Morarbem OPOVO 1 2017

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MORARBEM ARQUITETURA | DESIGN | INTERIORES

Ano 1 Edição 1 de 2017

Projeto by Rodrigo Maia

PROJETOS E INTERIORES Ana Melo e JULIANA MELO | Celina Fiuza | Cibele Parreiras | Dudu Vidal e Cecília Nóbrega Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque | Ione Fiuza | Luciana Otoch | Roberto Pamplona Jr. Simon Ráfaga e Taline Rabelo | Sophia Romcy | Susana Fiuza Diandra Alves e Mirna Studart | Rafaela Feitosa




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A Artenossa expressa toda a sua arte de decorar através de peças exclusivas seguindo tendências nacionais e internacionais de decoração.


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CAPA Projeto: Rodrigo Maia Foto: Ricardo Junqueira

EXPEDIENTE Fundado em 7 de janeiro de 1928 por Demócrito Rocha Presidente e Editora: Luciana Dummar Vice-Presidente: João Dummar Neto | Diretor Institucional: Plínio Bortolotti | Diretor-Geral de Operações: André Azevedo Diretor-Geral de Mercado Corporativo: Edson Barbosa | Diretora Administrativa: Cecília Eurides | Diretor de Mercado Leitor: Victor Chidid Diretora de Estratégia Digital: Arenusa Goulart | Diretor-Geral de Jornalismo: Arlen Medina Néri Diretora-Executiva da Redação: Ana Naddaf | Diretor-Adjunto da Redação: Erick Guimarães

Núcleo de conteúdo & negócios Diretora-Responsável: Ana Naddaf Editoras-Executivas: Adailma Mendes e Andrea Araujo Revista MORARBEM O POVO Relacionamento, Diretor de Arte e Editor: André Benevides Textos: Victória Costa Jornalista Responsável - Victória Costa Fotografia - Leo Henriques e Ricardo Junqueira Revisão de Textos - Soriel Leiros EQUIPE COMERCIAL Diretor-Geral de Mercado Corporativo: Edson Barbosa | Gerente Comercial: Aline Viana Aires COLABORADORES Leonardo Bueno, Sérgio Matos, Rodrigo Maia, Ana Melo e Juliana Melo, Celina Fiuza, Cibele Parreiras, Diandra Alves e Mirna Studart, Dudu Vidal e Cecília Nóbrega, Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque, Ione Fiuza, Luciana Otoch, Rafaela Feitosa, Roberto Pamplona Jr., Simon Ráfaga e Taline Rabelo, Sophia Romcy, Susana Fiuza, Statto Home, Valter Costa Lima, Delano Lira, Serrotinho, Cristina Vasconcelos, Ricardo Junqueira, AsBEA-CE, Jonas Becker e Marcelo Fortuna. MORARBEM O POVO é uma publicação da Atrativa e do Grupo de Comunicação O POVO Av. Aguanambi, 282 - CEP: 60055-402 - Fortaleza/CE PABX: +55 85 3255 6000 www.opovo.com.br

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SUMÁRIO

14 - ARQUITETURA Com Luiz Fiuza

32 - DESIGN Com os designers Sérgio Matos e Leonardo Bueno

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22 - CAPA

Projeto Rodrigo Maia


38 - PROJETOS E INTERIORES

Profissionais arquitetos e designers apresentam seus projetos

132 - PROJETOS COMERCIAIS Projeto Diandra Alves e Mirna Studart

138 - PLANEJADOS Projeto Statto Home

144 - CONCEITO DE MORARBEM

Com o arquiteto convidado Valter Costa Lima

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ARQUITETURA COM LUIZ FIUZA

Fotos e imagens: acervo pessoal

Com quase 40 anos de profissão, Luiz Fiuza se orgulha de seu maior projeto: uma carreira construída tendo como alicerce a experiência

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Orgulhando-se de uma trajetória que acumula quase três milhões de metros quadrados construídos em todo o território nacional, o arquiteto Luiz Fiuza completa 39 anos de uma carreira dedicada ao projetar. Possuindo um extenso e invejável portfólio colecionando diversas experiências profissionais, Luiz assinou projetos nas mais variadas áreas, como edifícios residenciais e comerciais, hotéis, “flats”, casas, condomínios, bancos, revendas de automóveis, indústrias, lojas, loteamentos, clínicas, sedes empresariais e shopping centers.


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Cultivando uma preocupação primordial em entender e atender aos desejos dos clientes, o arquiteto não mede esforços para se manter sempre atualizado quanto ao que acontece no mercado e busca constante renovação em viagens culturais mundo afora. Além disso, possui trabalhos publicados nas principais revistas e livros especializados do País e participou das mais relevantes mostras de arquitetura e decoração do Brasil, recebendo diversos prêmios, sendo os dois últimos internacionais.

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Sua vasta experiência no mercado imobiliário, sua credibilidade e as parcerias firmes com as construtoras deram a Luiz a “expertise” de elaborar projetos viáveis, humanizados, inovadores, fáceis de construir e que mantêm sempre a viabilidade econômica, social e ecológica. Seu diferencial está no design, na funcionalidade e na constante procura pelo equilíbrio entre a razão e emoção de cada um deles.

LUIZ FIUZA ARQUITETOS

(85) 3248.2636 / 3023.3248 escritorio@luizfiuza.arq.br

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ESPAÇOS únicos, POSSIBILIDADES infinitas.


CAPA Rodrigo Maia leva sua assinatura cosmopolita para apartamento histórico em Copenhagen Respirando ares europeus e se inspirando na estética escandinava, o arquiteto Rodrigo Maia imprimiu sua assinatura renomada em um apartamento no bairro histórico de Nyhavn, na cidade de Copenhagen, Dinamarca. O imóvel, que possui 200 m² e está localizado nos dois últimos andares de um prédio construído no século XVIII às margens do canal Nyhavn, é o lar de um casal sem filhos, um sueco e um brasileiro, que adoram receber amigos para jantares e festas. Rodrigo, que foi contratado para ambientar os espaços já reformados, apostou no estilo contemporâneo para a escolha dos móveis, obras de arte e objetos decorativos que adornaram a casa com requinte e sofisticação, respeitando a arquitetura do prédio e as prioridades dos clientes.

Fotos: Ricardo Junqueira


RODRIGO MAIA arquiteto


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RODRIGO MAIA Av. Padre Antônio Tomás, 920 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 99925.3131 / 3304.9417 arq.rodrigomaia@gmail.com www.rodrigomaia.arq.br Instagram: @arquitetorodrigomaia

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DESIGN

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SÉRGIO MATOS

LEONARDO BUENO

Desbravando a cultura, as cores e as texturas do Nordeste e da Amazônia brasileira para buscar aquilo que lhe inspira, Sérgio Matos celebra o bom momento do design nacional em uma entrevista que revela seu eu artístico para a MORARBEM.

