POLITECNICO DI TORINO
I Facoltรก di Architettura Turim, Itรกlia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARร
Curso de Arquitetura e Urbanismo Fortaleza, Brasil
POLITECNICO DI TORINO
I Facoltá di Architettura Tesi di Laurea – A.A. 2002/2003
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Centro de Tecnologia Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto de Graduação – Semestre 2005.2
REQUALIFICAÇÃO DA EX-NEBIOLO EM TURIM (ITÁLIA) O patrimônio industrial e o problema da habitação
Candidato | André Araújo ALMEIDA
Orientador | Prof. Arch. Alessandro MASSARENTE Orientador Local | Prof. Arq. Ricardo BEZERRA
Fortaleza, Brasil Dezembro | 2005
“Mas o tempo linear é uma invenção do Ocidente, o tempo não é linear, é uma maravilhosa desordem na qual, em cada momento, podem-se escolher pontos e inventar soluções, sem início nem fim.” Lina BO BARDI, arquiteta (Roma, 1914 - São Paulo, 1992)
TEMÁTICA ABORDADA A problemática habitacional Vazios urbanos Arqueologia industrial
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PARTE I: Apresentação sobre Turim PARTE II: Análise do Objeto de Estudos PARTE III: Proposta para a área da Nebiolo em Turim
TURIM TURIM NA ITALIA: Norte Alpino Italiano (fronteira com Suiça e França) Capital da Região Piemonte Piemonte e Lombardia – entre 10 regiões mais ricas da Europa
Mais de 01 milhão de habitantes Imagem de cidade fria e cinza Passado aristocrático Catalizadora do movimento de unificação do país Primeira capital italiana (por 4 anos) GEOGRAFIA: Localizada na confluência entre rios Po e Dora Riparia Topografia suave da Planície Padana Rede de colinas a sudeste A pouco quilômetros da cadeia montanhosa dos Alpes
Bonde elétrico Mapa das regiões italianas http://www.italylink.com
Alpes
TURIM
Rio Po
Rua Cernaia
ECONOMIA: Turim e Milão – as duas capitais industriais do país Indústria tradicional – têxteis, maquinário, automóveis
Mole Antonelliana
Sede da Lancia, Alfa Romeo e FIAT – Fabbrica Italiana Automobile Torino
Indústrias mais recentes – Eletrônica, telecomunicações
Polo de investimento da TIM – Telefonia Italiana Mobile
Forte polo cultural e universitário
Politecnico di Torino e Universitá Degli Studi di Torino
Poucos investimentos turísticos
Impossível concorrer com Roma ou Venezia… Castello Del Valentino | Junho.2003 Campanha TO Love
TURIM HISTÓRIA: Origens: populações pré-romanas de origem Celta Fundação da cidade: aprox. 25a.C. pelos romanos Iulia Augusta Taurinorum Ocupada pelos povos vindos do mediterrâneo por volta do século V d.C. Esteve sob a Casa dos Savoia durante a Idade Média, mas sem muita importância 1563 – Mudança da capital do Ducado dos Savoia pelo rei Eduardo Filisberto de Chambéry (França) para Turim Após o conflito franco-asburgico Século XVI e XVII – grande desenvolvimento arquitetônico e urbanístico (período barroco) Capital do Reino da Sardegna entre 1713 e 1861
Turim 1886 (fonte: Arquivo Histórico da Prefeitura de Turim)
Porta Palatina (séc. I d.C.)
TURIM Início do Movimento que acarretou na Unificação Italiana em 1861 (Rei Vittorio Emanuelle II) Primeira capital da Itália Unificada (1861-1865) Profundas mudanças no panorâma sócio-econômico e na própria identidade da cidade De cidade economicamente ligada à aristocracia torna-se uma cidade industrial, moderna e empreendedora A cidade-guia o desenvolvimento industrial do país Alvo estratégico nas duas Grandes Guerras Mundiais Pós-Guerra: crescimento da economia e mudanças sociais ligadas à imigração proveniente do sul Fim século XX: crise econômica, e mudanças do sistema de produçã causadas pela globalização Início século XXI: busca por nova identidade e grandes investimentos estruturais
Turim 1913 (fonte: Centro de Documentação Projeto Duplicação Politecnico di Turim)
Praça Castello
TURIM CARACTERÍSTICAS URBANAS: Insediamento urbano desenvolvido em uma área retangular murada Il Quadrilatero Romano Centro histórico modelo típico centurião constituído por blocos quadrados de aprox. 70m de largura Dois eixos principais e perpendiculares (Decumano Massimo e Cardo Massimo) Manutenção do formato xadrez após a Idade Média Traços arquitetônicos romanos muito reduzidos Século XVI – estudos de ampliação da cidade durante o período barroco (sob a Casa Savoia) Século XIX – novas grandes alterações, influenciados pelo Movimento de Unificação e pelas idéias de Haussmann Século XX – a cidade industrial chega a Turim Século XXI – novas intervenções "Turim torna-se a cidade industrial italiana por excelência quando o proletariado lhe concede o próprio papel propulsivo hegemônico no que se refere ao conjunto do movimento da classe trabalhadora e na fase de racionalização técnico-produtiva das atividades industriais e artesanais formadas no pós-unificação italiana." Giancarlo BERGAMI, histórico (em TROPEA/1986)
AS CIDADES INDUSTRIAIS ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL: Tema bastante recente MODERNIDADE: Produto da cidade industrial A 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INÍCIO: Inglaterra | fins do século XVIII Novos conhecimentos técnico-científicos Crescimento da produtividade e eficiência Efeitos no campo, nas cidades, na economia e na sociedade
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (Detragiache): Primeiras nações industriais Desenvolvimento autônomo
Industrialização tardia
Estimulados pela aristocracia local
Revolução Industrial Socialista Estimulado pelo movimento social soviético
