanos não tenham o seu uso social respeitado conforme consta na LEI N° 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade. Considerando as pessoas em situações de vulnerabilidade social, principalmente aquelas em situação de rua, e as condições que desencadeiam essa situação, um dos recortes mais dolorosos é a LGBTfobia. Ser LGBT+ é possuir grande potencial a marginalização e ter acesso dificultado a meios de subsistência devido ao preconceito. No Brasil essa situação é ainda mais delicada, principalmente em relação as pessoas Trans pois o Brasil é o país que mais mata trans e travestis no mundo, segundo dados da Agência Nacional de Travestis
Foto Av. Santos Ferreira e vista da fachada da Villa Nênê datada de 1950. Fonte: Acervo Prefeitura de Canoas (GEO Canoas)
1.2. Programa, Sítio e Tecido Urbano
e Transexuais (ANTRA). Um ponto em comum à situação de descaso com o patrimônio histórico e a exclusão social da população LGBT é a falta do sentimento de pertencimento à comunidade. As políticas de preservação do patrimônio histórico só tem valor para a sociedade quando essa sente que o bem tem relação próxima à sua história e/ou cultura criando um vínculo que justifica a sua conservação. Enquanto a falta de políticas públicas de inclusão da diversidade tem afastado cada vez mais a população LGBT+ do convívio social gerando uma situação de marginalização e segregação. A criação do centro de acolhimento visa criar um ambiente acolhedor para a população LGBT+ de forma que tenham acesso a residência temporária, educação e cultura para se reinserirem na sociedade além de promover o convívio entre LGBTS e não-LBGT+ através de atividades culturais integradoras e ensino para a diversidade.
O lote escolhido localiza-se na região central da cidade, no endereço Rua Santos Ferreira n° 442 Marechal Rondon, Canoas – RS. Possui frentes voltadas para as ruas e divisas com terrenos baldios vizinhos. O lote pertence a ZEIC (Zona Especial de Interesse Cultural) conforme art. 149 à 145 e anexo 8.1. 20 do PDUA.
04
O município apresenta alguns programas de assistência social como o albergue municipal, um restaurante popular, centros de atenção psicossocial e centros de referência de assistência social que atendendo pessoas em situação de violência física, psicológica, sexual e atendimento beneficiários do Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada. A proposta do Centro de Acolhimento nesse local tem por objetivo centralizar os equipamento de assistência social, voltados principalmente para LGBT+, que contemple o acolhimento integral dessa população.
Ambulatório LGBT Restaurante Popular Albergue Municipal Centros de Ref. Ass. Social Centro de Atend. Psicossocial Local de Intervenção
Mapa Município de Canoas
Mapa Bairro Marechal Rondon
Lote de Intervenção
1.3. Objetivos da Proposta
05
O objetivo geral da proposta é resgatar o sentimento de pertencimento coletivo tanto do patrimônio histórico quanto dessa população feito através de um centro de acolhimento à população LGBT+ que terá moradia temporária, espaço de ensino, promoção de cultura e arte, atendimento médico e psicológico pontual, convívio social além de promover ações de preservação do patrimônio histórico e cultural. Inspirado nos projetos sociais de acolhimento LGBT, CASA NEM no RJ e CASA 1 em SP, o programa atenderá residência temporária, ensino preparatório pré-ENEM e profissionalizante, promoção de cultura e arte LGBT+, promoção de debates públicos, clínica social para atendimento médico pontual e promoção da saúde mental. A maioria das casas de acolhimento LGBT+ concentram-se no sudeste do Brasil havendo um déficit dessas estruturas no sul do país, a Casa Transvivência em Florianópolis SC, criada durante a pandemia de COVID-19, é a única na região. Apesar das políticas públicas LGBT+ a maioria dos movimentos são mantidos financeiramente pela sociedade civil através de doações e trabalho voluntário. Por isso o projeto pretende trazer os aspectos associados a técnicas construtivas de bioconstrução, utilizando recursos naturais, reaproveitamento e reciclagem de materiais associados a mutirões de construção para reduzir os custos e promover a interação e colaboração entre a comunidade. Essas ações promoverão a apropriação do espaço, sentimento de pertencimento, convivência com a diversidade e resgate de técnicas construtivas mais sustentáveis.
2. Desenvolvimento do Projeto 2.1. Níveis de Desenvolvimento O projeto será desenvolvido em nível de anteprojeto propondo soluções técnicas e funcionais para a edificação preexistente, a edificação anexa e ao espaço aberto. Serão apresentados um breve memorial descritivo, planilha de áreas, diagramas conceituais, planta de localização, planta de situação, implantação com entorno imediato, plantas baixas, cortes, elevações, cortes setoriais, detalhes construtivos e perspectivas externas e internas a serem apresentadas em formato digital com escala gráfica de acordo com a melhor visualização da proposta.
2.2. Metodologia O trabalho se desenvolverá em três etapas: A pesquisa de dados sobre o terreno, a preexistência, aspectos relativos ao tema e ao programa. A definição da proposta de intervenção e por fim o desenvolvimento do anteprojeto contendo soluções e detalhamento.
Foto da Villa Nênê a partir de uma das casas vizinhas (ano indeterminado). Fonte: Edison Barcellos
3. Definições Gerais 3.1. Agentes de Intervenção É de interesse da Prefeitura do Município, conforme decreto nº1062/2009 nº 9718/2009 sob inscrição n° 003, associado a entidades particulares e convênios com universidades garantir o processo de restauro, preservação e conservação de bens tombados do município. A prefeitura de Canoas tem histórico de parceria com a Universidade La Salle Canoas que já participou no restauro do Parque dos Rosa, que se tornou museu municipal. Essa parceria poderá auxiliar no que diz respeito aos processos de restauro, atividades de ensino e conscientização sobre o patrimônio além de oferecer oficinas e treinamentos de restauração e bioconstrução.