Apresentando uma harmoniosa ambiguidade em sua obra, o designer mineiro Leonardo Bueno revela sua intrínseca inquietude de criar.



SÉRGIO MATOS

INSPIRAÇÃO “MADE IN BRAZIL” É perceptível em seus trabalhos as referências à fauna e flora brasileiras. O que mais lhe inspira no Brasil e onde podemos perceber essa influência em suas peças? Além da natureza, e até muito mais que isso, encontro minha inspiração na cultura, na arte popular e no artesanato brasileiro. Tudo isso influencia bastante no que desenvolvemos no estúdio e na minha identidade artística. Você ganhou notoriedade no mercado exterior e se tornou um grande destaque do design nacional. Mas como foi chegar até aqui? Conte um pouco da sua trajetória. Eu me formei em Desenho Industrial em Campina Grande, na Paraíba, mas comecei a ganhar notoriedade, na verdade, quando, em 2010, fui selecionado para participar do Salão Satélite, na Itália. Esse Salão é dedicado a jovens designers do mundo inteiro e, a partir daí, as pessoas passaram a se interessar pelo meu trabalho, então comecei uma pequena produção aqui no Nordeste com as peças que eu tinha apresentado lá. Como você avalia o cenário atual do design brasileiro? Eu acredito que o cenário do design nacional de uns quatro anos para cá evoluiu bastante e tem sido valorizado. Hoje, temos lojas especializadas em produtos brasileiros porque há realmente uma busca pela identidade do nosso design e acredito que ele está sendo respeitado tanto dentro quanto fora do País. Antes nós éramos vistos como copiadores do design exterior e sentíamos esse preconceito até nas feiras do setor, mas, atualmente, estamos bem representados mundialmente e as pessoas têm curiosidade de saber o que está sendo feito no Brasil. Também tenho percebido muitos profissionais estabelecendo parcerias com empresas internacionais e isso tem nos fortalecido e feito crescer o interesse pelo que é produzido aqui. 34 - MORARBEM O POVO


E como o que está sendo produzido aqui é visto lá fora? Eu tenho visto e acompanhado alguns designers que estão atuando fora do País e é interessante perceber que muitos expõem suas produções não em loja, mas em galerias e museus. Isso me faz crer que o móvel brasileiro tem um valor maior, como uma espécie de peça de colecionador, um produto mais raro e diferenciado. Eu próprio estou levando meu produto para fora geralmente a convite de galerias de design que se interessam pelos produtos daqui, talvez, por chamarem atenção pela estética mais exótica, digamos assim. Você atualmente mora em Campina Grande e, em entrevista a uma revista nacional, afirmou que não pretende se mudar para o Sudeste. Continua firme na sua escolha? O que poderia fazer você mudar de ideia e permanecer? A minha identidade artística está toda em Campina Grande, assim como a minha produção e os grandes parceiros que encontrei para produzir. Aqui encontramos grupos de bons artesãos e, para mim, não é muito interessante produzir em outros estados, nós até já tentamos, mas não conseguimos encontrar quem produzisse com a mesma qualidade e o mesmo acabamento que a gente consegue aqui. As pessoas têm um talento nato para o artesanato e isso me faz querer ficar na Paraíba. Além disso, eu gosto da tranquilidade e da paz que eu encontro aqui. Mesmo a parte comercial dos negócios serem, de fato, resolvidos nos grandes centros, como Rio e São Paulo, minha grande fonte de conceito e inspiração eu encontro no Nordeste e na Amazônia.

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LEONARDO BUENO Alçando voo mais alto, Leonardo Bueno marca em sua obra aquilo que lhe é natural: sua inquietude. Com um trabalho intrigante, o designer, que já expôs em diversos países, como França, Áustria, Eslováquia, Alemanha, Inglaterra, Itália e Estados Unidos, traz em cada projeto sua visão artística universal. Mineiro da pequena Maria da Fé, Leonardo materializa o paradoxo de sua vida em suas peças, equilibrando o rústico e o sofisticado e tornando-as emblemáticas. Seu design carrega formas refinadas e elegantes, valorizando sempre a beleza da madeira e, em sua linha “BOB”, não poderia ser diferente. Criada intencionalmente para passar a sensação de fragilidade, a coleção em sua alma é executada em aço carbono, o que lhe confere uma estrutura totalmente sólida e segura. Por fora vem a madeira, agregando, assim, a sensação de leveza, que é o grande diferencial das peças e que confirmam a harmoniosa ambiguidade de sua arte.

Mesa BOB

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Entre ambiente e design... escolha os dois.


PROJETOS

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PROFISSIONAIS Ana Melo E JULIANA MELO | Celina Fiuza | Cibele Parreiras | Dudu Vidal e Cecília Nóbrega Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque | Ione Fiuza | Luciana Otoch | Roberto Pamplona Jr. Simon Ráfaga e Taline Rabelo | Sophia Romcy | Susana Fiuza Diandra Alves E Mirna Studart | Rafaela Feitosa

interiores | comerciais | planejados

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INTERIORES ANA MELO E JULIANA MELO designers

ESPAÇO É LUXO

Fotos: Leo Henriques

Valorizando o que tem de melhor em um lar, o projeto de Ana Melo e Juliana Melo traz a sintonia perfeita entre o estilo contemporâneo e a elegância. Concebida e desenvolvida para estimular o convívio da família, a proposta traz espaço, luz e conforto como os principais argumentos de composição que, além de definirem um “lifestyle” requintado e atual, ressaltam a comunicação que integra os ambientes. Uma atmosfera de harmonia e tranquilidade percorre todos os espaços alcançando moradores e visitantes, mas sem abrir mão do sofisticado, presente no mobiliário, adornos, tecidos e em todos os materiais utilizados. Um “mix” de cores, texturas e estéticas que definem o clima contemporâneo desejado pelos clientes.

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ANA MELO E JULIANA MELO Av. Dom Luís, 837 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 3244.8044 anamelo@anamelo.com.br juliana1melo@yahoo.com.br www.anamelo.com.br

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INTERIORES

Fotos: Ricardo Junqueira

A ARTE DE PROJETAR Para a arquiteta Celina Fiuza, foi dada a agradável missão de projetar o novo apartamento de um casal com seus três filhos. Os desejos dos clientes eram: uma área social integrada, com exceção do mega home theater, uma biblioteca e um cantinho para receber os amigos. O primeiro passo foi unificar o ambiente com o piso de mármore, que, se somado aos tons de cinza e “Off White” do espaço, garante a leveza necessária ao projeto e não comprometem o destaque ao precioso acervo de obras de arte exposto. Já para o “home theater”, a atenção ficou por conta do uso de madeira e tapetes no chão para garantir a acústica do espaço.