Gare St. Lazare | Claude Monet 1876-1877
OBRA DE REFERÊNCIA: DETRAGIACHE, Angelo “I fondamentali della societá contemporanea” (Ed. Francoangelli, Milano/1996)
AS CIDADES INDUSTRIAIS MUDANÇAS PROMOVIDAS PELA INDUSTRIALIZAÇÃO NA PRODUÇÃO: Organização do trabalho; Produção de matérias primas deslocou-se dos domicílios dos trabalhadores e dos burgos rurais para as fábricas; Nascimento das “fábricas industriais”; Trabalho mais mecanizado e especializado; Ferramentas e maquinários para otimização da produção; NA SOCIEDADE: Nascimento do Capitalismo; Crescimento da renda per capita; Distribuição desigual da renda; Novas classes e relações sociais; NO TERRITÓRIO: Agrupamento industrial; Crescente migração populacional; Forte processo de urbanização; Novos fatores de localização industrial;
Mapa das regiões italianas http://www.italylink.com
Roda d’água em Brescia | Piemonte
(fonte: Fondazione Biblioteca Archivio Luigi Micheletti) © 2001 - Foto Negri, Brescia
AS CIDADES INDUSTRIAIS A FORMAÇÃO DAS CIDADES INDUSTRIAIS DO SÉC. XX FINS DO SÉCULO XVIII: Desenvolvimento da manufatura nas zonas rurais Necessidades de uma burguesia industrial Caso paradigmático: Paris PARIS DE HAUSSMANN: Re-estruturação administrativa 1853 – Barão Georges-Eugéne Haussmann Projecto que ignorou o pré-existente urbano Intervenções pontuais Valorização monumental
Intervenções globais
Regulação da expansão urbana
Criação de uma malha viável e estratégica Criação de parques urbanos e áreas verdes Redes de esgoto e saneamento
Paris em 1853 e 1873 Antes e depois de Haussmann
“Na cidade (...) cada casa repete servilmente a outra casa; todas as faces reproduzem a mesma indiferença ou a mesma inquietação; as idéias têm todas o mesmo valor, o mesmo cunho, a mesma forma, como as libras; e até o que há mais pessoas e íntimo, a ilusão, é em todos idêntica, e todos respiram, e todos se perdem nela como no mesmo nevoeiro...A mesmice? – eis o horror das cidades!” Eça de QUEIROZ “A Cidade e as Serras”
AS CIDADES INDUSTRIAIS A FORMAÇÃO DAS CIDADES INDUSTRIAIS DO SÉC. XX “Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma nova beleza: Um automóvel de corrida com seu capô adornado com grandes tubos semelhantes a serpentes com hálito explosivo.” Filippo Tommaso MARINETTI “Manifesto Futurista” (20.Fev.1909/Jornal “Figaro” de Paris)
FUTURISMO: Passagem de uma realidade agrícola para industrial Movimento fundado pelo poeta e escritor Filippo T. Marinetti Movimento puramente italiano O país buscava ainda habituar-se à realidade industrial Exaltação e confiança na indústria Conexão entre arte e mecanicismo Expressão artística para além do academicismo da aristocracia italiana Ruptura com valores clássicos e tradicionais Mais importante arquiteto: Antonio Sant’Elià TURIM: Cidade fortemente aristocrática 1861 – Unificação italiana Início século XX – perda identidade Nova identidade encontrada na indústria Nascimento de uma burguesia emergente
A “Cittá Nuova” Antonio Sant’Elià | 1914 “A arquitetura Futurista é a arquitetura do cálculo, da audácia ousada e da simplicidade.” Antonio SANT’ELIÀ (Milão | 11.Julho.1914)
AS CIDADES INDUSTRIAIS A 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL FORDISMO + TAYLORISMO: Do período entre-guerras aos anos 70 do século XX Europa: funções produtivas unitárias organizada em torno às grandes empresas EUA: nova organização produtiva (Ford-Taylorismo) Taylorismo: princípio organizacional onde o processo produtivo era decomposto em segmentos separados dentro da mesma empresa Fordismo: modalidade organizacional introduzida por Henry Ford nas suas instalações de Detroit, Michigan; Modelo abraçado posteriormente na Europa do pós-guerra por permitir a Economia de Escala IMPACTO SOCIAL: Padronização industrial Aumento da produção e redução gradativa do desemprego Maior produção bens de consumo e produtos sem elevação de custos diretos Renascimento de um mercado consumidor Welfare State como regulador social Posteriormente – processo de alienação social Aumento do trabalho desqualificado profissionalmente
Exemplo de uma linha de montagem Vespa 50 | Firenze, Italia
ECONOMIA DE ESCALA: Busca pela viabilização dos custos ao aglomerar o maior número de fases produtivas no mesmo complexo CONTI, Sergio; DEMATTEIS, Giuseppe; LANZA, Carla; NANO, Ferruccio; “Geografia dell’economia mondiale”) (UTET | Torino, 1999)
AS CIDADES INDUSTRIAIS MODELOS URBANÍSTICOS E A MATURIDADE DA CIDADE INDUSTRIAL: Nascimento do Movimento Moderno na Europa Abolição de elementos decorativos Utilização de elementos construtivos padronizados Excessiva busca pelo modelo “standard” Standardização do homem e do seu habitat 3
conceitos do ”Modulor” e da “Máquina de Morar”
Forte influência das inovações tecnológicas Período de formação das áreas urbanas e metropolitanas Terceirização da cidade central – crescimento urbano GARDEN CITY: Início do conceito de “cidade planejada” com as vilas operárias financiadas pela indústria; Conceito “cidade-jardim”:bairros de classe desfavorecida; Ebenezer Howard: buscava salvar o campo do abandono e a cidade do congestionamento; Estudos de Howard : “primeira amostra da urbanística moderna” (segundo Bruno Zevi); Cidades Jardins construídas inicialmente na Inglaterra e posteriormente na Bélgica, EUA e Itália (Monte Sacro); Na prática as cidades nunca foram autônomas, mas dependentes de outros centros – tornaram-se apenas “bairros-jardins”.
