TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - GALÉS HOSTEL MAR

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

ANDREZA DE SENA SANTOS

GALÉS HOSTEL MAR

Mogi das Cruzes, SP 2019 3



UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

ANDREZA DE SENA SANTOS

GALÉS HOSTEL MAR

Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Paulo Pinhal

Mogi das Cruzes, SP 2019 5



ANDREZA DE SENA SANTOS

GALÉS HOSTEL MAR Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Aprovado em ....................................

BANCA EXAMINADORA ________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence ________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence ________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence

Mogi das Cruzes, SP 2019

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Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e sabedoria desde o inicio do curso, para que eu permanecesse firme até o fim. Aos familiares, por todo apoio, ajuda e incentivo, nessa etapa tão importante da minha vida. Aos professores por todo conhecimento passado, na afetividade nesse processo de formação, por toda dedicação e trabalho, não somente por passar seus conhecimentos, mas também por se empenharem para que pudesse aprender. Ao professor orientador Paulo Sergio Pinhal pelas correções, pelo suporte, e as dúvidas sanadas para a realização deste trabalho. Agradeço a professora Cris Lopes pelo suporte para a realização do projeto. E minha gratidão a cada pessoa, com sua contribuição para que, esse trabalho de conclusão de curso, pudesse ser feito.


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“Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livro ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver…é preciso ir ver! É preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo.” — Amyr Klink Mar sem fim: 360̊ ao redor da Antártica, de Amyr Klink Publicado por Companhia das Letras, 2000 – p 271

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Palavras-chave: hostel, projeto, hospedagem, turistas, conforto, integração.

A arquitetura é utilizada pela humanidade para diversas finalidades, e ao olhar para os meios de hospedagem podemos identificar diferentes possibilidades e funções por meio do projeto arquitetônico, possibilitando a ambientação, convivência, vigilância, controle, padronização, conforto, sustentabilidade entre outros. Este trabalho de conclusão de curso tem como finalidade propor um novo perfil de hostel com relação ao que é oferecido atualmente, um meio de hospedagem, com conforto e integração, já que temos um segmento que é visto com pouca estrutura apropriada e estudos que viabilizam a construção de novos hostels com condições adequadas. O local a ser implantado o projeto está no estado de Alagoas, no povoado de Peroba. O objeto em questão é um hostel, com o propósito de hospedar turistas que cada vez mais procuram a região, visando que é um dos municípios de maior polo turístico do estado, oferecendo uma tipologia de custo acessível, prestando também serviços complementares para convivência e integração do público com o projeto e seu entorno. Proporcionando um empreendimento convidativo e agradável, tendo em vista à escassez de meios de hospedagem de baixo custo e conforto, na comunidade. O trabalho foi desenvolvido, utilizando estudos de casos, observações no entorno, coletas de dados através de fotografias, visitas a hostels para entender a sua configuração e levantamento de dados através de pesquisas. Através das atividades realizadas, ficou evidente que o espaço é carregado de valores e importância, e deve oferecer ambientes seguros, acessíveis e compatíveis com a metodologia de hospedagem. Com base nos resultados da coleta de dados e levantamento bibliográfico, no final são apresentadas diretrizes de projeto arquitetônico. Tais diretrizes têm como objetivo nortear todo projeto para estar dentro da legislação e das normas técnicas, resultando em um hostel que visa o conforto, a sustentabilidade, e a inclusão de toda a comunidade.


The architecture is used by humanity for various purposes, and looking at the means of lodging we can identify different possibilities and functions through architectural design, enabling the environment, coexistence, surveillance, control, standardization, comfort, sustainability among others. This course completion work aims to propose a new hostel profile in relation to what is currently offered, a means of accommodation, with comfort and integration, since we have a segment that is seen with little appropriate structure and studies that enable the construction of new hostels with adequate conditions. The site to be implemented the project is in the state of Alagoas, in the village of Peroba. The object in question is a hostel, with the purpose of hosting tourists who are increasingly looking for the region, aiming to be one of the largest tourist centers of the state, offering an affordable typology, also providing complementary services for coexistence and integration the public with the project and its surroundings. Providing an inviting and enjoyable venture in view of the scarcity of low cost and comfortable lodging facilities in the community. The work was developed using case studies, observations in the surroundings, data collection through photographs, visits to hostels to understand their configuration and survey data. Through the activities performed, it became evident that the space is loaded with values and importance, and should offer safe, affordable and compatible with the hosting methodology. Based on the results of data collection and bibliographic survey, in the end, architectural design guidelines are presented. These guidelines aim to guide every project to be within the legislation and technical standards, resulting in a hostel that aims at comfort, sustainability, and the inclusion of the entire community.

Keywords: hostel, project, lodging, tourists, comfort, integration.


Figura 1 - Richard Schirrmann Figura 2 – Primeiro Albergue da juventude Figura 3 - Praia de Barra grande em Maragogi Figura 4 – Recepção Figura 5 - Área de convívio / refeitório Figura 6- Dormitório Figura 8 - Planta baixa setorizada Figura 7- Dormitório Figura 9 – Fachada Hostel Figura 10 - Área de convivência / Piscina Figura 11 – Planta setorizada Figura 12 - Bar/ restaurante Figura 13 – Piscina Figura 14 - Planta setorizada do segundo pavimento Figura 15 - Planta setorizada do terceiro pavimento Figura 16 - Planta setorizada do quarto pavimento Figura 17 – Área de convívio Hostel Figura 18 – Leitos Figura 19 - Planta pavimento térreo setorizada Figura 20- Área de convivência Figura 21- Área de convivência Figura 22 - Área de convivência Figura 23 – Leitos Figura 24 - Planta do 2º pavimento Figura 25 - Planta do 3º pavimento Figura 26 - Redes de descanso na área comum Figura 27 - Planta baixa do 4º pavimento Figura 28- Área de convívio Figura 29- Fachada do Hostel Figura 30 – Leitos Figura 31 – Hamburgueria

27 30 31 33 34 34 35 35 37 38 38 39 39 39 39 40 41 42 43 43 45 46 46 46 46 47 47 49 50 50 50

Figura 32- Planta baixa do 2º pavimento 51 Figura 33 - Planta pavimento térreo 51 Figura 34- Planta baixa do 1º pavimento 51 Figura 35 - Rio Maragogi 55 Figura 36 - Praia de Barra Grande 56 Figura 37 - Passeio às piscinas naturais 56 Figura 38 - Praia de Ponta de Mangue 57 Figura 39 - Mapa localização do terreno 59 Figura 40 - Fachada do terreno pela rodovia, 2018 59 Figura 41 - Fachada do terreno pela rodovia, 2018 59 Figura 42 – Terreno 61 Figura 43 - Faces do terreno para a orientação solar 62 Figura 44 - Orientação dos ventos 63 Figura 45 - Foto do terreno em 2011 66 Figura 46 - Foto do terreno em 2012 66 Figura 47 - Foto do terreno em 2018 66 Figura 48 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo do entorno do terreno 67 Figura 49 - Uso e Ocupação do Solo de Peroba 67 Figura 50 – Legislação 68 Figura 51 - Mapa de cheios e vazios do entorno ao terreno proposto 69 Figura 52 - Mapa de gabarito de altura do entorno ao terreno proposto 69 Figura 53 - Mapa Rodovias de acesso à Peroba 70 Figura 54 - Mapa de localização das vias 71 Figura 55 - Foto da falta de calçamento na Rodovia 71 Figura 56 - Pente de macaco 142

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Figura 57 – Abaneiro Figura 58 - Cipó preto Figura 59 - Sumaré-da-praia Figura 60 – Cambará Figura 61 - Ipê Amarelo Figura 62 - Ipê roxo Figura 63 – Coco Figura 64 - Aroeira-mansa Figura 65 - Grama-preta Figura 66 - Grama-esmeralda Figura 67 – Babaçu Figura 68 - carandá-guaçu Figura 69 – Macaúba

142 142 142 142 143 143 143 143 143 143 144 144 144

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Tabela 1: Análise de Swot do Hostel. Estudo de Caso 1

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Tabela 2: Análise de Swot do Hostel Estudo de Caso 2

38

Tabela 3: Análise de Swot do Hostel Estudo de Caso 3

41

Tabela 4: Análise de Swot do Hostel Estudo de Caso 4

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Tabela 5: Análise de Swot do terreno.

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Tabela 6: Trajetória aparente do sol.

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Tabela 7: Programa de Necessidades.

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ABM

Associação do Buggy de Maragogi

ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas

APACC

Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais

APAJ

Associação Paulista de Albergues da Juventude

CNTur

Conselho Nacional de Turismo

Embratur

Empresa Brasileira de Turismo

FBAJ

Federação Brasileira de Albergues da Juventude

FIPE

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

Fungetur

Fundo Geral de Turismo

HI

Hostelling International

IBGE

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPHAN

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

PDDS

Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

SBClass

Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem

ZPU

Zona de Planejamento Urbano de Peroba

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1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o meio de hospedagem “Hostel”, vem se posicionando à medida que a busca da diversificação de hospedagem se amplia. O nome hostel se mescla ao termo albergue, embora a diferenciação etimológica, e atualmente em seu sentido difundidas, difere da hotelaria convencional, sendo uma alternativa de hospedagem que oferece espaços compartilhados e garantindo preços acessíveis. O termo albergue, em décadas passadas, foi tido, como um meio de hospedagem de baixa qualidade, e posteriormente passado por mudanças em seus padrões, sendo implantado conceitos e qualidades internacionais, o que trouxe melhoria e desenvolvimento para o segmento. O mercado de hostels tem se consolidado e crescido, principalmente com o aumento do turismo (não só da população jovem, mas também de usuários de diferentes perfis, que procuram por esse tipo de acomodação, trocando experiências e cultura) e que é um dos fatores que mais promove desenvolvimento econômico no país. Com o aumento da população que busca viajar o potencial turístico de cidades aumentou. Foram 58,9 milhões de pessoas que fizeram pelo menos uma viagem doméstica em 2011 (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, FIPE, 2011). E o setor do turismo gerou R$ 103,7 bilhões em 2009 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE). O turismo vem recebendo mudanças em seus segmentos, e a população por procura de locais e meios de hospedagem

mais baratos. A falta de hostels com estrutura adequada ainda é muito recorrente no Brasil, e a proposta de um hostel, possibilita por meio da arquitetura, um alojamento com experiências sociais compartilhadas, de instalações confortáveis e seguras.

1.1 OBJETIVO Diversificação na hotelaria convencional encontrada no município, Maragogi - Alagoas, trazendo uma tipologia inovadora diferente da que vem sendo implantada do segmento. Fazendo com que o usuário possa enxergar de forma positiva, um meio de hospedagem acessível e compartilhado, com uma estrutura adequada, pensando no conforto e na atratividade, por meio da arquitetura, e utilizando fatores sustentáveis para a sua concepção.

1.1.2 Objetivos específicos ❑ Analisar o potencial turístico do local, contribuindo com a atividade econômica através da implantação de uma alternativa de hospedagem nova. ❑ Compreender a tipologia do segmento e sua viabilidade, afim de criar uma hospedagem confortável e de integração, desmistificando preconceitos que envolvem o segmento.

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1.2 JUSTIFICATIVA O Brasil vem sendo um local de grande procura turística, sendo um dos meios que mais promove desenvolvimento econômico no país, e em seu viés, se percebe que o turismo e a hotelaria são áreas econômicas, totalmente interligadas. Permitindo geração de empregos para o local, consequentemente a melhoria da qualidade de vida, possibilitando o acesso à região bem como seus atrativos, movimentando a distribuição de renda, e o desenvolvimento da cidade e suas potencialidades. Deste modo as opções de hospedagem precisam atender as necessidades dos usuários reais quanto dos potenciais. O surgimento de formas mais econômicas de alojamentos, impulsiona esse turismo local, onde preço, para a maioria dos usuários, vem se tornando um elemento determinante. Os hostels, se comparado ao exterior, é ainda pouco explorado no Brasil, por ser visto como uma opção de hospedagem com falta de privacidade e de organização, devido as opções encontradas atualmente no país desse segmento, podendo observar que a maioria são casas adaptadas sem uma estrutura adequada. Diante das questões expostas e os aspectos considerados, observa-se nesta investigação, a necessidade de mudança quanto a realidade dos hostels encontrados atualmente, tanto como, a premência para o acréscimo dos estudos teóricos relacionados à sua arquitetura, viabilizando e contribuindo para o embasamento sobre o tema, como finalidade, a qualidade da acomodação através de um Hostel, por meio da arquitetura e de aspectos sustentáveis, com base na integração não só dos hóspedes e com o espaço físico, mas também com seu entorno, possibilitando modificações na realidade do que é oferecido atualmente, trazendo atratividade e contribuindo para o desenvolvimento local.

