UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ANDREZA DE SENA SANTOS
GALÉS HOSTEL DESIGN
Mogi das Cruzes, SP 2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ANDREZA DE SENA SANTOS
GALÉS HOSTEL DESIGN
Trabalho de Conclusão de Curso I apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Orientador: Martha Rosinha
Mogi das Cruzes, SP 2019
ANDREZA DE SENA SANTOS
GALÉS HOSTEL DESIGN
Trabalho de Conclusão de Curso I apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Aprovado em ....................................
BANCA EXAMINADORA
________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence
________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence
________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence Mogi das Cruzes, SP 2019
RESUMO A arquitetura é utilizada pela humanidade para diversas finalidades, e ao olhar para os meios de hospedagem podemos identificar diferentes possibilidades e funções por meio do projeto arquitetônico, possibilitando a ambientação,
convivência,
vigilância,
controle,
padronização,
conforto,
sustentabilidade entre outros. Este trabalho de conclusão de curso tem como finalidade propor um novo perfil de hostel com relação ao que é oferecido atualmente, um meio de hospedagem design, com conforto e integração, já que temos um segmento que é visto com pouca estrutura apropriada e estudos que viabilizam a construção de novos hostels com condições adequadas. O local a ser implantado o projeto está no estado de Alagoas, no povoado de Peroba. O objeto em questão é um hostel design, com o propósito de hospedar turistas que cada vez mais procuram a região, tendo em vista que é um dos municípios de maior polo turístico do estado, oferecendo uma tipologia de custo acessível, prestando também serviços complementares para convivência e integração do público com o projeto e seu entorno. Proporcionando um empreendimento convidativo e agradável tendo em vista à escassez de meios de hospedagem de baixo custo e conforto, na comunidade. O trabalho foi desenvolvido, utilizando estudos de casos, observações no entorno, coletas de dados através de fotografias, visitas a hostels para entender a sua configuração e levantamento de dados através de pesquisas. Através das atividades realizadas, ficou evidente que o espaço é carregado de valores e importância, e deve oferecer ambientes seguros, acessíveis e compatíveis com a metodologia de hospedagem. Com base nos resultados da coleta de dados e levantamento bibliográfico, no final são apresentadas diretrizes de projeto arquitetônico. Tais diretrizes têm como objetivo nortear todo projeto para estar dentro da legislação e das normas técnicas, resultando em um hostel que visa o conforto, a sustentabilidade, e a inclusão de toda a comunidade.
Palavras-chave: hostel, projeto, hospedagem, turistas, conforto, integração.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Foto do primeiro Albergue da Juventude em Altena
19
Figura 2: Área de convívio / refeitório
22
Figura 3: Mapa localização
23
Figura 4: Área de convívio
23
Figura 5: Recepção
24
Figura 6: Dormitório
24
Figura 7: Dormitório
25
Figura 8: Mezanino/ Área de convívio
25
Figura 9: Infer. mezanino/ Área de convívio
26
Figura 10: Planta baixa setorizada / planta mezanino setorizada
26
Figura 11: Perspectiva esquemática mostrando os fluxos
27
Figura 12: Fachada do hostel
29
Figura 13: Mapa localização
29
Figura 14: Casarão antes da implantação do hostel
30
Figura 15: Fachada com acessos principais
31
Figura 16: Área de convivência / Piscina
31
Figura 17: Recepção
32
Figura 18: Suíte
32
Figura 19: Quarto compartilhado
33
Figura 20: Quarto compartilhado/ Cabines
33
Figura 21. Planta setorizada do pavimento térreo
34
Figura 22: Planta setorizada do segundo pavimento
35
Figura 23. Planta setorizada do terceiro pavimento
36
Figura 24: Planta setorizada do quarto pavimento
37
Figura 25: Corte Longitudinal
38
Figura 26: Área de convivência
40
Figura 27: Mapa de localização
40
Figura 28: Leitos
41
Figura 29: Vista aérea do espaço destinado ao hostel
41
Figura 30: Área de convívio/ leitos
42
Figura 31: Planta pavimento térreo setorizada
43
Figura 32: Corte esquemático do módulo para os leitos
44
Figura 33: Fachada do Hostel
46
Figura 34: Mapa de localização
46
Figura 35: Área de convívio
47
Figura 36: Quarto compartilhado com 6 leitos.
48
Figura 37: Redes de descanso na área comum.
48
Figura 38: Cozinha e materiais reciclados que foram utilizados
49
Figura 39: Cozinha e materiais reciclados que foram utilizados
49
Figura 40: Entrada principal
50
Figura 41: Área comum no 4º pavimento
50
Figura 42: Corredores de circulação no 3º pavimento
51
Figura 43: Banheiro coletivo
51
Figura 44: Dormitórios com 4 leitos
52
Figura 45: Dormitório duplo
52
Figura 46: Planta baixa do pavimento térreo
53
Figura 47: Planta baixa do 2º pavimento
54
Figura 48: Planta baixa do 3º pavimento
54
Figura 49: Planta baixa do 4º pavimento
55
Figura 50: Elevação frontal
55
Figura 51: Fachada do hostel
58
Figura 52: Mapa de localização, com pontos importantes na região.
59
Figura 53: Entorno do hostel.
59
Figura 54: Hamburgueria filiada ao hostel
60
Figura 55: Cozinha industrial da hamburgueria filiada ao hostel
60
Figura 56: Cozinha compartilhada do hostel
61
Figura 57: área de alimentação da hamburgueria filiada ao hostel
61
Figura 58: Acesso principal da hamburgueria filiada ao hostel
62
Figura 59: Área de convívio externa do hostel
62
Figura 60: Lavanderia compartilhada.
63
Figura 61: Recepção do Hostel
63
Figura 62: Guarda de bagagens.
64
Figura 63: Corredor de circulação para as suítes no térreo.
64
Figura 64: Suíte privativa no pavimento térreo.
65
Figura 65: Banheiro da suíte privativa no pavimento térreo.
65
Figura 66: Quartos compartilhados.
66
Figura 67: Vestiário feminino.
66
Figura 68: Quarto privativo com varanda.
67
Figura 69: Planta pavimento térreo
67
Figura 70: Planta baixa do 1º pavimento
68
Figura 71: Planta baixa do 2º pavimento
69
Figura 72: Comprovante fotográfico da visita técnica.
72
Figura 73: Mapa com a indicação de Rodovias do Estado em azul.
73
Figura 74: Atividades turísticas em Alagoas 2017.
74
Figura 75: Rio Maragogi
76
Figura 76: Foto de Maragogi anteriormente Isabel
76
Figura 77: Praia de Barra Grande
77
Figura 78: Praia Ponta de Mangue no distrito de Barra Grande
77
Figura 79: Passeio às piscinas naturais
78
Figura 80: Mapa localização do terreno
79
Figura 81: Fachada do terreno pela rodovia. 2018
80
Figura 82: Local para a implantação do futuro aeroporto, no Assentamento Junco em Peroba fora do perímetro urbano. 80 Figura 83: Dimensionamento do terreno.
82
Figura 84: Acessos do terreno.
83
Figura 85: Faces do terreno para a orientação solar.
84
Figura 86: Orientação dos ventos e marcação do norte.
86
Figura 87: Foto do terreno em 2011.
87
Figura 88: Foto do terreno em 2012.
87
Figura 89: Foto do terreno em 2018.
88
Figura 90: Foto do entorno em 2012.
88
Figura 91: Foto do entorno em 2018.
89
Figura 92: Uso e Ocupação do Solo de Peroba.
89
Figura 93: Mapa de Uso e Ocupação do Solo do entorno do terreno.
90
Figura 94: Zoneamento da APACC
92
Figura 95: Mapa de cheios e vazios do entorno ao terreno proposto.
93
Figura 96: Mapa de gabarito de altura do entorno ao terreno proposto.
94
Figura 97: Mapa Rodovias de Acesso à Peroba.
95
Figura 98: Mapa de localização das vias.
96
Figura 99: Mapa de localização dos equipamentos urbanos.
97
Figura 100: Foto do mercado próximo ao terreno.
98
Figura 101: Foto da igreja próximo ao terreno.
98
Figura 102: Foto do posto policial próximo ao terreno.
99
Figura 103: Foto do poste de abastecimento de energia.
99
Figura 104: Foto de bancos ao longo da Rodovia.
100
Figura 105: Foto da falta de calçamento na Rodovia.
100
Figura 106: Vidro refletivo
102
Figura 107: Madeira Plástica
102
Figura 108: Cores
103
Figura 109: Hexágonos
103
Figura 110: Linha orgânica
104
LISTA DE TABELAS
Tabela1: Programa do Hostel Estudo de Caso 1
27
Tabela 2: Análise de Swot do Hostel. Estudo de Caso 1
28
Tabela 3: Programa do Hostel Estudo de Caso 2
38
Tabela 4: Análise de Swot do Hostel Estudo de Caso 2
39
Tabela 5: Programa do Hostel Estudo de Caso 3
44
Tabela 6: Análise de Swot do Hostel Estudo de Caso 3
45
Tabela 7: Programa do Hostel Estudo de Caso 4
56
Tabela 8: Análise de Swot do Hostel Estudo de Caso 4
56
Tabela 9: Análise de Swot do hostel visitado.
71
Tabela 10: Análise de Swot do terreno.
81
Tabela 11: Trajetória aparente do sol.
85
Tabela 12: Programa de Necessidades Básico.
117
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABM
Associação do Buggy de Maragogi
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
APACC
Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais
APAJ
Associação Paulista de Albergues da Juventude
CNTur
Conselho Nacional de Turismo
Embratur
Empresa Brasileira de Turismo
FBAJ
Federação Brasileira de Albergues da Juventude
FIPE
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
Fungetur
Fundo Geral de Turismo
HI
Hostelling International
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPHAN
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
PDDS
Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável
SBClass
Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem
ZPU
Zona de Planejamento Urbano de Peroba
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO
12
1.1 Objetivo
13
1.1.2 Objetivos específicos
13
1.2 Justificativa
13
1.3 Problematização
14
1.4 Hipótese
14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
15
2.1 Hotelaria e Turismo
15
2.2 História dos hostels /albergues no mundo
19
2.3 História dos hostels /albergues no Brasil
20
3 ESTUDOS DE CASO
22
3.1 Estudo 1: Hostel flow
22
3.2 Estudo 2: Villa 25 hostel & suítes no Rio de Janeiro
28
3.3 Estudo 3: Together Hostel
39
3.4 ESTUDO 4: Ccasa Hostel – Vietnã
45
3.5 Análise comparativa de todos os estudos
56
4 VISITA TÉCNICA
58
4.1 Análise crítica
69
5 ÁREA DE INTERVENÇÃO
72
5.1 Estado - Alagoas
72
5.1.2 História da Cidade de Maragogi
75
5.2 Clima
78
5.3 Dados demográficos e socioculturais
78
5.4 Análise do terreno
79
5.4.1 Terreno
82
5.4.2 Orientação solar
84
5.4.3 Ventos predominantes
85
5.5 Levantamento fotográfico
86
5.5.1 Uso e Ocupação do Solo
89
5.5.2 Legislação
91
5.5.3 Cheios e Vazios
92
5.5.4 Gabarito altura
93
5.5.5 Sistema Viário e de Transporte Público
94
5.5.6 Equipamentos Urbanos e Mobiliários Urbanos
97
6 CONCEITO
101
7 PARTIDO
101
8 PERFIL DO USUÁRIO
104
9 DIRETRIZES E PREMISSAS LEGAIS
106
10 AGENCIAMENTO E SETORIZAÇÃO DO HOSTEL
114
11 ORGANOGRAMA
115
12 FLUXOGRAMA
116
13 PROGRAMA DE NECESSIDADES
117
14 ESTUDSO PRELIMINARES
129
14.1 Croquis iniciais
130
14.1.2 Estudos de massa e volumetria
131
14.1.3 Planta de Implantação
132
14.1.4 Planta do pavimento térreo
133
14.1.5 Planta do primeiro pavimento
134
14.1.6 Planta do segundo pavimento
135
14.1.7 Corte AA e Corte BB
136
14.1.8 Elevações
137
14.1.9 Perspectiva
138
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS
139
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
140
12
1 INTRODUÇÃO O Hostel Design, se trata de um novo conceito que vem sendo implantado em seu segmento, trazendo conforto, segurança e estrutura adequada. O nome hostel se mescla ao termo albergue, embora a diferenciação etimológica, e atualmente em seu sentido difundidas, difere da hotelaria convencional, sendo uma alternativa de hospedagem que oferece espaços compartilhados e garantindo preços acessíveis. O termo albergue, em décadas passadas, foi tido, como um meio de hospedagem de baixa qualidade, e posteriormente passado por mudanças em seus padrões, sendo implantado conceitos e qualidades internacionais, o que trouxe melhoria e desenvolvimento para o segmento. O mercado de hostels tem se consolidado e crescido, principalmente com o aumento do turismo (não só da população jovem, mas também de usuários de diferentes perfis, que procuram por esse tipo de acomodação, trocando experiências e cultura) e que é um dos fatores que mais promove desenvolvimento econômico no país. O ato de se deslocar sempre esteve presente na humanidade ao longo da história, seja para conquistar novos territórios, comercialização, conhecimento científico ou até mesmo exílio. Porém, com a melhoria do padrão de renda e desenvolvimento econômico da população, o ato de viajar ganhou novos conceitos, como o lazer e turismo, se tornando cada vez mais viável, principalmente após a consolidação do automóvel, e mais tarde o avião, facilitando ainda mais as viagens a nível global. Com o aumento da população que busca viajar o potencial turístico de cidades aumentou. Foram 58,9 milhões de pessoas que fizeram pelo menos uma viagem doméstica em 2011 (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, FIPE, 2011). E o setor do turismo gerou R$ 103,7 bilhões em 2009 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE). O turismo vem recebendo mudanças em seus segmentos, e a população por procura de locais e meios de hospedagem mais baratos. A falta de hostels com estrutura adequada ainda é muito recorrente no Brasil, e a proposta de um hostel design, possibilita por meio da arquitetura, um alojamento com experiências sociais compartilhadas, de instalações confortáveis e seguras.
13
1.1 OBJETIVO Diversificação na hotelaria convencional encontrada no município, Maragogi Alagoas, trazendo uma tipologia inovadora diferente da que vem sendo implantada do segmento. Fazendo com que o usuário possa enxergar de forma positiva, um meio de hospedagem acessível e compartilhado, com uma estrutura adequada, pensando no conforto e na atratividade, por meio da arquitetura, e utilizando fatores sustentáveis para a sua concepção. 1.1.2 Objetivos específicos
Analisar o potencial turístico do local, contribuindo com a atividade econômica através da implantação de uma alternativa de hospedagem nova.
Compreender a tipologia do segmento e sua viabilidade, afim de criar uma hospedagem confortável e de integração, desmistificando preconceitos que envolvem o segmento.
1.2 JUSTIFICATIVA O Brasil vem sendo um local de grande procura turística, sendo um dos meios que mais promove desenvolvimento econômico no país, e em seu viés, se percebe que o turismo e a hotelaria são áreas econômicas, totalmente interligadas. Permitindo geração de empregos para o local, consequentemente a melhoria da qualidade de vida, possibilitando o acesso à região bem como seus atrativos, movimentando a distribuição de renda, e o desenvolvimento da cidade e suas potencialidades. Deste modo as opções de hospedagem precisam atender as necessidades dos usuários reais quanto dos potenciais. O surgimento de formas mais econômicas de alojamentos, impulsiona esse turismo local, onde preço, para a maioria dos usuários, vem se tornando um elemento determinante. Os hostels, se comparado ao exterior, é ainda pouco explorado no Brasil, por ser visto como uma opção de hospedagem com falta de privacidade e de organização, devido as opções encontradas atualmente no país desse segmento, podendo observar que a maioria são casas adaptadas sem uma estrutura adequada.
14
Diante das questões expostas e os aspectos considerados, observa-se nesta investigação, a necessidade de mudança quanto a realidade dos hostels encontrados atualmente, tanto como, a premência para o acréscimo dos estudos teóricos relacionados à sua arquitetura, viabilizando e contribuindo para o embasamento sobre o tema, como finalidade, a qualidade da acomodação através de um Hostel Design, por meio da arquitetura e de aspectos sustentáveis, com base na integração não só dos hóspedes e com o espaço físico, mas também com seu entorno, possibilitando modificações na realidade do que é oferecido atualmente, trazendo atratividade e contribuindo para o desenvolvimento local.
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO No Brasil, existem muitos hostels sem estrutura para o seu funcionamento, e que atenda às necessidades do usuário, levando conforto e atrativo.
Embora seja um ambiente compartilhado, existem níveis de privacidade que precisam ser respeitados para uma boa hospedagem.
É cada vez mais recorrente usuários que procuram por uma estadia mais acessível, que muitas vezes sendo associadas como acomodações sem conforto, segurança e privacidade.
A falta de organização, ruídos, espaços compatíveis, fazem que grande parte do público, tenha uma visão ruim com relação ao segmento, devido ao que é encontrado no mercado atualmente, o que acaba mostrando que poucos hostels se adaptam, estruturalmente e gerencialmente, aos requisitos da associação de hostels, sem a implantação de conceitos e padrões de qualidade internacionais.
1.4 HIPÓTESE O problema da pouca exploração de hostels no país, ocorre possivelmente devido à falta de estrutura recorrente no modelo do segmento, carecendo de estudos e propostas que correspondam a demanda e necessidade do usuário, que vem crescendo.
