DULCE ELIANE MOURÃO DE ANDRADE
ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE PESQUISA
PALMAS- PR. 2016 NBR 14724:2002 Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos Apresentação - Informações pré-textuais
- Informações textuais - Informações pós-textuais - Formas de apresentação NBR 10520:2002 -Apresentação de citações em documentos NBR 6023:2002 Informação e documentação- Referências- Elaboração
1.1 PLANEJAMENTO DE PESQUISA CIENTÍFICA: PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO A atividade intelectual, característica da pesquisa científica, visa a construção do conhecimento. Essa construção pode significar descoberta ou avanço para a
ciência da humanidade ou a descoberta e avanço do conhecimento do aprendiz, na medida em que se apropria, individualiza, torna seu o conhecimento já desenvolvido e tornado disponível pelas diversas ciências. Nos dois casos a postura e o método científico são indispensáveis. O trabalho de pesquisa visando à construção do conhecimento desenvolve-se por etapas, que se constituem num método, num caminho facilitador do processo. A construção do conhecimento científico através da pesquisa é uma atividade sistemática e metódica, que requer boas doses de trabalho intelectual e braçal. É ineficaz, além de pretensioso, tentar “costurar” um texto a partir do exame simultâneo dos textos alheios relativos a um tema, “espalhados sobre a mesa” e dize-lo resultado de trabalho de pesquisa. A pesquisa científica visa quatro grupos de resultados: o projeto, a coleta de dados, a redação do texto, a apresentação gráfica do texto. Estes resultados são seguidos em três fases seqüentes: planejamento (cujo resultado gráfico é o projeto); execução (onde se desenvolve a coleta dos dados e a redação do texto); apresentação gráfica (onde o texto recebe o formato gráfico final adequado). Estas três fases exigem o exercício de duas competências essenciais: produção do conhecimento e apresentação escrita do que se conseguiu produzir. A produção do conhecimento requer duas habilidades: a identificação de problemas (transformados em objetivos de pesquisa científica), realizada no planejamento; o raciocínio destes problemas com a utilização de dados/informações/idéias, conseguidos na coleta de dados. O detalhe fundamental consiste em perceber que “um problema no papel e dados no papel” não geram raciocínio. É necessário que objetivos e dados encontrem-se “dentro da cabeça”, onde um grupo de idéias será produzido. Este conjunto de idéias é produção original do pesquisador, que chamamos de “texto pensado”. Logo, a produção de conhecimentos científicos acontece ao final da coleta de dados... A apresentação escrita dos conhecimentos produzidos requer também duas habilidades: a transformação do texto pensado em um texto escrito (a redação do texto); a formatação final do texto como requerido pelas normas da ABNT para apresentação de textos acadêmicos/científicos(a apresentação gráfica). Em passos largos, um fluxograma de pesquisa científica, poderia ser o seguinte: o planejamento transforma um tema em objetivos. Objetivos, que são propostas de raciocínio, são então alimentados por dados, informações e idéias, na coleta de dados. Os objetivos alimentados por dados tomam o formato de um texto pensado, o conjunto de idéias produzido pelo pesquisador. Tem-se a produção do conhecimento. Na fase de redação, o texto pensado é então escrito, enriquecido por detalhes anotados durante a coleta de dados. O texto é agora formatado e digitado/datilografado na etapa de apresentação gráfica, conforme regras de apresentação gráfica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A intenção final de qualquer pesquisa é responder às necessidades humanas concretas. É, porém, uma atividade teórica, racional. Deve, portanto, desde o início assumir o formato de atividade intelectual planejada. O desafio de um planejamento é, a partir de um tema (uma necessidade humana), identificar um problema e prepara-lo para ser raciocinado. A necessidade de pesquisar, de investigar, só toma forma, concretiza-se, diante do desafio representado por um problema, pois temas apenas anunciam a presença de uma necessidade humana qualquer. A atividade intelectual propriamente dita inicia-se pela percepção e problematização da necessidade. Daí pode-se dizer que sem problemas não há pesquisa. É claro que os problemas não surgem do vazio. Surgirão a partir da observação das necessidades humanas, confrontadas com a experiência teórica, já
desenvolvida e apreendida pelo pesquisador. A percepção de problemas é dependente do “olho clínico” com que se observa a realidade. Pode-se dividir o planejamento em 10 atividades intelectuais: 1 Escolha do Tema. 2 Revisão de Literatura. 3 Problematização. 4 Seleção/ delimitação do problema de pesquisa. 5 Formulação da (s) Hipótese(s). 6 Formulação do Objetivo Geral. 7 Formulação dos Objetivos Específicos. 8 Escolha dos Procedimentos de Coleta de Dados. 9 Previsão dos Recursos. 10 A produção escrita do planejamento ou projeto.
1.2 O PROJETO DE PESQUISA INTRODUÇÃO: È a apresentação do tema (assunto que se deseja provar ou desenvolver). Deve contar como se chegou a este “questionamento” porque e de onde ele surgiu. É a explicação do porque a inquietação da questão existe. 1 Escolha do Tema Embora pareça tarefa fácil, inicia-se aqui uma caminhada científica, cujo conteúdo e sucesso dependem bastante deste momento.
O Tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver, por isso sugere-se alguns critérios que ajudarão na escolha adequada de um tema de pesquisa: a) gosto pessoal, preparo técnico e tempo disponível. Um tema da preferência do pesquisador gera empatia, entusiasmo e favorece a perseverança. A formação cultural e a vivência pessoal garantirão o início bem sucedido do processo de busca; o tempo para dedicação garantirá a continuidade do processo até o ponto necessário/desejado. b) importância ou utilidade do tema. O desenvolvimento do conhecimento é sempre benéfico. Deve estar claro para o pesquisador a relevância de um tema, que possa dirigir-se genericamente a três beneficiários: a sociedade, a ciência, a escola. Um tema tem relevância social quando seu desenvolvimento e conclusões acenam com uma contribuição direta para a sociedade. Isto é, ajudará a melhor encaminhar ou sanar uma necessidade social concreta. Relevância científica é característica daquele tema que, desenvolvido, contribui para melhor esclarecer/resolver um problema detectado ou previsto no curso de um estudo ou pesquisa científica.Relevância acadêmica é característica do tema que, desenvolvido, contribui para o ensino/aprendizado a respeito de uma necessidade/problema humano. É claro que a importância em uma dessas áreas seria motivo suficiente para caracterizar certo tema como relevante. c) Existência de fontes. É condição essencial. É até possível pesquisar algo desgostoso e irrelevante; é impossível pesquisar sem fonte de dados. Afinal, entende-se pesquisa como atividade intelectual, como desenvolvimento de raciocínios, cujo combustível são dados. Sem dados não há raciocínios... Relembrando, as fontes possíveis de pesquisa são três: uma bibliográfica a respeito do tema; um campo onde se possa observar, um laboratório onde se possa recriar. Ao escolhermos o tema devemos lembrar que quanto mais delimitado o assunto, tanto melhor será desenvolvido, evitando-se óbvias repetições gerais e genéricas, por vezes já sabidas. Além disso, costuma-se definir a monografia como um estudo profundo e exaustivo de um tema relativamente restrito, o que desaconselha o estudo de assuntos mais amplos. Exemplo: Política, este é um assunto amplo e abrangente. A Política brasileira e as eleições de 1983, já é um assunto bem mais concreto, delimitado, objetivo. A Política partidária(1982) e suas propostas nos programas de cada um dos partidos, é o mesmo assunto bem definido, tematizado, ficam mais claros os objetivos que norteiam a idéia a ser comunicada. 2 Justificativa: A justificativa deve cumprir o papel singular de demonstrar a importância do estudo. Mostrar porque o trabalho ( o tema, a pergunta, a abordagem) tem relevância. Uma das estratégias mais utilizadas é a da sua contextualização dentro de um espectro mais amplo, visando demonstrar sua pertinência. ( Por que fazer? Para que?)
3 O Tema e Problema de Pesquisa: É um assunto que se deseja provar ou desenvolver. É preciso ser concreto, determinado, preciso, de forma bem caracterizada e com limites definidos. Descrever sobre o problema que pretende resolver na pesquisa, se é realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. Consiste em dizer de que maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade, com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu tempo e apresentando suas características. Os assuntos ou temas que se escolhem são necessidades humanas reconhecidas e anunciadas. A problematização é a transformação de uma necessidade humana em problema, que por sua vez define-se como “necessidade humana pensada”. O que se faz, na realidade, é dividir a necessidade em seus aspectos componentes julgados importantes. Segue-se aquilo que foi aconselhado por René Descartes: divide-se o problema em tantas partes quantas necessárias para resolvê-lo. Cipriano LUCHESI et al. (1991, p.178) assim conceituam em sentido amplo o problema. “ É sempre uma pergunta, uma curiosidade, um desafio que move o homem a investigar, a procurar saber, a desvendar mistérios, a superar interrogações, a vencer desafios”. No trabalho científico, com mais força ainda, deve ser crítico, original, radical, é necessário que seja identificado um real problema a ser investigado, refletido e possivelmente solucionado. A expressão gráfica do problema é a pergunta. Por isso, o “questionário” é utilizado como instrumento de problematização. Com base na curiosidade pessoal ou necessidade intelectual, despertadas pelos dados que se tem, ou que se reforçou a partir das leituras exploratórias, criam-se perguntas a respeito do assunto. O número e a qualidade das questões variam em função da extensão e profundidade do domínio do pesquisador a respeito do assunto. Portanto, a formulação do problema prende-se ao tema proposto: ele esclarece a dificuldade específica com o qual o pesquisador se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa. Segundo GIL ( 1993) o problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem prática ou de ordem intelectual. Dentre as razões de ordem intelectual, o autor enumera: exploração de um objeto pouco conhecido. Ex. o inconsciente era uma área praticamente inexplorada quando Freud começou a estuda-la. Interesse por áreas já exploradas, com o objetivo de determinar com maior especificidade as condições que certos fenômenos ocorrem ou como podem ser influenciados por outras. Ex. verificar em que medida fatores não-econômicos agem como motivadores no trabalho, para constatar variações nesta generalização. Testagem de uma teoria específica. Descrição de um determinado fenômeno. Ex. verificar as características sócio-econômicas de uma população e traçar o perfil de adepto de uma determinada religião. Quanto a razões de natureza prática, o autor cita: o interesse de um candidato a cargo eletivo em verificar como se distribuem seus potenciais eleitores com vistas a orientar sua campanha. O interesse de uma empresa em conhecer o perfil do consumidor de seus produtos para decidir acerca da propaganda a ser feita.
