TFG - MEMÓRIAS DO CORPO - 1ª Banca

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AS MEMÓRIAS DO CORPO Angélica Chirle de Jesus Viola. 2021


AS MEMÓRIAS DO CORPO Trabalho nal de graduação. Arquitetura e Urbanismo. 2021. Centro universitário Barão de Mauá

Angélica Chirle de Jesus Viola Orientador: Fernando Gobbo Ferreira


“Toda experiência comovente com a arquitetura é multissensorial; as características de espaço, matéria e escala são medidos igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial, nossa sensação de pertencer ao mundo, e essa é essencialmente uma experiência de reforço da identidade pessoal.”

Imagem 01: Fonte: atados.com.br

PALLASMAA, Juhani (2011, p.39)


Motivação Introdução O Local Diagnóstico Referências Projetuais O Projeto Anexo I

SUMÁRIO


01 02 03 04 05 06 07



Motivação

Desde o princípio do curso, ou até mesmo antes dele, a relação do corpo com os espaços urbanos me chamou atenção, a forma que os sentidos inuenciam nas experiências humanas, como a arquitetura pode estar ligada a muitas de nossas memórias e a importância da presença física na obra. Além disso, pude observar a relevância dos sentidos para a criação de memórias do corpo, por meio de um questionário aplicado a pessoas de diversas idades, prossões e localidades (dados presentes no anexo I), onde foi expressada a relação íntima dos sentidos humanos com as memórias, sejam essas ruins ou boas. A aspiração por um objeto de cunho cultural se deu em razão de minha grande paixão pela arte, que me acompanha desde a infância, o que sempre me fez sentir falta de espaços onde atividades culturais e artísticas pudessem ser desenvolvidas, principalmente nas áreas habitadas por famílias em situação de vulnerabilidade social. Portanto, o trabalho em questão busca frisar a importância da criação de memórias com a arquitetura, por meio da relação do corpo com a obra, podendo gerar o sentimento de pertencimento, além da inuência de atividades culturais no desenvolvimento do cidadão.


INTRODUÇÃO


Imagem 02. Fonte: amofotolivro.com

O desenvolvimento de uma obra arquitetônica vai além da criação de limites e setorização de espaços, deve-se considerar a relação do corpo com a edicação, de forma que o usuário possa ter experiências no local. Com isso, o presente trabalho pretende levantar questões acerca da relação entre o indivíduo e a obra arquitetônica por meio dos sentidos, e seu impacto nas sensações, além de sua inuência no bem estar, cotidiano e memórias humanas. Collin Abdallah (2018) cita em seu texto um discurso do arquiteto Pallasmaa “Aprendi aos poucos que arquitetura é uma mediação entre o mundo e nossas mentes. Então, arquitetura nos conta alguma coisa sobre o mundo. Conta algo sobre a história, a cultura, como a sociedade funciona e, por m, nos conta quem somos. E [boa] arquitetura, ou arte em geral, nos permite viver uma vida mais digna do que poderíamos viver sem ela." PALLASMAA, Juhani. É comum nos depararmos com inúmeras obras arquitetônicas diariamente, mas quantas dessas conseguem nos tocar a ponto de nos fazer sentir algo? Poucas são as que conseguem nos alcançar de tal forma. Mas deve-se considerar também o interesse de quem observa a obra, pois, por vezes obras magnícas passam despercebidas pelo olhar desinteressado. A arquitetura nos rodeia o tempo todo, mas além da necessidade de a obra promover certa conexão com o corpo e o indivíduo, o mesmo deve estar aberto ao que a construção pode oferecê-lo. Deve-se considerar também as diversas formas que uma obra arquitetônica pode ser vista e sentida, essa percepção é pessoal a cada indivíduo, podendo

variar conforme a vivência de cada um. “Se a experiência depende duplamente do espaço – ou da coisa – e de quem o percebe, a equação pode ser nula, isto é, em uma situação de apatia por parte do sujeito em um espaço insosso, isto é, que pouco acrescenta à sensorialidade, a troca simplesmente não acontece. Em uma situação ideal a lógica da dupla distância e da interferência entre a minha carne e a carne do mundo acontecem; no entanto, há o caso de não ver, mas ser visto. É que quando o objeto ou o espaço se conguram ao engajamento e o sujeito está em uma condição indisposta para a troca, sua percepção é minguada. Se minha carne não possui certo grau de plasticidade, o mundo real e o mundo possível permanecem neutros para mim. Assim, a interferência da carne do mundo em mim depende também da extensão da minha carne. Sobretudo, depende da disposição da minha carne para a experiência.” CARVALHO, Diogo Ribeiro (2016, vitruvius.com.br) Segundo Pallasmaa (2011), a tarefa da arte é construir a experiência de um mundo onde não somos meros espectadores, mas ao qual pertencemos de forma indissolúvel.


Contextualização Ao transitar por qualquer região de Ribeirão Preto, notamos que poucas edicações são capazes de criar relações com o nosso corpo, ou até mesmo ser convidativa a ponto de nos levar a criar conexões com seus espaços. Ao andar pelo Centro da cidade muitas obras nos chamam atenção, mas não por sua interação com o corpo, e sim por sua plasticidade, ornamentação ou a história que a envolve. Dentre os espaços que programaticamente estimulam os sentidos no município, podemos citar: o edifício que abriga a biblioteca Sinhá Junqueira, o Museu de arte de Ribeirão Preto (MARP), o instituto Figueiredo Ferraz e o SESC, todos esses estão localizados em pontos especícos da cidade, como a área central e zona sul. Apesar de possuir um novo projeto ainda não executado, realizado pelos escritórios SIAA e HASAA, as instalações atuais do SESC de Ribeirão Preto, contribuem para o melhor funcionamento das atividades oferecidas no local, além de proporcionar que os usuários criem experiências em seu interior. O projeto do arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves possui locais que convidam o visitante a se apropriar do espaço de forma pessoal. Caminhar por entre os vãos do edifício proporciona a criação de perspectivas únicas, de lugares comuns. Enquanto o edifício onde está localizado o museu de arte de Ribeirão Preto abriga diversas exposições, que são capazes de estimular os sentidos humanos, possibilitando a criação de memórias no local. O contraste entre o edifício inaugurado em 1908 e as obras atuais contidas ali, pode estimular a curiosidade do usuário, fazer com que ao explorar o prédio, sinta-se descobrindo a forma como os antigos moradores da cidade a ocupavam. Já o projeto do edifício atualmente ocupado pela biblioteca Sinhá Junqueira, desenvolvido pelo