CELINA FIUZA arquiteta

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CELINA FIUZA Rua Vicente Leite, 1022 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 3242.1311 celinafiuza@gmail.com

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Cortinas, Tecidos e Papéis de Parede AGATEK

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INTERIORES

O CONFORTO COMO FRUTO DOS DETALHES

CIBELE PARREIRAS

Fotos: Leo Henriques

arquiteta

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Para acomodar com todo o conforto uma família composta por um casal com seus três filhos, a arquiteta Cibele Parreiras abusou das linhas retas e dos tons mais claros. Para a área social, materiais nobres como o ônix, o mármore Carrara e a laca são responsáveis pelo ar sofisticado do espaço. As almofadas compõem o conjunto de detalhes da obra, sendo o charme especial de acordo com a necessidade de cada ambiente: almofadas artesanais de crochê para a sala e de linho e tafetá na varanda. O uso do bronze é um traço predominante no projeto, usado de forma versátil e combinado, por vezes, com a madeira em textura mate. A iluminação é usada de maneira indireta e também pontuada sobre as nuances do imóvel. Na cozinha, a predominância do preto, prata e branco agregou ares arrojados à proposta elegante. Os quartos têm a personalidade de seus usuários: na suíte do casal, o aconchego criado pelos tons nude e texturas aveludadas é realçado pelo brilho do dourado nos detalhes. Já para as filhas, um ambiente mais clássico foi projetado para traduzir o romantismo feminino. E para o filho, o toque lúdico ficou a cargo das almofadas estampadas com personagens.


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CIBELE PARREIRAS Av. Santos Dumont, 3131 - Sala 921 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 3264.0384 / 99995.3681 cibele@cibeleparreiras.arq.br

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INTERIORES

PROJETANDO COM HARMONIA

Fotos: Leo Henriques

Equilíbrio foi a palavra-chave para se chegar ao resultado deste projeto de arquitetura de interiores. A proposta para este apartamento foi criar cenários que refletissem a personalidade dos moradores através dos detalhes expostos em cada ambiente, ressaltando seu universo particular. O mobiliário projetado, desenhado pelos arquitetos, segue uma linha moderna e “clean”, em total harmonia com os móveis soltos e com o restante dos objetos escolhidos para ambientar este lar.

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DUDU VIDAL E CECÍLIA NÓBREGA arquitetos e urbanistas


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INTERIORES PARCERIA DE SUCESSO EM PROL DA ARQUITETURA As arquitetas Inês Cavalcante e Mônica Albuquerque, que já possuem uma parceria de 27 anos, atuam na área de edificação, ambientação residencial, comercial e corporativa. Buscando imprimir personalidade em cada projeto, prezando pela harmonia e fluidez dos espaços, a dupla está atenta aos novos materiais e tendências do mercado e, nesta proposta de ambientação, não poderia ser diferente. O projeto corporativo das áreas comuns do edifício The Park aposta em uma linha mais contemporânea, baseada em traços retos, que garante um ar atemporal aos espaços, somado ao uso de tons neutros e elementos de destaque como volumetrias, obras de arte e diferentes texturas nos materiais escolhidos.

INÊS CAVALCANTE E MÔNICA ALBUQUERQUE

Fotos: Leo Henriques

arquitetas e urbanistas

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INÊS CAVALCANTE E MÔNICA ALBUQUERQUE INTERART Projetos Av. Dom Luís, 906 - SL. 701 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 3224.6033 / 99981.7200 / 99981.9326 interartprojetos@yahoo.com.br Instagram: @interartprojetos Facebook: Interart Arquitetura

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85 3208.2504 Av. Padre Antônio Tomás, 770 Aldeota, Fortaleza - CE www.galpaod.com.br


Fotos: Leo Henriques

INTERIORES

A contemporaneidade do estilo versátil de Ione Fiuza O projeto é uma amostra da versatilidade do trabalho plural de Ione Fiuza em seus quase 40 anos de atuação no mercado de arquitetura brasileiro. Através dos diversos espaços que compõem as áreas comuns do condomínio residencial Broadway Central Park e inspirada pelo design contemporâneo, que alia conforto à funcionalidade, a arquiteta optou por desenhar espaços atemporais, unindo todos os ambientes através da escolha cuidadosa das cores, materiais e mobiliário.

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IONE FIUZA arquiteta


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IONE FIUZA (85) 3077.6308 ione@ionefiuza.com.br www.ionefiuza.com.br

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INTERIORES

LUCIANA OTOCH arquiteta

Fotos: Leo Henriques

A BRISA DO MAR COM ARES DE CONTEMPORÂNEO Arquiteta experiente e professora universitária, Luciana tem como característica principal do seu trabalho a inspiração no próprio cliente, seu perfil e necessidades. Gosta de projetar materializando os anseios dos moradores e transformar sonhos em realidades concretas. Com a intenção de fugir da temática praiana, a missão da profissional para ambientar esse apartamento de orla com 200 m² foi criar uma proposta atemporal e, ao mesmo tempo, contemporânea. Os cômodos foram pensados de acordo com as características de cada usuário, pois o casal possui três filhos já crescidos com personalidades bem distintas. O resultado final foi um projeto agregador, com utilização de materiais sofisticados trazendo aos espaços uma grande diversidade estética.

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LUCIANA OTOCH Rua Dr. Gilberto Studart, 55 - SL. 1514 Cocรณ - Fortaleza-CE (85) 99171.6260 / 3241.0897

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Fotos: Leo Henriques

INTERIORES

RAFAELA FEITOSA arquiteta e urbanista

ARQUITETANDO À BEIRA-MAR Projetando um apartamento de praia que possui uma área de 115,55 m², a arquiteta Rafaela Feitosa idealizou um espaço confortável e que buscou a valorização dos ambientes com composição de móveis claros e cores neutras. Investindo-se na madeira como ponto de partida juntamente com cores frias e claras, a ideia foi manter a neutralidade da base para deixar a ousadia por conta dos acessórios em tons alegres e formas rebuscadas, proporcionando, assim, um ambiente mais descontraído e com ares litorâneos. Já o projeto luminotécnico foi concebido com efeitos de luz indireta, direta e se fez essencial para favorecer espaços íntimos e destacar materiais. O resultado foram ambientações inspiradas na arquitetura clássica mesclada em harmonia a móveis com traços contemporâneos que revelaram uma tendência atemporal.

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RAFAELA FEITOSA Rua Osvaldo Cruz, 2544 - DionĂ­sio Torres Fortaleza-CE (85) 3268.1089 marrocosaragao@gmail.com marrocosaragao.com.br Instagram: @rafaelafeitosa Facebook: rafaelafeitosa 100 - MORARBEM O POVO



INTERIORES

VERMELHO É A COR MAIS QUENTE A personalidade forte de um casal moderno e cosmopolita, ele espanhol e ela cearense, foi o ponto de partida para a elaboração de um projeto que expressa ousadia a cada escolha. Sem medo de utilizar cores fortes, o arquiteto Roberto Pamplona Jr. apostou no tom vermelho, simbolizando força e paixão para compor o “living”, que traz a cor vibrante abraçando o cômodo e mesclada em harmonia a peças neutras. Um “open bar” democrático em cima da mesa circular “Buble” concentra taças e bebidas, tudo à mão e de fácil acesso para agregar praticidade. Já o charme desse espaço fica por conta do divertido quadro do artista plástico Vando Figueiredo, que chega com um toque de humor e descontração ao clima sofisticado imprimido.

