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arte longa, vida breve


Carta do editor Ao decidir qual seria o tema da edição de Julho, não houve hesitação da equipe em homenagear o dia Mundial do Rock, comemorado no dia 13 de tal mês. A data comemorativa foi escolhida em função do festival Live Aid, que aconteceu nesse mesmo dia no ano de 1985, em que grandes nomes como Paul McCartney, Queen, Duran Duran e U2 se apresentaram em shows que ocorreram simultaneamente nos estádios Wembley Stadium em Londres, e o JFK Stadium na Philadelphia, com o objetivo de arrecadar fundos para as crianças da Etiópia. Esse festival capturou a essência do Rock como uma das maiores forças culturais existentes, ao organizar grandes comoções ao redor do globo. O festival foi acompanhado por cerca de 2 bilhões de pessoas e superou todas as expectativas dos organizadores, já que eles esperavam arrecadar algo em torno do 1 milhão de libras com os ingressos, porém com o grande apoio que receberam de todos os fãs de música e o esquema de doações por telefone, o Live Aid levantou 284 milhões de dólares para ajudar a população carente da Etiópia. O Live Aid representa apenas uma minúscula parcela do que significa o Rock’n Roll para todos seus fiéis seguidores ao redor do globo. O Rock é um dos gêneros musicais mais tradicionais que incorpora todos os sentimentos que a música pode expressar. Sua influência se estende muito além do som das guitarras, transcende como um verdadeiro estilo de vida, uma maneira que pessoas de todos os gêneros, classes sociais, cores, orientações sexuais encontram para se afirmarem como indivíduos no mundo, demonstrarem suas frustrações, alegrias e compartilharem suas histórias. E nenhuma outra arte combina tanto com o Rock, quanto a arte na pele. Talvez pela ousadia, talvez pela criatividade, a tatuagem e o rock estabeleceram uma relação simbiótica através dos anos, por isso separamos algumas histórias para mostrar como isso se estabeleceu, e as maneiras como um está inserido no outro. Rock on! \m/

Créditos Tattooart Presidente e editor: Isabela Reis Vice-presidente: Júlia Canedo Conselho editorial: Tallis Pinho, Tayná Carvalho, Roberta Monção, Mariana Polonini Diretores de publcidade: Tallis Pinho, Mariana Polonini, Tayná Carvalho Repórteres: Roberta Monção, Tayná Carvalho, Tallis Pinho, Júlia Canedo, Mariana Polonini, Isabela Reis Diretoras de redação: Isabela Reis, Júlia Canedo

Editora: Evidências Apoio editorial: Andreia Resende

Redação e correspondências: Rua do Lavradio, 666 – Centro 69.723-300 - Rio de Janeiro – RJ Contato: tatooart@evidencias.com.br www.tatooart.com.br

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Sumรกrio 6 14 18 10 5. Carta do leitor 6. Dia do Rock 9. Fala tu, tattoo! 10. Tatuagens no Rock 14. Tatuagem na mulher 18. Os Artistas 20. Ih, deu ruim! 22. Galeria dos fรฃs 25. Cuidados com tatuagem 2 TattooArt jul/14


Carta do leitor Andréia e Adriana Resende Rio de Janeiro – RJ

E aí, pessoal do TattooArt? Adoramos o almanaque e temos várias tatuagens, inclusive uma em comum, porque nós duas temos uma ligação muito forte. Somos irmãs gêmeas, do signo de gêmeos e nascemos em 05/06/1969, exatos dois meses antes do dia do irmão daquele ano. Viemos de uma exotérica família hippie que, quando tínhamos dois meses de idade, nos levou ao Woodstock. Nossos pais contam que chorávamos incessantemente e só paramos quando a Janis Joplin começou a tocar. Ou seja, somos rockeiras e fãs dela desde sempre! Por isso, fizemos a mesma tattoo: o símbolo do signo de gêmeos formado por duas letras J. Viva Janis Joplin!

Que foda! Todos os apreciadores de Janis Joplin gostariam de tê-la ouvido no Woodstock. Vocês deixaram muito inveja em nossos corações. Viva Janis!

Isadora, a fonte é uma dúvida muito frequente na hora de fazer uma nova tatuagem. Depende do seu estilo e do que quer passar com a tattoo. Pretendemos fazer para vocês uma matéria sobre isso o mais rápido possível! Quanto ao rapaz, ele deve consultar nossa edição anterior, tem uma matéria sobre remoção de tattoo!!!