Aspectos positivos da cidade (town) e do campo (country) – Garden City Ebenezer Howard | 1898-1920
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Desenvolvimento urbano radiocêntrico Ebenezer Howard | 1898-1920
AS CIDADES INDUSTRIAIS CITÉ INDUSTRIELLE: Plano idealizado para o Prix de Roma em 1899; Plano aplicado em um contexto territorial preciso (Lyon); Espaço urbano adequado ao desenvolvimento industrial; Plano referência nas cidades industriais da ex-URSS; Ausência da propriedade privada – cidade é como um imenso parque público; Plano muito detalhado – completa confiança na indústria; Espaços verdes – apenas usado na qualificação do espaço; Aplicação das novas tecnologias, como o cimento armado. 3
PLAN VOISIN: Baseado no “Ville Contemporaine Pour 3 Millions d’Habitatns” de Le Corbusier (1921-1922); Queria demonstrar que as cidades contemporâneas eram inadequadas às funções urbanas e ao homem; Voisin, industrial do sector automobilístico, decide financiar um plano para Paris; Implantação viária racional; Divisão das funções urbanas em áreas dentro das cidades; Extremamente radical – um golpe na cidade histórica; Salvos apenas a arquitetura histórica monumental.
Esboço da Cité Industrielle Tony Garnier | 1899-1901
3
Plan Voisin pour Paris Le Corbusier | 1925
AS CIDADES INDUSTRIAIS A 3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DECADÊNCIA DO FORDISMO: Anos 60/70 – início da decadência do Fordismo; Saturação do mercado e novas tipologias de demanda; Clima generalizado de debate e conflito socio-político; Questionamento sobre a cultura de massa, padronização de bens e produtos, a máquina de morar,e a alienação;
Linha de montagem = desqualificação profissional e tecnológica;
Crise petrolífera (fins anos 70);
Representa a vulnerabilidade das economias industriais diante de problemas globais Primeiros computadores ENIAC | 1946
VENTOS DE MUDANÇAS / POST-FORDISMO: Avanços nas tecnologias industriais redução postos trabalho
Aplicações mais abrangentes da eletrônica e da informática; Possibilidade de diferenciação da produção industrial; Redução dimensional das instalações industriais; Melhorias nos sistemas e serviços de logística e transporte e redução dos seus custos; Maior campo de ação e descentralização produtiva
Avanços no setor das telecomunicações e energética; Separação entre produção e gestão
IMPACTO NAS CIDADES: Fim da necessidade das indústrias de buscarem a economia de escala e aglomeração; Descentralização industrial; Nova linha de montagem Automação e utilização de robôs
Não há mais a necessidade da concentração industrial nas cidades e seus subúrbios
Processo de suburbanização e/ou difusão urbana.
