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“Vivemos numa terra com história e tradição”

Entrevista exclusiva a Bruno Parreira (Presidente da Junta de Rio de Mouro ) Concelho , 4 - 5

Sintra dos pequeninos

As praias secretas

“Street workout”

SOCIEDADE. Novo parque temático

TURISMO. A região de Sintra tem

DESPORTO. Nova modalidade é praticada em espaços publicos e serve para combater a criminalidade.

promete ser uma das grandes atrações do concelho dentro de dois anos.

várias praias que pouca gente conhece. Saiba quais...

Concelho, 5

Concelho, 10

Lazer e Desporto, 14 PUB

Raiz cúbica CENTRO DE APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA


2 Correio de Sintra

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editorial  Este Governo não

Três anos para aprender? Aquilo que está a acontecer neste ano letivo, pela terceira vez consecutiva neste (des)Governo, é de bradar aos céus. Nada está a funcionar como deveria. Existem ainda mais de dois mil professores por colocar e milhares de alunos sem aulas, tal como o Correio de Sintra denunciou na última edição. Além disso, faltam auxiliares na maioria dos estabelecimentos de ensino. Há algo de podre no reino do ensino. Temos, neste momento, uma escola pública que restringe a alimentação das crianças, que não emprega psicólogos para as acompanhar, que não aposta na valorização dos professores e que limita o acompanhamento individual das crianças com dificuldades. Agora, que se aproximam as eleições legislativas, tenta-se tapar o sol com uma peneira, arranjando aulas de apoio e diminuindo os programas escolares. Dá sempre menos trabalho do que fazer as coisas bem logo de início. E isto, para já não falar nas escolas do concelho de Sintra onde chove como na rua e no amianto que permanece em algumas delas. O Ministério da Educação e da Ciência, dirigido por Nuno Crato, peca por não fazer os trabalhos de casa. E isso, no meu tempo, corrigia-se à reguada ou, nos tempos que correm, com a sua óbvia demissão. E a lição aplica-se a todos os outros ministérios, nomeadamente ao da Justiça, que permanece uma barafunda e em “estado de Citius”. Errar é humano, mas errar tanto já cheira a burrice…  CARLOS TOMÁS

Ficha Técnica

DR

Estávamos nos anos oitenta do século passado. O ensino tinha então “qualidade” porque, diziam os entendidos, era apoiado na “disciplina”. Só os melhores e os mais aplicados passavam. Não se assinavam declarações a comprovar que não tínhamos telemóveis (não havia). A “disciplina”, na minha turma, era aplicada com uma régua que foi “baptizada” de “D. Rita”. Levei uma vez com a dita, por me ter “esquecido” de fazer os trabalhos de casa (qualquer coisa como escrever os números romandos de um até mil). Acho que nenhum dos meus 25 colegas escapou a saborear a “D. Rita” que a professora Graça usava com absoluta mestria. Agora já não se usa régua. Mas insidiosamente, sob o pretexto da necessidade de melhorar a nossa qualidade, vão introduzindo o germe da desigualdade na cabeça das crianças, modelando-as para aceitarem como natural as clivagens sociais. E os pobres pais colaboram e não dão por nada. Não percebem que a competição só é saudável quando as pessoas partem de bases iguais. Os lares dos portugueses estão cada vez mais desiguais e as crianças refletem tal desigualdade. Se continuarmos por este caminho, em breve teremos escolas para operários e escolas para gestores. Escolas que geram elites destinadas a mandar e escolas destinadas às grandes massas.

Salta à vista...

DR

aprende com os erros

A abrir

E

m Rio de Mouro, a junta de freguesia local resolveu dar largas à sua imaginação e tentar cativar as pessoas para embelezar a localidade. Nesse sentido, levando em linha de conta a heterogeneidade da localidade, foram desafiados vários autores de grafites para pintarem algumas paredes e infraestruturas degradadas. Uma que salta à vista é a que se encontra em frente da Igreja de Nossa Senhora da Paz, onde um posto de eletricidade foi pintado com a imagem da antiga Igreja de Nossa Senhora de Belém, de Rio de Mouro “velho”. Segundo o presidente da autarquia local, Bruno Parreira, “a ideia é estabelecer e simbolizar uma ligação histórica entre todas as décadas, aproveitando uma arte gráfica dos tempos modernos, com a vantagem de que ainda estamos a requalificar espaços que se encontravam degradados e a aproveitar as capacidades criativas das gentes locais”.

De terra em terra...

Q

uem visita a freguesia de Almargem do Bispo não pode deixar de reparar na sua histórica igreja, local onde eram sepultadas as pessoas que ali faleciam. E também não pode deixar de notar o conjunto azulejar ali existente e que é simplesmente notável. Depois do desastre marroquino de Alcácer-Quibir, em 1578, onde desapareceu o rei D. Sebastião, Portugal entrou em crise e foi forçado a recorrer a artes ornamentais mais baratas, o que contribuiu para a aplicação generalizada da azulejaria. Na igreja de Almargem do Bispo podem observar-se vários painéis de azulejo com motivos simbólicos, tais como jarras de flores e Santíssimo Sacramento. Existem ainda painéis eucarísticos e painéis hagiográficos dedicados a Santo António, Santo Antão, São Paulo e São Pedro. No pátio da igreja existe ainda um painel de azulejos que recorda a crucificação de Jesus Cristo.

A frase... Se a iluminação no concelho de Sintra for melhorada a segurança vai ser, certamente beneficiada. A falta de luz pública em muitas freguesias do concelho é clamorosa”.

Hernâni Carvalho, membro da Assembleia Municipal de Sintra e comentador da SIC.


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4 Correio de Sintra

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Autarquicas Concelho

“As pessoas estão a passar

ENTREVISTA. A. Chama-se Bruno Alexandre Parreira, tem 32 anos e é o presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, a cuja gestão se dedica a tempo inteiro.