arquiteto Ramos de Azevedo para ser residência da família Junqueira, mas apenas após aproximadamente 92 anos, a edicação tornou-se um local realmente convidativo, por meio de um anexo contemporâneo e a abertura do jardim para visitação. Apenas 64 anos após se tornar um edifício com atividades públicas, esse sofreu alterações que o tornaram mais que apenas uma biblioteca, mas principalmente um espaço de convívio, e conexão entre o indivíduo e o espaço. Pode-se distinguir três ambientes, que proporcionam experiencias distintas. O interior do edifício histórico, repleto de história, possibilita que o visitante tenha a experiência de transitar por espaços da primeira metade do século XX, por meio dos desenhos expostos nas paredes, cores, texturas, vitrais que iluminam os ambientes, etc. A área externa possui um caráter aconchegante, por meio da vegetação, mobiliário e possibilidade de contemplação. Já o edifício anexo, com características contemporâneas apresenta uma linguagem que destoa da arquitetura do início do século passado presente ali, e além de abrigar inúmeros títulos literários e espaços para leitura, possui uma “atmosfera” individual. Por m, o Instituto Figueiredo Ferraz, composto por obras do acervo dos proprietários João Carlos de Figueiredo Ferraz e Dulce de Figueiredo Ferraz, tem como foco as artes expostas, por isso, a elaboração do edifício tem como principal objetivo realçá-las. A arte exposta possibilita que os visitantes tenham experiências, não com a construção em si, mas com as obras que estão ali temporariamente. Segundo Agnaldo Farias (2011), quando o espectador caminha pelo espaço do instituto Figueiredo Ferraz, revelam-se perspectivas e as obras vão aparecendo, possibilitando uma fruição mais profunda.


Problemática “A falta de humanismo da arquitetura e das cidades contemporâneas pode ser entendida como consequência da negligência com o corpo, os sentidos e um desequilíbrio de nosso sistema sensorial” PALLASMAA, Juhani (2011, p. 17). Nota-se que muitas obras arquitetônicas da atualidade pouco exploram a relação do corpo e sensações humanas com as construções, pois, por vezes, apenas a visão é explorada, por meio da ênfase nos aspectos estéticos, quase que anulando a importância dos demais sentidos. Com o passar do tempo, os sentidos humanos sofreram adaptações, conforme as tecnologias dispostas em cada época, a princípio, a audição era o sentido que se destacava diante dos demais, por não haver a escrita, como forma de registro visual, informações importantes eram ditas, e assim, a forma de vermos o mundo foi sendo modicada, até alcançarmos a era da fotograa, onde a facilidade do instrumento fez-nos afastar do físico, tornando a visão o sentido mais explorado, e por vezes suciente para o reconhecimento do ambiente. 1 “Na nossa cultura da fotograa, o olhar é arrasado em uma imagem bidimensional e perde sua plasticidade. Em vez de experimentar nossa existência no mundo, a contemplamos do lado de fora, como espectadores de imagens projetadas na superfície da retina.” PALLASMAA, Juhani (2011, p. 29) “À medida que nossos meios tecnológicos se multiplicam, amadurecemos ou mais bem atroamos desde um ponto de vista perceptivo? Vivemos nossas vidas em espaços construídos, rodeados de objetos físicos. No entanto, havendo nascido neste mundo de coisas, somos capazes de experimentar plenamente os fenômenos de sua interrelação, de obter prazer de nossas percepções?” FRACALOSSI, Igor (2012, Archidaily.com.br)

Segundo Zevi (1948), o público não se interessa pela arquitetura assim como por outras artes, devido ao difícil acesso às obras, que apesar de serem representadas por desenhos tridimensionais, não podem ser vivenciadas, pois, quando se trata dessas representações, o homem sempre estará de fora, como um simples espectador, o que torna a obra pouco interessante para alguns. A arquitetura, diferentemente das outras artes, pouco é apresentada de forma mais profunda desde a infância, é inevitável o contato com obras arquitetônicas, considerando que estão presentes pelas cidades do mundo todo, mas a falta de conhecimento sobre elas, pode não as torna-las atraentes para pessoas leigas no assunto. 2 “O desao da arquitetura consiste em estimular tanto a percepção interior como a exterior, em realçar a experiência fenomênica enquanto, simultaneamente, se expressa o signicado, e desenvolver esta dualidade em resposta às particularidades do lugar e da circunstância.” FRACALOSSI, Igor (2012, Archidaily.com.br) 1 “Quando, no último decênio do século passado,

se torna fácil a reprodução de fotograas, e, por isso, a sua difusão em massa, os fotógrafos tomam o lugar dos desenhistas e com um disparo da sua objetiva substituem as perspectivas que os apaixonados estudiosos da arquitetura haviam laboriosamente traçado a partir do Renascimento.” ZEVI, Bruno (1948, p. 21) 2 “Há,

antes de mais nada, a impossibilidade material de transportar edifícios para um determinado local e de com eles fazer uma exposição, como se faz com os quadros. É necessário já ter interesse por esse tema e estar munido de notável boa vontade com uma certa ordem e inteligência.” ZEVI, Bruno (1948, p. 02)


Justicativa A escolha do tema arquitetura sensorial se deu em função da relação do corpo com as construções na contemporaneidade e a compreensão de que devido a inexploração dos sentidos humanos, há uma maior diculdade em criar experiências marcantes, assim, mesmo pessoas com o olhar interessado estão restritas à conexões rasas com a obra, o que consequentemente não incita o interesse pela arquitetura, que continua sendo uma das expressões artísticas menos exploradas pela sociedade em geral. 3 “A arquitetura tem o poder de inspirar e transformar nossa existência do dia-adia. O ato cotidiano de agarrar a maçaneta de uma porta e abri-la a um campo banhado de luz pode se converter num ato profundo se o experimentamos com uma consciência sensibilizada. Ver e sentir estas qualidades físicas signica tornar-se o sujeito dos sentidos.” FRACALOSSI, Igor (2012,Archidaily.com.br) Apesar de a arquitetura não nos ser apresentada da mesma forma que outras expressões artísticas palpáveis, como pintura e escultura, que comumente nos são apresentadas ainda no ensino fundamental, ou até mesmo antes disso, em vários formatos. 4 A maioria de nossas memórias afetivas estão ligadas diretamente à algum de nossos sentidos, seja o cheiro do campo, ou o sabor da comida da avó, como representado nas respostas do questionário presentes no anexo I. Por vezes os menores detalhes de um local, são os que nos marcam profundamente, e os fazem mais ou menos convidativos, podendo oferecer a sensação de bem estar, ou até mesmo torná-lo desagradável. Existem locais em que não queremos mais abandoná-los, mas também existem lugares pensados para transmitir experiências ruins. A maioria das sensações podem ser estimuladas por meio de luzes e sombras, texturas, cores,