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1 INTRODUÇÃO Capitulo introdutório, onde estão apresentadas as justificativas do projeto, os objetivos a serem alcançados, e pesquisas para compreensão e entendimento do trabalho

3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS Capítulo que trata sobre os estudos de caso, analisando caso a caso suas potencialidades e fragilidades.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Referências a cerca das opções de hospedagens encontradas, e como influenciam na economia, bem como histórico dos hostels no mundo e no país.

5 DIAGNÓSTICO Capitulo que trata sobre a área de intervenção, e diretrizes e legislações a serem respeitadas para o desenvolvimento do projeto.

6 PROPOSTAS Apresentação do projeto, identificando seu partido e conceito, memoral justificativo, e o programa de necessidades, que nortearam o projeto..

4 CONTEXTO URBANO Capítulo que trata sobre o local onde o projeto será implantado, bem como sua história e analises da região, e de todo o seu contexto urbano.


2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HOTELARIA E TURISMO

Tendo em vista que o turismo e a hotelaria estão interligados, desde o início da história da humanidade, identificamos o deslocamento dos povos e necessidade de um local para se abrigar. É muito provável que já houvesse

Paris, com César Ritz, o nascimento do primeiro estabelecimento hoteleiro, com banheiros privativos. Apesar do

crescimento

da

hotelaria,

ter

se

interrompido

como

algum olhar turístico dos fenícios em suas viagens, até os povos mesopotâmios,

consequência da Primeira Guerra Mundial, após a Segunda Guerra, com o

dando início a hospitalidade, onde suas tendas recebiam povos vindos de outras

desenvolvimento tecnológico, as viagens de diversas finalidades aumentaram,

nações. Alguns pesquisadores também atribuem como um dos pontos iniciais do

principalmente com o crescimento dos meios de transporte, e de suas alternativas, fatores que no qual impulsionaram ainda mais turismo e os meios

turismo, à viagem da rainha de Sabá, em visita ao Rei Salomão.

de hospedagem.

Para alguns estudiosos o início da hotelaria, se deu na Grécia, com o evento dos Jogos Olímpicos, de grande importância, que recebiam pessoas de diversos locais. Com isso, foi necessário a criação de lugares para essas pessoas dormirem.

No Brasil, a hotelaria nasceu no período colonial, por iniciativa dos portugueses, onde os viajantes se hospedavam em conventos, fazendas, ou ranchos, principalmente após a abertura dos portos. E só na década de 40, houve um maior crescimento no setor hoteleiro no Brasil, devido aos incentivos

Mas diferente das hospedagens gregas para as olimpíadas, os romanos,

do governo.

com suas estradas e longas viagens, trouxeram o marco do princípio da

Com a criação da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) e do

hospedagem com fins lucrativos, movimentando a economia das cidades. Essas

Fungetur (Fundo Geral de Turismo), retornaram incentivos fiscais,

hospedagens eram dotadas de regras rígidas quanto a seus hospedes, que

promovendo nova ascensão do ramo. Nos anos 60 e 70, iniciou-se a chegada de redes hoteleiras internacionais, marcando uma nova fase

necessitavam de uma carta de recomendação de uma autoridade.

da hotelaria brasileira. (MINISTÉRIO DO TURISMO, hotelaria e

“Os romanos podem ser considerados os primeiros a viajar por prazer. Diversas pesquisas científicas (análise de azulejos, placas, vasos e mapas) revelaram que o povo romano ia à praia e a centros de rejuvenescimento divertimento

e

e

tratamento

relaxamento”

do

corpo,

(BADARÓ,

buscando 2005),

sempre

citado

por

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, Breve história do turismo e da hotelaria, 2005.p:8)

A primeira referência a hotelaria, se deu no Império Romano o chamado "hostellum", um palacete que hospedava os nobres em suas viagens. Ao final da idade média, e com a Revolução Industrial, com a melhoria das estradas e ferrovias, houveram um crescimento no turismo, onde mais pessoas tiveram acesso às viagens, deixando de ser privilégio dos nobres. Foi então nesse período, na França, o surgimento da primeira lei de registros de hóspedes, afim de melhorar seus serviços e na segurança. E só em 1870 em

hospitalidade, p:08).

A Embratur foi criada em 1966 por meio do Decreto-Lei nº 55/1966, que criou também o Conselho Nacional de Turismo e definiu uma política nacional para o setor. (Embratur, 2019) Almejando o incentivo do turismo no país, foi criado o sistema de classificação de hospedagem pelo Conselho Nacional de Turismo (CNTur), sendo classificados em categorias pela Embratur, estabelecendo 1 a 5 estrelas, em que se dependia da solicitação do hotel, tendo vistorias anuais sem aviso prévio. Essa classificação trouxe oposições no meio hoteleiro, principalmente os mais modestos, onde a maior parte dos pontos classificatórios atribuídos, se era designado pelas instalações e equipamentos, e não ao serviço prestado, o que gerava também descontentamento de hóspedes. E devido esses fatores, o sistema de classificação foi depreciado alguns anos mais tarde, com o crescimento do número de hotéis cinco estrelas, e irregularidades, como uma classificação superior a real do estabelecimento analisado. Devido a isso, houve a Deliberação Normativa nº 360 de 16 de abril de 1996, que cancelava o sistema de classificação de meios de hospedagem da época, revogando as 23 matrizes de


classificação, com o objetivo de estabelecer um novo sistema de

V - HOTEL HISTÓRICO: instalado em edificação preservada em sua

classificação hoteleira. Adotando um novo modelo, com maior peso na qualidade

forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos

do serviço oferecido pelo estabelecimento, que não seria de responsabilidade

histórico-culturais de importância reconhecida;

exclusiva da Embratur, sendo um dos organismos competentes para a

VI - POUSADA: empreendimento de característica horizontal,

classificação.

composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo

Já em 23 de abril de 2002, através da Deliberação Normativa nº 429, criou

ser em prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou

um novo sistema oficial de classificação como uma nova matriz, mantendo a

bangalôs;

utilização de estrelas, mas específica em cada categoria.

VII - FLAT/APART-HOTEL: constituído por unidades habitacionais que

A classificação vai de 1 a 5 estrelas, embora, em alguns tipos, em virtude das suas especificidades, só sejam contempladas algumas categorias. Os requisitos são divididos em mandatórios (ou seja, de cumprimento obrigatório pelo meio de hospedagem) e eletivos (ou seja, de livre escolha do meio de hospedagem, tendo como base uma lista prédefinida). O meio de hospedagem para ser classificado na categoria

disponham de dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que possua serviço de recepção, limpeza e arrumação. (MINISTÉRIO DO TURISMO, portaria nº 100, de 16 de Junho de 2011.)

Ainda Segundo o Ministério do Turismo, tendo cada categoria sua classificação em estrelas, como hotel, hotel fazenda, pousada variando de 1 a 5

pretendida deve demonstrar o atendimento a 100% dos requisitos

estrelas; resorts de 4 a 5 estrelas, cama e café de 1 a 4 estrelas, hotel histórico

mandatórios e a 30% dos requisitos eletivos (para cada conjunto de

e flats de 3 a 5 estrelas.

requisitos). (MINISTÉRIO DO TURISMO, SBClass, 2015)

Pode-se entender que cada categoria de hospedagem obtém diferentes Segundo ao SBClass (Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem), e de acordo com a Portaria Nº100, de 16 de Junho de 2011, os meios de hospedagem com suas respectivas características são: I - HOTEL: estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em unidades

práticas e procura de turistas, como, a diferenciação de um hotel 5 estrelas e uma pousada 5 estrelas. Sendo cada meio avaliado demonstrando o atendimento dos requisitos exigidos. Observa-se que a categoria Hostel não está composta em nenhuma

individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, mediante cobrança de

destas divisões, mas não significa que seja um meio de hospedagem ilegal. Por

diária;

ser uma hospedagem com delonga para seu desenvolvimento e procura, que

II - RESORT: hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que

sofreu preconceitos devido às instalações oferecidas, mas que atualmente vem

disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e

ganhando espaço e diferentes conceitos, ainda que não se obtém a classificação

convívio com a natureza no próprio empreendimento;

de estrelas, embora haja o planejamento para o reconhecimento da categoria

III - HOTEL FAZENDA: localizado em ambiente rural, dotado de

hostel oficialmente, tendo em vista que o segmento vem se ampliando.

exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo; IV - CAMA E CAFÉ: hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida;

Atualmente, com a crescente demanda e usuários, pode-se encontrar diferentes tipologias de hostels. Entre eles, é possível citar os Hostels Boutique, com semelhanças aos Hostels Design, mas se diferenciando pelo pequeno porte e serviços exclusivos.

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Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem – SBClass Cama e café

Hotel

Hotel histórico

Resort

Hotel fazenda

Pousada

Flat/Apart-hotel Hostel

Outra tipologia a ser citada, são os Party Hostels, voltado ao público jovem em ambiente descontraído, recebendo eventos e festas. Contrário ao Family Hostel, que recebe o perfil familiar de usuários, com estrutura residencial. Os Eco Hostels apresentam a preocupação com o meio ambiente, localizados geralmente próximos à natureza, usando de elementos sustentáveis, muito parecidos com os Activity Hostel, que além de estarem conectados com a natureza, são voltados ao esporte. Essas diferentes tipologias, mostram que o segmento hostel vem se desenvolvendo cada vez mais, preocupando-se em atender os diferentes perfis de usuários, oferecendo muitas vezes, serviços exclusivos, e acomodações cada vez mais confortáveis, sendo possível notar as semelhanças com hotéis de menor porte. 25



Figura 1 - Richard Schirrmann Fonte: http://www.hihostelbrasil.com.br/movimentoalberguista-comemora-105-anos / Richard Schirrmann

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2.2.1 HISTÓRIA DOS HOSTELS /ALBERGUES NO MUNDO

Os primeiros albergues, eram partes de residências, com considerável número de camas, e grandes estalagens.

O primeiro Hostel começou a funcionar em 1912 em um castelo em Altena.

1912

Em 1932 foi criada a Federação Internacional de Albergues da Juventude, posteriormente a Hostelling International (HI).

1932

Os albergues da juventude chegaram no Brasil por volta de 1961.

1961

Em 1971 fundação da Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ), no Rio de Janeiro, e a Associação Paulista de Albergues da Juventude (APAJ)

1971


Os primeiros albergues, eram partes de residências, com considerável número de camas, e grandes estalagens, onde abrigavam seus hospedes mesmo sem conhecerem. Os hostels surgiram atrelado ao crescimento do

Figura 2 -

Primeiro Albergue da Juventude em Altena, em funcionamento atualmente.

turismo jovem. Em 26 de agosto de 1909, o professor alemão Richard Schirmann idealizou a criação dos Hostels depois de ser surpreendido por uma tempestade, quando precisou refugiar-se ao longo de uma estrada. O primeiro Hostel começou a funcionar três anos mais tarde em um castelo em Altena. (ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ALBERGUES DA JUVENTUDE - APAJ)

Richard Schirrmann percebeu a necessidade de uma acomodação para seus alunos durante as viagens de campo pelo o interior da Alemanha. Buscava um abrigo acolhedor, com segurança e que seus alunos pudessem se sentir em casa. Para isso, ele então se utilizou de uma infraestrutura já existente, das escolas primárias alemãs, sendo de grande sucesso na época. O que resultou a construção do primeiro albergue permanente, dentro de uma parte do castelo de Altena.