Fotos: Leo Henriques

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ROBERTO PAMPLONA JR. arquiteto e designer de interiores

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No “home cinema”, onde o mobiliário planejado alia funcionalidade, a TV foi embutida no vidro “ultra clear” e o destaque fica para a composição de fotos P&B do renomado fotógrafo Sebastião Salgado. Tudo perfeitamente composto para não pecar na ousadia, assim como não perder a elegância desejada tanto pelos clientes quanto pelo arquiteto.



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ROBERTO PAMPLONA JR. Av. Santos Dumont, 2828 - SL. 1903 - Aldeota Ed. Torre Santos Dumont Fortaleza-CE (85) 3486.1280 / 99992.9333 robertopmj@yahoo.com.br Instagram: @robertopamplonajr

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INTERIORES SIMON RÁFAGA E TALINE RABELO arquitetos e urbanistas

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DUPLA AFINADA PROJETANDO DESEJOS Executando projetos que caminham junto às necessidades e desejos de cada cliente, a dupla Simon Ráfaga e Taline Rabelo segue afinada e, neste projeto, não poderia ser diferente. Planejada para um homem solteiro e que optou por morar na praia por ser adepto da prática do “Kitesurf”, a proposta trouxe elegância na medida, ao passo que não abriu mão dos ares descontraídos para transparecer essa essência de juventude. Pensando nisso, executou-se a ampliação da sala, criando um “home theater” bem confortável e despojado. Na disposição dos móveis, focou-se a integração dos ambientes, mas em formatações bem definidas, já a utilização dos tons de preto, cinza e amadeirados em todo o apartamento dá a característica desejada. No quarto principal, foi criado um espaço intimista e moderno, que se pode perceber através da iluminação utilizada e dos tons escuros dos acabamentos e dos elementos geométricos. Na varanda, agregou-se um espaço “gourmet” com churrasqueira e frigobar para reuniões de fim de tarde, um local de recepção dos amigos que podem apreciar o por do sol com vista para o mar.


Fotos: Leo Henriques

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SIMON RÁFAGA E TALINE RABELO DUORUM Arquitetura Av. Washington Soares, 909 - Loja 107 – Edson Queiroz (85) 99691.2422 / 99903.1895 / 3021.4503 duorum@duorum.arq.br Instagram: @duorumarquitetura Facebook: duorum_arquitetura

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CRIARE FORTALEZA Av. BarĂŁo de Studart, 1851 Fone: (85) 3458 0500 | 9 8778 1798 criarefortaleza@gmail.com


INTERIORES SOPHIA ROMCY arquiteta

HARMONIA SOB MEDIDA Em um projeto onde a irreverência das cores se harmoniza com perfeição ao estilo contemporâneo, Sophia Romcy mostra sua versatilidade profissional. Tendo como ponto de partida uma base neutra, a sofisticação se fez presente em cada detalhe, como o teto todo trabalhado e diagonalizado. A curadoria das peças foi feita com bastante cuidado e cores alegres, garantindo a personalidade e descontração aos espaços, transmitindo a alegria e versatilidade dos donos. Agregando um toque orgânico, o projeto traz o verde dentro do apartamento, e o destaque fica para um jardim vertical que humanizou o cômodo, bem como dialogou com a estética despretensiosa, mas não menos elegante, que a arquiteta quis imprimir neste lar.

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Fotos: Leo Henriques

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SOPHIA ROMCY UNICtecture Arquitetura Rua Ildefonso Albano, 315 - térreo - SL 11 Praia de Iracema - Fortaleza-CE (85) 3242.4109 / 99156.8121 sophia_romcy@yahoo.com.br

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INTERIORES

SUSANA FIUZA arquiteta

SINGULARIDADE EM PROJETAR Executado contando com a “expertise” profissional de Susana Fiuza, o projeto desta cobertura no Golf Ville, de aproximadamente 200 m², é um brinde à arquitetura de interiores. Investindo em tons neutros para a base, cores pontuais e elementos naturais para a decoração, a arquiteta ainda propôs várias interferências na estrutura, até mesmo na alvenaria, para gerar um singular aproveitamento dos espaços. A sala de jantar, localizada na varanda, proporciona uma vista agradável durante as refeições, assim como possibilitou que a sala de estar se transformasse em uma área generosa, com um grande sofá em L, poltronas, televisão e muito conforto.

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Fotos: Leo Henriques

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O ambiente “gourmet” foi integrado à cozinha e ainda conta com uma outra região ambientada especialmente para um café da manhã mais íntimo entre a família.

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Os vários pontos de iluminação indireta garantiram a sensação de aconchego. No quarto das filhas, o destaque fica para o papel de parede em degradê de azul, que foi mesclado com um tom de “pink” e divertida estampa de borboletas. Já o quarto de casal traz o estilo provençal e optou-se por usar peças e móveis que já eram dos proprietários e que trouxeram ainda mais personalidade para esse projeto revigorante.

SUSANA FIUZA Rua Dr. Gilberto Studart, 55 - SL. 308 e 307 Cocó - Fortaleza-CE (85) 3265.3215 / 98733.1475 susana@susanafiuza.com.br Instagram: @susanaclarkfiuza Facebook: scfiuza

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Fotos: Leo Henriques

COMERCIAIS

DIANDRA ALVES E MIRNA STUDART arquitetas

O projetar “cool” da Colore Arquitetura Partindo da necessidade do cliente em possuir um escritório completamente integrado e que possibilitasse o convívio entre seus funcionários, as arquitetas Diandra Alves e Mirna Studart desenvolveram um projeto baseado no conceito “loft”. Compreendendo e atendendo a desejos, assim como unificando as ideias do contratante em possibilidades da área a ser trabalhada, as profissionais uniram os espaços e isolaram somente a sala – amarrada com o recurso da versátil porta de correr em madeira e vidro. Com o objetivo de criar uma proposta “cool” e inovadora, aposta-se em cores vibrantes, como o verde e laranja, e na escolha de materiais como a madeira pinus, trazendo um conceito sustentável alinhado ao da empresa.

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A estrutura nervurada aparente, os tijolinhos e o cimento queimado também fazem parte da série de detalhes pensados para garantir o ar industrial do ambiente. Para finalizar, o combo copa e sala de estar, projetados no mesmo espaço - com direito à mesa de sinuca e quadro negro -, fecha com louvor o caráter descolado do projeto.

