ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
REFÚGIO CAROLINA ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA 2014 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 1
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
REFÚGIO CAROLINA ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA 2014 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 2
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 3
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – RPPN – REFÚGIO CAROLINA
2014 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 4
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO REFÚGIO CAROLINA
PROPRIETÁRIO ANGELO GUIMARÃES SIMÃO CPF 014.862.799-45 LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL (MUNICÍPIO / UF) CAMPO LARGO, PARANÁ MATRÍCULA 39.408 - CRI CAMPO LARGO, PARANÁ INCRA 701.068.029.572-8 LOTE C LOCALIDADE RIBEIRÃO, QUARTEIRÃO GUABIROBA ÁREA TOTAL DO IMÓVEL 2,00 HECTARES ÁREA PROPOSTA PARA A RPPN 1,1420 HECTARES TIPOLOGIA DA VEGETAÇÃO FLORESTAL OMBRÓFILA MISTA (ESTÁGIO MÉDIO/AVANÇADO DE SUCESSÃO VEGETAL) BACIA HIDROGRÁFICA RIO RIBEIRA COORDENADAS UTM SAD-69 DE REFERÊNCIA E OU X (M) = 643.900 M N OU Y (M) = 7.192.000 M
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 5
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
RESPONSÁVEL TÉCNICO DO ESTUDO CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. CREA-PR 67.783/D ART CREA-PR 20134893001 Contatos: 41 3528-3700 / 41 9201-8063 E-mail: contato@florestalengenharia.com.br Site: http://www.florestalengenharia.com.br
FLORESTAL Engenharia e Consultoria www.florestalengenharia.com.br DIRETOR EXECUTIVO: CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. CREA PR-67.783/D
EXPERTISE Consultor Ambiental com Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná - UFPR em 2002, e Mestrado em Botânica pela UFPR em 2008. Desenvolvimento de estudos e projetos há mais de 10 anos nas áreas de Recursos Florestais e Ambientais, com ênfase em Caracterização Ambiental, Levantamentos Florísticos e Fitossociológicos, Inventário Florestal, Geoprocessamento Ambiental, Licenciamento Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental, Averbação e Recomposição de Reserva Florestal Legal e Áreas de Preservação Permanente. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4691059580812880
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 6
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
EQUIPE TÉCNICA
COORDENAÇÃO GERAL
_________________________________________ CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. em Botânica - UFPR CREA PR-67.783/D
ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. em Botânica - UFPR CREA PR-67.783/D VIVIANA LORETO CRUZ IBARRA Engenheira Florestal - UFPR CREA PR-130.134/D EQUIPE DE CAMPO CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. em Botânica - UFPR CREA PR-67.783/D VIVIANA LORETO CRUZ IBARRA Engenheira Florestal – UFPR CREA PR-130.134/D FABRÍCIO SCHIMITZ MEYER Biólogo, M.Sc. em Botânica - UFPR Doutorando em Biologia Vegetal - UNICAMP CESAR MEDEIROS GRANATO Acadêmico de Engenharia Florestal – UDC PEDRO CORDEIRO Acadêmico de Engenharia Florestal – UFPR
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 7
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 8
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APRESENTAÇÃO Este estudo foi elaborado entre dezembro de 2013 e março de 2014 pela Florestal Engenharia e Consultoria, empresa especializada em assessoria, consultoria, engenharia e planejamento ambiental, florestal, agropecuário e geotecnológico, com sede na cidade de Curitiba, Paraná, e com atuação em todo o Brasil e América Latina.
Os recursos financeiros que possibilitaram a realização do estudo são oriundos do XII Edital do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica, desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica no ano de 2013. O projeto submetido para o edital foi elaborado pelo proprietário da área, Angelo Guimarães Simão, como atividade prática da formação “Projeto ConBio: Investindo na Capacitação como Estratégia para a Conse rvação da Mata Atlântica”, realizado pelo Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais, com o apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Tropical Forest Conservation Act (TFCA). A elaboração do projeto e a revisão do estudo contou com a assessoria da equipe técnica do Instituto de Estudos Ambientais Mater Natura.
A realização deste projeto conta com o apoio da Associação de Protetores de Áreas Verdes de Curitiba e Região Metropolitana (APAVE), da qual o proprietário da área é membro integrante. A APAVE busca estimular a criação de RPPNs e RPPNMs na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) como estratégia para proteger os últimos remanescentes de florestas de araucárias da região. Conta também com o apoio do projeto Condomínio da Biodiversidade (ConBio), desenvolvido pela Sociedade de Proteção da Vida Selvagem (SPVS) nos municípios de Curitiba e Campo Largo. O Refúgio Carolina integra o referido projeto no município de Campo Largo, Paraná.
ANGELO GUIMARÃES SIMÃO Proprietário CEUSNEI SIMÃO Coordenador do Estudo Técnico CURITIBA, ABRIL DE 2014 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 9
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
ANGELO GUIMARÃES SIMÃO - PROPRIETÁRIO DO REFÚGIO CAROLINA, JUNTO A UM EXEMPLAR DE CIPÓ ESCADA (Bauhinia sp. - FABACEAE), NO INTERIOR DA ÁREA DESTINA À RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 10
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
SUMÁRIO
1.
2.
3.
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 18 1.1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................... 18
1.2
DESCRIÇÃO DO ESTUDO ...................................................................................... 20
METODOLOGIA DO ESTUDO ..................................................................................... 21 2.1
PLANEJAMENTO INICIAL ...................................................................................... 21
2.2
LEVANTAMENTO DE DADOS................................................................................ 21
2.2.1
Levantamento de dados secundários ................................................................. 21
2.2.2
Levantamento de dados cartográficos ............................................................... 22
2.2.3
Levantamento do meio físico .............................................................................. 23
2.2.4
Levantamento meio socioeconômico ................................................................. 23
2.2.5
Levantamento do meio biótico ........................................................................... 23
2.2.5.1
Levantamento de flora .................................................................................... 23
2.2.5.2
Levantamento de fauna ................................................................................... 27
ESTUDO TÉCNICO PARA A CRIAÇÃO DA RPPN ........................................................... 28 3.1
IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO ............................................................................ 28
3.2
LOCALIZAÇÃO E ACESSO ...................................................................................... 29
3.3
MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA A SER DESTINADA COMO RPPN ................. 32
3.4
ASPECTOS INSTITUCIONAIS ................................................................................. 33
3.5
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO .................................................................... 36
3.5.1
Aspectos pedológicos (solos) .............................................................................. 36
3.5.2
Aspectos climáticos .............................................................................................. 37
3.5.3
Aspectos geológicos e geomorfológicos (relevo)............................................... 38
3.5.4
Aspectos hidrográficos ......................................................................................... 39
3.6
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO ................................................................. 41
3.6.1
Caracterização e levantamento da vegetação ................................................... 41
3.6.1.1
Aspectos florísticos e fitofisionômicos ........................................................... 41
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 11
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.6.1.2 3.6.2
4.
Aspectos fitossociológicos ............................................................................... 70 Caracterização da fauna ...................................................................................... 73
3.6.2.1
Herpetofauna (répteis e anfíbios) ................................................................... 73
3.6.2.2
Ictiofauna .......................................................................................................... 74
3.6.2.3
Mastofauna (mamíferos) ................................................................................. 74
3.6.2.4
Ornitofauna (aves) ........................................................................................... 77
3.7
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO SOCIOECONÔMICO .............................................. 84
3.8
MAPAS GEORREFERENCIADOS DO IMÓVEL ....................................................... 87
CONCLUSÃO SOBRE A CRIAÇÃO DA RPPN ................................................................. 89
BILIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................................. 96 APÊNDICE ........................................................................................................................ 99 APÊNDICE 1 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FLORÍSTICO ............................ 99 APÊNDICE 2 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO ............ 100 APÊNDICE 3 - MODELOS DE CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DE ÁRVORES ....................... 101 APÊNDICE 5 -
PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS
AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO ............................................................................ 107 APÊNDICE 6 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO .............. 112 APÊNDICE 7 - ROTEIRO FOTOGRÁFICO DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA ............. 116
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 12
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - MENSURAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS ............................................ 24 FIGURA 2 - MARCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS ................................................. 25 FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO REFÚGIO CAROLINA .................................................. 30 FIGURA 4 – ASPECTO GERAL DA ESTRADA DE ASCESSO AO REFÚGIO CAROLINA ................................ 31 FIGURA 5 - PORTEIRA DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA ................................................................ 31 FIGURA 6 - MAPA DE CLIMAS DO PARANA, SEGUNDO KOEPPEN, COM DETALHE PARA A REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................................................................... 37 FIGURA 7 - PERFIL ESQUEMÁTICO DESTACANDO A ESTRUTURA DE UM SEGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA – PR ................................................................................................................... 41 FIGURA 8 - CANJICA (Rhamnus sphaerosperma – RHAMNACEAE) ...................................................... 46 FIGURA 9 - GUAÇATUNGA OU CAFEZEIRO DO MATO (Casearia sylvestris - SALICACEAE) .................... 46 FIGURA 10 - SUCARÁ (Xylosma sp. - SALICACEAE) – ESPÉCIE POUCO FREQUENTE. DETALHE DOS ESPINHOS (ACÚLEOS) CARACTERÍSTICOS NO TRONCO. ..................................................................... 47 FIGURA 11 – AROEIRA (Schinus terebinthifolius – ANACARDIACEAE) .................................................. 47 FIGURA 12 - CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM OCORRÊNCIA DE ALGUNS INDIVÍDUOS DE PORTE MÉDIO NO REFÚGIO CAROLINA ........................................................................................ 48 FIGURA 13 - VEGETAÇÃO HERBÁCEA (MELASTOMATACEAE) ............................................................. 49 FIGURA 14 – REGENERAÇÃO NATURAL E VEGETAÇÃO HERBÁCEA NO SUBOSQUE DAS ÁREAS FLORESTAIS ........................................................................................................................................................ 50 FIGURA 15 - CIPÓ ESCADA (Bahuinia sp. - FABACEAE) ....................................................................... 51 FIGURA 16 – ASPECTO GERAL DE TRONCOS RECOBERTOS POR MUSGOS, LÍQUENS, BROMÉLIAS E ORQUÍDEAS, COM DESTAQUE PARA MINI ORQUÍDEAS ..................................................................... 52 FIGURA 17 – SUBOSQUE COM PRESENÇA DE PLANTAS HERBÁCEAS, COMO Baccharis trimera (CARQUEJA) E PTERIDOPHYTAS (SAMAMBAIAS), COMO A Rhumora sp.............................................. 53 FIGURA 18 - FUNGOS XILÓFAGOS (DECOMPOSITORES DE MADEIRA) EM TRONCO ............................ 54 FIGURA 19 - PINUS (Pinus sp.) – ESPÉCIE ARBÓREA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA ............................. 55 FIGURA 20 - FRAMBOESA (Rubus rosaefolia) – ESPÉCIE ARBUSTIVA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA .... 56 FIGURA 21 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN, COM A PRESENÇA ABUNDANTE DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) ....................................................... 57 FIGURA 22 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA ....................... 57 FIGURA 23 – ASPECTO GERAL DO INTERIOR DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADO À RPPN.......................................................................................................................... 58 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 13
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 24 – ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO, COM DESTAQUE PARA O CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM A COPA EMERGENTE....................................................................................... 59 FIGURA 25 - INTERIOR DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADA À RPPN, COM GRANDE DIVERSIDADE DE ESPÉCIES EM REGENRAÇÃO NATURAL .................................................................... 60 FIGURA 26 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN .................................. 61 FIGURA 27 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN .................................. 61 FIGURA 28 – INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) .......................................................................................................................................... 62 FIGURA 29 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN............................................................................................................................................. 63 FIGURA 30 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN............................................................................................................................................. 64 FIGURA 31 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN............................................................................................................................................. 65 FIGURA 32 - INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) .......................................................................................................................................... 65 FIGURA 33 - BORADADURA DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA........................................................... 66 FIGURA 34 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO, FORA DOS LIMITES PROPOSTAS PARA RPPN....... 67 FIGURA 35 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO EM MEIO À PASTAGEM ...................................... 67 FIGURA 36 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO ........................................................................... 68 FIGURA 37 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO ........................................................................... 68 FIGURA 38 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE (PASTAGEM EM RECUPERAÇÃO, COM PLANTIO DE MUDAS DE ESPÉCIES NATIVAS)...................................................................................... 69 FIGURA 39 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA .......................... 69 FIGURA 40 - VEADO MATEIRO (Mazama americana), NA ÁREA DE CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA ........................................................................................................................................................ 75 FIGURA 41 - BEM TE VI PIRATA (Legatus leucophaius - VIEILLOT, 1818) ............................................. 78 FIGURA 42 – CURICACA (Theristicus caudatus - BODDAERT, 1783) .................................................... 78 FIGURA 43 – TUCANO DO BICO VERDE (Ramphastos dicolorus - LINNAEUS, 1766) ............................. 79 FIGURA 44 – CANARINHO TERRA (Sicalis flaveola - LINNAEUS, 1766) ................................................. 79 FIGURA 45 – ANU BRANCO (Guira guira - GMELIN, 1788).................................................................. 80 FIGURA 46 – SURUCUÁ-VARIADO (Trogon surrucura VIEILLOT, 1817) ................................................ 80
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 14
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 47 – GARÇA VAQUEIRA (Bubulcus íbis - LINNAEUS, 1758) ..................................................... 81 FIGURA 48 – PEITICA (Empidonomus varius - VIEILLOT, 1818)............................................................ 82 FIGURA 49 – TICO-TICO (Zonotrichia capensis - STATIUS MULLER, 1776) ........................................... 82 FIGURA 50 - SANHAÇO-CINZENTO (Tangara sayaca - LINNAEUS, 1766) ............................................. 83 FIGURA 51 – SABIÁ-POCA (Turdus amaurochalinus - CABANIS, 1850) ................................................ 83 FIGURA 52 - LOCALIZAÇÃO DA APA DA ESCARPA DEVONIANA E FLONA DO AÇUNGUI, EM RELAÇÃO AO REFÚGIO CAROLINA ......................................................................................................................... 92 FIGURA 53 - ASPECTO GERAL DA REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FORMAÇÕES MONTONHOSAS DA SÉRIE AÇUNGUI NO ENTORNO E A ESCARPA DEVONIANA AO FUNDO................................................ 93 FIGURA 54 - ASPECTO GERAL DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FLORESTAS SECUNDÁRIAS, PASTAGENS E MONOCULTURAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS ............................................................... 94 FIGURA 55 – MONOCULTURAS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO ............. 94
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 15
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – INFORMAÇÕES SOBRE A IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA PARA RPPN REFÚGIO CAROLINA ......................................................................................................................... 28 QUADRO 2 - MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA DESTINADA À RPPN REFÚGIO CAROLINA ................... 32
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DO COMPONENTE ARBÓREO.................................................. 43 TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO FLORÍSTICA POR FAMÍLIAS BOTÂNICAS DO COMPONENTE ARBÓREO ........ 44 TABELA 3 – TABELA QUANTITATIVA DAS TIPOLOGIAS VEGETACIONAIS DA ÁREA DE ESTUDO ............. 56 TABELA 4 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS ESPÉCIES ARBÓREAS AMOSTRADAS NA ÁREA DE ESTUDO (exceto Araucaria angustifolia) ........................................................................................... 70 TABELA 5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS ............................................................................................ 72 TABELA 6 – ALGUMAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS COM OCORRÊNCIA NA REGIÃO DO REFÚGIO CAROLINA, CLASSIFICADAS EM ORDENS E FAMÍLIAS ZOOLÓGICAS ...................................................................... 76 TABELA 7 – DADOS SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ......................................................... 84 TABELA 8 - DADOS ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ................................................ 85 TABELA 9 - INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ...................................................... 86 TABELA 10 - INDICADORES SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ............................................. 86
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 16
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 17
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
1.
INTRODUÇÃO
1.1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
As unidades de conservação são definidas como "porções do território nacional, incluindo as águas territoriais, com características naturais de relevante valor, de domínio público ou propriedade privada, legalmente instituídas pelo poder público, com objetivos e limites definidos, e sob regimes especiais de administração, às quais se aplicam ga rantias adequadas de proteção" 1.
Os principais objetivos das unidades de conservação são:
Contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais;
Proteger as espécies ameaçadas de extinção;
Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;
Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento;
Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;
Proteger as
características
relevantes
de natureza
geológica, morfológica,
geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;
1
MMA/IBAMA, 2004. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 18
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
Proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;
Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
Favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e a recreação em contato com a natureza; e
Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma unidade de conservação privada, reconhecida pelo poder público, gravada com perpetuidade a partir de um ato voluntário do proprietário da área. Seu objetivo principal é conservar a diversidade biológica.
A RPPN é um instrumento extremamente importante para a conservação no Brasil, contribuindo para o aumento das áreas protegidas em locais estratégicos, como ecossistemas ameaçados, zonas de amortecimento de Unidades de Conservação e/ou mosaicos. Além disto, colabora para a constituição de corredores ecológicos e para o aumento da conectividade da paisagem e também se apresenta com íntegro propósito social. Através da compreensão do papel da RPPN e da participação civil em sua criação e manejo, fica fundamentado o exercício de parte importante da cidadania: as relações socioambientais 2.
2
MMA/IBAMA, 2004. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 19
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
1.2
DESCRIÇÃO DO ESTUDO
O presente estudo, denominado de “Estudo para Criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Refúgio Carolina”, objetiva fornecer informações técnicas e científicas como subsídio para a criação da Unidade de Conservação RPPN Refúgio Carolina, em conformidade com as exigências do Artigo 7º, da Portaria n.º 263/98/IAP/GP e demais legislações correlatas.
A área de estudo (imóvel rural denominado “REFÚGIO CAROLINA”), é uma área natural de interesse ecológico relevante, com remanescentes de Florestal Ombrófila Mista Montana (Floresta com Araucária) em estágio médio e avançado de sucessão vegetal, localizado no município de Campo Largo, Paraná, com área total de 20.000,00 metros quadrados (2,0 hectares), de propriedade de Angelo Guimarães Simão.
