SANTO ANHANGÁ 01
MEU CORPO MEU PROTESTO BODY MODYFICATION, MIND TRANSFORMATION
POR UMA VIDA SEM
CATRACAS
PASSE LIVRE, JÁ!
REVISTA SO
BRE O BAIR RO VALE DO ANHANGABAÚ COM OLHAR FOCADO NAQUILO QUE VOCÊ GERALMENTE NA O VÊ
SANTO ANHANGÁ, JÁ!
SANTO ANHANGÁ SIGNIFICADO E FORMAS DE APARIÇÃO Anhá-Angá, “anhang” do tupi-guarani. “Ang” significando Alma e “Anhá”, correr, ou seja, uma alma que corre. Pode ser traduzido por alma errante dos mortos, sombra, espírito ou, como fala o caboclo, visagem, que é o mesmo que espectro, fantasma e assombração. Como alma é invisível, entretanto pode assumir diversas formas. As formas nas quais se apresenta depende para quem aparece. A sua forma mais comum de aparição é como um portentoso veado branco, com chifres cobertos de pêlos, olhos de fogo e com uma cruz na testa.
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INDEX
MISTO FRIO DE NOVO BODY ART POLÍTICA SESSÃO VARIADA, DE ACORDO COM A VIAGEM DO REDATOR, ÚNICO FIO CONDUTOR É O ANHANGABAÚ.
SESSÃO QUE ABORDA OS PROJETOS DE REVITALIZAÇÃO DO CENTRO, NOVA UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO ANTIGO.
ESPAÇO DESTINADO A DISCUTIR A ARTE E O CORPO QUE OCUPAM A CIDADE.
ANHANGABAÚ É PALCO DE LUTA POLÍTICA, ESTE ESPAÇO BUSCA EVIDENCIÁ-LA.
MISTO FRIO
CARNE E O MARMORE
ENTRE A
Um passeio entre as estátuas, vivas ou “mortas” na paisagem urbana do vale do anhangabaú
05 A DAMA DA FONTE Volorem alitisita sequodis illiae elitectur, ut doluptata voluptam aut exernam, occullibusam inctore pellabor sinit, offici cusanda eptate venim latur modicatio et faccus sit duciumque nestis ipsam reperum esciure parchitas quam, id quissim oluptatectem es di as que prae re con non renecatiore plicide lenist, cuptaquam, quis re pariae laccatem sinctur? Parchil idit odi re siti....
O LAMPIÃO - VIVO Bernati doloritas eos eum nihit quame num as et labo. Itas sandam, offic torerfero quiam, nis doluptatem abo. Pudit, qui dunt, quate dolorep udiosse quibus. Abo. Ritatiae excerum sitas vellit quatur sequia volenihilis quoditibus, comnis asi doloribus aliquam ilis re volora cusae lab imolore sequas et, sam aperferum facea volut exceped explab ipsunt volor ma que porehenime occae verunt quiam restia voloreste lant.
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AMOR CINZA Volorem alitisita sequodis illiae elitectur, ut doluptata voluptam aut exernam, occullibusam inctore pellabor sinit, offici cusanda eptate venim latur modicatio et faccus sit duciumque nestis ipsam reperum esciure parchitas quam, id quissim oluptatectem es di as que prae re con non renecatiore plicide lenist, cuptaquam, quis re pariae laccatem sinctur? Parchil idit odi re sitia dic
DE NOVO
COMO ERA
HOJE ILUSTRA CARINA BUENO
PRÉDIO VELHO É NOVIDADE texto do boxTorum voluptae incia qui optatem vollibus, cullaut qui voluptat iae comnis idel illendi conse cum nobit es dolectu rect ur? Ta dis simi, quiaecta comnimi llest ium consed maione pliberios dolorrum quo maior asitiat uriatquassum unt is pratur miniet et etur, solessi taquis modistis quaspiene nectur aut volorerupta vAceribus ius quisque inienia idero quiat hita nonsendiscil evelis ut poreper iasit. quis mos et, volupidem es eatisquam ad quaecum eate nis quiae et dolupic iaeprae nonseditio consedic to beruntur moloria dolu ptation plit eliquo beatum essimodis nimus mag nis acium accus.