Em 1932 foi criada a Federação Internacional de Albergues da Juventude,

Fonte: viagem.uol.com.br/movimentoalberguista/ Débora costa e silva, 2009

que se tornaria a principal entidade de albergues, a Hostelling International (HI), que atua até hoje, preservando o padrão de atendimento, a segurança, conforto, higiene e hospitalidade, em todos os hostels conveniados. 29


2.3 HISTÓRIA DOS HOSTELS /ALBERGUES NO BRASIL Os albergues da juventude chegaram por volta de 1961 no país, com Joaquim e Ione Trotta, após terem visitado um albergue na França, em 1956. O primeiro Hostel brasileiro recebeu o nome de "Residência Ramos" e foi instalado no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro. Permaneceu aberto de 1965 a 1973. Neste mesmo período, funcionavam no estado de São Paulo dois Hostels, um na Capital e outro em Campos do Jordão, que foram fechados pelo Governo Militar sob a alegação de reunir

jovens

universitários.

(ASSOCIAÇÃO

PAULISTA

DE

ALBERGUES DA JUVENTUDE - APAJ)

Alguns anos após a criação do primeiro albergue no Brasil, em 1971, houve a fundação da Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ), no Rio de Janeiro, e a Associação Paulista de Albergues da Juventude (APAJ), estabelecendo metas e diretrizes para o desenvolvimento, anos mais tarde, recebendo o incentivo da Embratur, aumentando os hostels no país, sendo na década de 80 e início da década de 90, de grande importância na consolidação do mercado de albergues, principalmente em função do avanço dos meios de comunicação. “[...] Os meios de hospedagem têm tido um papel de destaque na geração de empregos, com cerca de 300 mil postos de trabalho ofertados pelos diversos atores desta cadeia produtiva [...] Diminuir os custos para o segmento significa dinamizar ainda mais o turismo. Os resultados vão aparecer, com certeza, no aumento de encomendas para a indústria, na ampliação da oferta de empregos e de hospedagem com custos menores para a população. Um ciclo saudável e de fundamental importância para o desenvolvimento do País [...]” (MARES GUIA, Walfrido, Meios de Hospedagem, 2006, p.5)

A diversificação e aumento do turismo, e a busca cada vez mais recorrente de hostels, proporciona novas perspectivas para o segmento, que tende não ser mais uma simples opção de hospedagem econômica para jovens, mas abrangendo a diversidade de perfis e propósitos usuais. A indústria de hostels, vem se aperfeiçoando. As exigências dos perfis de usuários, resultaram no aumento do número de dormitórios, além das suítes privadas. A tendência mostra que cada vez mais turistas preferem passar mais tempo no local, fazendo

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Figura 3 - Praia de Barra grande em Maragogi Fonte: Autor, 2019

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O Hostel Flow, localizado no centro de Budapeste na Hungria, próximo a estações de metrô e foi inaugurado em 2016 no segundo andar de um edifício histórico de mais de 100 anos, que tinha sido anteriormente um escritório, um dormitório estudantil e um teatro. Possui quartos com capacidade para 4 a 8 pessoas, tendo ao todo 98 leitos, fora a cozinha e cantina compartilhadas, lounge e áreas comuns. Por estar localizado em um edifício histórico, possuindo espaço estrutural, das caraterísticas da época em que se foi construído, foram feitas mudanças funcionais, que permitiram a adaptação do espaço para o que estava sendo proposto. Com o conceito de hostel design e de integração, é possível observar corredores de circulação com iluminação, espaços incorporados, e a utilização das cores trazendo um clima divertido ao local.

ESTUDO DE CASO 1 3.1 HOSTEL FLOW - HUNGRIA Arquitetura: PRTZN Architecture Localização: Budapeste, Gönczy Pál u., 1093 Hungria Data de finalização da obra: 2016 Áreas: 660.0 m²

Figura 4 – Recepção Fonte: Balázs Danyi, 2016


Figura 5 - Área de convívio / refeitório

É possível analisar que o edifício foi projetado de forma longitudinal, com paredes perpendiculares, dividindo a planta em duas seções, quase que ao meio, sendo feita a construção de corredores paralelos, usando-os como espaço de integração, acontecendo ao longo do pavimento, fazendo com que o usuário passe por esses espaços tendo uma introdução das instalações, fazendo com que as zonas de uso privado e de convívio não se tornem ambientes separados e distintos.

Figura 6- Dormitório

❑ Iluminação natural. ❑ Leitos com privacidade.

Fonte: Balázs Danyi, 2016

Fonte: Balázs Danyi, 2016

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Figura 8 - Planta baixa setorizada / planta mezanino setorizada.

Figura 7- Dormitório

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Tabela 2 - Análise de Swot do Hostel.

Tabela 1 - Análise de Swot Aspectos positivos •

• •

Fonte: Balázs Danyi, 2016

• •

Circulação dos corredores integrando os ambientes. Localização Cores e Iluminação natural. Manutenção. Leitos com privacidade.

Aspectos negativos Aspectos ameaças • • •

• • •

Falta de acessibilidade. Cozinha pequena. Espaço de convívio no mezanino pequeno. Pouco sanitários. Pé direito baixo do mezanino. Sem lavanderia.

Quantidade de usuários com a quantidade de sanitários. Ruídos nos quartos devido aos corredores. Falta segurança no mezanino.

Aspectos oportunidades • • •

Criação de rampas internas. Ampliação dos sanitários. Fluxos de quartos, sanitários e convívio.

Fonte: Autor, 2019.

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3.2 VILLA 25 HOSTEL & SUÍTES - RIO DE JANEIRO O Villa 25 hostel & Suites, está localizado em bairro residencial, de classe média alta e classe alta da Zona Sul do Rio de Janeiro, em área litorânea, próximo à Praia do Flamengo, e ao Parque Guinle. Possui também, boa localização e acesso, está também a poucos metros do metrô Largo do Machado, próximo a outros restaurantes e supermercados. Ao todo o projeto conta com 112 leitos, divididos em 19 suítes privativas e 8 quartos compartilhados de 6 a 12 camas. Tendo elevadores fazendo a circulação entre os pavimentos, e os quartos são adaptados para portadores de necessidade especiais. Os quartos possuem cofres e armários, além de trazerem o conceito de cabines compartilhadas que remetem às cabines de navios, com seus leitos proporcionando privacidade, luz e tomadas individuais.

ESTUDO DE CASO 2

Arquitetura: C+P Arquitetura [Diego Portas e Rodrigo Calvino] Localização: R. Gago Coutinho, 25 Laranjeiras, RJ, Brasil Data de finalização da obra: 2016 Áreas: 1.200 m² Figura 9 – Fachada Hostel

Fonte: Kelly Goldoni, 2016.


Figura 10 - Área de convivência / Piscina

Figura 11 – Planta setorizada

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Fonte: Kelly Goldoni, 2016.

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Figura 14 - Planta setorizada do segundo pavimento Figura 12 - Bar/ restaurante

Fonte: Kelly Goldoni, 2016. Figura 13 - Piscina

Fonte: Kelly Goldoni, 2016.

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019. Figura 15 - Planta setorizada do terceiro pavimento

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

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Tabela Tabela 4 2 - Anรกlise de Swot do Hostel

Figura 16 - Planta setorizada do quarto pavimento

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Fonte: Autor, 2019.

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O Together Hostel, fica localizado no Distrito Fengtai, em Pequim na China. Está próximo da estação de trem Beijing South, do Taoranting Park e a Niu Street, em uma área com grande tráfego de pessoas, e linhas de ônibus. O hostel funciona no segundo e no terceiro andar de um hotel, e possui recepção e segurança 24 horas. Acomoda 120 pessoas, sendo que no segundo andar foi pensado uma solução e conceito diferente de um hostel tradicional. O projeto contempla o interior uma área em um todo, invés de ambientes fechados, como partido, houve a demolição de paredes, possibilitando a iluminação natural por todo o espaço. A estrutura e tubulação foram reagrupadas, possibilitando as várias funções pertinentes de um hostel. Os leitos fazem uma alusão a “tendas” individuais ou de casal, dispostos por todo o local, agrupados em quatro ou cinco, formando um conjunto, e de saída única facilitando o gerenciamento e a segurança do local. Cada um dos hóspedes tem seu próprio espaço, mas também são sujeitados a interação constante. Os espaços entre os leitos, são de uso comum, para a convivência e alimentação dos usuários. Nesses espaços é onde a divisão entre espaço público e privado coexiste.

ESTUDO DE CASO 3 3.3 TOGETHER HOSTEL - CHINA Arquitetura: Cao Pu Studio Localização: Rua You'anmen Wai, 8 - Distrito Fengtai, Pequim, China Data de finalização da obra: 2017 Áreas: 800 m²

Figura 17 – Área de convívio Hostel Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.


Figura 18 - Leitos

Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.

Figura 19 - Planta pavimento tĂŠrreo setorizada

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

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É possível analisar que o conceito de acampamento e os leitos agrupados em tendas, dar-se ao espaço a sensação de conexão, fazendo com que o usuário não compartilhe somente o ambiente em que dorme, mas sim todas as atividades, possibilitando cria-las, e despertando a convivência entre todos que escolhem se hospedar no local. Embora muito interessante a ideia de acampamento interno, os problemas se agrupam no espaço pequeno para a cozinha, e a distância de alguns sanitários para à alguns leitos. Nota-se na setorização que a ideia de agrupar o local do alojamento, em volta da grande área de convivência, traz a percepção de estratégia de induzir a integração dos hóspedes no espaço, embora possa trazer problemas com ruídos devido à disposição em que foi colocada. O hostel também traz a acessibilidade, sendo uma das suas circulações verticais, feitas por elevadores. Tabela 3 - Análise de Swot do Hostel

Figura 20- Área de convivência

Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.

Fonte: Autor, 2019.

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O Ccasa Hostel está localizado no norte da cidade de NHA Trang, a cerca de 3 km do centro, em área litorânea, a 200m de distância da praia, tendo em suas proximidades pontos importantes da cidade, como o Templo do Khmer e comércios. Possuí fácil acesso de transporte público com pontos de ônibus a 100m do local. Inspirado no interior de cabines de trem, cada dormitório possui o sistema de cortinas nos leitos. Possui um total 43 leitos em 10 quartos. Cada quarto está equipado com ar condicionado e telefone fixo. Cada leito, oferece luminárias e ganchos para pendurar roupas.

ESTUDO DE CASO 4 3.4 CCASA HOSTEL - VIETNÃ

Arquitetura: TAK architects Localização: NHA Trang, Província Khanh Hoa, Vietnã Data de finalização da obra: 2016 Áreas: 195 m² Figura 21- Área de convivência Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016.


Figura 22 - Área de convivência Figura Figura2447 - Planta baixa do 2º pavimento.

Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel /

TAK architects; Quang Tran, 2016. Figura 23 - Leitos

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Figura 25-- Planta baixa do 3º pavimento. Figura 48

Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016.

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

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Figura 27 - Planta baixa do 4º pavimento.

Figura 26 - Redes de descanso na área comum

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Tabela 4 - Análise de Swot do Hostel

Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016.

O hostel possui no 4º pavimento, um espaço de uso comum, com redes colocadas estrategicamente fechando o vão do piso, como área de descanso e interação, dando a possibilidade do usuário de uma experiencia positiva e de como estivesse flutuando sob a área.

Fonte: Autor, 2019.

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3.5 ANÁLISE COMPARATIVA DE TODOS OS ESTUDOS Comparando os estudos de caso tratados, pode-se observar que cada hostel possui suas características diferentes, ambos com o conceito de compartilhamento típico do modelo de hospedagem, porém o que trouxe maior diferenciação e um novo conceito além do compartilhamento, foi o Together Hostel que lançou um modelo distinto do tradicional, usando a área como um acampamento interno dispondo dos leitos como se fossem tendas. O que traz de fato a possibilidade de aproximação dos usuários e da troca de experiências, e o compartilhamento de todas as áreas. Obviamente, que por um lado o positivismo dessa disposição que foi proposta no hostel, por outro existem conflitos, como por exemplo, os ruídos sonoros que podem ser tornar incômodos à alguns usuários, diferente da solução dotada no Villa 25 hostel & Suites, que usaram em cada quarto cápsulas nos leitos, que permite maior conforto. Outro exemplo comparativo a ser citado, é o serviço exclusivo do Villa 25 hostel & Suites que traz o conceito de hostel boutique, e também suítes privativas com banheiros, permitindo melhor comodidade, pois embora a característica principal de um hostel seja o compartilhamento, existem níveis de privacidade que devem ser considerados pensando no usuário. Neste contexto, o Hostel FLOW, assim como o Ccasa Hostel, propôs em cada leito o sistema de cortinas, assegurando a privacidade, o que é uma solução interessante. O fluxo em planta do Hostel FLOW e o Ccasa, é fluido, onde os corredores servem de circulação e integração, fazendo com que os usuários passem em quase todos os ambientes, embora isso possa afetar conforto sonoro nos quartos devido aos ruídos gerados.

