A galinha e a raposa

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Escola EB 2,3 de Arrifana

A galinha e a raposa

Clube de Escritores


FICHA TÉCNICA

Título: A galinha e a raposa Autores: Ana Catarina, 5ºD; Débora, 5ºC; Esmeralda, 5ºC; João Xavier, 5ºC; Marcelo, 5ºC; Sara Glória, 9ºB; coord. profª Ana Paula Oliveira Ilustrações: recolhidas no ClipArt Editor: Biblioteca Escolar, Escola EB 2,3 de Arrifana, Santa Maria da Feira Data de edição: junho de 2011

~ 1 ~


Texto redigido segundo o novo acordo ortográfico.

~ 2 ~


Uma galinha muito jovem, de penas douradas, olhava atentamente os seus filhos recém-nascidos. O seu ninho tinha sido construído aos poucos, com muito afeto, transportando palhinhas, pauzinhos

e

penas

encontradas

na

capoeira e ela estava muito orgulhosa da sua obra.

Quando

considerou

o

bastante

acolhedor, lá colocou os ovos e aconchegouos durante vinte e um dias,

aquecendo-os

com o calor do seu corpo fofo e leve. Os dez pintainhos cor de ouro nasceram saudáveis e pareciam novelos de lã enrolados no cesto da costura. A galinha não cabia em si de contente e derretia-se toda a olhar para os filhos.

~ 3 ~


Certo dia, a galinha teve um compromisso muito importante e precisava de deixar os filhos mas não tinha a quem. Muito preocupada, sentia-se terrivelmente mal e dividida entre o compromisso inadiável e os filhos tão pequeninos e indefesos. Ora,

uma raposa manhosa e esfomeada que andava por ali a rondar, apercebeu-se do problema da pobre coitada. Esta raposa era conhecida por não cumprir

as

suas

promessas mas a galinha não

sabia

disso.

Aproveitando-se da sua situação de desespero, aproximou-se carinhoso,

e,

com

ar

fingindo

preocupação, ofereceu-se para cuidar dos pintainhos. - Dona Galinha, como sei que, hoje, tem um compromisso muito importante posso ficar aqui a tomar conta dos seus filhinhos e impedir que alguém lhes faça mal. A estouvada nem pensou duas vezes no que poderia acontecer e não lhe passou pela cabeça o que a raposa seria capaz de fazer. Aceitou de imediato. - Ai, dona Raposa, não sabe o favor que me faz. Muito obrigada! Depois de muitas recomendações, a galinha saiu deixando a raposa a cuidar dos pintainhos. ~ 4 ~


Mal a galinha virou costas, ninho

e

comeu

metade

a raposa atacou o

da

ninhada. Deliciada, mas ainda insatisfeita, levou o resto da ninhada

para

o

seu

covil

esperando, ansiosamente, a hora do

jantar

para

se

banquetear novamente.

Quando a galinha chegou a casa, viu o ninho vazio. Desatou a cacarejar, feita louca, e, imediatamente adivinhou o que tinha acontecido. Desesperada, foi à procura dos seus filhotes. Saiu disparada da capoeira, deixando um rasto de penas e pó atrás dela. Em estado de pânico, correu uns bons dois quilómetros e encontrou a raposa deitada, muito sossegada, à sombra de uma árvore a deliciar-se com o bom sabor da carne tenra. Rapidamente o pânico deu lugar à fúria descontrolada. A galinha atirou-se à raposa e atacou-a com bicadas sucessivas.

~ 5 ~


Apanhada desprevenida e muito sonolenta, a primeira reação da raposa foi fugir. Mas, a vingança estava à espreita na floresta para onde ela se dirigiu. Quando deu por si, estava presa nas redes de uma armadilha. De imediato começou a implorar ajuda e a espernear tentando libertar-se. A galinha aproximou-se lentamente da raposa e condenou-a, dizendo-lhe com um sabor amargo no bico e ódio nos olhos: - Prometeste cuidar dos meus filhos, foste falsa, traíste a minha confiança. Agora, vais arrepender-te pois ninguém te virá salvar. Dito isto virou costas. A raposa ficou a debater-se com as redes que a aprisionavam, tão desesperada como a galinha quando se apercebeu que os seus filhos tinham sido comidos. Nesse momento, aprendeu que “quem promete com pressa, arrepende-se com vagar”. Mas já era tarde!

~ 6 ~


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