Tertúlia Açoriana - Parabéns Onésino Teotónio Almeida

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Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

O Embaixador do Pico da Pedra E vão 75 anos daquele que conheci quando ainda eu andava de batina branca, na escola primária do Pico da Pedra, e ele já vestia uma outra de cor preta, sempre que regressava de férias do Seminário de Angra. Não sei se era um fetiche daquela época, mas um outro jovem daquela altura, com quem convivia amiúde porque era primo lá de casa, o Cristóvão de Aguiar, também vinha de Coimbra com batina

©ÂdSL

preta... O Pico da Pedra desse tempo era uma longa espera pelas férias destes 'modelos', especialmente o Onésimo, que levava a rapaziada, como eu, para o mar da Furna, nas Calhetas, onde, entre muitos

Onésimo Teotónio Almeida Nascido (oficialmente) a 18 de Dezembro de 1946 no Pico da Pedra, Ribeira Grande, em São Miguel. Professor universitário, ensaísta, ficcionista, e fundador da editora

Gávea-

Brown. O seu característico sentido de humor atravessa línguas e oceanos!

mergulhos, deleitava-nos a ouvir as histórias, anedotas e conselhos quando era mais a sério. Ainda estou a ouvir o ralhete de meu pai: sozinho não vais para o mar, só se fores com o Onésimo ou com o Prof Carreiro! Seria impossível desfilar aqui o rol de memórias à volta do Onésimo, o amigo, o mestre, o ídolo, o conselheiro, o companheiro nos EUA, o cavalheiro, o g\énio, o brincalhão, o viajante sem jet leg e, para nós, picopedrenses, o Embaixador do Pico da Pedra. Ninguém faz ideia (porque ele não autoriza) a generosidade com que ele tem contribuído para tanta coisa da sua freguesia. Em troca, damos-lhe pouco, o nome à Biblioteca da Casa do Povo e o carinho

Para assinalar o seu aniversá-

com que é recebido pelas gentes daquela terra. Acima de tudo,

rio, elaborámos este ―postal‖,

sabemos que damos o que ele mais gosta, transformada hoje nesta

saudando-o e desejando que

oferta de aniversário: a amizade de sempre e o reconhecimento e

nos continue a brindar com os

carinho que temos por este picopedrense de gema, de quem

seus escritos e a sua presença

gostamos tanto, do tamanho do Rio Atlântico.

durante muitos anos. PARABÉNS!

Abraço Sr. Embaixador! Osvaldo Cabral

Ad multos annos


Parabéns Onésimo! Parabéns Onésimo! Naquele tempo, eu trocava as cartas com o Onésimo. Agora, por e-mail.

18 de Dezembro de 2021

Que os anos passados e futuros sintam inveja dessa imensurável bondade. Um abraço sempre grato e amigo do Pedro Almeida Maia.

Eu já li muitos livros, ensaios e textos lidos nas conferências do Onésimo. Todos são interessantes mas para traduzir para japonês, não os compreendi muito bem. Para mim,

Caro Onésimo, Partilhando a mesma gratidão de todos os que têm tido a honra de o conhecer, desejo-lhe

são difíceis.

muitas felicidades, muita saúde e que ve-

Já traduzi Já não gosto de chocolates de

nham inúmeros e excelentes anos recheados

Álamo Oliveira e Pedras Negras de Dias de

de venturosas viagens pelos diversos cantos

Melo. Mas no caso de tradução das escritas académicas como as do Onésimo, eu

do mundo e da vida. Que continue sempre a espalhar o humanismo, as ideias, a cultura, o saber, a alegria, na vida de quem o lê, escuta,

hesitava.

encontra e tem o privilégio de consigo se cru-

Quando eu vi a publicação de versão ingle-

zar, ao longo do espaço e do tempo.

sa de Da ―Ilha de Vera Cruz‖ a ―Brasil‖, eu

Um enorme abraço e muitos parabéns! Dora Gago

traduzi e consegui publicar numa revista académica na Universidade em Tokyo neste ano. Gostei imenso de traduzir esse ensaio. Acho que eu tenho lido e estudado muito as escritas do Onésimo. Obrigado pelo acompanhamento no meio ambiente académico ao longo destes trinta anos. Eu já completei e acabei tudo. Kiwamu Hamaoka, tradutor japonês

Caríssimo Amigo: Os anos pesam a todos. Os teus, devido ao homem e ao amigo que és, sobretudo contam. contam. Que pouco te pesem os 75 e que continuem a contar para os muitos amigos que tens e mereces. Francisco Fagundes


Parabéns Onésimo! O Professor Onésimo Almeida é a corporificação

18 de Dezembro de 2021

Querido compadre,

da generosidade na sua expressão mais pura. Uma generosidade a compasso com um espírito

O João e eu não podíamos ter feito

otimista, uma alegria de viver notável, uma insa-

uma escolha melhor há cerca de 43

ciável curiosidade e tantas outras excecionais

anos, quando te convidámos para padri-

qualidades. Não surpreende que seja tão popular

nho do Tiago.

e apreciado por toda a gente (e este «toda a gente» significa mesmo muita gente). Devo muito ao

És, para nós, um modelo de ser humano

Professor Onésimo. Nunca serei capaz de lhe re-

(e humanista), a todos os níveis e só

tribuir tudo o que por mim já fez. Que os 75 anos

não és perfeito (e, ainda bem) porque a

de vida do Professor Onésimo se prolonguem por

perfeição é algo de inatingível. Mas

muitos mais. Que a sua finíssima inteligência,

podes sempre continuar a tentar.

que a sua bondade – porque o Professor é um homem superiormente bom – , que a força vulcâni-

Muitos parabéns pelos teus 75 anos,

ca (diria ele) da sua boa energia, que todas essas

com os nossos desejos de que possas

qualidades, além de todas as outras, continuem

fazer muitos mais, com toda a saúde e

disponíveis por muitos e longos anos para bem de

vitalidade que tens conseguido manter.

todos. Um feliz aniversário, caríssimo Onésimo! Beijinhos e abraços, Sérgio Guimarães de Sousa

Teresa

Mando um abraço de parabéns---- A um amigo especial Caríssimo Onésimo Um Homem, que dilata tempo, para dedicar atenção, ensino, comunicação, amizade, alegria, carinho, amor... E boleias

A uma infinidade diversa de pessoas, das mais burras e ignorantes, aos topes de sa-

bedoria, do nível onde navega Parabéns também à Sua Mulher e Filhos Joana Motta


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Talvez ele não tenha noção Muito antes de me poder dar ao atrevimento de me sentir amigo do Onésimo (e de com maior atrevimento ainda, sentir reciprocidade nessa amizade), houve um tempo em que eu tinha dele a imagem que a grande maioria de açorianos tem. Talvez ele não tenha noção. Talvez ele não tenha noção sequer de que imagem têm dele os açorianos. Conheci o Onésimo, salvo erro, numa visita a uma das comunidades açorianas da América do Norte. Não estou seguro de qual. Como é óbvio, ele é uma referência nas comunidades açorianas. E na açorianidade em geral… Eu estava em representação da Casa dos Açores do Norte e ele em representação de si mesmo, e de tudo o que traz consigo. As referências dele na Casa dos Açores do Norte eram inevitavelmente as gerações mais idosas. Eu teria perto de trinta anos (mais ou menos, não sei ao certo). Ele era uma pessoa de trato fácil e afável, com uma pronúncia tipicamente açoriana e citadina. Muitíssimo bem disposto e sempre pronto para uma boa anedota. Lembro-me da boa impressão que me causou. Além do que eu já conhecia do seu percurso académico. A primeira vez que ouvi falar de Onésimo Teotónio de Almeida marcou-me profundamente. Estávamos talvez nos finais dos anos oitenta. Onésimo constituiu – na minha perceção – o primeiro caso de mediatização dum protagonista universitário, consolidado na sua comunidade de residência, que ultrapassou o estereótipo caracterizador da emigração açoriana. Naquela altura já a autonomia tinha quinze anos. Com o decurso do tempo, ganhava maturidade e tornavam-se longínquos e românticos os tempos conturbados da sua fundação. Sendo esta evolução própria destas ocorrências e positiva, também não deixou de comportar outras evoluções naturais e menos dispensáveis, como é o caso do brio nos elementos caracterizadores da açorianidade. Por ocasião da fundação da autonomia tudo era motivo para exultar os elementos distintivos da açorianidade. Depois disso, nos tempos imediatamente a seguir, foi uma preocupação que caiu em desuso. Hoje e de há anos a esta parte, felizmente tem-se consolidado duma forma genuína e própria das coisas autênticas numa versão contemporânea dos Açores, mas compreensiva daqueles elementos. Destes, para além dos símbolos de heráldica, emergem sobretudo a história, etnografia, os costumes, a tecnologia desenvolvida em função do meio envolvente, a espiritualidade e, acima de tudo, involucrando as outras todas, a cultura. E é nesse contexto que Onésimo aparece na minha memória pela primeira vez! Onésimo é seguramente recordado pelos Açorianos por ter protagonizado uma discussão acadé(continua na página seguinte)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

-mica sobre a existência, ou não, duma corrente literária de inspiração açoriana (a descrição é minha e só a mim me responsabiliza). Discussão essa tida com a ―academia‖ de letras nacional e que, segundo julgo, ele fez vingar na sua universidade nos Estados Unidos. A única vez que falei disso com ele não me pareceu sequer que ele valorizasse assim tanto a questão. Era simplesmente a sua opinião, sobre a leitura que fazia dum conjunto de factos que sustentavam a sua tese. Nada mais científico. Nem me pareceu sequer interessado em grandes discussões sobre o assunto. Admirei-o ainda mais, por isso, e por outras razões. Talvez ele não tenha noção, mas, para uma geração de açorianos da minha idade, nascidos com a autonomia e que ainda assistiram ao período do abrandamento da emigração, Onésimo foi uma lufada de ar fresco, uma esperança na nossa identidade. Onésimo foi um caso de sucesso na terra das oportunidades - onde os nossos iam com a disponibilidade de quem não tem alternativa; onde antes deles, tinham outros ido sem sequer saber a língua; onde qualquer história de sucesso era sempre precedida duma outra de dificuldades, sacrifício e algumas vezes crueldade. O mais importante e interessante é que a afirmação de Onésimo não decorria do sucesso nos negócios, no desporto ou noutra área de atividade. Decorreu do seu reconhecimento como autor, como homem de cultura e da nossa cultura. Mais do que isso! Num tempo que era desafiante para a açorianidade; em que assistíamos finalmente ao abrandamento duma desnatação da população das ilhas que durava há décadas e que nos fez perder quase metade da população; no enquadramento duma história arquipelágica que tinha tanto de brava como de trágica; Onésimo apareceu a apresentar uma tese afirmativa para a açorianidade. Apareceu a afirmar o que de mais essencial tem qualquer povo – a sua identidade cultural. Foi uma espécie de pedrada no charco. Foi uma espécie de resgate da nossa identidade cultural. Na verdade, na altura, Nemésio e Natália mantinham presente a nossa referência cultural. Porém, ainda que também a sua escrita seja indelevelmente marcada pelas origens, a verdade é que à data eram mais cidadãos do quotidiano nacional, integrados na realidade nacional. O papel que Onésimo representou foi diferente, num tempo diferente e num contexto diferente. Onésimo foi muito além do paradigma das comunidades açorianas num tempo em que poucos o conseguiam; fê-lo afirmando a sua identidade e compreendendo as suas gentes. Acima de tudo, fêlo desafiando a ordem instituída no hermético mundo das letras. (continua na página seguinte)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Anos mais tarde, já a estudar em Coimbra, lembro-me de contar esta história aos meus colegas. Nessa altura os Açores não estavam na moda turística, a informação não era tanta e o que cá (ao continente) chegava eram as notícias das desgraças, da região mais pobre da Europa e da pronúncia indecifrável. Eram tempos diferentes. Sempre pensei na açorianidade como uma realidade que está aí, basta contemplá -la. Uma realidade congregadora dum conjunto de elementos que definem com precisão a identidade cultural dos açorianos e seus descendentes, onde quer que estejam. A cultura das nossas ilhas é tão densa que chega a ser positivamente diferenciadora. Tendo esta convicção presente, sempre procurei contribuir para a preservação e afirmação desse legado comum sem preconceitos nem complexos. Nunca tive dúvidas de que tal era possível. Onésimo foi um dos primeiros exemplos que mo demonstrou na prática sem o saber. E por isso Onésimo está de parabéns. Talvez não ele não tenha noção, mas constituiu um exemplo inspirador para muitos açorianos nascidos por ocasião da fundação da autonomia. Aquela forma descomplexada e ausente de preconceito de propor a sua tese e ousar demonstrá -la como outro qualquer faria sobre qualquer outro assunto, dava e dá expressão ao sentimento de muitos açorianos relativamente à nossa identidade, à nossa atitude e à nossa cultura. E do que me é dado a saber – assim continua a ser. Talvez ele não tenha noção, mas completa 75 anos. Ainda bem que não tem. Ganhamos nós. Mas é também por isso que está de parabéns. E por isso e não só, daqui da cidade do Porto, lhe envio um abraço de parabéns, com estima e amizade! Porto, aos 02 de Novembro de2021 Ponciano Oliveira

Os nossos Parabéns, amigo Onésimo! Desejamos muitos mais anos felizes com saúde, e sempre com muitos projectos. Um abraço amigo. Maria Helena Frias e José Carlos Frias / Livraria SolMar


Parabéns Onésimo! Para Onésimo T. Almeida,

18 de Dezembro de 2021

Conheci o Onésimo há quase dez anos, no início do meu doutoramento. Foi ele que me

Paisagem de amigos É tempo de celebrar cantando a vida que ainda resta, e a já vivida em grata memória –

recebeu, aqui na Brown, então em 2012. Recebeu-me novamente 9 anos mais tarde. É difícil deixar registada a magnitude do impacto que a generosidade do Onésimo gerou,

Nasce como sempre o sol trajado

ela é dificilmente calculável. É uma marca

de festa e de promessa –

que todos que conheço que também o conhecem identificam à primeira: uma generosida-

Choro, só ao nascer e por pouco tempo

de sem fim. Mas talvez que seja injusto ape-

(calam o amor e leite todo o espanto

nas destacar aquilo que fez por tantos e tan-

ao chegar). Agora, chora-se só

tos estudantes e investigadores, vindos de

e em silêncio, bem dentro da solidão

Portugal. À generosidade junta-se aquela

que nos rodeia –

energia inesgotável e uma agilidade de pen-

Cantemos pelo caminho rumo à alegria, enquanto cada manhã se ilumina a alma e o cabelo vai embranquecendo –

samento que só encontra paralelo na piada sempre engatilhada. Enfim, um sincero e sentido "obrigado, Onésimo". José Pedro Pinto Monteiro

Acolhe a sombra o sol, algumas vezes, para que se repouse um pouco o cansaço dos dias superabundantes –

Parabéns caro Onésimo.