N

uma análise à situação da autarquia local, o responsável diz-se preocupado com a falta de médicos de família, revela que “há cada vez mais pessoas a passar por dificuldades”, elogia o diálogo com a Câmara de Sintra e assegura que está a ser feita uma grande aposta na vertente cultural e no património. “A relação com a Câmara não podia ser melhor. Este executivo é amigo das juntas e uniões de freguesia. Aliás, estão a ser feitas reuniões periódicas onde se juntam todos os presidentes, sejam eles de que cor política forem, para se debaterem as estratégias a adotar. Ou seja, é possível ‘negociar’ no bom sentido da palavra e as pessoas são ouvidas numa lógica de interesse comum. Tenho medo de uma visão paroquial. O concelho de Sintra é muito vasto e heterogéneo e nem a autarquia nem as juntas se podem fechar sobre si próprios”, garantiu ao Correio de Sintra Bruno Parreira. O autarca concretiza: “Tem de existir uma política macro e que vá de uma ponta a outra do concelho. Somos presidentes de junta, mas nunca podemos perder de vista as prioridades de todo o concelho. Não é possível haver fronteiras numa autarquia de enorme complexidade social e Pub

Bruno Parreira quer fixar as pessoas na freguesia de Rio de Mouro

económica. Sintra é Portugal em ponto pequeno. Só não temos neve. De resto, temos património, serra, indústria, cultura, costa marítima, cidades, aldeias, vilas e muita gente. Em Rio de Mouro, por exemplo, temos zonas fortemente urbanizadas e outras de características mais rurais. Esta diversidade é uma riqueza muito grande para todos.

que tentamos falar sobre o problema com a Administração Central recebemos apenas silêncio.” Face à inércia governamental, o autarca diz que se está a tentar minimizar a situação com recurso à entrega dos profissionais existentes: “Existe um trabalho fabuloso que está a ser realizado pela Unidade de Saúde Familiar AlphaMouro que extrapola as normais obri-

Se há coisas boas na freguesia, a Educação é, sem dúvida, uma delas. Todos os professores e auxiliares escolares merecem o meu mais profundo reconhecimento.”

Faltam médicos de família De acordo com Bruno Parreira, um dos grandes problemas da freguesia prende-se com a área da saúde. “Em termos de infraestruturas não estamos mal, mas queremos melhorar. Há muitas pessoas na freguesia sem médico de família. Existe uma fortíssima carência de meios humanos e sempre

gações de uma unidade deste tipo. Ensinam, por exemplo, comportamentos saudáveis a adotar pelas pessoas, nomeadamente em termos de alimentação e exercício físico. Realizam periodicamente jornadas de Saúde onde vão de encontro às preocupações e carências da população. Envolvem-se com a comuni-

dade. Têm profissionais dedicados e empenhados. Temos estado a trabalhar na melhoria do diálogo com este parceiro fundamental. Uma das preocupações é, por exemplo, o combate à obesidade infantil. Infelizmente, Sintra perdeu uma grande oportunidade de ter um hospital, uma vez que deixou escapar essas unidades para Cascais e Loures. Agora temos de tentar melhorar os serviços que existem, nomeadamente tentando fixar na freguesia os jovens médicos que nasceram ou residem cá na terra. Acredito que o sentido de comunidade dos nossos médicos pode ser decisivo. Temos excelentes exemplos na AlphaMouro.” Problemas sociais Os problemas de âmbito social são outra das grandes preocupações da autarquia local. “Temos uma população idosa muito carenciada e a Ação Social preocupa-nos imenso, até porque começa a haver também uma faixa etária muito jovem com problemas

graves. Os pedidos de auxílio feitos à Junta de Freguesia são imensos. Estamos preocupados com o número de desempregados. A verdade, é que as pessoas estão a passar muitas dificuldades” desabafa Bruno Parreira. Segundo o presidente da Junta de Rio de Mouro, outra questão problemática prende-se com a saúde mental: “Há cada vez mais gente a sofrer de problemas de saúde mental. Estamos perante uma situação muito preocupante e não existe na sociedade uma resposta rápida e adequada aos problemas. O Ministério Público e demais organismos não estar a dar respostas adequadas. É muito difícil, por exemplo, internar ou institucionalizar esquizofrénicos que andam nas nossas ruas diariamente colocando em risco a vida dos próprios e de todos os outros.” “Educação excelente” No que à Educação diz respeito, Bruno Parreira não esconde uma ponta de orgulho, mas lançou farpas ao Governo: “Temos boas escolas e dotadas de excelentes professores. Infelizmente, no arranque deste ano letivo, repetiu-se uma situação já vista e revista com enormes problemas na colocação de professores. Parece que o Ministério da Educação e Ciência não aprende com os erros e a autonomia das escolas continua a não ser respeitada. De resto, temos infraestruturas excelentes, agrupamentos muito bons, com professores dinâmicos e empenhados, que querem trabalhar. O autarca não poupa elo-


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muitas dificuldades” gios aos docentes e funcionários escolares: “É graças ao excelente quadro de pessoal docente e não docente que as trapalhadas do Ministério da Educação, que não são normais, se conseguem disfarçar. Fica a sensação de o Governo quer destruir propositadamente o ensino público. Recordo que Rio de Mouro tem, por exemplo, o Colégio dos Plátanos, que é uma referência a nível nacional. Enfim, posso assegurar que a freguesia tem uma excelente educação pública e privada, desde as creches até ao secundário. Se há um setor bom na freguesia, a Educação é, sem dúvida, um deles. Temos gente empenhada e que querem dar coisas à terra. Todas estas pessoas merecem o meu mais profundo reconhecimento.” Segurança não preocupa Confrontado com a alegada insegurança que supostamente se vive na freguesia, Bruno Parreira é perentório: “A segurança é um sentimento.