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TRACKERS TOWER
EM VELHAS CONSTRUÇÕES, NOVAS INSTALAÇÕES A TRANSFORMAÇÃO DE PRÉDIOS NO ANHANGABAU
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DO ABANDONO À ARTE
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PROT
BODY ART
MEU CORPO MEU
TESTO
10 O CORPO E A CONSCIÊNCIA Na história da Filosofia, localizamos determinados eventos que foram responsáveis pelo modo como a Psicologia apreendeu a consciência, o corpo e a experiência de si. Tanto do ponto de vista reducionista, quanto universalista, a Psicologia se valeu do percurso filosófico para formular o psíquico e sua relação com a A história da filosofia moderna foi marcada pelo norte da prerrogativa cartesiana, assim como pela tentativa de resolver os problemas criados por ela. Este problema, conhecido como o problema de Descartes, como apresenta Abbagnano (1991), marcou o início da Filosofia Moderna e serviu de ponto de partida para desdobramentos que nortearam muitas reflexões filosóficas, bem como inspirou determinadas correntes psicológicas. Descartes fundou a oposição entre natureza e cultura, que serviam de apoio para delimitar o Consciente do Não-consciente. Neste sentido, a consciência deixou de fazer parte do corpo, passando a se definir como uma propriedade do espírito. Keleman (1985) afirma que não há distinção entre o corpo e o eu. Assim sendo, não existe um eu sem um corpo. Essas afirmações buscam compreender a imbricada relação entre soma, psiquismo e consciência. Ele sinaliza que diferentes estados de tensão e sofrimento emocional vividos por um indivíduo definem padrões de organizações somáticas. Freud, no prefácio à edição alemã de Scatologic Rites of All Nations, de John G. Bourke, recordando as aulas dadas pelo professor Brouardel, em Paris, no ano de 1885, comenta que uma vez, enquanto ele ilustrava
BODY ART
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BODY ART O CORPO É UM PROCESSO VIVO O corpo não é um ente, mas um processo vivo, através e a partir do qual a experiência de si mesmo acontece. Enquanto realidade somática, o corpo demonstra como a vida pessoal foi e está sendo continuamente organizada, afirma Keleman (1985), através de sua Psicologia Formativa.
O CORPO NA FILOSOFIA A filosofia moderna prosperou a partir da oposição entre corpo e espírito (psiquismo e mente). Descartes (1637) foi o responsável pelo abandono do conceito de corpo como um instrumento7. Segundo este autor, todo movimento e calor existentes no humano pertencem exclusivamente ao corpo, não dependendo em absoluto do pensamento. Descartes afirma que o corpo de um homem vivo difere do corpo de um morto do mesmo modo que um relógio ou outro autômato que está carregado. Ele complementa dizendo que o corpo contém em si o princípio corpóreo dos movimentos para os quais foi projetado, juntamente com todos os requisitos para agir; todavia difere do mesmo relógio ou da mesma máquina, quando estes estão avariados ou quando o princípio do movimento deixa de agir. A tese cartesiana se manteve ao longo da história como um pressuposto teórico que norteou durante muito tempo as investigações científicas sobre os corpos vivos. No que diz respeito à filosofia, a formulação cartesiana trouxe um problema até então desconhecido pela filosofia clássica que definia o corpo como instrumento. Este problema se refere à relação entre corpo e alma. Para estas formulações, a filosofia moderna e contemporânea produziu quatro “soluções”.