Rafael Bizachi

Novo Hamburgo – RS

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aí, galera do almanaque! Acabei de tatuar uma música na costela. Escolhi um lugar escondido porque essa letra significa muito pra mim e tive medo de enjoar da tatuagem. O problema é que doeu muito para fazer. Gostaria de uma matéria falando sobre as partes do corpo que mais doem na hora de tatuar. E parabéns! O TattooArt está sempre cheio de matérias fodas. Alguns outros leitores também têm nos pedido informações e explicações acerca do assunto. Vale lembrar que a dor varia a cada pessoa, mesmo que algumas partes tendam a doer mais do que outras. Dizem os boatos que pé e costela doem mais, mas pra ter certeza vai ter que conferir a próxima edição!

Isadora Assis

São João del Rei - MG

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mo tatuagens e tenho várias. Depois da primeira, não dá para parar! Uma dúvida que me persegue quando vou fazer uma nova é a fonte. Que tal uma matéria para tirar dúvidas? Conheci o TattooArt por um exnamorado, que é leitor assíduo, e compro sempre. Nos conhecemos em um estúdio e ficamos juntos por 6 anos. Um dia, ele disse que me amava tanto que queria que fizéssemos tatuagens um com o nome do outro. Nunca achei isso muito legal, mas soou como um pedido de casamento. Me convenci de que era com ele que eu passaria o resto da minha vida, então aceitei. No dia anterior à data, o flagrei beijando outra. Não conseguia acreditar que era ele, fiquei zonza. Depois decidi fazer a coisa mais sensata. No dia seguinte, elefoi primeiro. Terminei o namoro assim que o tatuador acabou a tatuagem dele.”

Mande você também sua história ou opinião! Afinal, elas são igual a bunda: Adoraríamos que você nos desse a sua. ALMANAQUE TATTOOART Rua do Lavradio, 666 – Centro 69.723-300 - Rio de Janeiro – RJ www.almanaquetattooart.com.br jul/14

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Dia do

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estilo musical que surgiu durante e depois da década de 1950 é comemorado no Brasil no dia 13 de julho. Como tatuagem e rock são dois traços de uma mesma tribo, a data não poderia ser deixada de lado pelo TattoArt. Essa edição especial traz toda a sua arte, linguagem e fotografia influenciados pelo bom e velho Rock n’ Roll. O Dia Mundial do Rock é datado de 13 de julho pois neste mesmo dia do ano de 1985 ocorreu o que muitos roqueiros consideram o maior festival de rock da história! O Live Aid foi promovido por Bob Gedolf, cantor e compositor irlandês. O evento contou com dezenas de bandas e artistas reconhecidos mundialmente e que construíram a história do rock, como Paul McCartney, The Who, Elton John, Elvis Costello, Black Sabbath, U2, Dire Straits, David Bowie, The Pretenders, The Who, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan, Mick Jagger, Queen, The Beach Boys, Phil Collins, BB King, entre outros. O Live Aid aconteceu simultaneamente no Wembley Stadium, em Londres e no JFK Stadium, na Filadélfia. O objetivo do festival era recolher fundos para diminuir a fome e a miséria na África. O megaevento conseguiu arrecadar cerca de cem milhões de dólares em 16 horas. Os shows foram transmitidos ao vivo pela BBC, alcançando uma audiência de 2 bilhões de pessoas em cerca 140 países e abriram os olhos do mundo para a miséria no continente africano. Apesar de a celebração em 13 de julho ser uma referência ao desejo expressado por Phil Collins, que gostaria que aquele fosse o Dia Mundial do Rock, o dia só é comemorado no Brasil. O Dia do Rock começou a ser celebrado em meados dos anos 1990, quando duas rádios paulistanas especializadas em rock começaram a citar a data em suas programações. A memória ao rock foi amplamente aceita pelos ouvintes, e em poucos anos passou a ser popular em todo país. Contudo, no resto do mundo a data é ignorada. Outros países não têm um dia específico para celebrar esse estilo musical ou têm outras datas.

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Fala tu, tattoo! Todo fã árduo de música sonha em ir ao show do ídolo, conhecê-lo e trocar nem que sejam algumas poucas palavras. Porém alguns leitores nos enviaram histórias em que eles foram além, e aproveitaram dessa oportunidade única para retirar uma tatuagem da experiência utilizando os autógrafos que ganharam na ocasião, deixando esses momentos marcados eternamente não só na cabeça, como na pele.