“Não estou aqui para chorar e sim para resolver os problemas”, garante o autarca

Ao contrário do que se possa pensar, os índices de criminalidade têm descido. Nós temos em Rio de Mouro os problemas de qualquer zona com muita e heterogénea população. É verdade que há muito por onde melhorar e vamos criar pela primeira vez no concelho as denominadas Brigadas Ciclo da PSP. Trata-se de um patrulha-

mento feito de bicicleta e que as autoridades consideram ser mais ágil, rápido e eficaz. Já foi estabelecido um protocolo nesse sentido. Em vez de nos queixarmos, procuramos soluções e é um facto que nenhuma decisão em termos de segurança é tomada sem que a Junta tenha uma palavra a dizer. Só para exemplificar, os

polícias da Escola Segura têm telemóveis para comunicarem connosco sempre que for necessário e no âmbito do policiamento de proximidade as autoridades informam a autarquia de buracos na estrada, sinais a cair ou de passadeiras pouco visíveis. Temos uma excelente relação com a PSP. Faltam meios mas existe uma força dedicada e empenhada em resolver problemas” A intervenção da Junta em termos de segurança, adianta o presidente, tenta sempre ir mais além: “Sempre que a PSP nos pede, nós podamos sebes e arbustos ou reforçamos a iluminação. O objetivo é diminuir situações de risco. Enquanto houver um assalto, e vai sempre haver, a Junta não vai deixar de se preocupar. Mas não vamos dramatizar. Vivemos no mundo e o mundo tem problemas.” Aposta no património Uma das grandes apostas do atual executivo é, nas palavras de Bruno Parreira, a valo-

rização do património: “A valorização da cultura e do património é a chave para o desenvolvimento e valorização de Rio de Mouro. Há que mudar o paradigma entre as pessoas que vivem na freguesia e a própria terra. Muitas pessoas vieram para aqui morar, mas à primeira oportunidade mudam para outros sítios. Temos de desenvolver laços de afetividade entre os moradores e a terra. Isso faz-se descobrindo a freguesia que, recordo, foi República antes da instauração da própria República em Portugal. Rio de Mouro tem um património identitário muito grande. Cupertino Ribeiro, que viveu em Rio de Mouro, colaborou na preparação do 5 de Outubro de 2010. E aqui viveu, até morrer, o conhecido caricaturista e autor Leal da Câmara, para dar só dois exemplos.” E Bruno Parreira conclui: “Não fui eleito para chorar os problemas. Tenho é de os resolver e construir sobre as lágrimas uma herança de futuro.”  CARLOS TOMÁS PUB


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Concelho

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TERRORISMO. O número de pessoas a aderir ao Estado Islâmico na linha de Sintra está a aumentar, revelam dados dos serviços de informações de segurança interna e militares. Porém, também existem já muitos “arrependidos” que querem regressar às suas famílias e não o fazem por temer as represálias a que estão sujeitos legalmente.

O Correio de Sintra sabe que alguns conseguiram regressar e já se encontram a viver em Portugal, tendo sido resgatados pelas famílias e chegado a Portugal através da Turquia, que ainda não é um Estado da União Europeia e também não controla a origem dos passageiros. Mas se forem apanhados pelas autoridades nacionais, estes jihadistas arriscam penas de prisão entre os oito e os 15 anos, sendo que tal punição pode chegar aos 25 anos, o máximo previsto em Portugal, caso se prove que tenham participado em algum homicídio. Um Estado “fantasma” Os problemas de âmbito social são “O que acontece na realidade a quem adere ao Estado Islâmico ninguém sabe. Mas, em termos legais, os portugueses que tenham decidido ir ‘combater’ pelo ‘Estado Islâmico’, que é considerada,

DR

Penas pesadas estão à espera de jihadistas da linha de Sintra

Ex-ministro Rui Pereira diz que jihadistas terão de ser presos se regressarem ao país

à luz do Direito Internacional, como uma organização terrorista, não sendo sequer reconhecido como um estado, arriscam pesadas penas de prisão caso regressem a Portugal”, explicou Rui Pereira, licenciado em direito, mestre em Ciências Jurídicas, ex-ministro da Administração Interna portuguesa e um dos atuais responsáveis do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), entidade que tem precisamente como finalidade o estudo deste fenómeno. O antigo ministro português concretiza:

“O Estado Islâmico é uma organização que comete crimes graves contra as pessoas e com grande crueldade, tentando, dessa forma, coagir e intimidar governos de diversos países e as suas autoridades. A Lei 52/2003 de 22 de Agosto, no artigo 2º, que define aquilo que é uma organização terrorista, explica que são todas as entidades que pratiquem ou incitem a crimes contra a vida ou forças do Estado. Estamos perante uma organização que faz isso tudo e que nem é Estado, porque ninguém o reconhece como tal, nem é islâ-

mico porque adultera e perverte a mensagem do Corão.” Rui Pereira explica o que pode acontecer aos portugueses que resolvam aderir ao Estado Islâmico: “Segundo a mesma lei de 2003 (também conhecida como Lei Antiterrorista) que não foi alterada até hoje, incorre num crime, punível com pena de prisão entre os 8 e os 15 anos, quem promover, fundar, aderir ou apoiar grupos terroristas, sejam eles de nacionalidade portuguesa ou de outras. Se lhes forem ainda imputados homicídios, a pena eleva-se ao limite máximo previsto na legislação portuguesa e que é de 25 anos de prisão.” “Quem diz que aqueles que aderem ao Estado Islâmico, ou a qualquer outra organização terrorista estrangeira ou portuguesa, não sabe do que está a falar. A primeira lei antiterrorista portuguesa foi feita no anos 80 do século passado e visava combater as FP-25. Na altura gerou muita controvérsia, sobretudo por parte dos partidos de esquerda que consideravam a legislação muito violenta. Mas depois do atentado às Torres Gémeas, nos Estados Unidos, fez-se uma lei que gerou consenso em todas as fações partidárias e que visa exatamente o combate ao terrorismo de inspiração fundamentalista”, salientou o dirigente do Observatório de Segurança português.  C.T

Sintra dos Pequeninos vai nascer na localidade da Abrunheira SOCIEDADE. È uma das grandes novidades da atual gestão camarária liderada por Basílio Horta. Vai nascer junto ao IC19, na fronteira entre Sintra e Lisboa. Terá 70 hectares, um parque temático, hotéis e uma clínica. E isto, porque a Câmara de Sintra aprovou na passada semana, por maioria, submeter a discussão pública o Plano de Pormenor da Abrunheira Norte, que prevê a construção, no final do IC-19, de uma zona comercial e de um parque urbano temático, com miniaturas dos monumentos da vila. Pub

O

parque “Sintra dos Pequeninos” será uma das atracções do mega-projecto da Sonae (proprietária do jornal Público, dos hipermercados Continente e da NOS, entre outras empresas) previsto para uma área de 70 hectares, delimitados pelo IC-19 (Lisboa-Sintra), a A16 (CREL-Cascais) e a estrada nacional 149-4 (junto do Leroy Merlin). Segundo a autarquia, o investimento global ronda os mil milhões de euros e serão criados 600 postos de trabalho. O plano prevê também a construção de uma zona comercial com 20 mil metros quadrados, espaços para serviços, unidade de saúde, dois hotéis e loteamentos de habitação unifamiliar.