Por fim, vai reunindo o sol a dispersa

Serve para lhe dizer da minha admiração pelo que

paisagem de amigos, lendo o generoso

ensina e tão bem escreve. Proporcionou-me exce-

diário de serenos sorrisos em fotos

lentes momentos de erudição. Fantástico. É im-

do tempo e de saberes partilhados –

possível não invocar o ser humano que o corporiza e nunca esqueceu este leitor, ao ponto de o tornar

[2021.12.04] Com um abraço de parabéns e de imensa amizade, José Almeida da Silva

um amigo. Nesta data especial aqui vai o meu aplauso e justificado relevo ao grande amigo Onésimo. Fernando Vilares


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Embora sejamos praticamente da mesma idade e tenhamos vivido os dois na Terceira no começo da década de sessenta, ele em Angra do Heroísmo e eu na Praia da Vitória, só conheci pessoalmente o Onésimo Teotónio Almeida numa conferência que ele fez na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica, em Braga, no início dos anos 80, onde eu era professor. Na altura, não sei explicar porquê, não chegámos à fala. Passado uns anos, resolvi escrever-lhe a dar notícias do Prof. Bacelar e Oliveira, Reitor da Católica no tempo em que ele foi aluno, em Lisboa, e a quem se tinha referido elogiosamente na conferência. Foi o começo de uma grande amizade. A partir dessa altura, fui lendo tudo o que o Onésimo escreve e me vem parar às mãos. Leio com muito gosto as suas crónicas; são textos aparentemente leves, mas com muito substrato. Aprecio sobremaneira os seus escritos das muitas áreas que cultiva: Filosofia, literatura, história das ciências, cultura e história da cultura, etc. Considero excecionais os últimos dois livros que publicou: A Obsessão da Portugalidade. Identidade, Língua, Saudades & Valores e O Século dos Prodígios. A Ciência no Portugal da Expansão. São excelentes; revelam uma aturada investigação, uma cultura enciclopédica espantosa e uma capacidade notável de ―ler‖ e apresentar as questões, com uma profundidade notável. São livros que não vão morrer. Agora, Onésimo, como já te disse várias vezes, aguardo com imensa curiosidade o teu próximo livro; espero que saia com a maior brevidade possível. Mal chegue, pararei com tudo o que tiver para fazer e lê-lo-ei com toda a atenção tirando notas. Para já, caríssimo, vão os meus parabéns pelo teu septuagésimo quinto aniversário, com votos de muita saúde e de muitos anos pela frente. Um grande abraço. José Henrique Silveira de Brito

Parabéns, Onésimo por mais um ano de vida e por todos os teus (muitos) êxitos! É uma honra ser tua colega. Abraços, Leila.


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Onésimo, um eterno rapazim! Onésimo tem a qualidade cada vez mais rara de não franzir o sobrolho a quem vai conhecendo de novo, de acolher com entusiasmo cada novo momento que a vida lhe vai oferecendo e de se sentir em casa qualquer que seja o lugar onde o destino o encontre. Não é coisa pouca! Mas nada disso lhe basta: de tudo o que vai incessantemente descobrindo, não se cansa nunca de ir dando conta aos seus incontáveis amigos. Seja através de renovadas e belíssimas fotografias, seja de oportunos e detalhados textos, seja, o que visivelmente mais lhe agrada, contando de viva voz e sem pressa à roda de uma mesa ou num lugar qualquer. Mas o que mais me impressiona neste amigo de mais de 40 anos é a sua insuperável e eterna juventude, que se vai revelando a cada instante na sua invulgar capacidade de se encantar com tudo o que vida lhe vai permanentemente oferecendo: um novo livro de um autor que nem conhecia, um recente trabalho de um estudante acabado de chegar, a beleza de uma flor encontrada por acaso na berma de uma estrada, a luz de uma paisagem acabada de conhecer numa das suas intermináveis viagens, ou, pasme -se, mesmo se visitada pela enésima vez. 75 anos? Nem pensar! Continuo a ver nele o mesmo rapazim do início dos anos 80! Parabéns, Onésimo. Um forte abraço. Roberto Rodrigues

É um enorme prazer e uma honra juntar-me ao coro de vozes que celebram hoje os 75 anos do Professor Onésimo Teotónio Almeida. O apoio constante do Professor Onésimo, a sua disponibilidade permanente (e inexplicavelmente ilimitada!), a preocupação pelos seus graduate students marcaram a minha trajetória na Brown, antes mesmo de esta começar. O seu sentido crítico, a inteligência certeira, e o modo desempoeirado como aborda cada tema fazem do Professor Onésimo Teotónio Almeida um académico de rara lucidez, um ser humano ímpar, e alguém com quem é sempre um gosto sentar -se à mesa e conversar! Um forte abraço, muitos e muitos parabéns neste novo ano solar, e o desejo de alegrias no caminho adiante! Pedro Lopes de Almeida


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Querido Onésimo 26 anos desde que fui, braçado de livros teus, à sessão que foste fazer a Santa Maria (e não, não fui eu a comprar todos os teus livros. Mas comprei alguns). 26 anos! Tanta coisa se passou. Uma das © Ana Loura

mais importantes a nível cultural e humano, para mim, foi a entrada para o nosso Café. Tantos anos de convívio com algumas pessoas que me fizeram crescer. Tu uma delas. A tua amizade, a forma como lidas com todos, sem peneiras, mas sempre pronto para corrigir, sugerir, repor a verdade. De leitora passei a amiga. E como prezo a nossa amizade! Depois e finalmente ―acorrentei-me‖. Por ti conheci pessoas de quem já gostava e outras de quem passei a gostar. Os teus amigos, aqueles que conheço, honram-te porque são abertos à amizade, convivem comigo como tu o fazes. © Ana Loura

A fotografia que junto não é para termos saudades dos nossos ―verdes anos‖ mas para comemorarmos o nosso primeiro encontro.

Neste dia em que festejamos o dom da tua vida, desejo ter-te por perto por muitos mais anos. Estamos de parabéns! Beijo com profundas amizade e admiração. Ana Loura


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Feliz dia de aniversário meu mestre, meu muito estimado amigo. ―Picolo Mundo‖ este onde há cinco anos nos conhecemos com o agitado mar da Póvoa e mais uma resma de bons livros em pano de fundo! Há dias felizes! Em boa verdade, meia década volvida, tendo a concluir que foste o melhor que a literatura me trouxe. Sim, o melhor (tu, uma feliz combinação entre o que é ser bom autor e bom indivíduo, coisa rara nos tempos que correm), por tudo, e não estou a exagerar nem um bocadinho. Tenho por ti uma admiração que só se nutre pelos sábios e um amor na proporção do que se sente por um pai ou por um irmão mais velho, e sinto com sustentada certeza que esse sentimento que nos permite a amizade é recíproco. Vive por muitos anos, meu querido, por ti, por nós, pelo muito que acrescentas à literatura, a Portugal e ao mundo, com essa energia e boa disposição que te caracterizam e nos contagiam. Saúde, «Velhote», muita saúde, e dias felizes. É bom ter-te ―por perto‖. Um brinde a ti; à celebração da vida! Parabéns! Do teu dedicado amigo José Alberto Postiga

Caríssimo Onésimo, é uma enorme honra participar neste postal de aniversário. Poder ocupar um lugar na galeria dos seus amigos é um privilégio de que me orgulho muito. Conheci-o pessoalmente há pouco mais de uma década. Já o admirava como o grande autor que é, mas o que verdadeiramente me surpreendeu foi a descoberta do grande ser humano que se ocultava por trás das suas bem humoradas e acutilantes crónicas que publicava na revista LER. Um ser humano de uma generosidade imensa, de uma rectidão ética e moral irrepreensíveis, com um coração enorme sempre disponível para o outro. Uma pessoa rara neste mundo tão desumano e superficial em que vivemos. Meu querido Amigo neste seu 75° aniversário desejo-lhe muitas felicidades e muita, muita saúde para usufruir muitos e bons momentos na companhia da sua amada família e dos seus queridos amigos. Um grande e afetuoso abraço da Ana Bernardo


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Em 1991, a Presidente da Casa dos Açores do Norte, Carolina Carvão, organizou um ciclo de conferências e de exposições artísticas na Secretaria de Estado da Cultura, Rua António Cardoso, Porto. Este evento tinha como título ―50 anos de Açores‖. Carolina Carvão distribuiu tarefas por vários associados da CAN. A mim coube -me a missão de ligar a Natália Correia, convidando-a, em nome da Direcção, para proferir uma palestra para o efeito. Quando liguei a Natália, a escritora ouviu-me atentamente, fez silêncio e em seguida perguntou-me: ―O Onésimo foi convidado?‖. Respondendo-lhe afirmativamente, Natália fez mais silêncio e em seguida afirmou: ―Só vou com uma condição. Que esse senhor não olhe para mim!‖. Esta situação nascera de um escândalo passado na Casa dos Açores de Lisboa, em que, durante a celebração de uma Festa do Espírito Santo, algum tempo antes, a CAL tinha convidado algumas jovens da comunidade açoriana emigrada nos EUA, que tinha vindo abrilhantar a Festa como ―damas de honor‖ do Espírito Santo, tendo-se apresentado com uma indumentária exuberante. A determinada altura, Natália começou a criticar violentamente em voz alta a indumentária das meninas ―americanas‖. Onésimo, que também estava presente, levantou a voz em defesa das jovens. Daí nasceu uma acesa discussão entre os dois, um autêntico escândalo. Natália decidiu abandonar ruidosamente a sala, em protesto contra Onésimo. Este, por sua vez, observou calado a saída tempestuosa da poeta, enquanto a olhava fixamente. Este olhar fulminou Natália, que não mais o esqueceu. Tendo a nossa grande escritora falecido em 1993, enquanto houve gente que falou ou escreveu acerca dos tiques e controvérsias da escritora, Onésimo escreveu uma crónica no Diários de Notícias intitulada ―Perdi uma flor‖, na qual elogiava Natália como mulher e como escritora. Este pequeno gesto define um carácter. Onésimo é assim. José Rebelo 05.11.2021

Muitos parabéns por personificares o protótipo do académico distinto e desgravatado, sempre competente e comunicativo, contagiante e amigo! Cândido Oliveira Martins


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Amigo Parabéns,

Querido Onésimo,

O Onésimo nasceu no Pico da Pedra precisa-

Muitos Parabéns pelos teus 75 anos de

mente há 75 anos, uma criança que se transfor-

vida!

mou num Vulcão, só que em vez de expelir

Tão repletos de vida, de criatividade e

magma, expele palavras com sentido, histórias,

de partilha que no percurso existencial

literatura e até anedotas.

de uma pessoa ―normal‖ significariam

A sua obra é justamente uma referência na es-

150 anos.

crita portuguesa e tal como os descobrimentos

Graças a Deus por te ter cumulado de

que ele tão bem descreveu, ela é cada vez mais

tantos dotes… Para nós tem sido uma

universal. Ser amigo de todos os dias do Onési-

bênção a tua presença nas nossas vidas

mo é uma honra e um privilégio.

ao longo de três (quatro) gerações. Beijinho grande, extensivo à tua ―alma

75 anos de vida

gémea‖.

De um autêntico Vulcão, De uma vida dividida

Fernanda, Ana Sofia e Nuno, José e

Entre a escrita e a lecionação!

Raquel, Miguel, José Maria, Maria, Zézinho

Gualter Furtado

Ao Onésimo, colega e amigo leal por mais de quatro décadas, parabéns e um grande abraço do Luiz F. Valente

Caro Onésimo Parabéns pelas 75 voltas ao sol! Não sendo possível, na atualidade, agregar toda a família e o enorme círculo de amigos que possui, formulo os votos de um dia bem passado e na companhia daqueles que lhe são mais próximos! Que faça outras tantas voltas ao sol, sempre com essa boa disposição e amizade que o cararacterizam. Abraço amigo José Sousa Luís


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Feliz Aniversário, caro Amigo! E Muitos Parabéns pela sua Grande Competência em todos os campos em que se mete a estudar; pela elevada estatura cívico-pedagógica do seu ensino e sempre sem vaidade; pelo gosto também genuíno da partilha e do pensamento; pelo seu portuguesismo universalista, que nos honra a todos, e que é tão contagiante; pelo grande contributo que tem dado para a História Cultural de Portugal e bem assim para o reconhecimento do nosso lugar na História da Cultura e do Mundo, trabalhando a vários níveis e em vários registos para novas visões de Portugal; e, claro, pela sua Alegria Incontida, resultante igualmente da rara coincidência entre o ser e o estar com que se apresenta, derramando disponibilidade e amizade por onde passa… Um Grande Abraço por tudo isto e com Muita e Muita Saúde. Marcelino de Castro (Madeira)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Na ponta da seta escrito Pedem-me 10, 20 ou 200 linhas para te felicitar. Sabendo eu que, como profissional e amigo, enches uma enciclopédia, não sei como meter-te em tão poucas linhas. Depois de muito torcer as palavras, pingou um episódio que retrata o dia em que nos conhecemos. Sem entrar em muitos detalhes, porque confio na tua ―elefantíaca‖ memória, aqui fica o desafio. Diante de ti, tímida perante alguém tão reconhecido no meio académico, disse: ―Estou farta de o conhecer...‖. Não me deixaste acabar a frase, interrompendo -me de imediato: ―Mas só nos estamos a conhecer agora‖! Já sabia que eras muito hábil nos trocadilhos e nas piadas oportunas, mas devo ter corado e tornado a asneira ainda maior quando me tentei explicar. É claro que não seria preciso, porque tu perceberas que eu quisera dizer estar farta de te conhecer pela tua obra, e que, finalmente, tinha o privilégio de te ver pessoalmente. Digamos que eu não tivera um início de frase muito feliz, mas também não estava à espera da tua tão pronta ironia. Seguiram-se três dias de comunicações, onde o nome de uma desconhecida constava do programa para falar sobre ―A Relação de Bordo‖ de Cristóvão de Aguiar, teu conterrâneo. Na véspera de o evento começar, um dos participantes, que andava de candeias às avessas com ele, perguntou: ―Quem é esta gaja?‖ Ao terceiro dia, a gaja ressuscitou com um convite teu para apresentar ―Viagens na Minha Era‖, numa semana cultural da Casa dos Açores da nossa diáspora. Não podes imaginar a responsabilidade que senti! Literalmente, deixaste-me com o menino nos braços sem manual de instruções Li e reli as 194 páginas, dissequei -as texto a texto, sublinhei o mais importante e tirei muitas notas. Nesta leitura cirúrgica, descobri que, oficialmente, fazemos anos no mesmo dia. Atirada com a força da amizade que temos mantido ao longo destes anos, de sagitária para sagitário, vai a seta que na ponta leva escrito o meu grande abraço de parabéns. Aida Batista