3.2. População Alvo O projeto será direcionado ao atendimento da população LGBT+ em situação de vulnerabilidade social, entende-se por vulnerável aqueles que por motivos de LGBTfobia foram expulsos de casa e/ou sofrem violência por parte da família e/ou não consigam emprego. O foco maior é para a população Trans que é a que sofre maior marginalização, conforme dados da ANTRA cerca de 90% da população trans do Brasil utiliza a prostituição como fonte de renda. Além do uso interno da comunidade LGBT+ abrigada, o espaço cultural e de ensino será aberto para a população, LGBT+ ou não, de Canoas e região.
06
A organização do centro de acolhimento LGBT+ será feita através da autogestão por parte de algum coletivo de luta por direitos LGBT+, como a Frente Internacionalista de Sem-Teto LGBT (FIST) associados à Rede Nacional de Casas de Acolhimento LGBT (REBRACA), e se manteria economicamente por meio da economia solidária, ações coletivas e voluntariado. Como ainda corre na justiça o processo de desapropriação do bem em nome da prefeitura, propõe-se, assim que a desapropriação foi efetivada, ocorresse a cedência de uso do espaço para construção do Centro de Acolhimento à população LGBT para usufruto por parte do coletivo que será responsável pelo projeto. Manifestação da Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST) em frente à Casa NEM no RJ. Fonte: Facebook @frenteinternacionalista.fist
3.3. Zoneamento Inicial
Para que fosse possível gerar números estimativos relacionados ao programa foi realizada uma análise das legislações principalmente os dados sobre as Zonas Especiais de Interesse Cultural (ZEIC) conforme Anexo 8.20 do PDUA de Canoas descrito na tabela e diagrama abaixo. Posteriormente foi feito um zoneamento inicial baseado nos dados coletados considerando os objetivos a serem atendidos pelo projeto. Altura máxima TO% prédios IA TPC TPC na divisa básico cedente receptor (m) Potencial Construtivo
Zona de Uso
07
Área de Preservação Cultural Área de Ambiência Cultural
2,3 2,5
Afastamentos Frente Lateral Fundos (m) (m) (m)
MEDIANTE EVU 0,5
75
9
4
Isento
Isento
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE CULTURAL - ZEIC
A partir do levantamento dos dados limitantes do terreno como afastamentos, zonas de preservação e limites de altura levantou-se a área de possível intervenção do projeto. Para garantir o menor impacto ambiental possível foi considerado, nesse levantamento inicial, preservar o máximo da vegetação existente no local. O projeto prevê três volumes principais: a edificação existente que abrigará predominantemente o uso cultural, um anexo de caráter mais público abrigando as funções educacionais ficando esse mais voltado para a Av. Santos Ferreira e um de caráter de abrigo para acolher a população alvo. Previu-se também uma área de circulação que garanta a acessibilidade à todas as edificações de forma que crie um percurso no entorno da preexistência para contemplação do espaço. Foi previsto pelo menos um acesso principal para cada uma das edificações voltada para as ruas que fazem frente ao lote. PROPOSTA DE ZONEAMENTO
N
0
N
5
10
20
Zona de Preservação
0
Zona de Ambiência
Recuos Laterais
5
10
Uso Cultural
20
Uso Residencial
Uso Educacional
Circulação
3.4. Etapas de Execução
- Limpeza, avaliação do estado e salvaguarda do que restou dos destroços do incêndio do interior e do telhado; - Limpeza do Terreno; - Construção de parte do edifício anexo para suporte as ações de restauro e construção dos anexos; - Restauro do bem tombado; - Acessibilidade de acessos ao terreno e ao bem tombado assim como a acessibilidade de ligação entre o edifício tombado e anexo(s); - Construção do edifício anexo voltado para moradia; - Construção do edifício anexo para uso coletivo/público; - Paisagismo;
3.5. Aspectos Econômicos Para estimativa dos custos da obra, foram considerados os valores de Custo Unitário Básico por metro quadrado (CUB) disponibilizados pelo SINDUSCON RS em junho de 2020. De acordo com o parecer do Conselho Estadual de Cultura do RS, o projeto de restauro e ações de educação patrimonial da Villa Nênê teriam o custo total de R$ 1.579.515,95 na época anterior ao incêndio. Os recursos viriam através do Ministério da Cultura, da Prefeitura de Canoas e do Sistema de Leis de Incentivo à cultura do RS. Esse valor foi considerado como guia para a majoração do valor do maior CUB de caráter residencial o R1 (Residência Unifamiliar de Alto Padrão de Acabamento) em três vezes para a preexistência devido aos elevados custos para uma obra de restauro.