Na reunião do executivo, o presidente da câmara Basílio Horta (PS) explicou que o projeto “é a cidade da Sonae”. O plano teve início em 1998, por iniciativa do Carrefour, entretanto adquirido pelo grupo proprietário dos hipermercados Continente, e integra a Área Urbanística de Génese Ilegal (AUGI) de Colónia e Sesmarias. O parque urbano, com um circuito de manutenção e ciclovia, estende-se por dez hectares e inclui zonas de estadia e equipamentos na “Sintra dos Pequeninos”, que terá esculturas ou pequenas dos principais monumentos da vila classificada pela UNESCO como património mundial.  C.T

Os principais monumentos de Sintra estarão representados no Sintra dos Pequeninos

Breves

Gritos de mulher afugentam assaltantes de moradia

Uma mulher, de 47 anos, apanhou um enorme susto, na passada semana, quando estava na cozinha da sua moradia em Algueirão, Sintra. Ela deu de caras com dois assaltantes, aparentemente desarmados, que já lhe tinham revirado algumas dependências à procura de artigos de valor. Os gritos da vítima foram imediatos e ela correu para o quarto onde se fechou e continuo a pedir socorro. Os assaltantes agiram em pleno dia, cerca das 10h00, e terão ficado assustados com os gritos da dona da casa, colocando-se em fuga de imediato. A mulher não conseguiu descrever às autoridades o aspeto dos ladrões, que terão entrado na casa através da cozinha da moradia de dois pisos, situada no n.º 64 da avenida Marginal, em Algueirão, Sintra, através do arrombamento de uma porta ali existente.

Confusão com a colocação de professores continua

A Plataforma Sindical está a ouvir, durante esta semana, os professores, nomeadamente os que não foram colocados em escolas de Sintra às quais tinham concorrido, sobre formas de luta. E diz que depende do governo não haver contestação. As sete organizações que integram a “plataforma sindical”, liderada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), estão a questionar os professores, nas escolas de Sintra e de outras zonas do país, sobre as “formas de luta” a adotar no futuro próximo. As greves - nomeadamente em período de avaliações e de exames nacionais - são uma das hipóteses em discussão.





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Concelho

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As praias “secretas” do concelho de Sintra

TURISMO. O concelho de Sintra

tem uma vasta orla costeira e onde existem diversas praias que a maioria da população não frequenta assiduamente ou, pura e simplesmente, desconhece a sua existência.

E

xemplos disso são as praias do Cavalo, da Samarra, da Vigia, do Giribeto, do Caneiro, da Aroeira, do Louriçal e de Assentiz. A praia do Cavalo, de pequenas dimensões, está inserida na área do Parque Natural de Sintra-Cascais. O acesso a esta praia é feito com a maré vazia pela praia da Adraga que é muito sinuoso e só se pode fazer de automóvel, através de uma estrada que desce entre montanhas. O local conjuga o ambiente de montanha com o de praia, é normalmente uma praia de utilização mista, entre banhistas e pescadores, principalmente pelo lado

Praia da Vigia

esquerdo da praia, uma das zonas preferidas para a pesca, pela presença de uma grande laje. Esta zona com um fundo misto de areia e rocha, atrais diversas espécies de peixe que se aproximam à procura de moluscos, sendo a pesca à boia a mais utilizada nesta zona. A praia do Cavalo é uma das praias perdidas do concelho de Sintra, apesar de ficar perto da praia da Adraga a passagem só se revela durante a maré baixa. Os motivos de interesse são muitos, existem 6 pequenas grutas chamadas grutas do Cavalo, que se situam no maciço rochoso que separa esta praia da praia da Adraga. Já a praia da Samarra está localizada numa enseada estreita virada a Noroeste, formada por uma acentuada reentrância na falésia. O areal, apesar de pouco extenso, tem uma amplitude razoável. Nesta praia existe uma grande diversidade de fauna e flora. Também conhecida por praia de Vide, a praia da Vigia tem uma língua de areal muito extensa com cerca de 1,4 Km. À medida que se caminha para Norte, a faixa de areia vai estreitando. Ao longe, avista-se a vila da Ericeira. No topo da falésia, na zona central, existe um largo de estacionamento de terra batida onde se inicia um trilho que desce até ao areal. Contudo, o acesso mais seguro é através do areal da praia vizinha a Norte, durante o pico da maré baixa. A praia do Giribeto, ou praia de Gerebete,

Praia do Cavalo

possui um areal de pequenas dimensões, na base de uma arriba. O acesso é feito por um caminho de terra batida através das aldeias da Assafora e do Magoito que culmina num trilho de dificuldade elevada, no topo da falésia, rumo ao areal. Esta praia é habitualmente frequentada por pescadores. Segue-se a praia do Caneiro possui um areal de dimensões razoáveis ladeado por escarpas muito altas e íngremes. A pequena enseada onde se situa, proporciona águas calmas e abrigo do vento. Só é acessível com recurso a uma embarcação. A praia da Aroeira localiza-se imediatamente a Norte do Cabo da Roca. O areal de pequenas dimensões é cercado por arribas. Já a praia do Louriçal, também conhecida por praia da Riba da Cabra, tem um leito dominado por calhaus rolados, a sul do Cabo da Roca. O areal é inexistente. Esta praia, pouco apetecível para idas a banhos, agrega o elemento sedutor de sabermos que estamos na praia mais ocidental da Europa continental. Finalmente, temos a praia de Assentiz, também conhecida por praia da Enseada de Assentiz, que apresenta um areal de pequenas dimensões situado

Praia da Ursa

numa enseada. As águas são agitadas, apesar do relevo natural providenciar alguma proteção. O acesso ao areal é extremamente difícil e encerra um nível de perigosidade elevado devido à índole terrosa das escarpas íngremes. Para os praticantes de “trekking”, o trilho no final da Rua dos Moinhos na zona Sul da aldeia de Azóia serve para efetuar a descida. É recomendado o recurso a uma embarcação para aceder.