15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HOTELARIA E TURISMO Tendo em vista que o turismo e a hotelaria estão interligados, desde o início da história da humanidade, identificamos o deslocamento dos povos e necessidade de um local para se abrigar. É muito provável que já houvesse algum olhar turístico dos fenícios em suas viagens, até os povos mesopotâmios, dando início a hospitalidade, onde suas tendas recebiam povos vindos de outras nações. Alguns pesquisadores também atribuem como um dos pontos iniciais do turismo, à viagem da rainha de Sabá, em visita ao Rei Salomão. Para alguns estudiosos o início da hotelaria, se deu na Grécia, com o evento dos Jogos Olímpicos, de grande importância, que recebiam pessoas de diversos locais. Com isso, foi necessário a criação de lugares para essas pessoas dormirem. Mas diferente das hospedagens gregas para as olimpíadas, os romanos, com suas estradas e longas viagens, trouxeram o marco do princípio da hospedagem com fins lucrativos, movimentando a economia das cidades. Essas hospedagens eram dotadas de regras rígidas quanto a seus hospedes, que necessitavam de uma carta de recomendação de uma autoridade. “Os romanos podem ser considerados os primeiros a viajar por prazer. Diversas pesquisas científicas (análise de azulejos, placas, vasos e mapas) revelaram que o povo romano ia à praia e a centros de rejuvenescimento e tratamento do corpo, buscando sempre divertimento e relaxamento” (BADARÓ,
2005),
citado
por
(CONFEDERAÇÃO
NACIONAL
DO
COMÉRCIO, Breve história do turismo e da hotelaria, 2005.p:8)
A primeira referência a hotelaria, se deu no Império Romano o chamado "hostellum", um palacete que hospedava os nobres em suas viagens. Ao final da idade média, e com a Revolução Industrial, com a melhoria das estradas e ferrovias, houveram um crescimento no turismo, onde mais pessoas tiveram acesso às viagens, deixando de ser privilégio dos nobres. Foi então nesse período, na França, o surgimento da primeira lei de registros de hóspedes, afim de
16
melhorar seus serviços e na segurança. E só em 1870 em Paris, com César Ritz, o nascimento do primeiro estabelecimento hoteleiro, com banheiros privativos. Apesar do crescimento da hotelaria, ter se interrompido como consequência da Primeira Guerra Mundial, após a Segunda Guerra, com o desenvolvimento tecnológico, as viagens de diversas finalidades aumentaram, principalmente com o crescimento dos meios de transporte, e de suas alternativas, fatores que no qual impulsionaram ainda mais turismo e os meios de hospedagem. No Brasil, a hotelaria nasceu no período colonial, por iniciativa dos portugueses, onde os viajantes se hospedavam em conventos, fazendas, ou ranchos, principalmente após a abertura dos portos. E só na década de 40, houve um maior crescimento no setor hoteleiro no Brasil, devido aos incentivos do governo. Com a criação da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) e do Fungetur (Fundo Geral de Turismo), retornaram incentivos fiscais, promovendo nova ascensão do ramo. Nos anos 60 e 70, iniciou-se a chegada de redes hoteleiras internacionais, marcando uma nova fase da hotelaria brasileira. (MINISTÉRIO DO TURISMO, hotelaria e hospitalidade, p:08).
A Embratur foi criada em 1966 por meio do Decreto-Lei nº 55/1966, que criou também o Conselho Nacional de Turismo e definiu uma política nacional para o setor. (Embratur, 2019) Almejando o incentivo do turismo no país, foi criado o sistema de classificação de hospedagem pelo Conselho Nacional de Turismo (CNTur), sendo classificados em categorias pela Embratur, estabelecendo 1 a 5 estrelas, em que se dependia da solicitação do hotel, tendo vistorias anuais sem aviso prévio. Essa classificação trouxe oposições no meio hoteleiro, principalmente os mais modestos, onde a maior parte dos pontos classificatórios atribuídos, se era designado pelas instalações e equipamentos, e não ao serviço prestado, o que gerava também descontentamento de hóspedes. E devido esses fatores, o sistema de classificação foi depreciado alguns anos mais tarde, com o crescimento do número de hotéis cinco estrelas, e irregularidades, como uma classificação superior a real do estabelecimento analisado. Devido a isso, houve a Deliberação Normativa nº 360 de 16 de abril de 1996, que cancelava o sistema de classificação de meios de hospedagem da época, revogando as matrizes de classificação, com o objetivo de estabelecer um novo sistema de
17
classificação hoteleira. Adotando um novo modelo, com maior peso na qualidade do serviço oferecido pelo estabelecimento, que não seria de responsabilidade exclusiva da Embratur, sendo um dos organismos competentes para a classificação. Já em 23 de abril de 2002, através da Deliberação Normativa nº 429, criou um novo sistema oficial de classificação como uma nova matriz, mantendo a utilização de estrelas, mas específica em cada categoria. A classificação vai de 1 a 5 estrelas, embora, em alguns tipos, em virtude das suas
especificidades,
só
sejam
contempladas
algumas
categorias.
Os requisitos são divididos em mandatórios (ou seja, de cumprimento obrigatório pelo meio de hospedagem) e eletivos (ou seja, de livre escolha do meio de hospedagem, tendo como base uma lista pré-definida). O meio de hospedagem para ser classificado na categoria pretendida deve demonstrar o atendimento a 100% dos requisitos mandatórios e a 30% dos requisitos eletivos (para cada conjunto de requisitos). (MINISTÉRIO DO TURISMO, SBClass, 2015)
Segundo ao SBClass (Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem), e de acordo com a Portaria Nº100, de 16 de Junho de 2011, os meios de hospedagem com suas respectivas características são: I - HOTEL: estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, mediante cobrança de diária; II - RESORT: hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento; III - HOTEL FAZENDA: localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo; IV - CAMA E CAFÉ: hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida; V - HOTEL HISTÓRICO: instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos históricoculturais de importância reconhecida; VI - POUSADA: empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção,
18
alimentação e alojamento temporário, podendo ser em prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs; VII - FLAT/APART-HOTEL: constituído por unidades habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que possua serviço de recepção, limpeza e arrumação. (MINISTÉRIO DO TURISMO, portaria nº 100, de 16 de Junho de 2011.)
Ainda Segundo o Ministério do Turismo, tendo cada categoria sua classificação em estrelas, como hotel, hotel fazenda, pousada variando de 1 a 5 estrelas; resorts de 4 a 5 estrelas, cama e café de 1 a 4 estrelas, hotel histórico e flats de 3 a 5 estrelas. Pode-se entender que cada categoria de hospedagem obtém diferentes práticas e procura de turistas, como, a diferenciação de um hotel 5 estrelas e uma pousada 5 estrelas. Sendo cada meio avaliado demonstrando o atendimento dos requisitos exigidos. Observa-se que a categoria Hostel não está composta em nenhuma destas divisões, mas não significa que seja um meio de hospedagem ilegal. Por ser uma hospedagem com delonga para seu desenvolvimento e procura, que sofreu preconceitos devido às instalações oferecidas, mas que atualmente vem ganhando espaço e diferentes conceitos, ainda que não se obtém a classificação de estrelas, embora haja o planejamento para o reconhecimento da categoria hostel oficialmente, tendo em vista que o segmento vem se ampliando. Atualmente, com a crescente demanda e usuários, pode-se encontrar diferentes tipologias de hostels. Entre eles, é possível citar os Hostels Boutique, com semelhanças aos Hostels Design, mas se diferenciando pelo pequeno porte e serviços exclusivos. Outra tipologia a ser citada, são os Party Hostels, voltado ao público jovem em ambiente descontraído, recebendo eventos e festas. Contrário ao Family Hostel, que recebe o perfil familiar de usuários, com estrutura residencial. Os Eco Hostels apresentam a preocupação com o meio ambiente, localizados geralmente próximos à natureza, usando de elementos sustentáveis, muito parecidos com os Activity Hostel, que além de estarem conectados com a natureza, são voltados ao esporte.
19
Essas diferentes tipologias, mostram que o segmento hostel vem se desenvolvendo cada vez mais, preocupando-se em atender os diferentes perfis de usuários, oferecendo muitas vezes, serviços exclusivos, e acomodações cada vez mais confortáveis, sendo possível notar as semelhanças com hotéis de menor porte.
2.2 HISTÓRIA DOS HOSTELS /ALBERGUES NO MUNDO Os primeiros albergues, eram partes de residências, com considerável número de camas, e grandes estalagens, onde abrigavam seus hospedes mesmo sem conhecerem. Os hostels surgiram atrelado ao crescimento do turismo jovem. Em 26 de agosto de 1909, o professor alemão Richard Schirmann
idealizou
a criação dos Hostels depois de ser surpreendido por uma tempestade, quando precisou refugiar-se ao longo de uma estrada. O primeiro Hostel começou a funcionar três anos mais tarde em um castelo em Altena. (ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ALBERGUES DA JUVENTUDE - APAJ)
Richard Schirrmann percebeu a necessidade de uma acomodação para seus alunos durante as viagens de campo pelo o interior da Alemanha. Buscava um abrigo acolhedor, com segurança e que seus alunos pudessem se sentir em casa. Para isso, ele então se utilizou de uma infraestrutura já existente, das escolas primárias alemãs, sendo de grande sucesso na época. O que resultou a construção do primeiro albergue permanente, dentro de uma parte do castelo de Altena. Figura 1 - Foto do primeiro Albergue da Juventude em Altena, em funcionamento atualmente.
Fonte: viagem.uol.com.br/movimentoalberguista/ Débora costa e silva, 2009
20
Anos mais tarde, em 1926, Richard Schirrmann, marca o início da padronização física dos albergues da juventude, com um pequeno livro, contendo conceitos básicos. [...], os prédios devem acomodar a geração em ascensão, [portanto devem ser] leves, simples e funcionais, facilmente ventilados, mas ainda retendo a beleza e o calor, um local agradável de se viver. O estilo de arquitetura deve sempre ser baseado nas características nativas da paisagem onde se encontram... cada novo edifício deve ser um memorial genuíno ao nosso tempo, uma expressão da forma, um marco do qual a posteridade não se sentira envergonhada” (HEATH, 1962, p. 33) citado por (BAHLS, Álvaro Augusto, 2018, p: 19)
Em 1932 foi criada a Federação Internacional de Albergues da Juventude, que se tornaria a principal entidade de albergues, a Hostelling International (HI), que atua até hoje, preservando o padrão de atendimento, a segurança, conforto, higiene e hospitalidade, em todos os hostels conveniados. E só após a Primeira Guerra, e a retomada do turismo, os albergues se difundiram pela Europa. Mais tarde, em 1934 se difundindo no continente americano e em 1937, o primeiro hostel da costa do pacífico é inaugurado, na Califórnia.
2.3 HISTÓRIA DOS HOSTELS /ALBERGUES NO BRASIL Após a Segunda Guerra Mundial, e as imigrações ocasionadas, a economia do país começa a crescer, e a hotelaria passa à ampliar-se principalmente com a chegada das redes internacionais, trazendo também novas características dos estabelecimentos. Os albergues da juventude chegaram por volta de 1961 no país, com Joaquim e Ione Trotta, após terem visitado um albergue na França, em 1956. O primeiro Hostel brasileiro recebeu o nome de "Residência Ramos" e foi instalado no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro. Permaneceu aberto de 1965 a 1973. Neste mesmo período, funcionavam no estado de São Paulo dois Hostels, um na Capital e outro em Campos do Jordão, que foram fechados pelo Governo Militar sob a alegação de reunir jovens universitários. (ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ALBERGUES DA JUVENTUDE - APAJ)
Alguns anos após a criação do primeiro albergue no Brasil, em 1971, houve a fundação da Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ), no Rio de Janeiro, e a Associação Paulista de Albergues da Juventude (APAJ), estabelecendo
21
metas e diretrizes para o desenvolvimento, anos mais tarde, recebendo o incentivo da Embratur, aumentando os hostels no país, sendo na década de 80 e início da década de 90, de grande importância na consolidação do mercado de albergues, principalmente em função do avanço dos meios de comunicação. “[...] Os meios de hospedagem têm tido um papel de destaque na geração de empregos, com cerca de 300 mil postos de trabalho ofertados pelos diversos atores desta cadeia produtiva [...] Diminuir os custos para o segmento significa dinamizar ainda mais o turismo. Os resultados vão aparecer, com certeza, no aumento de encomendas para a indústria, na ampliação da oferta de empregos e de hospedagem com custos menores para a população. Um ciclo saudável e de fundamental importância para o desenvolvimento do País [...]” (MARES GUIA, Walfrido, Meios de Hospedagem, 2006, p.5)
Atualmente, com a crescente demanda, os usuários buscam mais alternativas de hospedagem, e os hostels vem se tornando cada vez mais recorrente. É possível observar um público, cada vez mais progressivo, onde priorizam não só conforto, mas a segurança, as trocas culturais e preços acessíveis. Houve o aumento do número total de viagens domésticas realizadas no País, que passou de 161,107 milhões em 2007 para 190,884 milhões em 2011, o que significa um crescimento de 18,5%. (FIPE, 2011) Assim sendo, considerando ambos os tipos de viagens, domésticas típicas e rotineiras, pode-se admitir que a grandeza do número total de viagens domésticas no Brasil é da ordem de 347,076 milhões. (FIPE, 2011) A diversificação e aumento do turismo, e a busca cada vez mais recorrente de hostels, proporciona novas perspectivas para o segmento, que tende não ser mais uma simples opção de hospedagem econômica para jovens, mas abrangendo a diversidade de perfis e propósitos usuais. A indústria de hostels, vem se aperfeiçoando. As exigências dos perfis de usuários, resultaram no aumento do número de dormitórios, além das suítes privadas. A tendência mostra que cada vez mais turistas preferem passar mais tempo no local, fazendo com que sejam adicionados outros serviços ao hostel, como espaços de reunião, sala de jogos, restaurantes, bibliotecas entre outros.
22
3 ESTUDOS DE CASO 3.1 ESTUDO 1: HOSTEL FLOW - HUNGRIA Ficha Técnica: Nome: Hostel FLOW Arquitetura: PRTZN Architecture (Gergely Hory, Zoltán Major, Péter Müllner) Localização: Budapeste, Gönczy Pál u., 1093 Hungria Data de início do projeto: Data de finalização da obra: 2016 Construtora: SLV, Forbo, Agrob Buchtal, PRTZN, Tilka Áreas: 660.0 m²
Figura 2 - Área de convívio / refeitório
Fonte: Balázs Danyi, 2016
O Hostel Flow, localizado no centro de Budapeste na Hungria, próximo a estações de metrô e foi inaugurado em 2016 no segundo andar de um edifício histórico de mais de 100 anos, que tinha sido anteriormente um escritório, um dormitório estudantil e um teatro.
23
Figura 3 - Mapa localização
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
Possui quartos com capacidade para 4 a 8 pessoas, tendo ao todo 98 leitos, fora a cozinha e cantina compartilhadas, lounge e áreas comuns. Por estar localizado em um edifício histórico, possuindo espaço estrutural, das caraterísticas da época em que se foi construído, foram feitas mudanças funcionais, que permitiram a adaptação do espaço para o que estava sendo proposto. Com o conceito de hostel design e de integração, é possível observar corredores de circulação com iluminação, espaços incorporados, e a utilização das cores trazendo um clima divertido ao local. Figura 4 - Área de convívio
Fonte: Balázs Danyi, 2016
Foi utilizado também como partido, o piso continuo em linóleo, que tem fácil limpeza, possuem poucas juntas e são indicados para áreas extensas, composto
24
basicamente por matérias primas, diferente do vinílico com composição sintética. As paredes brancas trazem a sensação de espaço amplo, com design criativo e permitem futuras adaptações unindo todo pavimento, que foi projetado em módulos. Figura 5 - Recepção
Fonte: Balázs Danyi, 2016
Foram usados elementos modulares, e móveis de facilmente desmontáveis. Nos dormitórios foram utilizados nos leitos o sistema de cortinas, que traz mais privacidade e conforto para o usuário. Figura 6 - Dormitório
Fonte: Balázs Danyi, 2016
25
É possível observar a utilização das cores, principalmente o branco predominante, que gera uma sensação de amplitude no ambiente. Nota-se a iluminação e ventilação natural, não tornando um local sufocado e insalubre. Figura 7 - Dormitório
Fonte: Balázs Danyi, 2016
Foi construído no hostel um mezanino, onde a escada é utilizada como espaço de convivência e descanso. O mezanino recebe os usuários, que pode praticar algumas atividades no mesmo, porém é possível analisar que falta acessibilidade, o que não o torna inclusivo. O guarda-corpo de proteção está inserido em uma parte, sem o restante da escada recebendo esta proteção, comprometendo a segurança dos hóspedes. Figura 8 - Mezanino/ Área de convívio.
Fonte: Balázs Danyi, 2016
26
Nota-se também o pé direito baixo do local, e a pouca iluminação e ventilação natural. Figura 9 - Infer. mezanino/ Área de convívio.
Fonte: Balázs Danyi, 2016
É possível analisar que o edifício foi projetado de forma longitudinal, com paredes perpendiculares, dividindo a planta em duas seções, quase que ao meio, sendo feita a construção de corredores paralelos, usando-os como espaço de integração, acontecendo ao longo do pavimento, fazendo com que o usuário passe por esses espaços tendo uma introdução das instalações, fazendo com que as zonas de uso privado e de convívio não se tornem ambientes separados e distintos. Figura 10 - Planta baixa setorizada / planta mezanino setorizada.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
27
Apesar do corredor como elemento determinante e integrador dos ambientes, pode acarretar problemas como ruídos e desconforto para os hóspedes nos quartos. Nota-se também a distância percorrida, embora em determinados pontos dessa circulação, tenham áreas de descanso e convivência. O hostel, não apresenta ser um projeto adaptado para pessoas com necessidades especiais, seu acesso principal acontece por uma escada central, não tendo a presença de elevadores, ou seja, não é acessível, tendo uma característica negativa, onde o projeto precisa apresentar um desenho inclusivo.
Figura 11 - Perspectiva esquemática mostrando os fluxos.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
Tabela1: Programa do Hostel.
Programa do hostel Ambiente
Quantidade
Iluminação natural
Ventilação natural
Quartos
10
sim
sim
Suítes
6
sim
sim
Lavanderia
-
-
-
Recepção
1
sim
sim
Sanitários
8
em parte
em parte
Área de convívio
6
sim
sim
Cozinha
1
sim
sim
Depósito
1
não
não
Fonte: Autor, 2019.
28
Tabela 2 - Análise de Swot do Hostel.
Análise de Swot Aspectos positivos
Circulação dos corredores integrando os ambientes. Localização Cores e Iluminação natural. Manutenção. Leitos com privacidade.
Aspectos negativos Aspectos ameaças
Falta de acessibilidade. Cozinha pequena. Espaço de convívio no mezanino pequeno. Pouco sanitários. Pé direito baixo do mezanino. Sem lavanderia.
Aspectos oportunidades
Quantidade de usuários com a quantidade de sanitários. Ruídos nos quartos devido aos corredores. Falta segurança no mezanino.
Fonte: Autor, 2019.
3.2 ESTUDO 2: VILLA 25 HOSTEL & SUÍTES - RIO DE JANEIRO Ficha Técnica: Nome: Villa 25 Hostel & Suítes Arquitetura: C+P Arquitetura [Diego Portas e Rodrigo Calvino] Localização: R. Gago Coutinho, 25 - Laranjeiras, RJ, Brasil Data de início do projeto: 2014 Data de finalização da obra: 2016 Construtora: Diego Portas, Rodrigo Calvino, Juan Alvite e Irvin Molinari Áreas: 1.200 m2
Criação de rampas internas. Ampliação dos sanitários. Fluxos de quartos, sanitários e convívio.
29
Figura 12 - Fachada do hostel
Fonte: Kelly Goldoni, 2016
O Villa 25 hostel & Suites, está localizado em bairro residencial, de classe média alta e classe alta da Zona Sul do Rio de Janeiro. Próximo ao Parque Guinle, de boa localização e acesso, está também a poucos metros do metrô Largo do Machado, próximo a outros restaurantes e supermercados. Figura 13 - Mapa localização
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
30
O bairro Laranjeiras, é um dos mais antigos da cidade, tendo iniciado sua ocupação por volta do século XVII. Sendo um dos bairros mais antigos, conta com edifícios históricos, como no caso, o edifício onde o hostel em questão opera, que é tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Composto de ornatos, capiteis e etc. Anteriormente à implantação do hostel, o edifício histórico se encontrava em situação de abandono, mesmo sendo tombado. Ele era composto pelo edifício principal e um anexo, na parte dos fundos com um espaço sem uso, rodeado pelas edificações vizinhas altas.