O valor estimado para a nova edificação de caráter residencial foram considerados os valores de RPQ1 (Residência Popular) enquanto que para a edificação educacional foram considerados os valores de CAL- 8 (Comercial Andar Livres de Normal Padrão de Acabamento), considerando que as novas edificações serão feitas com os critérios de bioconstrução adaptando ao máximo as necessidades para materiais reciclados, de baixo custo e baixo impacto ambiental. Para baixar o custo da obra, considerando a situação de vulnerabilidade do público e a falta de incentivos fiscais, além dos já direcionados a restauração do bem e cedência de uso do espaço para o coletivo, foi proposto a utilização de arrecadação de materiais de construção, financiamentos coletivos, auxilio econômico por parte da REBRACA, doação do projeto arquitetônico, reciclagem de materiais (garrafas de vidro, pneus, madeiras de demolição, utilização do solo de eventuais escavações/terraplanos, palha de resíduos da agricultura, etc), além da utilização de mão de obra de mutirões formados pelos moradores acolhidos pelo projeto, moradores do entorno, coletivos sociais, comunidades agroecológicas e alunos de cursos relacionados à construção vindos de universidades. O treinamento seriam feitos por coletivo de bioconstrutores da região como os de Maquiné. TABELA ESTIMATIVA DE VALORES Edificação Área (m²) CUB (R$) Valor Est. (R$) Preexistência 184,20 R$ 2.450,72 x3 R$1.354.267,87 Anexo Resid. 430 R$ 1.598,05 R$ 687.161,50 Anexo Educ. 360 R$ 1.942,16 R$ 699.177,60 TOTAL R$2.740.606,97
08
4. Definição do Programa 4.1. Descrição das Atividades As atividades se dão em cinco eixos principais: - ABRIGO: moradia temporária, espaço de alimentação, espaço de estar social e convivência entre os abrigados (anexo residencial); - CULTURA: espaço de exposição sobre o patrimônio histórico do município, da história dos movimentos LGBT do Centro Referência em História LGBT (CLOSE) e Memórias LGBT, além de exposição de arte, apresentações, ateliers e uma pequena biblioteca comunitária (preexistência e anexo uso público) ,
09
- CUIDADO: espaço de atendimentos médicos pontuais e atendimentos de apoio psicológico ao indivíduo e as famílias feito por profissionais voluntários.
Foto fachada acesso principal da Villa Nênê registrada no ano de 2010. Fonte: Jorge Luis Stocker Jr.
- ENSINO: educação básica, profissionalizante e pré-ENEM pelo movimento Trans ENEM Canoas, treinamentos de inclusão e diversidade para empresas e também oficinas de bioconstrução, restauro e conservação. - JARDINS: espaços abertos para estar, conviver e hortas comunitárias a serem utilizadas pelos moradores e comunidade vizinha. Não foi previsto estacionando no local pois considerando o propósito sustentável do projeto e a facilidade de acesso ao local via transporte público além da previsão do plano cicloviário do município prever a construção de uma ciclovia passando bem ao lado do terreno.
Foto da Villa Nênê depois do incêndio registrada no ano de 2018. Fonte: Leila Silveira
4.2. Tabela de População, Atividade, Unidade e Requerimentos EDIFICAÇÃO
Preexistência
ATIVIDADE
Cultura
Cultura Cuidado Anexo Uso Público Educação
Anexo Residencial
Jardins
Abrigo
Estar Cultivo
AMBIENTE
QUANTID. POP. FIXA POP. VAR. ÁREA ÚTIL ÁREA TOT.
EQUIPAMENTOS
Exposição de Arte
1
-
5
15
15 m²
Expositores, bancos
Exposição História LGBT+
1
-
5
15
15 m²
Estantes, bacão, expositor, tv
Exposição Patrimônio Canoas
1
-
5
20
20 m²
Estante, balcão, expositor, tv
Biblioteca Comunitária
1
1
3
10
10 m²
Estantes, mesa de leitura
Sanitários
2
-
2
5
10 m²
Vaso sanitário e pia
Recepção
1
1
1
4
4 m²
Estante, mesa,cadeira,comp.
Copa
1
-
2
8
8 m²
Geladeira, micro-ondas, pia
Administração
1
3
4
20
20 m²
Mesa,cadeira,armário,comp.
Espaço para Eventos
1
-
20
80
80 m²
Arquibancada
Salas Atendimento Individual
2
-
2
8
16 m²
Mesa, cadeiras, armário
Salas Atendimento Coletivo
1
-
8
15
35 m²
Mesa, cadeiras, armário
Sanitários
2
-
2
4
8 m²
Vasos sanitários,pias
Salas de Aula
4
-
20
18
145 m²
Mesas, cadeiras, lousa, comp.
Atelier
1
-
20
25
25 m²
Mesas, cad., armários, comp.
Sanitários
2
-
2
4
8 m²
Vasos sanitários e pias
Infraestrutura
1
-
1
15
15 m²
Reservatórios de água
Dormitório Comunitário
1
20
-
150
150 m²
Camas e armários
Refeitório
1
20
10
60
60 m²
Mesas, cadeiras e balcão
Cozinha
1
-
3
35
35 m²
Gelad., fogão, pia, bancada
Dispensa
1
-
1
10
10 m²
Estantes e armários
Estar Social
1
-
20
60
60 m²
Sofás, poltronas, tv
Lavanderia/Limpeza
1
1
1
4
4 m²
Estante, mesa,cadeira,comp.
Sanitários
5
-
5
30
150 m²
Vasos sanitários,pias,chuveiros
Chuveiros/Vestiários
5
-
5
15
75 m²
Cabines, bancos armários
Infraestrutura
1
-
1
15
15 m²
Reservatórios de água
Jardins
3
-
10
500
500 m²
Bancos, ilum., veget., biciclet.