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Querido amigo Onésimo Amigos de infância de " duas casas acima". E na frente o 91159, E a Estância de materiais de construção.! E, depois, muitos anos de silêncio! Mais tarde, no redondo das "coisas" e da vida vivencial Tu sempre a subir no elevador da escrita. Eu a lidar com o corpo e a alma, esta unidade programada e existencial Ajudando, como sempre, gente que sofre em cada dia de desencanto, Na arte do entendimento do outro e de "curar" as chagas do sofrimento! E tu, como sempre, na liderança da palavra e do discurso de esperança Nesta lava do pensamento e do livro, Ora no Pico da Pedra, na Lisboa desejada ou nas Américas sonhadas. Desde sempre, a tua vontade de longo voo para o mundo! Do largo da Igreja e do Canto da Fonte, Esse " Centro de todos os Sonhos", Ponto de conversas, de pensamentos e de anedotas, Na adolescência do despertar e de "construir" fugas, naquelas noites de verão. E agora... já lá vão setenta e cinco invernos! Uma voz amiga desafia-me para um texto de recordação, no teu aniversário. E a minha memória arrasta consigo As tertúlias combinadas e participadas, com muita gente, E outros encontros, de recente encanto, cultural e de amizade Na serra da Arrábida e na varanda da minha casa Em almoços de conversa com outros amigos à mistura, E a infância como sobremesa! Um Abração de Dinossauro, como devem ser todos os abraços vindos da Infância! Edison Alves Dias // ou Pedro Alves (na infância)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

How to describe Onésimo? To say that he is ―one of a kind‖ is way too simplistic, although he is, and we are all very fortunate to be in his orbit. Since first encountering Onésimo a mere two and a half years ago, he has guided me through a rapid Portuguese odyssey, as I explore my Azorean roots for the first time in 75 years. Yes, he and I are only 5 weeks apart in age (he‘s older)!!! In spite of our brief friendship, I feel as though I‘ve known him for a lifetime, as he has treated me with a most genuine dose of knowledge, candor, and inspiration. I truly value the countless hours we have spent together; over lunch or dinner, at NBWM meetings, or on zoom. My favorite Onésimo joke is the first one I ever heard. At our first dinner together, I asked if we should order some wine. Hardly knowing him at the time, I was surprised and amused by his responding with a joke: ―What do you call a meal without wine? ― … ―breakfast!‖ It was clear to me after that first meal at O Dinis that ―this was the beginning of a beautiful friendship.‖ Gil Perry

Querido Amigo Onésimo, É com enorme prazer que te quero saudar ao completares 75 anos. Quem diria! A tua pujante vitalidade não deixa transparecer a idade. Tenho muita pena de não poder celebrar este aniversário contigo e com a Leonor como já tem acontecido em convívios cá em casa. Porém, a distância não impede que eu esteja presente em espírito. Não me canso de valorizar a tua amizade que se vem prolongando ao longo de meio século, preenchida de numerosos actos de generosidade e lealdade. É um privilégio poder usufruir do teu notável intelecto, requintado sentido de humor e qualidades humanas. Sinceros votos de muitos mais anos de existência com saúde e alegria na companhia da Leonor, filhos e amigos. Um grande abraço de parabéns com a amizade de sempre Manuela Duarte


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Onésimo 75th birthday tribute In February 2019, a little over six months after my first visit to the Azores, I sent emails to various Providence, Rhode Island-based institutions, especially those with a possible Portuguese connection, to enquire about archives and resources that might help with my research into my family‘s emigration from the Azores and settlement in Fox Point, Providence.

―I am researching and writing a book that is, in part, about the Portuguese American immigrant experience—specifically, my great-grandparents who emigrated from the Azores in 1906,‖ I wrote to the generic email of Brown University‘s Department of Portuguese and Brazilian Studies. Studies.

―Would you have information about resources,‖ I continued, ―that would be relevant to my research? I would love to schedule a visit at some point to learn more about the Department.‖

A few days later, I received an email response under which appeared this message from a department secretary:

Bom dia, Onésimo, Parece-me que só o Onésimo pode responder a esta mensagem! (It seems to me that only Onésimo can answer this message!)

And he did: Good afternoon. Our department does not have any documentation pertinent to your specific interests, but I may be able to give you some suggestions that may help you find information about the presence of the Portuguese in Rhode Island around the time of your great-grandparents. I am personally interested in your project and for many reasons, one of them being the fact that my paternal grandmother was born in Fox Point in 1897.

(continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

We arranged a time to talk by phone, and Onésimo shared with me some ideas, sent me one of his books (Tales from the Tenth Island, Island, which includes a story set in Fox Point and which, he explained, would give me some flavor of the neighborhood), and suggested various other articles, books, and resources about which I may be interested. A few months later, when my wife, Samantha, and I were about to visit the Azores for a second time, I wrote to him again asking whether, by any chance, he would be on the islands. I explained our itinerary—we were to be mostly on São Miguel, my ancestral island, but would be traveling to Pico for a few days during our trip. As it happened, Onésimo would arrive in Pico the day after our own arrival. It seemed like kismet; moreover, we were staying just a mile away from each other. We met at a little oceanside café-bar in Terra do Pau. Onésimo had aguardente, I believe; my wife and I had gin and tonics. The conversation was stimulating, and Onésimo shared many thoughts about the islands and their settlement. ―No one knows the true story of the settlement of the Azores,‖ Onésimo Onésimo explained, under the shadow of the mountain that gives the island of Pico its name. ―Even if they tell you they know, they don‘t know.‖ ―The first history of settlement was written over a hundred and fifty years after it happened,‖ he said, speaking of Gaspar Frutuoso‘s Saudades da Terra. ―But how much of that is true, no one has a clue.‖ I felt a strange resonance with Onésimo Onésimo‘s ‘s words, as if not knowing one‘s history, one‘s past, was an Azorean fate, a fate to which I felt bound. It was the same: I couldn‘t know my history as an Azorean because I was Azorean, and so my fate was tied to not knowing and longing to know, know, longing for the land, for rootedness, saudade da terra. terra. He also told me about his article ―Profile of an Azorean,‖ which he had written in 1982 as a means of explaining to teachers in the U.S. what to expect from Portuguese students, and especially Azorean students. I wrote to thank him for meeting with us and told him how much I enjoyed our conversation. His response was warm and cordial, ―I ―I did enjoy meeting and chatting with you as well. Our conversation could have lasted for hours.‖ Indeed, it could have, and now has been continuing for a few years now… (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Thus, my innocent query into Brown University‘s Dept of Portuguese and Brazilian Studies led to a tsunami that has overcome me, my writing life, indeed, my life… life… Onésimo‘s support of me, of my research, and of my writing, since we first corresponded has been extraordinary. So extraordinary that I am fond of calling him my ―padrinho,‖ my godfather, after the old Azorean custom of someone who looks after your spiritual—or, in my case, literary and ancestral—life. For me, and I hope for him, it is more than just a term of honor or endearment: I mean it. I‘ve grown to admire, respect, and love this man like a father—actually, because so many of us have issues with fathers and father figures—more like a godfather. But, in fact, because my relationship with my own father was never good—we didn‘t speak for the last 13 years of his life (but that‘s a story for another time…)—in some ways Onésimo is like the father I wish I had… I continue to consider this wonderful man, my padrinho, padrinho, as a sort of ideal father: a father of scholarship, philosophy, literature, and a tireless promoter of Azorean and Portuguese literature…and, above all, a man who cares about the people he loves. Oh, I‘m sure, if he were my actual father—and if I checked with his children, they would no doubt confirm this—I might grow tired of his jokes, his endlessly repeated stories, and his long-windedness over dinner or copious glasses of wine. Seriously, the man missed his calling as a stand-up comedian…he has more jokes that a late-night talk show host… Which reminds me of a joke I once heard him say (okay, it was more than once…) about the guy who checks that he has everything before he leaves the house. ―Keys, wallet, glasses, check…and, during the pandemic, mask,‖ he repeats to himself, checking his coat pockets. ―Keys, wallet, glasses, mask.‖ Then, he walks out of the house only to feel a cool breeze near his waist. He‘s forgotten to zip up his trousers. Parabéns e felicidades, o meu padrinho. Feliz aniversário! Here‘s to many more birthdays and to many more dinners and wine together, and to never forgetting to zip up your trousers. –Scott Edward Anderson


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Onésimo Falar do Onésimo é muito difícil pois os aspectos que evocarei são numerosos e variados. É um amigo de muita longa data que depois de eu sair do Seminário de Angra e ir para Roma quase nunca mais perdemos o contacto. Ele ainda puto e eu já nas «altas» esferas geográficas da prefeitura dos teólogos seguia esse rapazote que desafiava gente bem «colocada» e com autoridade. Lembro -me da sua paródia dos 100 anos do seminário no pátio dos Médios, cheia de imaginação e de brio e que nós teólogos das janelas dos nossos quartos, luzes apagadas, seguíamos nas «barbas» do Sr. Padre Jacinto que achava muito estranho não ver ninguém nos corredores. Quando eu saí da carreira eclesiástica a vida levou -nos a destinos diferentes mas quando ele vinha à Maia visitar o Daniel de Sá retomámos contacto para nunca mais nos perdermos de vista. Não vou evocar a sua carreira de escritor nem de professor catedrático nos Estados Unidos se bem que quando o visitei em Providence ele me tenha mostrado o campus dessa conceituada universidade e me tenha integrado em algumas das suas aulas. Que autoridade! Duas ou três vezes veio ele a Genebra falar de Portugal a um público interessado pela cultura lusitana na companhia da Leonor perita na literatura comparada portuguesa e francesa. Enfim podia -lhe mostrar, aquando da sua estadia na cidade de Calvino, algumas das belezas de Genebra e da capital do departamento francês da Haute-Savoie, Annecy. Do alto do castelo desta cidade vislumbrámos os tectos com muita neve das casas e prédios que nos transportaram num mundo mágico. Quanto ao Monte Salève que é em parte suíça parte francesa lá vai uma que não sei se ele, enquanto humorista, conhece. Tratase de um jogo de palavras em francês de dois lugares muito perto um do outro: Annemasse (cidade de 35.000 habitantes) el Monte Salève cujo ponto mais alto atinge 1300 metros. O jogo de palavras é pois Anne masse (Ana faz massagens) Salève = ça lève (isso levanta…). Sou recebedor das suas notas quase quotidianas e impressiona-me sempre a sua actividade pedagógica e os seus conhecimentos académicos da «modernidade» e da história de Portugal. Os numerosos prémios que lhe foram atribuídos, os títulos de que se pode prevalecer nunca impediram a nossa proximidade, de tal modo que por vezes me interrogo o que encontra ele em mim digno do seu interesse. Sou-lhe grato pelo que essa amizade me estimula e me fortalece. Obrigado Onésimo e parabéns pelos teus 75 anitos. José Luís


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Meu caro Onésimo

Lembro-me, quando nos conhecemos, de termos andado a pé pela Avenida Lisboa em Ponta Delgada. Logo nesse primeiro contacto ficou-me a impressão da tua bonomia, tão genuína quanto solar, a curiosidade e o interesse pelo outro, a eloquência sem a pestilência da arrogância, e a humildade como fundamental e intrínseco vínculo do teu carácter. Foi um momento catártico. Nessa altura sentia -me órfão de África. Enfrentava a febril timidez de quem pisava o insondável, e que é a arrepiante experiência daqueles que são colhidos pela heresia da História e cerram as mãos aos sinais do mundo. Estivemos juntos em várias geografias. Foste sempre igual a ti próprio. O mesmo que conheci naquele longínquo dia em Ponta Delgada, de quando os tempos eram outros e não olhávamos, como agora, duas, três e quatro vezes antes de atravessarmos a rua. Não, não quero dizer que somos frágeis anciãos. Não somos velhos. Mas alguém avançou, e às gargalhadas, as páginas do nosso calendário. O espelho surpreende-nos e devolve-nos, sob uma capa de neblina, as feições de um estranho. O tempo fez-nos arguidos num caso com nós próprios, como naquele retratado por Kafka nas páginas do seu livro O Processo. cesso. A quem vamos, sem exaltação, exigir responsabilidade por este malum prohibitum? prohibitum? Muitas figuras e nomes apagaram-se com a luz do entardecer: alguns foram equívocos de percurso; outros, gesticulando fanfarras entre apáticos e efémeros maneirismos sociais foram, aos saltinhos, de apito e corneta, para outros palcos. Ao contrário desses, estás entre aqueles que, como as águas de um rio, fluem, inalteráveis e constantes, pelo tempo. Não vão com a corrente – são a corrente. A verdade, muito querido Amigo Onésimo, é que a chuva fertiliza a terra e o abraço a amizade. E aqui o deixo, singelo, celebrando mais um ano o valor da tua amizade, sem tempo e sem fronteiras. Muitos Parabéns! Eduardo Bettencourt Pinto

Parabéns, Onésimo, estou-lhe muito grata, nada de português-americano lhe é desconhecido... nem de humor humano! Margarida Vale de Gato


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

O nosso Onésimo consegue fazer amigos muito cedo e nos mais estranhos lugares. Por milagre peregrino que foi em Fátima, estampou-se com uns garotos um cheirinho mais novos. Desde logo surgiram as graçolas, um livrinho registante de anedotas - incrivelmente perdeu-se...o livro que não ele -. Por possível milagre da virgem de Fátima, esta, em arroubo de mãe da gentes todos - como se falava lá pela serra de Aires -, fê-lo peregrinar pelo Porto. Um dia. Com livros. Com sorriso largo. Com a sua discreta Leonor. Quarenta anos passados... Digo para mim próprio que o Onésimo é um homem do avesso. O seu dentro está à vista. É a vista... E mais não digo, pois teria de contar anedota dessa coisa de ter fora o dentro. Fica para o ano. Nas dessa altura palavras. Um amigo enorme! Parabéns meu caro amigo! Simplesmente, Francisco e Amélia.