SARA PANAMBY MEU CORPO É MEU PROTESTO TEXTO E FOTO F. ESPINDOLA
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R O P
A D I V A UM
A LUTA PELA MOBILIDADE URBANA
Costuma-se dizer que no Brasil o ano só começa depois da folia do Carnaval. Há, exatamente em função desse mito, a reprodução de uma ilusão – sustentada pela idéia de um imaginário coletivo – de que o novo ano que se inicia só começa a valer de fato após o esperado feriado de Carnaval. Essa assertiva tem uma dose de realidade, especialmente quando deixamos aqueles compromissos ou tarefas perfeitamente adiáveis para final de fevereiro, ou no caso deste ano de 2011, parameados de março. Mas, a obviedade dos fatos nos faz sublinhar que ano começou em um sábado, dia 1º de janeiro (data na qual nem todos são agraciados com o direito ao merecido descanso após as festividades de Reveillon). Em São Paulo, já no dia 05 de janeiro, fomos lembrados pela experiência cotidiana posta pela necessidade de mobilidade placidade de que nem todos nossos “compromissos
ou tarefas” poderiam ser adiados para depois do Carnaval. Isso porque no dia 05 de janeiro de 2011 as passagens de ônibus em São Paulo chegaram ao exorbitante patamar de R$ 3,00, em um reajuste de 11,11%, que tornou a tarifa em São Paulo a mais cara do país; irracional do ponto de vista social, mas perfeitamente racionalizável quando levamos em conta o imbricamento complexo que envolve o plano do econômico com o político. Esse assombro aparece como uma espécie de “déja-vu” do ano de 2010, quando em 04 de janeiro, também na gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), houve um reajuste da tarifa de ônibus que aumentou a passagem de R$ 2,30 para a já inviável tarifa de R$ 2,70 . TARIFA ABUSIVA A insatisfação generalizada pela conjunção de uma tarifa
POLÍTICA
S A C A R T A C SEM abusiva e não condizente com os rendimentos da maioria da população trabalhadora, das péssimas condições nos ônibus (marcada especialmente pela superlotação), que colocam cotidianamente a humilhação e a exploração que pode ser sentida no corpo e na mente daqueles que precisam acordar cada vez mais cedo para que possam chegar a tempo no emprego, sob o risco de perdê-lo, fez com que um número expressivo de paulistanos, sobretudo estudantes, não esperasse o Carnaval chegar e fosse às ruas protestar a urgência da redução . -Desde o dia 13 de janeiro do presente ano – apenas uma semana após a validação do reajuste – milhares de pessoas tem se manifestado nas ruas contra o aumento da passagem, ainda que a grande im-
prensa, intencionalmente relapsa na cobertura dos fatos, insista em afirmar que o número nunca ultrapasse a casa das centenas de manifestantes. Ao todo, já foram realizados nove grandes atos chamados pelo Movimento Passe Livre, concentrados na região central da cidade, alguns dos quais com grande repressão policial. Os atos tem tido alguma repercussão e, diante das sucessivas mobilizações, uma Audiência Pública foi realizada em 12 de fevereiro para discutir o aumento das passagens, cujo resultado foi a ão (mal explicada) de fraudes nas planilha. NADA EXPLICA O REAJUSTE sobre o aumento. O escancaramento do reajuste como decisão política e econômica e não estritamente econômica, como se quer fazer supor, além das dificuldades de negociação com a população interessada na
MOVIMENTO PASSE LIVRE EM BUSCA DO TARIFA ZERO POR RAFAEL XAVIER PACCHIEGA FOTOGRAFIA LUIZA MANDETTA
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A ESCASSEZ DACOBERTURA
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séria e aprofundada desses acontecimentos por parte da mídia dominante, procura emudecer mais de dois meses de ininterruptas mobilizações que colocam no centro do debate a questão do transporte, mas acima de tudo refere-se às questões da mobilidade urbana e das possibilidades de apropriação da cidade, negada de antemão pelo próprio processo de produção capitalista do espaço urbano, que coloca uma necessária contradição entre produção social (ou socializada) da cidade e sua apropriação privada. As coberturas midiáticas de massa procuram deslegitimar e subestimar a radicalização, ou melhor, a potência dessas mobilizações, ao relacionar sugestivamente tais protestos como iniciativas de um número reduzido de jovens estudantes (a maioria universitários) e, portanto, sem legitimidade (numérica) social. Procuram associar inconseqüência e juventude como binômio inquebrantável, cuja expressão mais significativa seria aquela relacionada aos transtornos que tais mobilizações causam no trânsito da cidade, afetando o “direto sagrado do
ir e vir” do paulistano médio. Quem nunca ouviu em algum noticiário variações da máxima: “não somos contra o direito que o povo tem de se manifestar, desde que isso não afete o direito de ir e vir do cidadão”.