AS CIDADES INDUSTRIAIS ATUAIS PROCESSOS DE URBANIZAÇÃO CONCEITO DE CIDADE DIFUSA: Atividade industrial = nascimento da cidade industrial; Aumento da produção industrial = crescimento suburbano; 3
Separação entre produção e gestão = crescimento metropolitano;
Nos centros urbanos permanecem a direção e controle;
Pode-se comprovar com dados estatísticos que comprovam o crescimento do setor terciário nos municípios centrais das áreas metropolitanas
No território metropolitano crescem os assentamentos residenciais e industriais; Nascimento de novos centros urbanos ocasionados pela difusão ocupacional, ou “urban sprawl”; Cidade difusa = sistema de cidades (e sub-cidades) que se desenvolvem em volta a uma grande metrópole; Fenômeno de deslocação industrial contrabalançado pela centralização das funções de controle (Saskia Sassen); IMPACTO NO TERRITÓRIO E NA SOCIEDADE: Esvaziamento de complexos industriais e consequente abandono posterior das zonas urbanas de entorno; Crise do espaço público urbano; Nascimento de novas áreas de crescimento urbano; Maiores custos de transporte público e privado; Avanço de novas zonas residenciais mais horizontalizadas; Dicotomia social e segregacionismo; 3
gentrificação vs. guetização
Vitrinização da sociedade e criação de espaços artificiais;
OBRA DE REFERÊNCIA: SASSEN, Saskia “La cittá nell’economia globale” (Ed. Il Mulino, Bologna1997)
AS CIDADES INDUSTRIAIS
Complexo FIAT Lingotto em Turim Revista Casabella 49 | Jan.Fev. 1984
IMPACTO NO TERRITÓRIO E NA SOCIEDADE: Esvaziamento de complexos industriais e consequente abandono posterior das zonas urbanas de entorno; Saída da função “habitar” dos centros urbanos; Crise do espaço público urbano; Nascimento de novas áreas de crescimento urbano; Maiores custos de transporte público e privado; Avanço de novas zonas residenciais mais horizontalizadas; Dicotomia social e segregacionismo; 3
gentrificação vs. guetização
Vitrinização da sociedade e criação de espaços artificiais;
ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL Refere-se ao problema dos vazios urbanos e das ruínas industriais inseridos dentro de um contexto urbano consolidado e ocasionados pela adaptação das organizações econômicas às novas exigências técnicas e produtivas; São causados pelo processo de desenvolvimento urbano dos últimos anos; Está diretamente relacionado à nova geografia política e econômica mundial; É um processo relacionado somente com os países de primeira industrialização mas com reflexos nos países de industrialização mais recente (China, Índia, Brasil, México);
CONCEITO: Primeiras considerações e intervenções sobre esta disciplina – Inglaterra (anos 50); Disciplina ainda de difícil definição e enquadramento 3
História da arquitetura ou sociologia ou geografia econômica?
Não pode ser uma disciplina voltada à museificação ou simples catalogação de edifícios industriais; Trabalho unificado de arquitetos e sociólogos envolvidos com patrimônio na busca por novas funções sociais para estes complexos; Subúrbios industriais representam as zonas de mais difícil requalificação;
Friches Urbanos “Terras livres e abandonadas no ambiente urbano e nos subúrbios por não terem sido cultivadas ou construídas, onde há demolição de edifícios, fábricas ou instalações temporárias. As antigas quadras de fábricas e vilas operárias.” Friches Industriais “Terrenos industriais abandonados, por mudança ou fechamento das suas atividades. Este termo é indicado aos terrenos ainda ocupados por edifícios industriais não destruídos mas também não utilizados.” MERLIN, Pierre ; CHOAY, Françoise; “Dictionnaire de l’urbanism et de l’Aménagement” (Presses Universitaries de France, Paris/1990)
ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL ORIGENS DO CONCEITO: Estudos sobre mutações, mudanças e estabilidade das localizações industriais; 3
Geógrafo francês Jean Labasse “L’Organisation de l’Espace” | 1966
Introdução do conceito de vazios sociais associado ao ciclo industrial;
Friches Sociales Conceito que nasce em 1952 a partir da idéia de “terras agrícolas deixadas em desuso por razões econômicas e sociais”
AS AÇÕES CONTEMPORÂNEAS: Busca pelo investimento estrangeiro; Inclusão de programas de melhoria da qualidade Assim como em países como a Alemanha ou Estados Unidos Nascimento da disciplina na Itália em 1976; ambiental; NA ITÁLIA: Primeiras referências nos anos 70;
3
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Segundo o primeiro número da revista “Archeologia Industriale” Co-participação de agentes locais e regionais
Nascimento do Centro de Documentação e Pesquisa em Arqueologia Industrial Milão | 1976
Garantia ou inclusão na rede de transportes e acessibilidade viária; Criação de sistemas de angariação de fundos e de uma economia social; Promoção da área em questão; City Marketing
Lisboa – Parque das Nações Arquivo Pessoal | Agosto.2004
Bilbao – Guggenheim Museum Arquivo Pessoal | Maio.2004
Paris – Stade De France www.linternaute.com/sport/diaporamas /paris2012
Buenos Aires – Puerto Madero www.labocatour.com.ar
ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL NO BRASIL, LINA BO BARDI: Primeira intervenção no patrimônio industrial paulistano - SESC Pompéia; Adaptação coerente dos espaços originais às novas funções culturais; Criação de uma relação da estrutura préexistente com a cidade e seus elementos sociais; Intervenção em um ambiente eminentemente urbano; Utilização de elementos extra-urbanos; Tentativa de reportar a natureza e a cultura popular brasileira 3
Ninguém transformou nada. Encontramos uma fábrica com uma belíssima estrutura arquitetônicamente importante, original, ninguém a modificou… O desenho arquitetônico do Centro de Lazer Fàbrica Pompeia começou a partir do desejo de construir uma outra realidade… a ideia inicial de recuperação do conjunto foi a ‘arquitetura pobre’, isto é, não no senso da indigência, mas no senso artesanal que exprime comunicação e dignidade máxima através os melhores e humildes meios…” Lina Bo BARDI
SESC Pompéia (São Paulo – Brasil) (Arquivo Instituto Lina Bo e P. M. Bardi – fotógrafo Rômulo Fialdini) © Instituto Lina Bo e P. M. Bardi
ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL
“Um dos”
Lingotto (Turim, Italia) www.micheledottavio.com