Nem sei que palavras escolher para te dar os parabéns, amigo Onésimo. Vou apenas lembrar a capacidade que tens tido de estar sempre presente e atender a todas as pessoas e grupos, mesmo os mais distantes e humildes. Que tenhas força, saúde e muitos anos de vida para continuares a semear a tua sabedoria e entusiasmo. Um abraço de parabéns extensivo à Leonor e família. Januário Pacheco

Parabéns Onésimo e que 75 passe sem dares por isso, o que significa que o podes repetir daqui a um ano. Manuel Chaves


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Parabéns, querido amigo! Conheço o Onésimo há trinta anos, mas já antes tinha a sensação de o conhecer, pelo contar de meu Pai, que falava daquele professor da Brown, homem do mundo, de uma simpatia irresistível e uma jovialidade contagiante. Conheci-o num já longínquo verão na Caloura, o primeiro de muitos em que partilhámos aquele reduto mágico de meus Pais, por noites estreladas, ao som dos cagarros e das guitarradas. Nesses dias tranquilos, no anexo por detrás da casa, com vista para o Ilhéu da Vila Franca, foram muitos os pequenos-almoços que tomei ali, com ele mais a Leonor, na mesa de pedra onde, pela manhã, se ouvia as revoadas cantadas dos pássaros e os gritos assombrosos dos milhafres sobre as faias. Nesse tempo, ainda meu Pai existia e juntava-se a nós, mais a minha Mãe. E as conversas surgiam boas e tranquilas, numa partilha familiar à roda da mesa, pelo meio do cheiro do café e da manteiga a escorrer pelo pão quente, a que se juntava o rescender orvalhado dos incenseiros e a frescura da maresia vinda da ponta da Galera, se o vento soprava do sul. E desde esse longínquo verão de 1993 em que eu o conheci pessoalmente, o Onésimo é uma referência em muitas coisas. Tem uma energia e uma capacidade de trabalho invejáveis. E, a par de tudo isso, ainda arranja sempre tempo para escrever aos amigos, para lhes dar atenção e para divulgar na diáspora o que se vai fazendo nos Açores e no Continente, na sua generosidade sem limites. Um abraço de parabéns, caro amigo. Deus te conserve assim tão bem conservado. Sabes que fazes parte do clã, mais a tua Leonor. E não olho para ti sem que me lembre de meu Pai e da amizade genuína que vos unia, de um passado tão cheio de boas e inesquecíveis memórias e de um presente que criará outras tantas. Maria João Ruivo

Caro viajante desse imenso oceano que é a língua de ilhas, de poetas e de Mònins, é com imensa alegria que o felicito pelas 75 voltas ao astro-rei e lhe deixo um forte e caloroso abraço daqui da Ilha Terceira de Jesus Cristo. Carlos Bessa


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Caríssimo amigo Onésimo, Parabéns pelos teus 75 anos e muita saúde e felicidades para os que virão a seguir. Hoje gostaria de te dizer que para mim, para nós, acabaste de fazer 63 anos, pois foi quando nos conhecemos e começamos a ser amigos: setembro de 1958. Para mim estes 63 anos foram muitos mais que 75. Foi um orgulho ser teu amigo. Muito obrigado pela tua amizade. Gualter, abraços e muitos A Eduarda não se importa de se juntar a estas felicitações... desde que lhe tirem mais 9 anos ( foi quando te conheceu em Santa Maria) Parabéns, muitas felicidades e saúde Eduarda, com muita amizade

Estimadíssimo Onésimo Rejoice... I say it again: Rejoice!

dizer-lhe que este verso seria um centésimo para compor um poema em sua homenagem

Onesimus, Gaudete... iterum dico: Gaudete!!! Benedictus

seria reclamar rimas sem ter bolsos nem bagagem! Mas como o dinheiro é apenas bobagem e o que interessa mesmo é a felicidade mando-lhe votos de longevidade para alegrar a sua viagem!

- Eduardo Couto

Saudações, Patrícia Ferreira


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Queridíssimo e saudoso amigo Onésimo,

Onésimo,

neste dia de alegre aniversário!!!!!

O Indiana Jones diria que é a quilometragem (sorry, mileage!) mileage!) que conta, e não os anos.

A Galileo quando lhe perguntaram quantos

Mas, azar, não é ele quem escreve, sou eu. O

anos tinha, respondeu:

que posso dizer destes dois anos e meio

―Os que me faltam viver porque os que vivi

(conheci-te em 2019) é que não é o espaço

já não os tenho.‖

nem o tempo que eu – e porventura mais gen-

Que sejam muitos os que ainda faltam por viver com esse exemplo de bem servir, abraçado a uma contagiosa alegria que nos enche, nos enche, nos enche e adoramos!!!!!

te que hoje te escreve – festejo contigo. O que é, então? São as múltiplas e sólidas amizades. As francas gargalhadas. O deslumbramento incansável pelas paisagens, logo cristalizadas em (e partilhadas) fotografias. O

Manuela e José Duarte da Silveira

contágio do saber (leia-se, arte de ensinar) e

Porto Rico

inesgotável vontade de aprender. É tudo isso mais tudo o que estás a ler nas outras, muitas, linhas. E ainda o indizível, porque difícil de expressar, embora autêntico: [ler muito de-

Sempre admirei o Onésimo desde os tempos do Seminário de Angra. Homem de grandes

pressa] por seres vertiginosamente único. Parabéns, Onésimo!

qualidades humanas e talentos variados: altruísmo, sociabilidade contagiante, iniciativa e

Abraço da Ana (Roque de Oliveira)

criatividade, mas sobretudo uma energia inesgotável. Ainda estou para adivinhar donde vem a sua capacidade de tanto fazer sem se cansar, dia após dia. Merece todos os louvores que lhe são dados. Por meu lado, orgulho-me

Ao Amigo Onésimo, Feliz Aniversário que

de ter um amigo de tão alto prestígio.

seja memorável de grandes realizações

Caro Onésimo, aqui vai um grande abraço bem apertado do... Luís Alberto Resendes Quebeque, Canadá

acompanhadas de saúde e sucessos. Um abraço amigo João Luís Pacheco


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Onésimo – « o fora de série » Sobre o meu querido amigo Onésimo poderia escrever páginas e páginas sem conta. Não é o que me proponho fazer neste momento. Desejo apenas sintetizar, em breves linhas, os principais aspectos da sua riquíssima e multifacetada personalidade. Quem tem o privilégio de conviver de perto com o Onésimo, em pouco tempo se apercebe estar em presença de um espírito verdadeiramente superior – um «fora de série», como eu gosto de dizer. Impressiona a maneira muito rápida e eficiente como ele equaciona e resolve os problemas que se lhe deparam, muitos dos quais de grande complexidade. Todos reconhecem que ele possui elevada estatura moral, sobressaindo das suas invulgares qualidades, para além de uma inteligência extremamente viva, a simplicidade, a coerência, a tenacidade, o sentido de justiça e de solidariedade. Neste dia de aniversário, resta-me desejar-lhe longa vida plena de saúde e das maiores felicidades. Laval , 14 de Dezembro de 2021 João Constância.

Tira foto enquadrada

ONÉSIMO MANDAMENTO

Disparando sem cessar O propósito será mostrar A beleza a todos dada

A galope na asa, um repente: Parabéns e copo ao alto,

Mas aonde vai a foto

Onésimamente.

Vai piada afinada A'Onésimo nad'escapa Que agrade ao goto! — Rui Albuquerque

______________________ Ricardo Álvaro


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Um abraço para o Prof. Onésimo Conheci-o pessoalmente em Setembro de 2000, na Brown University, enquanto Visiting Student, Student, naquela que foi a minha primeira viagem à América. Eu, recém-licenciado pela Universidade da Madeira, agarrei tal oportunidade única, proporcionada por um intercâmbio, mediado por ele, entre a minha e a sua alma mater, mater, que me permitiu descobrir um mundo novo no Novo Mundo. Tal visita deu-me o ensejo de conhecer, pela primeira vez, o Professor respeitado e conceituado, de quem já tinha ouvido os maiores encómios, mas também de conhecer o Homem, ler os seus livros acerca da diáspora açoriana e, sobretudo, de ter o privilégio de, no intervalo das suas aulas, dialogar com ele no seu gabinete no Departamento de Estudos Portugueses, na George Street, então peculiarmente decorado com torres e torres de livros, como se fossem uma maquete de Manhattan. Impressionou-me a sua erudição mas sobretudo cativou-me o seu humanismo, a sua afabilidade e a sua disponibilidade para ouvir-me, por vezes durante horas, o que contrastava enormemente com a maioria dos professores universitários que até então conhecera na minha ilha. Eu, ainda imberbe, desconhecia o que fazer ―quando fosse grande‖ mas dei por mim a pensar que um dia gostaria de ser como ele e de, à sua semelhança, também publicar livros e apresentar conferências aqui e ali. Graças à sua orientação e estímulo constante, pois descortinou em mim capacidades que até então eu desconhecia possuir, consegui trilhar por esse caminho e estou-lhe muito grato por isso. Em pouco tempo tornámo-nos amigos, nesta que foi e tem sido uma amizade para a vida toda. Primeiro na óptica de mentor/protégé, mentor/protégé, tão comum na América, mas depois como verdadeiros amigos. Eu costumo dizer-lhe que ele toca pessoas, e é verdade. Cativa-as com o seu verbo eloquente, com a sua bonomia e com a sua propensão para contar anedotas. Porque ele prima por fazer com que todos se sintam bem à sua volta. É difícil uma pessoa reunir tantos predicados mas ele consegue -o de forma natural e espontânea. Os grandes homens, tal como os grandes filósofos, conhecem -se apenas por um nome. E o Onésimo, um verdadeiro self made man, man, é um deles. E isso diz tudo. Os seus amigos mais próximos têm mil e uma estórias em que ele é protagonista, que, reunidas, dariam um livro. Não posso deixar de narrar uma, passada em pleno ‗Canal‘, na viagem marítima até ao Pico, no intervalo dum Colóquio do Faial, em que ambos participámos. Seguíamos na parte de trás do barco; ele ia lendo uma tese de doutoramento sobre o Miguéis, que iria arguir uns dias depois, na (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Sorbonne, em Paris, e eu, distraidamente, ia contemplando a paisagem singular das ‗Ilhas do Triângulo‘ e acompanhando o voo das aves marinhas que, a espaços, desciam até tocarem com a ponta da asa nas águas agitadas. De repente, exclamou ele o seguinte: ―Não, não pode ser!‖ E, olhando para mim, disse: ―Venha ver isto!‖ E, apontando para uma referência no texto da tese a um artigo sobre esse prolífico escritor que eu tinha publicado uns meses antes no Jornal de Letras, Letras, acrescentou: “Eu podia ter lido isto na viagem de avião para os Açores ou na que me levaria a Paris. Mas não, quis o destino que a lesse aqui, junto de si, no decurso desta viagem para o Pico…‖ Há quem apelide de sincronicidade tais momentos. Seja como for, foi algo que nos surpreendeu a ambos, dado o inusitado timing, timing, e guardarei para sempre na memória tal Eureka moment. moment. Ao ser desafiado a colaborar no postal surpresa em sua homenagem, por altura dos seus 75 anos, não poderia deixar de dizer presente. Ao perfazer a bonita idade de três quartos de século, espraiados por quase tantos outros livros, venho por este meio dar um grande abraço ao Prof. Onésimo, endereçar -lhe os meus parabéns e expressar os meus votos de que viva pelo menos mais 25 anos, para que possa dar-lhe de novo um abraço destes, com muito mais coisas para dizer, ao perfazer os 100 anos. Obrigado por tudo o que fez por mim, obrigado pela sua amizade, que muito prezo, e obrigado também por ser a minha grande inspiração. Continue sempre a ser a pessoa que é, única e unímoda, e muito obrigado por fazer parte das nossas vidas. Bem-haja! Duarte Miguel Barcelos Mendonça Funchal, Madeira, 15 de Dezembro de 2021

Setenta e cinco anos de Benefício Popular Glorioso, ou seja de Onésimo Teotónio Almeida para quem, como eu, tem a sorte de receber as suas mensagens e amizade. Parabéns e muito obrigado por partilhar comigo o seu saber e as suas vivências. Bem haja e que a sua bondade e saber se prolongue por muitos e muitos anos. Receba um forte abraço de parabéns, reconhecimento e amizade. José Armindo Duarte de Sousa Lopes – Vila Nova de Gaia


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Meu querido amigo/professor, desde há muito que o conheço - dos livros, da televisão, dos jornais…mas conhecer cara a cara foi em S.Martinho de Anta, na Fundação Miguel Torga, no dia 1 de junho de 2019 !Amizade ainda criança para tantos que o conhecem desde sempre! Como gostei de o conhecer, como fiquei feliz porque, finalmente, o conhecia. O meu filho, que foi o primeiro a estar consigo e o responsável por eu ter acesso ao seu e -mail, dizia- me ― agora estás toda satisfeita porque já estiveste com ele!‖ ele!‖ ( apesar de transmontano, imita bem o falar micaelense). A foto mostra que, de facto, fiquei encantada até hoje e porquê? É um figurão, claro! Mas o que realmente me encanta em si é a simplicidade com que trata todos, porque cada um de nós é um para si! É a delicadeza com que nos traz para o seu meio, é a urgência de nos dar conta do seu dia a dia, é a preocupação que põe em chegar a cada um de nós! Não conheço ninguém assim! Depois, vem o saber, o modo simples como trata das grandes matérias porque sabe muito, e cativa o modo como nos ensina ( falo por mim), aliás, antes de saber quem era, já lia os seus livros e aprendia consigo, sempre! A seguir vem o orgulho de ser sua conterrânea e poder dizer ― aquele é o nosso embaixador‖ - onde quer que esteja, é o nosso melhor representante.Sei que não gosta que digamos isso, mas é a verdade, e é-o em tudo o que faz por nós, açorianos, e onde quer que estejamos, encarna a nossa idiossincrasia melhor do que ninguém. quando há correio com as suas ― notas bárbaras‖ que junta tanta gente, de todos os quadrantes profissionais, académicos,…. Não serei a pessoa mais bem posicionada em termos de conheci-

© Luísa Cordeiro

Por isso, os meus dias começam sempre bem

mento para o dizer, outros terão histórias suas porquanto o conhecem há muito, como já tive a oportunidadede ler e de ouvir, mas é a pessoa que mais me honra em considerar-me sua amiga! Daqui, de Trás-os-Montes, de Chaves, quero desejar-lhe muita saúde para eu poder acompanhar a sua (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

jornada, os seus textos, as suas piadas, as suas fotos (liiiindíííssimas,cheias de alma) e agradecer o privilégio em permitir que eu seja sua amiga. Foi muito bom poder participar na comemoração dos seus 75 anos, é um privilégio poder desejar-lhe um dia muito feliz e….que venham muitos mais! Grandes abraços, para si, meu ―grande‖ amigo Onésimo. Uma saudação muito especial para a sua Leonor e para os seus filhos,da Luísa

Obrigado Senhora Ângela Loura pela louvável iniciativa de podermos juntar a solidariedade, do Caires e da Clara, à vossa homenagem para parabenizar um incomum amigo que, em Agosto de 1968 no V Jamboree em Portalegre, entrou primeiramente na minha vida e, mais tarde, na nossa vida de casados. Desde a década de 60, estávamos ainda no Seminário, que comecei a admirar e a estimar o comum amigo Onésimo. Há muito que a sua presença constante, ou quase diária, entra na minha caixa de correio através das suas notas e ou crónicas e, quando essa ausência não acontece, dou pela falta, embora já lhe tivesse confessado que nem sempre tenho a oportunidade de as ler, no momento. Ao passar pela Madeira, Onésimo faz sempre questão de estar connosco, juntamente com a Leonor. É um gesto enorme e generoso duma pessoa e dum casal que muito estimamos e consideramos brilhantes amigos. Sempre e desde cedo conheci o Onésimo como aquela pessoa de humor e sorriso fácil, deixando a boa disposição nas relações inter-pessoais. De elevada criatividade e de um dinamismo incomum, habituei-me a dizer-lhe que essas características sempre estiveram no seu ADN. Não vou alongar-me numa recuperação de memórias que perduram e saudavelmente renascem quando são abertos estes espaços, deixando no entanto o mínimo do possível para saudar uma personalidade tão forte e talentosa como o Onésimo. Neste dia do seu aniversário, a Clara e o Caires, partilham os sinceros parabéns e um grande abraço deste lado do mar, ao autor do ―Rio Atlântico‖.