Salas de Aula
4
-
1
6
6 m²
Armários
Atelier
1
-
5
30
30 m²
Canteiros
10
4.3. Organização Fluxos
Horta Comunitária Av. Santos Ferreira
Sala de aula
11
Ateliers
R. Felipe Noronha
JARDINS EDIFÍCIO CULTURAL
ANEXO USO PÚBLICO
CENTRO DE ACOLHIMENTO
(preexistência)
Sanitários
Recepção
Hall/Espaço de eventos
Dormitórios
Estar Social Lavanderia
Consultórios Exposição LGBT
Sanitários
Copa
Exposição de Arte
Biblioteca Comunitária
Circulação
Exposição Patrimônio
Refeitório
Administração
Dispensa
Cozinha
5. Levantamento da Área 5.1. Potenciais e Limitações O terreno está localizado na região central da cidade, em uma via coletora, está em um local de fácil acesso inclusive via transporte coletivo. Apesar da sua localização, o trecho onde se encontra possui poucos investimentos e encontra-se em mau estado de conservação em nível urbano. As calçadas são pouco atrativas e degradadas. Fica em uma zona prioritariamente residencial, com poucos usos ativadores, sendo apenas espaço de passagem. A falta de ativação se agrava pelo estado degradado do espaço público e pela sensação de insegurança devido à presença de moradores de rua e usuários de drogas nas redondezas. O histórico de ocupação da casa, assim como o relato dos moradores locais, reforça a necessidade de implementação de políticas públicas de habitação para pessoas em situação de vulnerabilidade. FORÇAS
OPORTUNIDADES
FRAQUEZAS
AMEAÇAS
- Localização central; - Fácil acesso; - Amplo espaço verde; - Amparo municipal a politicas de acolhimento à população LGBT+; - Destinado abrigar registros da história dos movimentos sociais da cidade.
- Reaproveitamento de um edifício abandonado; - Garantia de uso social do solo; - Restauro de bem histórico cultural do município; - Atendimento de população em situação de vulnerabilidade; - Atrativo social para esse trecho da cidade.
- Agravamento dos danos após o incêndio; - Propriedade privada, corre em andamento a desapropriação do imóvel em nome do município; - Elevado custo do restauro;
- Pouca circulação de pedestres; - Medo de violência por parte dos moradores de rua que habitam o local e as redondezas; - Zona urbana pouco assistida, quase abandonada.
A cidade de Canoas é considerada pioneira em ações à favor da diversidade e possui um aparado de apoio a essa população. Aderiu ao Pacto Nacional de combate à LGBTfobia, possui um conselho municipal LGBT, políticas municipais de atenção integral à saúde da população LGBT e ambulatório LGBT. A criação do centro de acolhimento desenvolveria a participação popular, auxiliaria na ativação da região, integraria pessoas em situação de vulnerabilidade social novamente à sociedade, além de restaurar o bem tombado.
5.2. Projetos Incidentes A Villa Nênê possui um projeto de restauro e criação do Museu da Participação Popular de Canoas para abrigar itens dos registros que compõem a história dos movimentos sociais da cidade. O projeto seria executado pela empresa Melnik Even Santa Fé desenvolvido pelo Escritório Vórtice Arquitetura LTDA. dos Arq. Eduardo J. Gorini da Veiga e Arq. Enilda M. Micelli da Silva que gentilmente cederam o levantamento feito em 2016 para compor esse projeto. Segundo o Parecer do Conselho Estadual de Cultura Protocolo SPI: 16/1100-0000386-8: “O projeto de restauração da Villa Nenê tem seu mérito reconhecido na busca pela preservação do patrimônio material, histórico e cultural da cidade de Canoas, bem como, por preocupar-se em colocar esse patrimônio a serviço do desenvolvimento da cidadania. (...)Terá tanto a função de afirmar os mecanismos de participação popular, como de rememorar a historia desta participação, além de estimular as gerações futuras a serem atores da história de Canoas.”
12
MAPA FIGURA E FUNDO
5.3. Morfologia e Relações Funcionais: Por ser parte do centro histórico de ocupação da região, os lotes e grãos são bastante irregulares. Muitos lotes possuem formato irregular devido à conformação após a abertura de algumas avenidas e ruas. A configuração geométrica dos lotes é, geralmente, retangular com frente estreita e bastante profundos apresentando uma ocupação bem rarefeita. Ao longo das avenidas principais, geralmente, não há recuo de frente nem lateral. No geral os lotes, grãos e altura aumentam conforme se aproxima da BR 116, assim como diminuem quanto mais se afastam desse eixo.
N
5.3. Uso do Solo: Os usos dessa região são predominantemente residenciais e comerciais ou mistos. Os edifícios voltados para as avenidas, Santos Ferreira, Inconfidência e Getúlio Vargas (BR116), são em quase sua totalidade, edifícios comerciais. Enquanto nas ruas de caráter mais local predomina o uso residencial.
13
0
40
80
120
MAPA ALTURA DAS EDIFICAÇÕES
No entorno imediato do terreno há predominancia de residências, porém também há presença de comércios locais, um edifício de escritórios, a Secretaria de Obras do Município e a Praça da Imprensa. A Villa Nênê é o único bem tombado da região central que se encontra fora do bairro Centro. Seu afastamento dos outros bens e do centro propriamente dito pode ser um dos fatores de descaso com sua conservação. É importante favorecer a ativação do local com um uso atrativo para polarizar os fluxos e interesses para essa região.
N
0
40
1 pav.
80
120
2 pav.
3 pav.
4 pav.
5 pav.
6 à 9 pav.
10 à 12 pav.
MAPA DE USOS
5.4. Entorno e Sistema de Circulação: A área de intervenção faz divisa com dois terrenos baldios, com uma via coletora de bastante importância para a cidade (Av. Santos Ferreira) e uma via local de pouco movimento (rua Felipe de Noronha). Por estar localizada próximo ao centro fica numa região privilegiada de acesso à diversos usos públicos, como: o Hospital Nossa Senhora das Graças, UBS Centro, Ambulatório LGBT, algumas escolas públicas e privadas de todos os níveis de escolaridade, estação Canoas da Trensurb, a Rodoviária Municipal, a Universidade La Salle, a Praça da Imprensa, o Largo da Inconfidência onde ocorrem feiras e eventos.
N
0
40
80
Comerc.
120
Misto
Resid.
Praças
Escolas
Instituc.
