:
IA
P
O
SH
RK
O
/W
AR
VI
SI
TA
Um oportunidade para visitar Foz Tua e algum do património ferroviário associado à linha do Tua, e também para discutir as questões de arqueologia industrial associada à ferrovia. Uma iniciativa complementar do II Congresso Internacional sobre Património Industrial, promovida pelo projeto FOZTUA (www.foztua.com).
IN Q FE D U RR U E O S L O T O VI R G I AR I A A L
http://artes.porto.ucp.pt/II-Congresso-Internacional-Patrimonio-Industrial
Foz Tua, 24 de Maio de 2014 SOBRE A LINHA DO TUA A linha de Foz Tua a Mirandela (55 kms) foi inaugurada em 1887, com a presença do Rei D. Luis e da familia real, depois de ter sido construida em quatro anos e vencido grandes dificuldades técnicas - recordem-se as ausências de vias de acesso, de equipamentos
motorizados e a falta de experiência em geologias do tipo encontrado, obrigando a uma linha quase que exclusivamente construida sobre muros de suporte nos primeiros vinte kms a partir de Foz Tua. A linha foi a primeira grande “auto estrada” para o transporte de pessoas e mercadorias entre o interior de Tras os Montes e a linha do Douro e daí ao Porto e ao mundo, e marcou a experiência de vida
de gerações de transmontanos, pelo menos até aos anos setenta do século XX. Sendo a linha mais difícil até à altura construída em Portugal, foi projetada e construida por engenheiros portugueses, liderados pelo Conde da Foz (depois Marquês da Foz). Uma segunda parte da linha, de Mirandela até Bragança, foi construida cerca de vinte anos depois (chegou a Bragança em 1906 e encerrou em 1991).
Sobre o projeto FOZTUA O projeto FOZTUA é uma iniciativa multidisciplinar promovida pela EDP, no âmbito das contrapartidas relativa ao novo aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua, em construção, e que se destina a estudar, preservar e difundir a memória do vale do Tua e da linha de caminho de ferro entre Foz Tua e Mirandela (que depois chegou a Bragança). Este projeto é um desafio à comunidade académica para estudar a história mais do que centenária
da linha do Tua e o desenvolvimento de uma região periférica (o vale do Tua em Trás os Montes) num país periférico (Portugal, desde finais do século XIX) e para dar a conhecer a memória e as “histórias” da linha, assim como discutir o seu impacto regional. O projeto pretende reunir académicos de várias aspetos da história ferroviária e do desenvolvimento regional para partilharem investigações relativas aos processos de decisão da construção das linhas
secundáriuas, os métodos e as técnicas da construção, e ainda os impactos sociais e económicos das linhas secundárias. Nesse âmbito o projeto promoveu em 2011, 2012 e 2013 três Conferências Internacionais “Railroads in historical context: construction, costs and consequences” realizadas em Foz Tua, na mesma casa onde decorrerá esta reunião. O projeto tem publicados vários livros (ver site do projeto: www.foztua.com).
PROGRAMA: 08:00
transporte em autocarro do Porto para Foz Tua
10:00
chegada a Foz Tua, visita à estação de Foz Tua e acolhimento na casa da Quinta do Tua
11:00
início da visita (viaduto e túnel das Prezas, obras da barragem em construção, tuneis e viadutos das Fragas Más)
13:00
almoço (em Foz Tua)
15:00
Workshop Arqueologia industrial ferroviária: a linha do Tua, na casa da Quinta do Tua 15:00 Abertura 15:15 Comunicações convidadas: Robert Schwartz (Mount Holyoke College, USA), The Railway and the Village: Local Effects of Rail Transport in Rural Communities, Great Britain and France, 1860-1914 Eduardo Beira (IN+, IST; Programa MIT Portugal), Um século de linha do Tua: da Companhia Nacional ao Metro de Mirandela Hugo Pereira, Material circulante da linha do Tua Paulo Lourenço (U. Minho), “Arqueologia industrial e engenharia inversa” Lurdes Martins e Graça Vasconcelos (U. Minho), Obras de arte da linha do Tua Dominic Fontana (U. Plymouth, UK), Rebuilding and reusing the railways heritage: british experience and Tua valley
17:15
Intervalo para café (e um cálice de Porto!...)
17:30
Mesa redonda: A arqueologia industrial ferroviária: oportunidades e dificuldades Fernanda Rollo | moderadora (Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa) Gilberto Gomes José Silvano (Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua - ADRVT) Luis Ramos (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD) Maria Rita Pereira (Fundação do Museu Nacional Ferroviário - FMNF) Nelson Oliveira (Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro - APAC)
18:15
Discussão
18:45
Encerramento
19:00
Transporte de regresso ao Porto, autocarro
21:00
Chegada ao Porto
SOBRE A QUINTA DO TUA A reunião terá lugar na casa da Quinta do Tua (também conhecida como “Quinta dos Ingleses”), que foi de familias emblemáticas da história do vinho do Porto, as familias dos Smiths e dos Cockbyrns, depois de inicialmente ter sido uma das casas de Dona Antónia Ferreira (1811-1896), a figura porventura mais emblemática da região do Douro e da história do vinho do Porto. Esta quinta é agora propriedade do grupo Symington (www.symington.com), cuja disponibilidade e colaboração se agradece. Da varanda da casa pode-se desfrutar uma vista fabulosa e única sobre os rios Douro e Tua, assim como sobre os socalcos antigos e novos das margens e a ponte ferroviária sobre o rio Douro, precisamente or cima da foz do rio Tua. A linha do Tua passa em frente à casa, que fica a cerca de um quilometro da nova barragem em construção.