Grupo de Estudos em Organizações Marília-
SP. 2 de Junho
de 2009 nO 02
1° Fórum de Discussão Universitária é sucesso A abertura oficial do evento reuniu como representantes dos países americanos os alunos de Relações Internacionais e ainda contou com a presença da diretora da Unesp Mariângela Fugita e do palestrante Prafo.Dr. Tullo Vigevani. Durante o evento houve a participação via videoconferência do diplomata brasileiro na República do Quênia, Adam Jayme Muniz, que mobilizou os ouvintes sobre a realidade da profissão. Pág.03
Os representantes dos países das Américas
Conferência de diplomata brasileiro Diretamente do Quênia, Adam Jayme Muniz contagia os estudantes com seu discurso pleno e sua simpatia durante a videoconferência em que os alerta sobre os desafios da carreira. Pág.02
Norton Emerson
Simpático diplomata
FÓRUM APETITE DE INFORMAÇÕES
OEA em debate Professor prende atenção dos alunos durante exposição sobre propósitos da OEA.
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primeiro dia de palestras não poderia ser melhor. O conhecimento realmente foi disseminado pelas atividades promovidas e pela aceitação do público presente. A parceria
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O público do evento
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Editorial
Diplomata brasileiro fala diretamente do Quênia
Videoconferência
do diplomata
Adam Jayme Muniz
o evento conta com participação do diplomata brasileiro Adam Jaymes Muniz por meio de uma vídeoconferência transmitida aos acadêmicos em tempo real diretamente da cidade de Nairóbi, no Quênia. Atualmente ele representa o Brasil nos encontros da ONU relacionados ao meio ambiente, atuando no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Formado no curso de Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, o diplomata destacou a importância de eventos como este para o enriquecimento do futuro profissional da área. O modelo de aprendizagem por meio de fóruns de discussão e simula-
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ções representam uma grande oportunidade para os alunos do curso de Relações Internacionais, onde a prática é umas dos principais quesitos para a formação dos alunos. O tema é cuidadosamente estudado e pesquisado pelos representantes, de cada país,que adquirem conhecimentos, a partir daí passam a desenvolver habilidades que lhe serão úteis mais tarde como: a capacidade de negociação, produção de relatórios, textos, oratória, debates, entre outros. Muniz reforça que ele mesmo emprega hoje as aprendizagem dos fóruns estudantis que aprendeu enquanto estava na faculdade. Sobre seu trabalho no Quênia, o diplomata ressalta o importante papel do Brasil em relação a política externa aplicada no continente africano, principalmente com aumento de embaixadas brasileiras após o inicio do governo Lula. Ele ressalta que a prioridade do Brasil para a política externa é o conjunto de países de língua portuguesa do continente Africano. A segunda prioridade é a África do Sul, país industrializado e bem visto no cenário. A terceira são os países da costa Atlântica. A quarta são os países árabes muçulmanos que possuem maior visibilidade internacional. E o quinto é a África Central e Oriental, onde o Brasil
promove a prevenção e combate a doenças como malaria eAIDS. Adam Muniz conclui deixando um conselho aos estudantes, dizendo a todos que aproveitem ao máximo o momento da Faculdade, envolvendo-se mais com as atividades internas, encontros estudantis, desenvolvendo a união e cooperação, cultivando valores e fortalecendo amizades e contatos, não se esquecendo da leitura de jornais e os analisando de maneira mais crítica. Ele deixa claro que a profissão de diplomata não é glamurosa como se pensa, e que não é para os ambiciosos, mas é bastante desafiadora e cheia de novidades e tem a missão social, como seu principal foco. Com o intuito de promover a paz.
Muniz fala sobre as perspectivas
- do curso
Camila Costa Thamyres Xavier Jefferson Garcia Rodrigo Trevisan
dí1cussõouniversitária
1° Fórum de Discussão Universitária é sucesso Alunos do curso de Relações Internacionais da UNESP de Marília realizaram ontem, a abertura oficial do 10 fórum de discussão universitária no campus da universidade, que será realizado até sexta-feira. Cerca de 100 pessoas compareceram ao auditório da administração para prestigiar a abertura oficial do evento. O fórum promovido pelo GEO (Grupo de Estudos em Organizações) tem como tema "Agindo localmente, se pensa globalmente". Segundo o coordenador da união formada no final do ano passado, Glauco Batista, a finalidade da discussão é colocar em exercício a teo-
ria ensinada em sala de aula. "O objetivo dessa simulação é fazer atividades na quais os alunos podem viver na prática aquilo que vão realizar como profissionais", destaca. O evento destinado aos universitários constitui na representação dos países americanos no fórum internacional. Assim o debate simula uma reunião das organizações internacionais.
Panorama geral do debate
so, mas de outras faculdades. Esperamos que o fórum tome grandes proporções com os anos", afirmou.