Guilherme Flores, 21 - Macaé, RJ Sou fã do The Libertines, e ano passado o Carl Barât (vocalista e guitarrista da banda) veio fazer um DJ set em São Paulo, e eu fui com um amigo meu que também é super fã deles. Ele tocou num pub que não tinha aberto há muito tempo, porque o dono conseguiu o contato do empresário do Carl e desembolsou uma grana para ele se apresentar lá. Eu consegui conhecêlo no show, e pedi para que ele assinasse o nome da banda debaixo da minha costela com a mesma letra da tatuagem dele, e fiz uma tatuagem por cima do autógrafo. Eu estava completamente bêbado, mas lembro bem de tudo, foi bem foda. O show foi do caralho, o baterista (do The Libertines) também estava lá e eles trocaram a maior ideia com o público.

Caroline Mantuani, 22 - Belo Horizonte, MG Basicamente, fui sozinha para o Rio em 2012 assistir o show do Noel Gallagher, conhecia somente pela internet algumas pessoas que iriam também. Por vários motivos engraçados e meio inacreditáveis fui parar no lugar certo (porta dos fundos do Vivo Rio), na hora certa (quando o Noel chegava na casa de shows). Estávamos só eu e mais 3 garotos, éramos 4 pequenos indivíduos e o Noel chegou cercado de seguranças enormes, o gritamos e ele veio até a gente. Nessa hora eu já estava tremendo, imagina seu ídolo na sua frente. Não hesitei, mesmo nervosa, olhei pra ele e lancei: ‘’Noel, please, write ‘live forever’ here in my arm, I’ll make a tattoo after this’’ (Noel, por favor escreve “live forever” aqui no meu braço que eu vou fazer uma tatuagem depois). Ele me olhou, deu um sorriso leve e carrancudo daqueles que só um Gallagher pode dar e me deu de presente a minha tatuagem mais inspiradora. jul/14

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Tatuagens no Rock Grandes músicos do presente e passado e as artes que eles possuem pelo corpo As tatuagens sempre foram tão fortemente vinculadas à atitude do Rock quanto as imagens de guitarras, caveiras, e outros simbolismos. A arte na pele, por ser um modo ousado de expressão individual, sempre foi uma maneira que inúmeros artistas ao longo das décadas encontraram para acrescentarem estilo e destacarem suas personalidades no mundo da música. Desde homenagens a familiares até referências a seus trabalhos, inúmeros são os tipos de tatuagens feitas por eles. Separamos alguns desses artistas mais influentes e as tatuagens que mais se destacam dentre as que eles fizeram.

Ozzy Osbourne A primeira tatuagem de Ozzy foi uma adaga com seu nome em seu braço esquerdo, que ele fez quando tinha 15 anos. “Quando eu fiz essas tatuagens todos esses anos atrás, todo mundo tinha adagas. Hoje em dia eu não tenho a menor ideia de qual era o motivo, mas antigamente, você fazia uma adaga no braço. Mas agora é uma forma de arte”, diz Ozzy.

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james Hetfield O vocalista e guitarrista do Metallica possui alguns anjos tatuados nos antebraços. “Houve um tempo que estava enfatizando anjos e o pós-vida... Os meus pais deixarem a Terra muito cedo e ter algum tipo de guia em minha vida... Você sabe... eu deveria ter morrido umas cem vezes, e eu sei que não sou o único, mas só posso falar por mim mesmo, mas eu sei que há algo mais. Após eu fazer algo estúpido podia sentir minha mãe, ou meu pai, ou alguém escolhendo um caminho ao invés do outro. É muito bom poder perceber esse tipo de coisa”.

Anthony Kiedis O vocalista do Red Hot Chili Peppers tatuou um tigre em 2001 para ajudá-lo a superar o término da relação com sua namorada na época. O tigre representa o símbolo do seu signo chinês, e a tradição tailandesa de tigres trazendo longevidade e proteção para aqueles que os usam.

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Dave Grohl O vocalista do Foo Fighters e ex-bateirista do lendário Nirvana possui um par de penas tatuadas, cada uma em um antebraço. A tatuagem foi feita pela internacionalmente reconhecida Kat Von D, que afirmou que as penas não possuem nenhum significado especial para Dave, e foram feitas apenas por questão de estética

Pete Doherty Conhecido por ser um dos frontmans do The Libertines, Pete tem o nome de seu filho com a cantora Lisa Moorish tatuado no pescoço. A tipografia usada é a própria caligrafia do filho, Astile.