A proposta do Ccasa Hostel, de utilização de materiais reciclados e a rede para descanso no piso do pavimento, foram pontos interessantes no projeto, assim como o uso de diversos elementos vazados, que possibilita a ventilação e iluminação natural, melhorando o conforto térmico, já que o local possui um clima quente. O Villa 25 hostel & Suites e o Together Hostel podem ser citados como exemplo positivo, com relação ao projeto atender portadores de necessidades especiais, sendo hostels acessíveis, diferente do Ccasa Hostel e Hostel FLOW, que não possuem acessibilidade, sendo um princípio projetual importante e que deve ser considerado e atendido conforme as normativas regentes. Diante de todos os aspectos analisados dos estudos apresentados, pode-se entender que cada projeto possui pontos relevantes e positivos, que servem de referências para a proposta trabalhada nesta pesquisa, como a utilização de espaços integrados e de convívio, uso de cortinas nos leitos, a influência das cores sobre o projeto, a iluminação e ventilação natural e princípios fundamentais de acessibilidade, tanto quanto, exemplos negativos, que devem ser evitados. 48


3.6 VISITA TÉCNICA ANHEMBI HOSTEL

A visita técnica teve como finalidade a busca de conhecimento sobre o edifício para o projeto proposto, em sua tipologia, características, funções e especialidades. Foi escolhido um local que dispusesse de fatores positivos para agregar no projeto desenvolvido.

A visita foi feita no Anhembi Hostel, que possuí recepção 24 horas, e dispõe de instalações modernas. Aceitam reservas dayuse, individuais ou em grupo. Oferecem aluguel de cadeados, luminárias, e uso da lavanderia compartilhada. Figura 28- Área de convívio Fonte: Autor, 2019.


Figura 29- Fachada do Hostel

O hostel oferece suítes privativas com capacidade de até 4 pessoas; quartos compartilhados separados por feminino e masculino, com capacidade de 4 ou 5 pessoas; e quartos privativos sem banheiro, com capacidade de até 5 pessoas. Com wi-fi, lounge com tv e computadores compartilhados. É composto pelo térreo e dois pavimentos. Possuí também uma hamburgueria filiada, de acesso tanto aos hospedes quanto ao público geral. Na hamburgueria filiada ao hostel, são servidos o café da manhã das 7h às 10h. Possui dois banheiros separados, em masculino e feminino. E aberturas no telhado em Shed, possibilitando a iluminação e ventilação natural. O prédio era um antigo hotel e foi adaptado, para o atual hostel. No pavimento térreo se encontram 4 suítes; lounge com tv; área para compartilhamento de computadores; recepção; administração; bagagem; banheiro e armário. Figura 30 - Leitos

Figura 31 - Hamburgueria

Fonte: http://www.anhembihostel.com, 2019

Fonte: Autor, 2019.

Fonte: Autor, 2019.

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Figura 33 - Planta pavimento térreo.

Figura 32- Planta baixa do 2º pavimento

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019. Figura 34- Planta baixa do 1º pavimento

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

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3.6.1 ANÁLISE CRÍTICA O hostel visitado, foi escolhido devido à suas características, onde possui tanto quartos individuais como compartilhados, oferecendo diversificação de hospedagens, áreas de convívio distribuídas e hamburgueria, que abre também para o público externo, em um ambiente convidativo, e agradável. A região que está localizado o hostel, é um dos principais bairros e um dos mais antigos de São Paulo. Possuí diversas redes de transporte próximo, e linhas do metrô, sendo um fator muito positivo, pois facilita o acesso, a locomoção e fluxo de pessoas, abrangendo também usuários de outros bairros e localidades, que desejam usufruir das atividades ou hamburgueria do hostel. A região é marcada por um público de pessoas e empresários, participantes de congressos e feiras, que acontecem próximos. Embora haja grande congestionamento nas avenidas próximas, devido aos comércios, centros de exposições, shoppings, terminal rodoviário e acessos a outros bairros. O hostel oferece melhoria ao seu entorno, devido à qualidade do serviço prestado, e pessoas que procuram uma hospedagem confortável e acessível. Porém existe também uma grande concentração de moradores de rua pelo bairro, apresentando também índices de assaltos, principalmente durante a noite, sendo a segurança um fator problemático que carece de mais vigilância em determinadas áreas. Na entrada principal no lounge e recepção, está a circulação vertical, uma escada que leva os hospedes aos quartos compartilhados e suítes que acontecem nos pavimentos superiores.

No térreo ficam algumas suítes privativas, e as únicas que permitem receber pessoas com necessidades especiais, pois a escada central é o único acesso aos quartos superiores, ou seja, o prédio não oferece uma total acessibilidade, não há presença de elevadores ou rampas, nem banheiros adaptados conforme determina a norma. Os corredores de circulação também são estreitos como rota de fuga e acessibilidade. A concepção arquitetônica da hostel é geometricamente formal e simples, sendo possível observar a modulação do primeiro e segundo pavimento, tornando possível a adaptação dos ambientes, compondo um bloco único de térreo e dois pavimentos. A circulação vertical é localizada em um ponto central do projeto, formando o bloco rígido, do térreo ao segundo pavimento, distribuindo de um lado quartos, suítes e vestiários, e do outro também. Não há a presença de brises no projeto, e muitos ambientes, como banheiros, apresentam problemas como a falta de ventilação natural, o que garante o conforto térmico e evitando a proliferação de doenças através da renovação constante do ar. Outro fator é a de iluminação natural, onde os ambientes sem aberturas, desfavorece também a salubridade do local. Todo edifício, deve receber elementos de proteção ao sol e à chuva que possam trazer melhorias no desempenho térmico e luminoso. Essas medidas visam o conforto dos usuários e a redução no consumo de energia. Foi possível notar também a falta de cabides nos banheiros e prateleiras para apoio. Bem como o espaço pequeno em cada quarto para guarda de pertences pessoais de cada hóspede. O sistema de cortinas adotados em cada leito, foi uma solução interessante e que possibilita a privacidade e conforto de cada usuário. 52


4.1 ESTADO – ALAGOAS

O projeto tem como proposta ser implantado no município de Maragogi, na Mesorregião do Leste Alagoano, no estado de Alagoas. Estando á 125km de Maceió, capital do estado, e a 88km de Porto de Galinhas em Pernambuco. O estado de Alagoas, apresenta em sua história, em séculos passados, a economia dividida com os engenhos de açúcar devida ao solo fértil, e a pecuária. Tendo alguns povoados por volta do século XVII. No século XVIII, foi instalada a Comarca de Alagoas, com sede na vila de Alagoas subordinada a Pernambuco, e só após à Revolução Pernambucana, Alagoas se tornou uma capitania desmembrada, em 16 de setembro de 1817. Atualmente, vem se tornando um dos destinos mais procurados do Brasil, devido a suas paisagens naturais, sendo o setor do turismo um dos que mais contribui para a economia do estado, e geração de empregos. Hoje o estado recebe, milhões de pessoas por ano, do mundo inteiro. Imagem: Praia Maragogi


Os acessos ao estado de Alagoas, se dão por vias terrestres ou aéreas. Uma das principais rodovias é a AL-101, com 274 km de extensão começando na cidade de Maragogi no litoral norte, e termina na divisa com o estado de Sergipe. É dividida entre litoral Norte e sul do estado.

COMO CHEGAR EM MARAGOGI?

O litoral norte de Alagoas é conhecido como Costa dos Corais, sendo de fácil acesso e servido de pontos turísticos, pois está entre duas capitais com alta concentração de turistas: Maceió e Recife. De Maceió até a divisa com Pernambuco, são em torno de 150 km, alguns podendo ser percorridos à beiramar pela AL-101. Atualmente, Alagoas conta com 67 cidades identificadas com vocação turística de acordo com a última atualização do Mapa do Turismo realizada em 2017 (sedetur, 2019). “O aumento na taxa de ocupação está ligado ao trabalho que vem sendo desenvolvido em Alagoas em parceria com as companhias aéreas e o trade hoteleiro. No ano de 2018 tivemos um aumento de 3,3% comparados a 2017 nos embarques e desembarques, com mais de 2 milhões e 100 mil pessoas passando pelo Estado...” (Brito, Rafael, 2019) citado por (Rhayller Peixoto, 2019)

O município de Maragogi, em que será proposto o objeto estudado nesta pesquisa, na zona litorânea, está classificado no mapa do turismo como na categoria B, sendo o 2º que mais concentra o fluxo de turistas domésticos e internacionais do estado. Estando à uma latitude 09º00'44" sul e na longitude 35º13'21" oeste. Para chegar na cidade de Maragogi, apesar do futuro aeroporto que será inaugurado na cidade, atualmente o trajeto é feito por via terrestre. Por estar próximo a capital pernambucana e alagoana, onde estão os aeroportos que permitem o acesso até à cidade, é possível utilizar ônibus, translado ou táxis, que percorrem as Rodovias AL- 105 e AL- 101, de Maceió a Maragogi, passando pelas cidades de Pedro Calvo e Japaratinga. Entre Recife e Maragogi, o trajeto geralmente é feito pela Rodovia PE- 060. A viagem feita por ônibus saindo das rodoviárias ou de Maceió ou Recife, é feita pela empresa Real Alagoas, tendo horários e linhas limitadas, sendo uma opção de acesso à cidade bastante escassa.

mais próximo 130km ❑ Oé oaeroporto de Recife. 140km ❑ O aeroporto de Maceió.


5.1.2 História da Cidade de Maragogi 4.2 HISTÓRIA DA CIDADE DE MARAGOGI O nome Maragogi possui diversos significados como, “Rio dos gatos-domato”, “Rio Amplo e Livre” ou “Rio dos mosquitos”. O nome se deu devido a cidade possuir um rio que abastecia todo o local, que sofreu muitas alterações de pronúncia ao longo do tempo, até que finalmente começou a se chamar Maragogi, como atualmente. A história de Maragogi, dar-se início, no pequeno povoado chamado Gamela da Barra. A primeira povoação onde se tornou morada de um dos líderes da Guerra dos Cabanos, João Batista de Araújo, se formou ao norte, onde hoje se encontra o distrito de Barra Grande. Ao Sul, surgiu São Bento de Porto Calvo, e hoje São Bento continua sendo um distrito, inclusive o maior e mais populoso de Maragogi. Em 1887 passou para a categoria de Vila, deixando de ser chamado de Gamela e então de Isabel, em homenagem à princesa da Lei Áurea. Em 1892, recebeu o nome de Maragogi, devido ao rio ao sul da povoação. Figura 35 - Rio Maragogi

Fonte: historiadealagoas.com.br/Maragogi a antiga vila Isabel de alagoas, 2017.

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Os povoados de Barra Grande e São Bento foram palco de combates sangrentos na ocupação holandesa. Com isso grande parte da população se deslocava para as regiões mais isoladas, nas imediações do Rio dos Paus, construídas por indígenas. Anos mais tarde, no século XIX, foi palco da Guerra dos Cabanos, durando quase 20 anos, se findando quando Vicente de Paula foi preso e levado ao presídio em Fernando de Noronha.

Segundo o IBGE, em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 2 distritos: Maragogi e Barra Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Figura 36 - Praia de Barra Grande

Fonte: Autor, 2019.

Figura 37 - Passeio às piscinas naturais

Fonte: Autor, 2019.

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❑ Atualmente, depois de Maceió, Maragogi é a segunda cidade mais importante no turismo do estado, sendo a principal fonte de renda e economia. Está localizada entre Maceió e Recife, no coração da Costa dos Corais, chamando atenção pelo belo conjunto de elementos paradisíacos, e piscinas naturais.

Figura 38 - Praia de Ponta de Mangue em Maragogi Fonte: Autor, 2019

❑ A região oferece diversos passeios e programas, como travessia do rio, passeios nas construções históricas, visita aos arrecifes e corais, e nas ilhas próximas. Sendo conhecida também, pela gastronomia e pelo ecoturismo.