Avaliações de ações ou programas, como, por exemplo, os efeitos de um programa governamental na recuperação de alcoólatras. Análise das conseqüências de várias alternativas possíveis, como, por exemplo, o interesse de uma organização em verificar que sistema de avaliação de desempenho é mais adequado para seu pessoal. Predição de acontecimentos com vistas a planejar uma ação adequada.GIL (1993) Estabelece as seguintes regras para a adequada formulação do problema: - o problema deve ser formado como uma pergunta. - o problema deve ser claro e preciso. - o problema deve ser empírico ( isto é, não deve referir-se a valores, porque conduzem inevitavelmente, a julgamentos morais e, conseqüentemente, a considerações subjetivas). - o problema deve ser suscetível de solução. - o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável (evitar questões amplas, pois há necessidade de se delimitar a faixa etária, e posteriormente o aspecto a ser analisado. - o problema não deve indagar sobre “como fazer as coisas”, mas como são as coisas, suas causas e conseqüências. 3.1 Seleção/ delimitação do problema de pesquisa. As pesquisas podem considerar a extensão e a profundidade do assunto, isto é, podem ser feitas privilegiando a multiplicidade dos aspectos conhecidos que compõem um tema, seus aspectos “horizontais”, a extensão do assunto. Podem também concentrar-se em aspectos “verticais”. Tenderia, neste caso, a diminuir a extensão do assunto, sua multiplicidade horizontal, para possibilitar o aprofundamento. O progresso científico quase sempre surge do aprofundamento de aspectos de uma necessidade, isto é, estuda-se mais nitidamente “pedaços” dela por vez. Daí a importância da delimitação. Deve-se escolher o “pedaço” do problema que se quer ou se precisa estudar, para estuda-lo em profundidade. A escolha deste pedaço pode ser entendida em dois aspectos: ou como “corte físico” ou como “recorte lógico” para o assunto escolhido. Pode-se fazer um corte físico no assunto escolhendo uma das partes percebidas (uma questão), para ser estudada separadamente, sem necessariamente vincula-la às outras questões que surgiram em torno do mesmo tema. Recorte lógico é a escolha de uma das questões para considera-la apenas como o aspecto pelo qual vou tratar o tema todo. Com efeito, qualquer das questões levantadas a respeito de certo tema pode ser vista como um dos possíveis “pontos de vista” para desenvolvimento. Os outros aspectos necessariamente se fariam presentes. Ou seja, o pesquisador vai abandonar seu assunto inicial, que é amplo, para concentrar-se, mesmo que temporariamente, apenas em um de seus aspectos, seja porque julga importante para o conhecimento do tema, ou porque o perceba como “melhor ângulo”. Na prática, seleção/delimitação do problema de pesquisa consiste em escolher, entre os vários aspectos anteriormente levantados, aquele que merecerá estudo de investigação neste momento. De qualquer maneira, mesmo que todos os problemas oferecidos por um tema fossem considerados importantes, seriam tratados um por vez, ou pelo menos por um ponto de vista por vez. Ao escolher um deles, mesmo que provisoriamente, abandonam-se os outros. É uma imposição do método.
Exemplo: ASSUNTO: Educação Escolar TEMA: Ensino na escola de ensino fundamental: as informações transmitidas nos livros de leitura. PROBLEMA: - Em que medida as informações contidas nos livros de leitura, comumente usados nas escolas de ensino fundamental podem influenciar no propalado baixo nível de ensino? - Que relações existem entre o corpo de informações dos livros de leitura usados nas escolas de ensino fundamental e o conhecido baixo nível de ensino? - Seriam os livros escolares os responsáveis únicos pelo baixo nível de ensino? Há outros fatores também responsáveis? Quais são e como se mostram responsáveis? 4 Objetivos: Descrever sobre a intenção ao propor a pesquisa. Deverão sintetizar o que se pretende alcançar com a pesquisa. Deverão ser claros, sucintos e diretos. Os objetivos devem estar coerentes com o problema e a justificativa. O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar. Os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão desdobramentos do objetivo geral. 4.1 Objetivo geral O objetivo geral de um projeto de pesquisa científica é sua “espinha dorsal”. Deve expressar claramente aquilo que o pesquisador pretende conseguir com a investigação. Não é o que ele “vai fazer braçalmente” ( isto se prevê nos procedimentos de coleta), mas o que pretende conseguir como resultado intelectual final de sua investigação, isto é, o que “hoje não tenho ainda competência para fazer, mas que pretendo ter...”. São os objetivos de uma pesquisa que delimitam e dirigem os raciocínios a serem desenvolvidos. Fornecem, até mesmo, o “calibre” dos dados que serão necessários para o desenvolvimento dos argumentos. Objetivos são sempre compostos de duas partes: uma ação a ser aplicada sobre um conteúdo. Por isso, o enunciado de objetivos inicia-se por um verbo no infinitivo (terminados sempre em ar, er, ir, or). No caso da pesquisa científica, que se caracteriza como ação intelectual, os verbos abrem os objetivos devem ser verbos que indiquem atividade intelectual, mensurável, isto é, cujo “produto final” possa ser verificado. O conteúdo do objetivo geral é a hipótese, a verdade possuída pelo pesquisador naquele momento. Sabe-se que o cérebro humano é capaz de estágios ou estados cognitivos diversos, com graus também diversos de complexidade dos raciocínios. São eles: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. O grau de complexidade (e não necessariamente de dificuldade) da atividade intelectual aumenta do anterior para o posterior. Com efeito a atividade de avaliação pressupõe sínteses, que pressupõem análises, que pressupõem compreensões (havendo ou não entre elas a atividade de aplicação), que pressupõem conhecimentos, isto é, a posse inicial dos dados. Por outro ângulo, a posse individual de dados, é base para compreensão ( o encaixe de um novo dado no esquema cerebral já existe). Só quem compreendeu algo pode aplica-lo bem na vida prática. Aplicada ou não, a informação compreendida é analisada (o julgamento do cérebro a respeito de sua nova condição, agora com o dado recentemente compreendido). Daí surge uma nova síntese: o cérebro decide o que fica como resultado, se
mantém a nova informação compreendida, ou se a descarta. Com as sínteses cerebrais finais é que se avalia, se julga, se vive. Cada um destes estágios cognitivos possibilitam atividades ou ações intelectuais, expressas por verbos específicos: a) o estágio de conhecimento se expressa em verbos como apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar. b) o estágio de compreensão em verbos como compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar. c) o estágio de aplicação em verbos como aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. d) o estágio de análise em verbos como analisar, comparar, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, reunir, sintetizar. e) o estágio de avaliação em verbos como argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Na prática, montar o objetivo geral consiste em antepor à hipótese um verbo que expresse a ação intelectual da escolha do pesquisador. É uma escolha subjetiva, em que se procura o verbo que melhor expresse aquilo que de fato se quer como resultado intelectual, e que, evidentemente, possa ser realizado. Tenha-se o cuidado de inserir após o verbo a partícula que ajuste adequadamente o verbo (ação) à hipótese (conteúdo), tornando o enunciado correto. 4.2 Objetivos específicos O objetivo geral acaba de se tornar, por escolha do pesquisador, seu problema intelectual a ser resolvido. Como se sabe, os problemas intelectuais podem (e devem) ser divididos em tantas partes quantas possíveis ou necessárias para bem resolve-los. Por esta razão, o problema expresso como objetivo geral será subdividido em tantos objetivos específicos quantos necessários para o estudo solução satisfatória do problema contido no objetivo geral. São as competências “menores” a serem desenvolvidas, para que, juntas, componham a competência maior ( o objetivo geral). É claro que será de grande utilidade a revisão de literatura já feita, pois é o que ajudará o pesquisador a vislumbrar os aspectos componentes do problema a ser resolvido. Cada um dos objetivos específicos será uma parte distinta da futura redação (um capítulo, um segmento). Ou seja, os objetivos específicos indicam as partes do conteúdo do futuro texto, a ser produzido na fase da redação. Na prática, sugere-se a montagem de objetivos específicos em quatro momentos: levantam-se os aspectos componentes importantes do problema: examina-se o problema (o objetivo geral), procurando nele divisões possíveis, ou seja, os aspectos que o pesquisador considera como componentes relevantes do objetivo geral. Transforma-se cada um dos aspectos escolhidos em um objetivo: antepõe-se a cada enunciado um verbo que indique ação intelectual. A escolha é feita com base na natureza do assunto, na extensão e profundidade com que o pesquisador julga querer/precisar trabalha-lo Verifica-se a suficiência dos objetivos específicos propostos: o conjunto dos objetivos deve ser suficiente para que o objetivo geral seja preenchido. O pesquisador deve verificar se os componentes (objetivos específicos) propostos, quando desenvolvidos,
cumprem a tarefa intelectual indicada pelo objetivo geral. O conjunto dos objetivos específicos não deve, por outro lado, extrapolar a atividade proposta pelo objetivo geral. Escolhe-se a melhor seqüência lógica: considerando que os objetivos específicos indicam as partes do futuro texto, deve-se ter o cuidado de já te-los na melhor seqüência lógica. Isto é, estabelecer desde já quais assuntos devem preceder outros, tanto para o desenvolvimento da investigação, quanto para a futura leitura do texto. O trabalho de investigação passará a ser feito em torno dos objetivos específicos propostos, que na verdade, são propostas de raciocínio, problemas intelectuais específicos a serem resolvidos. Busca-se realizar diretamente cada um dos objetivos específicos, para que, indiretamente, resolva-se a proposta do objetivo geral. 5. HIPÓTESES E/OU PRESSUPOSTOS: Resposta provisória ao problema de pesquisa apresentado. Identificado o problema, o passo seguinte é elucida-lo. Essa elucidação se dá mediante a formulação de uma hipótese. Segundo GIL (1993) a hipótese consiste em oferecer uma solução para o problema, através de uma proposição, ou seja, “de uma expressão verbal suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. (...) Assim, a hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema.” Para LUCHESI et al (1991, p. 180) a hipótese consiste num “ponto de vista a ser defendido” , ou “tese a ser demonstrada” ou o enfoque a ser defendido, discutido ou explicitado”. Portanto a hipótese pode ser caracterizada como a solução possível para um problema. Com base em conhecimentos previamente adquiridos e tidos por ele como seguros, o pesquisador prevê verdades possíveis a respeito de um tema. É, desta forma, uma tentativa a priori de explicação. Seu enunciado é uma afirmação provisória de verdade, a opinião inicial do pesquisador, aliás, único ponto de partida possível para a construção de mais conhecimentos. É função da hipótese, ser a gênese do processo posterior de investigação, ou seja, o trabalho de pesquisa consiste em procurar evidências que verifiquem a validade (sustentem ou refutem) o conteúdo enunciado na hipótese. Além disso, é a hipótese, na forma de objetivo geral que imporá diretrizes e finalidade a todo o processo posterior de investigação e busca, pois o pesquisador não deve buscar ao sabor do acaso, mas com definição de onde quer chegar. Afinal, só encontra algo aquele que sabe o que está procurando. Assim, em pesquisa de ponta, lança-se uma afirmação a respeito do desconhecido, com base nos conhecimentos que a humanidade construiu e publicou a respeito do tema e dos quais o pesquisador ( ou grupo de pesquisa) tem conhecimento. Em pesquisas acadêmicas, faz-se a mesma coisa, porém com base no conhecimento já construído pelo pesquisador, inevitavelmente menor do que aquilo tudo que a humanidade já desenvolveu sobre o assunto. É a partir de uma “base conhecida” pelo pesquisador que será lançado um novo desafio de conquista intelectual. A hipótese com que se vai trabalhar surge das questões já levantadas a respeito do tema, mais especificamente, da questão escolhida no processo de seleção/delimitação. A questão levantada, junto com a resposta que se deu, é o indicativo do estágio de conhecimento do pesquisador a respeito do assunto e do qual partirá sua investigação. Em função disto, hipóteses são individuais, particulares, pois representam pontos de partida com base na extensão e profundidade do conhecimento já adquirido por indivíduos/grupos de pesquisadores, conhecimento esse indicado nas perguntas e respostas que conseguiram formular.