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Axl Rose O vocalista do Guns N’ Rose possui o escudo e o lema do 32º Regime Armado do Exército Americano, “Vitória ou Morte”, tatuados no seu braço direito. Segundo ele, essa seria uma de suas citações favoritas.

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os dias de hoje, corpos tatuados são comuns mas nem sempre bem vistos. As tatuagens já sofreram, e ainda sofrem, muito preconceito, principalmente seu vínculo histórico com o corpo feminino. Essas histórias foram estudadas e publicadas no livro “Bodies of Subversion – A Secret Story of Women and Tatoos” de Margot Mifflin, no qual a autora revela os mistérios que envolvem a relação, até então desconhecida, entre mulheres e a arte corporal. Por incrível que pareça, não existem somente registros, mas também fotos da primeira mulher branca a ser tatuada que se tem notícia. A norte-americana Olive Oatman era dona de uma tatuagem e história incríveis. Em 1850, aos 13 anos, Olive e sua família saíram em uma expedição mórmon com destino ao estado do Colorado. No meio do caminho, Olive, seus pais e irmãos foram surpreendidos por índios, o que originou o episódio conhecido como “o massacre Oatman”. Todos foram mortos, com exceção de Olive e sua

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irmã Mary Ann, que foram levadas para serem escravas na tribo dos índios Yavapais, e seu irmão Lorenzo, que encontrou um acampamento e foi cuidado. Depois de muito maltratadas, as meninas foram enviadas à tribo dos Mohave. Lá foram acolhidas e bem cuidadas. Receberam lotes de terra para cultivarem e, com isso, suas tatuagens no queixo e nos braços, características de todas as mulheres da tribo como forma de identificação. Mary Ann morreu de fome um ano após as tatuagens e Olive foi encontrada após anos e retornou à sociedade. Há rumores que ela preferia ter ficado na tribo, mas cresceu, casou-se e reencontrou seu irmão Lorenzo, morrendo aos 65 anos de ataque cardíaco. Muitos mitos envolvem a tatuagem de Olive, o mais popular dizia ser o desenho uma punição da tribo indígena, o que acabou sendo desmentido posteriormente. Na era vitoriana, tatuagens com desenho de joias ou nome dos maridos viraram moda. As mulheres da classe alta usavam e abusavam da


na mulher

arte corporal, inspiradas por contos de exploradores sobre fascinantes mulheres tatuadas que encontravam em suas viagens. No entanto, as moças circenses começaram a ser tatuadas para apresentações nos picadeiros, o que associou a prática às classes baixas. Além disso, muitas mulheres eram tatuadas à força, o que mostra a submissão e o domínio machista sobre o corpo feminino na época. A tatuagem feminina passa a ser associada à mulher fácil e vulgar. Na década de 1920, o clima era de libertação sexual devido do acesso às urnas. Mulheres, incentivadas por seus maridos tatuadores, aderiram á profissão de tatuadoras pra dar conta da clientela cada vez maior. Em 1960, com a queima de sutiãs, a tatuagem se fortalece como forma de expressão, principalmente no movimento hippie, com a ajuda de figuras como Janis Joplin. A roqueira abriu a mente da época em relação às tattoos femininas tornando-as uma arte mais suave e agradável.

Por fim, anos 80. Junto com essa década marcante veio a AIDS e o culto ao corpo, mulheres se entregando às plásticas e academias. A tatuagem ganha uma visão estética, incentivada principalmente por veículos como a MTV. A emissora de TV associou a arte corporal aos ídolos do rock e a toda uma cultura alternativa, o que de certa forma permanece até hoje. Já no século XXI, graças à internet, a tatuagem evoluiu muito, com o acesso a novas cores e designs. Um exemplo perfeito do espaço conquistado pelas mulheres no âmbito das tattoos é a tatuadora Kat Von D, que protagoniza um reality show sobre o cotidiano de seu estúdio em Los Angeles. Com inúmeras lutas e o passar do tempo, as mulheres conquistaram definitivamente seu espaço

no mundo das tatuagens. Arte que representa controle sobre o próprio corpo, uma forma de expressão e ainda, valores estéticos. jul/14