Relig.
s/uso
MAPA ANÁLISE ENTORNO
Faz parte da rota do Patrimônio Histórico da cidade que passa por edifícios como a Antiga Estação Ferroviária Canoas, Villa Mimosa, Museu Municipal Parque dos Rosa, Prefeitura de Canoas e a Praça do Avião. O lote fica dentro da área de previsão do plano cicloviário tendo uma linha estrutural da ciclovia passando pelo terreno na Av. Santos Ferreira.
5.5. Redes de Infraestrutura: A região possui boa rede de infraestrutura urbana. O lote é servido de rede de água e esgoto, geridas pela empresa Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) e a rede de energia elétrica e iluminação pública é regida pela empresa Rio Grande Energia (RGE). O recolhimento e destinação dos resíduos sólidos orgânicos como recicláveis é de responsabilidade da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). A região também é atendida por rede de telefonia fixa, móvel e internet.
N
0
40
80
120
Trensurb Universidade Estrada Federal Bombeiro
Rodoviaria
Hospital HNSG Via Arterial Sec.Obras
Praças
Bombeiros Patrimônio Histórico Via Coletora Via Local Escolas
CTG
Prev. Soc.
14
5.6. Aspectos da População: Segundo o Censo do IBGE 2010, a população do bairro Marechal Rondon é de aproximadamente 11.002 habitantes sendo 53,6% mulheres e 46,4% homens. A faixa etária predominante é de 25 à 34 anos. O bairro possui 13% de domicílios não ocupados. A taxa de alfabetização do bairro é de 99%. A média de renda do município é de 3,2 salários-mínimos porém 29,4% da população possui rendimento per capta de até ½ salário mínimo. Ainda não há dados oficiais em relação ao número de pessoas vivendo em situação de rua no município. Porém, foram levados em consideração os dados de ocupação do Centro POP, equipamento de atendimento à população em situação de rua, que atender cerca de
15
80 casos por mês e o albergue municipal possui capacidade de abrigar 50 pessoas a cada noite é possível afirmar que o número de pessoas em situação de rua seja considerável.
5.7. Levantamento Fotográfico Fotos do levantamento de Avaliação Comercial do Patrimônio feitas em 20/01/2011 cedidas gentilmente pela Arq. Daniela Marques Garcias. Capturas de tela feitas do vídeo disponível ao público pelo canal do Youtube Área 394. As gravações foram feitas em Julho e Outubro de 2019 feiras pelo proprietário do canal Anderson Lumertz Pereira.
16
As informações baseadas na entrevista com Airan Milititsky Aguiar, Gerente de Patrimônio Cultural e Museu da Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo de Canoas.
5.8. Linha do Tempo Intervalo onde ocorreu a construção do anexo (ano não confirmado) Compra do lote no 4° Distrito de Gravataí por Antônio Cândido Emancipação de Canoas da Silveira
Construção da Villa Nênê homenagem a esposa Gomercinda Ignácio da Silveira
1928 1925
17
Atualização Levantamento Cadastral disponível no acervo da prefeitura
Foto Av. Santos Ferreira do acervo da prefeitura GEO Canoas
1939
Estimativa do período de abandono e ocupação irregular do imóvel(ano não confirmado)
1950 1984
Ofício n°0005/2009 SMC Notificação de Tombamento
Fotos do estado da edificação em 2010. Fotos: Arq. Jorge Luis Stocker Jr.
Foto Av. Santos Ferreira do acervo da prefeitura GEO Canoas
1990
2009
Projeto de Restauração desenvolvido pelo Arq. Eduardo Veiga do Escritório de Arquitetura Vórtice Arquitetura Ltda. Incêndio ocorreu na madrugada do dia 12 de Envelopamento da janeiro de 2018.� edificação para fins Fotos: Leila de preservação do Silveira e Diário bem. Foto: EPH SMC de Canoas.
Termo de compromisso de cooperação Melnick Even Santa Fé para Desapropriação e Restauro
2010
2012
2013
2016
2018 2020
5.9. Levantamento Planialtimétrico A preexistência possui recuo médio de 4m das ruas, desconsiderando o acesso lateral coberto e por ser um terreno de esquina possui um jardim frontal em forma de platô com frente para a esquina. Atualmente a edificação encontra-se abandonada, seu interior está repleto dos escombros que restaram do incêndio, o porão, segundo relatos, está cheio de lixo e há indícios de ocupação por moradores de rua e o terreno está totalmente tomado por vegetações e materiais de construção.
Planta de Térreo
Planta de Cobertura
Planta Sótão
0
Planta Porão
1
5
10
5.10. Solo e Drenagem
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA INSOLAÇÃO E VENTOS
O solo do município é predominantemente composto por coxilhas areníticas formadas por sedimentos aluviais recentes mal drenados com alta presença de água, além do solo de tipo Planossolo presentes em áreas de relevo suave, também sendo mal drenado, e o Argilosolo que geralmente são profundos e bem drenado. O lote alvo do projeto encontra-se em zona livre de inundação e possui desnível máximo de 4m da confluência das ruas até os lotes vizinhos.
5.11. Microclima, Insolação e Ventos O clima do município é subtropical temperado caracterizado por grandes variações térmicas e chuvas bem distribuídas. A média anual máxima de temperatura é de 24°C e a mínima é de 15°C. O município é considerado abafado ou extremamente úmido em pelo menos 21% do tempo.
Fonte: Imagem de satélite do Google Earth
O vento mais frequente da região é o vento Leste.