O DIREITO DE IR E VIR Acontece que o sagrado direito de ir e vir já foi negado de antemão pela lógica que priorizou o espaço como o “espaço livre da mercadoria”, nas palavras de Guy Debord, e priorizou o transporte individual (baseado no automóvel) em detrimento do transporte coletivo, público e de qualidade. A prova mais dramática da negação desse direito de ir e vir não pode ser representada pelos transtornos causados na Avenida Paulista e no Centro da cidade em hora de rush pelos manifestantes em luta pela redução da tarifa de ônibus, ou como costuma dizer o Movimento Passe Livre, pela luta de uma “vida sem catracas”, mas pelo último acontecimento na Estrada do M’Boi Mirim, onde no dia 04 de março, trabalhadores precisaram dar vazão a uma insatisfação que os acomete todos os dias nas filas dos pontos de ônibus, na superlotação esmagadora dos transportes, nas incontáveis horas despendidas nos congestionamentos
POLÍTICA
gigantescos em todo o trajeto em direção a um trabalho degradante, na maioria dos casos. A falta de perspectiva de melhora no transporte urbano – na verdade o que se vê é uma crescente piora – fez com que mais de dois mil trabalhadores, cujo direito de ir e vir lhes é negado pelos congestionamentos e alto pelo preço das passagens, interditassem a já interditada Estrada do M’Boi Mirim na tentativa de chamar alguma atenção do poder público para a situação insuportável que se transformou se resume estritamente por ela. Caberia o deslocamento pela cidade de São Paulo. em outro espaço uma crítica mais aprofundada e negativa envolvendo a lógica do de produção capitalista da cidade MENOS CARROS O que está co- processo que nos levaria certamente a discutir em locado tanto nas manifestações na região termos mais amplos a questão da mobilicentral quanto na realizada na Estrada do dade, dos transportes e dos movimentos M’Boi Mirim é mais do que um grito de sosociais urbanos. Aqui, nos limitaremos corro por mudanças no sistema de transapenas ao início de uma discussão que porte urbano a um desacreditado poder pretende sugerir outras de maior fôlego. público como agente significativo na produção de uma cidade justa socialmente. O que também está colocado é a potência REDUÇÃO DA TARIFA Nossa posta na e pela vida cotidiana de trans- intenção é colocar na pauta de discussões gressão a um cotidiano extremamente di- desta semana, “curando-se” da ressaca do lacerado e degradado, inclusive em função Carnaval, o assunto que vem ocupando as da situação dos transportes, mas que não mentes envolvidas na luta pela redução da tarifa (na construção de uma luta ampliada pela Tarifa Zero) e o pensamento dos milhares de trabalhadores que desembolsam uma quantidade expressiva de seu redu-
“Nossa intenção é colocar em pauta o projeto Tarifa Zero”
zido salário com passagens de ônibus-trem-metrô, e que vem ganhando espaço crescente nas redes sociais desde o início do ano. Com a grande mídia destinando um pequeno espaço de informação e reflexão sobre essas mobilizações, enfatizando mais os transtornos causados pelos protestos do que explicitando os conteúdos das reivindicações (além dos controversos números de participação e informações sobre os atos), esperamos que este pequenino texto possa contribuir com a divulgação dessas mobilizações. A expectativa é a de que espaços como este na internet possam servir para a explicitação e para a reflexão crítica de outras tantas mobilizações que envolvem a luta cotidiana pela apropriação (ainda que residual, mas certamente significativa do ponto de vista do cotidiano) da cidade. Nesta próxima quinta-feira, dia 24 de março de 2011, um novo ato em defesa da redução da tarifa de ônibus em São Paulo está chamado para às 17h, com concentração na Praça Oswaldo Cruz, Metrô Brigadeiro (em frente ao Shopping Paulista). Em Santo André, no ABC Paulista, a luta