Figura 14 - Casarão antes da implantação do hostel
Fonte: Federico Cairoli, 2014.
As normativas para o edifício que foi tombado, determinavam a conversação e restauração de sua volumetria externa. O que resultaria um custo alto para a ampliação que se era necessária para o hostel no casarão principal, então foi feito uma nova edificação nos fundos onde havia o espaço em desuso, para a construção de novos leitos. Os acessos ao hostel acontece pela Rua Gago Coutinho, tanto pelo pergolado, onde está o bar restaurante, quanto pelo casarão principal.
31
Figura 15 - Fachada com acessos principais
Fonte: Federico Cairoli, 2017.
Por ser um hostel boutique, sua principal característica é a elegância e exclusividade, mas sem perder o conceito de compartilhamento dos hostels, o que lhe difere dos demais da cidade. Figura 16 - Área de convivência / Piscina
Fonte: Kelly Goldoni, 2016.
Tendo uma experiência luxuosa não só pelo serviço oferecido, mas também com o valor cultural e histórico que o local reserva, podendo contemplar a fusão dos estilos arquitetônicos, que ao mesmo tempo remete o passado, a mescla harmônica da contemporaneidade em que o novo edifício anexo foi implantado. O conceito do projeto está na questão da preservação do histórico e ao mesmo tempo trazer inovações para o segmento de hostel tradicionais do município.
32
Figura 17 - Recepção
Fonte: Federico Cairoli, 2017.
Foi feita uma integração entre o casarão principal, o anexo antigo e o novo edifício construído para a ampliação. No casarão histórico, abriga os quartos compartilhados. Isso se tornou possível com novas instalações elétricas e hidráulicas, como um retrofit do edifício possibilitando o uso de novas tecnologias. Ele possui pé direito alto, onde há áreas de circulação pelas fachadas, também possibilitando o convívio dos usuários. Foi preservada internamente no casarão, a alvenaria aparente, e para os quartos acabamentos lisos na superfície. Figura 18 - Suíte
Fonte: Federico Cairoli, 2017.
33
Ao todo o projeto conta com 112 leitos, divididos em 19 suítes privativas e 8 quartos compartilhados de 6 a 12 camas. Tendo elevadores fazendo a circulação entre os pavimentos, e os quartos são adaptados para portadores de necessidade especiais. Figura 19 - Quarto compartilhado
Fonte: Federico Cairoli, 2017.
Os quartos possuem cofres e armários, além de trazerem o conceito de cabines compartilhadas que remetem às cabines de navios, com seus leitos proporcionando privacidade, luz e tomadas individuais. Figura 20 - Quarto compartilhado/ Cabines
Fonte: Federico Cairoli, 2017.
34
O hostel possui o serviço de lavanderia e recepção 24 horas, pátio com piscina e lounge com tv, fora outras áreas de convívio, como por exemplo um bar restaurante que funciona no local. Outro partido dotado no projeto para o bar restaurante, foi deixa-lo sob o pergolado em aço, vidro na cobertura.
Figura 21 - Planta setorizada do pavimento térreo
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
É possível analisar, que o projeto se integrou ao edifício já existente, embora sendo histórico. O marco do edifício trouxe a possibilidade de agregar uma
35
experiência cultural e histórica, sendo implantado galerias como áreas de circulação em volta dos ambientes, permitindo o usuário trocar experiências e contemplar os ornatos existentes. No pavimento térreo, estão as duas entradas principais, uma pelo casarão e a outra acontecendo pelo bar restaurante. No casarão, bem ao centro está a recepção, próximo a sala de convívio e salão multiuso. Setorizados de forma a facilitar o fluxo. No anexo novo, estão locados alguns quartos e elevador. O que permite a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais.
Figura 22 - Planta setorizada do segundo pavimento
SEGUNDO PAV.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
36
No segundo pavimento, funciona algumas áreas de convívio, como a sala de computadores e a galeria ligando e servindo como área de convívio para o anexo novo, o existente e o casarão. Estão locados os quartos compartilhados e suítes.
Figura 23 - Planta setorizada do terceiro pavimento
TERCEIRO PAV.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No terceiro pavimento, é composto por algumas áreas de convívio próximas aos quartos e suítes. Embora sirva de integração com os demais ambientes, traz a problemática de ruídos próximos aos quartos. É possível observar uma escada ligando o refeitório ao anexo novo, onde estão o elevador, o que gera um problema na acessibilidade, para o acesso da cozinha.
37
Figura 24 - Planta setorizada do quarto pavimento
QUARTO PAV.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No quarto pavimento, pode-se observar alguns problemas com relação ao fluxo. Por exemplo a localização das suítes no casarão com relação a circulação dos demais ambientes. O projeto foi pensado e trabalhado em um edifício já existente e histórico, com características construtivas da época, o que fez com que a escolha dos ambientes tivesse de ser adaptada. Provavelmente por este motivo, é possível observar que o projeto apresenta alguns problemas de fluxo e setorização. O que gera áreas isoladas em cada pavimento, como por exemplo a cozinha e refeitório. O que seria interessante, aproximar as áreas com funções semelhantes e as setorizar melhor. As áreas de convívio espalhadas pelo projeto, trazem a possibilidade de integração, mas em contrapartida, pode ser um fator negativo com a relação ao conforto sonoro.
38
Figura 25 - Corte Longitudinal
CORTE LONGITUDINAL Fonte: Diego Portas, Rodrigo Calvino
Tabela 3 - Programa do Hostel
Programa do hostel Ambiente
Quantidade
Iluminação natural
Ventilação natural
Quartos
8
em parte
em parte
Suítes
19
em parte
em parte
Lavanderia
1
não
não
Recepção
1
não
não
Sanitários
30
em parte
em parte
Área de convívio
14
em parte
em parte
Cozinha
1
sim
sim
Depósito
1
não
não
Fonte: Autor, 2019.
39
Tabela 4 - Análise de Swot do Hostel
Análise de swot Aspectos positivos
Aspectos negativos
Elevadores Acessibilidade Cofres nos quartos Privacidade nos leitos Opção de suítes Localização Recepção 24 horas Lavanderia
Aspectos ameaças
Fluxo para pessoas com mobilidade reduzida Alguns quartos coletivos sem iluminação e ventilação natural Fluxos entre quartos e sanitários Cozinha coletiva pequena.
Manutenção Ruídos nos quartos devido a áreas coletivas próximas Insalubridade
Aspectos oportunidades
Fonte: Autor, 2019.
3.3 ESTUDO 3: TOGETHER HOSTEL - CHINA
Ficha Técnica: Nome: Together Hostel Arquitetura: Cao Pu Studio Localização: Rua You'anmen Wai, 8 - Distrito Fengtai, Pequim, China Data de início do projeto: Data de finalização da obra: 2017 Construtora: Áreas: 800 m²
Fluxos Ventilação e iluminação natural Ambientes com dimensões compatíveis ao número de usuários Setorização
40
Figura 26 - Área de convivência
Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.
O Together Hostel, fica localizado no Distrito Fengtai, em Pequim na China. Está próximo da estação de trem Beijing South, do Taoranting Park e a Niu Street, em uma área com grande tráfego de pessoas, e linhas de ônibus. Figura 27 - Mapa de localização
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
O hostel funciona no segundo e no terceiro andar de um hotel, e possui recepção e segurança 24 horas. Acomoda 120 pessoas, sendo que no segundo andar
41
foi pensado uma solução e conceito diferente de um hostel tradicional, que será analisado neste estudo. Figura 28 - Leitos
Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.
O espaço foi pensado como um local único, onde se pudesse compartilhar não só os leitos, mas todas as atividades, como em um acampamento, uma pequena aldeia num espaço interior ou "festival de música", como conceito mencionado durante o início do projeto. Figura 29 - Vista aérea do espaço destinado ao hostel
Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.
42
O projeto contempla o interior uma área em um todo, invés de ambientes fechados, como partido, houve a demolição de paredes, possibilitando a iluminação natural por todo o espaço. A estrutura e tubulação foram reagrupadas, possibilitando as várias funções pertinentes de um hostel. Os leitos fazem uma alusão a “tendas” individuais ou de casal, dispostos por todo o local, agrupados em quatro ou cinco, formando um conjunto, e de saída única facilitando o gerenciamento e a segurança do local. Cada um dos hóspedes tem seu próprio espaço, mas também são sujeitados a interação constante. Os espaços entre os leitos, são de uso comum, para a convivência e alimentação dos usuários. Nesses espaços é onde a divisão entre espaço público e privado coexiste.
Figura 30 - Área de convívio/ leitos
Fonte: archdaily.com.br/together hostel/ Zhang Zheming, 2017.
Foi pensado no local também, uma escada onde os assentos em degraus, na área de convivência, são utilizados como depósito, criando um pequeno anfiteatro ou local para estacionamento de bicicletas, também podendo ser usado para acampamento interno.
43
Figura 31 - Planta pavimento térreo setorizada
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
É possível analisar que o conceito de acampamento e os leitos agrupados em tendas, dar-se ao espaço a sensação de conexão, fazendo com que o usuário não compartilhe somente o ambiente em que dorme, mas sim todas as atividades, possibilitando cria-las, e despertando a convivência entre todos que escolhem se hospedar no local. Embora muito interessante a ideia de acampamento interno, os problemas se agrupam no espaço pequeno para a cozinha, e a distância de alguns sanitários para à alguns leitos. Nota-se na setorização que a ideia de agrupar o local do alojamento, em volta da grande área de convivência, traz a percepção de estratégia de induzir a integração dos hóspedes no espaço, embora possa trazer problemas com ruídos devido à disposição em que foi colocada. O hostel também traz a acessibilidade, sendo uma das suas circulações verticais, feitas por elevadores.
44
Figura 32 - Corte esquemático do módulo para os leitos
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
Também como partido dotado, os leitos foram feitos com estrutura de madeira, com as paredes e telhados de policarbonato translúcido. Os leitos possuem uma estrutura modular que quando única se torna uma cama de solteiro e quando dois módulos se unem cria um módulo de cama de casal. Tabela 5 - Programa do Hostel
Programa do hostel Ambiente
Quantidade
Quartos
Espaço livre para as tendas
Suítes Lavanderia Recepção Sanitários Área de convívio
1 6 2
Cozinha Depósito
1 1
Iluminação natural
Ventilação natural
Sim Sim Em parte Em parte
Não Não Fonte: Autor, 2019.
Sim Sim Em parte Em parte Não Não
45
Tabela 6 - Análise de Swot do Hostel
Análise de swot Aspectos positivos
Elevadores Acessibilidade Privacidade nos leitos
Aspectos negativos
Aspectos ameaças
Banheiros pequenos para PNE Sem lavanderia Fluxos entre quartos e sanitários Cozinha coletiva pequena. Sem depósito de bagagem.
Falta de segurança com as bagagens dos hóspedes Adaptação dos sanitários para PNE. Manutenção com os módulos dos leitos.
Fonte: Autor, 2019.
3.4 ESTUDO 4: CCASA HOSTEL - VIETNÃ Ficha Técnica: Nome: Ccasa Hostel Arquitetura: TAK architects Localização: NHA Trang, Província Khanh Hoa, Vietnã Data de início do projeto: Data de finalização da obra: 2016 Construtora: Dong Tam Group, Hoa Sen Group, Florens Áreas: 195 m²
Aspectos oportunidades
Fluxos Setorização
46
Figura 33 - Fachada do hostel
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
O Ccasa Hostel está localizado no norte da cidade de NHA Trang, a cerca de 3 km do centro e a 200m de distância da praia, tendo em suas proximidades pontos importantes da cidade, como o Templo do Khmer e comércios. Possuí fácil acesso de transporte público com pontos de ônibus a 100m do local. Figura 34 - Mapa de localização
Fonte: Google Maps/ NHA Trang, 2019.
47
O projeto foi inspirado em contêineres antigos, com materiais reciclados, apresentando características sustentáveis, com um estilo industrial, em um ambiente hospitaleiro e acolhedor, voltado para o público jovem. Possui uma recepção na entrada principal, próximo à área comum do hostel, que serve como uma cozinha, podendo ser usada também por hóspedes. Possui outras áreas compartilhadas, como workstation, e sanitários de uso comum.
Figura 35 - Área de convívio
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
Inspirado no interior de cabines de trem, cada dormitório possui o sistema de cortinas nos leitos. Possui um total 43 leitos em 10 quartos. Cada quarto está equipado com ar condicionado e telefone fixo. Cada leito, oferece luminárias e ganchos para pendurar roupas.
48
Figura 36 - Quarto compartilhado com 6 leitos.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
O hostel possui no 4º pavimento, um espaço de uso comum, com redes colocadas estrategicamente fechando o vão do piso, como área de descanso e interação, dando a possibilidade do usuário de uma experiencia positiva e de como estivesse flutuando sob a área. Figura 37 - Redes de descanso na área comum.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
Foram usados materiais reciclados para compor o espaço interno do hostel, como por exemplo as cestas vietnamitas, cobrindo o vão, sendo utilizadas como um fechamento, mas possibilitando a entrada de ventilação e iluminação natural.
49
Figura 38 - Cozinha e materiais reciclados que foram utilizados
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
A ideia do hostel, é que cada bloco do projeto estivesse conectado, fazendo essa ligação através da distribuição de toda área de uso comum, junto aos containers. Pode se observar que nos corredores de circulação, invés de serem fechados, há apenas um guarda corpo os limitando, possibilitando ao hospede, visualizar todos os pavimentos, assim permitindo a integração como um todo. Figura 39 - Cozinha e materiais reciclados que foram utilizados
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016.
50
O partido dotado ao projeto, se deu através dos containers com estrutura de aço, a utilização de telhas de cimento encáusticas, remetendo a arquitetura vernacular do Vietnã. Há presença da madeira, nas esquadrias, e revestimentos, e a utilização da alvenaria aparente. Figura 40 - Entrada principal
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
Na parte externa foi instalado, uma pérgola que traz a função de brise, protegendo o edifício da insolação, e possibilitando a melhor sensação térmica em seu interior. Figura 41 - Área comum no 4º pavimento.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
51
O projeto, possui estruturalmente, três blocos. Os containers, colocados em um em cada pavimento, funcionam como bloco de dormitórios compartilhados, identificados por cores, que representam a quantidade de leitos ali contidos. Figura 42 - Corredores de circulação no 3º pavimento.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
Em alvenaria está o bloco de sanitários de uso comum, sem separação por sexo. Já o bloco de serviço, foi utilizada o sistema estrutural de aço e chapas de metal revestidas com pintura aparente. A circulação entre pavimentos, é feita pela escada também aberta, que conecta todos os blocos com os espaços de uso comum. Figura 43 - Banheiro coletivo.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
52
É possível notar a presença de janelas nos containers do bloco de dormitórios, o que permite a iluminação e ventilação natural. Percebe-se também, os espaços de circulação entre leitos são estreitos, e não possuem acessibilidade. Figura 44 - Dormitórios com 4 leitos.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
No 4º pavimento, no bloco de dormitórios, existem quartos duplos de maior dimensão, que oferece armários e melhor circulação interna. Nota-se também janelas maiores, que possibilita melhor conforto térmico. Figura 45 - Dormitório duplo.
Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects; Quang Tran, 2016
53
O projeto apresenta no pavimento térreo, uma pequena recepção na entrada, sem depósitos, guarda de bagagens ou guaritas de segurança. Nota-se uma grande área e uso comum, integrada aos dormitórios, e ao corredor de circulação. Dentre o corredor de circulação e área de uso comum, próximo ao primeiro bloco de dormitórios, está locado o workstation. Apesar da integração de todos os ambientes, é possível analisar que, nessas áreas compartilhadas, onde recebe o maior aglomerado de hóspedes, por estarem todas muito próximas, influenciam diretamente no conforto sonoro dos dormitórios no térreo, um fator que pode ser tornar negativo. Outro ponto a ser observado é que o acesso a lavanderia é feito pela parte externa do hostel. Figura 46 - Planta baixa do pavimento térreo.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No segundo pavimento, estão os dormitórios quádruplos, e o bloco de sanitário de uso misto. É possível analisar, que a quantidade de sanitários existentes, não são suficientes para o número de hospedes do pavimento.
54
Existe no corredor de circulação armários, onde os hóspedes podem deixar seus pertences, um fator positivo, já que os dormitórios apresentam dimensões mínimas. Figura 47 - Planta baixa do 2º pavimento.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No terceiro pavimento, se repete a forma estrutural, diferenciando a quantidade de hóspedes por dormitório. O mesmo problema com a quantidade de sanitários se reproduz no pavimento, e também não há presença dos armários para a guarda de pertences dos usuários. Figura 48 - Planta baixa do 3º pavimento.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No quarto pavimento, está localizado uma das áreas de uso comum, com há a rede para descanso dos hóspedes. Também está a área técnica.
55
Figura 49 - Planta baixa do 4º pavimento.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
É possível notar na elevação, como foram locados cada container, e cada pavimento do hostel. Foi utilizado o pé direito elevado, o que permite uma melhor entrada de luz natural e circulação de ar entre o projeto. Foi dotada a solução de guarda-corpo em cada pavimento, invés de um total fechamento, já que o local apresenta um clima tropical, úmido e de temperaturas elevadas, permitindo um conforto térmico melhor aos usuários. Nota-se a presença de cobogós, que também são elementos fechamento mais com vazios, possibilitando a troca de ar e iluminação natural. Figura 50 - Elevação frontal.
Fonte: Fonte: Archdaily.com.br/ Ccasa Hostel / TAK architects.
56
Tabela 7 - Programa do Hostel
Programa do hostel Ambiente
Iluminação natural
Quantidade
Quartos
Ventilação natural Sim
10
Sim
Suítes
-
-
-
Lavanderia
1
Sim
Sim
Recepção
1
Sim
Sim
Sanitários
3
Em parte
Em parte
Área de convívio
2
Sim
Sim
Cozinha
1
Não
Não
Depósito
-
-
-
Área técnica
1
Não Fonte: Autor, 2019.
Não
Tabela 8 - Análise de Swot do Hostel
Análise de swot Aspectos positivos
Aspectos negativos
Privacidade nos leitos Iluminação e ventilação natural Áreas de uso comum
Não possui total acessibilidad e Banheiros pequenos para PNE Cozinha coletiva pequena. Sem depósito de bagagem.
Aspectos ameaças
Falta de segurança com as bagagens dos hóspedes. Ruídos Quantidade de sanitários com relação aos hóspedes.
Aspectos oportunidades
Fluxos Setorização Acessibilida de
Fonte: Autor, 2019.