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DIANDRA ALVES E MIRNA STUDART COLORE ARQUITETURA E DESIGN Av. Washington Soares, 55 - SL. 502 - Cocรณ Iguatemi Empresarial (85) 98618.2408 / 3241.4867 contato@colorearquitetura.com.br

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PLANEJADOS madeira em vários tons

Fotos: Leo Henriques

Neste projeto desenvolvido para um jovem casal e executado pela Statto Home, foi priorizado a integração social. Utilizando elementos que remetessem ao contemporâneo, porém com pitadas de rústico, a proposta investiu em tons de cinza, concreto e preto, assim como peças em madeira natural e troncos para agregar ares mais tropicais. Para a cozinha, apostou-se na ousadia, e os móveis planejados vieram em pretos, cinza e dois grandes painéis, um em aço “corten” e

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outro em vidro turquesa, que trouxeram vibração ao ambiente. Na sala de estar, o destaque ficou para o confortável “home”, na de jantar com mesa quadrada toda em “nanoglass” desenhada especialmente para o projeto, também há um espaço de vinhos, e toda a ambientação foi desenvolvida em harmonia com tijolos ingleses, poltronas em couro, mesa, lâmina natural e peças de design feitas à mão.


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A varanda foi pensada para ser um convite ao deleite. Perfeita para receber a família, assim como amigos e familiares, o cômodo conta com três áreas distintas e apresenta um espaço “gourmet” que se destaca através da grande parede verde ao fundo e uma bancada para o “chef” da casa preparar saborosas refeições. Tudo executado para celebrar o morar bem.

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STATTO HOME Rua Joaquim Nabuco, 2829 - Loja 05 Dionísio Torres - Fortaleza-CE (85) 3055.2611 sac@stattohome.com.br www.sttatohome.com.br

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CONCEITO deMORARBEM

Fotos: Leo Henriques

com VALTER COSTA LIMA

Esbanjando personalidade e equilibrando, como poucos, sofisticação e despojamento, o arquiteto Valter Costa Lima abre seu lar – que mais se assemelha a uma galeria de arte -, mostra um pouco do “lifestyle cool” e redefine nosso conceito de morar bem.

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“Morar bem é morar confortavelmente. Para mim, poder utilizar sua casa para finalidades que lhe dão prazer é indispensável para o conceito de morar bem e, desta forma, a casa deve ser um reflexo do perfil do morador. Se for um esportista, é possível utilizar equipamentos de esporte integrados ao “décor”, se for um apreciador de filmes, o “home cinema” merece maior atenção. A função da casa deve ser bem pensada para tornar o dia a dia do morador mais prazeroso, consequentemente ele desfrutará de uma boa moradia.”

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“Em uma casa, é imprescindível que haja harmonia. É necessário que os ambientes estejam conectados uns aos outros, ligados com suas funções e com seus moradores. Essa comunicação é essencial e, quanto mais fluida ela for, mais harmoniosa e prazerosa será a convivência. O conceito de fluidez e harmonia no lar contempla não só os aspectos subjetivos, que dizem respeito ao cotidiano e às formas de sentir o ambiente, mas também os aspectos físicos. Cores e texturas precisam estar alinhadas a esse conceito mais amplo, e isso é o que rege um bom projeto. Buscamos em nossos trabalhos tornar o lar acolhedor de forma despretensiosa.”

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VALTER COSTA LIMA Rua Marcos Macêdo, 655 - SL. 106 - Aldeota Fortaleza-CE (85) 3023.9300 www.tetuarquitetura.com

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DESIGN, LUXO e

EXPERIÊNCIA

Fotos: divulgação

Por Cristina Vasconcelos

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“NEL CUORE DI MILANO” Falar de Milão não é tarefa muito difícil. Uma cidade internacional e cosmopolita, onde 13,9% da população é de origem estrangeira e, desde a Idade Média, é considerada um grande centro comercial, industrial e financeiro da Europa. Mas, hoje, conhecida como a capital do design e da moda, com maior influência global no comércio, na indústria, música, esporte, literatura, arte e mídia, Milão tornou-se também uma das principais cidades do mundo.

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A metrópole é especialmente famosa por suas casas e lojas de moda, como a Via Montenapoleone e a Galleria Vittorio Emanuele II – um dos shoppings mais antigos em funcionamento e que fica na Piazza Duomo. A Galleria é famosa por ser o lar de algumas das mais antigas lojas varejistas de luxo, como a primeira loja da Prada, e de restaurantes sofisticados, como Biffi Caffè, o Savini e o clássico Art Nouveau Camparino. Em 2012, um McDonald’s foi impedido de renovar o seu arrendamento após 20 anos de ocupação e deu lugar à segunda loja da Prada na Galleria. Lá também abriga um dos hotéis mais luxuosos, mais caros e mais requintados do mundo: TownHouse Galleria. Sendo um dos poucos que recebe classificação sete estrelas - apesar de exibir cinco -, o hotel foi inaugurado em 07 de março de 2007, em memória à cerimônia de inauguração da Galleria, no mesmo dia do ano de 1865, pelo rei Vittorio Emanuele II. Ele possui apenas 58 suítes e é um dos poucos no mundo dentro de um monumento nacional, abrigando, ainda, o Museu O Mundo de Leonardo da Vinci, que é aberto aos hóspedes e ao público.

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Para perceber o esmero do monarca na construção da Galleria que leva o seu nome, basta andar olhando para o piso, recoberto por mosaicos de pastilhas que formam brasões e representações históricas, e se encantar com a riqueza de detalhes. Em seu centro, um grande brasão representa a Casa Savoia, uma dinastia europeia. Virando-se na direção de cada uma das saídas da galeria estão outros mosaicos representando as quatro cidades que, cada uma em seu tempo, foram capital do Reino da Itália, nesta ordem: Milão (com Napoleão), Turim (representado por um touro), Florença e Roma (a loba amamentando Remo e Rômulo). Os milaneses acreditam em uma tradição que traz muita sorte: no piso do octógono central da Galleria Vittorio Emanuele II, o visitante deve procurar pelo touro representante de Turim em meio ao mosaico e depois deve pisar com o calcanhar do pé direito sobre os testículos do touro e dar três giros sobre ele. Este ritual supersticioso é repetido centenas de vezes por dia pelos pedestres, em sua maioria turistas que pagam micos fundamentais em suas visitas a Milão. Na verdade, ele era válido apenas à meia-noite do dia 31 de dezembro, para trazer sorte para o próximo ano, porém, atualmente, virou um ritual. Caso queira ter uma experiência inesquecível, hospede-se dentro de um dos maiores monumentos da Itália, passeie entre as lojas de grife, cafés, restaurantes e não se esqueça de apreciar um bom vinho!

