01 Rafael M. Machado é natural de Juiz de Fora, tem 30 anos de sangue, de sonhos e América do Sul. Aprendeu desde de menino que as palavras são armas e por isso escolheu ser poeta. Suas influências vão de Cuti a Clã Nordestino, Ziziek a Jorge Luiz Borges.
I Preciso vocabulário Termo da técnica Mesmo lendo, conotações e ideias excluem Primário não é termo neutro Constrói a fala dos jornais Em uma leitura média Denota dúvida até ao que entende Discurso está econômico Ditado pela boca de muitos Ouvidos por poucos, Mudo, gesticulo com os iguais Tentando assim outro viés
II Dicotomias de crenças capitalistas Bailam nas conservaçþes das frases Aliviando os fatos, as dores Do desabamento complexo do sistema
III Cabrestos de dois dĂgitos Democracia 4 por 4 Generalismo imprimem revistas Agencias permutam notas MilionĂĄrios bravejam contra governos A nĂłs as agruras de menos direitos Tais fatos ĂŠ o sistema politico? Forma de coronelismo?
IV Qual a face do sistema? Monopólio de certos dados Latifúndio de estigma e barreiras Finanças, títulos e acionistas Globalizam o sangue Espere, o abismo não é este Na fuga para o norte dos irmãos em guerras Oxi, forte nas ruas Figurado em acordos estranhos na UE Conexões locais reconstroem cidades 3 poderes se negando políticos
V Não teve o fim a história Por isso voltam unificados Babando as raivas Sectários tentam se proliferar pelos ventos Há uma saída, ela não virá do poder Manifestam as décadas iniciais desse século
VI Como falar golpe ? A língua vulgar diz que não é Nós a gritar. Perdemos. Que dizer aos outros ? O sorriso que irrita, além da falta de revolta
VII Monopรณlios evoluem Mudam de nome As formas de agir Os lugares que dominam O desprezo pelas regras A sede por lesgiladores Os preรงos livres nos centavos
VII Mulher, o que dizer Suas falas na derrota Superam os gritos pela vitoria Sim, ele foi leviano Vil, que aqui na favela levaria socos NĂŁo, a ele deram a faixa Messias, do cĂŠu burguĂŞs Homem dos falsos calos da labuta Covarde, que toma sorvete Estarei contigo, Mulher Os vitoriosos, tem sangue de nosso povo
VII Ela se foi do palácio Eles entraram com as reformas As acadêmias se contorceram em explicações As massas se reviram nos boletos Na toada de um tango reverso Flertando com medo Falso Dom Sebastião surge Impunhando lemas que desconhece Secretando escarnio Os mitos renascem como direitos O passado rescrito com gozo Sanando os que desconhecem Pindorama
Conservase um lema impraticavel: Ordem e Progresso Os renegados desta profecia Fazem como Lorca, não se curvam Apontam a nudes do messias Vociferando o sonho de retorna a ela, Democracia
X O meu pai é marcineiro O meu avó pedreiro O meu bisavo escravo Por estes que luto Cravo no peito, foice e martelo | trago na mão as forças das lutas A razão carrega os escritos já lidos A ti não darei minhas lágrimas Nem meus sorrisos verás Notara apenas revoada do novo
Editorial grรกfico por
@an4honorio