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Concelho

Autarquia sintrense faz aposta na criação de emprego e na saúde

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Fundo de Apoio Municipal abre “guerra” entre Câmara e Governo CONCELHO. A Câmara de Sintra

não inscreveu no seu orçamento para 2015 qualquer verba para o Fundo de Apoio Municipal (FAM), que prevê a entrega por parte das autarquias de verbas ao Estado, dinheiro esse que se destina a resgatar as Câmaras do paÍs em rotura financeira.

Basílio Horta dá prioridade à criação de emprego e à saúde no orçamento para 2015

SOCIEDADE. Apostar

na criação de emprego, saúde, políticas sociais e requalificação do espaço público são as linhas mestras consagradas no orçamento municipal para 2015.

E

sta terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, apresentou, em reunião privada do executivo, o orçamento municipal, e as grandes opções do plano, para 2015 que tem uma receita prevista de 150 milhões euros e uma redução de 5% na despesa corrente. No próximo ano a autarquia de Sintra prevê uma redução de 7 milhões de euros na despesa corrente. Esta redução de 5% é possível, apesar da assunção por parte da Câmara das atividades das empresas municipais. A autarquia diz ainda, em comunicado, que vai reduzir a despesa de capital em 10%, de 31,108 milhões para 28,079 milhões. Segundo o documento divulgado aos órgãos de Comunicação Social, a autarquia estabelece como prioridades para 2015 a dinamização da economia, com vista à criação de emprego, a saúde, a área social e a requalificação do espaço público. Melhorar acessibilidades A requalificação urbana, os espaços públicos, as acessibilidades, a promoção da mobilidade são outras prioridades em 2015, sendo que a Câmara Municipal pretende gastar 13 milhões de euros. “A Câmara Municipal de Sintra reforçou o seu orçamento municipal para a criação de melhores condições de saúde no concelho. O município contempla 3,9 milhões de euros, entre 2015 e 2016, para os cinco centros de saúde

previstos para o concelho (Almargem do Bispo, Queluz, Agualva, Sintra e Algueirão Mem-Martins)”, lê-se no comunicado. A autarquia e o Ministério da Saúde acordaram em 2014 a construção de quatro novos centros de saúde no concelho, nomeadamente em Algueirão-Mem Martins, Agualva, Almargem do Bispo e Queluz. A Câmara cede os terrenos ou edifícios e paga 30% do investimento. Mas até agora, apurou o Correio de Sintra, o Ministério ainda não disponibilizou qualquer verba para o efeito. Combate à pobreza As políticas de combate à pobreza prevêem um aumento de 21% da dotação corrente ao nível da ação social, de 2,7 milhões de euros para 3,2 milhões de euros. Na área da educação o orçamento municipal contempla 12,9 milhões de euros para fazer face a encargos correntes com a gestão escolar, com as refeições e transportes escolares e com todos os serviços auxiliares de ensino. O município prevê dar continuidade às políticas de descentralização transferindo 9,3 milhões de euros para as juntas de freguesias, um aumento de 1%. A verba para os bombeiros também aumenta em 6%, totalizando 1,6 milhões de euros. O conjunto de serviços coletivos em termos de saneamento, tratamento de resíduos, ambiente e gestão corrente de parques e jardins, prevê um encargo global estimado em 14,6 milhões de euros, inferior ao previsto em 2014, que incorporou 3,7 milhões da extinta empresa municipal HPEM. O orçamento e as grandes opções do plano são debatidos e aprovados na assembleia municipal de Sintra durante o próximo mês.  C.T

A

decisão de não inscrever qualquer verba no orçamento para o próximo ano destinada ao FAM surge, segundo fonte da autarquia, na sequência da providência cautelar que apresentou no tribunal administrativo contra aquela contribuição. Segundo adiantou a mesma fonte oficial, o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), “não integrou no orçamento municipal apresentado esta manhã, em reunião de câmara privada, a verba para o FAM”. A decisão surge “na sequência da entrega da providência cautelar contra o FAM, a 17 de outubro, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, que admitiu liminarmente a mesma, tendo o tribunal já procedido à citação do Ministério do Desenvolvimento Regional”.

A Câmara de Sintra não quer contribuir para ajudar autarquias que estão falidas

Secretário de Estado minimiza decisão Entretanto, o secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, considerou que a providência cautelar da Câmara de Sintra, ao contrário do que a própria autarquia tem divulgado, “não é contra o Fundo de Apoio Municipal e que a contribuição dos municípios resulta diretamente da lei” “Câmara de Sintra não fez uma providência cautelar contra o FAM, fez uma providência cautelar a pedir a suspensão de eficácia de uma carta infor-

mativa da Direção Geral das Autarquias Locais” afirmou à agência Lusa António Leitão Amaro. O secretário de Estado confirmou que o Governo já foi notificado pelo Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Sintra da providência cautelar apresentada pela autarquia presidida por Basílio Horta (PS), contestando a contribuição para o FAM e que levou o executivo liderado por Basílio Horta a não incluir qualquer montante para aquele fim no orçamento camarário para 2015. C.T

“Diabo” vai andar à solta em Manique de Cima

Recuperação das piscinas de Ouressa custa 55 mil euros

A

Piscina Municipal de Ouressa, em Algueirão-Mem Martins, está a ser alvo de obras de requalificação, no valor de 55 mil euros, que, segundo a Câmara de Sintra, visam responder a várias insuficiências no funcionamento deste equipamento, uma vez que nos últimos quatro anos não sofreu quaisquer obras de requalificação e conservação. “A Piscina Municipal de Ouressa apresenta situações de falta de funcionalidade, obrigando a uma constante intervenção por parte dos serviços que tentam resolver os problemas pontuais que vão surgindo, mas sem resolução definitiva, o que implicava que diariamente fossem efetuadas pelos utentes reclamações sobre a temperatura da água, instalações e duches dos balneários. Assim e atendendo a que estas deficiências poderiam pôr em causa a viabilidade de funcionamento da piscina, foram suspensos os serviços das instalações da Piscina Municipal de Ouressa, para obras de manutenção e reformulação, desde o passado dia 1 de junho”, lê-se num comunicado divulgado pela autarquia.