Lingotto na primeira metade do séc. XX (Fonte: Folder publicitario da Exposição “Lingotto 1915-2002 dalla Fabbrica di Mattè Trucco allo Scrigno di Renzo Piano” acontecida na Pinacoteca Giovanni e Marella Agnelli entre 22/09/2002 e 31/03/2003)
Lingotto (Turim, Italia) (Fonte: Arquivo Pessoal)
Esquema funcional Arquivo Pessoal
ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL HABITAÇÃO: a função primordial das construçõs humanas; Hoje – moradia digna é um artigo de luxo para grande parte da população mundial; 3
…e o tema da habitação
NOVOS DESAFIOS: habitações dignas e acessíveis; respeito ao ambiente natural, histórico e cultural; Concordância com os conceitos de sustentabilidade socio-ambiental “A habitação é um assunto da maior importância na história de uma nação. Me ocupei disto na universidade, quando entrei na Resistência e na luta armada durante a Segunda Guerra Mundial. Nosso sonho, sonho de jovens arquitetos, era a Associação para a Casa Própria, ou seja, habitação popular. Dedicamos nossa luta política à realização de uma verdadeira liberação nacional, trabalhando com uma liga centro-esquerda. Todos nós críamos que venceríamos e continuávamos trabalhando. Nada! Em 1946 a democracia cristã retomou ao poder com os velhos quadros do fascismo e pensei que o único modo era ir embora, abandonar o lugar onde pensava ser meu país. Ainda hoje a Itália não resolveu o problema da habitação popular.” Lina Bo Bardi, em resposta a uma pergunta de Gilberto Gil sobre habitação popular (em BARDI, Lina Bo; “Uma aula de arquitetura – abril 1989” in “Projeto” nº149)
CENTROS E ÁREAS DE VALOR HISTÓRICO: Problema do abandono; Queda da qualidade espacial; Vulneráveis às mudanças sócio-econômicas; Fortes processos de guetização e/ou de gentrificação
Exemplo de um programa habitacional em Turim, Itália (Fonte: Prefeitura de Turim) “O desafio central que encontramos hoje é o de assegurar que a globalização torne-se uma força positiva para todas as pessoas do mundo ao invés de deixar milhões destes para trás, na miséria.” Kofi ANNAN, We the Peoples (2000) (“Cities in a Globalizing World: Global Report on Human Settlements 2001”)
3
GUETIZAÇÃO: Processo de isolamento espacial, étnico e sócio-econômico; GENTRIFICAÇÃO: Do inglês gentrification (gentry=nobreza, fidalguia, segundo o Collins Portuguese Dictionary – University of Liverpool), ou seja, a monosocialização do espaço público.
O BAIRRO SAN PAOLO LEITURA HISTÓRICA - ANÁLISE: Análise de documentos do Arquivo Histórico da Prefeitura de Turim; Compreensão da realidade urbana em que está inserido nosso objeto de estudos; Busca pela evolução do edifício e seu entorno. SÉCULOS XIX e XX: Regularidade urbana bastante característica – repetição da tradição Romana; Desenvolvimento urbano posterior bastante rígido – período sob dominação Saboia; Após unificação do país (1861) o desenvolvimento segue as necessidades da aristocracia; Após perda da capital, a industrialização (fins do século XIX e início do século XX) passa a ser o fenômeno mais influenciador em Turim; Período de nascimento e crescimento dos bairros operários, entre eles San Paolo; Separação marcante fisicamente entre San Paolo (a área do futuro bairro) e a cidade; Separação causada em parte pela muralha e ferrovia mas também pelos estabelecimentos de notáveis dimensões (presídio judiciário, matadouro público e Oficinas Grandes Reparações Ferrovias Estatais); Separação social dos bairros operários; Modo de crescimento condicionado pela muralha interior – organizado segundo Plano Diretor exterior – crescimento espontâneo)
Torino em 1886 (fonte: Arquivo Histórico Municipal)
O BAIRRO SAN PAOLO LEITURA HISTÓRICA - ANÁLISE: Análise de documentos do Arquivo Histórico da Prefeitura de Turim; Busca pela evolução do edifício e seu entorno; Compreensão da realidade urbana em que está inserido nosso objeto de estudos.
Entrada do Presídio
OGR FS
Antes de 1853 (demolição da muralha) era um território não urbanizado, fora da muralha e fora das dinâmicas da cidade Construção da Estrada de Ferro (1854) Turim-Novara Grandes estruturas foram as 1as construções da zona: Matadouro Público em 1867 Presídio Judiciário em 1861 Oficina Grandes Reparações FS (Ferrovie dello Stato) Forum Borario (atual Praça Adriano) Quartel Antonio Pugnami e Alfonso Lamarmora
O Plano Diretor de 1901 previa ali uma zona operária com desenho urbano diverso do tipico plano xadrez ; Características do mercado no início do séc. XX: Terrenos a baixíssimos preços, momento de fervor da construção civil, Cartografia de Torino em 1904 (fonte: Arquivo Histórico Municipal)
exoneração das taxas
O SÍTIO
II
Presídio Judiciário
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Oficinas Grandes Reparações
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Jardins do exquartel Lamarmora
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Av. Francesco Ferrucci
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O SÍTIO PLANTA DA ÁREA EM 1906
LEGENDA: 01- Oficinas Dubosc 02- Sociedade Eletrotécnica Italiana 03- Sociedade Ruotificio Italiano 04- Quartel Alfonso Lamarmora 05- Prisão Judiciária 06- Oficina Grandes Reparações 07- Entrada de São Paolo
Início da ocupação do bairro Primeiros edifícios – grandes instalações O edifício de escritórios da Dubosc já aparecia na cartografia de 1887
“Desde 1886 a Dubosc produzia máquinas e utensílios de alta precisão” (TROPEA, Salvatore – “Le buone societá a Torino”)
O projeto origina do edifício Nebiolo pertence à Dubosc Escarsa ocupação da zona fora da muralha no início do século XX e intensa ocupação no interior; Reflexo no tecido urbano, na organização dos lotes, diversos entre o interior e exterior
Projeto original Dubosc-Nebiolo - 1906 (fonte: Arquivo Histórico Municipal)
O SÍTIO PLANTA DA ÁREA NOS ANOS 70/80 LEGENDA: 01- Nebiolo S.a. 02- Estabelecimento Westinghouse 03- Fábrica COMFEDE 04- Jardins e Biblioteca Lamarmora 05- Prisão Judiciária 06- Oficina Grandes Reparações
Edifício ainda mantinha suas prerrogativas de edifício industrial 1972 – transferência da firma de trabalhos mecânicos Nebiolo de Turim para Settimo Torinese Nebiolo S.a. – último proprietário do complexo antes da demolição Aluguel de velhos ambientes do complexo nos anos 80 para uma loja de mobiliário, uma loja de veículos e uma gráfica.