19
O terreno possuí bastante vegetação, principalmente nos fundos da edificação, em contraste com espaço público no entorno que apresenta pouca ou nenhuma vegetação, criando um microclima mais ameno dentro do lote. A vegetação também auxilia abafando o ruído vindo circulação intensa de veículos pela avenida Santos Ferreira. Por ser um terreno de esquina, fazer divisa com dois terrenos baldios e as edificações do entorno serem em sua maioria edifícios de poucos pavimentos há pouco ou nenhum sombreamento causado no terreno.
Foto da ambiência dos fundos da Villa Nênê registrada no ano de 2011. Fonte: Arq. Daniela Marques Garcias
6. Condicionantes Legais 6.1. Código de Obras Segue abaixo resumo das análises dos pontos relevantes do Código de Obras de Canoas a serem considerados no desenvolver do projeto. Segundo o Capítulo XII PORTAS elas deverão ter no mínimo 2,10 de altura, largura mínima de 0,90m para entrada principal e portas secundárias de 0,80m. Segundo o Capítulo I ESCADAS elas deverão atender legislação estadual, federal e as normas brasileiras. Larguras das escadas largura mínima de 1,20m (N=P/C : N - Número de unidades de passagem arredondado P População do pavimento de maior lotação C Capacidade de unidade de passagem). Degraus com largura mínima de 0,27m, lance máximo entre 2 patamares consecutivos de 3,70m Patamares ter comprimento mínimo igual à largura da escada, quando houver a mudança de direção. Segundo o Capítulo II RAMPAS elas deverão ser construídas em material resistente ao fogo quando servir a mais de 2 pavimentos, com pisos e patamares de materiais antiderrapantes, com declividade máxima pedestres NBR 9050/2015. Patamar mínimo 1,20m obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a vencer for superior a 3,70m. Segundo o Capítulo I VÃOS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO todo compartimento deverá ter vãos para o exterior, esquadrias que permitam pelo menos 50% de ventilação da área exigida nunca inferior a 0,40m² e lavabos mínimo de 0,25m².
Considerando o propósito principal da edificação como centro de acolhimento, e seu uso como abrigo e/ou residência temporária coletiva de indivíduos em situação de vulnerabilidade utilizou-se como diretriz as normativas da Seção XIV EDIFICAÇÕES DESTINADAS A ASILOS, ORFANATOS, ALBERGUES E SIMILARES. A edificação deverá ter dormitórios que quando coletivos 9m² de área para 2 leitos (aumento de 4m² por leito excedente) e pé-direito mínimo de 3m para área inferior 60m² e 3,50m para área superior a 60m². Limite de 30 leitos por quarto. Instalações sanitárias deverão ter 1 conjunto de banheiras ou chuveiros, lavatórios e vasos para cada 10 ocupantes. Ter área mínima livre externa de 1m² para cada ocupante. Ter área de permanência com locais de trabalho, leitura e recreio. A edificação de uso público seguirá as normas do Capítulo II - EDIFICAÇÕES COMERCIAIS, SERVIÇOS E INSTITUCIONAIS tendo que ser construídas em alvenaria, ter pé-direito mínimo de 3m para áreas de até 30m² ou 3,50 para áreas até 100m² e 4m para áreas acima de 100m². Aberturas de ventilação e iluminação com no mínimo 1/12 da área do piso. Sanitários um para ambos os gêneros para áreas de até 30m²; um sanitário por gênero para áreas de 30m²a 100m² e 1 sanitário a cada 50m² a mais. Refeitórios, copas, depósitos alimentícios, Segundo o capítulo de INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS, Art. 188 e 189, e conforme o mapa do sistema de esgotamento sanitário da cidade, o lote encontra-se em uma zona “Em implementação” da rede. Sendo assim, será obrigatório o emprego de fossas sépticas e filtros anaeróbicos e deverão sem situados no lote afastados 1,50m das divisas e recuo viário. Segundo o Art. 191 do capítulo de INSTALAÇÕES
20
HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS, os sanitários deverão respeitar: Pé-direito de 2,20m. Vão de iluminação mínimo 1/12 do piso. Acesso aos aparelhos com largura mínima de 0,60m, afastamento de 0,15m entre aparelhos e 0,20m entre a lateral dos aparelhos e as paredes. O lavatório mínimo 50cm x 40cm e local para chuveiro mínimo de 0,64m² com espaço de giro de mínimo 0,80m Conforme Capítulo XI do Código de Obras, sobre SUSTENTABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES, “O Município poderá autorizar formas construtivas e materiais diversos do constante no presente Código como forma de estímulo a sustentabilidade das edificações. Taxa mínima de permeabilidade do solo obrigatória dentro dos lotes em todo o Município de Canoas será de 20% (vinte por cento) da área do lote (área permeável não construída e/ou não pavimentada).
6.2. Plano Ambiental
21
Diretor
Urbanístico
e
O plano diretor prevê estratégias de valorização do centro e controle de uso do solo para evitar imóveis urbanos sem utilização além da proteção, preservação e recuperação do patrimônio cultural, histórico e artístico do município. Está previsto nas estratégias de habitação, com foco em habitação social, o destino de áreas de vazios urbanos e a recuperação e reabilitação de imóveis desativados ou subutilizados para este fim. É objetivo dos programas habitacionais que eles busquem a autossuficiência interna propiciando o retorno dos recursos aplicados. Com base nisso o projeto prevê a autogestão do centro de acolhimento. O programa de uso prevê a criação de novas
centralidades estimulando atividades de uso comunitário, auxílio na segurança dos bairros e inibição da segregação socioespacial. No campo do desenvolvimento econômico estabelece-se a melhoria das condições de vida da população assegurando condições dignas de moradia, reduzindo desequilíbrios econômicos e ampliação de ações de capacitação profissional. No âmbito ambiental são previstos o incentivo e a educação ambiental, para capacitar e exercer participação ativa na proteção do meio ambiente. Há previsão de incentivo a construções sustentáveis. Os programas de qualificação cultural considera Patrimônio Cultural os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos que integram a comunidade, tais como os modos de viver, manifestações artístico-culturais, edificações inventariadas ou com interesse de preservação. É previsto a delimitação e definição das ZEICS. As estratégias de desenvolvimento social do PDUA preveem a priorização das populações em situação de vulnerabilidade social, em especial no âmbito da educação, formação profissional e geração de oportunidades de trabalho e renda. Já está em andamento processo de desapropriação do lote em nome da prefeitura, e no PDUA há previsão de estratégias de desapropriação para servir ao desenvolvimento social, reforçando a importância de aproveitamento de um espaço como esse para suporte às populações marginalizadas.