O Grupo Desportivo e Recreativo de Manique de Cima promove, no próximo dia 8 de Novembro, o festival Hell (diabo) In Sintra, encabeçado por WAKO, com início dos concertos marcado para as 15 horas. O evento apresentado pelos Arcadia Studios conta também com concertos de Above The Hate, Destroyers Of All, Analepsy, Face The Fact, Griever, Advent Mechanism, Stonerust, 11th Dimension e Derrame.


12 Correio de Sintra

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- Cacém Quinta da Fidalga vai ser recuperada

SOCIEDADE. O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, anunciou, na passada sexta-feira, que a Quinta da Fidalga, em Agualva, vai ser requalificada.

DR

Cacém Agualva

A

garantia foi feita duranta uma visita do autarca à União de Freguesias de Agualva-Mira Sintra, no âmbito de mais uma “Presidência Aberta”. A visita teve início nas instalações da Junta de Freguesia em Agualva e seguiu para o Largo da República, onde Basílio Horta anunciou que a autarquia pretende que aquele espaço seja transformado numa feira temática ao fim-de-semana, num formato diferenciado do mercado de levante que decorreu naquele lugar. Para a Quinta da Fidalga, Basílio avançou com programa de reabilitação e requalificação do edifício e do espaço circundante. Basílio Horta esteve também no terreno onde será construído o novo centro de saúde e referiu que “o centro de saúde atual não tem condi-

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Mercado de Agualva terá uma área que funcionará como “incubadora de emprego”

ções de utilização, dificulta a vida aos munícipes e a situação não pode manter-se”. As obras de construção do edifício modular ainda não avançaram porque o investimento, de 700 mil euros - suportado em 30% pela autarquia -, está dependente da assinatura de um protocolo com o Ministério da Saúde, o que ainda não aconteceu, aliás, à semelhança do que acontece com o novo centro de saúde previsto para a cidade de Queluz.

Promover emprego Pedro Ventura, o vereador que conNo mercado da Agualva, Basílio Horta anunciou a criação de uma zona social que, segundo o autarca, irá funcionar no segundo piso do edifício municipal como uma espécie de “incubadora de emprego”. O presidente de Câmara anunciou ainda durante a visita que efetuou ao Centro Lúdico das Lopas que aquele equipamento cultural e educativo vai beneficiar de um investimento de cerca de 250 mil euros da

autarquia, com o objetivo de reabilitar o espaço que há mais de 16 anos não recebe obras de beneficiação. Na visita à Anta do Carrascal (classificada como Monumento Nacional), Basílio Horta disse que “é preciso valorizar este património qualificado”. O investimento da autarquia, de cerca de 50 mil euros, abrange a conservação e restauro do monumento megalítico e o arranjo da área envolvente. Nesta “Presidência Aberta”, o autarca foi acompanhado de uma comitiva da Câmara Municipal de Sintra e Basílio Horta visitou a Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) do Grajal, cujo processo de legalização está já em curso. Esta foi a décima primeira “Presidência Aberta” de Basílio Horta e terminou na Casa da Cultura de Mira Sintra, com a inauguração de uma exposição, à qual se seguiu o debate de encerramento dos trabalhos, no auditório daquele espaço cultural, que contou com a participação de várias associações, empresários e outras “forças vivas” locais.

Última hora Rixa no Cacém causa um morto e dois feridos

Uma desordem entre quatro jovens no Cacém, provocou na passada terçafeira um morto e dois feridos, um dos quais encontra-se em estado grave, informou fonte da PSP. O rapaz morto foi atingido por uma arma branca, desconhecendo a PSP qual dos outros três jovens, um dos quais do sexo feminino, foi o autor do homicídio, disse à agência Lusa a mesma fonte. A rixa ocorreu pouco depois das 20h, na rua D. Maria II, e um dos jovens envolvidos acabou por morrer dentro de um café das imediações. Os outros dois jovens foram transportados pelos bombeiros para duas unidades hospitalares, um para o Hospital de Santa Maria e outro para o Hospital Amadora-Sintra. Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários do Cacém, um dos feridos apresenta ferimentos com gravidade. Até ao fecho da edição a Policia Judiciária continuava a investigação embora os dois jovens feridos sejam alegadamente suspeitos do homicídio.


DR

Queluz Rua Direita de Massamá muito degradada SEGURANÇA. Uma rua

pouco direita. Os moradores, automobilistas e simples adeptos das caminhadas matinais e de final de tarde estão indignados com o estado de degradação da Rua Direita, em Massamá, concelho de Sintra.

A

sfalto degradado, passadeiras que mal se conseguem ver, falta de passeios, pouca iluminação e vegetação intensa que propicia ataques de assaltantes são as principais críticas feitas por quem frequenta diariamente aquela artéria. O presidente da União de Freguesias de Massamá/Monte Abraão assegura que tem conhecimento da situação e que tudo está a ser feito para resolver os diversos problemas. “Temos tido queixas e fazemos a nossa parte, que passa por alertar as autoridades competentes. Trata-se de uma Estrada Nacional, e, por conseguinte, é da responsabilidade da empresa Estradas de Portugal. Há algumas coisas que podemos fazer, nomeadamente a conservação

há muito mato. Em alguns casos, estamos a falar de problemas provocados pelos próprios donos dos terrenos. Porém, como disse, a União de Freguesias está atenta e a tentar solucionar esta questão o mais rapidamente possível, quer pedindo verbas para o efeito, quer pressionando os órgãos governamentais competentes.”

Moradores queixosos A degradação da Rua Direita de Massamá preocupa os moradores

das bermas, mas não temos competência para intervir diretamente na estrada em si”, explicou, ao Correio de Sintra, Pedro Brás, presidente da União de Freguesias.