Da área total do imóvel, propõe-se que 11.420,00 metros quadrados (1,1420 hectares), sejam convertidos em RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural).
O “Estudo para Criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Refúgio Carolina” abrange os seguintes tópicos: metodologia do estudo; identidade e identificação da área de estudo; localização e acesso; aspectos institucionais; aspectos físico-geográficos (relevo, clima, solos, hidrografia, etc.); aspectos biológicos (flora e fauna); aspectos socioambientais; e, manifestação conclusiva sobre a criação da Unidade de Conservação.
A elaboração e redação do estudo técnico foi baseado em normas da ABNT. O crédito das fotografias quando não indicada é da equipe de campo. Em anexo, estão contidos os mapas temáticos georreferenciados do imóvel e da área proposta para a RPPN.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 20
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
2.
METODOLOGIA DO ESTUDO
2.1
PLANEJAMENTO INICIAL
O estudo para a criação da RPPN Refúgio Carolina teve início com o planejamento e definição dos objetivos e principais ações e atividades a serem realizadas, conforme as exigências dos órgãos ambientais.
A metodologia de elaboração do estudo, em um primeiro momento, partiu de uma análise geral sobre os meios físico, biológico e socioeconômico da região correspondente ao município de Campo Largo, Paraná, apropriando-se até o detalhamento da bacia hidrográfica. Desta forma, a análise desses meios determinou a abordagem multidisciplinar necessária à efetivação deste estudo, envolvendo as áreas de socioeconômica, aspectos rurais, geologia/pedologia, cartografia, fauna e flora. As pesquisas consideraram a bibliografia especializada disponível sobre a região, associadas ao apoio de campo necessário à complementação de uma base de dados suficiente e segura.
2.2
LEVANTAMENTO DE DADOS
2.2.1 Levantamento de dados secundários
O levantamento de dados secundários compreendeu levantamentos bibliográficos, documentais, estatísticos e científicos, abrangendo as áreas ambiental e socioeconômica, em meio impresso, digital e virtual (internet).
As principais fontes de dados secundários utilizados neste estudo foram:
IAP – Instituto Ambiental do Paraná
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 21
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
MMA – Ministério do Meio Ambiente
Neotropical Herbarium Specimens – Field Museum – Chicago, IL
Prefeitura Municipal de Campo Largo
REFLORA – Lista de espécies da flora do Brasil – Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ
SIDOL - Sistema de Identificação Dendrológica Online
Species Link
UFPR – Universidade Federal do Paraná
UNICAMP – Universidade de Campinas
2.2.2 Levantamento de dados cartográficos
Esta etapa compreendeu os levantamentos, aquisições, cópias e downloads de cartas topográficas, fotografias aéreas, imagens de satélite, mapas temáticos, arquivos vetoriais, imagens rasterizadas, entre outros, em meio impresso, digital e virtual (internet).
As principais fontes de material cartográfico utilizados neste estudo foram:
CBERS - China-Brazil Earth Resources Satellite
DigitalGlobe - GeoEye Inc.
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Google Earth™ – Google inc.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Instituto Águas do Paraná (antiga SUDERHSA)
ITCG – Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Estado do Paraná
LANDSAT TM5
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 22
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
2.2.3 Levantamento do meio físico
O levantamento físico geográfico foi realizado por meio de análise de informações gerais obtidas em dados secundários (bibliografia, documentos, estatísticas e artigos científicos), complementado por informações específicas obtidas em levantamentos de campo. O estudo físico-geográfico compreendeu os seguintes componentes da paisagem: climatologia e meteorologia; pedologia (solos); geologia; geomorfologia (relevo); hidrografia e hidrologia.
2.2.4 Levantamento meio socioeconômico
O levantamento do Meio Socioeconômico foi realizado por meio de análise de informações gerais obtidas em dados secundários (dados estatísticos oficiais, bibliografia, documentos e artigos científicos).
As principais bases de informação formam o IPARDES (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Prefeitura Municipal de Campo Largo e Governo do Estado do Paraná.
2.2.5 Levantamento do meio biótico
2.2.5.1 Levantamento de flora
O inventário florestal foi realizado Entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Para o levantamento dos indivíduos arbóreos foi utilizado o método de amostragem (para as espécies folhosas) e o método de censo para Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná). A classificação botânica foi baseada em APG II (2003) 3.
O método de amostragem foi utilizado para mensuração dos indivíduos arbóreos com ocorrência na Área de Preservação Permanente (APP) e na área de Reserva Florestal Legal (RL), remanescentes (capões) isolados nas áreas de pastagem, localizados fora das áreas de APP e 3
APG II (2003). FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 23
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
RL. Foi utilizado o método de parcelas com área variável 4. Para tanto, foram instaladas aleatoriamente em campo parcelas retangulares com área variável (de 50 a 300 m2) totalizando uma área amostral de 1.530 m2, onde foram avaliados todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito - DAP (a 1,30 m do solo) igual ou superior a 10,0 cm (FIGURA 1). Os vértices das parcelas foram demarcados com tubo de PVC e o entorno foi demarcado com fita zebrada. Todos os indivíduos amostrados foram também demarcados com fita zebrada (FIGURA 2).
FIGURA 1 - MENSURAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS
Em fichas específicas de campo, anotaram-se a espécie botânica, altura total (em metros), ponto de inversão morfológica (PIM) e posição sociológica (PS), verificando a qual estrato pertence cada indivíduo. Para o caso de exemplares com vários troncos, foram considerados aqueles em que ao menos uma das ramificações tivesse mais de 4,0 cm de DAP, medindo-se, então, todo o conjunto. O modelo das fichas de campo encontram-se em apêndice.
4
Mueller-Dombois e Ellemberg (1974). FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 24
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 2 - MARCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS
Os parâmetros fitossociológicos analisados no estudo foram: densidade (relativa e absoluta), dominância (relativa e absoluta), frequência (relativa e absoluta), valor de importância, valor de cobertura e posição sociológica. A análise dos dados foi realizado no software freeware Fitopac 5 e em Microsoft Office Excel.
A densidade significa o número de indivíduos de cada espécie de uma associação vegetal por hectare e mede a participação das diferentes espécies da floresta. A densidade absoluta corresponde ao número total de indivíduos de uma mesma espécie, e a densidade relativa, expressa em porcentagem, a participação de cada espécie ao número total de indivíduos, onde n / ha representa o número de indivíduos de cada espécie por hectare e N/ha representa o número total de indivíduos por hectare 6:
5 6
Densidade Absoluta (DA) = n / ha
Densidade Relativa (DR) = (n / ha) / (N / ha) * 100
Shepard, 1999. Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 25
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
A dominância é definida originalmente como a projeção total da copa por espécie e por unidade de área; utiliza-se a área basal dos fustes, por haver estreita correlação entre ambas e por uma maior facilidade na obtenção dos dados. A dominância absoluta é calculada através da soma das áreas transversais dos indivíduos pertencentes a uma mesma espécie, por hectare. A dominância relativa corresponde à participação em percentagem, de cada espécie, em relação à área basal total, onde g / ha represente a área transversal de cada espécie por hectare (m 2/ha) e G/ha, representa a área basal total por hectare (m 2/ ha), ou seja:
Dominância Absoluta (DOA) = g/há
Dominância Relativa (DOR) = (g/ha) / (G/ha) * 100
A frequência é um conceito estatístico relacionado com a uniformidade de distribuição das espécies, caracterizando a ocorrência destas dentro das parcelas de levantamento. A frequência absoluta de uma espécie se expressa pela percentagem de parcelas em que a espécie ocorre. A frequência relativa se calcula com base na soma total das frequências absolutas, para cada espécie, ou seja:
Frequência Absoluta (FA) = percentagem de parcelas em que ocorre uma espécie
Frequência Relativa (FR) = FA / Ʃ FA * 100
O valor de importância (VI) combina os dados estruturais (densidade, dominância e frequência) em uma única fórmula, integrando os aspectos parciais dos demais parâmetros 7, em que:
Valor de importância (VI) = DR + DOR + FR
Outro índice usado é o valor de cobertura (VC), que é a soma dos valores relativos e densidade relativa e dominância relativa, em que:
7
Valor de cobertura (VC) = DR + DOR
CURTIS, 1959. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 26
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
O parâmetro fitossociológico estudado, relacionado com a estrutura vertical, é a posição sociológica, que indica em quais estratos da floresta podemos encontrar determinadas espécies. As espécies que apresentam uma posição sociológica regular numa floresta são as que possuem um número de indivíduos maior ou pelo menos igual aos pisos subsequentes. Foi definido, de forma simples, dois estratos, o superior (PS 1) e o inferior (PS 2).
2.2.5.2 Levantamento de fauna
A caracterização faunística na área do Refúgio Carolina apoiou-se na coleta de informações primárias provenientes de levantamentos de campo e em informações secundárias provenientes de dados bibliográficos e museológicos. Cada um dos grupos estudados apresenta resultados específicos, que resultam na caracterização geral da composição da fauna no Refúgio Carolina.
Os trabalhos de campo foram realizados entre os dias 02 de dezembro e 30 de janeiro de 2014. Foi utilizada uma combinação de métodos visando otimizar o número de espécies registradas. Os mamíferos de médio e grande porte foram detectados em caminhadas, por meio de visualizações, presença de fezes e pegadas. Foram realizadas, também, entrevistas informais com moradores da área.
O levantamento museológico foi realizado no Museu de História Natural "Capão da Imbuia" – MHNCI (Curitiba, PR), com o objetivo de buscar em suas coleções exemplares de mamíferos tombados com procedência da bacia do rio Açungui/Ribeira. No levantamento bibliográfico foram incluídos os trabalhos publicados em revistas científicas, Anais e resumos de congressos, além de teses sobre a mastofauna da região.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 27
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.
ESTUDO TÉCNICO PARA A CRIAÇÃO DA RPPN
3.1
IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO
A seguir é apresentado quadro (QUADRO 1) contendo informações sobre a identidade e identificação da RPPN proposta.
QUADRO 1 – INFORMAÇÕES SOBRE A IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA PARA RPPN REFÚGIO CAROLINA
NOME DA ÁREA DE ESTUDO
REFÚGIO CAROLINA
CATEGORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO PROPOSTA
RPPN – RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ESTADUAL
PROPRIETÁRIO:
ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
CPF:
014.862.799-45
LOCALIZAÇÃO (MUNICÍPIO / UF)
CAMPO LARGO, PARANÁ
MATRÍCULA / CRI:
39.408 - CRI CAMPO LARGO, PARANÁ
LOTE:
LOTE C
LOCALIDADE:
RIBEIRÃO, QUARTEIRÃO GUABIROBA
INCRA:
701.068.029.572-8
ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (HECTARES):
2,00 HECTARES
ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (METROS QUADRADOS):
20.000,00 M2
ÁREA PROPOSTA PARA A RPPN (HECTARES):
1,1420 HECTARES
ÁREA PROPOSTA PARA A RPPN (METROS QUADRADOS):
11.420,00 M2
TIPOLOGIA VEGETACIONAL:
FLORESTA OMBRÓFILA MISTA MONTANA, EM ESTÁGIO MÉDIO DE SUCESSÃO VEGETAL
BACIA HIDROGRÁFICA
RIBEIRA
COORDENADAS UTM SAD-69 DE REFERÊNCIA: E OU X (M) =
643.900 M
N OU Y (M) =
7.192.000 M
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 28
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.2
LOCALIZAÇÃO E ACESSO
O Refúgio Carolina situa-se na localidade Ribeirão, no Quarteirão Guabiroba, na área rural do município de Campo Largo, Paraná, na região do Morro do Cal e Três Irmãos, a cerca de 35 km de distância da capital, Curitiba (a partir do Parque Barigui).
As coordenadas UTM SAD-69 (Zona 22 Sul) de referência do Refúgio Carolina são:
Leste (E) ou X = 643.900 m
Oeste (W) ou Y = 7.192.000 m
As coordenadas geográficas (em graus decimais) para GPS (com elipsoide e Datum WGS84, compatível com Google Earth™) de referência do Refúgio Carolina são:
- 25.382114 (S)
- 49.570242 (W)
O acesso ao Refúgio Carolina, partindo de Curitiba, inicia-se pela BR-277, sentido Campo Largo (interior do estado), por cerca de 25 km, seguindo por estradas vicinais por aproximadamente 11 km até o Refúgio Carolina. A distância total a partir de Curitiba, na BR-277 nas proximidades do Parque Barigui é de 32,8 km. A partir da Rodovia BR- 277 segue até Campo Largo por cerca de 25 km, onde deve seguir pela saída do Bairro Guabiroba (à direita), cerca de 1 km após o viaduto de acesso a Bateias, percorrendo cerca de 11,0 km em estradas vicinais não pavimentadas, até o destino final, Refúgio Carolina, conforme podemos observar na figura a seguir (FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO REFÚGIO CAROLINA). Há um caminho um pouco mais longo, porém normalmente apresenta melhores condições de tráfego para os trechos de estrada de chão. Ao longo dos últimos 5 km, o roteiro contorna todo o entorno do Morro do Cal, que pode ser avistado em muitos momentos, sempre do lado esquerdo do veículo. O roteiro pode ser observado em apêndice (APÊNDICE 7 – pg. 116). Os Mapas em tamanho maior (formato A3) encontram-se em anexo.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 29
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO REFÚGIO CAROLINA
REFÚGIO CAROLINA
BR 277 CAMPO LARGO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 30
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
As estradas de terra de acesso ao Refúgio são de boas condições de transitabilidade, com poucos trechos íngremes e com baixa suscetibilidade à erosão. São apresentadas a seguir, fotografias da estrada de acesso ao Refúgio Carolina (FIGURAS 4 e 5).
FIGURA 4 – ASPECTO GERAL DA ESTRADA DE ASCESSO AO REFÚGIO CAROLINA
FIGURA 5 - PORTEIRA DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 31
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.3
MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA A SER DESTINADA COMO RPPN
A seguir é apresentado quadro (QUADRO 2) contendo o memorial descritivo da área destinada à RPPN Refúgio Carolina, no município de Campo Largo, Paraná.
QUADRO 2 - MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA DESTINADA À RPPN REFÚGIO CAROLINA MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA DESTINA À RPPN IMÓVEL MATRÍCULA 39.408 - REFÚGIO CAROLINA PROPRIETÁRIO: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO – CPF 014.862.799-45 O POLÍGONO QUE COMPÕE A ÁREA DESTINADA A SER TRANSFORMADA EM RPPN TEM SEU LIMITE INICIADO NO PONTO DENOMINADO DE MR1, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.843 M E NORTE (OU Y) 7.191.973 M, LOCALIZADO NA BORDA DA ESTRADA DE ACESSO. DESTE PONTO SEGUE, EM SENTIDO ANTI-HORÁRIO, POR 16,56 M, EM LINHA RETA CONTÍNUA ACOMPANHANDO O LIMITE ENTRE A FLORESTA E A ESTRADA, COM RUMO SUDOESTE (SO), ATÉ O PONTO MR2, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.839 M E NORTE (OU Y) 7.191.970 M. DESTE PONTO O PERÍMETRO SEGUE 123,44 METROS, ACOMPANHANDO O LIMITE ENTRE A FLORESTA E A PASTAGEM, COM DIVERSOS RUMOS, ATÉ O PONTO MR3, LOCALIZADO NO PERÍMETRO DO IMÓVEL, EM SUA FACE OESTE (W), COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.764 M E NORTE (OU Y) 7.191.907 M. DESTE PONTO SEGUE POR 54,64 METROS, EM LINHA RETA, COM RUMO SUDESTE (SE), ATÉ O PONTO M5, VÉRTICE DO IMÓVEL, NO ENCONTRO DE LINHA SECA DE DIVISA E LINHA FLUVIAL DE DIVISA (CÓRREGO), COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) M E NORTE (OU Y) M. DESTE PONTO SEGUE ACOMPANHANDO PEQUENO CURSO D’ÁGUA (CÓRREGO), EM SENTIDO CONTRÁRIO A CORRENTE, POR 190,15 METROS, COM DIVERSOS RUMOS, ATÉ O PONTO M6, VÉRTICE DO IMÓVEL, NO ENCONTRO DE LINHA FLUVIAL DE DIVISA (CÓRREGO) E LINHA SECA DE DIVISA, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) M E NORTE (OU Y) M. DESTE PONTO SEGUE EM LINHA RETA POR 36,09 METROS, COM RUMO NOROESTE (NO), ATÉ O PONTO MR4, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.943 M E NORTE (OU Y) 7.191.929 M. DESTE PONTO SEGUE 155,12 METROS, ACOMPANHANDO O LIMITE ENTRE A FLORESTA E A PASTAGEM, COM DIVERSOS RUMOS, ATÉ O PONTO MR1, INÍCIO DO LIMITE DESTE POLÍGONO. A ÁREA TOTAL DESTINADA PARA A RPPN É DE 1,1420 HECTARES, OU 11.420,00 METROS QUADRADOS, COM PERÍMETRO DE 578,00 METROS. A VEGETAÇÃO PREDOMINANTE DA ÁREA É A FLORESTA OMBRÓFILA MISTA MONTANA (FLORESTA COM ARAUCÁRIA), EM ESTÁGIO MÉDIO DE SUCESSÃO VEGETAL. O MAPA COM OS LIMITES DA ÁREA PROPOSTA PARA RPPN ENCONTRA-SE EM ANEXO.
Responsável Técnico: CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. - CREA-PR 67.783/D ART CREA-PR 20134893001 Local e data: Curitiba, Abril de 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 32
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.4
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A institucionalização da RPPN Refúgio Carolina deverá ser baseada nos aspectos legais de âmbito federal, estadual e municipal que são pertinentes e aplicáveis à região do Refúgio Carolina. A categoria proposta para a RPPN é Estadual.