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Porto, 15 de Dezembro de 2021 Onésimo Teotónio Almeida não faz anos. Vive intensamente todos os meses do ano, isso sim, nas suas mais diversificadas vertentes e culmina as suas vivências no somar de Dezembros. ―Parabenizar‖ um familiar, um amigo, um colega, um vizinho, o cão e o gato, insinuase uma tarefa fácil, prazerosa, mais ou menos festiva, consoante os laços e as raízes que nos ligam a esses seres. Porém, quando toca o momento de felicitar alguém como mente, Onésimo, o caso muda de figura. Sentimos que temos perante nós uma pessoa muito especial, bem longe da norma e do comum dos humanos, perante quem

© Isabel Ribeiro

Onésimo Teotónio Almeida, ou simples-

qualquer palavra que se possa usar soa sempre a mais um lugar-comum. A insatisfação residual é muita, perdura, mas, neste momento, não podemos deixar de tentar dizer algo, ou os remorsos nunca se apagariam. Para nos facilitar a vida, e acabadinhos de visitar o Nobel Prize Museum, veio-me à memória uma passagem do livro ―Todos os Nomes‖, de José Saramago. Senti-me salva e ajudada com a possibilidade de adaptar/parafrasear/citar algumas dessas frases lidas. Vejo o nosso querido Onésimo reflectido em toda a sua dimensão nessa passagem em torno do conteúdo de verbetes do Sr. José [pp37, 38], em que me irei apoiar, transpondo-a para os momentos actuais, vibrantes e alucinantes que são uma constante na vida de OTA. Num eventual verbete (lagarto, lagarto!!!) sobre Onésimo, nunca constarão os dados de uma pessoa que se limita ―a viver assim-como-assim‖ ou de ―uma pessoa que nunca se terá encontrado com o destino pela frente‖. Impossível encontrar neste verbete apenas o registo do nome do menino, dos pais, dos padrinhos, a data e a hora de nascimento, em suma, os dados elementares e idênticos a qualquer ser humano que deambula nesta vida. Não! ―As grandes e pequenas diferenças vêm depois.‖ Encontramos e encontraremos OTA, em toda a sua pujança, nas enciclopédias, nas wikipédias, na Web, Web, nas apps (e mais no mundo que a tecnologia trará por aí), nas histórias de encantar, que perdurarão tanto nos tempos presentes como nos vindouros, nas biografias, nos catálogos, (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

nos manuais, nas bibliotecas, nas bibliografias, até nos inventários de anedotas e, que nos levam não só ao riso, como também a aprendizagens sub-repticiamente escondidas nas entrelinhas. O verbete do Onésimo não tem, nem terá nada a ver com os dos outros humanóides, que ―são como nuvens que

© Isabel Ribeiro

passam sem deixar sinal de ter passado, se choveu não chegou para molhar a terra.‖ O Onésimo en-

charca-a, ensopa-a com os seus saberes (wisdom (wisdom)) e mundividência, inteligentemente acumulados e partilhados, com o seu interesse por tudo e por todos, a sua autêntica, gratuita e genuína amizade. Onésimo não pára de nos surpreender. É único. É o Onésimo. Na vida, tive a sorte de me cruzar com pessoas magníficas. Foi o Manuel Raimundo, um amigo comum açoriano, que me deu a conhecer o Onésimo, enquanto Amigo, Professor, Estudioso, Erudito, Inteligente, Escritor, Homem de grande distinção na Brown, entre outros atributos. Senti que o Manel era mesmo Amigo do Onésimo, pela forma entusiástica e empolgada como dele falava, e eu… duvidava; tanto adjectivo para um Homem só?!?. Um dia, nas Correntes d‘Escritas, na Póvoa, enchi-me de coragem, dirigi-me ao Onésimo e, além de lhe pedir que me assinasse um livro, contei-lhe das conversas tidas com o Manel. Desde então, a amizade foi crescendo, o conhecimento do Homem, brilhantemente descrito pelo Manel, acompanhou esse processo e a admiração que eu e o Fernando nutrimos pelo Amigo Onésimo é IMENSA. Devemos-lhe muito do seu tempo, preocupado com o nosso bem-estar. Impagável. (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

A sua generosidade indescritível fez com que aceitasse três participações em tertúlias literárias, em Aveiro. Encantou a sala repleta de ouvintes, interessadíssimos nas suas apresentações e partilha de conhecimentos.

Saliento,

desde

já,

―Despenteando Parágrafos‖ e ―Pessoa, Portugal e o Futuro‖, bem como as suas esporádicas anedotas, que a todos deixam ―despenteados‖, pelo carácter inesperado das mesmas. Pelo que ficou escrito, e acima de tudo, pelo que ainda esperamos da vitalidade deste Homem, força de uma Naturezavulcânica-que-lhe-corre-nas-veias,

© Isabel Ribeiro

IMENSOOOOOS ABRAÇOOOOOS DE PARABÉNS, porque hoje é dia de continuar a FESTEJAR EM GRANDE!!!!! Os Amigos, Isabel & Fernando

Meu Caro Amigo:

Querido Amigo

Não consigo imaginar melhor maneira de

75! Belo número! Com esta idade já dá para lem-

festejar 75 Primaveras, na nossa terra e

brar que nos conhecemos ainda jovens, no tempo

com a juventude que manténs.

de faculdade, nas lutas que então nos deixavam

Tenho pena de não poder festejar contigo

travar, ainda que com todos os cuidados, na defe-

hoje, mas em Janeiro celebraremos aqui na

sa da liberdade e dos estudantes católicos.

nossa segunda terra.

Quero deixar-te um grande abraço de parabéns e

Um beijo de parabéns da Lucilia.

desejar que mantenhas essa vitalidade e alegria

Um grande abraço do amigo de sempre.

por muitos anos! Muita saúde!

Gustavo

Adelaide Rocha


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Três quartos de século é uma grande razão para celebrar a vida e a obra do grande Onésimo. Para o século só lhe falta outro quarto de século, que ele saberá percorrer com a mesma graça com que percorreu os outros três. O Onésimo está sempre cheio de graças e é altura de darmos graças por ele o ter tantas e boas. E, acima de tudo, graças por o termos. Fora de graças: o Onésimo é um dos maiores pensadores sobre Portugal e a sua história. Como poucos vê, umas vezes de longe e outras vezes, felizmente muitas, de perto, o nosso país tal e qual ele é, com os seus defeitos e, vá lá, as suas virtudes. Se não somos melhor não tem sido por falta da pena e da voz do Onésimo a sugerir -nos caminhos. Eu, como ele, acredito que podemos ser melhores, acredito no progresso individual e colectivo. E, como ele, quero cá estar amanhã a ver se esta ânsia de progresso de materializa. Ele, se aqui estivesse, contava-me já três graças sobre optimistas e pessimistas e todas elas teriam graça. É feio ter inveja: mas, apesar disso, tenho alguma inveja da omnipresença do Onésimo quer física quer mental, uma presença sob várias formas e sempre em boa forma. É bom poder viver com ele perto, mesmo estando longe: alguém que, do outro lado do rio Atlântico, nos aponta os erros em textos num blogue ou num jornal para que, pelo menos na palavra escrita, haja algum progresso. Como ele faz isso como ninguém, proponho o verbo "onesimar". Muito obrigado Onésimo. Por favor, continua a onesimar, que isto sem onesimação fica um pouco sorumbático. Um grande abraço Carlos Fiolhais

Onésimo, querido amigo filósofo, escritor e professor que tão bem vive a dialética entre o ideal e o pragmático, inspirando todos com o seu extraordinário humor, envio -lhe as minhas sinceras felicitações por estes seus três quartos de século tão fecundos, com votos de que no próximo quarto de século continue a "olhar para diante e para o alto", apreciando o que de muito bom existe à sua volta sem esmorecer no contributo quotidiano para um mundo menos obtuso e mais alegre e inspirado. Um apertado abraço de parabéns desta sua amiga da margem lisboeta, Teresa Cid


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

PARABÉNS ONÉSIMO Neste longo tempo de pandemia, com pouco que fazer e confinado em casa, para me proteger e aos outros, andei a revirar alguns papéis e fotografias e selecionando algumas recordações que me "marcaram" especialmente e que, de algum modo, influenciaram, pela positiva, a minha maneira de ser, o meu carácter e a minha relação com os outros!... Na altura, quando tive a oportunidade de conviver de perto contigo no Seminário, eras o meu ídolo, aquilo que um dia gostaria de ser, pela tua generosidade, pela tua relação e forma diferente que tinhas de estar connosco, da tua fértil imaginação em fazer acontecer

coisas

diferentes e que eram, na altura, a nossa

alegria

e

uma enorme felicidade e nos ajudou muito a preencher a tristeza de estarmos afastados da nossa família! E, por isso, como

© Luís Botelho

forma de agradecimento sincero, do valioso contributo que deste, desinteressadamente, para a minha educação/formação futura, tenho um conjunto de fotos, que guardo, para sempre, como uma recordação de vida e que, só por si, poderão dar uma pequena ideia do que estou a falar!... Com muita amizade, grande estima e enorme consideração! OBRIGADO ONÉSIMO! Luís Botelho


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

© Luís Botelho

Natal de 1965—cenário concebido pelo Onésimo

© Luís Botelho


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18 de Dezembro de 2021

Onésimo Almeida : uma mente brilhante Hoje pretendo homenagear o meu velho colega e amigo Onésimo T. Almeida. Aos 75 anos de idade, o Onésimo recebeu mais um doutoramento Honoris Causa da Universidade Lusófona que espero não seja o último. O primeiro, foi-lhe atribuído em 2013 pela Universiade de Aveiro, quando aquela academia comemorou 40 anos. Para quem conviveu com ele desde os 11 anos, não surpreende a sua fulgurante carreira académica. Desde criança destacou-se pela inteligência brilhante em todas as áreas do saber, cultivado através da leitura assídua e por vezes compulsiva dos grandes homens das letras e do pensamento filosófico e científico. Onésimo não era um aluno ―marrão‖, como então se dizia. Facilmente apreendia a matéria e tinha facilidade em escrever o que o distinguia dos demais. Fosse que genero literário fosse: teatro, comédia, poesia, crónica... Sem ninguém esperar e de um momento para o outro, ele compunha uma peça de teatro, normalmente comédia, que respondia a uma situação mais aguda ou mais caricata que os alunos do Seminário viviam. Esse era o seu hábil estilo de intervir e de contestar o processo pedagógico, o que lhe trouxe alguns dissabores. Cientes das qualidades intelectuais e morais do aluno, os responsáveis pela ―Santa casa, mimosa‖ não se atreveram a afastá-lo. Antes reconheceram o mérito das suas invulgares capacidades. Já aluno de Filosofia, confiaram-lhe a responsabilidade de, como monitor, acompanhar os alunos mais novos noutra Perfeitura. Ao longo dos anos, Onésimo foi-se afirmando como um líder nato, alegre, dinâmico, incentivador, criativo, um exímio contador de estórias e anedotas, reconhecidamente ―único e multimodo‖ como mais tarde o designou João Maurício Brás, num dos seus livros. Ciente da importância de intervir e de mudar a sociedade açoriana dos anos 60, a que as Semanas de Estudos deram precioso impulso e o ―aggiornamento‖ conciliar também, Onésimo, ou melhor Vaxezy, publicou uma série de crónicas de intervenção social no Jornal ―Açores‖, dirigido por Cícero de Medeiros, denotando já então, grande facilidade naquele género jornalístico. Menos conhecida foi a sua colaboração no Semanário O DEVER das Lajes do Pico, onde Onésimo T.Almeida, Gualter Dâmaso e eu próprio publicámos, durante alguns meses, a página ―Amanhã somos nós” que pretendeu ser um incentivo à reflexão dos jovens e à mudança de mentalidades. (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Os tempos não iam fáceis. Na estrutura eclesial diocesana, vivia-se uma acesa controvérsia entre docentes defensores da urgência das reformas conciliares, formados em universidades europeias, e ―superiores‖ mais conservadores, detentores do poder clerical. No Seminário essa controvérsia foi acesa, e a sua fundamentação alimentada pelas aulas e pela bibliografia que adquiriamos na Livraria do Sargento Ferreira. Era incontornável a necessidade de reformar o sistema educativo e eclesial, face às mudanças sociais e às novas linhas orientadoras do Concílio. Os alunos também reclamaram uma participação direta na vida paroquial e uma abertura à sociedade civil. A continuidade do Programa ―Hoje é Domingo‖, criado pelo Pe António Rego no Rádio Clube de Angra foi um projeto sem precedentes porque se inseria neste espírito. Onésimo uma vez mais tomou a dianteira e assumiu a liderança da equipa constituída por Octávio Medeiros, José Francisco Costa e eu próprio. A experiência deste programa de orientação cristã virado para a problemática social, continuou a ser cuidadosamente bem acolhida e abriu caminho, anos mais tarde, a outra idêntica no Rádio Clube do Uíge – Angola, intitulada ―Esperança 72‖, liderada pelo nosso querido colega e amigo, recentemente falecido, Octávio Medeiros em colaboração com Maria Odete Ávila, Rui Maeiro, eu próprio e o sonoplasta madeirense Carlos Melim. A simpatia pelos media levou Onésimo a realizar uma excelente investigação sobre a problemática da comunicação social, trabalho publicado na Revista Atlântida. Terá tido esta investigação um ponto de partida importante, que fez com que nunca mais se afastasse dos media, (imprensa e televisão) para atingir o grande público. Entretanto, no Seminário de Angra, a contestação dos alunos aumentava. E embora o Bispo Diocesano D.Manuel Afonso de Carvalho efetuasse mudanças na direção do Seminário, as alterações não afetaram a linha orientadora da formação. Alguns professores decidiram não pactuar com a situação e abandonaram o Seminário. Semanas mais tarde um grupo de seis dos nove finalistas do Curso de Teologia, liderados pelo Onésimo T.Almeida, acompanhado do Octávio Medeiros, José F. Costa, Carlos M.Sousa, Gastão Oliveira e eu próprio decidiram tomar outro rumo, embora incerto. Depois de uma passagem pelo Seminário Pio XII, em Fátima, de que ele foi o primeiro responsável, e da frequência, a seguir, do Curso de Teologia na Universidade Católica, o grupo dispersou-se por Angola e pelos EUA. (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Devido ao seu extenso percurso académico, largamente reconhecido por personalidades académicas nacionais e estrangeiras das áreas da Filosofia, da História, das Ciências e do pensamento em geral, Onésimo transformou-se num cidadão universal, conhecedor das ―quatro partidas do mudo‖, sempre valorizando as suas raízes geográficas e culturais açorianas. Seria ousadia da minha parte pronunciar-me sobre o seu percurso académico e o seu pensamento filosófico e científico divulgado em livros e conferências, que lhe grangearam vários prémios. Outros, mais doutos, já o fizeram e acrescentar-lhe-ão novos contributos, resultantes de um persistente anseio de ―mais saber para melhor viver‖(lema das Semanas de Estudo dos Açores). Pretendo apenas relevar este Açoriano dos quatro costados – profundo conhecedor da História, das Letras e da Ciência destas ilhas e da sua geografia física e humana que sempre divulgou onde quer que fosse. Os Açores teriam ganho imenso se os seus responsáveis tivessem aproveitado a influência de Onésimo noutros areópagos internacionais. Ainda é tempo de recuperar o tempo perdido, nomeando -o embaixador itinerante dos Açores na América do Norte e do Sul, em países lusófonos e europeus, por onde ele anda, frequentemente, divulgando a sabedoria da sua ―Mente Brilhante‖. José Gabriel Ávila jornalista .p. 239 A http://escritemdia.blogspot.com http://escritemdia.blogspot.com

