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Educação

Jornal Ocidental setembro de 2009

Por André Brito

Ouvidoria nas escolas

EDUCAÇÃO FINANCEIRA E DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Gripe Suína

O sistema educacional de Cidade Ocidental é definitivamente bem diferente de épocas passadas. Com a evolução tecnológica, as crianças e adolescentes de hoje buscam com mais facilidade seus direitos. Mas buscar seus direitos não é suficiente. Eles têm que ter a garantia de que serão atendidos ou pelo menos ouvidos. Nos dias de hoje é fundamental que qualquer órgão que seja voltado para a educação tenha um setor, ou uma pessoa qualificada para levar as reclamações, elogios e sugestões da comunidade ao Secretário ou Prefeito. Nesse sentido a Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Lazer aprovou a implantação do projeto Ouvidoria nas Escolas. O projeto, desenvolvido pela Pedagoga Clarissa Victor, tem como objetivo possibilitar uma aproximação da Secretaria de Educação com a comunidade escolar de forma a efetivar a transparência administrativa, com base em um movimento participativo em condições de vivenciar, opinar, criticar, informar, su-

gerir ou elogiar aquilo que se quer compartilhar. Através desse canal, pode-se ter a percepção dos problemas que afligem as comunidades escolares e procurar, com imparcialidade, tentar solucionar os problemas que afligem os pais, os professores, enfim a comunidade escolar como um todo. Funciona da seguinte forma: o estudante ou seu responsável entra em contato com a Ouvidoria por meio de email ou telefone. Clarissa registra a reclamação e encaminha ao órgão competente e dá um feedback à pessoa que originou a reclamação. Segundo Clarissa, a pessoa tem reclamado muito do

transporte escolar e que todas as sugestões e reclamações estão sendo apreciadas e as providências serão tomadas. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a responsabilidade de garantir o transporte escolar dos alunos da rede municipal é dos municípios, nos termos da Lei nº 10.709, de 31 de julho de 2003.

São 50 trabalhos em óleo sobre tela, aquarelas e desenhos produzidos por sete alunos, entre 8 a 18 anos, que frequentam as salas de recursos para superdotados/ altas habilidades da EC 57 de Ceilândia, cinco deles selecionados entre os 50 melhores no Concurso de Desenho do Ano Internacional da Astronomia, realizado pela Sociedade Astronômica Brasileira. Amostra Cores&Formas,

com tema livre, está aberta até 11 de setembro no Espaço Cultural Codevasf, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, em horário comercial. A Codevasf fica na SGAN 601, Conj. I. Ed. Dep. Manoel Novaes. Telefone (61) 3312-4611. As salas de recursos da EC 57 atendem a alunos superdotados da própria escola e de outras, das redes pública e privada, duas vezes por semana em horário contrário

ao das aulas. A professora de artes visuais, Sandra Machado, coordenadora da exposição, comenta: “Eles têm muito talento, alguns foram premiados pela Codesvaf no concurso de pintura realizado ano passado e já fazem trabalho sob encomenda”. A professora destaca que a Codevasf tem apoiado a EC 57 de Ceilândia desde a abertura do espaço para es-

Quanto à questão da gripe suína a Secretaria Municipal de Educação divulgou na forma de CDs e DVDs para os diretores das escolas municipais, informações sobre prevenção do vírus H1N1. Com esse material os professores podem trabalhar com os alunos e também com os pais as formas de higienização, contágios da gripe e etc. Além do material de divulgação para as escolas, em ação coordenada com a Secretaria Municipal de Saúde, um palestrante na área de infectologia falará um pouco sobre a nova gripe para os diretores e também para os funcionários da sede da Secretaria de Educação.

Serviço Ouvidoria: Clarissa Victor www.ouvidoria.spaceblog.com.br E-mail: ouvidoria.educacao@gmail.com Telefone:3903-2010 Ramal:211

Superdotados expõem no Espaço Cultural Codevasf sas mostras, passando pela divulgação até a doação de material de pintura. A escola recebe também apoio da Demacol – Materiais de Construção e da Papelaria e Armarinho Patrícia, que doa material de pintura e desenho.