temperaturas, etc. 5 “A dimensão artística de uma obra de arte não está na coisa física propriamente dita; ela só existe na consciência da pessoa que passa pela experiência pessoal da obra. Assim, a análise de uma obra de arte é um ato genuíno de introspecção da consciência a ela submetida. Seus signicados não estão contidos nas formas, mas nas imagens transmitidas pelas formas e na força emocional que elas carregam. A forma somente age sobre nossos sentimentos por meio do que ela representa.” NESBIT, Kate (2008, p. 484) Segundo o texto “Arte, uma necessidade humana” 6 , o homem está passando por um processo de transformação, por meio de mudança de hábitos, conceitos, pensamentos, mas é indispensável que aproveite a liberdade para se expressar, e o artista deve usar tal liberdade para desempenhar o seu papel social. O contato com a arte é de extrema importância para a evolução de uma sociedade, pois é por meio dessa, que se pode expressar livremente, também dessa forma podem ser registradas as diversas culturas presentes no mundo ou que existiram em outro momento da humanidade. 7 A criação de um espaço cultural na área periférica da cidade possibilitará que muitos dos moradores locais realizem o primeiro contato com a arte, através de diversas atividades artísticas, por meio do corpo, verbalmente ou por registros fotográcos, escritos e desenhos. Também é válido ressaltar a importância dos equipamentos culturais para a redução da marginalidade entre crianças e adolescentes, pois, esses poderão ocupar seu tempo livre com atividades que contribuirão para seu desenvolvimento.


“Uma experiência cinemática de uma catedral de pedra pode levar o observador através e por cima dela, ou inclusive fazê-lo retroceder fotogracamente no tempo, mas só o edifício real permite que o olho deambule livremente por entre os detalhes engenhosos; só a arquitetura oferece as sensações táteis da textura da pedra e dos bancos polidos de madeira, a experiência da luz cambiante com o movimento, o cheiro e os sons que ecoam no espaço e as relações corporais de escala e proporção. Todas estas sensações se combinam numa experiência complexa que passa a estar articulada e a ser especíca, embora sem palavras. O edifício fala dos fenômenos perceptivos através do silêncio.” FRACALOSSI, Igor (2012, Archidaily.com.br) 3

“O estudo da arte em sala de aula é importante para que os educandos compreendam a arte como fruto da relação do ser humano com a sociedade em que vive [...]” BIESDORF, Rosane Kloh. WANDSCHEER, Marli Ferreira. (2011, p.4) 4

“Mais plenamente que o resto das outras formas artísticas, a arquitetura capta a imediatez de nossas percepções sensoriais. A passagem do tempo, da luz, da sombra e da transparência; os fenômenos cromáticos, a textura, o material e os detalhes…, tudo isso participa na experiência total da arquitetura. A representação bidimensional - em fotograa, em pintura ou nas artes grácas - e a música se encontram sujeitas a limites especícos e, por isso, captam só parcialmente a multidão de sensações que evoca a arquitetura. Embora a potência emocional do cinema é irrefutável, só a arquitetura pode despertar simultaneamente todos os sentidos, todas as complexidades da percepção.” FRACALOSSI, Igor (2012, Archidaily.com.br) 5

BIESDORF, Rosane Kloh. WANDSCHEER, Marli Ferreira. Arte, uma necessidade humana: Função social e educativa. Jataí. Revista eletrônica do curso de pedagogia, campus UFG. Vol. 2, n. 11. 2011. 6

Segundo Fischer (1987, p. 20), “A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente.” BIESDORF, Rosane Kloh. WANDSCHEER, Marli Ferreira. (2011, p.3) 7


O LOCAL

Imagem 03: O local. Fonte: musicandsunshine.com


“As cidades e as edicações, assim como outros objetos feitos pelo homem, estruturam nossas experiências existenciais e lhes conferem signicados especícos.” PALLASMAA, Juhani (2013, p. 119)


Equipamentos Culturais Apesar da quantidade considerável de espaços relacionados a cultura presentes na cidade de Ribeirão Preto, facilmente pode-se notar a concentração desses em regiões especícas, como na região central e sul do município. Além disso, muitos desses pontos são privados, ou seja, não oferecem atividades gratuitas ao público, por vezes deixando de fora a população de baixa renda. E até mesmo os que oferecem atividades gratuitas são pouco conhecidos pela população, devido à falta de divulgação desses locais. Por meio de uma pesquisa realizada com pessoas entre 20 e 30 anos, pude notar que se assemelha a quantidade de pessoas que deixam de frequentá-los por desconhecer de suas localizações e atividades desenvolvidas nos espaços e as pessoas que não as frequentam por falta de tempo.

Zona Norte

Zona Leste

Zona Oeste

Zona Sul

N

Equipamentos Culturais

Dados baseados em informações presentes no Google Maps


Possíveis Locais Zona Norte

Analisando a escassez de equipamentos culturais nas regiões periféricas da cidade de Ribeirão Preto, percebe-se a possibilidade e benefício da replicação do projeto do espaço cultural pretendido pelo município, considerando que as atividades oferecidas nesses locais poderão contribuir para o desenvolvimento dos cidadãos locais. Portanto, foram sugeridos alguns pontos, onde nota-se a escassez ou falta de espaços culturais.

Zona Leste

Zona Oeste

Zona Sul

Áreas servidas de equipamentos culturais Possíveis áreas de inserção de novos equipamentos culturais

N


Local de Inserção Localizada entre os bairros Antônio Marincek e Valentina Figueiredo, a área de inserção do projeto possui o total de 4000m². Vizinha de uma quadra poliesportiva que poderá contribuir com o programa pretendido para a nova edicação. Ao analisar o entorno do lote escolhido, facilmente é notada a escassez de equipamentos públicos, principalmente os relacionados à cultura e lazer, ao observar a dinâmica da área. Pode-se notar que em seu entorno os locais mais frequentados pela população local em horários comumente utilizados para o lazer são o campo de futebol, canteiros que se tornam praças improvisadas para a reunião com os amigos e igrejas.