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• Alguma que você se arrependeu? “Não, recentemente removi uma que tinha no rosto, não por arrependimento, mas sim por estar mal feita.“ • Quantos % do seu corpo vc já tatuou? “Não sei, acredito que uns 60%.” • Tem planos de fazer novas tattoos? “Tenho planos de me tatuar até não ter mais espaço, esceto o rosto.” • Provavelmente o assunto mais polêmico, sua tatuagem no olho. Me corrija se eu estiver errado, mas em uma edição antiga da Tattoart foi dito que as tatuagens no olho começaram em 2010 nos presídios americanos. E os tatuados falaram que o procedimento doía muito, pareciam picadas dentro do olho. A tatuagem no olho dói ou já tem anestesia? “Doi, quando eu fiz, em outubro de 2012, não havia o colírio anestésico, agora já tem sim.”

Mary Jo Piercer é a primeira mulher brasileira a tatuar o olho! Ela é de São Paulo, trabalha com Body Piercer e deu uma entrevista exclusiva pra TattooArt. • Quando você começou a gostar de tatuagens e Body Modification? “Desde bem nova eu ja convivia com revistas de tatuagem pela casa. meu primo foi piercer por um tempo também, foi despertando cada vez mais o interesse nesse meio.“ • Qual a sua primeira tatuagem? “Minha primeira Tattoo foi uma caveirinha new school, fiz escondida.” • Tem alguma que você gosta mais? “Eu gosto muito do pontilhismo que tenho nos seios, mas gosto muito de todas.”

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• Quanto tempo demora? Não tem medo ou risco de, por exemplo, vc piscar durante o procedimento? E como é o período de cicatrização, demorado, doloroso, tem algum problema para enxergar durante esse tempo? “O tempo varia de pessoa pra pessoa, o meu demorou por volta de uns 40 min, 1h cada olho. É bastante incomodo, por não poder piscar ou se quer mover os olhos, pois dai corre o risco de perfurar o local errado. A cicatrização foi tranqüila e rápida, não sentia dor, só senti mais sensibilidade a luz, por uns 3 dias, depois estava tudo normal.” • Sobre as modificações corporais, os leitores do Medo demonstraram mais curiosidade com a bifurcação na lingua. Dói? A cicatrização é difícil? E depois qual a sensação e vantagens? “Não dói tanto, a cicatrização é rápida, por volta de 5 a 7 dias para estar sem pontos ou sentindo incomodo em mexer e a cicatrização


total de 20 a 30 dias. Depois é bem divertido, como se tivesse 2 línguas mesmo, ficava treinando movimentos e tal.” • Você tem alguma modificação do estilo Escarificação ou Scarification? Como é o procedimento e a cicatrização? “Tenho sim, tenho uma no tórax, como se fosse uma autopsia, o procedimento é basicamente cortar com o bisturi numa certa profundidade que deixe a cicatriz. A cicatrização é bem ardida.” • E os implantes de silicone na pele? “Os implantes são colocados através de uma incisão, por debaixo da pele. A cicatrização é bem dolorida.” • Quer fazer novas modificações corporais? “Vou fazer mais Scarification, em meu braço preto.” • Vivemos ainda numa sociedade “politicamente correta”, e com boa parte religiosa. Você já sofreu ou ainda sofre preconceitos pelas modificações e tatuagens? “Com certeza. Esses dias um colunista viu uma foto minha e fez um post em seu blog dizendo que preciso de tratamento que o que eu faço com o meu corpo é um grito por ajuda, baseado em UMA FOTO.” • Eu vi que você tem “Devil’s Reject’s tatuado na testa. É o nome de um grande filme do Rob Zombie. Você gosta muito de filmes de terror? “Sim, gosto muito, principalmente dos filmes do Rob Zombie.“ • Sua tatuagem no olho tem algum significado com o terror? “Sim, o vermelho deixou um olhar meio doente, vampírico.” • Agora vc tem o espaço pra falar o que quiser para os leitores da TattoArt. Fique a vontade! “Minha página pessoal é essa: facebook.com/ maryjo.piercer. Aqui vocês podem conhecer mais do meu trabalho: facebook.com/maryjobodyart. E aqui tem a pagina do estúdio que trabalho em SP, vocês podem conhecer o trabalho dos tatuadores tambám: https://www. facebook.com/tattooineart.”

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Os Artistas

Mick Ulevicius atende

Akemi Higashi, no

Petrick Salles tatua no

O endereço é Rua Cerqueira César, 1218

Agendamentos: Agenda. akemitattoo@gmail.com

O endereço é Rua Conselheiro Antonio Prado,164

Contato é (19) 3816-5303.