Na prática gera-se a hipótese juntando o conteúdo da pergunta delimitada com o conteúdo da resposta, em uma frase afirmativa única. Esta afirmação terá um conteúdo positivo, negativo ou duvidoso, dependendo do conteúdo de conhecimento do pesquisador, ao responder a pergunta. Será, porém, sempre, uma afirmação. Além disso, as hipóteses devem ser razoáveis, isto é, não podem implicar em contradição aberta. Devem também ser verificáveis, isto é, podem-se desenvolver testes e verificações empíricas (evidências empíricas), intelectuais (evidências lógicas) a respeito delas, ou mesmo sustenta-las com base na palavra das autoridades científicas (evidências “de fé”). Exemplo: ASSUNTO: Educação Escolar TEMA: Ensino na escola de ensino fundamental: as informações transmitidas nos livros de leitura. PROBLEMA: - Em que medida as informações contidas nos livros de leitura, comumente usados nas escolas de ensino fundamental podem influenciar no propalado baixo nível de ensino? Que relações existem entre o corpo de informações dos livros de leitura usados nas escolas de ensino fundamental e o conhecido baixo nível de ensino? Seriam os livros escolares os responsáveis únicos pelo baixo nível de ensino? Há outros fatores também responsáveis? Quais são e como se mostram responsáveis? HIPÓTESE: O baixo nível de ensino se manifesta pelo desinteresse global com que os alunos se comportam diante dos seus estudos escolares. Este desinteresse também provocado pelos conteúdos dos livros escolares, nos quais as informações são frias e pouco estimulantes, principalmente em relação a outros veículos de informações. Observa-se que o caminho traçado é o roteiro temático do pesquisador. Os problemas levantados sobre o tema, bem como as respostas a elas, poderiam ter outra extensão e outra profundidade. Isto é, poderiam ser completamente diferentes. Para essa pesquisa, porém, a partir deste ponto, vai interessar apenas a hipótese levantada. O trabalho de investigação terá como norte a verificação da validade da afirmação hipotética. REVISÃO DE LITERATURA: Deve indicar como se pretende analisar os dados encontrados. Eles serão trabalhados à luz de qual autor, de qual linha de pensamento, de qual proposta de estudo? Deve-se ter referências de pensadores que já se dedicaram ao tema para poder adicionar novos, rebater ou reforçar o que tinha sido definido anteriormente.
METODOLOGIA: É uma descrição técnica de como será desenvolvido o trabalho. Devem estar detalhadas, de forma lógica e linear, todas as etapas do projeto. Uma metodologia bem estruturada reflete um bom planejamento do processo de investigação, diminuindo a possibilidade de surgirem falhas que impeçam a conclusão do projeto. Eventualmente, durante a descrição, serão necessárias justificativas para a escolha de um ou outro método, e, mesmo que o projeto esteja apresentando uma metodologia inédita, as referências bibliográficas devem ser feitas.
A abordagem que será utilizada para a análise dos resultados também deve ser explicitada, indicando o teste estatístico ou processo analítico que permitirá a extração das conclusões. Poderão também ser definidos o tipo de pesquisa, a população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como se pretende tabular e analisar os dados. Denominam-se procedimentos de coletas de dados ( ou metodologia) as atividades práticas necessárias para a aquisição dos dados com os quais se desenvolverão os raciocínios que resultarão em cada parte do trabalho final. Ou seja, planeja-se aqui, de forma concreta, a coleta de dados, que se iniciará ao final do projeto. A pergunta que norteia a montagem dos procedimentos é: “que atividades concretas/físicas devo desenvolver para obter dados/informações necessárias para o desenvolvimento de cada objetivo específico?” Cada procedimento (ou grupo de procedimentos) é planejado em função de cada um dos objetivos específicos estruturados. Isto é, pensa-se coleta de dados para cada problema levantado na forma de objetivo específico. Na prática, a identificação dos procedimentos é feita identificando-se as atividades de coleta que serão desenvolvidas (pesquisa bibliográfica, documental, experimento, levantamento, estudo de caso). A identificação do tipo, modelo ou “design” de pesquisa dependerá do tipo de fonte utilizada pelo autor. Se as fontes forem compostas de material gráfico ou sonoro, utilizados única e exclusivamente para fins de leitura ou de obtenção de informações, como por exemplo: livros, jornais, revistas, documentos impressos, manuscritos, filmes, fotografias, etc., a pesquisa será classificada como: bibliográfica/documental. Se as fontes forem seres humanos, ou mesmo animais, dependendo da situação ambiente e do instrumento utilizado para obtenção dos dados, a pesquisa poderá ser classificada como de campo ou experimental. A pesquisa será de campo se for desenvolvida numa “situação natural” e quando o pesquisador, visando conseguir informações e/ou conhecimentos a cerca de um problema para o qual procura uma resposta, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou a relação entre eles, utilizar instrumentos de coleta de dados como: a observação, o questionário, a entrevista o formulário, etc. O “design” será do tipo experimental quando a investigação for conduzida num “ambiente artificial” cujo melhor protótipo é o laboratório, onde o pesquisador interfere na realidade, fato ou situação estudada, através da manipulação direta das variáveis independentes (causa) e dependentes (efeito). Se as fontes forem humanas, ou mesmo animais, o experimento envolverá um G.C. (grupo de controle) e um G.E. (grupo experimental), selecionados de forma aleatória e comparados entre si mediante a utilização de testes (antes e depois) e provas de significância estatística. Com exceção do procedimento bibliográfico, sempre desenvolvido segundo o mesmo padrão, todos os outros procedimentos devem ser seguidos de uma breve descrição (05 a 10 linhas). Embora os procedimentos tenham um padrão comum que os caracteriza, cada coleta de dados terá exigências próprias, que deverão ser especificadas. A descrição dos procedimentos pode também ser enriquecida por detalhes práticos. Aliás, em projetos de relatórios, costuma-se solicitar detalhamento cuidadoso de todos os procedimentos a serem desenvolvidos em campo/laboratório.
Detalha-se o universo, a amostra, o tipo de tratamento que as informações receberão; descrevem-se os instrumentos de coleta, a margem de acuidade prevista, etc. Amostragem – As pesquisas de campo e experimentos trabalham com amostras, isto é, porções ou frações de um universo ou população sobre os quais se designa descobrir ou conhecer alguma coisa. A seleção dos indivíduos que farão parte de uma amostra dependerá dos objetivos a serem perseguidos pela pesquisa. Se a intenção do pesquisador for a de generalizar os resultados da amostra para o universo, deverá garantir a cada pesquisado a mesma chance ou probabilidade de participar da pesquisa. Isto se faz mediante a seleção aleatória dos sujeitos, através de sorteios, tabela de números aleatórios, etc., e da garantia de que todos os extratos componentes de uma determinada população , com a mesma proporcionalidade que aparecem nela, sejam representados na amostra. A amostra assim constituída será do tipo probabilística, a qual exige, além do conhecimento do tamanho do universo, a seleção aleatória dos sujeitos e a representatividade dos extratos ou grupos sociais que a compõem. Exemplos de amostras probabilísticas: aleatória simples, sistemática, estratificada, por conglomerados ou agrupamentos. Quando o pesquisador estiver impossibilitado de conhecer o tamanho real do universo e, por conseguinte, de generalizar os resultados da amostra para a população, sua amostra será não-probabilística. A seleção dos sujeitos, no caso, não será aleatória, pois não se pode garantir a todos de participarem da amostra; nem se assegura a representatividade dos estratos ou grupos componentes sendo geralmente, feita de forma acidental ou então, baseada em critérios fixados pelo pesquisador, sejam eles quantitativos ou qualitativos. Os resultados , nestes casos, só terão validade para os grupos ou sujeitos investigados. Exemplos de amostras não-probabilísticas: acidental, intencional, por cotas, estudo de caso, etc. Nas pesquisas experimentais, levadas a efeito com pequenos grupos ( G.C. e G.E) a seleção da amostra será sempre aleatória, juntamente com a dos indivíduos em termos de características relevantes para o experimento (randomização) e a generalização só se obterá mediante a indução estatística, isto é, a repetição do mesmo experimento por outros pesquisadores. O pesquisador, portanto deverá definir, no seu projeto de pesquisa: o tamanho e a área geográfica de abrangência do universo; o modo de seleção e o número de componentes da amostra; os atributos ou características dos indivíduos a serem selecionados; os objetivos da pesquisa no que tange à generalização dos resultados; nas pesquisas experimentais, a descrição e o modelo do G.E e G.C. 1 Instrumentos de coleta de dados A escolha dos instrumentos dependerá muito do tipo de “design”. Numa pesquisa bibliográfica/documental predominam técnicas como: a análise de conteúdo, a análise qualitativa e interpretativa de textos, os estudos comparativos de textos. Numa pesquisa de campo, os instrumentos mais utilizados são: a observação participante ou não-participante, o questionário, a entrevista e o formulário. Nos experimentos, a escolha dos instrumentos vai depender muito dos propósitos da investigação. De uma maneira geral, os testes e as escalas de medição de atitudes, são
largamente utilizados, além de outras peculiaridades às demais modalidades de pesquisa, desde que permitam a quantificação dos resultados. O pesquisador, em relação a este item, deve registrar: o tipo de instrumento; a quantidade de instrumentos a ser distribuída; breve descrição dos principais tópicos ou aspectos a serem abrangidos pelo instrumento ( ou este preferencialmente). 2 Tratamento dos dados O tratamento dos dados dependerá muito da modalidade do “design” e do tipo de informação que o pesquisador deseja obter. A indicação do tratamento estatístico constitui um elemento obrigatório do projeto, quando a pesquisa envolver dados quantitativos e testagem de hipóteses estatísticas, naqueles casos em que se requer a comparação quantitativa entre amostras ou estratos de uma amostra. Nestes casos, emprega-se um teste estatístico (estatística inferencial ou nãoparamétrica) para verificar se a diferença entre A e B é significativa do ponto de vista estatístico. Nos experimentos , a indicação do teste estatístico constitui elemento obrigatório, uma vez que se deseja, sempre, obter o nível de significância estatística da diferença entre o G.E. e o G.C. Nos casos em que não se deseja estabelecer tais níveis de significância, é bom indicar procedimentos de análise e interpretação dos dados calcados na estatística descritiva, tais como: percentuais, freqüências, médias aritméticas, ponderada, etc. Quando a pesquisa não tiver dados estatísticos, o pesquisador deve indicar alguns critérios pelos quais norteará a análise e interpretação dos aspectos investigados, visando apresentar soluções para o seu problema de pesquisa ou fundamentar os seus pressupostos teóricos.