Imagens 04: O Lote. Fonte: ribeiraopreto.sp.gov.br

Imagens 05: O Lote. Fonte:ribeiraopreto.sp.gov.br


Imagem 07: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora Imagem 09: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora

Imagem 08: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora

Imagem 06: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora

Dinâmica Local

Nota-se que aos ns de semana, os locais mais frequentados pelos moradores locais são os espaços religiosos, bares, campo de futebol e praças. Tais pontos de lazer disponíveis na área não são sucientemente atrativos para os moradores de bairros e regiões vizinhas da cidade, portanto, os espaços presentes no local são comumente frenquentados apenas por moradores vizinhos a eles. Visita realizada no dia 18/04/2021, domingo, no período da manhã


Acesso Oito linhas de transporte público atendem a região, sendo essas Marincek, Geraldo de Carvalho, Expresso via Norte, Jd. Heitor Rigon,Expresso Rigon, Noturno Noroeste, Heitor Rigon HC e Quintino H. Além do lote de inserção do projeto estar localizado à aproximadamente 200 metros de uma parada de ônibus, facilitando o acesso de pessoas de outras regiões da cidade ao edifício. Localizado às margens de uma das principais vias de Ribeirão Preto, mas sem a exposição ao alto uxo de veículos presentes na avenida Eduardo Andréia Matarazzo, via que conecta a região norte ao centro da cidade, o que torna fácil o acesso à edicação, sem o risco gerado pelo contato direto com a avenida de alto uxo. NOME DA LINHA Marincek

EXTENSÃO DO PERCURSO 22.20 km 00

Geraldo de Carvalho 22.80 km Expresso Via Norte

11.20 km

Jd. Heitor Rigon

25.40 km

Expresso Rigon

14.00 km

Noturno Noroeste

22.70 km

Heitor Rigon - HC

20.20 km

Quintino - HC

38.70 km

500

1000 Escala 1:20.000

N

Pontos de Transporte Público

Dados baseados em informações presentes no site Ritmo Ribeirão


Topograa Localizado próximo ao córrego Ribeirão Preto, o lote escolhido possui o desnível de três metros, em direção ao fundo de vale. Para a inserção da edicação no terreno será necessária a realização de pequenos aterros, am de melhor aproveitar a topograa natural do local. Imagem 10: Topograa do lote. Fonte: Acervo da autora

Sem escala

N


DIAGNÓSTICO Imagem 11: Diagnóstico.Fonte: archdaily.com.br


“Na arquitectura retiramos um pedaço do globo terrestre e colocamo-lo numa pequena caixa. E de repente existe um interior e um exterior. Estar dentro e estar fora.” ZUMTHOR, Peter (2006, p. 46)


Ocupação do Solo/ Gabarito O entorno do lote denido como local de inserção do projeto é predominantemente edicado, com a maior parte dessas edicações sendo térreas, existindo apenas pontuais edifícios com dois pavimentos ou mais. As edicações com dois ou mais pavimentos representados no mapa são em sua maioria de uso comercial, comumente localizados nas principais vias do local. Dentre essas edicações, as que mais se destacam são as quadras poliesportivas presentes nas escolas e vizinha ao lote de inserção do projeto, que possuem em média sete metros de altura, destacando-se entre as demais construções. Nas áreas lindeiras a avenida Eduardo Andrea Matarazzo, sentido norte, existem grandes espaços sem nenhuma edicação, alguns desses terrenos estão a venda e muitos outros não possuem ao menos demarcação dos lotes, e as poucas edicações no local se tratam de empresas e pequenas indústrias. Já os locais vazios próximos ao lote escolhido são em sua maioria áreas públicas, por vezes ocupadas pela população local com hortas, para abrigar animais, ou até mesmo para pequenas moradias.

00

500

1000 Escala 1:20.000

N

Edicações com Térreas Edicações com 2 Pavimentos ou Mais Vazios

Dados baseados em informações presentes no Google Maps


Uso do Solo A área é predominantemente residencial, com espaços de uso comercial presentes em sua maioria nas principais vias da área, com pontuais espaços comerciais distribuídos por outras áreas. Apesar de poucos, os locais de prestação de serviços também estão comumente localizados nas denominadas vias principais. Ao observar as áreas caracterizadas como verdes, grande parte se tratam de canteiros, ou pequenas áreas sem uso especíco, portanto, raramente encontramos espaços destinados ao lazer nesse local. Nota-se também a concentração de áreas de uso institucional próximas ao lote escolhido, com atividades que variam entre saúde, educação, assistência social, esportiva, entre outras.

00

500

1000 Escala 1:20.000

N

Residência

Institucional

Comércio

Área Verde

Prestação de Serviço

Sem Uso

Dados baseados em informações presentes no Google Maps


Hierarquia Viária A proximidade com a via expressa possibilita o fácil acesso da população local à região central da cidade. Já as avenidas presentes no interior do bairro criam eixos predominantemente comerciais e de prestação de serviços, que facilitam a circulação e uxo interno e entre os bairros.

00

500

1000 Escala 1:20.000

Via Expressa a Ser Implantada Avenida Impantada

Dados baseados em informações do plano viário, disponibilizado pela prefeitura municipal de Ribeirão Preto.

N


Dados Socioeconômicos

RENDA PER CAPTA DE ATÉ 0,5 SALÁRIO MÍNIMO Abaixo de 10% dos moradores De 36 - 70% dos moradores

DENSIDADE POPULACIONAL RAIO DE 1 KM Até 50 moradores De 100 a 250 moradores Acima de 500 moradores

Dados baseados em informações presentes no Censo IBGE 2010 (censo2010.ibge.gov.br)

Assim como grande parte da zona norte de Ribeirão Preto, a população dos bairros que cercam o lote escolhido (Valentina Figueiredo, Antônio Marincek, Jd. Heitor Rigon, Adelino Simioni e Quintino Facci II), são predominantemente compostos por famílias de classe média/ baixa. Ao analisarmos os dados disponibilizados pelo IBGE, nota-se o grande índice de cidadãos com renda per capta de até meio salário mínimo, o que é consideravelmente baixo, reetindo sobre os valores de alimentos e demais itens básicos no país. Além disso, é relevante analisar a densidade populacional do local que tem média de 500 moradores no raio de 1km. Considerando que raramente há edicações com mais de um pavimento, tal número representa um alto adensamento, o que é muito comum em locais de baixa renda.