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UNIVERSO MORARBEM com SUSANA FIUZA

Desembarcando em um dos países mais exóticos, ricos e deslumbrantes do mundo, a arquiteta Susana Fiuza desbrava a arquitetura inspiradora de Dubai e divide um pouco da sua viagem aos Emirados Árabes Unidos com a MORARBEM.

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Fotos: Marcelo Fiuza

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“Eu acredito que Dubai seja um paraíso para qualquer arquiteto. Muito do que nós, profissionais da área, idealizamos projetar em nossa carreira e não conseguimos executar por falta de recursos, nós encontramos nas construções de lá e estar em contato com isso é inspirador. Uma das impressões que temos logo quando desembarcamos em Dubai é que lá a criatividade do arquiteto, além de não ter limite, não é podada e isso faz com que nos deparemos com prédios imponentes, suntuosos, exóticos e realmente impressionantes em riqueza de detalhes e design. O lugar é deslumbrante e um verdadeiro canteiro de obras a céu aberto, que emociona qualquer profissional de engenharia e arquitetura que visitar.“

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“É impressionante saber que ali, há poucos anos atrás, era apenas deserto. Os sheiks não poupam esforços quando o assunto é luxo e os prédios são realmente estonteantes em cada ângulo que se observa, uma nova descoberta. Geralmente eles trazem uma estética oriental muito forte, mas eu, particularmente, me identifico mais com um estilo um tanto quanto contemporâneo e uma das minhas construções preferidas é o Burj Khalifa, que é o maior arranha-céu do mundo. Mas estar em Dubai vai além de apenas mergulhar no universo da arquitetura. É incrível se perceber em uma cidade completamente moderna e que, em poucos minutos, você pode estar em um deserto andando de camelo vivendo outras experiências inesquecíveis e exóticas. Além de poder usufruir do litoral belíssimo que cerca a região e as suas famosas ilhas artificiais, a Palm Islands.”

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EMPRESAS &

EMPRESÁRIOS

DELANO LIRA

empresário

a luz do empreendedorismo

Nascida do sonho de empreender de um jovem de apenas 18 anos, a La Luz se consolida no mercado de iluminação cearense e é a menina dos olhos de seu proprietário Delano Lira Foi aos 16 anos, quando o pai comprou um computador e isso despertou em Delano Lira o interesse pela informática, que o rapaz viu nascer o seu lado empreendedor. Para a família, que na época possuía uma empresa de material elétrico, Delano começou a desenvolver “softwares”, pegar gosto pelo trabalho e, há 20 anos presente no mercado, resolveu seguir seu próprio caminho criando a La Luz – uma fábrica de iluminação para atender seus clientes de modo personalizado.

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Inicialmente comercializando produtos terceirizados e contando com a clientela já adquirida pelo pai e pelo irmão para conquistar seu espaço, o empresário viu seu negócio crescer a passos largos e sentiu a necessidade pungente de expandir. Hoje, imprimindo um novo posicionamento de mercado à empresa, Delano atende a projetos comerciais, residenciais e investe sua atenção no setor da construção civil.

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Trazendo toda uma “expertise” para o segmento, além de um vasto leque de opções em produtos e serviços, a La Luz oferece desde a parte técnica até itens decorativos de iluminação e ainda proporciona um atendimento diferenciado. Permitindo um canal direto entre ele e o cliente, Delano faz questão de, mesmo contando com consultores treinados e especializados, estar a par de todas as necessidades do seu consumidor e, assim, atendê-lo de forma personalizada. Isso fez com que a empresa desse um salto de qualidade, tanto em relação ao “know-how” quanto a respeito da confiabilidade de parceiros e clientes.

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NOVIDADES LA LUZ Além de oferecer peças de marcas e designers conceituados, a La Luz ensaia o lançamento de uma linha exclusiva desenvolvida por arquitetos e designers cearenses, aumentando, assim, a atuação da loja e prestigiando o talento da terra.

LA LUZ

Rua Andrade Furtado, 1778 - Cocó Fortaleza-CE (85) 3249.7979

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EMPRESAS & Fotos: acervo pessoal

EMPRESÁRIOS

TRONCO FORTE QUE FEZ HISTÓRIA Decifrando a arte de trabalhar a madeira há quase 40 anos, Orlando Pacheco e a sua Serrotinho se tornaram sinônimo de credibilidade, inovação e qualidade Quem conhece Orlando Pacheco em um campo de golfe – um dos seus “hobbies” – logo vê que, por trás daquele olhar compenetrado e tacada precisa, existe um homem que sabe tomar decisões. Comandando com maestria uma das empresas do ramo de madeira de maior respaldo no Ceará, o empresário deve a sua história e suas raízes ao sucesso dos seus negócios. No mercado desde 1979, destacando-se sempre pela qualidade, a Serrotinho nasceu do desejo de empreender de seu pai, mas foi em suas mãos que se tornou referência. Falando com orgulho daquele que tudo lhe ensinou, Orlando relembra o dom do patriarca de transformar madeira em arte: “O talento do meu pai era incrível, nato, um verdadeiro gê-

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nio. Ele começou a trabalhar com madeira aos 13 anos tirando pau de uma mata, cortando de serrote manual, construindo suas próprias ferramentas... Depois entrou numa carpintaria e foi aprendendo a fazer móveis mais elaborados. Com o tempo, resolveu mudar para a capital e, passado um período, mudou-se para o Pará e, de lá, mandava as madeiras para a gente”. Foi nessa época que Orlando, aos 14 anos, assumiu, junto à mãe, a empresa familiar em Fortaleza. Fazia a produção, o atendimento ao cliente, as entregas e foi assim, com muita dedicação, perseverança e olhando sempre à frente, que a Serrotinho gradativamente se tornou uma das principais do ramo no Estado.


A serraria, que encontra sua matéria-prima em Rondônia apenas em áreas legais de manejo, traz como seu diferencial, além da qualidade inquestionável, a exclusividade, a durabilidade e a versatilidade do seu leque de produtos. A madeira usada na produção é seca em estufa e existe um acompanhamento de profissionais qualificados. O cliente pode escolher sua porta com o design que desejar, personalizada e ideal para o seu projeto. Tudo com a supervisão meticulosa e atenta de Orlando, como ele mesmo ressalta: “Eu não sou um administrador, mas, além de proprietário, sou também o produtor direto da porta: atendo o cliente, faço o desenho, faço maquetes. Existe um acompanhamento muito próximo que é difícil de encontrar em outras empresas. Quando chega um cliente de fora, europeu, ou que já morou em São Paulo, por exemplo, ele percebe a qualidade oferecida e acha o valor pago pelo produto muito justo”.