Fonte imagem: Autor


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O local para o projeto proposto, está inserido na área litorânea do município, na Avenida General Luiz de França Albuquerque (Rodovia AL 101 Norte), 57955-000, no Povoado de Peroba, em Maragogi, Alagoas, também fazendo divisa com o estado de Pernambuco.

Figura 39 - Mapa localização do terreno

Nota-se que o terreno faz a ligação do acesso pela rodovia até a orla da praia, e também a presença de uma construção irregular. Foi possível também observar que, durante a visita ao local, do ano 2018, ao ano de 2019 houve a retirada de algumas forrações que cobriam o terreno. Fonte: Adaptado pelo Autor, 2019.

Figura 40 - Fachada do terreno pela rodovia, 2018.

Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.

Figura 41 - Fachada do terreno pela rodovia, 2018.

Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.

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O local onde o terreno está inserido conta com empreendimentos hoteleiros e comércios, e poderão provocar ou sofrer influências do projeto proposto, principalmente devido a construção de um futuro aeroporto, com o objetivo de consolidar a cidade como um dos principais polos turísticos do Brasil, sendo que é a segunda cidade que mais recebe turistas do estado de Alagoas e ainda não possuí um aeroporto, fazendo com que a sua implantação traga mais demanda turística para o local e para os municípios vizinhos, e impulsionando também a geração de novos empregos.

Tabela 5 - Análise de Swot do terreno.

Pode-se notar também o aumento da migração de outros povoados e até de outros estados, embora seja uma área que sofreu com a segregação, é notado um aumento progressivo de pessoas em busca do local para residir, principalmente com as obras de implantação do aeroporto, e também é possível pensar na geração de fluxos em alguns pontos da região devido à inserção do hostel proposto. Em Peroba, existem alguns hotéis, resorts e pousadas, sendo determinado, como zona hoteleira, há uma grande concentração também de casas de veraneio, e casas para temporada no local. Não há nenhum hostel nas proximidades. Diante da alta demanda de turistas à procura de uma hospedagem acessível e com uma estrutura confortável, em contrapartida, com o distrito sendo um dos pontos mais tranquilos e procurados, que é propriamente voltado a atividade hoteleira, porém que vem sendo empregada principalmente para o público de padrão alto, fazendo com que seja em maior parte inacessível por outras camadas, principalmente a popular, onde as ofertas de hospedagem mais econômicas encontradas no local, em sua maioria, não possuem estruturas adequadas e confortáveis.

Fonte: Autor, 2019.

Percebe-se que mesmo existindo empreendimentos hoteleiros no distrito, o projeto proposto beneficiará a região que carece de hospedagem acessível com estrutura compatível, implementando não somente o edifício, mas também fazendo a relação com seu entorno e a orla, o que trará melhorias e diversificação no que é encontrado atualmente no local, esperando atender também, o aeroporto que será inaugurado, o que irá gerar um fluxo maior de turistas tanto no distrito, quanto no município.

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Figura 42 - Terreno

❑ O terreno possui 10.128m² de área e percorre o perímetro de 413.853m. Possui coqueiros, duas árvores que serão preservadas, e uma construção irregular.

❑ Perfil topográfico com declive de 4m, no sentindo da orla da praia.

❑ O terreno é limitado pela Rodovia AL 101 Norte, à oeste do terreno, onde acontece o acesso principal para veículos, sendo que o terreno possui dois acessos para pedestres à orla da praia, possibilitando a circulação entre rodovia e orla. À leste está a orla da praia, onde acontece o outro acesso direto ao terreno, ficando as proximidades da linha preamar média. Fonte: Autor, 2019.

Em seu entorno imediato, existe um camping, comércios, casas residenciais e para temporada, bares e espaços livres verdes, podendo se notar que a falta de ligação desses espaços. 61


5.2 Orientação solar Pelo sol nascer a leste e se pôr a oeste como também estando no hemisfério sul do planeta, o projeto deverá prever elementos que proporcione proteção nas fachadas orientadas ao sol como controle da insolação na intenção de solucionar questões de conforto térmico e luminoso. Algumas das soluções serão dotar o uso de brises para compor as fachadas. Por convenção, as fachadas que sofrem maior incidência solar diretamente são as faces A e B. As que sofrem menos incidência, são a C e D.

Figura 43 - Faces do terreno para a orientação solar.

Tabela 6 - Trajetória aparente do sol

Fonte: Autor, 2019.

Fonte: Autor, 2019.

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Figura 44 - Orientação dos ventos e marcação do norte.

5.3 Ventos predominantes

A sensação de vento depende da topografia local e de outros fatores, variando em sua velocidade e a direção. Sendo que em Maragogi, a velocidade média passa por variações sazonais pequenas ao longo do ano e mensalmente, um fator positivo para fins de aproveitamento eólico predominando a direção Leste e durante a noite tende a mudar para Sudeste. Os ventos predominantes na região são a Leste e a Sudeste, sendo a face leste voltada para a orla da praia, e a face oeste voltada para a Rodovia AL 101 Norte. Pelas condicionantes urbanísticas, percebe-se que o terreno é composto de algumas barreiras de vento, como a presença de árvores, o que lhe garantirá conforto térmico no verão.

Fonte: Autor, 2019.

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É possível observar o comparativo dos anos anteriores, as mudanças do terreno com o passar dos anos, onde se era a maior parte coberto pela vegetação e havia presença de arbóreas e coqueiros. As mudanças desse cenário, não impulsionadas por meios naturais, mas sim ocasionadas por atividades humanas onde se foi retirado a maior parte da sua vegetação. Figura 45 - Foto do terreno em 2011.

Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2011.

Figura 46 - Foto do terreno em 2012.

Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2012.

Figura 47 - Foto do terreno em 2018.

Observar-se que mesmo com o passar dos anos, não foi feito o calçamento da via, ainda em 2019. Onde dificulta a circulação dos pedestres, bem como a falta de sinalização, e faixas de pedestres. O entorno do terreno, também conta com a presença de arborização que há em volta e nas margens da Rodovia, o que contribui consideravelmente com o respiro do entorno e o conforto ambiental.

Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.

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5.4.1 Uso e Ocupação do Solo Figura 48 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo do entorno do terreno.

Figura 49 - Uso e Ocupação do Solo de Peroba.

Fonte: Autor, 2019.

Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.

Segundo determina o Plano diretor, Maragogi está dividido em 9 zonas, e o povoado de Peroba, onde está inserido o terreno para a proposta do hostel, se localiza na Zona de Planejamento Urbano de Peroba ZPU-4, sendo uma área de ocupação menos densa, em sua maioria predominante, empreendimento hoteleiros ou habitações unifamiliares de veraneio.

As outras zonas estão dividias entre os povoados de São Bento, caracterizado em ZPU –1 com uma área destinada a ocupação residencial de habitação unifamiliares e densidade construtiva baixa; Área central de Maragogi caracterizado ZPU – 2 com área de ocupação mista com densidade construtiva média; Barra Grande como ZPU – 3 com área de ocupação predominantemente residencial com densidade construtiva baixa; Zona de Proteção Ambiental Costa dos Corais relativa à área marítima. A Zona de Planejamento Urbano Especial – ZPUE, destinada a sítios de coqueiros, paralelamente a ZPU – 4 limitada pelo oeste do contorno da faixa de morros. Também a Zona de Segurança Aeroportuária – ZSA; Zona de Planejamento Agrícola – ZPA destinada a áreas de plantio de cana de açúcar, com relevo acidentado e pouca ocupação humana, é a zona com maior extensão territorial; Zona de Planejamento de Assentamentos – ZAPS; 67


5.5 Legislação O município de Maragogi, em termos de legislação municipal se emprega apenas o plano diretor, com as diretrizes na construção civil, sendo carente de legislações especificas, se aplicando as leis federais e estaduais, com parâmetros mais genéricos, o que já se mostra uma atividade de grande dificuldade no município. Segundo o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável – PDDS, do Município de Maragogi, onde rege as leis quanto ao planejamento da cidade, determina-se que a área a ser trabalhada, ZPU-4, deve-se haver incentivos a instalação de empreendimentos hoteleiros, objetivando desestimular o parcelamento do solo em pequenas glebas, afim de diminuir a segregação, e aumentar o adensamento. Deve-se também priorizar a preservação da paisagem natural, conforme o art. 95. Conforme determina o art. 97 do PDDS, inciso I, onde são proibidas construções de alvenaria na faixa de 33 metros até 50 metros da linha preamar média, sendo considerada área não edificante. No inciso II, se determina os recuos obrigatórios de 5 metros quando o limite do arruamento for a faixa não edificante da rodovia AL- 101 Norte. Sendo obrigatório a construção de térreo mais 2 pavimentos, conforme o inciso III; tendo como faixa não edificante 15 metros a partir da faixa de off-set (pontos de início e o final de obras) conforme determina o Decreto Estadual nº4383, de 14 de agosto de 1980. No inciso V determina que 2.000m² de área mínima para desmembramento de lotes. O município de Maragogi, também está inserido em uma área caracterizada como como APACC (Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais), que incide sobre a costa litorânea, que preserva os corais, áreas de mangue e espécies raras, atua sobre o despejo de resíduos ou detritos, capazes de provocar danos ao meio ambiente, conciliando as atividades humanas com a conservação do meio ambiente, garantindo a proteção dos recursos, não sendo possível ter propriedade particular dentro da APACC.

Figura 50 – Legislação Fonte: Adaptado pelo Autor, 2019.

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5.5.1 Cheios e Vazios

O entorno do terreno estudado, apresenta em sua maioria, espaços livres verdes, embora não haja conexão entre ambos. Há presença de áreas edificadas, pouco concentradas em sua maioria, onde mostra-se um crescimento não planejado e desordenado. Figura 51 - Mapa de cheios e vazios do entorno ao terreno proposto.

Fonte: Autor, 2019.

5.5.2 Gabarito altura O local onde está inserido o terreno, apresenta a concentração de residências e comércios, térreos em sua maioria. Nota-se a presença de algumas edificações com dois pavimentos. Obedecendo o zoneamento do local, que restringe o número de dois pavimentos sobre térreo. Figura 52 - Mapa de gabarito de altura do entorno ao terreno proposto.

Fonte: Autor, 2019.

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5.5.3 Sistema Viário e de Transporte Público

O sistema viário é composto pelas vias federais, estaduais e municipais, caracterizadas como vias expressas, arteriais, coletoras e locais. Sendo elementos estruturais com diferentes funções, classificadas conforme suas características, organizadas de forma hierárquica, gerando um sistema contínuo e balanceado, permitindo uma melhor eficiência, correspondente a sua demanda, de percurso e acesso. Sendo consideradas vias todas as ruas, avenidas, caminhos, passagens, estradas e rodovias, praias abertas e ruas internas de condomínios. Figura 53 - Mapa Rodovias de acesso à Peroba, de Recife à Maceió.

A Rodovia AL 101 Norte, possui um alto fluxo de carros, sendo uma via de extrema importância, pois liga o a região da Costa dos Corais alagoana, os municípios de Maragogi, Japaratinga, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Passo de Camaragibe, e que dá acesso a entrada e saída do estado, pois faz ligação á Pernambuco. O terreno está inserido em uma área limitada pela Rodovia e orla da praia AL 101 Norte, uma via arterial na área urbana do município, com função estrutural, sendo importantes para o funcionamento das cidades, onde acontece o fluxo de pedestres e veículos, embora na via não haja calçamento, nem semáforos ou faixas de pedestres. Nesta via o fluxo de veículos costuma ser mais intenso do que o fluxo de pedestre, pois geralmente o fluxo de pedestre acontece a partir do setor residencial e serviço existente no entorno. Também por haver acessos em diversos pontos da via, à orla da praia, há um grande número de buggys, circulando tanto na Rodovia, quanto na orla, o que também leva impacto e motivo de reclamações de pedestres.

Fonte: 3.bp.blogspot.com/ mapa peroba, 2016.

70


Figura 54 - Mapa de localização das vias.