3.5 ANÁLISE COMPARATIVA DE TODOS OS ESTUDOS Comparando os estudos de caso tratados, pode-se observar que cada hostel possui suas características diferentes, ambos com o conceito de compartilhamento típico do modelo de hospedagem, porém o que trouxe maior
57
diferenciação e um novo conceito além do compartilhamento, foi o Together Hostel que lançou um modelo distinto do tradicional, usando a área como um acampamento interno dispondo dos leitos como se fossem tendas. O que traz de fato a possibilidade de aproximação dos usuários e da troca de experiências, e o compartilhamento de todas as áreas. Obviamente, que por um lado o positivismo dessa disposição que foi proposta no hostel, por outro existem conflitos, como por exemplo, os ruídos sonoros que podem ser tornar incômodos à alguns usuários, diferente da solução dotada no Villa 25 hostel & Suites, que usaram em cada quarto cápsulas nos leitos, que permite maior conforto. Outro exemplo comparativo a ser citado, é o serviço exclusivo do Villa 25 hostel & Suites que traz o conceito de hostel boutique, e também suítes privativas com banheiros, permitindo melhor comodidade, pois embora a característica principal de um hostel seja o compartilhamento, existem níveis de privacidade que devem ser considerados pensando no usuário. Neste contexto, o Hostel FLOW, assim como o Ccasa Hostel, propôs em cada leito o sistema de cortinas, assegurando a privacidade, o que é uma solução interessante. O fluxo em planta do Hostel FLOW e o Ccasa, é fluido, onde os corredores servem de circulação e integração, fazendo com que os usuários passem em quase todos os ambientes, embora isso possa afetar conforto sonoro nos quartos devido aos ruídos gerados. A proposta do Ccasa Hostel, de utilização de materiais reciclados e a rede para descanso no piso do pavimento, foram pontos interessantes no projeto, assim como o uso de diversos elementos vazados, que possibilita a ventilação e iluminação natural, melhorando o conforto térmico, já que o local possui um clima quente. O Villa 25 hostel & Suites e o Together Hostel podem ser citados como exemplo positivo, com relação ao projeto atender portadores de necessidades especiais, sendo hostels acessíveis, diferente do Ccasa Hostel e Hostel FLOW, que não possuem acessibilidade, sendo um princípio projetual importante e que deve ser considerado e atendido conforme as normativas regentes. Diante de todos os aspectos analisados dos estudos apresentados, podeser entender que cada projeto possui pontos relevantes e positivos, que servem de referências para a proposta trabalhada nesta pesquisa, como a utilização de
58
espaços integrados e de convívio, uso de cortinas nos leitos, a influência das cores sobre o projeto, a iluminação e ventilação natural e princípios fundamentais de acessibilidade, tanto quanto, exemplos negativos, que devem ser evitados.
4 VISITA TÉCNICA A visita técnica teve como finalidade a busca de conhecimento sobre o edifício para o projeto proposto, em sua tipologia, características, funções e especialidades. Foi escolhido um local que dispusesse de fatores positivos para agregar no projeto desenvolvido. A visita foi feita no Anhembi Hostel, que apresenta características de um hostel design, possuí recepção 24 horas, e dispõe de instalações modernas. Aceitam reservas day-use, individuais ou em grupo. Oferecem aluguel de cadeados, luminárias, e uso da lavanderia compartilhada. Figura 51- Fachada do Hostel
Fonte: http://www.anhembihostel.com, 2019
O Anhembi Hostel, está localizado na rua Felipe Gadelha, 125, em Santana, São Paulo. Uma rua tranquila sem grande tráfego de veículos. O prédio está situado em um ponto estratégico da região, pois está a 700 metros da estação de metrô Carandiru e próximo a outras estações, facilitando o acesso. O centro de São Paulo
59
fica a 5 km de distância, o terminal rodoviário do Tietê a 1,8 km e o aeroporto de Congonhas a 15 km. Figura 52 - Mapa de localização, com pontos importantes na região.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
Localizado próximo ao Expo Center Norte e Parque Anhembi, centros de eventos que recebem grande fluxo de pessoas de todo o mundo. Próximo a supermercados, farmácias, shoppings e do Aeroporto Campo de Marte. Figura 53 - Entorno do hostel.
Fonte: Google Maps/ R. Felipe Gadelha, 125 – Santana/ 2019.
O hostel oferece suítes privativas com capacidade de até 4 pessoas; quartos compartilhados separados por feminino e masculino, com capacidade de 4 ou 5
60
pessoas; e quartos privativos sem banheiro, com capacidade de até 5 pessoas. Com wi-fi, lounge com tv e computadores compartilhados. É composto pelo térreo e dois pavimentos. Possuí também uma hamburgueria filiada, de acesso tanto aos hospedes quanto ao público geral. Figura 54 - Hamburgueria filiada ao hostel
Fonte: Autor, 2019.
Na hamburgueria filiada ao hostel, são servidos o café da manhã das 7h às 10h. Possui dois banheiros separados, em masculino e feminino. E aberturas no telhado em Shed, possibilitando a iluminação e ventilação natural. Figura 55 - Cozinha industrial da hamburgueria filiada ao hostel
Fonte: Autor, 2019.
61
A cozinha industrial da hamburgueria, fica aos fundos, com fechamento de vidro, o que torna interessante aos usuários, para a visualização do preparo dos alimentos. Figura 56 - Cozinha compartilhada do hostel
Fonte: http://www.anhembihostel.com, 2019.
Há também uma cozinha compartilhada na hamburgueria, que pode ser usada pelos hóspedes para preparo da alimentação. Nota-se que a cozinha tem espaço pequeno com relação a demanda de usuários, tanto na circulação interna quanto em seu total. Figura 57 - Área de alimentação da hamburgueria filiada ao hostel
Fonte: Autor, 2019.
62
A hamburgueria tem acesso principal e direto pela área externa do hostel, possibilitando a circulação do público geral, não só dos hóspedes, delimitada por uma porta de vidro, trazendo mais privacidade para o local. Figura 58 - Acesso principal da hamburgueria filiada ao hostel
Fonte: Autor, 2019.
Na parte externa, que dá acesso a hamburgueria, há uma área de convívio, com mesas e cadeiras dispostas, pela fachada falsa, que faz alusão de casas no estilo colonial, e com cobertura translucida no telhado, que proporciona a iluminação natural por toda extensão. Figura 59 - Área de convívio externa do hostel
Fonte: Autor, 2019.
63
A lavanderia é compartilhada com os hóspedes mediante a uma taxa paga na recepção. Ela é de acesso também dos funcionários do hostel, com espaço para armazenagem de produtos e roupa de cama. Figura 60 - Lavanderia compartilhada.
Fonte: Autor, 2019.
A recepção 24 horas, está localizada próxima a entrada principal, com espaço para duas pessoas. Atrás da recepção, está a administração e um lavabo masculino e feminino, o que se torna um ponto negativo, devido à demanda de pessoas que o atende, no lounge e recepção. Figura 61 - Recepção do Hostel
Fonte: booking.com/hotel/br/Anhembi hostel, 2019.
Junto à recepção, está o lounge com tv, usado tanto para a espera, quanto para os hóspedes que ficam acomodados nos quartos compartilhados que não possuem
64
tv. A área também é usada para um espaço de computadores compartilhados, locados em uma bancada. Pode-se observar, que devido à essa localização, há a interferência na circulação do espaço, por causa da recepção estar ao lado, fato de quando os hóspedes estão realizando o check-in ou check-out, pode ocorrer o aglomerado de pessoas, prejudicando também os usuários dos computadores. Figura 62 - Guarda de bagagens.
Fonte: Autor, 2019.
O hostel disponibiliza, um espaço para guarda de bagagens dos hóspedes, antes do check-in e que precisam deixar suas malas, e também lockers no lounge. Figura 63 - Corredor de circulação para as suítes no térreo.
Fonte: Autor, 2019.
65
Ainda no pavimento térreo, estão localizadas as suítes privativas, que acomodam até 4 pessoas. É possível observar que o corredor de acesso às suítes, é estreito, tendo em vista que são as únicas acomodações que possibilitam receber pessoas com necessidades especiais, pois o acesso aos pavimentos superiores, são feitos pela escada, como a única circulação vertical. Figura 64 - Suíte privativa no pavimento térreo.
Fonte: Autor, 2019.
Foi possível observar que todos os banheiros das suítes no pavimento térreo, não possuem janelas, que levam iluminação nem ventilação natural. O que os torna, abafados e insalubres. Figura 65 - Banheiro da suíte privativa no pavimento térreo.
Fonte: Autor, 2019.
66
Nos pavimentos superiores, estão os quartos compartilhados, composto por beliches com o sistema de cortinas individuais em cada leito. Um fator positivo ao hostel, garantindo a privacidade de cada hóspede. Cada beliche também conta com um pequeno espaço de armazenagem de pertences dos usuários. Os quartos possuem ventilação e iluminação natural, também contam com ar-condicionado. Figura 66 - Quartos compartilhados.
Fonte: Autor, 2019.
Nos pavimentos superiores, também se encontram os vestiários, separados por sexo, que atendem os quartos compartilhados. Os vestiários não possuem abertura de janelas, e possuem uma quantidade de cabines inferior a demanda de hóspedes. Figura 67- Vestiário feminino.
Fonte: Autor, 2019.
67
No segundo pavimento, existem opções de quartos e suítes privativas com varanda. Figura 68 - Quarto privativo com varanda.
FAV
A J,Á Fonte: Autor, 2019.
O prédio era um antigo hotel e foi adaptado, para o atual hostel. No pavimento térreo se encontram 4 suítes; lounge com tv; área para compartilhamento de computadores; recepção; administração; bagagem; banheiro e armário. Figura 69 - Planta pavimento térreo.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
68
O projeto adota uma solução interessante em sua circulação principal, colocando como área de convívio com mesas e cadeiras. A hamburgueria acontece aos fundos, tendo acesso pela circulação principal. É possível observar o agrupamento de atividades, como por exemplo as áreas de convívio próximas ao lounge e recepção, solução positiva com relação a não as agrupar junto as suítes, devido os ruídos gerados.
Figura 70- Planta baixa do 1º pavimento
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No primeiro pavimento, estão localizadas duas suítes privativas; dois vestiários divididos em masculino e feminino; e seis quartos compartilhados. Observa-se a circulação vertical pela escada, no centro da planta, dividindo o bloco em duas alas.
69
Figura 71- Planta baixa do 2º pavimento
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
No segundo pavimento, encontram-se mais duas suítes privativas; dois vestiários masculino e feminino; e seis quartos compartilhados. Assim como no primeiro pavimento, nota-se a modulação da estrutura. A circulação é feita pelo corredor de uma ala a outra. Não havendo acessibilidade, pois a circulação vertical é feita por escada, não dispondo a presença de elevadores ou rampas. Um problema encontrado no projeto, é a falta de janelas nos banheiros das suítes e nos vestiários, que não possuem ventilação e iluminação natural.
4.1 ANÁLISE CRÍTICA O hostel visitado, foi escolhido devido às características de design hostel, onde possui tanto quartos individuais como compartilhados, oferecendo diversificação de hospedagens, áreas de convívio distribuídas e hamburgueria, que abre também para o público externo, em um ambiente convidativo, e agradável. A região que está localizado o hostel, é um dos principais bairros e um dos mais antigos de São Paulo. Possuí diversas redes de transporte próximo, e linhas do metrô,
70
sendo um fator muito positivo, pois facilita o acesso, a locomoção e fluxo de pessoas, abrangendo também usuários de outros bairros e localidades, que desejam usufruir das atividades ou hamburgueria do hostel. A região é marcada por um público de pessoas e empresários, participantes de congressos e feiras, que acontecem próximos. Embora haja grande congestionamento nas avenidas próximas, devido aos comércios, centros de exposições, shoppings, terminal rodoviário e acessos a outros bairros. O hostel oferece melhoria ao seu entorno, devido à qualidade do serviço prestado, e pessoas que procuram uma hospedagem confortável e acessível. Porém existe também uma grande concentração de moradores de rua pelo bairro, apresentando também índices de assaltos, principalmente durante a noite, sendo a segurança um fator problemático que carece de mais vigilância em determinadas áreas. Na entrada principal no lounge e recepção, está a circulação vertical, uma escada que leva os hospedes aos quartos compartilhados e suítes que acontecem nos pavimentos superiores. No térreo ficam algumas suítes privativas, e as únicas que permitem receber pessoas com necessidades especiais, pois a escada central é o único acesso aos quartos superiores, ou seja, o prédio não oferece uma total acessibilidade, não há presença de elevadores ou rampas, nem banheiros adaptados conforme determina a norma. Os corredores de circulação também são estreitos como rota de fuga e acessibilidade. A concepção arquitetônica da hostel é geometricamente formal e simples, sendo possível observar a modulação do primeiro e segundo pavimento, tornando possível a adaptação dos ambientes, compondo um bloco único de térreo e dois pavimentos. A circulação vertical é localizada em um ponto central do projeto, formando o bloco rígido, do térreo ao segundo pavimento, distribuindo de um lado quartos, suítes e vestiários, e do outro também. Não há a presença de brises no projeto, e muitos ambientes, como banheiros, apresentam problemas como a falta de ventilação natural, o que garante o conforto térmico e evitando a proliferação de doenças através da renovação constante do ar. Outro fator é a de iluminação natural, onde os ambientes sem aberturas, desfavorece também a salubridade do local. Todo edifício, deve receber elementos de proteção ao
71
sol e à chuva que possam trazer melhorias no desempenho térmico e luminoso. Essas medidas visam o conforto dos usuários e a redução no consumo de energia. Foi possível notar também a falta de cabides nos banheiros e prateleiras para apoio. Bem como o espaço pequeno em cada quarto para guarda de pertences pessoais de cada hóspede. O sistema de cortinas adotados em cada leito, foi uma solução interessante e que possibilita a privacidade e conforto de cada usuário.
Tabela 9 - Análise de Swot do hostel visitado.
Análise de swot Aspectos positivos
Ambiente moderno. Localização Cores e Iluminação natural na área externa de convívio. Leitos com privacidade. Lavanderia. Cozinha compartilhad a. Lockers. Lounge com tv.
Aspectos negativos
Aspectos ameaças
Falta de acessibilidad e. Cozinha pequena. Vestiários pequenos. Falta de iluminação e ventilação natural nos sanitários e vestiários.
Quantidade de usuários com a quantidade de vestiários.
Aspectos oportunidades
Criação de rampas para a acessibilidad e. Ampliação dos vestiários. Iluminação e ventilação natural em todos os ambientes. Luz ambiente em cada leito.
Fonte: Autor, 2019.
A visita técnica foi realizada no dia 13 de março de 2019, durante o horário comercial do estabelecimento, sendo possível observar o atendimento, os usuários do hostel e fluxos. Toda visita foi realizada junto à responsável pela supervisão do hostel, explicando todo seu funcionamento.
72
Figura 72 - Comprovante fotográfico da visita técnica.
Fonte: Autor, 2019.
5 ÁREA DE INTERVENÇÃO 5.1 ESTADO – ALAGOAS O projeto tem como proposta ser implantado no município de Maragogi, na Mesorregião do Leste Alagoano, no estado de Alagoas. Estando á 125km de Maceió, capital do estado, e a 88km de Porto de Galinhas em Pernambuco. O estado de Alagoas, apresenta em sua história, em séculos passados, a economia dividida com os engenhos de açúcar devida ao solo fértil, e a pecuária. Tendo alguns povoados por volta do século XVII. No século XVIII, foi instalada a Comarca de Alagoas, com sede na vila de Alagoas subordinada a Pernambuco, e só após à Revolução Pernambucana, Alagoas se tornou uma capitania desmembrada, em 16 de setembro de 1817. Atualmente, vem se tornando um dos destinos mais procurados do Brasil, devido a suas paisagens naturais, sendo o setor do turismo um dos que mais contribui
73
para a economia do estado, e geração de empregos. Hoje o estado recebe, milhões de pessoas por ano, do mundo inteiro.
Figura 73 - Mapa de Alagoas com os principais municípios litorâneos.
ALAGOAS
Fonte: tropicalturismoomelhor.blogspot.com, 2014.
Os acessos ao estado de Alagoas, se dão por vias terrestres ou aéreas. Uma das principais rodovias é a AL-101, com 274 km de extensão começando na cidade de Maragogi no litoral norte, e termina na divisa com o estado de Sergipe. É dividida entre litoral Norte e sul do estado. O litoral norte de Alagoas é conhecido como Costa dos Corais, sendo de fácil acesso e servido de pontos turísticos, pois está entre duas capitais com alta
74
concentração de turistas: Maceió e Recife. De Maceió até a divisa com Pernambuco, são em torno de 150 km, alguns podendo ser percorridos à beira-mar pela AL-101. Figura 74 - Mapa com a indicação dos principais pontos e acessos ligando Recife à Maceió.
Fonte: mapasblog.blogspot.com/mapa litoral norte de alagoas, 2014.
Atualmente, Alagoas conta com 67 cidades identificadas com vocação turística de acordo com a última atualização do Mapa do Turismo realizada em 2017 (sedetur, 2019). “O aumento na taxa de ocupação está ligado ao trabalho que vem sendo desenvolvido em Alagoas em parceria com as companhias aéreas e o trade hoteleiro. No ano de 2018 tivemos um aumento de 3,3% comparados a 2017 nos embarques e desembarques, com mais de 2 milhões e 100 mil pessoas passando pelo Estado...” (Brito, Rafael, 2019) citado por (Rhayller Peixoto, 2019)
O município de Maragogi, em que será proposto o objeto estudado nesta pesquisa, na zona litorânea, está classificado no mapa do turismo como na categoria
75
B, sendo o 2º que mais concentra o fluxo de turistas domésticos e internacionais do estado. Estando à uma latitude 09º00'44" sul e na longitude 35º13'21" oeste. Para chegar na cidade de Maragogi, apesar do futuro aeroporto que será inaugurado na cidade, atualmente o trajeto é feito por via terrestre. Por estar próximo a capital pernambucana e alagoana, onde estão os aeroportos que permitem o acesso até à cidade, é possível utilizar ônibus, translado ou táxis, que percorrem as Rodovias AL- 105 e AL- 101, de Maceió a Maragogi, passando pelas cidades de Pedro Calvo e Japaratinga. Entre Recife e Maragogi, o trajeto geralmente é feito pela Rodovia PE060. A viagem feita por ônibus saindo das rodoviárias ou de Maceió ou Recife, é feita pela empresa Real Alagoas, tendo horários e linhas limitadas, sendo uma opção de acesso à cidade bastante escassa. 5.1.2 História da Cidade de Maragogi O nome Maragogi possui diversos significados como, “Rio dos gatos-do-mato”, “Rio Amplo e Livre” ou “Rio dos mosquitos”. O nome se deu devido a cidade possuir um rio que abastecia todo o local, que sofreu muitas alterações de pronúncia ao longo do tempo, até que finalmente começou a se chamar Maragogi, como atualmente. A história de Maragogi, dar-se início, no pequeno povoado chamado Gamela da Barra. A primeira povoação onde se tornou morada de um dos líderes da Guerra dos Cabanos, João Batista de Araújo, se formou ao norte, onde hoje se encontra o distrito de Barra Grande. Ao Sul, surgiu São Bento de Porto Calvo, e hoje São Bento continua sendo um distrito, inclusive o maior e mais populoso de Maragogi. Em 1887 passou para a categoria de Vila, deixando de ser chamado de Gamela e então de Isabel, em homenagem à princesa da Lei Áurea. Em 1892, recebeu o nome de Maragogi, devido ao rio ao sul da povoação. Distrito criado com a denominação de Isabel, em 1796. Elevado à categoria de vila, com denominação de Isabel, pela lei provincial nº 681, de 24-04-1875, desmembrado de Porto Calvo. Instalado em 02-12-1875.Pela lei provincial nº 733, de 03-07-1876, a vila de Isabel Passou a denominar-se Maragogi. Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Maragogi, pela lei estadual nº 15, de 16-05-1892. (IBGE, 2019).