REFERÊNCIAS

Imagem 12: Referências. Fonte: br.freepik.com


“A arquitetura, como todas as artes, está intrinsecamente envolvida com questões da existência humana no espaço e no tempo; ela expressa e relaciona a condição humana no mundo” PALLASMAA, Juhani (2011, p. 16)


Museu Judaico de Berlim / Daniel Libeskind Inaugurado em 2001, o museu judaico de Berlim conta a história do povo judeu em duas fases, sendo que o acervo barroco do Museu está abrigado no antigo tribunal de justiça de Berlim, enquanto a fase chamada moderna está presente no edifício projetado por Daniel Libeskind, arquiteto de família judaica, portanto, sentiu na pele muitos dos acontecimentos remetidos em sua obra. Tais histórias são contadas por meio de seus espaços, dimensões, materialidade, iluminação e instalações artísticas, e sua exposição revela ao visitante dois milênios de história judaico-alemã. O antigo tribunal de justiça, construído em 1735 abriga a bilheteria, restaurante, salas com exposições itinerantes e a loja do museu. Ao seu lado está localizado o edifício moderno com estrutura em zinco, que sofre modicações conforme as intempéries e o tempo. Museu repleto de simbolismo, conecta-se com o tema por meio da arquitetura. Sua forma deriva da estrela de David, símbolo muito presente no judaísmo, a extrusão dessas linhas forma um edifício com caminhos em zigue-zague. Com acesso ao seu interior realizado por meio do edifício que abrigou o antigo tribunal de justiça, tendo seu acesso feito por uma passagem subterrânea. Além de o prédio ser quase que totalmente fechado, possuindo pouca luz em seu interior. Os três eixos que compõem o museu são divididos segundo as experiências dos judeus na Alemanha, remetendo à continuidade, holocausto e exílio. Conforme o percorrer do caminho proposto, o visitante passa por diversas experiências, de acordo com a espacialidade dos ambientes internos, com espaços que chegam a somar 20 metros de altura do piso ao teto, além do jardim presente no espaço externo. Vários dos elementos arquitetônicos utilizados

possibilitam que os visitantes tenham sensações que fazem alusão à dor, desesperança, desespero, morte, rejeição, esperança e vida. A dor é representada por meio do formato da estrela de David estilhaçada, o que remete à violência sofrida pelos judeus durante a repressão nazista. No interior do edifício, corredores extensos e estreitos, com altas paredes e acinzentados remetem à frieza e à pressão às quais os judeus foram submetidos pelo nazismo e sua desesperança por não encontrarem saída. O sentimento de desespero é representado pela obra de Menashe Kadishman, que simboliza os milhares de judeus que passaram por situações perversas, a obra é composta por milhares de círculos em zinco, todos com um rosto em expressão de desespero, em um corredor pouco iluminado, gelado e cinza, além disso, o barulho da fricção entre as peças remete à gritos. A chamada torre do holocausto, acessada apenas por um corredor que vai estreitando-se em direção a torre, representando o extermínio dos judeus durante o regime nazista. Em contraponto, Libeskind representa também o sentimento de esperança e vida, por meio do intitulado "eixo da continuidade", que leva o visitante ao pavimento superior do museu, com paredes claras e um dos espaços mais iluminados da edicação. Além do espaço voltado aos símbolos e tradições da cultura judaica. O sentimento de rejeição é traduzido por meio do chamado jardim do exilio, onde estão localizadas 48 blocos em concreto preenchidas com terra de Berlim, e um central com a terra de Jerusalém, todos inclinados a 12 graus, referenciando o exílio de centenas de milhares de judeus da Alemanha no nal dos anos trinta; já as árvores presentes nessas pilastras representam a vida.


Imagem 14: Museu Judaico de Berlim, área interna. Fonte: wsimag.com

Imagem 13: Implantação Museu Judaico de Berlim. Fonte: archdaily.com.br


Sesc Pompéia / Lina Bo Bardi Localizado no bairro Pompéia, na zona Oeste da cidade de São Paulo, região de caráter multicultural, o Sesc foi implantado onde no século passado funcionava uma fábrica de tambores metálicos, que inicialmente se tratava de propriedade de uma família alemã. A ideia inicial era a demolição do antigo complexo fabril, e a utilização apenas de seu terreno para criação de novas edicações, mas a arquiteta ítalo-brasileira, introdutora do modernismo no Brasil e ganhadora póstuma do prêmio Leão de ouro, Lina Bo Bardi optou por mantê-lo como parte de seu projeto, voltando-o ao estado primitivo da edicação, e mantendo viva essa memória da cidade, assim tornando-se pioneira no restauro industrial no Brasil. Sua proposta para o complexo do Sesc sempre possuiu enfoque no contraste com o patrimônio fabril ali presente, ao invés de uma tentativa de continuidade e possível criação de um falso histórico. A realização desse projeto levou quase dez anos para ser nalizado, ocorrendo duas inaugurações, sendo a primeira no ano 1982, onde mostrou-se ao público a readequação da antiga fábrica de tambores para o complexo de lazer e cultura, mas inauguração com todos os detalhes prontos ocorreu apenas em 1986. Carinhosamente denominado por Lina como “cidadela da liberdade” o complexo divide-se em um barracão industrial, além de três volumes prismáticos em concreto, sendo um deles retangular, com 45 metros de altura, o segundo de base menor, mas ainda mais alto, com 50 metros de altura, e um cilindro de 70 metros de altura, onde está localizado o reservatório de água local. Os prismas que abrigam as atividades esportivas são interligados por meio de passarelas que rompem vãos de até 25 metros. Além de sua nalidade de acesso, a utilização das passarelas

possibilitou a preservação do riacho que passa pela área, onde foi criado um deck para uma espécie de solário, seu desenho segue o curso do rio, criando um espaço de lazer. Os denominados “buracos das cavernas”, aberturas em formatos orgânicos e sem vidros, presentes nos blocos prismáticos, possibilitam a ventilação cruzada dos ambientes, sendo apenas protegidos por treliças de madeira, inspiradas nos muxarabis coloniais. Os espaços destinados ao convívio, presentes nos galpões da antiga fábrica possuem um espelho d'água e uma lareira, tornando o espaço mais aconchegante, além do funcionamento de uma choperia e dos ateliês da unidade, com mobiliário desenvolvido pela própria arquiteta e sua equipe, que mudaram o escritório para a obra. A arquiteta tinha como intuito também a aproximação da população com as artes, sem a necessidade de uma instituição formal intermediando. A intervenção realizada por Lina conta com o aumento da iluminação nos galpões fabris, por meio de tijolos de vidro. Além da melhoria na ventilação dos mesmos, tornando o espaço que anteriormente era visto como local de trabalho árduo em um ambiente de lazer. A criação de espaços individuais, e coletivos, possibilitam a realização de experiências íntimas e de convivência. Os espaços convidam a atividades de convívio, ou até mesmo ao não fazer nada, chamado de “solidão compartilhada”. O mobiliário proposto foi pensado conforme a relação pretendida com o corpo e a interação entre os usuários, possibilitando o descanso, devaneio e conversa em um mesmo local.