Os buggys que circulam pela cidade precisam ser credenciados pelo ABM - Associação do Buggy de Maragogi, seguindo uma rota normatizada através de um Termo de Ajusta de Conta, assinado entre o Instituto de Meio Ambiente e Ministério Público Estadual, já que a circulação de buggys principalmente nas áreas estabelecidas na orla onde se transitam, porém há diversos problemas que essa prática enfrenta, como a destruição de ninhos de tartarugas, a contaminação pelo combustível e atropelamento de animais silvestres. A região também carece de transportes públicos. Existe uma linha privada de vans que circulam somente na Rodovia AL 101 Norte somente dentro do território de Maragogi, transitando até o município de Japaratinga e São José da Coroa Grande, sendo bastante precário e com valor alto. Caso o usuário precise ir até esses outros municípios, é necessário a troca de transporte e sob o pagamento de taxa. Não há pontos de embarque para o uso das vans, o que faz com que o usuário tenha que permanecer à mercê na rodovia que também não há calçamento.

Fonte: Adaptado pelo Autor, 2019. Figura 55 - Foto da falta de calçamento na Rodovia.

Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.

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6 MEMORIAL JUSTIFICATIVO A proposta do projeto teve como referências todo este trabalho em questão, bem como os estudos de caso analisado e visita técnica, tendo como o resultado a implantação do Galés Hostel Mar no município de Maragogi – Alagoas, devido à demanda turista da região, em respostas a diversificação dos perfis e demanda de hospedagens acessíveis. Desde a concepção de todo o projeto, foram analisadas todas as diretrizes e legislações norteando toda as decisões tomadas, respeitando também as restrições municipais que que exige um gabarito de altura de 3 pavimentos e áreas não edificadas próximos a orla da praia. Em virtude de todas as recomendações, foi possível propor um projeto que possibilita a integração com a natureza e paisagem local. O projeto foi divido em blocos pensando na fruição pública com o entorno, e não obstrução da paisagem local. Os 2 blocos no pavimento térreo, à nível da rua, foi dotado forma orgânica em uma de suas faces, fazendo alusão as ondas do mar de Maragogi, nesses blocos estão divididos os setores administrativos, de serviço, um café e bar, redário, espaço de exposições e salas de atividades. Já no pavimento subsolo, à nível da orla da praia, foram dispostas as unidades habitacionais e piscinas. Com forma hexagonal, o bloco principal, leva o conceito de colmeia, devido ao compartilhamento, e em seu último pavimento destinado a um deck de madeira plástica, com área de contemplação. A disposição dos blocos que compõe o projeto, permite o uso otimizado dos espaços e aproveitando o máximo deles.

Nas unidades habitacionais, foram locadas no pavimento inferior, próximo as áreas de piscina e orla da praia, possibilitando ao hóspede a contemplação da vista local. Se tratando de um meio de hospedagem onde a quantidade de quartos possui relação direta com a viabilidade econômica, foram dotados quartos décuplos compartilhados, divididos em masculino e feminino, bem como vestiários que atendam os hospedes e espaços de uso comum, e salas de atividades. Foi pensado também, em suítes privativas, com acessibilidade. Então foram atribuídos, no pavimento subsolo à nível da orla, com forma hexagonal, 3 bangalôs privativos acessíveis com a capacidade de 2 a 3 pessoas.

72


No segundo pavimento, no bloco hexagonal, foram locadas as suítes privativas, com 10 unidades, recebendo até 2 hospedes. A localização do projeto às margens da praia, busca valorizar os espaços da região, que se faz necessário devido à falta de equipamentos e áreas que ressaltam a paisagem e potencialidades do local. Foi dotado para o projeto o sistema construtivo misto, de aço e concreto que permite velocidade à obra, tendo vantagens em relação às estruturas de aço, com o baixo custo do concreto. Obtendo às devidas prevenções contra incêndios, permite uma melhor resistência comparada ao aço, evidenciando a escolha de pilares e vigas perfil I revestidos com concreto, que aumenta a resistência ao fogo e a corrosão da área litorânea. Comparando à pilares puramente metálicos, os mistos podem apresentar vantagens como maior rigidez da estrutura e resistência à flambagem.

As vantagens do sistema misto com relação ao concreto, se dá a redução do peso da estrutura que chega na fundação, além da questão da sustentabilidade. Os elementos mistos possibilitam a redução das dimensões da seção transversal, ampliando as áreas e reduzindo o espaço para o canteiro de obras. Possibilitando uma obra mais sustentável, com menor geração de resíduos. A escolha do sistema misto para a estrutura do projeto, foram analisadas as normas da ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios; a ABNT NBR 14762:2010 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio; a ABNT NBR 14323:2013 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio. O terreno onde o projeto é proposto, não possui coleta de esgoto, justificando a implantação de uma E.T.E compacta, na curva mais baixa do terreno, com a utilização de Biodigestor, sistema de semidouro e tanque séptico, levando em consideração a NBR 12209 Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário; a NBR 7229 Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos; a NBR 13969 Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação; a NBR 8160 Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Para as águas pluviais, foi utilizado o sistema de reuso enterrado, que capta a água, de um dos blocos do projeto, com laje de inclinação de 5%, através de 2 condutores conforme os cálculos pertinentes. 73


Os reservatórios, superior e inferior, foram dimensionados conforme os cálculos obedecendo as exigências normativas do corpo de bombeiros, com a Reserva técnica de incêndio, de acordo com o número de pessoas no local, atribuindo os cálculos para cada hidrante, somados a capacidade para o reservatório superior. Foi respeitada a NBR 9077 bem como as escadas que atendem o número de usuários, obedecendo comprimentos máximos de 20m entre as circulações verticais. Os vãos dotados no projeto, como por exemplo no bar/café, foram permitidos devido ao sistema estrutural, e a premência de peles de vidro, menos transparentes, devido ao clima do local, e possibilitando a permeabilidade ao projeto. Também, a utilização de passarelas, pensando na ligação dos blocos do 2º pavimento, fazendo a conexão e possibilitando ao usuário ter acesso as atividades de interação, que estão concentradas no mesmo pavimento. A rampa que dá acesso ao pavimento subsolo do terreno, possuí inclinação de 8% obedecendo a NBR 9050, possibilitando a acessibilidade e circulação dos usuários.

74


6.1 PERFIL DO USUÁRIO Com o propósito de traçar o perfil das pessoas que irão utilizar hostel, foram feitas pesquisas locais, coletando dados e determinando os usuários, tanto os permanecentes quanto os usuários passantes. Trata-se de um hostel no litoral, com um bar e áreas públicas para acesso de todos os usuários. Junto aos vários fatores da realidade do local, as mudanças pretendidas, obteve-se um perfil referente à população local. Considerando os resultados obtidos pelo levantamento de dados, seguidos de uma análise de todos os perfis, se deu o direcionamento da intervenção do projeto. Com a tendência dos hostels, também mudaram o perfil dos hóspedes de albergues. Se antes a busca maioritariamente era por jovens a fim de experiências culturais, e baixo custo, atualmente, é progressivo o público que engloba todas as idades e perfis, que buscam não só o custo, mas também o conforto. Com a pesquisa de campo, foi possível entender, a importância do hostel para o local, que terá capacidade para até 107 hospedes, com perfis variados, desde jovens, backpackers, e famílias, entre classe média e classe média alta. Também estipula-se 20 funcionários para todo gerenciamento do empreendimento, residentes da região ou proximidades. Totalizando 127 pessoas no local, circulando pelas acomodações, sendo que o bar e dependências, são também de uso público.

Turistas jovens

Backpackers, ou mochileiros

Famílias 75


O perfil de turistas jovens que buscam se hospedar em um hostel, é busca de trocas culturais, experiências pessoais e conhecer o local e região. Com faixa etária de 18 a 30 anos, além da busca por interação com os demais, tendo em vista que esta fase, demonstra-se uma maior energia e disposição, em contrapartida a busca por preços acessíveis, observando que nesse período de vida, é onde os alicerces da vida profissional estão sendo construídos. Entre eles estão homens e mulheres, geralmente em grupos de amizade, em busca de compartilhar momentos e oportunidades. O perfil de Backpackers, ou mochileiros, prioriza a economia, seja na hospedagem ou alimentação, além da busca de trocas culturais, e desbravar e conhecer a região. Com faixa etária de 20 a 35 anos. Esse perfil de usuário permanece menos tempo na hospedagem que os demais, afinal em sua rota, passam por diversos destinos. As famílias que optam por se hospedar em um hostel, procuram por um ambiente aconchegante, econômico, mas com segurança. Esse público vem se tornando cada vez mais progressivo, tendo em vista que anteriormente, não era comum. Observa-se famílias com 4 a 5 pessoas, de faixa etária variada, de até 50 anos. São pessoas que viajam com maior planejamento e preferem utilizar a estrutura do hostel, e as atividades próximas ao local. O público que permanece na hospedagem por maior tempo. Os funcionários que trabalham na instituição, se caracterizam, por ter faixa etária variada de 20 a 50 anos, alguns deles são seguranças, recepcionistas e auxiliares de limpeza, sustentando o funcionamento e organização do hostel, visando o conforto e comodidade dos hóspedes. Ambos os funcionários compõem para o ideal funcionamento do empreendimento, em todos seus âmbitos, são capacitados cada a um a sua área de atuação, trazendo qualidade de vida para o usuário do local.

76


6.2 CONCEITO ARQUITETÔNICO O projeto proposto, tem como conceito a interação social, em um ambiente confortável e contemporâneo, dando ao usuário uma experiência única com leveza, funcionalidade e aconchego. O clima descontraído de hostel está presente no projeto, que busca a integração com a natureza local, estando em uma área litorânea que proporciona um visual deslumbrante, por isso a importância da união do projeto com a orla e seu entorno, fazendo com que se agregue a paisagem, propiciando aos hóspedes a sensação de conexão com o cenário. O compartilhamento é um conceito primigênio do hostel, assim como em um favo de mel, onde as abelhas compartilham seu espaço dentro da colmeia. Em sua forma, possibilitando criar ambientes convidativos, sendo um empreendimento inovador no local, com impacto positivo, tanto para os usuários quanto na paisagem natural. O despertar de sensações através da arquitetura e paisagismo, nas áreas comuns e de interação, com elementos bioclimáticos e com a flora local. Internamente, o compartilhamento não só dos quartos, mas também a integração dos ambientes, com detalhes, espaço de exposições e quartos temáticos, permitindo aos hospedes além de uma experiência de comodidade, também a cultural.

Os conceitos que formam e norteiam o projeto abordam as seguintes características:

❑ Integração

❑ Aconchego

❑ Compartilhamento

❑ Comodidade


6.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO O partido arquitetônico dotado ao projeto, se dá por meio dos elementos bioclimáticos. O uso também de vidros refletivos e menos transparentes por causa da temperatura local Text Here

A integração das áreas comuns, através dos vãos e caminhos, em que os hóspedes poderão usufruir. Uso de materiais e revestimentos atemporais e rústicos

As cores são inspiradas pelos tons do mar de Maragogi, trazendo uma conexão com a paisagem natural.

Forma orgânica em determinados trechos, referência a espécies marinhas e as ondas mar, dentre espelhos d’agua, permitindo maior sensação de conexão com o local. O bloco das unidades habitacionais, possuí forma hexagonal, que vem do conceito que oferece alusão ao favo de mel, trazendo o sentindo, na arquitetura do local, de geometria natural, que assimila as colmeias, já que a região proposta possui atividades de Meliponicultura, onde os hexágonos também inspiram às formações de corais. Isso se dá também, ao contexto que as abelhas em suas colmeias, possuem modo de vida conjunto o que é levado a concepção do bloco de dormitórios e suítes, em que os usuários partilham do espaço, assim como as abelhas em seus alvéolos.

78


6.2.1 CONCEITO URBANÍSTICO Os conceitos urbanísticos de deram através da volumetria do projeto que não entrasse em conflito com o entorno evitando o drástico impacto visual, respeitando a legislação. Fachadas sem barreiras físicas, gerando permeabilidade visual, tornando o projeto convidativo integrado ao entorno, influenciando o espaço urbano do local, que receberá um maior número de turistas, fazendo a utilização dos mobiliários urbanos e de atividades de lazer em seu entorno, bem como a revitalização da orla, impactando positivamente o local.