76
Figura 75 - Rio Maragogi
Fonte: historiadealagoas.com.br/Maragogi a antiga vila Isabel de alagoas, 2017.
Os povoados de Barra Grande e São Bento foram palco de combates sangrentos na ocupação holandesa. Com isso grande parte da população se deslocava para as regiões mais isoladas, nas imediações do Rio dos Paus, construídas por indígenas. Anos mais tarde, no século XIX, foi palco da Guerra dos Cabanos, durando quase 20 anos, se findando quando Vicente de Paula foi preso e levado ao presídio em Fernando de Noronha. Figura 76 - Foto de Maragogi anteriormente Isabel
Fonte: maragogi360graus.com.br/Maragogi historia, 2016.
Segundo o IBGE, em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 2 distritos: Maragogi e Barra Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
77
Figura 77 - Praia de Barra Grande
Fonte: Autor, 2019.
Atualmente, depois de Maceió, Maragogi é a segunda cidade mais importante no turismo do estado, sendo a principal fonte de renda e economia. Está localizada entre Maceió e Recife, no coração da Costa dos Corais, chamando atenção pelo belo conjunto de elementos paradisíacos, e piscinas naturais. Figura 78 - Praia Ponta de Mangue no distrito de Barra Grande
Fonte: Autor, 2019.
A região oferece diversos passeios e programas, como travessia do rio, passeios nas construções históricas, visita aos arrecifes e corais, e nas ilhas próximas. Sendo conhecida também, pela gastronomia e pelo ecoturismo.
78
Figura 79 - Passeio às piscinas naturais
Fonte: Autor, 2019.
O acesso à Maragogi se dá principalmente pela rodovia AL-101, que liga a outras rodovias do estado, e faz divisa com Pernambuco. O aeroporto mais próximo é o de Recife, a 130 km de Maragogi, fazendo acesso pelo Rodovia PE-060. O aeroporto de Maceió fica a 140 km. 5.2 CLIMA Em Maragogi, o verão é longo, extremamente quente, com dias de céu parcialmente encoberto, porém foi possível notar, que atualmente tem ocorrido chuvas intensas principalmente nos meses de dezembro e janeiro. Essas chuvas são intensas e rápidas, ocorrendo geralmente nos períodos da manhã ou à tarde, onde após o pequeno período chuvoso, o céu encoberto logo é substituído por um céu limpo e sol intenso. O inverno é curto, com ventos fortes e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano, a temperatura varia de 22 °C a 31 °C. 5.3 DADOS DEMOGRÁFICOS E SOCIOCULTURAIS A população denominada maragogiense, segundo o IBGE em 2018, é estimada em 32.369 pessoas, com uma densidade demográfica de 86,06 hab/km² em 2010. Apresenta 38.8% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 53.4% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 16.3% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). (IBGE, 2010).
79
Maragogi também é marcado pela cultura regional e gastronomia, onde atraí turistas, também pelos festivais anuais em períodos de alta temporada. Embora ainda o potencial cultural da região ainda é pouco explorado, com poucas atrações e investimentos na economia criativa, como cinema, teatro, artesanato, livrarias e etc.
5.4 ANÁLISE DO TERRENO
O local para o projeto proposto, está inserido na área litorânea do município, na Avenida General Luiz de França Albuquerque (Rodovia AL 101 Norte), 57955-000, no Povoado de Peroba, em Maragogi, Alagoas, também fazendo divisa com o estado de Pernambuco.
Figura 80 - Mapa localização do terreno
Fonte: Adaptado pelo Autor, 2019.
Nota-se que o terreno faz a ligação do acesso pela rodovia até a orla da praia, e também a presença de uma construção irregular. Foi possível também observar que, durante a visita ao local, do ano 2018, ao ano de 2019 houve a retirada de algumas forrações que cobriam o terreno.
80
Figura 81 - Fachada do terreno pela rodovia. 2018
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
O local onde o terreno está inserido conta com empreendimentos hoteleiros e comércios, e poderão provocar ou sofrer influências do projeto proposto, principalmente devido a construção de um futuro aeroporto, com o objetivo de consolidar a cidade como um dos principais polos turísticos do Brasil, sendo que é a segunda cidade que mais recebe turistas do estado de Alagoas e ainda não possuí um aeroporto, fazendo com que a sua implantação traga mais demanda turística para o local e para os municípios vizinhos, e impulsionando também a geração de novos empregos. Figura 82 - Local para a implantação do futuro aeroporto, no Assentamento Junco em Peroba fora do perímetro urbano.
Fonte: costadoscorais.blogsdagazetaweb.com/aeroporto maragogi, 2013.
81
Pode-se notar também o aumento da migração de outros povoados e até de outros estados, embora seja uma área que sofreu com a segregação, é notado um aumento progressivo de pessoas em busca do local para residir, principalmente com as obras de implantação do aeroporto, e também é possível pensar na geração de fluxos em alguns pontos da região devido à inserção do hostel proposto. Em Peroba, existem alguns hotéis, resorts e pousadas, sendo determinado, como zona hoteleira, há uma grande concentração também de casas de veraneio, e casas para temporada no local. Não há nenhum hostel nas proximidades. Diante da alta demanda de turistas à procura de uma hospedagem acessível e com uma estrutura confortável, em contrapartida, com o distrito sendo um dos pontos mais tranquilos e procurados, que é propriamente voltado a atividade hoteleira, porém que vem sendo empregada principalmente para o público de padrão alto, fazendo com que seja em maior parte inacessível por outras camadas, principalmente a popular, onde as ofertas de hospedagem mais econômicas encontradas no local, em sua maioria, não possuem estruturas adequadas e confortáveis. Tabela 10 - Análise de Swot do terreno.
Aspectos positivos
Ponto mais tranquilo do município. Futuro Aeroporto. Acesso a PE. Comércios. Conexão via com a orla da praia.
Aspectos negativos
Análise de swot Aspectos ameaças
Falta de Ruídos devido calçadas, ao aeroporto. passeio Trânsito. público. Manutenção Problemas das vias. com Fluxo de drenagem. turistas com Falta de coleta relação ao de esgoto. número de hospedagens. Semáforos e faixas de Aumento da pedestre. segregação. Falta de hotelaria acessível no povoado. Fonte: Autor, 2019.
Aspectos oportunidades
Integração dos espaços livres. Requalificação da orla. Diversificação comercial. Aumento da diversificação das hospedagens.
Percebe-se que mesmo existindo empreendimentos hoteleiros no distrito, o projeto proposto beneficiará a região que carece de hospedagem acessível com estrutura compatível, implementando não somente o edifício, mas também fazendo a
82
relação com seu entorno e a orla, o que trará melhorias e diversificação no que é encontrado atualmente no local, esperando atender também, o aeroporto que será inaugurado, o que irá gerar um fluxo maior de turistas tanto no distrito, quanto no município.
5.4.1 Terreno O terreno possui 10.1280m² de área e percorre o perímetro de 413.8536m. O projeto que será implantado divide-se em uma área para implantação do hostel, e uma área destinada ao paisagismo como área permeável e de integração, ressaltando que o terreno possui coqueiros, duas árvores que serão preservadas, e uma construção irregular. O terreno é limitado pela Avenida General Luiz de França Albuquerque (Rodovia AL 101 Norte) e pela orla marítima. Figura 83 - Dimensionamento do terreno.
Fonte: Autor, 2019.
83
O terreno apresenta um perfil topográfico plano ao nível da rua, sem aclives ou declives, não havendo a necessidade de realizar grandes cortes e aterros, preservando seu perfil natural.
Figura 84 - Acessos do terreno.
N
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
O terreno é limitado pela Rodovia AL 101 Norte, à oeste do terreno, onde acontece o acesso principal para veículos, sendo que o terreno possui dois acessos para pedestres à orla da praia, possibilitando a circulação entre rodovia e orla. À leste está a orla da praia, onde acontece o outro acesso direto ao terreno, ficando as proximidades da linha preamar média.
84
Em seu entorno imediato, existe um camping, comércios, casas residenciais e para temporada, bares e espaços livres verdes, podendo se notar que a falta de ligação desses espaços. 5.4.2 Orientação solar Pelo sol nascer a leste e se pôr a oeste como também estando no hemisfério sul do planeta, o projeto deverá prever elementos que proporcione proteção nas fachadas orientadas ao sol como controle da insolação na intenção de solucionar questões de conforto térmico e luminoso. Algumas das soluções serão dotar o uso de brises para compor as fachadas. Por convenção, as fachadas que sofrem maior incidência solar diretamente são as faces A e B. As que sofrem menos incidência, são a C e D. Figura 85 - Faces do terreno para a orientação solar.
Fonte: Autor, 2019.
85
Tabela 11 - Trajetória aparente do sol
Trajetória aparente do sol em cada face do terreno Face
Equinócio
Verão
Inverno
A
Nasce às 6h com incidência até as 14h.
Nasce às 5h30 com incidência até as 12h.
Nasce às 6h30 e se põe às 17h30.
B
Nasce às 6h e se põe às 18h.
Incidência solar às 10h, e se põe às 18h.
Nasce às 6h30 e se põe às 17h30.
Nasce às 6h, com incidência solar até as 12h.
Nasce às 5h30, com incidência solar até às 9h.
Nasce às 6h30, se põe às 17h30.
Nasce às 6h e se põe às 18h.
Sem incidência solar.
Nasce às 6h30 e se põe às 17h30.
C
D
Fonte: Autor, 2019.
5.4.3 Ventos predominantes A sensação de vento depende da topografia local e de outros fatores, variando em sua velocidade e a direção. Sendo que em Maragogi, a velocidade média passa por variações sazonais pequenas ao longo do ano e mensalmente, um fator positivo para fins de aproveitamento eólico predominando a direção Leste e durante a noite tende a mudar para Sudeste. Os ventos predominantes na região são a Leste e a Sudeste, sendo a face leste voltada para a orla da praia, e a face oeste voltada para a Rodovia AL 101 Norte. Pelas condicionantes urbanísticas, percebe-se que o terreno é composto de algumas barreiras de vento, como a presença de árvores, o que lhe garantirá conforto térmico no verão.
86
Figura 86 - Orientação dos ventos e marcação do norte.
Fonte: Autor, 2019.
5.5 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO É possível observar o comparativo dos anos anteriores, as mudanças do terreno com o passar dos anos, onde se era a maior parte coberto pela vegetação e havia presença de arbóreas e coqueiros. As mudanças desse cenário, não impulsionadas por meios naturais, mas sim ocasionadas por atividades humanas onde se foi retirado a maior parte da sua vegetação.
87
Figura 87 - Foto do terreno em 2011.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2011.
Do ano de 2011 a 2012, houve a abertura de um acesso à orla da praia, passando pelo terreno, fazendo a ligação da face voltada a rodovia.
Figura 88 - Foto do terreno em 2012.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2012.
Do ano de 2012 ao ano de 2018, é possível observar a abertura de mais um acesso, e também a remoção de espécies arbóreas, bem como a construção de algumas casas.
88
Figura 89 - Foto do terreno em 2018.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
No entorno do terreno, em 2012 é possível observar que haviam poucas construções e a presença maioritariamente de forrações nos lotes vizinhos.
Figura 90 - Foto do entorno em 2012.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2012.
Com o aumento da população e da densidade, é possível notar a construção de algumas casas residenciais no entorno, bem como a pavimentação da via já degradada, onde alguns trechos apresentam fissuras e depredações.
89
Figura 91 - Foto do entorno em 2018.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
Observar-se que mesmo com o passar dos anos, não foi feito o calçamento da via, ainda em 2019. Onde dificulta a circulação dos pedestres, bem como a falta de sinalização, e faixas de pedestres. O entorno do terreno, também conta com a presença de arborização que há em volta e nas margens da Rodovia, o que contribui consideravelmente com o respiro do entorno e o conforto ambiental.
5.5.1 Uso e Ocupação do Solo Figura 92 - Uso e Ocupação do Solo de Peroba.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.
90
Segundo determina o Plano diretor, Maragogi está dividido em 9 zonas, e o povoado de Peroba, onde está inserido o terreno para a proposta do hostel, se localiza na Zona de Planejamento Urbano de Peroba ZPU-4, sendo uma área de ocupação menos densa, em sua maioria predominante, empreendimento hoteleiros ou habitações unifamiliares de veraneio. Figura 93 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo do entorno do terreno.
Fonte: Autor, 2019.
As outras zonas estão dividias entre os povoados de São Bento, caracterizado em ZPU –1 com uma área destinada a ocupação residencial de habitação unifamiliares e densidade construtiva baixa; Área central de Maragogi caracterizado ZPU – 2 com área de ocupação mista com densidade construtiva média; Barra Grande como ZPU – 3 com área de ocupação predominantemente residencial com densidade construtiva baixa; Zona de Proteção Ambiental Costa dos Corais relativa à área marítima. A Zona de Planejamento Urbano Especial – ZPUE, destinada a sítios de
91
coqueiros, paralelamente a ZPU – 4 limitada pelo oeste do contorno da faixa de morros. Também a Zona de Segurança Aeroportuária – ZSA; Zona de Planejamento Agrícola – ZPA destinada a áreas de plantio de cana de açúcar, com relevo acidentado e pouca ocupação humana, é a zona com maior extensão territorial; Zona de Planejamento de Assentamentos – ZAPS; 5.5.2 Legislação O município de Maragogi, em termos de legislação municipal se emprega apenas o plano diretor, com as diretrizes na construção civil, sendo carente de legislações especificas, se aplicando as leis federais e estaduais, com parâmetros mais genéricos, o que já se mostra uma atividade de grande dificuldade no município. Segundo o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável – PDDS, do Município de Maragogi, onde rege as leis quanto ao planejamento da cidade, determina-se que a área a ser trabalhada, ZPU-4, deve-se haver incentivos a instalação de empreendimentos hoteleiros, objetivando desestimular o parcelamento do solo em pequenas glebas, afim de diminuir a segregação, e aumentar o adensamento. Deve-se também priorizar a preservação da paisagem natural, conforme o art. 95. Conforme determina o art. 97 do PDDS, inciso I, onde são proibidas construções de alvenaria na faixa de 33 metros até 50 metros da linha preamar média, sendo considerada área não edificante. No inciso II, se determina os recuos obrigatórios de 5 metros quando o limite do arruamento for a faixa não edificante da rodovia AL- 101 Norte. Sendo obrigatório a construção de térreo mais 2 pavimentos, conforme o inciso III; tendo como faixa não edificante 15 metros a partir da faixa de off-set (pontos de início e o final de obras) conforme determina o Decreto Estadual nº4383, de 14 de agosto de 1980. No inciso V determina que 2.000m² de área mínima para desmembramento de lotes. O município de Maragogi, também está inserido em uma área caracterizada como como APACC (Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais), que incide sobre
92
a costa litorânea, que preserva os corais, áreas de mangue e espécies raras, atua sobre o despejo de resíduos ou detritos, capazes de provocar danos ao meio ambiente, conciliando as atividades humanas com a conservação do meio ambiente, garantindo a proteção dos recursos, não sendo possível ter propriedade particular dentro da APACC. Figura 94 - Zoneamento da APACC
MARAGOGI
Fonte: icmbio.gov.br/apacostadoscorais / Adaptado pelo Autor, 2019.
5.5.3 Cheios e Vazios O entorno do terreno estudado, apresenta em sua maioria, espaços livres verdes, embora não haja conexão entre ambos. Há presença de áreas edificadas,
93
pouco concentradas em sua maioria, onde mostra-se um crescimento não planejado e desordenado.
Figura 95 - Mapa de cheios e vazios do entorno ao terreno proposto.
Fonte: Autor, 2019.
5.5.4 Gabarito altura
O local onde está inserido o terreno, apresenta a concentração de residências e comércios, térreos em sua maioria. Nota-se a presença de algumas edificações com dois pavimentos. Obedecendo o zoneamento do local, que restringe o número de dois pavimentos sobre térreo.
94
Figura 96 - Mapa de gabarito de altura do entorno ao terreno proposto.
Fonte: Autor, 2019.
5.5.5 Sistema Viário e de Transporte Público
O sistema viário é composto pelas vias federais, estaduais e municipais, caracterizadas como vias expressas, arteriais, coletoras e locais. Sendo elementos estruturais com diferentes funções, classificadas conforme suas características, organizadas de forma hierárquica, gerando um sistema contínuo e balanceado, permitindo uma melhor eficiência, correspondente a sua demanda, de percurso e acesso. Sendo consideradas vias todas as ruas, avenidas, caminhos, passagens, estradas e rodovias, praias abertas e ruas internas de condomínios.
95
Figura 97 - Mapa Rodovias de acesso à Peroba, de Recife à Maceió.
Fonte: 3.bp.blogspot.com/ mapa peroba, 2016.
A Rodovia AL 101 Norte, possui um alto fluxo de carros, sendo uma via de extrema importância, pois liga o a região da Costa dos Corais alagoana, os municípios de Maragogi, Japaratinga, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Passo de Camaragibe, e que dá acesso a entrada e saída do estado, pois faz ligação á Pernambuco. O terreno está inserido em uma área limitada pela Rodovia e orla da praia AL 101 Norte, uma via arterial na área urbana do município, com função estrutural, sendo importantes para o funcionamento das cidades, onde acontece o fluxo de pedestres e veículos, embora na via não haja calçamento, nem semáforos ou faixas de pedestres. Nesta via o fluxo de veículos costuma ser mais intenso do que o fluxo de pedestre, pois geralmente o fluxo de pedestre acontece a partir do setor residencial e serviço existente no entorno. Também por haver acessos em diversos pontos da via, à orla da praia, há um grande número de buggys, circulando tanto na Rodovia, quanto na orla, o que também leva impacto e motivo de reclamações de pedestres.
96
Figura 98 - Mapa de localização das vias.
Fonte: Adaptado pelo Autor, 2019.