O SÍTIO PLANTA DA ÁREA NO ANO 2000
LEGENDA: 01- Nebiolo S.a. 02- Novos edifícios residenciais e comerciais 03- Terreno dos edifícios industriais demolidos 04- Jardins e Biblioteca Lamarmora 05- Prisão Judiciária 06- Oficina Grandes Reparações abandonada
1985 – Novo Plano Diretor inclui o sítio em um contexto de “Renovação Urbana” 1999 – Concurso Interacional para a Biblioteca Civida di Torino 2001- Início da construção dos edifícios residenciais
O SÍTIO Fotografias aéreas do terreno em 1999 (fonte: Edital do Concurso para a Biblioteca Cívica)
Fotografias do terreno em 2003 (Fotos do autor)
O SÍTIO Rua Polonghera
Av.Ferrucci
R. P. C. Boggio
Oficinas Grandes Reparações FS
PERFIL URBANO A_A Av. Ferrucci
Novos edifícios(11 andares)
Biblioteca Lamarmora (ao fundo)
Rua Pier C. Boggio
OGR FS
Ed. Nebiolo
PERFIL URBANO B_B
Fotografias aéreas do terreno em 1999 (fonte: Edital do Concurso para a Biblioteca Cívica)
O SĂ?TIO Rua Bandiera
Rua Vocchieri
PERFIL URBANO C_C Oficinas OGR
PERFIL URBANO D_D
Ed. Residencial e comercial
Rua Ferrero Rua Boggio / Rua Borsellino
Ed. Residencial e comercial
Ed. Nebiolo
Ed. Residencial e comercial
Terreno Nebiolo vazio
Ed. Nebiolo
Terreno vazio
Biblioteca Lamarmora
Rua Nino Bixio
Terreno Westinghouse vazio Rua pedestres
Ed. Residencial e comercial
Av. Ferrucci
PLANO DIRETOR MUNICIPAL
O Eixo 2
Eixo Central
MOBILIDADE URBANA
Av. Mediterrâneo
Nova Estação Porta Susa
Sistema Estacionamentos
Linha Metrô O Passante Ferroviário Subterrâneo
DUPLICAÇÃO POLITECNICO DI TORINO
Foram originariamente as Oficinas das estradas de ferro Ferrovias Alta Italia em 1880-1882 e construído em 1884.
Abandonadas nos anos 70, hoje passam por um processo de renovação como parte do projeto de Duplicação da Politecnico.
NOVA BIBLIOTECA CÍVICA
Projeto vencedor Arq. Mario Bellini (Milão)
O EDIFÍCIO NEBIOLO MÉTODO DE ANÁLISE: Estudo de manuais construtivos da época; Levantamento Fotográfico; Discussões com prof. Guido Montanari durante trabalho desenvolvido com a aluna Daniela Cogliolo na disciplina “Laboratorio di Sintesi” semestres 2002.2 e 2003.1
Foto 01
Foto 02
Foto 03
Foto 04
Foto 05
Foto 06
Detalhe 01
Detalhe 02
O Sistema Estrutural 01-cimento armado 02-alvenaria auto-portante
As Lajes A-laje plana tipovolterrana B_laje cimento armado C-laje arco tijolo e aço
Detalhe 03 As Esquadrias a-madeira B-ferro
O EDIFÍCIO NEBIOLO ASPECTOS HISTÓRICOS:
Revolução Industrial - novas fontes de energia e procedimentos produtivos Potenciamento das capacidades de modificação ambiental Ferro – mais acessível e aprimorado (aço)
Potenciamento técnicas construtivas tradicionais: Ferro – mais acessível e aprimorado (aço) Potenciamento técnicas construtivas novas: Cimento armado – adição de armadura de ferro potencializando o uso do cimento como elemento estrutural
Desenho 04 – Vista interna do galpão industrial em concreto armado
O Sistema Estrutural 01-concreto armado 02-alvenaria auto-portante
COERÊNCIA FUNCIONAL:
Galpão industrial – atividades produtivas, grandes vãos, concreto armado Palácio nebiolo – funções administrativas, vãos reduzidos, alvenaria estrutural
Desenho 05 – Imagem da alvenaria sob reboco
O EDIFÍCIO NEBIOLO As Lajes A-Laje plana volterrana B-Laje cimento armado C-Laje arco tijolo e aço
COERÊNCIA FUNCIONAL:
Galpão industrial – atividades produtivas, grandes vãos, concreto armado Palácio nebiolo – funções administrativas, vãos reduzidos, alvenaria estrutural
Detalhe laje tipo C (referência dos manuas do início do séc. XX)
Desenho 07 – Laje tipo A
Secção A_A
Desenho 06 – Laje tipo C
O EDIFÍCIO NEBIOLO Esquadrias a-madeira b-ferro
Fachada principal Rua Boggio (Arquivo Histórico da Prefeitura de Turim)
ESTADO DE DEGRADAÇÃO: Fortíssimo estado de degradação Desaconselha-se o trabalho de recuperação Aconselha-se a substituição por sistemas modernos, mas sempre em respeito ao pré-existente Inexistência do telhado e respectivas mansardas (segundo manuais da época, eram usados para iluminar e arear o sótao, e eram construídas em madeira, lastra de ferro ou latão)
Desenho 08 – Janela tipo A (madeira)
Desenho 09 – Janela tipo B (ferro)
O EDIFÍCIO NEBIOLO
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LEVANTAMENTO DA FACHADA:
Fachada principal Rua Boggio (Arquivo Histórico da Prefeitura de Turim) O levantamento da fachada foi feito em conjunto com os estudantes Alexandre Pedro, Djenabo Fonseca, Luisa Correia e Tiago Silva na disciplina de “Projeto de Ssitemas Construtivos”.