“De mãos atadas” O autarca manifesta,

no

entanto, alguma esperança de que o problema seja resolvido parcialmente: “Houve uma proposta de um morador, no âmbito do Orçamento Participativo, para se intervir na Rua Direita de Massamá. Essa proposta vai a votos em breve e se for aprovada serão feitas as obras e arranjos necessários. Mas, só para se ter uma

ideia, a União de Freguesias há muito que apresentou uma proposta para se fazer uma rotunda junto ao chafariz da Rua Direita e a resposta que obteve é que se trata de uma zona da competência das Estradas de Portugal. Registam-se ali acidentes com frequência e a União de Freguesias está de mãos atadas.” Ainda segundo Pedro Brás, o principal problema verifica-se no final da Rua Direita, que faz fronteira com a União de Freguesias de Agualva/Mira-Sintra: “Trata-se efetivamente de um troço onde o asfalto está muito degradado, onde não existem passeios e onde

Manuel Vieira, morador local, já fez exposições à União de Freguesias Massamá/Monte Abraão e à própria Câmara Municipal, sem resultados até agora: “Sendo um praticante de marcha, percorro com regularidade semanal a Rua Direita e a Sá Carneiro, recentemente construída, que liga Massamá ao Cacém. Este percurso, em especial entre Massamá e a estação da CP do Cacém, é diariamente frequentado por centenas de pessoas e não existe boa sinalética, as passadeiras sumiram-se e os passeios inexistem. Quem circula ali enfrenta perigos constantes, quer de ser atropelado, quer de cair, quer ainda de se despistar quando passa por um buraco.” C.T

Oposição de Queluz - Belas bate com a porta ao executivo

O

s responsáveis da Coordenadora da CDU nas Freguesias de Queluz e Belas, concelho de Sintra, anunciaram que, após “um ano de trabalho no Executivo da União de Freguesias de Queluz e Belas”, não vão continuar no Executivo, por alegadamente lhes terem sido “negadas as condições necessárias à execução de um trabalho frutífero” e por não compactuarem com “a falta de transparência e cooperação do restante executivo na gestão das duas freguesias”. “Há um ano atrás, as freguesias

de Queluz e Belas foram extintas, dando origem a uma só freguesia, no maior ataque ao poder local democrático desde o 25 de Abril de 1974. Apesar de se terem oposto e combatido esta fusão, os eleitos da CDU comprometeram-se a trabalhar em prol da população, aceitando fazer parte do executivo da União de Freguesias de Queluz/Belas, com os pelouros que nos foram atribuídos, Mercados e Feiras, Atividades Económicas, Cultura e Autocarros, com a condição de podermos exercer o trabalho nos nossos pelouros com

autonomia e as condições necessárias para o desenvolvimento do programa com que nos apresentámos à população”, lê-se num

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comunicado divulgado pela coordenadora local da CDU e ao qual o Correio de Sintra teve acesso.  C.T

Opinião

Breves

Prevenir o consumo de substâncias psicoativas Nos próximos dias 11 e 18 de novembro de 2014, entre as 9h30 e as 13h00 e entre as 14h00 e as 17h30, a União de Freguesias de Massamá/ Monte Abraão vai promover, em parceria com o Centro de Respostas Integradas de Lisboa Ocidental (Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências) uma formação subordinada ao tema da “Prevenção das perturbações por uso de substâncias psicoativas”. A ação destina-se a técnicos, professores, representantes institucionais e elementos da sociedade civil. A formação é gratuita e será reservada ao número de vagas existentes. Para assegurar a inscrição basta preencher a ficha disponível nas instalações da União e no sítio da Internet da autarquia local.

Caixotes do lixo motivam contestação Os novos caixotes do lixo instalados pela SUMA em Massamá estão a gerar polémica junto da população. “São caixotes muito altos, difíceis de abrir pelas crianças e pelos idosos, o que faz com que muitas pessoas acabem por deixar o lixo ao lado dos caixotes”, disse Anabela Simões, moradora na Avenida Aquilino Ribeiro. De acordo com Lurdes Maneta, auxiliar educativa de um infantário da Rua da Igreja, está-se perante uma questão de saúde pública: “Estes contentores são enormes e pouco funcionais. Quando faz calor deitam um cheiro insuportável e, como muitas pessoas não os conseguem abrir e deixam o lixo na rua, aparecem pragas de moscas e mosquitos. Alguém deveria ter tido atenção à funcionalidade dos contentores. Pelos vistos, só olharam a fins económicos e não ao bem das pessoas. A facilidade de recolha do lixo e o facto de serem mais resistentes a atos de vandalismo é a justificação que a SUMA dá para a instalação dos recentes contentores de separação de lixo.

Autarcas da CDU na União de Freguesias Queluz/Belas apresentaram a demissão Pub


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Lazer & Desporto

Exibições de cavalos animam quartas-feiras em Queluz

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Atividades praticadas em espaços públicos ganham cada vez mais adeptos em Sintra

Desporto na rua combate criminalidade DESPORTO. Chama-se “Street Workout” e na tradução literal para português seria “Treino de Rua”.

T

rata-se de uma modalidade desportiva amadora e que está a ganhar cada vez mais adeptos no país, nomeadamente no concelho de Sintra, onde já existem pelo menos dois parques destinados aos praticantes desta atividade: em Ouressa, freguesia de Mem Martins, e na Quinta das Flores, em Massamá. Os autarcas locais asseguram que a implantação destes equipamentos visou “a criação de incentivos às pessoas para práticas desportivas saudáveis mas que, sobretudo, como principal alvo os jovens, uma vez que, quando estão a treinar, não estão a ser seduzidos para comportamentos desviantes, como consumo de drogas ou mesmo prática de crimes”. Esta modalidade, segundo alguns praticantes explicaram ao Correio de Sintra, não é nada mais do que a

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execução de movimentos recorrendo ao próprio peso do corpo para a execução de elevações, flexões dos braços e outros exercícios físicos, com recurso a equipamentos que se encontram em parques públicos.

tora Blaya tem ensinado este tipo de modalidade nos treinos que dá, aos domingos, nos jardins do Palácio de Queluz, recorrendo, por exemplo, aos bancos de jardim e às árvores ali existentes.