CRONOGRAMA; Apresentação das atividades a serem desenvolvidas (em quanto tempo fazer). Exemplo: ATIVIDADES
/
PERÍODOS
1
Levantamento de literatura
2
Montagem do Projeto
3
Coleta de dados
4
Tratamento dos dados
5
Elaboração do Relatório Final
6
Revisão do texto
7
Entrega do trabalho
M
A
M
J
J
X
X
X
X
X
A
S
X
X
X
X
O
N
D
X X
X X X
REFERÊNCIAS: Listagem de todo o material consultado e que serviu de base para a elaboração do projeto, de acordo com as normas da ABNT.
COMO TOMAR APONTAMENTOS a)manuais didáticos. - Nunca riscar a primeira vista. - São necessárias várias leituras, precedidas e acompanhadas de perguntas que nos fazemos, mentalmente ou por escrito - Depois arriscar a sublinhar, a anotar, a fazer esboços ou sumários. Exige muita atenção e prática. Depois de feitos é aconselhável que sejam cotejados com os apontamentos de um ou dois colegas para ver se houve apanhado completo. b) pesquisa - Anotações feitas em folhas avulsas, que depois voam ao vento, não prestam. - Nem as anotações em cadernos, feitas desordenadamente. - As anotações desordenadas nos fazem perder tempo e deseducam-nos. A elaboração de uma monografia exige do pesquisador eficiente uma série de etapas e passos que deverão ser observados. A não observância poderá acarretar uma série de conseqüências, como falta de seriedade, de ordem e de valor do trabalho. A elaboração de apontamentos de pesquisa através de fichas servem para arquivar e organizar todas as informações provenientes da leitura. É aconselhável que toda a monografia seja organizada primeiramente à base de fichas de leitura. Todo o trabalho conseqüentemente já está esquematizado antes de fazer a leitura. À proporção que se lê, vai-se enriquecendo o esquema com apontamentos, até esgotar o estudo bibliográfico. 3.1.1 tipos de apontamentos de pesquisa Existem diversos tipos de fichas de leitura.
Todas para fim de aproveitamento e utilidade prática, deverão ter um cabeçalho, indicando o conteúdo e a classificação. Além do cabeçalho devem conter as indicações bibliográficas. Após vem o conteúdo , que pode ser um comentário, uma citação direta ou indireta, e tipo sumário e esboço. a) Ficha de apontamento - Além do cabeçalho e das indicações bibliográficas comuns a toda a ficha de apontamento de pesquisa, contém um resumo do livro lido. Metodologia Científica
Trabalho Classificação Científico SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 3.ed. São Paulo: Cortez & Moraes, 1978. 159p. O livro pretende dar uma contribuição ao estudante que ingressa numa universidade, orientando-o no limiar da pesquisa científica. Logo após, dá uma orientação sobre a organização devida de estudos numa Universidade. Dá diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos. Segue dando esclarecimento valioso sobre a documentação como método pessoal e de orientação para um rendimento maior. A seguir, detém-se mais nas diretrizes para a elaboração de uma monografia científica. Finalmente tece algumas considerações metodológicas referentes aos trabalhos de pós graduação e aos pré-requisitos lógicos do trabalho científico. O livro, portanto, trata especificamente ao trabalho científico. É um guia excelente para todo aquele que quiser elaborar uma monografia. b) Ficha de apontamento, tipo citação. Além do cabeçalho e das indicações bibliográficas comuns a toda a ficha de apontamento de pesquisa, contém uma citação direta do livro lido. Isto é uma cópia literal de algumas linhas, ou de partes do livro, que interessam diretamente ao conteúdo que está sendo pesquisado. Processo
de
Leitura Classificação leitura interpretativa SALVADOR, A. D. Investigações das soluções. In -----. Métodos e técnicas da pesquisa bibliográfica. 3.ed. Porto Alegre: Sulina, 1973, p. 83. “ A última etapa da leitura informativa de impressos bibliográficos é a interpretação do que se leu em função de fins particulares. Trata-se de relacionar o que o autor afirma com os problemas para os quais se está procurando solução. O julgamento das idéias de uma obra é feito em função dos propósitos de seu autor, mas o aproveitamento de tais idéias depende dos propósitos do pesquisador”. c) Ficha de apontamento, tipo sumário. Esta se distingue das duas acima, pois contém, na parte do conteúdo um resumo ou resenha de partes ou capítulos de livros. Trabalho Científico Diretrizes Classificação SEVERINO, A.J. Diretrizes para a elaboração de uma monografia científica. In : -----. Metodologia do trabalho científico. 3.ed. São Paulo: Cortez & Moraes, 1978. P. 77-114.
O autor apresenta as diretrizes fundamentais para a elaboração de um trabalho científico. Inicialmente, apresenta as etapas da elaboração do trabalho científico: determinação do tema problema-tese do trabalho, o levantamento bibliográfico, a leitura e documentação, a construção lógica do trabalho e a redação do texto. Segue dando aspectos sobre técnicas de redação: apresentação gráfica, citação e técnicas bibliográficas. Finalmente, apresenta as principais formas de trabalho científico, a monografia, os trabalhos didáticos e o resumo de textos. d) Ficha de apontamento, tipo esboço. Além dos elementos comuns a todos os tipos de fichas anteriores, nesse modelo coloca-se, à esquerda, o numero da página sintetizada. É indicada para quem tem conhecimento da matéria e necessita de algumas palavras para recordar. CERVO, A.L. & BERVIAN, P. A. A pesquisa: noções gerais. In: ----Metodologia científica. 2. ed. São Paulo, McGraw-Hill, 1977. p 37-42. 39 – A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas. 39 – Distinguem-se os tipos da pesquisa a partir do método e técnica usados na investigação científica. 40 – A pesquisa bibliográfica pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa de campo ou laboratório. Há ainda outros modelos de fichas, usados em organizações de bibliotecas, que são dispensáveis na elaboração do trabalho científico. CITAÇÕES. - Quando o(s) autor(es) citado(s) estiver no corpo do texto a grafia deve ser em minúsculo, e quando estiver entre parênteses deve ser em maiúsculo. Conceito “ Mensão de uma informação extraída de outra fonte” (ABNT, 2002, p.1)” Transcrição das palavras de um autor ou a referência às suas idéias, geralmente para ilustrar ou sustentar o que se afirma. Servem para enriquecer um texto, dando-lhe maior clareza ou maior autoridade. Todavia, devem ser utilizadas de maneira comedida, pois o seu uso excessivo, desacompanhado de análises críticas, pode despertar no leitor a impressão de pobreza intelectual por parte do autor da monografia ou trabalho científico. Formas de Citação A) Citação Direta – Transcrição Literal do texto Consiste na reprodução textual da passagem citada, ou na transcrição exata das palavras de outrem, com todas as suas características, inclusive erros de grafia e de pontuação. As citações diretas, em grande número e quando muitas extensas, devem ser evitadas. Os autores, de modo geral, recomendam o seu uso (limitado) nos seguintes casos: a) quando a idéia do autor está expressa de modo tão conciso e convincente, que é difícil expressa-la melhor;
b)
quando se quer comentar, refutar ou analisar idéias expressas por um
autor; c) quando modificações do texto original por meio de paráfrases poderiam causar mal-entendidos e interpretações errôneas, como no caso das leis, por exemplo; d) quando se quer citar fórmulas matemáticas, científicas, estatísticas, etc. Regras de transcrição da citação direta a) Citação com até três linhas (curta) (NBR 12256) deve ser transcrita entre aspas, com o mesmo tipo e tamanho de letra utilizados no parágrafo do texto no qual será inserida. O uso das aspas delimita a citação direta. Caso o texto citado já contenha sinal de pontuação encerrando a frase, as aspas finais são colocadas após este sinal; caso contrário, as aspas delimitam o final da citação. Exemplo: Para Idalberto Chiavenato (1985, p.88), “ a ARH ( Administração de Recursos Humanos) é de um lado responsabilidade de linha de cada chefe ou gerente e, de outro lado, uma função de staff oferecida para cada chefe ou gerente.” b) Citação com mais de três linhas ( longa) (NBR 10520, item 4.4). deverá vir em parágrafo distinto. As margens são recuadas à direita em 4 cm, em espaço um (1), letra menor. Deve ser deixada uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e posterior. Exemplo Capra (1982, p. 279) refere-se aos organismos vivos afirmando que: Os organismos vivos têm um potencial inerente para se superar a si mesmos [sic] a fim de criar novas estruturas e novos tipos de comportamento. Essa superação criativa em busca da novidade, a qual, no devido tempo, leva a um desdobramento ordenado da complexidade, parece ser uma propriedade fundamental da vida, uma característica básica do universo que – pelo menos por ora- não possui maior explicação.Pode-se, entretanto, explorar a dinâmica e os mecanismos da autotranscendência na evolução de indivíduos, espécies, ecossitemas, sociedades e culturas.