Os buggys que circulam pela cidade precisam ser credenciados pelo ABM Associação do Buggy de Maragogi, seguindo uma rota normatizada através de um Termo de Ajusta de Conta, assinado entre o Instituto de Meio Ambiente e Ministério Público Estadual, já que a circulação de buggys principalmente nas áreas estabelecidas na orla onde se transitam, porém há diversos problemas que essa prática enfrenta, como a destruição de ninhos de tartarugas, a contaminação pelo combustível e atropelamento de animais silvestres. É notável a falta de infraestrutura na região. As vias locais, dão acesso as áreas restritas e residenciais. Muitas não há presença de pavimentação, com a ausência de semáforos ou mobiliários urbanos. A região também carece de transportes públicos. Existe uma linha privada de vans que circulam somente na Rodovia AL 101 Norte somente dentro do território de Maragogi, transitando até o município de Japaratinga e São José da Coroa Grande, sendo bastante precário e com valor alto. Caso o usuário precise ir até esses outros municípios, é necessário a troca de transporte e sob o pagamento de taxa. Não há
97
pontos de embarque para o uso das vans, o que faz com que o usuário tenha que permanecer à mercê na rodovia que também não há calçamento. A falta de transporte público para o abastecimento da população e turistas, é um fator muito negativo na cidade, que imobiliza o usuário, que necessita fazer o uso de veículos particulares ou taxis, pra a circulação entre os pontos turísticos, povoados e equipamentos urbanos.
5.5.6 Equipamentos Urbanos e Mobiliários Urbanos O povoado onde o terreno está inserido conta com poucos equipamentos urbanos, assim como todo o município. Há alguns lugares e pontos de interesse que poderão provocar ou sofrer influencias do projeto proposto, entre eles pode-se citar o aumento de migração de pessoas devido ao aumento do turismo. Figura 99 - Mapa de localização dos equipamentos urbanos.
Fonte: Adaptado pelo Autor, 2019.
Próximo ao terreno proposto, há um pequeno mercado que abastece os moradores do local, embora não seja suficiente para a demanda de pessoas.
98
Figura 100 - Foto do mercado próximo ao terreno.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
Há uma pequena igreja localizada em uma das vias sem pavimentação, que recebe os moradores locais.
Figura 101 - Foto da igreja próximo ao terreno.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
Já próximo à divisa com o estado do Pernambuco, existe um posto policial, averiguando o fluxo de pessoas que entram e saem do município.
99
Figura 102 - Foto do posto policial próximo ao terreno.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
É possível observar a falta de mobiliários urbanos no local, disponíveis à utilização da população e turistas. O povoado carece de pontos na região, como pontos de ônibus e semáforos.
Figura 103 - Foto do poste de abastecimento de energia.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
É possível observar em alguns pontos, mobiliários como bancos inseridos em áreas privadas.
100
Figura 104 - Foto de bancos ao longo da Rodovia.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018. Figura 105 - Foto da falta de calçamento na Rodovia.
Fonte: Google Maps/ Peroba Maragogi/ 2018.
A implantação de mobiliários urbanos em uma cidade, tem a função de criar uma identidade visual, e tornar a cidade mais amigável, trazendo a melhoria na qualidade de vida da população residente e flutuante do local, afetando a mesma, com a sua ausência. É o que se pode notar no povoado de Peroba, a carência de mobiliários e infraestrutura.
101
6 CONCEITO Os conceitos que formam e norteiam o projeto abordam as seguintes características:
Integração
Aconchego
Compartilhamento
Comodidade O projeto proposto, tem como conceito a interação social, em um ambiente
confortável com um design contemporâneo, dando ao usuário uma experiência única com leveza, funcionalidade e aconchego. O clima descontraído de hostel está presente no projeto, que busca a integração com a natureza local, estando em uma área litorânea que proporciona um visual deslumbrante, por isso a importância da união do projeto com a orla e seu entorno, fazendo com que se agregue a paisagem, propiciando aos hóspedes a sensação de conexão com o cenário. O compartilhamento é um conceito primigênio do hostel, assim como em um favo de mel, onde as abelhas compartilham seu espaço dentro da colmeia. Em sua forma, possibilitando criar ambientes convidativos, sendo um empreendimento inovador no local, com impacto positivo, tanto para os usuários quanto na paisagem natural. O despertar de sensações através da arquitetura e paisagismo, nas áreas comuns e de interação, com elementos bioclimáticos e com a flora local. Internamente, o compartilhamento não só dos quartos, mas também a integração dos ambientes, com detalhes imersivos a cultura local, permitindo aos hospedes além de uma experiência de comodidade, também a cultural.
7 PARTIDO O partido arquitetônico dotado ao projeto, se dá por meio dos elementos bioclimáticos, através do aproveitamento das condições climáticas locais. O uso da ventilação e iluminação natural, que traz maior conforto e ambientes salubres. O uso também de vidros refletivos e menos transparentes por causa da temperatura local,
102
junto ao fechamento de brises como proteção ao sol e à chuva possibilitando melhorias no desempenho térmico e luminoso. Figura 106 - Vidro refletivo.
Fonte: www.vidrobox.com.br, 2018.
O paisagismo se dará por meio da escolha de espécies regionais e que desperte sensações por meio de aromas e arbóreas frutíferas, unindo-se aos espelhos d’água, piscina, e ao deck. A integração das áreas comuns, é possível através dos vãos e caminhos, em que os hóspedes poderão usufruir, e contemplar a paisagem local. Com os materiais e revestimentos atemporais e rústicos, que completam o design do hostel, e que influenciam indiretamente o acolhimento do local, como por exemplo, o uso da madeira plástica que é sustentável e permite a sensação de aconchego. Figura 107 - Madeira Plástica.
Fonte: winpoint.com.br/deck de madeira plástica, 2018.
As cores são inspiradas pelos tons do mar de Maragogi, trazendo uma conexão com a paisagem natural. Em maior parte, com cores claras internamente, garantindo
103
a amplitude dos ambientes, já que em sua maioria serão compartilhados. Também a utilização de elementos reciclados. Figura 108 – Cores.
Fonte: br.depositphotos.com/205022514/ Foto de BravissimoS, 2018.
A forma dada para o projeto, vem do conceito que oferece alusão ao favo de mel, trazendo o sentindo, na arquitetura do local, de geometria natural, que assimila as colmeias, já que a região proposta possui atividades de Meliponicultura, onde os hexágonos também inspiram às formações de corais, extremamente conhecidas no local. Isso se dá também, ao contexto que as abelhas em suas colmeias, possuem modo de vida conjunto, com atividades coletivas, onde na comunidade em que vivem, exercem o cooperativismo, a divisão de tarefas, mantendo a organização de seu espaço, o que é levado a concepção do hostel proposto, em que os usuários partilham de todas estas atividades, assim como as abelhas em seus alvéolos. Figura 109 – Hexágonos.
Fonte: biotekis.es, 2014
104
O conceito de colmeia se dará por meio da malha hexagonal criando a estrutura resistente e que permite o aproveitamento do espaço. A disposição dos blocos que compõe o projeto, permite o uso otimizado dos espaços e aproveitando o máximo deles. Outro partido dotado, é a forma orgânica em determinados trechos, fazendo referência a espécies marinhas e as ondas mar, dentre espelhos d’agua, permitindo maior sensação de conexão com o local. Figura 110 - Linha orgânica.
Fonte: pt.pngtree.com/freepng/ vector diagram, 2017.
8 PERFIL DO USUÁRIO Com o propósito de traçar o perfil das pessoas que irão utilizar hostel, foram feitas pesquisas locais, coletando dados e determinando os usuários, tanto os permanecentes quanto os usuários passantes. Trata-se de um hostel design no litoral, com um bar e áreas públicas para acesso de todos os usuários. Junto aos vários fatores da realidade do local, as mudanças pretendidas, obteve-se um perfil referente à população local. Considerando os resultados obtidos pelo levantamento de dados, seguidos de uma análise de todos os perfis, se deu o direcionamento da intervenção do projeto. Com a tendência dos hostels design, também mudaram o perfil dos hóspedes de albergues. Se antes a busca maioritariamente era por jovens a fim de experiências culturais, e baixo custo, atualmente, é progressivo o público que engloba todas as idades e perfis, que buscam não só o custo, mas também o conforto.
105
Com a pesquisa de campo, foi possível entender, a importância do hostel para o local, que terá capacidade para até 61 hospedes, com perfis variados, desde jovens, backpackers, e famílias, entre classe média alta e classe média. Também estipula-se 20 funcionários para todo gerenciamento do empreendimento, residentes da região ou proximidades. Totalizando 81 pessoas no local, circulando pelas acomodações, sendo que o bar e dependências, são também de uso público. O perfil de turistas jovens que buscam se hospedar em um hostel, é busca de trocas culturais, experiências pessoais e conhecer o local e região. Com faixa etária de 18 a 30 anos, além da busca por interação com os demais, tendo em vista que esta fase, demonstra-se uma maior energia e disposição, em contrapartida a busca por preços acessíveis, observando que nesse período de vida, é onde os alicerces da vida profissional estão sendo construídos. Entre eles estão homens e mulheres, geralmente em grupos de amizade, em busca de compartilhar momentos e oportunidades. O perfil comportamental, se caracteriza pela disposição de se relacionar e a frequência em festas, bares e ambientes de convívio social, em clima de descontração. Onde há a busca da diversidade de atrativos culturais e de lazer. Percebe-se em que os jovens de classe alta buscam viajar e se hospedar em um hostel, objetivando vivenciar novas experiências, já as classes com menor poder aquisitivo, priorizam o custo. O perfil de Backpackers, ou mochileiros, prioriza a economia, seja na hospedagem ou alimentação, além da busca de trocas culturais, e desbravar e conhecer a região. Com faixa etária de 20 a 35 anos, sendo maior parte homens, a maioria domina outro idioma, possuem curso superior e emprego. É possível perceber que o perfil de mochileiros que se hospedam em um hostel, é aproveitar o máximo o local, e a facilidade de se relacionar e compartilhar, também o interesse pelos atrativos culturais que o local pode oferecer. Geralmente durante o dia ficam fora do hostel, em atividades na região. Esse perfil de usuário permanece menos tempo na hospedagem que os demais, afinal em sua rota, passam por diversos destinos. As famílias que optam por se hospedar em um hostel design, é a procura de um ambiente aconchegante, econômico, mas com segurança. Esse público vem se tornando cada vez mais progressivo, tendo em vista que anteriormente, não era comum. Observa-se famílias com 4 a 5 pessoas, de faixa etária variada, de até 50
106
anos. São pessoas que viajam com maior planejamento e preferem utilizar a estrutura do hostel, e as atividades próximas ao local. O público que permanece na hospedagem por maior tempo. Os funcionários que trabalham na instituição, se caracterizam, por ter faixa etária variada de 20 a 50 anos, alguns deles são seguranças, recepcionistas e auxiliares de limpeza, sustentando o funcionamento e organização do hostel, visando o conforto e comodidade dos hóspedes. Ambos os funcionários compõem para o ideal funcionamento do empreendimento, em todos seus âmbitos, são capacitados cada a um a sua área de atuação, trazendo qualidade de vida para usuário
o
do local.
9 DIRETRIZES E PREMISSAS LEGAIS
As seguintes diretrizes e premissas têm como objetivo ordenar os projetos, atendendo as exigências mínimas de conforto, higiene, segurança, iluminação e ventilação dos ambientes, observando os princípios de saúde coletiva, de acordo com as normas e legislações federais. O projeto deverá obrigatoriamente atender aos princípios de bem-estar do usuário, como, ter iluminação natural suficiente, onde foram abordados as Normas Brasileiras de desempenho térmico em vigor, sendo elas a NBR 15.220 ( ABNT, 2005 ), a NBR 15.575 ( ABNT, 2013 ), a NBR 9050, e a NBR 9077; ter ventilação natural, em quantidade suficiente para a troca de ar; ter circulações dimensionadas para oferecer escoamento e segurança em todos os ambientes; ter área externa de dimensões adequadas e suficientes para atender o número de usuários; ter instalações sanitárias suficientes , em qualidade e quantidade , para todos os hospedes do hostel e para a população usuária dos espaços públicos; ter água potável e esgotamento sanitário o suficiente para atender à demanda; os equipamentos e reservatórios deverão ser adequadamente localizados, tendo em vista as suas características funcionais em espaço, ventilação e acessos para operação e manutenção.
107
O projeto será dotado de sistema construtivo adequado aos conceitos da sustentabilidade, prevendo medidas construtivas e procedimentos que aumentem a eficiência no uso de recursos e diminuição do impacto sócio ambiental como o aumento da eficiência no uso de energia e a utilização de materiais sustentáveis. Nos vestiários é o local apropriado para higiene, troca e guarda de roupa para os hóspedes. Deverá ter chuveiros para higienização para a utilização que atenda a demanda dos quartos compartilhados. Cozinha local para a preparação das refeições dos hospedes e funcionários. Despensa, local adequado para guarda e estocagem de mantimentos para o preparo das refeições. Depósito de Material de Limpeza, local adequado para o armazenamento e guarda do material e lavagem de panos de limpeza. Mini auditório, local destinado a reuniões de hóspedes, usuários, grupos de trabalho e a palestras, cursos e solenidades. Diretrizes para os ambientes: Segundo a norma sobre o Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem, define padrões mínimos e requisitos para o funcionamento do negócio, que deverão conter, portaria e recepção para o atendimento e controle; guarda de bagagens; manutenção, equipamentos e limpeza do local. No Art. 5º da norma, dispõe que a UH deve ser constituída, no mínimo, de quarto de dormir de uso exclusivo do hóspede, com local apropriado para guarda de roupas e objetos pessoais. Determina também quanto a aspectos construtivos, que devem conter: a. edificações construídas ou expressamente adaptadas para a atividade; b. áreas destinadas aos serviços de alojamento, portaria/recepção, circulação, serviços de alimentação, lazer e uso comum, e outros serviços de conveniência do hóspede ou usuário, separadas entre si e no caso de edificações que atendam a outros fins, independentes das demais; c.
proteção sonora, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT – e legislação aplicáveis;
108
d. salas e quartos de dormir das UH dispondo de aberturas para o exterior, para fins de iluminação e ventilação; e. todos os banheiros dispondo de ventilação natural, com abertura direta para o exterior, ou através de duto; f.
serviços básicos de abastecimento de água que não prejudiquem a comunidade local, bem como de energia elétrica, rede sanitária, tratamento de efluentes e coleta de resíduos sólidos, com destinação adequada;
g. facilidades construtivas, de instalações e de uso, para pessoas com necessidades especiais, de acordo com a NBR 9050 – 1994, em prédio com projeto de arquitetura aprovado pela Prefeitura Municipal, como meio de hospedagem, após 12 de agosto de 1987. Em caso de projetos anteriores, o meio de hospedagem deverá dispor de sistema especial de atendimento. (REGULAMENTO GERAL DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM,
2002.)
Quartos De maneira geral, a largura mínima de 3,30 metros entre as paredes, que corresponde ao comprimento da cama mais o espaço de circulação. Deve-se dotar o pé direito mínimo de 2,70. Ventilação e iluminação A área de ventilação natural deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1/5 da área do piso. Será obrigatória a iluminação natural unilateral, sendo admitida a iluminação zenital, quando solucionado ofuscamento. Mini auditório O Mini auditório deverá ter área útil não inferior a 1,00m² por pessoa. A iluminação natural deverá ser 1/8 da área do piso. E a ventilação natural será no mínimo igual à metade da superfície iluminante. Se possuir área até 120m² deverão ter no mínimo uma saída de 1,50m com porta dupla e abertura em sentido da fuga; com área maior que 120m², terão no mínimo duas saídas de 1,50m com porta dupla e abertura em sentido da fuga.
109
Refeitório Os refeitórios deverão ter pé direito mínimo de 3,00m, área de 1,00m² por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tiver maior número de empregados. Cozinha e Anexos As cozinhas deverão ter, área mínima de 20m², com pé direito mínimo de 2,70m e forro obrigatório. A abertura para iluminação de 1/5 da área do piso e ventilação com 2/3 da área de iluminação; Sanitários Deverá ter sanitários devidamente separados para cada sexo e em todos os pavimentos. Os compartimentos das bacias sanitárias deverão ter as dimensões mínimas de 0,90m entre os eixos das paredes. As portas destes compartimentos deverão ser colocadas de forma a deixar vãos livres de 0,15m de altura na parte inferior e 0,30m no mínimo na parte superior. Há necessidade também instalações sanitárias para a administração e funcionários de serviço, divididos por sexo e mantendo a proporção de 1 bacia sanitária, um mictório, 1 lavatório e 1 chuveiro para cada 20 funcionários. Deverá ter sanitários adaptados para deficientes físicos, seguindo as Normas da ABNT e instalado em local onde houver acesso, com dimensões mínimas de 2,55m² ou 1,50m por 1,70m cada.
Vestiários Quando previsto, deverão ser adotados compartimentos separados por sexo com local para chuveiros sendo no mínimo um para cada sexo. Os pés-direitos terão no mínimo 2,70m.
Circulações Horizontais e Verticais
110
A escada de uso coletivo terá largura mínima recomendável de 1,50m, sendo 1,20m o mínimo admissível. Serão obrigatórios patamares intermediários sempre que a escada vencer desnível superior a 3,20m, quando houver mudança de direção em escada de uso coletivo e coletivo protegido. Os patamares deverão atender às dimensões mínimas de 1,20m, para uso coletivo e coletivo protegido sem mudança de direção. As escadas deverão dispor de corrimãos instalados a 0,92m de altura, medidos do piso até sua extremidade superior. Para serem consideradas rotas acessíveis, as escadas deverão seguir o disposto na NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. As rampas terão inclinação máxima de 8,33% quando forem meio de escoamento vertical da edificação. Sempre que a inclinação exceder a 5%, o piso deverá ser revestido com material antiderrapante. Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,33% e o raio mínimo de 3,00m, medido no perímetro interno à curva. Para a subida de cadeiras de rodas deverá ter 6% como inclinação máxima. A largura das rampas deverá ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, com largura livre mínima recomendável de 1,50m, sendo o mínimo admissível de 1,20m. A largura das rampas deverá ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, com largura livre mínima recomendável de 1,50m, sendo o mínimo admissível de 1,20m. Toda a escada ou rampa deverá ter altura livre igual ou superior a 2,10m. Reservatórios Toda edificação deverá possuir reservatório próprio de água potável fria em quantidade suficiente ao fim a que se destina, com tampa, bóia, reserva para combate a incêndio, quando for o caso, e altura suficiente para permitir bom funcionamento e qualidade da distribuição, além de estar em local de fácil acesso que permita visita. Quando instalados reservatórios inferior e superior o volume mínimo de cada um será, respectivamente, de 60% e 40% do volume de consumo total calculado.
111
Deve se atender as especificações da NBR 5626 – Instalação predial de água fria e a NBR 7198 – instalação predial de água quente e a NBR 13714- instalação predial de combate a incêndio. Os reservatórios deverão estar situados em local de fácil acesso para permitir sua limpeza e manutenção adequadas. A cobertura deve ser completamente impermeável como prevenção contra contaminações por infiltrações de águas de chuva, bem como posicionada de tal forma que não permita a penetração dos raios solares os quais poderiam favorecer o desenvolvimento de algas na água armazenada. Reservatórios elevados requerem ainda proteção contra descargas elétricas atmosféricas e sinalização luminosa noturna.