São base para a institucionalização da RPPN as seguintes leis e decretos, entre outras normas vigentes:
- Lei 9.985 de 18 de Julho de 2000, cria o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, sendo regulamentada pelo Decreto n° 4.340 de 22 de agosto de 2002. Estes instrumentos jurídicos regulamentam a criação, implantação e gestão das unidades de conservação em todos os âmbitos governamentais. O Artigo 21 dispõe sobre RPPN:
Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. (Regulamento) § 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. § 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em regulamento: I - a pesquisa científica; II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; § 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade. - Decreto n° 5.746, de 5 de abril de 2006. Aprova e define os critérios de criação e regulamentação de RPPN e implantação do Plano de Manejo:
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 33
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Art. 1º A Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN é unidade de conservação de domínio privado, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, gravada com perpetuidade, por intermédio de Termo de Compromisso averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. Parágrafo único. As RPPNs somente serão criadas em áreas de posse e domínio privados. Art. 14. A RPPN só poderá ser utilizada para o desenvolvimento de pesquisas científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais previstas no Termo de Compromisso e no seu plano de manejo. - Decreto n° 1529, de 02 de outubro de 2007. Dispõe sobre o Estatuto Estadual de Apoio à Conservação da Biodiversidade em Terras Privadas no Estado do Paraná, atualiza procedimentos para a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN - e dá outras providências:
Art. 13. A RPPN deverá contar com Plano de Manejo, que é o instrumento de planejamento e de implementação da Unidade de Conservação. § 1º. O Plano de Manejo definirá as atividades a serem desenvolvidas no interior da UC, indicará as medidas de conservação e de uso sustentável para a sua vizinhança e área de influência e proporá medidas para a melhoria da qualidade ambiental e de vida no entorno da RPPN, a partir de diretrizes fornecidas pelo IAP, que deverá homologá-lo. § 2°. O Plano de Manejo deverá ser apresentado num prazo máximo de cinco anos a contar do reconhecimento da RPPN, sob pena de sua exclusão do Cadastro Estadual de Unidades de Conservação – CEUC - e demais sanções daí decorrentes. § 3º. Após a aprovação do Plano de Manejo, a permanência da RPPN no CEUC fica condicionada à sua execução. Art. 14. As diretrizes para a elaboração dos Planos de Manejos, fornecidas pelo IAP, poderão ter padrões diferentes, considerando as características de conjuntos de RPPN. - Portaria IAP n°233, de 28 de dezembro de 2009. Institui o Roteiro Metodológico para elaboração de Plano de Manejo de RPPN no PR.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 34
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
O Zoneamento da UC é definição de setores ou zonas em uma UC com objetivos de manejo e normas especificas, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz, segundo a Lei 9.985/2000, que institui o SNUC 8. O zoneamento contém a delimitação e a descrição das zonas, definidas de acordo com as potencialidades de cada área e com a afinidade dos usos que serão reunidos em cada um desses espaços. Estabelece uso diferenciado, que vai construir zonas específicas com normas próprias9. Os critérios adotados para o zoneamento fazem parte do Roteiro para Planejamento de RPPNs no Estado do Paraná 10. Como orientação secundária, seguiu-se também as recomendações contidas na Resolução CONAMA Nº347/2004.
Como norma geral, não é permitido fumar, ter animais domésticos dentro da UC e Segundo Resolução nº 051/2008/SEMA, Art. 2º, não será admitida a despalha da cana-de-açúcar em áreas situadas: a uma distância inferior a 100 m (cem metros) do limite de Unidades de Conservação, bem como suas zonas amortecimento, quando existentes, conforme as definições da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000;
Os objetivo principal da criação da RPPN Refúgio Carolina é conservação e preservação de uma área silvestre, com remanescente florestal natural, para a realização de pesquisas científicas e visitação turística, recreativa e educacional. Toda pesquisa realizada deve estar devidamente licenciada pelos órgãos competentes e ter autorização dos proprietários da RPPN.
Atualmente na área do Refúgio Carolina não existe nenhuma infraestrutura privada ou pública, e não há abastecimento dos serviços públicos, como água, luz, esgoto ou coleta de lixo. Escolas e unidades de saúde estão a uma distância aproximada de mais de 8 km do local.
A implantação e gestão da RPPN deverá ser realizada com apoio de organizações públicas e privadas, universidades, institutos de pesquisas, entre outras organizações.
8
PARANA, 2009. FERREIRA et.al., 2004. 10 PARANÁ, 2009. 9
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 35
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.5
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO
3.5.1 Aspectos pedológicos (solos)
Segundo o Mapa de Solos do Brasil, EMBRAPA (2011) 11, os solos predominantes da região são as associações entre os Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos, Argissolos VermelhoAmarelos Distróficos e Cambissolos Háplicos Tb Distróficos, denominado de LVAd30.
Os Latossolos são solos altamente intemperizados, resultantes da remoção de sílica e das bases trocáveis. Grande parte dos minerais existentes nesses solos são secundários, constituintes da fração argila. As formas predominantes de relevo nos Latossolos são topografia plana e suave ondulada. Os Latossolos são solos minerais, não-hidromórficos, profundos (normalmente superiores a 2 m), horizontes B muito espesso (> 50 cm) com sequência de horizontes A, B e C pouco diferenciados; as cores variam de vermelhas muito escuras a amareladas, geralmente escuras no A, vivas no B e mais claras no C. A sílica (SiO2) e as bases trocáveis (em particular Ca, Mg e K) são removidas do sistema, levando ao enriquecimento com óxidos de ferro e de alumínio que são agentes agregantes, dando à massa do solo aspecto maciço poroso; apresentam estrutura granular muito pequena; são macios quando secos e altamente friáveis quando úmidos. Os Latossolos são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas, representados normalmente por sua baixa a média capacidade de troca de cátions.
Também, é possível encontrar associações de solos Podzólicos, que possuem característica de serem minerais, não-hidromórficos, com horizonte A ou E (horizonte de perda de argila, ferro ou matéria orgânica, de coloração clara) seguido de horizonte B textural, com nítida diferença entre os horizontes. Apresentam horizonte B de cor avermelhada até amarelada e teores de óxidos de ferro inferiores a 15%. Podem ser eutróficos, distróficos ou álicos. Têm profundidade variadas e ampla variabilidade de classes texturais.
11
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Levantamento de Reconhecimento de Solos do Brasil. Brasília, 2011. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 36
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.5.2 Aspectos climáticos
O estado do Paraná localiza-se entre os paralelos 22º e 27º de latitude sul e os meridianos 48º e 55º de longitude oeste, ocorrendo algumas diferenciações climáticas internas. A média anual de pluviosidade do estado varia de 1.200 mm a mais de 3.000 mm, sendo ao norte e a noroeste ocorrem os menores valores, e a sudeste e na encosta litorânea os maiores. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde o município de Campo Largo (e o Refúgio Carolina) está situado, a média anual predominante é de 1.400 mm, ocorrendo variações no setor norte da região com 1.200 mm e no setor leste atingindo 2.000 mm. O clima da região onde se localiza o Refúgio Carolina é o subtropical úmido mesotérmico, classificado segundo Koeppen como Cfb, sendo caracterizado como temperado úmido, conforme o mapa de clima do Paraná apresentado a seguir (FIGURA 6).
FIGURA 6 - MAPA DE CLIMAS DO PARANA, SEGUNDO KOEPPEN, COM DETALHE PARA A REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO
FONTE: IAPAR – INTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ (ADAPTADO)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 37
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
O clima Cfb é caracterizado por temperatura média anual de 17,6ºC, do mês mais quente igual a 21,2ºC, do mês mais frio igual a 13,3ºC e média máxima de 24,3ºC. Ocorre uma média de três geadas por ano. O mês de maior pluviosidade é janeiro, com 164,4 mm; o mês mais seco, agosto, com 71,2 mm. A pluviosidade divide-se nos doze meses do ano, com precipitação total anual de 1.422,8 mm 12.
Em termos genéricos, para grande parte do primeiro planalto do Paraná, o clima se enquadra na classe Cfb, ou seja, chuvoso temperado quente (C); sempre úmido, com chuva suficiente em todos os meses, totalizando mais de 1.000 mm anualmente e, no mês mais seco, ainda superior a 60 mm (f); a média de temperatura do mês mais quente é inferior a 22º C (b).
No domínio subtropical úmido, tem as suas condições meteorológicas e de dinâmica atmosférica influenciadas pelas massas de ar tropicais e polares (Massa Tropical Atlântica – MTA, Massa Tropical Continental – MTC e Massa Polar Atlântica – MPA). Nos verões, em especial, há a ocorrência das massas equatoriais (Massa Equatorial Continental – MEC), mas que também são responsáveis pela atuação de sistemas frontais durante todo o ano. Com isso, há uma regularidade na distribuição da pluviometria associada às baixas temperaturas no inverno. As médias térmicas variam de 12,9ºC, no mês mais frio a 22,5ºC no mês mais quente, com temperatura média de 16,4ºC, que garantem verões frescos sem estação seca e ocorrência de frequentes geadas no inverno. A interação dessas massas de ar com grande umidade, com as formações de relevo da Serra do Mar no trecho oriental da bacia do Rio Ribeira, é responsável pela ocorrência de chuvas orográficas que abastecem as nascentes dos rios da região.
3.5.3 Aspectos geológicos e geomorfológicos (relevo)
O Refúgio Carolina está situado no Primeiro Planalto Paranaense, que é caracterizado por uma ampla superfície esculpida pela erosão, na qual é possível verificar uma nítida distinção no relevo, decorrente de variações do substrato rochoso. Em sua porção centro-norte, afloram as
12
MAACK, Reinhard. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba, 1968. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 38
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
rochas do grupo Açungui sobre as quais se observa um relevo resultante de interna ação da dissecação erosiva promovida pelas drenagens da bacia do Rio Ribeira, controlada por alinhamentos estruturais e pela resistência diferenciada das rochas, que gerou uma morfologia característica do relevo regional 13. O Primeiro Planalto está situado entre a Serra do Mar e o Segundo Planalto, com um embasamento cristalino, tais como xistos, gnaisses, cortados por diques de pegmatitos e intrusões graníticas. Possui as estruturas mais antigas do estado formadas em sua maioria por rochas metamórficas.
As altitudes médias variam entre 850 e 950 metros, formando uma paisagem levemente ondulada com planícies. Ao norte comparecem as rochas do Grupo Açungui, onde a drenagem do Ribeira produziu uma intensa dissecação, formando um relevo montanhoso, com altitudes que chegam a mais de 1.200 metros. Todas estas características estão associadas a dois tipos predominantes de vales: V e V encaixado, de vertentes convexas e retilíneas, com uma minoria côncava. Em termos de área, as classes de declividade são na maioria menor que 6% e na minoria maiores que 30% 14.
3.5.4 Aspectos hidrográficos
A região aonde está situado o Refúgio Carolina pertence à bacia hidrográfica do Ribeira, que no estado do Paraná possuí uma área de 9.736 km 2 de área 15, correspondendo a cerca de 5% da área do estado, e uma população de 232.775 habitantes 16, em torno de 2% do total do estado.
A bacia localiza-se na parte norte do primeiro planalto paranaense, sob duas unidades aquíferas: Karst e Pré Cambriana. O rio Ribeira nasce na vertente leste da Serra Paranapiacaba, sendo formado pelos rios Ribeirinha e Açungui, e percorre cerca de 470 km, dos quais 220 em território paranaense, até desaguar no oceano, no litoral sul de São Paulo, no município de Iguape. 13
LUMA, F. F; ROCHA, L. F. S; SESSEGOLO, G. C. Conhecendo Cavernas: Região Metropolitana de Curitiba. Curitiba: Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná, 2006. 14
MINEROPAR. Geologia do Paraná. Governo do Estado do Paraná. 2009.
15
SEMA. Secretaria Estadual de Meio Ambiente. 2007 IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados do Censo 2000. Brasília, 2004.
16
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 39
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
A região possui uma rede hidrográfica bastante densa que vai em direção ao Oceano Atlântico pelo Rio Ribeira do Iguape. Esta rede hidrográfica forma rios encaixados e movimentados, produzindo um cenário típico da região. Na região próxima ao núcleo urbanos da Região Metropolitana de Curitiba, encontram-se as nascentes dos principais rios formadores do Rio Ribeira, como o Capivari e o Rio Açungui. Estas nascentes estão localizadas nos municípios de Colombo, Campo Magro, Almirante Tamandaré, Campo Largo e Rio Branco do Sul. Estes rios estão outorgados o seu uso para a produção de energia e ao abastecimento urbano. Ao mesmo tempo, de acordo com a legislação Estadual dos Recursos Hídricos, parte desta região está incluída na Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e Alto Ribeira, para fins de planejamento e de uma ação integrada17.
Na área do Refúgio Carolina existe um pequeno córrego (sem nome) localizado na divisa Sul do imóvel; É um afluente direto do rio da Fábrica, tributário do rio Açungui, um dos principais formadores do rio Ribeira e principais contribuintes da bacia. A sua vazão é muito pequena e em períodos com déficit hídrico chega a quase secar. A largura média do córrego é de 1,0 metro e seu comprimento, na divisa Sul do imóvel com Faustino Roque Jareke de confrontante, é de 190,15 metros. A Área de Preservação Permanente (APP) encontra-se preservada, com área total de 0,5766 hectares.
17
MINEROPAR. Geologia do Paraná. Governo do Estado do Paraná. 2009; SUDERHSA (Atual Instituto Águas do Paraná), consulta em: http://www.aguasparana.pr.gov.br/. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 40
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.6
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO
3.6.1 Caracterização e levantamento da vegetação
3.6.1.1 Aspectos florísticos e fitofisionômicos
Conforme a Classificação da Vegetação Brasileira do IBGE 18, a vegetação da área de estudo é enquadrada como Floresta Ombrófila Mista, com gradiente atitudinal Montano. A Floresta Ombrófila Mista (FOM) é caracterizada estruturalmente pela presença da espécie Araucaria angustifolia19, sendo um tipo de formação florestal típica do sul do Brasil. Observam-se variações em termos de estrutura e distribuição, resultantes da característica heterogênea do ambiente20, com predominância de Ocotea, Cedrela, Casearia, Sloanea, Podocarpus, Campomanesia, Ilex e Cinnamodendron, conforme figura a seguir (FIGURA 7)21. FIGURA 7 - PERFIL ESQUEMÁTICO DESTACANDO A ESTRUTURA DE UM SEGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA – PR
FONTE: RODERJAN et al., 1993 18
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Classificação da Vegetação Brasileira Adaptada ao Sistema Universal. Rio de Janeiro. 1992; Leite, 1994. 19
Hueck, 1978; Sanquetta et. al., 2002.
20
Battilani et. al., 2005.
21
RODERJAN et al., 1993. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 41
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
A FOM compreende as formações florestais típicas e exclusivas dos planaltos da região Sul do Brasil, com disjunções na região Sudeste e em países vizinhos (Paraguai e Argentina). Encontrase predominantemente entre 800 e 1200 m s.n.m., podendo eventualmente ocorrer acima desses limites.
A fisionomia da área de estudo está um pouco descaracterizada em função da ação antrópica. Há um grande remanescente com área com vegetação arbórea conservada, em estágio médio a avançado de sucessão vegetal, com diversas espécies em regeneração natural, mas também encontramos algumas áreas em fase inicial e média de sucessão vegetal e áreas com pastagem e gramados, o que indica que uma determinada porção da área anteriormente já foi usada para a finalidade de pecuária (ovinocultura). A espécie que se destaca fisionomicamente, em abundância, é a Araucaria angustifolia (Pinheiro-do-Paraná). São encontrados muitos indivíduos de grande porte, com altura média acima de treze metros e DAP médio acima de 40 cm.
Com base na composição florística das espécies e das famílias botânicas e na estrutura horizontal e vertical da área, considera-se o ambiente, em sua maioria, composto por espécies características de fases intermediárias de sucessão vegetal, como a Araucaria angustifolia, Schinus terebinthifolius, Matayba elaeagnoides e Cedrela fissilis. Poucas espécies foram encontradas em regeneração natural, entre elas destaca-se Jacaranda puberula, Schinus terebinthifolius e Matayba elaeagnoides. Entre as herbáceas o que mais se destaca é a Rosaceae Rubus sp.
Com relação à estrutura vertical (estratos), verificou-se a existência de um estrato uniforme, com em média 7 metros de altura, e um estrato emergente, com média de 12 metros de altura, composto predominantemente por Araucaria angustifolia, Schinus terebinthifolius e Matayba elaeagnoides.
Um aspecto de destaque é a presença de epífitas, como bromélias, orquídeas, samambaias e musgos, que dominam os galhos e os fustes dos indivíduos de maior porte. De forma geral
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 42
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
classifica-se a área como uma floresta secundária alterada, sem subosque e com presença abundante de Araucaria angustifolia. Com base nos levantamentos de campo, foram identificadas na área de estudo 173 indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10,0 cm, em uma área total amostral de 1.530 metros quadrados (para as espécies florestais folhosas), pertencentes a 21 famílias botânicas e 32 espécies arbóreas.
A família botânica mais representativa foi Anacardiaceae, com 52 indivíduos amostrados, todos pertencentes a mesma espécie, Schinus terebinthifolius Raddi (Aroeira). Em seguida vem a família Fabaceae, com 33 indivíduos amostrados, distribuídos em quatro espécies, Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Angico Branco), Dalbergia brasiliensis Vogel (Jacarandá), Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. (Timbó) e Machaerium stipitatum (DC.) Vogel (Sapuva).
A família Canellaceae teve 18 indivíduos amostrados, todos da mesma espécie, Cinnamodendron dinisii Schwanke (Pimenteira). A família Sapindaceae também foi representada por 18 indivíduos amostrados, mas pertencentes a três espécies, Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. (Vacumzeiro), Cupania vernalis Cambess. (Cuvatã) e Matayba elaeagnoides Radlk. (Miguel Pintado).