De acordo com o aluno d04° ano de R.I, Lucas Rodrigues, a expectativa para esse evento é grande. "Esperamos que o evento se torne um grande sucesso com a partici pação dos estudantes, não só do cur~
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Equipe do GEO
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A diretora da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília, Mariângela Fugita, destacou a importância da realização deste estudo. "É um momento de alegria. A dinâmica de pesquisa dentro do curso de Relações Internacionais é de suma importância". A reunião contou também com a participação por vídeo conferência do diplomata Adam Jayme Muniz, brasileiro, que vive atualmente no Quênia. Presentes na mesa de aber-
tura estavam o Prof? Or. Tullo Vigevani coordenador do departamento de ciências políticas e econômicas da UNESP e também membro dos grupos de estudo Cedec e Ineu, a diretora Mariângela Fugita, o secretario e o coordenador geral do GEO Filippe Mesquita e Glauco Batista. Após a abertura, a organização ofereceu a todos os presentes, um coquetel de boas vindas. Cintia Gales Guilherme Ferraz Luan Martins Paola Martins
di~ussãouniversitária
Impasses latino-americanos Muitos países são fornecedores de drogas para o restante do mundo, e, no caso da cocaína, um dos maiores exportadores é a Bolívia, onde o tráfico de drogas movimenta anualmente mais de US$ 500 bilhões (R$ 965 bilhões de reais), segundo Evo Morales, presidente do país. A lei boliviana permite o plantio de 12 mil hectares de folha de coca com o argumento de que esta planta, além de ser matéria-prima para a fabricação da cocaína, tem usos culturais, medi-cinais e em rituais, no entanto, relatórios recentes de entidades de combate a drogas da ONU e dos EUAconfirmaram que o cultivo de coca no país, é três vezes maior do que o permitido. Nem era necessário um relatório, basta verificar os números pois a Bolívia é responsável pelo abastecimento de quase 30% do mercado internacional de cocaína, sendo que autoridades estimam que cerca de 60% dessa produção seja destinada ao Brasil. A Bolívia está entre os
países mais pobres e menos desenvolvidos da América Latina, sendo o mais carente da América do Sul. Portanto, a conclusão que chegamos é que todo o valor arrecadado com o narcotráfico no país vai para os bolsos de autoridades, e o resto do país sofre com o descaso. Um outro país que é vitima do narcotráfico é Honduras, país pobre e pouco desenvolvido. O presidente, Manuel Zelaya, culpou os Estados Unidos pelo narcotráfico na América Latina e ressaltou que isso é um problema que afeta todo o continente americano. Essa acusação do presidente foi no mínimo, infeliz. Não seria culpa dos chefes de governo dos países que não têm controle sobre o que sai e o que entra em seus territórios? Antigua e Barbuda são ilhas caribenhas situadas entre o mar das Caraíbas e o oceano Atlântico norte, a leste-sudeste de Porto Rico e por incrível que pareça, não há registros de narcotráfico no país, mesmo porque, é um local sustentado
pelo turismo. O país é formado por três ilhas do arquipélago das Pequenas Antilhas. Barbuda, com 160 krn", tem uma única cidade e abriga menos de 2% dos habitantes. A ilha de Antígua, com 280 krn", é maior e mais desenvolvida, possui praias de areia clara que atraem milhares de turistas ao ano. Outro país da América Latina onde o narcotráfico não é . destaque na economia é o Panamá. Lá, o setor econômico mais importante é o de serviços, que abrange as atividades financeiras e as rendas obtidas com a zona de livre-comércio de Colón, a exploração do canal e o registro de navios mercantes. Na América Latina, infelizmente, há muitos registros de narcotráfico. Cabe as autoridades, portanto, intervir nessas transações milionárias, porém, há muitos interesses econômicos e políticos que impedem esse impasse.
Norton Emerson
Situação atual da OEA o Prof. Dr. Tullo rarn-se ao decorrer dos Vigevani salientou anos, para questões sobre a criação da jurídicas e de direitos huOEA, seus objetivos manos, sem perder o iniciais, as mudanças caráter fundamental, a de posição e a suas democracia", afirma o influências em casos professor. decorrentes no MerAtualmente a OEA é cosul. constituída por 35 países, A Organização do sendo que Cuba está Estados Americanos suspensa por não ser um Proi" Dr. Tullo Vigevani (OEA)surgiuem Bogoverno democráticoe se gotá há 61 anos substituindo a União aliar a União das RepúbliPanamericana, a qual tinha como propósito cas Socialistas Soviéticas central a organização dos Estados Americanos em 1962na conferênciade após a 2° guerra mundial. Alberto Lleras, antigo Puntadei Leste. Anizío Rodrigues diretor geral da União Panamericana, é Thaís Franco atualmente o primeiro secretário, e José Miguel Thiago Ros Waldemar ca.llejon Insulgoé secretáriogeral. Eduardo Magalhães liAOEA em seu início era voltada a dois temas Paracelso Monteiro GabrielPaes centrais,segurançae desenvolvimento,modifica- Oaniela Casala •
Vanessa Berloffa