c) Omissões em citação - São permitidas quando não alteram o sentido do texto. São indicadas pelo uso de reticências no início ou no final da citação. Quando houver omissões no meio da citação, usam-se reticências entre parênteses. As reticências, num texto, indicam interrupção do pensamento ou omissão intencional de algo que se devia ou podia dizer e que apenas se sugere, por estar facilmente subentendido. Podem ocorrer na seguinte maneira: omissão no meio da citação “ O poder tributário (...) é a base de aplicação de qualquer categoria de tributos.” (FOUROUGE, 1976, p.41) Omissão no início da citação: “ ... alguns dos piores erros na construção organizacional têm sido cometidos pela imposição de um modelo mecanicista de organização ‘ideal’ ou ‘universal’ a uma empresa viva. “ (CASTRO, 1976, p.41) Omissão no final da citação: “ A partir de 1948, o desenvolvimento da ciência da informação foi acompanhado, se não freqüentemente precedido, pelo desenvolvimento excepcional de uma tecnologia e
técnicas particularmente impressionantes, apoiando-se, no essencial, nos fluxos de elétrons e fótons. Antes imperavam a tinta e o chumbo...” ( LE COADIC, 1996, p. 86) Omissão em poema ou texto, quando uma linha ou mais forem omitidas, a omissão é indicada por uma linha pontilhada: “Fica decretado que todos os dias da semana .............................................................. têm direito a converter-se em manhãs de domingo.” (MELLO, 1984, p. 216) - Interpolações em Citação São acréscimos, explicações ou comentários inseridos em citações, que são apresentados entre colchetes. Exemplo: “Neste sentido, se reconhece no processo de produção rural a vigência de leis biológicas de reprodução e a utilização de formas primitivas de uso de energia [fotossíntese]. “ (SILVA, 1999,p.179) Incorreções e Incoerências em citações ( erro ortográfico ou erro lógico) no texto citado são indicados pela expressão sic entre colchetes, imediatamente após a ocorrência. Exemplo; “ Essa noção de História contraria Foucault porque complementa a da fundação do sujeito pela transcedência [sic] de sua consciência garantindo a sua soberania em face de toda descentralização. “ (MAGALHÃES; ANDRADE, 1989, p.19) Ênfase e Destaque em Citação para dar ênfase (indicar espanto, admiração ou perplexidade) em citação, usa-se o ponto de exclamação entre colchetes imediatamente após o que se deseja enfatizar. Exemplo: “Por ser tão importante quanto o seu contato inicial com a obra de um poeta [!] o momento em que vocês se deparam pela primeira vez com um papel deve ser inesquecível. “ (STANISLAVSKI, 1989, p.126) Quando for necessário destacar palavras ou frases em citações diretas, estas devem ser negritadas, seguidas de uma das expressões sem grifo no original, grifo meu ou grifo nosso entre colchetes. Exemplos: “ Tenha em mente a necessidade de evitar os erros de francês e escrever num vernáculo correto e claro” [grifo meu] (CAMPAGNOLI; BORSARI, 1971, p.32). Se a citação já apresenta um destaque no original, usa-se a expressão [grifo do autor] entre colchetes Dúvida em Citação - usa-se o ponto de interrogação entre colchetes, logo após a palavra ou frase que se deseja questionar ou que gerou dúvida. Exemplo: “ Mais uma vez a face nordestina da pobreza brasileira se mostra com clareza: quase metade dos pobres – 46% [?] – habitam a região Nordeste “ (JAGUARIBE, 1989,p.75) citações direta em rodapé – aparece sempre entre aspas, independentemente de sua extensão. No texto: Num primeiro momento, reafirma a versão oficial de que o exército naquela ocasião, como de costume, apenas patrulhou a cidade. Sem qualquer amparo documental1, vê-se vencida... No rodapé:
1 a sua única fonte comprobatória é a seguinte: “Várias pessoas que moravam em Francisco Beltrão, na época, afirmaram isso, inclusive Walter Pecoits e Luiz Prolo, que eram da comissão.” (GOMES, 1986, p. 104). B) Citação Indireta – Interpretação de partes do texto, paráfrase. Consiste na reprodução fiel do pensamento de outro autor ou autores, sem a transcrição exata dos termos. Ela pode ser apresentada em forma de paráfrase, quando se transcreve a idéia de outro com palavras do próprio autor do trabalho, mantendo a citação aproximadamente o mesmo tamanho do original; ou em forma de condensação, quando se sintetiza os dados retirados da fonte consultada, sem alterar fundamentalmente a idéia do autor. Geralmente é preferível a uma longa citação direta. Sua principal característica é a de que, independentemente do número de linhas, jamais utiliza aspas. Condensação (síntese do todo) Na opinião de Chiavenato (1983), todas as teorias administrativas, desde as mais antigas até as mais recentes, são válidas e aplicáveis no contexto das organizações da atualidade. • Paráfrase (síntese da frase) Cecília Whitaker Bergamini (1980, p.147) defende as teorias da liderança situacional, por não acreditar na existência de um estilo ideal para nenhuma função, cargo ou atividade. C) Citação Mista Consiste na combinação das duas formas anteriores. Exemplo: Para Paul Harsey e Keneth Blancherd (1977, p. 4), a distinção fundamental entre os termos liderança e administração repousa, basicamente, na palavra ‘”organização”. “Pensase na administração como um tipo de liderança em que o aspecto mais notável é a realização dos objetivos da organização...”. Embora a liderança também inclua o trabalho com pessoas, a fim de realizar objetivos, “estes não são necessariamente objetivos da organização”. D) Citação de Citação – citação de obra á qual não se teve acesso físico. É usada quando for absolutamente indispensável a menção a uma obra à qual o autor não teve acesso direto, senão pela leitura da obra de outro autor. Exemplo: Segundo Peter Drucker, citado por Lauro Barreto Fontes (1980,p.153), “qualquer pessoa com conhecimento nas organizações modernas é um gerente se, em virtude de sua posição e desse conhecimento, for responsável por uma distribuição que afeta, materialmente, a capacidade da organização de trabalhar e de obter resultados”. - somente o autor consultado é mencionado na lista final de referências bibliográficas. E) Citação de informação extraída da internet As citações de informações extraídas de textos da Internet devem ser utilizadas com cautela, dada a sua temporalidade. É necessário analisar cuidadosamente as informações obtidas, avaliando sua fidedignidade. Caso seja imprescindível menciona-la no texto, devese indicar os dados que possibilitem sua identificação, e incluí-la na lista de referências.
Indicação dos autores citados no texto: 1. – Um autor - O sobrenome do autor deve ser escrito com letra maiúscula no texto, podendo ser preenchido pelas iniciais dos prenomes ou pelos próprios prenomes, e seguido pela indicação do ano e da(s) página(s): Exemplo: De acordo com Maranhão (1998,p.125)... De acordo com A. Maranhão (1998,p.125)... De acordo com Antônio Maranhão (1998,p.125)... (MARANHÃO,1998,p.125). 2. Autor entidade: pode-se apresenta-lo a) pelo nome da entidade escrito por extenso, com letras maiúsculas: Exemplo: Em suma, os avanços ocorridos durante o desenvolvimento do processo e percebidos pelos grupos avaliativos evidenciaram o caráter pedagógico da avaliação de desempenho (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, Pró-Reitoria de Recursos Humanos e Assuntos Estudantis, 1997,p.14) b) pela sigla ( caso esta seja consagrada) com letras maiúsculas: Exemplo: Em suma, os avanços ocorridos durante o desenvolvimento do processo e percebidos pelos grupos avaliativos evidenciaram o caráter pedagógico da avaliação de desempenho ( UFPR, PRHAE, 1997,p.14) c) Pela jurisdição, quando se tratar de órgão do poder público federal, estadual ou municipal. Exemplo: De acordo com dados coletados junto ao Ministério da Educação ( BRASIL, 1992, p. 32) ........... A uniformidade da apresentação das citações deve ser mantida ao longo de todo o texto, sempre de acordo com a lista de referências. 3. Dois autores Havendo dois autores, os nomes devem ser gravados com letra maiúsculas. Separados por e, na forma textual, ou por ponto e vírgula, seguidos do ano e página(s), quando citados após a idéia do autor do trabalho. No primeiro caso, a indicação do ano e das página (s) deve ser entre parênteses. Exemplo: Segundo Marconi e Lakatos (1997,p.259-301) ...(MARCONI; LAKATOS,1997,p.259-301) 4. Dois autores com o mesmo sobrenome Havendo dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data de publicação, acrescenta-se as iniciais de seus pronomes. Exemplo: (SILVA, J.C., 1979, cap.2) (SILVA, M.R., 1979, p.22) 5.