De há muitos anos a esta parte que o meu Amigo tem sido uma presença inspiradora nas minhas andanças pelos mundos da cultura e, naturalmente, também daquela que carrega 'o peso do hífen'. Além de tudo isto, o seu convívio, tem trazido à minha vida alegria e leveza, dons inestimáveis. Do coração, faço votos para que este novo ano de vida continue a ser o portal para os muitos que lhe desejo, cheio de saúde, rodeado pelos seus mais queridos e, para sempre, contador de histórias que nos enchem a alma de saudável humor! Beijinhos e até sempre, Teresa Alves


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Obrigada por seres parte tão essencial da minha vida! Gabriéla Silva

A Diáspora celebra e agradece! Onésimo Teotónio Almeida está em festa de anos, a diáspora portuguesa nos Estados Unidos também está em festa, não fosse ele o intelectual, o académico, o escritor, que sempre esteve e sempre está com a nossa diáspora. Muito se podia e devia escrever sobre o Onésimo. Queria neste postal celebrar a generosidade do Onésimo para com a sua/nossa gente emigrada e os luso-descendentes. Desde sempre que o Onésimo tem encontrado tempo para a nossa comunidade através do continente americano. Nunca recusa um convite, mesmo que venha dos recantos mais humildes. Como já o disse, repetidamente, a sua generosidade não tem limites. Através de uma carreira académica verdadeiramente brilhante, Onésimo Almeida tem tido uma atenção muito especial a assuntos da nossa diáspora. São centenas os textos dedicados ao processo de integração, aculturação, sobrevivência cultural, ensino da língua portuguesa em terras americanas, vivências comunitárias, entre muitos outros temas. Todas as crónicas, artigos, e textos académicos com o mesmo rigor, a mesma escrita deliciosa que há muito nos habituou. A diáspora portuguesa em terras americanas é mais portuguesa graças ao Onésimo. Centenas de organizações, centros de estudos nas mais variadas universidades, escritores luso -americanos e lusocanadianos, líderes comunitários, órgãos da comunicação social em língua portuguesa, organizações estudantis, entre outras, têm com ele uma grande divida. É que, tal como dizia meu pai: aquele rapaz de São Miguel sabe estar com toda a gente. O Onésimo sempre soube estar com a diáspora, sempre soube defendê-la e acarinhá-la. Parabéns, meu caro Onésimo! Pessoalmente também tenho uma grande divida. Foste, e és a inspiração para o pouco que tenho feito. Sou apenas um, de milhares de homens e mulheres, nestas terras americanas, que com a tua erudição, a tua generosidade e o teu compromisso com o que o nosso saudoso amigo Emanuel Félix, chamava, o culto da amizade, imprimiste o desejo e a necessidade de criarmos uma diáspora viva onde a portugalidade e a açorianidade respira todos os dias. Felicidades! Abraços com a gratidão e a amizade de sempre. Diniz Borges


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

QUADRAS SOLTAS PARA ONÉSIMO TEOTÓNIO ALMEIDA

Quando se trata de falar de Onésimo Teotónio de Almeida, a adjectivação

FELICITAÇÕES ONÉSIMO

encurta, porque ele é grande demais pa-

POR MAIS UM ANIVERSÁRIO

ra caber em palavras…

E JÁ SE DIZ QUE NUM VIGÉSIMO

É por isso que o guardo noutro lugar da

HAVERÁ FESTA DE CENTENÁRIO

alma, no Parnaso onde só estão os que

QUEM TIVER O PRIVILÉGIO

eu deixo entrar…

DO ONÉSIMO CONHECER

Parabéns, meu querido!

DENTRO OU FORA DO COLÉGIO

Que o céu nunca se esqueça de te cobrir

MUITO E MUITO VAI APRENDER

sempre de bênçãos!

MAS SE POR ACASO, DE REPENTE NINGUÉM APRENDE A LIÇÃO

Teresa Machado E S

E QUASE O EQUIVALENTE DE TER CAMA E DORMIR NO CHÃO NA VARANDA DO PRESENTE, ONÉSIMO VIU A RUA DO PASSADO E FICOU CONTENTEMENTE A GOSTAR DO SEU LEGADO VIU O BEM E VIU O MAL VIU O FEIO E O ATRATIVO E CONCLUIU AFINAL QUE O SALDO FOI POSITIVO HAPPY 75TH BIRTHDAY ONÉSIMO

O Onésimo tem destas coisas. Sem saber (ou talvez saiba), desagua em si um mar de gente tão diferente entre si, mas que é de igual forma tocada pela sua imensa sabedoria, afabilidade e generosidade... E humor!

Muitos Parabéns, Onésimo! Que conte muitos e bons!

YOU MAKE US PROUD Ângela Loura Manuel Fernando Neto


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Não conheço alguém que conte estórias ou história com tanta graça ou saber, como o autor da crónica e livro ―QUE NOME É ESSE Ó NÉZIMO‖ ou dos livros que mais apreciei para melhor reflectir e descobrir a identidade portuguesa – ―A OBSESSÃO DA PORTUGALIDADE‖ e ―O SÉCULO DOS PRODÍGIOS – A Ciência no Portugal da Expansão‖. Caro Professor Onésimo Teotónio de Almeida (ou sem ―de‖, como bem explica em crónica), consigo estou sempre a aprender em estado de boa disposição, seja em palestras, nas quais leva o seu texto ou apontamentos para ler, mas acaba invariavelmente a falar-nos de improviso pleno de humor, seja quando não posso estar na sua presença, lendo crónicas suas, das quais sou apaixonado, como as reunidas em ―ONÉSIMO Português sem Filtro – uma antologia‖. Não esqueço uma característica sua que sempre agradeço, a extrema atenção que dedica em responder de imediato aos e -mails que lhe escrevo, de quando em quando, apesar da sua conhecida abundante actividade, em viagens e múltipla produção literária. Caríssimo Onésimo, parabéns por mais este aniversário natalício. Que tenhamos, por muitos anos, o privilégio de poder contar com a sua companhia terrena, pois, pelo menos nos livros, já a temos como eterna! Paulo Enes da Silveira

2/10 alentejanas, de parabéns Que ideia, Ó Nésimo, foi essa a tua

Português sem Filtro, enfim, cultivaste.

De teres setenta e cinco anos:

Penteias Parágrafos. És açoriano,

Tanto destemor, quantos desenganos,

mundivivente e americano.

Desde que de lá saíste, da tua rua.

Por ano algum, meramente, passaste;

Do que no Rio Atlântico desagua,

Existes, és, nunca apenas duraste!

Muito vem das tuas sábias Viagens,

Criaste Utopias, marcaste o compasso,

Na Tua Era, com bem raras portagens.

A muitos valeste no estreitar o laço.

Um optimista, sempre, muito humor,

Um Século de Prodígios já está perto!

Audaz e incansável voador,

Por isso daqui vai, com bom aperto

Foste de Marx a Darwin sem paragens.

De muitos parabéns, um rijo abraço.

Manuel António Assunção


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18 de Dezembro de 2021

Aos 75 anos, um postal para quê? Onésimo, estou "menente" ao saber que tanta gente te quer fazer passar por outro Matusalém. Mas por quê? pergunto eu?. Eu, por mim, pasmo

e sussurre ao combalido aniversariante

e só não digo

Que o cabo dos 75 que não é nenhum Bojador

tai asno!

Será da Esperança, daí a uns cinco anitos,

Como não sou corisco

lá para os temidos oitenta

A tanto não me arrisco.

é que será a idade certa em que a vida

Mas não sendo toureiro

já não é Prosa nem poesia

sou da terra dos touros

mas prosema.

como um deles invisto

Já não se despenteiam parágrafos.

e insisto

E a Obsessão da Portugalidade

Eu que já passei por eles.

será ainda menos que a minima azorica.

Por esses 75 anos

E não penses que te livras do Desassossego,

Sei que não são nenhum Bojador Mas tem-se sempre a vã ilusão de algum bajulador

saltando da Lusalândia para o Rio Atlântico.Ou vice versa...Contigo é tanto vice como versa É verdade. É certo e seguro

De algum bem intencionado,

que não te espera nenhum Século dos Prodígios,

mas mal avisado, tentar aligeirar a dor

mas também sei que sempre poderás recorrer ao grande sábio da tasca da tua ilha fatal ( e de fatalistas) e sentenciar: "Podia ter sido pior"!!! Bem... são os meus parabéns pelos 75 verdejantes outonos Onemésicos. Não pareceu, pois não? Abraço, trémulo. De ternura. E da idade também. Cá te espero! Dionísio


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Mensagem para o Onésino T. Almeida Conheço o Onésimo há mais de 60 anos. Somos velhos amigos, como ele mo recorda de vez em quando. Cruzamo-nos e caminhamos, quase que lado a lado, durante quatro anos, naquela época. Vivemos uma maior proximidade no seu Pico da Pedra, também berço da minha mãe e dos meus avós maternos, e que foi para mim uma espécie de porto seguro temporário, depois que emigrei de Santa Maria. Jovem – ele é apenas dezassete meses mais velho do que eu -, entrando apenas na adolescência, o Onésimo - reflicto e recordo-me disto como se fosse ontem -, já era dono de uma vivacidade e de uma curiosidade intelectuais bastante mais além daquelas que eu próprio havia experimentado durante toda a minha criação mariense. O Onésimo ―galgava‖, sempre uns passos mais à frente da maioria dos outros da nossa geração ―azorica‖ daquela ―Era‖. Não exagero! A emigração rumo ao Canadá, em 1963, exilou-me, e eu, de certa forma, não fui testemunha dos avanços que a gente daquela nossa dita geração, formada na ―Casa Santa, Mimosa‖ em Angra, contribuiu para a sociedade açoriana, pré e pós o 25 de Abril. O Onésimo, conforme documentado, em arquivos, livros, crónicas, ensaios e recortes, liderou muitas das iniciativas que cortaram amarras, no mínimo, ultrapassadas. Salvo erro, só nos revimos a meados da década de 1980, quando um amigo comum mo trouxe a casa, de surpresa, durante uma visita sua aqui a Montreal. Já exagerei, tomando bem mais espaço do que me é de direito. Poderia continuar, reflectindo sobre as minhas observações e impressões gravadas ao longo dos últimos anos durante os quais descobri o académico, o pensador, o filósofo, o vulgarizador talentoso, o Homem que tanto marca a nossa Açorianidade, com orgulho. Poderia ter-me apenas referido ao conjunto de observações, elogios e contributos juntados no ―Onésimo, Único e Multímodo‖, e dos quais apenas retenho, agora, os do antigo reitor da Universidade de Aveiro, Dr. Manuel Assunção, que o descreveu conforme eu também, em muitos aspectos, o conheço: ―Nunca sem espanto, sempre sem desânimo‖… Parabéns, caríssimo Onésimo! Duarte M. Miranda