Foto 07
Foto 08
O EDIFÍCIO NEBIOLO F: Erosão por Corrosão
Presença de oxidação nos metais causada pela falta de manutenção e pela presença de humidade proveniente do solo.
A. Presença de vegetação Falta de manutenção e limpeza; depósito de material orgânico nas juntas do materiais.
B. Eflorescência
G. Crosta Negra
C. Pátina Biológica
H. Fissuração
Camada negra com espessura de cerca 0,5mm a 3,0mm, causada pela poluição atmosférica (especialmente carburante) e porosidade do material.
Formação de substância de cor esbranquiçada sobre a superfície dos materiais. Casua provável: água solubilizando os sais existentes na superfície.
Falhas ou faltas presentes no reboco, causada pela movimentação da estrutura, pela ação de agentes atmosféricos.
Eventos atmosféricos e falta de manutenção.
D. Esfoliação
Destaque e queda de estratos superficiais dos materiais de acabamento dos metais, causados pela humidade, fissuração causada por efeitos atmosféricos e degradação do material.
I. Destacamento
Destaque e queda dos materiais de acabamento da alvenaria, causados pela humidade, ação atmosférica e degradação intrínseca do material.
E. Pulverização
Decomposição dos extratos superficiais do reboco e queda espontânea em forma de pó ou grãos. Causada pelos fracos elementos de ligação na argamassa do reboco.
LEVANTAMENTO DO DEGRADO: Fachada principal Rua Boggio
Obrigado à Claudia Ortiz pela ajuda com o Levantamento do Degrado.
ESTADO ATUAL
Prisรฃo Judiciรกria
Palรกcio Justiรงa
OGR
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
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13
15
ESTADO ATUAL
EDIFÍCIO HABITACIONAL E RESIDENCIAL CENTRO DE OFÍCIOS
PRAÇA CENTRAL | RUA AVEZZANA Pórticos GALPÃO EDIFÍCIO NEBIOLO CENTRO DE ARTES Praça de espetáculos
PROPOSTA INTERVENÇÃO
Perspectiva Geral da Proposta
PROPOSTA INTERVENÇÃO
Planta Térreo
PROPOSTA INTERVENÇÃO
Planta 1º Andar
PROPOSTA INTERVENÇÃO
Maquete de Estudos
Planta 2º Andar
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Secção C_C
Villaggio Media
R.Vocchieri
Ingresso Centro Artes
Centro Artes Espetáculos
Pórticos
Praça Central
Habitação e comércio
Praça elevada
Rua Nino Bixio
Biblioteca Lamarmora
Ingresso Centro Artes
Centro Artes
Pórticos
Praça Central
Habitação e comércio
Praça elevada
Rua Nino Bixio
Biblioteca Lamarmora
Secção B_B
Villaggio Media
R.Vocchieri
Secção A_A
Rua Vocchieri
Estacionamento internto
Edifício Nebiolo Restaurado
R. Avezzana p/ pedestres
Passarela conexão
Centro Formação Profissional
C
C
B
B
A
A
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Secção F_F
OGR / R. Boggio Urban Center
Ed. Nebiolo Restaurado
Pórticos / Praça Central
Centro Artes Rua Pedestres
Novos edifícios
E
D
F
D
F
Secção D_D
E
Secção E_E
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Elevação Leste
Elevação Norte
CROQUIS
Croquis do Centro de OfĂcio visto a partir da Rua Boggio
CROQUIS Croqui de estudos – Rua de Pedestres vista a partir da R. Bixio (entrada Biblioteca Lamarmora)
Croqui de estudos – Praça Central
EDIFÍCIO NEBIOLO Rampa ingresso 18%
Projeção Passarela
18
Espelho d’água
23 07 21 Acesso Centro Formação Artística
19
17
20 24 Estacionamento interno (30 vagas)
26
16
Fotos Maquete de Estudos
25
14 15
09
13 10
08 05
03 11
01
12 02
04
06
Planta Andar Térreo
EDIFร CIO NEBIOLO 18
29
27 21 23
20
22 24
25
26
28
30
19
18 12
31 17
Croqui e Foto Maquete de Estudos
32 16 13
09
06
12 14 15
11 10
33 05
08
07
02
01
03
04
Planta 1ยบ Andar
EDIFร CIO NEBIOLO 20 21 22 19
26 23
18
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28
16 29 15
24
12 13
03
11 10
14
09
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30
05
31 06 08
02 01
04
33
32
Planta 2ยบ Andar
EDIFÍCIO NEBIOLO
B
Secção A
A Interior do galpão em 2003
Imagem do galpão em 2003
EDIFÍCIO NEBIOLO
B
Secção B
A Interior do Pátio em 2003