Três autores
Havendo três autores, todos têm seu nome grafado com letra maiúsculas, separados por vírgula e e, na forma textual, ou por ponto e virgula, seguidos do ano e página(s), quando citados após a idéia do autor do trabalho. No primeiro caso, a indicação do ano e página(s) deve estar entre parênteses. Exemplo: Segundo Andrade, Cardoso e Siqueira ( 1998, p. 54-67)... ... (ANDRADE; CARDOSO; SIQUEIRA,1998, p. 54-67) 6. Mais de três autores Havendo mais de três autores, deve-se indicá-los pelo sobrenome do primeiro, seguido da expressão et al. ( do latim et alli, que significa e outros ) do ano e página(s): Exemplo: Quirk et al. (1996, p. 10) afirmam que ... ... (QUIRK et al., 1996, p. 10) 7. Vários documentos do mesmo autor Os vários documentos do mesmo autor ou autores são diferenciados pelo ano de publicação: Pereira ( 1985, 1990, 1997) Fontana e Vieira ( 1991, 1995) 8. Vários documentos de um mesmo autor publicados em um mesmo ano Exemplos: ( ALVES, 1979 a, p.27) ( ALVES, 1979 b, p.27) 9. Vários autores com uma mesma idéia ou argumento. Citações de autores diferentes e trabalhos diferentes sobre uma mesma idéia ou argumento são apresentados obedecendo a uma ordem cronológica, do mais antigo para o mais atual. Exemplos: Robinson (1995, p. 21), Furtado, Antunes e Gonçalves ( 1998, p. 193) apontam os modelos favoráveis ao emprego da... 10. Documentos sem data Citações de documentos que não tragam a indicação de data devem seguir a mesma orientação adotada para referências. Exemplo: O acesso do saber elaborado e historicamente acumulado se produz dentro das relações sociais ( FARIAS; MACHADO;SOUZA, 199-, p.36) Viana et al (1981?, p. 333) conceitua aprendizagem como a “mudança no comportamento humano decorrente de novos conhecimentos, novas habilidades, novas atitudes, novos conceitos e filosofias”. 11. Eventos Científicos. No caso de evento científico, menciona-se seu nome completo, na ordem direta, grafado com iniciais maiúsculas. No final da citação, menciona-se o nome completo do
evento, grafado com letras maiúsculas, seguido do ano, entre parênteses, de acordo com a indicação na lista de referências. Exemplo: Os trabalhos apresentados ao 10º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, realizado em Curitiba, em 1979... (CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 1979). 12. Documentos Anônimos. Os documentos anônimos devem ser indicados pelo título seguido do ano e das páginas: a) se o título estiver incluído na frase, deve aparecer fora dos parênteses e em itálico: Exemplo: ... enquanto na obra Danças Populares Brasileiras ( 1989, p. 21, p. 188) o fandango... b) se o título foi mencionado dentro do parênteses, deve ter a primeira palavra grafada em maiúscula: ... ( DANÇAS, 1989, p.21, p.188) ... ( DANÇAS populares brasileiras, 1989, p.21, p.188) 13. Documentos com títulos longos Títulos longos podem ser citados pelas primeiras palavras seguidas de reticências, desde que na primeira menção tenham sido citados de forma completa , deve-se incluir também ano e página(s): a) na primeira citação ... enquanto na obra Danças Populares Brasileiras (1989, p. 188, p 21) o fandango.... b) nas demais citações ... enquanto na obra Danças... (1989, p. 188, p 21) o fandango.... 14. Documentos eletrônicos e aplicativos Documentos eletrônicos e aplicativos seguem a mesma orientação para a forma de entrada de referências. No texto: Para efeito de coleta de dados, foi elaborada uma base de dados denominada AGRI, utilizando-se o Winisis, versão 1 ( UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, 1998) que mostrou-se eficaz e apropriada para alcançar os objetivos propostos. Na lista de referências: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, Sistema de Bibliotecas, Biblioteca de Ciências Agrárias. Agri, versão 1. Curitiba, 1998. 2 disquetes; 3 ½ pol. Winisis.
REFERENCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA. – NBR 6023/2002 DEFINIÇÕES DOCUMENTO É qualquer suporte que contenha informação registrada através de algum meio, seja este gráfico, visual, sonoro, eletrônico ou outro. Exemplos: livros, periódicos, normas técnicas, materiais cartográficos, gravações sonoras, gravações de vídeo, fotografias, selos, arquivos magnéticos e eletrônicos, jogos, entre outros. DOCUMENTO ELETRÔNICO É o suporte físico no qual as informações eletrônicas são armazenadas , podendo ser de diversos tipos e formatos, como disquetes, fitas magnéticas, discos rígidos (winchesters), discos óticos, CD-ROM e informações veiculadas nos canais eletrônicos acessados, capturados ou consultados sob diferentes protocolos, como http (hypertext transfer protocol), usado pelo www (World Wide Web), ftp (file transfer protocol), gopher e telnet. Enquadram-se também na categoria de documentos eletrônicos mensagem enviada para lista de discussão, mensagem enviada contendo anotações ou comentários técnicos e mensagem pessoal (e-mail). INFORMAÇÃO ELETRÔNICA É aquela que depende de computador para ser lida e acessada, podendo sua versão ser ou não gerada eletronicamente. REFERÊNCIA É o conjunto padronizado de informações agrupadas em elementos descritivos, retirados de um documento e que permitem sua identificação no todo ou em parte. As referências constituem uma lista ordenada dos documentos citados pelo autor no texto. ELEMENTOS DE REFERÊNCIA Uma referência é composta de informações agrupadas em elementos, alguns essenciais e outros complementares. As informações para a sua elaboração devem ser obtidas, sempre que possível, da principal parte do documento, ou seja: a) da folha de rosto de documentos impressos, como livros, monografias, periódicos e similares; b) de etiquetas e invólucros de disquetes, fitas de vídeo, fitas cassete, discos e similares; c) de molduras e materiais explicativos de slides, transparências e similares; d) do próprio documento, quando este constitui-se em uma única parte, como globos, cartões postais, cartazes, selos e similares.
Quando não for encontrada a informação no próprio documento e esta for conhecida ou obtida de outra fonte (bibliografias, catálogos de editoras, pessoas ou outra), pode-se incorpora-la entre colchetes. Considerando a existência de textos convencionais e de textos eletrônicos, existirão referências de um a outro tipo de documento. Informações retiradas da Internet AUTOR(es).//Título:/subtítulo da parte ou do .//Edição.//Local:/Editora, /Data.//Descrição física do meio ou suporte.
todo
No caso de documentos online, apresentar a URL entre os sinais<> precedido das expressão "Disponível em:" finalizando com a data de acesso como mostra o exemplo abaixo. ENCICLOPÉDIA da música brasileira. São Paulo, 1998. Disponível em: <http://www.uol.com.br/encmusical/> . Acesso em: 16 ago. 2001 Publicação periódica TÍTULO.//Local de publicação:/Editora,/Data de ínicio da coleção e encerramento (quando houver).//Periodicidade.//ISSN. REVISTA BRASILEIRA DE ECONOMIA. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1947- . Trimestral. ISSN 0034-7140 Parte de publicação periódica AUTOR(es).//Título do artigo:/subtítulo quando houver.//Título da publicação.//volume, número,/página inicial e final do artigo.//Data de publicação. REZENDE, C. S.; REZENDE, W. W. Intoxicações exógenas. Revista Brasileira de Medicina . v. 59, n. 1/2, p. 17-25. jan./fev. 2002.
No caso de textos convencionais - livros, revistas e anais (tinta sobre papel) - a forma geral de referência a um documento de mesma natureza, tinta sobre papel, conforme a ABNT é a seguinte: Teses e Dissertações MIYAMOTO, S. O Pensamento geopolítico brasileiro: 1920-1980. 1981. 287f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo Manual
BRASÍLIA. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Sistema integrado de administração financeira do governo federal. Brasília, 1996. 162 p. (Manual SIAF, 5). Parte de monografia AUTOR(es).//Título:/subtítulo da parte(se houver).//In:/Referência completa da monografia no todo.//informar ao final a paginação correspondente à parte. Livro: AUTOR. Título da obra. Edição. Local: editora, data. Exemplo: MOURA, Gevilacio Aguiar Coêlho de. RNP - Internet: guia do usuário. São Paulo: Atlas, 1995. A edição somente é indicada a partir da segunda. Se não estiver indicada, pressupõese que se trata da primeira edição. Capítulo de livro ROVIGHI, S. V. Ontologia existencial e filosofia da existência. In: ________. História da filosofia contemporânea: do século XIX à neoescolástica. Tradução por Ana Pareschi Capovilla. São Paulo : Loyola, 1999. Cap. 15, p. 397412. Periódico: AUTOR. Título do artigo. Nome da publicação. Local. Volume. Número. Página. Data. Exemplo: GINGENRICH, O. O caso Galileu: a posição da Igreja há 400 anos. Humanidades, Brasília, v. II, n. 6, p. 105/115, jan./mar. 1984. Para artigo contido em anais de simpósios, seminários, congressos e assemelhados adota-se o mesmo formato acima. Apenas a palavra latina In é inserida entre o título do artigo e o nome da publicação que o contém. 5.5.1 Elementos essenciais São aqueles obrigatórios à identificação de documentos, como autor, título, local, editor ou produtor, ano de publicação/produção. 5.5.2 Elementos complementares São elementos opcionais que, acrescentados aos essenciais, permitem uma melhor caracterização do documento referenciado, como subtítulo, número de páginas e/ou volumes completos, título e número da série, indicação de tipo de fascículo, título de suporte e notas. TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS Autoria Um autor
O nome do autor deve ser transcrito pelo último sobrenome e pela (s ) inicial(is) do (s) prenome(s), em letra maiúsculas, seguidas de ponto. Exemplo: BILAC, O. Não BILAC, OLAVO Ou BILAC, Olavo Martins dos Guimarães A entrada dos nomes deve obedecer as seguintes orientações: a) grafar os nomes em língua estrangeira usando a forma adotada no país de origem; b) incluir, após o último sobrenome, os distintivos como Junior, Filho, Neto, Sobrinho. No documento Na referência Vicente Carvalho Filho CARVALHO FILHO, V. c) dar entrada pelo composto quando o sobrenome for composto; No documento Pedro Espírito Santo
Na referência ESPÍRITO SANTO, P.