A família Salicaceae teve 13 indivíduos amostrados, representados por 3 espécies, Casearia obliqua Spreng. (Guaçatunga), Casearia sylvestris Sw. (Guaçatunda ou Cafezeiro Bravo) e Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler (Sucará). As demais famílias botânicas apresentaram menor representatividade em número de indivíduos amostrados e espécies representadas.
A seguir é apresentado a relação de espécies do componente florístico arbóreo, ordenado por nome científico das espécies (TABELA 1).
TABELA 1 - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DO COMPONENTE ARBÓREO Nº
NOME CIENTÍFICO
FAMÍLIA BOTÂNICA
NOME COMUM
1
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
FABACEAE
Angico Branco
2
Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.
SAPINDACEAE
Vacumzeiro
3
Campomanesia xanthocarpa O.Berg
MYRTACEAE
Guabirobeira
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 43
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº
NOME CIENTÍFICO
FAMÍLIA BOTÂNICA
NOME COMUM
4
Casearia obliqua Spreng.
SALICACEAE
Guaçatunga
5
Casearia sylvestris Sw.
SALICACEAE
Guaçatunga
6
Cedrela fissilis Vell.
MELIACEAE
Cedro Rosa
7
Chrysophyllum sp.
SAPOTACEAE
Guatambú
8
Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE
Pimenteira
9
Clethra scabra Pers.
CLETHRACEAE
Carne de Vaca
10
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
BORAGINACEAE
Louro Pardo
11
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché
ASPARAGACEAE
Uvarana
12
Cupania vernalis Cambess.
SAPINDACEAE
Cuvatã
13
Dalbergia brasiliensis Vogel
FABACEAE
Jacarandá
14
Escallonia bifida Link & Otto
ESCALLONIACEAE
Canudo de Pito
15
Guatteria australis A.St.-Hil.
ANNONACEAE
Pindaíba
16
Jacaranda puberula Cham.
BIGNONIACEAE
Caroba
17
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.
FABACEAE
Timbó
18
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
FABACEAE
Sapuva
19
Matayba elaeagnoides Radlk.
SAPINDACEAE
Miguel Pintado
20
Myrceugenia sp.
MYRTACEAE
Guamirim
21
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
PRIMULACEAE
Capororoquinha
22
Myrsine umbellata Mart.
PRIMULACEAE
Capororocão
23
Ocotea puberula (Rich.) Nees
LAURACEAE
Canela Guaicá
24
Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum
MYRTACEAE
Craveiro
25
Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr.
ROSACEAE
Pessegueiro Bravo
26
Rhamnus sphaerosperma Sw.
RHAMNACEAE
Canjica
27
Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards
PROTEACEAE
Carvalho Brasileiro
28
Sapium glandulosum (L.) Morong
EUPHORBIACEAE
Leiteiro
29
Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE
Aroeira
30
Solanum sp.
SOLANACEAE
Fumo bravo
31
Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler
SALICACEAE
Sucará
32
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
RUTACEAE
Mamica de Porca
FONTE: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO
A seguir é apresentado a relação de espécies do componente florístico arbóreo, ordenado por Família Botânica (TABELA 2).
TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO FLORÍSTICA POR FAMÍLIAS BOTÂNICAS DO COMPONENTE ARBÓREO
Nº 1
FAMÍLIA BOTÂNICA ANACARDIACEAE
NOME CIENTÍFICO Schinus terebinthifolius Raddi
NOME COMUM Aroeira
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 44
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº
FAMÍLIA BOTÂNICA
NOME CIENTÍFICO
NOME COMUM
2
ANNONACEAE
Guatteria australis A.St.-Hil.
Pindaíba
3
ASPARAGACEAE
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché
Uvarana
4
BIGNONIACEAE
Jacaranda puberula Cham.
Caroba
5
BORAGINACEAE
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
Louro Pardo
6
CANELLACEAE
Cinnamodendron dinisii Schwanke
Pimenteira
7
CLETHRACEAE
Clethra scabra Pers.
Carne de Vaca
8
ESCALLONIACEAE
Escallonia bifida Link & Otto
Canudo de Pito
9
EUPHORBIACEAE
Sapium glandulosum (L.) Morong
Leiteiro
10
FABACEAE
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
Angico Branco
11
FABACEAE
Dalbergia brasiliensis Vogel
Jacarandá
12
FABACEAE
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.
Timbó
13
FABACEAE
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
Sapuva
14
LAURACEAE
Ocotea puberula (Rich.) Nees
Canela Guaicá
15
MELIACEAE
Cedrela fissilis Vell.
Cedro Rosa
16
MYRTACEAE
Campomanesia xanthocarpa O.Berg
Guabirobeira
17
MYRTACEAE
Myrceugenia sp.
Guamirim
18
MYRTACEAE
Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum
Craveiro
19
PRIMULACEAE
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
Capororoquinha
20
PRIMULACEAE
Myrsine umbellata Mart.
Capororocão
21
PROTEACEAE
Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards
Carvalho Brasileiro
22
RHAMNACEAE
Rhamnus sphaerosperma Sw.
Canjica
23
ROSACEAE
Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr.
Pessegueiro Bravo
24
RUTACEAE
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Mamica de Porca
25
SALICACEAE
Casearia obliqua Spreng.
Guaçatunga
26
SALICACEAE
Casearia sylvestris Sw.
Guaçatunga
27
SALICACEAE
Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler
Sucará
28
SAPINDACEAE
Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.
Vacumzeiro
29
SAPINDACEAE
Cupania vernalis Cambess.
Cuvatã
30
SAPINDACEAE
Matayba elaeagnoides Radlk.
Miguel Pintado
31
SAPOTACEAE
Chrysophyllum sp.
Guatambú
32
SOLANACEAE
Solanum sp.
Fumo bravo
FONTE: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO
A seguir são apresentadas algumas fotografias de algumas espécies vegetais (arbóreas, herbáceas, epífitas e samambaias), encontradas da área de estudo (figuras 8 a 18).
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 45
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 8 - CANJICA (Rhamnus sphaerosperma – RHAMNACEAE)
FIGURA 9 - GUAÇATUNGA OU CAFEZEIRO DO MATO (Casearia sylvestris - SALICACEAE)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 46
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 10 - SUCARÁ (Xylosma sp. - SALICACEAE) – ESPÉCIE POUCO FREQUENTE. DETALHE DOS ESPINHOS (ACÚLEOS) CARACTERÍSTICOS NO TRONCO.
FIGURA 11 – AROEIRA (Schinus terebinthifolius – ANACARDIACEAE)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 47
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 12 - CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM OCORRÊNCIA DE ALGUNS INDIVÍDUOS DE PORTE MÉDIO NO REFÚGIO CAROLINA
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 48
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 13 - VEGETAÇÃO HERBÁCEA (MELASTOMATACEAE)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 49
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 14 – REGENERAÇÃO NATURAL E VEGETAÇÃO HERBÁCEA NO SUBOSQUE DAS ÁREAS FLORESTAIS
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 50
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 15 - CIPÓ ESCADA (Bahuinia sp. - FABACEAE)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 51
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 16 – ASPECTO GERAL DE TRONCOS RECOBERTOS POR MUSGOS, LÍQUENS, BROMÉLIAS E ORQUÍDEAS, COM DESTAQUE PARA MINI ORQUÍDEAS
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 52
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 17 – SUBOSQUE COM PRESENÇA DE PLANTAS HERBÁCEAS, COMO Baccharis trimera (CARQUEJA) E PTERIDOPHYTAS (SAMAMBAIAS), COMO A Rhumora sp.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 53
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 18 - FUNGOS XILÓFAGOS (DECOMPOSITORES DE MADEIRA) EM TRONCO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 54
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Com relação às espécies vegetais exóticas à flora regional (e brasileira) encontradas na área de estudo, foram identificadas apenas duas espécies, um indivíduo de Pinus sp. (FIGURA 19), e alguns indivíduos de framboesa (Rubus sp.) (FIGURA 20), presentes em alguns locais da área.
FIGURA 19 - PINUS (Pinus sp.) – ESPÉCIE ARBÓREA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 55
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 20 - FRAMBOESA (Rubus rosaefolia) – ESPÉCIE ARBUSTIVA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA
A relação quantitativa das tipologias vegetacionais que ocorrem na área de estudo são apresentadas a seguir.
TABELA 3 – TABELA QUANTITATIVA DAS TIPOLOGIAS VEGETACIONAIS DA ÁREA DE ESTUDO
ÁREA (HA)
ÁREA (M2)
Floresta Ombrófila Mista Montana
1,2316
12.315,97
Pastagem (área em recuperação)
0,7684
7.684,02
Total
2,0000
20.000,00
Nº
TIPOLOGIA VEGETACIONAL
1 2
FONTE: ANÁLISE DOS DADOS DE CAMPO
A área de estudo pode ser classificada fitofisionomicamente em três ambientes: a Floresta Ombrófila Mista Montana (Floresta com Araucária), que se encontra em fase intermediária de sucessão vegetal, formada por um remanescente maior contínuo, e algumas áreas isoladas (capões) em meio à formação campestre; a formação campestre, caracterizada por área de pastagem, em fase de recuperação ambiental; e a formação com predominância de Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná), denominada de Araucarietum (formação quase que exclusiva
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 56
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
de Araucárias). Todas as formações estão ilustradas em fotografias apresentadas a seguir (figuras 21 a 38).
FIGURA 21 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN, COM A PRESENÇA ABUNDANTE DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ)
FIGURA 22 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 57
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 23 – ASPECTO GERAL DO INTERIOR DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADO À RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 58
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 24 – ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO, COM DESTAQUE PARA O CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM A COPA EMERGENTE
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 59
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 25 - INTERIOR DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADA À RPPN, COM GRANDE DIVERSIDADE DE ESPÉCIES EM REGENRAÇÃO NATURAL
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 60
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 26 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN
FIGURA 27 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 61
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 28 – INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 62
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 29 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 63
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 30 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 64
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 31 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN
FIGURA 32 - INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 65
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 33 - BORADADURA DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 66
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 34 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO, FORA DOS LIMITES PROPOSTAS PARA RPPN
FIGURA 35 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO EM MEIO À PASTAGEM
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 67
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 36 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO
FIGURA 37 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 68
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 38 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE (PASTAGEM EM RECUPERAÇÃO, COM PLANTIO DE MUDAS DE ESPÉCIES NATIVAS)
FIGURA 39 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 69
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.6.1.2 Aspectos fitossociológicos
Foram amostrados na área de estudo 173 indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10,0 cm, em uma área total amostral de 1.530 metros quadrados, representadas por 32 espécies arbóreas, pertencentes a 21 famílias botânicas.
Considerou-se para os cálculos fitossociológicos, a área do imóvel com cobertura vegetal florestal é de 12.315,97 metros quadrados, ou 1,2316 hectares,
Com relação à densidade, os 173 indivíduos mensurados proporcionalmente representam uma média de 1.392,59 indivíduos por 1,2316 hectares, ou 1.130,71 árvores por hectare. A área ocupada por cada árvore é de 8,84 m2, equivalendo aproximadamente ao espaçamento de 3 x 3 metros entre árvores (9 m2). Não foram encontradas árvores mortas nas áreas amostrais.
Em relação à dominância, o valor calculado foi de 24,6934 m2 por hectare, e em relação ao volume, o valor calculado foi de 186,1755 m 3 por hectare.
Na tabela a seguir (TABELA 4) estão relacionados os valores dos parâmetros fitossociológicos calculados para as espécies encontradas nas áreas amostrais no remanescente florestal estudado.
TABELA 4 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS ESPÉCIES ARBÓREAS AMOSTRADAS NA ÁREA DE ESTUDO (exceto Araucaria angustifolia) DENSIDADE Nº
NOME CIENTÍFICO
NI
DOMINÂNCIA
DA (N/HA) DR (%)
DOA (G/HA) DOR (%)
VC
V (M3) / HA
1 Allophylus guaraniticus
1
6,54
0,58
0,1573
0,64
1,22
1,1013
2 Anadenanthera colubrina
1
6,54
0,58
0,1174
0,48
1,05
0,9447
3 Campomanesia xanthocarpa
3
19,61
1,73
0,7441
3,01
4,75
5,4286
10
65,36
5,78
0,9790
3,96
9,74
6,5768
5 Casearia sylvestris
1
6,54
0,58
0,0751
0,30
0,88
0,2629
6 Cedrela fissilis
3
19,61
1,73
1,8028
7,30
9,03
23,2036
7 Chrysophyllum sp.
4
26,14
2,31
0,7626
3,09
5,40
7,9375
11
71,89
6,36
2,0926
8,47
14,83
19,6429
4 Casearia obliqua
8 Cinnamodendron dinisii
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 70
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
DENSIDADE Nº
NOME CIENTÍFICO
NI
DOMINÂNCIA
DA (N/HA) DR (%)
DOA (G/HA) DOR (%)
VC
V (M3) / HA
9 Clethra scabra
1
6,54
0,58
0,0896
0,36
0,94
0,5643
10 Cordia trichotoma
1
6,54
0,58
0,1841
0,75
1,32
1,1600
11 Cordyline spectabilis
3
19,61
1,73
0,1771
0,72
2,45
0,6012
12 Cupania vernalis
1
6,54
0,58
0,0549
0,22
0,80
0,3076
13 Dalbergia brasiliensis
9
58,82
5,20
1,2682
5,14
10,34
10,0162
14 Escallonia bifida
4
26,14
2,31
0,8726
3,53
5,85
3,4466
15 Guatteria australis
2
13,07
1,16
0,3210
1,30
2,46
3,5868
16 Jacaranda puberula
3
19,61
1,73
0,2262
0,92
2,65
1,7679
17 Lonchocarpus campestris
4
26,14
2,31
0,4030
1,63
3,94
2,7343
18 Machaerium stipitatum
18
117,65
10,40
2,1851
8,85
19,25
12,1285
19 Matayba elaeagnoides
9
58,82
5,20
1,0349
4,19
9,39
8,1556
20 Myrceugenia sp.
1
6,54
0,58
0,0533
0,22
0,79
0,3169
21 Myrsine coriacea
6
39,22
3,47
0,8545
3,46
6,93
5,5686
22 Myrsine umbellata
1
6,54
0,58
0,1125
0,46
1,03
0,6298
13
84,97
7,51
2,5103
10,17
17,68
26,6547
24 Pimenta pseudocaryophyllus
1
6,54
0,58
0,0655
0,27
0,84
0,3671
25 Prunus brasiliensis
1
6,54
0,58
0,2164
0,88
1,45
1,8176
26 Rhamnus sphaerosperma
2
13,07
1,16
0,1331
0,54
1,70
1,0748
27 Roupala montana
3
19,61
1,73
0,3918
1,59
3,32
2,0880
28 Sapium glandulosum
2
13,07
1,16
0,2282
0,92
2,08
1,0388
51
333,33
29,48
6,2090
25,14
54,62
33,8227
30 Solanum sp.
1
6,54
0,58
0,1573
0,64
1,22
1,8723
31 Xylosma ciliatifolia
1
6,54
0,58
0,1573
0,64
1,22
0,8811
32 Zanthoxylum rhoifolium
1
6,54
0,58
0,0566
0,23
0,81
0,4758
1.130,71 100,00
24,6934
100,00 200,00
186,1755
23 Ocotea puberula
29 Schinus terebinthifolius
TOTAL
173
MÉDIA
5
35,33
3,13
0,7717
3,13
6,25
5,8180
MÁXIMA
51
333,33
29,48
6,2090
25,14
54,62
33,8227
MÍNIMA
1
6,54
0,58
0,0533
0,22
0,79
0,2629
DESVIO PADRÃO
9
60,95
5,39
1,2081
4,89
10,18
8,4832
Em relação à densidade por espécie arbórea amostrada, Schinus terebinthifolius (Aroeira), foi a espécie mais representativa, com 51 indivíduos amostrados, equivalente a 333,33 árvores por hectare. Em seguida vem Machaerium stipitatum (Sapuva), com 18 indivíduos amostrados, equivalente à 117,65 árvores por hectare. Ocotea puberula (Canela Guaicá) vem em seguida, com 13 indivíduos amostrados, equivalente à 84,97 árvores por hectare. Em seguida vem Cinnamodendron dinisii (Pimenteira), com 11 indivíduos amostrados, equivalente à 71,89
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 71
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
árvores por hectare. Casearia obliqua (Guaçatunga) vem em seguida, com 10 indivíduos amostrados, equivalente à 65,36 indivíduos por hectare. As demais espécies foram amostradas menos de 10 vezes nas áreas amostrais.
Com relação à Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná), foi realizado o censo e anotadas as coordenas geográficas de todos os indivíduos que ocorrem na área, com DAP 1,30 m ≥ 10,0 cm. A área estimada de ocorrência da formação com predominância de Araucaria angustifolia é de 5.000 m2 (ou 0,5000 ha). Com relação à densidade, foi amostrado 146 indivíduos, equivalente à 292 árvores por hectare. O valor de dominância (área basal) calculado é de 14,3311 m2 por hectare e o volume estimado calculado de 95,6820 m 3 por hectare.
Na tabela a seguir (TABELA 5) estão relacionados os valores dos parâmetros fitossociológicos calculados para os indivíduos de Araucaria angustifolia encontrados nas áreas amostrais do remanescente florestal estudado. Em apêndice encontram-se os dados completos de todos os indivíduos de Araucaria angustifolia amostrados.