Informações: Profª Sandra Machado telefone 3901-6907

Francisco Gomes*

Marilza Vaz Gomes**

MARKETING DOS DESEJOS:

DETRIMENTO DAS NECESSIDADES O homem veio a existir e trouxe consigo necessidades a serem satisfeitas. Nos primórdios resumiamse a alimentação, abrigo e procriação. Hoje são: comidas, bebidas, vestuários, comunicação, transporte, lazer, educação, cultura, esporte, turismo, estética, auto-realização, auto-estima... Ufa! Para cada item acima o marketing de varejo oferece uma lista de “produtos e serviços” aliada a forte apelo emocional. Por quê? Porque necessidade é desejo, mas desejo nem sempre é necessidade. Daí o foco dele ser o desejo e não a necessidade. Há um dito popular simples e significativo que diz “formiga quando quer se perder cria asas”. Cuidado! A Economia diz “as necessidades são infinitas e os recursos para a satisfação delas são limitados”. Diferenciando-se necessidades e desejos percebe-se que a afirmativa acima é uma meia verdade já que o homem precisa de pouco para viver bem. Já todos os

recursos do mundo são insuficientes para satisfazer os desejos de uma única pessoa. Tais desejos são infinitos, inexplicáveis e muitas vezes injustificáveis. Fazem milagres, ao avesso! A falta desse discernimento acarreta muito desgaste emocional. Quem não mede esforço para atender o apelo dos desejos e se omite em relação às necessidades tem como resultado: satisfação efêmera seguida de frustração duradoura. É comum cair no círculo vicioso de tristeza, infelicidade e descontentamento. Nem sempre a pessoa é capaz de empreender mudança de atitude. É necessário, então, procurar um amigo fiel ou especialista. O desejo inadiável de possuir “aquele carro” pode representar prejuízo na educação da família. Um portador de futuro quer asas para voar alto não para se perder como Ícaro.

Nem sempre a pessoa é capaz de empreender mudança de atitude

*Contador especialista em educação Financeira ** Psicóloga Editores do blog portadoresdefuturo.zip.net

OPINIÃO

Violência nas Escolas N

o tempo dos meus pais, as punições para os alunos que pelo menos discordassem do professor, eram sujeitos a punições físicas às mais duras: palmatórias, ficar de joelhos no milho, escrever no caderno mil vezes, e já no meu tempo, os professore mais raivosos, jogavam giz e apagador na cabeça dos estudantes. Claro que situações como essas já fazem parte de um passado distante. É a chamada educação tradicional, onde o centro do conhecimento, nas escolas, era representado pelos professores, universalizando esse profissional no âmbito escolar. Hoje o aluno interage com mais liberdade, tanto com seus pares como com o corpo docente. Agora é preciso pensar em maneiras de combater a violência nas escolas. Em uma escola do Gama, dia 27 de agosto, uma aluna foi severamente espancada por

colegas à saída da escola. Quase perdeu um rim. As escolas de Cidade Ocidental também não estão livres da violência. Em meus anos como professor vi coisas bastante aterradoras. E vi também professores que diziam que nada podia ser feito. Que a culpa era do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que os engessava. Mas o ECA só engessa aqueles que querem punir e nunca aqueles que querem socializar. A experiência (pessoal) me diz que é preciso investir em projetos sociais que transformem a agitação adolescente em força produtiva. Utilizar os meios que a própria comunidade dispõe. Mas se a comunidade escolar (professores, pais e alunos) não se mobilizar será impossível. Obvio que se uma certa rigidez comportamental se faz necessária nas escolas. É vital que haja controle de entrada e saída de pessoas nas

escolas, é vital que haja segurança para os professores e é vital que, para um bom

andamento escolar, as escolas passem a ser administradas de forma compartilhada,

www.andrebrito.wordpress.com theking.andre@gmail.com aplicando um status de gestor ao diretor e deixando as questões pedagógicas para

quem de direito, mas de forma sempre compartilhada, como já é de praxe.


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