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Hoje, dividindo seu tempo entre a arte de decifrar a madeira, a família e sua predileção por esportes que requerem estratégias, como golfe e tênis, Orlando não nega que gosta de um bom desafio quando o assunto é desenvolver suas concorridas portas e se prepara, quem sabe, para uma sucessão. Afinal, tanto conhecimento, já passado de pai para filho, parece seguir a mesma tendência nessa geração: é provável que os filhos Mateus e Diego continuem os negócios da família, já que existe uma grande admiração e inclinação natural deles para isso. “O segredo talvez seja minha dedicação: tudo que me proponho a fazer é feito com muito esmero”, salienta. E quem é cliente comprova e assina embaixo!

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ARTE

divulgação

por CRISTINA VASCONCELOS

LUCIA LAGUNA “ENQUANTO BEBO A ÁGUA, A ÁGUA ME BEBE.” Aos 52 anos, a carioca Lucia Laguna, aposentada formada em letras, resolveu ocupar o tempo com um novo “hobby”. Lucia começou a frequentar a Escola de Artes Visuais do Parque Lage e, procurando um professor que fosse “o mais exigente”, encontrou Charles Watson, o qual décadas depois saúda em recente abertura de sua exposição no MAR (Museu de Arte do Rio) como seu mestre. Em pouco tempo, a artista novata exibiu sua produção em mostras coletivas e chamou a atenção da galerista carioca Laura Marsiaj. Em 2006, ao vencer o Prêmio Marcantonio Vilaça, sua carreira dá um salto e ela conquistou também a admiração de críticos conceituados, como Paulo Herkenhoff e Agnaldo Farias, e viu seus quadros alcançarem uma valorização impressionante - cerca de 400% em meia década. Do figurativo, Lucia passou para o estudo de sobreposição de camadas a partir da apreciação do quadro renascentista de Rogier van der Weyden que condensava o espaço e, com isso, a artista tinha como intenção de planificar suas pinturas. Da janela de seu ateliê no Rio de Janeiro, que funcionava como moldura do que ela enxergava, a mesma fazia experimentos de observação. Lúcia começou a explorar então as malhas

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urbanas com traços de geometria e cartografia, com a utilização de fitas-crepes que, após retiradas, revelam diferentes camadas. “Em sua experimentação, era como se ela quisesse fazer as cidades caberem na moldura de sua janela”, explica Clarissa Diniz, curadora de arte. Logo depois, a artista passa a fazer uma referência mais direta a seu ateliê, usando como modelos objetos que faziam parte do espaço. A mostra apresenta 35 pinturas, sendo 11 delas inéditas, e um dos trabalhos nunca antes apresentado tem uma relação com o MAR: Lucia fotografou a vista de uma das janelas do museu e utilizou a imagem para a realização de mais uma obra da série Paisagem. As telas foram produzidas em parceria com dois assistentes, Davi Baltar e Cláudio Tobinaga, que, sem qualquer tipo de censura ou proibição, inseriram cores, traços e fitas nos quadros. Além das telas, Lucia apresenta pela primeira vez seus desenhos produzidos com as fitascrepes retiradas dos quadros. E também mobiliário que ela está fabricando com o auxílio de Cláudio Silva, da fábrica de brinquedos da qual era dona e, atualmente, um de seus assistentes.


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Lucia, hoje aos 76 anos, trabalha todos os dias em seu ateliê e é representada pela Galeria Fortes Vilaça. Das exposições individuais recentes, destacam-se: “Outras Paisagens”, Cristina Guerra Contemporary Art (Lisboa, Portugal, 2014), “Projeto Technô”, Oi Futuro Flamengo (Rio de Janeiro, RJ, 2014), “Jardim”, Galeria Fortes Vilaça (São Paulo, SP, 2013), “O mundo é o que se vê de onde se está”, Galeria Moura Marsiaj (São Paulo, SP, 2011), “Janela”, Galeria Virgílio (São Paulo, SP, 2009) e “Lucia Laguna: Pintura”, Paço Imperial (Rio de Janeiro, RJ, 2007). E das exposições coletivas: 30 x Bienal, Fundação Bienal de São Paulo (São Paulo, SP, 2013), “Obras selecionadas”, Centro Cultural Candido Mendes (Rio de Janeiro, RJ, 2013), “Pintura Brasileira Séc. XX”, Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, SP, 2011), “Pintura Reprojetada”, Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (Brasília, DF, 2011), “Gigante por su propia naturaleza”, IVAM (Valência, Espanha, 2011) e “An Other Place”, Gallery Lelong.

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REFERÊNCIAS EM ESTILO

o designer jader almeida invade a deca Consolidando-se como a maior fabricante de louças e metais sanitários do hemisfério sul, a Deca, em parceria com Jader Almeida, lança uma coleção exclusiva assinada pelo designer. Empregando em suas criações o traço leve e o desenho que transita em equilíbrio entre passado, presente e futuro, na coleção de 2017, Jader se voltou para peças-conceito com ergonomia rica em linhas fluidas. A banheira exemplifica a ideia: pensada no conforto e funcionalidade, a peça de forma assimétrica tem uma extremidade mais estreita, ideal para o descanso, e outra que se apresenta como uma espécie de poltrona, com apoio dos braços para quem preferir ficar sentado. Além disso, a parte externa do produto conta com uma alça que se sobressai à peça, funcionando como porta-toalhas.

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Fonte: www.gizbrasil.com

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PELO OLHAR DA ARQUITETURA

Luciano Ramos Presidente da AsBEA-CE asbeace@gmail.com

ÉTICA, PROFISSIONALISMO E DESEMPENHO NA ARQUITETURA Talvez um dos temas mais abordados ultimamente e de mais difícil abordagem seja a ética. Isto não deveria ser um problema, mas em um país que já nasceu sob essa égide, isso é um grande desafio. Desde a chegada da família real em 1808, vivemos a regra do favorecimento, da influência, da vantagem indevida. E não preciso nem falar da perpetuação desta lógica até os dias de hoje. Nosso conselho (CAU), a exemplo de todos os outros conselhos profissionais, tem em seu código de ética a bússola do nosso exercício profissional, da nossa postura como arquitetos e cidadãos. Mas sempre manifestamos a insatisfação de não sermos reconhecidos em nossa qualificação, no nosso potencial, na remuneração, na importância da arquitetura como protagonista do ambiente construído. E o que isto tem a ver com Ética? Muito! A remuneração do projeto fica aquém daquilo que seria o justo. Não há a valorização do trabalho de arquitetura. Mas isto, no meu ponto de vista, não é decorrência do resultado da produção da arquitetura, e sim de uma postura profissional pouco expressiva, pouco ética. Talvez a pergunta central seja: “Quando seremos uma profissão necessária e valorizada?” A minha resposta remete primeiramente a uma postura individual. Jamais serei reconhecido por outrem de algo que não me convenci ainda. Padecemos de uma miopia individual. Eis aí outro paradoxo. Como reais protagonistas do processo do projeto, não conseguimos nos enxergar assim. Não nos valorizamos. O mercado de trabalho não vai reconhecer no profissional de arquitetura aquilo que ele mesmo não reconhece e não valoriza.