Imagem 16: Espaço interno Sesc Pompéia. Fonte: amlatina.contemporaryand.com

Imagem 15: Área externa Sesc Pompéia. Fonte: vejasp.abril.com.br


Serpentine Gallery Pavilion 2011 / Peter Zumthor O serpentine pavilion gallery são arquiteturas provisórias construídas anualmente em Londres, com a duração de apenas três meses, e o intuito de servir como suporte para as atividades presentes no parque no qual está inserido. A cada ano um arquiteto renomado, que ainda não possua projetos executados na Inglaterra é chamado para projetar a obra, no ano de 2011, o arquiteto Peter Zumthor foi o convidado para tal ação. O arquiteto suíço Peter Zumthor, ganhador no prêmio Pritzker 2009 é um dos nomes de maior destaque na arquitetura que preza pela estimulação dos sentidos humanos, pois expressa em suas obras a essencialidade da experiência, apreço pela realidade da matéria, e preocupação com o pertencimento ao lugar. Seu contato com a marcenaria, por meio do trabalho desenvolvido pelo pai, o fez íntimo do trabalho direto com a matéria. O serpentine gallery 2011 se tratou de um ambiente relaxante que induz ao convívio e a observação, tendo como ponto central da obra um jardim com abertura apenas para o céu. A obra enfatizou a importância dos sentidos e emoções para a nossa vivência com a arquitetura. Através de uma seleção de materiais com a intenção de comover o visitante, a edicação tinha como foco as experiências que ali poderiam ser vividas. Kelly Minner ressalta a importância dos materiais utilizados, que contribuem com o design do pavilhão, salientando a importância dos sentidos e emoções estimuladas pela arquitetura. Denominado "um jardim dentro de um jardim”, o local é isolado do barulho e cheiros da capital em que está inserido, sem tais interferências, as experiências em seu interior podem ser intensas e memoráveis.

Para chegar ao jardim central, considerado o foco do pavilhão é necessário transitar por corredores com pouca luz, até ser inundado pela luz que vem do jardim, criando uma nova perspectiva e consequentemente sensações quase que opostas as estimuladas nos corredores que compõem o caminho até lá.


Imagem 18: Área interna Serpentine Gallery. Fonte: theblackworkshop.tumblr.com

Imagem 17: Área interna Serpentine Gallery. Fonte: ickr.com


O PROJETO

Imagem 19: O projeto. Fonte: entrelinhablog.com.br


“Um edifício não é apenas uma estrutura física, mas também um espaço mental que estrutura e articula nossas experiências” PALLASMAA, Juhani (2013 p. 53)


Conceito Além da integração entre os ambientes internos do mesmo. Criação de espaços multifuncionais e exíveis, que possibilitem o desenvolvimento de diversas atividades sem necessitar grandes modicações ou congurações especicas para elas.

O conceito adotado pretende explorar os sentidos humanos por meio da relação do corpo com a obra. Além da criação do sentimento de pertencimento, através de espacialidades, materialidade, iluminação, ventilação, entre outros aspectos. Pretende-se a integração entre o entorno e o edifício, de forma que a obra seja convidativa.

Partido

S S

Coletivo

Privado

Privado

Semi Privado Privado

D

D

Coletivo Coletivo Privado

Os espaços presentes no edifício em sua maioria possibilitam que diversas atividades aconteçam em locais pré denidos, possibilitando que os usuários os utilizem da forma que pretenderem. O eixo central presente no pavimento térreo possibilita a integração dos espaços internos com o entorno da obra, esse grande vão também possibilitará que diversas atividades ocorram no local, como manifestações artísticas, contemplação e descanso. Por possuir apenas arquibancadas como elementos xos, o espaço com cota mais baixa pode ser utilizado das mais variadas formas. Os ambientes presentes nas extremidades da edicação, tanto no pavimento térreo, quanto no primeiro pavimento, possibilitam que sejam realizadas as atividades que necessitam de espaços privativos, devido a concentração necessária para o desenvolvimento das atividades propostas. O concreto é um dos principais materiais que compõem a obra, pois suas diversas texturas e formas contribuem para a estimulação do tato, assim como o espelho d’água presente próximo à um dos acessos ao edifício.