6.3. Normas Incêndio:
de
Proteção
Contra
Como o município não possui nenhuma lei específica de proteção contra incêndio será utilizada a Legislação estadual de prevenção contra incêndio assim como as de Porto Alegre. Segundo o CÓDIGO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DE PORTO ALEGRE – LEI COMPLEMENTAR No 420: Locais de reuniões de público para refeições possui classificação F-7 grau de risco 8 (médio), Locais de objetos inestimáveis como museus e exposições possui classificação F-1 grau 2 (pequeno), Serviços Educação e Cultura Escolas em geral possui classificação E-1 grau 2 (pequeno) e Serviços de hospedagem albergues e assemelhados possui classificação B-1 grau 4 (pequeno).
6.4. Normas de Acessibilidade Universal: Na promoção da acessibilidade serão observadas as regras gerais previstas em legislações federais, estaduais, complementadas pelas normas técnicas de acessibilidade da ABNT NBR 9050/2015 e pelas disposições contidas na legislação do Município. Bens tombados: projetos de adaptação devem compatibilizar as normas de acessibilidade. Sanitários e vestiários: localizados em rotas acessíveis, próximos a circulação principal e integrados aos demais, distância máxima percorrida de 50m, em edificações de uso coletivo pelo menos 5% de cada peça sanitária deve ser acessível e mínimo 1 por pavimento onde houver sanitário. Locais de exposições: todos os elementos expostos
devem ser em locais acessíveis e via mídias acessíveis. Refeitórios: 5% das mesas, mínimo uma, cadeirantes sempre interligadas a rota acessível.
para
Hospedagem: atender as regras de alcance manual e visual, circulação interna de no mínimo 0,90m de largura prevendo área de manobra, e pelo menos uma área de giro com 1,50m e camas com altura de 0,46cm. Bibliotecas: pelo menos 5% das mesas acessíveis e outras 10% adaptáveis. Atendimento ao público: pelo menos 5%, mínimo 1, dos balcões de atendimento acessível e outros 10% adaptáveis.
6.5. Normas Patrimonial:
Proteção
Ambiental
e
Caso haja necessidade de replantio ou corte, deve-se seguir as especificações do Decreto Municipal nº 15.418/2006 que trata da supressão, transplante e poda dos espécimes vegetais. A norma de Patrimônio Histórico LEI Nº 3875 DE 10 DE AGOSTO DE 1994 ORGANIZA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO MUNICIPAL discorre sobre os aspectos gerais de tombamento, orientações e punições em relação a atividades referentes aos bens tombados. A edificação encontra-se em terreno classificado como Zona Especial de Interesse Cultural (ZEIC) que apresenta ocorrência de patrimônio cultural, imóveis ou locais, representativo da história e/ou cultura da cidade, que deve ser preservado a fim de evitar a perda ou o desaparecimento da memória coletiva e das
22
7. Fontes de Informação características e que lhes conferem peculiaridade. O lote possui duas zonas: Áreas de Preservação Cultural (APC) edificações ou áreas que abrigam os bens de interesse histórico-cultural que deverá ser preservado em sua totalidade sendo permitido apenas intervenções baseadas em um Estudo de Viabilidade Urbana; e uma Áreas de Ambiência Cultural (AAC) áreas que contornam os bens de interesse histórico-cultural, considerado elemento de compatibilização. ARTIGOS Medeiros, Lis Paiva de, Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes, & Nobre, Maria Teresa. (2020). Narrativas LGBT de pessoas em situação de rua: repensando identidades, normas e abjeções. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15(1), 1-16. Recuperado em 22 de agosto de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pi d=S1809-89082020000100007&lng=pt&tlng=pt.] LIVROS Teoria Contemporánea de la Restauraión Salvador Muñoz Vinãs História do Movimento LGBT no Brasil Editora Alameda ACERVOS Prefeitura Municipal de Canoas Biblioteca Municipal João Palma da Silva LEIS CÓDIGO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DE PORTO ALEGRE – LEI COMPLEMENTAR No 420 – [http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/us
23