Contato: (11) 97653 5630

Facebook.com/mick.ulevicius

Facebook.com /akemihigashitattoo

Contato: (15) 99719-4858 (15) 3363-6624

no estúdio Psw Board Shop em Indaiatuba-SP.

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ramo há 13 anos. Atende em São Paulo-SP.

estúdio Old Sailor Tatuaria em Boituva-SP.

Facebook.com/petricksalles


• Você tem alguma restrição na hora de ta-

tuar?

Akemi: “Desenhos que as pessoas trazem e que não são legais, não faço. Quando acho muito feio, quando não gosto, não faço mesmo. Eu respeito o gosto das pessoas, mas têm vezes que não dá.”

• Quando você passou de tatuado para tatuador? Como foi isso e como está sendo a experiência?

Petrick: “Estava me formando em Logística e não queria trabalhar o resto da minha vida em uma “firma” então decidi mudar. Como tenho vários amigos tatuadores, acabou sendo mais fácil. Eu mostrei interesse na arte e comecei a estudar e aprender no estúdio de um amigo, depois fui atrás de cursos especializados na área para obter novas técnicas e hoje procuro me reciclar para não ficar para trás no “mercado da tattoo”. Quanto a experiência acho excelente, amo o que faço e não quero sair deste mundo.

• Você considera obrigatório o conhecimento em técnicas de desenho para se tornar um bom tatuador?

Mick: “Eu acho indispensável estudar as técnicas de desenhos para aprimorar as técnicas de tatuagem, não necessário nascer com o dom para desenho. Estudar a profissão e desenhar sempre que tiver tempo trarão um bom resultado.”

• Você já sofreu algum tipo de preconceito pelas tatuagens ou piercings?

Petrick: “Já sofri vários. Há pouco tempo, na faculdade (Petrick é formado em Logística e cursa Publicidade e Propaganda) um rapaz da sala falou: “Nossa, você com essas notas boas?”, na hora pensei em fazer besteira, mas respondi : “Só porque eu tenho tatuagens eu tenho que ser burro e tirar notas ruins?””

• Qual a parte mais prazerosa da profissão?

Mick: “Sinceramente, o dinheiro é importante, mas não tem preço ver a satisfação do cliente ou amigo quando você faz um bom trabalho e é reconhecido por isso.” Akemi: “Cada trabalho que faço, procuro saber um pouco da pessoa, o que ela faz, o porquê ela está motivada a tatuar aquilo, para poder passar um pouco da personalidade da pessoa para o desenho. Poxa, acho legal pra caramba essa his-

tória de saber que estou marcando alguém para o resto da vida.”

• A indústria de body art é essencialmente masculina. Rola muito preconceito? Como você lida com isso?

Akemi: “Rola preconceito sim e acho inclusive que o meio da tattoo é extremamente machista. Acho que as mulheres chegaram depois dos homens nessa área e os homens se sentiram meio intimidados com isso. Pra mulher lidar com esse tipo de problema, só tendo muita atitude, cabeça feita e confiança no seu trabalho. Eu trabalho com vários homens e sou respeitada. Me olham de igual pra igual hoje em dia, mas até eu conseguir esse espaço não foi fácil, aprendi a absorver coisas boas disso. Aprender a lidar com eles, entender a cabeça e isso inclusive ajuda no relacionamento.”

• Quais as principais características que um bom tatuador deve ter? Mick: “Eu particularmente estudo para ser um profissional completo, me aprofundar no conhecimento sobre a tatuagem, buscando saber um pouco de cada estilo. Acredito que um bom profissional precisa sabe lidar com o cliente, estar sempre atualizado no mundo da tatuagem, estudar técnicas de desenho e principalmente ser respondável porque a tatuagem fica para sempre na pele do cliente. Você tem que fazer o seu melhor para respeitá-los, pois sem eles não há razões para viver e realizar o sonho de ser tatuador.”

• Você acha que o preconceito da sociedade com relação as tatuagens ainda existe?

Petrick: “Existe muito ainda e não vai acabar de um dia para o outro ainda, vai durar anos porque a sociedade não vê nossa arte como um estilo de vida que não muda nosso caráter, os políticos do Brasil não tem tatuagens e são eles que roubam do povo não nós que estamos lutando por um espaço na sociedade.”