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18 de Dezembro de 2021

Zagreb, 18 de Dezembro de 2021 Querido Onésimo,

Nada melhor para comemorar o aniversário de um velhote que lembrá-lo dos episódios remotos, passados juntos. Bom, lembrei-me daquele dia longínquo em Brasília, já não sei se em 1998 ou em 1999, mas foi de qualquer maneira na época em que ainda não pintavas o cabelo em branco e a tua vetustez foi ligeiramente menos pronunciada. Tivemos naquele dia o seminário sobre a literatura portuguesa na Universidade de Brasília que organizei, em que participaram, para além da Leonor e de ti, Cristóvão Tezza, Sérgio Sant'Anna, mais dois professores brasileiros de literatura portuguesa, e outros dois ou três participantes, cujos nomes limpou o tempo da minha memória. Até o conselheiro cultural da Embaixada portuguesa, que tinha, parece, achado dar-lhe menos trabalho se um diplomata croata organizasse o seminário sobre a literatura portuguesa, em vez dele próprio, nos honrou com a sua benévola presença! Depois do seminário, fomos para a nossa casa no Lago Sul. Tinha o hábito de, por motivos de segurança, antes de sair da casa, colocar no leitor cinco cd-s, para tocarem enquanto a casa estava vazia, como uma (provavelmente vã) das medidas de segurança que se tinha de tomar. Quando entrámos em casa, estava a tocar o disco que Lidija Percan, cantora croata da Ístria, gravara com músicas populares tradicionais que se cantam (ou se cantavam) na Ístria e no Norte da Itália, na região de Trieste e em geral, na de Friuli - Venezia Giulia, até ao Piemonte. Naquele momento estava a tocar Quel mazzolin di fiori. fiori. Perguntaste que música era aquela. Lembrei que a Ístria, assim como a Dalmácia com as ilhas, após a Primeira guerra mundial, fazia parte da bota e esteve sob a bota italiana, até 1945. O processo da colonização da zona a que o Reino da Itália (para não mencionar aquele nome) procedeu, alterou a estrutura da população e trouxe a língua e a cultura italianas àquela zona, sendo essas músicas uma tradição que se mantém até hoje (e ainda hoje uma boa parte de istrianos são bilingues, sendo -lhes o italiano a segunda língua, após o croata). (continua na próxima página)


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18 de Dezembro de 2021

Enquanto fui buscar as garrafas e os copos para comemorarmos o evento, passou a tocar Amor dammi quel fazzoletino. fazzoletino. Começaste a cantarolar com a cantora. Então lembrei-me de ir buscar o meu caderno com letras e algumas pautas donde constavam também essas músicas. Sentámo-nos à beira da piscina todos os quatro, com as letras das músicas e os copos na mão e começámos a cantar. Seguiram-se La mula de Parenzo1 e Piemontesina, Piemontesina, e outras do mesmo disco. E cantámos em vozes polifónicas, as senhoras em soprano e terça, tu em barítono e eu em baixo-barítono, em terça e quinta. A cantora do disco bem nos acompanhou! Quando terminou o disco, repetimos os copos e depois repetimos o disco. E assim por diante, até tarde na noite. Até tenho a impressão que repetimos os copos com uma frequência claramente superior à repetição do disco, julgando pelo número de garrafas que milagrosamente apareceram no lixo na manhã seguinte. Tenho uma viva lembrança daquela quente noite brasiliense, em que uma portuguesa, uma eslovena, um português (embora de cepa açoriana) e um croata cantam músicas italianas predominantemente em dialecto triestino, bebendo vinho argentino, acompanhados por uma cantora de apelido friulano… Bem, Bem, meu querido Onésimo, já que te apanhou essa provecta idade, posso só desejar-te muita saúde, muito riso e muita calma. E que repitamos o nosso lindo coro…

Um grande abraço, Želimir

P.S. Para os menos familiarizados com a língua italiana, aqui estão as traduções das letras: Quel mazzolin…, mazzolin…, Amor dammi…, dammi…, La mula…, mula…, Piemontesina. Piemontesina.

1

Parenzo é topónimo italiano para a cidade de Poreč. Poreč.


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18 de Dezembro de 2021

Onésimo, um homem bom É muito difícil escrever algo apropriado e justo sobre o professor Onésimo – que me vai bater por começar assim este texto, pois gosta do tratamento apenas pelo nome – sem que isso signifique muitas horas de reflexão e cuidado, ainda por cima em tão especial ocasião. Como se pode escrever algo para oferecer a alguém, que tem o dom brilhante da palavra dita e escrita como poucos, assim em cima dos joelhos? Apenas porque a admiração enorme, a amizade, porque não dizê -lo, o amor a essa pessoa nos impede de faltar à chamada para festa tão brava. Quase quarenta anos depois de ter feito o seu próprio doutoramento e de se ter notabilizado como académico, escritor e comunicador, em termos internacionais, num ambiente de verdadeira concorrência e exigência, o professor Onésimo recebeu um contacto inesperado de um jovem na casa dos cinquenta que lhe perguntava se não queria ser co-orientador da sua tese de doutoramento, a decorrer na Universidade de Aveiro, com um tema algo louco. Este indivíduo, talvez lunático, pretendia estudar uma escola do outro lado do mundo, em Timor-Leste, que já não existia, pois havia funcionado entre 1976 e 1992, durante a ocupação indonésia, e cujo arquivo tinha sido incendiado em 1999, depois do referendo em que os timorenses disseram adeus aos (militares) indonésios, que, pelos vistos, não gostavam de despedidas. Essa escola, aberta pelos padres timorenses Leão da Costa e Domingos da Cunha em plena ocupação e dedicação dos indonésios para eliminar os vestígios da história (e não só, como se sabe, pois desapareceu um terço da população), decidiu salvar, propositadamente, imaginem, a língua portuguesa, ensinando uma geração de jovens nela e, assim, preservar uma identidade cultural distintiva na região e no meio da barbárie. Sem me conhecer de lado algum, ainda que fosse Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro, onde eu trabalhava e de onde lhe escrevia, mesmo que parecesse algo doido ou potencialmente inconsequente, o professor Onésimo nem pestanejou e aceitou mais esse trabalho, por entre aulas, seminários, orientações de teses, conferências, escritos académicos, textos para prefácios, introduções a livros, livros, entrevistas para televisão, jornais, artigos para revistas e jornais – eu sei que isto cansa um bocado, imaginem ao próprio. A primeira vez que nos encontrámos foi no dia 27 de setembro de 2018, na Curia, aqui ao lado, terra que acolheu judeus refugiados na II Grande Guerra, vindos talvez com vistos no nosso Cônsul em Bordéus, não sei, onde fazia a conferência de abertura na Festa Literária Folha (com um elenco de participantes de luxo, diga-se), sobre Antero de Quental. Convidou-me para o evento naqueles dias e foi muito generoso comigo, o que não vou revelar para respeitar a sua discrição. Fui ter com ele para tomar o (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

pequeno-almoço no Hotel das Termas, um lugar belo e nostálgico, aproveitando para falarmos sobre a investigação e a tese, em especial sobre a revisão da literatura que lhe havia remetido pouco tempo antes. Quando cheguei disse-me que pensava que eu era mais jovem, já que lhe tinha dito que tinha um filho com seis anos e uma filha com dois. Eu pedi-lhe desculpa se isso lhe causava alguma deceção, mas ele descansou-me logo, afirmando que não era pedófilo nenhum. Podia passar páginas e páginas a falar do seu bom humor, da sua inteligência fina e profunda, da sua gentlemanship, gentlemanship, da sua partilha com o outro, coisas que, afinal, todos conhecem muito bem. O meu amigo Onésimo, um açor talhado na pedra vulcânica e com o mar todo por olhar, que alargou fronteiras muito para além das margens do rio oceano, mas sem nunca esquecer as suas origens, aceitou fazer a meu lado um dos voos mais importantes da minha vida. Enquanto dizia que apenas corrigiria algum desvio errático, na verdade emprestou-me, deu-me, uma parte valiosíssima da fineza e profundidade do seu pensamento e cuidado. No dia 24 de março de 2021, como a minha defesa de doutoramento, perante o tribunal académico (estou a brincar), era pelas 10h de Portugal continental, Onésimo não deixou de estar presente na sessão no zoomidificador (a pandemia obrigou a que se fizesse por teleconferência via Zoom), mesmo que na hora de Providence ainda nem o galo tivesse cantado, madrugada cedo. Não resisto a contar duas interações durante o meu percurso doutoral, uma muito divertida e a outra muito séria, ambas simbólicas da sua enorme classe. Num capítulo que lhe remeti cometi a asneira de usar inadequadamente o termo prolífero para designar um escritor que produzia muito. A resposta não tardou (e que me perdoe a inconfidência): ―Uma nota insignificante sobre o uso do termo prolífero: prolífero: no meu tempo dizia-se que prolíferos são os coelhos. Um escritor é prolífico, prolífico, a não ser que tenha muitos filhos e então é prolífero. prolífero. Mas hoje vejo que se generalizou o uso de prolífero‖. prolífero‖. E eu, desculpando-me, respondi que naquele momento me vinha à cabeça o professor da quarta classe, com pudor, que a par com o meu avô Bonifácio, um homem dado ao humor, referia várias vezes que prolíferos eram os coelhos. Agora outra estória ainda mais séria, mas onde não passo vergonhas. Consegui, no final de 2019, início de 2020, depois de muito trabalho e esforço que uma boa revista brasileira, editada pela prestigiada Universidade de São Paulo, aceitasse publicar um artigo que resultava da minha investigação. Para mim era um feito espetacular, ainda que a vaidade resultasse de um trabalho que não era solitário e bebesse (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

da sabedoria de outros, como do próprio Onésimo. Seguindo uma prática comum em Portugal, e não só, em que os doutorandos publicam artigos também com os nomes dos orientadores, comuniquei -lhe o que ia acontecer com enorme gáudio. A resposta veio clara: ―Você publica esse trabalho só com o seu nome, que é o que é justo. Só lhe cederia o meu nome se isso o ajudasse a publicar, mas nunca incluiria o seu trabalho no meu curriculum vitae!‖ Quando um dia me perguntou por que razão me tinha eu lembrado [e tinha tido a enorme lata, digo eu] de o procurar, usei argumentos teóricos e não lhe disse a verdade toda: foi por causa dessa cultura, desse enorme cultura que sempre faz ressuscitar em mim a fé na humanidade. Ainda que o Onésimo se dê bem com toda a gente, a sua generosidade (com todos) e, ao mesmo tempo, a sua retidão (com todos), faz-me lembrar aquelas supostas e valiosas palavras do navegador Afonso de Albuquerque, de quem tanto ouvi falar quando andei pelo sudeste asiático, não apenas por bem, diga-se e abono da verdade, mas onde os portugueses são mais valiosos do que em Portugal: «Mal com El Rey por amor dos homens, e mal com os homens por amor d‘ El Rey». Obrigado, Onésimo, e muitos parabéns! Que venham muitos mais para seu usufruto e para nosso benefício. Ângelo Ferreira, Universidade de Aveiro, 16 de dezembro de 2021

© Ana Loura


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Ó Nézimo, cadê o livro de fotografias?! Nota: trata-se, aqui, de formular um testemunho sincero, a fazer valer no dia 18.12.2021, data em que ―o‖ Onésimo atinge o número mágico de 75 verões, mantendo uma eterna juventude, cheia de força, gana, entusiasmo e jovialidade, que tantos invejam e, sobretudo, de que gostariam de conhecer o segredo… Onésimo caríssimo, Dia 18 de Dezembro (deixemos para trás o dia 16!), atinge ¾ de século de vida, mas não de uma vida qualquer: uma vida fascinante, rica e plena, da qual se destaca a sua atenção e a sua dedicação ao ―Outro‖. E, de repente, num impulso, e em jeito de balanço, decidi revisitar alguns dos milhares de emails que trocámos ao longo de 15 anos (feitos agora em Novembro) e que guardo, com todo cuidado, numa ―arca‖ digital, para iluminar os meus velhos dias… Nos últimos três anos, vi-o, presencialmente, duas vezes apenas: no dia 7 de Junho de 2019, em que fui, de comboio, com o meu ex-Reitor, Manuel Assunção, comemorar os 89 anos (já feitos no dia 25 de Maio) do nosso comum amigo, Eugénio Lisboa. Em Santa Apolónia, aguardava -nos um motorista de alto gabarito, professor catedrático de uma das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos, para nos levar a S. Pedro do Estoril, onde tínhamos agendado um lauto almoço com o ―nosso‖ Aniversariante! Vi-o, pela última vez – um pouco cansado, diga-se –, nas Correntes d’Escritas, d’Escritas, em Fevereiro de 2020 (antes do “grande cataclismo pandémico”), onde fui com dois propósitos: 1) assistir ao lançamento do belo livro da Leonor, Literatura e emoções: a função hermenêutica dos afetos – apresentado pelo Sérgio Guimarães de Sousa – 2) e, não menos ―emocionante‖ para mim, conhecer, ao vivo e a cores, por sua intercessão (daquelas que as ironias da vida tornam ainda mais extraordinárias porque instrumentalizadas pelo Onésimo!) o Luís Caetano, que eu muito admiro, desde os seus tempos do “Câmara Clara‖, momento alto da RTP2, e que me faz uma inteligente e doce companhia, há largo tempo, na Antena 2, com a ―Ronda da noite‖ e ―A força das coisas‖. Depois desse momento que, para todos nós, marcou o fim de um tempo, sobretudo depois da morte de Luís Sepúlveda com o simultaneamente estúpido e manhoso vírus Covid-19, que tanto nos tem infernizado os dias, nunca mais nos encontrámos. Mas a presença do Onésimo que, não podendo viajar tanto (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