TABELA 5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS DENSIDADE Nº
NOME CIENTÍFICO
NI
DA (N/HA) DR (%)
DOMINÂNCIA DOA (G/HA) DOR (%)
V (M3) / HA
1 Araucaria angustifolia TOTAL
146
292 100,00
14,3311
100,00
95,6820
Com relação à sucessão vegetal, a vegetação da área é categorizada segundo o art. 2º da Resolução CONAMA nº 04, de 04 de maio de 1994, como sendo secundária ou em regeneração, pois são identificados processos naturais de sucessão decorrentes da supressão parcial da vegetação primária por ações antrópicas, ocorrendo algumas árvores remanescentes da vegetação primária. Tomando como base os critérios estabelecidos na resolução supracitada, em seu artigo 3º, classifica-se o estágio de regeneração da vegetação secundária da área em Estágio Médio de Regeneração.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 72
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
A área basal média (G/ha) obtida no levantamento fitossociológico do remanescente florestal em estudo (14,3311 m2/ha) e o DAP médio (14,75 cm) indicam que a vegetação da área é secundária em estágio médio de regeneração, mas com certa a heterogeneidade na estrutura horizontal.
3.6.2 Caracterização da fauna
A seguir são apresentadas a descrição e caracterização geral das principais espécies de animais que ocorrem na área, com destaque para herpetofauna (répteis e anfíbios), ictiofauna (peixes), mastofauna (mamíferos) e ornitofauna (aves), com base em levantamentos in loco e em referências bibliográficas.
3.6.2.1 Herpetofauna (répteis e anfíbios)
As informações disponíveis sobre a herpetofauna de Campo Largo e região restringem-se a listas regionais ou a informações de trabalhos sobre sistemática e distribuição de determinadas espécies.
O grupo das serpentes é representado por aproximadamente 30 espécies, sendo o mais abundante dentre os répteis. Ocupam os mais diversificados ambientes, apresentando hábitos variados como: arborícola, terrestre e aquático.
Algumas espécies apresentam tolerância às alterações ambientais, podendo ocorrer mesmo em áreas povoadas. As serpentes mais comuns são: a cobra-cega Liotyphlops beui; a cobra-daterra Atractus reticulatus; a papa-pinto Philodryas patagoniensis, que se alimenta de diversos vertebrados e ocupa variados ambientes; cobra d’água Liophis miliaris, que normalmente habita fundos de vales e banhados, alimentando-se de peixes e anfíbios;
dormideira
Sibynomorphus neuwiedi, que se alimenta exclusivamente de moluscos e ocorre em áreas arborizadas; e falsa-coral Oxyrhopus clathratus, que preda pequenos vertebrados e também pode ser encontrada na área.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 73
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.6.2.2 Ictiofauna
A ictiofauna do alto rio Iguaçu e alto rio ribeira, onde o município de Campo Largo encontra-se inserido, é composta por pelo menos 37 espécies de peixes, sendo que nove podem ser consideradas exclusivas para esse sistema hidrográfico, não ocorrendo em outros riachos na bacia do rio Paraná. Os Characiformes (lambaris) e Siluriformes (bagres e cascudos) são os peixes mais encontrados, somando 70% das espécies registradas.
Algumas características chamam a atenção na ictiofauna da região de Campo Largo: o elevado grau de endemismo, a ausência de muitas espécies de peixes típicos do rio Paraná (dourado, piapara, piau, pintado) e o pequeno número de espécies em comparação com outros afluentes da bacia do rio Paraná.
3.6.2.3 Mastofauna (mamíferos)
Em grande parte da Região Metropolitana de Curitiba, incluindo o município de Campo Largo, o crescimento urbano e as atividades antrópicas implicaram em profundas modificações ambientais, prejudicando ou destruindo habitats fundamentais como áreas de abrigo, alimentação e reprodução, o que levou à rarefação ou ao desaparecimento de muitas espécies de mamíferos, já não sendo possível resgatar com exatidão a fauna original.
Algumas espécies são, porém, bastante plásticas em suas necessidades alimentares e de abrigo, conseguindo sobreviver e adaptar-se a ambientes submetidos a diferentes graus de alteração. Além de reduzir o número de espécies, a ocupação urbana trouxe consigo espécies exóticas como lebre Lepus europaeus e outras que já se tornaram cosmopolitas, como ratazana Rattus norvegicus, rato-de-casa Rattus rattus e camundongo Mus musculus.
Uma das poucas espécies nativas que suporta um grau elevado de modificação do ambiente é o gambá Didelphis spp., que ocorre em toda região. Outros mamíferos silvestres que conseguiram adaptar-se às condições urbanas são alguns morcegos insetívoros, principalmente
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 74
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
o morceguinho-das-casas Tadarida brasiliensis e o morcego-cauda-grossa Molossus molossus; e frutívoros, como o morcego-cara-branca Artibeus lituratus e morcego-fruteiro Sturnira lilium. Nas áreas mais retiradas podem ser encontrados preás Cavia aperea, ouriços-cacheiro Sphiggurus villosus e até mesmo furões Galictis cuja. Um animal não muito comum na região, mas registrado no Refúgio Carolina por fotografia, é o Veado-mateiro (Mazama americana), presenta em algumas listas de espécies ameaçadas de extinção (FIGURA 41).
FIGURA 40 - VEADO MATEIRO (Mazama americana), NA ÁREA DE CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA
FONTE: ANGELO GUIMARÂES SIMÃO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 75
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
O Veado Mateiro (Mazama americana) não consta na lista do IBAMA de animais em extinção 22, no entanto, na lista da IUCN 23 e na Lista Vermelha de Animais Ameaçados de Extinção no Paraná é citada como espécie com "dados deficientes". Esta espécie é considerada "vulnerável" em São Paulo e "em perigo" no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro 24.
A seguir é apresentada a relação de alguns mamíferos com ocorrência na região, com base em levantamento de campo, entrevistas com moradores da região e bibliografia .
TABELA 6 – ALGUMAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS COM OCORRÊNCIA NA REGIÃO DO REFÚGIO CAROLINA, CLASSIFICADAS EM ORDENS E FAMÍLIAS ZOOLÓGICAS Nº
ORDEM
FAMÍLIA
ESPÉCIE
NOME COMUM
1
ARTIODACTYLA
CERVIDAE
Mazama nana
Veado-mão-curta
2
ARTIODACTYLA
CERVIDAE
Mazama americana
Veado-mateiro
3
ARTIODACTYLA
TAYASSUIDAE
Pecari tajacu
Porco-do-mato
4
CARNIVORA
FELIDAE
Leopardus pardalis
Jaguatirica
5
CARNIVORA
FELIDAE
Leopardus tigrinus
Gato-do-mato
6
CARNIVORA
FELIDAE
Leopardus wiedii
Gato maracajá
7
CARNIVORA
FELIDAE
Puma concolor
Puma
8
CARNIVORA
FELIDAE
Puna yaguarondi
Gato mourisco ou Jaguarundi
9
CARNIVORA
MUSTELIDAE
Lontra longicaudis
Lontra
10
CARNIVORA
PROCYONIDAE
Procyon cancrivorous
Guaxinim ou Mão-pelada
11
CHIROPTERA
PHYLLOSTOMIDAE
Sturnira lilium
Morcego-fruteiro
12
DIDELPHIMORPHIA
DIDELPHIDAE
Didelphis sp.
Gambá
13
LAGOMORPHA
LEPORIDAE
Sylvilagus brasiliensis
Lebre brasileira ou Tapeti
14
PERISSODACTYLA
TAPIRIDAE
Tapirus terrestris
Anta
15
PILOSA
MYRMECOPHAGIDAE
Tamandua tetradactyla
Tamanduá Mirim
16
PRIMATA
ATELIDAE
Alouatta guariba
Bugio
17
RODENTIA
CAVIIDAE
Cavia cavia
Preá
18
RODENTIA
CUNICULIDAE
Cuniculus paca
Paca
19
RODENTIA
DASYPROCTIDAE
Dasyprocta azarae
Cotia
20
RODENTIA
SCIURIDAE
Sciurus aestuans
Caxinguelê ou Serelepe
22
Chiarello, A.G.; Aguiar, L.M.S., Cerqueira, R.; de Melo, F.R.; Rodrigues, F.H.G.; da Silva, V.M. In: Machado, A.B.M.; Drummond, G.M.; Paglia, A.P. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção - Volume 2. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. Capítulo: Mamíferos, 680-883 p. 23 IUCN - The International Union for Conservation of Nature. 24 Varela, D.M. et al. In: Duarte, J.M.B.; González, S. Neotropical Cervidology: Biology and Medicine of Latin American Deer. Jaboticabal, Brasil: FUNEP, 2010. Capítulo: Red Brocket deer Mazama americana (Erxleben, 1777)), 151-160 p. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 76
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.6.2.4 Ornitofauna (aves)
Em relação às aves, Campo Largo e região, apresentam características peculiares, principalmente pela proporção de áreas verdes. Isso proporciona a manutenção de uma diversidade de aves que se destaca em relação a outras cidades brasileiras, com uma avifauna tipicamente associada às florestas com araucária, a campos e a áreas úmidas, como os banhados encontrados principalmente ao longo do trecho superior do Rio Iguaçu. A comunidade de aves é composta por espécies aquáticas e terrestres, recebendo também a visita de algumas migratórias. As espécies mais comuns encontradas são: o joão-de-barro Furnarius rufus, o tico-tico Zonotrichia capensis, a corruíra Troglodytes aedon, o sanhaço Traupis sayaca e o bem-te-vi Pitangus sulphuratus. Somam-se a estas várias espécies de beijaflores Leucochloris albicollis e Chlorostilbon aureoventris e pequenos tiranídeos como alegrinho Serpophaga subcristata. Áreas abertas com gramados são ocupadas pelo quero-quero Vanellus chilensis sempre em pequenos grupos. São típicas das áreas florestadas várias espécies de sabiás Turdus sp., a choca-da-mata Thamnophilus caerulescens, o pula-pula Basileuterus culicivorus, o tié-preto Tachyphonus coronatus e o coleiro Sporophila caerulescens.
Entre as espécies florestais, salienta-se a presença da gralha-azul Cyanocorax caeruleus e da gralha-picaça Cyanocorax chrysops. A gralha-azul Cyanocorax caeruleus habita a Floresta Atlântica e a Floresta com Araucária, frequentando o estrato superior. Como todas as gralhas vive em grupos e desloca-se voando acima do dossel da floresta, em voo planado, levemente ondulado, com a cauda aberta em leque e com poucas batidas de asas. É uma ave onívora, comendo pequenos animais, bagas e sementes, como os pinhões. Desmancha as pinhas, retirando pinhões para se alimentar. Alguns caem no solo diretamente da pinha desmanchada e ainda podem deixar cair outros durante o voo. Assim, indiretamente, a gralha-azul ajuda na disseminação do pinheiro-do-paraná Araucaria angustifolia, como também de outras espécies de plantas das quais se alimenta.
Com base nos levantamentos de campo e em bibliografia consultada, é possível afirmar que a área de estudo apresenta uma grande diversidade de espécies de ornitofauna. A seguir são
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 77
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
apresentadas fotografias de algumas aves avistadas no Refúgio Carolina e região (figuras 41 a 51).
FIGURA 41 - BEM TE VI PIRATA (Legatus leucophaius - VIEILLOT, 1818)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FIGURA 42 – CURICACA (Theristicus caudatus - BODDAERT, 1783)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 78
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 43 – TUCANO DO BICO VERDE (Ramphastos dicolorus - LINNAEUS, 1766)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FIGURA 44 – CANARINHO TERRA (Sicalis flaveola - LINNAEUS, 1766)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 79
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 45 – ANU BRANCO (Guira guira - GMELIN, 1788)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FIGURA 46 – SURUCUÁ-VARIADO (Trogon surrucura VIEILLOT, 1817)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 80
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 47 – GARÇA VAQUEIRA (Bubulcus íbis - LINNAEUS, 1758)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 81
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 48 – PEITICA (Empidonomus varius - VIEILLOT, 1818)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FIGURA 49 – TICO-TICO (Zonotrichia capensis - STATIUS MULLER, 1776)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 82
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FIGURA 50 - SANHAÇO-CINZENTO (Tangara sayaca - LINNAEUS, 1766)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FIGURA 51 – SABIÁ-POCA (Turdus amaurochalinus - CABANIS, 1850)
FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 83
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.7
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO SOCIOECONÔMICO
Devido a abundância de matéria-prima mineral, o Município de Campo Largo destaca-se pelo grande número de indústrias cerâmicas (azulejos, pisos e louças). Destaca-se também a existência de indústria moveleira e metalomecânica. Quanto à agricultura, destacam-se as produções de feijão, batata e cebola e na fruticultura destacam-se as produções de maçã, uva e pêssego. As atividades agropecuárias existentes são: bovinocultura de leite, suinocultura, avicultura, piscicultura e apicultura. Algumas informações sobre os aspectos socioeconômicos do município de Campo Largo, Paraná, podem ser observados nas tabelas apresentadas a seguir.
TABELA 7 – DADOS SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO
FONTE
DATA
IBGE
2010
112.377
Habitantes
POPULAÇÃO - CONTAGEM
IBGE
2007
105.492
Habitantes
POPULAÇÃO - ESTIMADA
IBGE
2013
120.730
Habitantes
NÚMERO DE DOMICÍLIOS - TOTAL
IBGE
2010
38.563
Domicílios
MATRÍCULAS NA CRECHE
SEED
2012
1.378
Alunos
MATRÍCULAS NA PRÉ-ESCOLA
SEED
2012
2.514
Alunos
MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
SEED
2012
18.134
Alunos
MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO
SEED
2012
5.253
Alunos
MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
SEED
2012
715
Alunos
MEC/INEP
2012
684
Alunos
POPULAÇÃO CENSITÁRIA - TOTAL 25
MATRÍCULAS NO ENSINO SUPERIOR
ESTATÍSTICA
FONTE: IPARDES, 2014
25
Resultados da população residente em 1º de abril de 2007, encaminhados ao Tribunal de Contas da União em 14 de novembro de 2007. Para os municípios com mais de 170.000 habitantes (Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais) não houve contagem da população e nesses casos foi considerada a estimativa na mesma data. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 84
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
TABELA 8 - DADOS ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO
FONTE
DATA
ESTATÍSTICA
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA)
IBGE
2010
60.255
Pessoas
POPULAÇÃO OCUPADA (PO)
IBGE
2010
57.230
Pessoas
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS - RAIS
MTE
2012
2.448
NÚMERO DE EMPREGOS - RAIS
MTE
2012
27.925
PRODUÇÃO DE MILHO
IBGE
2012
106.190
Toneladas
PRODUÇÃO DE BATATA-INGLESA
IBGE
2012
37.191
Toneladas
PRODUÇÃO DE FEIJÃO
IBGE
2012
7.242
Toneladas
BOVINOS
IBGE
2012
10.101
Cabeças
EQUINOS
IBGE
2012
4.450
Cabeças
GALINÁCEOS
IBGE
2012
134.600
Cabeças
OVINOS
IBGE
2012
3.200
Cabeças
SUÍNOS
IBGE
2012
17.520
Cabeças
VALOR ADICIONADO BRUTO(VAB) A PREÇOS BÁSICOS - TOTAL
IBGE/Ipardes
2011
1.582.479
R$ 1.000,00
VAB A PREÇOS BÁSICOS - AGROPECUÁRIA
IBGE/Ipardes
2011
49.300
R$ 1.000,00
VAB A PREÇOS BÁSICOS - INDÚSTRIA
IBGE/Ipardes
2011
587.907
R$ 1.000,00
VAB A PREÇOS BÁSICOS - SERVIÇOS
IBGE/Ipardes
2011
945.272
R$ 1.000,00
VALOR ADICIONADO FISCAL (VAF) - TOTAL
SEFA
2011
1.469.865.328
R$ 1,00 (P)
VAF - PRODUÇÃO PRIMÁRIA
SEFA
2011
21.479.831
R$ 1,00 (P)
VAF - INDÚSTRIA - TOTAL
SEFA
2011
1.049.357.425
R$ 1,00 (P)
VAF - COMÉRCIO/SERVIÇOS - TOTAL
SEFA
2011
398.765.299
R$ 1,00 (P)
VAF - RECURSOS/AUTOS
SEFA
2011
262.773
R$ 1,00 (P)
RECEITAS MUNICIPAIS
Prefeitura
2012
194.491.661,92
R$ 1,00
DESPESAS MUNICIPAIS
Prefeitura
2012
181.233.769,11
R$ 1,00
SEFA
2012
138.587.129,16
R$ 1,00
MF/STN
2012
27.283.356,63
R$ 1,00
ICMS POR MUNICÍPIO DE ORIGEM DO CONTRIBUINTE FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM)
FONTE: IPARDES, 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 85
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
TABELA 9 - INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO
FONTE
DATA
ESTATÍSTICA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Sanepar
2012
34.696
unid. atend. 26
ATENDIMENTO DE ESGOTO
Sanepar
2012
14.628
unid. atend. 27
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA - TOTAL
COPEL
2012
280.969
mwh
CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA - TOTAL
COPEL
2012
43.647
FONTE: IPARDES, 2014
TABELA 10 - INDICADORES SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO
FONTE
DATA
ESTATÍSTICA
Ipardes
2013
94,13
hab/km2
GRAU DE URBANIZAÇÃO
IBGE
2010
83,80
%
TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO
IBGE
2010
1,93
%
PNUD/IPEA/FJP
2010
0,745
Ipardes
2010
0,7372
IBGE/Ipardes
2011
15.674
IBGE
2010
0,4535
ÍNDICE DE IDOSOS
IBGE/Ipardes
2010
26,12
%
RAZÃO DE DEPENDÊNCIA
IBGE/Ipardes
2010
41,76
%
RAZÃO DE SEXO
IBGE/Ipardes
2010
98,14
%
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (COEFICIENTE)
Datasus/SESAPR
2011
15,78
mil n.v. (P)
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA (COEFICIENTE)
Datasus/SESAPR
2011
116,89
100 mil n.v. (P)
IBGE
2010
4,50
DERAL
2012
134.178.812,81
DENSIDADE DEMOGRÁFICA
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO IDH-M ÍNDICE IPARDES DE DESEMPENHO MUNICIPAL IPDM PIB PER CAPITA ÍNDICE DE GINI DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA
TAXA DE ANALFABETISMO DE 15 ANOS OU MAIS VALOR BRUTO NOMINAL DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
R$ 1,00
% R$ 1,00
FONTE: IPARDES, 2014
26
Unidades (economias) atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa (Adaptado do IBGE, CIDE, SANEPAR). 27 Idem. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 86
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
3.8
MAPAS GEORREFERENCIADOS DO IMÓVEL
Os mapas temáticos georreferenciados, contidos em anexo, foram elaborados a partir de imagens de satélite, cartas topográficas, fotografias aéreas e técnicas de aquisição de dados de sistema de posicionamento global (GPS), mostra-se como uma importante ferramenta para a caracterização e diagnóstico ambiental da área do Refúgio Carolina, pois permite a identificação de formas de uso e ocupação do solo e um reconhecimento detalhado dos principais elementos que compõem a paisagem da região.