Cada vez mais praticantes “Resistência, coordenação, força e equilíbrio são alguns dos requisitos físicos necessários para a prática do “Street Workout”. É uma opção viável devido ao fato de se poderem utilizar aparelhos em praças e em outros locais públicos, ou até improvisar a execução dos exercícios na própria casa. Trata-se de uma boa opção para quem não tem dinheiro para pagar ginásios”, explicou ao nosso jornal o sargento Pereira, ex-enfermeiro da Guarda Nacional Republicana (GNR), residente em Massamá, e que não dispensa os treinos diários. “Na GNR esta prática já se faz há muitos anos. Qualquer coisa serve para exercitar o corpo e manter as mentes sãs”, garantiu o militar. Refira-se que também a can-

Sucesso em Ouressa Em Ouressa, a prática desta modalidade tem estado a crescer e já se pensa mesmo em formar uma associação. Os praticantes têm, inclusive, uma página na rede social Facebook chamada “Street Workout 2725 Portugal”, que conta com cerca de 2500 seguidores. “Isto começou como uma brincadeira de amigos e, de repente, os miúdos que anadavam na rua começaram a querer praticar e pediam a nossa ajuda. Estamos a ter cada vez mais aderentes e de todas as idades. Para mim é muito gratificante, porque enquanto os miúdos estão ali a criar músculos no corpo, não estão a praticar crimes”, explicou David Silva, um dos percursores da modalidade naquela localidade da Freguesia de Mem Martins.

Escola Portuguesa de Arte Equestre está a realizar todas as semanas pequenas apresentações nos Jardins do Palácio de Queluz. Adicionalmente, apresenta os seus espetáculos em diversas feiras e eventos da especialidade, e pode também ser contratada para eventos privados, nos jardins do Palácio de Queluz ou noutro local. Assim, têm lugar, todas as quartas-feiras, às 11 horas, exibições da Escola Portuguesa de Arte Equestre nos jardins do Palácio com cavalos lusitanos Alter Real. As exibições têm uma duração de 20 a 30 minutos e as apresentações podem ser vistas por qualquer

visitante, sendo canceladas caso a Escola tenha espetáculos agendados no exterior ou caso as condições meteorológicas não permitam a sua realização. De acordo com os responsáveis daquela escola, são também disponibilizados lugares numa bancada, para quem pretende assistir de forma mais cómoda,  C.T

Exposição itinerante leva Sintra às estações de comboio

A

Parques de Sintra, em parceria com a REFER, tem em curso uma exposição fotográfica itinerante dos Parques e Monumentos da Paisagem Cultural de Sintra (Património Mundial da UNESCO). A mostra, que pode ser vista neste momento na estação da CP de entrecampos, onde permanecerá até ao dia 3 de Novembro, conta 30 imagens

de Sintra (15 das quais em grande formato) e irá estar patente ainda noutras três estações do país. Depois de já ter estado patente no Rossio, Cais do Sodré, Cascais, Santa Apolónia e Sintra, irá deixar a estação de Entrecampos e rumar ao Estoril, onde poderá ser apreciada até ao dia 24 de Novembro. Seguem-se as estações de Castelo Branco e da Guarda, onde a exposição terminará a 26 de Janeiro de 2015. “A Parques de Sintra pretende com esta exposição não só dar a conhecer a riqueza do património natural e arquitetónico de Sintra, como também relembrar a importante relação entre a utilização de transportes públicos e a proteção do ambiente”, lê-se no sítio da Internet da empresa.


Correio rosa Mãe de Manuel Luís Goucha Breves Dom Duarte Pio nega penhora da casa em Sintra

Dom Duarte de Bragança publicou na sua página de Facebook o direito de resposta à notícia intitulada D. Duarte tem hipoteca no BES. Casa de dois milhões responde por dívida de 25 milhões” publicado na revista Nova Gente, na sua edição de dia 20 de Outubro de 2014. “Não existe nem nunca existiu uma hipoteca sobre a minha casa de Sintra”, garantiu Dom Duarte Pio, que lamentou a alegada falsidade da notícia.

Locutora da Antena 3 corre pelos animais

A locutora da Antena 3 Ana Galvão decidiu calçar os ténis e participou na prova 13.º Treino Solidário, que se realizou, no passado domingo, no Parque das Nações, em Lisboa. O objetivo da sua participação foi angariar fundos para as associações Gatos à Solta e Núcleo de Apoio aos Animais de Sintra. A locutora foi, aliás, a madrinha da corrida/marcha. Ana Galvão dedica muito do seu tempo livre a andar de bicicleta. “Aceitei ser a madrinha para ajudar duas associações, a Gatos à Solta e o Núcleo de Apoio aos Animais Abandonados de Sintra (NAAAS). Estou muito ligada às associações de defesa dos animais e sei que estas instituições fazem um esforço enorme”, explicou a locutora em entrevista ao jornal Record.

sofre acidente e é burlada FAMOSOS. A mãe do apresentador das

manhãs da TVI, Manuel Luís Goucha, que reside em Coimbra, mas que passa muitos períodos na casa do filho, em Fontanelas, no concelho de Sintra, tem sido notícia pelos piores motivos.

E

m meados deste mês sofreu um acidente doméstico que a levou a ser internada. Semanas antes, foi vítima, segundo revelou um dos filhos, Carlos Goucha, de uma burla de 500 euros. “A minha mãe abriu a porta a uma pessoa, que nunca chegámos a saber quem foi e que lhe contou a cantiga do bandido. Passado algum tempo de conversa ela entregou-lhe 500€ como entrada para qualquer coisa e o indivíduo evaporou-se”, contou o irmão do conhecido apresentador. Corte na garganta Maria Lourdes Sousa, de 91 anos, esteve internada este mês na sequência de um acidente doméstico. A mãe do apresentador terá sido encontrada por uma vizinha inconsciente com um corte na garganta e uma faca ensanguentada ao lado. Alguns meios de comunicação chegaram a anunciar a morte da senhora,

situação que levou o apresentador da TVI a recorrer ao Facebook para sossegar os admiradores. Goucha esclareceu que D. Maria de Lourdes sofreu um “acidente doméstico”, mas que já está “a recuperar bem em sua casa, tendo regressado à independência que tanto preza”. A mãe do apresentador passou menos de 48 horas no hospital. Manuel Luís Goucha é que não esconde o orgulho que sente da vitalidade de sua mãe, Maria de Lourdes, que aos 91 anos continua, segundo ele, “rebelde e independente”. CT

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