•Pra finalizar deixe uma mensagem aos nossos leitores e seus contatos.

Mick: “Primeiramente agradecer a oportunidade, espero que os leitores tenham gostado da entrevista. E lembrem-se, quando for fazer uma tatuagem procurar sempre conhecer o tatuador e o ambiente do estúdio, se esta tudo regularizando de acordo com a lei e com a vigilância sanitária. Tatuagem é para a vida toda, então faça com um profissional competente.” jul/14

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Ih, deu ruim! A modelo Monique Evans tatuou em dezembro de 2013 os dois braços em homenagens aos pais. A mensagem “Mãe minha Rainha” acabou virando meme na intenet devido à caligrafia que faz parecer “Moãe minha Bainha”. Três dias depois de feita, a modelo começou as sessões de remoção a laser da tatuagem, “não combinou comigo”.

Angelina Jolie tatuou o nome do ex-marido Billy Joe no braço esquerdo. Após a separação e remoção a laser, as manchas da tatuagem anterior foram cobertas com as coordenadas geográficas do nascimento de cada um de seus filhos.

Amigos inseparáveis, Caio Castro e Giovanna Lancelloti resolveram selar a amizade com uma tatuagem. A intenção era escrever “muso” e “musa”, como os dois se tratam, em árabe. A tradução do português foi a partir da internet. Depois de prontas, um amigo da atriz que fala árabe, disse que a tattoo significava algo como ““Eles estão te observando”. Os dois levaram na brincadeira e resolveram não remover, “o que vale é a intenção”.

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O jogador de futebol David Beckham quis homenagear sua amada Victoria Beckham. Porém, ao invés de tatuar Victoria, escreveu Vihctoria em sânscrito.

A atriz norte-americana Ashley Greene tatuou a frase “lifes a dance” - danças a vida - escrita com o apóstrofo faltando. O correto seria “life’s a dance” ou “a vida é uma dança”.

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Galeria dos fãs Tati Machado - Detonautas “A frase é como um mantra. O nome da música é ‘Oração do Horizonte’, e soa mesmo como uma oração. Me fez seguir em frente”

Victor Abrahão, 25 - Pink Floyd “Eu não sei explicar, é muito complexo. Parece uma ligação com outro estado de espírito. Eu sempre achei nas músicas deles um abrigo para qualquer coisa que estivesse sentindo no momento, como se entrasse em uma cápsula e me isolasse do mundo. Não consigo explicar! Parece que eu acho as respostas pras minhas perguntas internas, como se eu me conhecesse cada vez mais.”

Marcos Feres, 19 - Black Sabbath “Fiz porque é uma das minhas bandas favoritas e foi pra marcar o show deles que rolou em 2013.”

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Rafael Gonzaga, 23 – Coldplay “Eu ouvi a música e quis tatuar. É meio bobo, mas é como se a tatuagem sempre estivesse ali, quando eu ouvi foi meio que “pera, tá faltando algo aqui” e aí tatuei pra consertar esse buraco.”

Tayná carvalho, 19 – Paramore Essa tatuagem é a capa do álbum da minha banda preferida, intitulado “Brand new eyes” (Olhos novos em folha) que quer dizer basicamente “Uma nova visão”. A borboleta é uma metáfora, algo como sair do casulo. Fiz essa tatuagem no dia do meu aniversário de 18 anos pra simbolizar uma nova etapa da minha vida.

Octavio Peral, 22 - Beatles “Eu passei por um momento meio ruim na minha vida e decidi fazer pra marcar uma mudança e tal. Eu que desenhei a tattoo pra dar um toque pessoal pra parada, usar minha própria caligrafia.”

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Jessica Luiza, 17 – David Bowie e 30 Seconds to Mars “Fiz as duas mais ou menos pelo mesmo motivo: uma coisa normal de só gostar muito da música foi virando uma pequena obsessão pela história por trás do artista e da música em si, e isso foi crescendo no meu coraçãozinho adolescente e fazer a tattoo é um jeito de eternizar uma época feliz pra mim que foi muito marcada pela música e o amor pelo artista também.”

Nickolas Lago, 21 - Led Zeppelin “Considero um dos maiores álbuns da história da música e tenho todos os integrantes do Led Zeppelin como ídolos musicais. Além de achar a tatuagem esteticamente bonita.”