Coletivo


Volumetria

Plano base horizontal Adição acima

Adição acima

Adição de planos verticais como vedações

Extensão de planos horizontais

Subtração de parte do plano central, criando um vão no meio do edifício

Extensão e junção de planos horizontais


Programa

cansar/

tar/ Des

Apresen

Assistir/

r

Expressa

Ler/ Estudar/

Higie

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Hig

Preparar

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Pesquisar

sar

can

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e

De

sen

volv

er Gu

ard

ar

40,46%

5,87%

4,15

4,37%

% 2,69

%

%

8,40

5,8

1% 1,3

1%

1,3

1%


R. Bu

niti

na ro Fu

yam

a

Planta de Situação

a

arcí

a

ão M

S D

Av. João Emboaba

D

S

R. Jo

sG rtinê

da Costa

Escala 1:1.000

N


B

Implantação

-1,12

S S D

D

0,0 -1,42

9,12 A

A

-0,52

B

0,0

Escala 1:500

N


12,17

2,25

0,10

0,10

1,20

0,10

0,10 0,10

0,80

1,21

2,34

0,10 2,34

0,10 2,34

2,34

0,10

4,95 0,10

23,08

1,20

0,10

1,20

2,25 0,10

1,00

0,90

2,63

0,10

2,59

0,34 0,90 0,10

1,90

12,17

Ocinas Depósito

0,35

0,33

D

0,70

1,50

S

0,70

0,70

2,40

0,10

0,00 0,05 1,15 0,05

Pavimento Térreo Escala 1:250

11,53

0,80

5,24

1,15

0,80

0,50

0,10

14,20

2,43

0,15

0,49

6,10

1,50

2,90

2,40

Higiene

0,10

0,20

1,20

0,34 0,10

Arena de Eventos

1,20

0,10

1,00

0,70

26,80

0,20

6,15

+3,00

+2,40

Preparação de alimentos 0,21

+1,80

0,90 5,43

0,20

3,80

0,87

+1,20

+0,60

3,64

9,00

6,70

5,09

21,08

23,08

23,10

1,00 S

D

4,00

6,92

Plantas

37,13 1,00

0,10

0,10

Horta

Contemplação e Descanso

N


2,25

2,07

0,10

1,20

0,10

0,10

1,20

0,98

0,20 0,95 0,10

1,15

0,98

0,10

1,20

2,07

0,10

23,28

1,20

0,10

2,07

2,25

0,98

0,10

0,10

0,20

1,00 0,55 0,10

3,30

1,50

3,20

Aprender/ Ensinar 4,94

2,34 0,10

Higiene

2,43

0,10

0,87

0,10

0,10

1,00

2,40

0,10

0,10

8,00

1,50

0,70

0,70

2,90

1,50

1,50

2,90

0,70

0,70

4,00

Contemplar/ Descansar

0,10

Ler/ Estudar/ Pesquisar

6,77

2,21

1,20

2,07

23,18

5,00

2,40

0,20

1,03

8,53

2,34

0,20

0,50

0,10

0,10 2,10

0,20

Plantas

0,20 2,10 2,40

4,61

0,10

Pavimento Térreo Escala 1:250

0,20

25,56

2,40

3,40 0,20

N


Cortes

+9,00 3 Pavimento Cobertura

+6,00 2 Segundo Pavimento

0,20

0,20

7,00 1,80 2,80 1,00

+3,00 1 Primeiro Pavimento

0,20

0,60 0,60 0,20

3,00

0,60

2,80

0,60

1,45

0,60 0,20

±0,00 0 Pavimento Térreo

0,20

0,20

Corte AA Escala 1:500

+9,00 3 Pavimento Cobertura

0,20

0,20

+6,00 2 Segundo Pavimento

0,20

0,70 1,80 2,80 2,10 1,00 0,50

0,50

+3,00 1 Primeiro Pavimento

0,60

0,40

0,60 0,60

2,50

0,20

2,10

0,20

0,60 0,15

0,60 0,20

+0,00 0 Pavimento Térreo

Corte BB Escala 1:500


Elevações

Elevação Norte Escala 1:250

Elevação Leste Escala 1:250

Elevação Sul Escala 1:250

Elevação Oeste Escala 1:250


Memorial Justicativo Além de ser um provedor de espaços de lazer, convívio e contemplação, a edicação proposta tem como foco o desenvolvimento do sentimento de pertencimento, pois, ao criar espaços exíveis, e até mesmo polivalentes, os usuários desfrutam da liberdade de apropriar-se dos espaços como quiserem, de acordo com suas intenções e necessidades. Já nos espaços previamente denidos, como no exemplo da arquibancada, onde os usuários podem assistir e participar de apresentações, ensaios, ocinas, manifestações, ou quaisquer outras atividades desenvolvidas no local, tendo como foco central o nível mais baixo do ambiente, que está interligado com o exterior da edicação, por meio da uniformidade do piso, o que faz com que o dentro e o fora se misturem, tornando o espaço mais convidativo. Os ambientes presentes no primeiro pavimento necessitam de condições especicas para o bom desenvolvimento de suas atividades, como no caso do ambiente que abriga o espaço de leitura, onde necessita do máximo de isenção de intervenções externas, como barulhos, ou até mesmo os espaços destinados aos workshops e ocinas, que podem necessitar de atmosferas que contribuam para a concentração dos usuários. Já o terraço presente em uma das extremidades do pavimento superior, ao contrário dos demais presentes nesse piso, tem como intuito a integração com o térreo, além do contato com a natureza e possibilidade de descanso e contemplação. A área permeável presente na cota mais baixa do terreno é aberta ao plantio de hortaliças pela comunidade local, am de que ao apropriar-se do local de forma ampla, cria-se o sentimento de pertencimento. Os espaços livres que cercam a edicação

possibilitam a realização de exposições, convívio e contemplação, ou quaisquer outras manifestações culturais. Já os espaços mais reservados, possibilitam que reuniões, ocinas, e o desenvolvimento de outras atividades ocorram de forma privativa. O eixo formado pelo grande vão presente no centro da edicação possibilita a integração do mesmo com o entorno, utilizando-se do mesmo nível e material da calçada, os espaços chegam se misturar, pois não há nenhuma interrupção entre o espaço interno e externo. A prevalência do concreto na edicação possibilita que as diversas texturas e formas possíveis de serem realizadas com tal material estimule os sentidos humanos, assim como a utilização da água presente em um dos acessos do edifício e a vegetação presente no terraço do primeiro pavimento e espalhadas pelo térreo.


Imagens

Imagem 20: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora

Imagem 21: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora


Imagens

Imagem 22: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora

Imagem 23: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora


Referências Bibliográcas INTRODUÇÃO ABDALLAH, Collin. Juhani Pallasmaa: "Arquitetura é uma mediação entre o mundo e nossas mentes ". 2018. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/895277/juhani-pallasmaa-arquitetura-e-uma-mediacaoentre-o-mundo-e-nossas-mentes>. Acesso em: 05/04/2021. BIESDORF, Rosane Kloh. WANDSCHEER, Marli Ferreira. Arte, uma necessidade humana: Função social e educativa. Jataí. Revista eletrônica do curso de pedagogia, campus UFG. Vol. 2, n. 11. 2011. CARVALHO, Diogo Ribeiro. Espaço e percepção: Uma abordagem a partir de Merleau-Ponty. 2016. Disponível em: <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.198/6302>. Acessado em: 25/03/2021 INSTITUTO Figueiredo Ferraz | Institucional | IFF. 2011. 1 vídeo (7:46 min). Publicado pelo canal InstitutoFF. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=E5XzMt0DP7I&t=3s >. Acesso em: 31/03/2021. FRACALOSSI, Igor. Questões de Percepção: Fenomenologia da arquitetura / Steven Holl. 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-18907/questoes-de-percepcaofenomenologia-da-arquiteturasteven-holl>. Acesso em: 18/03/2021. PALLASMAA, Juhani. Os Olhos da Pele: A Arquitetura e os Sentidos. 2ª edição. Porto Alegre. Editora Bookman, 2011. NESBIT, Kate. Uma Nova Agenda Para a Arquitetura. 2ª Edição. Cosac Naify, 2008. ZEVI, Bruno. Saber ver arquitetura. 1ª edição. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes, 1948.

