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UNICEF MOÇAMBIQUE RELATÓRIO ANUAL 2020
A Representante do UNICEF em Moçambique Maria Luisa Fornara visitou as crianças deslocadas pelo conflito no Campo 25 de Junho, em Metuge, na Província de Cabo Delgado.
PREFÁCIO 2020 foi um ano excepcionalmente difícil para as crianças em Moçambique. Passados poucos meses após os ciclones tropicais Idai e Kenneth - duas das mais violentas tempestades a atingir o continente - terem devastado grande parte da zona centro e norte de Moçambique, o país viu-se confrontado com a pandemia da COVID-19 de rápida propagação, no meio de um conflito brutal e cada vez mais complexo na província de Cabo Delgado. Mais de 230.000 crianças foram obrigadas a fugir das suas casas devido à violência e insegurança no norte do país. Pelo menos 8,5 milhões de crianças deixaram de frequentar a escola devido ao encerramento como resultado da implementação das medidas de restrição impostas pela COVID-19 a nível nacional. O impacto económico da pandemia foi particularmente duro para as pessoas mais carenciadas, que representam 46% da população1, e que já estavam a debater-se para satisfazer as necessidades básicas das crianças. Em resposta às várias crises, o UNICEF continuou a apoiar iniciativas chave para promover a sobrevivência, desenvolvimento, bem-estar e protecção à criança. O nosso pessoal adaptou-se rapidamente às modalidades operacionais em constante mudança impostas pela COVID-19, enquanto trabalhava incansavelmente para apoiar as crianças vulneráveis em Moçambique. Desde o início do estado de emergência nacional, o UNICEF apoiou o Governo no seu trabalho para conter a propagação da COVID-19, e para aliviar os impactos secundários da pandemia nas crianças. Em Cabo Delgado, o UNICEF intensificou o seu trabalho para trazer protecção e assistência às crianças em situação de grande necessidade.
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Ministério da Economia e Finanças de Moçambique (2016). “Pobreza E Bem-Estar Em Moçambique: Quarta Avaliação Nacional. (IOF 2014/15).
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