Vista parte posterior externa
EDIFÍCIO NEBIOLO
Fachada Leste
Fachada original (Arquivo Histórico)
Fachada em 2003
EDIFÍCIO NEBIOLO
Fachada Norte
Fachada Norte em 2003
Fachada Norte em 2003
Vista do Galpão
CENTRO DE OFÍCIOS
Croqui de Estudo
Croqui de Estudo
Planta Andar Térreo
CENTRO DE OFร CIOS
Croquis de Estudo
Planta 1ยบ Andar
CENTRO DE OFร CIOS
Croquis de Estudo
Planta 2ยบ Andar
CENTRO DE OFÍCIOS
B
Seção A-A’
A
CENTRO DE OFÍCIOS
B
Seção B_B’
A Croquis de Estudo
CENTRO DE OFĂ?CIOS
Fachada Leste
Croquis de Estudo
CENTRO DE OFÍCIOS
Fachada Norte
Croquis de Estudo
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
Croquis de Estudo
Planta Andar Térreo
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
Croquis de Estudo
Planta Pátio
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
Planta Tipo
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
B
Seção A-A’ A
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
B
Seção B_B’
A
Croquis de Estudo
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
Fachada Leste
Croquis de Estudo
EDIFÍCIO HABITAÇÃO
Fachada Norte
Croquis de Estudo
CENTRO DE ARTES
Croquis de Estudo
Planta Setor Leste
CENTRO DE ARTES LEGENDA: 01- Corredor 02- Figurinos e cenários 03- Depósito 04- Salão do folclore 05- Salão de preparação 06- Grande salão 07- Bastidores 08- Entrada Bastidores 09- Circulação 10- Salão Provas Dramáticas 11- Salão de Dança 12- Vestiário e Camarim Masc. 13- WC Masculino 14- WC Feminino 15- Vestiário e Camarim Fem. 16- Pátio Externo ÁREA ÚTIL =2025mq ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA=2133mq ÁREA TOTAL SETOR OESTE=2647mq ÁREA TOTAL SETOR LESTE=3154mq ÁREA TOTAL=5821mq
Planta Setor Oeste Croquis de Estudo
DETALHES CONSTRUTIVOS COBERTURA: Sistema steel deck com perfis metálicos preenchidos com concreto | Acabamentos: camada impermeabilizante e brita (por cima); forro de gesso (por baixo); Isolamento termo-acústico entre steel deck e forro de gesso Elementos de iluminação zenital (disponíveis no mercado); Sistema de recolha de águas pluviais com calhas e abacaxis localizados no topo da alvenaria externa, e tubos de queda descendo entre a parede de alvenaria externa e os pilares. ESTRUTURA: Pilares em aço perfil I e alma vazada onde o pilar estiver exposto pela fachada de vidro, para aliviar o peso visual desta; Vigas também em aço perfil I; Lajes de piso no sistema steel deck, com perfis metálicos prenchidos com concreto | Acabamentos: piso cerâmico por cima e forro de gesso por baixo.
FECHAMENTO: Fechamento misto em vidro duplo estrutural com junções do tipo spider;e alvenaria dupla com isolamento termo-acústico na caixa de ar, rebocada e protegida com pintura impermeabilizante.
Detalhe Centro Ofícios
DETALHES CONSTRUTIVOS COBERTURA: Em chapas de zinco; Isolamento térmico instalado sob as placas de zinco da cobertura Sistema de recolha de águas pluviais por trás da platibanda. ESTRUTURA: Pilares em aço perfil I e alma cheia; Vigas também em aço perfil I; Lajes de piso no sistema steel deck, com perfis metálicos prenchidos com concreto | Acabamentos: piso cerâmico por cima e forro de gesso por baixo. FECHAMENTO: Paredes internas em alvenaria com tijolos de 10cm; Paredes externas e entre apartamentos em alvenaria dupla com tijolos de 15cm e isolamento termo-acústico na caixa de ar; Fachada externa (paredes e jardineiras) rebocada e protegida com pintura impermeabilizante; Base (setor comercial) em vidro duplo estrutural com conectores tipo spider.; Guarda corpo metálico por trás da fachade de vidro (no pátio condominial). ESQUADRIAS: Em alumínio com acabamento na cor branca e vidro duplo
Detalhe Ed. Habitacional
POLITECNICO DI TORINO
I Facoltรก di Architettura Turim, Itรกlia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARร
Curso de Arquitetura e Urbanismo Fortaleza, Brasil