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O ESTADO DO MARANHAO · SÃO LUÍS, 6 de agosto de 2014 - quarta-feira
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Lançada no Maranhão a 2ª edição do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar Great Place to Work é realizado em parceria com ABRH e O Estado e apresentação foi feita a representantes de empresas; premiação será realizada em dezembro Fabrício Cunha
F
oi lançada ontem a segunda edição do prêmio Great Place to Work - GPTW (Melhores Empresas para Trabalhar). O prêmio nacional é realizado no Maranhão em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Maranhão (ABRH) e O Estado. A premiação das empresas que têm atualmente as melhores práticas de ambiente e relações de trabalho no estado ocorrerá em dezembro. No evento de lançamento no Hotel Veleiros, na Ponta d'Areia, foi apresentada a metodologia da pesquisa que será aplicada a várias empresas do estado para eleger as instituições que são hoje os melhores lugares para trabalhar. A apresentação foi feita por Daniel Casseb Barbosa, consultor do GPTW, a representantes de algumas empresas que irão participar da segunda edição do prêmio e das cinco empresas premiadas no ano passado. Como explicou Daniel Casseb Barbosa, é realizada uma pesquisa entre os funcionários e os departamentos de Recursos Humanos (RH) das empresas que se inscrevem no programa para avaliar o índice de confiança. Fatores como oportunidade de crescimento, qualidade de vida, remuneração e benefícios, estabilidade e outros são analisados pelo GPTW para eleger quais os melhores lugares para trabalhar. No ano passado, foram premiadas no Maranhão quatro empresas prestadoras de serviços e uma indústria. Em ordem de colocação: Companhia Energética do Maranhão (Cemar), RCR Locação, Amorim Coutinho, Superclínica e Safemed - Centro de Saúde Ocupacional. Para as empresas que desejam participar do prêmio, basta fazer a inscrição no site www.greatplacetowork.com.br, aplicar o questionário com os colaboradores e departamento de RH e enviar para o GPTW. Não existe um prazo definido para inscrição, mas as empresas interessadas precisam aplicar a pesquisa com os funcionários até o próximo dia 15, caso utilize o formulário de papel. E a data final para entrega do questionário é o dia 15 de setembro. Melhores empresas - De acordo com Daniel Casseb Barbosa, o segredo para que uma empresa esteja no ranking das melhores não é apenas um, mas um conjunto de fatores. "A grande discussão do momento é qual a chave para ser um excelente lugar para trabalhar. São bons
Daniel Casseb Barbosa, consultor do GPTW, falou sobre a importância de um bom ambiente de trab alho
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OURO =0,3219%
A commoditie foi vendida a R$ 93,50
DÓLAR +0,97%
A moeda americana foi cotada em R$ 2,2840
Panorama econômico
EURO +0,43% A moeda europeia foi cotada em R$ 3,04160
Miriam Leitão
Com Valéria Maniero
A busca do retrocesso
Q
uantas vezes a Argentina quer não dar certo? Ao longo do século XX, o país viveu uma redução drástica do seu tamanho no mundo e na região. Nas últimas décadas, passou por inúmeras crises e tem uma peculiar habilidade de continuar cavando quando chega ao fundo do poço. Em vez de tentar sair do default, a presidente Cristina Kirchner escolhe apenas atos espetaculosos. Uma hora diz que vai processar, na Corte de Haia, os fundos chamados "abutres". Depois, pede a destituição do mediador escolhido pela Corte de Nova York, Dan Pollack, como se fosse ele o centro da crise. Em nenhum momento demonstra ter qualquer estratégia para sair do córner em que está. E a situação tem o poder de afundar ainda mais um país que tem uma inflação beirando os 40% ao ano e já está em recessão. Em meados do século passado, a Argentina representava 27% do PIB da América Latina, segundo uma série divulgada pela Cepal. Em 2008, já havia encolhido para 13%. Até na educação, que a Argentina foi pioneira ao fazer uma reforma inovadora há mais de um século, ela vem perdendo desempenho. Era a primeira da América Latina no teste Pisa e atualmente tem aparecido em quinto lugar. Produtora de commodities, como nós, tem um volume muito pequeno de reservas, de US$ 27 bilhões, mesmo após o ciclo de alta de preços desses produtos. E foi uma escassez provocada. Em 2010, a presidente, Cristina Kirchner, demitiu o presidente do Banco Central, Martín Redrado, porque ele se recusou a financiar gastos públicos com as reservas, dizendo que seria uma irresponsabilidade queimar um patrimônio de todos os argentinos. A demissão representou o fim da independência do Banco Central. De lá para cá, como mostrei num gráfico publicado no meu blog, as reservas caíram de US$ 54 bilhões para a metade desse valor. Justamente agora elas seriam necessárias a todos os argentinos.