d) dar entrada sem a partícula se o último sobrenome for precedido de partículas como de, da,e; No documento Na referência Paulo de Azevedo AZEVEDO, P. de. e) títulos de formação profissional e cargos ocupados não fazem parte do nome e não são incluídos na referência; No documento Na referência Prof. Brant Horta HORTA, B. f) Títulos de ordens religiosas devem ter entrada pela primeira parte do nome na ordem direta, seguida do título religioso; No documento Na referência Irmão Eusébio EUSÉBIO, Irmão Dois autores Quando o documento apresentar dois autores, a entrada deve ser feita pelo nome do primeiro mencionado no documento, seguido do segundo autor, separado ponto e vírgula. No documento Na referência Anthony de Crespigny CRESPIGNY, A. de; MINOGUE, Kenneth R. Minogue K. R. Três ou mais autores. Quando o documento apresentar até três autores menciona-se todos na ordem em que nele aparecem, separando-os por ponto e virgula. No documento Na referência Emília Campos Carvalho CARVALHO, E. C; CUNHA, A. Ana Maria Cunha M.; MAMEDE, M, V. Marli Villela Mamede
Se há mais de três autores, menciona-se o primeiro, seguido da expressão derivada do latim et al, que quer dizer e outros (as). No documento Na referência José da Costa Almeida; ALMEIDA, J. da C. et al. Feliciano Vargas; Maria Luíza Lobato; Augusto Ferreira Sendo necessário, pode-se mencionar todos os autores do documento. Pseudônimos Obras escritas sob pseudônimo devem ter entrada por este. Conhecendo-se o nome verdadeiro, indicá-lo entre colchetes, depois do pseudônimo. No documento Na referência Marcelo Tupinambá TUPINAMBÁ, M. [Fernando Lobo] Entidades coletivas Órgãos da administração governamental direta (ministérios, secretarias e outros) têm entrada pelo nome geográfico que indica a esfera de subordinção (país, estado ou município). BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Contabilidade. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Cultura. Sociedades, organizações, instituições, entidades de natureza científica, artísticas ou cultural têm entrada pelo seu próprio nome. Em caso de ambigüidade, deve-se acrescentar a unidade geográfica a que pertencem, entre parênteses. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ BIBLIOTECA NACIONAL ( BRASIL) Unidades subordinadas são mencionadas após o nome da instituição e com iniciais maiúsculas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas Entidades conhecidas por suas siglas podem dar entrada por estas. IBGE EMBRAPA Eventos Científicos Congressos, reuniões, simpósios e conferências têm entrada pelo nome do evento, com indicação do respectivo número do evento em algarismos arábicos, ano e local de realização. ENCONTRO BRASILEIRO SOBRE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA, 1, 1968, Nova Friburgo Coletâneas Em caso de coletâneas, existindo um editor, diretor, compilador, coordenador ou organizador responsável em destaque na folha de rosto, entrar por seu nome, seguido de
abreviatura da função editorial, na língua da publicação, com inicial maiúscula, entre parênteses. COUTINHO, A. (Dir.) Não havendo indicação de responsabilidade em destaque na folha de rosto, a entrada deve ser feita pelo título. Autoria desconhecida Em caso de autoria desconhecida, entrar pelo título da obra. O termo anônimo não deve ser usado para substituir o nome do autor desconhecido. A primeira palavra do título, inclusive os artigos definidos e indefinidos, deve ser transcrita em maiúscula. O FILOSOFO Inglês ou a história de monsieur Cleveland. O RIO que tinha pedras brancas 5.6.2 Título O título deve ser reproduzido tal como figura no documento, devendo aparecer com alguma forma de destaque tipográfico – negrito, itálico ou sublinhado -, observando-se o que segue: a) quando houver necessidade de transliterar um título ou subtítulo, deve-se indicar em notas ao final da referência: Título transliterado do árabe; b) para títulos em língua portuguesa, usar letras maiúsculas somente na inicial da primeira palavra e em nomes próprios; ARAÚJO, J. S. de. Administração de materiais. PETRI, S.; FULFARO, V. J. Geologia do Brasil (Fanerozóico) c) no caso de outros idiomas, obedecer à gramática da língua; TSCHATSCH, H. Taschenbuch Umformtechnick: Verfahren Maschinen Werkzeuge. Subtítulo O subtítulo deve ser transcrito após o título, quando necessário para esclarecer e completar o título, sem negrito, itálico ou sublinhado, precedido de dois pontos. BAGOLINI, L. O Trabalho na Democracia: filosofia do trabalho. Título com nomenclatura científica Para títulos que contêm nomenclatura científica (gênero e espécie), recomenda-se que esta seja transcrita com duas formas de destaque tipográfico, a do título e em itálico. DAVIS, K. R. Arabidopsis thalian a model plant-pathogen Título em outra língua Quando o título aparece em mais de uma língua registra o que estiver em destaque ou em primeiro lugar. Na folha de rosto Na referência Aline T. Bernardes BERNARDES, A. T.; Ângelo B. M. Machado MACHADO, A.B. M.; RYLANDS, A. B. Antonhy B. Rylands Fauna brasileira ameaçada de extinção. Fauna Brasileira ameaçada de extinção Brazilian fauna threatened with extinction
Edição Indica-se a edição somente quando esta é mencionada no documento. O seu número deve ser escrito em algarismos arábicos, seguido de ponto final e um espaço, e da abreviatura da palavra edição na língua do documento referenciado. No caso de primeira edição, esta não deve ser mencionada. ARAÚJO, J. S. de Administração de materiais. 5.ed. Indicam-se na forma abreviada (sempre que possível) as emendas e acréscimos à edição, tal como aparecem no documento: 2. ed. Ver.; 4.ed. ver. e aum.; 2.ed. ver e atual.; 2.ed. reimp.; 4.ed. ver.; 2 Aufl.; 3. ed. augm. HISTÓRIA de Napoleão, imperador dos franceses. 3. ed. reimp. As edições com nome devem ser transcritas como aparecem no documento. ALENCAR, J. de. Iracema. Ed. do Centenário. 5.6.4 Imprenta A imprenta, também denominada notas tipográficas composta de elementos como local (cidade) editora e data de publicação. 2.2.4.1 local O local de publicação (cidade) deve ser escrito tal como figura no documento. ARAÚJO, J. S. de Administração de materiais. 5.ed. São Paulo: Em caso de cidades homônimas, acrescenta-se o nome do país ou estado. Viçosa, MG. Viçosa, RN Quando há indicação de mais de um local, para um editor, descreve-se o mais destacado. Quando o nome da cidade não aparece na publicação, mas pode ser identificado, este é indicado entre colchetes. VEJA 25 anos: reflexões para o futuro. [São Paulo]: abril, 1993. Quando o local faz parte do título de um periódico, não há necessidade de repeti-lo. FERREIRA, A. Plano Collor acelera o processo de fusões e compras de empresas. Folha de São Paulo, 4 jun.1990. Não sendo possível determinar o local, adota-se a abreviatura S.I., entre colchetes, do latim sine loco, que significa sem local. LONGO, L. Aventura no deserto. 2.ed. [S. l. ] 5.6.6 Editora O nome da editora ou produtora deve ser transcrito como aparece no documento, observando-se o seguinte padrão: a) os prenomes são abreviados; b) elementos que designam a natureza jurídica ou comercial e que são dispensáveis à sua identificação são suprimidos. No documento Na referência Prof. Adhemar Pegoraro A. Pegoraro
El Ateneo José Olympio Editora
Ateneo J. Olympio
Quando o editor for também o autor, seu nome não deve ser repetido. IBGE. Geografia do Brasil. Rio de Janeiro, 1988. Havendo mais de uma casa editora ou produtora, indica-se a primeira ou a que estiver em destaque. Quando o editor não é mencionado , pode-se indicar o impressor do documento. Na falta destes, adota-se a abreviatura s.n., entre colchetes, do latim sine nomine, que significa sem editora. LONGO, L. A Viagem proibida. 3.ed. rev. São Paulo: [s.n.] Quando o local e o editor não aparecem na publicação indica-se entre colchetes. [ S.I.: s.n.] LONGO, l. Os caminhos até o paraíso. 2. ed. [S.I.: s.n.] 4.3.4.5 Data de publicação ou produção Indica-se sempre o ano de publicação ou produção em algarismos arábicos, sem espaçamento ou pontuação. 1998 ( e não 1.998 ou MCMXCVIII) Não sendo possível determinar nenhuma data de publicação ou produção, distribuição, copyright ou impressão, registra-se uma data aproximada em colchetes. [1981] para data provável [ca 1960] (cerca de) para data aproximada [197-] para data certa [197?] para data provável [18--] para século certo [18--] para século provável Nas referências de documentos em vários volumes, indica-se a) a data inicial seguida de hífen, no caso de periódicos em curso de publicação; 1998b) a data inicial e final, separada por hífen, em caso de publicação encerrada; 1993-1995 Quando houver necessidade de indicar o mês precedendo o ano, o mesmo deve ser abreviado no idioma original do documento Se o documento indicar, em lugar dos meses, as estações do ano, essa informação deve aparecer tal como figura na publicação Se o documento indicar, em lugar dos meses, as divisões do ano em trimestres, semestre ou outros, estas devem ser consideradas, podendo ser abreviadas. 2. trim.1997 3. sem. 1997
A data de publicação deve figurar no final da referência. SCHAEFFER, L. Conformação dos metais: metatulurgia e mecânica. Porto Alegre: Rigel, 1995. 112p. 5.6.7 Descrição Física Número de páginas ou volumes 5.7 Como fazer referência a um documento eletrônico Os documentos eletrônicos podem estar armazenados sob diferentes protocolos ou modalidades de apresentação. Os que surgem com maior freqüência são: •
HTTP: HyperText Transfer Protocol usado na World Wide Web,
•
MailTo: Correio Eletrônico,
•
FTP: File Transfer Protocol,
•
Telnet,
•
Gopher (em desuso).
No caso do correio eletrônico, a mensagem pode ser: •
uma mensagem enviada para uma lista de discussão;
uma mensagem reenviada para lista de discussão, mensagem essa contendo anotações ou comentários efetuados por terceiros; • •
uma mensagem pessoal.
Existem, ainda, os periódicos eletrônicos enviados automaticamente a seus assinantes via correio eletrônico e aqueles que ficam disponíveis para consulta na web. Dos elementos indicados na ISO 690-2 item 5.1.1 considero os abaixo indicados como indispensáveis quando da referência a um documento eletrônico: •
Identificação da responsabilidade ou da autoria,
•
título da obra,
•
URL (lugar onde o documento encontra-se armazenado),
•
data.