Esgotos Sanitários As instalações de esgotos sanitários deverão atender às Normas Técnicas estabelecidas pela ABNT (NBR 8160- Sistemas prediais de esgoto sanitário) levando em consideração a NBR 5626:1998 - Instalação predial de água fria. Quando o local não for provido de rede pública coletora de esgotos, deverão ser previstos tratamento e disposição de esgotos que atendam às Normas da ABNT (NBR 9814- Execução de rede coletora de esgoto sanitário) levando em consideração a NBR 8160 - Instalações prediais de esgotos sanitários - Procedimento e devidamente aprovados pela autoridade competente.
Acessos e Percursos Externos Os acessos da área pública e estacionamento, deve haver sinalização de trânsito. Nos percursos externos, deverá haver faixas sinalizadoras, rebaixamento das guias das calçadas e faixas elevadas devidamente marcadas com sinalização tátil de alerta e direcional no piso, conforme recomendação da NBR 9050. O piso tátil deve apresentar cor contrastante ao piso existente. A cor amarela é a mais indicada para pisos táteis, graças ao seu maior contraste luminoso com os pisos do entorno.
112
Calçadas A construção ou reforma das calçadas deverá atender aos padrões estabelecidos na Norma Técnica Brasileira de Acessibilidade - NBR 9050, e aos seguintes padrões básicos:
I - Piso regular, estável, nivelado e contínuo, de material resistente e antiderrapante, sob qualquer condição climática;
II - Inclinação transversal máxima de 3% (três por cento);
III - Faixa livre para circulação constante e livre de obstáculos com, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura.
Mobiliário Externo O mobiliário externo deve atender às necessidades dos usuários portadores de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida. É recomendável que pelo menos 5% do mobiliário seja destinado a eles. Além disso, o piso ao redor dos mobiliários deverá possuir piso tátil com sinalização de alerta. A superfície a ser sinalizada deve exceder em 60cm a projeção do obstáculo, em todo o perímetro do mobiliário.
Guaritas As guaritas quando justificados pela categoria da edificação, poderão ser localizados nas faixas de recuos mínimos obrigatórios, desde que observem os requisitos exigidos, como pé-direito mínimo de 2,60m, qualquer de suas dimensões não poderá ser superior a 5,00m, área máxima de 15,00m², dispor internamente de instalação sanitária de uso privativo, a ser considerada no cálculo da área máxima permitida.
Sala de computadores/ informática Deverá contemplar, no mínimo, 2m² para cada computador a ser instalado, de forma a garantir um mínimo de espaço para a operação dos equipamentos. E deve estar também distante de tubulações hidráulicas para proteção dos equipamentos a serem instalados.
113
Vaga para Estacionamento À vaga, quando paralela à faixa de acesso, será acrescido 1,00m no comprimento e 0,25m na largura para automóveis e utilitários, e 2,00m no comprimento e 1,00m na largura para caminhões e ônibus.
Almoxarifado Estocagem de material e ter fácil acesso para carga e descarga. Ambiente sujeito a invasão sendo necessário maior nível de segurança. Deve possuir o pé direito mínimo de 2,70m.
Depósito Material Limpeza Usado como estocagem e manuseio de materiais de limpeza. Deve-se localizar de forma a racionalizar a descida do ramal de esgoto, evitando conflito com o partido estrutural adotado em projeto. Deve possuir o pé direito mínimo de 2,70m.
Bar Segundo a NBR 15635/08, as portas revestidas de material lavável, íntegras a externa com telas, com fechamento automático na área de produção e sanitários. As janelas devem conter vidros íntegros, fácil acionamento, de maneira que raios solares não incidam sobre os alimentos, com fechamento das aberturas por telas. Com luminárias com proteção e iluminação sem áreas de sombras. O depósito ventilado com aberturas teladas e a ventilação com fluxo de ar direcionado da área limpa para a área suja. Devem possuir pelo menos 5 % do total de mesas, com no mínimo uma, acessíveis à pessoas com mobilidade reduzida. Estas mesas devem ser interligadas a uma rota acessível. A rota acessível deve incluir o acesso ao sanitário acessível. As mesas devem ser distribuídas de forma a estar integradas às demais e em locais onde sejam oferecidos todos os serviços e comodidades disponíveis no estabelecimento.
114
10 AGENCIAMENTO E SETORIZAÇÃO DO HOSTEL
115
11 ORGANOGRAMA
116
12 FLUXOGRAMA
117
13 PROGRAMA DE NECESSIDADES
Tabela 12 - Programa de Necessidades Básico, que poderá sofrer alterações durante o projeto.
Programa de Necessidades Básico Setor de Área Comum Ambiente
Função e mobiliário
Qntd.
Pax (pessoas)
Área min.
Área total
Condicionantes ambientais
Estacionam ento
Guarda de veículos.
Conforme a quantidade de usuários.
-
12,5m² por vaga/ 6m para manobr as.
-
Hall de acesso
Entrada do hostel. Postes e bancos. Espera e convívio. Sofás e bancos.
1
10
1,00m/ pessoa
10m ²
1
30
1,00m/ pessoa
30m ²
Entretenime nto entre usuários.
1
10
1,00m/ pessoa
10m ²
1
5
Mínimo 2m² para cada comput ador a ser instalad o
10m ²
Possuir fácil acesso a entrada do hostel, com dimensionament o mínimo de vagas e manobras Próximo à entrada principal do hostel. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé
Lounge
Sala de Jogos
Mesas de jogos e bancos.
Workstation
Entretenime nto entre usuários. Mesas para computador es e bancos.
118
direito de 2,50m.
Piscina
Convívio e contemplaç ão.
1
30
-
-
Estar na face com incidência solar preferencialmen te lado oeste do terreno.
2
10
Min. 2,55m² com acessib ilidade.
30m ²
Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
1
50
1,20m/ pessoa
60m ²
1
80
1,00m/ pessoa
90m ²
1
30
1,00m/ pessoa
30m ²
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso;
Bancos e espreguiçad eiras. Vestiário Higiene pessoal. Bancos e louça sanitária.
Espaço expositivo
Entretenime nto entre usuários. Bancos.
Mini auditório
Entretenime nto entre usuários. Cadeiras e mesa de apoio.
Sala de tv
Entretenime nto entre usuários.
119
Sofás e equipament os.
Área de convívio
Convivência entre usuários.
2
50
1,20m/ pessoa
60m ²
1
60
1,00m/ pessoa
60m ²
1
20
1,00m/ pessoa
20m ²
1
10
1,00m/ pessoa
10m ²
Bancos, bebedouros , luminárias.
Refeitório compartilha do
Cozinha Compartilha da
Destinada ao café da manhã e alimentação dos hóspedes. Mesas e cadeiras; bebedouros . Preparo de alimentos. Armários e mesa de apoio.
Lavanderia compartilha da
Lavagem de roupas de cama do hostel e hóspedes. Armários.
Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
120
Rouparia em anexo a Lavanderia.
Estocagem de Roupas da Lavanderia.
1
2
1,00m/ pessoa
8m²
1
3
1,00m/ pessoa
6m²
1
2
1,00m/ pessoa
5m²
2
4
Min. 2,55m² com acessib ilidade
12m ²
1
100 distribuída s na área interna e externa.
1,00m/ pessoa
100 m²
Armários.
Recepção geral
Local para reservas e informações . Mesas e cadeiras.
Guarda Volumes
Para funcionários , junto à recepção. Armários.
Sanitário Social
Higiene pessoal. Louça sanitária.
Bar/café
Convívio de hóspedes e público geral.
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de
121
Mesas e cadeiras.
Sanitários
Cozinha bar
Higiene pessoal. Louça sanitária.
2
4
Min. 2,55m² com acessib ilidade
12m ²
Preparo de Alimentos.
1
4
1,00m/ pessoa
10m ²
Estocagem de alimentos. Armários.
1
2
1,00m/ pessoa
6m²
Convívio público.
3
30
1,00m/ por pessoa
30m ²/cad a
2
10
-
-
Armários, e equipament os para preparo.
Depósito de comida anexo a cozinha do bar
Terraço
Sofás e cadeiras. Elevadores Sociais
Circulação.
ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Fácil acesso ao usuário; com circulação vertical acessível. Fácil acesso nas áreas públicas e restritas.
122
Depósito de bagagens
Guarda de bagagens de hóspedes junto à recepção.
1
2
1,00m/ pessoa
10m ²
Playground
Entretenime nto infantil.
1
10
1,00m/ pessoa
20m ²
1
5
1,00m/ pessoa
10m ²
Localizado na área de acesso à orla da praia e entrada do hostel.
1
5
1,00m/ pessoa
12m ²
Local aberto na área externa.
Área molhada/ chuveiro
Equipament os de diversão infantil. Local para higiene de hóspedes.
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Localizado na área externa e pública, próximo a guarita e com equipamentos de segurança.
Chuveiro. Área para fumantes
Local para fumantes. Bancos.
Total do setor em m²
m²
Setor Administrativo Ambiente
Gerencia
Função e mobiliário
Qntd.
Pax (pessoas)
Área min.
Área total
Condicionantes ambientais
Gerenciame nto do hostel.
1
2
1,00m/ pessoa
8m²
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé
Mesa e cadeiras; bancada.
123
direito de 2,50m. Administraç ão
Administraç ão do hostel.
1
2
1,00m/ pessoa
8m²
1
1
1,00m/ pessoa
9m²
1
2
1,00m/ pessa
8m²
2
2
Min. 2,55m² com acessib ilidade
8m²
1
5
1,00m/ pessoa
6m²
Mesa e cadeiras; bancada e armário.
Almoxarifad o
Estocagem de produtos para uso interno. Armários.
Tesouraria/ contabilidad e
Controle de finanças. Mesa e cadeiras; bancada.
Sanitários
Higiene pessoal. Louças sanitárias.
Copa
Para preparo de alimentos de funcionários .
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir
124
Armários e bancada. Refeitório funcionários
Destinada à alimentação dos funcionários .
1
20
1,00m/ pessoa
25m ²
1
1
1,00m/ pessoa
6m²
1
1
1,00m/ pessoa
6m²
Mesas e cadeiras.
Arquivo
Guarda de Arquivos adm. Armários e cadeiras.
RH
Seleção, contratação , Funcionário s do Hostel. Mesas e cadeiras.
1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
Total do setor em m²
Setor Hospedagem Ambiente
Suítes privativas
Função e mobiliário
Qntd.
Pax (pessoas)
Área min.
Área total
Condicionantes ambientais
Descanso e hospedage m.
7
Duplos e triplos.
1,20m/ pessoa
20m ²
Orientação norte e leste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de
125
Camas, e bancada de apoio.
Sanitários suítes
Higiene pessoal.
ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. 7
1
Min. 2,55m² com acessib ilidade
4m²
Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
10
50 hóspedes ao todo.
1,20m/ pessoa
20m ²
Orientação norte e leste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
2
50 (fem. e masc.)
Min. 2,55m² com acessib ilidade
120 m²
Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
1
1
1,00m²/ pessoa
5m²
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso;
Louças sanitárias.
Quartos coletivos
Descanso e hospedage m. Camas e bancada de apoio.
Vestiários coletivos separados (fem. e masc.)
D.M.L
Higiene pessoal. Bancos e louças sanitárias.
Depósito de material de limpeza.
126
Armários.
Rouparia
Guarda de roupas de cama do hostel.
1
1
1,00m²/ pessoa
5m²
Armários.
Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
Total do setor em m²
Setor de Serviço Ambiente
Função e mobiliário
Qntd.
Pax (pessoas)
Área min.
Área total
Condicionant es ambientais
Vestiários funcionários
Higiene pessoal.
1
10
Min. 2,55m² com acessib ilidade
30m²
Orientação oeste do terreno. Área de iluminação natural possuir 1/8 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
1
1
1,00m/ pessoa
8m²
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10
Bancos e louças sanitárias.
Rouparia
Estoque de roupas de cama do hostel. Armários.
127
D.M.L
Estocagem de material de limpeza.
1
1
1,00m/ pessoa
6m²
1
1
1,00m/ pessoa
5m²
2
1
1,20m/ pessoa
15m²
1
1
-
-
1
1
1,20m/ pessoa
15m²
Armários.
Área de Serv.
Limpeza.
Armários.
Manutençã o
Manutençã o de equipament os.
Armários e bancadas.
Elevador Serv. Guarda de Equip.
Elevador para uso interno. Estocagem de equipament os. Armários.
do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé
128
direito de 2,50m. Aluguel de bicicletas
Guarita
Espaço destinado a alugar bicicletas. Bancada de cadeiras. Vigilância do hostel.
1
1
1,00m/ pessoa
10m²
Localizado na área externa, próximo ao acesso a orla.
2
1
1,00m/ pessoa
6m²
2
1
1,00m/ pessoa
6m²
Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m. Área de iluminação natural possuir 1/5 do piso; Área de ventilação natural possuir 1/10 do piso; mínimo do pé direito de 2,50m.
Bancada de cadeiras.
Segurança
Ambiente de apoio.
Bancada de cadeiras.
Total do setor em m²
Setor de Uso técnico Ambiente
Função e mobiliário
Reservatór Armazena ios gem de água.
Qntd.
2
Pax (pessoas)
-
Área min.
-
Área total
Condicion antes ambientais
Conforme o volume diário de consumo: 60% e 40%.
Atender as especifica ções da NBR 5626.
129
Depósito de lixo orgânico
Estocage m de lixo até a coleta.
1
1
1,00m/ pessoa
6m²
Localizado na área externa do hostel com o fácil acesso para retirada. Localizado na área externa do hostel com o fácil acesso para retirada.
Depósito de lixo seco
Estocage m de lixo até a coleta.
1
1
1,00m/ pessoa
6m²
Doca
Distribuiçã o
1
-
-
-
-
Carga e descarga
Abastecim ento.
1
-
-
-
-
Total do setor em m² Fonte: Autor, 2019.
14 ESTUDOS PRELIMINARES
Através das pesquisas e coleta de informações, foram desenvolvidos os estudos preliminares a cerca do projeto. De início foram produzidos croquis a partir do terreno adotado, com a escolha de formas e fluxos com o entorno. Após a seleção de alguns elementos, foram elaborados os estudos volumétricos, dando sequência às plantas, cortes, elevações e maquete eletrônica, como resultado do entendimento de todo estudo desenvolvido neste trabalho.
130
14.1 CROQUIS INICIAIS
131
14.1.2 Estudos de massa e volumetria
ACESSO ORLA DA PRAIA
6. 25
ACESSO CARGA E DESCARGA
2.
50
84
.0 2
5. 0
0
ACESSO VEÍCULOS
10 .0 5
17
.5
5
2. 50
ACESSO VEÍCULOS
13
0. 00
5. 00
ESTACIONAMENTO COM 57 VAGAS
ACESSO À RECEPÇÃO
LAJE IMPERMEÁVEL
N
9.00
6.00
2.
50
GUIA REBAIXADA 3.00 0.00
PASSARELA
8. 17
TERRAÇO
ACESSO FUNCIONÁRIOS
FRUIÇÃO PÚBLICA
2.
50
ACESSO ORLA DA PRAIA
LAJE IMPERMEÁVEL
PERGOLADO HEXAGONAL
3.00
ÁREA ABERTA NA ZENITAL
PLATIBANDA h= 0,20 m COM RUFO E PINGADEIRA
3.00
33 .
00
TERRAÇO
REDÁRIO
TERRAÇO
RODOVIA 101 AL
ACESSO CARGA E DESCARGA
ESPELHO D'ÁGUA -0.30
LAJE IMPERMEÁVEL
3.00
FRUIÇÃO PÚBLICA
ESPELHO D'ÁGUA -0.30
PASSARELA
3.00
ESPELHO D'ÁGUA -0.30
ACESSO BICICLETAS
LAJE IMPERMEÁVEL
LAJE IMPERMEÁVEL
6.00
6.00
0.00
ESPELHO D'ÁGUA
LAJE IMPERMEÁVEL
-0.30
3.00
LAJE IMPERMEÁVEL
FRUIÇÃO PÚBLICA
.7 9
3.00
72 .8
2
RECUO PREAMAR MÉDIO
76
PLAYGROUND
PISCINA ADULTA -1.80
10 .7
8
ORLA
PISCINA iNFANTIL
PRAIA
17
.0
1
-0.90
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
PROJETO HOSTEL DESIGN
NORTE IMPLANTAÇÃO ESCALA:1/450
14.1.3PLANTA DE IMPLANTAÇÃO PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9º SEMESTRE - MANHÃ ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
132 145 ESCALA:
1:450
2. 00 SUÍTE ACESSÍVEL PRIVADA TRIPLA
1.
50
SANITÁRIO FEM. 1 8
63
2. 40
2.
RECEPÇÃO 1. 88
95
ELEVADOR
80
1.
LOUNGE
1.
50
1. SANITÁRIO 20 FEM. 1. 20 1. 50 SANITÁRIO MASC.
2.
1. 10
6.
38
53
1. 05
1. 00
3. 61
42
05
SANITÁRIO 1.5 3 MASC.
1.
DEPÓSITO DE BAGAGENS SEGURANÇA 2.
60
2.
05
48
1. 68
0.00
3.
ADM
6.
REFEITÓRIO FUNCIONÁRIOS 3.3 0
2.
80
RH
2.
54
.7 5
2. 03
LIXOS
11
2.
ARQUIVO
CONTABILIDADE
2. 60
50 GUARITA
50
8
GERENCIA 0 2 .8 0
DESCANSO FUNCIONÁRIOS
1.
B
9. 63
1.
1
0.00
1. 8
10
5.
38
90
.5
1. 5.
1. 00
3.
A
00
D.M.L 1. 80
ALMOXARIFADO
ÁREA ABERTA NA ZENITAL
E.T.E
ELEVADOR
2. 00
2. 31
4.1 3
COPA
9. 83
3.
REDÁRIO ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
ALUGUEL DE BICICLETA
0.00
0.00
4.
84
4. 30
MINI AUDITÓRIO
1.
2.
50
50
1.8
0
GUARITA 2.0
SANITÁRIO FEM. 1.5
0
0
DESPENSA 3.86
COZINHA
1.8
5
0
2
1.7
4.6
CIRCULAÇÃO 0.00
ELEVADOR
1.0
70
.90
3
2.
10
5.3 0
9.73
7.71 51
50
1.
80
5.63
04
1.03
1.
5.
00
1.
ARMÁRIOS
SANITÁRIO FEM.
A
80
95
Acima
1.73
VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS MASC.
1.
4
4.
93
.1
1.
50
0
10
SANITÁRIO MASC.1.85
1.5
VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS FEM.
1.53
2. 23
1.
1. 0
0
1.61
1.52
1.00 1.00
4
MANUTENÇÃO 1 .80 ELEVADOR SERV.
B
0.00
3.8
1.
GUARDA DE EQUIP
49
23
1. 70
50
5. 59
1.9 0
1.
7
1.0
ELEVADOR BAR
4.5
2. 69
3.
2
3.5
SANITÁRIO MASC.
ÁREA DE SERV.
7.