u_doc/lc_420_-_incendio.pdf] LEI Nº 3875 DE 10 DE AGOSTO DE 1994 ORGANIZA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO M U N I C I P A L [https://leismunicipais.com.br/a/rs/c/canoas/lei-ordinaria /1994/387/3875/lei-ordinaria-] Decreto n° 50 de 2018 Regulamentação de Calçadas no Município de Canoas - Lei nº 5.961/2015 [https://leismunicipais.com.br/a/rs/c/canoas/decreto/201 8/5/50/decreto-n-50-2018-regulamenta-os-arts-167-168-16 9-170-e-171-da-lei-n-5961-de-11-de-dezembro-de-2015-qu e-institui-o-plano-diretor-urbano-ambiental-no-que-se-refe re-a-padronizacao-das-calcadas-e-instalacao-de-mobilia rio-urbano-no-municipio-de-canoas] Plano Diretor Urbano Ambiental de Canoas LEI Nº 5.961 DE 11/12/2015 [https://www.canoas.rs.gov.br/wp-content/uploads/2018 /01/Lei_5961_15_PL_2215_pdua1.pdf] Código de Obras e Edificações do Município de Canoas LEI COMPLEMENTAR 5/2016 [https://www.canoas.rs.gov.br/wp-content/uploads/2020 /07/Lei-complementar-5-2016-Canoas-RS-Codigo-de-Obr as-consolidada-27-12-2019.pdf] LEI COMPLEMENTAR Nº 14.376/2013 Normas Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios [https://leisestaduais.com.br/rs/lei-complementar-n-14376 -2013-rio-grande-do-sul-estabelece-normas-sobre-seguran ca-prevencao-e-protecao-contra-incendios-nas-edificac oes-e-areas-de-risco-de-incendio-no-estado-do-rio-grand e-do-sul-e-da-outras-providencias] LEI Nº 5955/2015 A CRIAÇÃO CONSELHO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DE LGBT DE CANOAS
[https://leismunicipais.com.br/a/rs/c/canoas/lei-ordinaria /2015/595/5955/lei-ordinaria-n-5955-2015-dispoe-sobre-a-c riacao-a-composicao-a-estruturacao-e-as-competencias -do-conselho-municipal-de-promocao-dos-direitos-de-les bicas-gays-bissexuais-travestis-e-transexuais-de-canoas] VÍDEOS Casarão histórico totalmente abandonado. | Canal ÁREA 394 Youtube postado em 28 de jul. de 2019 [https://www.youtube.com/watch?v=7rOJYpHY5Rs&t=406 s] CASARÃO ANTIGO DE 1928, VILLA NENÊ, ABANDONADO E DESTRUÍDO. | Canal ÁREA 394 Youtube postado em 05 de out. de 2019 [https://www.youtube.com/watch?v=o7W2eeVvxxo] SITES Street Transvestite Action Revolutionaries found STAR H o u s e [https://www.workers.org/2006/us/lavender-red-73/]
Restauração Villa Nênê - Protocolo SPI: 16/1100-0000386-8 [http://www.procultura.rs.gov.br/projeto_parecer_cec.ph p?cod_projeto=15195] PLANO MUNICIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE CANOAS [http://oldsite.canoas.rs.gov.br/downloads/planosaneam ento/Anexo_II_Plano_Municipal_Abastecimento.pdf] Solos de [https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/solos]
Canoas
IBGE Canoas [https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rs/canoas.ht ml] Mapeamento da População em Situação de Rua da Região Metropolitana de Porto Alegre ECOSOL PROPUA CONECTANDO VIVÊNCIAS [http://camp.org.br/files/2017/12/Mapeamento-da-Popul a%C3%A7%C3%A3o-em-Situa%C3%A7%C3%A3o-de-Rua-F INAL.pdf]
1970: Youth of color form STAR—Street Transvestite Action Revolutionaries [https://www.nswp.org/timeline/event/street-transvestiteaction-revolutionaries-found-star-house] LGBTFOBIA NO BRASIL: FATOS, NÚMEROS E POLÊMICAS [https://www.politize.com.br/lgbtfobia-brasil-fatos-numero s-polemicas/] Reflexão: 6 milhões de famílias sem casa; 6 milhões de imóveis vazios no Brasil [http://44arquitetura.com.br/2018/05/deficit-habitacional -brasil/] Parecer
do
Conselho
Estadual
de
Cultura:
24
8. Histórico Escolar
9. Portifólio
Introdução ao Projeto Arquitetônico II - 2013/2 Projeto: Residencial Jerônimo de Ornelas Porto Alegre Professora: Angela Becker Maciel
Projeto Arquitetônico II – 2014/2 Projeto: Conjunto Escolar Vila Jardim - Porto Alegre Professor: Humberto Nicolás Sica Palermo
Projeto Arquitetônico I – 2014/1 Projeto: Centro Comunitário Bela Vista - Porto Alegre Professor: Edson da Cunha Mahfuz e Silvia Lopes Carneiro Leão
Projeto Arquitetônico III – 2015/1 Projeto: Habitação/Trabalho Loureiro Porto Alegre Professor: Douglas Vieira de Aguiar
Projeto Arquitetônico IV – 2015/2 Projeto: Hotel Santa Ana del Mar - Uruguai Professor: Mauro Defferrari
Projeto Arquitetônico V – 2016/2 Projeto: Mercado Público Terminal Cairú POA Professores: Betina Tschiedel Martau, Luis Carlos Macchi Silva e Sergio Moacir Marques
Projeto Arquitetônico VI – 2017/2 Projeto: Centro Administrativo PMPA – Porto Alegre Professores: Claudio Calovi Pereira, Glenio Vianna Bohrer e Claudio Fischer
Projeto Arquitetônico VII – 2019/2 Projeto: Centro Cultivar Habitação/Trabalho POA Professores: Silvia Regina Morel Correa, Carlos Fernando Silva Bahima e Humberto Nicolás Sica Palermo
Urbanismo I - 2016/2 Projeto: Largo Epatur - Porto Alegre Professor: Paulo Edison Belo Reyes
Urbanismo II - 2017/1 Projeto: Loteamento Passo das Pedras – Porto Alegre Professor: Julio Celso Borello Vargas, Alice Rauber Gonçalves e Clarice Maraschin
Urbanismo III - 2018/1 Projeto: Loteamento Passo das Pedras – Porto Alegre Professor: João Farias Rovati, Leandro Marino Vieira Andrade e Eugênia Aumond Kuhn
Urbanismo IV - 2019/1 Projeto: Revitalização Orla Guaíba – Porto Alegre Professora: Heleniza Ávila Campos