Nas publicações convencionais - tinta sobre papel - geralmente essas informações podem ser obtidas com facilidade. Nos textos eletrônicos nem sempre é assim. Solução: estabelecer algumas recomendações para a elaboração de textos eletrônicos e esperar que os autores colaborem. 5.7.1 Exemplos de referências a documentos eletrônicos Texto obtido ou consultado na web a) Forma geral: AUTOR. Título da obra. [online] Disponível na Internet via WWW. URL:endereço.do.computador/e/caminho. Data. Exemplos:
BROWN, Haines. Chicago style citation of computers documents. [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://neal.cstateu.edu/history/chicago.html. Arquivo capturado em 15 de maio de 1996 ISO - International Standard Organization. Excerpts from International Standard ISO 690-2 Information and documentation - Bibliographic references Part 2: Electronic documents or parts thereof. [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.nlc-bnc.ca/iso/tc46sc9/standard/690-2e.htm. Última atualização em 10 de fevereiro de 1999. b) Quando há mais de um autor, usa-se o mesmo formato utilizado na referência aos textos convencionais: c)Até três autores: mencionam-se todos eles na mesma ordem contida no texto. d)Mais de três autores: mencionam-se os três primeiros seguidos da expressão et al. Exemplos: ROCHA, L. P. S. e STAMFORD, S. V. M. S. Estudo "in vitro" da eficiência das pontas diamantadas, em função do tempo. [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.propesq.ufpe.br/anais/ccs/ccs42.htm. Arquivo consultado em 11 de junho de 1999. PINHEIRO, Antonio Luiz Barbosa. CASTRO, Jurema Freire Lisboa. THIERS, Fábio Albuquerque de et al. Using Novafil®: would it make suturing easier? [online] Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.forp.usp.br/bdj/t0481.html. September, 1997. Texto obtido ou consultado no gopher Forma geral: AUTOR. Título da obra. [online] Disponível na Internet via Gopher. URL: endereço.do.computador/e/caminho. Data. Exemplo: BRASIL. RNP - Rede Nacional de Pesquisa. Histórico da Rede Nacional de Pesquisa. [online] Disponível na Internet via gopher. URL: gopher://cocada.ncrj.rnp.br:70/00/info-rnp/como-comecou. Arquivo capturado em 19 de maio de 1996. 4.4.5. 3 Texto capturado via FTP Forma geral: AUTOR. Título da obra. [online] Disponível na Internet via FTP. URL: endereço do computador. Diretório: diretório/e/subdiretório. Arquivo: nome do arquivo. Data. Exemplos: HAUBEN, Ronda. Unix and computer science. (From work in progress.) [online] Disponível na Internet via FTP. URL: ftp.umcc.umich.edu. Diretório: /pub/users/ronda. Arquivo: x.1_unix_cs. Arquivo capturado em 06 de maio de 1996. KEHOE, Brendam P. Zen and the art of the Internet. [online] Disponível na Internet via FTP. URL: csn.org. Diretório: pub/net. Arquivo: zen. 1992.
A indicação do local onde encontra-se o arquivo pode ser feita de forma direta, sem as palavras Diretório e Arquivo, indicando o caminho completo (path). Exemplos: HAUBEN, Ronda. Unix and computer science. (From work in progress.) [online] Disponível na Internet via FTP. URL: ftp.umcc.umich.edu/pub/users/ronda/x.1_unix_cs. Arquivo capturado em 06 de maio de 1996. KEHOE, Brendam P. Zen and the art of the Internet. [online] Disponível na Internet via FTP. URL: csn.org/pub/net/zen. 1992. Texto obtido via correio eletrônico Forma geral: AUTOR. Título da obra. [online]. Disponível na Internet via correio eletrônico: endereço. Mensagem: texto da mensagem. Data. Alguns comentários sobre o endereço, a mensagem e a data: Endereço: endereço do servidor para onde deve ser enviada a mensagem que solicita o arquivo referenciado. Mensagem: texto da mensagem enviada para captura do arquivo. Data: data contida no documento capturado. Se a data não estiver indicada no próprio documento, informa-se a data em que o documento foi remetido pelo computador que o armazena. Exemplo: RINALDI, Arlene. The net user guidelines and netiquette. [online]. Disponível na Internet via correio eletrônico: almanac@esusda.gov. Mensagem: send docs-gen rinaldi-netiquette. July, 1994. Quando a mensagem que solicita o documento tiver que estar contida em duas linhas consecutivas, isto deve ser indicado da seguinte forma: MARINE A. et al. FYI on questions and answers. Answers to commonly asked "New Internet user" questions. RFC 1594. [online] Disponível na Internet via correio eletrônico: rfc-info@isi.edu. Mensagem: retrieve: rfc doc-id:rfc1594 March, 1994. Mensagem recebida de lista de discussão Forma geral: Autor. Assunto. [online] Disponível na Internet. Mensagem recebida da lista nome-da-lista administrada pelo servidor computador@subdomínio.domínio. Data. Exemplo: TAYLOR, Diana. WWW weatherfax images. Disponível na Internet. Mensagem recebida da lista YACHT-L administrada pelo servidor listserv@hearn.bitnet. April 17, 1996. Caso se trate de resposta de terceiros, a entrada dar-se-á pelo nome do autor da mensagem original ou do autor do comentário, dependendo do texto referenciado - a mensagem original ou o comentário. Quando se tratar de mensagem-resposta, o assunto deve vir precedido de RE (resposta).
Há o caso de listas moderadas em que aos assinantes é enviado um conjunto editado de mensagens no formato digest. Em lugar de os assinantes receberem todas as mensagens postadas uma a uma, eles recebem apenas uma versão já filtrada e consolidada pelo moderador numa única mensagem. Nesse caso, embora a mensagem seja enviada pela administração da lista ou pelo moderador, não se pode atribuir a um deles a responsabilidade pelo conteúdo das mensagens ali consolidadas. Considerando que cada mensagem ali consolidada tem a sua origem e autoria conhecidas, o mais sensato é fazer referência à mensagem incluída no digest através da expressão IN. Exemplo: STEPHEN, James. Frequency and quantity limit. In I-Search Discussion List - Understanding Internet search technology. Lista Moderada por Marshall D. Simmonds. [online] Disponível na Internet. E-Mail i-search@mmgco.com. Número 131. 04 de junho de 1999. Mensagem pessoal Autor. Assunto. Mensagem pessoal enviada para o autor. Data. Exemplo: SILVA, J. Citação de textos eletrônicos. Mensagem pessoal enviada para o autor em 20 de junho de 1999. Não há razão para indicar "disponível na Internet": a mensagem é pessoal e não está disponível para consulta pelos curiosos (ou pesquisadores...). Também não vejo motivo para indicar o endereço particular do autor da mensagem. Como este tipo de mensagem não fica arquivado nem no servidor do remetente nem no servidor do destinatário, a expressão [online] não deve ser indicada. Periódicos eletrônicos Forma geral: Nome do periódico. [online] Disponível na Internet via correio eletrônico: endereço. Nome do responsável. Volume, número. Data. Exemplo: The computists' comunique: Full moon edition. [online] Disponível na Internet via correio eletrônico: laws@ai.sri.com. Publisher/Editor Dr. Keneth I. Laws. V. 6, n. 32. May 2 1996. No caso de referência a periódico eletrônico como um todo obtido mediante assinatura, não se indica o conteúdo da mensagem que o solicita, uma vez que o envio da publicação para o assinante é automático. O endereço eletrônico indicado é do editor ou da entidade responsável pela publicação. Para referência a um artigo contido em periódico eletrônico: Título do artigo. Nome do periódico. [online] Disponível na Internet via correio eletrônico: endereço. Nome do responsável. Volume, número. Data. Exemplo: Application development. The computists' comunique. Full moon edition. [online] Disponível na Internet via correio eletrônico: laws@ai.sri.com. Publisher/Editor Dr. Keneth I. Laws. V. 6, n. 32. May 2 1996. Se o artigo for assinado, o nome do autor deve preceder o título do artigo.
5.7.2 Como fazer referência online a documento online Resta comentar a situação em que um texto eletrônico online, como este aqui, faz referência a outro texto eletrônico online. Considere o seguinte trecho: "Além da ISO-690-2, encontram-se na Internet, em vários idiomas, diversas propostas para a referenciação de textos eletrônicos. Veja alguns artigos que abordam esse tema. Citation Style Guides for Internet and Electronic Sources de Josie Tong e Brenda Philip em http://www.library.ualberta.ca/library _html/help/ pathfinders /style/#Int. 5.7.3 Cómo citar recursos electrónicos de Assumpció Estivill e Cristóbal Urbano em http://www.ub.es/biblio/citae-e.htm . Comment citer des sources sur Internet dans un travail scientifique de François-Pierre Gingras em http://www.uottawa.ca/~ fgingras/text/citation.html Citation formats, em http://www.cc.emory.edu/ WHSCL/citation.formats.html indica endereços de várias fontes que tratam de citações e referências." Nesses casos, acho recomendável mencionar o autor, o título e mais o URL. O hiperlink deve estar associado ao próprio URL, ou seja, é o URL que vai ficar com as letras destacadas na cor azul e sublinhado. Redundância? Total. Dessa maneira, com essa redundância, a indicação do URL de uma forma legível na página facilita as coisas caso o artigo ou documento seja impresso. Talvez o leitor da página impressa queira ir até o site indicado e basta digitar o endereço encontrado na página impressa. Além do mais, a cultura ou mania do papel impresso ainda vai perdurar por algum tempo. Tem gente que vai preferir imprimir o texto para ler depois ou consultar as fontes a partir de outro computador. (Quanto tempo ainda vai perdurar essa cultura do papel? Boa pergunta. A resposta entra no domínio da futurologia adivinhatória (!) e qualquer pessoa pode dar o seu palpite. Dez anos, trinta anos, duas gerações à frente, jamais... Qualquer palpite serve, pois ninguém vai cobrar o acerto de ninguém...) A Internet ainda é uma fonte de informações muito nova. Pode-se dizer que ela começou a lançar sua teia no Brasil aí por volta de 1994, 1995 embora já fosse conhecida antes, mas restrita ao ambiente universitário e algumas instituições do governo. Ainda vai demorar um pouco até que suas facetas e recursos sejam totalmente dominados. Uma coisa que deve prevalecer numa referência é o bom senso. Ao fazer uma referência, o importante é fornecer as informações necessárias de modo que um eventual leitor, e também o próprio autor, possa retornar ao texto referenciado. Alguma redundância não faz mal. Como diz um velho ditado latino "Quod abundat non nocet". Traduzido para o português, parece coisa feia. Mas não é. Por via das dúvidas, deixo em latim mesmo. Nesse mundo de referências a fontes da Internet ocorrem algumas coisas imprevisíveis. Um dos artigos a que fiz referência na versão anterior, hoje não consigo mais localizá-lo na web. Nem mesmo usando sistemas de busca consigo achá-lo. O texto original, quando da redação da primeira versão deste artigo, eu o imprimi e guardei numa pasta. (Ou gravei num disquete? Tenho que ver isso.)