Os pontos-chave
tem tido uma peculiar habilidade de seguir 1 Argentina pelo caminho errado e provocar crises não demonstra ter qualquer estratégia para sair 2 País do córner econômico em que se meteu com a alta dos preços das commodities nos 3 Mesmo anos 2000, reservas cambiais estão baixas
Edilson Lira, presidente da ABRH-MA, falou aos convidados sobre a parceria com o GPTW no Maranhão
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Atualmente, o instituto trabalha com mais de 6.200 empresas, atingindo mais de 12 milhões de funcionários”
Daniel Casseb Barbosa, consultor do GPTW
salários, é um bom ambiente, é um ambiente de confiança. É um conjunto de coisas. Não é apenas uma única questão que vai transformar sua empresa em um ambiente ideal para trabalhar. Muitas das vezes, você tem um fator, mas o resto não se sustenta. Essas questão reunidas têm de ser constantes", disse. Ainda segundo o consultor do GPTW, muitas pessoas pensam
que uma empresa onde há um grande número de colaboradores não é um local ideal para se trabalhar. Mas esse fator não é determinante. "Pode ser um grupo de 10 pessoas trabalhando ou de 5 mil, o desafio é o mesmo. A grande questão não é o número das pessoas, mas envolvê-las. Grande parte desse trabalho é da diretoria e do RH, fazer com que as pessoas percebam que o tra-
balho está acontecendo. Daí naturalmente elas passam a contribuir", afirmou Casseb Barbosa. Colaboração - Parceiros do Great Place to Work pelo segundo ano consecutivo, a ABRH MA e O Estado comemoram os resultados positivos alcançados com a realização do prêmio no Maranhão. A expectativa das duas instituições é de que nessa edição o número de empresas premiadas no estado triplique. Segundo Edilson Lira, presidente da ABRH-MA, a organização do prêmio está trabalhando para que empresas do setor público também participem. "Estamos ansiosos para que este ano 15 empresas sejam premiadas no Maranhão e também já estamos fazendo alguns contatos para que as empresas do setor público possam participar", afirmou.
O juiz americano Thomas Griesa, de fato, criou uma situação inédita nos casos de dívida soberana, ao decidir que credores que tiveram suas dívidas reestruturadas têm menos direitos do que os que foram à Justiça. Se ainda fossem credores originais, mas são grupos especializados em comprar títulos desvalorizados e tentar ganhar com estratégias judiciais. O baú de dificuldades argentinas na relação com os credores é interminável. Mesmo se fosse possível resolver o problema desses dois fundos que ganharam o direito de receber à vista perto de US$ 1,5 bilhão, ainda haveria o que está sendo chamado agora de me too's, ou seja, o resto dos detentores de títulos da dívida e que também não entraram na reestruturação. Representam 7,6% do total e teriam a receber entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões. Um país em calote - seja calote técnico, seletivo, imposto pela Justiça - está fora da possibilidade de receber recursos de fundos ou de captar no exterior. Ao dilapidar as reservas, a presidente deixou a Argentina muito mais vulnerável para atravessar essa dificuldade. Os Kirchner governaram usando o confronto como arma política. A relação com os credores sempre foi usada como matéria-prima para a retórica populista. A inflação foi enfrentada com ameaças a empresários, controle de preços e manipulação de índices. Países que tiveram a experiência da hiperinflação nos anos 1980-90 sabem que não se brinca com esse perigo. Ela voltou a patamares intoleráveis. Se a Argentina tivesse negociado a dívida de forma mais técnica e eficiente, teria isolado os holdouts, como o Brasil conseguiu nos anos 1990. Mas continua errando diariamente porque, de novo, a presidente Cristina acha que uma briga com investidores estrangeiros e a Justiça americana será uma chace de elevar sua popularidade.