6.3.1 PARTIDO URBANÍSTICO O partido urbanístico se dá através da instalação de mobiliários urbanos no entorno do projeto, levando ao usuário benefícios e segurança, também a construção de passeios públicos, melhorando os acessos ao projeto e seu entorno. A proposta de uma ciclovia e revitalização da orla da praia, por meio de decks e áreas de interação social, recapeamento da avenida e implantação de iluminação, possibilitando a prática de atividade física no horário noturno com segurança. 79


6.4 Diretrizes e Premissas legais As seguintes diretrizes e premissas têm como objetivo ordenar os projetos, atendendo as exigências mínimas de conforto, higiene, segurança, iluminação e ventilação dos ambientes, observando os princípios de saúde coletiva, de acordo com as normas e legislações federais. O projeto deverá obrigatoriamente atender aos princípios de bem-estar do usuário, como, ter iluminação natural suficiente, onde foram abordados as Normas Brasileiras de desempenho térmico em vigor, sendo elas a NBR 15.220 ( ABNT, 2005 ), a NBR 15.575 ( ABNT, 2013 ), a NBR 9050, e a NBR 9077; ter ventilação natural, em quantidade suficiente para a troca de ar; ter circulações dimensionadas para oferecer escoamento e segurança em todos os ambientes; ter área externa de dimensões adequadas e suficientes para atender o número de usuários; ter instalações sanitárias suficientes , em qualidade e quantidade , para todos os hospedes do hostel e para a população usuária dos espaços públicos; ter água potável e esgotamento sanitário o suficiente para atender à demanda; os equipamentos e reservatórios deverão ser adequadamente localizados, tendo em vista as suas características funcionais em espaço, ventilação e acessos para operação e manutenção. O projeto será dotado de sistema construtivo adequado aos conceitos da sustentabilidade, prevendo medidas construtivas e procedimentos que aumentem a eficiência no uso de recursos e diminuição do impacto sócio ambiental como o aumento da eficiência no uso de energia e a utilização de materiais sustentáveis. Nos vestiários é o local apropriado para higiene, troca e guarda de roupa para os hóspedes. Deverá ter chuveiros para higienização para a utilização que atenda a demanda dos quartos compartilhados. Cozinha local para a preparação das refeições dos hospedes e funcionários. Despensa, local adequado para guarda e estocagem de mantimentos para o preparo das refeições. Depósito de Material de Limpeza, local adequado para o armazenamento e guarda do material e lavagem de panos de limpeza. Espaço de convenção, local destinado a reuniões de hóspedes, usuários, grupos de trabalho e a palestras, cursos e solenidades.

80


Diretrizes para os ambientes: Como a Hostelling International e a FBAJ não determinam um modelo arquitetônico para os hostels que se credenciam. De acordo, com a HI, o imóvel deve estar situado em município de interesse turístico, em local de fácil acesso, próximo a um ponto de parada de transporte coletivo; O albergue deve oferecer, no mínimo, 40 leitos, acomodação para guias acompanhantes e motoristas; Quartos de família e de casal; Recepção aberta 24 horas; Dormitórios coletivos com área mínima por leito de 2,80m², 75 cm de distância entre camas e 90 cm de altura entre leitos; Segundo a norma sobre o Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem, define padrões mínimos e requisitos para o funcionamento do negócio, que deverão conter, portaria e recepção para o atendimento e controle; guarda de bagagens; manutenção, equipamentos e limpeza do local. No Art. 5º da norma, dispõe que a UH deve ser constituída, no mínimo, de quarto de dormir de uso exclusivo do hóspede, com local apropriado para guarda de roupas e objetos pessoais. Determina também quanto a aspectos construtivos, que devem conter:

a. edificações construídas ou expressamente adaptadas para a atividade; b. áreas destinadas aos serviços de alojamento, portaria/recepção, circulação, serviços de alimentação, lazer e uso comum, e outros serviços de conveniência do hóspede ou usuário, separadas entre si e no caso de edificações que atendam a outros fins, independentes das demais; c. proteção sonora, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT – e legislação aplicáveis; d. salas e quartos de dormir das UH dispondo de aberturas para o exterior, para fins de iluminação e ventilação; e. todos os banheiros dispondo de ventilação natural, com abertura direta para o exterior, ou através de duto; f.

serviços básicos de abastecimento de água que não prejudiquem a comunidade local, bem como de energia elétrica, rede sanitária, tratamento de efluentes e coleta de resíduos sólidos, com destinação adequada;

g. facilidades construtivas, de instalações e de uso, para pessoas com necessidades especiais, de acordo com a NBR 9050 – 1994, em prédio com projeto de arquitetura aprovado pela Prefeitura Municipal, como meio de hospedagem, após 12 de agosto de 1987. Em caso de projetos anteriores, o meio de hospedagem deverá

dispor

de

sistema

especial

de

atendimento.

(REGULAMENTO GERAL DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM, 2002.)

81


6.5 AGENCIAMENTO

Sala de convenções

Sala de atividades

82


6.5.2 ORGANOGRAMA Sala de convenções

Sala de atividades

Deck/ terraço

83


6.5.3 FLUXOGRAMA Sala de convenções

Sala de atividades Deck/ terraço

84


6.6 Programa de Necessidades

85


6.6 PROGRAMA DE NECESSIDADES Tabela 7 - Programa de Necessidades. Programa de Necessidades Básico

Setor de Área Comum Ambiente Estacionamento

Hall de acesso Lounge

Função e mobiliário Guarda de veículos.

Qntd. Conforme a quantidade de usuários.

Pax (pessoas) -

Entrada do hostel. Postes e bancos.

1

10

Espera e convívio.

1

30

1

10

1

5

1

30

-

-

Estar na face com incidência solar preferencialmente lado oeste do terreno.

2

10

Min. 2,55m² com acessibilidade.

30m²

Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Sofás e bancos.

Sala de Jogos / Sala de atividades

Workstation

Piscina

Entretenimento entre usuários.

Mesas de jogos e bancos. Entretenimento entre usuários. Mesas para computadores e bancos. Convívio e contemplação.

Área min. Área total Condicionantes ambientais 12,5m² por Possuir fácil acesso a vaga/ 6m para entrada do hostel, com manobras. dimensionamento mínimo de vagas e manobras 1,00m/pessoa 10m² Próximo à entrada principal do hostel. 1,00m/pessoa 30m² Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. 1,00m/pessoa 10m² Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Mínimo 2m² 10m² Área de iluminação natural para cada possuir 1/5 do piso; Área de computador a ventilação natural possuir ser instalado 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Bancos e espreguiçadeiras. Vestiário Higiene pessoal. Bancos e louça sanitária.

86


Espaço expositivo

Entretenimento entre usuários.

1

50

1,20m/pessoa

60m²

1

80

1,00m/pessoa

90m²

1

30

1,00m/pessoa

30m²

2

50

1,20m/pessoa

60m²

1

60

1,00m/pessoa

60m²

1

20

1,00m/pessoa

20m²

1

10

1,00m/pessoa

10m²

Bancos. Espaço de convenção

Sala de tv/ Sala de atividades

Entretenimento entre usuários. Cadeiras e mesa de apoio. Entretenimento entre usuários. Sofás e equipamentos.

Área de convívio

Refeitório compartilhado

Cozinha Compartilhada

Convivência entre usuários. Bancos, bebedouros, luminárias. Destinada ao café da manhã e alimentação dos hóspedes.

Mesas e cadeiras; bebedouros. Preparo de alimentos. Armários e mesa de apoio.

Lavanderia compartilhada

Lavagem de roupas de cama do hostel e hóspedes.

Armários.

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

87


Rouparia

Estocagem de Roupas da Lavanderia.

1

2

1,00m/pessoa

8m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

3

1,00m/pessoa

6m²

1

2

1,00m/pessoa

5m²

Higiene pessoal. Louça sanitária.

2

4

Min. 2,55m² com acessibilidade

12m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Convívio de hóspedes e público geral.

1

100 distribuídas na 1,00m/pessoa área interna e externa.

100m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

12m²

Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Armários.

Recepção geral

Local para reservas e informações. Mesas e cadeiras.

Guarda Volumes

Para funcionários, junto à recepção. Armários.

Sanitário Social

Bar/café

Mesas e cadeiras. Sanitários

Higiene pessoal.

2

4

Min. 2,55m² com acessibilidade

88


Cozinha bar

Preparo de Alimentos.

1

4

1,00m/pessoa

10m²

Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Estocagem de alimentos. Armários.

1

2

1,00m/pessoa

6m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Convívio público.

3

30

1,00m/por pessoa

2

10

-

-

Depósito de bagagens Guarda de bagagens de hóspedes junto à recepção.

1

2

1,00m/pessoa

10m²

Playground

1

10

1,00m/pessoa

20m²

Localizado na área externa e pública, próximo a guarita e com equipamentos de segurança.

1

5

1,00m/pessoa

10m²

Localizado na área de acesso à orla da praia e entrada do hostel.

Armários, e equipamentos para preparo. Depósito de comida

Terraço

30m²/cada Fácil acesso ao usuário; com circulação vertical acessível.

Sofás e cadeiras. Elevadores Sociais

Área molhada/ chuveiro

Circulação.

Entretenimento infantil. Equipamentos de diversão infantil. Local para higiene de hóspedes.

Fácil acesso nas áreas públicas e restritas. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Chuveiro.

89


Ambiente Gerencia

Administração

Função e mobiliário Gerenciamento do hostel.

Mesa e cadeiras; bancada. Administração do hostel.

Qntd. 1

Setor Administrativo Pax (pessoas) 2

Área min. Área total Condicionantes ambientais 1,00m/pessoa 8m² Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

2

1,00m/pessoa

8m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

1

1,00m/pessoa

9m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

2

1,00m/pessa

8m²

Higiene pessoal. Louças sanitárias.

2

2

Min. 2,55m² com acessibilidade

8m²

Para preparo de alimentos de funcionários.

1

5

1,00m/pessoa

6m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Mesa e cadeiras; bancada e armário. Almoxarifado

Estocagem de produtos para uso interno. Armários.

Tesouraria/ contabilidade

Controle de finanças. Mesa e cadeiras; bancada.

Sanitários

Copa

Armários e bancada.

90


Refeitório funcionários

Destinada à alimentação dos funcionários.

1

20

1,00m/pessoa

25m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

1

1,00m/pessoa

6m²

1

1

1,00m/pessoa

6m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Mesas e cadeiras. Arquivo

Guarda de Arquivos adm. Armários e cadeiras.

RH

Seleção, contratação, Funcionários do Hostel.

Mesas e cadeiras. Ambiente Suítes privativas

Função e mobiliário Descanso e hospedagem.

Qntd. 13

Setor Hospedagem Pax (pessoas) Duplos e triplos.

Área min. 1,20m/pessoa

Camas, e bancada de apoio. Sanitários suítes

Higiene pessoal.

13

1

Min. 2,55m² com acessibilidade

4m²

Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

8

80 hóspedes ao todo.

1,20m/pessoa

20m²

Orientação norte e leste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Louças sanitárias.

Quartos coletivos

Descanso e hospedagem. Camas e bancada de apoio.

Área total Condicionantes ambientais 20m² Orientação norte e leste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

91


Vestiários coletivos separados (fem. e masc.)

D.M.L

Higiene pessoal. Bancos e louças sanitárias.

2

80 (fem. e masc.)

Min. 2,55m² com acessibilidade

120m²

Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Depósito de material de limpeza.

1

1

1,00m²/pesso a

5m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

1

1,00m²/pesso a

5m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Armários. Rouparia

Guarda de roupas de cama do hostel.

Armários. Ambiente Vestiários funcionários

Rouparia

Função e mobiliário

Qntd.

Higiene pessoal. Bancos e louças sanitárias.

1

Estoque de roupas de cama do hostel.

1

Armários.

Setor de Serviço Pax (pessoas)

Área min.

Área total

10

Min. 2,55m² com acessibilidade

30m²

1

1,00m/pessoa

8m²

Condicionantes ambientais Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

92


D.M.L

Estocagem de material de limpeza.

1

1

1,00m/pessoa

6m²

1

1

1,00m/pessoa

5m²

2

1

1,20m/pessoa

15m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

1

1

-

-

-

1

1

1,20m/pessoa

15m²

1

1

1,00m/pessoa

10m²

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Localizado na área externa, próximo ao acesso a orla.

2

1

1,00m/pessoa

6m²

Armários. Área de Serv.

Limpeza.

Armários. Manutenção

Manutenção de equipamentos.