Para a elaboração dos mapas foram utilizados diversos softwares de Geoprocessamento e análise de imagens, de licença livre (freeware), entre eles GVSig, DivaGis, QGIS, SPRING, Google Earth e GPS TrackMaker, entre outros.
A base espacial georreferenciada consiste em arquivos Shapefile (.shp) e Drawing Exchange Format (.dxf), georreferenciados na Projeção Universal de Mercartor (UTM), Zona 22 Sul, Datum SAD-69.
Os mapas temáticos georreferenciados do Refúgio Carolina, contidos em anexo, é composto dos seguintes temas:
Mapa 1 – Localização (com imagem de satélite);
Mapa 2 – Detalhe de localização (com imagem de satélite);
Mapa 3 - Delimitação do imóvel, com limites e confrontantes;
Mapa 4 – Planialtimétrico;
Mapa 5 - Uso e Ocupação do Solo;
Mapa 6 – Reserva Legal e Áreas de Preservação (uso e ocupação do solo);
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 87
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Mapa 7 - Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (uso e ocupação do solo com imagem de satélite);
Mapa 8 - Área proposta para criação da RPPN;
Mapa 9 - Área proposta para criação da RPPN (com imagem de satélite);
Mapa 10 - Localização dos indivíduos de Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná) ocorrentes na área.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 88
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
4.
CONCLUSÃO SOBRE A CRIAÇÃO DA RPPN
O Estado do Paraná, com 2,5% da superfície brasileira, detém em seu território a maioria das principais unidades fitogeográficas que ocorrem no país. Originalmente 83% de sua superfície eram cobertos por florestas, e os 17% restantes eram ocupados por formações não florestais (campos e cerrados), completados por vegetação pioneira de influência marinha (restingas), flúvio marinha (mangues) e flúvio lacustre (várzeas), e pela vegetação herbácea do alto das montanhas (campos de altitude e vegetação rupestre) 28.
Com o processo de ocupação territorial e o uso desordenado dos recursos naturais, as florestas e as demais formas de vegetação natural foram suprimidas e fragmentadas ao passar dos anos, tanto que remanesceram poucas áreas naturais, cerca de 8%, caracterizando o Paraná como o Estado com o maior índice de desmatamento da Mata Atlântica29.
A história de criação das Unidades de Conservação (UCs) no Estado está vinculada às áreas remanescentes do processo de colonização, expansão das fronteiras agrícolas e ocupação do território paranaense, não possuindo sistematização para levar a termo a proteção dos diversos ecossistemas. Tais acontecimentos deram origem ao cenário atual, descrito a seguir, e mostra uma baixa representatividade das ecorregiões em relação às UCs de Proteçã o Integral30.
No Paraná existem 83 Unidades de Conservação na esfera estadual e federal, sendo 53 de proteção integral e 30 de uso sustentável, compondo um total de 2.873.357,48 ha de áreas protegidas, dos quais 14 UCs são federais e perfazem cerca de 1.667.616,40 ha e as 69 estaduais, 1.205.741,08 ha. Estão distribuídas entre Áreas de Proteção Ambiental, Parques Estaduais, Florestas Estaduais, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Reservas Biológicas, Hortos Florestais, Reservas Florestais e Estações Ecológicas31. Do total das unidades de conservação do estado do Paraná, aproximadamente 72% está incluído na categoria de unidades de conservação de proteção integral e 28% em unidades de uso sustentável. As 28
Maack, Reinhard. Geografia Física do Estado do Paraná. 1968; Roderjan, et. al., 2002. IAP, 2002. 30 CAMPOS & COSTA FILHO, 2006; IAP, 2002. 31 IAP, 2007; REDE PRÓ-UC, 2011. 29
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 89
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
unidades de conservação federais possuem um total de 1.612.801 ha, sendo que 5.286 ha (0,32%) estão na região do Bioma Florestal com Araucária. As UCs estaduais possuem uma área total de 1.177.323 ha, sendo que deste total, 987.905,8 ha (82,54%) estão incluídos no Bioma de Araucária. Cerca de 129 mil ha (13,12%) pertencem à categoria das UCs de proteção integral e 842.135 ha (86,7%) pertencem à categoria de uso sustentável 32. Atualmente, no estado do Paraná com o aumento das RPPNs, há um total de 151 unidades estaduais. Deste total, 65% está inserido no Bioma Florestal com Araucária, sendo que hoje as RPPNs estaduais ocupam uma área de 16.124,50 ha. Medidas de incentivo à conservação das florestas particulares e ao uso sustentável dos recursos naturais podem contribuir com maior efetividade na conservação e recuperação dos Biomas, e em especial ao Bioma Floresta com Araucária, onde o Refúgio Carolina está inserido.
Segundo a Constituição Federal, a conservação e preservação da natureza é obrigação conjunta do poder público e dos cidadãos:
“Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Isso também alcança as florestas existentes nas propriedades privadas, as quais, segundo o Art. 1º do Código Florestal Brasileiro (Lei nº 4.771/65), são bens de interesse comum a todos os habitantes do País.
“Art. 1º - As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.” Segundo o Código Florestal, todas as propriedades privadas devem manter uma área de Reserva Legal e preservar as Áreas de Preservação Permanente. Além da Reserva Legal e das Áreas de Preservação Permanente, que todos os proprietários têm a obrigação de preservar, 32
PIRES, 2010. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 90
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
os proprietários podem, por vontade própria, criar Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). A área transformada em RPPN torna-se isenta do Imposto Territorial Rural (ITR) e o proprietário pode solicitar auxílio do poder público para elaborar um plano de manejo, proteção e gestão da área. O proprietário também não precisa pagar ITR sobre as reservas legais e áreas de preservação permanente, conforme dispõe a Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996.
É importante destacar que há poucos remanescentes existentes no Paraná, e todas essas áreas naturais são estratégicas para a conservação da biodiversidade, não havendo assim áreas mais importantes que outras para se escolher para a criação de uma UC. Nas UCs existentes há a necessidade de otimizar a conservação da biodiversidade in situ, incluindo um conjunto de projetos e ações que aumentem a expressividade e tragam uma maior estabilidade dessas UCs33.
Nas proximidades do Refúgio Carolina podemos destacar duas Unidades de Conservação (UC) de grande importância do ponto de vista da formação de corredores ecológicos, visando à conservação da biodiversidade regional: a Floresta Nacional (FLONA) do Açungui e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. A FLONA de Açungui, com 561,36 hectares, localizada no município de Campo Largo, na Estrada do Cerne (PR-090), a aproximadamente 70 km da capital, Curitiba, e a cerca de 30 km do Refúgio Carolina, que tem por objetivo a preservação da floresta primária além da exploração racional da madeira produzida nas áreas reflorestamento e, para isso possui também um viveiro de mudas florestais e ornamentais, e uma infraestrutura de serviços que permite o aproveitamento de subprodutos como o mel e a erva-mate. Esta UC tem em metade do seu território plantio do Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), o que contribui para pesquisas, além de manter a diversidade genética da espécie bastante ameaçada. A APA da Escarpa Devoniana localiza-se na porção leste do estado do Paraná, a aproximadamente 35 km da capital, Curitiba, e cerca de 5 km do Refúgio Carolina, ocupando uma área de 392.363,38 ha, distribuídos por treze municípios (sentido sul-norte): Lapa, Balsa Nova, Porto Amazonas, Palmeira, Campo Largo, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Piraí do Sul, Arapoti, Jaguariaíva e Sengés. A APA da Escarpa Devoniana tem por 33
CAMPOS & COSTA FILHO, 2006. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 91
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
finalidade assegurar o bem-estar das populações humanas e conservar e melhorar as condições ecológicas locais. As APAs são definidas como Unidades de Uso Sustentável, que têm a finalidade de “compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais”. A seguir á apresentado mapa com localização da APA da Escarpa Devoniana e FLONA do Açungui, em relação ao Refúgio Carolina (FIGURA 52). A conexão entre essas UCs e o Refúgio Carolina é de grande importância do ponto de vista da conservação da biodiversidade, recursos genéticos e recursos hídricos.
FIGURA 52 - LOCALIZAÇÃO DA APA DA ESCARPA DEVONIANA E FLONA DO AÇUNGUI, EM RELAÇÃO AO REFÚGIO CAROLINA
APA DA ESCARPA DEVONIANA
FLONA DO AÇUNGUI
REFÚGIO CAROLINA CURITIBA CAMPO LARGO
FONTE: IMAGEM LANDSAT (Data SIO, NOAA, U.S. Navy, NGA, GEBCO)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 92
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Considerasse emergencial incentivar a criação da RPPN Refúgio Carolina, pois desta forma será agregado o devido valor à propriedade rural pelo serviço ambiental que presta à população e encontrando mecanismos efetivos de compensação financeira que possibilitem ao proprietário da futura RPPN continuar preservando, evitando a venda de sua área. Além de preservar belezas cênicas da região (FIGURA 53) e biomas ameaçados, a futura RPPN Refúgio Carolina assume os objetivos de proteção de recursos hídricos, manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos entre vários outros benefícios ambientais.
FIGURA 53 - ASPECTO GERAL DA REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FORMAÇÕES MONTONHOSAS DA SÉRIE AÇUNGUI NO ENTORNO E A ESCARPA DEVONIANA AO FUNDO
No entorno do Refúgio Carolina podemos observar um mosaico Vegetacional, com áreas de floresta secundária, pastagens, monoculturas agrícolas (soja, milho, feijão, entre outras), monoculturas florestais (pinus, eucaliptos e bracatinga), entre outras formações. Nas figuras a
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 93
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
seguir (figuras 54 e 55), pode ser observado como é o aspecto geral de algumas áreas no entorno do Refúgio Carolina.
FIGURA 54 - ASPECTO GERAL DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FLORESTAS SECUNDÁRIAS, PASTAGENS E MONOCULTURAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS
FIGURA 55 – MONOCULTURAS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 94
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Diante das transformações humanas nas paisagens naturais do entorno e da região do Refúgio Carolina, surge a necessidade da adoção de medidas de planejamento e gestão que objetivem proteger e maximizar as potencialidades paisagísticas da área de estudo. A criação da RPPN Refúgio Carolina é uma importante estratégia para a conservação da diversidade biológica da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária).
A RPPN Refúgio Carolina, embora com área relativamente pequena (1,420 hectares), é fundamental para conservação ambiental em escala regional, e para a implementação de corredores de biodiversidade 34. A futura RPPN objetiva contribuir para aumentar a conectividade biológica na paisagem, sobretudo em regiões bastante fragmentadas (como é o caso da Floresta com Araucária) funcionando como “trampolins ecológicos” (ou “stepping stones”; termo em inglês), abrigando espécies animais que transitam em áreas antropizadas. O Refúgio Carolina também podem facilitar o intercâmbio de sementes e esporos entre hábitats, possibilitando um fluxo de informações genéticas entre indivíduos e populações 35.
Além disso, a criação da RPPN Refúgio Carolina é fundamental para a manutenção de populações animais e vegetais distribuídas em manchas de hábitat isolados, conectadas apenas pela troca entre alguns indivíduos, mantendo assim as chamadas “metapopulações” 36. Assim, a área contribuirá diretamente para o aumento de áreas protegidas, exercendo importante papel na conservação de recursos naturais, como a vegetação, nascentes, córregos, micro bacias hidrográficas, e aspectos geomorfológicos 37, além de complementar as zonas de amortecimento de outras UCs, e proteger locais e hábitats singulares.
Portanto, mesmo pequena, a RPPN proposta é extremamente importante para a conservação e proteção da biodiversidade e para complementar estratégias regionais de conservação.
34
Mesquita, 2004; Pinto et al., 2004 Mesquita, 2004; Pinto et al., 2004; Crepaldi et al., 2008 36 Pinto et al., 2004, Paglia et al., 2006 37 Pinto et al., 2004; Vieira, 2004a; Vieira, 2008 35
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 95
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
BILIOGRAFIA CONSULTADA APG II - ANGISOSPERM PHYLOGENY GROUP II. An update of the Angiosperm phylogeny group classification for the ordens and families of flowering plants: APG II. Annals of the Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399-436. 2003. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Procedimentos normativos de levantamentos pedológicos. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1995. FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. Atlas da evolução dos remanescentes florestais e ecossistemas associados no Domínio da Mata Atlântica no período de 1990-1995. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica, 1998. GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y.S.; RODERJAN, C.V. Levantamento fitossociológico das principais associações arbóreas da Floresta Nacional de Irati. Revista Floresta, FUPEF, Curitiba, v. 19, n. 1 e 2, p. 30-49, 1993. HATSCHBACH, G. G.; ZILLER, S. R. Lista vermelha de plantas ameaçadas de extinção no Estado do Paraná. Curitiba: SEMA/GTZ, 1995. IAP - INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Roteiro para Planejamento de RPPN’s no Estado do Paraná. Projeto Paraná Biodiversidade. Curitiba, 2009. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Manual técnico da vegetação brasileira. Séries Manuais técnicos em geociências, n. 1, Rio de Janeiro, 1992. 92p. KLEIN, R. M. Fitofisionomia e notas sobre a vegetação para acompanhar a planta fitogeográfica de partes dos Municípios de Rio Branco do Sul, Bocaiúva do Sul, Almirante Tamandaré e Colombo (PR). Boletim da Universidade do Paraná. Geografia Física 3, p. 1-33. Curitiba, 1962 KLEIN, R.M. & HATSCHBACH, G.G. Fitofisionomia e notas sobre a vegetação para acompanhar a planta fitogeográfica do município de Curitiba e arredores. Boletim da Universidade Federal do Paraná. Geografia Física 4: 1-30. Curitiba, 1962. LEITE, P. F. As diferentes unidades fitoecológicas da Região Sul do Brasil. Proposta de classificação. Curitiba, 1994. 160 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal). Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. MAACK, R. Geografia física do Estado do Paraná. Curitiba: José Olympio, 1968. MAACK, R. Mapa fitogeográfico do Estado do Paraná. Curitiba: IBPT-SAIC/INP. Um mapa 115 x 80 cm. 1:750.000. 1950. MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. IBAMA - INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Roteiro Metodológico para Elaboração de Plano de FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 96
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Manejo para Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Diretoria de Gestão Estratégica. Centro Nacional de Informação, Tecnologias Ambientais e Editoração. Edições IBAMA. Brasília, 2004. MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. ICMBio - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Roteiro para criação de RPPN Federal. Brasília, 2011. REIS, A. A vegetação original do Estado de Santa Catarina. In: Caracterização de estádios sucessionais na vegetação catarinense. Florianópolis: UFSC, p. 3-22. 1995. RODERJAN, C.V. O gradiente Floresta Ombrófila Densa Altomontana no morro Anhangava, Quatro-Barras, PR. Aspectos climáticos, pedológicos e fitossociológicos. Curitiba, 1994. 119 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal). Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. RODERJAN, C.V.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y.S. & HATSCHBACH, G.G. As unidades fitogeográficas do Estado do Paraná. Ciência & Ambiente. Fitogeografia do Sul da América 24 (75:92). 2002. RODERJAN, C.V.; KUNIYOSHI, Y.S.; GALVÃO, F. & HATSCHBACH, G.G. Levantamento da vegetação da Área de Proteção Ambiental de Guaratuba - APA de Guaratuba. UFPR, 78 p. 1996. RODERJAN, C.V.; KUNIYOSHI, Y.S.; GALVÃO, F. As regiões fitogeográficas do Estado do Paraná. Acta For. Bras, Curitiba, n. 1, p. 1-6. 1993. SEMA – SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE. PARANÁ. Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná. SEMA/GTZ. Curitiba, 1995. SOCIEDADE CHAUÁ. Plano de Manejo da RPPN Luz do Sol. Rolândia, 2012. SOUZA, C.G. (Coord.). Manual técnico de pedologia. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1995. 104 p. (IBGE. Manuais Técnicos em Geociências, 04). SPVS – SOCIEDADE DE PESQUISA EM VIDA SELVAGEM. Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural Morro da Mina e Santa Maria. Curitiba, 2012. VELOSO, H. P. & GÓES-FILHO, L. Fitogeografia Brasileira. Classificação fisionômico-ecológica da vegetação neotropical. Boletim Técnico Projeto RADAMBRASIL. Série vegetação. 85 p. 1982. VELOSO, H.P.; RANGEL FILHO, A.L.R. & LIMA, J.C.A. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Rio de Janeiro, 1991.
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 97
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 98
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE
APÊNDICE 1 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FLORÍSTICO CONTRATANTE:
PROJETO:
Angelo Guimarães Simão
Refúgio Carolina
MUNICÍPIO/UF:
PARCELA:
LOCAL:
DATA:
ÁREA (M2):
E:
N:
ALT (M):
Campo Largo / PR COORDENADAS GPS UTM SAD-69:
ANOTAÇÕES:
Nº
ESPÉCIE
HER
ARBU
ARV
LI
PAL
FONTE: TRABALHO DE CAMPO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 99
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE 2 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO CONTRATANTE:
PROJETO:
PARCELA:
MUNICÍPIO/UF:
LOCAL:
DATA:
ÁREA (M2):
COORDENADAS GPS UTM SAD-69:
E:
N:
ALT (M):
ANOTAÇÕES:
Nº
ESPÉCIE
CAP (CM)
HT (M)
PIM
PS
OBS
FONTE: TRABALHO DE CAMPO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 100
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE 3 - MODELOS DE CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DE ÁRVORES CONTRATANTE:
PROJETO: PARCELA:
MUNICÍPIO/UF:
LOCAL:
DATA:
ÁREA (M2):
COORDENADAS GPS UTM SAD-69:
E:
N:
ALT (M):
ANOTAÇÕES: Y 10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 X
FONTE: TRABALHO DE CAMPO
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 101
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE 4 - LISTA DE INDIVÍDUOS E ESPÉCIES ARBÓREAS AMOSTRADAS NA ÁREA DE ESTUDO Nº
NOME CIENTÍFICO
FAMÍLIA BOTÂNICA
NOME COMUM
1 2 3
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.
FABACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE
Angico Branco Vacumzeiro Vacumzeiro
4 5 6 7 8 9
Campomanesia xanthocarpa O.Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.
MYRTACEAE MYRTACEAE MYRTACEAE SALICACEAE SALICACEAE SALICACEAE
Guabirobeira Guabirobeira Guabirobeira Guaçatunga Guaçatunga Guaçatunga
10 11
Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.
SALICACEAE SALICACEAE
Guaçatunga Guaçatunga
12 13 14
Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.
SALICACEAE SALICACEAE SALICACEAE
Guaçatunga Guaçatunga Guaçatunga
15 16 17
Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.
SALICACEAE SALICACEAE SALICACEAE
Guaçatunga Guaçatunga Guaçatunga
18
Casearia sylvestris Sw.
SALICACEAE
Guaçatunga
19 20 21
Cedrela fissilis Vell. Cedrela fissilis Vell. Cedrela fissilis Vell.
MELIACEAE MELIACEAE MELIACEAE
Cedro Rosa Cedro Rosa Cedro Rosa
22 23 24 25 26 27 28 29
Cedrela fissilis Vell. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp.
MELIACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE
Cedro Rosa Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú
30 31 32 33
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE
Pimenteira Pimenteira Pimenteira Pimenteira
34 35
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE CANELLACEAE
Pimenteira Pimenteira
36
Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE
Pimenteira
37 38 39
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE
Pimenteira Pimenteira Pimenteira
40 41
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE CANELLACEAE
Pimenteira Pimenteira
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 102
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº 42
NOME CIENTÍFICO Cinnamodendron dinisii Schwanke
FAMÍLIA BOTÂNICA CANELLACEAE
NOME COMUM Pimenteira
43
Cinnamodendron dinisii Schwanke
CANELLACEAE
Pimenteira
44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Clethra scabra Pers. Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cupania vernalis Cambess. Dalbergia brasiliensis Vogel
CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE CLETHRACEAE BORAGINACEAE ASPARAGACEAE ASPARAGACEAE ASPARAGACEAE SAPINDACEAE FABACEAE
Pimenteira Pimenteira Pimenteira Pimenteira Carne de Vaca Louro Pardo Uvarana Uvarana Uvarana Cuvatã Jacarandá
55 56 57 58
Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel
FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE
Jacarandá Jacarandá Jacarandá Jacarandá
59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69
Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Guatteria australis A.St.-Hil. Guatteria australis A.St.-Hil.
FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE ESCALLONIACEAE ESCALLONIACEAE ESCALLONIACEAE ESCALLONIACEAE ANNONACEAE ANNONACEAE
Jacarandá Jacarandá Jacarandá Jacarandá Jacarandá Canudo de Pito Canudo de Pito Canudo de Pito Canudo de Pito Pindaíba Pindaíba
70 71 72 73
Guatteria australis A.St.-Hil. Jacaranda puberula Cham. Jacaranda puberula Cham. Jacaranda puberula Cham.
ANNONACEAE BIGNONIACEAE BIGNONIACEAE BIGNONIACEAE
Pindaíba Caroba Caroba Caroba
74 75 76 77 78 79 80 81 82
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE
Timbó Lonchocarpus Lonchocarpus Lonchocarpus Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva
83 84
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
FABACEAE FABACEAE
Sapuva Sapuva
85
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
FABACEAE
Sapuva
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 103
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº 86
NOME CIENTÍFICO Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
FAMÍLIA BOTÂNICA FABACEAE
NOME COMUM Sapuva
87
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
FABACEAE
Sapuva
88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.
FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE
Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Miguel Pintado Miguel Pintado Miguel Pintado
99 100 101 102
Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.
SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE
Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado
103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113
Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Myrceugenia sp. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE MYRTACEAE PRIMULACEAE PRIMULACEAE
Miguel pintado Miguel Pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel Pintado Guamirim Capororoquinha Capororoquinha
114 115 116 117
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
PRIMULACEAE PRIMULACEAE PRIMULACEAE PRIMULACEAE
Capororoquinha Capororoquinha Capororoquinha Capororoquinha
118 119 120 121 122 123 124 125 126
Myrsine umbellata Mart. Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees
PRIMULACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE
Capororocão Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá
127 128
Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees
LAURACEAE LAURACEAE
Canela Guaicá Canela Guaicá
129
Ocotea puberula (Rich.) Nees
LAURACEAE
Canela Guaicá
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 104
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº 130
NOME CIENTÍFICO Ocotea puberula (Rich.) Nees
FAMÍLIA BOTÂNICA LAURACEAE
NOME COMUM Canela Guaicá
131
Ocotea puberula (Rich.) Nees
LAURACEAE
Canela Guaicá
132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142
Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards
LAURACEAE LAURACEAE MYRTACEAE ROSACEAE RHAMNACEAE RHAMNACEAE RHAMNACEAE RHAMNACEAE PROTEACEAE PROTEACEAE PROTEACEAE
Canela Guaicá Canela Guaicá Craveiro Pessegueiro Bravo Canjica Canjica Canjica Canjica Carvalho Brasileiro Carvalho Brasileiro Carvalho Brasileiro
143 144 145 146
Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Sapium glandulosum (L.) Morong Sapium glandulosum (L.) Morong Schinus terebinthifolius Raddi
PROTEACEAE EUPHORBIACEAE EUPHOBIACEAE ANACARDIACEAE
Carvalho Brasileiro Leiteiro Leiteiro Aroeira
147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE
Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira
158 159 160 161
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE
Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira
162 163 164 165 166 167 168 169 170
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE
Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira
171 172
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE
Aroeira Aroeira
173
Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE
Aroeira
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 105
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº 174
NOME CIENTÍFICO Schinus terebinthifolius Raddi
FAMÍLIA BOTÂNICA ANACARDIACEAE
NOME COMUM Aroeira
175
Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE
Aroeira
176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE
Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira
187 188 189 190
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE
Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira
191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Solanum sp. Solanum sp. Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler Zanthoxylum rhoifolium Lam.
ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE SOLANACEAE SOLANACEAE SALICACEAE RUTACEAE
Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Fumo bravo Fumo bravo Sucará Mamica de Porca
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 106
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE 5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO Nº
NOME CIENTÍFICO
1 2 3 4
Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Campomanesia xanthocarpa O.Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg
5 6
G/1.530 M2 0,0241 0,0180 0,0937 0,0101
G/HA
HT (M)
PIM (M) 2,50 6,00 1,80 0,00
P S 2 1 1 1
V (M3) / 1.530 M2 0,1685 0,1445 0,7213 0,0390
V (M3) / HA 1,1013 0,9447 4,7146 0,2552
0,1573 0,1174 0,6123 0,0663
10,00 11,50 11,00 5,50
Campomanesia xanthocarpa O.Berg Casearia obliqua Spreng.
0,0100 0,0655 0,0151 0,0984
10,00 7,50
3,50 1 1,80 1
0,0702 0,0791
0,4588 0,5167
7 8 9
Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.
0,0250 0,1637 0,0219 0,1434 0,0187 0,1223
8,50 10,00 9,00
2,00 1 6,00 1 5,00 1
0,1490 0,1535 0,1179
0,9740 1,0035 0,7708
10
Casearia obliqua Spreng.
0,0081 0,0533
7,00
3,00 2
0,0399
0,2610
11 12 13
Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.
0,0050 0,0325 0,0199 0,1300 0,0124 0,0812
5,00 10,00 10,00
2,00 1 2,00 1 5,00 1
0,0174 0,1393 0,0869
0,1138 0,9102 0,5681
14 15 16 17 18
Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia sylvestris Sw. Cedrela fissilis Vell. Cedrela fissilis Vell.
0,0115 0,0121 0,0115 0,0866 0,0355
0,0751 0,0791 0,0751 0,5658 0,2321
13,00 14,00 5,00 15,00 11,00
1 2 2 1 1
0,1046 0,1186 0,0402 0,9090 0,2734
0,6834 0,7753 0,2629 5,9409 1,7871
19 20 21
Cedrela fissilis Vell. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp.
0,1538 1,0049 0,0111 0,0724 0,0161 0,1053
22,00 9,50 13,00
9,00 1 4,00 1 8,00 1
2,3678 0,0736 0,1466
15,4756 0,4812 0,9584
22 23 24
Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Cinnamodendron dinisii Schwanke
0,0115 0,0751 0,0780 0,5098 0,0293 0,1916
15,00 16,00 8,00
13,00 1 12,00 1 6,00 1
0,1207 0,8735 0,1642
0,7886 5,7093 1,0732
25
Cinnamodendron dinisii Schwanke
0,0100 0,0655
4,00
1,50 1
0,0281
0,1835
26 27 28
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke
0,0619 0,4046 0,0199 0,1300 0,0645 0,4213
11,50 11,00 16,00
2,00 1 2,00 1 6,00 1
0,4983 0,1532 0,7219
3,2568 1,0012 4,7184
29 30 31
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke
0,0426 0,2784 0,0134 0,0874 0,0207 0,1353
17,00 15,00 15,00
9,50 1 5,00 1 12,00 1
0,5069 0,1405 0,2173
3,3133 0,9180 1,4204
32 33 34 35 36
Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Clethra scabra Pers. Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
0,0089 0,0406 0,0084 0,0137 0,0282
0,0584 0,2652 0,0549 0,0896 0,1841
8,00 16,00 12,00 9,00 9,00
2 1 2 1 1
0,0500 0,4544 0,0706 0,0863 0,1775
0,3269 2,9697 0,4615 0,5643 1,1600
37 38 39
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché
0,0081 0,0533 0,0092 0,0601 0,0097 0,0637
4,50 5,00 5,00
1,80 2 0,00 1 0,00 2
0,0257 0,0322 0,0341
0,1678 0,2104 0,2230
40 41
Cupania vernalis Cambess. Dalbergia brasiliensis Vogel
0,0084 0,0549 0,0196 0,1280
8,00 8,00
5,00 1 3,00 1
0,0471 0,1096
0,3076 0,7166
9,00 10,00 2,00 7,50 6,50
6,00 7,50 6,00 5,00 4,00
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 107
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
V (M3) / HA 0,9616
11,00
0,1223 0,2097 0,0853 0,1081
12,00 12,00 12,00 12,00
3,00 6,00 10,00 7,00
1 1 1 1
0,1572 0,2695 0,1096 0,1390
1,0277 1,7617 0,7166 0,9085
0,1750 0,1369 0,1780 0,1837 0,0791 0,3026
9,50 8,00 16,00 6,00 6,00 7,00
1,50 4,00 13,00 3,50 2,00 3,00
1 2 1 1 2 2
0,1780 0,1173 0,3050 0,1180 0,0508 0,2269
1,1635 0,7665 1,9935 0,7714 0,3323 1,4828
Escallonia bifida Link & Otto Guatteria australis A.St.-Hil.
0,0470 0,3072 0,0180 0,1178
4,00 9,00
2,00 1 6,00 1
0,1316 0,1136
0,8601 0,7424
55 56 57
Guatteria australis A.St.-Hil. Jacaranda puberula Cham. Jacaranda puberula Cham.
0,0311 0,2032 0,0110 0,0720 0,0121 0,0791
20,00 11,00 11,00
17,00 1 6,00 1 8,00 1
0,4352 0,0848 0,0932
2,8444 0,5542 0,6091
58 59 60
Jacaranda puberula Cham. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.
0,0115 0,0751 0,0095 0,0619 0,0144 0,0939
11,50 7,50 11,00
7,50 1 3,50 2 6,00 1
0,0925 0,0497 0,1107
0,6046 0,3250 0,7234
61
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.
0,0187 0,1223
10,50
4,50 1
0,1376
0,8992
62 63 64 65 66
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
0,0191 0,0228 0,0151 0,0179 0,0330
0,1249 0,1489 0,0984 0,1170 0,2157
9,00 5,50 5,50 8,00 8,00
4,00 2,00 1,70 6,00 3,50
1 1 1 1 1
0,1204 0,0877 0,0580 0,1002 0,1848
0,7867 0,5731 0,3789 0,6552 1,2078
67 68 69 70 71 72
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
0,0180 0,0168 0,0165 0,0301 0,0158 0,0156
0,1174 0,1101 0,1077 0,1967 0,1030 0,1021
8,00 7,50 8,00 10,00 9,00 8,00
2,00 3,00 2,50 3,50 3,50 5,00
1 1 1 1 1 1
0,1005 0,0884 0,0923 0,2107 0,0993 0,0875
0,6572 0,5778 0,6030 1,3770 0,6489 0,5716
73 74 75 76
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
0,0161 0,0168 0,0151 0,0105
0,1053 0,1101 0,0984 0,0689
7,00 6,00 7,00 8,00
3,00 3,00 2,50 6,00
1 1 1 1
0,0790 0,0707 0,0738 0,0590
0,5161 0,4622 0,4822 0,3859
77 78 79 80 81 82
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.
0,0236 0,0081 0,0180 0,0245 0,0232 0,0137
0,1545 0,0533 0,1174 0,1602 0,1517 0,0896
7,00 10,00 9,50 10,00 7,00 9,00
5,00 4,50 8,00 0,00 1,80 5,00
1 1 1 1 1 1
0,1158 0,0570 0,1194 0,1716 0,1137 0,0863
0,7570 0,3728 0,7804 1,1214 0,7432 0,5643
83 84 85
Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.
0,0089 0,0584 0,0140 0,0917 0,0484 0,3164
7,00 8,00 15,00
3,00 2 6,00 2 9,00 1
0,0438 0,0786 0,5084
0,2860 0,5138 3,3226
NOME CIENTÍFICO
G/1.530 G/HA M2 0,0191 0,1249
V (M3) / 1.530 M2 0,1471
PIM P (M) S 4,00 1
Nº 42
Dalbergia brasiliensis Vogel
43 44 45 46
Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel
0,0187 0,0321 0,0131 0,0165
47 48 49 50 51 52
Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto
0,0268 0,0209 0,0272 0,0281 0,0121 0,0463
53 54
HT (M)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 108
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
V (M3) / HA 1,3466
14,00
0,0549 0,0655 0,0693 0,0533
9,00 13,00 9,00 8,50
3,50 10,00 4,00 4,50
2 1 2 1
0,0530 0,0913 0,0668 0,0485
0,3461 0,5965 0,4365 0,3169
0,0516 0,0832 0,1885 0,2197 0,2266 0,0849
5,50 10,00 10,00 8,50 11,00 7,00
3,50 7,00 4,00 6,00 7,00 4,00
2 1 1 1 1 1
0,0304 0,0891 0,2019 0,2000 0,2669 0,0636
0,1987 0,5825 1,3194 1,3075 1,7445 0,4160
Myrsine umbellata Mart. Ocotea puberula (Rich.) Nees
0,0172 0,1125 0,0226 0,1478
8,00 8,00
3,50 1 4,00 1
0,0964 0,1266
0,6298 0,8274
99 Ocotea puberula (Rich.) Nees 100 Ocotea puberula (Rich.) Nees 101 Ocotea puberula (Rich.) Nees
0,0115 0,0751 0,0203 0,1326 0,0131 0,0853
8,00 9,00 8,00
6,00 1 4,00 1 6,00 1
0,0643 0,1279 0,0731
0,4206 0,8356 0,4777
102 Ocotea puberula (Rich.) Nees 103 Ocotea puberula (Rich.) Nees 104 Ocotea puberula (Rich.) Nees
0,0154 0,1007 0,0172 0,1125 0,0256 0,1672
7,00 8,00 9,00
5,00 1 6,00 1 2,00 1
0,0755 0,0964 0,1612
0,4934 0,6298 1,0534
105 Ocotea puberula (Rich.) Nees
0,0271 0,1771
6,00
0,00 1
106 107 108 109 110
0,0203 0,0352 0,0321 0,0674 0,0764
NOME CIENTÍFICO
G/1.530 G/HA M2 0,0210 0,1374
V (M3) / 1.530 M2 0,2060
PIM P (M) S 9,00 1
Nº 86
Matayba elaeagnoides Radlk.
87 88 89 90
Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Myrceugenia sp.