1.8 8
5
13.91
D.M.L 2. 98
5.4
1. 50
5. 1
3. 17
0
48
0
SEGURANÇA
1.
0.00
00 1.
51 1.
NORTE
2.
1.
53
00
1.60
1. 73
ARMÁRIOS
ESCALA:1/200 ESCALA:1/100
5.69
00 1.
VESTIÁRIO PISCINA MASC.
1. 00
PAVIMENTO TÉRREO
9
73
.0
1.
10
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
4
1. 50 1.
50
2.1
VESTIÁRIO PISCINA FEM.
PROJETO HOSTEL DESIGN 14.1.4PLANTA PAVIMENTO TÉRREO PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9º SEMESTRE - MANHÃ ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
133 145 ESCALA:
1:200
1. 50
1.
80 42
1. 50
1.
58
1. 50
1. 70
1.
1.
5. 40
1. 00
15 2.
57
ELEVADOR
10
1.
80
00
4.
1. 00 1. 0
0 1. 00
BELICHE
BELICHE
5.
BELICHE
CIRCULAÇÃO 3.00
BELICHE
BELICHE
10 BELICHE
QUARTO MASC. COMPARTILHADO QUÁDRUPLO
QUARTO FEM. COMPARTILHADO QUÍNTUPLO
BELICHE BELICHE
74
SANITÁRIO FEM.
1. 80
2.
3. 48
5
4.3
QUARTO MASC. COMPARTILHADO QUÁDRUPLO
58 2.
1. 55
2. 72
BELICHE
1.
B
07 4.
3.00
5.
BELICHE
BELICHE
PASSARELA
4
QUARTO FEM. .00 COMPARTILHADO QUÁDRUPLO
D.M.L 7. 14
BELICHE
3.
30
BELICHE
6.
BELICHE
1
.6 SANITÁRIO 0 MASC.
ELEVADOR REDE PARA DESCANSO
00
8
ROUPARIA 4. 56
4.1
QUARTO MASC. COMPARTILHADO QUÁDRUPLO
25
1.
10
86
QUARTO MASC. COMPARTILHADO QUÁDRUPLO
2.
1. 46
50
1. 80
90
1.
50
1. 70 1 .0 0
1.
BELICHE
QUARTO FEM. COMPARTILHADO QUÁDRUPLO
5. 43
50 1. 50 1.
1. 80
0
QUARTO FEM. 0 COMPARTILHADO 4.0 0 QUÁDRUPLO
1.
1.
BELICHE
4. 00
1.
00
VESTIÁRIO HÓSPEDES FEM.
50
1. 50
1.
50
5.
5.
QUARTO MISTO COMPARTILHADO BELICHE QUÍNTUPLO
1. 00
1. 70
BELICHE
1. 00 1. 00
VESTIÁRIO HÓSPEDES MASC.
00
2. 00
1. 50
1.
00
A
4.
1. 50
3.00
21
CIRCULAÇÃO 3.00
TERRAÇO 3.00
TERRAÇO 3.00
4. 83
8. 10
SALA DE TV
PASSARELA 3.00
3.00
SANITÁRIO FEM.
9.02
5.4
2
0
69 5.4
0
8
DESPENSA 2.
69
ELEVADOR 2.2 0
1.8
9
1.8
3.00
8
9.2
2
1.5
0
7.
20
5.6 5 3. 74
LAVANDERIA COMPARTILHADA
ELEVADOR 1.8 SERV. 0
Abaixo
3.84
02
0
9.
1.0
3.30
1.5 3
6. COZINHA 3 COMPARTILHADA8
CAFÉ
3.2
SANITÁRIO MASC.
00
2.
REFEITÓRIO COMPARTILHADO
4.
7
20
5. 4
48
5.
WORKSTATION 0
35
0
3.6
2.
3.4
7
1.8 4 1.
1.7
2.
ELEVADOR
0
1. 50
1.0
41
70
1. 50
1.8
4.
1.
43
6. 00
CIRCULAÇÃO
SALÃO DE JOGOS
B
A NORTE
1º PAVIMENTO ESCALA:1/200 ESCALA:1/100
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
PROJETO HOSTEL DESIGN 14.1.5PLANTA 1º PAVIMENTO PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9º SEMESTRE - MANHÃ ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
134 145 ESCALA:
1:200
2.
06 1.
SUÍTE PRIVADA DUPLA
1.
51
23
2. 92
3.
57
74
69
98 1.
1.
SUÍTE PRIVADA DUPLA
3.
SUÍTE PRIVADA TRIPLA
67
5. 39
2. 24
8.
2. 90 1. 80
2. 00
SUÍTE ACESSÍVEL PRIVADA DUPLA
1.
86 2.
SUÍTE ACESSÍVEL PRIVADA DUPLA
TERRAÇO
00 2.
06 1.
79
SUÍTE PRIVADA DUPLA
6.00
1.
86 03
88
BELICHE
1. 70
2.
7. 55
5.
SUÍTE PRIVADA TRIPLA
38
3.
B
48
3. 68
3.
95
6.00
1.
A
10
36
SUÍTE PRIVADA DUPLA
2.
2.
1. 53
1. 00
D.M.L
RESERVATÓRIO SUPERIOR 8. 6
2
3.
CASA DE 1MÁQUINAS .9 4
ROUPARIA
1.
79
4.
39
4.
24
30
2. 80
5.
49
4.
69
6.00
CASA DE MÁQUINAS RESERVATÓRIO SUPERIOR 6.00
CASA DE MÁQUINAS
9.0
2
B
A
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
NORTE
2º PAVIMENTO ESCALA:1/200
PROJETO HOSTEL DESIGN 14.1.6PLANTA 2º PAVIMENTO PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9º SEMESTRE - MANHÃ ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
135 145 ESCALA:
1:200
VIDRO DUPLO COM ESTRUTURA METÁLICA E ABERTURAS PARA VENTILAÇÃO
PLATIBANDA COM RUFO E PINGADEIRA
LAJE 0.20m
LAJE 0.20m
ROUPARIA
2.75
2.21
2º PAVIMENTO 6,00 m
2.21
2.21
2.75
SUÍTE PRIVADA TRIPLA PLATIBANDA COM RUFO E PINGADEIRA
PISO CERÂMICO
PISO CERÂMICO
LAJE EM BALANÇO 0.20m
LAJE EM BALANÇO, SEM FECHAMENTO LATERAL, PARA APROVEITAMENTO DA VENTILAÇÃO VESTIÁRIO HÓSPEDES MASC.
CIRCULAÇÃO
PISO CERÂMICO
DESCANSO FUNCIONÁRIOS
LOUNGE
2.75
RECEPÇÃO
2.21
2.18
TÉRREO 0,00 m
2.75
PASSARELA
PISO CERÂMICO
D.M.L
ESPELHO D'ÁGUA
PISO CERÂMICO
BAR
2.75
PISO CERÂMICO
2.30
2.75
2.21
2.21
ROUPARIA
1.23
2.21
0.80
2.75
1º PAVIMENTO 3,00 m
CAFÉ
PISO CERÂMICO
CORTE AA ESCALA:1/200
VIDRO DUPLO COM ESTRUTURA METÁLICA E ABERTURAS PARA VENTILAÇÃO
PLATIBANDA COM RUFO E PINGADEIRA
LAJE 0.20m RESERVATÓRIO SUPERIOR
2º PAVIMENTO 6,00 m
1.50
2.00
CIRCULAÇÃO PLATIBANDA COM RUFO E PINGADEIRA
PISO CERÂMICO
REFEITÓRIO COMPARTILHADO TERRAÇO
PISO CERÂMICO
PISO CERÂMICO
PISO CERÂMICO
1º PAVIMENTO 3,00 m
PISO CERÂMICO
2.75
1.83
D.M.L
2.21
2.75
MANUTENÇÃO
SANITÁRIO FEM.
2.09
CIRCULAÇÃO
2.75
CIRCULAÇÃO
1.83
COZINHA COMPARTILHADA
2.13
2.75
LAJE 0.20m LAVANDERIA COMPARTILHADA
REDÁRIO CIRCULAÇÃO
CONTABILIDADE
TÉRREO 0,00 m
PISO CERÂMICO
CORTE BB ESCALA:1/200
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
PROJETO HOSTEL DESIGN 14.1.7CORTE AA E CORTE BB PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9º SEMESTRE - MANHÃ ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
136 145 ESCALA:
1:200
ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA:1/200
ELEVAÇÃO LAT. DIREITA ESCALA:1/200
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
PROJETO HOSTEL DESIGN 14.1.8ELEVAÇÃO FRONTAL E LATERAL PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9º SEMESTRE - MANHÃ ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
137 145 ESCALA:
1:200
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
PROJETO HOSTEL DESIGN 14.1.9PERSPECTIVA PROFESSOR ORIENTADOR: MARTHA ROSINHA ANDREZA DE SENA SANTOS - RGM: 11172500956 9ยบ SEMESTRE - MANHร ARQUITETURA E URBANISMO
FOLHA
138 145 ESCALA:
-
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como finalidade o estudo acerca da tipologia de hospedagem “hostel design” que vem crescendo no país, acompanhada do aumento do turismo. Propondo e contribuindo com estudos, já que se observa a carência de investigações relacionadas ao segmento. Embora seja um meio de hospedagem cada vez mais recorrente, ainda não se obtém a classificação de estrelas, o que não significa que seja um meio de hospedagem irregular. Mas observa-se com isso, que no país ainda falta sistemas de regulamentação e fiscalização com o segmento, e os empreendimentos já existentes. A pesquisa levantada a partir das referencias bibliograficas foram importantes para compreender o histórico do ato de se hospedar e como surgiram os hostels no mundo, que de ínicio se deram através dos albergues da juventude, posteriormente evoluindo suas configurações, podendo hoje, serem encontrados os hostels design, hostels boutique, eco hostels entre outras tipologias. Os estudos de caso foram importantes para o entendimento de todo funcionamento, estrutura, concepções arquitetônicas, relação com o entorno a onde são localizados, contribuindo através dos projetos escolhidos para estas análises, a formação do projeto proposto nesta pesquisa. Bem como a visita técnica, onde foi possível estar no local observando e investigando o funcionamento, a ergonomia e fluxos dentro de cada ambiente, pontos negativos e positvos a serem considerados e utilizados. O local proposto, no estado de Alagoas, teve como escolha devido a necessidade de hospedagem de custo acessível, já que o local carece de hostels, e que existe uma demanda turistica alta, sendo o segundo polo de turismo do estado. Houve então a necessidade de propor um projeto, que atendesse não só um público jovem, mas todos os perfis de usuários, e que permitisse a fruição com o entorno e integração com a paisagem. Com todo o desenvolvimento desta pesquisa, é possível concluir que, o segmento de hospedagem hostel design, pode ser ainda mais explorado e incentivado, trazendo oportunidades para o desenvolvimento econômico do local
a ser inserido, mostrando ser além de uma opção confortável e acessível, mas também como um atrativo com suas atividades de lazer e convívio.
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES,
Alberto;
DUARTE,
Neiva;
LOPES,
José
Francisco
de
Salles. Estatísticas básicas de turismo Brasil - Ano base 2015. 2016. Disponível
em:
<http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/images/pdf/EstatisticasBasicasdoTuris mo-Brasil2016-Anobase2015.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2019.
ANTUNES, Luiza. Todos caminhos levam a Roma: a Via Appia Antica. 2017. Disponível em: <https://www.360meridianos.com/dica/roma-via-appia-antica>. Acesso em: 24 fev. 2019.
ALBERGUES. História
dos
Hostels. Disponível
em:
<http://www.alberguesp.com.br/historia.asp>. Acesso em: 24 fev. 2019.
ALAGOAS,
Portal. QUEM
SOMOS. Disponível
em:
<http://dados.al.gov.br/pages/quem-somos>. Acesso em: 13 mar. 2019.
ALAGOAS, Dados. Mapa do Turismo de Alagoas: Do resumo do conjunto de dados.
2018.
Disponível
em:
<http://dados.al.gov.br/dataset/mapa/resource/53f7695f-db96-4da0-946f80020c565fa7>. Acesso em: 16 mar. 2019.
BACELAR, Jonildo. História de Alagoas. Disponível em: <http://www.alagoasturismo.com/historia.htm>. Acesso em: 16 mar. 2019.
BAHLS,
Álvaro
Augusto
PROPOSTA
Dealcides
Silveira
CONCEITUAL. 2018.
Moutinho. HOSTEL: Disponível
UMA em:
<https://www.univali.br/pos/mestrado/mestrado-academico-em-turismo-ehotelaria/e-bookppgth/Documents/HOSTEL%20UMA%20PROPOSTA%20CONCEITUAL.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2019.
BARBOSA, Gustavo; LEITÃO, Márcia. Breve história do turismo e da Hotelaria. 2005.
Disponível
em:
<http://www.portaldocomercio.org.br/media/brevehistoricodoturismoedahotelari a.pdf>. Acesso em: 08 mar. 2019.
BRAVISSIMOS. Céu Azul Raios Cor Água Marinha Azul Esverdeado Verde Mar: bancos
de
imagens.
2018.
Disponível
em:
<https://br.depositphotos.com/205022514/stock-photo-blue-sky-aquamarineblue-green.html>. Acesso em: 26 mar. 2019.
CAIROLI, Federico. Hostel Villa 25: C+P Arquitetura, Rodrigo Calvino y Diego Portas. 2017. Disponível em: <http://federicocairoli.com/trabajos/-hostel-villa25/>. Acesso em: 05 mar. 2019.
CARVALHO, Severino. TAG ARCHIVES: AEROPORTO MARAGOGI. 2013. Disponível em:
<http://costadoscorais.blogsdagazetaweb.com/tag/aeroporto-
maragogi/>. Acesso em: 17 mar. 2019.
DANYI,
Balazs. HOSTEL
FLOW: ARCHITECTURAL
PHOTOGRAPHER
BASED IN HUNGARY. 2016. Disponível em: <http://balazsdanyi.com/>. Acesso em: 03 mar. 2019.
EDUCAÇÃO, Colunista Portal -. Reflexões Sobre a Relação entre Turismo e Hotelaria.Http://novo.more.ufsc.br/homepage/inserir_homepage. em:
Disponível
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/turismo-e-
hotelaria/reflexoes-sobre-a-relacao-entre-turismo-e-hotelaria/22750>.
Acesso
em: 17 fev. 2019.
EMBRATUR, Regimento Interno da. Embratur - História. Disponível em: <http://www.embratur.gov.br/lai_embratur/opencms/acessoainformacao/menu/e mbratur/historia.html>. Acesso em: 04 mar. 2019.
ECONOMIA,
Ministério
Gestão: Terrenos
da. Planejamento,
de
Desenvolvimento
Marinha.
Disponível
e em:
<http://www.planejamento.gov.br/assuntos/gestao/patrimonio-da-uniao/bensda-uniao/terrenos-de-marinha>. Acesso em: 30 mar. 2019.
GUIA,
Walfrido
dos
Mares;
BARBOZA,
HOSPEDAGEM. 2006.
Luiz
Carlos. MEIOS
Disponível
DE em:
<http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/images/pdf/outros_estudos/economia_ do_turismo/Relatorio_Executivo_-_Meios_de_Hospedagem__Estrutura_de_Consumo_e_Impactos_na_Economia.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2019. INTERNATIONAL, Hostelling. Normas assegurada e HI-Q. Disponível em: <https://www.hihostels.com/pt/pages/normas-assegurada-e-hi-q>. Acesso em: 04 mar. 2019.
IBGE. História: Maragogi
Alagoas
-
A.
Disponível
em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/maragogi/historico>. Acesso em: 16 mar. 2019.
INFORMAÇÕES, Alagoas em Dados e. O que você precisa saber sobre Alagoas?: Sistema
de
Informações
Municipais.
Disponível
em:
<http://dados.al.gov.br/>. Acesso em: 30 mar. 2019.
LINDOSO, Dirceu. MARAGOGI HISTÓRIA: Sobre Maragogi. 2016. Disponível em: <http://maragogi360graus.com.br/site/maragogi-historia>. Acesso em: 02 fev. 2019.
PEDROTTI, Gabriel. Hostel FLOW / PRTZN Architecture: Gabriel Pedrotti. 2017.
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/880352/hostel-flow-
prtzn-architecture>. Acesso em: 08 mar. 2019.
PEIXOTO, Rhayller. Taxa de ocupação hoteleira no carnaval de Alagoas atinge
a
marca
de
92%. 2019.
Disponível
em:
<http://www.sedetur.al.gov.br/noticia/item/2325-taxa-de-ocupacao-hoteleira-nocarnaval-de-alagoas-atinge-a-marca-de-92>. Acesso em: 13 mar. 2019.
PORTAS, Rodrigo Calvino L Diego. HOSTEL VILLA 25 | RIO DE JANEIRO, BR. Disponível em:
<http://cp.arq.br/projetos/comercial/hostel-villa-25-rio-de-
janeiro-br#ficha-tecnica>. Acesso em: 80 mar. 2019.
SEVERO, Claudia. Pesquisa – O perfil do mochileiro brasileiro em uma década. 2015. Disponível em: <https://www.mochileiros.com/blog/pesquisaperfil-do-mochileiro>. Acesso em: 17 mar. 2019.
SILVA, Débora Costa e. Movimento alberguista comemora 100 anos de existência. 2009.
Disponível
em:
<https://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/08/26/ult4466u677.jhtm>. Acesso em: 04 mar. 2019.
SPOT,
Blog. ALBERGUES
de
A
a
Z. 2013.
Disponível
em:
<http://alberguesdeaaz.blogspot.com/2013/08/o-que-sao-albergues-tutorialsobre-os.html>.
Acesso
em:
24
fev.
2019.
TAK architects. Ccasa Hostel / TAK architects. ArchDaily Brasil. 2017. (Trad. Moreira
Cavalcante,
Lis)
Disponível
em:
<https://www.archdaily.com.br/br/806398/ccasa-hostel-tak-architects>. Acesso em: 05 mar. 2019.
TURISMO,
Ministério
do. Estatísticas
e
Indicadores. Disponível
em:
<http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/estat%C3%ADsticas-eindicadores.html>. Acesso em: 14 jan. 2019.
TURISMO,
Ministério
do. Demanda
Turística. Disponível
<http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-54-03.html>.
em: Acesso
em: 20 jan. 2019.
TURISMO,
Ministério
regionalização
do. MTur em
realiza São
reuniões
de
inteligência
Paulo. Disponível
e
em:
<http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20100530-1.html>. Acesso em: 13 fev. 2019.
TURISMO, Embratur Instituto Brasileiro do. WTM Latin America é aberta com grandes
perspectivas
de
negócios.Disponível
<http://www.embratur.gov.br/>. Acesso em: 04 mar. 2019.
em:
VITRUVIUS. Hostel
Villa
25. 2018.
Disponível
em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/18.212/7071>. Acesso em: 08 mar. 2019.
25, Villa. Villa 25 Hotel e Suítes. Disponível em: <http://villa25.com.br/rooms/>. Acesso em: 08 mar. 2019.