(ou quase nada) de avião, passou a viajar em zoom e a escrever emails, manteve-se constante e sempre atenta e animadora. Na verdade, é uma sorte incalculável ter como amigo e correspondente assíduo, o intelectual culto, homem versátil e sempre em movimento, professor, filósofo, ensaísta, cronista, contador de histórias, dotado de uma personalidade complexa e multifacetada, que, apesar dos muitos anos de Académico na Brown University, nunca se desvinculou da sua pertença a Portugal, mantendo se, pelo contrário, muito atento ao modo como a Democracia foi transformando este país (ou não!) e as suas mentalidades. Generoso e atento, o Onésimo partilha, com os seus amigos, imagens dos lugares assombrosos que visita, as suas ―notas bárbaras‖ (―instantâneos‖ vividos que a magia da escrita onesimiana logo transfigura), antes mesmo de as ter publicado em livro; é o Amigo que ―ouve‖ lamentos, que aconselha, ajuda, intercede… com o Onésimo, os milhares de quilómetros que nos separam não são sinónimo de distância nem de obstáculo; na sua geografia (senti)mental, o Atlântico não é Cabo das Tormentas mas antes Cabo da Boa Esperança; não é um oceano intransponível mas antes um rio calmo e o Onésimo a ponte que o atravessa. Os seus mails, sempre recheados de relatos de factos e acontecimentos extraordinários, rasgam o meu quotidiano, por vezes nublado e cinzento, talvez por acção da neblina e do nevoeiro que emanam do mar da Costa-Nova e da Ria de Aveiro, e têm o condão de nele fazerem entrar um raio de luz que tudo transforma. E depois há as fotografias, que o Onésimo sempre lhes acrescenta – de longínquas e exóticas paragens como a China e o Vietname; de lugares mais próximos como o Canadá, a Argentina, a França, e outros, mais intimistas como os Açores, ao aterrar ou levantar voo naquelas/daquelas ilhas minúsculas, perdidas no meio do Atlântico (essas, quase sempre feéricas, são as minhas preferidas porque me fazem sonhar – ou antever a realização de uma obsessão já antiga – com a possibilidade de mergulhar e desaparecer nas águas frias e cristalinas do oceano); ou, ainda, as que testemunham fins de semana tranquilos na praia de Narrangansett ou em Buzzards Bay; mas também as imagens coloridas dos jardins e das ruas de Providence na Primavera, dos tons ocres e dourados do Outono, do branco imaculado da neve que, pelo Natal, cobre, de um véu branco de noiva, o arbusto com o mesmo nome, que a Leonor e o Onésimo têm no jardim da frente, da sua bela casa… As imagens que nos envia são quase sempre de maravilhosas paisagens que a ―arte‖ do fotógrafo (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

transforma em paraísos na Terra (e que tantas vezes escolho como fundo de ecrã, para poder evadir -me para bem longe, ao abrir e trabalhar no meu computador). E, curiosamente, nesta época de tomada de consciência ambiental, chega até a fazer-me pensar, ao olhar para a beleza de todas essas imagens, que a Humanidade tem uma riqueza infinita ao seu cuidado, mas que tudo faz para a destruir! Agora que já é autor reconhecido de livros de crónicas, de livros sisudos de Filosofia que já lhe valeram Prémios e até condecorações do Presidente da República, quando me vêm à memória as centenas (milhares, sem exagero) de fotografias que alegram e enriquecem cada mail seu, e delas destaco as que representam janelas e portas de vidro, através das quais e nas quais surgem e/ou se reflectem imagens, numa mise en abyme que só um fotógrafo, exímio e dotado de uma sensibilidade hors norme, norme, consegue captar e ―capturar‖, tenho imperiosamente de lhe perguntar: ―Ó Nézimo, cadê o livro de fotografias que há tanto tempo lhe ando a pedir?!‖ Vou deixar-lhe, aqui, um grande abraço de gratidão, de amizade e, é claro, de Parabéns, autocitando me a partir de um mail que lhe escrevi a 6 de abril de 2021, às17h 34‘: ―Que bom, no meio desta obscuridade que ensombrou o mundo, existirem Onésimos que nos fazem sorrir…‖ Otília Pires Martins / Universidade de Aveiro


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Verdadeiro embaixador da cultura portuguesa nos Estados Unidos, lugar onde o saber que partilha é depois levado para diferentes latitudes do planeta, é na sua forma de se dar aos outros um extraordinário pedagogo e notável comunicador. Com Onésimo Teotónio Almeida conhecemo -nos melhor, enquanto portugueses. Também através das crónicas, dos programas, das diversas intervenções públicas, discorre sobre a cultura com um sorriso, num raro encontro de inteligência e generosidade, sem concessões ao rigor da palavra. Que sorte a nossa de o termos. Parabéns, Onésimo! Luís Caetano

Muitos parabéns amigo Sr. Onésimo e que venham muitos mais com saúde e felicidades para si e família. Abraço. Duarte Cardoso

Parabéns Onésimo (já com algum atraso)! Um © José Costa

Feliz Ano! Fátima Brito Monteiro

Onésimo

Por muitos e mais Se mantenha a voz que ouvimos e lemos Que nunca te falte o amor E todos os amigos que tens Ad Multos! Parabéns! José e Lourdes Costa Ribeira Quente, Dezembro de 2021

© Ângela Loura


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Amigo Onésimo O que é nos dias de hoje falar do Onésimo, quando celebra 75 anos de existência? Onésimo é nome de LUSAlândia. Ele é dez ilhas e dez pesos do Hífen que as religam. Assim como é família, os amigos, as viagens que o alimentam, mantêm e desenvolvem a ecologia do seu espírito humano. Onésimo é um português suave, puro, duro de sorver-se. Um Português sem Filtro que não se livrou do desassossego que anima a entusiasmante e contagiante aventura da sua existência no mundo com os outros. Onésimo é um criativo Despenteador de Parágrafos. rágrafos. Desengonça A Obsessão da Portugalidade com determinação. Cuida com proximidade e distância conversas, sempre por fazer, para muitos, improváveis, como aquela que mantém entre Marx e Nietzsche iluminando com elas o nosso pensar e interagir. Onésimo não se deixa confinar, a inquietação pelo saber mais desafia o seu vasto e profundo

© Conceição Lopes

conhecimento. Um presente a que se oferece e nos oferece com memória fascinante, descobrindo e construindo trilhos experivivenciais e conceptuais com lúdica teimosia, coerência vibrante e lúcida firmeza. A sua estrutura sensível humanista. As suas convicções. As suas dúvidas. A sua família e os seus amigos. Todos juntos são como os cabos com que o espeleologista se segura, na solitária e tormentosa escalada das cavernas e dos cumes nunca dantes atingidos, como é o caso da sua obra ―O Século dos Prodígios: a ciência no Portugal da expansão‖. Onésimo é um homem bom, meigo, forte, estruturado, expansivo, otimista inveterado. É viral o seu amor pela vida, pela sua amada Nonô, por cada um dos seus três filhos e pelos amigos do coração com os quais cresceu. (continua na próxima página)


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Onésimo é assim. Dignidade, verticalidade, lealdade, honestidade, generoso, sonhador, atento aos outros, lúcido, coerente, estudioso, coração aberto de ternura, amigo. A sua vivacidade, humor, fraterna solidariedade continuam a transbordar no que faz, como faz, no que diz e como diz, na voz e no silêncio do seu estar-no-mundo com os outros. Rebobinando a memória, de frente para trás, é comovedor reencontrar o Onésimo. No dia do seu aniversário, amigos do seu tempo de rapazinho de calçanitos, ali estavam com ele a festejar, na Ribeira Quente do seu encantamento. Carapauzinhos fritos com molho de vilão, entrecosto com feijão assado, bem regados com açafates de risos, abraços e de beijos. No meio do turbilhão de palavras ditas sobre o Onésimo lembro o jovem teólogo formado no Seminário da cidade de Angra do Heroísmo que há cinquenta anos, surpreendentemente, e de mãos dadas com outros rapazes teólogos, José Francisco Costa, Octávio Medeiros, José Gabriel, Carlos Sousa, irromperam na história religiosa dos Açores,

© João Carlos

como trovões, relâmpagos de luz e de esperançamentos. Em nome do sonho de uma Igreja simples, alegre, festiva, amorosamente fraterna, igualitária e entre todos participativa, rumaram para o Continente e lá criaram uma enxurrada de inovações e mobilizações de jovens, na Igreja da Anunciada de Setúbal, em que tivemos o privilégio de participar. Setenta e cinco anos. Prémios, Comendas e outros justos reconhecimentos não o toldaram. Onésimo é um homem modesto e luminoso. Tudo o que disse sobre o Onésimo escapa ao que ele é e ao todo que ele pode ser. Tua amiga Conceição Lopes (Ção) 31.12.21


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Parabéns Onésimo! Com muitos abraços e beijaria da Deka

Onésimo Teotónio Almeida, parabéns! 18 de dezembro… Hoje é o aniversário de 75 anos de uma das pessoas mais inteligentes que conheço. Intelectual brilhante. Professor, filósofo, um currículo robusto e detentor de títulos honoríficos, autor premiadíssimo e muito mais há pra se dizer do ilustre cidadão açoriano, nascido no Pico da Pedra, na Ilha de São Miguel. Porém, o CV acadêmico não fala de seu maior patrimônio - a fabulosa maneira de ser.

Está sempre

pronto para ajudar os amigos ( e não só). É um articulador nato, intermeia, orienta, aproxima, divulga e encanta- nos com suas historias deliciosas. Muitas chegam na margem de cá de boleia nas suas "Notas Bárbaras" que percorrem o mundo,

dignas

de

sua

alma

© Ana Loura

"viajeira". Querido amigo Onésimo, aqui vai um grande e forte abraço com o afeto da amizade. Que hoje seja um dia marcado pela alegria do teu aniversário celebrado ao lado da querida ( e tua) Leonor e os muitos amigos que com certeza vão te abraçar e brindar a dádiva da amizade. Fico aqui cheia de inveja deles, pois queria estar aí na tua Ilha. Até breve! ( e olhe a validade do passaporte) Lélia Nunes


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

QUE NOME É ESSE, ONÉSIMO? Não sei se no Onomástico português consta o nome próprio Onésimo. Em todo o caso, é um nome não só raro mas também difícil de pronunciar. Os gregos clássicos não o teriam achado tanto assim, pois era como designavam naturalmente os servos, alguns destes que até respondiam a essa palavra como se fosse o seu nome próprio. De facto, muitos servos eram assim chamados, de resto. Onésimo significava ―Útil‖. Alguns desses servos, certamente com o patrocínio de seus amos, ascenderam a altos cargos, como, por exemplo, Onésimo, bispo de Bizâncio, no século I d.C.. Como encontrou a família do escritor Onésimo Teotónio Almeida esse nome esdrúxulo que há 75 anos ele carrega, assim sem tradição em Portugal, nem mesmo no onomástico popular dos Açores? Acho que o escritor nunca falou disso. Num dos seus bem humorados livros de crónicas, porém — Que Nome é Esse, Onésimo? — ele, o autor, que carrega esse apelativo há 75 anos, já deu conta de algumas confusões com ele ocorridas em consequência da invulgaridade do seu nome; isto em fronteiras, recepções de hotéis, restaurantes, etc.. Onésimo Teotónio Almeida é um escritor tão invulgar quanto o seu nome. Invulgar não propriamente por a sua escrita ou ideias ou estética serem extravagantes, mas pela diversidade dos géneros que cultiva — o ensaio, a crónica, a História, a Filosofia, a ficção narrativa em prosa (o romance, o conto), o teatro, a epistolografia, a polemica … e um outro género cuja própria estética ou género ele próprio a / o criou e denominou de prosemas, mas que ainda não teorizou: se se trata de um outro género ou se de uma variante de algum dos géneros clássicos, por exemplo. Faltaria dizer que no amplíssimo universo da obra de Onésimo Teotónio Almeida não há sinais de dispersão, nem (e muito menos) de contradições. É sempre o mesmo: o escritor, o filósofo, o teórico, o historiador, o crítico, o sociólogo, o polemista, o humorista… e, fora tudo isso, o Amigo. Um grande abraço por estas 75 primaveras, Amigo. Eduíno de Jesus


Parabéns Onésimo! Parabéns é fácil dar Ao caríssimo Onésimo E este ano desejar Com a Leonor a acompanhar Que vá até ao centésimo.

Professor, doutor, escritor, Tudo sempre em alto nível Homem sábio e pensador Bem carregado de humor Onde nada é impossível.

Mas para nós a valer É o calor da amizade De forte cumplicidade Que sabe ter e manter Invulgar capacidade,

Sem aparente cansaço Tudo com engenho e arte. Por isso, da nossa parte Um grandíssimo abraço Da Isabel e Artur Goulart.

18 de Dezembro de 2021


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

O HOMEM DOS PRODÍGIOS Com 75 anos a completar agora, seria um disparate muito grande dizer que o nosso Onésimo atingiu o meio do caminho da vida. Isso, que seria um exagero para o comum dos mortais, que, aos 75, estão muito perto do fim da corrida, no caso do Onésimo, seria um ―understatement‖: com a enorme energia física e intelectual que se lhe conhece, com o desmedido armazém de mercadorias imateriais que o seu talento criativo produziu, o nosso inconfundível amigo está constantemente a prometer-nos um futuro tão prolongado que fará dele um segundo Matusalém. Com o que terão a ganhar todos os seus amigos presentes e os que ainda estão para nascer. Porque o Onésimo só sabe dar – e sempre às mãos cheias – saber, alegria, amizade, humor, incitamento, apoio, amizade e uma intemperada generosidade. Os verdadeiramente ricos são os que gostam de partilhar, os outros, os ricos forretas, fazem como os esquilos: enterram as avelãs e nunca as partilham com outros esquilos. Os ricos merdosos têm receio de ficar mais pobres, se doarem um tostão. Os realmente ricos, como o nosso aniversariante, quanto mais dão, mais ricos ficam. Um intelectual, um professor, um escritor português superdotado, cultíssimo, influente, altamente festejado, entrevistado, consultado e televisionado e, ainda por cima, generoso – é sensacional. Não será fácil esquecer a proximidade afável e bem humorada, a simplicidade, o dom de dar, a ausência de pose, de figuras como a do autor de O SÉCULO DOS PRODÍGIOS. Um grande abraço ao meu generoso amigo Onésimo Almeida, a quem tanto devo – e é uma dívida que nunca poderei pagar. Eugénio Lisboa


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Meu querido Senhor Doutor Doutor Doutor Pai, hoje fazes 75 anos (ou então já fizeste anteontem - sempre será um mistério). Conheço-te há mais da metade da tua vida. Quer dizer que tenho metade da tua sabedoria? Não sei, mas se a sabedoria se transmite por proximidade, é imprescindível que eu faça visitas frequentes a Portugal para estar perto de ti e ver se algum dia chego ao teu nível. Beijinhos e abraços da tua filha, Tatyana.


Parabéns Onésimo!

18 de Dezembro de 2021

Para o pai: mais 75 anos é apenas Matemática, mas como tu és mais chegado ás Letras, tenho toda a confiança que lhe acreditas em pleno alcance! E, para te dizer a verdade, espero o mesmo (como sabes nunca fui grandes coisas em Matemática). Com todo o amor de um filho para o seu pai, parabéns! O teu mais velho, Pedro

Tenho visto o meu pai ser elogiado pelos seus contemporâneos e honrado com vários prémios quase a minha vida inteira; talvez não existe melhor prova do talento, intelecto e ética de trabalho dele que mesmo todas essas honras não são suficientes para descrever o impacto que ele teve na sua profissão, nos seus colegas e todos outros que tiveram as suas vidas tocadas por ele. Dizem que o aniversário de 75 anos é representado por diamantes, mas jóia ainda mais rara é um homem que consegue atingir os níveis mais altos da vida sem sacrifício nenhum como pai e marido. O meu pai é uma dessas raridades, e merece tudo de bom que vai ler hoje.

Um beijo e abraço grato do seu filho, Duarte.


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