0,0084 0,0100 0,0106 0,0081
91 92 93 94 95 96
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
0,0079 0,0127 0,0288 0,0336 0,0347 0,0130
97 98
HT (M)
0,1138
0,7439
1 1 1 1 1
0,0923 0,3079 0,2695 1,1787 1,3910
0,6035 2,0126 1,7617 7,7039 9,0912
8,00
7,00 1
0,0562
0,3671
0,0331 0,2164
12,00
3,00 1
0,2781
1,8176
0,0095 0,0619 0,0109 0,0712
11,00 12,00
3,50 2 8,50 1
0,0729 0,0915
0,4767 0,5981
0,0247 0,1614
8,00
4,00 1
0,1383
0,9036
0,0241 0,1573
7,50
4,00 1
0,1264
0,8260
0,0112 0,0731
7,00
2
0,0548
0,3584
0,0280 0,0069 0,0161 0,0216
0,1829 0,0453 0,1053 0,1412
7,00 4,50 4,50 5,50
5,00 2,50 1,70 4,50
1 2 2 1
0,1371 0,0218 0,0508 0,0832
0,8962 0,1426 0,3318 0,5435
122 Schinus terebinthifolius Raddi 123 Schinus terebinthifolius Raddi 124 Schinus terebinthifolius Raddi
0,0235 0,1536 0,0207 0,1353 0,0103 0,0674
6,00 8,50 5,00
4,00 1 2,00 1 1,50 2
0,0987 0,1232 0,0361
0,6451 0,8049 0,2359
125 Schinus terebinthifolius Raddi 126 Schinus terebinthifolius Raddi
0,0288 0,1882 0,0275 0,1797
7,00 8,00
2,00 2 5,00 2
0,1411 0,1540
0,9223 1,0065
111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121
Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Sapium glandulosum (L.) Morong Sapium glandulosum (L.) Morong Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,1326 0,2300 0,2097 0,4402 0,4995
6,50 12,50 12,00 25,00 26,00
0,0100 0,0655
2,00 8,00 8,00 20,00 18,00
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 109
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº
NOME CIENTÍFICO
127 Schinus terebinthifolius Raddi
G/1.530 G/HA M2 0,0103 0,0674
HT (M) 7,00
PIM P (M) S 3,00 2
V (M3) / 1.530 M2 0,0505
V (M3) / HA 0,3303
128 129 130 131
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,0112 0,0183 0,0163 0,0131
0,0731 0,1198 0,1067 0,0853
8,00 6,00 6,00 6,00
3,00 1,80 2,00 3,00
1 1 1 2
0,0627 0,0770 0,0686 0,0548
0,4096 0,5033 0,4483 0,3583
132 133 134 135 136 137
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,0087 0,0134 0,0199 0,0187 0,0161 0,0228
0,0566 0,0874 0,1300 0,1223 0,1053 0,1489
6,00 8,00 7,00 9,00 7,00 7,00
3,00 3,00 2,00 5,00 3,00 3,00
2 1 1 1 1 1
0,0364 0,0749 0,0975 0,1179 0,0790 0,1116
0,2379 0,4896 0,6371 0,7708 0,5161 0,7295
138 Schinus terebinthifolius Raddi 139 Schinus terebinthifolius Raddi
0,0137 0,0896 0,0158 0,1030
12,00 5,00
6,00 1 3,00 1
0,1151 0,0552
0,7524 0,3605
140 Schinus terebinthifolius Raddi 141 Schinus terebinthifolius Raddi 142 Schinus terebinthifolius Raddi
0,0168 0,1101 0,0215 0,1406 0,0134 0,0874
7,00 5,00 4,00
4,00 1 1,70 1 2,00 1
0,0825 0,0753 0,0375
0,5393 0,4922 0,2448
143 Schinus terebinthifolius Raddi 144 Schinus terebinthifolius Raddi 145 Schinus terebinthifolius Raddi
0,0172 0,1125 0,0084 0,0549 0,0764 0,4995
8,00 7,00 12,00
4,00 1 2,50 1 1,50 1
0,0964 0,0412 0,6420
0,6298 0,2692 4,1959
146 Schinus terebinthifolius Raddi
0,0272 0,1780
8,50
6,00 1
0,1620
1,0591
147 148 149 150 151
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,0120 0,0081 0,0127 0,0211 0,0097
0,0787 0,0533 0,0832 0,1379 0,0637
7,00 9,50 9,00 7,50 6,50
2,00 8,50 1,80 6,00 4,00
1 1 1 1 2
0,0590 0,0542 0,0802 0,1108 0,0444
0,3856 0,3542 0,5243 0,7242 0,2899
152 153 154 155 156 157
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,0087 0,0326 0,0201 0,0103 0,0186 0,0125
0,0566 0,2130 0,1316 0,0674 0,1213 0,0817
7,00 6,00 7,50 7,50 11,00 5,00
2,00 2,50 2,50 4,50 8,00 2,00
1 2 1 1 1 1
0,0425 0,1369 0,1057 0,0541 0,1429 0,0438
0,2775 0,8948 0,6909 0,3539 0,9343 0,2859
158 159 160 161
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,0080 0,0181 0,0440 0,0290
0,0523 0,1183 0,2876 0,1895
3,00 7,50 8,00 7,00
2,00 3,50 1,80 3,00
2 1 1 1
0,0168 0,0950 0,2464 0,1421
0,1098 0,6211 1,6104 0,9288
162 163 164 165 166 167
Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi
0,0211 0,0147 0,0115 0,0140 0,0311 0,0145
0,1379 0,0962 0,0751 0,0917 0,2032 0,0948
7,50 5,00 5,00 6,50 11,00 8,00
5,00 3,00 3,00 1,80 2,50 1,80
1 2 2 2 1 1
0,1108 0,0515 0,0402 0,0639 0,2394 0,0813
0,7242 0,3366 0,2629 0,4175 1,5644 0,5311
0,0176 0,1149 0,0114 0,0747 0,0207 0,1353
9,00 7,50 15,00
6,00 1 2,00 1 13,00 1
0,1107 0,0600 0,2173
0,7238 0,3922 1,4204
168 Schinus terebinthifolius Raddi 169 Schinus terebinthifolius Raddi 170 Schinus terebinthifolius Raddi
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 110
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
Nº
NOME CIENTÍFICO
171 Solanum sp. 172 Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler 173 Zanthoxylum rhoifolium Lam. TOTAL MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO DESVIO PADRÃO
G/1.530 G/HA M2 0,0241 0,1573 0,0241 0,1573 0,0087 0,0566 3,78 0,02 0,15 0,00 0,01805
17,00
PIM P (M) S 9,00 1
V (M3) / 1.530 M2 0,2865
V (M3) / HA 1,8723
8,00 12,00
1,40 1 8,00 1
0,1348 0,0728
0,8811 0,4758
28,4850 0,1647
186,1752 1,0762
2,3678 0,0168 0,2521
15,4756 0,1098 1,6477
HT (M)
24,69 1.580,50 801,20 0,14 9,14 4,66 1,00 0,03 0,118
26,00 20,00 3,00 0,00 3,6509 3,2538
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 111
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE 6 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO G/HA 0,0736 0,1205 0,0825 0,2690 0,0802 0,1123
V (M3) FF 0,8 0,2649 0,4819 0,3300 1,6138 0,2888 0,4492
10,00
0,0872
0,3486
43,93 23,87 40,74
14,00 13,00 17,00
0,3031 0,0895 0,2608
1,6973 0,4655 1,7732
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
28,01 20,21 10,98 29,92 14,64 12,10 23,01 32,79 20,37
13,00 14,00 8,00 12,00 10,00 12,00 18,00 17,00 17,00
0,1232 0,0642 0,0189 0,1406 0,0337 0,0230 0,0832 0,1688 0,0652
0,6409 0,3594 0,0606 0,6750 0,1347 0,1103 0,5990 1,1482 0,4433
20 21
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
13,05 41,06
8,00 18,00
0,0268 0,2648
0,0856 1,9069
22 23 24
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
13,69 22,28 24,51
12,00 15,00 13,50
0,0294 0,0780 0,0944
0,1413 0,4679 0,5096
25
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
15,92
11,00
0,0398
0,1751
26 27
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
13,37 20,37
9,00 10,00
0,0281 0,0652
0,1011 0,2608
28 29 30 31 32 33 34 35 36
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
34,06 11,46 25,78 10,19 19,10 43,61 38,83 33,74 42,65
14,00 11,00 20,00 9,00 16,00 20,00 17,00 16,00 21,00
0,1822 0,0206 0,1044 0,0163 0,0573 0,2987 0,2369 0,1788 0,2858
1,0204 0,0908 0,8354 0,0587 0,3667 2,3897 1,6108 1,1445 2,4005
37 38 39
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
25,46 35,33 12,73
16,00 18,00 10,00
0,1019 0,0019
0,6519 0,0139
40
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
17,51
14,00
0,1961 0,0481
1,4119 0,2696
41
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
19,74
15,00
0,0612
0,3671
Nº 1 2 3 4 5 6
ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
DAP (CM) 21,65 27,69 22,92 41,38 22,60 26,74
HT (M) 9,00 10,00 10,00 15,00 9,00 10,00
7
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
23,55
8 9 10
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
11 12 13 14 15 16 17 18 19
FUSTES
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 112
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
G/HA 0,0195 0,1721
V (M3) FF 0,8 0,0702 1,1706
11,00 10,00 17,00
0,0206 0,0173 0,1529
0,0908 0,0693 1,0394
28,01
15,00
0,1232
0,7395
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
10,03 35,97 16,55
11,00 20,00 13,00
0,0158 0,2032 0,0430
0,0695 1,6258 0,2238
51 52 53 54 55
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
30,24 27,06 29,28 38,20 12,73 25,46
17,00 16,00 16,00 18,00 7,00 9,00
0,1436 0,1150 0,1347 0,2292 0,0255 0,1019
0,9767 0,7359 0,8621 1,6501 0,0713 0,3667
56 57
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
12,57 11,14
9,00 9,00
0,0248 0,0195
0,0894 0,0702
58
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
40,11
22,00
0,2527
2,2235
59 60 61
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
31,51 12,10 12,10
15,00 7,00 8,50
0,1560 0,0230 0,0230
0,9359 0,0643 0,0781
62 63
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
24,83 29,28
11,00 12,00
0,0968 0,1347
0,4261 0,6466
64
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
23,87
14,00
1
0,0895
0,5013
10,00 11,50 8,50 10,00 10,00 15,00 7,50 9,00
2
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
12,41 11,14 10,82 16,23 15,60 32,79 15,92 12,10
0,0242 0,0195 0,0184 0,0414 0,0382 0,1688 0,0398 0,0230
0,0968 0,0897 0,0626 0,1656 0,1529 1,0131 0,1194 0,0827
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
10,50 20,00 11,50 18,00
2
72 73 74
14,32 46,15 20,37 39,15
0,0322 0,3346 0,0652 0,2408
0,1354 2,6770 0,2999 1,7337
75 76 77
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
25,46 32,47 14,64
18,00 19,00 10,00
0,1019 0,1656 0,0337
0,7334 1,2584 0,1347
78 79 80
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
32,15 34,06 28,97
17,00 20,00 20,00
0,1624 0,1822 0,1318
1,1040 1,4577 1,0544
81
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
27,37 16,23
19,00 17,00
0,1177 0,0414
0,8946 0,2815
Nº 42 43
ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
DAP (CM) 11,14 33,10
HT (M) 9,00 17,00
44 45 46
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
11,46 10,50 31,19
47
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
48 49 50
65 66 67 68 69 70 71
FUSTES
1 2
1
1 2
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 113
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
G/HA 0,0206 0,0352
V (M3) FF 0,8 0,0825 0,1547
14,00 16,00 21,00
0,0592 0,1177 0,1592
0,3316 0,7534 1,3369
13,37
13,00
0,0281
0,1460
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
12,10 11,46 34,38
12,00 12,00 22,00
0,0230 0,0206 0,1856
0,1103 0,0990 1,6336
91 92 93 94 95 96
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
10,82 30,88 36,92 11,46 10,82 13,69
12,00 20,00 21,00 12,00 12,00 13,50
0,0184 0,1497 0,2142 0,0206 0,0184 0,0294
0,0883 1,1980 1,7989 0,0990 0,0883 0,1589
97 98
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
23,55 17,19
17,00 16,00
0,0872 0,0464
0,5926 0,2970
99
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
25,15
18,00
0,0993
0,7152
100 101 102
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
25,78 21,96 29,60
20,00 18,00 20,00
0,1044 0,0758 0,1377
0,8354 0,5456 1,1012
103 104
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
34,38 28,01
21,00 20,00
0,1856 0,1232
1,5594 0,9860
105
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
39,79
23,50
0,2487
2,3376
106 107 108 109 110 111 112 113
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
29,60 28,01 25,15 14,96 13,05 27,06 31,51 20,37
20,00 21,00 20,50 10,00 20,50 17,00 19,00 16,50
0,1377 0,1232 0,0993 0,0352 0,0268 0,1150 0,1560 0,0652
1,1012 1,0353 0,8145 0,1406 0,2194 0,7819 1,1855 0,4303
114 115 116 117
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
22,92 32,47 29,92 27,06
17,00 19,50 18,00 17,00
0,0825 0,1656 0,1406 0,1150
0,5610 1,2916 1,0125 0,7819
118 119 120
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
13,37 12,73 28,65
14,50 9,50 17,50
0,0281 0,0255 0,1289
0,1628 0,0968 0,9024
121 122 123
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
10,82 11,46 19,10
9,00 9,50 14,00
0,0184 0,0206 0,0573
0,0662 0,0784 0,3209
124
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
14,32 12,10
13,00 8,00
0,0322 0,0230
0,1676 0,0735
Nº 82 83
ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
DAP (CM) 11,46 14,96
HT (M) 10,00 11,00
84 85 86
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
19,42 27,37 31,83
87
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
88 89 90
FUSTES
1 2
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 114
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
G/HA 0,1232 0,1205
V (M3) FF 0,8 0,6902 0,7469
0,0481 0,1688 0,0294
0,3274 1,2832 0,1766
14,00
0,0206
0,1155
10,82 17,83 13,05
14,00 15,50 12,50
0,0184 0,0499 0,0268
0,1030 0,3094 0,1338
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
26,42 23,87 27,06 31,19 15,60 10,19
17,00 16,00 18,00 19,00 16,50 11,00
0,1096 0,0895 0,1150 0,1529 0,0382 0,0163
0,7456 0,5730 0,8279 1,1617 0,2522 0,0717
139 140
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
24,51 21,65
20,00 19,00
0,0944 0,0736
0,7549 0,5593
141
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
10,50
13,00
0,0173
0,0901
142 143 144
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
16,23 28,33 10,19
17,00 23,00 12,50
0,0414 0,1261 0,0163
0,2815 1,1598 0,0815
145 146
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
14,96 14,96
13,50 12,50
0,0352 0,0352
0,1898 0,1758
3.437,85
2.217,00
14,3311
95,6820
22,62 46,15 10,03 9,45
14,59 23,50 7,00 4,09
0,0943 0,3346 0,0158 0,0741
0,6295 2,6770 0,0587 0,5924
Nº 125 126
ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
DAP (CM) 28,01 27,69
HT (M) 14,00 15,50
127 128
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
17,51 32,79 13,69
17,00 19,00 15,00
129
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
11,46
130 131 132
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
133 134 135 136 137 138
TOTAL MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO DESVIO PADRÃO
FUSTES
1 2
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 115
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
APÊNDICE 7 - ROTEIRO FOTOGRÁFICO DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA
IMAGEM
SENTIDO
COMENTÁRIOS
Zere o hodômetro do veículo ao passar pela passarela de pedestre na entrada do Parque Barigui (BR 277). Siga pela BR 277, sentido Curitiba Campo Largo 0 km
Continue pela BR 277. Passe em frente da Igreja da Rondinha, por baixo do 1º viaduto de acesso a Campo Largo (acesso Bateias) e por baixo do 2º viaduto de acesso a Campo Largo (acesso Caterpillar) 19 km Logo após passar por baixo do 2º viaduto de acesso a Campo Largo, desacelere e mantenha o veículo na pista da direita. Passe em frente ao Posto e Churrascaria Quinta. Logo após o posto haverá a 22 km
Saída 118 – Bairro Guabiroba
Saia da BR 277 pela Saída 118 – Bairro Guabiroba. Acesse a estrada de acesso na lateral do viaduto 23 km
Ao final do acesso lateral do viaduto cuide com a preferencial que é de quem está passando por cima do viaduto. Siga pela estrada de paralelepípedo até o próximo ponto de referência 23 km
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 116
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
IMAGEM
SENTIDO
COMENTÁRIOS
Ao chegar em uma praça triangular, mantenha a sua direita, seguindo pela estrada de paralelepípedo até o seu final 24,8 km
Ao final da estrada de paralelepípedo acesse a estrada rural rumo à localidade do Retiro e Recanto Ágape (existem algumas placas pela estrada indicando o caminho para os dois locais) 25,2 km
Passe por uma pequena ponte de concreto, mantendo a direita na próxima bifurcação
26,2 km
Siga sempre pela estrada principal até visualizar uma grande bifurcação. Mantenha sua esquerda (sentido Retiro e Recanto Ágape) 28,8 km
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 117
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
IMAGEM
SENTIDO
COMENTÁRIOS
Siga pela estrada principal passando por um pequeno comércio (bar e mercado) até chegar em uma pequena bifurcação. Mantenha a sua esquerda (sentido Retiro e Refúgio Ágape) 30 km
Siga pela estrada principal até chegar a uma grande bifurcação com um lago (acesso ao Refúgio Ágape – estrada da direita). Mantenha a sua esquerda, seguindo pela estrada mais 300 metros 31,7 km
Muita atenção agora! Após os 300 metros, vire a esquerda para acessar uma pequena estrada de chão, visível somente para quem vem na contramão da estrada principal 32 km
Siga pela pequena estrada de chão até o seu final (+- 2 km). Cuide com motociclistas e veículos que possam estar trafegando no sentido com contrário (estrada estreita e com pontos de pouca visibilidade)
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 118
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
IMAGEM
SENTIDO
COMENTÁRIOS
Sempre em frente!
Passe por baixo do viaduto de eucaliptos. Siga em frente!
Ao final da pequena estrada de chão haverá uma bifurcação. Vire a direita e percorra 100 metros.
33,9 km
Após os 100 metros, vire novamente a direita na última bifurcação do percurso 34 km
Siga mais 300 metros de estrada de chão até encontrar a porteira do Sítio Jaguarundi. Passe pela porteira e ande mais 200 metros até chegar no Refúgio Carolina (lado esquerdo) 34,3 km
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 119
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
IMAGEM
SENTIDO
COMENTÁRIOS
Para sua maior comodidade, estacione o carro do lado direito, na área plana que fica em frente a porteira do Refúgio Carolina
O Refúgio Carolina é uma área de preservação ambiental!
Mantenha a porteira fechada para evitar a entrada de cavalos, vacas e carneiros que pastam nas áreas vizinhas.
Seja bem-vindo ao Refúgio Carolina!
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 120
ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014
FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br
Página 121