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O PROJETO PALLASMAA, Juhani. Imagem Corporicada. 1ª edição. Porto Alegre. Editora Bookman, 2013.


Referências de Imagens Imagem 01. Fonte: <atados.com.br/vaga/ocina-corpo-em-movimento>. Acessado em 20/05/2021. Imagem 02: Introdução. Fonte: <amofotolivro.com/fotograa-artistica-transforme-suas-fotos-em-verdadeirasobras-de-arte/>. Acesso em: 12/05/2021. Imagem 03: O local. Fonte: <musicandsunshine.com>. Acesso em: 12/05/2021. Imagem 04: O lote. Fonte: <ribeiraopreto.sp.gov.br/geoprocessamento/g28/ol/g2803001ol.php>. Acesso em: 21/05/2021. Imagem 05: O lote. Fonte: <ribeiraopreto.sp.gov.br/geoprocessamento/g28/ol/g2803001ol.php>. Acesso em: 21/05/2021. Imagem 06: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora Imagem 07: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora Imagem 08: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora Imagem 09: Dinâmica. Fonte: Acervo da autora Imagem 10: Topograa do lote. Fonte: Acervo da autora Imagem 11: Diagnóstico. Fonte: <archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-linabo-bardi/52797c17e8e44ef004000082-classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi-foto>. Acesso em: 12/05/2021. Imagem 12: Referências. Fonte: <br.freepik.com/fotos-premium/foto-de-arte-de-uma-ginasta-feminina-preto-ebranco_4657612.htm>. Acesso em: 12/05/2021. Imagem 13: Implantação Museu Judaico de Berlim. Fonte: <archdaily.com.br/br/799056/classicos-da-arquiteturamuseu-judaico-de-berlim-daniel-libenskind>. Acesso em: 07/05/2021. Imagem 14: Museu Judaico de Berlim, área interna. Fonte: <wsimag.com/pt/arquitetura-e-design/22115-ausenciae-permanencia-em-berlim>. Acesso em: 07/05/2021. Imagem 15: Área externa Sesc Pompéia. Fonte: <vejasp.abril.com.br/blog/arte-ao-redor/sesc-pompeiaexposicoes-gratuitas/>. Acesso em: 07/05/2021. Imagem 16: Espaço interno Sesc Pompéia. Fonte: <amlatina.contemporaryand.com/pt/editorial/brazilbolsonaro/>. Acesso em: 07/05/2021. Imagem 17: Área interna Serpentine Gallery. Fonte: <ickr.com/photos/small_moon/5948393960/in/photostream/>. Acesso em: 07/05/2021.


Referências de Imagens Imagem 18: Área interna Serpentine Gallery. Fonte: <theblackworkshop.tumblr.com/post/15139038885/serpentinegallery-pavilion-2011-by-peter-zumthor>. Acesso em: 07/05/2021. Imagem 19: O projeto. Fonte: <entrelinhablog.com.br/arte-em-movimento/>. Acesso em: 12/05/2021. Imagem 20: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora Imagem 21: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora Imagem 22: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora Imagem 23: Maquete tridimensional. Fonte: Acervo da autora


Anexo I - Questionário: Relação da Arquitetura com o Corpo

Questionário aplicado entre os dias 03/05 e 15/05/202, e respondido online por 87 pessoas com idades entre 15 e 89 anos.


IDADADE 60 50 40 30

20 10 0 De 15 à 18 anos

De 18 à 25 anos

De 25 a 35

De 35 à 45 anos

Acima de 45 anos

Não me identico com nenhum gênero

Prefiro não dizer

GÊNERO 45 40 35 30 25 20

15 10 5

0 Feminino

Masculino

Outros


PROFISSÃO 40 35 30 25

20 15 10 5 0

ONDE VIVE 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0


LUGARES QUE REMETEM A BOAS LEMBRANÇAS 25 20 15 10 5 0

LUGARES QUE REMETEM LEMBRANÇAS RUINS 14 12

10 8 6 4 2 0


O QUE MAIS ATRAI A ATENÇÃO EM UM AMBIENTE 35 30 25 20 15 10

5 0 Cores

Formas

Iluminação

Cheiros

O QUE FAZ RELAXAR 40 35 30 25 20 15 10 5 0

Texturas das Superfícies

Sons


COR FAVORITA 25

20

15

10

5

0 Preto

Rosa

Verde

Branco

Cinza

Azul

Amarelo

Laranja

Vermelho

Lilás

Roxo

Roxo

Cores Neutras

CORES QUE NÃO AGRADAM 12 10 8 6 4 2 0 Preto

Verde

Branco

Cinza

Marrom

Amarelo

Laranja

Vermelho

Azul


COMO SE SENTEM EM UM AMBIENTE COM POUCA OU NENHUMA ILUMINAÇÃO

45 40

35 30 25 20 15

10 5 0 Mal

Indiferente

Bem

CORES QUE NÃO COMO SE SENTEM EM UM AMBIENTE EXTREMAMENTE ILUMINADO 35 30 25 20 15 10 5 0 Mal

Indiferente

Bem


AO BUSCAR UMA PEÇA DE VESTUÁRIO SE PREOCUPA COM A TEXTURA DA PEÇA OU APENAS O VISUAL

70

60 50 40 30 20 10

0 Sente a textura

Escolhe apenas pelo visual da peça

SUPERFÍCIE MAIS AGRADÁVEL AO TOQUE 40 35 30 25

20 15 10 5

0 Textura Felpuda (Ex: Grama)

Textura Protuberante (Ex: Seixo Rolado)

Textura Rugosa (Ex: Casca de Árvore)

Textura Ondulada (Ex: Revestimento Ondas)

Textura Lisa (Ex: Porcelanato)


SENSAÇÃO DESPERTADA AO VER UMA IMAGEM DE UM AMBIENTE DO MUSEU JUDAICO DE BERLIM 35

30 25 20 15 10 5 0 Interesse

Curiosidade

Alegria

Desconforto

Tristeza

Medo

Indiferença

SENSAÇÃO DESPERTADA AO VER UMA IMAGEM DE UM AMBIENTE DO SESC POMPÉIA 45 40 35 30 25 20

15 10 5 0 Interesse

Curiosidade

Alegria

Desconforto

Tristeza

Medo

Indiferença


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