Armários e bancadas. Elevador Serv. Guarda de Equip.

Elevador para uso interno. Estocagem de equipamentos.

Armários. Aluguel de bicicletas

Guarita

Espaço destinado a alugar bicicletas.

Bancada de cadeiras. Vigilância do hostel.

Bancada de cadeiras.

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 93 2,50m.


Segurança

Ambiente de apoio.

2

1

1,00m/pesso a

6m²

Bancada de cadeiras.

Setor de Uso técnico Pax (pessoas) Área min.

Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.

Ambiente

Função e mobiliário

Qntd.

Área total

Condicionantes ambientais

Reservatórios

Armazenagem de água.

2

-

-

Conforme o volume diário de consumo: 60% e 40%.

Atender as especificações da NBR 5626.

Depósito de lixo orgânico

Estocagem de lixo até a coleta.

1

1

1,00m/ pessoa

6m²

Localizado na área externa do hostel com o fácil acesso para retirada.

Depósito de lixo seco

Estocagem de lixo até a coleta.

1

1

1,00m/ pessoa

6m²

Localizado na área externa do hostel com o fácil acesso para retirada.

Doca

Distribuição

1

-

-

-

-

Carga e descarga

Abastecimento.

1

-

-

-

-

Fonte: Autor, 2019.

94


6.7 CROQUIS INICIAIS

95


6.8 Estudo de Massa e Volumetria Piscina/ Deck / Playground Unidades Habitacionais Uso público Unidades Habitacionais acessíveis Entretenimento/ uso de hóspedes

Estacionamento

Carga e descarga


6.9 ANTEPROJETO

Através das pesquisas e coleta de informações, foi desenvolvido a proposta para o projeto. De início foram produzidos croquis a partir do terreno adotado, com a escolha de formas e fluxos com o entorno. Após a seleção de alguns elementos, foram elaborados os estudos volumétricos, dando sequência às plantas, cortes, elevações e maquete eletrônica, como resultado do entendimento de todo estudo desenvolvido neste trabalho.

97


GHM

ARQUITETURA E URBANISMO Andreza de Sena Santos / 11172500956 10ยบ A / Manhรฃ Orientador: Paulo Sergio Pinhal

98


GHM

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99


Planta pavimento térreo

GHM

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100


Planta pavimento térreo

GHM

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101


Planta pavimento térreo

GHM

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102


Planta pavimento subsolo U.H

GHM

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103


Planta pavimento subsolo U.H

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104


Planta pavimento subsolo U.H

GHM

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105


Planta 2ยบ pavimento U.H

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106


Planta 2ยบ pavimento

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107


Planta 2ยบ pavimento

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108


Planta 2ยบ pavimento

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109


Planta Pavimento técnico

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110


LOCAÇÃO DE EIXOS E PILARES

111


Planta pavimento térreo

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112


Planta pavimento térreo

GHM

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113


Planta pavimento térreo

GHM

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114


Planta pavimento subsolo U.H

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Planta 2ยบ pavimento U.H

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116


Planta 2ยบ pavimento

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117


Planta Pavimento técnico

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118


LOCAÇÃO DE PONTOS ELÉTRICOS

119


Pavimento térreo

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120


Pavimento subsolo U.H

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121


Planta 2ยบ pavimento

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122


Planta pavimento técnico

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123


LOCAÇÃO DE PONTOS HIDRAÚLICOS

124


Planta pavimento térreo

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125


Planta pavimento térreo

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126


Planta pavimento térreo

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Planta pavimento subsolo U.H

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128


Planta de cobertura / captação de águas pluviais

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129


CORTES E ELEVAÇÕES

130


CORTE AA

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131


CORTE BB

GHM

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132


CORTE CC

GHM

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133


CORTE DD

GHM

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134


ELEVAÇÃO FRONTAL

GHM

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135


ELEVAÇÃO LATERLA ESQ.

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136


MAQUETE ELETRÔNICA

137


MAQUETE ELETRÔNICA

138


MAQUETE ELETRÔNICA

139


140


6.9.1 PAISAGISMO

VEGETAÇÃO DE RESTIGA UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES NATIVAS As espécies nativas, estão adaptadas ao clima e solo locais, o que facilita tanto o seu crescimento quanto a resistência a fatores externos que sejam agressivos. Foram escolhidas em sua maioria, espécies nativas, como por exemplo o Ipê, muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores e ampla distribuição em todas regiões do Brasil.

A vegetação de restinga é encontrada originalmente ao longo das praias e das planícies costeiras. Muito importante pois impede o deslocamento da areia nestas regiões. A vegetação da restinga cria obstáculos que barram ou redirecionam os ventos que carregam as areias, suas plantas tem a capacidade de suportar altas temperaturas, salinidade, dessecação e sobrevivem com pouca disposição de nutrientes. 141


Figura 56 - Pente de macaco

Foto: Julio Cesar Zanatta

Nome científico: Lundia cordata (Vell.) DC. Família: Bignoniaceae Nomes populares: Pente de macaco, cipó campo da areia. Origem: Brasil, ocorre do nordeste ao sudeste. Trepadeira escandente possui folhas divididas em três folíolos e sua superfície é coberta de pelos curtos. As flores surgem em grupos, medindo cada uma aproximadamente 5cm, de cor vermelha.

Figura 57 - Abaneiro

Foto: Julio Cesar Zanatta

Figura 58 - Cipó preto

Foto: Julio Cesar Zanatta

Nome científico: Clusia lanceolata Cambess. Família: Clusiaceae Nomes populares: Abaneiro, cebola da praia. Origem: Brasil. Altura: De 1m a 6m. Com látex branco ou amarelado, dotada de copa pequena e irregular, com ramos novos cilíndricos, de tronco tortuoso e geralmente ramificado desde a base, de 10 – 15cm de diâmetro, com casca quase lisa de cor acinzentada.

Nome Científico: Cyrtopodium flavum Nomes Populares: Sumaréda-praia, Família: Orchidaceae Origem: América do Sul, Brasil Altura: 0.4 a 0.6 metros É uma orquídea natural, simpodial, terrestre e psamófita, e habita áreas de restinga desde o Rio Grande do Sul, até o Pará.

Figura 59 - Sumaré-da-praia

Foto: Julio Cesar Zanatta

Nome científico: Anemopaegma chamberlaynii (Sims) Burean. & K. Schum. Família: Bignoniaceae Nome popular: Cipó preto. Origem: Nativa da América do Sul ocorre, no Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Trepadeira que possui folhas com 10 cm de comprimento, estas são compostas em três partes, duas laminas e uma gavinha. Suas flores são amareladas medindo em médias 4 cm de comprimento e sua abertura ocorre durante a noite exalando um suave odor.

Figura 60 - Cambará

Foto: Julio Cesar Zanatta

Nome Científico: Lantana camara Nomes Populares: Cambará, Camaradinha, Cambará-decheiro, Cambará-miúdo, Lantana, Lantana-cambará Família: Verbenaceae Origem: América Central, América do Sul Altura: 0.9 a 1.2 metros Arbusto florífero de efeito muito ornamental, o cambará é excelente para a formação de maciços e bordaduras.

142


Figura 61 - Ipê Amarelo

Foto: Raquel Patro

Nome Popular: Ipê Amarelo, ipê cascudo, piúva, tarumã, ipê do campo, ipê do cerrado, ipê pardo, pau d'arco do campo Nome Científico: Handroanthus Ochraceus Família: Bignoniacea Porte da Árvore: De 6 a 14 metros

Figura 64 - Aroeira-mansa

Foto: Ives Clayton Gomes Goulart

Nome Científico: Schinus terebinthifolius Nomes Populares: Aroeira-mansa, Aguaraíba, Aroeira do-sertão, Aroeirabrasileira, Aroeira-da-praia, Aroeira-dobrejo, Aroeira-do-paraná, Aroeirapimenteira, Aroeira-vermelha, Bálsamo, Cabuí, Cambuí, Corneíba, Fruto-de-sabiá, Pimenta-rosa Família: Anacardiaceae Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros

Figura 62 - Ipê roxo

Foto: Raquel Patro

Figura 63 - Coco

Foto: Rita Barreto

Nome Popular: Ipê roxo, ipê, ipê roxo de sete folhas, ipê preto, ipê rosa, pau d'arco roxo Nome Científico: Handroanthus heptaphyllus Família: Bignoniaceae Porte da Árvore: De 10 a 20 metro Figura 65 - Grama-preta

Foto: Raquel Patro

Nome Científico: Ophiopogon japonicus Nomes Populares: Gramapreta, Grama-japonesa, Pelode-urso Família: Ruscaceae Altura: 0.1 a 0.3 metros, menos de 15 cm

Nome Científico: Cocos nucifera Nomes Populares: Coco, Coco-da-baía, Coco-dapraia, Coqueiro, Coqueiroanão, Coqueiro-da-índia Família: Arecaceae Altura: 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros

Figura 66 - Grama-esmeralda

Foto: Raquel Patro

Nome Científico: Zoysia japonica Nomes Populares: Gramaesmeralda, Grama-zóisia, Grama-zóisia-silvestre, Zóisia Família: Poaceae Altura: menos de 15 cm

143


Figura 67 - Babaçu

Figura 68 - carandá-guaçu

Nome Científico: Orbignya speciosa Nomes populares: Babaçu, baguacuí, uauaçu, aguaçu, coco-de-macaco, coco-depalmeira e guaguaço. Família Botânica: Palmae Palmeira elegante que pode atingir até 20 m de altura, com tronco variando de 30 a 40 centímetros de diâmetro. Foto: Raquel Patro

Nome popular: carandá-guaçu; coqueiro-buriti; palmeira-do-brejo; miriti Nome científico: Mauritia flexuosa L Família botânica: Palmae O buriti é uma palmeira que atinge até 35 metros de altura. Possui folhas grandes, em formato de estrela.

Foto: Raquel Patro

Figura 69 - Macaúba

Nome Científico: Acrocomia aculeata Nomes populares: Macaúba Família: Palmae Origem: Brasil. Palmeira muito comum no interior do Brasil, costuma ter entre 10 e 15 metros de altura. O tronco não passa de 30 centímetros de diâmetro e apresenta espinhos. Dá um fruto, uma espécie de coquinho.

Foto: Raquel Patro

144


7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como finalidade o estudo acerca da tipologia de hospedagem “hostel”, que vem crescendo no país, acompanhada do aumento do turismo. Propondo e contribuindo com estudos, já que se observa a carência de investigações relacionadas ao segmento. Embora seja um meio de hospedagem cada vez mais recorrente, ainda não se obtém a classificação de estrelas, o que não significa que seja um meio de hospedagem irregular. Mas observa-se com isso, que no país ainda falta sistemas de regulamentação e fiscalização com o segmento, e os empreendimentos já existentes. A pesquisa levantada a partir das referencias bibliograficas foram importantes para compreender o histórico do ato de se hospedar e como surgiram os hostels no mundo, que de ínicio se deram através dos albergues da juventude, posteriormente evoluindo suas configurações, podendo hoje, serem encontrados os hostels design, hostels boutique, eco hostels entre outras tipologias.

Os estudos de caso foram importantes para o entendimento de todo funcionamento, estrutura, concepções arquitetônicas, relação com o entorno a onde são localizados, contribuindo através dos projetos escolhidos para estas análises, a formação do projeto proposto nesta pesquisa. Bem como a visita técnica, onde foi possível estar no local observando e investigando o funcionamento, a ergonomia e fluxos dentro de cada ambiente, pontos negativos e positvos a serem considerados e utilizados. O local proposto, no estado de Alagoas, teve como escolha devido a necessidade de hospedagem de custo acessível, já que o local carece de hostels, e que existe uma demanda turistica alta, sendo o segundo polo de turismo do estado. Houve então a necessidade de propor um projeto, que atendesse não só um público jovem, mas todos os perfis de usuários, e que permitisse a fruição com o entorno e integração com a paisagem. Com todo o desenvolvimento desta pesquisa, é possível concluir que, o segmento de hospedagem hostel, pode ser ainda mais explorado e incentivado, trazendo oportunidades para o desenvolvimento econômico do local a ser inserido, mostrando ser além de uma opção confortável e acessível, mas também como um atrativo com suas atividades de lazer e convívio.

145


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