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E isto tem uma consequência. Muitos acabam por trilhar caminhos sombrios para alcançarem o reconhecimento financeiro que creem ser o justo. Mas o princípio de tudo está na transparência, na verdade, na usura de nossa relação profissional. E isto é parte da ética. Da grande ética racional. Falar de ética é falar de mim mesmo. É me olhar no espelho e perguntar se tenho vivido uma relação sadia e verdadeira com clientes, colegas, com a sociedade. Então, está claro que o primeiro mal é individual. O diagnóstico preliminar da não valorização da Arquitetura e do profissional de Arquitetura passa pela minha não valorização. E quando não me valorizo, não vivo a ética em seu conceito básico. A segunda postura é coletiva. Volto ao nosso DNA e, como criadores, não há espaço para dois. “Eu sou e basta.” Temos o péssimo hábito de não compartilhar nossas experiências, dificuldades, realidades, desafios, potencialidades. Temos uma visão egoísta sobre nosso exercício profissional. Somos muito céticos e críticos quanto ao potencial do outro. Não descobrimos ainda o poder do associativismo. Não percebemos que juntos conseguimos criar um corpo. E quanto mais nos fragmentamos, mais nos enfraquecemos. Esta fragmentação traz como consequência a desagregação da categoria, a falta de unidade, a pulverização dos conteúdos e, por fim, o enfraquecimento da ética. Creio que está na hora de quebrarmos de vez com o conceito e prática que regem as relações no Brasil desde sempre. Termino com um pensamento muito interessante que li estes dias. “Não existe país corrupto e sem ética com povo honesto.”



PONTO DE VISTA

Jonas Becker empresário

jonas@ecoenergia.eng.br

O FUTURO DO PLANETA O que sabemos sobre o futuro do universo, ou sobre o futuro do nosso planeta, a América do Sul, Brasil, Ceará, Fortaleza? Somos ágeis na elaboração de “cenários” pretensiosamente bem assertivos sobre o futuro e que nunca, ou quase nunca, se realizam. Algo parece escapar, e este algo sempre é o essencial. Estudamos com rigor científico os acontecimentos passados e suas consequências, construímos séries históricas sobre dados econômicos, climáticos, populacionais, construímos modelos complexos... mas o resumo deste esforço é que terminamos frente a uma síntese impossível. Somos uma realidade fragmentada que resiste a uma síntese e rica na produção de “erros de perspectiva”. A realidade é pensada sempre a partir de um observador individual ou dos atuais prestigiados grupos de reflexão “think tank”. Estamos, portanto frente a uma tarefa impossível, a uma aporia como diz a filosofia grega, o que nos resta fazer frente a tantas incertezas. A resposta é reconhecer que não existe resposta e o que nos resta é desenvolver uma prática de atenção à realidade que habitamos com sua complexidade particular. Os jornalistas, mesmos os ateus, concluem: é cuidar e orar. Cuidar do texto que estão elaborando e rezar para que o erro demolidor não aconteça. Como disse Guimarães Rosa, “Deus e o Diabo estão nos detalhes”. Nada está garantido. Pelo menos previamente.

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Mas do que trata este “cuidar”? Qual é sua natureza? Uma visão simples: se preparar para os desafios. É aquela famosa resposta do campeão de golfe indagado como que ele fazia para ter tanta sorte nos arremessos. O que ele respondeu: treino! Os barqueiros de rios de dimensão amazônica conhecem e repetem um ditado: a água que afunda o barco é a água de dentro. Como é da natureza do barco afundar, não se trata de um acontecimento impossível, cabe ao barqueiro, ao jornalista e ao golfista a atenção aos desafios que irão enfrentar. No sentido coletivo nos enfrentamentos de desafios que demandam um esforço em conjunto, coordenado e quase orquestrado, resta ao grupo ou sociedade construir estes consensos necessários à orientação da ação coletiva. A construção de um futuro que interesse é resultado destes micro avanços. É o resultado de estratégias elaboradas para se alcançar um determinado propósito. Isto todos nós estamos cansados de saber e por qual razão, em especial no plano coletivo, naquilo que interessa a sociedade, estamos, parece, rodando em círculos. Quando não em espirais negativos. Este é o quadro que domina os pensamentos e gestos da sociedade brasileira e é contra isto que devemos nos mobilizar. Aceitar um quadro do “sem jeito” é o pior legado que podemos deixar para o País e para os brasileiros.


Categorias

Iluminação Multimídia Controle Remoto


MARCELO FORTUNA

Marcelo Fortuna arquiteto marcelo@marcelofortuna.com.br

UMA NOVA ERA A partir da evolução da nossa comunicação, muitas vezes nociva, e a intensa evolução dos mecanismos de representação do ambiente projetado, presenciamos uma alteração profunda nesta maneira tão ortodoxa de encararmos a atividade projetual.

de arquitetura, preparatórias para uma responsabilidade tão grande. Pra mim, é como dar uma arma na mão de um adolescente, antes de ensiná-lo a atirar com uma espingarda de chumbinho.

Presenciamos muitas bobagens, agora superlativas, pois estas arquiteturas não murmuram, não falam baixo... mas gritam. Surgem edifícios que mais parecem borboletas, portarias e pórticos que se prestam a inibir os vizinhos apenas, grandiosos, desproporcionais, desrespeitando até mesmo as suas construções principais. Desta forma, cabe aqui uma reflexão, cuja preocupação é entender que cabe à arquitetura representar uma época, uma sociedade. Me parece inoportuno termos ícones que brigam entre si, pra ver quem alcança o céu primeiro, ou quem vai reter primeiro Há algum tempo, começamos a namorar as visões as suas atenções. Nosso momento, me parece, é o de Frank Gehry, Zaha Hadid e suas curvas sensuais, ainda como algo impossível de ser contemplado, se- de tornar o meio ambiente melhor, as relações entre não em um pedestal. Reitero que Oscar Niemeyer já as pessoas mais profícuas. Talvez seja melhor deifazia isso, limitado pelo desenho a nanquim há tan- xarmos os ícones onde estão, e olharmos para uma to tempo. Contudo, é preocupante este pulo formal, produção mais representativa e amena, que evoluam de acordo com nosso crescimento também. nas mãos de quem ainda não passou pelas escolas Os recursos gráficos e técnicos nos propiciam hoje um horizonte sem limites de representação, onde tudo é possível, a engenharia que se vire. A partir daí, os sonhos dos arquitetos perdem os limites da escola modernista, das bobagens pós-modernistas e começamos a pisar em um terreno muito mais fértil e perigoso também. Parece alguém experimentando a água antes de entrar no mar, ou no chuveiro frio, arriscando inicialmente colocar apenas o pé.

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