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Cuidados com

P

ara fazer uma tatuagem é importante ter certeza do que quer, pois retirá-la demanda um custo alto e dores intensas, além dos procedimentos a laser nem sempre alcançarem os resultados desejados. Existe uma série de instruções a serem seguidas e, para você aproveitar sua tatuagem da melhor maneira possível, aqui vão dicas mais importantes para antes e depois de fazê-la.

Tatuagem

ANTES: • Mantenha a pele hidratada: A pele precisa estar

bem hidratada para a cicatrização ser mais eficiente. Comece uma semana antes a usar hidratante duas vezes ao dia no local a ser tatuado. Dessa forma, a pele ganha tonicidade, a cicatrização é uniforme e a casquinha formada é mais superficial, então, quando sair não levará a tinta junto.

• Evite o sol: Muitas pessoas acham que o sol deve ser evitado apenas depois de fazer a tatuagem. Para não ressecar a pele, é interessante começar antes a poupar o local que será tatuado. • Depile-se: Veja se o local a ser tatuado possui pelos, nem todos os tatuadores retiram e eles precisam ser removidos. É recomendável depilar

com dois dias de antecedência para evitar inflamação. Os pelos podem atrapalhar na hora de fazer a tatuagem e interferir na distribuição da tinta.

• Tudo precisa ser desinfetado: O tatuador deve lavar

as mãos com água, sabonete e álcool antes de iniciar o procedimento. O material usado deve ser descartável para evitar a contração de doenças como hepatite B ou AIDS. O local a ser tatuado também deve ser lavado e desinfetado com álcool. A tatuagem é um machucado para o corpo e, como todo machucado aberto, é uma fonte de bactérias. Se a assepsia não ocorrer de forma correta é possível pegar infecções.

• Coma, mas não beba:

ir fazer a tatuagem (recomenda-se proteína). Sua energia aumentará e seu corpo vai tolerar melhor a dor do que de estômago vazio. Não ingira álcool, pois afina o sangue, fazendo com que sangre mais. Além disso, nenhum tatuador tatua pessoas alteradas.

• Antiinflamatório ou chiclete: Para diminuir a dor

e não ficar sonolento, você pode tomar um anti-inflamatório não narcótico (Advil, por exemplo). Evite remédios que anestesiam completamente e dão sono. Nenhum tatuador vai trabalhar em alguém dormindo ou sob estes medicamentos. Alguns soldados sob tortura usam a técnica de mascar chiclete: seu cérebro está concentrado em uma ação repetitiva, então não consegue registrar tanta dor.

Coma alguma coisa antes de

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• Ouça seu tatuador: Es-

DEPOIS:

sabonete neutro durante o banho. Evite molhar a tatuagem nas primeiras semanas para não tirar a tinta. Evite água salgada ou clorada, banhos longos e saunas. Se molhar, deixe secar sem esfregar com a toalha.

• Gaze ou filme plástico (PVC): Mantenha a gaze ou

• Mantenha a pele hidratada: Limpe o local três vezes

colha um bom tatuador recomendado e siga as instruções que ele passar.

plástico PVC sobre a tattoo durante o tempo recomendado, isso evita que bactérias do ar entrem em contato com a pele machucada, evitando infecções. Se a gaze grudar na hora de tirar, aplique água morna, forçar o desprendimento pode arrancar pele e tinta.

• Higienização: Limpe com algodão e soro fisiológico nos primeiros dias e lave com água morna – não muito quente – e

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ao dia e use uma camada fina de pomada - para não sufocar a pele – durante o período de cicatrização. Nebacetin é muito recomendada. Use hidratantes, mas só após cicatrizar

• Evite o sol – sempre: Até

cicatrizar, mantenha a tattoo longe do sol, o ressecamento da pele pode desbotar a tatuagem. É importante usar protetor solar, mas espere o corte fechar, se não pode causar alergia ou outro problema à

pele exposta. Use roupas que cubram a área durante cerca de duas semanas - roupas largas para não se fundirem com a tatuagem.

• Alimentação: Evite comer

alimentos muito gordurosos como carne de porco, chocolates, pimenta e frutos do mar no primeiro mês. O corpo de cada pessoa reage de forma diferente, então algumas comidas podem causar alergias e irritações.

Coceira: A formação da casquinha dá muita coceira. Não coce ou puxe a casquinha – mesmo que seja muito tentador – deixe-a sair sozinha. Pode tirar o pigmento e deixar a pele aberta exposta a infecções. Soro fisiológico gelado ajuda a aliviar.


arte longa, vida breve



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